e Escrita na Era Digital
Leitura
Cleide J. M. Pareja
Curitiba 2013
É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Fiha Caalográfia elaborada pela Fael. Bi lioeária – Caiana Souza CRB9/1501 Pareja, Cleide J. M. P227l
Leiura Ediora Fael,e eria 2013. na era digial / Cleide J. M. Pareja. – Curiiba: 139 p.: il. ISBN 85-64224-95-7 Noa: onforme Novo Aordo Orográfio da Lín ua Poru uea. 1. Leiura e eria. 2. Produção exual. 3. Tenologia da informação e omuniação. I. Tíulo. CDD 302.2
Direio dea edição reervado à Fael. É proibida a reprodução oal ou parial dea obra em auorização exprea da Fael.
EDITORA FAEL Gerente Editorial Projeto Gráfio Edição Revião Diagramação Capa Foto da Capa
Wi liam Marlo da Coa Sandro Niemiz Jaqueline Naimeno Fernanda Calveti Cor êa Kar la Criyne Plaviak Quielion Camargo Baia Sua Gurozlu Toria Yuralai A ber
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Apresentação
A , o eudo da lín ua poru uea na Era Digial mora-e aboluamene neeário, poo que o domínio da palavra eria e falada não mai repreena um aleno pariular, ma um aribuo eenial do profiional ompeene, aualizado, moderno e efiaz. No enano, per una-e: quem nuna eve dúvida obre a lín ua poru uea na hora de falar ou de erever? Muia peoa, apear de lerem e de ereverem diariamene, apreenam difiuldade. A propoa da auora Cleide J. M. Pareja é de failiar a omuniação, aim omo de morar, de forma implifiada, omo o ao de erever e de falar bem não ão ão di ei, omo muio É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Leiura e Eria na Era Digial
imaginam. Também deixa laro que, em um mundo no qual a omuniação é o elemeno propulor do deenvolvimeno, profiionai, do mai variado ramo de aividade, preiam exprear-e or eamene, om lareza e objeividade, morando-e apaze e produivo. A auora ambém objeiva expor um raba ho práio e ineane a fim de que o i ndivíduo deenvolvam a habilidade de realizar a omuniação de forma oerene, ano na modalidade e ria quano na oral. Ou eja, ela proura raba har o domínio da lin uagem a parir de uma perseiva da diveridade lin uíia, obreudo em relação à opoição enre a fala e a eria, à diferene forma omo a lin uagem é apreenada e à maneira omo o falane de uma lín ua fazem uo dela. Na obra, aborda, ainda, em ada apíulo, noçõe eória e exemplo de iuaçõe práia de omuniação e de lin uagem que auxiliarão o leior no deenvolvimeno da lín ua falada e eria, promovendo, dea forma, uma produção exual bem redigida. Aim, apoiada em refereniai eório que envolvem a oneiuação ea oauora eudoeá, da ambém, lin uagem,aena bem àomo o eudo de gênero viruai e exuai, apliação práia do auno, ou eja, empenha-e em deaar a onribuição da leiura para o deenvolvimeno do poenial riaivo da experiênia exienial do indivíduo. A reflexõe aqui veiulada abrem um leque de poibilidade de uo da lín ua que, e oloada em práia, eramene onribuirão para ranformar o eudo na Leiua e Ec ia na Ea Digial na ompeênia de ouvir, ver e praiar a lin uagem de forma a ampliar o onheimeno já ineriorizado pelo uuário da lín ua e aumenar ua apaidade de exprear-e e ineragir no mai diferene onexo e irunânia que a vida moderna exige. Veridiana Almeida* * Douora em Lieraura e Mere em Lieraura Braileira pela Univeridade Federal de Sana Caarina. É auora da obra Funda eno e Meo ologia do Enino de Lín ua Pou uea (2010), Alfabeização, Funda eno e Méo o (2010) e Lieaua Infanojuvenil (2011). Aualmene, é profeora iular da Fael, na modalidade preenial e a diânia, no nívei de graduação e de pó-graduação.
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Sumário
Prefáio |
7
1 Homem e lin uagem | 2 Leiura e eria |
9
31
3 Conrução do exo | 4 Teendo o parágrafo |
51 67
5 Gênero exuai e ipo de exo |
83
6 Nova enologia da informação e da omuniação | Referênia |
113
133
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Prefácio
O araceriza-e omo um epaço lerado que exige peoa profiiene na leiura e na produção exual, porano, é neeário oferar, no primeiro ano, um enino de leiura e eria que aenda à demanda exigida pelo próprio meio. No enano, a maioria do ur íulo do enino uperior não aumem para i a reponabilidade do deenvolvimeno dea ompeênia no aluno, o que aabará inerferindo na aprendizagem do oneúdo eninado na divera diiplina do uro eo hido Nee livro, o oneio báio para o enino da ompeênia indisenávei de leiura e eria iuam-e na vião oioineraionia do lerameno aadêmio, ao e onenrarem em eu deenvolvimeno para ineragir om o mundo na poição de erior e leior de exo, em eseial de exo aadêmio. A lin uagem é enão via omo um onjuno de aividade e uma forma de ação. É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Leiura e Eria na Era Digial
O objeivo dea obra é poibiliar ao aluno o domínio da habilidade de leiura e produção de exo aadêmio para failiar a enrada em oda a área do onheimeno. A forma omo a obra foi eruurada é fruo de ano de experiênia om aluno ingreane na graduação e em diferene uro. É poível pereber que, e uindo ee aminho, ao final do emere o aadêmio one uem ler, erever e enender me hor o exo om o quai êm onao. Devenda-e o miério da leiura e da eria. São ei apíulo: o primeiro dior e obre a imporânia da lin uagem para o homem, a variedade lin uíia e a funçõe da lin uagem, apreenando oneio fundamenai obre lin uagem, lín ua e fala; o e undo, obre leiura e eria, apreena o proedimeno de leiura e ua ereia relação om a produção do reumo; o ereiro foa ua aenção no eudo do parágrafo, ua eruura e ipo de deenvolvimeno; o quaro inide obre a forma e reuro para maner a oeão e a oerênia no exo; o quino apreena o divero gênero e ipologia exuai e no exo apíulo ão apreenado o gênero exuai viruai, a leiura e a eria na Era Digial. Com a lareza do oneio raba hado e um exeríio onínuo de produção e revião do exo erio, eramene o profeore que ineragem om o aluno onienizam a odo de que a lín ua deve er aprendida omo um inrumeno oial, ineraivo e dinâmio. A auora.*
* Cleide J. M. Pareja é douoranda em eduação pela Univeridade Caólia de Sana Fé, Mere em Lera pela Univeridade Federal de Sana Caarina e Eseialia em Lera pela Univeridade Federal do Paraná. Graduada em Lera pela Univeridade do Coneado, é profeora de graduação e pó-graduação da Univeridade do Vale do Iajaí. Pequiadora do Grupo Culura, Eola e Eduação, riadora do merado e douorado em eduação da Univali. Auora de vário livro didáio para o uro de lera EaD da Univali. Bolia da CAPES omo oordenadora de área no programa iniuional de bola de inenivo à doênia (PIBID/LETRAS) da Univali.
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1 Homem e linguagem
N , uma reflexão obre o oneio lin uíio fundamenai para a aprendizagem e o enino da lín ua poru uea. Serão abordado o oneio de lin uagem, lín ua e fala, a diferene forma omo a lin uagem é apreenada e a maneira omo o falane de uma lí n ua fazem uo dela. Serão apreenada ainda a funçõe da li n uagem e ua variaçõe. É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Leiura e Eria na Era Digial
Ao final do apíulo, erá poível idenifiar o elemeno da omuniação, além de diin uir a funçõe da lin uagem em relação ao elemeno do proeo omuniaivo. Também erá poível difereniar o oneio de lin uagem, lín ua e fala e reonheer a variaçã o lin uíia omo uma manifeação deor ene da influênia reebida no onao om a d ivera ulura exiene em noo paí. A lín ua é, em dúvida, um do mai imporane produo da ulura, porque é o ódigo uilizado em grande pare do noo ao de omuniação.
1.1 Linguagem, língua e fala No dia a dia, ouma-e afirmar – o que ienifiamene omprova-e – que a lin uagem diferenia o homem do demai animai. Dea forma, no Dicioná io de comunicação (RABAÇA, 1987, p. 367), enonramo a e uine definição: “a lin uagem é um fao exluivamene humano, um méodo de omuniação raional de ideia, emoçõe e deejo por meio de ímbolo produzido de maneira deliberada”. Io porque a lin uagem humana pode a repreenação er ariulada pordaeu uauuário, realidade pode e ua envolver relaçõe o penameno no ao omuniaivo. e o imbólio, Aim, a lin uagem, a lín ua poibilia ao homem riar e agir obre a realidade. Se undo Vygoky, “o momeno de maior ignifiado no uro do deenvolvimeno ineleual, que dá srcem à forma puramene humana de ineligênia práia e abraa, aonee quando a fala e a aividade práia, enão dua linha ompleamene independene de deenvolvimeno, onvergem” (VYGOTSKY, 2010, p. 12). No exo a e uir, o filóofo Loui Hjelmlev (1975, p. 15) apreena, de modo filoófio e lierário, a indiuível imporânia da lin uagem para o homem: A lin uagem, a fala humana é uma inegoável riqueza de múliplo lin uagem homem e e ue-o emvalore. odo oAeu ao. A élinineparável uagem é odo inrumeno graça ao qual o homem modela eu penameno, eu enimeno, ua emoçõe, eu eforço, ua vonade e eu ao, o inrumeno graça ao qual ele influenia e é influeniado, a bae úlima e mai profunda da oiedade humana. Ma é ambém o reuro úlimo e indisenável do homem, eu refúgio na hora oliária em que o epírio lua om a exiênia, e quando o onflio e reolve no monólogo do poea e na
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Homem e lin uagem mediação do penador. Ane memo do primeiro deserar de noa oniênia, a palavra já reoavam à noa vola, prona para envolver o primeiro germe frágei de noo penameno e a no aompanhar ineparavelmene aravé da vida, dede a mai humilde oupaçõe da vida quoidiana ao momeno mai u lime e mai ínimo do quai a vida de odo o dia reira, graça à lembrança enarnada pela lin uagem,ma forçaim e alor A profundamene lin uagem não éeido um imple aompanhane, um fio na rama do penameno; para o indivíduo, ela é o eouro da memória e a oniênia vigilane ranmiida de pai para fi ho. Para eu bem e para o mal, a fala é a mara da peronalidade, da er a naal e da nação, o íulo de nobreza da humanidade.
Para dominar a lin uagem omo lín ua, é preio que a peoa deenvolva vária habilidade neeária ao proeo de omuniação. Ouvir, falar, ler e erever ão a açõe que, gradualmene, vão propiiar o deenvolvimeno dee domínio. A parir do naimeno (al un eudioo afirmam que aé ane), omeça-e a ouvir odo que eão próximo; pelo proeo de imiação, aoiado om o deenvolvimeno io, iniia-e a repeição do que e ouve. Nae a fala, no iníio reria, om pouquíima palavra que, em geral, ervem para vária iuaçõe e objeo, ai omo: “mamá” (omida), “mãma” (mãe); “papá” (omida), “pápa” (pai), e aim por diane. Por vola do ee ano, hegamo a 1 mil ou 1,2 mil palavra e, por vola do 14 ano, a 15 ou 20 mil, depen dendo do onexo e da iuaçõe relaionada om a li n uagem. Na equênia, a oralidade irá e ranformar em lin uagem imbólia, a parir do momeno em que a habilid ade de leiura e eria paam a er dominada. Ea dua habilidade neeiam de aprendizagen difereniada, poi “para erever é preio er um aervo de reuro e er o que dizer obre o auno. Para ler, é preio er um aervo de reuro que permia ompreender o exo” (LIMA, 2002, p. 15). Se, por um lado, é ruim aprender a dua habilidade eparadamene e não omo um onheimeno auomáio, por ouro, é aluar, porque, em ao de qualquer pro lema io, pode-e fiar om uma ou om oura (e iver ore). Apó o proeo de domínio da quaro habilidade, adquire-e uma ompeênia muio mai imporane do que implemene o domínio de uma lín ua, – 11 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Leiura e Eria na Era Digial
é a ompeênia de penar, que orna o homem, e undo a radição, efeivamene humano. Ou eja, e há lin uagem, há penameno ou, omo diz o filóofo Deare: “Cogio, ego um” (“Peno, logo exio”). Vygoky pondera que a relação enre o penameno e a palavra não é uma oia ma um proeo, um movimeno onínuo de vaivém enre a palavra e o penameno: nee proeo a relação enre o penameno e a palavra omo ofre aleraçõe que, ambém ela, podem er oniderada um deenvolvimeno no enido funional. A palavra não e limiam a exprimir o penameno: é por ela que ee aede à exiênia [...]. O penameno e a palavra não ão a hado no memo modelo: em ero enido há mai diferença do que eme hança enre ele. A eruura da lin uagem não e limia a refleir omo num ese ho a eruura do penameno; é por io que não e pode veir o penameno om palavra, omo e de um ornameno e raae. O penameno ofre muia aleraçõe ao ranformar-e em fala. Não e limia a enonrar expreão na fala; enonra nela a ua realidade e a ua forma (VYGOTSKY apud IANNI, 1999, p. 40).
No enano, lin uagem e lín ua aproximam-e e diferem de que modo? Muia palavra, uilizada para expliar o proeo de omuniação, pareem inônima, ma apreenam oneio diferene uja ompreenão é imporane, ano para o enino, quano para a aprendizagem de uma lín ua, ão ela: lin uagem, lín ua, fala, di uro, iema, norma, palavra, voábulo e léxio. Porano, o onheimeno da imporânia da palavra para odo o proeo de ineração por meio da lin uagem é fundamenal. Io porque ada palavra em eu enido reonheido plenamene dede que e onheça o onexo no qual ela eá inerida. O onexo é que definirá o real enido de ada palavra. A ompreenão do enido da palavra, num deerminado exo e onexo, é que poibiliará, ambém, a ompreenão da menagem. Conexo Texo Palavra
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Homem e lin uagem
Tal onepção fia evidene na múia Pala a, do grupo Tiã, poi, a parir dela, é poível inferir que é o falane que dá vida à palavra, pelo onexo e pela ompreenão de mundo do uuário. Vamo obervar o reho a e uir: Palavra Palavra ão i uai Sendo diferene Palavra não ão fria Palavra não ão boa O número pra o dia E o nome pra a peoa [...] Pala a. Marelo Fromer e Sérgio Brito, Tiã,
1989 © Warner Chap el Mui.
A lin uagem é uma araceríia humana univeral, vio que uiliza odo o ódigo, igno, inai para que ejam expreado penameno, perepçõe e enimeno e para que a omuniação eja efeivada. Pode-e dizer que a lin uagem vai e deenvolvendo por meio de um iema de igno (algo que eá no lugar de um objeo ou fenômeno, ob al um aseo). O igno eabeleem relaçõe de enido om o objeo que repreenam, da mai imple à mai omplexa. É neeário paar por ea relaçõe para e hegar ao domínio da lin uagem. São ela: 2
relação de eme hança – o igno é o objeo apreenado; íone : exemplo – a imagen em geral;
2
relação de aua e efeito – afea a exiênia do objeo ou por ele é afeado; índie : exemplo – pegada na lama – al uém paou por aqui; relação arbitrária – regida por onvenção; ímbolo: exemplo – a repreenaçõe, oninuamene uada na lin uagem e no enendimeno peoal, ornam-e onvençõe, ímbolo.
2
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Leiura e Eria na Era Digial
Já a lín ua é uma lin uagem de aráer regional, é um iema organizado de on e inai que a aracerizarão omo o ódigo de igno lin uí io de um deerminado povo. Dee modo, oda a lín ua (para a omunidade luófona, a lín ua poru uea) êm uma eruura própria para ombinar o igno lin uíio. Sendo a lín auaregra oniui-e por: umque reperório/onjuno de igno que vão aim, ompô-la; de ombinação i nluem a de organização do on e ua ombinaçõe; a regra que deerminam a organização inerna da palavra e a que eseifiam a forma omo erão ordenada a palavra e a diveridade de ipo de frae. Eamo no referindo à fonologia, à morfologia, à inaxe da lín ua e à regra de uo, a quai englobam a regra re uladora do uo da lin uagem em onexo oiai – no que diz reseio à funçõe e inençõe omuniaiva e à eo ha de ódigo a uilizar – e que devem er aeia pela oiedade para que haja ineligibilidade enre o ao de omuniação. O ereiro oneio a er ompreendido no proeo de omuniação é a fala , oda uolínindividual da lín ua, o diuro quede eada realiza da ompreenão ua e do onheimeno de mundo um.a parir Por ee moivo, falane de uma mema lín ua, de uma mema região e de uma mema formação erão fala, diuro diferene. Por e raar de oralidade, o falane pode dereseiar a regra de ombinação; e ee dereseio ornar-e padrão, poderá alerar e riar uma nova regra, promovida pelo uo.
Podemo afirmar que dominamo uma lín ua quando onheemo eu reperório de igno, a regra de ombinação e a regra de uo dee igno. Se undo Sauure (1977, p. 196), “nada enra na lín ua em er ido experimenado na fala, e odo o fenômeno evoluivo êm ua raiz na efera do indivíduo”. De aordo om o lin uia, o que diferenia a lín ua da fala é que a primeira é iemáia, em era re ularidade, é poenial, oleiva; a e unda é aiemáia, poui era variedade, é onrea, real, individual. A lín ua, enão, pode er eria e falada. São dua forma de uo que aabam endo regra difereniada, uma vez que, ao falar, emo maior liberdade e depreoupação om a obediênia à norma impoa pelo iema lin uíio. Porém, a eria deve aender à norma, moivo pelo qual é oniderada pelo uuário uma modalidade mai di il. – 14 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Homem e lin uagem
A diferença enre a lín ua falada e a lín ua eria ão muia, omo podemo obervar no quadro a e uir, adapado de Mequia (1995, p. 25). Línguafalada
Línguaescrita
2
Palavra sonora.
2
Palavra gráfica.
2
A mensagem é transmitida de forma imediata.
2
A mensagem é transmitida de forma não imediata.
2
O emissor e o receptor conhe cem bem a situação e as circunstâncias que os rodeiam.
2
O receptor não conhece de forma direta a situação do emissor e o contexto da mensagem.
2
A mensagem é breve.
2
A mensagem é mais longa do que na língua falada.
2
São permitidos os elementos prosódicos, como entonação, pausa, ritmo e gestos, que enfatizam o significado.
2
Não é possível a utilização de elementos prosódicos. O emprego dos sinais de pontuação tenta reconstruir alguns desses ele-
2
É admitido o emprego de construções simples, com ênfase para orações coordenadas e presença de frases incompletas.
2
2
É mais subjetiva e pode ser reprocessada a cada momento a partir das reações do interlocutor.
2
É mais objetiva. É possível esquecer o interlocutor. O escritor pode processar o texto a partir das possíveis reações do leitor.
2
O contexto extralinguístico tem grande influência. Criação coletiva.
2
O contex to extralinguístico tem menos influência. Criação individual.
mentos. Exigem-se construções mais complexas, mais elaboradas, com ênfase para orações subordinadas, e a ordenação da mensagem melhor planejada.
Ea ão al uma aracerí ia que difereniam a poibilidade de uo da lín ua. Saber raniar pela dua modalidade e er onrole de ua variedade, uando-a no lugar e no momeno ero, é faor deiivo na omuniação inerpeoal. A reseio da imporânia do domínio da variedade oral da lín ua, em iuação formal, reomendamo o filme O dicuo do Rei, que em ea queão omo ema prinipal. – 15 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Leiura e Eria na Era Digial Dica de filme
O filme O discurso do Rei apresenta, de forma envolvente e com grandes detalhes, o trabalho realizado por um profissional que tem um método um tanto radical para os padrões época,dapara liberar a fala do Reide George. O jovemdaherdeiro coroa britâni ca sofria gagueira e tinha pânico de falar em público. Para superar suas dificuldades, contará com o empenho de sua esposa e do professor nada convencional de oratória. O tema é atual, uma vez que a maioria dos profissionais precisa ter o domínio da fala com propriedade para desempenhar bem suas funções. O DISCURSO do Rei. Direção de Tom Hooper. Inglaterra: Paris Filmes, 2010. 1 filme (118 min), sonoro, legenda, color., 35 mm.
A lín ua, além de oral e eria, pode er, pelo uo, laifiada de doi modo: a modalidade ula ou lín ua-padrão e a modalidade popular , ou línua oidiana. A modalidade ula é aquela aoiada à eria, à radição gramaial, é a regirada no diionário e, porano, é a que raduz a radição ulural e a idenidade de uma nação. A modalidade popular é uma variane informal, oniderada de pouo preígio quando omparada à lin uagem padrão. Sua araceríia é afaar-e da norma na onrução ináia, uar um voabulário omum, repeiçõe onane, gíria. Segundo Maoo Câmara Jr. (1978, p. 177), “norma é um onjuno de hábio linguíio vigene no lugar ou na lae oial mai preigioa no paí”. Logo, om ea laifiação, podemo enender que há vária lae que não adoam a norma e, porano, há oura modalidade em uo. – 16 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Homem e lin uagem
1.1.1 Variedades linguísticas
A variedade lin uíia ão deerminada por vário faore, enre o quai e deaam o geográfio, hiório, oiai e eilíio. A variação geográfia eá relaionada om a diferença de pronúnia, de voabulári o e de inaxe, que oor em de região para região do Brail. O exo a e uir ilura bem ea variedade om ênfae na pronúnia. Reeita azêra minêra de môi de repôi nu ái i ói Ingrediente 5 deni di ái 3 uié de ói 1 abea de repôi 1 uié di maomai 2 2 2 2 2
Sár agoo Modi fazê Caa o ái, pia o ái i o a o ái um á; uena o ói na aarola; Foga o ái oado no ói queni; Pia o repôi beee mmm finimm... Foga o repôi no ói queni juno um ái fogado; Põi a maomai i mexi um a uié prá fazê o môi; 2 2 2 2 2 2
2
Sirva um rôi e melee... Pção: umpanha filezim de peadim be emmm friim. RECEITAcazêra minera de môi de repôi nu ái i ói. Disponível em:
. Acesso em: 22 out. 2012.
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Leiura e Eria na Era Digial
A múia Cuielinho, do follore naional, apreena a queão do uo do plurai, ão omum em era regiõe braileira. Cuitelinho Che uei na bei ra do poro Onde a onda e epaia A garça dá meia vola E enta na beira da praia E o uielinho não goa ue o boão de roa aia, ai, ai Ai quando eu vim da minha er a Desedi da parenália Eu enrei no Mao Groo Dei em er a para uaia Lá inha revolução
Enfrenei fore baáia, ai, ai A ua audade ora Como aço de naváia O oração fia aflio Bae uma, a oura faia E o óio e e nhe d´á ua ue aé a via e arapáia, ai... Auoria deonheida.
