CH GEOGRAFIA
© Hexag Editora, 2017 Direitos desta edição: Hexag Editora Ltda. São Paulo, 2015 Todos os direitos reservados. Autores
Alessandra Alves Vinícius Guppo Hilário Diretor geral
Herlan Fellini Coordenador geral
Raphael de Souza Motta Responsabilidade editorial
Hexag Editora Diretor editorial
Pedro Tadeu Batista Revisor
Arthur Tahan Miguel Torres Pesquisa iconográfica
Camila Dalafina Coelho Programação visual
Hexag Editora Editoração eletrônica
Camila Dalafina Coelho Eder Carlos Bastos de Lima Filipi Figueiredo Raphael de Souza Motta Raphael Campos Silva Projeto gráfico e capa
Raphael Campos Silva Foto da capa
pixabay (http://pixabay (http://pixabay.com) .com) Impressão e acabamento
Meta Solutions ISBN: 978-85-9542-017-5 Todas as citações de textos contidas neste livro didático estão de acordo com a legislação, tendo por fim único e exclusivo o ensino. Caso exista algum texto, a respeito do qual seja necessária a inclusão de informação adicional, ficamos à disposição para o contato pertinente. Do mesmo modo, fizemos todos os esforços para identificar e localizar os titulares dos direitos sobre as imagens publicadas e estamos à disposição para suprir eventual omissão de crédito em futuras edições. O material de publicidade e propaganda reproduzido nesta obra está sendo usado apenas para fins didáticos, não representando qualquer tipo de recomendação de produtos ou empresas por parte do(s) autor(es) e da editora. 2017
Todos os direitos reservados por Hexag Editora Ltda. Rua da Consolação, 954 – Higienópolis – São Paulo – SP CEP: 01302-000 Telefone: (11) 3259-5005 www.hexag.com.br
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CARO ALUNO O Hexag Medicina é referência em preparação pré-vestibular de candidatos à carreira de Medicina. Desde 2010, são centenas de aprovações nos principais vestibulares de Medicina no Estado de São Paulo, Rio de Janeiro e em todo Brasil. O material didático foi, mais uma vez, aperfeiçoado e seu conteúdo enriquecido, inclusive com questões recentes dos relevantes vestibulares de 2017. Esteticamente, houve uma melhora em seu layout, na definição das imagens, criação criação de novas sessões e também na utilização de cores. No total, são 88 livros, distribuídos da seguinte forma: §
18 livros Ciências da Natureza e suas tecnologias (Biologia, Física e Química);
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12 livros Ciências Humanas e suas tecnologias (História e Geografia);
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06 livros Linguagens, Códigos e suas tecnologias (“Entre Textos” – Estudo da Gramática, Literatura e Interpretação de Textos);
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06 livros Matemática e suas tecnologias;
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03 livros “Entre Pensamentos” (Sociologia e Filosofia);
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03 livros “Entre Aspas” (Obras Literárias Fuvest e Unicamp);
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01 livro “Entre Aspas” (Obras Literárias da UERJ);
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01 livro “Entre Aspas” (Obras Literárias UEL e UFPR);
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03 livros “Entre Frases” (Estudo da Escrita – Redação );
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03 livros “Between English and Portuguese” (Língua Inglesa para os vestibulares e Enem);
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03 livros “Entre Espanõl y Portugués” (Língua Espa nhola para a UERJ);
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12 livros UTI – Unidade Técnica de Imersão (revisão ao término de cada dois livros);
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04 livros RPA BREVIÁRIO (sinopse de todas as matérias);
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04 livros RPA ENEM (Revisão para o Enem);
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01 livro de exercícios RPA UNESP (Revisão para a Unesp);
§
01 livro de exercícios RPA UNICAMP (Revisão para a Unicamp);
§
01 livro de exercícios RPA FUVEST (Revisão para a Fuvest) ;
§
01 livro de exercícios RPA UNIFESP, UNIFESP, FAMEMA e FAMERP (Revisão para os vestibulares da Unifesp, Famema e Famerp);
§
01 livro de exercícios RPA FUVEST. UNESP e UNICAMP 2ª FASE (Revisão para 2ª Fase dos vestibulares da Fuvest, Unesp e Unicamp);
§
01 livro de exercícios RPA RPA FACULD FACULDADE ADE DE MEDICINA ABC;
§
02 livros RPA UERJ QUALIFICAÇÃO QUALIFICAÇÃO (Revisão para os exames de qualificação da UERJ);
§
01 livro RPA UERJ DISCURSIVO (Revisão para o exame discursivo da UERJ). O conteúdo dos livros foi organizado por aulas. Cada assunto contém uma rica teoria, que contempla de forma objetiva e clara o que o aluno
realmente necessita assimilar para o seu êxito nos principais vestibulares do Brasil e Enem, dispensando qualquer tipo de material alternativo complementar. Os capítulos foram finalizados com nove categorias de exercícios, trabalhadas nas sessões de Estudo Orientado (E.O.), como segue: E.O. Aprendizagem: exercícios introdutórios de múltipla escolha, para iniciar o processo de fixação da matéria estudada em aula; E.O. Fixação: exercícios de múltipla escolha, que apresentam grau médio de dificuldade, buscando a consolidação do aprendizado; E.O. Complementar: exercícios de múltipla escolha com alto grau de dificuldade; E.O. Dissertativo: exercícios dissertativos seguindo a forma da segunda fase dos principais vestibulares do Brasil; E.O. Enem: exercícios que abordam a aplicação de conhecimentos em situações do cotidiano, preparando o aluno para esse tipo de exame; E.O. UERJ-Exame de Qualificação: exercícios de múltipla escolha, buscando a consolidação do aprendizado para o vestibular da UERJ; E.O. UERJ-Exame Discursivo: exercícios dissertativos nos moldes da segunda fase da UERJ; E.O. (Unesp, (Unesp, Unicamp, Fuvest e Unifesp)-Questões Objetivas: exercícios de múltipla escolha, das Faculdades públicas de São Paulo; E.O. (Unesp, (Unesp, Unicamp, Fuvest e Unifesp)-Questões Dissertativas: exercícios dissertativos da segunda fase das Faculdades públicas de São Paulo.
A edição 2017 foi elaborada com muito empenho e dedicação, oferecendo ao aluno um material moderno e completo, um grande aliado para o seu sucesso nos vestibulares mais concorridos de Medicina.
Herlan Fellini
LIVRO 1
GEOGRAFIA CARTOGRAFIA E GEOHUMANA Aulas 1 e 2: Movimentos da Terra e coordenadas geográficas Aulas 3 e 4: Fuso horário e noções de cartografia Aulas 5 e 6: Formação do território brasileiro e sua constituição atual Aulas 7 e 8: Regionalização do espaço brasileiro Aulas 9 e 10: Fatores climáticos
7 31 75 101 131
GEOHUMANA E GEOLOGIA Aulas 1 e 2: Correntes do pensamento geográfico Aulas 3 e 4: A Antiga Ordem Mundial Aulas 5 e 6: A Nova Ordem Mundial Aulas 7 e 8: Globalização e Blocos Econômicos Aulas 9 e 10: Geologia
183 203 227 251 289
INFOGRÁFICO: Abordagem da CARTOGRAFIA E DA GEOHUMANA nos principais vestibulares.
FUVEST - Entender como os aspectos físicos podem afetar a ocupação humana.
UNICAMP - Exige clara compreensão do espaço físico e
E DE M
DE D D A L U
E D
C A F
I C
I
N A
das transformações do espaço pelo ser humano.
1963 B O
U T UC T U C A T
UNESP - Identificar os principais conceiUNESP tos, quais suas influências e consequências na sociedade.
ENEM / UFRJ UFRJ - Analisar e interpretar os temas e fazer relações com o cotidiano.
UERJ - - Noções básicas de escala e utilização e interpretação de mapas. UERJ
CARTOGRAFIA E GEOHUMANA Aulas 1 e 2:
Movimentos da Terra e coordenadas geográficas
7
Aulas 3 e 4:
Fuso horário e noções de cartografia
31
Aulas 5 e 6:
Formaçãoo do território Formaçã terr itório brasileiro e sua constituição atual
75
Aulas 7 e 8:
Regionalização Regionalizaç ão do espaço brasileiro
101
Aulas 9 e 10:
Fatores climáticos
131
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Aulas
1e2 Movimentos da Terra e coordenadas geográficas Competência 2 Habilidade 6
Competência 1 – Compreender os elementos culturais que constituem as identidades. H1
Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.
H2
Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas.
H3
Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos
H4
Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura.
H5
Identificar as manifestações ou representações da diversidade do patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades.
Competência 2 – Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconômicas e culturais de poder. H6
Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos.
H7
Identificar os significados histórico-geográficos das relações de poder entre as nações.
H8
Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere à dinâmica dos flu xos populacionais e no enfrentamento de problemas de ordem econô mico-social.
H9
Comparar o significado histórico-geográfico das organizações políticas e socioeconômicas em escala local, regional ou mundial
H10
Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da participação da coletividade na transformação da realidade histórico-geográfica.
Competência 3 – Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais. H11
Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço.
H12
Analisar o papel da justiça como instituição na organização das sociedades.
H13
Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder.
H14
Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situação ou fatos de natureza histórico-geográfica acerca das instituições sociais, políticas e econômicas.
H15
Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao lon go da história.
Competência 4 – Entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social. H16
Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organização do trabalho e/ou da vida social.
H17
Analisar fatores que explicam o impacto das novas tecnologias no processo de territorialização da produção.
H18
Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações sócio-espaciais.
H19
Reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que determinam as várias formas de uso e apropriação dos espaços rural e urbano.
H20
Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações impostas pelas novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho.
Competência 5 – Utilizar os conhecimentos históricos para compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da democracia, favorecendo uma atuação consciente do indivíduo na sociedade. H21
Identificar o papel dos meios de comunicação na construção da vida social.
H22
Analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mudanças nas legislações ou nas políticas públicas.
H23
Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das so ciedades.
H24
Relacionar cidadania e democracia na organização das sociedades.
H25
Identificar estratégias que promovam formas de inclusão social.
Competência 6 – Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no espaço em diferentes contextos históricos e geográficos. H26
Identificar em fontes diversas o processo de ocupação dos meios físicos e as relações da vida humana com a paisagem.
H27
Analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio físico, levando em consideração asp ectos históricos e (ou) geo gráficos.
H28
Relacionar o uso das tecnologias com os impactos sócio-ambientais em diferentes contextos histórico-geográficos.
H29
Reconhecer a função dos recursos naturais na produção do espaço geo gráfico, relacionando-os com as mudanças provocadas pelas ações humanas.
H30
Avaliar as relações entre preservação e degradação da vida no planeta nas diferentes escalas.
INTRODUCÃO Ao longo da história, o ser humano sempre sentiu a necessidade de se orientar e de se localizar. No entanto, foi a partir do advento da escrita e dos mapeamentos que os recursos para a orientação se desenvolveram com maior precisão. Os dois principais movimentos da Terra que nos influenciam são:
Rotação Polo Norte
DIA
Oeste
Leste
NOITE l a i r o t i d E r e f f ä h c S / s e n e m i G r e f f ä h c S l e a f a R
Polo Sul
©
O movimento de rotação ocorre quando a Terra gira em torno de si mesma, de oeste para leste; ou seja, em torno de um eixo imaginário que passa por seus polos. A Terra utiliza cerca de 24 horas – ou precisamente 23 horas, 56 minutos e 4 segundos – para realizar uma volta em seu próprio eixo. Esse período é chamado dia. É por conta disso que existe a sucessão de dias e noites, desempenhando um papel fundamental no equilíbrio da temperatura e composição química da atmosfera. A rotação provoca a impressão de que o Sol se movimenta em relação à Terra, de leste (nascente – levante) para oeste (poente), porém, na verdade, é a Terra que se movimenta em relação ao Sol. Outras consequências do movimento de rotação são: o formato geoide da Terra – ou seja, ela é achatada nos polos e expandida no Equador, não formando uma esfera perfeita; as correntes marinhas; a circulação atmosférica e o desnível entre os oceanos.
Translação Ao mesmo tempo que a Terra gira em torno do seu eixo, ela também realiza o movimento de translação, que consiste em dar uma volta completa em torno do Sol. Para realizar tal movimento, ela utiliza cerca de 365 dias – ou precisamente 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos. O trajeto percorrido com esse movimento é chamado órbita terrestre. A órbita terrestre é elíptica, em que o Sol está ligeiramente deslocado em relação ao centro do movimento. O periélio, quando a Terra atinge a posição mais próxima ao Sol, ocorre em 3 de janeiro, aproximadamente, e o afélio, ponto mais distante do Sol, acontece em 4 de julho, aproximadamente. É comum confundir esses pontos como a causa das estações do ano, relacionando o verão ao periélio e o inverno ao afélio.
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Porém, essa causa se dá de fato, ao movimento de translação associado à inclinação do eixo de rotação, que gera variações na luminosidade sobre a Terra. O plano formado pela órbita terrestre é denominado plano da elíptica. O eixo de rotação da Terra tem inclinação de, aproximadamente, 23,5° em relação à perpendicular desse plano. Isso fazem que a luz do Sol atinja o planeta de forma desigual, iluminando e aquecendo hemisférios e regiões em épocas diferentes, o que permite, por sua vez, a ocorrência das estações do ano: primavera, verão, outono e inverno.
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Eixo de rotação
Plano da elíptica
l a i r o t i d E r e f f ä h c S / s e n e m i G r e f f ä h c S l e a f a R
©
É também o movimento de translação da Terra o responsável pelo ano bissexto, no qual a duração do ano é de 366 dias. Isso acontece porque a duração do ano é sempre arredondada para 365 dias, excluindo as 5 horas, 58 minutos e 46 segundos que sobram. A diferença é acertada a cada quatro anos (exceto para anos múltiplos de 10) com o ano bissexto, incluindo o dia 29 de fevereiro no calendário.
EQUINÓCIO, SOLSTÍCIO E ESTAÇÕES DO ANO As estações do ano têm duração aproximada de três meses. Por conta de sua inclinação e de sua órbita ao redor do Sol, a Terra recebe diferentes quantidades de radiação solar. Com isso, temos diferentes estações ao longo do ano, o que influencia diretamente o tipo de vegetação e o clima de todas as regiões da Terra. Ao longo do ano, quatro pontos do trajeto de translação são significativos: dois solstícios e dois equinócios. Os dois equinócios são os momentos nos quais os raios solares incidem perpendicularmente no Equador. Dias 21 ou 22 de março e 23 de setembro são datas que marcam, respectivamente, o início do outono e da primavera no hemisfério Sul e o início da primavera e do outono no hemisfério Norte. Já os solstícios são os momentos nos quais os raios solares incidem perpendicularmente sobre um dos trópicos. Equinócio 21/22 de março
Solstício 21/22 de junho
Solstício 21 de dezembro
Equinócio 23 de setembro
l a i r o t i d E r e f f ä h c S / s e n e m i G r e f f ä h c S l e a f a R
©
Eles ocorrem em 22 de junho, no Trópico de Câncer (no hemisfério Norte), e em 21 de dezembro, no Trópico de Capricórnio (hemisfério Sul). Essas duas datas marcam, respectivamente, o início do inverno e do verão no hemisfério Sul, e o início do verão e do inverno no hemisfério Norte. No dia de solstício, os raios solares tangenciam um dos polos, fazendo com que este tenha 24 horas de luz, e o outro, 24 horas de escuridão.
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COORDENADAS GEOGRÁFICAS É um conjunto de linhas imaginárias (paralelos e meridianos), criadas pelo ser humano, que determinam a localização de qualquer ponto sobre a superfície terrestre. Para obtê-las, basta cruzar um paralelo e um meridiano. São indicados por números que representam graus de circunferência, resultado do “fatiamento” do globo terrestre, segundo a divisão sexagesimal. Vale lembrar que uma circunferência apresenta trezentos e sessenta graus (360°); além disso, cada grau tem sessenta minutos (60’) e cada minuto, sessenta segundos (60”).
Meridianos São linhas imaginárias que ligam os polos Norte e Sul, formando diversas “meias circunferências” na Terra. Também se fez necessária a escolha do meridiano de zero grau (0°), por isso convencionou-se o meridiano que passa pela torre do observatório astronômico de Greenwinch, que é uma localidade na área metropolitana de Londres, capital da Inglaterra, para início da contagem. O meridiano de Greenwich divide a Terra em dois hemisférios: ocidental e oriental. A partir dele, podemos traçar quantos meridianos desejarmos, até o limite de 180°, tanto para Oeste quanto para Leste, o que totaliza os 360° da “circunferência” da Terra. Ao lado do número do meridiano, deve-se indicar Leste (E ou L) ou Oeste (W ou O). No ponto de 180º (seja Leste ou Oeste) temos a linha intenacional de data (ou linha internacional de mudança de data). Ela se localiza em posição do Meridiano de Greenwich, atravessando o Pacífico.
número do paralelo, indica-se Norte (N) ou Sul (S). Além do Equador, existem quatro paralelos notáveis: no hemisfério Norte, há o círculo polar ártico e o trópico de Câncer, no hemisfério Sul, há o círculo polar antártico e o trópico de Capricórnio.
Latitude e longitude Fornecer as coordenadas geográficas de uma cidade significa informar sua latitude e sua longitude.
Latitude
É a distância, medida em graus, que separa a linha do Equador de um ponto qualquer da superfície terrestre. Ela varia de 0° a 90° ao Norte ao Sul. Longitude
É a distância, medida em graus, do meridiano de Greenwich a um ponto qualquer de superfície da Terra. Ela varia de 0° a 180° a Leste ou a Oeste. MERIDIANOS 180º
antimeridiano de Greenwich
h c i w n e e r G
PARALELOS Polo norte 90º N
0º Equador
Latitudes sul
0º Longitudes oeste
Latitudes norte
Longitudes leste
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©
Paralelos
Zonas de iluminação
O paralelo de zero grau (0°) é a linha imaginária traçada na parte mais larga da Terra, cujos pontos são equidistantes dos polos. Ele foi denominado Equador, o principal paralelo, e é aquele que divide o planeta em dois hemisférios, o Norte e Sul. Os demais paralelos, são traçados seguindo a linha do Equador, tanto para o Norte quanto para o Sul. A cada um deles é atribuído o número correspondente ao ângulo formado com a linha do Equador, considerando o centro da Terra como centro da “circunferência”. Portanto, os polos estão a 90° do Equador. Ao lado do
É comum substituir essa denominação por zonas climáticas, o que é um equívoco, porque o clima não é o simples resultado de maior ou menor exposição aos raios solares. Geógrafos máis rigorosos preferem a denominação “Zonas de Iluminação”. A diferença de temperatura que se verifica do Equador aos polos é resultante da inclinação dos raios solares. Nas áreas próximas aos polos, onde a curvatura da Terra é mais acentuada, os raios do sol se distribuem por uma superfície menor, determinando menor concentração de calor.
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Nas baixas latitudes (próximas ao Equador), os raios solares tocam perpendicularmente a superfície do planeta, determinando maior concentração e, consequentemente, maior aquecimento. Temperaturas médias se verificam nas médias latitudes (entre os trópicos e os círculos polares). 1. Zona Tropical ou Tórrida (ou de baixas latitudes) – situada entre os trópicos. 2. Zona Temperada do Norte (ou de médias latitudes) – situada entre o Trópico de Câncer e o Círculo Glacial Ártico. 3. Zona Temperada do Sul (ou de médias latitudes) – situada entre o Trópico de Capricórnio e o Círculo Glacial Antártico. 4. Zona Glacial Ártica (ou de altas altitudes) – situada ao Norte do Círculo Glacial Ártico. 5. Zona Glacial Antártica (ou de altas latitudes) – situada ao Sul do Círculo Glacial Antártico. Círculo polar Ártico
Trópico de Câncer l a i r o t i d E r e f f ä h c S / a t a M a d r a s é C
4. Zona polar do Norte
66º33'
2. Zona temperada do Norte
23º27'
1. Zona tropical
Equador
0º
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Trópico de Capricórnio
Círculo polar Antártico
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23º27'
3. Zona temperada do Sul 5. Zona polar do Sul
66º33'
ASSISTIR Série
Série “Cosmos”. Produzida pelo astrônomo Carl Sagan...
O segredo desta série de treze horas foi o talento de comunicador Sagan,decapaz de desmitificar o que Falamos a de invasão salvador e hoje vamos até então fora informação científica falar da invasão de Pernambuco, deinacessível. Nassau e daA versão escrita deste programa continua a ser o livro resistência. de divulgação científica mais vendido da história.
ACESSAR Sites
Site do Observatório Nacional do Rio de Janeiro
http://www.on.br/index.php/pt-br/
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LER Livros Decifrando a Terra - Wilson Teixeira, Thomas Rich, Maria Cristina Motta de Toledo, Toledo, Fabio Taioli Taioli O novo Decifrando a Terra interessa não só aos estudantes universitários de diversas especialidades científicas, mas também a todos que desejam compreender os intrincados processos geológicos que ocorrem no Planeta há 4,56 bilhões de anos. O ABCD da Astronomia e Astrofísica - J. E. Horvath A Astronomia constitui um "ponto de encontro" da Física com a Matemática e com outras disciplinas. O presente trabalho oferece uma visão breve e atualizada de praticamente todas as áreas da Astronomia, com especial ênfase na Astrofísica Estelar, Cosmologia e a nascente Astrobiologia.
OUVIR
Músicas - A ciência em si – si – Gilberto Gil - Linha do Equador – Equador – Djavan
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APLICAÇÃOO NO COTIDIANO APLICAÇÃ Observar, em nossa casa e rua, a direção em que o Sol nasce e se Observar, s e põe. Observar também como as estações do ano influenciam as férias escolares nos hemisférios Norte e Sul.
INTERDISCIPLINARIDADE O estudo do globo terrestre motiva conhecer conceitos da geometria esférica, ou seja, o ensino da matemática, e a exploração dos conceitos geográficos contribui para a compreensão de conteúdos específicos da geografia, como coordenadas e estudo dos mapas.
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E.O. APRENDIZAGEM 1. (UFRGS) Observe a órbita terrestre desde um ponto no espaço ao sul da eclíptica. Com base na figura acima, são feitas as seguintes afirmações. 3
4 l a i r o t i d E r e f f ä h c S / a t a M a d r a s é C
2
1
©
Sentido da Órbita
c) uma estaca colocada na vertical exatamen exatamente te no Polo Sul geográfico projeta sucessivas posições do extremo da sombra, formando um círculo ao longo do dia de solstício de verão. d) as sucessivas posições do extremo da sombra de uma estaca colocada verticalmente verticalmente no Polo Sul geográfico não têm o mesmo comprimento durante o dia de solstício de verão. e) somente no dia do solstício de inverno é que a sombra de uma estaca colocada verticalmente no Polo Sul geográfico forma um círculo com a projeção de suas sucessivas posições.
4. (UFES) Solstícios e equinócios A
B
N 1
I. Na posição 4, temos solstício de inverno para Hemisfério Sul e de verão para Hemisfério Norte. II. Na posição 4, a velocidade do movimento de translação é maior do que na posição 2. III.Na III. Na posição 3, no Hemisfério Norte é inverno, e a velocidade do movimento de translação é a mais lenta ao longo da órbita. IV. Nas posições 1 e 2, temos equinócio de outono e de inverno para o Hemisfério Sul, respectivamente. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas II e III. e) Apenas II e IV. 2. (PUC) Ao dividir os 360 graus da esfera terrestre pelas 24 horas de duração do movimento de __________, o resultado é 15 graus. A cada 15 graus que a Terra gira, passa-se uma hora. Assim, cada uma das 24 divisões da Terra corresponde a um __________. Para que o texto fique ADEQUADAMENTE preenchido, as lacunas devem ser completadas, respectivamente, respectiva mente, por: a) translação e meridiano. b) translação e paralelo. c) rotação e círculo. d) rotação e fuso horário. 3. (UFRGS) Um geógrafo, ao explorar o Continente Antártico, fixa uma estaca no Polo Sul geográfico, dias antes do solstício de verão para o Hemisfério Sul. Exatamente no dia do solstício de verão para o Hemisfério Sul, observa e marca as sucessivas posições ocupadas pela sombra projetada pela estaca, concluindo que: a) a sombra de uma estaca colocada verticalmente no Polo Sul geográfico, ao longo do dia de solstício de verão, descreve uma elíptica. b) uma estaca colocada verticalmente no Polo Sul geográfico produz, com sua sombra, ao longo do dia de solstício de verão, um semicírculo.
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Legenda 1. Trópico de Câncer 2. Equador 3. Trópico de Capricórnio FONTE: SENE, E.; MOREIRA, J. C., 1998 (adaptação).
A distribuição de energia solar, ou insolação, depende dos movimentos de rotação e translação da Terra. Esses movimentos são os responsáveiss pela recepção do calor e, conseresponsávei quentemente, pela distribuição da vida em torno do globo. Considerando a importância da insolação e observando a figura anterior, NÃO se pode dizer que:
a) o item A da figura demonstra o equinócio de Primavera no hemisfério Norte ou o equinócio de Outono no hemisfério Sul. b) o item B da figura demonstra o solstício de verão no hemisfério Norte ou o solstício de Inverno no hemisfério hemisfério Sul, que ocorrem por volta de 21 de junho. c) a inclinação do eixo de rotação da Terra, em relação à sua trajetória em torno do Sol, é um dos fatos que determinam a ocorrência das estações do ano. d) quanto mais nos afastamos do equador, maior a inclinação com que os raios solares incidem na superfície terrestre e maior, portanto, a área aquecida pela mesma quantidade de energia, o que torna as temperaturas mais baixas. e) no solstício de Verão, o dia é mais curto e a noite é mais longa; no solstício de Inverno, a noite é mais curta e o dia é mais longo.
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5. (PUC) Um morador, observando o amanhecer em uma latitude antípoda da cidade de São Paulo, no dia 21 de junho, perceberá que o Sol estará nascendo no ___________, o que caracteriza uma situação de __________ ___________. _. a) Oeste - equinócio b) Sudeste - equinócio c) Leste - solstício d) Sul - solstício e) Sudoeste - equinócio 6. (UFSM) Considerando noções espaciais, como os meios de orientação, os movimentos da Terra e a cartografia, pode-se afirmar que: a) o meridiano de Greenwich divide a Terra em hemisférios setentrional e boreal. b) os meridianos servem de referência para o estabelecimento dos 24 fusos horários da Terra.
c) os paralelos definem os graus de longitude a partir do Equador, variando de 0° a 90° para o norte e para o sul. d) os mapas que represen representam tam áreas mais altas e mais baixas do relevo terrestre são chamados de geológicos. e) a inclinação do eixo terrestre e o movimento de translação estabelecem a zonalidade climática nos dois hemisférios e a sucessão de dias e noites.
7. (UFRGS) Considere as afirmações a seguir. I. Quando a Terra está no afélio, maior distância Terra-Sol, é verão para o Hemisfério Sul e inverno para o Hemisfério Norte. Neste ponto, a velocidade de translação da Terra é maior do que em qualquer outro ponto da órbita. II. No solstício de inverno para o Hemisfério Sul, a Terra está no afélio. Neste ponto da órbita, a velocidade de translação é a menor,, o que também contribui para que o innor verno no Hemisfério Sul seja mais longo. III.Como III. Como o plano do equador e o da eclíptica não coincidem, temos como resultado uma inclinação de 23° 27’, o que também permite dizer que o eixo imaginário terrestre está inclinado em 23° 27’. Durante a translação, a Terra ocupa distintas posições no espaço; isto implica um aporte de radiação solar diferenciado ao longo de um ano. Quais estão corretas em relação aos movimentos executados pela Terra e suas consequências? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e II. d) Apenas II e III. e) I, II e III.
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8. (UFRGS) Considere as seguintes afirmações sobre a circulação geral da atmosfera e dos oceanos na Terra. I. O movimento de rotação da Terra influencia a circulação oceânica superficial. Assim, no oceano Atlântico, no Hemisfério Sul, as principais correntes oceânicas se organizam em um grande “giro” no sentido horário. II. No Hemisfério Sul, os ventos e as correntes oceânicas defletem para a esquerda. Já no Hemisfério Norte, esta deflexão é para a direita. III.EEm decorrência da atual posição dos III. continentes, temos, como resposta ao efeito de rotação da Terra, correntes oceânicas frias nos setores Leste dos oceanos, e quentes nos setores Oeste. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. 9. (PUC) Responder à questão com base no desenho e nas afirmativas. 12:00 horas do dia 21 de junho raio solares
I. Os raios solares estão perpendiculares ao solo, pois o desenho representa um lugar situado na linha do Trópico de Capricórnio, no momento em que inicia i nicia o inverno. II. A situação evidenciada no desenho é, provavelmente, de solstício de verão no Hemisfério Norte. III.Esta III. Esta data d ata corresponde, corres ponde, provavelmente, ao início de verão no Hemisfério Norte, e o local representado está situado em qualquer ponto sobre o Trópico de Câncer. IV. Simultaneamente à situação mostrada no desenho, no Hemisfério Sul, o Sol também está incidindo perpendicularmente, ao meio-dia, em qualquer ponto do Trópico de Capricórnio. V. O desenho não se refere a Porto Alegre, pois nesta latitude não ocorre a incidência perpendicular dos raios solares. A análise do desenho e das afirmativas permite concluir que estão corretas apenas: a) I, II e III. b) I, II e IV. c) I, III, IV e V. d) II, III e V. e) III, IV e V.
10. (PUC) A quase totalidade da energia utili10. zada na Terra tem sua origem nas radiações que recebemos do Sol. A forma da Terra, sua posição e seus movimentos são determinantes de várias características de nosso planeta. Pode-se afirmar corretamente que: a) a distribuição da vegetação depende somente do clima. b) regiões de maior latitude recebem mais energia solar. c) os climas não dependem da forma do planeta, mas a vegetaçã vegetaçãoo sim. d) as estações do ano são determinadas somente pela translação da Terra. e) a inclinação do eixo do planeta influi no clima e na vegetação.
E.O. FIXAÇÃO 1. (UFMG) Todas as alternativas apresentam mecanismos responsáveis pelas mudanças das estações ao longo do ano, EXCETO: a) A inclinação do eixo de rotação da Terra deb)
c)
d)
e)
termina que, a cada seis meses, um hemisfério esteja mais exposto ao sol que o outro. As estações são determinadas pela maior ou menor proximidade da Terra ao Sol, distância que, ao variar ao longo do ano, altera a quantidade de energia solar incidida sobre o planeta. O Sol, ao atingir seu ponto de maior deslocamento ao Norte – a máxima declinação boreal – determina, no Hemisfério Sul, dias mais curtos e noites mais longas. Os equinócios ocorrem, respectivamente, quando os hemisférios Norte e Sul são igualmente iluminados, marcando o início astronômico da primavera e do outono. Os solstícios ocorrem, respectivamente, quando a iluminação é máxima em um hemisfério e mínima no outro, marcando o início astronômico do verão e do inverno.
2. (UFPE) Analise as proposições a seguir: I. os paralelos são importantes porque permitem avaliar a latitude que é a distância em graus a partir Equador. II. os paralelos têm diâmetros iguais e, logicamente, comprimentos ou perímetros também iguais. III.os III. os meridianos são círculos perpendiculares aos paralelos e passam pelos polos onde eles se cruzam. IV. a longitude inicial é de 0° e a máxima de 180°, podendo ser norte ou sul. V. as coordenadas geográficas são valores que determinam a localização de um lugar na superfície do globo.
Estão corretas: a) I, IV e V; b) II, III e IV; c) I, III e V; d) II, III e V; e) II e IV. 3. (PUC) I. Na zona intertropical da Terra ou Zona Tórrida, os raios solares incidem perpendicularmente e aí o Sol passa duas vezes ao ano pelo zênite de cada lugar. II. No sistema de coordenadas geográficas, os meridianos são as latitudes do lugar e os paralelos são as longitudes do lugar. III. A intersecção da vertical superior do lugar com a esfera terrestre é denominada zênite.
IV. Chamam-se paralelos os círculos máximos que passam pelos polos geográficos da Terra. Das afirmativas anteriores, são corretas: a) II e III. b) I e IV. c) I e III. d) III e IV. e) I e II. 4. “Linhas imaginárias traçadas de polo a polo, atravessando a linha do Equador, perpendicularmente.” O texto define: a) latitudes b) longitudes c) paralelos d) meridianos e) círculos polares 5. (UECE) Sobre a posição astronômica do Brasil, é correto afirmar: a) a maior parte do território brasileiro brasileiro está localizado na porção extratropical e trópico de Capricórnio atravessa a cidade de São Paulo. b) está totalmente situado entre os paralelos de 5°16’19” de latitude norte e 33°49’09” de latitude sul. c) fica entre os meridianos de 34°45’54” e 73°59’32” a leste de Greenwich. d) está localizado quase totalmente no Hemisfério Ocidental e totalmente no Hemisfério Sul.
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6. (UFRGS) A posição indicada na figura a seguir marca, em nosso planeta, o início de uma estação em cada hemisfério. N
desiguais e ocorre em junho e dezembro, determinando, respectivamente, o inverno e o verão no hemisfério sul. e) A zona situada próximo ao Equador quase não apresenta diferenças na inclinação dos raios solares.
Terra Sol
S
Esta estação é: a) A primavera no Hemisfério Norte, estando a Terra no equinócio. b) O outono no Hemisfério Sul, estando a Terra nas proximidades do solstício.
9. (UFPI) O meridiano de Greenwich é essencial para a determinação de uma das coordenadas geográficas. Sobre ele, é correto afirmar que: a) divide os hemisférios setentrional e boreal. b) define os graus de latitude. c) orienta o grau de translação da Terra. d) estabelece a zonalidade climática. e) serve de referência para os fusos horários.
c) O verão meridional, estando a Terra no solstício.
d) O outono setentrional, estando a Terra no equinócio. e) O verão setentrional, estando a Terra no solstício.
7. (UFPE) Observe as proposições a seguir: 1. Círculo de iluminação é o círculo máximo que limita a parte da Terr Terraa iluminada pelo Sol da parte não-iluminada. 2. Equinócios são os dois momentos em que, durante o ano, o círculo de iluminação atinge a máxima distância dos polos. 3. Latitude de um lugar é a distância, em graus, entre o Equador, tomado como origem, e o paralelo do lugar considerado. 4. Altitude de um lugar é a distância vertical entre o lugar considerado e o nível médio do mar. 5. Solstícios são os dois momentos em que o círculo de iluminação passa, durante o ano, pelos polos. Estão corretas: a) 1, 2 e 3. b) 2, 3 e 4. c) 3, 4 e 5. d) 2 e 5 apenas. e) 1, 3 e 4. 8. (UFPB) Sobre o movimento de translação da Terra, é FALSO afirmar: a) As estações do ano ocorrem em função do movimento de translação e da inclinação de 23° 27’ do eixo da Terra em relação ao Sol. b) O eixo de inclinação da Terra estabelece linhas imaginárias, denominadas Trópico de Câncer, no hemisfério sul, e Trópico de Capricórnio, no hemisfério norte. c) Equinócio significa dias e noites iguais e ocorre em março e setembro, determinando, respectivamente, a primavera e o outono no hemisfério norte. d) Solstício significa dias e noites extremamente extremamente
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E.O. COMPLEMENTAR 1. (UFRGS) No hemisfério sul, nos dias em que ocorrem o equinócio e o solstício de verão, respectivamente, respectiva mente, o sol está perpendicular às cidades brasileiras de: a) Macapá e São Paulo. b) Manaus e Rio de Janeiro. c) Tere Teresina sina e Curitiba. d) Fortaleza e Belo Horizonte. e) São Luís e Florianópolis. 2. (UFRGS) Observe as cidades A e B e suas posições geográficas em relação ao círculo de iluminação solar, a partir da dinâmica do movimento de rotação da Terra. Polo Norte
A
Raios solares
B
Polo sul Fonte: Adaptado de:
. Acesso em: 17 de set. 2013
Considere as seguintes afirmações sobre as cidades. I. Os moradores da cidade B terão uma longa noite pela frente. II. Um morador da cidade A, ao amanhecer, prepara-se para as atividades do dia. III.Os III. Os moradores da cidade A têm os seus relógios adiantados em relação aos moradores da cidade B.
Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) Apenas II e III. 3. (UFSJ) “Uma lua espetacular durante boa parte do dia. Não havia mais dia e eu não havia percebido. O céu avermelhado e cristalino por algumas horas e uma longa noite em seguida. Pôr e nascer do sol reunidos num único e breve esforço de luz, próximos ao meio dia verdadeiro. (...) Manhã e entardecer eram agora próximos”
da indústria em Londrina. A que horas, em Londrina, o representante recebeu o comunicado? Apresente o desenvolvimento dos cálculos. 2. (PUC) Foto 1
Foto 2
Foto 3
Foto 4
Amir Klink, Parati: entre dois polos . São Paulo, Companhia das Letras, 1998, p. 108.
O fenômeno descrito indica que o barco de Amir Klink se encontrava em uma região: a) localizada da Zona Tropical sob influência do Sol da Meia-Noite. b) de baixa latitude e exposta a clima frio e noites maiores que os dias. c) sob o domínio do Solstício de verão e sujeita a pequenas variações entre o dia e a noite. d) de latitude elevada, com grande variação da iluminação solar ao longo do ano. 4. (UFRGS) Como consequência dos movimentos de rotação e translação, realizados pelo planeta Terra, há uma variação na incidência dos raios solares sobre a superfície terrestre, no decorrer do ano. A esse respeito, considere as seguintes afirmações. I. Os raios solares atingem a superfície da Terra durante o dia e, à noite, a superfície se resfria. II. A incidência de radiação solar diminui em direção às regiões de alta latitude. III.A incidência da radiação solar, nas regiões localizadas em zonas temperadas, varia muito ao longo do ano. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas II e III. e) I, II e III.
E.O. DISSERTATIVO 1. (Uel) Às 16h30 em Pequim (capital da China), localizada nas coordenadas 39°50’N e 116°20’E, em uma reunião de empresários, foi tomada a decisão de instalar uma filial de uma indústria em Londrina (Paraná), que tem como coordenadas 23°18’S e 51°10’O. Duas horas após o término da reunião, a decisão foi comunicada para o representante
:
.
