As Novas Tecnologias da Informação e a Educação a Distância Alessandro Marco Rosini
As Novas Tecnologias da Informação e a Educação a Distância
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Rosi ni , Al essan essandro Marco As novas novas t ecnol ecnol ogi ogi as da i nf or mação e a educaçã educação o a di di st ânci a / Al essand ssandr o Mar co Ro Rosi ni . - - São Pa Paul o: Cenga engage ge Lear Lear ni ng, ng, 2007 2007..
Bi bl i ogra fia. I SBN SBN 8585- 221221- 0542 0542-- 1 1. Educ Educaçã ação o a di st ânci ânci a 2. 2. I nova novaçõe ções s edu educaci onai onai s 3. Tecno cnol ogi a da da i nf or mação ção I . Tí t ul o.
06- 5622 5622
CDD– 371. 33
Índice para catálogo sistemático: 1. Educ Educaçã ação o a di st ânci ânci a e t ecnol ecnol ogi ogi a da da i nf ormação ação 371 371.. 33
As Novas Tecnologias da Informação e a Educação a Distância Alessandro Marco Rosini
As novas tecnologias da informação e a educação a distância Alessandro Marco Rosini
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Conhecer a verda verdade de não é o mesmo que amá-la e amar a verda ver dade de não equiva equivale le a deleitar-se deleitar-se com ela. Confúcio
Dedico este traba trabalho lho aos meus queri queridos dos filhos, Alessandro Marco, Hannah Caroline e Gabrielle Louise, que, mesmo sem entender enten der muitas muitas coisas coisas ao seu redor, sempre sem pre acredi acredita taram ram e confia confiaram ram em seu pai. Dedico também também aos meus queri queridos dos pais, Osmar e Marli, e a todos que sempre sempre aposta apostaram ram em mim e me apoiavam apoiavam quando quando necessá necessário, rio, mesmo nas horas mais difíceis. difí ceis.
AGRADE AGRA DECI CIMEN MENTOS TOS
Foram encontra encontradas das muitas muitas barrei barreiras ras para a reali realiza zação ção desta obra, da qual resultou resul tou boa parte de minha tese. Graças à fé em Deus e à nossa deter mi mina na-ção e humilda humildade, de, conse consegui guimos mos superar superar todas. Agradeço em especial especial ao Prof. Dr. Arnoldo José de Hoyos Guevara, pela paciência paciência e compreen compreensão são na orienta orientação ção de minha pesqui pesquisa. sa. Sem dúvida dúvida ele conquis conquistou tou um espaço espaço muito importan importante te em minha vida acadê aca dêmi mica ca e pessoal. pes soal. Sua sabedo sabedoria ria e seus passos pas sos serão sempre sempre seguidos seguidos e lembra lembrados dos por mim. Obrigado, profes pro fessor. sor. Ao Prof. Dr. Jorge de Albuquerque Vieira, que me ins pi pirou rou a buscar buscar conheci conhe cimen mento to sobre teoria teoria de siste sistemas mas sob o contex contexto to da semióti semiótica ca em nosnossas reuniões reuniões no grupo de estudos estudos da PUC-SP em Semiótica e Complexidade. Às amigas amigas Marisa Salles e Shirley, do Programa de Administração da PUC-SP, e a toda a equipe equi pe de secretá secretárias rias do Programa de Pós-gradua Pós-gra duação ção dessa mesma insti institui tuição. ção. À minha bisavó bisavó Carolina Neves Wesely, já faleci fale cida, da, que sempre sempre orou pelo meu sucesso sucesso e pelos meus estudos. estu dos. Meus mais since sinceros ros agrade agradeci cimen mentos tos aos meus familia fami liares res e verda verdadei deiros ros amigos, ami gos, que, acredi acreditan tando do em meu potencial, potencial, me apoiaram apoiaram nas horas mais difíceis. difí ceis.
Prefácio ................................... ......................................................................... ............................................................................ .......................................xiii .xiii Capítulo 1 • Os Desafios para as Tecnologias de Informação...................1 Capítulo 2 • Desenvolvimento da Organização............................................9 2.1 Gestã Gestão o do Conhecime Conhecimento nto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 2.2 Mercado Atual e Mudanças . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 11 2.3 A Cultura e a Liderança Liderança Organ Organizacio izacional nal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 2.4 Tecnologia da Informação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 2.5 Informação, Comunicação Comunicação e Conhecimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 2.6 A Organização do Aprendizado e o Capital Intelectual. . . . . . . . . . . . 47 Capítulo 3 • Desenvolvimento da Educação ..................................... ...............................................57 ..........57 3.1 Desa Desafios fios na Educação Educação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57 3.2 Os Qua Quatro tro Pilares Pilares da Educação Educação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59 3.3 A Apren Aprendi diza zagem gem e o Aprendiza Aprendizado do . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60 3.4 A Inter e a Trans ransdis disci cipli plina nari rida dade. de. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62 3.5 Educação a Dis Distân tância cia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64 Compromisso dos Gesto Gestores. res. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 Desenho do Projeto. Projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71 Equipe Profissional Multidisciplinar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73 Comunicação/Intera Comunicação/Inte ração ção entre os Agentes Agen tes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 75 Recursos Educacionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76 Infra-estrutu Infra-estru tura ra de Apoio Apoio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
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Avaliação Contínua e Abrangente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80 Convênios Convê nios e Parcerias Parcerias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82 Transparência nas Informações. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82 Sustentabi Suste ntabilida lidade de Financeira Financeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83 83 3.6 Um Mode Modelo lo em Busca da Educação a Distân Dis tância cia Ideal Ideal . . . . . . . . . . . . . 84 Capítulo 4 • Desenvolvimento do Potencial Humano ..............................89
4.1 4.2 4.3 4.4
O Novo Indivídu Indivíduoo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90 Uma Visão Visão Ética . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93 Visão Ecológica e Novos Valores Valores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95 Fluir,, uma Nova Motivação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100 Fluir
Capítulo 5 • Metodologia em Sistemas de Informação...........................103
5.1 Teoria dos Sistemas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103 103 5.2 Sistemas de Informação. Informação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108 108 5.2.1 O Porquê Porquê da Metodologia Metodologia em Sistemas de Informação Informação . . . . . . . . . 109 5.2.2 Qualidade: Tecnologia e Sistemas de Informação Informação . . . . . . . . . . . . . . 110 5.2.3 Treinamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115 115 Capítulo 6 • Conclusões e Reflexões sobre as Novas Tecnologias e sua Complexidade.............................. Complexidade.................................................................11 ...................................117 7
6.1 Recomendações para o Futuro Futuro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123 123 Referências Bibliográficas ..................................... ........................................................................... ..........................................125 ....125
iante dos avanços avanços acele acelera rados dos das tecno tecnolo logias gias de interco intercone nexão xão e de intera inte rati tivi vida dade, de, resultan resultantes tes da difusão difusão da era e da econo eco nomia mia digital, digital, e com a entrada entrada dos novos players mas massi sivos vos nos merca mercados dos da China e da Índia, em um mundo prepon preponde deran rante temen mente te de servi serviços ços e se tornan tornando do cada vez mais intensi intensivo vo em matéria matéria de conheci conhecimen mento, to, a gestão gestão do conheci conhecimen mento to natural natu ralmen mente te será um dos fatores fatores críti críticos cos de sucesso, sucesso, por conta do seu impacto impac to direto direto no desenvol desenvolvi vimen mento to humano humano e organi organiza zacio cional, nal, confor conforme me mostra mos tra a recente recente pesqui pesquisa sa do The Economist Intelligence Unit (2006). As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) estão alavan ala vancan cando do um progres progresso so exponen exponencial cial no desenvol desenvolvi vimen mento to de estradas estradas e redes no cibecibe respa res paço ço que permi permitem tem acessar acessar informa informações ções e proces processar sar conheci conhecimen mentos tos em tempo real e em escala esca la plane planetá tária, ria, bem como aprender aprender colabo colabora rati tiva vamen mente te e compar com partir tir co-criati co-criativa vamen mente te desse proces processo so global, global, aparen aparente temen mente te caóti caótico, co, de gesta ges tação, ção, proces processa samen mento to e difusão difusão de conheci conhecimen mento to — que deverá, deve rá, cada vez mais, fazer parte do nosso dia-a-dia, tanto no nível pessoal pessoal como nos níveis coleti cole tivo vo e organi organiza zacio cional. nal. A intensi intensida dade de desse fluxo informa informacio cional, nal, aumentan aumentando do progres progressi siva vamen men-te em quanti quantida dade de e quali qualida dade, de, e dispo disponi nibi bililiza zado do para um público públi co sempre sempre maior, é um sinal dos novos tempos tem pos e prenun prenuncia cia um salto na evolu evo lução ção da espécie espé cie humana, humana, por meio da expansão expansão do nosso cérebro cérebro para um cérebro cérebro global glo bal — como aconte acontece ce no nível bioló biológi gico co e, como a embriolo embriologia gia muito bem mostra, mos tra, no feto, o cérebro cérebro e o coração coração inicial inicialmen mente te nascem nascem juntos, juntos, e vão se desenvol desen volven vendo do indife indiferen rencia ciada damen mente. te. Temos, então, máquinas máquinas sofisti sofistica cadas das de busca e ferra ferramen mentas tas de data mining , data warehou warehouse se, bem como de ERP, CRM, cookies e knowbots. Paralelamente surgem surgem softwares livres, YouTube, Skype, Orkut, wikis e a Wikipédia. Aparecem o B2B e o B2C, mas também também surge a possi possibi bililida dade de de
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organizar organi zar trocas trocas diretas diretas — escambo escambo (sem pedágio pedágio de distri distribui buido dores) res) — entre coope coo pera rati tivas vas de consu consumi mido dores res e produ produto tores, res, além de P2B, P2C ou, melhor ainda, P2P ( people-to-peo ple). A busca pela pura lucrati lucra tivi vida dade de nas empresas empresas bottom line, com uma visão mais sistê se transfor transformou mou no triple bottom sistêmi mica ca do negócio. negócio. A preocu preocupa pação ção e a respon responsa sabi bili lida dade de socioambien socioambientais tais tomam novo impuls impulso na visão dos empresá empresários rios de vanguar vanguarda, da, e os fundos fundos éticos éticos são cada vez mais valori valo riza zados dos no merca mercado. do. Nesse cenário cenário de novo mundo — anima mundi —, no qual cada vez mais o real e o virtual, virtual, o natural natural e o artifi artificial cial se aproxi aproximam, mam, se fundem, fundem, se metametamorfo mor foseiam seiam e se transcen transcendem, dem, faz-se necessá necessário rio que as pessoas pessoas e as organi organi-zações za ções se reformu reformulem lem perma permanen nente temen mente, te, a fim de se mante man terem rem celular celularmen mente te presen pre sentes tes no desenvol desenvolvi vimen mento to dessa noosfe noosfera, ra, respon responsa savel velmen mente te compro compro-meti me tidas das com nosso futuro futuro comum. Estamos na aurora aurora da era conscien consciente, te, sendo levados levados a assumir assumir nosso papel de co-criado co-criadores res da nossa própria própria evolu evolução. ção. Sem saber, as portas portas da nossa percep percepção ção foram se abrindo abrin do ao navegar navegar no ciberes ciberespa paço ço — e nesta era do sem fio (wireless), nosso mundo (plano) tornou-se tornou-se não-local. Riscos e oportu oportuni nida dades des surgem surgem a cada momento momento nesta crise que, de forma sem prece preceden dentes, tes, está abrindo abrindo as portas portas para uma renascen renascença ça em nível plane pla netá tário, rio, na qual uma compreen compreensão são maior da nature natureza za (da nossa própria própria nature natu reza) za) e do próprio próprio senti sentido do e potencial potencial da existên existência cia deverá deverá abrir nosso intelec inte lecto to para uma visão expandi expandida da e mais harmo harmonio niosa, sa, dando novo signi signifi fi-cado ca do para a vida. Este livro represen representa ta esse momento. momento. Trata-se de uma árvore árvore cujas raízes raízes se perdem perdem nos primór primórdios dios do pensa pensamen mento to filosó filosófi fico, co, e cujas ramas se estenesten dem e apontam apontam para além da nossa imagi imagina nação. ção. Arnoldo José de Hoyos Guevara Pós-Doutorado em Probabilidade e Estatística pela University of Oxford e Presidente do Núcleo dos Estudos do Futuro da PUC-SP.