A variação hitória oor e pelo proeo de evolução do homem que, om invençõe, ou om o abandono objeo, hábio me, ua aabanova inerferindo na lín ua, que ambém édeviva. O léxio que eaiouem deuo hama-e araímo e a palavra nova que urgem ão laifiada omo neologimo. A e uir, iamo um exemplo de araímo, o reho eá om a eria da lín ua poru uea do paado, do éulo XVIII, a qual ranformou-e a pono de peoa não idenifiarem o enido de al uma palavra pela diferença orográfia. Leia a dua verõe e ompare-a. – 18 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Homem e lin uagem
“Ee rey Ley nom ouue filho, ma ouue e filha muy fe oa e a auaa-a muio. E huum dia a razõoe com ea e di e-lhe que lhe di e e e da e, qual d’ea o a aua mai. Di e a mayo que nom auia coua no mundo que ano a a e como ee; e di e a oua que o a aua ano com a y mema; e di e a e çeia, que ea a meo , que o a aua ano como deue dá a filha a pa e.”(VASCONCELOS apud
FARACO, 1991, p. 11). “Ee Rei Lear não eve fi ho, ma eve rê fi ha muio formoa e amava-a muio. E um dia eve om ela uma diuão e die- he que hedieem a verdade, qual dela o amava mai. Die a maior que não havia oia no mundo que amae ano omo a ele; e die a oura que o amava ano omo a i mema; e die a ereira que o amava ano omo deve uma fi ha amar um pai.”
FARACO,C. A. Linguística histórica. São Paulo: Ática, 1991.
A variação , omo ma afirma Matoo deor não omene do poderoial aquiiivo, ambém doCâmara grau de(1978), eduação, da eidade e do exo do uuário da lín ua. Vejamo o uo divero da onjugação verbal: nó vamo/nói vai/nói imo/nó vamo. A múia Chopi ceni, do grupo muial Mamona Aaina, brina om a queão da variedade lin uíia, oloando o falar popular na l in uagem eria. Chopi enti Eu “di”um beijo nela E hamei pra paear. A gene fomo no hop ing, Prá “mode” a gene lanhar. Comi un biho eranho, om um al de gergelim Aé que ava gooo, ma eu prefiro aipim. [...] Chopis Centis. Dinho e Julio Rasec, Mamonas Assassinas, 1995 © Edições Musicais Tapajós Ltda.
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Leiura e Eria na Era Digial
A variação etilítia é provoada pelo ao da fala e pela eria. Dependendo da iuação omuniaiva, a peoa pode uar uma modalidade ou oura. De aordo om o ouvine, o falane definirá qual o voabulário a er uilizado, o grau de formalidade ou informalidade. Na eria, o uuário poderá, pelo eu eilo, ornar-e um modelo ou um padrão. O poeni Joé Paulo ex emplo, é evideni no poema a e al uir,eilíio quando de o auor brinaPae, ompor a poibilidade de roarado al uma lera, ou a eria da palavra, e inerferir no ignifiado. Além dio, om um poema uríimo, one ue paar uma grande me nagem. Vejamo: Prolixo? Pro lixo. Conio? Com io. PAES, J. P.Poeia ompleta. Sao Paulo: Companhia da Lera, 2008. p. 27.
Toda ea laifiaçõe aabaram por riar algun preoneio linguíio om relação à variedade preigiada e à eigmaizada. Quano mai pró xima eá a variedade uilizada do que e de nomina língua padrão, mai preígio oial o falane erá, quano mai diane, mai eigma izado erá. Ao relaionar lí ngua padrão om gramáia, eabeleeu-e a n oção de q ue, e a re gra não for umpri da, oor re um “erro”, o que orna o falane um ujeio depreigiado oialme ne. Maro Bagno, em A língua de Eulália (1999), apreua “novela” oiolinguíia iniulada ena, de forma lara, envolvene e lierária, o argumeno de que falar diferene não é falar errado e juifia linguíia, hiória, oiológia e piologiamene o uo da variedade linguíia. É de ua obra Peconceio linguíico – o que é, como e faz (BAGNO, 2006, p. 142-145) o exo a eguir, que apreena uma ínee obre omo eninar a língua em riar ano preoneio.
– 20 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Homem e lin uagem
Dez iõe Para um enino de lín ua não (ou meno) preoneiuoo 1. Conienizar-e de que odo falane naivo de uma lín ua é um
uuário ua,riança por io ele abe ea lín ua. Enre oompeene 3 e 4 ano dedea idade,lín uma já domina inegralmene a gramáia de ua lín ua. 2. Aeiar a ideia de que não exie er o de poru uê. Exiem diferença de uo ou alernaiva de uo em relação à regra únia propoa pela gramáia normaiva. 3. Não onfundir er o de poru uê (que, afinal, não exie) om imple er o de orografia. A orografia é arifiial, ao onrário da línua, que é naural. A orografia é uma deião políia, é impoa por dereo, por io ela pode mudar, e muda de uma époa para oura. Em 1899 a peoa eudavam pyhologia e hiória do Egypo; em ela eudavam dogramáia. Egio. Lín ua que não1999 êm eria nem por piologia io deixame hiória de er ua 4. Reonheer que udo o que a Gramáia Tradiional hama de er o é na verdade um fenômeno que em uma expliação ienífia perfeiamene demonrável. Se mi hõe de peoa (ula inluive) eão opando por um uo que difere da regra preria na gramáia normaiva é porque há al uma nova regra obrepondo-e à aniga. Aim, o pro lema eá om a regra radiional, e não om a peoa, que ão falane naiv o e perfeiamene ompeene de ua lín ua. Nada é por aao. 5. Conienizar-e que oda lín ua muda e varia. O que hoje é vio omo “ero” já foi “er o” no paado. O que hoje é oniderado “er o” pode vir a er perfeiamene oniderado omo “ero” no fuuro da lín ua. Um exemplo: no poru uê medieval exiia um verbo leixar (que aparee aé na ara de Pero Vaz de Caminha ao rei D. Manuel I). Com o empo, ee verbo foi endo pronuniado deixar porque [d] e [l] ão onoane aparenada, o que permiiu a roa de uma pela oura. – 21 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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Hoje quem pronuniar leixar vai omeer um “er o” (vai er auado de deleixo), muio embora ea forma eja mai próxima da srcem laina, laxare (ompare-e, por exemplo, o franê laier e o ialiano laiare). Por io é bom eviar laifiar al um fenômeno gramaial de “er o”: ele pode er, na verdade, um indíio do que erá a lín ua no fuuro. 6. Dar-e ona de que a lín ua poru uea não vai nem bem, nem mal. Ela implemene vai, io é, e ue eu rumo, proe ue em ua evolução, em ua ranformação, que não pode er deida (a não er om a el iminação ia de odo o eu falane). 7. Reseiar a variedade lin uíia de oda e qualquer peoa, poi io equivale a reseiar a inegridade ia e epiriual dea peoa omo er humano. 8. A lín ua permeia udo, ela no oniui enquano ere humano. Nó omo a l ín ua que falamo. A lín ua que falamo molda noo modo de ver o mundo e noo modo de ver o mundo molda a lín ua que falamo. Para o falane de poru uê, por exemplo, a diferença enre er e ear é fundamenal: eu eou infeliz é radialmene diferene, para nó, de eu ou infeliz. Ora lí n ua omo o inglê, o franê e o alemão êm um únio verbo para exprimir a dua oia. Oura, omo o ruo, não êm verbo nenhum, dizendo algo aim omo: Eu-infeliz (o ruo, na eria, ua memo um raveão onde nó inerimo um verbo de ligação). 9. Uma vez que a lín ua eá em udo e udo eá na lín ua, o profeor de poru uê é profeor de tudo. (Al uém já me die que alvez por io o profeor de poru uê devee reeber um alário i ual à oma do alário de odo o ouro profeore!). 10. Eninar bem é eninar para o bem. Eninar para o bem ignifia repeiar o onheimeno inuiivo do aluno, valorizar o que ele já abe do mundo, da vida, reonheer na lín ua que ele fala a ua própria idenidade omo er humano. Eninar apara o bem é do areenar não uprimir, é elevar e não rebaixar auoeima indivíduo.e Somene aim, no iníio de ada ano leivo ee indivíduo poderá omemorar a vola à aula, em vez de lamenar a vola à jaula! BAGNO, M.Preoneito lin uitio: o que é, omo e faz. 47. ed. São Paulo: Ediçõe Loyola, 2006.
– 22 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Homem e lin uagem Dica de filme
Para compreender melhor a relação da língua com as diversas culturas, assista ao filme Língua, vidas em português. Este documentário premiado de Victor Lopes apresenta uma viagem pelo mundo com entradas em todos os países em que há falantes da língua portuguesa. Sua estrutura narrativa circular prende o interlocutor. São histórias de vidas de pessoas com suas diferenças culturais, mas que têm em comum serem usuários da língua portuguesa. É importante ressaltar a presença de pessoas ilustres que participam com depoimentos, como José Saramago (escritor português), João Ubaldo Ribeiro (escritor brasileiro), Martinho da Vila (cantor e compositor), Teresa Salgueiro (do grupo Madredeus) e Mia Couto (escritor moçambicano contemporâneo que escreve o roteiro). LÍNGUA, vidas em português. Direção de Victor Lopes. Brasil/Portugal: Paris Filmes, 2002. 1 filme (105 min), sonoro, legenda, color., 35 mm.
Como pode-e pereber, a própria ompreenão de lín ua omo um iema regido por norma é onanemene queionada pelo efeio que produz, uma vez que a omuniação onfunde-e om a própria vida e a lín ua é viva. 1.1.2 Funções da linguagem
O proeo de leiura e eria oniui-e enquano um ao omuniaivo. Para al, ele preia de um emior , aquele que fala ou ereve, um reeptor , aquele que lê ou eua, um referente , que é oniuído pelo onexo, iuação ou objeo reai ao qual a menagem remee, um ódigo , que é o onjuno de igno e regra de ombinação a er uado, um anal de omuniação , que é a via de irulação da menagem, e a – 23 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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menagem , que é o oneúdo da omuniação. Roman Jakobon (2001), em eu eudo lin uíio, eabeleeu a ada uma da iuaçõe do ao omuniaivo uma função da lin uagem. Dependendo da ênfae que e dá a ada um do proeo omuniaivo, a lin uagem apreena uma função om re uro lin uíi o próprio. T emo, aim, a função expreiva, a função onaiva, a função mealin uí ia, a função fáia, a funç ão poéia e a função referenial. Sabe-e que não há na lin uagem uma função pura, vária podem apareer ao memo empo no proeo omuniaivo, no enano, onheê-la ajudará a me horar a elaboração da fala e da eria (JAKOBSON, 2001).
Referente : função referenial
Emior Função expreiva
Canal de omuniação: função fáia Menagem : função poéia
Reeptor Função onaiva
Código: função mealin uíia
Fonte: Jakobson (2001, p. 17).
Na equênia, vamo idenifiar a araceríia de ada função. 1.1.2.1 Função expressiva
É enrada no emior da menagem, exprime a ua relação om o oneúdo ranmiido, a ua opinião, emoçõe, avaliaçõe. Pode-e enir no exo a preença do emior (que pode er lara ou uil). É uma omuniação – 24 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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ubjeiva, faz uo de frae exlamaiva, de inerjeiçõe, uperlaivo, aumenaivo, diminuivo, hipérbole, enonação máxima. Reenha obre o filme O discurso do rei [...] Pode-e dizer, porém, que a ena mai impacane do filme é
oalém, momeno em quero que o rei deve realizar eu primeiro diuro.oNão poi não eragar a urprea que a uardam pú vou lio ao longo da hiória e, om ereza, no eu final. Ao onrário do que muio podem imaginar o roeiro não é baeado no livro de memo íulo; a verão lierária foi eria pelo neo de Lionel, Mark Lo ue, om a ajuda do jornalia Peer Conradi. Ele deidiu erever ea obra a parir do momeno em que foi prourado pela produção do filme para revelar dea he obre a biografia do auraliano Lionel. Curioo em aber mai a reseio de eu avô, ele aiu à proura de oura informaçõe, a quai deram srcem ao livro. A paagen mai imporane, porém, eão eramene onenrada na ela inemaográfia. Ea produção, que uarda em i um abor deliioo de hiória à moda aniga, ganhou o Oar de me hor roeiro srcinal, aor – uper mereido! –, direção e filme. O DISCURSO do Rei. Direção de Tom Hooper. Inglaer a: Pari filme, 2010. 1 filme (118 min), onoro, legenda, olor. Eleno: Colin Firh, Helena Bonham Carer, Geoffrey Ruh, Mihael Gambon. Drama. SANTANA,A. L. O discurso do rei. Disponível em: . Acesso em: 30 jul. 2012.
podemo obervar durane aaleiura, o auor reenhao pú afirma: “NãoComo vou além, poi não quero eragar urprea que adauardam lio ao longo da hiória”. Uando a primeira peoa do in ular, ele deixa lara a ua opinião obre o filme. Mai adiane oninua: “Ea produção, que uarda em i um abor deliioo de hiória à moda aniga, ganhou o Oar de me hor roeiro srcinal, aor – uper mereido!”. São evidene a mara lin uíia de expreão peoal. – 25 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Leiura e Eria na Era Digial 1.1.2.2 Função conativa
É enrada no reepor da menagem, om a inenção de peruadi-lo, eduzi-lo. É uma omuniação imperaiva, faz uo do verbo no modo imperaivo afirmaivo ou negaivo. Oberve a imagem a e uir, de uma propaganda peruaiva para ombae ao abagimo. E TEM GENTE QUE DIZ QUE ISTO NÃO É DROGA!
Acetona: removedor de esmaltes
Formol: conservante de cadáver
Amônia: desinfetantes para pisos, azulejos e privadas Naftalina: mata-baratas
er so is F an i st a eb S / d t L ai d e M P A A H
Fósforo P4/P6: componente de veneno para ratos
Terebintina: diluidor de tinta a óleo
CIGARRO: FAZ MAL ATÉ NA PROPAGANDA.
Ee é um exemplo muio fore da função onaiva, uma vez que, apó o auor dirigir-e ao reepor om a expreão “em gene que diz [...]”, é apreenada uma érie de prova que moram o perigo do abao. Ao erminar, afirma, imperaivamene, “igar o faz mal”. 1.1.2.3 Função referencial
É enrada no referene da menagem, valoriza o objeo da menagem. É uma omuniação objeiva, impeoal, om preferênia pela frae delaraiva. – 26 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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A palavra “pinhar”, em ae hano em o enido de “uuar, esear, ferir” (no lunfardo, ambém “mor er” e “fazer exo”). Coromina imagina que “pinhar” do ae hano enha vindo de uma miura de punc a (variane de punzar) om piar e que, pela diferença de enido, nada enha a ver om o “pinhar” poru uê. No ae hano, a palavra aparee dede o éulo 15, ma pode remonar ao laim vulgar, omo vemo no ialiano pinzare, [...] no franê pince e no inglê o pinc (beliar). VIARO, M. E. Palavra jogada fora. Revita Lín ua Portu uea, n. 77, p. 52-55, mar., 2012. São Paulo.
Obervou-e um exemplo de uma omuniaão enrada na menagem, ou eja, o emior quer expliar o enido da palavra. 1.1.2.4 Função fática
É enrada no onao, demonra o deejo de aberura para a omuniação, que e dá om uo de frae breve, onagrada pelo uo. No exo erio, ouma-e uar imagen, amanho difereniado da lera, ore para hamar aenção. Maabéa e Olímpio
Ele — Poi é! Ela — Poi é o quê? Ele — Eu ó die, poi é! Ela — Ma, poi é o quê? Ele — Me hor mudarmo de auno porque voê não me enende. Ela — Enende o quê? Ele — Sana virgem Maabéa, vamo mudar de auno e já! LISPECTOR, C. A hora da etrela. São Paulo: Roo, 1998. p. 45.
– 27 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Leiura e Eria na Era Digial
No diálogo do box de exemplo não há preoupação om a menagem, apena o falane eão manendo uma aberura do anal de omuniação. 1.1.2.5 Função metalinguística
É enrada no ódigo, é udo o que, em uma menagem, para dar expliaçõe ou ornar preio o ódigo uilizado pelo emior noerve ao omuniaivo. É uma omuniação expliaiva, faz uo de inônimo, definiçõe. Exemplo: poema que di uem omo e faz poeia. Poétia 1 O que é poeia? Uma i ha Cerada De palavra Por odo O lado.
2 O que é poe a? Um homem ue raba ha o poema Com o uor do eu roo. Um homem ue em fome Como qualquer ouro Homem. RICARDO, C. Jeremias sem-chorar. Rio de Janeiro:
José Olympio, 1968.
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Homem e lin uagem
A mealin uíia oor e em oda a área, por exemplo, quando um pinor pina a i memo num quadro, o roeiria de um filme ria proagonia que querem produzir roeiro de filme e aim por di ane. 1.1.2.6 Função poética
É enrada na elaboração da menagem, ua forma inovadora om ombinaçõe inuiada, oferada pela própria lí n ua. É uma omuniação aríia om predomínio da onoação. Pode er uada em odo o gênero exuai, é a mara exual do gênero lierário. Epitáfio para um banqueiro negóio ego óio io o PAES, J. P.Me hore poema. São Paulo: Global, 2003.
A função poéia eá preene em qualquer exo no qual o auor preoupe-e om a elaboração eilíia, omo no ao do poema anerior. O poea demanha o negóio om a fragmenação da própria palavra que ermina om o “o”, aeme hando-e, grafiamene, a zero. É imporane realar que, na lin uagem onaiva preene no diuro pu liiário, é ineno o uo da função poéia para envolver ainda mai o reepor pela beleza exual. Conluivamene, pode-e afirmar que, ao e reonheer a eruura lexial, ardoumenaiva, diuriva e eilíia do maior exo, ejunamene inenção auor, a reepção do exo erá muio me hor. om a
Da teoria para a prática Muio exo que irulam na efera oi ai podem auxiliar o leior na ompreenão da variedade lin uíia. Tal queão ouma auar – 29 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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muia polêmia enre a oiedade e o meio de omuniação quando diuida em eola ou memo abordada no livro didáio, o que aaba gerando muio debae. A profeora Ângela Paiva Dioníio ereve a ee reseio um arigo iniulado “Lín ua padrão e variedade lin uíia: alo na vida do profeor de poru uê”, no qual analia a fala da mídia e do exo do livro didáio no rao da variedade lin uíia. O exo é inereane não apena para onheimeno e aprimorameno doene, ma, ambém, para a oiedade de uma forma geral.
Síntese No primeiro apíulo, fizemo uma inrodução ao oneio de linuagem, lín ua e fala. Foram verifiada a diferença enre lín ua oral e eria, a funçõe da lin uagem e a variedade lin uíia. Ee ão onheimeno fundamenai para a ompreenão do eudo ex uai, ua práia e produção. Porano, a ideia aqui apreenada, de uma forma ou de oura, permeiam não apena o enin o da lín ua, ma ambém o eu uo. A lin uagem laifia-e omo um proeo univeral, onidera-e udo o que o homem faz para maner a omuniação a o longo de ua exiênia. Aim, ele preoupa-e em riar e reriar meio de omuniação que irvam de onduore de onheimeno que, ao poibiliar a ranmião do penameno, idenifiquem a ondiç ão humana. A lín ua é um elemeno ulural elaborado pelo homem, om um ódigo eseífio a er aprendido pelo membro da omunidade. A fala é a apliação que ad a ujeio faz om a lín ua para promover a omuniação. Daí nae a mara de ada ujeio no eu meio: omo i uai, falamo a mema lín ua, ma omo dife rene, pelo modo de empregá-la. A variedade lin uíia auxiliam na ompreenão do que é er o e do que é diferença, poibiliando a aeiação oial dea diferença ulurai. A funçõe d a lin uagem orienam o reonheime no de ua araeríia, a inenção do emior obre o reepor da menagem. Dependendo do que eu quero do meu inerlouor farei a eo ha ináia, morfológia , lexiai e eilíia da minha fala ou do meu exo . – 30 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
2 Leitura e escrita
N , idenifiar a relaçõe que o ao de ler e erever pouem. A leiura da qual raaremo é a aquela que em omo mea adquirir novo onheimeno na divera área na quai e bua aprimorameno. Podemo afirmar que é uma leiura diferene da leiura fruiiva de um poema, de um romane ou da leiura informaiva de um periódio, para e aber o aoneimeno do dia ou da emana. É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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Vamo abordar al uma eruura exuai de grande uilização no meio aadêmio: o reumo, o equema, a reenha e o fihameno. De modo geral, odo ele podem er laifiado omo reumo, ma o objeivo de ada um pode orná-lo diferene. Enquano o reumo proura deaar a ideia eeniai do exo, o equema raba ha omene om a palavra-have e a reenha é uada para apreenar e avaliar um deerminado exo. Já o fihameno é um exo de onrole peoal da leiura realizada para fuura pequia a reseio do oneio enonrado e produção de novo onheimeno.
2.1 Como ler e escrever O proeo de leiura é um do mai imporane a er deenvolvido om a peoa e o eu enino, bem omo aprendizagem, exige um grande uidado daquele que raba ham om ele. Há vário ipo de leiura. Geraldi (1984) apreena quaro ipo de moivação para ea ompeênia, que ãopara a bua informaçõe, eudo de um deerminado exo, um preexo fazerdeuma aividadeoindirea (ou eja, exeríio de aenuação, análie lierária, reumo ou fihameno) e a leiura por fruição. Cada um do ipo exige do leior poura divera na ondução da própria leiura. Tai poura devem er muio bem ompreendida para que, ao final, o objeivo da leiura eja alançado. Para io, é neeário er à dipoição um aervo divero de exo que onemplem a diferene moivaçõe. O deenvolvimeno do leior depende de ino apaidade ogniiva que, e undo Bloom (apud FAULSTICH, 1987), independe da faixa eária de quem lê. 1. 2.
Compreenão é a primei ranoleiura, quando o ema, a ee, bua-e o: ignifiado diionário paraeaidenifia palavra deonheida, ou eja, é a deodifiação do exo. Análie : é quando e bua ompreender a ideia onida em ada egmeno do exo, perebendo que o odo é ompoo de pare que e relaionam enre i: o parágrafo no exo, o apíulo no livro.
– 32 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Leiura e eria
3.
Síntee: é quando omo apaze de reoniuir o odo deompoo aneriormene aendo-no à ideia eeniai, do pono de via do original, nem no imporando om a equênia ofereida pelo auor do exo.
4.
Avaliação: é a apaidade de emiir um juízo de valor a reseio do
5.
que o auor veiula no exo. Apliação : é o momeno mai imporane do ao de ler, poi, e há ompreenão, há aimilação e, porano, a ideia, o oneio poderão er apliado e m iuaçõe eme hane, ou para riar nova ideia.
Ea apaidade fazem om que o leior, ao ler, examine uidadoamene o real ignifiado de ada palavra naquele onexo, enonre ada uma da pare oniuiva do exo, oberve a divera eo ha lexiai, eruurai, ar umenaiva e eilíia feia pelo auor que ramou a eia do exo. Com ea aminhada, ao ler, já e eá fazendo o eboço do que erá erio doeeniai exo. Pode-e dizeronrói-e que, no momeno da no ínee, da idenifiaçãoa reseio da ideia do auor, o reumo, momeno da avaliação do que e leu, onrói-e a reenha e no momeno da apliação, quando e vai uilizar a idei a aimilada por meio da le iura onrói-e o enaio, o arigo, a palera, e. Dee modo, dependendo do objeivo que a leiura em para o leior, ele pode projear a onrução de um deerminado gênero exual. Há, porano, uma relação ereia enre leiura e produção, dede que e onheça a eruura de ada um do exo que e irá erever.