.
.
Adaptado de http://calendario.incubadora. fapesp.br/portal/ textos/aluno/atexto08
As fotografias de satélite foram tiradas, na sequência, em datas importantes que se referem ao início das quatro estações do ano. Com base nessa informação: a) identifique a estação do ano que tem início no hemisfério sul na foto 3 e justifique a sua resposta; b) identifique, para cada uma das fotos, um solstício ou um equinócio tendo como referência o hemisfério norte. 3. A percepção de que a localização de um ponto qualquer à superfície poderia ser indicada a partir de um sistema de coordenadas geográficas representou grande avanço para a humanidade. Desde então, o Sol e outras estrelas foram usados como pontos de referência para a determinação das coordenadas de um lugar. Atualmente, o aparelho conhecido como Sistema de Posicionamento Global (GPS) fornece de imediato as coordenadas que buscamos. O GPS também tem sido usado, cada vez com maior frequência, para diversas outras finalidades. a) Quais são os pontos de referência usados pelo GPS em substituição ao Sol e às estrelas?
b) Apresente um exemplo de uso do GPS no mundo atual.
4. Se a Terra emprega vinte e quatro horas para girar em torno de seu eixo, começa a ocidente do centésimo octogésimo meridiano um novo dia, e a oriente temos ainda o dia anterior. Meia noite de sexta-feira, aqui no navio, é meia-noite de quinta-feira na Ilha. Se da América para a Ásia viajas, perdes um dia; se, no sentido contrário viajas, ganhas
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um dia: eis o motivo por que o [navio] Daphne percorreu o caminho da Ásia, e vós, estúpidos, o caminho da América. Tu és agora um dia mais velho do que eu! Não é engraçado?
6. (UFJF) Leia a figura abaixo. Equinócio
A
zênite
(Adaptado de Umberto Eco, "A Ilha do Dia Anterior". Rio de Janeiro: Record, 1995, p. 260).
a) Por que os marinheiros que viajavam da América para a Ásia ficaram um dia mais velhos do que aqueles que viajaram no navio Daphne? b) Por que no navio Daphne é meia-noite de sexta-feira e na Ilha é meia noite de quinta-feira?
c) Um avião cargueiro decola da cidade de Rio Branco (AC) às 21h00 (horário local) do dia 21 de novembro de 2004, com destino ao aeroporto internacional de Viracopos, Campinas (SP). Sabe-se que o voo terá duração de cinco horas e que a cidade de Rio Branco (AC) está a dois fusos a oeste do fuso da hora oficial do Brasil. Qual será o horário e o dia da aterrissagem do avião no aeroporto internacional de Viracopos?
5. (UFBA)
Solstício
deslocamento aparente do Sol
Equador
Trópico de Câncer
Trópico de Capricórnio
Trópico de Câncer
Equinócio
C
Trópico de Câncer
Equador
Equador
Solstício
Trópico de Capricórnio
Trópico de Câncer
Equador
Trópico de Capricórnio
D
Trópico de Capricórnio
COIMBRA, Pedro J. TIBÚRCIO, José A.M. Geografia: uma análise do espaco geográfico . 3. ed. São Paulo: Habra, 2006. p. 17. Adaptado.
a) Por que se utiliza a expressão “deslocamento aparente do Sol”? b) Os equinócios e os solstícios determinam o início das:__________ c) Os trópicos de Câncer e Capricórnio são linhas imaginárias que passam a 23°27’ ao norte e ao sul da linha do Equador. Com base na figura, o que explica esse valor: 23°27’ N e S?
7. (UERJ) eixo azimutal 23º27’
eixo de rotação
66º33’
plano de órbita equador
Fundamentado na ilustração, nos conhecimentos relativos à questão da orientação sobre o espaço geográfico e na observação das diferentes posições do sol na linha do horizonte, em diferentes períodos do ano, sobre uma cidade localizada em latitudes médias. §
§
§
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identifique em que hemisfério se localiza a cidade mostrada na ilustração, explicando o motivo pelo qual o sol, ao meio dia, em 21 de junho, encontra-se posicionado no ponto mais alto da linha do horizonte.
identifique, na cidade apresentada na figura, as estações do ano e os períodos de solstício ou equinócio em 21 de março: período: 23 de setembro: período: cite duas consequências geográficas ligadas à trajetória da luz do sol, na linha do horizonte, ao se deslocar no sentido de I para II.
MORAES, Paulo Roberto. Geografia Geral e do Brasil . São Paulo. Harba, 2005.
Como pode ser observado na figura, a Terra possui uma inclinação de 23°27’ em relação ao plano de sua órbita em torno do Sol, o que gera vários fenômenos físicos. Aponte duas alterações, uma no clima e outra na duração dos dias e das noites, que a ausência dessa inclinação provocaria. 8. Sobre a posição geográfica do Brasil, responda: a) Quais os paralelos especiais que cortam o território nacional? Quais os Estados por eles atravessados? b) Quais as consequências geográficas desse fato?
9. Dê o significado dos seguintes conceitos: a) paralelos: b) latitude: c) meridianos: d) longitude: 10. Apresente os dois fatores que determinam a existência das estações do ano.
E.O. ENEM 1. (Enem) Pensando nas correntes e prestes a entrar no braço que deriva da Corrente do Golfo para o norte, lembrei-me de um vidro de café solúvel vazio. Coloquei no vidro uma nota cheia de zeros, uma bola cor rosa-choque. Anotei a posição e data: Latitude 49°49’ N, Longitude 23°49’ W. Tampei e joguei na água. Nunca imaginei que receberia uma carta com a foto de um menino norueguês, segurando a bolinha e a estranha nota. KLINK. A. Parati: entre dois polos . São Paulo: Companhia das Letras, 1998 (adaptado).
No texto, o autor anota sua coordenada geográfica, que é: a) a relação que se estabelece entre as distâncias representadas no mapa e as distâncias reais da superfície cartografada. b) o registro de que os paralelos são verticais e convergem para os polos, e os meridianos são círculos imaginários, horizontais e equidistantes. c) a informação de um conjunto de linhas imaginárias que permitem localizar um ponto ou acidente geográfico na superfície terrestre. d) a latitude como distância em graus entre um ponto e o Meridiano de Greenwich, e a longitude como a distância em graus entre um ponto e o Equador. e) a forma de projeção cartográfica, usada para navegação, na qual os meridianos e paralelos distorcem a superfície do planeta. 2. (Enem) Na linha de uma tradição antiga, o astrônomo grego Ptolomeu (100-170 d.C.) afirmou a tese do geocentrismo, segundo a qual a Terra seria o centro do universo, sendo que o Sol, a Lua e os planetas girariam em seu redor em órbitas circulares. A teoria de Ptolomeu resolvia de modo razoável os problemas astronômicos da sua época. Vários séculos mais tarde, o clérigo e astrônomo polonês Nicolau Copérnico (1473-1543), ao
encontrar inexatidões na teoria de Ptolomeu, formulou a teoria do heliocentrismo, segundo a qual o Sol deveria ser considerado o centro do universo, com a Terra, a Lua e os planetas girando circularmente em torno dele. Por fim, o astrônomo matemático alemão Johannes Kepler (1571-1630), depois de estudar o planeta Marte por cerca de trinta anos, verificou que a sua órbita é elíptica. Esse resultado generalizou-se para os demais planetas. A respeito dos estudiosos citados no texto, é correto afirmar que: a) Ptolomeu apresentou as ideias mais valiosas, por serem mais antigas e tradicionais. b) Copérnico desenvolveu a teoria do heliocentrismo inspirado no contexto político do Rei Sol.
c) Copérnico viveu em uma época em que a pesquisa científica era livre e amplamente incentivada pelas autoridades. d) Kepler estudou o planeta Marte para atender às necessidades de expansão econômica e científica da Alemanha. e) Kepler apresentou uma teoria científica que, graças aos métodos aplicados, pôde ser testada e generalizada.
3. (Enem)
No Brasil, verifica-se que a Lua, quando está na fase cheia, nasce por volta das 18 horas e se põe por volta das 6 horas. Na fase nova, ocorre o inverso: a Lua nasce às 6 horas e se põe às 18 horas, aproximadamente. Nas fases crescente e minguante, ela nasce e se põe em horários intermediários. Sendo assim, a Lua na fase ilustrada na figura anterior poderá ser observada no ponto mais alto de sua trajetória no céu por volta de:
a) b) c) d) e)
meia-noite. três horas da madrugada. nove horas da manhã. meio-dia. seis horas da tarde.
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4. (Enem) Leia o texto a seguir. O JARDIM DE CAMINHOS QUE SE BIFURCAM (...) Uma lâmpada aclarava a plataforma, mas os rostos dos meninos ficavam na sombra. Um me perguntou: O senhor vai à casa do Dr. Stephen Albert? Sem aguardar resposta, outro disse: A casa fica longe daqui, mas o senhor não se perderá se tomar esse caminho à esquerda e se em cada encruzilhada do caminho dobrar à esquerda. (Adaptado. Borges, J. Ficções . Rio de Janeiro: Globo, 1997. p.96.)
Quanto à cena descrita, considere que: I. o sol nasce à direita dos meninos. II. o senhor seguiu o conselho dos meninos, tendo encontrado duas encruzilhadas até a casa. Concluiu-se que o senhor caminhou, respectivamente, nos sentidos: a) oeste, sul e leste. b) leste, sul e oeste. c) oeste, norte e leste. d) leste, norte e oeste. e) leste, norte e sul. 5. (Enem) Um leitor encontra o seguinte anúncio entre os classificados de um jornal: VILA DAS FLORES Vende-se terreno plano medindo 200 m2. Frente voltada para o sol no período da manhã. Fácil acesso. (443)0677-0032
Interessado no terreno, o leitor vai ao endereço indicado e, lá chegando, observa um painel com a planta a seguir, onde estavam destacados os terrenos ainda não vendidos, numerados de I a V: Rua dos Cravos
N s n i m s a J s o d a u R
I
II
s a s o R s a d a u R
III
V
IV
Rua das Hortências
0
10 20 m
s a d i r a g r a M s a d a u R
l a i r o t i d E r e f f ä h c S / a t a M a d r a s é C ©
Considerando as informações do jornal, é possível afirmar que o terreno anunciado é o: a) I. b) II. c) III. d) IV. e) V.
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E.O. UERJ - EXAME DE QUALIFICAÇÃO 1. (UERJ)
Se uma imagem vale mais do que mil palavras, um mapa pode valer um milhão - mas cuidado. Todos os mapas distorcem a realidade. (...) Todos os cartógrafos procuram retratar o complexo mundo tridimensional em uma folha de papel ou em uma televisão ou tela de vídeo. Em resumo, o autor avisa, todos os mapas precisam contar mentirinhas. MARK MONMONIER. Traduzido de How to lie with maps . Chicago/London: The University of Chicago Press, 1996.
Observe o planisfério acima, considerando as ressalvas presentes no texto. Para deslocar-se sequencialmente, sem interrupções, pelos pontos A, B, C e D, percorrendo a menor distância física possível em rotas por via aérea, as direções aproximadas a serem seguidas seriam: a) Leste - Norte - Oeste b) Oeste - Norte - Leste c) Leste - Noroeste - Leste d) Oeste - Noroeste - Oeste 2. (UERJ) De acordo com as anotações no diário de bordo, presume-se que o padre Caspar calculou sua localização a partir do meridiano que passa sobre a Ilha do Ferro, 18° a oeste de Greenwich. Para ele, seu navio estava no meridiano 180°. Adaptado de ECO, Umberto. A ilha do dia anterior. Rio de Janeiro: Record, 200 6.
O romance A ilha do dia anterior, de Umberto Eco, conta a história de um nobre europeu e de um padre, chamado Caspar, que participaram de duas expedições marítimas em meados do século XVII. O objetivo das expedições era tornar preciso o cálculo das longitudes. Tendo como referência o meridiano de Greenwich, a longitude do navio do padre Caspar corresponde a: a) 158° Leste b) 158° Oeste c) 162° Leste d) 162° Oeste
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E.O. UERJ - EXAME DISCURSIVO 1. (UERJ)
Como pode ser observado na figura, a Terra possui uma inclinação de 23°27' em relação ao plano de sua órbita em torno do Sol, o que gera vários fenômenos físicos. Aponte duas alterações, uma no clima e outra na duração dos dias e das noites, que a ausência dessa inclinação provocaria.
E.O. OBJETIVAS (UNESP, FUVEST, UNICAMP E UNIFESP) 1. (Fuvest)
Considere os exemplos das figuras e analise as frases a seguir, relativas às imagens de satélite e às fotografias aéreas. I. Um dos usos das imagens de satélites refere-se à confecção de mapas temáticos de escala pequena, enquanto as fotografias aéreas servem de base à confecção de cartas topográficas de escala grande. II. Embora os produtos de sensoriamento remoto estejam, hoje, disseminados pelo mundo, nem todos eles são disponibilizados para uso civil. III.Pelo fato de poderem ser obtidas com intervalos regulares de tempo, dentre outras características, as imagens de satélite constituem-se em ferramentas de monitoramento ambiental e instrumental geopolítico valioso.
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Está correto o que se afirma em: a) I, apenas. b) II, apenas. c) II e III, apenas. d) I e III, apenas. e) I, II e III.
4. (Unesp) Analise as diferentes projeções cartográficas.
2. (Unesp) A figura representa o palco da guerra entre a coalizão Anglo-Americana e o Iraque.
Usando as referências contidas na figura e considerando que a distância entre o centro de Bagdá e o limite do último círculo fosse de 5 cm, a escala do mapa seria a) 1: 160000000. b) 1: 53000000. c) 1: 20000000. d) 1: 15000000. e) 1: 3200000. 3. (Unesp) Verificando o mapa adiante e considerando o Equador e Greenwich, é possível afirmar que o Brasil tem a maioria de suas terras nos hemisférios:
a) b) c) d) e)
Norte e Sul. Sul e Ocidental. Sul e Oriental. Oriental e Ocidental. Ocidental e Norte.
Considerando conhecimentos geográficos sobre projeções cartográficas, é correto afirmar que elas: a) respeitam os mesmos graus de proporcionalidade, conformidade, equidistância e orientação, regras e convenções que garantem rigor na representação do planeta. b) podem ser admitidas como representações fiéis da realidade, pois expressam de forma precisa e rigorosa o planeta como ele é. c) trazem consigo diferentes formas de representação do planeta, buscando difundir ideologias e determinadas visões de mundo. d) se caracterizam pela objetividade e neutralidade, sem que fatores de ordem política, técnica ou cultural tenham influência sobre as formas de representação do planeta. e) são relações métricas entre a superfície do planeta e as áreas representadas no mapa, não apresentando distorções e deformações em relação à realidade.
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5. (Unicamp) Abaixo é reproduzido um mapa-múndi na projeção de Mercator.
3. (Fuvest)
Sol
I
II
Polo Norte
Polo Sul
É possível afirmar que, nesta projeção, a) os meridianos e paralelos não se cruzam formando ângulos de 90°, o que promove um aumento das massas continentais em latitudes elevadas. b) os meridianos e paralelos se cruzam formando ângulos de 90°, o que distorce mais as porções terrestres próximas aos polos e menos as porções próximas ao equador. c) não há distorções nas massas continentais e oceanos em nenhuma latitude, possibilitando o uso deste mapa para a navegação marítima até os dias atuais. d) os meridianos e paralelos se cruzam formando ângulos perfeitos de 90°, o que possibilita a representação da Terra sem deformações.
E.O. DISSERTATIVAS (UNESP, FUVEST, UNICAMP E UNIFESP) 1. (Unicamp) “Nos primeiros dias do outono subitamente entrado, quando o escurecer toma uma evidência de qualquer coisa prematura, e parece que tardamos muito no que fazemos de dia, gozo, mesmo entre o trabalho quotidiano, essa antecipação de não trabalhar...” (Fernando Pessoa, Livro do Desassossego . Campinas: Editora da Unicamp, 1994, vol. II, p. 55).
a) Compare as características do outono em Portugal (terra natal de Fernando Pessoa) com o outono da região nordeste do Brasil. b) Diferencie “solstício” de “equinócio”.
2. (Fuvest) Nos anúncios de imóveis de São Paulo, é comum realçar a qualidade de ser “face norte”. Tal qualidade seria importante também nas cidades de Belém do Pará ou Nova York? Explique.
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III
Polo Norte
Polo Sul
Polo Norte
Polo Sul
a) Identifique e relacione as figuras I, II e III às estações do ano no Hemisfério Sul. b) Explique as variações do período de iluminação para as cidades de São Paulo e Belém, relacionando-as com o “horário de verão”.
GABARITO E.O. Aprendizagem 1. A
2. D
3. C
4. E
5. C
6. B
7. D
8. D
9. D
10. E
5. B
E.O. Fixação 1. B
2. C
3. C
4. D
6. E
7. E
8. B
9. E
E.O. Complementar 1. A
2. B
3. D
4. E
E.O. Dissertativo
1. A distância longitudinal entre China (116° leste) e Londrina (51°oeste) é de 167°. Considerando-se que a cada 15° tem-se a correspondência de um fuso horário, ao se dividir a distancia de 167° por 15° obtém-se a diferença horária entre as duas cidades: 11 horas. Como Londrina está localizada a oeste da China e, portanto, com horários atrasados, diminui-se 11 horas de 16h30 (horário de Pequim): 5h30 que é o momento que a reunião se encerrou. O comunicado foi feito duas horas após o termino da reunião, logo, às 7h30 em Londrina. 2.
a) A estação do ano no Hemisfério Sul na foto 3 é a Primavera. Conseguimos chegar
a esta conclusão após analisar a foto 2, em que percebemos ter uma menor incidência de raios solares no Hemisfério Sul, resultando, assim, no inverno, e a foto 4, em que percebemos ter uma maior incidência de raios solares no Hemisfério Sul resultando, assim, no verão. b) Foto 1 – Equinócio Primavera Foto 2 – Solstício Verão Foto 3 – Equinócio Outono Foto 4 – Solstício Inverno 3. a) O GPS determina as coordenadas geográficas de um local através de uma rede de satélites de órbita polar, que substituem o Sol e as estrelas na determinação de coordenadas geográficas. b) O aparelho pode indicar com precisão a localização de pontos fixos no espaço, além de objetos em movimento, o que permite acompanhar rotas, direções e velocidades. Esses usos servem tanto para a paz como para a guerra. 4. a) Da América para a Ásia, os marinheiros viajam para locais com 24 horas a mais, ou seja, um dia. Os marinheiros se encontravam sob a linha internacional de data exatamente à meia-noite da sexta-feira, enquanto na ilha ainda era meia-noite da quinta-feira. Como a embarcação se encontrava navegando no sentido oeste, ela estava um dia adiantada. b) O navio Daphne está a oeste da linha internacional de data e a ilha está a leste dessa linha, o que explica a diferença de 24 horas entre os dois. A linha do meridiano de 180°, que é a marca da mudança internacional da data é o antimeridiano de Greenwich, ou seja, uma convenção internacional que permite a passagem de um dia para outro, evitando erros no calendário. Ela foi estabelecida numa localidade da Terra dominada na maior parte pelas águas do Oceano Pacífico, onde há poucos territórios e habitações, o que evita prováveis confusões. 5. A cidade localiza-se no Hemisfério Norte e, em 21 de junho, o sol se encontra mais a pino porque os raios solares estarão incidindo perpendicularmente no Trópico de Câncer, resultando, assim, no solstício de verão. As estações do ano nesta cidade serão: 21 de março: equinócio - primavera 23 de setembro: equinócio - outono 21 de junho: solstício - verão 21 de dezembro: solstício - inverno § § § §
As consequências geográficas ligadas à trajetória I → II (leste → oeste) serão: fusos horários (diferenças horários) – sucessão dos dias e das noites. 6.
a) O movimento aparente do Sol é explicado através do movimento de rotação da Terra. Aparentemente, um observador vê o Sol girando em torno da Terra e não percebe que é a Terra que está se movendo ao redor do Sol. b) Estações do ano. c) Os raios solares incidem perpendicularmente sobre a Terra no solstício de verão do hemisfério norte e no solstício de verão no hemisfério sul. Nos pontos da Terra exatamente sobre trópicos de Câncer e de Capricórnio, haverá ao menos um momento, num único dia por ano, em que o Sol estará em seu completo Zênite. Isso ocorrerá na data do solstício de verão do respectivo hemisfério. Estará totalmente “a pino”, de modo que as sombras dos objetos ficarão exatamente sob os mesmos. Isso ocorre por volta de meio dia, variando essa hora em função da posição relativa do local dentro do seu fuso horário. 7. Caso a Terra não tivesse a sua inclinação, as consequências seriam: – Clima: as estações do ano não existiriam (verão, outono, inverno e primavera), pois a temperatura se manteria próxima a uma média de acordo com a latitude, – Duração dos dias e das noites: não haveria alterações da duração dos dias e das noites ao longo do ano, tendo cada um 12 horas. 8. a) O Brasil é cortado pelos paralelos do Equador e Trópico de Capricórnio. Os estados por que o Equador passa são: AM, RR, PA e AP, e os estados em que o Trópico de Câncer passa são SP, PR e MS. b) As consequências geográficas são que o Brasil possui terras no Hemisfério Norte e Sul e nas faixas climáticas intertropical e temperada. 9. a) Paralelos: planos paralelos ao Equador, perpendiculares ao eixo de rotação. b) Latitudes: distância angular de um ponto ao Equador. c) Meridianos: planos que cortam a Terra de um Polo a outro, perpendiculares ao Equador. d) Longitude: distância angular de um ponto ao Meridiano de Greenwich. 10. As estações do ano são determinadas por dois fatores. São eles: eixo de inclinação (23º 27’) da Terra em relação a sua órbita do Sol e o movimento de translação da Terra em torno do Sol.
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E.O. Enem 1. C
2. E
3. E
4. A
5. D
E.O. UERJ Exame de Qualificação 1. A
2. C
E.O. UERJ Exame Discursivo
1. Clima: As estações do ano não existiriam; a temperatura se manteria próxima a uma média, variável de acordo com a latitude, durante todo o ano. Duração dos dias e das noites: os dias e as noites teriam a mesma duração, 12 horas cada um, em todas as latitudes, durante todo o ano.
E.O. OBJETIVAS (UNESP, FUVEST, UNICAMP E UNIFESP) 1. E
2. E
3. B
4. C
5. B
E.O. Dissertativas (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) 1.
a) As estações do ano ocorrem em datas diferentes, pois Portugal está localizado no Hemisfério Norte e o Brasil no Hemisfério Sul, mais precisamente o outono ocorre entre os dias 23 de setembro a 21 de dezembro em Portugal e, entre 21 de março a 21 de junho no Brasil. As características do outono nos dois países citados são semelhantes tendo o início das chuvas oriundas do mediterrâneo, em Portugal. Com a entrada da Massa Polar Atlântica no Brasil temos as chuvas frontais que podem se estender até o Sertão nordestino. b) O solstício é um fenômeno que ocorre duas vezes ao ano, determinando as estações do verão, dias mais longos, e do inverno, noites mais longas. Isso ocorre porque há mais incidência de raios solares em um Hemisfério ao outro, ou seja, dizemos que os raios solares estão incidindo de forma perpendicular aos trópicos (capricórnio e câncer). O equinócio também é um fenômeno que ocorre duas vezes ao ano, determinando as estações “intermediárias” (Primavera e Outono), ou seja, as estações de transição entre o verão e o inverno. Aqui
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teremos uma distribuição dos raios solares de forma equilitária entre os dois hemisférios, ou seja, os raios solares vão estar incidindo de maneira perpendicular no paralelo do Equador.
2. Não, em Nova Iorque este anúncio teria que destacar a qualidade “face sul” pois, no Hemisfério norte, o sul é onde mais “bate” sol e, em Belém a variação dos raios solares é mínima, já que está localizada próxima à linha equatorial. 3. a) I – inverno, II – primavera e III – verão b) Em Belém, por estar próximo a linha do Equador, quase não há variações do dia ao longo do ano, já em São Paulo as variações da duração do dia são bem perceptíveis, tendo os verões dias mais longos e os invernos, dias mais curtos. Devido às variações desse último, é incluído o horário de verão para incentivar maior economia de energia elétrica.
k c o t s r e t t u h S / f f i r T ©
Aulas
3e4 Fuso horário e noções de cartografia Competência 2 Habilidade 6
Competência 1 – Compreender os elementos culturais que constituem as identidades. H1
Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.
H2
Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas.
H3
Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos
H4
Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura.
H5
Identificar as manifestações ou representações da diversidade do patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades.
Competência 2 – Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconômicas e culturais de poder. H6
Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos.
H7
Identificar os significados histórico-geográficos das relações de poder entre as nações.
H8
Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere à dinâmica dos fluxos populacionais e no enfrentamento de problemas de ordem econômico-social.
H9
Comparar o significado histórico-geográfico das organizações políticas e socioeconômicas em escala local, regional ou mundial
H10
Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da participação da coletividade na transformação da realidade histórico-geográfica.
Competência 3 – Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais. H11
Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço.
H12
Analisar o papel da justiça como instituição na organização das sociedades.
H13
Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder.
H14
Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situação ou fatos de natureza histórico-geográfica acerca das instituições sociais, políticas e econômicas.
H15
Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao longo da história.
Competência 4 – Entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social. H16
Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na o rganização do trabalho e/ou da vida social.
H17
Analisar fatores que explicam o impacto das novas tecnologias no processo de territorialização da produção.
H18
Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações sócio-espaciais.
H19
Reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que determinam as várias formas de uso e apropriação dos espaços rural e urbano.
H20
Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações impostas pelas novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho.
Competência 5 – Utilizar os conhecimentos históricos para compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da democracia, favorecendo uma atuação consciente do indivíduo na sociedade. H21
Identificar o papel dos meios de comunicação na construção da vida social.
H22
Analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mudanças nas legislações ou nas políticas públicas.
H23
Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das sociedades.
H24
Relacionar cidadania e democracia na organização das sociedades.
H25
Identificar estratégias que promovam formas de inclusão social.
Competência 6 – Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no espaço em diferentes contextos históricos e geográficos. H26
Identificar em fontes diversas o processo de ocupação dos meios físicos e as relações da vida humana com a paisagem.
H27
Analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio físico, levando em consideração aspectos históricos e (ou) geográficos.
H28
Relacionar o uso das tecnologias com os impactos sócio-ambientais em diferentes contextos histórico-geográficos.
H29
Reconhecer a função dos recursos naturais na produção do espaço geográfico, relacionando-os com as mudanças provocadas pelas ações humanas.
H30
Avaliar as relações entre preservação e degradação da vida no planeta nas diferentes escalas.
INTRODUÇÃO Até a Revolução Industrial, todos os países do globo tinham seu horário próprio, sem se preocupar com os demais países, uma vez que àquela época, era praticamente impossível chegar à capital de um país vizinho no mesmo dia. A partir desse marco histórico, com o barco e a locomotiva à vapor, as distâncias se encurtaram, trazendo dificuldades para a determinação da hora. Em 1884, representantes de 25 países se reuniram, em Washington, para que todos utilizassem um sistema padronizado de horas e, assim, foram criados os fusos horários. Dividindo-se os 360º da “esfera” terrestre pelo número de horas em que a Terra leva para completar seu movimento de rotação, teremos 15º (quinze graus), ou seja, a cada hora, a Terra gira 15º. Partindo desse raciocínio, o nosso planeta foi dividido em 24 fusos horários, correspondentes às 24 horas do dia e limitados por meridianos, distantes 15º uns dos outros. O meridiano 0º tem como referências tem como referência o observatório de Greenwich, localizado no subúrbio de Londres, que passou a simbolizar o primeiro meridiano internacional, base para a determinação do horário legal, adotado em todo o mundo. Como a Terra gira de Oeste para Leste, os fusos à leste de Greenwich têm as horas adiantadas em relação ao fuso inicial. Já os fusos situados à oeste têm as horas atrasadas em relação à hora de Greenwich. Outro problema abordado na Conferência do Meridiano, foi estabelecer um marco para a mudança do dia no planeta. Definiu-se a partir de então, o antimeridiano de Greenwich, isto é, a linha de longitude 180º, oposta ao meridiano inicial, chamada Linha internacional de mudança de data. Esse meridiano divide um fuso em que todos os lugares têm a mesma hora, mas, a oeste da linha, a data está um dia na frente da data a leste. Pode-se observar no mapa-múndi que os limites dos meridianos não são respeitados estritamente, há variações de acordo com cada país. Ou seja, o horário de determinadas áreas em alguns países não correspondem ao horário do fuso no qual pertencem, existe um limite prático entre os fusos, que seguem o contorno e os limites entre países ou entre as unidades administrativas em que alguns países se dividem. -12 -11 -10
-9
-8
-7
-6
-5
-4
-3
-2
-1
0
+1
+2
+3
+4
+5
+6
+7
+8
+9
+1 0 +11 +12
90°
90°
Círculo Polar Ártico Reykjavik
60° Is.Aleutas
Ottawa
Nova Iorque Washington
Berlim Bucareste
Beijing Trípole
Is. Madeira
Tóquio 30°
Nova Délhi
Riad
Hong Kong
Is.Havaí
Cidade do México
Cabo Verde
Dacar
Manila
Niamei
Georgetown 0°
Seul
Teerã
Cairo
Is. Canárias
Trópico de Câncer
Astana
Paris Madrid Argel
Açores
Los Angeles
30°
60°
Moscou Londres
Vancouver
Adis Abeba
Bogotá
Equador
) T MLuanda G ( h c i w n e e r G e Cidade d do Cabo o n a i d i r e M
Is.Galápagos
Lima Brasília
Trópico de Capricórnio Is.Tonga
Is.Pitcairn
30°
Buenos Aires
Is. Malvinas
0°
Nairóbi Is.Maldivas
Jacarta Is.Fiji
Maputo
30°
Sydney Melbourne
60°
60°
Círculo Polar Antártico
90° 180°
120°
Horário f racionado
60°
0°
60°
120°
180°
70
0
140km
PROJEÇÃO DEROBINSON
Linha internacional de data
Fonte: Atlas Geográfico. 3. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 1986. Adaptado.
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Calculando os fusos Mesmo sem mapa é possível calcular a hora em certas localidades, desde que se saiba sua longitude e o horário e a longitude de outro local, que será tomado como referência. Para isso, procede-se da seguinte forma: determina-se a diferença entre as longitudes dos dois lugares; somam-se as duas longitudes se estiverem em hemisférios diferentes; subtrai-se as longitudes se estiverem no mesmo hemisfério; o resultado deve ser dividido por 15º; o resultado dessa divisão será a diferença entre os horários de dois lugares. Esta deverá ser subtraída se o local estiver à oeste, ou somado, para leste. §
§
§
§
§
Fusos horários do Brasil Devido à sua grande extensão longitudinal, o Brasil possui quatro fusos horários. A maior parte do território fica no segundo fuso (atrasado em 3 horas em relação à Greenwich) que corresponde à hora oficial do Brasil – ou horário de Brasília. Nesse fuso, estão incluídas as regiões Sul, Sudeste, Nordeste e parte das regiões Norte e Centro-Oeste. O limite prático dos fusos acompanha a divisão política do país, para evitar a existência de dois fusos dentro do mesmo Estado. Os fusos do Brasil são: Primeiro fuso: está duas horas atrasado em relação a Greenwich. Inclui apenas o arquipélago de Fernando de Noronha. Segundo fuso: está três horas atrasado em relação a Greenwich. Inclui em sua totalidade as regiões Sul, Sudeste e Nordeste, além dos estados de Goiás, Tocantins, Amapá, o Distrito Federal e o Pará. Terceiro fuso: está quatro horas atrasado em relação a Greenwich. Inclui os estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Roraima, o Amazonas. Quarto fuso: está cinco horas atrasado em relação a Greenwich. Somente o estado do Acre está situado neste fuso, que voltou a entrar em vigor em setembro de 2013. §
§
§
§
Brasil: fuso horário 70° O
VENEZUELA
40° O
30° O N
SURINAME
- 4:30 horas
COLÔMBIA
GUIANA 50° O FRANCESA
60° O
RR
O
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L
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Linha do Equador
0°
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10° S
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10° S
BA
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2 0 ° S
2 0° S
SP
PARAGUAI
Capr icórn io Tróp ico de CHILE
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PR
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O
N
A
E
S 3 0 °
URUGUAI
C O
400
Escala 1:40 000 000 200 0
400 k m
3 0° S
Projeção Policônica
70° O
- 5 hor as
60° O
- 4 horas
40° O
50° O
- 3 hor as
30° O
-2 hor as
Fonte : IBGE. Disponível em:
. Acesso em: Nov. 2014
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Horário de verão Para aproveitar os dias mais longos do verão nas regiões de média e alta latitudes, criou-se o chamado horário de verão. Cerca de 50 dias antes do solstício de verão, adianta-se o relógio em 1 hora. Com essa mudança, as pessoas passam a acordar mais cedo do que fariam normalmente. Uma pessoa que acorda às 7 horas, por exemplo, passa a acordar, no horário de verão, o equivalente às 6 horas sem essa mudança. Como os dias são mais longos, já há iluminação natural nesse horário, aproveitando-se a claridade do dia desde seu início. No final da tarde, quando o Sol, que se poria normalmente às 19 horas, passa a se por às 20 horas. O primeiro país a adotar o horário de verão foi a Alemanha, em 1916. A partir daí, diversos países na Europa o adotaram, devido à Primeira Guerra Mundial. A economia de energia elétrica foi vista como um esforço de guerra, propiciando a economia de carvão, principal fonte de energia da época. Nos Estados Unidos foi mais difícil implementar o horário de verão, por conta da coincidência com a implantação do sistema de fusos horários em 1918 (por ocasião da Primeira Guerra Mundial). No Brasil, ele foi adotado pela primeira vez em 1931, visando também a economia de energia elétrica. Lei restabelece fusos horários do Acre e de parte do AmazonasA partir do dia 10, área passará a ter duas horas - e não uma - a menos em relação a Brasília e o Brasil voltará a contar com quatro fusos. O Diário Oficial da União desta quinta-feira, 31, traz publicada a Lei 12.876, sancionada pela presidente Dilma Rousseff e que restabelece o fuso horário do Estado do Acre e de parte do Estado do Amazonas para duas horas a menos em relação ao horário de Brasília. Os fusos dessas duas regiões haviam sido alterados em 2008, pela Lei 11.662, que reduziu de duas para uma hora a diferença em relação a Brasília. Fonte: www.estadão.com.br/noticias/geral,lei-restabelece-fusos-horarios-do-acre-e-de-parte-do-amazonas, 1091749,0.httm
A CARTOGRAFIA Ciência da representação gráfica da superfície terrestre, a Cartografia tem como produto final o mapa. Porém, os mapas e outros produtos realizados pela cartografia não são cópias fiéis da realidade. Ele só seria a reprodução fiel da realidade se fosse exatamente do tamanho real da área mapeada, tornando-o inútil e inviável. As-
sim, os mapas são sempre a representação de parte da realidade. É sempre necessário se perguntar o que ele quer representar e qual é o seu objetivo. Dessa forma, os cartógrafos utilizam alguns recursos que visam facilitar o entendimento e a interpretação das cartas. Podemos distinguir dois ramos dentro da cartografia, a Sistemática e a Temática. A Cartografia Sistemática tem como objetivo produzir mapas com o máximo de precisão possível, ou, ao menos, com distorções controladas. Os mapas topográficos, por exemplo, são produzidos pela cartografia sistemática. Já a Cartografia Temática tem como objetivo a utilização de mapas de base, geralmente produzidos pela cartografia sistemática, para a representação de temas variados da geografia física ou humana. São utilizados símbolos, cores, gráficos e as próprias formas e tamanhos das áreas representadas para expressar os dados.
Histórico O desenvolvimento da Cartografia acompanhou o próprio progresso da civilização desde épocas remotas até os dias atuais. A evolução da Cartografia sempre foi incrementada pelas guerras, pelas descobertas científicas, pelo desenvolvimento das artes e ciências, pelos movimentos históricos que possibilitaram e exigiram, cada vez mais, maior precisão na representação gráfica da superfície da Terra. Mas foi na Grécia Antiga que se lançaram os primeiros fundamentos da ciência cartográfica, quando Hiparco (160-120 a.C.) utilizou, pela primeira vez, métodos astronômicos para determinar a superfície da Terra e deu a primeira solução do problema relativo ao desenvolvimento da superfície da Terra sobre um plano, idealizando a projeção cônica. Todo o conhecimento geográfico e cartográfico da Grécia Antiga se condensa e nos escritos do geógrafo e cartógrafo, geógrafo e cartógrafo grego Cláudio Ptolomeu de Alexandria (90-168 a.C.). Sua extraordinária obra em seis volumes ensina os princípios da cartografia matemática, das projeções e dos métodos de observação astronômica. Foram diversos fatores que contribuíram, para a revolução da Cartografia, que começou no século XV. O advento da agulha magnética permitiu a exploração dos mares e intensificou o comércio para Leste. Deu-se início, então, à epopeia portuguesa dos descobrimentos. Além disso, Gutenberg inventou a imprensa e foi fundada a Escola de Sagres. 35
No século XIX, deu-se início ao levantamento hidrográfico do litoral brasileiro, um dos maiores destaques da história da cartografia náutica do Brasil. Já no século XX, a grande revolução na Cartografia é determinada, principalmente pelo emprego da Aerofotogrametria e pela introdução da eletrônica no instrumental necessário para os levantamentos. Hoje, a Cartografia contemporânea busca acompanhar o progresso em todos os ramos da atividade humana. Uma das principais características desse século é uma produção em massa, no menor tempo possível e com precisão cada vez maior. s n o m m o C a i d e m i k i W / t o r e d a D
©
Mapas e cartas: definições Não existe uma diferença rígida entre os conceitos de mapa e carta, tornando-se difícil estabelecer uma separação definitiva entre o significado dessas designações. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), “carta é a representação no plano, em escala média ou grande, dos aspectos artificiais e naturais de uma área tomada de uma superfície planetária, subdividida em folhas delimitadas por linhas convencionais – paralelos e meridianos – com a finalidade de possibilitar a avaliação de pormenores, com grau de precisão compatível com a escala”. “Mapa é a representação no plano, normalmente em escala pequena, dos aspectos geográficos, naturais, culturais e artificiais de uma área tomada na superfície de uma figura planetária, delimitada por elementos físicos, político-administrativos, destinadas aos mais variados usos, temáticos, culturais e ilustrativos”. 36
A distinção entre mapa e carta é um tanto convencional e subordinada à ideia de escala, notando-se, entretanto, certa preferência pelo uso da palavra carta. Na realidade, o mapa é apenas uma representação ilustrativa e pode perfeitamente ser considerado um caso particular de carta. Assim, o mapa é a representação da Terra, nos seus aspectos geográficos, naturais ou artificiais, que se destina a fins culturais ou ilustrativos. Não tem, portanto, caráter científico especializado e é, geralmente, construído em escala pequena, cobrindo um território mais ou menos extenso. Carta é a representação dos aspectos naturais ou artificiais da Terra, destinada a fins práticos da atividade humana, permitindo a avaliação precisa de distâncias, direções e localizações geográficas de pontos, áreas e detalhes. É, portanto, uma representação similar ao mapa, mas de caráter especializado, construído com uma finalidade específica e, geralmente, em escalas maiores.
