Democratização Democratização da Escola Pública - A Pedagogia Crítico-Social Crítico-Social dos Conteúdos. São Paulo: Edições o!ola" #$$# - %&' ed.
Sobre a Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos Agapito Ribeiro Jr Maio - 2004 ()o *inal dos anos +$ e início dos &$" a abertura ,olítica decorrente do *inal do regime militar coincidiu com a intensa mobilização dos educadores ,ara buscar buscar uma educação educação crítica a seriço seriço das trans*orm trans*ormaçõe açõess sociais" sociais" econmic econmicas as e ,olítica ,olíticas" s" tendo tendo em ista ista a su,eraçã su,eração o das desigual desigualdade dadess e/isten e/istentes tes no interior interior da sociedad sociedade. e. Ao lado das denomina denominadas das teorias teorias críticocrítico-re, re,rod roduti utiista istas" s" *irma-se *irma-se no meio meio educacio educacional nal a ,resenç ,resença a da pedagogia libertadora e da pedagogia crítico-social dos conteúdos " assumida ,or educadores educadores de orientação orientação mar/ista( mar/ista(
Parâmetros Curriculares acionais - !ntrodu"#o$ p% 4&% Uma Pedagogia Progressista ,rogressista ' usado Segundo Segundo Jos' Carlos Carlos (!)*+, 2002. 2002. /2 o termo termo ,rogressista para designar as tend1ncias pedaggicas 3ue partem de uma anlise crítica das das real realid idad ades es soci sociai aiss e sust susten enta tam m impl implic icit itam amen ente te as 5ina 5inali lida dade dess sociopolíticas da educa"#o% 6+7identemente a pedagogia progressista m#o tem como institucionali8ar-se numa sociedade capitalista9 daí ser ela um instrumento de luta dos pro5essores ao lado de outras prticas sociais6 idem%
o caso especí5ico da Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos ou Pedagogia dos Conteúdos$ entende-se 3ue a di5us#o de conteúdos ' tare5a primordial desde desde 3ue 3ue n#o abstra abstratos tos$$ sendo sendo 7i7os 7i7os$$ concre concretos tos e indiss indissoci oci7e 7eis is das realidades sociais (!)*+,. 2002. /:% A escola como parte integrante da sociedade$ de7e agir com o intuito de trans5orma"#o desta mesma sociedade
e n#o como adaptadora do indi7íduo ; sociedade ou como mera reprodutora da ordem ordem social social instit instituíd uída% a% este este ponto ponto a Pedago Pedagogia gia dos Conte Conteúdo údoss posiciona-se antagonicamente ao crítico-reproduti7ismo crítico-reproduti7ismo - 3ue na 7erdade era mais uma concep"#o do 3ue uma pedagogia - e ;s Pedagogias (iberais 3ue buscam$ antes de tudo$ preparar cidad#os-pro5issionais num conte
es ees$ 5ornecendo-l=e um instrumental$ por meio da a3uisi"#o de conteúdos e da sociali8a"#o$ para uma participa"#o organi8ada e ati7a na democrati8a"#o da sociedade% Dualismo Pedagógico
? di7ersas discuss>es entre educadores e pensadores sobre os acertos ou erros de uma pedagogia pedagogia ser direti7a direti7a ou n#o-direti7a n#o-direti7a%% , senso-com senso-comum um pedaggico associa a direti7idade ao pro5essor autoritrio e dono do saber$ en3uanto 3ue tamb'm no senso-comum pedaggico a concep"#o da n#odireti7id direti7idade ade como laissez *aire % Mas o 3ue se obser7a n#o ' tanto um combate ideolgico entre as di7ersas tend1ncias pedaggicas ou entre a Pedagogia (iberal e a Pedagogia Progressista% , problema da educa"#o passa pela n#o-pedagogia$ pelo senso-comum pedaggico 3ue assume um carter ecl'tico e ing1nuo$ 7i7endo-se no saber espontâneo uma 7e8 3ue o
3ue se busca para o aluno ' o acesso dele ao saber elaborado$ ; atitude crítica diante de sua prpria 7ida% ?omens como Jean Piaget$ Jung$ Carl Rogers$ podiam imaginar 3ue a educa"#o de7eria en5ati8ar menos os conteúdos do 3ue a 5orma"#o =umana$ mas a Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos 7em a5irmar 3ue a condi"#o =umana do aluno brasileiro$ principalmente o pobre$ n#o poder ser alcan"ada se ele sair da escola sem os instrumentos para a constru"#o de sua prpria cidadania e mesmo de uma na"#o mel=or e sem in@usti"a social% #o se pode con5undir a a"#o educacional com a"#o psicolgica-ocupacional$ embora uma n#o de7a desconsiderar a outra% antagBnico 3ue em nosso país se possa buscar pedagogias do n#o-conteúdo para as s'ries anteriores ao +nsino M'dio para depois render-se ao conteudismo dos pr'-7estibulares% , ob@eti7o da educa"#o$ numa Pedagogia Crítico-Social$ n#o pode ser s o mercado de