2.2 Produção de texto como resultado de leitura 2.2.1 Resumo
O reumo é um ipo de exo que onie na redução fiel de ouro exo, manendo ua ideia prinipai em repeir o omenário, julgameno e – 33 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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exemplo. A araceríia prinipal do reumo é não permiir o aréimo de nova ideia e avaliaçõe a reseio do ema que eá endo lido. Logo, ao ondenar um exo, o leior deve e aer à queõe eeniai, apreená-la na mema progreão em que apareem no srcinal e maner a or elação enre ada uma da pare. Dicioná io Ecola da Lín ua Pou uea
Se undo o (BECHARA, 2008), há muio inônimo para a palavra “reumo”, ai omo: ompêndio, epíome, reenha, equema, inope, umário, ínee. Apear da eme hança no queio de ondenameno, a eruura de ada um é diferene. O mai uilizado no meio aadêmio ão o reumo, o equema , a reenha e o fihamento, om inuio de aimilar informaçõe e dominar um inrumenal eório-meodológio para realizar a práia de raba ho ineleual, om o objeivo da produção de onheimeno. Todo o quaro ipo de exo prouram ineizar, para regirar de uma forma onia, oerene e objeiva, o onheimeno adquirido pela leiura. Como, enão, fazer um reumo? Iniia-e om a leiura aena do exo, podendo-e uar omo ajuda a énia de u linhar a ideia eeniai e a énia de equematizar a palavra-have. Auore omo Salomon (1999), Lakao e Maroni (1991), enre ouro, ugerem al un proedimeno para a aividade de u linhar. A énia de u linhar onie em: primeiramene, ler odo o exo; a e uir, é neeário elareer dúvida de voabulário; na equênia, reler o exo idenifiando a ideia prinipai e u linhando-a; 2 2 2
2
por fim, ler o que foi u linhado, verifiando e há enido e, enão, reonruir o exo, que e ranformará no reumo, omo veremo no box a e uir. Porém, ane dio, é imporane realar que, uilizando ea é nia, ire mo onruir um novo exo , e não efeuar a ópia de pedaço do exo srcinal. O reumo é um exo om omeço, meio e fim que ranmie a ideia prinipai do exo lido. – 34 –
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Oberve o exemplo de omo u linhar. Quaro funçõe báia êm ido onvenionalmene aribuída ao meio de omuniação de maa: informar, diverir, peruadir e eninar. A primeira diz repeio à difuão de noíia, relao, omenário obre a realidade, aompanha não de inerpreaçõe ou e. expliaçõe. A egunda função aendeda, ou à proura da diração, de evaão, de diverimeno, por pare do públio. Uma ereira função é peruadir o indivíduo – onvenê-lo a adquirir ero produo, a voar em ero andidao, a e omporar de aordo om o deejo do anuniane. A quara função – eninar – é realizada de modo direo ou indireo, inenional ou não, por meio de maerial que onribui para a formação do indivíduo ou para ampliar eu aervo de onheimeno, plano, dereza, e. ANDRADE, M. M. de. Introdução à metodologia do traba ho ientífio: elaboração de raba ho na graduação. São Paulo: Ala, 1997. p. 38.
Apó u linhar, pode-e produzir o equema que, além de reumir o exo om palavra-have, poibilia onduzir uma palera ou uma aula. É a epinha doral do exo. Se voê é leitor, deonrói o exo para enonrar ea epinha doral; e voê é o autor , ela é o pono de parida para produzi-lo. Quaro funçõe báia do meio de omuniação de maa: 1. Informar – ranmie a realidade. 2. Divertir – divere o pú lio. 3. Peruadir – onvene o reepor a e omporar onforme o deejo do louor. 4. Eninar – forma o indivíduo.
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Leiura e Eria na Era Digial
Apó u linhar e produzir o equema, é poível reumir o exo em formao diurivo, manendo a ideia prinipai do auor, omo vemo no modelo a e uir. A funçõe báia do meio de omuniação de maa ão quaro. Informar, que fala obre a propagação de noíia. Diverir, queo diz reseio à diverão da peoa. Peruadir, que omena obre onvenimeno do inerlouor. Eninar, que onribui para a formação do ind ivíduo e amplia onheimeno. De modo geral, ouma-e afirmar que um reumo deve e aproximar de um erço do exo srcinal. 2.2.2 Resenha crítica
De aordo om a Aoiação Braileira de Norma Ténia (ABNT, 1990), reenhaomo ríia é o memo que o reumo ríio. Andrade (1997) define aareenha [...] um ipo de reumo ríio mai abrangene, que permie omenário e opiniõe; um ipo de raba ho mai ompleo que exige onheimeno do auno, para eabeleer omparação om oura obra na mema área e mauridade ineleual para fazer avaliação e emiir juízo de valor (ANDRADE, 1997, p. 61-67).
A reenha é um exo no qual leior e auor êm objeivo que e aproximam: um bua e o ouro fornee uma opinião ríia obre um livro, filme, peça earal, enfim, oda a produçõe humana. reenhia apreena, dereve e avaliaanaliado, uma obradevendo a parir de umPorano, pono deo via que poui a reseio do auno er amplo e oniene. Na apreenação, idenifia a obra em eu aseo de referênia bi liográfia e ineiza o auno. Na derição, faz o reumo da ideai eeniai da obra. Por fim, na avaliação, o reenhia deaa a onribuição do auor e da obra para produção de novo onheimeno na área em queão, ao eja de unho ienífio, e a qualidade – 36 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Leiura e eria
da eria no que diz reseio à lareza na apreenação da ideia (ou a riqueza eilíia, ao eja lierária. Além dio, o reenhia pode onfronar a obra reenhada om oura obra do memo ema para eabeleer omparaçõe . A eruura da reenha, onforme ugerem Lakao e Maroni (1991, p. 245-246), apreena-e aim: referênia – auor(e); íulo da obra; edição; loal; ediora e daa de pu liação; número de página; preço; 2
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redeniai do autor – informaçõe gerai obre o auor e ua qualifiação aadêmia, profiional ou eseialização; íulo e argo exerido; obra pu liada;
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reumo da obra – reumo da ideia prinipai, derição breve do oneúdo do apíulo ou pare da obra. Penar: de que raa a obra? O que diz? Qual ua araceríia prinipal? O auor apreena ou não onluão?
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rítia do reenhita – omo e iua o auor da obra em relaçã o à eola ou or ene ienífia ou filoófia e em relação ao onexo oial, eonômio, políio, hiório, e.? Quano ao mério da obra: qual a onribuição dada? A ideia ão srcinai, riaiva? A abordagen do onheimeno ão inovadora? Quano ao eilo: é onio, objeivo, laro, oerene, preio? A lin uagem é or ea? Quano à forma: é lógia, iemaizada? Uiliza reuro expliaivo para eluidar o oneúdo? Quano a quem e deina a obra: grande pú lio, eseialia, eudane?
Evidenemene que, na avaliação de al uma obra, alvez não eja poível reponder a oda ea queõe. Ela ervem omo um roeiro para voê onruir o eu parágrafo de avaliação da reenha. Couma-e dar um íulo à reenha, ao eja exigido. Também no próprio íulo pode vir uma expreão que já denoe a avaliação e que enha uma ereia relação om al um aribuo mai deaado da obra, e undo o reenhia. – 37 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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Obervemo o exemplo a e uir.
Modelo de Reenha 1 [...] ee é um ono que aborda um ema oulo da alma de odo
er humano: a rueldade. de Aio ria um enário onde o reém-formado médio Mahado Garia onhee epiriuoo Forunao, dono de uma mierioa ompaixão pelo doene e ferido, apear de er muio frio, aé memo om ua própria epoa. Aravé de uma lin uagem baane aeível, que não enonramo em muia obra de Ai (*1), o exo mela momeno de nar ação – que é feia em ereira peoa – om momeno de diálogo direo, que dão maior realidade à hiória. Uma aracerítia marante é a tenão permanente que ambienta ada epiódio (*2). Dede a primeira veze em que Garia vê Forunao – na Sana Caa, no earo e quando o e ue na vola para aa, no memo dia – perebemo o ar de miério que o envolve. Da mema forma, quando ambo e onheem devido ao ao do ferido que Forunao ajuda, a impaia que Garia adquire é exaamene por aua de eu eranho omporameno, velando por dia um pobre oiado que equer onhee. A hiória ranor e om Garia e Forunao ornando-e amigo, a apreenação de Maria Luiza, epoa de Forunao e ainda om a aberura de uma aa de aúde em oie dade. O límax enão a onee quando Maria Luiza e Garia flagram Forunao orurando um pequeno rao, orando- he paa por paa om uma eoura e levando- he ao fogo, em deixar que mor ee. É aim que e perebe a aua ereta do ao daquele homem: o ofrimeno a heio he é prazeroo. Io oor e ainda quando ua epoa mor e por uma doença a uda e quando vê Garia beijando o adáver daquela que amava ereamene. Forunao apreia aé memo eu próprio ofrimeno. – 38 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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É poível afirmar que ee ono é um expoene máximo da énia de Mahado de Ai, deixando o leior impreionado om um defeho ineserado, ma que demonra – de forma exponenial, é verdade – a naureza ruel do er humano. É uma obra exelene para o que goam do exo de Ai, ma aham anaiva a lin uagem rebuada uada eA.mA.al un dele. Disponível (*3). [...] em:
Resenha
wp-content/uploads/2007/06/a-causa-secreta-resenha.pdf>. Acesso em: 22 nov. 2012.
No exemplo, o auor da reenha oloou rítia em rê momeno de ua análie (*1,*2 e *3, idenifiado em negrio). Ele não e eende na apreenação de Mahado de Ai, om bae na upoição de que o auor é onheido por odo o leiore da reenha.
Modelo de Reenha 2 Reenha de Maria Auxiliadora Veriani Cunha, iada por Eduardo Kenedy.
*1 (Apreentação)
BEELHEIM, Bruno. A pianálie do onto de fada. Rio de Janeiro, Paz e Ter a, 1978. Pianalia, fundador da Eola Orogênia de Chiago, onde há mai de rina ano lida om riança perurbada menalmene, Bruno Bete heim revela em “A pianálie do ono de fada” o ignifiado profundo da rama e peronagen da hiória infani. Mora omo ee ignifiado vão agir direamene obre o inoniene e pré-oniene da riança normal, levando-a pouo a pouo a reolver eu onflio. – 39 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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*2 (Reumo da obra)
Tai onflio ão univerai, oniuído pelo dilema eerno que o homem enfrena ao longo de eu amadureimeno emoional: a onquia da independênia em relação ao pai, a rivalidade fraerna, a onrução da idenidade e da afirmação e a relação heeroexual adula. A dioomização do peronagen em bon e mau, em bonio e feio, failia à riança a apreenão dee raço . Ela é levada a e idenifiar om o herói bom; não por ua bondade, ma por er ele a própria peronifiação de ua pro lemáia infanil. Inpirada pelo herói, a riança vai er onduzida a reolver ua própria iuação, obrepondo-e ao medo que a inibe e enfrenando o perigo e ameaça aé alançar o equilíbrio adulo. Aim, o efeio erapêuio do ono de fada eá em provoar a mobilização da aniedade báia da riança, ai omo o medo de abandono, o de reer, o de e lançar ozinha no mundo e., para depoi onduzi-la à reolução dea mema aniedade. Bete heim faz uidadoa eleção de ono láio, raando-o na ordem aproximada do apareimeno na riança do onflio nele i mplíio. Dea maneira, a lua do prinípio de realidade onra o prinípio de prazer é via em “O rê porquinho”. O pro lema da rivalidade enre irmão, em “Cinderela”. O medo de er abandonado, em “João e Maria”. A reolução do omplexo de Édipo, em “Brana de Neve”, em “a Bela e a Fera” e em “João e o pé de feijão”. Tai onflio, afirma o auor, onernem uniamene o mundo inerno (ou piológio) da riança. Não obane, é apreenado ao leior omo, ao ajudar uma riança a reolver ee pro lema, o ono reforçam ua peronalidade, proporionando maior apaidade de adapação ao mundo exerior.da moderna lieraura infanil prouEnquano a hiória ram pinar a vida, ou “or-de-roa”, ou exageradamene “enológia”, Bete heim demonra omo a menagem do ono de fada é radialmene oura, eninando que, na vida real, é ineviável ear empre preparado para enfrenar difiuldade grave. Porano, a riança é levada a enonrar no ono a oragem e o oimimo neeário a – 40 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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aravear e a vener a numeroa rie de reimeno. A riança hega à ompreenão de que a hiória, embora ir eai, não ão fala: oor em não no plano do real, ma no plano da experiênia inerna de deenvolvimeno peoal. O auor real a que a finalidade do ono é de não deixar dúvida quano à neeidade de e uporar a dor e de e or er rio para e adquirir a própria idenidade. O ono ugerem que, apear de oda a aniedade que aompanham al proeo, a riança pode fiar eserançoa quano a um final feliz. *3 (Avaliação) O grande ineree, a maior imporânia e a profunda srcinalidade do ema ão enriqueido pela análie dea hada e iemáia que Bete heim faz do maerial do ono, revelando e ura ompreenão pianalíia e lareza didáia de ua onluõe. A pianálie do ono de fada é um exelene raba ho obre a mene humana e a inrinaçõe de eu deenvolvimeno. No Eado Unido, Bruno Bete heim é lido por leigo e por eseialia e ua obra ona om ampla divulgação enre o eudioo do omporameno humano. No Brail, não ó o profiionai, omo ambém pai e eduadore podem fiar aifeio por erem aeo a ee raba ho que virá, em dúvida, oniuir um maro no aervo de obra que elareem a odo o que êm a di il arefa de orienar a infânia. Aualmene, quando ano e fala em reformulação e renovação da lieraura infanojuvenil, o livro de Bruno Bete heim e faz indisenável no eabeleimeno de um riério de avaliação do que eja realmene lieraura infanojuvenil, não mero e malão aproveiameno de uma “onda”. *4 (Credeniai do autor da reenha) Maria Auxiliadora Veriani Cunha. Pióloga línia no Rio de Janeiro. Auora do livro Didáica funda ena a na eo ia de Piage (Rio de Janeiro, Forene-Univeriária, 1976). KENEDY, E. Reumo e reenha . Diponível em : . Aeo em: 31 jul. 2012.
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Nea reenha, a auora, no iem 1, apreentou o auor e a obra. No iem 2, a dereveu reumidamente; no iem 3, a avaliou e, no iem 4, forneeu a redeniai. 2.2.3 Fichamento
O fihameno é o ao de regirar o eudo de um livro e/ou um exo. O raba ho de fihameno poibilia ao eudane, além da failidade na exeução do raba ho aadêmio, a aimilação do onheimeno. De aordo om divero auore, o fihameno deve apreenar a e uine eruura: abeça ho ind iando o auno, a referênia omplea da obra, io é, a auoria, o íulo, o loal de pu liação, a ediora e o ano da pu liação. Exiem rê ipo báio de fihameno: o fihameno bi liográfio, o fihameno emáio e o fihameno exual. O fihamento bi liográfio, omo o próprio nome elaree, araceriza-e omo o reumo, reenha ou omenário no qual o auor regira a ideia raada no livro. É fundamenal a referênia omplea da obra. Ua-e, ambém, para oleânea de arigo ou apíulo de l ivro, preferenialmene agrupando-e por área. ANDRADE, M. M. de.; MEDEIROS, J. B. Comuniação em lín ua portu uea : para o uro de jornalimo, propaganda e lera. 2. ed. São Paulo: Ala, 2000. Ea obra em omo preoupação geral apreenar a eruura da lín ua poru uea e ofereer noçõe de produção exu al, esei almene volado para o uro uperiore de jornalimo, pu liidade e propaganda e lera. O fihamento temátio em omo mea ranrever reho lierai da obra lida, podendo areenar al uma onideraçõe do leior. Preferenialmene, deve-e oloar o íulo e ubíulo onforme a obra srcinal. A iaçõe lierai devem vir enr e apa e o número da página enre parênee. – 42 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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Eduação da mu her : a perpeuação da injuiça (p. 30-132). Se undo apíulo. TELES, M. A. de A. Breve hitória do feminimo no Brail. São Paulo: Brailiene, 1993.
1. “uma da primeira feminia do Brail, Níia Florea Au ua defendeu a abolição da eravaura, ao lado de propoa omo a eduação e a emanipação da mu her e a inauração da Repúlia.” (p. 30). 2. “na juiça braileira, é omum o aaino de mu here erem abolvido ob a defea de honra.” (p. 132). 3. “a mu her buou om oda a força ua onquia no mundo oalmene maulino.” (p. 43). O fihamento textual apa a eruura do exo, peror endo a equênia do penameno do auor e deaando: prinipai e eundária; ar umeno, juifiaçõe, exemplo, fao, ideia e., ligado à ideia prinipai. Traz, de forma raionalmene viualizável – em ien e, de preferênia, inluindo equema, diagrama ou quadro inópio –, uma eséie de “radiografia” do exo. A e uir, apreenamo uma fiha de leiura que raba ha o oneio de igno e imagem, para exemplifiação, reirada da obra Como e faz uma ee, de Umbero Eo (2002), na qual voê enonrará exemplo do ipo de fihameno que eamo verifi ando.
Fiha de leitura MARITAIN, Jaque. Revue omie, abril 1938, p. 299.
T. Simb
Na expeaiva de uma pequia profunda obre o ema (da Idade Média aé hoje), propõe-e hegar a uma eoria filoófia do igno e a reflexõe obre o igno mágio. – 43 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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[inuporável omo empre: modernizar em fazer filologia; não e refere, por exemplo, a São Tomá, ma a João de São Tomá!]. Deenvolve a eoria dee úlimo (ver minha fiha): “Signum e id quod repraeena aliud a e poeniae ognoeni”. (Lóg II, p. 21, I). ignodonão vie-vera ho é a imagem eMa não oigno Pai,é oempre grio éimagem o igno eenão imagem(odafi dor). Diz enão Mariain que o ímbolo é um igno-imagem: “quelque hoe de eni le ignifian un obje em raion d`une rélaion preup oée d´analogie” (303). Io me deu a ideia de onular ST. De ver. VIII, 5. ECO, U. Como e faz uma tee . São Paulo: Perseiva, 2002. Grifo do auor.
Porano, a leiuraexual. oniene eleiva e informaiva é fundamenal parao a pequia e produção Como o univero aadêmio raba ha om regiro, é preio aliar a leiura e a eria. É imporane realar que a ondição de produzir reumo deve oor er dede muio edo na vida do eudane, al o eu papel de deaque para i norporar o oneio eudado.
Da teoria para a prática Se undo o Parâmero Cur iulare Naionai (PCN), o aluno devem ler auonomamene diferene exo do divero gênero, dede o ano iniiai, abendo idenifiar aquele que repondem à ua neeidade imediaa, e eleionar eraégia adequada para abordá-lo (BRASIL, 1997). É imporane, ainda, ompreender o enido na menagen orai e eria de que é deinaário direo ou indireo, deenvol vendo enibilid ade para reonheer a inenionalidade implíia, eseialmene na menagen veiulada pelo meio de omuniação. Ee objeivo aingido reularão no deenvolvimeno da apaidade leiora do aluno, que ão avaliada n o diferene iema de avaliação – 44 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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do enino fundamenal, omo Exame Naional do Enino Médio (Enem), Prova Brail, Provinha Brail e, ambém, no enino uperior, om o Exame Naional de Eduação Superior (Enade). A e uir, ão apreenada al uma queõe dee exame para que e poa enender me hor o novo formao de avaliação pela leiura e ompreenão do gênero.
1. Prova Enade de Adminitração – 2009
ueão 4 Leia o reho: O movimeno aniglobalização apreena-e, na virada dee novo milênio, omo uma da prinipai novidade na arena políia e no enário da oiedade ivil, dada a ua forma de ariulação/auação em rede om exenão global. Ele em elaborado uma nova gramáia no reperório da demanda e do onflio oiai, razendo novamene a lua oiai para o palo da ena pú lia, e a políia para a dimenão, ano na forma de operar, na rua, omo no oneúdo do debae que rouxe à ona: o modo de vida apialia oidenal moderno e eu efeio deruivo obre a naureza (humana, animal e vegeal) (GOHN, 2003). É inor eto afirmar que o movimeno aniglobalização referido nee reho a) ria uma rede de reiênia, exprea em ao de deobediênia ivil e propoa alernaiva à forma aual da globalização, oniderada omo o prinipal faor da exluão oial exiene. b) defende um ouro ipo de globalização, baeado na olidariedade e no reseio à ulura, volado para um novo ipo de modelo ivilizaório, om deenvolvimeno eonômio, ma ambém om juiça e i ualdade oial. ) é ompoto por atore oiai tradiionai, veterano na luta polítia, aotumado om o repertório de proteto polítio, envolvendo, eeialmente, o traba hadore indializado e ua reetiva entrai indiai. – 45 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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d) reua a impoiçõe de um merado global, uno, voraz, além de onear o valore impulionadore da oiedade apialia, alierçada no luro e no onumo de meradoria upérflua. e) uiliza-e de mídia, radiionai e nova, de modo relevane para ua açõe om o propóio de dar viibilidade e legiimidade mundiai ao divulgar a variedade de movimeno de ua agenda. ENADE 2009 – prova de Adminiração. Diponível em: . Aeo em: 24 ou. 2012.
2. Prova Enade de Letra – 2011 ueão 3 – formação geral
A iberulura pode er via omo herdeira legíima embora diane do projeo progreia do filóofo do éulo XVII. De fao, ela valoriza a pariipação da em omunidade de debae e ar umenação. Na linha rea da morai da i ualdade, ela ineniva uma forma de reiproidade eenial na relaçõe humana. Deenvolveu-e a parir de uma práia aídua de roa de informaçõe e onheimeno, oia que o filóofo do Iluminimo viam omo prinipal moor do progreo. (...) A iberulura não eria pó-moderna, ma earia inerida perfeiamene na oninuidade do ideai revoluionário e repu liano de liberdade, i ualdade e fraernidade. A diferença é apena que, na iberulura, ee “valore” e enarnam em dipoiivo énio onreo. Na era da mídia elerônia, a i ualdade e onreiza na poibilidade de ada um ranmiir a odo; a liberdade oma forma no oware de odifiação e no aeo a múlipla – 46 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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omunidade viruai, araveando froneira, enquano a fraernidade finalmene, e raduzem ineronexão mundial. LEVY, P. Revolução virual. Fo ha de S. Paulo. Caderno Mai, 16 ago. 1998, p. 3 (adapado).
O deenvolvimeno de da rede de relaionameno meio de ompuadore e a expanão Inerne abriram novapor perseiva para a ulura, a omuniação e a eduação. De aordo om a ideia do exo aima, a iberulura: a) repreena uma modalidade de ulura pó-moderna de liberdade de omuniação e ação. b) oniuiu negação do valore progreia defendido pelo filóofo do Iluminimo. ) banalizou a iênia ao dieminar o onheimeno na rede oiai. d) valorizou o iolameno do indivíduo pela produção de oware de odifiação. e) inorpora valore do Iluminimo ao favoreer o omparti hamento de informaçõe e onheimento. ENADE 2011 – prova de Lera. Diponível em: . Aeo em: 24 ou. 2012.
ueão 20 – eseífia De ordinário, quando e diz que ero ermo deve onordar om ouro, em-e em via a forma gramaial do ermo de referênia. Dúzia, povo, embora exprimam pluralidade e mulidão de ere, onideram-e, por aua da forma, omo nome no in ular. Há, onudo, ondiçõe em que e depreza o riério da forma e, – 47 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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aendendo apena à ideia repreenada pela palavra, e faz a onordânia om aquilo que e em em mene. Conie a ínee em fazer a onordânia de uma palavra não direamene om oura palavra, ma om a ideia que ea úlima ugere. SAID ALI, M. Gramátia hitória da lín ua portu uea. 7. ed. Rio de Janeiro: Me horameno, 1971 (om adapaçõe).