Mapeamento é o conjunto de operações de levantamento, construção e reprodução das cartas e determinado projeto. De acordo com a escala, podemos classificar os mapas e as cartas em: Cadastrais, com as escalas de 1:500 a 1:10 000. Topográficos , com escalas de 1:25 000 a 1:25 0 000. Geográficos, com escalas de 1:500 000 a 1:1 000 000. §
§
§
CONSTRUÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS MAPAS A orientação no mapa A maioria dos mapas traz uma rosa dos ventos ou uma seta indicando o Norte. De modo geral, quando não há essa indicação, convencionou-se que o Norte está na parte superior do mapa.
Elementos de um mapa Um mapa representa o espaço a partir da visão vertical e podem ser classificados em: topográficos, representando todos os elementos visíveis do espaço, como área urbana, agricultura, vias de transporte, hidrográfia, tipos de vegetação, e são elaborados a partir de levantamentos topográficos realizados por empresas privadas ou órgãos governamentais como o IBGE, e servem de base para outro tipo de mapa, os temáticos. esses são representações de fenômenos naturais, como clima, relevo, rochas, etc) ou socioeconomicos (populaçao, indústria, urbanização, etc) mostrando seus aspectos quantitativos e/ou qualitativos. Um mapa deve conter: Título: informa o tema que está sendo representado; Legenda: mostra o significado dos símbolos e é importante para explicar o que o mapra comunicou visualmente; Escala: indica quantas vezes o mapa foi reduzido, possibilitando o cálculo das distâncias e das dimensões reais do espaço representado. §
§
§
o ã ç a g l u v i
D
Legenda do mapa da rede metroviária de São Paulo.
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A representação do relevo Tanto o relevo terrestre quanto o submarino podem ser representados de várias formas – por cores (altitudes), hachuras, blocos-diagramas, porém as mais usuais são as curvas de nível e o perfil topográfico. As cores convencionadas pela Carta Internacional do Mundo (CIM) para mostrar as altitudes são as hipsométricas (verde, amarelo, marrom, violeta, violeta-escuro e branco), que indicam as cotas acima do nível do mar, e as batimétricas (tons azul), que indicam as cotas abaixo do nível do mar. Alagoas: mapa hipsométrico
Fonte: Governo do Estado de Alagoas. Acesso: Nov. 2014.
A topografia e as curvas de nível As curvas de nível, também chamadas isoípsas, são linhas que unem pontos de igual altitude na superfície representada. Os intervalos existentes entre essas linhas são equidistantes, isto é, têm sempre a mesma medida.
Exemplo de curva de nível e perfil topográfico
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A interpretação das curvas de nível exige o conhecimento de algumas noções básicas: Quanto maior a declividade do terreno representado, mais próximas são as curvas de nível; na representação de terrenos pouco íngremes, elas são mais afastadas. Entre duas curvas de nível, há sempre a mesma diferença de altitude. Pontos situados na mesma curva de nível têm a mesma altitude. Os rios nascem nas áreas mais altas e correm para as áreas mais baixas. §
§
§
§
CARTOGRAFIA COMPUTADORIZADA: A GEOMÁTICA O século XXI traz consigo uso generalizado da geomática, definida pela International Standards Organization como “o campo de atividade que integra todos os meios utilizados para a aquisição e o gerenciamento de dados espaciais necessários às operações científicas, administrativas, legais e técnicas envolvidas no processo de produção e gerenciamento da informação espacial”. De modo mais simples, podemos definir a geomática como a ciência e a tecnologia de coletar, interpretar e utilizar informações geográficas. A geomática não é um campo novo, mas representa uma evolução das técnicas cartográficas, abrangendo outros recursos utilizados também pela cartografia, como a topografia, a geodésia e a aerofotogrametria, juntamente com novas técnicas de sensoriamento remoto, o GPS e o Sistema de Informação Geográfica (SIG). Ou seja, utiliza dados coletados por satélites e através do trabalho de campo, reunidos e processados em computadores, gerando produtos como mapas digitais ou bases de dados. O resultado mais completo obtido com o uso das técnicas da geomática é o que chamamos de geoprocessamento ou SIG, que permite a superposição e o cruzamento de informações. Sua principal característica é integrar, em uma só base, informações diversas – imagens, dados cartográficos, populacionais etc. – de forma que seja possível consultar, comparar e analisar essas informações, além de produzir mapas. Os principais recursos usados pela geomática são: aerofotogrametria, GPS, SIG e tecnologia de sensoriamento remoto.
Aerofotogrametria Também conhecida por fotogrametria, é a técnica de elaborar cartas com base em fotografias aéreas e com a utilização de aparelhos e métodos estereoscópicos, que permitem a representação de objetos em um plano e sua visão em três dimensões. Alguns detalhes são essenciais para a representação de fotografias aéreas, como, por exemplo, o tamanho e a forma da área estudada ou a tonalidade e as sombras existentes nas fotos. Os tipos de fotografias aéreas mais usadas são os mosaicos cartográficos, montagens de fotografias aéreas, e as ortofotocartas, imagens com escala precisa, em que podem estar representadas curvas de nível, ruas, limites etc.
Técnica de aerofotogrametria
Tecnologia de sensoriamento remoto As técnicas de sensoriamento remoto caracterizam-se pela separação física entre o sensor (câmera fotográfica ou satélite artificial) e o objeto de estudos que está na superfície da Terra. Podemos chamar de sensoriamento remoto o conjunto de técnicas que permite obter informações sobre a superfície da Terra por meio de sensores instalados em satélites artificiais. Essas imagens são utilizadas para o levantamento de dados do meio ambiente, geomorfológicos, agriculturais, cartográficos, geológicos, de recursos hídricos e inúmeras outras aplicações.
A S E
©
Manaus é visivel como uma mancha branca, situada na confluência dos rios Preto e Amarelo, na bacia Amazônica.
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Tecnologia de posicionamento global GPS é a abreviatura de Global Positioning System , ou em português, Sistema de Posicionamento Global, em português. É um sofisticado sistema de navegação e posicionamento global que informa com precisão a latitude, a longitude e a altitude de um lugar, possibilitando o mapeamento de rotas marítimas e terrestres, redes de transmissão de energia elétrica, correntes marítimas, ecossistemas, bem como o monitoramento de desastres ambientais e da fauna de certas regiões.
Imagem gerada a partir do aplicativo PathAway GPS Outdoor Navigator.
SIG É a abreviação para Sistemas de Informação Geográficas. São sistemas destinados ao tratamento de dados referenciados espacialmente. Esses sistemas manipulam diversas fontes, como mapas, imagens de satélites, cadastros entre outros, permitindo recuperar e combinar informações e efetuar os mais diversos tipos de análises.
Esquema de um SIG
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A
REPRESENTAÇÃO DA SUA PROBLEMÁTICA
TERRA
SOBRE UMA SUPERFÍCIE PLANA E
A cartografia ainda hoje se depara com um grande desafio: mesmo considerando todos os processos científicos e tecnológicos de representações espaciais da Terra, a problemática é a representação do nosso planeta sobre uma superfície plana com exatidão. A Terra é “esférica”, mas os papéis são planos. Representar em um desenho a superfície do planeta obriga, então, a fazer ajustes para que que um objeto tridimensional seja representado de forma bidimensional. Resumindo, toda e qualquer tentativa de representar uma geoide em uma superfície plana causa algum tipo de deformação. De modo geral, podemos afirmar que a única forma rigorosa de representar a superfície da Terra é por meio de globos, nos quais se conservam exatamente as posições relativas de todos os pontos e as dimensões são apresentadas em uma escala única. Entretanto, a representação “perfeita” da Terra e os detalhes que o mundo moderno exige obrigariam a construção de um globo de proporções exageradas, tendo praticamente o mesmo tamanho da Terra, o que inviabiliza o processo de tal representação. Buscando solucionar ou amenizar as mais diversas deformidades nas representações cartográficas da Terra, os cartógrafos criaram as projeções cartográficas, que consistem em um conjunto de linhas, que formam uma rede de coordenadas, sobre a qual são representados os elementos do mapa: terras, cidades, mares, rios etc. Os sistemas de pro jeções cartográficas são classificados quanto ao tipo de superfície adotada e pelo grau de deformação da superfície. No entanto, cabe aqui ressaltar que nenhum tipo de projeção escolhida para representar a Terra evitará deformações. Elas valorizarão alguns aspectos da superfície representada e farão com que as distorções sejam conhecidas.
AS PRINCIPAIS PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS As projeções cartográficas são classificadas, principalmente, por duas maneiras:
Projeção cilíndrica §
§
Quanto à superfície de projeção: podem ser projeções cônicas, azimutal ou planas e cilíndricas. Quanto às propriedades: pode-se minimizar as deformações ocorridas pela planificação da superfície terrestre no diz respeito às áreas, às distâncias e aos ângulos, mas nunca os três ao mesmo tempo. © Pe ar so n Pr en ti ce H al l, In c.
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Projeção cônica É a projeção do globo terrestre sobre um cone que o tangencia, sendo, depois, planificado. Os meridianos são linhas retas e convergentes, já os paralelos são circulares concêntricos. É a mais utilizada para regiões de médias latitudes. Na projeção cônica, as distorções próximas ao paralelo de contato com o cone são pequenas e aumentam à medida que as superfícies representadas distanciam-se desse paralelo. §
§
§
© C é s a r d a M a t a / S c h ä f f e r E d i t o r i a l
Projeção azimutal, plana ou polar Essa projeção apresenta a superfície terrestre em um plano. É a mais utilizada para representar as regiões polares (altas latitudes).
l a i r o t i d E r e f f ä h c S / a t a M a d r a s é C
Equador
©
E q u a d o r
Nesta projeção, temos as seguintes características: O mapa numa projeção azimutal é construído sobre um plano tangente a um ponto qualquer da esfera terrestre. Esse ponto ocupa sempre o centro do mapa. Mostra a proximidade entre EUA e Rússia, por melhor viabilizar rotas de avião entre a América do Norte e a Europa Setentrional e estabelecer as condições estratégicas entre os dois continentes. Já foi uma projeção prioritária no estudo da chamada Guerra Fria (antiga divisão Bipolar do mundo). É usada, em geral, para representar as regiões polares e suas proximidades e para localizar um país na posição central, tornando possível o cálculo de sua distância em relação a qualquer ponto da superfície terrestre. O emblema da ONU é uma projeção azimutal. As deformações são pequenas nas proximidades do ponto de tangência, mas aumentam com o distanciamento desse ponto. §
§
§
§
42
Mercator, Arno Peters e Robinson
A projeção cilíndrica de Mercator é uma representação cilíndrica e conforme, pois conserva a forma dos continentes, direções e ângulos, mas altera a proporção das superfícies, principalmente as regiões de alta latitude. Essa projeção é a mais apropriada à navegação marítima. É denominada Eurocêntrica (imperalista), uma vez que exagera de modo estratégico as latitudes de 60º N/S, provocando assim uma deformidade de quase 100%.
Arno Peters considerava que os mapas eram uma das manifestações simbólicas da submissão dos países do Terceiro Mundo. O mesmo combateu a imagem de superioridade dos países do Norte representada nos planisférios derivados da projeção de Mercator. A sua argumentação era a de que todos os países deveriam ser retratados no mapa-múndi de forma fiel à sua área, ou seja, de forma equivalente. É uma projeção cilíndrica e equivalente, pois mantém as áreas das superfícies representadas, apesar de distorcer suas formas. Com o objetivo de aperfeiçoar as características da projeção de Mercator nas superfícies das regiões de alta latitude, Arthur H. Robinson criou a sua projeção em 1963. É uma projeção afilática, que não preserva as áreas, as formas ou as distâncias. Porém as distorções não são muito extremas, produzindo assim um planisfério bem equilibrado em termos visuais.
l a i r o t i d E r e f f ä h c S / a t a M a d r a s é C ©
Projeção de Mecator
alri ot diE erf äfh cS a/t a M ad ra ésC ©
Projeção de Peters
l a i r o t i d E r e f f ä h c S / a t a M a d r a s é C ©
Projeção de Robinson
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Projeção equidistante
Escala
Os comprimentos são representados em escala uniforme. Podemos definir escala como a relação entre o tamanho do fato geográfico representado no mapa e o seu tamanho real na superfície da Terra. Os mapas podem apresentar dois tipos de escala: Escala numérica: representada por uma fração, na qual o numerador indica a distância no mapa e o denominador indica a distância na superfície real. Uma escala 1:100 000 (um por cem mil) significa que a superfície representada foi reduzida 100 mil vezes. Nesse caso, 1 cm no mapa = 100 000 cm = 1 000 m = 1 km na realidade. Escala gráfica: é uma linha reta graduada, na Projeção equivalente qual se indica a relação da distância real com as distâncias representadas no mapa. Por exemplo: Não alteraram as áreas, conservando assim, uma rela1 cm = 100 km ção constante com sua correspondência na superfície terrestre. 2 1 0 2 4 §
§
km
© César da Mata/ Schäffer Editorial
A fórmula para calcular a distância real entre dois pontos em um mapa é: D=E×d em que D é distância real, d é a distância no mapa e E é a escala.
Portanto, em um mapa de escala 1:200 000, se a distância em linha reta entre dois pontos é de 20 cm (pode ser medida com a régua), qual a distância real entre esses pontos?
Projeção conforme
D = 200 000 × 20 = 4 000 000 cm ou 40 km
Não há deformação dos ângulos em torno de quaisquer pontos.
Para saber a distância no mapa, usamos a fórmula a seguir: d=D:E
d = 4 000 000 : 200 000 = 20 cm
Escala grande e escala pequena Quanto à grandeza, as escalas podem ser classificas em: Grande escala: até 1:25 000. Média escala: entre 1:25 000 e 1:1 000 000. Pequena escala: acima de 1:1 000 000. §
§
§
44
Quanto maior a escala, menor a área representada, o que permite a visualização de uma quantidade maior de detalhes. Alguns exemplos utilizados em mapas com suas escalas correspondentes são: §
Mapas de plantas cadastrais, usadas para identificação de lotes no espaço urbano:
1:1 000 a 1:2 000. §
Mapas topográficos municipais: 1:5 000 a
1:20 000. §
Mapas topográficos regionais: 1:50 000 a
1:250 000. §
Mapas de grandes regiões brasileiras:
1:500 000 a 1:2 000 000. §
Mapas de grandes países como o Brasil:
escalas menores que 1:5 000 000.
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INTERATIVIDADE
ASSISTIR Filme
Documentário - “Todo mapa tem um discurso”
Levanta as principais questões simbólicas e práticas sobre as regiões marginalizadas que não pertencem ao mapa oficial da cidade.
ACESSAR Sites www.inpe.br
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Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Instituto Nacional...
LER
Livros Cartografia básica – Paulo Roberto Fitz O uso de mapas e imagens de satélite é cada vez mais frequente no nosso dia a dia. A sua correta interpretação, no entanto, exige o domínio de conceitos básicos nem sempre acessíveis na literatura disponível em língua portuguesa.
Gráficos e mapas – Tzvetan Todorov A proposta básica desta obra volta-se para o ensino-aprendizagem de gráficos e mapas. Destina-se, fundamentalmente, aos estudantes de graduação interessados nesta temática.
OUVIR
Músicas - Mapas do acaso – Engenheiros do Hawaí - Terra – Caetano Veloso
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APLICAÇÃO NO COTIDIANO A partir do conhecimento das escalas, por exemplo, podemos nos localizar e saber a distância que percorreremos ao observar um mapa em uma estação de metrô.
INTERDISCIPLINARIDADE
O estudo do globo terrestre motiva o conhecimento de conceitos da geometria esférica, ou seja, o ensino da matemática e a exploração dos conceitos geográficos, como a exploração do globo terrestre, e contribui para a compreensão de conteúdos específicos da geografia, como coordenadas e estudo dos mapas.
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E.O. APRENDIZAGEM 1. (Mackenzie) Em um mapa com escala de 1:70 000 000, foi traçada uma rota de navegação aérea entre dois pontos, A e B. O ponto A está a 45° oeste de Greenwich, enquanto o ponto B, a 75° oeste de Greenwich. Entre os pontos A e B, a rota de navegação media, no mapa, 20 mm. Sabendo-se que um avião partiu de A para B, às 14h, no dia 7 de novembro, em um voo de 2 horas, está correto afirmar que a distância percorrida e o horário local de chegada foram, respectivamente: a) 14 000 km e às 16h. b) 140 km e às 10h. c) 1 400 km e às 14h. d) 1 400 km e às 16h. e) 140 km e às 16h. 2. (PUC)
Bandeira da Organização das Nações Unidas (ONU) Disponível em: . Acesso em: 12 set.2013.
A bandeira da ONU (1947), nas cores azul e branco, simboliza a união dos povos do mundo através dos seus continentes (com a exceção da Antártida), emoldurada por ramos de oliveira, que representam a paz. A projeção cartográfica selecionada para a representação do globo terrestre nessa bandeira é: a) cilíndrica. b) cônica. c) azimutal-plana. d) senoidal e) cilíndrica-conforme. 3. (Ufpr) “Enrolem esse mapa; ele não será necessário [...]”. [...]”. O Primeiro Ministro Britânico William Pitt, o jovem, fez essa observação depois de ser comunicado sobre a derrota das forças britânicas na Batalha de Austerlitz, em 1805, em que ficou claro que a campanha militar de seu país na Europa Continental tinha sido frustrada. (Longley, P.; Goodchild, M. F.; Maguire, D. J.; Rhind, D. W. Sistemas e ciência da informação geográfica. Porto Alegre: Alegre: Bookman, p. 300).
Considerando as informações do texto, o desenvolvimento da cartografia e o uso de mapas, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas: ( ) A história da cartografia mostra que mapas são confeccionados para atender objetivos específicos que, quando cumpridos, tornam obsoletas as informações neles constantes. ( ) O texto ilustra o papel dos mapas como ferramenta de apoio e planejamento a inúmeras atividades que necessitam de informações espaciais. ( ) A leitura e interpretação de mapas exige a construção de legendas apropriadas ao tipo de informação que o mapa pretende transmitir. ( ) A observação “Enrolem esse mapa; ele não será necessário” pode ser considerada uma afirmação atual, uma vez que a tecnologia digital, empregada nos processos de produção e distribuição de mapas, tornou dispensável seu uso em papel. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo. a) V – F – V – V. b) F – F – F – V. c) V – V – V – F. d) F – V – V – F. e) V – V – F – V. 4. (Ifsul) Considerando que esta prova do Processo Seletivo Inverno 2016 do IFSUL tenha iniciado às 16h00min (Horário de Brasília), qual é o horário, no mesmo instante, i nstante, em Rio Branco – capital do Acre? a) 14h00min. b) 15h00min. c) 13h00min. d) 12h00min. 5. (Ifsc) Para receberem orientações sobre as possibilidades de uma possível epidemia do zika vírus, um grupo de agentes de saúde de Salvador (BA) se deslocou, no dia 18 de novembro de 2015, para Recife (PE). O deslocamento foi por via terrestre e a viagem transcorreu sem imprevistos, durando, aproximadamente, 11 horas. Sabendo-se que o horário de verão começou a vigorar em 18 de outubro de 2015 e que o grupo saiu às 7 horas de Salvador, é CORRETO afirmar que os agentes de saúde chegaram ao seu destino, aproximadamente às a) 19 horas, se for considerado o fuso horário de Rio Branco (AC). b) 17 horas, pois todos os estados do Nordeste estão no fuso horário prático de 60 ºW. c) 16 horas se for considerado cons iderado o horário de verão adotado nas Regiões Norte e Sudeste. d) 18 horas, pois os estados do Nordeste em 2015 não adotaram o horário de verão. e) 20 horas, se for considerado o fuso horário de Chapecó (SC) que adotou o horário de verão.
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6. (Mackenzie)
De acordo com a representação cartográfica acima, está correto afirmar que: a) Trata-se de uma projeção “cilíndrica conforme”, que representa a realidade espacial com extrema fidelidade, graças às novas tecnologias.
b) Corresponde a uma abordagem cartográfica que contraria as tradicionais visões eurocêntricas, com amplo destaque aos países do Sul, subdesenvolvido. c) Traduz a nova configuração de uma ordem multipolar, em que os países que compõem o BRICS aparecem com amplo destaque, proporcional proporcional à sua importância econômica. d) Exemplifica a projeção de Peters, em que se podem ver os países em relação ao seu peso demográfico. e) Demonstra uma distorção deliberada, chamada anamorfose, em que podemos diferenciar os países de acordo com seus recursos hídricos.
7. (Ufrgs) Considere as afirmações abaixo, sobre o Sistema de Posicionamento e Navegação Global, mais conhecido pela sigla em inglês GPS. I. O sistema é composto por três segmentos: espacial (os satélites em torno da Terra); controle terrestre (estações de monitoramento e recepção na superfície) e usuários (através de aparelhos receptores exclusivos ou incorporados em outros). II. O desenvolvimento do sistema de telefonia móvel (celular) foi o grande impulsionador para a criação de GPSs, uma vez que, sem smartphones, esses sistemas provav provavelmente elmente não existiriam ou teriam aplicação extremamente limitada. III.Os III. Os satélites de GPS possuem órbita fixa e sua disposição permite ao aparelho, na mão do usuário, captar informação de, pelo menos, quatro deles, permitindo assim o cálculo das coordenadas geográficas. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. 8. (Mackenzie)
Suponha que a escala cartográfica do mapa seja 1:50.000 e a distância, em linha reta, entre os pontos Braço Rio Grande e Braço Taquacetuba, 4 cm. No plano real, essa distância seria de aproximadamente: 50
a) b) c) d) e)
2 km 2,5 km 4 km 4,5 km 5 km
9. (Mackenzie) A maneira como imaginamos o mundo será diferente em 2020. Agrupamentos geográficos tradicionais terão cada vez menos importância nas relações internacionais. Desde o final da Guerra Fria, os estudiosos vêm questionando a utilidade do conceito Oriente versus Ocidente. O relatório da CIA: como será o mundo em 2020.
Diante de tantas análises e questionamentos geopolíticos de um mundo em permanente transformação, a cartografia continua, como há séculos, sendo essencial. Refletindo a respeito, identifique, dentre as alternativas, o tipo de Projeção Cartográfica que melhor evidencia os temas geopolíticos e regionais. a) Cilíndrica
e) Holzel
E.O. FIXAÇÃO 1.
b) Cônica
c) Mollweide
A projeção cartográfica do mapa configura-se como hegemônica desde a sua elaboração, no século XVI. A sua principal contribuição inovadora foi a: a) redução comparativa comparativa das terras setentrionais.
d) Azimutal Equidistante
b) manutenção da proporção real das áreas representadas. c) consolidaçã consolidaçãoo das técnicas utilizadas nas cartas medievais. d) valorização dos continentes recém-descobertos pelas Grandes Navegações. e) adoção de um plano em que os paralelos fazem ângulos constantes com os meridianos.
2. (Ifsp) Sobre Greenwich e os fusos horários, é correto o que se afirma em: I. Os fusos horários estão estabelecidos no planeta com base em uma linha longitudinal de referência que é a do meridiano de Greenwich. II. Ao todo são vinte e quatro fusos horários. III. Ao III. Ao todo são vinte e seis fusos horários. 51
IV. Greenwich é o meridiano que divide o globo terrestre em dois hemisférios: oriental e ocidental. V. Greenwich é o meridiano que divide o globo terrestre em dois hemisférios: norte e sul. VI. Greenwich é o nome de uma cidade que está localizada na Inglaterra e no meio do planeta. a) Somente II, III e VI são corretas. b) Somente I, II e V são s ão corretas. c) Somente I, III, IV e V são corretas. d) Somente II, IV e V são corretas. e) Somente I, II, IV e VI são corretas.
3. (Unisc) Entre os diversos elementos que compõem um mapa, encontra-se a escala. Ela pode ser definida como a proporção existente entre as distâncias lineares representadas no “papel” e as existentes na superfície superfíci e real. No caso das escalas numéricas, a representação é feita por meio de uma fração em que o numerador indica a distância medida no mapa enquanto o denominador informa a distância real. Partindo disso, assinale a alternativa cuja escala indica um maior detalhamento da área representada. a) 1:10.000 b) 1:50.000 c) 1:100.000 d) 1:300.000 e) 1:4.000.000 4. (Ufpr) O uso de imagens de satélite é uma das principais formas de obtenção de dados da superfície terrestre. Sobre o processo de aquisição e uso dessas imagens, considere as seguintes afirmativas: 1. Os satélites imageadores modernos possuem tecnologia capaz de adquirir imagens mesmo com a presença de densas nuvens, que não são mais um fator limitante, como ocorria com os antigos satélites do século XX. 2. O Brasil, devido aos altos custos e atraso tecnológico, desistiu da construção de satélites imageadores e passou a construir satélites de comunicação. 3. Imagens obtidas por sistemas sensores presentes em satélites são amplamente utilizadas em monitoramentos meteorológicos e de uso do solo, por exemplo. Assinale a alternativa correta. a) Somente a afirmativa 3 é verdadeira. b) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras. c) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras. d) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
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5. (Espcex) Em um exercício militar, militar, ao planejar um deslocamento, o comandante responsável identificou dois pontos para os quais deverá deslocar sua tropa. Estes pontos apresentam as seguintes coordenadas geográficas: Ponto “A” - Latitude: 29º 49’ 30’’ W
Ponto “B” - Latitude: 29º 45’ 00’’ S
- Longitu Longitude: de: 54º 54º 54’ 54’ 00’’ W - Longitu Longitude: de: 54º 54º 54’ 54’ 30’’ S
Após a chegada ao ponto “A”, um grupo de militares dessa tropa será deslocado para o ponto “B”, tendo que seguir em que direção? a) leste b) oeste c) nordeste d) sudeste e) noroeste 6. (PUC) Cidade/País
Latitude
Longitude
Londres (Inglaterra)
51° 32’ N
0° 5’ W
Oslo (Noruega)
59° 57’ N
10° 42’ E
Sofia (Bulgária)
42° 40’ N
23° 20’ E
Moscou (Rússia)
55° 45’ N
37° 36’ E
I. A diferença horária entre as cidades citadas, na ordem em que se encontram, é de 1 hora legal. II. As coordenadas geográficas das cidades II. permitem inferir que são capitais localizadas na Europa. III..A diferença em latitude entre Oslo e Sofia III é de 101°. IV.. Moscou, em relação à latitude, localiza-se IV mais ao norte do que Londres. V. As cidades de Londres e de Sofia têm 3 horas legais de diferença horária entre si.
Estão corretas apenas as afirmativas: a) I, II e III. b) I, II e IV. c) I, IV e V. d) II, III e V. e) III, IV e V.
9. (UFG) Analise a imagem e leia o texto apresentados a seguir seguir..
7. (Cefet) Base Topográfica Parcelas
Zoneamento
Várzeas
Áreas Úmidas
Cobertura do Solo Solos
Controle de Pesquisa Sobreposição de Camadas
Disponível em: Acesso em: 25 jul. 2013.
Sobre o Sistema de Informação Geográfica, é correto afirmar que: I. apresenta-se como um importante instrumento para o planejamento urbano e rural. II. correlaciona diversos dados do espaço terrestre de acordo com determinada finalidade. III.elabora-se III. elabora-se como produto final cartogramas diversos, fiéis ao espaço representado. IV. organiza-se em modelo de camadas no formato de matrizes ou imagens a partir de variáveis selecionadas. V. exibe a cada camada um mapa tridimensional com diversas características físicas de uma região. Estão corretas apenas as afirmativas: a) I, II e III. b) I, II e IV. c) I, IV e V. d) II, III e V. e) III, IV e V. 8. (UECE) No que diz respeito às questões de natureza geocartográfica, assinale a afirmação INCORRETA. a) Todos os globos e mapas representam as características da superfície da Terra, em um tamanho muito menor do que possuem na realidade.
b) A latitude de um lugar é a linha medida em graus entre esse lugar e o equador. c) Os meridianos têm sua máxima separação no equador e convergem para um ponto em cada polo. d) Plantas urbanas devem sempre ser organizadas em escalas muito pequenas como, por exemplo, exempl o, 1:500 000.
TORRES GARCÍA, Joaquín. América invertida. Tinta sobre papel, 1946. Disponível em: . Acesso em: 11 set. 2013.
“A ponta da América, a partir de agora, assinala insistentemente o Sul, o nosso norte. “ TORRES GARCÍA, Joaquín. Universalism Universalismoo constructivo (Manifesto). Buenos Aires: Poseidón, 1941. Disponível em: . Acesso em: 11 set. 2013.
O quadro e o manifesto do artista uruguaio Torres García inserem-se na denominada arte modernista, elaborada durante a primeira metade do século XX pelas vanguardas americanistas. Ao fazer referência ao mapa do continente americano, a imagem e o manifesto expressam uma crítica: a) à base tecnológica do século XIX, que tinha no conhecimento astronômico limitado um empecilho à elaboração de uma projeção fiel à realidade. b) aos valores da cultura ocidental, que tinham no sistema de coordenadas um instrumento de imposição do imperialismo norte-americano. c) ao imaginário dos descobrimentos, que inseria nas projeções cartográficas da Era Moderna figuras míticas e pontos de referência inexistentes. d) ao sistema de representação cartográfica europeu, com o objetivo de reforçar os princípios formadores da identidade latino-americana. e) ao isolamento político dos países da América do Sul, com o objetivo de colocar o continente no centro das atenções internacionais.
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E.O. COMPLEMENTAR 1.
WATTERSON, WA TTERSON, Bill. Calvin e Haroldo: Yukon ho! São Paulo: Conrad, 2008.
Na tirinha, Calvin e o tigre Haroldo usam um globo terrestre para orientar sua viagem da Califórnia, Estados Unidos, para o território do Yukon, no extremo norte do Canadá. Considerando as áreas de origem e destino da viagem pretendida, nota-se que o tigre comete um erro de interpretação no último quadrinho. Esse erro mostra que Haroldo não sabe que o globo terrestre é elaborado com base no seguinte elemento da linguagem cartográfica: a) escala pequena b) projeção azimutal c) técnica de anamorfose d) convenção equidistante 2. A imagem abaixo corresponde a um fragmento de uma carta topográfica em escala 1:50.000. Considere que a distância entre A e B é de 3,5 cm.
A partir dessas informações, i nformações, é correto afirmar que: a) O rio corre em direção sudeste, sendo sua margem esquerda a de maior declividade. Apresenta um comprimentoo total de 17.500 metros. compriment b) O rio corre em direção sudoeste, sendo a margem direita a de maior declividade. Apresenta um comprimento total de 1.750 quilômetros. c) O rio corre em direção sudeste, sendo sua margem esquerda a de maior declividade. Apresenta um comprimentoo total de 1.750 metros. compriment d) O rio corre em direção sudoeste, sendo sua margem esquerda a de maior declividade. Apresenta um comprimento total de 175 metros.
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3. (Unimontes) Seis anos após seu lançamento, a gigante de buscas informou que seu programa de visualização e exploração do globo terrestre, Google Earth, acaba de atingir a marca de mais de um bilhão de downloads. [...] Além do impressionante volume de downloads, o Google Earth moldou uma nova forma de pessoas checarem o mundo, o que gerou não somente novos conhecimentos e acessos a regiões que muitos não tinham como conhecer precisamente antes da forma otimizada pelo Earth.
5. (UFSM) Observe as projeções cartográficas:
http://www.techtudo.com.br. 5-10-2011.
O programa Google Earth transformou-se, também, em um instrumento para a Geografia, uma vez que permite: a) pesquisar a intimidade da população e criar um banco de dados com essas informações. b) obter informações da superfície terrestre, mesmo o usuário estando distante do espaço pesquisado. c) identificar a localização espacial de qualquer pessoa, em um determinado ponto da Terra. d) descobrir os recursos minerais presentes no subsolo de qualquer ponto da terra. 4. (Unioeste) As projeções cartográficas permitem a elaboração de representações, em um plano, das mais diversas informações da superfície terrestre. Sabe-se que é um trabalho complexo, pois a Terra tem um diâmetro equatorial de 12 756 km, montanhas com mais de 8 000 m de altura e fossas abissais com mais de 11 000 km de profundidade. Representar todas essas variações em um mapa ou carta é uma atividade que exige o uso de técnicas adequadas para os objetivos desejados. Com relação às projeções cartográficas, assinale a alternativa correta. a) Ao confeccionar um mapa, o cartógrafo deve adotar a projeção cartográfica adequada para seus objetivos, pois nenhum mapa deve apresentar distorções, já que todos os mapas são exatos.
Numere corretamente as projeções com as afirmações a seguir. ( ) Na projeção cilíndrica, a representação é feita como se um cilindro envolvesse a Terra e fosse então planificado. ( ) Na projeção azimutal, o mapa é construído sobre um plano que tangencia algum ponto da superfície terrestre. ( ) Na projeção cônica, a representação á feita como se o cone envolvesse o planeta e depois fosse planificado. ( ) Esse tipo de projeção representa, com menos distorções, as baixas latitudes. ( ) Essa projeção é comumente utilizada para análises geopolíticas e para retratar as regiões polares e suas extremidades. A sequência correta é: a) 1 - 3 - 2 - 3 - 1. b) 3 - 2 - 1 - 1 - 3. c) 1 - 3 - 2 - 1 - 3. d) 1 - 2 - 1 - 1 - 3. e) 3 - 1 - 2 - 3 - 1.
b) As projeções equidistantes mantêm as formas da Terra, mas distorcem as distâncias entre os pontos, especialmente em áreas próximas aos polos. c) As projeções podem ser classificadas, quanto ao método utilizado, na elaboração dos mapas como sendo cilíndricas, cônicas e azimutais (ou planas). d) A projeção cilíndrica equivalente de Peters é uma das mais famosas do mundo, pois essa projeção mostra o etnocentrismo europeu, deixando a Europa destacada no centro do mapa.
e) Durante a Guerra Fria, as projeções mais utilizadas foram as cônicas, pois estas representam de forma adequada todo o globo terrestre.
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E.O. DISSERTATIVO 1. (Ufg)
A distribuição da população no globo terrestre obedece a fatores econômicos, sociais, culturais e também naturais. As mudanças ocorridas a partir da urbanização da sociedade promovem configurações espaciais particulares que podem ser representadas de diferentes formas. Considerando a leitura da figura acima e analisando os mapas em questão, a) identifique as projeções dos dois mapas apresentados na figura; b) justifique o motivo fisiográfico da distribuição de população representada, analisando a primeira figura, relativa à latitude; c) apresente, respectivamente, o nome de dois continentes com maior e menor concentração de população, analisando a segunda figura, relativa à longitude. 2. (UFG) Analise a figura e o texto apresenta dos a seguir.
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Atualmente, existem três categorias de equipamentos GPS em uso: o recreacional (ou navegador), o topográfico e o geodésico. Para os dois últimos, é necessário processar as informações antes de usá-las. Disponível em: . Acesso em: 4 nov. 2011. [Adaptado].
Considerando-se o exposto a respeito desse recurso tecnológico: a) caracterize o funcionamento do sistema GPS (Global Positioning System); b) indique duas informações que podem ser obtidas por meio de um aparelho GPS. 3. (UFMG) Analise esta imagem de satélite de uma porção do território brasileiro: N
0
170 m
Com o objetivo de reconhecer as características do espaço geográfico acima retratado, uma equipe de especialistas ambientais elaborou este mapeamento, em que se identificam duas regiões principais: N
Legenda Região I Região II
0
170m
a) A partir da comparação e interpretação da imagem de satélite e desse mapa, apresente e descreva uma característica geográfica marcante presente na região I e na região II. b) Leia esta afirmativa: As características do espaço geográfico retratado na imagem de satélite confirmam que essa porção do território brasileiro está localizada em uma metrópole. Você concorda com essa afirmativa? Justifique sua resposta.
4. (UFG) Observe dois tipos de projeções cartográficas aplicadas aos mapas.
Projeção conforme de Mercator 57
Projeção equivalente de Peters As projeções cartográficas cilíndricas permitem mostrar a esfera terrestre com alguns tipos de distorções geométricas, que afetam as aparências das áreas e das formas continentais. Os mapas apresentados foram elaborados de acordo com as projeções de Mercator e de Peters. A partir destas projeções, analise os dois mapas quanto: a) à manutenção ou alteração das áreas dos continentes; b) às distorções maiores ou menores nas representações das formas dos continentes em baixas, médias e altas latitudes. 5. FIGURA 1
1:10.000
FIGURA 2
1:50.000
MOREIRA, João Carlos e SENE, Eustáquio de. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, 2004.