A tecno tecnolo logia gia é emprega empregada da nas organi organiza zações ções para reestru reestrutu turar rar ativi ativida dades des no traba tra balho, lho, bem como em nosso cotidia coti diano. no. Sua utili utiliza zação ção motiva motiva o indiví indivíduo, duo, apesar ape sar de também também gerar vários proble problemas mas no âmbito âmbito social, tais como o desempre desem prego go e a redução redução de salários. salários. Há, sem dúvida, dúvida, outros fatores fatores que interfe inter ferem rem nos proble problemas mas sociais existen existentes, tes, como a concor concorrên rência cia exerci exercida da no merca mercado do de traba trabalho lho pelas organi organiza zações, ções, a compe competi titi tivi vida dade, de, a globa globali liza za-ção da econo economia mia e a conse conseqüen qüente te abertu abertura ra de merca mercado. do. Defrontamo-nos com uma série de questio ques tiona namen mentos tos em relação relação à utiutiliza li zação ção da tecno tecnolo logia gia da informa informação ção pelo indiví indivíduo duo na reali realiza zação ção das suas ativi ati vida dades des no traba trabalho. lho. Por exemplo, exemplo, se há realmen realmente te um aumento aumento na proproduti du tivi vida dade, de, se a tecno tecnolo logia gia utili utiliza zada da é a ideal, se há transpa trans parên rência cia e confor confor-mida mi dade de nas ativi ativida dades des reali realiza zadas das etc. Sabemos que alguns fatores fato res forçam forçam as organi orga niza zações ções a estar mais bem prepa prepara radas das no âmbito âmbito adminis administra trati tivo, vo, conhecen conhe cendo do bem seus pontos pontos fortes fortes e fracos fracos para ser compe com peti titi tivas vas e ganhar espaço espa ço em um ambiente ambien te externo externo cada vez mais exigen exi gente. te. Goodman et al. al. (1990) definem definem tecno tecnolo logia gia como o conheci conhecimen mento to de relarelações causa-efeito causa-efeito conti contidas das nas máquinas máquinas e equipa equipamen mentos tos utili utiliza zados dos para rearealizar li zar um servi serviço ço ou fabricar fabricar um produ produto. to. Para seus usuários, usuários, a tecno tecnolo logia gia refere-se refe re-se ao con jun junto to parti particu cular lar de dispo disposi siti tivos, vos, máquinas máquinas e outros apare aparelhos lhos utilizados utiliza dos na empresa empresa para a produ produção ção de seu resulta resultado. do. Já Fleury (1990), em aborda abor dagem gem diferen diferente, te, perce percebe be a tecno tecnolo logia gia como um pacote pacote de informa informações ções organi orga niza zadas, das, de diversos diversos tipos, prove provenien nientes tes de várias fontes, fontes, obtidas obtidas por diversos diver sos métodos métodos e utili utiliza zadas das na produ produção ção de bens. Gonçalves (1994), por sua vez, vê a tecno tec nolo logia gia como muito mais que apenas ape nas equipa equipamen mentos, tos, máquinas máquinas e compu computa tado dores. res. Para ele, a organi orga niza zação ção funcio fun ciona na a partir partir da opera operação ção de dois siste sistemas mas que dependem dependem um do outro de maneira maneira variada: variada: um siste sistema ma técni técnico, co, forma formado do pelas ferra ferramen mentas tas e técni técni--
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cas utili utiliza zadas das para reali realizar zar cada tarefa, tarefa, e um siste sistema ma social, com suas necesneces sida si dades des e expecta expec tati tivas vas a serem satisfei satisfeitas tas e os senti sentimen mentos tos sobre o traba trabalho. lho. Os dois siste sistemas mas são otimi otimiza zados dos de forma simultâ simultânea nea quando quando os requisi requisitos tos de tecno tecnolo logia gia e as necessi necessida dades des das pessoas pessoas são atendi atendidos dos con jun junta tamen mente. te. Assim, é possí possível vel distin distinguir guir entre tecno tecnolo logia gia (conheci (conhecimen mento) to) e siste sistema ma técni técni-co (combi (combina nação ção especí específi fica ca de máquinas máquinas e métodos métodos emprega empregados dos para obter um resulta resultado do dese ja jado). do). Nesse caso, a tecno tec nolo logia gia é represen representa tada da por um concon junto jun to de caracte caracterís rísti ticas cas especí específi ficas cas do siste sistema ma técni técnico. co. Nas organi organiza zações, ções, os fatores fatores respon responsá sáveis veis por mudanças mudanças e transfor transforma ma-ções são senti sentidos dos de maneira maneira mais intensa, intensa, pois, implici implicita tamen mente, te, as empreempresas devem gerar lucros para se manter man ter sadias do ponto de vista econô eco nômi mico co e social no merca mercado do em que atuam. Para tanto, buscam bus cam incessan incessante temen mente te novas formas formas de traba trabalho, lho, de proces processos, sos, de estraté estratégias gias e de negócios. negócios. Elas se reestru rees trutu turam ram com o objeti objetivo vo de buscar buscar novas formas formas de cresci crescimen mento: to: invesinvestem na geração geração de novos produ produtos; tos; criam novas idéias de negócios; negócios; reduzem reduzem os custos custos em seus departa departamen mentos tos e reorga reorgani nizam-se zam-se interna internamen mente te a fim de atingi atin girr o seu objeti objetivo. vo. Hoje, essa necessi necessida dade de é críti crítica ca e cada vez mais prepre sente sen te por causa dos novos cenários cenários existen existentes tes e externos externos às organi organiza zações. ções. Para Foguel e Souza (1986), a mudança mudan ça é indisso indissociá ciável vel do cotidia cotidiano no das organi orga niza zações: ções: há tanto mudanças mudanças de merca mercado, do, de tecno tecnolo logia, gia, de influências influências e de pressões pressões da socieda sociedade de quanto quanto mudanças mudanças de situações situações de compe competi tição ção nos meios de informa informação, ção, nas condi condições ções físicas, físicas, ecoló ecológi gicas cas e legais, entre outras, que fazem parte do ambiente ambien te das empresas. empresas. Para os autores, autores, o chochoque do futuro futuro é mostra mostrado do como o estresse estresse des desint integr egrado adorr e a desorien desorienta tação ção aos quais os indiví indivíduos duos se vêem induzi induzidos dos quando quando subme submeti tidos dos a rápidas rápidas mudanças mudan ças em um período período muito curto de tempo. Como trata tratamos mos de proces processos sos automa automati tiza zados dos em que há a presen presença ça marcan mar cante te da informá informáti tica, ca, Drucker (1991) afirma afir ma que o compu computa tador dor é apenas apenas uma máquina máquina lógica lógica e tudo que conse consegue gue fazer é somar e subtrair, sub trair, porém a uma veloci velo cida dade de extraordi extraordiná nária. ria. Como todas as opera operações ções matemá matemáti ticas cas e lógicas lógicas são extensões extensões da soma e da subtra subtração, ção, o compu computa tador dor conse consegue gue reali realizá-las zá-las simples sim plesmen mente te somando somando ou subtrain subtraindo do inúme inúmeras ras vezes e de maneira manei ra extreextremamen ma mente te rápida. rápida. Por ser inani inanima mado, do, não se cansa, não se esquece esquece nem recerecebe hora extra. O compu computa tador dor pode traba trabalhar lhar 24 horas por dia e armaze arma zenar nar informa infor mações ções passí passíveis veis de serem manipu manipula ladas das por soma e subtra subtração ção em quanti quan tida dades des que são, ao menos teori teorica camen mente, te, ilimi ilimita tadas. das. Para o autor, o compu com puta tador dor apresen apresenta ta basica basicamen mente te cinco habili habilida dades: des: compara rado do a um escritu escriturá rário rio mecâni mecânico co ao manipu manipu-(1) Pode ser compa lar grande grande quanti quantida dade de de papéis e documen documentos, tos, simples simples e repeti repe titi tivos. vos. Coleta, ta, proces processa, sa, armaze armazena, na, anali analisa sa e apresen apresenta ta informa informações ções a (2) Cole veloci velo cida dades des verti vertigi gino nosas. sas.
Os Desafios para as Tecnologias de Informação
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(3) Auxi Auxilia lia nas estrutu estrutura rações ções físicas físicas de pro je jetos tos nas áreas de conscons-
trução civil, engenha trução engenharia, ria, quími química, ca, física física etc. (4) Tem a capaci capacida dade de de direcio direcionar nar proces processos sos em condi condições ções preespreestabe ta bele leci cidas, das, reali realizan zando do análi análises ses funcio funcionais nais por meio de dados em opera operações ções empresa empresariais. riais. (5) Desem Desempe penha nha importan importante te papel no proces processo so decisó decisório rio estraté estraté-gico gi co das empresas, empresas, podendo, podendo, inclusi inclusive, ve, indicar indicar qual curso de ação deve ser seguido. seguido. Os avanços avanços da informá informáti tica, ca, dos compu computa tado dores res e de outras formas formas de tecno tec nolo logia gia têm exerci exercido do efeito efeito signi signifi fica cati tivo vo na sobrevi sobrevivên vência cia das organi organiza za-ções. É difícil difícil encontrar encontrar qualquer qualquer forma de organi organiza zação ção ou de proces processo so orgaorganiza ni zacio cional nal que não tenha sido altera alte rada da pela presen presença ça de novas tecno tecnolo logias. gias. Com a massi massifi fica cação ção do uso da informá infor máti tica, ca, parti particu cular larmen mente te da tecno tecnolo lo-gia e dos siste sistemas mas de informa informação, ção, houve a necessi necessida dade de de que as pessoas pes soas que atuam nas organi organiza zações ções e que delas fazem parte evo evoluís luíssem sem na forma de agir e de pensar pensar quanto quanto à utili utiliza zação ção desses desses novos recursos recursos e métodos, métodos, surgi surgi-dos em conse conseqüên qüência cia da automa automati tiza zação ção dos proces processos. sos. O século século XIX foi marca marcado do pelo signo da Revolução Industrial, cujo emblema emble ma era a máquina máquina a vapor, capaz de conver converter ter a energia energia quími química ca do carbo car bono no em energia energia cinéti cinética ca e em traba trabalho lho mecâni mecânico. co. Qualquer motor tem como input algu alguma ma energia energia não mecâni mecânica, ca, e como output algum traba trabalho lho mecâni mecâ nico. co. As máquinas, máquinas, introdu introduzi zidas das por essa revolu revolução, ção, maravi maravilha lharam ram nossos nos sos antepas antepassa sados dos porque porque eram capazes capazes de substi substituir tuir a força física física do homem. Primeiramente, por conta da utili uti liza zação ção do vapor, e mais tarde por causa da utili utiliza zação ção da eletri eletrici cida dade, de, a energia energia da máquina máquina foi posta a servi serviço ço dos múscu músculos los humanos, humanos, livrando-os livrando-os do desgas desgaste te (Santaella, 1997). Porém, nos dias atuais, o que estamos esta mos vivencian vivenciando do é a utili utiliza zação ção cada vez mais marcan marcante te da informa informação ção e presen presencian ciando do sua plena revolu revolução. ção. Atualmente, a utili utiliza zação ção da tecno tecnolo logia gia e dos siste sistemas mas de informa informação ção nas empresas empre sas é condi condição ção estrita estritamen mente te vital para o seu sucesso sucesso pois, sem dúvida dúvida nenhuma, nenhu ma, há uma dependên dependência cia marcan marcante te dessa tecno tecnolo logia gia em relação relação à obtenção obten ção das informa informações ções conti contidas das nos bancos bancos de dados dos compu computa tado dores, res, dispo dis poni nibi bililiza zadas das pelos outputs dos siste sistemas mas de informa informação, ção, tanto em nível opera ope racio cional nal como em nível de apoio a proces pro cessos sos de decisão decisão na empresa. empresa. Na atual socieda sociedade de global global do conheci conhecimen mento, to, a geração geração e o uso de inteinte liligên gência cia e inova inovações ções em ciência ciência e tecno tecnolo logia gia são os meios utili utiliza zados dos para agregar agre gar valor aos mais diversos diversos produ produtos, tos, tornan tornando-se, do-se, assim, peças-chave para a compe competi titi tivi vida dade de estraté estratégi gica ca e o desenvol desenvolvi vimen mento to social e econô econômi mico co de uma nação. Os desafios desafios atuais exigem exigem direções direções baseadas baseadas em redes de aprendi aprendiza za-gem e inova inovação, ção, somadas somadas à sinergia sinergia entre insti institui tuições, ções, a fim de produ produzir zir
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vantagens vanta gens mútuas. Nesse cenário, cenário, a gestão gestão estraté estratégi gica ca do conheci conhecimen mento to é ferra fer ramen menta ta importan importante te para o subsí subsídio dio ao proces processo so decisó decisório rio relati relativo vo à determi deter mina nação ção de normas normas e diretri diretrizes, zes, com o intuito intuito de conquis conquistar tar vanta vantagens gens compe com peti titi tivas vas no merca mercado do globa globaliliza zado. do. As tecno tecnolo logias gias que se utili uti lizam, zam, de uma forma ou de outra, de algum tipo de inteli inteligên gência, cia, cujo objeti objetivo vo na organi organiza zação ção é facili facilitar tar a tomada tomada de decidecisão do indiví indivíduo, duo, são chama chamadas das de tecno tecnolo logias gias do conheci conhecimen mento. to. Não obsobstante, tan te, existem existem outros tipos de tecno tecnolo logias gias do conheci conhecimen mento to que facili facilitam tam o aprendi apren diza zado do do indiví indivíduo, duo, sejam elas utili utiliza zadas das nas organi organiza zações ções sejam em progra pro gramas mas de educa educação ção a distân distância. cia. Porém, todas têm a ver com o uso de compu com puta tado dores res e da informá informáti tica. ca. É importan importante te lembrar lembrarmos mos que são os indiví indivíduos duos que pro je jetam tam e impleimplementam men tam (põem em funcio funciona namen mento) to) as tecno tecnolo logias gias da informa informação ção nas organi organiza za-ções, necessi necessitan tando do para isso de uma série de pré-requisi pré-requisitos, tos, tais como conheci conheci-mento men to técni técnico co e sistê sistêmi mico co e informa informações ções sobre a organi organiza zação, ção, entre outros. Uma das mais comple complexas xas implemen implementa tações ções de tecno tecnolo logias gias do conheci conheci-mento men to nas organi organiza zações ções são os siste sistemas mas de informa informação. ção. Para que tanto as organi orga niza zações ções como os indiví indivíduos duos tenham retorno retorno e resulta resultados dos positi positivos vos e constru cons truti tivos vos nesse pro je jeto to de implemen implementa tação, ção, é preci preciso so consi conside derar rar e conhecer conhecer uma série de tópicos, tópicos, como os proces processos sos em si reali realiza zados dos pelas empresas, empresas, a cultu cul tura ra organi organiza zacio cional nal e a gestão gestão da informa informação ção existen existente te na organi organiza zação. ção. Para tanto, é indispen indispensá sável vel o surgi surgimen mento to de um novo indiví indivíduo, duo, capaz de condu conduzir zir toda essa comple complexi xida dade de de forma simples simples e eficaz, eficaz, sendo necesnecessário sá rio o apoio e o compro comprome meti timen mento to de todos os envolvi envolvidos dos na organi organiza zação, ção, sem exceção, exceção, lutando lutando por um mesmo objeti objetivo. vo. Assim, faz-se necessá necessário rio o surgi surgimen mento to e o desenvol desenvolvi vimen mento to de novas organi orga niza zações, ções, de um novo modelo mode lo de siste sistema ma educa educacio cional nal e de uma nova educa edu cação ção transdis transdisci cipli plinar nar para a socieda sociedade, de, bem como o desenvol desenvolvi vimen mento to de um novo indiví indivíduo, duo, com uma nova menta men talilida dade de e capaz de atuar de forma ética. Assim, vê-se que é de funda fun damen mental tal importân importância cia a conscien conscienti tiza zação ção dos funcio fun cioná nários, rios, por meio da parti partici cipa pação ção e incenti incentivo vo do corpo execu executi tivo, vo, aceracerca de todo e qualquer qual quer proces processo so de mudança mudança e reestru reestrutu tura ração ção que este ja este ja sendo difundi difundido do nas organi organiza zações. ções. Evidentemente, isso preci precisa sa ser feito prepreservan ser vando-se do-se assuntos assuntos e itens de relevân relevância cia estraté estratégi gica, ca, como novos direcio direcio-namen na mentos tos de merca mercado, do, por exemplo, exemplo, para que não se compro com prome metam tam a imaimagem e a linha de ação da organi orga niza zação. ção. A utili utiliza zação ção dos siste sistemas mas de informa informações ções por parte das organi organiza zações ções indubi indu bita tavel velmen mente te gera um certo transtor transtorno, no, porque porque a maioria maioria das ativi ativida dades des realiliza rea zadas das contem contempla pla a utili utiliza zação ção desse tipo de tecno tecnolo logia, gia, sobrando sobrando mais tempo para o profis profissio sional nal se dedicar dedicar a outras ativi ativida dades, des, como análi análises ses e otiotimiza mi zação ção de proces processos sos e estatís estatísti ticas. cas.