A definição exraída de Said Ali, reproduzida aima, apreena uma fi ura de inaxe, a ínee, idenifiada, na maioria da veze, em variane mai populare da lín ua. Ainale a opção que apreena um exemplo dee ipo de fenômeno ináio. a) A maioria do poro ainda eava endo reo hido naquela hora. b) Ao pobre homem mequinho, baa- he um bur io e uma anga ha. ) Chegaram o pai, a irmã e o unhado om uma prea que auava. d) Preendia implanar um monopólio de afé e abao na região. e) No fundo, a multidão e onolava. Para io, penavam em nó memo.
3. Prova Enade de Pedagogia – 2011 ueão 2 – Formação geral Exluão digial é um oneio que diz reseio à exena amada oiai que fiaram à margem do fenômeno da oiedade da informação e da exenão da rede digiai. O pro lema da exluão digial e apreena omo um do maiore deafio do dia de hoje,
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om impliaçõe direa e indirea obre o mai variado aseo da oieda de onemporânea. Nea nova oiedade, o onheimeno é eenial para aumenar a produividade e a ompeição global. É fundamenal para a invenção, para a inovação e para a geração de riqueza. A enologia de informação e omuniação (TIC) proveem uma fundação para a onrução e apliação do onheimeno no eore pú lio e privado. É nee onexo que e aplia o ermo exluão digial, referene à fala de aeo à vanagen e ao bene io razido por ea nova enologia, por moivo oiai, eonômio, políio ou ulurai. Coniderando a ideia do exo, avalie a afirmaçõe a e ui r: I. Um mapeameno da exluão digial no Brail permie ao geore de políia pú lia eo her o pú lio alvo de poívei açõe de inluão digial. II. O uo da TIC pode umprir um papel oial, ao prover informaçõe àquele que iveram ee direio negado ou negligeniado e, porano, permiir maiore grau de mobilidade oial e eonômia. III. O direio à informação diferenia-e do direio oiai, uma vez que ee eão foado na relaçõe enre o indivíduo e, aquele, na relação enre o indivíduo e o onheimeno. IV. O maior pro lema de aeo digial no Brail eá na defiiária enologia exiene em er iório naional, muio aquém da diponível na maior pare do paíe do primeiro mundo. É or eo apena o que e afirma em: a) I e II b) II e IV ) III e IV d) I, II e III e) I, III e IV
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Com ee exemplo, fia evidene a neeidade do enino para o enendimeno da eruura formal e, ainda, do objeivo de ada um do diferene gêne ro.
Síntese Nee apíulo, diuimo a relação do proedimeno de leiura e eria. Chegamo à onluão de que a dua ão inerdependene, ou eja, uma boa leiura neeia de boa anoaçõe eria para auxiliar no domínio do onheimeno que e bua. Foram raba hado quaro ipo de eruura exuai de grande uilização no meio aadêmio: o reumo, o equema, a reenha e o fihameno. De modo geral, odo podem er laifiado omo reumo, ada um pouindo eu próprio objeivo. Enquano o reumo em omo mea deaar oda a ideia eeniai do exo, o equema deaa omene a palavra-have e a reenha é uada para apreenar e avaliar um deerminado exo. Já o fihamento é um exo de onrole peoal da leiura realizada para fuura pequia a reseio do oneio enonrado e para produção de novo onheimeno. Em deerminado momeno, é poível produzir um fihameno ompleo, no qual o leior fará um reumo da ideia eeniai, oloará al uma iaçõe direa e, ainda, deverá fazer uma análie peoal do oneúdo eudado, no eilo de reenha.
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3 Construção do texto
N , devendar o miério da onrução do exo. Como vimo no apíulo 1, udo omeça om a eo ha da palavra era para o onexo ero. Conrói-e, enão, o parágrafo que, un apó o ouro, bem ourado pelo elemeno oeivo, eem ea eia de ignifiado que queremo ranmiir no diálogo om o leior, que e hama exo. É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Leiura e Eria na Era Digial
Para produzir um bom parágrafo, emo que onheer a ua eruura, ompreender a noção de inrodução, deenvolvimeno e onluão. Além dio, é bom diverifiar a produção do parágrafo, uilizando vária eraégia para deenvolvimeno do exo.
3.1 Conceito de parágrafo O parágrafo é uma unidade que ranmie uma ideia e em omo inenção aingir um objeivo. São oniderada qualidade ua a unidade, a oerênia e a ênfae. Ohon M. Garia define o parágrafo padrão omo “uma unidade de ompoição oniuída por um ou mai de um período, em que e deenvolve deerminada ideia enral, ou nulear, a que e agregam oura, eundária, inimamene relaionada pelo enido e logiamene deorrene dela” (GARCIA, 2010, p. 203). A unidade eá relaionada om a queão de apreenar apena uma ideia enral em orno da qual graviam a ideia eundária. A oerênia onie na ranpoição de um parágrafo para ouro, na ordenação da ideia de maneira lógia. A ênfae em omo araceríia a eo ha da palavra adequada, o amanho do período e a ombinação de odo o elemeno para que e oniga produzir um exo fluido, om beleza e força. Para Garia, o parágrafo-padrão é ompoo por rê pare, a introdução , om um ou doi período uro iniiai na qual e apreena de forma uina a ideia-núleo, ambém hamada de ópio fraal; o deenvolvimento , no qual e faz a expliação, ou argumenação da ideia-núleo e a onluão , que feha o parágrafo ou remee ao próximo para areenar nova ideia. Dee modo, ada unidade em a mema eruura do exo. Ou eja, “o prinípio que oriena a formação de um parágrafo é o memo que oriena um exo om vário parágrafo: há e mpre neeidade de inrodução, deenvolvimeno e onluão” (MEDEIROS, 1988, p. 145). Um proedimeno que auxilia a onduzir bem a produção exual é eabeleer o objeivo de ada parágrafo. Para al, deve-e per unar qual é a finalidade do exo, aonde e quer hegar e a quem e ereve. – 52 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Conrução do exo
O tópio fraal oriena o deenvolvimeno do parágrafo de inrodução e faz om que o auor manenha-e oerene e não fuja do objeivo eabeleido. O parágrafo pode variar muio de exo para exo, e undo a inençõe do auor. O manuai de redação de jornai oumam reomendar amanho limie para o parágrafo. Conudo, de maneira al uma ele deve repreenar uma “amia de força” para a produção do exo. Na verdade, é na divião do auno que e afi ura o amanho do parágrafo, e há muio ou pouo a dizer em orno da ideia nele deenvolvida. Depende, ambém, do gênero produzido, e é uma nar ação, ujo núleo é um inidene; uma derição, que apreena fragmeno de paiagem, peoa, ou ambiene em um deerminado inane; ou uma dieração, que apreena e diue ideia. Se undo Geraldi (2003, p. 137), para produzir um exo é neeário er em mene al uma poura, ou eja: a) o que dizer; b) uma razão para dizer o que e em a dizer; ) para quem dizer o que e em a dizer; d) o louor que e oniua omo al, enquano ujeio que diz o que diz para quem diz; e) eo ha de eraégia para realizar. É apena nea irunânia, de efeiva ineração, que o auor pode e ornar um ujeio do que exprea.
3.2 Formas de desenvolvimento do parágrafo inúmerainiulado forma dedeeópio iniiarfraal e, emdeve e uida, deenvolver parágra-a fo. OHá parágrafo apena aponar aoqueão er deenvolvida, logo, deve er inéia para que, no parágrafo e uine, eja poível diuir amplamene o ema a er raba hado. Um parágrafo deve reomar o ouro e areenar uma nova ideia, ou reapreená-la om nova oloaçõe, o que o orna inerdependene. Já o parágrafo final deve reomar o iniial, apreenando oluçõe e reafirmando a ua linha de diuão. – 53 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Leiura e Eria na Era Digial
O modelo de parágrafo onvinene, propoo por Sefhen Toulmin (2006), na obra O uo do a umeno, é aquele que apreena rê elemeno eeniai, a aber: a afirmação, a informação e a garantia. É poível uar ee elemeno de vária maneira na onrução do parágrafo. No enano, a afirmação apreena a ideia prinipal, a informação oném o dado que uporam a afirmação e a garantia é a ligação enre o doi elemeno aneriore, reforçando a imporânia da informação para defender a afirmação. No parágrafo a e uir enonram-e o rê elemeno: “Toó eramene pena que eamo louo porque paramo o ar o em pleno ampo. Cor e e lae agiadamene omo e per unae e há algo de er ado” (SERAFINI, 1991, p. 57). Idenifiamo a afirmação na frae: “Toó eramene pena que eamo louo”; para er ompreendida, ela preia da informação: “or e e lae agiadamene”,que erá reforçada pela garantia: “omo e per unae e há algo er ado”. Nee ouro exemplo podemo pereber que a garania não eá explíia omo no primeiro, ma é failmene ubenendida pelo leior. “Arur eá nervoo: ua e ri em parar” (SERAFINI, 1991, p. 57). 2
Afirmação : “Arur eá nervoo.”
2
Informação: “ua e ri em parar.”
2
Garantia: ubenende-e que ea ão araceríia que expream eu nervoimo.
Pouindo oniênia dee elemeno podemo, enão, uar a vária forma de deenvolvimeno de um parágrafo. Enre ela, deaam-e a e uine: por empo e epaço; enumeração de pormenore ou fao; onrae de ideia; razõe, aua e onequênia; expliiação; analogia, omparação e meáfora; repoa a uma iner ogação; iaçõe direa ou indirea. – 54 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Conrução do exo
Leia o exo a e uir para idenifiar o diferene ipo de deenvolvimeno de parágrafo.
Homo connectus
Uma harge em reene número da revia e New Yorker morava uma animada mu her, ao elefone, onvidando o amigo para uma feinha em ua aa. “Vai er daquela reuniõe om odo mundo o hando para eu iPhone”, ela diz. O leior apou? A leiora ahou graça? Carunia ão mai rápido do que anropólogo e mai direo do que romania. Capam o fenômeno quae no momeno memo em que vem à luz. O fenômeno em queão é o poder magnéio do iPhone, BlakBer ie e imilare. O ao de ompra dee apare hinho é um onrao que vinula mai que aameno. A peoa e obrigam a pari har a vida om ele. Na harge da New Yorker, a mu her eava onvidando para uma fea em que, ela abia – e aé e enuiamava om io –, a peoa fiariam o hando para eu iPhone ainda mai do que uma para a oura. É aim, dede a enaional erupção do ai apare hinho, e não ó na oaiõe oi ai. Até na eõe do Supremo O memo oor e na reuniõe de raba ho. Chegam o pariipane e ada um já vai depoiando à mea o reseivo maphone (o nome do gênero a que perenem a eséie). Dali para frene erá um o ho lá e ouro á, um na reunião e ouro na elinha. Não dá para
degar ar dela. De repene pode hegar uma menagem, apareer uma noíia imporane, ur gir a neeidade de uma onula no Google. O que vale para reuniõe oiai e de raba ho vale ambém para a eõe do Supremo Tribunal Federal. uem aiiu pela TV Juiça, na emana paada, ao iníio do julgameno da ompeênia do Cone ho Naional de Juiça, aiiu a uma ena exemplar. – 55 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Leiura e Eria na Era Digial
Falava o repreenane da Aoiação do Magirado Braileiro. A TV Juiça, om eu apego pela âmera parada, modelo Jean-Lu Godard, enquadrava o orador e, ará dele, quaro adeira da primeira fila da aiênia. Trê dela eavam oupada, a primeira por uma moça que, oiada, nãoheiro oneujo uiaormeno, e livrar de um aaque de epir era o, não e a one ourauir dua por ava i ualmene ompulivo, e livrar domaphone. (Se o leior ainda não e deu ona, o me hor, na TV Juiça ou na TV Câmara, é obervar o que e paa ao fundo.) O doi ava heiro apreenavam reaçõe araceríia do Homo connecu . Um o ho lá, ouro á. De vez em quando, um dele uardava o elefoninho no bolo. Será que agora vai oegar? Não; minuo depoi, aava-o de novo. E e hega uma menagem? Uma noíia? À veze o maphone exigia mai que um imple o har. Requeria o afago do dedo, naquele geo que ane ervia para epanar uma ujeirinha na roupa, e hoje é o modo de onverar om a elinha. Quando o repreenane da Aoiação do Magirado erminou o diuro, veio oupar a adeira que eava vazia. Agora era ua vez! Saou o maphone e, o ho lá e o ho á, ele o põe no bolo, ira, o ha, onula de novo, enquano o orador e uine e apreenava. Silenioo, o smartphones ão oialmente mai aeitávei O elefoninho esero vem provoando deiiva aleraçõe na ordem da oia. O er humano é inigado a deenvolver nova habilidade, omo a de oar na ela e onduzi-la ao fim deejado, em que deande, furioa e inubmia. Implanam-e novo hábio oiai. No empo do elular puro e imple, aquele biho que ó elefonava, havia reriçõe a eu uo. Não em ambiene mai debohado, omo a Câmara do Depuado, por exemplo, onde empre foi e oninua a er uado em peia. Em lugare de maior ompoura, o elulare ão eviado porque fazem baru ho – diparam a oar ampainha ou muiquinha e ó permiem omuniação via voz. Já omaphone podem er deaivado na função elefone, ma oninuar, em reseioo ilênio, na função elinha. – 56 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Conrução do exo
Daí erem oialmene mai aeiávei. Há uma grande devanagem, porém. O apare hinho pare a peoa ao meio. Meade dela eá na fea, meade no maphone. Conluída ua oração, meade do enhor da Aoiação do Magirado oninuou na eão do Supremo, meade evadiu-e para o apare hinho. Pode er que o apare hinho he enha razido informaçõe fundamenai para ua aua. Ma pode er ambém que enha perdido informaçõe fundamenai, ao não aompanhar o orador e uine. Qual o remédio, para a divião da peoa em dua, meade ela mema, meade eu maphone? Se abrir mão do apare hinho esá fora de quesão, omo fazer? Abrir mão do apare hinho, depoi de oda a failidade que rouxe, eá fora de queão. Se é para abrir mão de um do doi lado, que eja o da peoa. Por exemplo: invenando-e um maphone apaz de ugá-la e reproduzi-la em eu bojo. A reuniõe oiai, a de raba ho e a eõe do Supremo eriam feia ó de maphone, em a inermediação humana. Delírio? O leior equee-e do que a Ap le é apaz. E e hega uma menagem? Uma noíia? TOLEDO, R. P. de. Homu onnetu. Diponível em: . Aeo em: 1 ago. 2012. © Ediora Abril
Paaremo agora a idenifiar o diferene ipo de deenvolvimeno de parágrafo endo omo upore o exo aima. 3.2.1 Desenvolvimento por tempo e espaço Ao redigir, muia veze uilizamo a apreenação do quando e do onde , reseivamene, o empo e o lugar do fao e ideia diuida. Há vária palavra que dão a noção de empo e lugar. Tempo: agora, ane, afinal, apó, enfim, frequenemene. Luga r: aqui , ali, ao lado de, abaixo de, defrone , além.
– 57 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Leiura e Eria na Era Digial
“Uma harge em reente número da revita e New Yorker morava uma animada mu her, ao elefone, onvidando o amigo para uma feinha em ua aa. “Vai er daquela reuniõe om odo mundo o hando para eu iPhone”, ela diz. [...] Dali para frente, erá um o ho lá e ouro á, um na reunião ouro na elinha. [...] uem aiiu pela TV Juiça, na emana paada, ao iníio do julgameno da ompeênia do Cone ho Naional de Juiça, aiiu a uma ena exemplar” (TOLEDO, 2012, grifo noo).
3.2.2 Desenvolvimento por enumeração de pormenores ou fatos
A enumeração pode er feia om expreõe própria da ideia de enumerar, omo: em primeiro lugar, a e unda, na fae iniial, na equênia. É poível, ainda, erever o fao em equênia naural, que dá ambém ea noção. “A TV Juiça, om eu apego pela âmera parada, modelo Jean-Lu Godard, enquadrava o orador e, ará dele, quaro adeira da primeira fila da aiênia. Trê dela eavam oupada, a primeira por uma moça que, oiada, não one uia e livrar de um aaque de epir o, e a outra dua por ava heiro ujo ormeno, i ualmene ompulivo, era não one uir e livrar do maphone. [...] Agora era ua vez! Saou o maphone e, o ho lá e o ho á, ele o põe no bolo, tira, o ha, onulta de novo, enquano o orador e uine e apreenava” (TOLEDO, 2012, grifo noo).
3.2.3 Ordenação do parágrafo mediante contraste de ideias O onrae em por mea evideniar a diferenç a enre a ideia apreenada. Pode-e onraar elemeno por elemeno ou e dizer udo obre um fao ou objeo e depoi obre o ouro . Depende do eilo que e quer dar
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Conrução do exo
ao exo. Al uma palavra que evideniam o onrae ão: aqui, lá, ao onrário, ma e no enano. No exemplo a e uir, emo uma onradição de ideia em orno do memo objeo: Cartunita ão mai “O leior A leiorae ahou graça? do rápido do queapou? antropólogo mai direto que romanita. Capam o fenômeno quae no momeno memo em que vem à luz.” [...] Pode er que o apare hinho he tenha trazido informaçõe fundamentai para ua aua. Ma pode er também que tenha perdido informaçõe fundamentai, ao não aompanhar o orador e uinte . Qual o remédio, para a divião da peoa em dua, meade ela mema, meade eu maphone ?” (TOLEDO, 2012, grifo noo).
3.2.4 Ordenação do parágrafo por razões, causas e consequências Ee é um proeo muio preene no parágrafo dieraivo, uma vez que o auor quer onvener, peruadir o leior. Muia ão a palavra e expreõe que relaionam aua e onequênia: om efeio, porano, omo onequênia, por ona dio, poi, por io. Vejamo o exemplo a e uir.
“O elefoninho esero vem provoando deiiva alteraçõe na ordem da oia . O er humano é inigado a de envolver nova habilidade, omo a de oar na ela e onduzi-la ao fim deejado, em que deande, furioa e inubmia. Implanam-e novo hábio oiai. No empo do elular puro e imple, aquele bi ho que ó elefonava, havia reriçõe a eu uo” (TOLEDO, 2012, grifo noo) . 3.2.5 Ordenação por explicitação
Expliiar é elareer, definir, juifiar, exemplifiar. A definiçõe inluem o verbo er ou oura expreõe, omo: não ó, ma ambém, ou – 59 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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eja. O exemplo ão iluraivo, buam na realidade elemeno onreo, fao oor ido para onreizar a ideia que e apreena. Palavra que inroduzem a exemplifiação: por exemplo, omo al. “Uma hargeem reene número da revia e New Yorker [...]. Qual o remédio, para a divião da peoa em dua, meade ela mema, meade eu maphone? Abrir mão do apare hinho, depoi de oda a failidade que rouxe,eá fora de queão. Se é para abrir mão de um do doi lado, que eja o da peoa.Por exemplo: invenando-e umma phone apaz de ugá-la e reproduzi-la em eu bojo. A reuniõe oi ai, a de raba ho e a eõe do Supremo eriam feia ó de maphone, em a inermediação humana”(TOLEDO, 2012, grifo noo).
3.2.6 Desenvolvimento por analogia, comparação e metáfora
Para al, o auor vale-e de palavra ou ideia que eabeleem emehança no ao da analogia e omparação. São palavra omparaiva: omo, aim omo, do memo modo, da mema forma. A analogia é “um fenômeno de ordem piológia, que onie na endênia de nivelar palavra ou onruçõe que de ero modo e aproximam pela forma ou pelo enido, levando uma dela a e modelar por oura” (LIMA apud GARCIA, 2010, p. 219). Por ea apaidade de inaurar um prinípio de idenidade enre elemeno dei uai, a analogia aproxima-e de fi ura omo a alegoria, a omparação e a meáfora. Na meáfora, a omparação não neeia da palavra omparaiva, omo vemo no exemplo a e uir. “O fenômeno em queão o poderdee magnéio iPhone, BlakBer ie e imilare. O ato deéompra apare do hinho é um ontrato que vinula mai que aamento. A peoa e obrigam a pari har a vida om ele. [...] O telefoninho eerto vem provoando deiiva aleraçõe na ordem da oia” (TOLEDO, 2012, grifo noo). – 60 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Conrução do exo
3.2.7 Desenvolvimento por perguntas
A per una erve para hamar a aenção do leior e erá repondida no deor er do exo. É uma per una reória porque não exige repoa; eu objeivo é forçar o leior a repondê-la menalmene e avaliar ua impliaçõe. Quiniliano (35-100 d.C.), reório romano, afirmou que a per una reória aumenam a força e a ir efuabilidade da prova. “O leior aptou? A leiora ahou graça? [...] Qual o remédio, para a divião da peoa em dua, meade ela mema, meade eu maphone? [...] Delírio? O leior equee-e do que a Ap le é apaz.” (TOLEDO, 2012, grifo noo).
3.2.8 Desenvolvimento por citações diretas ou indiretas
A iação araceriza-e omo um de ar via. umeno de auoridade é largamene uilizada para reforçar o pono Se direa, deve-e eoloar enre apa, e não, faz-e uma paráfrae. No exo em queão, o auor faz uma iação indirea ao referir-e ao direor de ine ma: Há uma iação direa na inrodução, omo vemo a e uir. “‘Vai er daquela reuniõe om odo mundo o hando para eu iPhone’, ela diz ” (TOLEDO, 2012, grifo noo). Para e hegar ao final de um parágrafo ou de um exo, vário aminho foram ri hado: eo heu-e o ema; delimiou-e o auno; raçou-e o objeivo do exo; fez-e a inrodução do exo; deenvolveu-e o exo om diferene ipo de parágrafo poívei. 2 2 2 2 2
– 61 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Leiura e Eria na Era Digial
Chegou o momeno do parágrafo de onluão. Nele pode-e fazer uma revião do aseo apreenado no deenvolvimeno e ainda reforçar o pono de via do auor. Deve-e eviar uar a expreõe “em minha opinião”, “no meu pono de via” ou “aho que” uma vez que io já eá implíio. Porano, quando e domina a eraégia de onrução de parágrafo ornam-e a oerêniaevidene e a ênfae.a rê q ualidade fundamenai do memo: a unidade, Reflita
A arte de escrever
Há, portanto, uma arte de escrever – que é a redação. Não é uma prerrogativa dos literatos, senão uma atividade social indispensável, para a qual falta, não obstante, muitas vezes, uma preparação preliminar. A arte de falar, necessária à exposição oral, é mais fácil, na medida em que se beneficia da fala cotidiana, de cujos elementos partemdaemprática princípio. O que há de comum, antes de tudo, entre a exposição oral e a escrita, é a necessidade da boa composição, isto é, uma distribuição metódica e compreensível de ideias. Impõe-se igualmente a visualização de um objetivo definido. Ninguém é capaz de escrever bem se não sabe bem o que vai escrever. Justamente por causa disso, as condições para a redação, no exercício da vida profissional ou no intercâmbio amplo dentro diversasdizer, das da redação escolar.daAsociedade, convicçãosão domuito que vamos a importância que há em dizê-lo e o domínio de um assunto da nossa especialidade destituem a redaç ão do caráter negativo de mero exercí cio formal, como tem na escola. Qualquer um de nós, senhor de um assunto, é, em princípio, capaz de escrever sobre ele. Não há – 62 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Conrução do exo
um jeito especial para a redação, ao contrário do que muita gente pensa. Há apenas uma falta de preparação inicial, que o esforço e a prática vencem. Por outro lado, a arte de escrever, na medida em que consubstancia a nossa capacidade de expressão do personalidade pensar e do sentir, tem deemfirmar raízes na nossa própria e decorre, grande parte, de um trabalho nosso para desenvolver a personalidade por este ângulo. […] A arte de escrever precisa assentar em uma atividade preliminar já radicada, que parte do ensino escolar e de um hábito de leitura inteligentemente conduzido; depende muito, portanto, de nós mesmos, de uma disciplina mental adquirida pela autocrítica e pela observação cuidadosa do que outros com bom resultado escreveram. CAMARA JR., J. M. Manual de expressão oral & escrita. Petrópolis: Vozes, 1983. p. 29.