A escala cartográfica é utilizada para estabelecer uma correspondência entre as dimensões do terreno e as da representação. As figuras 1 e 2 apresentam, em diferentes escalas, recortes do espaço carioca. Indique a figura cuja es cala cartográfica é maior e aquela na qual uma rua com 2 quilômetros de extensão seria representada com um tamanho de 4 centímetros, justificando cada indicação.
58
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
6. (Uema) A figura “Distribuição da População Absoluta no Brasil” constitui um mapa temático, cujo objetivo é representar eventos de diferentes naturezas de forma quantitativa ou qualitativa. Um item essencial nos mapas é a escala que, na referida figura, é apresentada na forma gráfica. a) Expresse a relação entre a distância real e a representada na escala gráfica. b) Transforme-a em numérica. 7. (Uema) A tirinha apresenta um fenômeno chamado fuso horário.
Fonte: LAVADO, Joaquim Salvador (QUINO). Toda Mafalda . São Paulo: Martins Fontes, 2003.
Considerando as conclusões da Mafalda na sequência em quadrinhos, estabeleça duas relações econômicas entre fuso horário, comércio e transporte internacional na economia globalizada.
59
8. (UFPR) A figura abaixo é o recorte de uma carta topográfica contendo dois possíveis traçados para uma rodovia estadual, com elevado fluxo de caminhões. Considerando os traçados sugeridos, aponte o mais adequado à rodovia, justificando a escolha a partir da análise do recorte da carta topográfica.
9. (Uema) Analise as imagens:
Os sensores instalados em satélites artificiais são o resultado da evolução da ciência e da tecnologia espacial. As imagens obtidas de satélites, de aviões ou mesmo na superfície ou próximos a ela são dados obtidos por sensoriamento remoto, ou seja, à distância, sem o contato físico entre o sensor e a superfície terrestre. TAMDJAN, James Onnig; MENDES, Ivan. Geografia Geral e do Brasil: estudos para a compreensão do espaço . São Paulo, FTD, 2011. (adaptado)
a) Explique a importância do sensoriamento remoto para a vida moderna. b) Apresente duas contribuições atuais do sensoriamento remoto para os estudos ambientais.
10. (UFPR) A figura a seguir corresponde ao recorte de uma carta topográfica, contendo um alinhamento tomado entre os pontos A e B.
60
Veja abaixo possíveis perfis topográficos que representam o alinhamento entre os pontos A e B.
Indique e justifique qual dos perfis da figura acima corresponde ao alinhamento apresentado na carta topográfica. Explique também por que os demais perfis não representam o segmento em questão.
E.O. ENEM 1. (Enem) O sistema de fusos horários foi proposto na Conferência Internacional do Meridiano, realizada em Washington, em 1884. Cada fuso corresponde a uma faixa de 15° entre dois meridianos. O meridiano de Greenwich foi escolhido para ser a linha mediana do fuso zero. Passando-se o meridiano pela linha mediana de cada fuso, enumeram-se 12 fusos para leste e 12 fusos para oeste do fuso zero, obtendo-se, assim, os 24 fusos e o sistema de zonas de horas. Para cada fuso a leste do fuso zero, soma-se 1 hora, e, para cada fuso a oeste do fuso zero, subtrai-se 1 hora. A partir da Lei no 11 662/2008, o Brasil, que fica a oeste de Greenwich e tinha quatro fusos, passa a ter somente 3 fusos horários. Em relação ao fuso zero, o Brasil abrange os fusos 2, 3 e 4. Por exemplo, Fernando de Noronha está no fuso 2, o estado do Amapá está no fuso 3 e o Acre, no fuso 4. A cidade de Pequim, que sediou os XXIX Jogos Olímpicos de Verão, fica a leste de Greenwich, no fuso 8. Considerando-se que a cerimônia de abertura dos jogos tenha ocorrido às 20h08min, no horário de Pequim, do dia 8 de agosto de 2008, a que horas os brasileiros que moram no estado do Amapá devem ter ligado seus televisores para assistir ao início da cerimônia de abertura? a) 9h08min, do dia 8 de agosto. b) 12h08min, do dia 8 de agosto. c) 15h08min, do dia 8 de agosto. d) 01h08min, do dia 9 de agosto. e) 04h08min, do dia 9 de agosto. 2. (Enem) Entre outubro e fevereiro, a cada ano, em alguns estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, os relógios permanecem adiantados em uma hora, passando a vigorar o chamado horário de verão. Essa medida, que se repete todos os anos, visa: a) promover a economia de energia, permitindo um melhor aproveitamento do período de iluminação natural do dia, que é maior nessa época do ano. b) diminuir o consumo de energia em todas as horas do dia, propiciando uma melhor distribuição da demanda entre o período da manhã e da tarde. c) adequar o sistema de abastecimento das barragens hidrelétricas ao regime de chuvas, abundantes nessa época do ano nas regiões que adotam esse horário. d) incentivar o turismo, permitindo um melhor aproveitamento do período da tarde, horário em que os bares e restaurantes são mais frequentados. e) responder a uma exigência das indústrias, possibilitando que elas realizem um melhor escalonamento das férias de seus funcionários.
61
3. (Enem) O mercado financeiro mundial funciona 24 horas por dia. As bolsas de valores estão articuladas, mesmo abrindo e fechando em diferentes horários, como ocorre com as bolsas de Nova York, Londres, Pequim e São Paulo. Todas as pessoas que, por exemplo, estão envolvidas com exportações e importações de mercadorias precisam conhecer os fusos horários para fazer o melhor uso dessas informações.
Considerando que as bolsas de valores começam a funcionar às 09:00 horas da manhã e que um investidor mora em Porto Alegre, pode-se afirmar que os horários em que ele deve consultar as bolsas e a sequência em que as informações são obtidas estão corretos na alternativa: a) Pequim (20:00 horas), Nova York (07:00 horas) e Londres (12:00 horas). b) Nova York (07:00 horas), Londres (12:00 horas) e Pequim (20:00 horas). c) Pequim (20:00 horas), Londres (12:00 horas) e Nova York (07:00 horas). d) Nova York (07:00 horas), Londres (12:00 horas), Pequim (20:00 horas). e) Nova York (07:00 horas), Pequim (20:00 horas), Londres (12:00 horas). 4. (Enem) Existem diferentes formas de representação plana da superfície da Terra (planisfério). Os planisférios de Mercator e de Peters são atualmente os mais utilizados. Apesar de usarem projeções, respectivamente, conforme e equivalente, ambas utilizam como base da projeção o modelo:
Mercator
62
a)
b)
c)
d)
Peters
5. (Enem) Um determinado município, representado na planta abaixo, dividido em regiões de A a I, com altitudes de terrenos indicadas por curvas de nível, precisa decidir pela localização das seguintes obras: 1. Instalação de um parque industrial. 2. Instalação de uma torre de transmissão e recepção. N 40
C
B
A
30 20 10
D
E
G
F
I
H
1:100.000 Cidade
Rios
Vegetação
Rodovia
Considerando impacto ambiental e adequação, as regiões onde deveriam ser, de preferência, instaladas indústrias e torres, são, respectivamente: a) E e G. b) H e A. c) I e E. d) B e I. e) E e F.
E.O. UERJ - EXAME DE QUALIFICAÇÃO 1. (UERJ) Compare as imagens a seguir. Na Imagem 1, apresenta-se o desenho original do perfil de uma cabeça humana sobre uma representação possível do globo terrestre. Na Imagem 2, esse mesmo desenho é apresentado em um planisfério elaborado com a projeção cartográfica de Mercator, que é utilizada desde o período das grandes navegações.
Com base na comparação entre essas imagens, conclui-se que o território das Américas que tem a área mais ampliada com o uso da projeção de Mercator é: a) Brasil b) México c) Argentina d) Groenlândia
63
2. (UERJ) Na imagem abaixo, foi utilizada a técnica de curvas de nível para representar a topografia de uma região na qual há um vale, entre outras formas de relevo.
O ponto localizado no fundo desse vale é o identificado pela seguinte letra: a) A b) B c) C d) D 3. (UERJ) República Popular da China (2013) Superfície territorial 9.600.000 km2 Longitude do ponto extremo oeste do território 74° leste Longitude do ponto extremo leste do território 134°30’ leste Fonte: IBGE
Apesar de ser um país mais extenso do que o Brasil, a China possui apenas um horário oficial para todo o território nacional. Caso os chineses adotassem o sistema internacional baseado no horário de Greenwich, o número aproximado de fusos horários que haveria no país seria de: a) 2 b) 4 c) 6 d) 8 4. (UERJ) Parece improvável, mas é verdade: o Polo Norte Magnético está se movendo mais depressa do que em qualquer outra época da história da humanidade, ameaçando mudar de meios de transporte a rotas tradicionais de migração de animais. O ritmo atual de distanciamento do norte magnético da Ilha de Ellesmere, no Canadá, em direção à Rússia, está fazendo as bússolas errarem em cerca de um grau a cada cinco anos.
Adaptado de O Globo , 08/03/2011
O fenômeno natural descrito acima não afeta os aparelhos de GPS - em português, Sistema de Posicionamento Global. Isso se explica pelo fato de esses aparelhos funcionarem tecnicamente com base na: a) recepção dos sinais de rádio emitidos por satélites b) gravação prévia de mapas topográficos na memória digital c) programação do sistema com as tabelas da variação do Polo Norte d) emissão de ondas captadas pela rede analógica de telefonia celular
64
5. (UERJ) O problema básico das projeções cartográficas é a representação de uma superfície curva em um plano. Pode-se dizer que todas as representações de superfícies curvas em um plano envolvem “extensões” ou “contrações”, que resultam em distorções ou “rasgos”. Diferentes técnicas de representação são aplicadas no sentido de alcançar resultados que possuam certas propriedades favoráveis para um propósito específico.
6. (UERJ)
Adaptado de IBGE. Noções básicas de cartografia . Rio de Janeiro: IBGE, 1999.
Para o propósito específico de reduzir as distorções tanto de forma quanto de área dos continentes, os resultados mais adequados são alcançados pela seguinte projeção cartográfica: a)
b)
c)
Os mapas são representações da realidade confeccionados com base tanto em fundamentos técnicos quanto nos objetivos para os quais se destinam. Nos três planisférios acima utilizaram-se a mesma escala e a projeção de Gall-Bertin. As diferenças observadas nas três representações da superfície terrestre são explicadas pelo seguinte fator: a) limitação da tecnologia cartográfica b) deformação da planificação do globo c) estratégia da regionalização territorial d) diversidade de perspectivas geopolíticas
d)
65
7. (UERJ)
No mapa, o trajeto total da tocha olímpica em território brasileiro mede cerca de 72 cm considerando os trechos por via aérea e por terra. A distância real, em quilômetros, percorrida pela tocha em seu trajeto completo, é de aproximadamente: a) 3.600 b) 7.000 c) 36.000 d) 70.000
E.O. UERJ - EXAME DISCURSIVO 1. (UERJ) O principal objetivo da adoção do horário de verão é a economia de energia que ele proporciona, conforme se verifica a seguir: Sistemas abrangidos Sudeste/Centro-Oeste Sul
Redução de demanda no horário de pico (2005-2006) Megawatts % 1758 5 681 7 Adaptado de SENE, Eustáquio de e MOREIRA, João C. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização . 3a ed. São Paulo: Scipione, 2007.
Considerando os fatores naturais, justifique a exclusão das regiões Norte e Nordeste da adoção do horário de verão. Em seguida, explique a diferença na redução percentual da demanda de energia entre a região Sul e as regiões Sudeste e Centro-Oeste.
66
2. (UERJ) Os mapas são representações da superfície terrestre, elaborados com base em critérios previamente convencionados. Observe o mapa a seguir, que difere da representação usual do Brasil.
Considerando as normas da cartografia, indique se o mapa está corretamente elaborado e apresente uma justificativa para essa resposta. 3. (UERJ) Como se ilustra no mapa, elaborado em 1886, a associação entre cartografia e arte era comum no século XIX. Essa prática, porém, cedeu espaço aos avanços técnicos.
Cite dois recursos tecnológicos, utilizados atualmente na confecção de mapas, que não estavam disponíveis para os cartógrafos do século XIX. Em seguida, a partir da observação do mapa, explique por que o Império Britânico era denominado “O Império no qual o sol nunca se põe”.
67
E.O. OBJETIVAS
3. (Unesp) Analise os mapas.
(UNESP, FUVEST, UNICAMP E UNIFESP) 1. (Unicamp) Escala, em cartografia, é a relação matemática entre as dimensões reais do objeto e a sua representação no mapa. Assim, em um mapa de escala 1:50 000, uma cidade que tem 4,5 km de extensão entre seus extremos será representada com: a) 9 cm. b) 90 cm. c) 225 mm. d) 11 mm.
M APA 1
Escala 1:50000 M APA 2
2. (Unesp) O mapa representa as diferenças de horário na América do Sul em função dos diferentes fusos. Caracas 4h30
Arquipélago de Fernando de Noronha
Brasília
La Paz
Escala 1:100.000
(www.ibge.gov.br) Buenos Aires
Considerando as escalas utilizadas nos mapas, é correto afirmar que: a) o mapa 1 favorece maior detalhamento do terreno do que o mapa 2. b) o mapa 2 abrange uma área menor do que o mapa 1.
6h
5h
4h
3h
2h
(IBGE. Atlas Geográfico Escolar , 2009. Adaptado.)
A seção de abertura da Rio+20 ocorreu no Rio de Janeiro, no dia 20 de junho de 2012. A presidente da República do Brasil, Dilma Rousseff, fez um pronunciamento à nação às 21 horas, horário de Brasília. Os moradores de La Paz, na Bolívia, de Caracas, na Venezuela, de Buenos Aires, na Argentina, e do Arquipelago de Fernando de Noronha, no Brasil, se quisessem assistir ao vivo à fala da presidente, deveriam ter ligado seus televisores, respectivamente, nos seguintes horários:
a) b) c) d) e)
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22h; 20h30; 21h; 19h. 20h; 21h30; 21h; 22h. 21h; 22h30; 20h; 22h. 18h; 22h30; 20h; 19h. 20h; 19h30; 21h; 22h.
c) assemelham-se, pois nos dois casos foi utilizada uma pequena escala. d) retratam períodos diferentes de uma mesma localidade. e) ambos os mapas apresentam o mesmo nível de detalhe.
4. (Fuvest) Observe a Carta Topográfica abaixo, que representa a área adquirida por um produtor rural.
Em parte da área acima representada, onde predominam menores declividades, o produtor rural pretende desenvolver uma atividade agrícola mecanizada. Em outra parte, com maiores declividades, esse produtor deseja plantar eucalipto. Considerando os objetivos desse produtor rural, as áreas que apresentam, respectivamente, características mais apropriadas a uma atividade mecanizada e ao plantio de eucaliptos estão nos quadrantes: a) sudeste e nordeste. b) nordeste e noroeste. c) noroeste e sudeste. d) sudeste e sudoeste. e) sudoeste e noroeste.
6. (Unesp) Esse é um recorte de parte da planta da cidade de São Paulo, onde foi traçado um segmento de reta XXX com 0,11 m. A distância real entre esses dois pontos é de 1 760 m.
5. (Unicamp) Abaixo é reproduzido um mapa múndi na projeção de Mercator.
(Regina Vasconcellos; Ailton P. Alves Filho. Atlas Geográfico ilustrado e comentado , 1999. Adaptado.)
(Adaptado de http://www.geog.ubc.ca/courses/ geob370/notes/ georeferencing/Rect_CoordsLect.html
É possível afirmar que, nesta projeção: a) os meridianos e paralelos não se cruzam formando ângulos de 90°, o que promove um aumento das massas continentais em latitudes elevadas. b) os meridianos e paralelos se cruzam formando ângulos de 90°, o que distorce mais as
porções terrestres próximas aos polos e menos as porções próximas ao equador. c) não há distorções nas massas continentais e oceanos em nenhuma latitude, possibilitando o uso deste mapa para a navegação marítima até os dias atuais. d) os meridianos e paralelos se cruzam formando ângulos perfeitos de 90°, o que possibilita a representação da Terra sem deformações.
Partindo dessas informações, calcule a escala da planta utilizando a fórmula E = escala ou razão escolhida, sendo e = 1; U = unidades medidas no terreno; u = unidades que devem ser colocadas no papel para representar U. A escala da planta é: a) 1:16 000. b) 1:10 500. c) 1:15 000. d) 1:25 000. e) 1:5 000. 7. (Unesp) Sobre um mapa, na escala de 1:500 000, tenciona-se demarcar uma reserva florestal de forma quadrada apresentando 7 cm de lado. A área da reserva medirá no terreno:
a) b) c) d) e)
12,25 km2. 1 225 km2. 12 250 km2. 122,5 km2. 12 255 km2.
69
8. (Fuvest) No mapa a seguir, a distância, em linha reta, entre as cidades de Araçatuba e Campinas é de 1,5 cm. Na realidade, esta distância é de aproximadamente:
1,5 cm Araçatuba Campinas 1:25.000.000
a) b) c) d) e)
150 km. 167 km. 188 km. 250 km. 375 km.
9. (Unesp) A escala cartográfica define a proporcionalidade entre a superfície do terreno e sua representação no mapa, podendo ser apresentada de modo gráfico ou numérico.
A escala numérica correspondente à escala gráfica apresentada é: a) 1: 184.500.000. b) 1: 615.000. c) 1: 1.845.000. d) 1.123.000.000. e) 1: 61.500.000. 10. (Fuvest) A partir de seus conhecimentos sobre projeções cartográficas e analisando a que foi utilizada no mapa a seguir, você pode inferir que se trata da projeção:
a) b) c) d) e)
70
de Mercator, adequada para estabelecer a direção das rotas comerciais marítimas. polar, adequada para representações geoestratégicas e geopolíticas. de Peters, adequada para representar a área dos continentes, sem deformações. cilíndrica, adequada para a representação centrada nas regiões polares. cônica, adequada para representar as regiões de latitudes médias.
E.O. DISSERTATIVAS (UNESP, FUVEST, UNICAMP E UNIFESP) 1. (Unesp) No mapa, estão traçados os cortes 1–2 e 3–4. Altitudes 1800m 1200m 800m 500m 200m 100m 0m terre nosujeito a inundação riospermanentes rios temporário s 1 20 0
Perfiltopográfico SO m 1500 1000 500
i a u g a r a P o i R
0 4 000
3 500
s ó p a i a C s o d . a S
a t r a M . a t S e d . a S
3 000
s u e n i r i P s o d . a S
2 500
l a r e G . a S
ia l í s a r B
2 000
o c s i c n
s á i o
a r F o ã S o i R
G e d
1 500
o ç a h n i p s E o d . a S
1 000
s a t n o C e d o i R
l a r e G . a S
2 40 km N
s o t n a S s o s o d o T e d . a B
500
NE m 1500 1000 500 0 0 km
Exagerovertical:200vezes
(IBGE. Atlas Geográfico Escolar , 2009. Adaptado.)
Indique o corte que identifica o perfil topográfico representado e mencione três características geográficas encontradas ao longo desse perfil. 2. (Fuvest) Observe estes mapas:
Lopo Homem e Diogo Homem. Atlas Miller , c. 1519 (detalhe)
Brasil - vegetação. IBGE, Atlas Geográfico Escolar , 2009. Adaptado
a) Identifique duas diferenças significativas entre os mapas, quanto à forma de representação cartográfica.
b) Qual era o principal objetivo de cada mapa, considerando os diferentes contextos históricos em que foram criados?
71
GABARITO
seja, mais afastado do Equador, maiores as distorções.
Projeção de Peters: as proporções entre os tamanhos das áreas continentais são mantidas em qualquer latitude.
E.O. Aprendizagem 1. C
2. C
3. D
4. A
6. E
7. C
8. A
9. D
5. D
E.O. Fixação 1. E
2. E
3. A
4. A
6. B
7. B
8. D
9. D
5. E
E.O. Complementar 1. A
2. C
3. B
4. C
5. C
E.O. Dissertativo 1.
2.
a) As projeções dos mapas das figuras 1 e 2 são, respectivamente, Mercartor e Peters. b) A maior concentração da população em áreas do hemisfério norte, justifica-se pela maior extensão de áreas continentais, segundo a concepção fisiográfica (aspectos físicos da geografia). c) Segundo a disposição longitudinal, os continentes com maior concentração populacional são Ásia e África e os de menor concentração são Oceania, Europa e América. a) O GPS é um sistema que utiliza um con junto de satélites artificiais em órbita na Terra, que permite a orientação/navegação em terra, água ou ar. O sistema foi criado pelos EUA e ainda está sob seu controle. b) Podemos obter tais informações: coordenadas geográficas altitude rotas para viajar sistema de rastreamento de veículos (segurança) § § § §
3.
4.
a) Região I – região urbanizada, devido às formas geométricas regulares da disposição das ruas. Região II – paisagem natural, identificase um rio meândrico e áreas de possíveis matas ciliares. b) Não, em áreas de metrópole os rios não possuem matas ciliares e não há muita concentração de edificações. a) Projeção de Mercator: quanto mais próximo ao Equador, menores as distorções e quanto mais próximo dos polos, ou
72
b) Na projeção de Mercator, as formas dos continentes são menos distorcidas nas baixas latitudes e as deformações aumentam nas médias e nas altas latitudes, a partir do Equador. Na projeção de Peters, as formas são mais alteradas, pois há alongamentos norte-sul nos contornos dos continentes nas baixas latitudes, enquanto nas médias e altas latitudes, há um achatamento longitudinal desses contornos. 5. A figura que apresenta a maior escala é a 1:10,000, com menor denominador na escala e mais detalhes, ou seja, mais próximo do real. Quanto à figura 2, pressupondo que a escala é 1:50 000, 1 centímetro no mapa corresponde a 0,5 quilômetro na realidade, assim 4 centímetros no mapa equivalem a 2 quilômetros de extensão.
6. a) Segundo a escala gráfica, 1 cm, do mapa corresponde a 500 km do real. b) Se 1 cm do mapa corresponde a 500 km do real, então 1 cm do mapa corresponde a 50.000.000 cm, ou seja, a escala numérica é: 1.50.000.000. 7. No quadrinho do Quino, Mafalda faz referências horárias estabelecidas pelo sistema de fusos. As diferenças horárias afetam, na economia globalizada, a cotação das bolsas de valores e bancos, cujos horários de funcionamento são diferentes em várias partes do mundo; a logística nos terminais aduaneiros (sejam portuários, terrestres ou aeroviários) obedece aos fusos locais, eclipsando o fluxo. 8. O melhor traçado para a rodovia é o “A”, haja vista que a maior parte do seu percurso está sobre a mesma cota altimétrica, 400 metros, evitando os desníveis encontrados no traçado “B”. 9. a) O sensoriamento remoto é um sistema de imagens capaz de fornecer informações sobre o espaço geográfico. Sua importância está relacionada aos mais diferentes aspectos da vida moderna, a exemplo do uso do GPS, mapeamento mercadológico, mapeamento e controle das zonas urbanas, monitoramento de safras agrícolas, monitoramento das fronteiras nacionais, projetos minerais, dentre outros. b) O sensoriamento remoto permite monitorar áreas de desmatamento, identificar focos de incêndio/queimadas, mapear áreas de secas e enchentes, entre outros.
10. O perfil que representa o alinhamento A–B é o da figura 2, a altimetria do perfil se inicia acima de 550 metros percorrendo uma longa distância até chegar à 600/650 metros, aumentando rapidamente (em uma curta distância) dos 650/700 metros a 850/900 metros.
E.O. Enem 1. A
2. A
3. C
4. C
5. C
E.O. UERJ Exame de Qualificação 1. D
2. B 3. B 4. A 5. A
6. D
7. C
E.O. UERJ Exame Discursivo
1. As regiões Norte e Nordeste encontram-se geograficamente próximas ao Equador, onde não ocorrem diferenças significativas de duração entre os dias e as noites durante o ano, sendo inócua a adoção do horário de verão. No verão austral, quanto mais ao sul menor o raio de curvatura da Terra com maior duração do dia em relação à noite. A região Sul fica numa posição mais meridional em relação ao Sudeste e Centro-Oeste, tendo uma maior duração do dia com maior redução de demanda energética. 2. A maioria dos mapas apresenta como ponto cardeal de referência o norte, porém, isto é uma convenção consolidada ao longo dos últimos séculos devido à hegemonia da Europa sobre o restante do mundo, a partir da expansão do capitalismo comercial e do colonialismo. Por isso, a maioria dos mapas do mundo ser eurocêntrica. Posteriormente, outras potências capitalistas, como os Estados Unidos e o Japão, surgiram no hemisfério norte, reforçando a posição privilegiada da direção setentrional. No entanto, do ponto de vista científico, os mapas podem ser produzidos utilizando qualquer ponto cardeal como referência. No caso do mapa do Brasil apresentado, o ponto cardeal de referência é o sul, trata-se apenas de uma visão de mundo diferente da convencional. 3. Dois importantes recursos tecnológicos na elaboração de mapas que não estavam disponíveis no século XIX são as imagens de satélite e os computadores. As colônias que integravam o Império Britânico estavam distribuídas pelos hemisférios ocidental e oriental; são exemplos: Canadá, Guiana,
África do Sul, Índia e Austrália. Portanto, a qualquer hora do dia, havia sempre um território localizado na parte iluminada da Terra.
E.O. Objetivas (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) 1. A
2. E
3. A
4. C
5. B
6. A
7. B
8. E
9. E
10. B
E.O. Dissertativas (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) 1. O perfil topográfico identificado no corte é o 3 – 4 (Rio Paraguai – Baía de Todos os Santos). As características geográficas encontradas ao longo do perfil topográfico podem ser: relevo, podendo citar a planície do pantanal matogrossense, as serras e a depressão franciscana; clima, sendo a porção mais a leste tropical úmido e a porção centro-oeste tropical continental; vegetação, temos no sentido 3 – 4 o complexo do Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica no litoral. 2. a) Duas diferenças entre os mapas quanto à forma de representação cartográfica são: no mapa de 1519, utilizam-se técnicas de produção de mapas bem rudimentares, que se baseavam apenas na observação. O mapa de 2009 já conta com técnicas mais sofisticadas como escala, divisão política, projeção cartográfica e legenda. A segunda diferença refere-se ao conhecimento científico acumulado sobre o território. Em 1519, eram escassos os conhecimentos sobre vegetação, sendo o mapa coberto de ilustrações. O mapa de 2009 apresenta com maior precisão os principais tipos de vegetação do país em sua cobertura original. b) O mapa de 1519 tinha como principal ob jetivo, no contexto da chegada dos europeus, a descrição, relatar o que era observado pelos conquistadores não deixando de lado o imaginário. O mapa de 2009 é temático em Geografia Física, dando enfoque na vegetação brasileira.
73
o c i l b ú p o v i u q r A / o ã ç u d o r p e R ©
Aulas
5e6 Formação do território brasileiro e sua constituição atual Competência 2 Habilidades 7 e 9
Competência 1 – Compreender os elementos culturais que constituem as identidades. H1
Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.
H2
Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas.
H3
Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos
H4
Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura.
H5
Identificar as manifestações ou representações da diversidade do patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades.
Competência 2 – Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconômicas e culturais de poder. H6
Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos.
H7
Identificar os significados histórico-geográficos das relações de poder entre as nações.
H8
Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere à dinâmica dos fluxos populacionais e no enfrentamento de problemas de ordem econômico-social.
H9
Comparar o significado histórico-geográfico das organizações políticas e socioeconômicas em escala local, regional ou mundial
H10
Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da participação da coletividade na transformação da realidade histórico-geográfica.
Competência 3 – Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais. H11
Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço.
H12
Analisar o papel da justiça como instituição na organização das sociedades.
H13
Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder.
H14
Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situação ou fatos de natureza histórico-geográfica acerca das instituições sociais, políticas e econômicas.
H15
Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao longo da história.
Competência 4 – Entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social. H16
Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na o rganização do trabalho e/ou da vida social.
H17
Analisar fatores que explicam o impacto das novas tecnologias no processo de territorialização da produção.
H18
Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações sócio-espaciais.
H19
Reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que determinam as várias formas de uso e apropriação dos espaços rural e urbano.
H20
Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações impostas pelas novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho.
Competência 5 – Utilizar os conhecimentos históricos para compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da democracia, favorecendo uma atuação consciente do indivíduo na sociedade. H21
Identificar o papel dos meios de comunicação na construção da vida social.
H22
Analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mudanças nas legislações ou nas políticas públicas.
H23
Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das sociedades.
H24
Relacionar cidadania e democracia na organização das sociedades.
H25
Identificar estratégias que promovam formas de inclusão social.
Competência 6 – Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no espaço em diferentes contextos históricos e geográficos. H26
Identificar em fontes diversas o processo de ocupação dos meios físicos e as relações da vida humana com a paisagem.
H27
Analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio físico, levando em consideração aspectos históricos e (ou) geográficos.
H28
Relacionar o uso das tecnologias com os impactos sócio-ambientais em diferentes contextos histórico-geográficos.
H29
Reconhecer a função dos recursos naturais na produção do espaço geográfico, relacionando-os com as mudanças provocadas pelas ações humanas.
H30
Avaliar as relações entre preservação e degradação da vida no planeta nas diferentes escalas.
EXPANSÃO TERRITORIAL NO BRASIL COLÔNIA A ocupação e a exploração da América Latina ocorreram entre os séculos XV e XIX, período do capitalismo comercial, isto é, o período de retirada de produtos primários – agrícolas e extrativistas –, fazendo com que, de sua comercialização, as metrópoles europeias acumulassem capital. O Brasil, colônia portuguesa, vinculou-se à clássica Divisão Internacional do Trabalho (DIT) como área exportadora de matérias-primas e importadora de bens manufaturados. A exploração dessas matérias-primas permite explicar nossa formação e expansão territorial. Porém, não podemos deixar de sinalizar a importância dos tratados assinados entre Espanha e Portugal: o Tratado de Tordesilhas e o Tratado de Madri, que acabaram definindo, com mudanças posteriores, a área que consideramos hoje como o território brasileiro.
Tratado de Tordesilhas Espanha e Portugal, no início do século XV, foram os pioneiros na expansão marítimo-comercial, resultando na conquista de novas terras para os dois países. Essas “descobertas” geraram tensões e conflitos entre ambos, e na tentativa de evitar uma guerra, foi assinado o Tratado de Tordesilhas, que passou a definir o primeiro limite territorial brasilero. Esse tratado, assinado em 7 de julho de 1494, em Tordesilhas (Espanha), estabeleceu uma linha imaginária que passava a 370 léguas a oeste do arquipélago de Cabo Verde, situado no continente africano. Esse meridiano dividiu o mundo entre Portugal e Espanha: as terras a leste seriam portuguesas e as terras a oeste seriam espanholas. Os limites do território brasileiro estabelecidos por este tratado iam do atual estado do Pará até o atual estado de Santa Catarina. Se esses limites tivessem sido respeitados, a extensão do nosso país seria inferior a 3 milhões de km2.
l a i r o t i d E r e f f ä h c S / s e n e m i G r e f f ä h c S l e a f a R ©
Tratado de Tordesilhas
Linha da demarcação de terras
l a i r o t i d E r e f f ä h c S / s e n e m i G r e f f ä h c S l e a f a R ©
Terras de Portugal Terras da Espanha
Tratado de Madri
Tratado de Madri Assinado em 1750, o Tratado de Madri praticamente
garantiu a atual extensão territorial do Brasil. O novo acordo anulou o Tratado de Tordesilhas e determinou que as terras pertencessem a quem de fato as ocupasse – princípio do uti possidetis , ou “direito de posse”. Portanto, a Espanha reconheceu os direitos dos portugueses sobre as áreas dos atuais estados de Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Amazonas, Rondônia, Pará, Amapá, entre outras.
Limite definido pelo Tradado de Madri, em 1750.
Terras de Portugal Terras da Espanha
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A IMPORTÂNCIA DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS Um dos principais fatores para a expansão territorial brasileira foram as atividades econômicas. A economia do Brasil colonial girava em torno da produção de gêneros primários voltados, em sua maior parte, para a exportação e para as necessidades da metrópole portuguesa. Por isso o caráter litorâneo e periférico da ocupação do território brasileiro durante os primeiros séculos. O pau-brasil, uma das espécies nativas da mata Atlântica, foi muito procurado pois sua madeira era utilizada como corante pelos europeus. Foi a primeira riqueza explorada em solo brasileiro. Depois disso, o litoral do Nordeste se tornou a mais importante região econômica da colônia até o início do século XVIII por conta da cana-de-açúcar, transformando a atividade açucareira em empresa e o Brasil em colônia do açúcar. Paralelamente à economia canavieira, a interiorização e o aumento do território português em áreas que pertenciam à Espanha se deu por conta da expansão da pecuária, da mineração, das bandeiras, das missões dos jesuítas e da coleta das “drogas do sertão”, como eram conhecidas as ervas aromáticas, plantas medicinais, cacau, canelas, baunilha, cravo, castanha-do-pará e guaraná. A pecuária foi a responsável pelo povoamento do sertão nordestino, complementando a lavoura de cana-de-açúcar que dominava o litoral, fornecendo a carne para alimentação e animais de tração para o trabalho nos engenhos. Mais tarde, as tropas de muares e o gado foram fundamentais para o povoamento do sul das regiões dos atuais estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, ao mesmo tempo em que forneciam animais para as áreas de mineração. Em função da atividade mineradora, várias vilas e cidades foram fundadas, e o território da Coroa portuguesa ficou ainda maior. Nessa fase, teve fundamental importância o bandeirismo apresador, que eram as expedições organizadas com o objetivo de escravizar indígenas, e o bandeirismo prospector, que eram as expedições que visavam descobrir ouro e pedras preciosas. Muitas vezes, as bandeiras tinham os dois objetivos. As missões que catequizavam indígenas estiveram presentes no sul e no norte do território. Com as missões, outra atividade econômica incorporou grande parte da Amazônia ao domínio português: a exploração e a comercialização das “drogas do sertão”.
Os arquipélagos econômicos coloniais As atividades econômicas brasileiras, até o desenvolvimento da economia cafeeira no século XIX, eram regionais, isoladas umas das outras. Pode-se dizer que, economicamente, o Brasil era formado por “ilhas” desarticuladas entre si e voltadas para o exterior. Assim ocorria com a cana-de-açúcar no Nordeste e a mineração no Sudeste. Esses “arquipélagos” encaminhavam-se perfeitamente no conceito do capitalismo comercial, que visava ao acúmulo de capital e de metais preciosos para fortalecer o poder real.
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Anos 1890
0
Anos 1940
500 km
0
© HT-2003 MGM-Libergeo
500 km
© HT-2003 MGM-Libergeo
Anos 1990
Distrito Federal Capital de Estado Zona de influência dos principais focos econômicos
Centro de gravidade econômico Espaço realmente integrado à economia nacional Grande eixo rodoviário Rota marítima ou fluvial Principais correntes migratórias Frentes pioneiras e eixos de progressão
EXPANSÃO DAS FRONTEIRAS NO IMPÉRIO E NA REPÚBLICA Depois de sua independência, foram incorporados ao território brasileiro aproximadamente 1 milhão de km 2 (área equivalente à Bolívia, Egito ou Colômbia). A maior alteração em nosso mapa ocorreu em 1903 e 1909, com a anexação das terras que hoje formam o estado do Acre. Questão do Acre Fronteira fixada com o Peru em 1909 Território cedido à Bolívia
PERU BOLÍVIA
Fonte: < www.mre.gov.br>. Acesso em: Jan. 2004
79
No final do século XIX, seringueiros brasileiros se estabeleceram em uma área que legalmente pertencia à Bolívia. Em 1899, o líder dos seringueiros recusou-se a reconhecer a autoridade boliviana e pediu a anexação da área ao Brasil. As Forças Armadas dos dois países restauraram a ordem, mas em 1902, quando a Bolívia arrendou a região para os norte-americanos, fez estourar uma nova rebelião, desta vez chefiada por Plácido de Castro, que fundou o Estado Independente do Acre. A questão do Acre foi resolvida com a mediação do Barão do Rio Branco e a assinatura do Tratado de Petrópolis, que tornou brasileira a área ocupada, mediante um pagamento de 2 milhões de libras esterlinas. Em 1909, foram definidos os 1.546 km de entensão das fronteiras do Acre com o Peru. Em acordos semelhantes, nosso país já havia ampliado seu território com áreas do Uruguai (1850), Venezuela (1859), Bolívia (1867), Paraguai (1870), Argentina (1893-1895), Amapá (1899) e Guiana Francesa (1901). Depois da questão do Acre, foram anexados trechos conseguidos por acordos com Equador (1904), Suriname (antiga Guiana Holandesa – 1906), Colômbia (1907) e Uruguai (1909).
A CONSTITUIÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO O território brasileiro tem uma área de pouco mais de 8,5 milhões de km 2. É o maior país da América do Sul e faz divisa com quase todos aqueles que compõem essa porção do continente, com exceção do Chile e do Equador. Apresenta como pontos extremos: Ao norte, a nascente do rio Ailã; Ao sul, o Arroio Chuí (a distância entre os extremos norte-sul corresponde a 4 394,7 km); No extremo leste, situa-se a Ponta do Seixas; No extremo oeste, a nascente do rio Moa (a distância entre os extremos leste-oeste corresponde a 4 319,4 km). Banhado pelo oceano Atlântico, o Brasil apresenta um litoral de 9 198 km de extensão, com inúmeras reentrâncias com praias, enseadas, baías, falésias, mangues, dunas, recifes, restingas, entre outras paisagens naturais. O Brasil é uma República Federativa organizada politicamente em 26 estados e um Distrito Federal. Apresenta 5 561 municípios, com áreas e níveis de desenvolvimento muito distintos entre si, e uma população de aproximadamente 200 milhões de habitantes. A constituição do território brasileiro resulta das relações históricas desencadeadas entre aqueles que viviam aqui e os que se estabeleceram a partir do processo de colonização. É importante destacar que até os dias atuais se configuram relações que influenciam o espaço. § § § §
Brasil: Político
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TERRITORIALIDADE NACIONAL “Deste planalto central, dessa solidão que em breve se transformará em cérebro das altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã de meu país e antevejo esta alvorada com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino.” (Juscelino Kubitschek de Oliveira. Brasília, 2 out. 1956 )
O trecho acima, escrito pelo homem que presidiu o país de 1956 a 1961, deixa bem claro onde seria exercida a territorialidade no sentido de soberania política sobre o território nacional: na cidade de Brasília, inaugurada em 21 de abril de 1960. Até essa data, o Brasil independente tinha como capital a cidade do Rio de Janeiro. Durante a época colonial, Salvador e Rio de Janeiro foram as capitais do país. Construída para ser a capital da República, Brasília teve seu proJuscelino Kubitschek de Oliveira. jeto idealizado pelos arquitetos Lúcio Costa (Plano Piloto) e Oscar Niemeyer (edifícios públicos). É o único município do Distrito Federal que possui dezenove divisões administrativas. Em Brasília estão as sedes dos três poderes do Estado brasileiro: Executivo, Legislativo e Judiciário. Todas as decisões que afetam o povo brasileiro e as que dizem respeito às nossas relações com outros países são tomadas nas sedes dos poderes Legislativo (Câmara e Senado) e Executivo (Palácio do Planalto).