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O mundo passa por um proces processo so turbu turbulen lento to e comple complexo xo que influencia influen cia direta dire tamen mente te o que aconte acontece ce nas organi organiza zações. ções. Assim, há uma grande gran de necesnecessida si dade de de que o indiví indivíduo duo envolvi envolvido do nesse contex contexto to de mudança mudança saiba miniminimizar mi zar os impactos impactos e as desaven desavenças ças surgi surgidos. dos. Para tornar tornar esse argumen argumento to possí pos sível, vel, é funda fundamen mental tal o surgi surgimen mento to de uma lideran liderança ça transfor transforma mado dora ra que parta de um novo tipo de consciên cons ciência cia e que, na sua procu pro cura ra pela excelên excelência, cia, estimu esti mule le a intuição, intuição, a criati criativi vida dade de e o traba trabalho lho em equipe equipe — e é aí que a eduedu cação ca ção pode ajudar. ajudar. Todo proces processo so de mudança mudança e transfor transforma mação ção traz consi consigo go turbu turbulên lências cias que preci precisam sam ser adminis administra tradas das para a susten sustenta tação ção do próprio próprio meio em que ocorrem. ocor rem. Assumindo a organi organiza zação ção como esse meio e consi con side deran rando-na do-na uma unida uni dade de sistê sistêmi mica, ca, ter-se-á se estabe estabele leci cido do um cenário cenário comple complexo xo por causa das inter-relações inter-relações que ocorrem ocorrem nas unida unidades des e entre elas: cada evento even to que ocorre ocor re estará estará relacio relaciona nado do a outros inúme inúmeros ros eventos, eventos, influencian influenciando do e sendo influencia influen ciado do por eles. Assim, é possí pos sível vel perce perceber ber os impactos impactos provo provoca cados dos pela crescen crescente te preocu preocupa pação ção ambiental ambiental que desenca desencadeou deou ações nas esferas esferas políti polí ticas, cas, governa governamen mentais, tais, empresa empresariais riais e compor comporta tamen mentais tais dos indiví indivíduos. duos. A evolu evolução ção do saber rediscu rediscute te a relação relação entre a reali realida dade de e o conheci conhecimen men-to, buscan buscando do não só comple completar tar o conheci conhecimen mento to da reali realida dade de existen existente, te, mas também tam bém orientar orientar a constru construção ção de uma nova organi organiza zação ção social, que não seria a pro je jeção ção para o futuro futuro das tendên tendências cias atuais. É nesse senti sentido do que as questões questões ambientais ambien tais (o que realmen realmente te agrega agrega valor aos indiví indivíduos) duos) abrem novas possi possi-bililida bi dades des a partir partir do reconhe reconheci cimen mento to de potenciais potenciais ecoló ecológi gicos cos e tecno tecnoló lógi gicos, cos, em que se mistu misturam ram os valores valores morais, os saberes saberes cultu culturais rais e o conheci conhecimen mento to cientí cien tífi fico co da nature natureza za na constru construção ção de uma nova raciona racio nalilida dade. de. A espiri espiritua tualilida dade de — isto é, um indiví indi víduo duo mais conscien consciente te para com sua espécie espé cie — e o autoco autoconhe nheci cimen mento to são muito próxi próximos mos e importan importantes, tes, pois estiestimulam mu lam ações de transfor transforma mação ção pessoal pessoal e, conse conseqüen qüente temen mente, te, de seus ambien ambien-tes. Na medida medida em que a empresa empresa desenvol desenvolve ve com maior clare clareza za sua missão missão e visão, estará estará revelan revelando do suas intenções intenções reais, que preci precisam sam ter uma dimensão dimensão de transcen transcendên dência, cia, de servir servir a uma causa maior. Quando as pessoas pes soas se conecconectam à dimensão dimensão espiri espiritual tual de suas tarefas tarefas diárias, diárias, novos signi signifi fica cados dos surgem. surgem. O que aprende aprendemos mos ao longo da vida é indispen indis pensá sável, vel, não podendo podendo ser pago o conheci conhecimen mento to que adquiri adquirimos; mos; por isso, é importan importante te levar a sério a gestão ges tão do conheci conhecimen mento to nas organi organiza zações. ções. Nossa inteli inteligên gência cia nunca será um fardo a ser carre carrega gado, do, portan portanto, to, para nós, o aprender aprender nunca será demais — é o próprio próprio bem do ser humano, huma no, enquanto enquanto socieda sociedade de do conheci conhecimen mento. to. No entanto, entanto, o aprendi aprendiza zado do só se torna válido válido quando quando o coloca colocamos mos em práti prá tica. ca. De nada adianta adian ta acumu acumular lar conheci conhecimen mento to e juntar juntar informa informações ções se não os trocar trocarmos mos com as outras pessoas pes soas e com o próprio próprio universo. O indiví indivíduo duo moderno moderno deve apresen apresentar tar uma capaci capacita tação ção sistê sistêmi mica ca não só para a organi organiza zação ção e seus proces processos sos internos, internos, que são inter-relacio inter-relaciona nados dos
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(com ou sem siste sistemas mas de informa informação), ção), mas para com todo o ambien ambiente. te. Dessa maneira, manei ra, necessi necessita tamos mos evoluir evoluir a forma de aprendi apren diza zagem, gem, pauta pautada da em uma aborda abor dagem gem de pensar pensar e fazer educa educação, ção, partin partindo-se do-se da consciên consciência cia críti crítica ca coleti cole tiva va para ações indivi individuais, duais, que produ produzam zam respos respostas tas coleti coletivas vas ao longo do proces processo so de constru construção ção do saber. Evidentemente, essa constru construção ção poderá poderá ser origi origina nada da em ações ou proces pro cessos sos empíri empíricos, cos, porém é necessá neces sário rio conser conser-var o compro compromis misso so da respon responsa sabi bililida dade de e da ética em tudo que se preten pre tenda da criar, desenvol desenvolver ver ou inovar. inovar. Para tanto, o uso de uma metodo meto dolo logia gia na implemen implementa tação ção de siste sistemas mas de informa informação ção é extrema extremamen mente te importan importante te para a aplica aplicação ção de mudanças mudanças nas organi organiza zações ções pois, sem um direcio dire ciona namen mento, to, o sucesso sucesso da mudança mudança e o próprio pró prio uso do siste sistema ma de informa informação ção estarão estarão compro comprome meti tidos. dos. Um outro fator importan importante te é o treina treinamen mento: to: é de extrema extrema relevân relevância cia a criação cria ção e a manuten manu tenção ção de uma políti polí tica ca em treina treinamen mento to de todo o apara aparato to tecno tec noló lógi gico co existen existente te na organi organiza zação, ção, consi conside deran rando-se do-se o que existe existe no mermercado ca do e as suas tendên tendências. cias. Tudo deve ser levado levado em consi conside dera ração. ção. É preci preciso so que haja um acompa acom panha nhamen mento, to, por meio de pesqui pesquisas sas sobre tendên tendências, cias, da evolu evo lução ção tecno tecnoló lógi gica ca em ferra ferramen mentas tas compu computa tacio cionais nais e em siste sistemas mas de informa infor mação ção — e isso deve ser feito pelos respon res ponsá sáveis veis pela tecno tecnolo logia gia nas organi orga niza zações. ções. Precisamos conce conceber ber uma nova visão do proces processo so de mudança mudança causa causado do pela presen presença ça da tecno tecnolo logia gia e dos siste sistemas mas de informa informação ção na organi organiza zação. ção. Trata-se da necessi necessida dade de de compreen compreender dermos mos os proces processos sos intrínse intrínsecos cos funfuncionais cio nais da organi organiza zação ção (integra (integrabi bililida dade de das funções funções e ativi ativida dades des dos depardepartamen ta mentos tos da organi organiza zação), ção), de uma maneira manei ra mais respon responsá sável vel e humana, humana, auxilia auxi liada da pela funda fundamen menta tação ção e aplica aplicação ção da gestão gestão da informa informação ção e do conheci conhe cimen mento. to. Acreditamos que a mudança mudança deva ser evolu evoluti tiva, va, com a parti partici cipa pação ção real dos indiví indivíduos duos no proces processo so de implemen implementa tação ção de novas tecno tecnolo logias gias do conheci conhe cimen mento to nas organi organiza zações. ções. Estamos nos defrontan defrontando do com um proces processo so de mudança mudança embasa embasado do em uma metodo metodolo logia, gia, na qual é de funda fun damen mental tal importân importância cia a comuni comunica cação ção entre as pessoas pessoas e os proces processos sos que estão envolvi envolvidos dos na organi organiza zação. ção. Como exemplo, exemplo, uma ferra ferramen menta ta metodo metodoló lógi gica ca muito utili utiliza zada da na implemen imple menta tação ção de siste sistemas mas de informa informação ção no merca mercado do europeu europeu e mundial mundial é a criada criada pela SAP. Introduzida nos Estados Unidos em 1995, a metodo meto dolo logia gia ASAP (acceleratedSAP ) para implemen implementa tação ção de siste sistemas mas de informa informação ção foi elabo ela bora rada da a partir partir das melhores melhores práti práticas cas de implemen implementa tação ção do siste sistema ma R/3, 1
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N. E.: Para mais informa informações ções sobre a tecno tec nolo logia gia ASAP, consul consulte te o site www.sap.com e o Anexo 1 — A Metodologia AcceleratedSAP — que se encon tra no site da Editora Thomson (www.thomson (www.thom sonlear learning.com.br), ning.com.br), na página página do livro.