Da teoria para a prática É imporane que o idadão braileiro aibam que, na Die ize Curiculae Nacionai paa o Enino Funda enal (BRASIL, 2010, p. 2-3), vamo enonrar, no Ar. 7°, a e uine deerminação: De aordo om ee prinípio, e em onformidade om o ar. 22 e o ar. 32 da Lei nº 9.394/96 (LDB), a propoa urriulare do Enino Fundamenal viarão deenvolver o eduando, ae urar- he a formação omum indisenável para o exeríio da idadania e forneer- he o meio para progredir no traba ho e em etudo poteriore, mediane o objeivo previo para ea eapa da eolarização, a aber: I – o deenvolvimento da apaidade de aprender, tendo omo meio báio o pleno domínio da leitura, da erita e do álulo ;
– 63 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Leiura e Eria na Era Digial II – a ompreenão do ambiene naural e oial, do iema políio, da are, da enologia e do valore em que e fundamena a oiedade; III – a aquiição de onheimeno e habilidade, e a formação de aiude e valore omo inrumeno para uma vião ríia do mundo; – o foraleimeno IV de reíproa família, do olidariedade humana edo devínulo olerânia emlaço que de e aena a vida oial. (grifo noo).
Dee modo, o prinípio fundamenal para ornar-e um idadão, om inerção no merado de raba ho e no epaço oiai, é o domínio da e ria e da leiura om onheimeno do gênero exuai, ou eja, do vário ipo de eria para ada iuação oial que poibiliarão a ineração e omuniação no epaço oiai. Ler e erever ão, porano, ompromio de odo, em oda a área; ranforma-e em um projeo mulidiiplinar, poi, em iênia, é poível exrapolar o oneio rializado pela lin uagem ienífia; em maemáia, raniar ua diferene lin uagen: ariméia, geoméria, algébria, gráfia; em geografia, fazer raba ho de ampo e realizar pequia bi liográfia variada; em hiória, raba har exemplare de odo ipo: ara, dereo, eriura, noíia, legilação variada, diário de viagem, doumeno peoai. No enano, a realidade no mora que, no primeiro ano do uro uperiore de divera área , a fala de domínio da eria e eu gêne ro exuai é evidene. Por ee moivo, há pequia para a implanação do “lerameno aadêmio” no enino uperior, para que odo poam raniar pelo meio aadêmio uando a lín ua eria om qualidade e efiiênia. Dica de filme
Escritores da liberdade traz essa concepção na O filme A prática. professora assume uma escola totalmente adversa, composta por alunos de diferentes culturas, economicamente carentes e vivendo em locais extremamente violentos, dominados pela droga. É uma história real e a personagem principal adota a metodologia dos gêneros textuais para resgatar a vida e a atenção dosadolescentes.
– 64 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Conrução do exo
Inicia com a escrita de um diário, faz a leitura deum livro de memórias e vai construindo um sentido navida de todos. Escritores da liberdade é baseado no best-seller O diário dos escritores da liberdade. ESCRITORES da liberdade. Direção de RichardGravenese. La Estados Unidos: color., Paramount Pictures, 2007. 1 filme (122 min), sonoro, legenda, 35 mm.
Síntese Nee apíulo, eudamo a eruura do parágrafo. Perebemo que e raa de uma unidade de omuniação ompoa por inrodução, deenvolvimeno e onluão. Quano maior for a noa inenção omuniaiva, a finalidade de noa inerloução, mai ideia preiamo apreenar e, po rano, mai parágrafo, uma vez que ada parágrafo é reponável pelo ranpore de uma ideia. Ideia nova, novo parágrafo. A inrodução do parágrafo – o ópio fraal – e a do exo deve er objeiva, onia e preia, para que o leior enenda o que queremo ranmiir e omo iremo defender noa ide ia no ouro parágraf o, que erão erio om uma relação de inerdependênia. Para deenvolver o parágrafo, podemo uar vário formao. Enre ele deaamo o uo de empo e epaço, aua e onequênia, exemplo, definiçõe, enumeraçõe, onrae e analogia e iner ogaçõe. Não e pode equeer que o úlimo parágrafo é o feho e deve reomar a ee apreenada no ópio fraal. Quano maior o número de eraégia uilizada, mai laro e onvinene erá o noo diálogo om o leior.
– 65 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
4 Tecendo os parágrafos
N
,
oninuar om a eiura do exo
omo uma unidade lin uíia onrea que bua uma ineração omuniaiva enre leior e erior, ouvine e falane. Traaremo de doi oneio fundamenai para a onrução da unidade e do enido do exo: a oerênia e a oeão. Ee doi aseo aminham juno omo doi faore inerdependene, poi, para haver oerênia, é neeária a oeão que, por eu lado, promove a oerênia. É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Leiura e Eria na Era Digial
No enano, no ao da eria ou fala pode aoneer de e produzir um exo om odo o reuro de oeão e, ainda aim, ele não er oerene, ou produzir um exo oerene memo em a oeão. Vamo ao eudo de ada um dee oneio, om ua pariularidade, para adenrar no mundo do bom exo.
4.1 Coerência textual É imporane penar, ane de diuir oerênia exual, obre o ignifiado que ea palavra ranmie. Se undo o diionário on-line Calda Aulee, oerênia é: 1. Relação lógia e harmônia enre ideia, ao, iuaçõe; lógia, nexo. Ex. A oerênia do depoimento om o fato reai. A oerênia entre o diuro e a prátia. 2. Qualidade, ondição, eado do que em oerênia. Conheendo ua ideia, é notória a oerênia de eu ato.
3. Lógia inerna enre o elemeno de um iema, omo enre ar umeno, ideia, açõe e., auênia de onradiçõe ou paradoxo enre ele: Seu texto ão todo de uma grande oerênia . 4. Prevalênia de uma uniforme maneira de al uém penar, proeder, julgar, e. (AULETE, 2012, . p., grifo noo).
Logo, a oerênia enquano qualidade eá preene no i maginário oleivo omo algo que e deve er para er levado a ério pelo ouro, uma vez que, em ela, fia-e onfuo, alienado, não e é enendido. Por ee moivo, é omum ouvirmo al un omenário, omo “Noa, omo voê é inoerene” ou “O que voê eá dizendo não em enido”, enre ouro. Aim,produzido oerêniapelo exual é o aribuo pelo eabeleimeno do enido leiore no ao dareponável leiura. Deve enonrar-e ano em quem ereve quano em quem lê, em oura palavra, ela deenvolve-e no enrelugar auor-exo-leior durane o ao de leiura. Ou eja, em-e a oerênia inerna – projeada no proeo de produção do exo, na odifiação – e a oerênia exerna, que oor e no enonro do leior om o exo no proeo de deodifiação e inerpreação. – 68 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Teendo o parágrafo
A oerênia i nerna é enrada no erior e na ompaibilidade enre o exo omo um odo e a pare que o ompõem, e onreiza-e na ineração que e eabelee durane o ao de leiura, logo ela exie ane da leiura, omo poenial do exo, endo onreizada durane e apó ee ao. A inoerênia oor e moivada por vário faore, omo pro lema de aenuação, orografia, junção da frae e parágrafo, uo inadequado de voabulário, aseo relaionado à oeão exual e que ompromeem a lógia na expoição da ideia. João Carlo vivia em uma pequena aa onruída no alo de uma olina árida, uja frene dava para o lee. Dede o pé da olina e epa hava em oda a direçõe, aé o horizone, uma planíie obera de areia. Na noie em que ompleava 30 ano, João, enado no degrau da eada oloada à frene de ua aa, o hava o ol poene e obervava omo a ua ombra ia diminuindo no aminho obero de grama. De repene, viu um avalo que deia para ua aa. A árvore e a fo hagen não he permiiam ver diinamene; enreano, obervou que oera avalo Ao oque harhá de20 mai pero, que o viiane eu fiera homano. Gui herme, ano inhaverifiou parido para aliar-e no Exério; e, em odo ee empo, não havia dado inal de vida. Gui herme, ao ver o pai, demonou imediaamene, or eu aé ele, lançando-e no eu braço e omeçando a horar (KOCK; TRAVAGLIA, 1990, p. 32). O que orna inoerene, em enido, o exo deaado aneriormene, não é apena a exenão que ele poui, ma ua inaeiabilidade. Ele oném profunda onradiçõe, enre ela: João em rina ano e eu fi ho inha parido há vine, om 18 ano; a planíie era obera de areia e depoi obera de grama; ele morava no alo da olina e o avalo deia para hegar, e. No enano, apear de oda ea onradiçõe, o exo poderia, numa leiura deaena, paar por um exo oerene. Porano, ao e erever um anúnio, um araz, um reado, a leiura aena deve er redobrada – para eviar er o e não provoar onfuão na lógia do exo – e efeivada pelo leior. – 69 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Leiura e Eria na Era Digial
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No primeiro anúnio, pode-e enender ambém que domingo não é dia e, no e undo, que um dia voê raba ha deanando. A oerênia exerna eá enrada no leior. Ele, porém, pode não enender o que o exo quer dizer e não one uir ompreender a lógia do auor, por mai que a oerênia inerna enha ido bem arquieada. Dea forma, o leior oniderará o exo inoerene. Conforme vimo no exemplo dado, muia veze exo mal elaborado aabam afirmando algo diferene da real inenção do auor. Oura poibilidade é de que o leior não domine a lin uagem uilizada pelo auor ou não onheça o onexo no qual e para o qual o exo foi produzido. Para Koh e Travaglia (1990, p. 61), “o onheimeno de mundo é vio omo uma eséie de diionário enilopédio do mundo e da ulura arquivado na memória”. A oerênia, porano, longe de oniuir “mera qualidade ou propriedade do exo, é reulado de uma onrução feia pelo inerlouore, numa iuação de ineração dada, pela auação onjuna de uma éri e de faore de ordem ogniiva, iuaional, oioulural e ineraional” (KOCH; TRAVAGLIA apud KOCH, 2005, p. 52). Cada ipo de exo em ua eruura própria, por io, o meanimo de oerênia e de oeão (ea endo uma oura enre a pare do exo que e faz om uo de elemeno oneore, o quai englobam numerai, arigo, onjunçõe, pronome enre oura lae gramaiai) ambém vão e manifear de forma diferene, onforme e rae de um exo nar aivo, deriivo ou dieraivo-ar umenaivo. – 70 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Teendo o parágrafo
No texto nar ativo, a oerênia eá relaionada om a ordem emporal, ronológia, adoada para apreenar o fao. [...] a vida não omeçam quando a peoa naem, e aim foe, ada dia era um dia ganho, a vida prinipiam mai arde, quana veze arde demai, para não falar naquela que, mal endo omeçado já e aabaram. [...] Ah, quem ereverá a hiória do que poderia er ido? (SARAMAGO, 1988, p. 16). Nee fragmeno, Saramago afirma que “a vida não omeçam”, na equênia diz “a vida prinipiam mai tarde”, depoi “arde demai” e “mal endo omeçado já e aabaram”. Io no dá uma noção evidene de equenialidade do fao. No texto deritivo, a oerênia eá relaionada em função de uma ordem epaial da araceríia daquilo que e dereve, eja uma peoa, um enário, um objeo. A oerênia e dá quando o leior one ue viualizar, om a fore adjeivação da ore, volume, odor, exura, dimenõe, o odo a parir dea araceríia . […] al uma araceríia […] inai imporane […] vamo derever. Obervem o o ho, que êm a prega no ano, e a pálpebra o líqua […] o dedo mindinho da mão, arqueado para denro […] ahaameno da pare poerior do rânio […] a hipoonia muular […] a baixa implanação da ore ha e […] (TEZZA, 2008, p. 45). Crióvão Tezza, nea derição, no faz uma apreenação biológia foográfia do peronagem (eu fi ho), uma riança om Síndrome de Down . No texto diertativo-ar umentativo, é muio imporane para a oerênia a ordem lógia da ideia. Na dieração, ão apreenado ar umen o, dado, opiniõe, a fim de defender uma ideia ou queionar um auno. Para al, é neeário uar adequadamene oneivo eseífio para exprear a aua, finalidade, onluão, ondição, e. É imporane, ambém, que a ar umenação eeja de aordo om a ee levanada e a onluão deve e r a deor ênia lógia dea ar umenação. – 71 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Leiura e Eria na Era Digial
A onemporaneidade e araceriza pelo empo abreviado. Fala de empo. Fala de empo de ler e de erever. Fala de onao om exo e onexo que inenivem a leiura omo experiênia. Nela vivemo o paradoxo: muio e fala obre leiura, muio e propõe, ma o livro mai vendido oninuam endo o didáio. No Brail, em mai de 90% do muniípio não há livraria, além de erem muio preária ou quae i nexiirem a bi lioea. Quando não é aim, a quanidade de exo e de eímulo aenua a leiura iner ompida. Ao pouo e ada vez mai, além da inompleude que mara o ao de ler, faz-e uma leiura fragmenada. E aqui é preio difereniar a eria em fragmeno (onde ada pare, omo uma ruína no enido benjaminiano, oném a lei do odo) da fragmenação a que aiimo, que no afea e que praiamo. Fragmenação ambém da leiura. Leem-e pedaço de exo ada vez mai uro, menagen, reho, reumo, informaçõe. De que maneira a riança e o joven repondem a oda ea ranformaçõe? Em geral, a leiura impreiona de modo diferene aquele que lê e é feia na juvenude ou na mauridade, ainda que a ideia, açõe, valore e enimeno poam ir e planando memo e o leior dio não e dá ona. Ma na vida onemporânea há empo e epaço para leiura que ejam feia omo experiênia? Há livro diponívei e políia ulurai que favoreçam ai práia? (KRAMER, 2000, p. 20). Ea é uma reflexão perinene para odo o uuário da lín ua uma vez que, e não houver empo e epaço para a leiura em noo oidiano, haverá um apagão da leiura. Para que io não oor a, é imporane a preença de políia pú lia de inenivo à leiura, o que reponde a per una feia por Sonia Kramer. Sei ão o ipo de oerênia, e undo Koh e Eli a (2006, p. 23): ináia, emânia, emáia, pragmá ia, eilíia e genéria. 1. Coerênia intátia: depende do onheimeno lin uíio do uuário da lín ua. Exige o domínio do léxio, do uo do oneivo, o reseio à ordem do elemeno da frae. – 72 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Teendo o parágrafo
2. 3. 4.
Coerênia emântia : evidenia-e pelo uo adequado d a palavra ou expreõe e ua relaçõe de enido produzido no exo. Coerênia temátia: oor e quando o enuniado preene no exo ão imporane para o ema que e eá diuindo. Coerênia pragmátia: preia que em uma equênia de ao de
fala ele eejam relaionado adequadamene, em e um memo ao realizarem-e diferene açõe, não omopodendo per unar dar ordem, ou dar ordem e anar. 5. Coerênia etilítia: depende da iuaçõe ineraiva em que o uuário da lín ua irá e enonrar. Para ada uma há um eilo apropriado que deve er reseiado. 6. Coerênia genéria : reai obre a araceríia do gênero exual, omo finalidade, oneúdo, eilo e forma em onformidade om a práia oial a er realizada. Porano, o que e bua om a oerênia é a unidade do exo. Independenemene da forma que o auor dá a ele, e houver unidade de enido, haverá oerênia. Veja, a e uir, um exemplo de exo que em um onjuno aleaório de referênia e, memo aim, one ue deixar evidene o enido. — ue pão! Doe? de mel? de açúar? de ló? de mio? de rigo? de miura? de rapa? de aruga? de obor a ho? do éu? do anjo? braileiro? franê? ialiano? alemão? do Chile? de forma? de bugio? de poro? de galinha? de páaro? de minuo? ázimo? beno? brano? dormindo? duro? abido? aloio? eo? e undo? noo de ada dia? ganho om o uor do roo? que o diabo amaou? ANDRADE, C. D. A eerna impreião da lin uagem. In: SILVEIRA, M. H. A. Comuniação, expreão e ultura braileira. Perópoli: Voze, 1971. n. 3.
Nee exo, a oerênia foi poível a parir do íulo propoo por Drummond ao leior e omprovada om a enumeração de vária palavra e expreõe que e aproximam e e afaam no enido. – 73 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Leiura e Eria na Era Digial
4.2 Coesão textual Para que um exo não eja um amonoado de frae e parágrafo, há neeidade de e realizar a oura dea pare que o formam. A oura é feia om elo que promovem a ranição de uma frae para oura, de um parágrafo para ouro, de uma ideia para oura. Al uma veze, o elo reoma o que já foi diodee,ooura veze, areenar de nova Oudenro eja, é um proeo har para ráugere e paraoadiane. A oeão oor ideia. e, enão, da frae e enre a frae e parágrafo. Koh e Travaglia (1990, p. 13) oneiuam a oeão omo “o fenômeno que diz reseio ao modo omo o elemeno lin uíio preene na uperie exual e enonram inerligado, por meio de reuro ambém linuíio, formando equênia veiuladora de enido”. Para Plaão e Fiorin (1996, p. 35), a oeão exual “é a ligação, a relação, a onexão enre a palavra, expreõe ou frae do exo.” Para e produzir a oeão, é neeário uilizar o reuro do iema léxio-gramaial da lín ua. Ora e rão uilizado reuro da gramáia, ora do léxio. O auore Ha liday e Haan elenam vária poibilidade de e fazer a oeão omo por meio de referênia, ubiuição, elipe, onjunção e, ainda, lexialmene enre um elemeno do exo e al um ouro elemeno imporane para a ua inerpreação (KOCH, 1990, p. 18). A e uir, apreenaremo o elemeno mai imporane a erem empregado para ae urar a oeão. 4.2.1 Coesão referencial
A referênia é feia por pronome peoai, poeivo, demonraivo ou advérbio e expreõe adverbiai que indiam loalização. Oberve o exemplo a e uir. O eádio é um do me hore da idade. Seu dirigene e preoupam muio om a limpeza e e urança. Ele reebeu o prêmio deaque eporivo 2011. 2
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Há uma grande diferença enre João e Joé. Ete uarda ranor de odo, enquano aquele ende a perdoar. – 74 –
É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Teendo o parágrafo 2
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Não podíamo deixar de ir ao Louvre. Lá eá a obra-prima de Leonardo da Vini, a Mona Lia. Vamo fazer um exeríio que é i ual ao de onem.
4.2.2 Coesão por substituição
A ubiuição é uada quando a referênia não é idênia e um iem pode er oloado em lugar de ouro, ou de uma frae ineira. Oberve o exemplo. Margaree omprou uma amia or-de-roa, ma Criina preferiu uma verme ha. O padre ajoe hou-e. Todo fizeram o memo. Mae um frango ativo e roliço. Prepare- o e ore- o. Ae- o durane uma hora. 2
2 2
4.2.3 Coesão lexical
A oeão lexial depende da uilização de palavra já dia, om o uo de inônimo, hiperônimo, nome genério ou palavra do memo ampo emânio (ou eja, ão palavra diferene, ma que e aproximam pelo enido, omo no ao aluno/eudane; quadrado/reân ulo, loango/quadriláero). Podemo afirmar que e deigna omo emânia a iênia que e preoupa om o ignifiado da manifeaçõe lin uíia que é onruído pela informaçõe ulurai. Oberve o exemplo: repeição – O diretor enrou na ala. O diretor eava araado. inônimo – A eretária enrou na ala. A eretária eava araada. 2 2
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hiperônimo – Pedro deenhou quadrado, retân ulo e loango. O quadrilátero eavam or eo.
2
nome genério – Pedro deenhou quadrado, retân ulo e loango. A fi ura geométria eavam or ea.
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palavra do memo ampo – A emprea eava abera. Dezena de diretore e funionário irulavam no or edore. – 75 –
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4.2.4 Coesão por elipse O pronome, o verbo, o nome e enença, em muia frae, podem ear implíio e não preiam e r repeido. Oberve o exemplo. 2 Ele aordaram e [...] viajaram. (pronome – ele) 2 O minitro foi o primeiro a hegar. [...] Abriu a eão à oio em pono e [...] fez enão eu diuro emoionado. (nome – minitro) 2 Eu omprei amia, minha irmã, [...] aia. (verbo – omprou) 2 Voê já leu todo o livro? – Li. (frae – já li todo o livro) 4.2.5 Coesão por conjunção A onjunçõe eabeleem relaçõe ignifiaiva eseífia enre o elemeno do exo. São oneore reponávei pelo enadeameno enre oraçõe ou pare do exo, eabeleendo relaçõe de enido. Oberve o exemplo. 2 2
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Fomo ao Rio de Janeiro. Depoi , janamo em Perópoli. Não adiana omar aiude radiai nem fazer de ona que o prolema não exie. Voê devia ear preoupado om eu fuuro, ito é, om a ua obrevivênia. Não eou deonene om eu deempenho, ma om ua ar ogânia.
4.2.6 Sentidos estabelecidos pelos conectivos 4.2.6.1 Conectivos coordenativos
São realizado pela onjunçõe oordenada elenada a e uir. Adição : e, nem, ambém, não ó... ma ambém. Exemplo: Ela faz epore e raba ha. Alternânia : ou... ou, quer... quer, eja... eja. Exemplo: Ou ela viaja ou raba ha. 2
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Opoição, ontrate: ma, porém, odavia, onudo, enreano, enão, que. Também a louçõe: no enano, não obane, ainda aim, apear dio. Exemplo: Ela raba ha, no entanto não euda. Conluão (em relação à oração anterior): logo, porano, poi
(popoo verbo). Também a louçõe: por io, por oneuine, peloaoque… Exemplo: Ela raba hou om dediação, logo o projeo deverá er aprovado. Expliação (jutifiam a propoição da oração anterior ): que, porque, porquano… Exemplo: Vamo preparar a paua que a reuniõe omeçam amanhã.