Fronteiras terrestres e marítimas Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nosso país possui 23 102 km de fronteiras: 15 735 km de fronteiras terrestres e 7 367 km de fronteiras marítimas.
Fronteiras terrestres Por sua grande extensão territorial, o Brasil faz fronteira com quase todos os países sul-americanos, menos com o Chile e o Equador. Fronteiras terrestre Países vizinhos Bolívia
Extensão (km) 3 126
Localização Oeste
Venezuela
1 819
Norte
Peru Colômbia
2 995 1 644
Norte Noroeste
Paraguai Guiana
1 339 1 298
Sudoeste Norte
Guiana Francesa Suriname
655 593
Norte Norte
Argentina
1 263
Sudoeste
Uruguai
1 003
Sul
Segurança nacional e soberania O Brasil não apresenta grandes problemas a serem resolvidos em relação às suas fronteiras terrestres. Entretanto, mantém forte a vigilância nesses locais, pois o tráfico de drogas e o contrabando são comuns em vários pontos de nossas fronteiras. 81
Dentro da política de soberania e de segurança nacional, destacam-se o conceito de faixa de fronteiras e os projetos Calha Norte, Radambrasil e Sivam, criados com o objetivo de proteger as áreas da floresta Amazônica, que, por causa da sua grande extensão, são difíceis de serem monitoradas. A Amazônia é alvo de grandes agressões, como tráfico de drogas, ocupação desordenada, invasão de áreas indígenas, contrabando, caça e pesca predatórias, exploração mineral, biopirataria, entre outros crimes contra a natureza. A faixa de fronteira do país compreende uma extensão interna de 150 km ao longo das fronteiras terrestres. Nessas áreas, qualquer atividade só é permitida com a autorização do Governo Federal. O projeto denominado “desenvolvimento e segurança ao norte das calhas dos rios Solimões e Amazonas”, conhecido como Projeto Calha Norte, foi elaborado pelo governo militar para proteger a faixa de fronteira da Amazônia, mas só foi criado efetivamente em 1985. Essa área era relativamente despovoada e objeto de incursões de redes do narcotráfico e de agentes não nacionais em missões indígenas. O Calha Norte abrange uma área inexplorada com mais de 6,5 mil quilômetros de fronteiras terrestre, que se estendem de Tabatinga (AM) até a foz do rio Oiapoque. Atuamente juntamente com o Sivam, compõe o Sistema de Proteção da Amazônia, projeto bem mais amplo, que pretende proteger a região contra qualquer tipo de ameaça, militar ou não. Em 2000, após ter ficado anos em segundo plano, o Calha Norte recebeu novas verbas para a construção de quartéis, estradas e melhorias sociais para aldeias indígenas. Toda essa preocupação teve como principal motivo a atuação de organizações não governamentais na faixa de fronteira, considerada por nossas autoridades como uma ameaça à soberania nacional. O Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) age na área denominada Amazônia Legal, abrangendo os estados do Acre, Amapá, Rondônia, Roraima, Amazonas, Pará e partes do Maranhão, Tocantins e Mato Grosso. Seus principais objetivos são reduzir atividades ilegais e monitorar a região, protegendo o meio ambiente. O projeto possui uma infraestrutura integrada que dispõe de técnicas modernas, como sensoriamento remoto, vigilância por radares, monitoração ambiental e meteorológica, recursos computadorizados e meios de telecomunicações (satélites). O Projeto Radam (Radar da Amazônia) foi criado, na década de 1970, com o objetivo de detalhar a geologia, o relevo, os solos e a cartografia da Amazônia e do 82
Nordeste brasileiros. Aos poucos, o projeto que utilizava técnicas ampliou-se e, em 1975 foi estendido a todo o território brasileiro, passando a se chamar Radambrasil.
Fronteiras marítimas Os 7 367 km de fronteiras marítimas brasileiras estendem-se desde a foz do rio Oiapoque, entre a Guiana Francesa e o Amapá, até a barra do Arroio Chuí, entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai. Pela convenção das Nações Unidas sobre o direito do mar, o Brasil tem direitos exclusivos de soberania para fins de exploração e aproveitamento dos recursos naturais (vivos e não vivos) do mar e de seu subsolo, na Zona Econômica Exclusiva (ZEE) de 200 milhas náuticas. Desde 1987, a Petrobrás e a Marinha do Brasil têm realizado levantamentos que serão submetidos à aprovação da Comissão de limites de Plataforma Continental da ONU, para que esse limite seja aumentado. A Zona Ecômica Exclusiva também é conhecida como “Amazônia Azul”, pela existência de grande biodiversidade, além de possuir tamanho aproximado da floresta amazônica brasileira (cerca de 4,5 milhoes de km 2).
As ilhas oceânicas brasileiras Alguns pontos no meio do Atlântico Sul também fazem parte do território brasileiro. São as ilhas oceânicas, das quais as mais conhecidas são as do arquipélago de Fernando de Noronha. As outras são: Penedos de São Pedro e São Paulo, a ilha de Trindade e o grupo Martin Vaz, que têm origem vulcânica (são picos da dorsal Atlântica). E o atol das Rocas, que, como o nome indica, é de origem coralígena, única formação desse tipo localizada no oceano Atlântico. V F U / r e f e a h c S s o l r a C
©
A ilha de Trindade é um “pedaço” do territóri o brasileiro em pleno Atlântico sul.
INTERATIVIDADE
ASSISTIR
Filme
Caramuru, a invenção do Brasil
O jovem português Diogo Álvares é salvo de um naufrágio pelo cacique Itaparica. Em terras brasileiras, ele passa a ser chamado de Caramuru e vive um harmônico triângulo amoroso com as duas filhas do cacique.
LER
Livros História do Brasil – Boris Fausto
Cobrindo um período de mais de quinhentos anos, desde as raízes da colonização portuguesa até nossos dias, Boris Fausto narra aqui os fatos mais importantes da história brasileira.
OUVIR
Músicas - Aquarela do Brasil – Ary Barroso - Brasis – Seu Jorge - Pindorama – Palavra Cantada
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INTERDISCIPLINARIDADE
História e geografia, abordadas de forma integrada, até mesmo devido a sua proximidade e aos temas transversais que estão nas duas áreas, auxiliam no processo do conhecimento que envolve a delimitação das fronteiras brasileiras.
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E.O. APRENDIZAGEM 1. (UFMG) O recém-inaugurado Sistema de Vigilância da Amazônia - SIVAM atende a interesses tanto do Brasil, isoladamente, quanto do mundo globalizado, em que o País se insere. Assim sendo, é INCORRETO afirmar que esses interesses são: a) globalizados, porque o sistema permite monitorar o desmatamento de vasta reserva florestal, onde grande parte das espécies não foi sequer catalogada. b) nacionais, porque será possível ao Brasil exercer, em caráter permanente, o controle aéreo e terrestre - sobre mais da metade do território nacional. c) globalizados, porque parte da região coberta pelo sistema abriga bases de redes de tráfico ilegal, que, hoje, comprometem a segurança do mundo. d) nacionais, porque revela o desenvolvimento tecnológico e científico do País em um setor de ponta, o que aumenta seu prestígio em âmbito mundial. 2. (UFRGS) O mapa abaixo corresponde à área de um polêmico projeto militar de fortalecimento das fronteiras da Região Norte do Brasil. Foi criado na metade da década de 1980 e envolve uma faixa de aproximadamente 150 quilômetros. Assinale a alternativa que contém o nome deste projeto.
a) b) c) d) e)
Calha Norte. Comando Norte. Radam. Rondon. Sivam.
3. (UFPB) Os cartogramas, a seguir, referem-se, respectivamente, à configuração do território brasileiro em 1828 e na atualidade. 86
Cartograma 1
Cartograma 2
Adaptados do Atlas Histórico Escolar-FAE-MEC.
Com base nesses cartogramas, identifique com V a(s) afirmativa(s) verdadeira(s) e com F, a(s) falsa(s). ( ) A comparação entre os dois cartogramas evidencia que não ocorreu um processo de expansão territorial, mas de migrações internas. ( )A linha AB, no cartograma I, corresponde ao meridiano do Tratado de Santo Ildefonso, que delimitava os domínios coloniais. ( ) O Tratado de Tordesilhas, representado no cartograma II, ampliou o território brasileiro. ( ) Os limites do cartograma I correspondem ao resultado da atuação do Barão do Rio Branco no Tratado de Madrid, provocando a ocupação portuguesa provisória da Guiana Francesa. ( ) A aquisição do Acre que está evidenciada, no cartograma I, foi possível graças aos Tratados de Madrid e de Santo Ildefonso. A sequência correta é: a) F F F F F b) V V V F F c) F F F V F d) F V V V V e) V F F V F 4. (Unirio) As doze milhas marítimas que contornam a linha de costa de cada país banhado pelo mar são consideradas território nacional. Mas os Estados costeiros têm ainda direito de jurisdição funcional sobre uma faixa de 200 milhas marítimas, denominada Zona Econômica Exclusiva (ZEE). No caso brasileiro, a adoção da ZEE tem a seguinte repercussão: a) estratégica - o aumento da segurança nacional.
b) cultural - a expansão sobre o Atlântico Sul. c) financeira - a instalação de centros off-shore.
d) geoeconômica - o aproveitamento dos recursos naturais. e) ambientalista - a limitação das áreas de ressurgência.
5. (UFPB) O espaço geográfico ibero-americano foi constituído a partir do processo de colonização implantado no Novo Mundo por Espanha e Portugal, entre os séculos XV e XVI. Esse espaço foi, inicialmente, regulamentado por uma Bula Papal, que instituiu o Tratado de Tordesilhas, conforme o mapa a seguir. No caso específico do Brasil, o curso da história provocou nova organização desse espaço, resultando uma dimensão territorial diferente da deli mitação proposta originalmente.
Disponível em: . Acesso em: 08 out. 2010. (adaptado)
Com base no exposto, no mapa e na literatura sobre o tema, é correto afirmar: a) O território brasileiro mais do que dobrou o seu tamanho original ao longo de sua história. Esse ganho de terras, antes pertencentes à Espa nha, deu-se a oeste da linha demarcatória do Tratado de Tordesilhas.
b) As terras situadas a leste da linha demarcatória do Tratado de Tordesilhas, pertencentes à Coroa espanhola, foram incorporadas legalmente ao território colonial lusitano no período da fusão dessas Coroas, sob a hegemonia da primeira. c) A conquista das terras espanholas por Portugal, localizadas na parte oriental da linha do Tratado de Tordesilhas, foi oficializada pelo Tratado de Madri em 1750. d) A divisão das terras coloniais, definida pelo Tratado de Tordesilhas, nunca foi respeitada, tendo em vista ter como marco divisor uma linha imaginária. e) As terras espanholas, localizadas a leste da linha do Tratado de Tordesilhas, foram conquistadas pelos bandeirantes, a serviço de Portugal, multiplicando o domínio colonial lusitano.
6. (UFJF) Leia, com atenção, a descrição do espaço geográfico: E por aqueles campos que ele agora via da janela do trem em movimento na certa passara um dia o cap. Rodrigo Cambará, montado em seu frete, de espada à cinta, violão a tiracolo, chapéu de aba quebrada sobre a fronte altiva. De certo modo ele simbolizava a tradição de hombridade do Rio Grande, uma tradição - achava Rodrigo - que as gerações novas deviam manter, embora dentro dum outro ambiente. Tinham-se acabado as guerras com os castelhanos. As fronteiras estavam definitivamente traçadas. Trilhos de estrada de ferro cortavam os campos, e ao longo dessas paralelas de aço, através de centenas de quilômetros, estavam plantados postes telegráficos. Em algumas cidades havia já telefones e até luz elétrica. Os inventos e descobrimentos da ciência, as máquinas que a inteligência e o engenho humano inventavam e construíam para melhorar e facilitar a vida, aos poucos iam entrando no Rio Grande e um dia chegariam a Santa Fé. Fonte: VERÍSSIMO, E. “O tempo e o vento ”, Porto Alegre, Globo, 1963.
Marque a alternativa que apresenta o mapa representativo da organização do espaço brasileiro, no período descrito no texto. Fonte: Atlas Histórico e Geográfico Braileiro . Rio de Janeiro: Fename-MEC, 1967.
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e se mostram sempre alegres […] as águas são mais puras; é enfim o Brasil Terreal Paraíso descoberto, onde têm nascimento e curso os maiores rios; domina salutífero o clima; influem benignos astros e respiram auras suavíssimas, que o fazem fértil e povoado de inumeráveis habitadores.
a)
ROCHA PITA, Sebastião da. Apud CHAUI. M. Brasil: mito fundador e sociedade autoritária . São Paulo: Perseu Abramo, 2000. p. 6. [Adaptado]
b)
No século XVIII, a descrição desse cronista destaca as riquezas naturais que conferem ao Brasil o sentido de um paraíso descoberto. Considerando o texto, a formação do território brasileiro naquele período está relacionada à: a) exploração das riquezas naturais do vasto território pela adoção da política administrativa e fiscal da metrópole portuguesa. b) vinda de portugueses, holandeses e franceses, tendo como consequência o povoamento do território por inumeráveis habitadores. c) proclamação da independência política da colônia em relação à metrópole, mantendo a produção agrícola voltada para a exportação. d) outorga da Constituição pelo imperador, que estabeleceu a divisão do país em províncias dirigidas por presidentes nomeados.
c)
e) expansão da monocultura cafeeira em solo fértil, que promoveu a ocupação e o povoamento do litoral em direção ao interior do país.
d)
8. (Ufal) Analise as afirmações sobre o processo da formação do território brasileiro no qual se pode distinguir diferentes eixos de ocupação ligados às atividades econômicas. e)
Fonte: Anuário Estatístico do Brasil . Rio de Janeiro, IBGE, 1996.
7. (UFG) Leia a citação a seguir. Em nenhuma outra região se mostra o céu mais sereno, nem madrugada mais bela aurora; o sol em nenhum outro hemisfério tem raios tão dourados, nem os reflexos noturnos tão brilhantes; as estrelas são mais benignas 88
( ) A pecuária, praticada em caráter extensivo, foi de importância fundamental na ocupação da região Norte, em especial no vale do Rio Amazonas. ( ) A mineração deu o impulso fundamental para a ocupação de áreas no interior do país, durante o período colonial. ( ) Na região Nordeste, a cultura da cana-de-açúcar foi responsável pela ocupação inicial do litoral, a Zona da Mata, avançando posteriormente para o Agreste. ( ) O café deu grande impulso à economia do Sudeste, promovendo uma maior ocupação do interior do Estado de São Paulo. ( ) Além da pecuária e da cana-de-açúcar, o cacau, o tabaco e o algodão também foram importantes na constituição do espaço econômico nordestino.
E.O. FIXAÇÃO 1. “Desde o alvorecer de São Paulo, as águas amarelas e quietas do Tietê despertaram sonhos de aventura e de riqueza.” (NÓBREGA, Mello. História do Rio Tietê . 3ª ed. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Ed. da Universidade de São Paulo, 1981, pág. 61)
Sobre esse rio, pode-se afirmar corretamente que: a) foi utilizado pelos bandeirantes, como meio de transporte, na procura de ouro e na captura de indígenas. b) possibilitou o acesso de nordestinos para São Paulo, por ser o mais importante afluente do rio São Francisco. c) tornou-se poluído a partir do século XIX, em decorrência da intensa mineração desenvolvida ao longo de seu leito. d) facilitou a intensa urbanização da capital paulista pelo fato de suas águas correrem no sentido interior-litoral e de ter sua foz no litoral.
e) exerceu importante papel no século XVIII, uma vez que possibilitou o escoamento da produção cafeeira do oeste paulista até o porto de Santos.
3. (UFPB) Observe o mapa.
a) O Vale do São Francisco serviu de rota para a penetração dos bandeirantes, devido à existência de recursos minerais, principalmente o manganês.
b) O movimento das bandeiras, mesmo penetrando o interior de São Paulo, conseguiu despovoar outras áreas como o Rio de Janeiro, situado na região Centro-Sul. c) Algumas áreas, durante o movimento de interiorização no Brasil, no século XIX, esvaziaram-se logo após o esgotamento dos recursos naturais, a exemplo das jazidas minerais.
d) O negro teve grande importância no movimento de penetração no território brasileiro quando da ocupação em direção à Amazônia. e) O litoral foi a região mais densamente povoada devido, principalmente, ao clima ameno e à existência de portos para o escoamento da produção da pecuária.
4. A contribuição dos bandeirantes para o povoamento do sul-brasileiro ficou restrita principalmente: a) à introdução da agricultura. b) ao comércio com os países vizinhos. c) à navegação marítima. d) ao conhecimento geográfico da região. e) ao povoamento do litoral. 5. (UEPG) Sobre a Capital Federal do Brasil, assinale o que for correto. 01)Brasília está localizada na Região Centro-Oeste do Brasil e aí, nessa cidade, estão estabelecidos os três poderes da União: Executivo, Legislativo e Judiciário. 02)O Distrito Federal, além da Capital, contém outras cidades satélites de Brasília como: Gama, Brazlândia, Planaltina, Samambaia, Guará, dentre outras. 04) Brasília foi uma cidade planejada e tem pouco mais de 50 anos de existência, tendo sido inaugurada em 21 de abril de 1960. 08) Antes de Brasília, o Brasil teve Salvador e Rio de Janeiro como capitais federais. 16)Brasília foi construída a partir de um plano piloto e os trabalhadores imigrantes que a construíram eram chamados de candangos.
No mapa, verifica-se que a ocupação do Brasil, no Período Colonial, privilegiou o litoral face à sua posição em relação ao Oceano Atlântico, que funcionava como via de comunicação com Portugal. Posteriormente, esse movimento de ocupação estendeu-se para o interior do continente, sendo reconhecido pelos Tratados de Madri e de Santo Ildefonso, com base nos princípios do ‘Uti Possidetis’ (quem tem a posse tem o domínio). Em relação a esse movimento de ocupação do território brasileiro, é correto afirmar:
6. (PUC-PR) Em 21 de abril de 2010, Brasília completou 50 anos. Sobre isso, pode-se considerar que: I. As cidades satélites deveriam ter sido criadas de forma planejada e somente após o Plano Piloto terem sido ocupadas, o que foi desvirtuado já na primeira década. Atualmente, as cidades satélites comportam aproximadamente 80% da população do Distrito Federal e apresentam índices de renda e educação menores que os de Brasília. 89
II. Brasília é um marco na organização do espaço regional e urbano, pois é a primeira cidade planejada do Brasil. O pro jeto modernista de Lúcio Costa divide a cidade em setores ocupacionais. Desde o seu planejamento, constatou-se que o Distrito Federal não poderia ter vocação industrial ou turística. Seria somente a capital administrativa do país. III.A construção de Brasília representa um marco importante na ocupação do Centro-Oeste brasileiro. A partir dos anos de 1960, construíram-se grandes rodovias as quais passaram a ligar a região ao restante do país, o que impulsionou a ocupação (da região) e a transformação do cerrado em área de grande produção agropecuária.
Está(ão) correta(s): a) Somente o enunciado I. b) Somente os enunciados I e II. c) Somente os enunciados II e III. d) Somente os enunciados I e III. e) Todos os enunciados.
7. (PUC-SP) “A viagem rumo a Brasília, através do Planalto Central, é uma jornada de separação. Faz o viajante confrontar-se com a separação entre a Brasília modernista e o Brasil de todos os dias; entre os densos povoamentos do litoral e o vazio do interior; entre o congestionamento e a aglomeração das grandes cidades e os silenciosos horizontes do planalto; entre as praças do interior, com suas feiras e suas conversas, e os espaços vazios de Brasília, onde não há praças nem feiras (...).”
8. (PUC) Leia com atenção a notícia publicada, em 27/04/2004 no sítio e a charge transformada em publicidade pelo Ministério da Justiça do Brasil. CASO CUPUAÇU NO CANAL FUTURA
Regina Casé, atriz da Rede Globo que comanda o programa “Um Pé de Quê?” transmitido pelo Canal Futura, estará desembarcando em Rio Branco, Acre, no próximo mês para gravação do programa que terá como destaque o cupuaçu. Espécie tipicamente Amazônica, o cupuaçu se tornou o ícone da resistência dos povos Amazônicos contra a Biopirataria. Tudo porque uma multinacional Japonesa, Asahi Foods, registrou o nome do fruto cupuaçu como marca comercial no Japão, União Europeia e Estados Unidos, além de ter pedido patentes sobre o processo de produção do Cupulate. Recentemente, as organizações que fazem parte da Campanha contra a Biopirataria, entre elas a Amazonlink, o GTA e a Embrapa, obtiveram duas vitórias contra a Asahi: uma que anulou a patente sobre o processo de produção do Cupulate; e outra que cancelou o registro do nome Cupuaçu como marca comercial no Japão. O registro da marca ainda continua em vigor na União Europeia e nos EUA. (...)
Fonte: James HOLSTON. A Cidade modernista: uma crítica de Brasília e sua utopi a São Paulo: Companhia das Letras, p. 11
A capital brasileira é um fenômeno geográfico que sempre despertou muitas discussões. A respeito de sua situação atual, tendo em vista as afirmações do autor, pode-se afirmar que:
a) o autor está se referindo somente ao plano piloto de Brasília, já que existe atualmente em seu entorno outra urbanização que está longe da descrição feita. b) esse panorama de Brasília diz respeito apenas a seus primeiros anos, pois atualmente o plano está subvertido, com praças, ruas, feiras e mercados que alteraram o traçado original.
c) a rigor, o fundamental do plano de Brasília se manteve, com a exceção dos vários enclaves de favelas instalados nos espaços vazios entre as super-quadras residenciais. d) o plano piloto sofreu profundas alterações no seu traçado e densidade porque, originalmente, a circulação foi concebida para usuários de automóvel, o que inviabilizou a cidade. e) uma das dificuldades para manter o plano de Brasília na íntegra, em especial no que se refere ao padrão residencial, diz respeito à renda baixa e decrescente de seus moradores.
90
Em relação à notícia acima, é INCORRETO afirmar que: a) a biopirataria é um ato lesivo ao domínio de um país sobre a sua biodiversidade, já que este é um dos recursos mais importantes de algumas sociedades pobres do planeta frente ao potencial tecnológico de outros países ou regiões, como os indicados na notícia. b) o Japão, a União Europeia e os EUA, que têm o domínio sobre as patentes das atuais tecnologias de ponta, serão os países/ regiões que poderão decifrar os códigos genéticos da biodiversidade amazônica, algo infelizmente impossível para a atrasadíssima ciência brasileira.
c) a produção de patentes industriais nos países ricos através do artifício da biopirataria serve, dentre outras coisas, para que os seus setores alimentício e farmacêutico possam lucrar mais ainda, já que ao controlarem a pesquisa, a produção e a comercialização da biotecnologia, esses países podem ampliar a dependência dos países pobres para com eles. d) a biodiversidade amazônica está entre as três maiores do planeta e o seu roubo, através da biopirataria, diminui a autonomia cientifica dos países que a detêm (Brasil, Colômbia, Peru...) e amplia o poder de comercialização de produtos industriais nos mercados latinos pelos países mais ricos do planeta. e) a perda constante da biodiversidade amazônica está relacionada à ineficiência do Estado brasileiro na proteção de suas fronteiras terrestres, marítimas e do seu espaço aéreo, o que amplia a ação predatória e ilegal de países e agentes industriais diversos na região, através da biopirataria.
E.O. COMPLEMENTAR 1. (UEL) Na figura do satélite LANDSAT - 5 TM a seguir, as áreas de cor clara representam o desmatamento efetuado no período de 1977 a 1984 na Amazônia.
II. Os colonizadores converteram quase totalmente suas terras de florestas em campos de cultivo, e, em seguida, em pastagens. Este tipo de transformação da paisagem é conhecido popularmente como “arco do desenvolvimento”, localizado nos planaltos e chapadas da borda sul da bacia do Paraná. III.Mecanismos indutores governamentais, iniciados por Getúlio Vargas, foram reativados por Juscelino Kubitschek e revigorados pelos Planos Nacionais de Desenvolvimento (PNB) e Programa de Integração Nacional (PIN) ao longo da ditadura militar. Assim, nas décadas de 1960 e 1970, foi iniciada a abertura de uma rede de estradas, cortando os cerrados e as matas, com finalidade de induzir a ocupação territorial por meio delas. IV. No decênio 1970-1980, a região dos Planaltos e Serras do Atlântico Leste e Sudeste ocupou posição singular no processo de mudança da agricultura brasileira pois, ao mesmo tempo em que ali se expandiu aceleradamente o espaço ocupado pela atividade agropastoril, verificou-se também acentuada modernização do processo produtivo, com o mais alto crescimento relativo do parque de tratores, que foi de 53,1%. Assinale a alternativa que contém todas as afirmativas corretas. a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) I, II e IV. e) II, III e IV.
2. (UFMG) Observe, no mapa a seguir, a divisão do relevo brasileiro, sistematizada a partir de levantamentos realizados pelo Projeto RADAMBRASIL.
(DGI/INPE. Disponível em: http://www.dgi.inpe. br/ html/gal-1.htm. Acesso em: 22 out. 2007.)
Com base na figura e nos conhecimentos sobre o tema “satélites a serviço da questão ambiental”, é correto afirmar: I. Criado em 1970, o Projeto RADAM da Amazônia teve como objetivo realizar o levantamento dos recursos do solo e do subsolo da Amazônia. Com o auxílio de um avião equipado com radar e instrumentos específicos, obtiveram-se imagens por teledetecção. Os resultados foram positivos e o programa foi ampliado para todo o território nacional, passando a ser denominado RADAMBRASIL.
Todas as alternativas apresentam alterações introduzidas por essa divisão, EXCETO: a) ampliação do número de unidades do relevo. b) aumento na extensão das áreas de planície. c) diminuição da extensão de algumas áreas de planalto.
d) introdução das depressões como unidades de relevo.
91
3. (Utfpr) Relacionando-se os conceitos demográficos básicos com as características da população do Brasil, somente podemos afirmar que:
a) as regiões mais povoadas situam-se na porção Centro-Sul. b) as áreas consideradas populosas estão próximas à Amazônia. c) os estados mais populosos tem maior registro de indígenas. d) os descendentes de africanos são a maioria da população do Sul. e) o interior do Nordeste é mais povoado que a porção litorânea.
4. (Fac. Albert Einstein) “O aumento dos fluxos entre meados do século XX e os dias de hoje é realmente significativo. Nos trinta anos de transição entre os albores da unificação do mercado e do território brasileiros [...], o movimento aéreo de passageiros cresceu mais de 26 vezes...”. Milton SANTOS; Maria L. SILVEIRA. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001, p. 167.
Sobre esse aspecto da realidade, constatado no início do século XXI, pode ser dito que ele evoluiu: a) mantendo a curva ascendente, mas sempre encontrando obstáculos relacionados à grande desigualdade econômica e regional do país. b) lentamente, quase que estagnou, visto que, nessa década e meia do país, o recuo econômico implicou a diminuição dos fluxos intraterritoriais.
c) de modo acelerado, integrando cidades grandes, médias e pequenas, o que se comprova com a saúde financeira das companhias aéreas nacionais. d) significativamente nas regiões mais pobres do país, nas quais grandes investimentos de infraestrutura para o transporte aéreo foram feitos.
II. a pecuária foi a atividade econômica que viabilizou a ocupação do semiárido pelo colonizador português por ocupar grandes extensões e necessitar de pouca mão de obra. III.o Sertão também possuiu suas engenhocas de rapadura que, ao contrário dos engenhos litorâneos, que produziam açúcar, tinham como finalidade o abastecimento do mercado consumidor interno. IV. a cotonicultura foi a primeira e mais importante atividade econômica a ser introduzida no litoral de onde se estendeu para o Sertão seguindo os vales úmidos ocupados pelas fazendas de criação de gado, tendo em sua marcha criado importantes cidades industriais a exemplo de Campina Grande e Rio Tinto. Estão corretas apenas as proposições: a) I e IV b) I, II e IV c) II e IV d) I, II e III e) II e III
E.O. DISSERTATIVO 1. (UFRJ) Atualmente, 20% da área da Amazônia brasileira estão oficialmente protegidos por Unidades de Conservação (parques nacionais, florestas nacionais, reservas biológicas, reservas extrativistas etc.), o que corresponde a cerca de um milhão de km 2. Mesmo com o monitoramento por imagens de satélite da região (SIVAM), a proteção efetiva dessas áreas ainda enfrenta inúmeros desafios.
5. (UEPB) Conquistado o litoral Partiram furando o chão Bandeirantes destemidos Se embrenharam no sertão Currais de gado instalados E eles foram ajudados Por jesuítas em missão.
[...] Além de criar gado Fazendeiros do sertão Se ocupavam do cultivo Cana-de-açúcar e algodão Pra produzir rapadura E tecer madrepolão (sic!) [tipo de tecido de algodão].
CAMPOS FILHO, Vicente. A ocupação do território paraibano Cordel [S 1: S n.]. 200-?
Através dos versos, o autor evidencia que na ocupação do território paraibano: I. o Sertão foi a primeira região paraibana a ser povoada através de entradas provenientes da Bahia e das missões jesuíticas que catequizavam os indígenas. 92
a) Indique dois elementos, associados à ocupação da região amazônica, que ameaçam as unidades de conservação. b) Explique por que a fiscalização das unidades de conservação é mais difícil na Amazônia do que em outras regiões do país.
2. (UFES) As fronteiras políticas amazônicas têm sido motivo de preocupações do governo brasileiro e, por isso, foram lançados os Programas Calha Norte (PCN) e Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM). Redija um texto sobre um dos programas (PCN ou SIVAM), identificando a área que ele abrange e descrevendo a finalidade e as principais ações propostas no programa.
complexidade das atividades ligadas aos transportes e às trocas comerciais multiplicou a presença dessas economias metropolitanas em toda a área da América Latina: as ferrovias, as instalações frigoríficas, os silos e as usinas, em proporções diversas conforme a região, tornaram-se ilhas econômicas estrangeiras em zonas periféricas.
3. (Ufg) O Centro-Oeste foi a região brasileira que mais sofreu alterações em seus limites territoriais com a criação de novas unidades da Federação na segunda metade do século XX, tais como a instalação do Distrito Federal (1960), a criação dos estados de Mato Grosso do Sul (1979) e do Tocantins (1988). Considerando o fato mencionado, Exponha uma razão que justifique a escolha da Região Centro-Oeste para sediar a capital federal;
De acordo com o texto, o pacto colonial imposto por Espanha e Portugal a quase toda a América Latina foi substituído em função: a) das ilhas de desenvolvimento instaladas nas periferias das grandes cidades.
4. Indique e explique dois fatores que esclareçam a invalidação do Tratado de Tordesilhas ao longo do processo de colonização da América Portuguesa.
DONGHI, T. H. História da América Latina . 2ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005 (adaptado).
b) da restauração, por volta de 1880, do pacto colonial entre a América Latina e as antigas metrópoles.
c) do domínio, em novos termos, do capital estrangeiro sobre a economia periférica, a América Latina. d) das ferrovias, frigoríficos, silos e usinas instaladas em benefício do desenvolvimento integrado e homogêneo da América Latina. e) do comércio e da implantação de redes de transporte, que são instrumentos de fortalecimento do capital nacional frente ao estrangeiro.
E.O. ENEM 1. (Enem) O Centro-Oeste apresentou-se como extremamente receptivo aos novos fenômenos da urbanização, já que era praticamente virgem, não possuindo infraestrutura de monta, nem outros investimentos fixos vindos do passado. Pôde, assim, receber uma infraestrutura nova, totalmente a serviço de uma economia moderna. SANTOS, M. A Urbanização Brasileira . São Paulo: EdUSP, 2005 (adaptado).
O texto trata da ocupação de uma parcela do território brasileiro. O processo econômico diretamente associado a essa ocupação foi o avanço da: a) industrialização voltada para o setor de base.
b) economia da borracha no sul da Amazônia. c) fronteira agropecuária que degradou parte do cerrado. d) exploração mineral na Chapada dos Guimarães.
e) extrativismo na região pantaneira.
2. (Enem) Por volta de 1880, com o progresso de uma economia primária e de exportação, consolidou-se em quase toda a América Latina um novo pacto colonial que substituiu aquele imposto por Espanha e Portugal. No mesmo momento em que se afirmou o novo pacto colonial, começou a se modificar em sentido favorável à metrópole. A crescente 93
E.O. UERJ - EXAME DE QUALIFICAÇÃO 1. (UERJ)
No mapa está representado o processo de estruturação da atual divisão político-administrativa do território brasileiro. Ao longo da história, dois fatores responsáveis pelas alterações dessa divisão estão relacionados com:
a) b) c) d)
centralização do poder e zoneamento extrativo crescimento das oligarquias e investimento na produção domínio do território e exploração dos recursos naturais fortalecimento do nacionalismo e expansão da agricultura
2. (UERJ) CANÇÃO DO EXÍLIO Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. (...) (Gonçalves Dias, 1847) MARGINÁLIA 2
(...) Minha terra tem palmeiras Onde sopra o vento forte Da fome, do medo e muito Principalmente da morte (...) Aqui é o fim do mundo Aqui é o fim do mundo Aqui é o fim do mundo (Torquato Neto e Gilberto Gil, 1967)
Aqui temos duas maneiras distintas de imaginar “minha terra” - Brasil. Cada uma dessas imagens expressa características da sociedade brasileira associadas aos respectivos contextos históricos. Essas características são, respectivamente: a) a ideia da nação como resultado da preservação ambiental - a ideologia pessimista decorrente da globalização. b) o elogio da natureza como elemento de construção da nação brasileira - a instabilidade social decorrente do subdesenvolvimento. c) o exílio político dos intelectuais como negação da nação - as desvantagens ecológicas da nação decorrentes de suas condições naturais. d) a imaturidade dos intelectuais como resultado da dominação monárquica - a miséria e a fomedecorrentes do extrativismo econômico.
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3. (UERJ)
(Adaptado de “Folha de São Paulo”, 18/03/2001)
Em 18/03/2001, o jornal “Folha de São Paulo” divulgou que está sendo proposto um aumento das verbas para o Projeto Calha Norte, que se refere à fronteira norte-amazônica do país.
A observação do mapa das unidades previstas permite concluir que o projeto tem como uma de suas preocupações básicas: a) a agricultura, em terras destinadas à reforma agrária b) o abastecimento, em espaço carente de vias de acesso c) a proteção militar, em área marcada por conflitos políticos d) a industrialização, em região caracterizada pelo crescimento econômico
4. (UERJ) No século XIX, a ocupação do Planalto Meridional ocorreu com a vinda de imigrantes europeus de origem não-portuguesa. Entre esses contingentes imigratórios, destacaram-se os de origem germânica. A colonização germânica teve como uma de suas principais características: a) o predomínio da pequena e da média propriedade familiar b) a introdução da cultura da uva e do fabrico do vinho em grande escala c) o desenvolvimento da criação extensiva de gado bovino e ovino para corte d) a prática da monocultura e do beneficiamento de gêneros tropicais para exportação 5. (UERJ)
(Adaptado de JANCSÓ, Istvan (coord.). “Cronologia da História do Brasil Colonial”. São Paulo: USP, 1994.)
LEGENDA: 1 - Belém 2 - São Luís 3 - Natal 4 - Paraíba 5 - Olinda 6 - São Cristovão 7 - São Salvador 8 - Ilhéus 9 - Porto Seguro 10 - Vitória 11 - São Sebastião do Rio de Janeiro 12 - São Vicente 13 - Cananeia 95
Do ponto de vista geográfico, histórico e cartográfico, e considerando as linhas de fronteira, duas características deste mapa são: a) limites da atualidade e representação de dados naturais imaginários. b) traçado da época e conhecimento disponível sobre a sociedade colonial. c) contorno da época e apoio das expedições exploradoras do interior do território.
3. (Fuvest) No mapa atual do Brasil, reproduzido abaixo, foram indicadas as rotas percorridas por algumas bandeiras paulistas no século XVII. Nas rotas indicadas no mapa, os bandeirantes:
d) representação da atualidade e projeção de uma realidade territorial sem demarcação fixa.
E.O. OBJETIVAS (UNESP, FUVEST, UNICAMP E UNIFESP) 1. (Unifesp) O Sivam foi introduzido na Amazônia para: a) Substituir a Sudam, que foi extinta por denúncias de corrupção. b) Controlar queimadas, utilizando técnicas desenvolvidas pelos povos indígenas. c) Monitorar a região, a partir de um sofisticado sistema que integra satélites e aviões. d) Integrar a região à economia de mercado, contando com financiamento do Banco Mundial.
e) Delimitar Unidades de Conservação, impedindo que as mudanças do Código Florestal permitissem a ampliação do desmatamento.