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fornecen forne cendo do ferra ferramen mentas, tas, questio questioná nários rios e técni técnicas cas para explorar explorar a potência potência dos modelos modelos já desenvol desenvolvi vidos dos com o produ produto. to. Para maior visuali visualiza zação ção e entendi entendimen mento, to, a SAP determi determinou nou cinco etaetapas importan importantes tes no caminho caminho do acceleratedSAP, contem contemplan plando do uma impleimplementa men tação ção orienta orientada da para proces processos sos de negócios negócios na organi organiza zação: ção: (1) (2) (3) (4) (5)
Prepara Prepa ração ção do pro je jeto. to. Desenho Dese nho do negócio. negócio. Reali Rea liza zação. ção. Prepa Pre para ração ção final. Entrada Entra da em opera operação ção e suporte. suporte.
Cada etapa dessa metodo metodolo logia gia dispo disponi nibi bili liza za explica explicações ções detalha detalhadas das de como o usuário usuário deve proce proceder der,, auxilian auxi liando-o do-o a definir definir clara claramen mente te o modo mais simples sim ples de reali realizar zar e maximi maximizar zar a eficiên eficiência cia do proces processo so de implemen implementa tação. ção. O objeti objetivo vo dessa metodo metodolo logia gia não se desti destina na às empresas empresas que buscam buscam uma reenge reengenha nharia, ria, mas às organi organiza zações ções interes interessa sadas das em uma implemen implementa ta-ção baseada baseada nas melhores melhores práti práticas cas de utili utiliza zação ção do próprio próprio siste sistema ma de inforinformação ma ção R/3. Mostramos, na Figura 1.1, o modelo modelo das fases de implemen implementa tação ção da metodo meto dolo logia gia acceleratedSAP .
Preparação do Projeto Desenho do Negócio
Figura 1.1 Fonte:
Realização
Preparação Final Entrada em Produção & Suporte
Mudança Contínua
AcceleratedSAP AcceleratedS AP road roadmap. map.
ASAP, ROADMAP ROADMAP.. Disponível Disponí vel em: http://www.sap.com/as http://www.sap.com/asap. ap. Acesso em: 30/06/200 30/0 6/2001. 1.
2.1
Gestão do Conhecimento
A revolu revolução ção da informa informação ção vem acele ace leran rando do nos últimos últimos anos, podendo podendo ser muito benéfi benéfica ca para o desenvol desenvolvi vimen mento to de nossa socieda sociedade, de, desde que se consi con siga ga obter equilí equilíbrio brio entre a informa informação, ção, o conheci conhecimen mento to e a sabedo sabedoria. ria. No plano econô econômi mico, co, tais mudanças mudanças terão muitos muitos reflexos reflexos na socieda sociedade: de: as pessoas pes soas deverão deverão ser mais criati criativas, vas, parti partici cipa pati tivas vas e envolvi envolvidas, das, proces processo so que será determi determinan nante te no seu futuro. futuro. Existe um contex contexto to socioeco socioeconô nômi mico co indeindependen pen dente temen mente te dos resulta resultados dos futuros futuros da econo economia mia trazi trazidos dos à tona, hoje, pela internet, internet, uma ferra ferramen menta ta muito utili utiliza zada da pelas empresas. empresas. O nome internet internet vem de internetworking (liga (ligação ção entre redes). Embora seja geralmen geralmente te pensa pensada da como uma rede, ela é, na verda ver dade, de, o con jun junto to de todas as redes e gateways que usam proto protoco colos los TCP/IP TCP/IP.. A internet inter net é o con jun jun-to de meios físicos físicos (linhas (linhas digitais digitais de alta capaci capacida dade, de, compu computa tado dores, res, rotearoteadores do res etc.) e progra programas mas (proto (protoco colo lo TCP/IP) usados usados para o transpor transporte te da informa infor mação. ção. A Web é apenas apenas um dos diversos diversos servi serviços ços dispo disponí níveis veis na interinternet e as duas não são sinôni sinônimos. mos. Fazendo uma compa com para ração ção simpli simplifi fica cada, da, a internet inter net seria o equiva equivalen lente te à rede telefô telefôni nica, ca, com seus cabos, siste sis temas mas de disca dis cagem gem e encami enca minha nhamen mento to de chama chamadas, das, e a Web se assemelha a um teletele fone fo ne utilizado para comuni comunica cação ção de voz, embora embo ra o mesmo siste sistema ma também também possa ser usado para a transmis transmissão são de fax ou dados. Para Srour (1998), a era da chami chaminé né (ou da máquina) máquina) foi supera superada. da. Assim, não haveria haveria mais razões para falar de civili civiliza zação ção industrial, industrial, mas de uma econo economia mia supersim supersimbó bóli lica ca que se baseia nos compu com puta tado dores res e na troca de dados e informa informações. ções. O autor apura um mesmo estatu esta tuto to teóri teórico co atrela atrelado do a três tendên tendências: cias: a atual, denomi denomina nada da tercei terceira ra e que corres cor respon ponde de a uma revolu revo lução ção da informa informação; ção; a segunda, segunda, identi identifi fica cada da como Revolução Industrial; e a primei primeira, ra, entendi entendida da como revolu revolução ção agríco agrícola. la.
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Hoje devemos devemos nos preocu preocupar par com o indiví indivíduo duo que está à procu procura ra de determi deter mina nados dos proces processos-chave sos-chave motiva motivacio cionais. nais. A organi organiza zação ção que não invesinvestir em seus recursos recursos humanos humanos não terá sucesso. sucesso. Nesse cenário, cenário, acredi acredita tamos mos na teoria teoria da gestão gestão do conheci conhecimen mento, to, para a qual as empresas empre sas se volta voltaram ram com o intuito intuito de entender entender,, orga o rgani nizar, zar, contro controlar lar e lucrar com o valor intangí intan gí-vel do conheci conhecimen mento. to. No entanto, entanto, gestão gestão do conheci conhecimen mento to ainda é uma área nebulo nebu losa sa no cruza cruzamen mento to entre teoria teoria da organi organiza zação, ção, estraté estratégia gia de negócios, negócios, tecno tec nolo logia gia da informa informação ção e a própria pró pria cultu cultura ra organi organiza zacio cional. nal. Nas organi organiza zações, ções, a questão questão da gestão gestão do conheci conhecimen mento to pode ser vista como um grande grande proces processo so análo análogo go à quali qualida dade de total (mas certa certamen mente te é bem mais que isso), pois quem garante garante a quali qualida dade de é o próprio próprio indiví indivíduo, duo, por meio da execu execução ção de suas tarefas tarefas no traba trabalho. lho. Estimativas de especia especialis listas tas interna internacio cionais nais revelam revelam que, nos próxi próximos mos anos, as empresas empresas irão gastar gastar mais com gestão gestão do conheci conhecimen mento to do que gasta gas taram ram com quali qualida dade de ou com proces processos sos de reenge reengenha nharia. ria. Muitos pensa pen sado dores res da adminis administra tração, ção, como Nasbitt e Drucker, já falavam, falavam, desde 1980, na grande grande revolu revolução ção da era da informa informação.” ção.” (Davenport e Prusak, 1998.)
Outros autores autores já traziam, traziam, nessa época, a questão ques tão da inova inovação ção para o centro cen tro das discus discussões sões estraté estratégi gicas cas nos negócios, negócios, como é o caso da reenge reengenha nha-ria de proces processos. sos. As princi principais pais preocu preocupa pações, ções, neste momento, momen to, em muitas muitas organi organiza zações, ções, dizem respei respeito to à estabi estabili liza zação ção do merca mercado, do, pro je jetos tos de ERP (Enterprise Resource Planning) e pro je jetos tos par paraa inte interne rnett (co (como mo gra gran ndes portais, portais, entre outros); entretan entretanto, to, a maioria maioria das empresas empresas ainda não começou começou a desenvol desenvol-ver pro je jetos tos na área de gestão gestão do conheci conhecimen mento. to. No caminho caminho da implemen implementa tação ção da gestão gestão do conheci conhecimen mento, to, seja qual for a estraté estratégia gia adota adotada, da, haverá haverá muita dificul dificulda dade, de, muitos muitos obstá obstácu culos, los, muimuitos esforços esforços e investi investimen mentos, tos, pois não é somente somente em recursos recursos materiais materiais e financei finan ceiros ros que reside reside a maior dificul dificulda dade, de, mas no envolvi envolvimen mento to e na parti parti-cipa ci pação ção dos indiví indivíduos duos no proces processo so de implemen implementa tação. ção. Investir em gestão gestão do conheci conhecimen mento to só vale a pena para as empresas empresas que dese jam resul resulta tados dos a longo prazo — e que ainda preten pretendam dam estar no negócio negócio daqui a alguns anos. Se o conheci conhe cimen mento to das pessoas pessoas na organi organiza zação ção não faz parte do modelo modelo de seu negócio, negócio, se a gestão gestão da empresa empresa não vê o conheci conhe ci-mento men to das pessoas pessoas agregan agregando do valor aos seus clientes, clientes, se na organi organiza zação ção o lado do “capital” “capital” enxerga enxerga o lado do “traba “trabalho” lho” apenas apenas pela sua utili utilida dade de imedia ime diata, ta, então pouco importa importa a estraté estratégia gia que será utili utiliza zada. da. Muita atenção atenção está sendo dada à “cadeia “ cadeia alimen alimentar tar da informa informação”: ção”: dado, informa informação, ção, conheci conhecimen mento. to. Agora, desco descobre-se bre-se o valor, antes negligen negligen-ciado, cia do, dos recursos recursos intangí intangíveis, veis, como marcas, marcas, imagem, imagem, conheci conhecimen mento. to.
Desenvolvimento Desenvolvime nto da Organização
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Evoluindo no pensa pensamen mento to organi organiza zacio cional, nal, deixa-se para trás a visão do homem-máquina homem-máqui na e discu discute-se te-se o traba trabalha lhador dor do conheci conhecimen mento, to, que deixa cada vez mais de reali realizar zar ativi ativida dades des manuais (rotinei (rotineiras), ras), passan passando do a tomar as devidas devidas decisões, decisões, atuando atuando como um indiví indi víduo duo ético, mais conscien consciente, te, resresponsá pon sável vel e parti partici cipan pante. te. Alguns autores autores definem definem dado como uma seqüência seqüência de símbo símbolos los quanti quanti-fica fi cados dos ou quanti quantifi ficá cáveis, veis, na qual um texto é um dado e dados também tam bém podem ser fotos, figuras, figuras, sons grava gravados dos e anima animação. ção. Lembremos que podem ser quanti quantifi fica cados dos a ponto de se ter, eventual eventualmen mente, te, dificul dificulda dade de de distin distinguir guir sua reprodu reprodução, ção, a partir partir da represen representa tação ção quanti quantifi fica cada, da, do origi original nal e da informa infor mação ção como uma abstra abstração ção informal informal (isto é, não pode ser forma formaliliza zada da por uma teoria teoria lógica lógica ou matemá matemáti tica), ca), que está na mente de alguém, reprerepre sentan sen tando do algo signi signifi fica cati tivo vo para essa pessoa. pessoa. Se a represen representa tação ção da informa informa-ção for feita por meio de dados, poderá pode rá ser armaze armazena nada da em um compu computa tador. dor. Uma distin distinção ção funda fundamen mental tal entre dado e informa informação ção é que o primei primeiro ro é puramen puramente te sintá sintáti tico, co, e o último último contém contém necessa necessaria riamen mente te semânti semântica ca (implí(implícita ci ta na palavra palavra “signi “signifi fica cado”, do”, usada em sua caracte caracteri riza zação). ção). É interes interessan sante te notar que é difícil difícil introdu introduzir zir e proces processar sar semânti semântica ca em um compu computa tador dor porporque a máquina máquina é puramen puramente te sintá sintáti tica, ca, a não ser quando quan do a aborda abordagem gem discu discu-tida ti da é a inteli inteligên gência cia artifi artificial. cial.