4.2.6.2 Conectivos subordinativos
São aquele que unem dua oraçõe que depe ndem inaiamene uma da oura, ou eja, não fazem enido e fiarem ozinha. Caua: expream a aua do efeio ou da onequênia apreenado na oração prinipal: que, omo, poi, porque, porquano. Também a louçõe: por io que, poi que, já que, vio que. Exemplo: Ela deverá er aeia, poi eu ur íulo é muio bom. Comparação: eabeleem uma omparação om a oração prinipal: meno…do que, aim omo, bem omo, que nem… Exemplo: Ela é mai dediada do que a maioria do eu olega. Coneão : apreenam um fao que onraria a oração prinipal, ma permie que ele aoneça: que, embora, onquano. Também a louçõe: ainda que, memo que, bem que, e bem que, nem que, apear de que, por mai que, por meno que… Exemplo: Ela não foi aprovada para o argo, apear de que ua enrevia foi muio onvinene. Condição : omo a própria palavra diz, expream a ondição para que o fao menionado na oração prinipal e realize: e, ao. 2
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Leiura e Eria na Era Digial
Também a louçõe: onano que, dede que, dado que, a meno que, a não er que, exeo e. Exemplo: Ela poderá er aprovada, e apreenar um óimo deempenho em lín ua erangeira. 2
Finalidade: Elareem o objeivo do fao apreenado na oração
prinipal. Vejamo a louçõe para que, a fim de que, por que. Exemplo: É neeário preparar-e om dediação, para que e obenha boa laifiação no ee admiionai. 2
Tempo: expream uma irunânia de empo em relação ao fao menionado na oração prinipal: quando, apena, enquano. Também a louçõe: ane que, depoi que, logo que, aim que, dede que, empre que. Exemplo: Ela deixou de eudar om dediação, quando foi aprovada.
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Conequênia : demonram o efeio a reseio de um fao men-
ionado oração prinipal: de ão, ano, ambém na a louçõe: de modo que que,(preedido de forma que, de ore que,al) de e maneira que. Exemplo: Ela raba hava tanto, que pouo empo inha para dediar-e à família. Não equeça que, om ea palavra, manemo o enido, que é onruído om a oerênia e a oeão, que faz a oura enre a pare de um exo. Dica de leitura
Para recordar o que é artigo, numeral, prono me, advérbio, conjunção consulte as relações completas dessas classes gramaticais em gramáticas da língua portuguesa, como: BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. São Paulo: Lucerna, 2009. – 78 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Teendo o parágrafo
CEGALLA, D. P. Novíssima gramática da língua portuguesa. 48. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008. LINDLEY, C.; CUNHA, C. Nova gramática do português contemporâneo. São Paulo: Lexikon, 2009. Leia o exo de Rubem Alve, deaado a e uir, e pereba a preença do elemeno de oeão na frae, enre a frae, enre o parágrafo e o enido que ele revelam. Somene al un elemeno foram deaado, deixando-e em deaque oda a elipe nominai e verbai, bem omo a referênia por meio de pronome peoai, poeivo, que ão evidene ao leior.
O urubu e abiá Tudo aoneeu numa er a diane, no empo em que o biho
falavam... O urubu, ave por naureza beada, ma em grande doe para o ano, deidiram que, memo onra a naureza ele haveriam de e ornar grande anore. E para io fundaram eola e imporaram profeore, gargarejaram dó-ré-mi-fá, mandaram imprimir diploma, e fizeram ompeiçõe enre i, para ver quai dele eriam o mai imporane e eriam a permião para mandar no ouro. Foi aim que ele organizaram onuro e e deram nome pompoo, e o onho de ada urubuzinho, inruor em iníio de arreira, era e ornar um reseiável urubu iular, a quem odo hamam de Voa Exelênia. Tudo ia muio bem até que a doe ranquilidade da hierarquia do urubu foi eremeida. A florea bando erenaa de pinailgo agarela, que brinavam omfoioinvadida anáriopor e faziam para o abiá... O ve ho urubu enoraram o bio, o ranor enrepou a ea, e ele onvoaram pinailgo, abiá e anário para um inquério. — Onde eão o doumeno do eu onuro? – 79 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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E a pobre ave e o haram perplexa, porque nuna haviam imaginado que ai oia houvee. Não haviam paado por eola de ano, porque o ano naera om ela. E nuna apreenaram um diploma para provar que abiam anar, ma anavam implemene...
— Não, aim não pode er. Canar em a iulação devida é um dereseio à ordem. E o urubu , em uníono, expularam da florea o paarinho que anavam em alvará. Moral: em er a de urubu diplomado não e houve ano de abiá (ALVES, 1995, p. 81, grifo noo).
Da teoria para a prática a profiõe, no dia areene dia, exie a neeidade do uo oereneEm da oda lin uagem. Uma pequia morou que aber erever bem é o prinipal requiio para hegar ao argo mai alo em uma emprea. Na pequia, foram analiada redaçõe de 580 peoa empregada em emprea de diferene ramo. O reulado morou que aquela om argo de hefia (e alário maiore) obiveram uma noa média 43% maior em e u exo. É por io que ee de redação eão preene no proeo eleivo de muia emprea. Em oura ana, a fluênia da omuniação em um ignifiaivo peo na ar eira profiional. “É uma ompeênia baane oniderada quando e pena em promover al uém”, onfirma Vera Vaone lo, onulora da Caee Cene , em maéria reenemene pu liada no aderno de emprego do jornal O Ea o de S.Paulo. iene Maronde (2012), em reporagem reene, reforça ea queão quando afirma: que expeaiva o direor de uma emprea riaria obre o raba ho de al uém que he manda um e-mail aim:
– 80 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Teendo o parágrafo Pea o . ilva p/ meio desa goa ia de esa enca inhando anexo pop de ab da equipe que ou co dena o , pojeo inega o apeenando oluçoe que no a e pea pecia devido o pob logíico aneio ene apeena o. A ua dipoiçao. ab... (MARCONDES, 2012, . p.).
Cia ainda que Laila Vaneti, direora e fundadora da Sc ita, emprea que oferee uro e onuloria em lin uagem eria, faz um alera: “falar e erever bem é uma ondição de empregabilidade” (VANEI apud MARCONDES, 2012, . p.). Se undo Laila, a emprea prouram profiionai que aibam organizar ideia, que enham ar umeno lógio e que ejam bem ariulado. Sabe-e, porano, que no mundo orporaivo a alma do negóio anda de mão dada om a omuniação. Telefonando, onverando, enviando ara e, na aualidade, om o uo onínuo de e-mail. Todo ee meio de omuniação exigem bom onheimeno da lín ua para que a menagem eja enendida. No âmbio eduaional a lin uagem empre foi o inrumeno eenial e, aualmene, om o adveno do enino a diânia, o domínio dea fer amena ornou-e mai fundamenal ainda, poi o profeor preia dominar um onheimeno, apropriar-e dele e ranmii-lo não ó oralmene, ma, ambém, por erio.
Síntese Como foi poível pereber, oerênia é o reulado da ariulação da ideia de um exo; é a eruura lógio-emânia que faz om que, numa iuação diuriva, palavra e frae omponham um odo ignifiaivo para o inerlouore. Al uma veze, a inoerênia reula do uo inadequado do elemeno de oeão na onrução do período e de parágrafo. Pode er, ainda, provoada pelo er o no emprego do meanimo gramaiai e lexiai. Quando odo ee aseo forem reseiado, o exo erá a unidade formal e o enido preervado. – 81 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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A oeão é reponável pela ligação, relação, nexo enre o elemeno que realizam a eiura do exo. A vária palavra que ão uada omo oneivo, ai omo a prepoiçõe, a onjunçõe, o pronome, o advérbio vão onferir a unidade ao exo e onribuir para a lareza da ideia ranmiida. Já o uo inadequado aua pro lema de ompreenão do que e eá que rendo dizer.
– 82 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
5 Gêneros textuais e tipos de textos
A forma de eruurar o parágrafo de modo laro, objeivo e lógio, o pao e uine é produzi-lo om inuio de erever um exo de aordo om um deerminado modelo adequado a ada uma da iuaçõe oiai na quai ineragimo om a lin uagem e que e hama gênero exual. É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Leiura e Eria na Era Digial
É a lin uagem que e inreve por mei o do exo omo iema mediador de odo o di uro para roa maeriai e ulurai de informaçõe e, depoi, para a onrução de onheimeno. Por ee moivo, orna-e relevane e neeário o or eo uo do diferene gênero exuai, eja para delarar e negoiar mediando açõe obre o mundo, eja para peruadir o ouro de noa ideia, eja para repreenar e avaliar a relaçõe humana, fazendo- e in disenável um lerameno adequado ao onexo onemporâneo.
5.1 Gênero textual, tipo textual e gênero discursivo O gênero foram diuido e eudado na Gréia Aniga (384-322 a.C.) por vário filóofo. Arióele, diípulo de Plaão, na obra Ae Poéica, laifiou em lírio, dramáio e épio o gênero lierário. É dee período a diinção da obra em poeia e proa. Para ompreendermo me hor a queão do gênero nee momeno, é imporane relembrar que oda manifeação lierária é fruo reulane da vião do homem de aordo om o mundo que o rodeia, que diz reseio ao oneúdo, ou eja, ao produo aríio em i, maerializado por meio de uma énia e om uma eilíia própria que he dá a forma. Porano, para e erever um exo obre qualquer iuação vivida, exie a neeidade de e deidir e ela erá nar ada, deria, e irá realizar uma reflexão eória obre o fao ou e enará onvener o leior obre o pono de via adoado ao apreenar o fao. Tem-e, dea forma, a poibilidade de uma nar ação, uma derição e uma dieração expoiiva ou ar umenaiva. Na equênia, deve-e penar e a peoa a er uilizada no diuro é a primeira peoa do plural (eu/nó) ou in ular, o que dá a ideia de pariipação da peoa que ereve o exo; ou erá em ereira peoa (ele). Oura eo ha diz reseio ao grau de lin uagem a er adoado – objeivo, ubjeivo, formal, informal ou oloquial. Tal deião vai inerferir na eruura da frae, na eo ha do voabulário e na forma de omo e dirigir ao leior, faore que – 84 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Gênero exuai e ipo de exo
definirão o modo de reepção do exo por aquele que o leem. Toda ea aividade dizem reseio ao gênero de exo que e vai produzir. Na aualidade, a queão do gênero paou a er diuida no meio linuíio e deixou de er exluivo do meio lierário. Bakhin (1997, p. 279) aevera que: A uilização da línonreo ua efeua-e em forma de enuniado (orai e erio), e únio, que emanam do inegrane duma ou doura efera da aividade humana. O enuniado reflee a ondiçõe eseífia e a finalidade de ada uma dea efera, não ó por eu oneúdo (emá io) e por eu eilo verbal, ou e ja, pela eleção operada no reuro da lín ua – reuro lexiai, fraeológio e gramaiai –, ma ambém, e obreudo, por ua onrução ompoiional. Ee rê elemeno (oneúdo emáio, eilo e onrução ompoiional ) fundem-e indioluvelmene no o o do enuniado, e odo ele ão marado pela eseifiidade de uma efera de omuniação. Qualquer enuniado oniderado ioladamene é, laro, individual, ma ada efera de uilização da lín ua elabora eu ipo elai ene esá ei de enuniado, endo io que denominamoagêneo do dicuo.
A variedade do gên ero do diuro pode revelar a variedade do erao e do aseo da peronalidade individual, e o eilo individual pode relaionar-e de diferene maneira om a lín ua omum. Saber o que na lín ua abe reseivamene ao uo or ene e ao indivíduo é juamene pro lema do enuniado (apena no enuniado a lín ua omum enarna-e numa forma individual). A definição de um eilo em geral e de um eilo individual em pariular requer um eudo aprofundado da naureza do enuniado e da diveridade do gênero do di uro. Bakhin opou por dividir o gênero em doi ipo: o gênero primário (imple) e o gênero verbal eundário (omplexo). Primárioemão o gênero uado em omuniação eponânea, omo diálogo família, reuniõe informai, oralidade de um modo geral. O eundário fazem uo de uma lin uagem mai elaborada, normalmene eria, para iuaçõe de omuniaçõe formai. O que diferenia um do ouro é o grau de omplexidade e elaboração que ada um exige, dependendo, omo já vimo, em que efera de auação e práia oiai na quai eá endo uilizado o gênero. Com o – 85 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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urgimeno da inerne e a nova forma de omuniação virual – o cibe ou hipe epaço –, nae o hamado gênero eriário, que e refere ao gênero adoado para omuniação digial. Todo o gênero ineream, uma vez que, numa oiedade lerada, ler e erever ão ao neeário a odo momeno, no enano, aqui erão raado apena al un gênero.
5.2 Modos discursivos Um exo pode er laifiado de aordo om a forma omo a ideia é organizada diurivamene. São o hamado “modo diurivo”, que, normalmene, melam-e e podem ear preene em vário ipo de exo (SERAFINI, 1991). O modo diurivo preene no gênero exuai ão deaado a e uir. 5.2.1 Narração Apreena epiódio e aoneimeno ourado por uma evolução ronológia da açõe. Ea açõe ão via ob deerminada lógia e onroem uma hiória ranmiida por um nar ador. No exo nar aivo, há empre preene quem , quando , onde e omo.
Oberve o exemplo a e uir. Tragédia braileira
Miael, funionário da Fazenda, om 63 ano de idade. Conheeu Maria Elvira na Lapa, proiuída, om ífili, dermie no dedo, uma aliança empenhada e o dene em peição de miéria. Miael irou Maria Elvira da vida, inalou-a num obrado no Eáio, pagou médio, denia, maniura... Dava udo quano ela queria. Quando Maria Elvira e apanhou de boa bonia, ar anjou logo um namorado. Miael não queria eândalo. Podia dar uma ur a, um iro, uma faada. Não fez nada dio: mudou de aa. – 86 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Gênero exuai e ipo de exo
Viveram rê ano aim. Toda vez que Maria Elvira ar anjava namorado, Miael mudava de aa. O amane moraram no Eáio, Roha, Caee, Rua General Pedra, Olaria, Ramo, Bom Sueo, Vila Iabel, Rua Marquê de Sapuaí, Nierói, Enanado, Rua Clap , oura vez no Eáio, Todo o Sano, Caumbi, Lavradio, Boa do Mao, Inválido... Por fim na Rua da Coniuição, onde Miael, privado de enido e ineligênia, maou-a om ei iro, e a políia foi enonrá-la aída em deúbio doral, veida de organdi azul (BANDEIRA, 1991, p. 27). Analiando pelo queio próprio da nar ação, idenifiamo: uem? Miael e Maia Elvira. Quando? Tempo indeerminado, pode er a qualquer empo. 2 2 2 2
Onde? Bair o do Rio de Janeiro. Como? Enonro, aameno, mudança e more.
5.2.2 Descrição Apreena objeo, peoa, lugare e enimeno, uilizando dea he onreo. Evidenia a perepção que o auor em do objeo e do enimeno aravé do ino enido. É a foografia verbal do fao ou dado apreenado. Leia, omo exemplo, o exo deaado a e uir.
Dary Ribeiro Um do mai bri hane idadão braileiro, Dary Ribeiro provou ao mundo que um homem de nada mai preia além da oragem e da força de vonade para modifiar aquilo que, por ovardia, implemene ignoramo. Ouvi-lo, memo que por al un inane, no
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levava a onheer ua abedoria e impliidade. Era um verdadeiro ineleual uja onvivênia om o índio o fez adquirir invejável formação humaníia. Dary inha a pele lara, o ho negro e urioo, lábio fino e razia em eu roo mara de quem já deixou ua mara na hiória, a quai harmonioamene faziam- he inpirar profunda onfiança. Apear de diabéio e luar onra doi ânere, não fez dio deulpa para o omodimo ane eu ideai maiore, ele abia o que queria, e não mediu eforço para one uir. Com eu epírio jovem e obinado, Dary Ribeiro eava empre aprendendo e eninando, ele abia omo nin uém penar om erenidade e defender aquilo em que arediava, porém era reali a o ufiiene para não e perder em “devaneio uópio”. Aima de udo, ele amava a riança do Brail, e em nome dea fundou o CIEP, no Rio de Janeiro, endo ambém pariipação fundamenal na riação da Lei de Direrize e Bae da Eduação. Seu eforço foram reonheido inernaionalmene, valendo-lhe prêmio e homenagen por iniuiçõe de divero paíe. Devido ao eu arima, deaou-e omo enólogo, anropólogo, políio, eduador, erior e hioriador, endo vário livro publiado. Mai que uma ueão inerminável de adjeivo pompoo, Dary Ribeiro repreenou um exemplo a er e uido por qualquer um que enha a oniênia de eu dever para om a oiedade a que perene. Porano, homenageá-lo é dever de ada braileiro.
Nee exo, André Luiz Diniz Coa faz uma derição geral de Dary Ribeiro, exalando ua qualidade de homem e de ineleual. No primeiro parágrafo do deenvolvimeno ua araceríia ia é que ão apreenada. No ereiro e quaro parágraf o, o aseo piológio ão morado. Na onluão, reafirma a derição om novo aribuo de aráer geral. – 88 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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5.2.3 Dissertação
Apreena ou explia ideia, elareendo-a, organizando-a, onfronando-a, definindo-a em, no enano, omar uma poição om relação a ela. É uma expoição. Veja o exo a e uir. Merado braileiro de livro ree e já aparee omo 9º no mundo
Aé enão “proegido” pela lín ua naional, o merado ediorial braileiro aingiu amanho de gene grande e omeça a arair imporane grupo inernaionai. Com R$ 6,2 bi hõe de faurameno e 469,5 mi hõe exemplare vendido, o Brail é o nono maior merado ediorial do mundo, e undo eudo reém-pu liado da Aoiação Inernaional do Ediore (IPA, na igla em inglê). É o primeiro eudoo preço que raz a movimenação oal merado naional, oniderando pago pelo onumidor. O do faurameno da ediora, medido pela Câmara Braileira do Livro (CBL), foi de R$ 4,8 bi hõe em 2011. A ompra de 45% da Companhia da Lera pela briânia Penuin no final de 2011 foi o iníio de um movimeno que deve e inenifiar, avalia o onulor Carlo Car enho, do ie Pu lihNew. Diferenemene do que aonee em eore omo meio de omuniação, não há impedimeno para a enrada de erangeiro no merado ediorial. O epanhói já eão no paí há al un ano e a poru uea LeYa omprou a Caa da Palavra no ano paado. [...] BARBOSA, M. Merado braileiro de livro ree e já aparee omo 9º no mundo. Fo ha de S.Paulo, São Paulo, 3 nov. 2012. Diponível em: . Aeo em: 24 nov. 2012.
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5.2.4 Argumentação
Apreena fao, pro lema, raioínio que fundamenarão, uenarão a ee defendida, ou eja, o pono de via aumido na ar umenação em uma opinião. Ar umenar ignifia provar, demonrar ou defender um pono de via pariular obre deerminado auno (KÖCHE, 2008). Para uma boa ar umenação, o produor do exo pode e ervir de diferene ipo de ar umeno, enre o quai deaamo al un a e uir. 2
Ar umento de autoridade Conie no uo de iaçõe de oneio de auore renomado e de auoridade em al uma da área do aber (eduadore, filóofo, io, adminiradore, eonomia), er vem para reforçar, fundamenar uma ideia, uma ee, um pono de via. Ee ipo de ar umeno orna o exo mai oniene à medida que oura voze reforçam o que o auor do exo eá dizendo.
2
Ar umento baeado no oneno, om exemplo O uo de exemplo onheido e aeio desera a familiari dade do leior om o ema, onquiando a ua adeão e ornando o exo mai fáil de er ompreendido.
2
Ar umento baeado em prova onreta A prova onrea ão ar umeno de di il oneação porque dão onreude ao diuro. Deaam-e o dado eaíio, o relao de fao, exemplo e iluraçõe reirado, inluive, da hiória univeral, que apreenam dea he, ão longo,
2
minuioo e reforçam a informaçõe abraa do oneio. Ar umento lógio Ee ipo de ar umeno faz-e pelo raioínio. É um onjuno de enuniado que eão relaionado un om o ouro de al forma que enquano um apreena uma ee, o demai enuniado ão juifiaiva ou premia para a onluão (TOULMIN, 2006). – 90 –
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A favor do videogame O érebro humano é um órg ão que aborve quae 25% d a glioe que onumimo e 20% do oxigênio que repiramo. Car egar neurônio ou inape que inerligam o neurônio em demaia é uma devanagem evoluiva, e não uma vanagem, omo e ouma afirmar. Todo nó naemo om muio mai inape do que preiamo. Aquele que reem em ambiene e uro e ranquilo vão perdendo ea inape, que aabam não e oneando enre i, fenômeno hamado de regreão inápia. Porano, oda riança nae om ineligênia, ma aquela que não a uam vão perdendo-a om o empo. Por io, menino de rua é mai esero do que fi ho de lae média que fia ranquilamene aiindo à aula de um profeor. Eimular o érebro da riança dede edo é uma da arefa mai imporane de oda mãe e odo pai moderno.
Sempre fui a favor edepedagogo. videogame, uma praga pela maioria do eduadore Só oniderado que bon videogame impedem a regreão inápia, porque enganam o érebro fazendo-o ahar que eu fi ho naeram num ambiene hoil e perigoo, inal de que vão preiar de oda a inape diponívei. O ruque é enonrar bon jogo, ma não é arefa impoível. O primeiro videogame que omprei para meu fi ho foi o famoo SimCiy, um jogo em que voê é o prefeio de uma pequena vila, e, dependendo de ua deiõe, ela pode e ornar uma megalópole ou não. Se voê for um péimo prefeio, a população e mudará para a idade vizinha, e fim do jogo. Em vez de eleger prefeio, eria muio me hor e empoáemo o venedor do ampeonao de SimCiy em ada idade. Um dia eu eava brinando de “prefeio” quando meu fi ho de 11 e 13 ano de idade, analiando meu “planejameno urbano” iniial, balançaram a abeça em deaprovação: “T, , . Pai, daqui a inquena ano voê vai dar om o bur o n’á ua”. Eu, lieralmene, aí da adeira. – 91 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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Quano de nó, ao 11 ano, ínhamo oni ênia de que ao feio na époa poderiam er onequênia nefaa inquena ano depoi? Quano de nó penaríamo em prever um fuuro para dali a inquena ano? A lição que me deram om o famoo videogame Mario Broher foi ainda me hor. Não endo a paiênia de meu fi ho, eu vivia orando aminho pelo vário aa ho exiene no jogo, quando novamene me deram o e uine one ho: “Não e podem queimar eapa, enão voê não adquire a experiênia e a ompeênia neeária para a iuaçõe mai di ei que eão por vir”. A frae não foi exaamene ea, ma foi o ufiiene para me de ixar om o abelo em pé. Doi garoo eavam me eninando que ada eapa da vida em eu empo e aprendizado, e nela não e pode er um apreado. No jogo Médio, a riança aprendem a fazer um diagnóio diferenial, a pior da alernaiva endo uma apendiie. Nee ao, ela êmor de operar “virualmene” o paiene e uindo ondua média ea. Um do proedimeno é a aepia da pele, e ai de quem não eovar o peio do paiene, om o moue nee ao, por rê minuo, o que é uma eernidade num videogame e para uma riança. uem gaa meno do que io é umariamene expulo do hopial por er o médio. ue maéria ou profeor enina ee ipo de auodiiplina? Em A-Train, o jogador é um adminirador de emprea ferroviária. A riança em de inveir enorme oma oloando riho e loomoiva em onar om muio paageiro no iníio da operaçõe. Aprende-e logo edo que uma emprea omeça om prejuízo oial e em de er reuro para uporar o vário ano defiiário. Ao 12 ano, meu fi ho já inham noção de que o primeiro ano de um negóio ão o mai di ei, e onrolar o apial de giro é eenial. Avaliar rio e adminirar o apial de giro, nem grande empreário abem fazer io aé hoje. – 92 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Gênero exuai e ipo de exo
Como em udo na vida, é neeário er moderação na hora devoada ao videogame. Ma ele é uma óima forma de eimular o érebro da riança e i mpedir ua regreão ináp ia, além de eninar planejameno, paiênia, diiplina e raioínio, algo que nem empre e aprende numa ala de aula. KANITZ, S. A favor do videogame. Veja. São Paulo: Abril, ano 38, n. 41, p. 22, ou. 2005. © Ediora Abril.