2. (Fuvest) Quanto à formação do território brasileiro, podemos afirmar que: a) a mineração, no século XVIII, foi importante na integração do território devido às relações com o Sul, provedor de charque e mulas, e com o Rio de Janeiro, por onde escoava o ouro. b) a pecuária no rio São Francisco, desenvolvida, a partir das numerosas vilas da Zona da Mata, foi um elemento importante na integração do território nacional. c) a economia baseada, no século XVI, na exploração das drogas do sertão integrou a porção Centro-Oeste à região Sul. d) a economia açucareira do Nordeste brasileiro, baseada no binômio ‘plantation’ e escravidão, foi a responsável pela incorporação, ao Brasil, de territórios pertencentes à Espanha.
e) a extração do pau-brasil, promovida pelos paulistas, por meio das entradas e bandeiras, foi importante na expansão das fronteiras do território brasileiro.
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a) mantinham-se, desde a partida e durante o trajeto, em áreas não florestais. No percurso, enfrentavam períodos de seca, alternados com outros de chuva intensa. b) mantinham-se, desde a partida e durante o trajeto, em ambientes de florestas densas. No percurso, enfrentavam chuva frequente e muito abundante o ano todo. c) deixavam ambientes florestais, adentrando áreas de campos. No percurso, enfrentavam períodos muito longos de seca, com chuvas apenas ocasionais. d) deixavam ambientes de florestas densas, adentrando áreas de campos e matas mais esparsas. No percurso, enfrentavam períodos de seca, alternados com outros de chuva intensa.
e) deixavam áreas de matas mais esparsas, adentrando ambientes de florestas densas. No percurso, enfrentavam períodos muito longos de chuva, com seca apenas ocasional.
4. (Fuvest) O arquipelago de Fernando de Noronha, as ilhas de Trindade e Martin Vaz e os rochedos São Pedro e São Paulo são ilhas oceânicas brasileiras. Considerando que essas ilhas não guardam nenhuma relação com o relevo continental, é correto dizer que sua origem está vinculada a: a) soerguimento de blocos falhados. b) dobramentos terciários. c) vulcanismo submarino. d) ascenso do nível do mar. e) acumulação de corais.
5. (Unesp) O mapa representa a “Amazônia Azul”, uma área de aproximadamente 4,5 milhões de km2, traçada ao longo do litoral brasileiro.
a) Caracterize a Plataforma Continental, do ponto de vista geomorfológico. Justifique sua importância econômica para o Brasil. b) Discorra sobre a importância da Plataforma Continental “Jurídica”, considerando a exploração do subsolo marinho.
(Scientific American Brasil . Oceanos: origens, transformações e o futuro. Adaptado.)
Sobre a “Amazônia Azul”, pode-se afirmar que: a) é uma área que o Brasil delimitou para opor-se à salvaguarda e à exploração dos recursos naturais. b) é uma região onde a exploração pesqueira está embargada para permitir a exploração do pré-sal.
c) foi criada para que os recursos vivos na Zona Econômica Exclusiva –ZEE sejam exclusivamente pescados por navios fábricas. d) essa demarcação objetivou delimitar áreas de pequeno interesse comercial e assegurar os impostos para todos os estados da União. e) nessa área, o Brasil pretende exercer seus direitos de soberania ou jurisdição para melhor salvaguardar e explorar os recursos naturais nela existentes.
E.O. DISSERTATIVAS (UNESP, FUVEST, UNICAMP E UNIFESP) 1. (Fuvest) Além do conceito de Plataforma Continental, do ponto de vista geomorfológico, temos também o conceito de Plataforma Continental “Jurídica”. O desenho a seguir mostra um dos critérios possíveis para a delimitação da Plataforma Continental “Jurídica”, no Brasil.
2. APESAR DA FALTA DE VERBAS, CALHA NORTE É AMPLIADO BRASÍLIA. O governo decidiu ampliar a presença militar na Região Norte do país. O Presidente Lula, atendendo a pedido do Ministro da Defesa, aumentou a área de atuação do Programa Calha Norte, criado em 1985. O número de municípios atingidos pelo programa saltará de 74 para 151. A linha de fronteira incluída no Calha Norte aumentará de 7 400 quilômetros para cerca de 11 mil quilômetros. A área total do Calha Norte será de 2,5 milhões de quilômetros quadrados, que representam 25,6% do território nacional. (Adaptado de “O Globo”, 10/01/2003)
Com base na reportagem acima, cite: a) dois objetivos do governo brasileiro ao ampliar o Programa Calha Norte; b) dois fatores, ligados à organização espacial da região, que dificultam a eficácia do Programa. 3. (Unicamp) A Amazônia é uma das mais antigas periferias do sistema mundial capitalista. Seu povoamento e desenvolvimento se deram de acordo com o paradigma da economia de fronteira, significando, com isso, que o crescimento econômico é visto como linear e infinito, sendo imperativo sustar esse padrão baseado no uso predatório das suas riquezas naturais e do saber de suas populações tradicionais. (Adaptado de Bertha K. Be cker, “Geopolítica da Amazônia”. Estudos Avançados,19, nº 53, 2005, p. 72)
a) O que se pode entender por economia de fronteira? b) Aponte dois exemplos de populações tradicionais na Amazônia.
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4. (Fuvest) No período colonial, a escravidão africana e a pecuária bovina interligaram, de algum modo, as várias “ilhas regionais” daquele antigo “arquipélago econômico”, conforme definido por alguns autores. Com base nessas informações e em seus conhecimentos, identifique:
7. (Unicamp) “É um lugar comum afirmar-se que no Brasil os colonos europeus não portugueses preferiam o sul do país por causa do clima mais ameno. A verdade não é bem esta.” (Orlando Valverde, ESTUDOS DE GEOGRAFIA AGRÁRIA BRASILEIRA)
a) as duas principais portas de entrada e respectivas rotas de penetração do gado nordestino sertão adentro, durante a fase colonial;
Levando-se em conta que o clima não é o elemento fundamental, como se explica a ocupação do sul do Brasil pelos colonos europeus não portugueses?
b) a frente pioneira da expansão pecuária bovina no Brasil de hoje.
5. (Unicamp) Ao desembarcar na América, em 1500, o colonizador português deparou-se com um meio geográfico completamente diferente do seu. Contudo, é exagerado afirmar que o colono europeu teve muitas dificuldades para adaptar-se às áreas tropicais. Realmente, povos oriundos de climas frios, e por isso afeiçoados a eles, geralmente sofrem mais nas zonas climáticas quentes. Entretanto, o europeu encontrou fortes estímulos que compensaram esse desconforto climático. Não veio para a zona tropical para ser trabalhador, mas para ser dirigente da produção mercantil. (Adaptado de: Prado Júnior, C. FORMAÇÃO DO BRASIL CONTEMPORÂNEO. São Paulo. Brasiliense. 1961. pp 13-26.)
a) Quais foram os estímulos encontrados pelo colonizador português para que viesse para o Brasil e aqui permanecesse? b) Caracterize a relação de trabalho fundamental que se estabeleceu na colônia. c) Por que, durante o período colonial, a população de origem portuguesa no Brasil se concentrou basicamente no litoral?
6. (Unicamp) Por volta de 1928, Henry Ford queria o império da borracha sob o domínio americano. Como sabia do malogro das experiências de seu amigo Thomas Edison no sentido de plantar seringueiras nos Estados Unidos, decidiu plantá-las no Amazônia, sua região de origem. Organizar seringais homogêneos, distribuídos simetricamente no solo original era a tarefa. Plantadas, floresceram com exuberância durante um certo tempo. Entretanto, o milhão de pés de seringueiras começou a definhar sob o sol. Na Amazônia, triunfava o desordenado da selva contra a disciplina do exército de seringal. Em 1946, Ford retira-se da Amazônia. (adaptado de Vianna Moog, “BANDEIRANTES e PIONEIROS paralelos entre duas culturas”, Rio de Janeiro, Delta, 1966)
a) Qual foi o período áureo da produção da borracha na região norte do Brasil e quais as razões do declínio dessa produção? b) Explique, do ponto de vista das condições naturais, o fracasso das plantações dos seringais homogêneos de Mr. Ford na Amazônia.
98
GABARITO E.O. Aprendizagem 1. D
2. A
3. A
4. D
5. A
6. D
7. A
8. A
9. FVVVV
E.O. Fixação 1. A
2. D
3. C
4. D
5. 01 + 02 + 04 + 08 + 16 = 31. 6. D
7. A
8. B
E.O. Complementar 1. B
2. B
3. C
4. A
5. A
E.O. Dissertativo 1.
a) Os principais elementos associados à ocupação da região Amazônica que põe em risco as Unidades de Conservação são: extrativismo vegetal (madeireiras), a pecuária, frentes agrícolas (principalmente a soja), extrativismo mineral, centros urbanos, assentamentos (povoamentos) e estradas. b) A fiscalização das Unidades de Conservação são mais difíceis na Região Amazônica que em outras regiões do país em função da sua extensão territorial e da dificuldade de circulação. 2. PROJETO CALHA NORTE Área de atuação: inicialmente, as áreas da fronteira setentrional do país, estendendo-se, posteriormente, até os municípios dos Estados de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá. Finalidade: proteção das fronteiras setentrionais contra a ação do narcotráfico, do contrabando, da guerrilha e proteção dos recursos naturais.
Ações: nos setores de infraestrutura de transporte, energia e comunicação, educação e saúde, de apoio às comunidades indígenas; instalação de rede integrada de postos e bases de exército e da aeronáutica. SISTEMA DE VIGILÂNCIA DA AMAZÔNIA Área de atuação: Amazônia
E.O. Dissertativas (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) 1.
Finalidade: controle do espaço aéreo amazônico.
Ações: desenvolvimento de ações ligadas ao controle do tráfego aéreo, à fiscalização de fronteiras, ao monitoramento de queimadas, aos desflorestamentos, aos garimpos e mapeamento dos recursos naturais e baseadas em uma rede integrada de sensoriamento remoto e telecomunicações. 3. As razões que justificam a escolha da Região Centro-Oeste para sediar a capital federal são: posição geográfica da região situada no centro do país, facilitando a interligação da capital com as demais regiões e expansão das atividades econômicas modernas no interior do Brasil; interiorização da Capital Federal para integrar o sertão e o litoral; interiorização da Capital Federal por motivos de segurança nacional contra inimigos externos e internos; incremento da economia do interior do país e do povoamento da Região Centro Oeste; disponibilidade de áreas planas com abundância de recursos hídricos para atender à demanda da população; preocupação estratégica visando à ocupação da Amazônia; preocupação estratégica contra invasões casadas por conflitos internacionais. 10. Entre os fatores que explicam tal invalidação, podemos destacar o fato de a União Ibérica, ocorrida entre 1580 e 1640, estabelecer a junção dos espaços coloniais português e espanhol. Ao mesmo tempo, devemos frisar que a ação dos bandeirantes e jesuítas também teve grande contribuição para que outras regiões passassem a ser exploradas pela ação de representantes da colonização lusitana. §
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2.
§
a) A plataforma continental é um prolongamento da faixa costeira a partir da deposição sedimental resultante principalmente do processo erosivo do relevo costeiro. A importância econômica da plataforma continental brasileira está nas atividades como pesca e a exploração do petróleo e gás natural. b) O manual técnico da convenção das Nações Unidas para a legislação sobre o mar, de 1982, prevê a determinação da plataforma continental jurídica (PCJ) para além das 200 milhas do mar territorial, “unindo, mediante linhas retas, que não excedam 60 milhas marítimas, pontos fixos definidos por coordenadas de latitude e longitude”. (CNUM, art. 76, pág. 7). A importância da exploração do subsolo marinho para o Brasil está na definição de zona econômica exclusiva (ZEE) como situada além do mar territorial e que não exceda as 200 milhas marítimas das linhas de base a partir das quais se mede a largura do mar territorial. Trata-se de faixa potencial em exploração de nódulos minerais, petróleo e gás natural. a) Podemos citar como objetivos da ampliação do Projeto Calha Norte: combater a ação do narcotráfico. evitar a ação de contrabandistas. §
§
§ §
preservar a soberania nacional na exploração dos recursos naturais da região.
evitar a atuação de grupos guerrilheiros dos países vizinhos (FARCs – Colômbia). b) Dois fatores que dificultam a eficácia do programa são: rede de transporte precárias rede urbana incompleta baixa densidade demográfica floresta muito densa que dificulta a locomoção redes de comunicação insuficientes §
§ § §
§
E.O. Enem 1. C
§
2. C
3.
E.O. UERJ Exame de Qualificação 1. C
2. B 3. C 4. A 5. D
E.O. Objetivas (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) 1. C
2. A
3. D
4. C
5. E
a) Conforme o texto, “economia de fronteira” pode ser entendida como uma forma de ver o crescimento econômico como linear e infinito, ignorando, portanto, que os recursos naturais são finitos. b) Podemos citar como populações tradicionais na Amazônia os povos indígenas, vilas remanescentes dos antigos quilombos, população ribeirinha, que vive da pesca e agricultura de subsistência e os seringueiros. 99
4.
a) As duas principais portas de entrada do gado no Brasil Colonial foram o Sertão Nordestino, ocupando todo o Vale do São Francisco (também conhecido como Rio dos Currais) e a partir do médio São Francisco, ocupando o Sertão Nordestino para o Norte em direção ao Vale do Parnaíba (abrangendo parte do Maranhão e do Ceará) e todo o estado do Piauí, chegando a atingir o litoral setentrional do Nordeste.
5.
6.
b) A expansão da pecuária bovina na atualidade avança do Centro-Oeste em direção ao Norte, esta área também é conhecida como “Arco Sul do Desmatamento”. Isso ocorre principalmente pela facilidade no acesso, permitida pelas melhorias das estradas, e com o avanço da soja que ajuda a “empurrar” a pecuária bovina cada vez mais para o norte. a) Podemos destacar como estímulo para que os portugueses viessem e permanecessem no Brasil as evidências de jazidas minerais (ouro e prata), clima tropical ( plantation) e a extensão territorial. b) A relação de trabalho que se estabeleceu na colônia era a escravidão (índios e negros africanos). c) A população portuguesa se concentrou no litoral porque era a porta de entrada para a colônia, terreno aplainado, facilidade de escoar as mercadorias para a metrópole, água potável em abundância, dentre outros.
a) O período áureo da produção da borracha foi entre 1870 a 1910 (1ª ciclo da borracha), a razão do declínio desta produção foi a baixa produtividade das espécies nativas. b) Desconhecimento das condições físicas naturais locais como: clima super úmido, solo pobre, dentre outros. 7. Foram doados lotes de terras para formar colônias de fixação ou povoamento para ocupar a região e conter o avanço espanhol na América Portuguesa.
100
P A / o d a t s E a i c n e g A / m e g a m I C J / r h u B a l l i c s i r P ©
Aulas
7e8 Regionalização do espaço brasileiro Competências 3 e 4 Habilidades 11, 14, 16, 17 e 20
Competência 1 – Compreender os elementos culturais que constituem as identidades. H1
Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.
H2
Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas.
H3
Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos
H4
Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura.
H5
Identificar as manifestações ou representações da diversidade do patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades.
Competência 2 – Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconômicas e culturais de poder. H6
Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos.
H7
Identificar os significados histórico-geográficos das relações de poder entre as nações.
H8
Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere à dinâmica dos fluxos populacionais e no enfrentamento de problemas de ordem econômico-social.
H9
Comparar o significado histórico-geográfico das organizações políticas e socioeconômicas em escala local, regional ou mundial
H10
Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da participação da coletividade na transformação da realidade histórico-geográfica.
Competência 3 – Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais. H11
Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço.
H12
Analisar o papel da justiça como instituição na organização das sociedades.
H13
Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder.
H14
Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situação ou fatos de natureza histórico-geográfica acerca das instituições sociais, políticas e econômicas.
H15
Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao longo da história.
Competência 4 – Entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social. H16
Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na o rganização do trabalho e/ou da vida social.
H17
Analisar fatores que explicam o impacto das novas tecnologias no processo de territorialização da produção.
H18
Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações sócio-espaciais.
H19
Reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que determinam as várias formas de uso e apropriação dos espaços rural e urbano.
H20
Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações impostas pelas novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho.
Competência 5 – Utilizar os conhecimentos históricos para compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da democracia, favorecendo uma atuação consciente do indivíduo na sociedade. H21
Identificar o papel dos meios de comunicação na construção da vida social.
H22
Analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mudanças nas legislações ou nas políticas públicas.
H23
Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das sociedades.
H24
Relacionar cidadania e democracia na organização das sociedades.
H25
Identificar estratégias que promovam formas de inclusão social.
Competência 6 – Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no espaço em diferentes contextos históricos e geográficos. H26
Identificar em fontes diversas o processo de ocupação dos meios físicos e as relações da vida humana com a paisagem.
H27
Analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio físico, levando em consideração aspectos históricos e (ou) geográficos.
H28
Relacionar o uso das tecnologias com os impactos sócio-ambientais em diferentes contextos histórico-geográficos.
H29
Reconhecer a função dos recursos naturais na produção do espaço geográfico, relacionando-os com as mudanças provocadas pelas ações humanas.
H30
Avaliar as relações entre preservação e degradação da vida no planeta nas diferentes escalas.
DO MEIO NATURAL AO MEIO TÉCNICO-CIENTÍFICO-INFORMACIONAL r a b o c s E o l e c r a M ©
A organização do espaço brasileiro segundo Milton Santos A periodização das relações entre sociedade e natureza que utilizaremos para explicar como a Geografia descreve o mundo moderno foi criada pelo geógrafo Milton Santos, um dos mais populares geógrafos brasileiros e um dos que mais influenciou a reformulação dessa ciência, iniciada na década de 1970, no Brasil e no mundo. Milton Santos ficou famoso, principalmente, por conseguir sistematizar uma nova abordagem da geografia ao colocar como centro da análise a produção do espaço como um sistema técnico, com todas as questões políticas, sociais, culturais e econômicas envolvidas no processo.
O meio natural
Professor Milton Santos
O meio natural não é necessariamente o intocado, mas sim o meio que, mesmo tendo sido transformado pelo trabalho humano, ainda é caracterizado pelo predomínio da ordem natural na organização dos objetos, da vida, da produção e até da cultura. Esse meio natural generalizado era utilizado pelo ser humano sem grandes transformações. As técnicas e o trabalho se integravam às dádivas da natureza, com a qual se relacionavam em outra mediação. As transformações impostas às coisas naturais já eram técnicas, entre as quais a domesticação de plantas e animais. Como as técnicas não se impunham ao meio natural, as sociedades tendiam a apresentar uma temporalidade mais cíclica do que a de transformação e ruptura, que caracteriza a modernidade. Assim, se as técnicas eram desenvolvidas de acordo com as condições naturais, e com respeito a elas, e se tais condições eram, em geral, fixas, o desenvolvimento técnico tendia a uma acomodação com a lógica do meio e não à ruptura com esta. Assim, podemos dizer que, antes da presença humana, não podemos falar em meio natural, pois foi o homem que atribuiu valor e definiu o que é natural, ou seja, não há meio geográfico sem a presença humana. O que chamamos de meio natural no Brasil se refere ao período em que o território foi habitado por grupos humanos de coletores e caçadores, que viviam nas florestas, nas caatingas e nos campos.
O meio técnico A transição do meio natural para o meio técnico começa a se realizar apenas com a Revolução Industrial. A Revolução Industrial dependeu da modernização de certos aspectos da sociedade inglesa, onde nasceu, no século XVIII. É importante frisar que a modernização não é necessariamente um progresso ou uma melhoria, e sim mudanças próprias do mundo moderno. As duas principais mudanças são a instauração da propriedade privada de terra, por meio dos cercamentos, e a relativa perda de poder da nobreza em favor da classe dos comerciantes. As duas mudanças vinham acontecendo no país desde o final do século XVI e acabaram formando a estrutura do modelo econômico que conhece103
mos como liberalismo. Os principais resultados dessas mudanças são a fixidez das pessoas à terra, no caso dos camponeses, e o poder com base na violência, no caso da nobreza. Surge também a tendência ao êxodo rural, que fornecerá mão de obra para as indústrias. A transformação mais significativa gerada pela Revolução Industrial é a invenção e o desenvolvimento das máquinas automáticas, que não dependem da força de animais, vento ou seres humanos. Nessa nova fase, o ser humano começa a construir um meio técnico, já que os espaços tiveram de ser transformados técnica, cultural e socialmente para atender às demandas desse modo de produção que estava surgindo. Se as máquinas a vapor, que para a época eram uma grande inovação, tornaram possíveis, e ao mesmo tempo necessárias, essas e outras transformações espaciais, quanto mais as máquinas automáticas se desenvolvim, mais o processo de geração de um novo meio era intensificado. Diferente do meio natural, no qual existiam técnicas que se submetiam às condições naturais, agora, com essas novas máquinas e suas necessidades, vemos começar a se configurar um meio cada vez mais voltado para a realização da lógica técnica, e não mais natural. No Brasil, os diferentes meios técnicos se instalaram com base na necessidade de uma produção econômica em cada lugar, que teve como resultado um rearranjo da organização espacial e das funções desses diferentes lugares. A princípio, esse novo rearranjo tem a forma de um arquipélago, onde hà pontos ou manchas do território com maior desenvolvimento técnico, sem muita articulação entre si, mas articulados com áreas secundárias e, sobretudo, com o exterior. A falta de uma rede de transportes mais rápidos que possibilitasse uma articulação não permitiu a criação de uma rede urbana nacional. Com isso, podemos dizer que, embora o desenvolvimento e a expansão das técnicas tenha imposto uma nova reorganização sobre o território, o isolamento regional era preponderante no início desse período. Entre os fins do século XIX e início dos anos da 1930, a mecanização do território se intensificou com a construção das estradas de ferro e o desenvolvimento da navegação a vapor. k c o t s r e t t u h S / l a c i r o t s i H t t e r e v E
k c o t s r e t t u h S / a w u s t a h c a k k u r t u y g n o y
©
O meio técnico-científico-informacional O terceiro período começa praticamente após a Segunda Guerra Mundial, e sua intensificação e afirmação ocorrem de fato na década de 1970, incluindo os países do Terceiro Mundo. É a fase em que o filósofo Radovan Richta (1968) chamou de período técnico-científico, e que se distingue dos anteriores pelo fato de haver profunda interação entre ciência e técnica, a tal ponto que certos autores preferem falar de tecnociência, para realçar a indissociabilidade atual dos dois conceitos e das duas práticas. “[...] Essa união entre técnica e ciência vai se dar sob o poder do mercado. E o mercado, graças exatamente à ciência e à técnica, torna-se um mercado global. Neste período, os objetos técnicos tendem a ser ao mesmo tempo técnicos e informacionais, já que, graças à extrema intencionalidade de sua produção e de sua localização, eles já surgem como informação; e, na verdade, a energia principal de seu funcionamento é também a informação. Já hoje, quando nos referimos às manifestações geográficas decorrentes dos novos progressos, não é mais de meio técnico que se trata. Estamos diante da produção de algo novo, a que estamos chamando de meio técnico-científico-informacional.“ Adaptado de SANTOS, Milton. A natureza do espaço . São Paulo: Hucitec, 1999.
104
Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o mundo passou por significativas transformações políticas, econômicas e culturais, e o Brasil foi diretamente influenciado por esses fenômenos. O fim da guerra também marcou uma nova fase no desenvolvimento do capitalismo, marcada pela revolução técnico-científica, que vai se materializar na Terceira Revolução Industrial. A partir desse momento, verificou-se grande influência das transnacionais em praticamente todos os países. Essa nova fase caracterizou-se pela reorganização da divisão territorial do trabalho. A Região Concentrada brasileira teve suas funções reorientadas e, para provê-las de matérias-primas e de fontes de energia, foram criados, por exemplo, polos industriais de álcool, entre outras iniciativas. Brasil: vias de circulação -70°
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Hidrovias
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Projeção Policônica Meridiano de Referência: -54º W. Gr Paralelo de Referência: 0 º
Ferrovias
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Projeção Policônica
-50°
-40°
Fonte: IBGE. Disponível em: Acesso em: 26 nov.2014
105
Também se observou a aplicação do capital nas atividades agrícolas, estabelecendo um novo ritmo à produção, mais acelerado. As invenções técnicas e organizações criam um novo tempo e um novo uso da terra. Desde a correção química do solo até a geração de sementes mais produtivas, inúmeras técnicas vêm sendo empregadas na produção em grande escala e voltadas, sobretudo, para a exportação. A partir da década de 1970, ampliou-se o sistema de transportes e de comunicação como forma de garantir a produção, a circulação e o consumo necessários ao novo processo estabelecido pelas empresas multinacionais. Novas estradas, portos e aeroportos foram instalados, visando à rápida circulação de mercadorias das áreas produtivas para o mercado consumidor, ampliando, assim, a rede de comunicação. No mapa anterior, você poderá observar a configuração atual das vias de circulação do Brasil. Ocorreu também o aumento do número de trabalhadores que permaneciam sem emprego, o que ocorreu a diminuição dos salários, e aumentou fluxos migratórios originários da periferia em direção à Região Concentrada. Não foi só essa região que se tornou atrativa, mas também aquelas onde o capital foi responsável pela modernização da agricultura, nas fronteiras agrícolas, especialmente no Brasil Central e na Amazônia. Nos anos seguintes, intensificou-se a descentralização industrial, de serviços e comércio, de modo que algumas áreas do país foram incorporadas ao processo de modernização. Isso ocorreu com mais ênfase nas áreas com notável desenvolvimento tecnológico. A descentralização da produção foi estimulada por meio de incentivos governamentais, o que originou, nos anos 2000, a “guerra dos lugares”, em que estados e municípios, para atrair empresas, ofereceram isenções fiscais, doação de terrenos, entre outros benefícios. A indústria, então, tornou-se mais complexa, e passou a ser instalada em áreas específicas do interior de São Paulo e nas regiões Sul, Nordeste e Centro-Oeste. Mas a área que concentra essa atividade ainda é a Região Concentrada. Brasil: indústrias (2009)
Fonte: MARTINELLI, M. Atlas geográfico – Natureza e espaço da sociedade. São Paulo: Ed. do Brasil, 2006.
106
É preciso ressaltar ainda que a exportação torna-se uma alternativa para um país que apresenta um mercado consumidor com baixo poder aquisitivo, tendo em vista que industrialização favoreceu as grandes empresas e não resolveu o problema das populações cada vez mais empobrecidas. Verifica-se, portanto, que houve introdução da tecnologia em todos os setores da economia, mas isso não garantiu a ampliação do número de empregos nem a melhoria das condições de trabalho.
Regionalizações do Brasil Com base nas análises sobre o meio técnico-científico-informacional apresentadas anteriormente, o geógrafo Milton Santos fez uma proposta de regionalização do Brasil na qual recorre aos limites dos estados. Nessa proposta, destaca-se a Região Concentrada, que engloba os estados das regiões Sul e Sudeste, exatamente onde há maior concentração da produção industrial. Brasil: meio técnico-científico-informacional e as regiões
Amazônia
Concentrada
Centro-Oeste
107
O IBGE e as regionalizações oficiais A partir da década de 1930, a produção científica tornou-se mais significativa, e surgiu a necessidade de melhor administrar o país, que crescia em virtude da ampliação das atividades industriais. Assim, foi criado o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 1938, órgão do Governo Federal que estabeleceu uma divisão regional considerada a primeira regionalização institucional do país, na tentativa de superar o conceito de região natural e privilegiar aspectos históricos e socioeconômicos, sem deixar de considerar os trabalhos e pesquisas anteriormente elaborados. A partir dessa, outras regionalizações foram criadas até chegar à atual, utilizada com finalidades administrativas, educacionais e por instituições privadas. Evolução das regiões brasileiras
1940
1950 Terr. do Rio Branco
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Terr. do Amapá
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NORDESTE PI
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Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar . 2. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2004.
Nessas regionalizações, pode-se observar a dinâmica da constituição dos estados brasileiros, o período em que eles foram criados, incorporação das terras que compõem o estado do Acre; a disputa pelas terras do Amapá; e a organização das fronteiras do sul, após a guerra do Paraguai (1864-1870). Os outros estados foram organizados com base no processo de colonização, desde as capitanias hereditárias, ou incorporadas por causa da expansão das atividades econômicas. 108
Entre as décadas de 1960 e 1990, o governo federal estabeleceu uma nova organização administrativa. Os territórios do Acre (1962), de Rondônia (1981), do Amapá (1988) e de Roraima (1988) foram elevados à categoria de estado, o que lhes concedeu maior autonomia. Nesse mesmo período, outros estados foram criados: Em 1977, Mato Grosso foi dividido, originando os estados de Mato Grosso do Sul, com capital em Campo Grande, e de Mato Grosso, com capital em Cuiabá. Em 1988, o estado de Goiás foi dividido, formando os estados do Tocantins, com capital em Palmas, e de Goiás, com capital em Goiânia. O Brasil é constituído atualmente por 26 estados da federação e um Distrito Federal, onde se localiza a capital do país, Brasília. Por fim, a divisão do Brasil em regiões geoeconômicas ou complexos regionais tem sido muito usada em projetos de planejamento de órgãos públicos e também nas escolas, tendo em vista as vantagens que ela possibilita na compreensão das relações espaciais, econômicas, sociais, históricas e culturais. Elaborada pelo geógrafo Pedro Pinchas Geiger, na década de 1970, essa divisão não considera a divisão territorial entre os estados, já que reúne os traços e as características socioenômicas comuns a cada região proposta. Para esse autor, a economia independe dos limites dos territórios estaduais, e o que pesa são as relações inter-regionais e o papel que cada região exerce na dinâmica econômica nacional. §
§
Brasil: regiões geoeconômicas
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2013, 6 ed.
109
INTERATIVIDADE
ASSISTIR Vídeo
Entrevista com Milton Santos Fonte: Youtube
ACESSAR Sites
Geografia para todos: Geografia para o ensino médio
www.geografiaparatodos.com.br
110
LER
Livros O Brasil, território e sociedade no início do século XXI Milton Santos e Maria Laura Silveira
Este livro atende a dois objetivos centrais: oferecer uma visão globalizada da realidade nacional e fazê-lo através de um dos seus aspectos mais integradores: o território.
A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção
Esta obra interdisciplinar oferece um tratamento pioneiro às relações entre a técnica e o espaço e entre o espaço e o tempo, bases para a construção de um sistema de conceitos coerentemente formulado, objetivando definir o espaço geográfico e seu papel ativo na dinâmica social.
OUVIR
Músicas - Veveco, panelas e canelas – Beto Guedes - Samba-enredo da Império Serrano – Aquarela brasileira
111
INTERDISCIPLINARIDADE
História e geografia, abordadas de forma integrada, até mesmo devido a sua proximidade e aos temas transversais que estão nas duas áreas, auxiliam no processo do conhecimento.
112
E.O. APRENDIZAGEM 1. Observe o mapa abaixo.
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2013, 6 ed.
Sobre a divisão regional do Brasil representada, afirma-se que: I. Os critérios utilizados para a regionalização foram econômicos, fitogeográficos e sociais.
II. O IBGE prioriza a utilização dessa divisão em suas pesquisas acerca do planejamento. III.O desenvolvimento dos setores primário e secundário destaca-se no Centro-sul. IV. A região Nordeste apresenta homogênea distribuição espacial das indústrias. V. A Amazônia sobressai como agregadora de atividades extrativistas. Estão corretas apenas as afirmativas: a) I e IV. b) III e V. c) I, II e V. d) II, III e IV.
2. (Ufscar) A Terceira Revolução Industrial gerou mudanças profundas na configuração espacial do mundo, a qual o geógrafo Milton Santos denominou de meio técnico-científico-informacional. Sobre essas mudanças, são feitas quatro afirmações. Analise-as. I. O avanço do sistema de comunicações e de informática permitiu uma organização do espaço geográfico através de redes, que ampliam os fluxos possíveis, mesmo sem a fixação concreta das atividades produtivas em muitos pontos do espaço. II. Apesar da ciência, da técnica e da produção estarem irregularmente distribuídas no espaço geográfico, as inovações tecnológicas estão disponíveis para todos, visto que elas transitam em fluxos que circulam por todo o mundo. III.Embora a ampliação das relações internacionais, entre países da economia capitalista, tenha se iniciado há alguns séculos, 114
essas mudanças alteraram o ritmo das interações espaciais, aumentando as trocas de mercadorias e a difusão de hábitos de consumo. IV. A organização do espaço, através de redes, permitiu uma distribuição multiterritorial das atividades produtivas, gerando maior equilíbrio entre nações ricas e pobres, na divisão internacional do trabalho. Estão corretas as afirmações: a) I, II, III e IV. b) I, II e III, apenas. c) II, III e IV, apenas. d) I e III, apenas. e) II e IV, apenas. 3. O momento, iniciado em meados do século XX, em que a sociedade tornou-se global e que imprimiu novas técnicas e maneiras de produzir é conhecido como: a) revolução técnico-científica-informacional. b) crise da economia mundial. c) revolução industrial. d) macroeconomia de mercado. 4. Observe a charge a seguir.
Com base na leitura da charge e nos conhecimentos sobre a conjuntura econômica mundial, pode-se concluir que: a) a revolução técnico-científica tem redefinido o mercado de trabalho, esvaziando os setores primário e terciário dos países mais desenvolvidos. b) o crescimento da interdependência econômica entre os países tem transformado o mundo do trabalho em uma aldeia global. c) a mundialização do consumo de bens industriais tem exigido cada vez mais mão de obra qualificada para atender à demanda mundial. d) as migrações internacionais têm representado a introdução de mão de obra jovem em áreas cuja população se caracteriza pelo envelhecimento. e) a reorganização do espaço industrial no mundo avança com o surgimento de novos países emergentes e as crises de desemprego nos velhos países industriais.
5. Sobre o território brasileiro, assinale a alternativa CORRETA: a) Possui um território federal: Fernando de Noronha. b) No Sudeste, destacam-se, principalmente, as regiões metropolitanas de São Paulo (SP) e do Rio de Janeiro (RJ). c) Apresenta vantagem econômica em relação ao transporte marítimo, porque dispõe, no continente americano, do maior litoral voltado para o Oceano Pacífico. d) As cidades de Recife (PE) e do Rio de Janeiro (RJ) foram capitais federais antes de Brasília (DF). e) Após a criação do estado de Tocantins, em 1988, este foi anexado à Região Centro-Oeste.
6. Assinale, a alternativa que apresenta modificações corretas na divisão político-administrativa do Brasil, com a vigência da Constituição de 1988. a) A criação do Estado de Fernando de Noronha e a sua anexação à Região Nordeste. b) A criação dos Estados de Roraima e Amapá e o aumento da extensão territorial da Região Norte decorrente da criação do Estado de Tocantins, desmembrado de Goiás. c) A criação do Estado de Tocantins, desmembrado dos antigos Estados de Mato Grosso e Goiás e a sua anexação à Região Centro-Oeste. d) A criação dos Estados do Amapá, Rondônia e Acre e a anexação do território de Fernando de Noronha ao Estado de Pernambuco. e) A diminuição da extensão territorial da Região Nordeste, com a anexação do Oeste do Maranhão à Amazônia Legal. 7. O Brasil possui diversas regionalizações no seu território. Observe os mapas I, II, III e IV abaixo:
Respectivamente, os mapas acima representam as seguintes regionalizações: a) administrativa – geoeconômica – domínios morfoclimáticos – bacias hidrográficas. b) geoeconômica – bacias hidrográficas – administrativa – domínios morfoclimáticos. c) domínios morfoclimáticos – administrativa – bacias hidrográficas – geoeconômica. d) bacias hidrográficas – domínios morfoclimáticos – geoeconômica – administrativa. e) geoeconômica – domínios morfoclimáticos – administrativa – bacias hidrográficas. 8. O mapa abaixo representa, hipoteticamente, uma nova divisão territorial brasileira, a partir da formação de novos estados e territórios federais. Considerando a proposta de divisão territorial representada no mapa, e o conhecimento sobre a divisão políticoadministrativa do Brasil, é correto afirmar:
a) As propostas de formação de novos estados visam descentralizar a administração territorial brasileira e centralizar o poder político no Governo Federal. b) A fragmentação do Pará em mais dois novos estados, Tapajós e Carajás, resulta da pressão de sociedades indígenas e de ambientalistas, preocupados com a preservação dos recursos naturais. c) A divisão político-administrativa do Brasil, representada por divisas territoriais, é historicamente dinâmica e muda com o passar do tempo, desde o período colonial. d) O Brasil é um país muito extenso territorialmente, portanto sua fragmentação melhorará a sua administração e gestão, sem trazer ônus às contas públicas. e) As propostas de criação de novos estados foram impulsionadas pelo processo de descentralização industrial de São Paulo para outras regiões, diferentemente da expansão do agronegócio.
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E.O. FIXAÇÃO 1. (UFSM) Leia o texto: ÁREA TERRITORIAL DO BRASIL AUMENTA APÓS IBGE ATUALIZAR DADOS Ao atualizar as dimensões oficiais do Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) descobriu que o país expandiu sua área em 890,45 quilômetros quadrados. quadrados. Segundo o IBGE, trata-se de um aprimoramento tecnológico na medição e a simples incorporação de novas áreas, especialmente de pequenos arquipélagos e de águas internas. Na atualização do instituto divulgada em 2001, as lagoas dos Patos e Mirim entraram na conta do território gaúcho.
De acordo com o geógrafo Gervásio Rodrigo Neves, ex-professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e ex-delegado do IBGE no estado, a mudança não é significativa. Justo porque ela acontece o tempo todo, e assim sempre será. Culpa de pequenos detalhes, imperceptíveis para os leigos, mas sensíveis aos equipamentos de medição. — Qualquer alteração no nível do mar muda a medida. Se a maré estava baixa, é uma coisa. Alta, é outra — diz. Segundo Gervásio, “Nós não estamos mudando os limites territoriais do país ou divisas internacionais, mas aprimorando a tecnologia do trabalho, o que leva à revisão de valores de área publicados”. Neste caso, grande responsabilidade recai sobre o GPS, velho conhecido dos carros brasileiros e fundamental para o funcionamento do Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas (Sirgas2000), adotado pelo IBGE. O instrumento permitiu maior precisão no mapeamento territorial — superior às tecnologias da década de 1990, por exemplo, e sem comparação com a fotografia aérea, dos anos 1940. Jornal Zero Hora , 24/01/2013.