2.2
Mercado Atual e Mudanças
Na nova econo economia, mia, os dados estão em forma formato to digital: digital: bits. Para Tapscott (1997), quando quando a informa informação ção é digita digitaliliza zada da e comuni comunica cada da por meio de redes digitais, digi tais, revela-se revela-se um novo mundo de possi pos sibi bililida dades, des, no qual quanti quantida dades des enormes enor mes de informa informação ção podem ser compri comprimi midas das e transmi transmiti tidas das na veloci velocida dade de da luz, pois a quali qua lida dade de das informa informações ções pode ser muito melhor que nas transmis trans missões sões analó analógi gicas. cas. Para esse ess e autor, autor, muitas muitas formas formas diferen diferentes tes de informa informa-ção podem ser combi combina nadas, das, criando-se, criando-se, por exemplo, exemplo, documen documentos tos multi multimí mí-dia. As informa informações ções podem ser armaze armazena nadas das e recupe recupera radas das instan instanta tanea neamen mente te de qualquer qualquer parte do mundo, propi propician ciando, do, conse conseqüen qüente temen mente, te, acesso acesso imedia imedia-to à maior parte das informa informações ções registra registradas das pela civili civiliza zação ção humana. humana. Em uma organi organiza zação ção de servi serviços, ços, por exemplo, exemplo, cujo princi principal pal ativo é o conheci conhe cimen mento to coleti coletivo vo sobre os clientes, clientes, os proces processos sos de negócio negócio são cada vez mais importan importantes tes para vencer vencer a concor concorrên rência. cia. As informa informações, ções, tendo em vista essa confor conformi mida dade, de, são as matérias-pri matérias-primas mas do traba trabalho lho de cada indiví indivíduo duo na organi orga niza zação. ção. Assim, cresce cresce cada vez mais a ênfase ênfa se na “espiral “espiral do conheci conheci-mento”, men to”, nas diversas diversas ações possí possíveis, veis, tendo como base conheci conhecimen mentos tos espeespecífi cí ficos cos sobre métodos, métodos, técni técnicas cas e ferra ferramen mentas tas de gestão gestão da informa informação. ção. As princi principais pais ferra ferramen mentas tas tecno tecnoló lógi gicas cas utili utiliza zadas das atualmen atualmente te são: CRM (Customer Relationship Management), que aborda aborda o relacio relaciona namen mento to com os clientes clien tes em geral, reali realizan zando do o marke marketing ting one-to-one ou one-to-many; data
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mining, que tem como objeti obje tivo vo explorar explorar estatis estatisti tica camen mente te os dados; ferra ferramen men-tas de LMS (Learning Management System), que gerenciam gerenciam transa transações ções em educa edu cação ção a distân distância; cia; e data warehou depósito to de dados. warehouse se, depósi A expressão CRM reflete reflete o uso da informa informação ção como recurso recurso para conconquistar quis tar e reter clientes clientes por meio do diálo diálogo, go, o que permi permite te criar relações relações duradou dura douras ras e mutuamen mutuamente te vanta vanta jo josas sas entre clientes clientes e empresas. empresas. A utili utiliza zação ção eficaz efi caz dos dados dados dos clien clientes, tes, a adoção adoção de um siste sistema ma fechado fechado de conver conversa sa-ção com a empresa empresa e a análi análise se dos benefí benefícios cios quali qualita tati tivos vos e quanti quantita tati tivos vos para ambas as partes partes são três dos mais importan importantes tes fatores fatores neste concei conceito. to. Em suma, o objeti objetivo vo do CRM é fazer com que os consu con sumi mido dores res e suas necessi necessida da-des sejam os maiores maiores impulsio impulsiona nado dores res do compor comporta tamen mento to organi organiza zacio cional. nal. O LMS é um softwa software re que automa automati tiza za a adminis administra tração ção dos eventos eventos de treina trei namen mento, to, registran registrando do usuários, usuários, trilhan trilhando do cursos cursos em um catálo catálogo go e gragravando van do dados de alunos. alunos. Além disso, por seu desenvol desenvolvi vimen mento, to, pode lidar com cursos cursos em forma de múlti múl tiplas plas publica publicações ções e em prove pro vedo dores res distin distintos. tos. Usualmente, não inclui capaci capacida dade de própria própria de autoria; autoria; ao contrá contrário, rio, foca apenas ape nas a compa compati tibi bili lida dade de de cursos cursos criados. criados. Os siste sistemas mas de gestão gestão de aprendi aprendiza zado do adminis administram tram e armaze armazenam nam os conteú con teúdos dos de cursos cursos on-line e ministra ministrados dos em classe, classe, como também também de outros proces processos sos de capaci capacita tação. ção. Um pro je jeto to de LMS típico típico permi permite te que seja utili uti liza zado do por diferen diferentes tes equipes equipes (insti (institui tuição, ção, tutores tutores e especia especialis listas tas em tecno tecno-logia). lo gia). Temos como referên referência cia de LMS o softwa software re Docent.1 Muitas vanta vantagens gens devem ser levadas levadas em consi conside dera ração ção em qualquer qualquer empresa empre sa ou insti institui tuição ção que tem como objeti obje tivo vo implemen implementar tar um LMS:
• Administração fácil: a plata platafor forma ma pode ser gerencia gerenciada da pelo setor adminis admi nistra trati tivo, vo, dado que requer somente somen te um conheci conhecimen mento to básico bási co de informá informáti tica, ca, sob a ótica de utili utiliza zador. dor. • Navegação fácil: as aplica aplicações ções são desenha desenhadas das e inteira inteiramen mente te orienta orien tadas das para o utili utiliza zador, dor, tanto na arquite arquitetu tura ra da informa informação ção como na interfa interface ce de acesso. aces so. • Integração fácil: basea baseada da na tecno tecnolo logia gia utili utiliza zada da e na sua modumodulari la rida dade. de. • Adaptação: suporta tanto um número número reduzi reduzido do de utili utiliza zado dores res como um ambiente ambiente empresa empresarial rial com cursos cursos pela internet. internet. Inmon concei conceitua tua o data warehou coleção de dados orienta orienta-warehouse se como uma coleção dos por assuntos, assuntos, integra integrados, dos, variáveis variáveis no tempo e não voláteis, voláteis, cujo objeti objeti-vo é dar suporte suporte aos proces processos sos de tomada tomada de decisão. decisão. Esse concei conceito to já caraccaracteri te riza za o ambiente ambiente e possui possui em si signi signifi fica cados dos especí específi ficos, cos, como:
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Para mais informa informações ções sobre o softwa software re Docent, consul consulte te o site www.docent.com. www.docent.com.
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assunto: diz respei • Orientação por assunto: respeito to às informa informações ções especí específi ficas cas e importan impor tantes tes para o negócio negócio da empresa. empresa. Como exemplo, exemplo, podepodemos citar produ produtos, tos, clientes, clientes, forne fornece cedo dores, res, funcio funcioná nários rios e ramos de ativi ativida dade de em que a empresa empre sa atua. warehouse se • Integração: todos os dados trazi trazidos dos para um data warehou devem ser padroni padroniza zados dos quanto quanto ao nome que terão neste ambiente. ambien te. (É o concei conceito to do dicioná dicionário rio de dados, em que cada entida enti dade de na empresa empresa é conheci conhecida da por um único nome, e este será o padrão a ser utili utiliza zado do por todos os siste sistemas.) mas.) Por exemexemplo, a entida entidade de “cliente”, “cliente”, uma vez adota ado tada da para caracte caracteri rizar zar os clientes clien tes da empresa, empresa, será sempre sempre utili utiliza zada da para esse fim, ao mesmo tempo que todos os clientes clientes da empresa empresa só poderão poderão ser referen refe rencia ciados dos por essa entida entidade. de. warehouse se refe • Variante no tempo: os dados carre carrega gados dos no data warehou refe-rem-se a um momento momento especí específi fico co de tempo que não é atuali atua lizá zá-vel no próprio próprio dado já carre carrega gado. do. Para que isso ocorra, ocor ra, é necesnecessária sá ria uma nova atuali atualiza zação ção de dados para refletir refletir uma nova posição posi ção no tempo. É importan importante te definir definir o signi signifi fica cado do do dado em relação relação ao tempo (período) (período) que ele deve represen repre sentar tar (dia, semana, sema na, mês, ano ou outro que seja importan impor tante). te). volátil: os dados, uma vez carre warehouse se, • Não volátil: carrega gados dos no data warehou não sofrerão sofrerão altera alteração ção no que se refere refe re à atuali atualiza zação ção de regisregistros, como ocorre, ocorre, por exemplo, exemplo, em dados de siste sistemas mas opera opera-cionais, cio nais, nos quais, na medida medi da em que determi determina nado do proces processo so é realiliza rea zado, do, os reflexos reflexos das mudanças mudanças também também são reali realiza zados dos na base de dados. É, portan portanto, to, importan importante te definir definir o melhor momo warehouse se, de forma que as mento men to para fazer a carga no data warehou informa infor mações ções possam possam refletir refletir momentos momentos signi signifi fica cati tivos vos em um determi deter mina nado do período período de tempo.
A organi organiza zação ção preci precisa sa tanto da agili agilida dade, de, da inicia iniciati tiva, va, da capaci capacida dade de de se modifi modificar car e de se adaptar adaptar conti continua nuamen mente te quanto quanto da confia confiabi bililida dade, de, constân cons tância cia e perma permanên nência cia de seus siste sistemas mas de informa informação. ção. Ela preci precisa sa de claclareza re za e de transpa transparên rência. cia. O atendi atendimen mento to às suas necessi necessida dades des passa pela solução solu ção dessas dessas questões questões e é de funda fundamen mental tal importân importância cia no proces processo so de forformação ma ção do “traba “trabalha lhador” dor” do conheci conhecimen mento. to. Estamos passan passando, do, hoje, da repeti repetição ção do traba trabalho lho manual para a inoinovação. va ção. O dinamis dinamismo mo se tornou tornou uma catego categoria ria central central no mundo atual, intiinti mamen ma mente te associa associado do ao compor comporta tamen mento to das pessoas pessoas na socieda sociedade de e nas organi orga niza zações. ções. Essas mudanças mudanças são parti particu cular larmen mente te incisi incisivas vas no mundo do traba tra balho, lho, em que todas as áreas da organi orga niza zação ção preci precisam sam ser repensa repensadas. das. As pessoas pessoas devem estar conven convenci cidas das da nova forma de traba trabalho lho e da necessi neces sida dade de da mudança, mudança, a fim de encarar enca rar seu próprio próprio papel na organi organiza za--
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ção. À medida medida que se intensi inten sifi fica ca o fluxo de informa infor mações ções no mundo (troca), as pessoas pessoas são cada vez mais bombar bom bardea deadas das com informa informações ções por diversas diversas mídias, os indiví indivíduos duos estão conecta conectados dos ao restan restante te do mundo por telefo tele fone, ne, televi tele visão, são, fax, pager e correio correio eletrô eletrôni nico, co, propi propician ciando do o cresci crescimen mento to do ritmo das mudanças. mudanças. Portanto, no cenário cenário contem contempo porâ râneo, neo, adminis administrar trar envolve envolve uma gama muito mais abrangen abran gente te e diversi diversifi fica cada da de ativi ativida dades des que no passa passado. do. A ênfaênfase na gestão gestão vem da necessi necessida dade de de aperfei aperfeiçoar çoar conti continua nuamen mente te os proces processos sos de negócio, negócio, por meio do aprendi aprendiza zado do e da inova inovação ção perma permanen nentes. tes. No concontexto tex to da adminis administra tração, ção, estamos estamos na era da ênfase ênfase no talento talento das pessoas, pessoas, na atualiliza atua zação ção perma permanen nente te e na importân importância cia do traba trabalho lho em equipe. equi pe. Assim, a evolu evolução ção da empresa empresa preci precisa sa consi conside derar rar três pontos pontos funda funda-mentais: men tais: estraté gi gica: ca: a forma como a empre • Visão estraté empresa sa perce percebe be a evolu evolução ção do ambiente ambien te em que atua e como se vê no cenário cená rio futuro. futuro. organiza zacio cional: nal: como os valores • Cultura organi valores e pressu pressupos postos tos básicos básicos das pessoas pessoas que atuam na organi orga niza zação ção intera interagem gem com essa visão estraté estratégi gica ca e como as pessoas pessoas se posicio posicionam nam diante diante da inova ino vação. ção. • Tecnologia: como os recursos recursos tecno tecnoló lógi gicos cos dispo disponí níveis veis podem ser usados usados pela empresa empresa na reali realiza zação ção de sua visão estraté estra tégi gica, ca, consi con side deran rando do sua cultu cultura ra organi organiza zacio cional. nal.