Podemo noar nee exo ar umenaivo que a ee do auor é apreenada no íulo “a favor do vídeo game”: para defendê-la o auor faz iaçõe da fala de eu fi ho, ua exemplo de jogo oniderado por ele de qualidade. Uma onepção ienífia para ua ar umenação já é apreenada no parágrafo iniiai quando diz “O érebro humano é um órgão que aborve quae 25% da glioe que onumimo e 20% do oxigênio que repiramo. Car egar neurônio ou inape que inerligam o neurônio em demaia é uma devanagem evoluiva, e não uma vanagem, omo e ouma afirmar”.
5.3 Gêneros textuais e práticas sociais O gênero exuai ão modelo omuniaivo e fazem pare de noo oidiano. São orai e erio e no onduzem no proeo omuniaivo oial. Dede a onvera om o vizinho aé o relaório da úlima reunião, eamo exeriando gênero exuai. Para ada iuação vivida há neeidade de onheimeno de um deerminado gênero. Se vamo à mia, o gênero uilizado é o religioo, e vamo a um jogo de fuebol, o gênero é eporivo, e vamo a uma expoição, o gênero é eéio e aim por diane. Na área aadêmia, eduaional e emprearial a omuniação deve er redigida em lin uagem apropriada ao onexo e à énia, om araceríia própria do gêne ro dea área. Exiem gênero para oda a iuaçõe omuniaiva. Enre ele, deaamo al un. – 93 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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O enumerativo erve m para lembrar e ranmi ir dado. São ele: lia de ompra, eiquea, horário, guia, formulário, impreo ofiiai, índie, enilopédia, menu, agenda, arefa pendene, aderno de noa, lia de maerial , diário peoal ou e olar, araze, aálogo, arquivo. O informativo ervem para ompreender ou omuniar araeríia prinipai de um ema. Deaam-e ara, elegrama,anoa e avio, noíia, reporagen, onvie, enrevia, or epondênia, anúnio, arigo e reporagen, fo heo, arigo de divulgação, jornai, revia, propaganda, e. O preritivo ão uilizado para dar inruçõe: eolare, reeia ulinári a, re ulameno, ódigo, norma de jogo, de om porameno, inruçõe para a realização de raba ho, manuai, e. O expoitivo e ar umentativo ão uado para eudar, omparihar e diuir onheimeno aravé de um eudo mai aprofundado. São reenha, relaório, livro-exo eolar, divulgação, aponameno, exerí-
io, informe, arigo biografia, preparação de expoiçõe orai e onferênia, enaio,ienífio, e. O literário ervem para induzir no leior enimeno e emoçõe eseiai, para momeno de diverão, omuniar fanaia, ranmiir valore ulurai, oiai e morai. Deaam-e ono, nar açõe, lenda, poema, ançõe, adivinhaçõe, earo, hiória em quadrinho, gibi, enre ouro. É imporane realar que o modo diurivo de derição, nar ação, expoição ou ar umenação eudado podem er uilizado no diferene gênero. al un gênero ãoara imporane eme oda a enaio, profiionai, omo:Há relaório, aa, urque íulo, omerial ofiiala, oáreio, arigo aadêmio e análie ríia. O relaório e a aa êm omo modo diurivo a nar ação, auxiliada pela derição. O ur íulo é deriivo. Já na ara, no o io, no enaio, no arigo aadêmio e na análie ríia, o modo diurivo em evidênia é o dieraivo opinaivo ou ar umenaivo. – 94 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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Na equênia erão apreenado modelo dee gênero fundamenai para ua práia profiional e eduaional. 5.3.1 Relatório
É um gênero uilizado em muia iuaçõe práia e oiai, uma vez que e em que prear ona da aividade realizada, ou na família, oralmene, para omuniar noo ao. Porano, relaar é erever, para al uém auene, o aoneimeno, fao ou diuõe oor ido em um deerminado loal, derevendo, nar ando e, muia veze, dierando. A eruura do relaório vai depender do epaço oial no qual ele erá produzido, quai o objeivo a que ele deve aender. Do memo modo, o grau de formalidade ou informalidade da eruur a lin uíia a er e uida. No meio eolar o profeor deve produzir relaório de noa, relaório de avaliação deriiva na érie iniiai. O aluno podem er hamado a produzir relaório de viia a expoiçõe, viagen, práia e eágio. Já no mundo luro. orporaivo, o relaório eão relaionado om uo, desea, Quano à etrutura, ee gênero laifia-e em formal, informal e emi-informal (FLÔRES, 1994). 2
Relatório formal : é rigoroo na forma de apreenação e eruura, e uindo oda a norma de um raba ho énio. É exeno, onendo mai de 15 página, e o auno é raado om muia profundidade. O relaório de eágio ou de érmino de uro enram nea aegoria.
2
Relatório informal: raa de um únio auno, ua apreenação é breve, é redigido em poua página (uma ou dua), à veze apena om um parágrafo, não exigindo abeça ho nem íulo. Pode er manurio ou digiado. São exemplo de relaório informal o memorando e a ara-relaório.
2
Relatório emi-informal: é idenifiado pela ua exenão, onendo de 5 a 15 página, maior que o informal. Traa de auno de era omplexidade, exigindo pequia ou inveigação. O relaório de viia, om objeivo predeerminado, é um exemplo de relaório emi-informal.
– 95 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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Quano à maneira de tratar o aunto , o relaório podem er laifiado em informaivo e analíio. 2
2
Relatório informativo: ranmie informaçõe em e preoupar em avaliar ou analiar e não faz reomendaçõe. É pouo exeno e apreena-e informal e emi-informalmene. Subdivide-e em relatório de progreo , relatório de poição e relatório nar ativo. Relatório informat ivo de progreo : rel aa modifiaçõe oorrida em deerminada ondiçõe e durane um empo. Pode er de doi ipo: 1.
relatório informativode progreo periódio – relaa deerminada aividade num período de empo fixo (anual, menal, emanal);
2.
relatório informativo de progreo até determinada data – o auno raado pode er maior omplexidade, ornando-o longo, podendo er uperior a um ano, e em omo finalidade relaar o
hiório do progreo de um projeo aé deerminada daa. Não faz reomendaçõe. 2
Relatório informativo de poição: dereve oor ênia ou fao num momeno emporal, ou eja, numa daa eabeleida. Nee ipo de relaório não há análie, avaliação ou reomendação.
2
Relatório informativo nar ativo (ou de viagem, eságio ou adminitrativo): relaa a hiória de oor ênia ou eveno em empo limiado, não e preoupando em ofereer reomendaçõe: 1.
relatório de viagem – na inrodução é imporane oloar a daa, o deino e o objeivo da viagem. No deenvolvimeno deignam-e o membro pariipane, ua funçõe, o lugare viiado e o objeivo alançado. Se houver roeiro, programa, deve-e inlui-lo. Na onluão faz-e uma ríia om relação ao reulado alançado;
2.
relatório de eságio ou de viita – apreenação na qual é oloado o objeivo do eágio ou viia. No deenvolvimeno, devem ear
– 96 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Gênero exuai e ipo de exo
preene a derição do loal do eágio, a aividade deenvolvida e a énia apliada. Por fim, uma onluão, deaando o aproveiameno do eágio ou da viia; 3.
relatório adminitrativo – poui objeivo preeabeleido e bem definido. Em geral, é uilizado quando há julgameno de
deerminado om fin emprea, iniuiçõe de proeo enino e ouro, ou adminiraivo quando ão feioemeudo em deerminada área ou deparameno, o quai exigem al uma reformulação ou aero em ermo ur iulare, peoal-profiional, ou a dminiraivo. 2
Relatório analítio : objeiva analiar o fao ou a obervaçõe obida e apreena onluõe e reomendaçõe. O relaório analíio dividem-e em rê formao: 1.
2.
3.
relatório analítio para oluionar pro lema – dimenionar o pro lema para que ejam analiado em a preoupação de bua
ienífia para oluioná-lo; relatório analítio peoal (ou de propoição, ou onulta) – em omo finalidade apreenar ugeõe ou reomendar al uma me horia, morando objeivamene o dado que favoreem ea mudança, obervando o empo aual ou um empo fuuro; relatório analítio de pequia – dereve experiênia ienífia que eão endo feia por pequiadore. Há ubdiviõe de relaório de pequia, a báia , que é um aminho a er e uido em via de um deerminado reulado, endo onluão e reomendação devido a reulado evidene, e a apliada , que irá derever o me io de omo empregar um produ o novo ou uma nova énia.
A linguagem do relaório deve primar pela lareza na expoição, pela onião, preião e unidade. Pode-e erever em 1ª peoa do plural, ou de modo impeoal, na 3ª peoa. Ober ve o modelo de relaório a eguir, que eá diponível no ie da Fundação Univerid ade do Toani n (Uniin). – 97 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Leiura e Eria na Era Digial
O eságio uperviionado III – pao a pao
Ee momeno exige do eagiário o raba ho do relatório expandido analítio-deritivo. Aqui, ada omponene irá iemaizar ua obervaçõe, onruindo um relaório que erá arquivado na paa, no polo e erá uilizado, poeriormene, para a onluão do Eágio. Obervação: ada inegrane da equipe fará o eu relaório om bae no dado obervado, lembrando empre que é preio er objeividade e imparialidade. Para elaborar o relaório analíio-expandido, voê irão e uir o e uine roeiro, lembrando que ee relaório deverá er erio individualmente e não deverá er poado e, im, oloado em ua paa no polo. CAPA 2
Na pare uperior da apa, enralizado, om lera maiúula deverá ear erio:
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO TOCANTINS/FACULDADE EDUCACIONAL DA LAPA CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA – EAD ESTÁGIO SUPERVISIONADO III 2
No enro da fo ha, deverá ear o íulo do raba ho:
ESTÁGIO SUPERVISIONADO III – RELATÓRIO ANALÍTICO-DESCRITIVO EXPANDIDO DA OBSERVAÇÃO DA DOCÊNCIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL – 98 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Gênero exuai e ipo de exo
Embaixo (enralizado) NOME DOS(AS) ACADÊMICOS(AS) LOCAL – ANO/SEMESTRE FOLHA DE ROSTO 2
Na pare uperior (enralizado/maiúulo) FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO TOCANTINS/FACULDADE EDUCACIONAL DA LAPA CURSO DE PEDAGOGIA ESTÁGIO SUPERVISIONADO III No enro: TÍTULO DO TRABALHO Abaixo do íulo, reuado à direia, om lera fone 10, vai a noa indiaiva da naureza do raba ho, erio: Relaório analíio-deriivo expandido omo exigênia legal do uro de pedagogia da Fundação Univeridade do Toanin/ Fauldade Eduaional da Lapa. Embaixo da fo ha deverá onar o nome do inegrane da equipe, loal, ano/emere. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 2. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA/ANÁLISE DO ESPAÇO ESCOLAR 2
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3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA SOBRE A OBSERVAÇÃO DA DOCÊNCIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 3.1 Derição, análie e inerpreação da obervação da doênia no 1º ano
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3.2 Derição, análie e inerpreação da obervação da doênia no 2º ano 3.3 Derição, análie e inerpreação da obervação da doênia no 3º ano 3.4 Derição, análie e inerpreação da obervação da doênia no 4º 3.5ano Derição, análie e inerpreação da obervação da doênia do 5º ano 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 5. REFERÊNCIAS 6. ANEXOS PIENTA, A. C.; METZ, M. C. Orientaçõe para o eságio uperviionado III. Obervação da doênia no ano iniiai do enino fundamenal. Diponível em: Aeo em: 22 e. 2012.
5.3.2 Ata A aa é o regiro erio de uma reunião, eão, aem leia geral ordinária ou exraordinária, que em efeio legai. Quando não houver ne eidade de formalidade legai, pode-e fazer apena um relaório de reunião. Uma aa deve er eria em um ó parágrafo, o auno e uem em ordem ronológia, om o verbo no preério perfeio do indiaivo e o numerai regirado por exeno. Não pode oner raura. Se houver al um er o e for perebido, ereve-e a or eção preedida da obervação “em empo”. Para o eu regiro deve haver um livro próprio, om página numerada e rubriada por quem fez o “ermo de aberura”. São pare omponene da aa: 2 íulo; 2 inrodução om daa, loal e hora; 2 regiro do preene; ompoição da mea; diriminação da pu liaçõe relaionada om a reunião, omo relaório, ediai;
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deliberaçõe; ener ameno.
Ata da Aem leia Geral de Contituição de Aoiação ou Soiedade Civil Ao...........dia do mê de....................................do ano de..............., à..... ......... hora, reuniram-e, em Aembleia Geral, no endereço.......................................................a peoa a eguir relaionada: (nominar a peoa, profião, eado ivil, endereço reidenial e número do CPF). O membro preene eolheram, por alamação, para preidir o rabalho (nome de membro)....................... .............., e para ere aria r (nome membro).................................................. Em eguida, o Preidene delarou abero o rabalho e apreenou a paua de reunião, onendo o eguine auno: 1º) diuão e aprovação do Eauo da aoiação; 2º) eolha do aoiado ou óio que inegrarão o órgão inerno da aoiação; e 3º) deignação de ede proviória da aoiação. Em eguida, omeç ou-e a diuão do eauo apreenado que, apó er i do oloado em voação, foi aprovado por unanimidade, om a eguine redação: (ranrever redação do eauo aprovado); P aou-e , em egui da, ao iem “2” da paua, em que foram eolhido o eguine membro para omporem o órgão inerno: DIRETORIA EXECUTIVA: (nominar o membro, eado ivil, profião, endereço reidenial, numero do CPF e argo). Por fim, paou-e à diuão do iem “3” da paua e foi deliberado que a ede proviória da aoiação erá no eguine endereço : (diriminar o endereço ompleo).
Nada mai havendo, o Preidene fez um reumo do raba ho do dia, bem omo da deliberaçõe, agradeeu pela pariipação de odo o preene e deu por ener ada a reunião, da qual eu, (nome do ereário da reunião), ereário a hoc reunião, lavrei a preene aa, que foi lida, ahada onforme e firmada por odo o preene abaixo relaionado. – 101 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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O órgão inerno apreenado ão apena ugeivo, ou eja, não há obrigaoriedade de uilizarem-e a mema denominaçõe. Em regra, a funçõe de deliberação ão exerida por uma Aemleia Geral, inegrada por odo o aoiado ou óio, porém, é perfeiamene poível a exiênia de um e undo órgão de deliberação, omo, exemplo, um Cone ho Superior, om aribuiçõe erão fixadapor no eauo. A aa deverá er ainalada por odo o aoiado ou óio fundadore, que erão idenifiado pelo nome e número de CPF. Fone: BAHIA. Miniério Pú lio. Ata da Aem leia Geral de Contituição de Aoiação ou Soiedade Civil. Diponível em: . Aeo em: 22 e. 2012.
5.3.3 Currículo ou curriculum vitae
É um exo de apr eenação, no qual, por me io de informaçõe uina, o ujeio dereve a ua qualifiaçõe peoai para ubmeer-e a uma avaliação para um poí vel emprego . A linguagem deve er e xremamene onia, om obervaçõe objeiva a repeio da formação e experiênia profiionai rigoroamene verdadeira. A pare devem er laramene deaada e muio bem digiada. Deve er redigido em ereira peoa.
Nome Completo [Endereço ompleo]. Telefone: [Telefone om DDD] – E-mail: [E-mail]. Idade: [Idade] ano – eado ivil: [eado ivil]. Objetivo: [vaga ou oporunidade preendida]
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Formação aadêmia: uro do enino médio uro profiionalizane ou énio uro uperior 2 2 2
(daa de iníio e érmino, eola e univeridade ) Experiênia profiional: daa de iníio e érmino nome da emprea argo exerido aividade realizada Qualifiaçõe e atividade omplementare: derição de ouro uro realizado derição de aividade relevane realizada Informaçõe adiionai: em algo de eseial que oor eu om voê, omo al um prêmio, pu liação de al um arigo, livro – derever 2 2 2 2
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5.3.4 Artigo acadêmico/científico É um do mai imporane exo, ano para leiura quano para a eria, para o univeriário. Serve para divulgar e veiular onheimeno novo que já eão ou erão iemaizado em breve. Eenialmene, no arigo, mora-e um pro lema, diue-e a reseio e apreena-e oluçõe. Na ua onrução, ão uado o diferene modo diurivo: nar ação, derição, informação e ar umenação. O ema abordado ão livre, uma vez que e ereve udo o que for de ineree de ada área e de oda a área. É o onheimeno endo onruído. Para produzir um arigo, é imporane obervar o e uine pao:
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1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.
eleção da bi liografia obre o auno; delimiação do auno; elaboração da abordagem para análie do auno; elaboração do equema de raba ho; elaboração do ópio e da análie peoal; organização da anoaçõe na ordem apreenada no equema; eo ha do empo verbal mai indiado para er uado no arigo; eria da primeira verão do raba ho; revião da eria; ubmião do arigo ao orienador ou a oura peoa para avaliar a produção; 11. eria da verão final. A eruura do arigo exige a e uine pare: 1. 2. 3.
idenifiação – nee ópio, oloa-e o íulo do arigo, a auoria e a iulação do auor; reumo e palavra-have – o reumo apreena, de forma inéia, odo o dado do arigo, ema, objeivo, meodologia e reulado. Aneede o orpo do arigo. Abaixo do reumo ão oloada a palavra-have; orpo do arigo a)
iuação-pro lema – apreena o pro lema (o quê), o objeivo (para que erviu). Nea pare, que é a inrodução, pode-e fazer referênia à pare que ompõem o arigo, e, ainda, à ua fundamenação eória.
b) diuão – é oforem deenvolvimeno do arigo e pode eroda dividida em quano ien neeário. Serão apreenada a informaçõe, referênia ao auore onulado e o auor deve valer-e de odo o ar umeno para defender o reulado one uido. ) olução/avaliação – araceriza-e omo a onluão do arigo e ão realado o reulado e/ou limie do eudo deenvolvido, bem omo, e poível, reomendaçõe para nova deobera. – 104 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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O arigo poui, ainda, referênia, anexo ou apêndie, e neeário, e a daa da produção.
Conideraçõe Sobre a Fae da Dei ualdade Entre o Sere Humano Franio Fernande Ladeira Eseialia em: Brail, Eado e Soiedade pela UFJF E-mail: ffl@ie.om.br Reumo: O preene raba ho apreena breve onideraçõe obre a divera fae da dei ualdade enre o ere humano. Para a onepçõe láia, a dei ualdade oiai eão relaionada, obreudo, à diribuição ir e ular da renda e do ben maeriai. Em onraparida, de aordo om a onepçõe onemporânea, o eudo obre a deiualdade devem ir além da diribuição de ben maeriai e do faor renda. Dea forma, a dei ualdade ambém devem er aoiada a
faore exra-eonômio e à oporunidade de vida. Conideraçõe Iniiai Compreender a aua da dei ualdade enre o ere humano é um do prinipai deafio do ienia oiai. Na Gréia Aniga, berço do penameno oidenal, arediava-e que a dei ualdade enre o homen eram inaa. Dee modo, ero indivíduo eram nauralmene propeno a erem eravo, ouro a erem enhore, al un adapado a raba ho manuai e ouro exluivamene à aividade ineleuai. Há [...] por obra da naureza e para a onervação da eséie, um er que ordena e um er que obedee. Porque que poui ineligênia apaz de previão emaquele nauralmene auoridade e poder de hefe; o que nada mai poui além da força ia para exeuar, deve, forçoamene, obedeer e ervir [...] O bárbaro a mu her e o eravo e onfundem na mema lae. Io aonee pelo fao de não he er dado a naureza o inino do mando [...] (ARISTÓTELES, . d., p. 14).
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Evidenemene, ea onepção equivoada não é mai admiida. Sabemo que a dei ualdade não ão naurai, ma oialmene onruída ao longo de um proeo hiório marado pela difereniaçõe enre o ere humano. Para a onepção láia, repreenada prinipalmene pelo penameno de Karl Marx e Maxà Weber, a dei oiai eão relaionada, eenialmene, diribuição ir eualdade ular da renda e do ben maeriai. Em onraparida, para al un ineleuai onemporâneo, o eudo obre a dei ualdade devem ir além d a diribuição de ben maeriai e do faor renda. Para ee auore, a dei ualdade ambém devem er aoiada a faore exra-eonômio (raça, gênero, naionalidade) e à oporunidade de vida. Conepção Cláia Um do primeiro penadore moderno a raar exauivamene o ema da dei ualdade oiai foi Jean-Jaque Roueau: Conebo na eséie humana dua eséie de deiualdade. Uma, que hamo de naural ou ia, por que é eabeleida pela naureza e que onie na diferença da idade, da aúde, da força do orpo e da qualidade do epírio ou da alma. A oura, que pode er hamada de dei ualdade moral ou políia porque depende de uma eséie de onvenção e que é eabeleida ou pelo meno auorizada pelo onenimeno do homen. Ea onie no diferene privilégio de que gozam al un em prejuízo do ouro, omo er mai rio, mai honrado, mai poderoo do que o ouro ou memo fazer-e obedeer por ele (ROUSSEAU, . d., p. 27).