trabal=o ou o curso uni7ersitrio$ pois 3ue o ser =umano 3ue est diante de um pro5essor ser um pai$ uma m#e$ um pro5issional$ um empresrio$ ou um desempregado$ um marginali8ado$ um assassino% m estudo intensi7o pode colocar uma pessoa numa ni7ersidade$ mas n#o pode l=e conceder os instrumentos 3ue l=e tornem cidad#$ al'm de 3ue a grande maioria dos alunos pobres neste país n#o ter#o acesso ; ni7ersidade por n#o poderem pagar cursos intensi7os% , dualismo pedaggico 7ai mais longe 3uando se 71 3ue a escola brasileira tem assumido o trabal=o de se le"#o num darDinismo social in@usto e carente de esclarecimento por3ue se acredita 3ue a escola ' sinBnimo de um 5uturo mel=or$ entretanto s para a3ueles 3ue possam ter acesso ; mel=ores escolas$ aos mel=ores cursin=os e$ 3uem sabe$ at' ; possibilidade de se ter uma 5otogra5ia estampada num outdor por3ue se passou em primeiro lugar nesta ou na3uela ni7ersidade de nome% ma Pedagogia Progressista n#o pode 5icar em sil1ncio diante do com'rcio de imagens 3ue se 5a8 com o nome de 6educa"#o6% , dualismo pedaggico 5a7orece a escola particular e pre@udica pro5undamente a escola pública$ e n#o ' por menos 3ue a Pedagogia dos Conteúdos tem por ob@eti7o a democratização da escola pública %
Postura Pedagógica Crítico-Social dos Conteúdos
,s conteúdos uni7ersais n#o podem ser apenas ensinados e nem tampouco recriados pelo aluno9 tais conteúdos de7em ser ligados indissocia7elmente ; sua signi5ica"#o =umana e social% #o cabe a3ui a oposi"#o entre cultura erudita e cultura popular$ por3ue todo e 3ual3uer =omem produ8 cultura$ todo =omem ' culto e isto n#o depende de sua classe social% Mas de7e le7ar em conta 3ue o aluno 7em de uma ees ideolgicas$ ou se@a$ = a ruptura aps tal anlise% +m termos de uma contribui"#o alt=usseriana ; Pedagogia dos Conteúdos$ = um outro trabal=o escrito tratando da categoria do 6corte epistemolgico6 3ue polari8a$ em termos educacionais$ o ideolgico com o cientí5ico% , problema da ideologia ' algo complees 5ilos5icas ou pedaggicas de es3uerda 3ue podem ser ou n#o de cun=o mar
salas deste país% A asserti7a recentemente di5undida pela tele7is#o 2004 )ig )rot=er )rasil na 7o8 de Pedro )ial$ *elizmente ou in*elizmente não 01 luta de classes no 2rasil $ ' 5alaciosa%
clima amig1el ,ara alimentar boas relações" ou garantir aos alunos a a9uisição de conteúdos" a an1lise de modelos sociais 9ue ão l0es *ornecer instrumentos ,ara lutar ,or seus direitos<
Segundo (!)*+, 2002. 40.
=...> ?m ,onto de ista realista da relação ,edag@gica não recusa a autoridade ,edag@gica e/,ressa na sua *unção de ensinar. ;as não se dee con*undir autoridade com autoritarismo.
(3s m4todos de uma ,edagogia crítico-social dos conteúdos não ,artem" então" de um saber arti*icial" de,ositado a ,artir de *ora" nem do saber es,ont5neo" mas de uma relação direta com a e/,eri6ncia do aluno" con*rontada com o saber trazido de *ora(
Sendo assim$ a ruptura s e possí7el com a introdu"#o ees 5eitas a este conceito de dial'tica em nossa contribui"#o a esta Pedagogia dos Conteúdos$ na parte re5erente ; Conclus#o , 3ue se obser7a a3ui$ e o 3ue se tem 7isto como críticas ; Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos ' seu carter direti7o$ embora o aluno se@a tamb'm co-participante do processo onde n#o pode =a7er transmiss#o sem assimila"#o ati7a do educando% Eamb'm se ou7e críticas sobre a 1n5ase do carter trans5ormador dos conteúdos$ ou se@a$ atribui-se o epíteto de conteudista uma Pedagogia Progressista 3ue n#o admite o conteudismo ,r4estibular 9 tal atribui"#o ' um contra-senso% as pala7ras de (!)*+, pp% 4/-44. 7aer1 sem,re ob8eções de 9ue estas considerações leam a ,osturas antidemocr1ticas" ao autoritarismo" centralização no ,a,el do ,ro*essor e submissão do aluno. ;as o 9ue ser1 mais democr1tico: e/cluir toda *orma de direção" dei/ar tudo lire e/,ressão" criar um
=...> Por *im" situar o ensino centrado no ,ro*essor e o ensino centrado no aluno em e/tremos o,ostos 4 9uase negar a relação ,edag@gica ,or9ue não 01 aluno" ou gru,o de alunos" a,rendendo sozin0o" nem um ,ro*essor ensinando ,ara as ,aredes. 71 um con*ronto do aluno entre sua cultura e 0erança cultural da 0umanidade" entre seu modo de ier e os modelos sociais dese81eis ,ara um ,ro8eto noo de sociedade.
+ = um pro5essor para a@ud-lo% Gual ' a escola 3ue 3ueremosH