Os siste sistemas mas de informa informação, ção, ao longo dos tempos, tempos, evoluí evoluíram ram para acomacompanhar pa nhar a sofisti sofistica cação ção da gerência gerência de negócios. negócios. A ênfase ênfase nesses nesses siste sistemas mas de informa infor mação ção é dada na valida validação ção dos dados, visando visando à sua maior quali qualida dade de e depura depuração. ção. Sem uma metodo meto dolo logia gia adequa adequada, da, não é possí possível vel obter quali qualida da-de. E sem quali qualida dade de de informa informações, ções, não é possí possível vel obter inteli inte ligên gência cia comcompeti pe titi tiva va em uma organi organiza zação. ção. A implemen implementa tação ção de ferra ferramen mentas tas para gerenciar gerenciar o conheci conhecimen mento to impõe mudanças mudan ças de perfis perfis profis profissio sionais nais nas empresas empresas e novas maneiras maneiras de encarar encarar o traba trabalho. lho. Portanto, é necessá neces sário rio seguir algumas algumas etapas, etapas, de modo a adaptar adaptar os funcio funcioná nários rios à nova gestão gestão empresa empresarial. rial. Os execu executi tivos vos necessi necessitam, tam, priprimeiro, mei ro, prepa preparar rar as estrutu estruturas ras organi organiza zacio cionais nais para a questão questão da gestão gestão do conheci conhe cimen mento, to, como segue: processos: sos: repen • Gestão de proces repensar sar os proces processos sos da empresa. empresa. trabalha lhador dor do conheci conhecimen mento: to: rever o perfil • Formação do traba perfil profis profissio sio-nal das pessoas pessoas na empresa empresa e no merca mercado do de traba trabalho. lho. trabalho: lho: a passa • Dimensão do traba passagem gem do traba trabalho lho manual para o intelec inte lectual tual em um momento momento em que a maioria maio ria das tarefas tarefas reperepe-
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titivas titi vas já é assumi assumida da por máquinas máquinas indica indica que a relação relação da pespessoa com o traba trabalho lho se altera, altera, assim como será mudado muda do o que ela preci pre cisa sa saber para traba trabalhar. lhar. Quando implemen implementa tamos mos um siste sistema ma de informa informação ção em uma organi organiza za-ção ou apenas apenas troca trocamos mos uma tecno tecnolo logia gia (ferra (ferramen menta ta compu computa tacio cional), nal), necesnecessita si tamos mos traba trabalhar lhar ao máximo máximo a gestão gestão do conheci conhecimen mento to interno. interno. Não nos basta apenas apenas “trocar “trocar o siste sistema” ma” ou “trocar “trocar a tecno tecnolo logia”, gia”, temos de prepa preparar rar os indiví indivíduos duos e as organi organiza zações ções metodo metodolo logi gica camen mente te a fim de termos termos o máximáximo de ganho estrutu estrutural ral e concei conceitual tual nas novas tecno tecnolo logias. gias. O concei conceito to de proces processo so empresa empresarial rial associa-se associa-se à idéia de cadeia de valo valo-res com a defini definição ção de fluxos fluxos de valor: uma coleção coleção de ativi ativida dades des que envolenvolvem a empresa empresa de ponta, a ponta com o propó propósi sito to de entregar entregar um resulta resultado do a um cliente cliente ou a um usuário usuário final. Esse cliente cliente pode ser tanto interno interno como externo exter no à organi organiza zação. ção. Torna-se uma coleção coleção dos fluxos fluxos de valores valores volta voltados dos à satisfa satisfação ção das expecta expec tati tivas vas de um determi determina nado do grupo de clientes clientes (Gonçalves, 2000). As mudanças mudanças atualmen atualmente te são grandes, grandes, abrangen abrangendo do todos os campos. campos. A socieda sociedade de assiste assiste ao mesmo tempo que parti par tici cipa pa de um proces pro cesso so muito veloz, em que a única constan cons tante te é a mudança. mudança. Para Pereira (2002), algumas algu mas empresas empre sas estão criando criando parce parcerias rias com pessoas pes soas que têm interes interesse se nas ações empresa empre sariais, riais, os chama chamados dos stakeholders, tais como clientes, clientes, emprega empregado dos, s, aci acio onistas, nis tas, forne fornece cedo dores, res, governos, governos, comuni comunida dade de em geral e grupos gru pos de interes interes-se popular. popular. A partir partir de uma visão estraté estratégi gica ca funda fundamen menta tada, da, de uma análi análise se estruestrutural tu ral da empresa, empresa, princi principal palmen mente te no que tange a novos entrantes entran tes e produ produtos tos substi subs titu tutos tos — e de uma avalia ava liação ção da cadeia de valor agrega agre gado do —, a organi organi-zação za ção busca identi identifi ficar car oportu oportuni nida dades des de diferen diferencia ciação ção e redução redução de custos, custos, por meio da aplica aplicação ção de novas tecno tecnolo logias gias e proces processos sos em que a ativi ati vida dade de de prospec prospecção ção deve ser perma per manen nente te na empresa. empresa. A inova inovação ção é uma das caracte carac terís rísti ticas cas marcan marcantes tes dos líderes líderes de merca mercado do no cenário cenário atual. Em todo o mundo, a meta de alcançar alcançar níveis eleva elevados dos de produ produti tivi vida da-de e de quali qualida dade de está sendo consi conside dera rada da uma das grandes grandes priori priorida dades des das empresas. empre sas. Essas duas condi condições ções devem, além de se tornar perma per manen nentes, tes, crescer cres cer com o decorrer decor rer do tempo. No Brasil, por exemplo, exem plo, tudo indica indica que estamos esta mos experi experimen mentan tando do um período período de busca incessan incessante te da excelên excelência cia em termos ter mos de quali qualida dade de e produ produti tivi vida dade. de. Geralmente, a mudança mudança esbarra esbarra em dois fatores fatores que funcio funcionam nam como obstá obs tácu culos los intranspo intransponí níveis veis para que as pessoas pessoas possam possam atuar como agentes agen tes ativos ati vos da mudança mudança organi organiza zacio cional: nal: a quali qualida dade de e a produ produti tivi vida dade, de, as princi princi-pais metas adminis administra trati tivas. vas. A inova inovação, ção, a melhoria melhoria da quali qualida dade de e o aumenaumento da produ produti tivi vida dade de requerem requerem ação, implican implicando do algo diferen diferente te a ser feito em relação rela ção ao que se fazia anterior ante riormen mente. te.
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O primei primeiro ro fator tem a ver com a organi orga niza zação ção do traba tra balho. lho. Até o iníinício da década de 1980, a maioria maio ria dos nossos nossos execu executi tivos vos ainda adota adotava va paradig para digmas mas de pr pro odu dução ção inventa inventados dos há mais de cem anos. O sis s iste tema ma norteameri ame rica can no de produ dução, ção, com ênfase ênfa se no merca mercado do de massa, no desenho desenho padroni padro niza zado, do, nos grandes grandes volumes volumes e nos ganhos de escala, esca la, revolu revolucio cionou nou a indústria indús tria no início início do século século XX. O homem era apenas ape nas um apêndi apêndice ce do sissistema. te ma. A organi organiza zação ção do traba trabalho, lho, em vez de obter coope coo pera ração ção e gerar sinersiner gia, passou passou a limitar limitar e a restrin restringir gir os esforços esforços das pessoas. pessoas. O segundo segundo fator decorre decorre da cultu cultura ra que predo predomi mina na nas nossas nossas empreempresas. Antes, a expecta expectati tiva va era de que cada pessoa pes soa faria o melhor possí possível vel por seus próprios próprios méritos, méritos, indepen independen dente temen mente te da ajuda de tercei terceiros. ros. Era a época da ênfase ênfase no traba trabalho lho indivi individual, dual, na especia especiali liza zação ção e na autocon autoconfian fiança, ça, subordi subor dina nados dos à coleti coletivi vida dade de da qual a pessoa pessoa fazia parte. A empresa empresa deve propor proporcio cionar nar uma nova cultu cultura ra organi organiza zacio cional, nal, de inoinovação, va ção, de parti partici cipa pação ção e de envolvi envolvimen mento to emocio emocional nal de todas as pessoas pessoas no seu negócio, negócio, por meio do esforço esforço coleti coletivo vo e do traba trabalho lho em equipe. equipe. Também deve propor proporcio cionar nar novos paradig paradigmas mas e uma nova menta men tali lida dade de a respei respeito to do seu negócio negócio e do envolvi envolvimen mento to de todas as pessoas pessoas na sua conse consecu cução, ção, autoautorida ri dade de e respon responsa sabi bili lida dade de para inovar inovar e resolver resolver seus proble problemas mas opera operacio cionais. nais. Isso tudo represen representa ta uma profun profunda da mudança mudança na cultu cultura ra organi organiza zacio cio-nal, mudança mudança essa que deve propor pro porcio cionar nar lideran liderança ça na inova inovação ção e na orienorientação ta ção quanto quanto à utili utiliza zação ção das técni técnicas cas de solução solução de proble problemas. mas. O senso semióti semiótico, co, segundo segundo Andersen (1997), é perti pertinen nente te quando quando comcompara pa rado do à organi organiza zação: ção: “os membros membros perten pertencen centes tes a uma organi organiza zação ção recerecebem suas identi identida dades des trazi trazidas das pelas funções funções simila similares res a essa mesma organi organi-zação za ção e pela diferen diferença ça conce concebi bida da por outros membros membros internos”. internos”. A empresa empresa preci precisa sa assegu assegurar rar a ação a longo prazo de seu progra programa ma de inova ino vação ção e de melhoria melho ria da quali qualida dade de e da produ produti tivi vida dade, de, e este não deve ser meramen mera mente te tempo temporá rário rio ou durar apenas apenas enquanto enquanto existi existirem rem certos certos proble proble-mas. Esse proces processo so requer apoio e lideran liderança ça contí contínuos nuos por parte da alta diredireção, bem como aplica apli cação ção de técni técnicas cas adicio adicionais nais de solução solução dos proble problemas, mas, que vão sendo desco descober bertos tos e desenvol desenvolvi vidos dos ao longo do tempo. A organi organiza zação ção também também necessi necessita ta propor proporcio cionar nar novas conquis conquistas, tas, desadesafios e estímu estímulos los para fazer da inova inovação, ção, da quali qualida dade de e da produ produti tivi vida dade de o desper des pertar tar da consciên consciência cia das pessoas. pessoas. As mudanças mudanças nas organi organiza zações ções devem partir par tir dos profis profissio sionais nais da alta direção direção com maior visão estraté estratégi gica ca do negónegócio e mais atentos atentos às necessi necessida dades des do merca mercado. do. Espera-se desse profis profissio sional nal compe com petên tência, cia, quali qualida dade de e lealda lealdade de para gerir as inova inovações ções e os avanços. avanços. Essa mudança mudan ça preci precisa sa ser vista como uma oportu opor tuni nida dade de de evolu evolução ção pessoal, pessoal, que suposta supos tamen mente te levará levará à prosis prosissio sional. nal. Para Gubman (1999), a extensão exten são e o tipo de mudança mudança muitas muitas vezes andam juntos, juntos, e quanto quanto maior for a mudança, mudança, mais diferentes e complexos o
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foco e a comple com plexi xida dade. de. Podemos perce perceber ber esse enfoque enfoque visuali visualizan zando do o Quadro 2.1. Quadro 2.1
Relação Rela ção entre a extensão, extensão, o foco e a comple com plexi xida dade de da mudança mudança
EXTENSÃO
FOCO
OMPL PLEX EXID IDAD ADE E E COM
DA MU MUDA DAN NÇA
DA MUD UDAN ANÇA ÇA
TIPO DE MUDANÇA
Pequena
Processo ou conteú conteúdo do
Retificação ou melhora melhoramen mento to de algualgumas das coisas coisas que já se faz: um ou dois métodos métodos preci precisam sam ser reali realinha nhados dos ou há apenas apenas alguns hiatos hiatos que preci preci-sam ser trata tratados. dos. Isso é desenvol desen volvi vi-mento men to da organi organiza zação. ção.
Média
Processo e conteú conteúdo do
Um método método ou proces processo so gigantes gigantesco co preci pre cisa de um exame minu minucio cioso, so, e isso afeta afe tará rá vários outros métodos, métodos, ou vários métodos métodos e proces processos sos preci precisa sarão rão ser mudados mudados ao mesmo tempo, o que dará muito traba trabalho. lho. Trata-se de uma mudança mudan ça de siste sistemas mas inteiros. inteiros.
Grande
Processo, conteú teúdo do e contex contexto to
Toda a maneira maneira de fazer negócios negó cios preci preci-sa mudar: ou você renova renova a estraté estratégia gia empresa empre sarial rial básica básica e alinha alinha quase todos os proces processos sos ou métodos métodos para fazer isso, ou preci precisa sará rá mudar a propo proposi sição ção de valor e começar começar tudo de novo. Isso é transfor trans forma mação. ção.
Fonte: Gubman, 1999.
Uma organi organiza zação ção que queira queira ou necessi necessite te mudar efeti efetiva vamen mente te e de maneira manei ra rápida rápida e segura segura deve ser capaz de, segundo segun do Schein (1992): 1) imporimpor tar informa informações ções de forma eficien eficiente, te, dando-nos a idéia de autono autonomia; mia; 2) repassá-las repas sá-las aos lugares lugares certos certos da organi organiza zação, ção, para que as demais pessoas pes soas possam pos sam anali analisá-las sá-las e tomar as devidas devidas decisões decisões corre correta tamen mente, te, dando-nos a idéia do proces processo so de comuni comunica cação ção desde que esta nos dê confia con fiabi bili lida dade; de; 3) efetuar efe tuar as mudanças mudanças e transfor transforma mações ções necessá necessárias rias para que as novas inforinformações ma ções sejam conta con tabi bili liza zadas, das, dando-nos a idéia de elabo elabora ração; ção; 4) dar feed(retorno) no) dos impactos impactos causa causados dos e senti sentidos dos na organi organiza zação ção e em seu back (retor ciclo de informa informação ção interna, interna, dando-nos a idéia de um ambiente ambien te sistê sistêmi mico. co. A tecno tecnolo logia gia da informa informação ção tem um papel importan importante te no proces processo so de mudança mudan ça que ocorre ocorre na organi organiza zação; ção; porém, trata-se de um proces processo so críti crítico co que deve ser encara enca rado do de forma priori prioritá tária, ria, devendo devendo ser apoiado apoiado pela alta direção dire ção da organi organiza zação. ção. Portanto, se faz necessá necessário rio um estudo estudo mais detalha detalha-do da cultu cultura ra organi organiza zacio cional. nal.