De acordo com o texto e com seus conhecimentos, marque verdadeira (V) ou falsa (F) em cada afirmativa a seguir segui r. ( ) Dentre ) Dentre os principais motivos para o aumento do território brasileiro, há os avanços tecnológicos ligados aos instrumentos de observação e medição, como imagens de satélite e uso do GPS. ( ) ) A disputa por territórios com o Peru e Colômbia, nos últimos anos, fez o Brasil aumentar de tamanho. 116
( ) As lagoas Mirim e dos Patos não eram contabilizadas na extensão territorial do Brasil, por isso o país era menor até essa atualização de 2013. ( ) As ) As fotografias aéreas ainda são materiais cartográficos importantes na definição de demarcação de territórios. A sequência correta é: a) F – F – V – V. b) V – F – F – V. c) F – V – F – V. d) V – V – V – F. e) V – F – V – F. 2. A primeira divisão regional oficial do Brasil foi estabelecida em 1942 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desde então, diferentes classificações foram elaboradas com base em diferentes aspectos naturais e sociais do país. Sobre as propostas para a regionalização do país, é correto afirmar apenas que: a) em 2007, o IBGE instituiu nova classificação, classificação, criando uma região além das cinco existentes, desmembrando o estado de Minas Gerais da região Sudeste, que juntamente com Espírito Santo e Bahia passaram a formar a região Leste. b) em 1969, o IBGE estabeleceu uma nova forma de divisão regional, baseado apenas nos aspectos naturais brasileir brasileiros, os, resultando em cinco regiões: Sul, Sudeste, Centro-oeste, Nordeste e Norte. c) em 1987, o IBGE propôs uma nova regionalização, desta vez baseado somente nos aspectos socioeconômicos brasileiros, não levando em consideração os aspectos naturais ou de ocupação do território. d) em 2000, o geógrafo Milton Santos propôs outra regionalização, dividindo o Brasil em quatro regiões, onde as atuais regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste formariam a região Concentrada. e) em 1967, o geógrafo Pedro Geiger propôs uma nova regionalização, não oficial, na qual o espaço geográfico brasileiro brasileiro está dividido em três áreas, denominadas complexos regionais: Amazônia, Nordeste e Centro-Sul. 3. (Unimontes) A política econômica brasileira na década de 1990 representou uma nítida opção pela inserção do país nos fluxos globalizados de capitais. Essa opção materializou-se por um conjunto de reformas destinadas a recuperar a capacidade de atração de investimentos investimentos estrangeiros. [...] Na segunda metade da década de 1990, entre os países subdesenvo subdesenvolvidos, lvidos, apenas a China recebeu um volume de investimentos superior ao do Brasil. Fonte: MAGNÓLIO, D. e ARAÚJO, R. Geografia. A construção do mundo. São Paulo: Moderna, 2005.
O geógrafo Milton Santos identificou uma região no Brasil onde ocorreram os maiores impactos advindos do processo retratado no texto. Trata-se da região: a) Concentrada. b) Nordeste Setentrional. c) Amazônia Legal. d) Amazônia Ocidental. 4. (UFTM) A união entre ciência e técnica que, a partir dos anos 70, havia transformado o território brasileiro, revigora-se com os novos e portentosos recursos da informação, a partir do período da globalização e sob a égide do mercado. E o mercado, graças exatamente à ciência, à técnica e à informação, torna-se um mercado global. O território ganha novos conteúdos e impõe novos comportamentos, graças às enormes possibilidades da produção e, sobretudo, da circulação dos insumos, dos produtos, do dinheiro, das ideias e informações, das ordens e dos homens. É a irradiação do meio técnico-científico-informacional que se instala sobre o território, em áreas contínuas no Sudeste e no Sul ou constituindo manchas e pontos no resto do país. (Milton Santos e Maria Lau ra Silveira. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI, 2001.)
Sobre o meio técnico-científico-informacional, é correto afirmar que: a) restringiu o acesso à informaçã informação. o. b) contribuiu para desacelerar o desenvolvimento econômico dos países capitalistas. c) aumentou a dependência da sociedade às redes geográficas.
d) centralizou as indústrias de tecnologias em áreas de alta densidad densidadee técnica especializada. e) promoveu a homogeneização entre as culturas dos povos do Sul e Sudeste brasileiros.
5. (PUC) Numa análise do que denominou de meio técnico-científico-informacional no espaço brasileiro, o geógrafo Milton Santos, apresentou o mapa abaixo, contendo os principais elementos dos sistemas de engenharia do transporte nacional. Observe com atenção o mapa.
Sobre a distribuição espacial das principais vias de transporte, portos e aeroportos do país, analise as afirmações adiante. ( ) Há uma proporcionalidade entre as áreas das regiões geográficas do país e a concentração dos sistemas de vias de transportes, portos e aeroportos. ( ) Na Região Nordeste, as hidrovias indicadas situam-se sobre duas importantes bacias hidrográficas que atravessam a região: a do São Francisco e a do Parnaíba. ( ) Na Amazônia, os aeroportos domésticos se espalham por diversas cidades da região, em grande parte devido às dificuldades de outras formas de acesso - como o rodoviário e ferroviário - e para atender aos interesses das empresas extrativistas dos recursos minerais e florestais. ( ) Se consideradas as extensões das malhas viárias, constata-se uma menor atenção voltada ao sistema ferroviário brasileiro na atualidade. ( ) A concentração dos sistemas de engenharia de transporte na região sudeste e, de modo particular, no Estado de São Paulo, explica-se, principalmente, pela importância econômica e demográfica dessa região e desse Estado no contexto nacional. ( ) Regiões de colonização mais recente, o Centro-Oeste e o Norte, apresentam situação muito similar no que diz respeito à importância do sistema hidroviário na interligação de suas cidades e na circulação de suas mercadorias. ( ) No Estado do Paraná, além do Aeroporto de Curitiba, os demais aeroportos indicados no mapa – os principais do interior do estado – são os de Foz do Iguaçu, Guarapuava e Londrina. A alternativa que indica corretamente e na sequência as afirmações verdadeiras (com “V”) e as falsas (com “F”) é: a) V; F; F; V; F; F; V. b) V; V; F; F; F; F; V. c) F; V; V; V; V; F; F. d) F; F; V; F; V; V; F. e) V; V; V; F; V; V; F. 6. (UFES) “Urbanização é o processo de crescimento da população urbana em ritmo mais acelerado que o do crescimento da população rural, ou seja, é o resultado da transferência da população rural para o meio urbano. Esse processo sinaliza a transição de um padrão de vida econômica apoiado na produção agrícola fechada e auto-suficiente para outro, baseado na indústria, no comércio e nos serviços.” (MAGNOLI, D.; ARAÚJO, R. “Projeto de ensino de Geografia”.. São Paulo: Moderna, 2004. p. 166.) Geografia”
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cerca de 60% do território brasileiro. ( ) Região que corresponde a 6,8 % do território brasileiro, mas é a segunda em importância econômica. Ela apresenta uma densidade demográfica significativa, com mais de 41 hab/km2. Nessa região, destaca-se o predomínio de um clima subtropical. ( ) Região mais povoada do Brasil, a qual possui quase 43% da população brasileira e concentra a maior produção agrícola e industrial do país, assim como a maior rede de transportes. É nessa região que podemos observar melhor a diversidade espacial resultante do desigual desenvolvimento do país. ( ) Esta região corresponde a quase 19% do território brasileiro. Pouco povoada, apresenta uma densidade demográfica de 6,8 hab/km2. Foi desbravada nos séculos XVII e XVIII pelos bandeirantes, que procuravam pedras e metais preciosos. Desde a década de 1960, a região atrai imigrantes por oferecer grande quantidade de terras a serem exploradas. Escolha a alternativa que apresenta a relação correta entre as regiões e suas características. a) I, II, V, III e IV. b) II, III, IV IV,, V e I. c) V, III, I, II e IV. d) III, I, V, IV e II. e) IV, I, III, II e V.
O geógrafo Milton Santos, a partir de seus estudos sobre a difusão do meio técnicocientífico-informacional no território brasileiro, propôs uma divisão regional para o Brasil. Cada região apresenta características diferenciadas no processo de urbanização, como está especificado a seguir: I. Na região “a”, a urbanização é dispersa, ou seja, há numerosos núcleos urbanos, mas as taxas de urbanização são baixas, o que se deve à baixa mecanização do território. II. Na região “b”, a urbanização se deu recentemente e de forma intensa, já que acompanhou a implantação de sistemas econômicos modernos. III. Na região “c”, área com a maior dinâd inâmica industrial, financeira e de circulação, a urbanização é antiga e intensa, fruto do processo histórico de mecanização do território.
IV. Na região “d”, a tendência à urbanização é menor. Há poucas cidades que estabelecem as relações desta região com o restante do território nacional. As regiões “a”, “b”, “c” e “d” são, respectivamente: a) b) c) d) e)
Centro-Oeste - Nordeste - Sudeste - Concentra Concentrada. da. Nordeste - Concentrada - Centro-Sul - Amazônia. Centro-Sul - Nordeste - Concentrada - Norte. Nordeste - Centro-Oeste - Concentrada - Amazônia. Concentrada - Norte-Nordeste - Sul-Sudeste - Centro-Oeste Centro-Oeste..
7. (UFPEL) Devido à sua grande extensão territorial, o Brasil apresenta muitos contrastes, seja em aspectos físicos, econômicos ou humanos. Com base nessas diferenças, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) dividiu o país em cinco regiões há cerca de trinta anos. As regiões identificadas pelo IBGE são as seguintes: I. Norte II. Centro-Oeste III.Nordeste III. Nordeste IV. Sudeste V. Sul Analise as seguintes afirmações sobre a divisão regional do Brasil. ( ) É uma região de contrastes nos aspectos naturais, humanos e econômicos. Ela apresenta áreas chuvosas e áreas de clima semiárido. Além disso, quase um quarto da população vive na miséria, enquanto uma pequena parcela detém parte das riquezas. Ela contribui muito com a migração para outras regiões. ( ) É a região mais extensa do país, embora apresente baixa densidade demográfica. Nessa região, predominam aspectos naturais, floresta densa e heterogênea, clima quente e úmido, rios extensos e caudalosos, os quais drenam terras geralmente de altitude pouco elevada. Ela equivale a 118
8.
A faixa de fronteira brasileira compreende uma faixa interna de 150 km de largura, paralela à linha divisória terrestre do território nacional e é considerada como área indispensável à segurança nacional. Sobre a faixa de fronteira, assinale a alternativa correta. a) Uma característica da faixa de fronteira é a ocorrência de cidades-gêmeas, que são adensamentos populacionais cortados pela linha de fronteira – seja esta seca ou fluvial – que apresentam grande potencial de integração econômica e cultural, como é o caso das cidades de Foz do Iguaçu e Ciudad del Este. b) Com o objetivo de incentivar o povoamento e a ocupação em faixas de fronteira pouco povoadas no Norte do país, foi garantida pela Constituição Federal de 1988 a criação dos Territórios do Acre, Roraima e Rondônia. c) Os movimentos de capitais na faixa de fronteira compõem importante componente da integração fronteiriça, conectando as economias locais e estimulando o elevado nível de industrialização encontrado nas cidades localizadas nessa faixa. d) Em razão da importância estratégica representada pela faixa de fronteira, é nessa porção do país que há alta prioridade de ações governamentais para a construç construção ão de redes de transporte interligando o Brasil com os países vizinhos.
e) Na década de 1980, foi criado o projeto militar Calha Norte, que tinha como principal ob jetivo jeti vo proteger proteger o meio meio ambiente ambiente ao longo longo da fronteira amazônica, por meio da criação de unidades de conservação e a demarcação de terras indígenas na faixa de fronteira f ronteira norte.
9. Em 1967, o geógrafo Pedro Pinchas Geiger propôs a divisão regional do Brasil, utilizando como critérios características históricas e econômicas. Dessa forma, o Brasil poderia ser dividido em três regiões geoeconômicas: Centro-Sul, Nordeste e Amazônia.
c) Surge no início do século XX e apresenta uma produção de objetos técnicos e culturais por meio de uma interação no espaço da ciência e da técnica. d) Emerge nas últimas décadas do século XX e considera o espaço como produto exclusivo de reprodução da técnica e do uso de tecnologias de bases virtuais e digitais.
2. (UPF) Ao se analisar o mundo na era das redes, constata-se que a economia mundial esteve organizada, até por volta da década de 1970, sobre o complexo das tecnologias baseadas em recursos como petróleo, eletricidade, eletrônica e indústria química. Após essa década, surgiu um novo ciclo de inovações, que veio a ser denominado de revolução tecnocientífica. Observe o esquema abaixo e complete as lacunas numeradas com as expressões que identificam as características do meio técnico e do meio técnico-científico-informacional.
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2013, 6 ed.
Analisando essa divisão em comparação com a do IBGE, nota-se que todos os estados do: a) Nordeste, pela divisão do IBGE, encontram-se em apenas um Complex Complexoo Regional. b) Sul (IBGE) encontram-se no Complexo Regional Centro-Sul. c) Sudeste encontram-se no Complexo Regional do Centro-Sul. d) Norte (IBGE) estão localizados no Complexo Regional da Amazônia.
E.O. COMPLEMENTAR 1. (UFRN) A história da incorporação das técnicas no espaço geográfico passou por três etapas distintas: o meio natural, o meio técnico e o meio técnico-científico-informacional. Este é um meio geográfico onde o território inclui necessariamente ciência, tecnologia e informação. Ainda sobre o meio técnico-científico-informacional, pode-se afirmar: a) Inicia-se antes da Segunda Guerra Mundial e apresenta uma divisão técnica e social do trabalho baseada na utilização intensiva de energia e de matéria-prima. b) Começa após a Segunda Guerra Mundial e organiza o espaço sob a estruturação de redes, integradas virtualmente por meio das tecnologias da informaçã informação. o.
A sequência correta de preenchimento das lacunas, na ordem de 1 a 4, é: a) telefonia fixa / redes de transporte / finanças / comércio. b) indústria / comércio / redes de comunicação de alta tecnologia / telefonia fixa. c) indústria / redes de transporte / finanças / redes de comunicação de alta tecnologia. d) telefonia fixa / redes ferroviárias / finanças / redes digitais. digitais. e) informática / redes de comunicação / empresas / redes de transporte. 3. (UFSM) Observe as imagens:
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As figuras mostram concepções de pessoas, feitas há cerca de cem anos, sobre como seria o cotidiano no século XXI. Em relação ao Brasil, essas concepções estavam: I. corretas, porque houve tanto a verticalização das construções em grandes e médias cidades brasileiras, como o progresso tecnológico dos meios de transporte e comunicação. II. erradas, porque houve a manutenção das paisagens apesar das marcas das técnicas e do trabalho humano. III.corretas, III. corretas, porque a evolução das técnicas tornou possível empregar conhecimentos, instrumentos e habilidades, destacando o meio técnico e incorporando às paisagens marcas do trabalho humano. Está(ão) correta(s): a) apenas I. b) apenas II. c) apenas I e III. d) apenas II e III. e) I, II e III. 4. De todas as transformações impostas pelo meio técnico-científico-informacional à logística de transportes, interessa-nos mais de perto a intermodalidade. E por uma razão muito simples: o potencial que tal “ferramenta logística” ostenta permite que haja, de fato, um sistema de transportes condizente com a escala geográfica do Brasil. HUERTAS, HUERTA S, D. M. O papel dos transportes na expansão recente da fronteira agrícola brasileira. Universidadee Revista Transporte y Territorio , Universidad de Buenos Aires, n. 3, 2010 (adaptado).
A necessidade de modais de transporte interligados, no território brasileiro, justificase pela(s): a) variações climáticas no território, associadas à interiorização da produção. b) grandes distâncias e a busca da redução dos custos de transporte. c) formação geológica do país, que impede o uso de um único modal. d) proximidade entre a área de produção agrícola intensiva e os portos. e) diminuição dos fluxos materiais em detrimento de fluxos imateriais. 5. (Unemat) Por regionalização, entende-se a divisão de um espaço ou território em unidades que apresentam características que as individualizam (Terra e Coelho, 2005). A respeito da divisão regional brasileira, proceda a correspondência. I. Natural II. Homogêneas III.Geoeconômicas III. Geoeconômicas IV. Quatro Brasis 120
( ) Nessa ) Nessa divisão, os limites das regiões não coincidem com a dos Estados. Isso significa que um estado, dependendo de suas características, pode ter parte de seu território numa região e parte em outra, como o caso de Mato Grosso. ( ) Essa divisão propõe a regionalização do Brasil em quatro regiões. O critério principal definido nessa nova regionalização foi do meio técnico-científico-informacional, isto é, a informação e as finanças estão irradiadas irradiadas de maneiras desiguais e distintas pelo território brasileiro. Nela, Mato Grosso apresenta uma agricultura globalizada (moderna, mecanizada e produtiva).
( ) Nessa ) Nessa divisão, uma determinada área geográfica passa a ser caracterizada segundo um ou mais aspectos naturais. Nessa, Mato Grosso juntamente com Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais compunham a região Centro-Oeste Centro-Oeste.. ( ) Define-se pela combinação e predominância de aspectos naturais, sociais e econômicos da região. Apesar de não haver uma delimitação precisa dos elementos físicos e humanos entre uma região e outra, o IBGE utilizou a delimitação político-administrativa. Nessa, existem dois níveis hierárquicos básicos: as micro e macrorregiões. Na classificação de macrorregião, o estado de Mato Grosso integra a região Centro-Oeste. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. a) III, I, IV I V, II b) II, I, IV, III c) I, II, III, IV d) IV IV,, III, II, I e) III, IV, I, II
E.O. DISSERTATIVO 1. (UEG) Uma divisão regional é fruto de teorias e métodos utilizados para a regionalização. Ela apresenta uma espécie de fotografia do estágio da organização do espaço geográfico nacional feita a partir das lentes dessas teorias e desses métodos. Com base nesse fragmento e nos mapas a seguir, apresente as diferenças entre as regionalizações estabelecidas para o Brasil por Milton Santos (1999), IBGE (1988) e Pinchas Geiger (1964), identificando os critérios (naturais, econômicos e/ou sociais) utilizados pelos autores.
2. (UEG) O avanço tecnológico das últimas décadas deu origem a setores muito sofisticados do ponto de vista técnico, tais tai s como a microeletrônica, a biotecnologia, a robótica etc. Eles integram a chamada fábrica global, determinando uma nova distribuição espacial das indústrias, cujas características atendem, em última análise, à lógica do lucro. Com relação aos fatores determinantes da teoria de localização industrial, responda: a) Identifique os fatores que foram fundamentais para a localização industrial na primeira e na terceira Revolução Industrial. b) Explique o significado do termo “fábrica global”. 3. (UEG) Analise os mapas a seguir.
MOREIRA, Igor. O espaço geográfico: Geografia geral e do Brasil . 39. ed. São Paulo: Ática, 1998, p. 262.
Com base nos mapas A e B, explique os critérios de regionalização adotados para o Brasil. 4. (UFES) A figura a seguir apresenta a organização do espaço geográfico brasileiro, com áreas numeradas de 1 a 5. Organização do espaço geográfico brasileiro
VESSENTINI, J. W. “Sociedade e Espaço: Geografia geral e do Brasil”. Brasil”. 1997. p.185.
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a) Preencha os parênteses, estabelecendo a correspondência entre as áreas numeradas e a caracterização apresentada a seguir. ( ) Centro econômico do país. ( ) Áreas agropecuárias mais modernas. ( ) Áreas com técnicas agropecuárias tradicionais, apresentando algumas cidades grandes, com indústrias. ( ) Áreas pouco povoadas, com economia estagnada. ( ) Áreas de industrialização e urbanização mais evoluídas. b) Explique a organização do espaço geográfico econômico brasileiro, tomando como referência o modelo centro-periferia.
5. (Unesp) Analise o mapa.
Quais foram os dois critérios utilizados para a regionalização apresentada no mapa? Cite duas características da Região Concentrada. 6. Analise este mapa: Brasil: posição geográfica e fusos horários
Considerando a forma do território brasileiro, mais extenso ao norte no sentido leste-oeste, e afunilado ao sul, a) APRESENTE uma razão histórico-geográfica que justifique a maior extensão ao norte, no sentido leste-oeste, do território brasileiro. b) CITE uma vantagem da posição e da forma geográfica do território brasileiro quanto aos fusos horários e às condições climáticas. c) Leia esta afirmativa: “No mundo contemporâneo é vantajoso ser um país de dimensões continentais, como o caso do Brasil”. Você concorda com esta afirmativa? JUSTIFIQUE sua resposta. 7. A regionalização do espaço brasileiro tem sido trabalhada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e por especialistas geógrafos que têm apresentado, ao longo dos anos, diferentes propostas de divisão regional. Sobre o referido assunto, responda aos itens a seguir. a) Cite a atual divisão regional adotada pelo IBGE. b) Cite a divisão das regiões geoeconômicas (ou complexos regionais) no Brasil (proposta do geógrafo Pedro Pinchas Geiger). 122
c) Sobre as divisões regionais relacionadas nos itens anteriores (divisão regional adotada pelo IBGE e complexos regionais), aponte as diferenças básicas quanto aos critérios para a delimitação do espaço. c1)Critérios definidos para a divisão regional adotada pelo IBGE. c2)Critérios definidos para a divisão dos complexos regionais.
E.O. ENEM 1. (Enem) A partir dos anos 70, impõe-se um movimento de desconcentração da produção industrial, uma das manifestações do desdobramento da divisão territorial do trabalho no Brasil. A produção industrial torna-se mais complexa, estendendo-se, sobretudo, para novas áreas do Sul e para alguns pontos do Centro-Oeste, do Nordeste e do Norte. SANTOS, M.; SILVEIRA, M. L. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI . Rio de Janeiro: Record, 2002 (fragmento).
Um fator geográfico que contribui para o tipo de alteração da configuração territorial descrito no texto é: a) Obsolescência dos portos. b) Estatização de empresas. c) Eliminação de incentivos fiscais. d) Ampliação de políticas protecionistas. e) Desenvolvimento dos meios de comunicação.
de produção, podendo ser responsáveis pelo desenvolvimento de uma região.
HAESBAERT, R. Globalização e fragmentação do mundo contemporâneo . Rio de Janeiro: EdUFF, 1998.
Muitos meios de comunicação, frutos de experiências e da evolução científica acumuladas, foram inventados ou aperfeiçoados durante o século XX e provocaram mudanças radicais nos modos de vida, como por exemplo: a) a diferenciação regional da identidade social por meio de hábitos de consumo. b) o maior fortalecimento de informações, hábitos e técnicas locais. c) a universalização do acesso a computadores e a Internet em todos os países. d) a melhor distribuição de renda entre os países do sul favorecendo o acesso a produtos originários da Europa. e) a criação de novas referências culturais para a identidade social por meio da disseminação das redes de fast-food.
E.O. UERJ EXAME DE QUALIFICAÇÃO 1. (UERJ)
2. (Enem) Antes, eram apenas as grandes cidades que se apresentavam como o império da técnica, objeto de modificações, suspensões, acréscimos, cada vez mais sofisticadas e carregadas de artifício. Esse mundo artificial inclui, hoje, o mundo rural. SANTOS, M. A Natureza do Espaco . São Paulo: Hucitec, 1996.
Considerando a transformação mencionada no texto, uma consequência socioespacial que caracteriza o atual mundo rural brasileiro é: a) a redução do processo de concentração de terras.
b) o aumento do aproveitamento de solos menos férteis. c) a ampliação do isolamento do espaço rural. d) a estagnação da fronteira agrícola do país. e) a diminuição do nível de emprego formal.
3. (Enem) O intercâmbio de ideias, informações e culturas, através dos meios de comunicação, imprimem mudanças profundas no espaço geográfico e na construção da vida social, na medida em que transformam os padrões culturais e os sistemas de consumo e
Faroeste caboclo − Não tinha medo o tal João de Santo Cristo. Era o que todos diziam quando ele se perdeu. Deixou pra trás todo o marasmo da fazenda (...) Ele queria sair para ver o mar E as coisas que ele via na televisão Juntou dinheiro para poder viajar 123
De escolha própria, escolheu a solidão (...) E encontrou um boiadeiro com quem foi falar (...) Dizia ele: − Estou indo pra Brasília Neste país lugar melhor não há. (...) E João aceitou sua proposta E num ônibus entrou no Planalto Central Ele ficou bestificado com a cidade (...) E João não conseguiu o que queria quando veio pra Brasília, com o diabo ter Ele queria era falar pro presidente Pra ajudar toda essa gente Que só faz sofrer. Renato Russo, “Que país é este?”, EMI, 19 87.
O enredo do filme Faroeste caboclo, inspirado na letra da canção de Renato Russo, foi contado muitas vezes na literatura brasileira: o retirante que abandona o sertão em busca de melhores condições de vida. A existência de retirantes está associada fundamentalmente à seguinte característica da sociedade brasileira: a) expansão acelerada da violência urbana b) retração produtiva dos setores industriais c) disparidade econômica entre as regiões nacionais d) crescimento desordenado das áreas metropolitanas 2. (UERJ) Analise os mapas a seguir:
A mudança verificada na malha municipal do Brasil, no período entre 1940 e 2000, é resultado das particularidades do processo de ocupação do território nacional e das alterações na organização política do país. A alternativa que contém duas causas que levaram a essa mudança é: a) urbanização litorânea – transferência para os estados do poder de instituição de municípios durante o regime militar. b) modernização do campo – prioridade para os governos municipais na repartição da receita tributária desde a década de 1960. c) industrialização desconcentrada – alteração do critério para criação de novos municípios a partir do segundo governo Vargas. d) interiorização do povoamento – flexibilização dos parâmetros legais para a emancipação municipal após a Constituição de 1988. 124
3. (UERJ) A análise das áreas de influência das metrópoles permite identificar características atuais da rede urbana nacional, como é o caso da descontinuidade espacial da polarização exercida por um centro urbano e a superposição espacial das áreas de influência das cidades. Um exemplo pode ser observado no mapa ao lado, no caso das áreas polarizadas por Curitiba e por Porto Alegre.
A descontinuidade espacial das áreas de influência dessas duas metrópoles meridionais tem como principal explicação a existência de: a) fluxos de migrantes da região Sul para outras regiões b) filiais de indústrias gaúchas e paranaenses dispersas pelo país c) redes de transporte rodoviário com origem nos estados sulistas d) matrizes de bancos curitibanos e porto-alegrenses e agências em outros estados 4. (UERJ) O município de Nova Friburgo, na região serrana do Rio de Janeiro, dedica-se à moda íntima, sendo um dos quatro projetos-pilotos priorizados pelo Sebrae para servir de modelo ao desenvolvimento de iniciativas semelhantes no país. O núcleo de Nova Friburgo, que emprega diretamente cerca de 20.000 pessoas, surgiu a partir de pequenas iniciativas de produção. Hoje, são 800 empreendimentos, agora gradativamente envolvidos em ações solidárias de mútuo desenvolvimento. Alguns deles estão reunidos em quatro consórcios exportadores. Adaptado de http://revistapegn.globo.com
Os padrões de localização industrial vêm se alterando desde o início da Revolução Industrial, à medida que novas tecnologias e formas de gestão são desenvolvidas. A reportagem acima exemplifica um padrão atual de localização i ndustrial denominado: a) Arranjo Produtivo Local b) Zona Econômica Especial c) Distrito Central de Negócios d) Plataforma de Exportação Industrial
E.O. UERJ - EXAME DISCURSIVO 1. (UERJ) Leia o seguinte trecho da entrevista concedida pela economista Tania Bacelar de Araújo: – Como você descreveria o processo de desenvolvimento brasileiro, do ponto de vista da questão regional e da distribuição espacial das atividades econômicas? – Acho que podemos visualizar três grandes períodos. O primeiro deles foi muito longo – começa com a colonização e se estende até o início do nosso século - e os demais são do século XX. (MINEIRO, A.; ELIAS, L. A. & BENJAMIN, C. “Visões da Crise”. Rio de Janeiro: Contraponto, 1998.)
Levando em conta a distribuição espacial das atividades econômicas, ao longo dos três períodos indicados, apresente: a) uma característica do primeiro período e o fator econômico que permitiu a passagem para o momento seguinte; b) uma característica do segundo período e outra do terceiro período, situado nos anos 90. 125
E.O. OBJETIVAS (UNESP, FUVEST, UNICAMP E UNIFESP) 1. (Unicamp) Sobre a Revolução Informacional e suas implicações para a reorganização do mundo contemporâneo, podemos afirmar que: a) Alguns Estados e um conjunto diminuto de grandes empresas controlam o essencial da revolução tecnológica em curso, atualizando o desenvolvimento geograficamente desigual. b) Dado o alcance planetário do sistema técnico informacional, a população tem amplo acesso a uma informação verdadeira que unifica os lugares, tornando o mundo uma democrática aldeia global. c) Há um acentuado enfraquecimento das funções de gestão das metrópoles, processo determinado pela descentralização da produção, apoiada no uso intensivo das tecnologias da informação e comunicação. d) Os mais diversos fluxos de informações perpassam as fronteiras nacionais, anulando o papel do Estado-Nação como ente regulador e definidor de estratégias no jogo político mundial.
2. (Unifesp) O geógrafo Milton Santos definiu uma região concentrada no Brasil. Ela é formada pela elevada densidade dos setores de serviços e industrial, configurando um meio técnico-científico informacional que corresponde aos setores econômicos mais avançados do país. Assinale a alternativa que indica corretamente a região concentrada. a)
b)
c)
d)
e)
126
3. (Unesp) Imagine que você entrou numa loja de eletrodomésticos e em instantes um vendedor lhe oferece uma geladeira exatamente como a que você pesquisou na internet pouco tempo antes. Ou uma empresa que aumentou a previsão de demanda de um determinado produto com base em dados estatísticos coletados em tempo real, elevando sua participação de mercado. Essas situações são possíveis com um fenômeno que vem ganhando cada vez mais força no mundo dos negócios: o big data. Com um volume cada vez maior de dados disponibilizados na internet, as empresas de tecnologia desenvolveram sistemas capazes de capturar esses dados e analisá-los. (www.folha.com.br. Adaptado.)
A operação de sistemas inteligentes, como o apresentado pelo excerto, é possibilitada pelo desenvolvimento de redes técnicas que modificam as relações sociais e o modo de vida das pessoas. O meio geográfico correspondente a essa condição é chamado: a) meio comercial-informacional. b) meio informacional. c) meio técnico-científico. d) meio técnico-científico-informacional.
E.O. DISSERTATIVAS (UNESP, FUVEST, UNICAMP E UNIFESP) 1. (Unicamp) Durante o Estado Novo (1937-1945), foi criado o Conselho Nacional de Geografia, que deu origem ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE. Uma das atribuições do IBGE era produzir estatísticas básicas sobre a população brasileira, por meio de Censos. Também caberia ao Instituto produzir informações cartográficas, bem como propor e instituir uma regionalização do território brasileiro. As figuras a seguir dizem respeito a dois momentos históricos da regionalização do território brasileiro. Pergunta-se:
a) Qual o principal critério utilizado para instituir a regionalização do território brasileiro em 1940? Qual a principal finalidade do Estado brasileiro ao regionalizar o seu território? b) Em 1988, o Estado de Tocantins foi criado. Tocantins foi desmembrado de qual Estado? Por que ele foi inserido na região Norte do Brasil?
2. (Unesp) O mapa representa três grandes complexos regionais brasileiros.
Fonte: Vesentini, J. W. Brasil - “Sociedade e Espaço”.
a) Qual o critério utilizado para dividir o espaço brasileiro nesses três grandes complexos regionais?
b) Caracterize o Centro-Sul, destacando os aspectos relativos à população, à economia e à hierarquia urbana.
127
GABARITO E.O. Aprendizagem 1. B
2. D
3. A
6. B
7. B
8. C
4. E
5. B
5. C
E.O. Fixação 1. B
2. E
3. A
4. C
6. D
7. D
8. A
9. B
E.O. Complementar 1. B
2. C
3. C
4. B
5. E
E.O. Dissertativo 1. A proposta de divisão regional de Pedro Pinchas Geiger (1967) considera aspectos socioeconômicos, podendo ser caracterizada como a mais dinâmica. Nela, temos as regiões da Amazônia, Nordeste e Centro-Sul. A divisão elaborada pelo IBGE (1988) regionaliza o Brasil em 5 regiões (Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste). Aqui o sistema adotado considera os estados existentes e suas fronteiras servem como limites, ou seja abarca o critério político-administrativo. A divisão proposta por Milton Santos (1999) destaca uma região concentrada caracterizada pela concentração de ciência, tecnologia e informação, determinantes no processo de ocupação do espaço, sendo formada pela Amazônia, Nordeste, Centro-Oeste e concentrada.
2. a) Os fatores que explicam a localização industrial na Primeira Revolução Industrial são: capital acumulado, existência de minérios em abundância como ferro e manganês, e fontes de energia. Do outro lado, um mercado consumidor com poder de compra e mão-de-obra abundante são importantes. Os fatores que explicam a localização industrial na Terceira Revolução Industrial são: energia elétrica, informatização, automação, terceirização e tecnologia. Os principais avanços tecnológicos ocorrem em áreas como nanotecnologia, microeletrônica, Química Fina e Biotecnologia, entre outras. Esses aspectos que favorecem a desconcentração espacial com a acumulação flexível. 128
b) “Fábrica Global” é um novo modelo de produção com base na desconcentração espacial das atividades, ou seja, distribuição do processo produtivo de bens por diferentes lugares. A sede administrativa se encontra em um país e a produção em outro. 3. Mapa A: divisão para fins estatísticos e de planejamento, segundo as regiões homogêneas (física, humana e econômica) Mapa B: critérios socioeconômicos. 4. a) 3, 4, 1, 5, 2. b) (Centro-Sul) Concentração de atividades econômicas como indústrias, urbanização, centros financeiros fornecendo produtos acabados com uma periferia enorme marcada por economias incompletas e fornecimento de matérias-primas e produtos agrícolas (Norte e Nordeste). 5. O mapa corresponde à divisão regional do professor Milton Santos em 4 regiões. Entre os critérios utilizados na regionalização destacam-se a densidade de meio técnico, científico e informacional, isto é, as redes de cidades, transportes, telecomunicações, informática e institutos de pesquisa (faculdades e universidades). Outro critério foi a história da ocupação de cada região, suas desigualdades e conexões com mundo globalizado. A Região Concentrada apresenta a maior concentração de população. Também apresenta o maior número de empresas industriais. 6. a) Entre as razões, o formato da própria América do Sul, mais extensa no sentido leste-oeste e afunilada no sentido norte-sul, o traçado da linha do Tratado de Tordesilhas que separou inicialmente a parte espanhola da parte portuguesa, o avanço dos bandeirantes em direção a leste (Centro-Oeste e Amazônia) no período colonial, fator que propiciou a incorporação de novos territórios. b) A posição e a forma do Brasil dominantemente na Zona Intertropical (entre o Equador e os Trópicos) faz com que o território tenha a dominância de climas quentes e úmidos que favorecem atividades econômicas variadas, a exemplo do agronegócio e do turismo. A forma leste-oeste faz com que o país tenha 4 fusos horários, sendo o principal situado entre o norte e a parte afunilada, onde localiza-se Brasília, as regiões Sul, Sudeste, Nordeste, além de Goiás, Pará e Amapá. c) No mundo contemporâneo, a grande extensão territorial de um país traz várias vantagens, como a maior quantidade e diversidade de recursos naturais, no caso
do Brasil, água, biodiversidade, variedade climática, solos agricultáveis, recursos minerais e recursos energéticos, como o petróleo. Trata-se de um dos aspectos que torna alguns dos BRICS, como Brasil, Índia, China e Rússia, potências emergentes no século XXI. Todavia, a riqueza natural precisa ser acompanhada de grande investimento em recursos humanos, especialmente em educação, ciência e tecnologia, sem a qual não é possível um uso sustentável dos recursos naturais, tampouco a transformação desses países em nações desenvolvidas socialmente. A desvantagem da grande dimensão territorial, principalmente para nações emergentes, seria a complexidade administrativa que exige expressivo dispêndio financeiro e capacidade gerencial.
7.
ausência de um espaço nacional integrado articulação regional para fora (mercado externo) vivência do auge de prosperidade de uma região no mesmo tempo da decadência de outras Fator: industrialização b) Uma dentre as características do segundo período: integração cada vez maior do espaço geográfico do país interdependência das diversas áreas ou regiões expansão da rede de transportes ligando as diversas áreas do país às duas metrópoles nacionais. estabelecimento de uma divisão regional do trabalho comandada pela produção industrial do Centro-Sul (orientação centro-periferia) adoção de políticas de proteção regional presença de dois subperíodos, um de grande concentração espacial da dinâmica econômica e outro de modesta desconcentração a partir dos anos 70 Uma dentre as características do terceiro período: opção de manutenção do mercado solto comandando todo o processo retirada progressiva do Estado como regulador das decisões ampliação das diferenças entre as regiões com a tendência de unificação de tratamento ditada pelo mercado estruturas regionais redefinidas por estratégias de empresas globais enfraquecimento das políticas regionais prioridade na interconexão entre os espaços economicamente mais dinâmicos do país e o mercado global. §
§
§
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§
a) A atual divisão regional adotada pelo IBGE é: Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-oeste. b) Amazônia, Nordeste e Centro-Sul. c) c1) A divisão oficial adotada pelo IBGE, composta de cinco macrorregiões, está fundamentada na combinação das características econômicas, naturais e demográficas, mantendo, na divisão regional, o limite político-administrativo dos estados. c2) Na delimitação das regiões geoeconômicas (ou complexos regionais), o critério básico foi a divisão regional do trabalho, ou seja, a estrutura produtiva dominante em cada região, sem levar em conta os limites políticos territoriais dos estados.