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A Cultura e a Liderança Organizacional
As pessoas pessoas e seus conheci conhecimen mentos tos são a base, a coluna coluna verte vertebral bral de uma empresa. empre sa. Sem profis profissio sionais nais motiva motivados, dos, treina treinados dos e quali qualifi fica cados, dos, a empresa empresa perde seu propó propósi sito to e eficiên eficiência. cia. Assim, uma organi organiza zação ção jamais obterá obterá inteinteligên li gência cia compe competi titi tiva va se não tiver profis profissio sionais nais quali qualifi fica cados. dos. Na era do conheci conhe cimen mento to busca-se o homem global, glo bal, o homem integra inte grado do e genera generalis lista. ta. O enfoque enfoque do papel das pessoas pessoas na organi organiza zação ção e do valor do seu conheci conhecimen mento to mudou, demandan demandando do novas tecno tecnolo logias gias de gestão. gestão. Nas organi orga niza zações, ções, o conheci conhecimen mento to se encontra encontra não apenas apenas nos documen documentos, tos, bases de dados e siste sistemas mas de informa informação, ção, mas também também nos proces processos sos de negócio, negó cio, nas práti práticas cas dos grupos grupos e na experiên experiência cia acumu acumula lada da pelas pessoas. pessoas. O conheci conhecimen mento to da empresa, empresa, da compe competi tição, ção, dos proces processos, sos, enfim, do ramo de negócio, negócio, está por trás da tomada tomada de milhões de decisões decisões estraté estratégi gicas cas e opera ope racio cionais nais ao longo dos anos. Para Nonaka e Takeuchi (1997), os estudos estu dos da cultu cultura ra organi organiza zacio cional nal lança lan çaram ram luz sobre a organi organiza zação ção como um siste sistema ma episte epistemo moló lógi gico co (estudos (estudos da ciência) ciência) e, além disso, desta destaca caram ram a importân importância cia de fatores fatores humanos, humanos, como, por exemplo, exemplo, valores, valores, signi signifi fica cados, dos, compro compromis missos, sos, símbo símbolos los e crenças, crenças, abrindo abrin do caminho caminho para pesqui pesquisas sas mais sofisti sofistica cadas das sobre o aspecto aspec to tácito tácito do conheci conhe cimen mento. to. Esses estudos estudos reconhe reconhece ceram ram que a organi organiza zação, ção, como um sissistema te ma de signi signifi fica cado do compar comparti tilha lhado, do, pode aprender, aprender, mudar e evoluir evoluir ao longo do tempo por meio da intera interação ção social entre seus membros, mem bros, entre si mesma e o próprio próprio ambiente. ambiente. A ponte da gestão gestão do conheci conhecimen mento to se dá, para os autores, autores, justa justamen mente te pela cultu cultura ra organi organiza zacio cional. nal. A mudança mudança ocorre ocorre confor conforme me a necessi necessida dade de da compe com peti tição ção no merca mercado, do, numa visão de curto prazo. Nesse cenário, cenário, cada vez mais o profis profissio sional nal global global é exigi exigido do em virtu virtude de de seu entendi entendimen mento to do negócio, negó cio, sua visão da concor concorrên rência cia e seu conheci conhe cimen mento to da tecno tecnolo logia gia dispo dispo-nível. ní vel. E como é possí possível vel perce perceber ber,, o poder do conhe co nheci cimen mento to das pessoas pessoas vem ultrapas ultra passan sando do a força bruta das coisas. coisas. As pessoas pessoas nascem, nascem, crescem crescem e vivem em um ambiente ambien te social e dele recerece bem comple complexa xa e contí contínua nua influência influência no decorrer decorrer de toda a sua s ua vida. A cultu cultu-ra represen representa ta o ambiente ambiente de crenças crenças e valores, valores, costu costumes mes e tradi tradições, ções, conheconhecimen ci mentos tos e práti práticas cas de conví convívio vio social e de inter-relacio inter-relaciona namen mento. to. Para Fleury (1992), cultu cultura ra organi organiza zacio cional nal é o con jun junto to de pressu pressupos postos tos básicos bási cos que um grupo inventou, inventou, desco descobriu briu ou desenvol desenvolveu veu ao aprender aprender como lidar com os proble problemas mas de adapta adaptação ção externa externa e integra integração ção interna, interna, que funcio fun ciona naram ram bem o suficien suficiente te para ser consi conside dera rados dos válidos válidos e transmi transmiti tidos dos a novos membros membros como a forma corre cor reta ta de perce perceber, ber, pensar pensar e sentir sentir esses proble pro blemas. mas. A autora autora atribui atribui uma maior importân importância cia ao papel dos funda fundado do-res da organi organiza zação ção no proces processo so de moldar moldar seus padrões cultu culturais: rais: os primei primei--
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ros líderes, líderes, ao desenvol desenvolver ver formas formas próprias próprias de equacio equacionar nar os proble problemas mas da organi orga niza zação, ção, acabam acabam por imprimir imprimir sua visão de mundo aos demais, bem como a visão do papel que a organi orga niza zação ção deve desempe desempenhar nhar no mundo. As questões questões relacio relaciona nadas das à cultu cultura ra organi organiza zacio cional nal residem residem na possi possibi bilili-dade da de de compreen compreender der que a organi organiza zação ção é um proces processo so em constru construção, ção, no qual a comple complexi xida dade de faz parte do cenário cenário organi organiza zacio cional, nal, em razão de a mesma existir existir pelo consul consultor tor de pessoas pessoas e seus devidos devidos interes interesses. ses. A questão questão do clima organi organiza zacio cional nal também também merece merece atenção atenção especial, especial, pois não conse consegui guire remos mos implemen implementar tar novas tecno tecnolo logias gias do conheci conhecimen mento to sem a parti partici cipa pação ção efeti efetiva va das pessoas, pessoas, ou seja, é de funda fun damen mental tal importân importân-cia todo um cenário cená rio positi positivo vo e concor concordan dante te para que a tecno tec nolo logia gia e os siste siste-mas de informa informação ção sejam implemen implementa tados. dos. Campbell et al. (1970) definem defi nem clima organi organiza zacio cional nal como um con jun con jun-to de atribu atributos tos especí específi ficos cos de uma organi organiza zação ção em parti particu cular, lar, que podem ser influencia influenciados dos pela forma como ela lida com seus membros mem bros e seu ambiente. ambien te. Para cada indiví indi víduo duo na empresa, empresa, o clima assume assu me a forma de um con jun con junto to de atitu atitudes des e expecta expectati tivas vas que a descre descrevem vem em termos termos tanto de caracte carac terís rísti ticas cas estáti estáticas cas (grau de autono autonomia, mia, por exemplo) exemplo) quanto quanto de variávariáveis compor comporta tamen mentais tais de resulta resultado do (eventos (eventos de saída). Estudos dos mesmos mesmos autores auto res apontam apontam que o clima organi orga niza zacio cional nal seria uma descri descrição ção da situasituação da organi organiza zação ção e, como tal, deveria deve ria conter conter variações variações signi signifi fica cati tivas vas entre os grupos grupos que a integram. inte gram. Para Harman e Hormann (1993), a cultu cul tura ra é uma força podero poderosa, sa, mas que se esquiva esquiva quando quando se trata de implantar implan tar mudanças mudanças de nature natureza za transfor transfor-mado ma dora ra nas organi organiza zações. ções. Assim, o papel da cultu cul tura ra que influencia influencia o comcomporta por tamen mento to não pode ser simples sim plesmen mente te ignora ignorado. do. Os autores autores sugerem sugerem que é preci pre ciso so estar conscien consciente te do “siste “sistema ma imuno imunoló lógi gico co da empresa”, empresa”, que “tenta matar tudo aquilo aquilo que lhe parece parece estranho”. estranho”. A cultu cultura ra é, então, uma força podero pode rosa sa na manuten manutenção ção do status quo do indiví indivíduo. duo. À medida medida que as organi organiza zações ções sedimen sedimentam tam suas identi identida dades, des, podem iniciar ini ciar transfor transforma mações ções mais amplas na ecolo eco logia gia social a que perten pertencem. cem. Podem estabe estabele lecer cer as bases para a própria própria destrui destruição, ção, ou então podem criar as condi condições ções que lhes permi permiti tirão rão evoluir evoluir com o ambiente. ambien te. Entretanto, muimui tas empresas empresas devoram devoram sua sobrevi sobrevivên vência cia futura, futura, criando criando oportu oportuni nida dades des para que novos padrões de relações relações emer jam, emer jam, mas à custa da sua pró própria pria existên exis tência cia futura futura (Morgan, 1996). Organizações egocên egocêntri tricas cas consi conside deram ram a sobrevi sobrevivên vência cia muito mais dependen depen dente te da conser conserva vação ção de sua identi tida dade de estreita estreitamen mente te autode autodefi fini nida da e fixa que da evolu evolução ção menos rígida rígida e aberta aberta da identi tida dade de do siste sistema ma ao qual perten per tencem. cem. É freqüen freqüente temen mente te difícil difícil para elas abando abandonar nar identi identida dades des e estraestratégias té gias que as criaram criaram ou que forne fornece ceram ram as bases para o sucesso sucesso no passa passado, do, apesar ape sar de ser isso o que a sobrevi sobrevivên vência cia e a evolu evolução ção quase sempre sempre requerem. requerem.
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Já para Collins e Porras (1995), um passo importan impor tante te para a criação criação de uma empresa empresa visioná visionária ria não é agir, mas mudar o ponto de vista do indiví indi ví-duo, tendo como apoio e referên referência cia as necessi necessida dades des e aspira aspirações ções humanas, humanas, por meio de sua consciên consciência. cia. Não obstan obstante, te, a busca do progres progresso, so, para os autores, auto res, é prove provenien niente te de uma profun profunda da necessi necessida dade de humana, humana, como exploexplorar, criar, desco descobrir, brir, alcançar, alcançar, mudar, melhorar. melhorar. Entretanto, assim como ocorre ocorre na nature natureza, za, muitas muitas linhas de desenvol desenvol-vimen vi mento to organi organiza zacio cional nal podem se revelar reve lar becos sem saída. Apesar de viáviáveis e da possi possibi bili lida dade de de obter consi conside derá rável vel sucesso sucesso por certo período, período, determi deter mina nadas das organi organiza zações ções podem experi expe rimen mentar tar uma mudança mudança na sorte como resulta resultado do daquilo daquilo que são — e como resulta resul tado do da ação e da passi pas sivi vida da-de que esse senso de identi iden tida dade de encora encora ja. Concepções menos egocên egocêntri tricas cas de identi identida dade de facili facilitam tam esse proces processo so à medida medi da que solici solicitam tam que as organi organiza zações ções perce percebam bam que são muito mais do que elas mesmas. mesmas. Ao consi conside derar rar que os forne fornece cedo dores, res, o merca mercado, do, a força de traba tra balho, lho, a coleti coletivi vida dade de local, nacional nacional ou interna internacio cional nal e até mesmo a comcompeti pe tição ção são, na verda ver dade, de, partes partes do mesmo siste sistema ma de organi organiza zação, ção, torna-se possí pos sível vel partir partir em direção direção a uma aprecia apre ciação ção de interde interdepen pendên dência cia sistê sistêmi mica, ca, bem como estimu estimular lar suas conse conseqüên qüências. cias. As pessoas pessoas têm suas identi identida dades des construí construídas das a partir partir de seu legado legado do entorno entor no — seja ele familiar fami liar ou escolar escolar — e, por meio das experiên expe riências cias própróprias, passa por um período período de apropria apropriação ção ou não desse manto de legiti legi tima ma-ção, construí construído do no caldo da cultu cultura ra em que estão imersas. imer sas. Compreender o indiví indi víduo duo signi signifi fica ca compreen compreender der o ponto de vista em que está coloca colo cado. do. Portanto, a mudança mudança nunca pode estar prede pre defi fini nida: da: ela é construí cons truída da com e pelo sujeito. sujeito. Como foi exposto, exposto, perce percebe-se be-se que, em todos os níveis da organi orga niza zação, ção, fala-se no novo papel das pessoas. pessoas. A veloci velocida dade de e, princi principal palmen mente, te, a direção direção das mudanças, mudanças, são condi condicio ciona nadas das pela compe competi tição ção imedia imediatis tista ta entre interes interes-ses alheios à compreen compreensão são e ao contro con trole le dos indiví indivíduos. duos. Assim, talvez talvez a ververdadei da deira ra questão questão não seja como aprovei aproveitar tar melhor o tempo no senti sentido do utili utili-tário tá rio das novas tecno tecnolo logias gias da informa informação ção e da comuni comunica cação, ção, mas talvez talvez o interes inte ressan sante te seja recupe recuperar rar o contro controle le sobre o tempo moderno, moder no, adaptan adaptando do seu ritmo e redesco redescobrin brindo do o espaço espaço da reflexão reflexão e da ociosi ociosida dade. de. Para Davenport e Prusak (1998), as princi prin cipais pais ativi ativida dades des relacio relaciona nadas das à gestão ges tão do conheci conhecimen mento to em geral são: compar comparti tilhar lhar o conheci conhecimen mento to interna interna-mente, men te, atuali atualizar zar o conheci conhecimen mento, to, proces processar sar e aplicar aplicar o conheci conhecimen mento to para algum benefí benefício cio organi organiza zacio cional, nal, encontrar encontrar o conheci conhecimen mento to interna internamen mente, te, adquirir adqui rir conheci conhecimen mento to externa externamen mente, te, reuti reutili lizar zar conheci conhecimen mento, to, criar conheconhecimen ci mentos tos e compar comparti tilhar lhar o conheci conhecimen mento to com a comuni comu nida dade de externa externa à empresa. empre sa.
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Ainda segundo segundo esses autores, autores, a gestão gestão do conheci conhecimen mento to não é uma pura e simples simples extensão extensão da tecno tecnolo logia gia da informa informação, ção, em que é preci pre ciso so sair do patamar pata mar do proces processa samen mento to de transa transações, ções, da integra integração ção da logísti logística, ca, por meio do workflow e do comércio comércio eletrô eletrôni nico, co, e agregar agregar um perfil perfil de constru construção ção de formas formas de comuni comunica cação, ção, de conver conversa sação ção e de aprendi aprendiza zado do no traba trabalho, lho, de comuni comu nida dades des de traba trabalho lho e de estrutu estrutura ração ção e acesso acesso às idéias e experiên experiências. cias. Para que isso realmen realmente te aconte aconteça, ça, é necessá necessária ria muita vonta vontade de e deterdetermina mi nação ção por parte do indiví indi víduo duo e, princi principal palmen mente, te, a ação e o bom exemplo exem plo em relação relação a essas ações. O papel a ser desempe desem penha nhado do pela tecno tecnolo logia gia da informa informação ção é estraté estratégi gi-co: ajudar ajudar o desenvol desenvolvi vimen mento to do conheci conhecimen mento to coleti coletivo vo e do aprendi aprendiza zado do contí con tínuo, nuo, tornan tornando do mais fácil para as pessoas pessoas na organi organiza zação ção compar comparti tilhar lhar proble pro blemas, mas, perspec perspecti tivas, vas, idéias e soluções. solu ções. Dessa maneira, maneira, os siste sistemas mas de informa infor mação ção para apoio à gestão ges tão do conheci conhecimen mento to têm o objeti objetivo vo de promo promo-ver simulta simultanea neamen mente te nas empresas empresas a produ produti tivi vida dade de e o aprendi aprendiza zado. do. A tectecnolo no logia gia da informa informação ção não substi substitui tui a rede humana, humana, sendo importan importante te estarestarmos cientes cientes das limita limitações ções das tecno tecnolo logias gias em qualquer qualquer progra programa ma de gestão gestão do conheci conhecimen mento. to. As tecno tecnolo logias gias da informa informação ção são apenas apenas o meio condu condu-tor, isto é, o siste sistema ma de armaze armazena nagem gem para a troca de conheci conhe cimen mentos, tos, não criando crian do saberes, saberes, não garantin garantindo do nem promo promoven vendo do a geração geração de conheci conheci-mento men to ou a sua parti partilha lha numa cultu cultura ra empresa empresarial rial que não o favore favo reça. ça. A tecno tecnolo logia gia é, sem dúvida, dúvida, uma forte aliada aliada na distri distribui buição ção do saber nos ambientes ambientes corpo corpora rati tivos, vos, mas vale a pena res ressal saltar tar que a diferen diferença ça essenessencial é que o saber está no interior inte rior das pessoas, pessoas, proven provendo do uma certa comple comple-xida xi dade de pelo fato de estar associa associado do a cada uma delas. O conhe conheci cimen mento to envolenvolve o estabe estabele leci cimen mento to de relações relações entre informa informações ções isola isoladas. das. Se pensar pensarmos mos nesse senti sentido, do, muito do que é chama cha mado do conheci conhecimen mento to é apenas apenas informa informação ção desco des conec necta tada: da: concei conceitos tos vazios a serem memori memoriza zados dos e esqueci esquecidos. dos. A inforinformação ma ção é descar descartá tável, vel, justa justamen mente te por não ter víncu vínculos los nem com outras inforinformações ma ções nem o com o conheci conhe cimen mento, to, mas sobretu sobretudo do por não termos termos com ela víncu vín culos los emocio emocionais nais (Guerra, 2001). É necessá necessário, rio, portan portanto, to, ter vonta vontade, de, emoção emo ção e volição, volição, por meio do indiví indi víduo, duo, para que haja a evolu evo lução ção do ser humano. huma no. A partir partir dos funda fundamen mentos tos trazi trazidos dos pela teoria teoria da informa informação, ção, podemos podemos esboçar esbo çar o seguinte seguinte fluxo do conheci conhecimen mento to e da sabedo sabedoria: ria:
Fonte: Guerra, 2001.
Figura 2.1
Fluxo da comunicação à sabedo sabedoria. ria.
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As Novas Tecnologias da Informação e a Educação a Distância
O conheci conhecimen mento to é adquiri adquirido do primei primeira ramen mente te pelo proces processo so de comuni comuni-cação ca ção existen existente te no meio locali localiza zado, do, gerando gerando informa informações ções para esse meio. Por intermé inter médio dio dessas dessas informa informações ções podere poderemos mos adquirir adquirir ou não o conheci conhecimen mento to espera espe rado. do. Isso nos leva a discor discorrer rer um pouco sobre a sabedo sabedoria, ria, que é desendesen volvi vol vida da pela experiên experiência, cia, não exclusi exclusiva vamen mente te pela inteli inteligên gência. cia. Assim, preprecisa ci samos mos saber dispor dispor do conheci conhecimen mento to e da ação de modo a trazer tra zer o máximáximo benefí benefício cio para os indiví indivíduos. duos. Se o conheci conhecimen mento, to, muitas muitas vezes, nos leva a uma postu postura ra arrogan arrogante, te, a sabedo sabedoria ria só é atingi atingida da a partir partir da humilda humildade, de, podendo poden do ser entendi entendida da em virtu virtude de da ação associa associada da e no contex contexto to e momento momen to especí específi ficos cos dessa ação. A sabedo sabe doria ria não pode ser expressa expressa em tertermos de regras, não pode ser genera gene rali liza zada da nem transmi transmiti tida da direta diretamen mente, te, sendo insepa insepará rável vel da reali realiza zação ção pessoal pessoal daquele daquele que busca o saber. Davenport e Prusak (1998) indicam indicam alguns princí princípios pios de gerencia gerenciamen men-to do conheci conhecimen mento to que permi permitem tem a eficá eficácia cia na organi organiza zação: ção: • Promo Promover ver a consciên consciência cia do valor do conheci conhecimen mento to busca buscado do e uma vonta vontade de de investir investir no proces processo so que irá gerar. • Iden Identi tifi ficar car quais os traba trabalha lhado dores res de conheci conhecimen mentos-cha tos-chave ve que podem se reunir reunir em um esforço esforço de implemen implementa tação. ção. • Enfa Enfati tizar zar o potencial potencial criati criativo vo ineren inerente te à comple complexi xida dade de e à diverdiversida si dade de de idéias, encaran encarando do as diferen diferenças ças como positi positivas vas em vez de fontes fontes de confli conflito, to, evitan evitando do ao máximo máximo respos respostas tas simples simples para questões questões comple complexas. xas. • Tor Tornar nar a necessi necessida dade de de geração geração do conheci conhecimen mento to clara para encora enco ra já-la, recompen recompensá-la sá-la e dirigi-la dirigi-la a um objeti objetivo vo comum. Dessa forma, o que podemos pode mos depreender depreender é que são importan importantes tes a consconscienti cien tiza zação ção e a parti par tici cipa pação ção efeti efetiva va das pessoas, pessoas, bem como um forte apoio redimen redi mensio siona nado do pela cultu cultura ra organi organiza zacio cional, nal, isto é, há a necessi necessida dade de de apoio marcan marcante te por parte da alta direção direção da empresa, empresa, o que requer uma mudança mudan ça de regras e condu con dutas tas internas. internas. Conseqüentemente, há uma necesneces sida si dade de de identi identifi fica cação ção e adapta adaptação ção de algumas algumas dessas dessas regras, bem como de seu gerencia gerenciamen mento. to. Para que esse proces pro cesso so realmen realmente te aconte aconteça, ça, temos a seguinte seguin te metodo metodolo logia gia que deve ser aplica aplicada, da, segundo segundo Davenport e Prusak: • Começar Começar por uma área de alto valor adicio adiciona nado do e desenvol desenvolver ver o pro je jeto to com base em experiên expe riências cias anterio anteriores. res. • Ini Iniciar ciar por meio de um pro je jeto-pilo to-piloto, to, testan testando do os concei conceitos tos e permi per mitin tindo do que a procu procura ra defina defina as inicia iniciati tivas vas a ser reali realiza zadas das poste pos terior riormen mente. te. • Pri Primei meiro ro concluir concluir algo.
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• Traba Trabalhar lhar várias frentes frentes simulta simultanea neamen mente, te, não somente somente as tectecnolo no logias, gias, como, por exemplo, exemplo, a organi organiza zacio cional nal (estrutu (estrutura). ra). • Não limitar limitar a capta captação ção e circu circula lação ção do saber; há outros tipos de saber acumu acumula lados dos que não podem ser despre des preza zados, dos, como o feedback dos clientes. clientes. • Não estar restri restrito to apenas apenas à filoso filosofia fia das learning organi organiza zations tions (organi (orga niza zações ções do aprendi aprendiza zado do são um con jun junto to de fatores fatores que levam o conheci conhecimen mento to às organi organiza zações). ções). • Não confun confundir dir capta captação ção do saber com digita digi tali liza zação ção dos dados. • Adap Adaptar tar os pro je jetos tos à cultu cultura ra organi organiza zacio cional nal da corpo corpora ração. ção. Antes, é preci preciso so investi investigar gar qual é essa nature natureza; za; depois, decidir decidir o estilo estilo de atuação atuação e a base de parti par tida da do gerencia gerenciamen mento to do conheci conhecimen mento. to. Para Sveiby (1998), há muita discus discussão são hoje sobre as atribui atribuições ções e resresponsa pon sabi bili lida dades des relacio relaciona nadas das com os dados, as informa infor mações ções e o conheci conhe cimen men-to na empresa. empresa. Os recursos recursos humanos, humanos, pelo lado do capital capital intelec intelectual, tual, do marke mar keting ting pela via da inteli inteligên gência cia compe competi titi tiva va e da tecno tecnolo logia gia da informa informa-ção pelo viés da gestão gestão do conheci conhecimen mento, to, são áreas em foco no momento. momen to. Nesse contex contexto, to, o profis profissio sional nal da informa informação ção é o protó protóti tipo po do traba trabalha lhador dor do conheci conhecimen mento to de amanhã. amanhã. Para Nonaka e Takeuchi (1997), o conheci conhe cimen mento to tácito tácito é pessoal pessoal e difídifícil de ser forma formali liza zado, do, dificul dificultan tando do sua transmis transmissão são e compar comparti tilha lhamen mento to com os outros. Como exemplo exemplo desse tipo de conheci conhecimen mento, to, temos conclu conclu-sões, insights e palpi palpites tes sub je jeti tivos. vos. Esse tipo de conheci conhecimen mento, to, para os autoautores, está direta diretamen mente te relacio relaciona nado do às ações e experiên expe riências cias de um indiví indivíduo, duo, bem como às suas emoções, emo ções, valores valores ou idéias. Não obstan obstante, te, é um desafio desafio para os próprios próprios indiví indivíduos duos fazer com que o conheci conhecimen mento to tácito tácito adquiri adquirido do possa ser organi organiza zado do (organi (organizar zar idéias, conclu con clusões sões e ações) de forma a ser “expresso” “expresso” e repassa repassado do às outras pessoas. pessoas. O futuro futuro irá perten pertencer cer às empresas empresas que conse consegui guirem rem explorar explorar o potenpotencial da centra centrali liza zação ção das priori priorida dades, des, das ações e dos recursos recur sos nos seus proprocessos. ces sos. Essas empresas empresas do futuro futuro deixa deixarão rão de enxergar enxergar proces processos sos apenas apenas na área industrial, industrial, sendo organi organiza zadas das em torno de seus proces processos sos não fabris essenciais, essen ciais, e centra centrarão rão seus esforços esforços em seus clientes, clientes, mas para que isso aconte acon teça, ça, urge uma atenção atenção especial especial quanto quanto ao domínio domínio de seus proces processos sos internos. inter nos. Como a cultu cultura ra organi organiza zacio cional nal é uma base de susten sus tenta tação ção importan importante te para o uso de novas tecno tec nolo logias gias do conheci conhecimen mento, to, é importan importante te o surgi surgimen men-to de novos líderes líderes na organi organiza zação. ção. Não obstan obstante, te, eles nunca podem estar sozinhos, sozi nhos, necessi necessitan tando do sempre sempre ser apoiados apoiados pela alta direção direção da empresa. empresa.