§
§
§
§
§
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§
§
E.O. Enem 1. E
2. B
3. E
E.O. UERJ Exame de Qualificação 1. C
E.O. OBJETIVAS (UNESP, FUVEST, UNICAMP E UNIFESP) 1. A
2. D
3. D
2. D 3. A 4. A
E.O. UERJ Exame Discursivo 1.
a) Uma dentre as características: ocupação praticamente restrita ao litoral estabelecimento de “ilhas econômicas” isoladas §
§
E.O. Dissertativas (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) 1.
a) A regionalização do espaço brasileiro, a partir de 1940, veio da necessidade de identificar os diferentes espaços existentes no país com seus respectivos potenciais de recursos e aspectos socioeconômicos. 129
b) Tocantis foi desmembrado a partir do norte de Goiás e passou a fazer parte da região Norte em função de interesses de ordem econômica que possibilitaram acesso aos incentivos ficais do Sudam. 2. a) Os critérios adotados foram as características econômicas regionais peculiares. b) O Centro-Sul se caracteriza como tendo a maior parcela da população brasileira, predominantemente urbana; a economia se baseia na agropecuária comercial, indústria, comércio, centro financeiro e alta produtividade; a rede urbana conta com a melhor rede hierárquica do país, com metrópoles nacionais – SP e RJ – e regionais como BH e Vitória.
130
k c o t s r e t t u h S / n e v e s r a l o s
©
Aulas
9 e 10 Fatores climáticos
Competência 6 Habilidade 27
Competência 1 – Compreender os elementos culturais que constituem as identidades. H1
Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.
H2
Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas.
H3
Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos
H4
Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura.
H5
Identificar as manifestações ou representações da diversidade do patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades.
Competência 2 – Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconômicas e culturais de poder. H6
Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos.
H7
Identificar os significados histórico-geográficos das relações de poder entre as nações.
H8
Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere à dinâmica dos flu xos populacionais e no enfrentamento de problemas de ordem econô mico-social.
H9
Comparar o significado histórico-geográfico das organizações políticas e socioeconômicas em escala local, regional ou mundial
H10
Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da participação da coletividade na transformação da realidade histórico-geográfica.
Competência 3 – Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais. H11
Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço.
H12
Analisar o papel da justiça como instituição na organização das sociedades.
H13
Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder.
H14
Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situação ou fatos de natureza histórico-geográfica acerca das instituições sociais, políticas e econômicas.
H15
Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao lon go da história.
Competência 4 – Entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social. H16
Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organização do trabalho e/ou da vida social.
H17
Analisar fatores que explicam o impacto das novas tecnologias no processo de territorialização da produção.
H18
Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações sócio-espaciais.
H19
Reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que determinam as várias formas de uso e apropriação dos espaços rural e urbano.
H20
Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações impostas pelas novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho.
Competência 5 – Utilizar os conhecimentos históricos para compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da democracia, favorecendo uma atuação consciente do indivíduo na sociedade. H21
Identificar o papel dos meios de comunicação na construção da vida social.
H22
Analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mudanças nas legislações ou nas políticas públicas.
H23
Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das so ciedades.
H24
Relacionar cidadania e democracia na organização das sociedades.
H25
Identificar estratégias que promovam formas de inclusão social.
Competência 6 – Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no espaço em diferentes contextos históricos e geográficos. H26
Identificar em fontes diversas o processo de ocupação dos meios físicos e as relações da vida humana com a paisagem.
H27
Analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio físico, levando em consideração asp ectos históricos e (ou) geo gráficos.
H28
Relacionar o uso das tecnologias com os impactos sócio-ambientais em diferentes contextos histórico-geográficos.
H29
Reconhecer a função dos recursos naturais na produção do espaço geo gráfico, relacionando-os com as mudanças provocadas pelas ações humanas.
H30
Avaliar as relações entre preservação e degradação da vida no planeta nas diferentes escalas.
CLIMA E TEMPO Clima e tempo são a mesma coisa? Vejamos. Quando em determinado momento do dia dizemos, por exemplo, que está quente e úmido, estamos nos referindo ao tempo, ou seja, às condições atmosféricas ou meteorológicas num determinado momento. Como sabemos, as condições atmosféricas podem mudar de um instante para outro, e, nesse caso, o tempo já não será o mesmo. Aqui em São Paulo, no verão, é muito comum o céu estar limpo às duas horas da tarde e desabar uma grande chuva às quatro. Portanto, o tempo é algo momentâneo ou de curta duração. Tempo são as condições atmosféricas de um determinado lugar em um dado momento. No entanto, quando afirmamos que Manaus é uma cidade quente e úmida, estamos nos referindo ao clima dessa cidade, ou seja, ao seu modo permanente de ser. Manaus é e continuará sendo uma cidade quente e úmida. O clima é algo duradouro, permanente, que não muda de um momento para outro. Clima é a sucessão habitual dos tipos de tempo num determinado lugar da superfície terrestre. Para se tentar estabelecer o clima de um local, é preciso observar os padrões do tempo durante, no mínimo, trinta anos. Resumindo: § §
Tempo é o estado da atmosfera em determinado momento, em um determinado lugar. Clima é a sucessão habitual de estados de tempos em determinado lugar.
Nessa perspectiva, o tempo corresponde a um momento da atmosfera em um determinado lugar, considerando as condições de temperatura, umidade, nebulosidade, deslocamento do ar (vento). Como essas variáveis são dinâmicas, o tempo sofre constantes modificações, podendo mudar com frequência. Já o clima caracteriza-se pela sequência de tempos observados durante um período longo, no mínimo 30 anos seguidos. Os elementos que caracterizam o tempo, que, por sua vez, determinam um tipo climático, sofrem ações de fatores naturais, como latitude, altitude, massas de ar, maritimidade, continentalidade, correntes marítimas, relevo e vegetação. Esses fatores, ao longo de um período, influenciam determinada região de uma forma mais constante, o que nos permite dizer que o clima, por exemplo, no deserto do Saara, na África, e no de Atacama, no Chile, é sempre muito seco, ao contrário da Região Amazônica, em que é muito úmido. Assim mesmo, precisamos lembrar que o somatório das variáveis de um clima pode sofrer alterações, influencias pelas massas de ar e pela a intensidade de suas formações. Dessa forma, podem ocorrer variações no clima de uma região, como maior ou menor pluviosidade, calor ou frio mais intenso, entre outras. É importante saber cada vez mais sobre as condições do tempo de uma determinada região, cidade ou país. Atualmente, aparelhos ultraprecisos e o uso de imagens de satélite, apontam as condições do tempo dentro de um certo período. Dessa forma, pode-se prever a formação de furacões, seu deslocamento, chegada de frentes frias, tempestades de neves e períodos de estiagem ou de chuvas intensas, geadas, etc. Isso permite que se tomem atitudes preventivas para minimizar os efeitos de tais fenômenos, além de se poder, com frequ ência, prever a intensidade com que eles se darão. Por exemplo, em 1975, o Brasil teve uma grande quebra na safra de café em virtude de uma geada fortíssima que arrasou os cafezais no Sudeste e áreas do Centro-Oeste. Os prejuízos foram incalculáveis. k c o t s r e t t u h S / v e s t i a Z m y d a V
©
Hoje, a ocorrência de geadas é previsível pelos serviços de meteorologia, e o alerta faz com que os agricultores tomem providências para que elas não destruam as plantações. Apesar do aperfeiçoamento da técnica da previsão meteorológica, ainda não é possível obter informações e dados que permitam fazer previsões de longa duração.
133
A ATMOSFERA O planeta Terra é envolvido por uma camada gasosa chamada atmosfera. Ela é formada por diversas camadas gasosas que se sobrepõem a quase mil quilômetros de altitude. Cerca de 97% da massa total da atmosfera concentra-se nos primeiros 30 quilômetros, contados a partir da superfície terrestre, onde a vida se desenvolve. A atmosfera é composta essencialmente por nitrogênio (78%) e oxigênio (21%). Somente 1% é formado por outros gases, entre eles o gás carbônico e vapor de água. À medida que nos afastamos da superfície, a quantidade de oxigênio da atmosfera vai diminuindo, deixando o ar rarefeito. Assim, quanto maior for a altitude, mais rarefeito será o ar.
As camadas da atmosfera
Fonte: . §
§
§
§
Termosfera e exosfera – a termosfera está situada entre 80 e 400 quilômetros de altitude. Elas correspondem às
porções mais elevadas da atmosfera, compostas por camadas sucessivas de partículas chamadas íons, responsáveis por refletirem os sinais de rádio ao redor do nosso planeta. Por este motivo é que também chamamos a essas duas camadas de ionosfera. Da mesma forma que na estratosfera, a temperatura nessas camadas aumenta conforme se eleva a altitude. Mesosfera – situada entre 50 e 80 quilômetros de altitude. Nesta camada a temperatura diminui com a altitude e o ar permanece rarefeito. A temperatura pode atingir até 95 ºC negativos, no limite superior. Esse é o ponto mais frio da atmosfera. Estratosfera – entre 12 e 50 quilômetros de altitude, e sua temperatura é mais ou menos constante dos 12 aos 20 quilômetros de altitude; entre os 20 e os 50 quilômetros de distância da superfície terrestre, ela se torna mais elevada. Nesta faixa, principalmente entre os 22 e os 28 quilômetros de altura, a temperatura sobe, graças ao ozônio, bem como por sua propriedade de absorver radiações de onda curta – a famosa radiação ultravioleta do Sol. Ao passo que na superfície da Terra a temperatura média é inferior a 20 ºC, na camada de ozônio, atinge os 50 ºC. Troposfera – é a camada que se inicia na superfície terrestre e vai, em média, até cerca de 12 quilômetros de altura. Perto dos polos, essa camada tem entre 8 a 10 quilômetros de espessura, e, perto do Equador 15 a 18 km. Nela estão contidos 75% da massa gasosa total da atmosfera. Além disso, na troposfera também estão a quase totalidade dos vapores de água que envolvem o planeta hoje. Por causa disso, a maioria dos fenômenos mete orológicos acontece nela (correntes de ventos, nuvens, chuvas, nevascas). Nessa camada, a temperatura diminui assim que a altura aumenta, seguindo a seguinte proporção a cada 180 metros há diminuição de 1 ºC; dessa forma, se estivermos num avião a 10 quilômetros de altura, a temperatura externa será inferior a 40 ºC negativos. Não existe uma divisão precisa em relação à altitude das camadas. Ocorre uma variação decorrente da in-
fluência das condições climáticas, estações do ano e latitudes, que variam de região para região em nosso planeta
134
Aquecimento terrestre O Sol fornece a luz e o calor essenciais à vida, mas apenas 51% do total dos raios solares emitidos chegam à superfície terrestre. O restante é absorvido pela atmosfera ou refletida pelas nuve ns. A quantidade de calor e luz dos raios solares que chegam à Terra é conhecida como insolação. A Terra possui formato semelhante ao de uma esfera, que, somado ao eixo de inclinação, provoca variações quanto ao recebimento de energia solar. Em situações de equinócio, cuja insolação é igual para ambos os hemisférios, e devido à curvatura da Terra, conforme nos afastamos do Equador em direção aos polos, a mesma quantidade de insolação espalha-se por uma área cada vez maior da superfície terrestre. Nas regiões equatoriais, os raios solares incidem perpendicularmente, enquanto nas áreas polares os raios são mais inclinados; portanto, aquecem e iluminam com menos intensidade. Os raios solares são absorvidos pelas águas e pela terra que liberam uma parte da energia, aquecendo a atmosfera. A esse fenômeno chamamos irradiação.
"Buraco" na camada de ozônio Na estratosfera terrestre, situada entre 10 e 50 quilômetros de altitude, ocorre uma concentração de ozônio (O3), conhecida como camada de ozônio. Esta camada é de fundamental importância para a existência de vida no planeta, pois ela desempenha Absorção e reflexão da radiação solar na atmosfera terrestre. o papel de filtro natural da Terra, pois retém parte dos raios ultravioletas (UV), impedindo-os de chegar à superfície terrestre. Em 1982, detectou-se pela primeira vez o desaparecimento de ozônio em áreas sobre a Antártida. Medições sucessivas constataram que a camada de ozônio era cada vez mais rarefeita. Atualmente, esse fenômeno pode ser percebido no polo Sul, no Ártico, no Chile e na Argentina. Os cientistas aponFonte: . tam os clorofluorcarbonos (CFC) como os maiores responsáveis pela situação. Mas existem outras substâncias que também destroem a camada de ozônio e que não são proibidas, como é o caso do tetracloreto de carbono, do clorofórmio, do dióxido de nitrogênio, entre outros. Os CFC são compostos por cloro, flúor e carbono. Quando chegam à estratosfera, eles são decompostos pelos raios ultravioleta. O cloro resultante reage com o oxigênio, destruindo-o. O cloro liberado volta a atacar as moléculas de oxigênio, recomeçando o ciclo das reações. Cada átomo de cloro do CFC pode destruir 100 mil moléculas de oxigênio. Uma das formas para a diminuição do buraco na camada de ozônio é a não utilização do CFC. O problema é que os CFC são muito estáveis: depois de 139 anos, metade da quantidade liberada no ar ainda permanece na atmosfera. Por isso, eles têm muito tempo para subir até a estratosfera e começar o processo de destruição.
135
FATORES CLIMÁTICOS
§
Latitude De maneira geral, podemos afirmar que quanto mais próximos do Equador, ou seja, quanto menor a latitude, mais altas serão as temperaturas médias. O raciocínio inverso também é verdadeiro: quanto maior a latitude, menores serão as temperaturas médias. Além disso, quanto maior a latitude, maior a amplitude térmica. Por isso, a variação latitudinal é o fator mais importante na diferenciação das zonas climáticas da Terra (polar, temperada e tropical).
Zonas térmicas da Terra §
§
Zona tropical ou intertropical: áreas que re-
cebem luz solar de forma praticamente vertical em sua superfície, durante quase o ano inteiro, produz regiões com temperaturas elevadas. Conhecida como zona tórrida ou tropical. Esquema das Zonas Térmicas da Terra. Círculo polar Ártico
Trópico de Câncer
4. Zona polar do Norte
66º33'
2. Zona temperada do Norte
23º27'
1. Zona tropical
Equador
0º
Zonas polares: os raios solares atingem a super-
fície terrestre de maneira bastante inclinada, portanto, as temperaturas são as mais baixas da Terra. Zonas temperadas: os raios incidem sobre superfície de forma relativamente inclinada em relação à zona intertropical, desse modo, as temperaturas são mais amenas.
Trópico de Capricórnio
Círculo polar Antártico
23º27'
3. Zona temperada do Sul 5. Zona polar do Sul
66º33'
Fonte: .
O sol da meia-noite No verão das zonas polares acontece um fenômeno conhecido popularmente como sol da meia-noite. Esse fenômeno está ligado aos períodos claros ininterruptos que acontecem nessas regiões devido ao movimento de rotação da Terra, à inclinação do eixo de rotação e ao movimento de translação. Esquema referente às estações no hemisfério Sul.
Fonte: . (Adaptado)
136
Em dezembro, durante o solstício, o Hemisfério Sul fica mais iluminado do que o Hemisfério Norte por causa da inclinação do eixo de rotação da Terra. As regiões de altas latitudes do Hemisfério Norte estão recebendo menos iluminação. O contrário acontece na zona polar do Hemisfério Sul, em julho, quando a situação inverte-se. Por causa disso, as regiões polares passam aproximadamente oito meses na claridade e quatro meses na escuridão. Em seis desses oito meses “claros”, o Sol fica visível e, durante dois meses, embora haja claridade, não é possível enxergá-lo, pois ele fica abaixo da linha do horizonte.
ar é a cadeia de montanhas Rochosas na Costa Oeste dos Estados Unidos, que servem como barreira para os ventos úmidos vindos do oceano Pacífico. Na porção ocidental da região há mais precipitação, ao passo que na porção oriental da região a falta de umidade provoca aridez na região.
Maritimidade e continentalidade
A distribuição das massas líquidas (oceanos) e das massas sólidas (continentes) às vezes exerce influência muito acentuada na temperatura, pois o comportamento térmico das rochas (meio sólido) é diferente do comportamento da água (meio líquido). Os continentes aquecem e esfriam mais rapidamente que os oceanos. O Configuração do relevo resultado disso é que as variações de temperatura (ame altitude plitude térmica) nos primeiros são mais acentuadas que nos segundos, que aquecem e perdem calor mais lenA configuração do relevo continental e suas altitudes in- tamente. Nas regiões próximas ao litoral, por exemplo, fluenciam na dinâmica dos elementos do tempo. À medi- o calor liberado pelos oceanos ajuda a manter as temda que a altitude aumenta, a temperatura diminui cerca peraturas mais elevadas durante a noite nas estações de 1 ºC, em média (a cada 180 m, aproximadamente). mais frias, quando a insolação é menor. Esse fenômeno Pelo fato de a temperatura ser consequência da é conhecido como efeito de maritimidade. Já as regiões irradiação do calor existente na superfície terrestre, as afastadas do mar sofrem o efeito de continentalidade: camadas mais baixas são naturalmente mais quentes a superfície, por irradiação, perde rapidamente o calor do que as que se encontram em maiores altitudes. Um recebido da insolação, por isso registra amplitudes térbom exemplo de configuração de relevo e de massas de micas maiores. O mar funciona como um verdadeiro regulador térmico, devido à sua grande capacidade de aquecimento e perda de calor muito mais lento que o das áreas continentais.
Essas diferenças de temperatura, entre as massas de águas oceânicas e os continentes, e a velocidade de aquecimento e resfriamento, são importantíssimas para a mecânica de movimentação do ar na atmosfera e das águas nos oceanos, que recobrem dois terços do planeta.
brisa marítma
menor temperatura
menor pressão
brisa terrestre
maior temperatura
À noite ocorre um processo inverso ao que se verifica durante o dia: a brisa marítima.
137
Monções Em países do sul e do sudeste asiático, como a Índia, o Laos e o Vietnã, a vida e as atividades econômicas, principalmente a cultura de arroz, são muito influenciadas pelos ventos de monções. Tal fenômeno acontece por causa de diferenças de aquecimento e resfriamento entre o continente e o oceano Índico e da configuração do relevo. Nessa região, as zonas de alta e baixa pressão invertem-se durante o inverno e o verão. No período de verão no Hemisfério Norte (principalmente nos meses de junho e julho), o ar sobre o oceano Índico apresenta temperaturas mais baixas que o ar sobre o sul e o sudeste asiático. Esse fato torna a região sobre o Índico uma zona anticlinal (de alta pressão), dispersando os ventos carregados de umidade do oceano para o continente. Nessa época do ano, as chuvas são torrenciais e causam gigantescas inundações no continente, que apresenta temperaturas menores que as da área oceânica. No inverno do Hemisfério Norte, a situação se inverte: a zona de alta pressão ocorre no continente e a de baixa pressão, no oceano, fazendo com que os ventos secos do interior do continente soprem em direção ao oceano.
Correntes marítimas As correntes marítimas circulam por todo o globo. Por terem características de temperatura, salinidade e pressão, próprias, sua presença traz alterações significativas na temperatura do ar onde elas es tão. Assim, se a corrente for fria, haverá queda de temperatura na zona costeira. Por isso, em algumas áreas litorâneas dos continentes surgem desertos. A corrente de Humboldt, na costa chilena e peruana, dá origem ao deserto de Atacama; e a corrente de Benguela é responsável pelo deserto do Kalahari, localizado na África Austral. Correntes quentes, por sua vez, são carregadas de umidade e também influenciam o clima. A corrente do golfo ameniza o clima na Grã-Bretanha, no litoral da península escandinava e impede o congelamento do mar do Norte no inverno. m o c . x i m a r u t l u c . e t n e i b m a o i e m : e t n o F
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Vegetação A cobertura vegetal tem um papel importante na da absorção dos raios solares, como também na irradiação dos mesmos. Quanto mais densa for a vegetação, mais dificuldade haverá para os raios solares chegarem à superfície e para seu calor ser absorvido e retido. A evaporação da água pelas folhas dos vegetais aumenta a quantidade de vapor na atmosfera. Assim, áreas como a floresta Amazônica, muito densas, têm maior quantidade de água em suspensão na atmosfera. Se a cobertura vegetal é retirada de uma determinada área, essa condição primária altera-se e ocorre mais absorção de calor, com diminuição da quantidade de evaporação.
Sistemas atmosféricos De todos os fatores do clima, os sistemas atmosféricos são preponderantes para explicar a dinâmica dos tempos e dos climas. Esses sistemas são formados basicamente pelas massas de ar, seus sistemas de circulação e suas frentes. As massas de ar são partes da atmosfera (grande bolsões de ar) que se formam em região de relativa homogeneidade e estão em constante movimento, carregando as características de temperatura e de umidade de sua região de origem. Uma massa de ar é uma porção extensa e espessa da atmosfera – com milhares de quilômetros quadrados de extensão e até alguns quilômetros de espessura. A
temperatura e a umidade são aproximadamente homogêneas dentro dessa massa e serão determinadas pelas condições de temperatura, pressão e umidade da região onde ela se originou. As massas de ar deslocam-se, principalmente, em função das diferenças de pressão atmosférica e do movimento de rotação da Terra. Apesar de não sentirmos seu peso, a atmosfera exerce uma grande pressão sobre nossos corpos. Numa visão simplificada, podemos comparar o ar com a água. Quanto mais fundo nós mergulhamos numa piscina ou oceano, maior será a pressão da água sobre nós – será sentida com mais intensidade pelos nossos ouvidos. Com o ar acontece a mesma coisa. Quanto mais alto estivermos na superfície da Terra, menor será a pressão do ar, e vice-versa. Ou seja, em Santos, a pressão atmosférica é maior que em São Paulo, por isso sentimos nossos ouvidos "tamparem" quando descemos a serra. Mas não é só a altitude que determina a pressão do ar; a temperatura é outro importante componente. Simplificando mais uma vez, podemos dizer que quanto mais quente é numa região, menor será a pressão do ar naquele local, e vice-versa. As massas de ar sempre deslocam-se dos locais de mais pressão para os de menos pressão, o que produz o encontro delas. Nesse contato, elas não se misturam: uma empurra a outra de tal forma que aquela que avança com mais intensidade faz com que a outra retroceda, impondo ao meio ambiente suas características e seus fatores climáticos. A zona de contato entre duas massas de ar diferentes recebe o nome de frente ou superfície frontal.
Frente fria
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§
Frentes frias são os encontros de duas massas de ar, ambas frias, ou de uma fria e outra quente. Como a
massa de ar frio é mais densa, portanto, mais pesada, ela obriga o ar quente a subir, provocando a formação de nuvens. Frentes frias deslocam-se no sentido polos-Equador e o deslocamento do ar faz-se das áreas de alta pressão (mais frias) para as áreas de baixa pressão (mais quentes). Frentes quentes são os encontros de duas massas quentes quente e outra fria, fazendo com que a massa quente empurre a fria. Esse fenômeno ocorre no sentido Equador-polos. A passagem da frente fria provoca queda de temperatura, pois o ar aquecido é deslocado e em seu lugar permanece o ar frio. À medida que o ar esfria, diminui sua capacidade de conter vapor de água, ou seja, diminui seu ponto de saturação – referente à quantidade de vapor de água que o ar pode tolerar; quando ultrapassa essa quantidade, o vapor condensa e ocorrem as chuvas. A quantidade de vapor de água que o ar tolera antes de atingir o seu ponto de saturação vai depender da temperatura. Desse modo, maiores temperaturas significam maior ponto de saturação, e vice-versa. As frentes frias atuam diminuindo as temperaturas e, consequentemente, diminuindo o ponto de saturação da atmosfera, provocando a ocorrência de chuvas na sua passagem. Quanto às chuvas, as frentes frias rápidas provocam precipitações do tipo “pancadas”, enquanto as frentes frias lentas provocam precipitação de caráter contínuo. Nos mapas, as frentes frias são representadas por uma linha preta com pequenos picos. §
Frente quente
A área de frente quente é mais extensa, cuja passagem, além de provocar aumento de temperatura, ocasiona intensa nebulosidade. Nos mapas, as frentes quentes são representadas por uma linha preta com “semicírculos”. Jamais podemos confundir uma frente fria com uma massa de ar frio. Uma massa de ar traz consigo as características de sua região de origem. Caso tenha se formado nos polos, ela poderá ser bastante fria, se nos trópicos, bastante quente. Uma frente fria é uma faixa de transição que separa duas massas de ar com características meteorológicas diferentes, que geralmente é acompanhada de chuvas e trovoadas. Nas zonas de baixas latitudes, próximo ao Equador, o ar aquecido pela radiação solar incidente expande-se, tornando-se, assim, mais leve, possibilitando-lhe ascender a altas altitudes. Configura-se, dessa forma, uma área receptora de ventos – zona ciclonal – com baixa pressão atmosférica. 140
Pela variação da radiação solar na superfície da Terra, é possível ver células de baixa pressão ao longo do Equador formadas pela vinda de ventos da região dos trópicos, os ventos alísios. Nessa região, nas imediações da linha do Equador, para a qual são atraídos os alísios, forma-se a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que varia sua área de atuação conforme as estações do ano. Na zona de convergência temos formações frequentes de tempestades. O ar aquecido na ZCIT, ao chegar em altas atitudes, perde calor e é direcionado para uma região com mais pressão atmosférica localizada nas proximidades dos trópicos – por volta das latitudes de 30º de ambos os hemisférios – em razão de sua pressão interna ter aumentado. Esses ventos correspondem aos ventos contra-alísios, que formarão diversas áreas de alta pressão nessa faixa latitudinal. Em razão disso, os ventos alísios e contra-alísios constituem um grande circuito de
circulação atmosférica baseado nas diferenças de radiação solar, conhecido como célula de Hadley: nos primeiros, dominam as baixas altitudes; nos segundos, as altitudes mais elevadas.
Além de originar os alísios, que sopram na direção do Equador, o ar das regiões tropicais movimenta-se também na direção das zonas temperadas, produzindo os ventos de oeste, ou ocidentais. Na altura do paralelo 60º, em ambos os hemisférios, aparece uma área de baixa pressão, onde o ar oriundo dos trópicos encontra-se com o ar vindo dos polos e, por causa da sua temperatura mais alta, o dos trópicos sobrepõe-se ao polar, caracterizando um movimento ascensional. No outro extremo, o ar frio e denso das altas latitudes polares forma um centro de alta pressão em suas regiões originais e é atraído para as zonas de menos pressão das regiões temperadas. Surgem assim as massas polares. Uma vez que há tendência das massas de ar igualarem-se às pressões das áreas equatoriais e das áreas polares, estabelece-se uma dinâmica atmosférica, ou seja, uma circulação geral de ar quente entre o Equador e os polos – pela alta troposfera – passando pelas zonas de médias latitudes. As áreas frias, ou de alta pressão, como as polares, e as subtropicais, ou de latitudes médias, são dispersoras de massas de ar e ventos e recebem o nome de áreas anticiclonais. As áreas quentes ou de baixa pressão atmosférica, de baixa latitude, como as equatoriais, são receptoras de massas de ar e ventos – pela superfície – e adquirem o nome de áreas ciclonais. r b . m o c . e d a c e f e . w w w : e t n o F
Zona ciclonal e zona anticiclonal.
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Pressão atmosférica Os ventos alísios sopram das altas pressões subtropicais (20º) e são bem definidos sobre os mares. Atingem sua intensidade máxima entre 10, e 15º N e S, no sentido horizontal, atingindo altitude entre 16,5 mil e 19,8 mil metros. Na convergência dos alíseos, na ZCIT, surgem áreas de calmarias. Cinturões de anticiclones de altas pressões (A) subtropicais – nas latitudes médias de 30º (entre 20º e 40º N e S) são semiestacionários quentes. No centro deles sopram ventos fracos e calmos. Essa área é conhecida como “latitude dos cavalos” (os galeões espanhóis jogavam esses animais ao mar, já que não podiam alimentá-los em razão das calmarias existentes na área). Ilustração da pressão atmosférica no globo terrestre. Célula polar Alta polar Célula de Ferrel 60º
Frente polar
Baixa subpolar
Célula de Hadley
A
A
Alta subtropical
Baixa Equatorial
B
0º
Zona de convergencial Intertropical (ZCTT)
B
B
30º
A
A
Alta subtropical
60º
Frentes Polares Ártica e Antártica: são faixas de transição ao longo dos 60º Norte e Sul do Equador, resultantes da convergência dos ventos de Oeste (quentes e úmidos, que sopram anticiclones subtropicais, nas Zonas Temperadas), com os ventos de Leste (secos e frios, provenientes das altas pressões polares).
Tipos de chuvas A quantidade de vapor de água que o ar é capaz de reter antes dele condensar (ou seja, se transformar em gotículas de água e formar nuvens, nevoeiros ou chuva) depende da temperatura do próprio ar: quanto mais quente for, maior a quantidade de vapor de água que o ar suporta sem condensar. Quando o ar condensa e forma nevoeiro (aqui próximo à superfície) ou uma nuvem (em alturas mais elevadas), a umidade relativa do ar é 100%, pois ele já está saturado, ou seja, já tem todo o vapor de água que pode conter naquela temperatura. Conforme o ar esquenta, sem a adição de mais vapor de água, a quantidade de vapor que o ar comporta antes de condensar também aumenta e, portanto, a umidade relativa do ar cai.
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Representação dos diferentes tipos de chuvas §
§
§
As chuvas convectivas ou de convecção (I) são típicas da região intertropical, principalmente na Zona Equatorial, e de verão, no interior dos continentes, devido às altas temperaturas. O calor do Sol esquenta o ar, que tende a subir e a esfriar enquanto sobe. Assim, o vapor de água contido no ar esfria e precipita. A evaporação também é intensa; portanto, esse ar que sobe carrega muita umidade; se aumentar cada vez mais a quantidade de vapor no ar, aumenta também a instabilidade, isto é, o ar está à beira de atingir o ponto de saturação. A umidade elevada de tal forma atingirá níveis muito altos por volta das 15/16 horas, desencadeando tempestades e aguaceiros. Esta chuva manifesta-se intensamente e é de curta duração, algo como 10 minutos, e é fácil identificá-la, pois decorrem de nuv ens brancas, densas e algodoadas, os cúmulos. Quando há muita umidade, o branco torna-se cinza-escuro e a nuvem ganha o nome de cumulonimbus , que verterá sua carga de modo particularmente intenso, acompanhada de tormenta, raios e as vezes até granizo. As chuvas são ditas de convergência porque as massas de ar sobem com a ajuda de ventos alísios, que convergem para as áreas equatoriais. As chuvas frontais (II) são resultantes do encontro de duas massas de ar com características diferentes de temperatura e umidade. Desse choque, a massa de ar quente sobe e o ar esfria, aproximando-se do ponto de saturação, originando nuvens e, é claro, chuva. São do tipo chuvisco, a passagem de uma frente quente; e do tipo aguaceiro, de frente fria. Essas precipitações são típicas em áreas de baixa pressão, principalmente nas zonas dos trópicos ou temperadas, onde ocorrem o encontro das massas de ar polares com as massas de ar tropicais. Quando ocorre precipitação pelo ar frio procedente dos polos, caracteriza-se uma frente fria. Entretanto, também poderá ser causada por um processo oposto: uma frente quente e úmida que atropela massas de ar em região fria. As chuvas orográficas ou de relevo (III) são as que derivam de uma subida forçada do ar, quando, no seu trajeto, apresenta-se uma cadeia de montanhas. Ao subir, o ar esfria, o ponto de saturação diminui, a umidade relativa aumenta e dá-se a condensação e, consequentemente, a formação de nuvens e chuva. Essas chuvas são frequentes nas áreas de relevo acidentado, ao longo de serras, de onde sopram ventos úmidos. A serra do Mar, em São Paulo, é um ótimo exemplo de obstáculo orográfico.
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Tufões e furacões > r b . m o c . a r r e t . s a i c i t o n / o ã ç a c u d e <
Fonte: Concurso público de Montes Claros/MG. Disponível em: . Acesso em: 3 jun. 2010.
Tempestades tropicais de grande magnitude são comuns no Hemisfério Norte no fim do verão e no começo do outono, quando ocorrem fortes mudanças no aquecimento das águas dos oceanos e nos continentes. Trata-se de um fenômeno que se forma nas águas quentes (temperatura maior que 27 ºC) dos oceanos tropicais, apresentando temperaturas altas no seu interior e ventos de mais de 120 km/h girando em sentidos opostos nos níveis próximos à superfície e em níveis altos, ou seja, a cerca de 12 km de altura. Esses sistemas de tempestades desenvolvem-se de maneira circular e apresentam áreas com diâmetros que podem variar de 450 km a 650 km. No centro, essas tempestades apresentam o “olho”, onde há vento s muito leves e praticamente não há nuvens. No fim da década de 1990, o furacão Mitch devastou a América Central e o sul dos Estados Unidos. A intensidade dos ventos desse furacão foi uma das maiores registradas nos últimos anos, provocando morte e destruição por onde passou. A questão da terminologia é bastante diversa: o ciclone tropical recebe nomes regionais: Baguio, nas Filipinas; Kona, no Havaí; Willie-Willie, na Austrália; Huracan, na América Central e no Caribe, que deu origem a furacão , em português e espanhol antigo, e hurricane , em inglês. Em Cuba, prefere-se o termo ciclon. No Pacífico Sul e Índico é chamado simplesmente de ciclone. No Pacífico Norte ocidental, tufão. Pela tradição da área do Atlântico Norte, no Atlântico Sul seria mais adequado o termo furacão, aceitando-se como sinônimo ciclone, desde que subentendida a variedade tropical. 144
O Planeta vem sofrendo profundas e dramáticas mudanças climáticas há milhões de anos. Alguns fenômenos, como o das glaciações, parecem cíclicos. Atualmente, podemos destacar fenômenos naturais que também alteram o clima do planeta, embora em uma escala muito menor do que os registrados no passado. São fenômenos que vêm sendo estudados de forma exaustiva, mas ainda sabemos pouco sobre suas causas. Talvez o mais conhecido deles seja o El Niño, que, depois de destacado, pôde explicar a intensificação de algumas “catástrofes naturais”, como mudanças no regime de chuvas em diversas regiões do globo, que trazem enchentes, secas etc.
El Niño > v o g . l p j . l e v e l a e s / / : s p t t h <
As áreas em vermelho representam regiões quentes, onde ocorre o fenômeno do El Niño.
De tempos em tempos, as águas equatoriais do Pacífico aquecem de maneira anormal, resultando no aparecimento do fenômeno El Niño, que altera profundamente o clima em escala planetária. Esse aquecimento manifesta-se nos meses de setembro/outubro. Em dezembro, essa porção de água oceânica aquecida chega à costa peruana. Pelo fato de esse fenômeno ocorrer na costa da América do Sul na época do Natal, recebeu o nome de Menino Jesus, El Niño. Para os pescadores peruanos, sua ocorrência é um grande problema, pois o aquecimento das águas não permite que haja ressurgência e, consequentemente, diminui a piscosidade na corrente de Humboldt que margeia a costa do Chile e do Peru. O El Niño é responsável por alterações climáticas em várias partes do mundo. Apesar disso, as causas que levam ao seu aparecimento ainda são desconhecidas. Diversas hipóteses, incluindo algumas mirabolantes, já tentaram explicar o fenômeno sem resultado. Em 1982, ocorreu a manifestação mais forte já registrada, tendo sido divulgada com grande alarde pela mídia. Em 1983, as temperaturas chegaram a 5,1 ºC acima dos níveis normais nas águas do oceano Pacífico. Estudos mais recentes apontam que a manifestação de 1972-1973 foi mais ativa que a do começo da década de 1980; Em outubro de 1997, registrou-se novamente o aquecimento das águas equatoriais do Pacífico. Em 1998, ela se apresentava 4 ºC acima dos níveis normais. O El Niño estava de volta com bastante força. Por causa dele, algumas regiões do planeta voltaram a ter o seu regime de chuvas muito alterado. Fortes estiagens e muito calor castigaram os Estados Unidos, o sudeste da África, a Indonésia, a Austrália e a América Central. Por outro lado, índices pluviométricos muito acima do normal provocaram enchentes e prejuízos para a lavoura nos países europeus do Mediterrâneo, no oeste da Índia e no sul do Brasil. No Brasil, os efeitos de El Niño foram sentidos em diferentes regiões. O Nordeste foi flagelado por uma forte seca, enquanto o Rio Grande do Sul enfrentava enchentes. Na úmida região Norte choveu muito menos do que o esperado, propiciando o aparecimento de grandes incêndios, como o que devastou 15% do estado de Roraima. 145
r b . e p e n i . c e t p c . s o n e : e t n o F
quente quente
quente
seco
chuvoso e quente
chuvoso
chuvoso e quente
seco
seco e quente
quente chuvoso
quente
Dezembrom, Janeiro e Fevereiro
chuvoso seco e frio seco e quente
seco
chuvoso
seco
quente seco
seco e frio
chuvoso
quente
chuvoso
Junho, Julho e Agosto
El Niño e seus efeitos sobre o clima.
La Niña
alastraram-se pelo continente, provocando avalanches nos Alpes austríacos, além de atingir regiões onde rara-
La Niña também é um fenômeno cíclico cuja manifestação opõe-se a do El Niño. Acontece quando ocorre um resfriamento maior que o normal das águas do Pacífico, em média, a cada dois ou sete anos, e pode durar aproximadamente um ano. Em 1998, os cientistas apontaram um decréscimo de 1,9 ºC na temperatura da superfície das águas equatoriais no Pacífico, indicação de enfraquecimento do El Niño e da atividade do La Niña. No Brasil, La Niña alterou o regime de chuvas nordestino e provocou uma primavera atípica na Região Sudeste, com índices pluviométricos maiores do que a média nesse período, e temperaturas mais baixas que o normal, provocadas pela sucessão de dias nublados ou chuvosos. As áreas em azul representam regiões frias, onde ocorre o fenômeno do La Niña. Nos Estados Unidos, o inverno foi um dos mais rigorosos com temperaturas negativas recordes. A Europa também sentiu seus efeitos: tempestades de neve 146
mente neva, como em Paris, na França. Os estudos mais recentes desse fenômeno indicam que não há padrões regulares nas consequências causadas por La Niña: há variações nos regimes de chuvas para mais ou para menos. > v o g . l p j . l e v e l a e s / / : s p t t
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