Sendo aim, e undo Roueau, o hamado mundo ivilizado, aravé do éulo, fomenou profunda diferença enre o homen, endo que a dei ualdade oiai urgem om o apareimeno da propriedade privada. primeiro homem queeenonrou erou um pedaço de er a,o que veio om a ideiaOde dizer “io é meu” gene imple baane para arediar nele, foi o verdadeiro fundador da oiedade ivil. Quano rime, uer a e aainao derivam dee ao! De quana miéria e hor or a raça humana poderia er ido poupada e al uém implemene ivee ar anado a eaa, enhido o burao e griado para eu ompanheiro: “Não deem ouvido a ee impoor. Earão – 106 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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perdido e equeerem que o fruo da er a perenem a odo, e que a er a, ela mema, não perene a nin uém” (ROUSSEAU, . d., p. 14). Para Marx, a dei ualdade oiai podem er ompreendida aravé da ir e ular diribuição do meio de produção. Se undo o penameno marxiano, a hiória e deenvolve de formasrcinada linear, em diferene eapa, movida, obreudo, pela onradiçõe da organização do iema de produção (lua de lae). “Em um aráer amplo, o modo de produção aiáio, anigo, feudal e buruê moderno podem er oniderado omo époa progreiva da formação eonômia da oiedade.” (MARX, 1977, p. 23). Na oiedade apialia, exiem dua lae oiai báia: de um lado a bur ueia, deenora do meio de produção; e de ouro lado o proleariado, que poui omene a ua força de raba ho. “[...] Opreore e oprimido, empre eiveram em onane opoição un ao ouro [...].” (MARX, 2000, p. 45). Sendo aim, a lae operária, explorada pelo parõe, deve e organizar e promover a revolução oialia, ranformando o meio de produção em propriedade oleiva. Porano, para o penameno marxiano, o fim da dei ualdade oiai paa, inexoravelmene, pela deruição do modo de produção apialia, ulminando om o adveno do omunimo. “Em lugar da aniga oiedade bur uea, om ua lae e eu anagonimo de lae, urge uma aoiação na qual o livre deenvolvimeno de ada um é ondição para o livre deenvolvimeno de odo.” (MARX, 2000, p. 67). Max Weber perebe a difereniaçõe enre o indivíduo a parir da variávei propriedade, poder e preígio. Aim, a diferença de propriedade riam a lae; a diferença de poder riam o parido políio; e a di ferença de preígio riam o agrupameno de au ou erao. Conepção Contemporânea Por ouro lado, auore onemporâneo, apear de não negarem a inerpreaçõe láia obre a dei ualdade, prouram inluir faore imaeriai e exra -eonômio na análie obre a diinçõe oiai. – 107 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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Para Amarya Sen, a análie obre a dei ualdade devem e deloar do epaço de renda para o epaço de funionameno. De aordo om o eonomia indiano, funionameno ão o deejo e apiraçõe que um i ndivíduo one ue realizar vivendo de uma deerminada maneira. Aim, mai imporane do que a queão moneária, é foalizar omo deerminado rendimeno pode e ranformar em realizaçõe e me horar a auoeima individual. Jeé Souza, oiólogo da Univeridade Federal de Juiz de Fora, aliena que o eudo obre a lae oiai preiam uperar a abordagen radiionai . Rejeia, aim, ano o liberalimo eonomiia, que vinula lae ao rendimeno moneário; quano o penameno marxia láio, que aoia lae à poição de um indivíduo em relação ao modo de produção vigene. Aseo eonômio e oupaionai ão ondiçõe neeária, porém não ufiiene, para definir uma lae. Clae oiai não ão deerminada pela renda, nem pelo imple lugar na produção, ma im por uma vião de mundo “práia” que e mora em odo o omporameno e aiude. [...] O eonomiimo liberal, aim omo marximo radiional, perebe a realidade lae oiai apenao“eonomiamene” (SOUZA, 2010, p. 22, 45).da Dee modo, ea inerpreaçõe não levam em ona “[...] o mai imporane, que é a ranferênia de valore imaeriai na reprodução da lae oiai e de eu privilégio no empo” (SOUZA, 2010, p. 23). Conideraçõe Finai Enreano, é onrovero menoprezar a imporânia do faor renda para e aferir a dei ualdade oiai. Baa levarmo em ona que, em uma oiedade apialia omo a noa, onde praiamene oda a relaçõe oiai ão regida pela lógia meranil, ine qua non para que um rendimeno moneário báio é ondição um indivíduo poa viver om o mínimo de dignidade e uprir ua neeidade viai. Conudo, ao foalizar omene a vari ável renda para e analiar a dei ualdade, omeemo o equívoo de apreenar uma vião inomplea e implia obre o ema.
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A verdadeira fae da dei ualdade não e manifeam apena no aseo e onômio. Eão preene no anagonimo raiai, exuai, naionai omporamenai, e. É imporane alienar que no Eado Unido, por exemplo, para e medir o au de um indivíduo, a or da pele, em vária oaiõe, é mai imporane do que a ona banária. Já em paíe exremamene religioo, noadamene na oiedade muçulmana, a mu here, memo pouindo uma ondição finaneira favorável, ão meno valorizada oialmene do que o homen pobre. Em uma, a aua da dei ualdade oiai ão exremamene omplexa, não podem er aribuíd a a um únio faor. Conudo, a dei ualdade, ao erem hioriamene onruída, ambém podem er hioriamene minimizada. Dee modo, mai imporane do que enender a srcen da dei ualdade enre o ere humano, é propor forma pragmáia de exirpá-la. E ea arefa não eá a argo apena do ineleuai. Conie, alvez, no maior deafio para a noa oiedade nee iníio de éulo. Nota 1. “O operário moderno, [...] ao invé de e elevar om o progreo da indúria, dee ada vez mai, aindo inluive abaixo da ondiçõe de exiênia de ua própria lae.” (MARX, 2000, p. 56). 2. “[...] A bur ueia não forjou apena a arma que he rarão a more; produziu ambém o homen que empunharão ea arma – o operário moderno, o proleário.” (MARX, 2000, p. 51). 3. Lembrando a palavra de Marx, mai imporane do que inerprear o mundo, é er o arevimeno de ranformá-lo. – 109 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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Referênia bi liográfia ARISTÓTELES. A Polítia. Tradução de Neor Silveira Chave. São Paulo: Eala, . d. MARX, K. Contribuição à rítia da eonomia polítia . São Paulo:
Marin Fone, 1977. MARX, K; ENGELS, F. Manifeso do Partido Comunita. Tradução de Piero Naeti. 2. ed. São Paulo: Marin Clare, 2000. ROUSSEAU, J. J. Diuro obre a srcem da dei ualdade entre o homen. São Paulo: Eala, . d. SEN, A. Dei ualdade Reexaminada. 2. ed. Rio de Janeiro: Reord, 2008. SOUZA, J. O Bata hadore Braileiro – Nova lae média ou nova lae raba hadora? Belo Horizone: UFMG, 2010. WEBER, M. Enaio de Soiologia . 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1982. Fone: LADEIRA, F. F.Conideraçõe obre a fae da dei ualdade entre o ere humano. Diponível em: . Aeo em: 19 e. 2012.
Da teoria para a prática É indiuível a neeidade do domínio da eoria do gênero exuai para odo idadão que vive em uma oiedade lerada, ou eja, que exige o domínio da lín ua para que e enha aeo ao ben ulurai, práia oiai de leiura e eria, idadania efeiva. Dee modo, em oda a irunânia aadêmia e profiionai, preiamo dominar a eruura do exo e diuro que fazem pare de noa relaçõe e práia oiai. Dea forma, além do exo apreenado no maerial, há neeidade de e buar ouro ipo de exo, ompreender ua função e eruura, – 110 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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para poder omuniar-e om ompeênia. Para alçarmo íulo aadêmio, dede o enino fundamenal aé eseializaçõe, omo o douorado, devemo dominar a produção de exo dieraivo. Para enrarmo em um uro uperior, o ee mai imporane é o que exige a produção de uma ar umenação a reseio de um ema polêmio. Para onluir a graduação, emo que produzir um relaório de eágio ou um arigo. Para onluir uma eseialização, devemo produzir uma monografia. Para ermo aeio em um merado, preiamo apreenar um projeo de pequia e, na onluão, para reebermo o íulo, devemo erever uma dieração. Ea dieração pode e ranformar em um projeo para fazermo um douorado que, ao final, exige a defea de uma ee. Porano, para que enhamo ueo aadêmio e profiional, aber erever é fundamenal.
Síntese Nee apíulo, dialogamo obre o gênero exuai e vimo que ele ão inumerávei, uma vez que, em ada iuação de ineração verbal, há neeidade de e aber qual é a me hor maneira de uilizar a lin uagem. Neeário é obervar o rê elemeno eeniai: o oneúdo ideologiamene onformado, que e ornam dizívei por meio do gênero; a forma de ompoição, a eruura formal do exo perenene ao gênero; e a mara lin uíia ou de eilo, que levam em ona a queõe i ndividuai de eleção e opção : voabulário, eruur a fraai, preferênia grama iai. Vimo, ambém, al un exo que fazem pare da vida do profiionai de qualquer área, omo o relaório, a aa, o ur íulo, o arigo e ada um om o eu elemeno eeniai. Deaamo, ainda, a imporânia do onheimeno do modo diurivo que podem er uado em odo o gênero, dependendo do objeivo que e quer alançar om a palavra, que ão: a nar ação, a derição, a dieração opinaiva ou ar umenaiva.
– 111 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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6 Novas tecnologias da informação e da comunicação
N , propoa é eudar o gênero viruai urgido om o adveno da inerne no mundo onemporâneo. Como vimo no apíulo anerior, ee gênero do cibe ou hipeepaço, para Bakhin (2000), perenem ao hamado gênero eriário. São o gênero que urgem om a nova enologia, em um novo upore – o ompuador, e oda a ua variaçõe – que, na ua maioria, êm imilare em ouro ambiene, ano na oralidade omo na eria. É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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O meio virual, porano, ranformou a maneira de ler e erever, razendo o hiperexo omo um novo epaço em que leior e erior enonram-e diane de novo proeo de produção e ompreenão exuai, de nova forma de lin uagem e ineragindo om ua mulipliidade, de um novo ódigo, que ua o elado para “onverar”, ou eja, fala erevendo (ou erá que ereve falando?), exigindo, para al, novo reuro lin uíio.
6.1 Cibercultura e hipertexto Pier e Lévy é oniderado o filóofo da informação. Sua obra raa da ranformação ofrida pela oie dade apó o adveno da inerne, a hamada Era da Comuniação. Se undo o eudioo, a enologia digiai oloam a humanidade em um aminho em vola. A práia, aiude, modo de penar e valore eão ranformado por aua dee novo epaço de omuniação, o epaço da ineligênia oleiva. Lévy (2005) define iberepaço dee modo: O iberepaço é uma eséieglobal de objeivação ou de imulação da oniênia humana que afea realmene ea oniênia, exaamene omo fizeram o fogo, a lin uagem, a énia, a religião, a are e a eria, ada eapa inegrando a preedene e levando-a mai longe ao longo de uma progreão de dimenão exponenial (LÉVY, 2005, p. 22).
Io oor e porque “a inerne é um hiperexo produzido oleivamene num onexo iberepaial, eniamene inerligado por uma imenidade de ompuadore plugado em rede univeral” (COSTA, 2000, p. 22). O hiperexo é um exo que vem aompanhado de vário link, poibiliando uma leiura não linear, já que o leior enonra-e livre para modifiar o aminho de ua leiura quando o aea. A palavra inglea link é uma forma ura, uada para deignar a hiperligaçõe do hiperexo. Signifia “aa ho”, “aminho” ou “ligação”. Por meio dolink é poível produzir doumeno não lineare, ineroneado om ouro doumeno ou arquivo a parir de palavra, imagen ou ouro objeo. Navegar, omo e diz uualmene, é e uir uma equênia de link, agregando ineraividade ao doumeno e omando rapidamene ouro oneúdo obre o auno eseífio de que e eá raando. – 114 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Nova enologia da informação e da omuniação
Para Marhuhi (2005), o hiperexo não pode er raado omo um gênero e, im, omo um modo de produção exual que pode eender-e a odo o gênero, dando- he, nee ao, al uma propriedade ese ífia. Se undo Lévy, a peoa êm a poibilidade de organizar, laifiar o oneúdo analiado na rede. Dea forma, a obra, na cibe culua, é abera, móvel, em onínuo proeo de ranformação. Maruhi (2005) define a araceríia do hiperexo: a)
não linearidade – ignifia flexibilidade para definir o rajeo da leiura enre o vário nó do exo;
b) volatilidade – implia a não eabilidade do exo impreo, a eo ha ão ão paageira quano a onexõe exeuada pelo leiore; )
topografia – o epaço de eria e de leiura não poui limie definido;
d) reorno fragmentariedade ou aída; – em geral, a ligaçõe ão breve, om poívei e)
aeibilidade ilimitada – permie o aeo a odo ipo de fone: diionário, mueu, obra ienífia, lierária;
f)
multiemioe – poibilia a junção, ao memo empo, da lin uagem verbal e da não verbal;
g) interatividade – refere-e à ineronexão ineraiva, pela failidade de eabeleer onao om muio auore; h) intertextualidade – diz reseio à preença de exo variado, iaçõe, noa.
No mapa deaado a e uir, foi onruído um enaminhameno do proeo que oor em na omuniação virual morando grande linha. Temo a poibilidade do cibeepaço, o fundameno, a ondiçõe enooiai, a rede oiai e o pro lema que podem advir no uo dea enologia de omuniação. Por meio dele, podemo no aprofundar nee aminho. – 115 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Leiura e Eria na Era Digial )o lii ir V ( ot ne im ce u eq od iar dútn ie ed ad ic o elv
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LEMOS, A. Cibercultura: tecnologia e vida social na cultura contemporânea. Porto Alegre: Sulina, 2002. LÉVY, P.Cibercultura. São Paulo: 34, 1999. PRIMO, A. Interação mediada por computador: comunicação, cibercultura, cognição. Porto Alegre: Sulina, 2007.
– 116 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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Já na imagem a e uir, que repreena um hiperexo, vemo que a rede ão riada a parir da leiura de um exo om link que levam a ouro exo e, aim, infiniamene, produzem a grande rede de informaçõe.
6.2 Gêneros virtuais
Gênero viruai ão a nova modalidade de gênero exuai urg ido om a inerne – ou, omo afirma Bakhin, o gênero eriário –, que permiem a omuniação e a ineração enre dua ou mai peoa, mediada pelo ompuador. O ipo de omuniação que prosera na inerne e relaiona om a liberdade de expreão, a emião livre de menagen, a omuniação orienada para uma deerminada riação oleiva, urgindo dea forma um iema hiperexual global verdadeiramene ineraivo (CASTELLS, 2003, p. 24).
A lin uagem da inerne reflee o deejo de aproximar ada vez mai a lin uagem eria da lin uagem oral. O já hamado “inerneê”. Uma demonração dea inerferênia é a redução da palavra omo pq, v, kd, tb,, hj naum , fd , flw . A. Também par d io,faz é omum areenar palavra amow tah , jah , eh pare dea lin uagem o uoomo de frae de , forma que inenifiquem o enido da oia, omo gateenha , bjãoooo , ab , demonrando a riaividade do uuário e inovando a onrução da lin uagem virual. São uada, ainda, onruçõe mai omplexa, omo “ Me fla a 9dade, vie? ” ujo ignifiado eria: “ Me fala a novidade, viu? ”.
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Sobre a eria do diuro elerônio, Cryal (apud MARCUSCHI, 2005, p. 5) meniona rê aseo que devem er verifi ado: 1. do ponto de vita do uo da lin uagem – em-e uma ponuação minimalia, uma orografia um ano bizar a, abundânia de igla, abreviaura nada onvenionai, eruura fraai pouo orodoxa e uma eria emialfabéia; 2. do ponto de vita da natureza enuniativa dea lin uagem – inegram-e mai emioe do que uualmene, endo em via a naureza do meio om a pariipação mai inena e meno peoal, urgindo a hiperpeoalidade; 3. do ponto de vita do gênero realizado – a inerne ranmua, de maneira baane omplexa, gênero exiene, deenvolve al un realmene novo e mela vário ouro. Com oda ea inovaçõe na lin uagem, al un gênero viruai univeralmene uilizado ão: o e-mail, o c a ou ala de bae-papo, o log e ano ouro que urgirão em um epaço muio breve de empo, porque a enologia avança de uma forma eseaularmene veloz. Marhuhi (2005, p. 13) eabelee um paralelo enre o gênero emergene e o já exiene. Gênerosemergentes E-mail
Gênerosjáexistentes
Carta pessoal/bilhete/correio
Bate-papo virtual em aberto
Conversações (em grupos abertos?)
Bate papo virtual reservado Bate-papo ICQ (agendado)
Conversações duais (casuais) Encontros pessoais (agendados)
Bate-papo virtual em salas privadas Entrevista com convidado
Conversações (fechadas?) Entrevista com pessoa convidada
Aulavirtual Bate-papo educacional Vídeoconferência
Aulaspresenciais Reunião Reunião de grupo/conferência/debate
Listadediscussão Endereçoeletrônico
Circulares Endereçopostal
Fonte: Marchuschi (2002, p. 13, grifo nosso).
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6.2.1 E-mail
É o exo que deempenha o papel de or eio elerônio. É um imilar da ara, do memorando, do bi hee, da onvera informal, da ara omeriai e aé memo de um elegrama ara e/ou elegrama. O e-mail é idenifiado pelo ímbolo “@”, a em inglê, e ignifia “em”; “om”, ou eja, endereço omerial, e oé “br” informa queda o endereço é doe oBrail. A poibiliar prinipal araceríia do e-mail o ainronimo menagen fao de o envio de on e imagen rapidamene. No geral, o inerlouore ão onheido ou amigo e raramene oor e o anonimao, o que é uma violação de norma do gênero (al omo uma ara anônima). Ea araceríia o diferenia do bae-papo. Por ouro lado, o e-mail, em geral, ão peoai, o que o diferenia da lia de grupo ou de fórun de diuão (MARCUSCHI, 2005, p. 21-24). No meio eduaivo, o e-mail ambém ornou-e um inrumeno imporane para omuniação enre o pare, ano no enino a diânia (em eseial) quano no preenial, poi oda a deerminaçõe fiarão regirada para poívei embae enre profeore e aluno. Além dio, om a poibilidade de inerâmbio om oura omunidade eolare, a produção do onheimeno orna-e plural pelo aeo a diferene ulura. Al un pro lema podem oor er no uo dee gênero, ai omo o reorno da menagem e o endereço não eiver or eo ou e a aixa de or epondênia do reepor eeja heia. Conudo, o mai grave é quando a omuniação vem onaminada om víru, falifiada, podendo auar dano ir everívei no eu apare ho elerônio. Prezado liene, Venho por meio dee omuniar que eá à ua dipoição o aálogo de venda da moda inverno 2013. O memo foi enviado pelo orreio e pode er onulado noie da emprea www.uavepele.om.br. Coloamo-no ao eu ineiro dipor para maiore informaçõe. João Silva Gerene Comerial (11) 9999.9999 – 119 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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6.2.2 Chats – bate-papos virtuais
É o gênero da onvera ou bae-papo informal, é oral, no ao, virual. Tornou-e um do mai populare gênero praiado, raa-e de um iema grauio ofereido na i nerne que permie uma ineração inrônia e imulânea, em empo real, e pode er ompari hado om muia peoa ao memo empo. eiquea Poui omo araceríia lin uagem própria, replea de abreviaçõe, e, ainda, o uo de e uma oicon.
A ineraçõe realizam-e em “ala” (abera ou fehada). Em geral, não há uma idenifiação peoal verdadeira e a peoa uam um peudônimo ou nic na e (apelido) para omuniação. O apelido permie o anonimao, que, na piologia, é hamado de máara. Em pouo e undo, o memo pariipane pode eo her uma ou mai “máara”, om nome e peronalidade em aseo uro epaço de empo p. 24-29). diferene, Ee é um do negaivo, porque(MARCUSCHI, a peoa podem2005, arediar em udo o que o ouro dizem e erem levada a vário ipo de perigo. Ee gênero, no onexo oial, revela-e um influene meio de omuniação na relaçõe inerpeoai e odo uidado é pouo, poi, na maioria da veze, al proedimeno leva o inerlouore a agirem omo e eiveem no mundo da fanaia. É um bom meio para aquele que êm difiuldade de ineração om o eu próprio grupo. Criina — Olá profeor, poderia informar o que irá er obrado na avaliação? Jorge Olá Criina, aula de—número 12. eu oloquei odo o ien na informaçõe da Criina — Deulpe prof. eu eou ão nervoa que nem vi. Beijo e aé exa-feira. Jorge — Cero Cri, aé exa. Abraço. – 120 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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Ee é um do grande gênero aliado do enino a diânia, uma vez que é poível a ineração fae a fae om o aluno para a mai variada aividade, eja para o rao de queõe de enino-aprendizagem, eja para videoonferênia.
6.2.3 Weblog É um modo de omuniação aínrona e om arquivameno do dado para onula. Pode-e oloar imagen e link e deenhar a página de apreenação om riaividade. É poível a ineração, uma vez que o leiore podem fazer omenário ou ríia obre udo o que foi poado pelo dono do log, onheido omo “ lo ueiro”. Caraceriza-e omo um diário virual pú lio, logo, a poagen podem er diária e apareem numa ordem ronológia revera, ou eja, a mai aual aparee empre em primeiro lugar. Ee gênero foi rapidamene aimilado para o mai variado fin, omo divulgação de er viço, lierária, políia, religioa, ulinária.
NASCIMENTO, J. Ci sposeremo. Disponível em:
sisposeranno.blogspot.com.br/>. Acesso em: 26 out. 2012.
O log, no ambiene eolar, pode onribuir onideravelmene para o proeo de enino e aprendizagem, poi dá auonomia ao aluno na onrução do onheimeno da área, permie a roa de informaçõe enre o pare e a omunidade, me hora a eria e a leiura e amplia a pequia. – 121 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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6.2.4 Listas de discussão
São “omunidade viruai que e agrupam em orno de ineree bem deerminado e operam via e-mail omo forma de onao. São gênero fundado numa omuniação aínrona” (MARCUSCHI, 2005, p. 36, grifo noo). Enquano no e-mail e no c a predomina a lin uagem informal, na lia de diuão, em geral, ão oloadoa uarem em paua aadêmio profiionai que levam o pariipane umaópio lin uagem formal.ou A prinipal araceríia da lia de diuõe é a ranmião de informaçõe obre o ópio da lia, úei ao grupo, não permiindo menagen peoai ou de ineree individuai.
– 122 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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6.2.5 Videoconferência interativa
A videoonferênia ineraiva, ambém onheida omo audioonferênia ineraiva, é “um gênero que e aproxima do bae-papo viruai om onvidado, ma êm ema fixo e empo laro de realização om pareiro definido” (MARCUSCHI, 2005, p. 36). Como e eiveem em um memo loal, o pariipane que eão em lugare diferene podem ver e ouvir un ao ouro. Também é poível a ineração em empo real em áudio e vídeo, imulaneamene. Muia emprea uam ee iema para ua ineromuniaçõe empreariai enre a vária loalidade de ua emprea. O memo pode er feio na eduação, em eseial, por oaião de palera e onferênia. a v a v A / k c o str te t u h S
6.2.6 Fórum de discussão
É umque epaço virual relaçõe privilegiado na onrução olaboraiva onhe-e imeno, deenvolve oiai e afeiva por diuro do erio ompari hado. É um epaço de onveração, ineração e diálogo erio. Perebe-e, aim: “a froneira enre erior e leior mai impreia, poi o leior-navegador não é um mero onumidor paivo, ma um produor do exo que eá lendo, um oauor aivo, apaz de ligar o diferene maeriai diponívei, eo hendo eu próprio iinerário de navegação” (COSTA, 2000, p. 4). – 123 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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A omuniação é aínrona e permie que, ane de enviar a menagem, o auor reflia, faça or eçõe e envie, om baane onvição, ua ideia e perepçõe obre o auno. É poível, ambém, realizar c a previamene agendado pelo organizador, o qual permiirá a omuniação inrônia. A grande vanagem, em ermo de pequia, é que a menagen fiam regirada para fuura análie. Meu aro olega, a parir do relaório analiado [...]. Apreenem aseo aind a não menionado na diuão. Podem fazer ínee do pono já abordado, avaliar a qualidade da inervençõe. Cuidem da or eção lin uíia! Pariipem! Ea erá a noa ala de reuniõe viruai [...], é inereane ler e omenar a onribuiçõe do olega, ono om a pariipação de voê. Parabén pela onribuição [...]; valeu o exemplo. Noa onvera ão muio produiva. “Cumprimeno viruai”.
6.3 Gêneros virtuais e redes sociais Para dar upore a ea gama de ineraçõe exuai viruai, exie uma érie de rede oiai, omo Orku, Faebook, Twiter, MySpae, LinkedIn, que permiem ao uuário da inerne viveniar a mai divera relaçõe para além da ua omunidade loai. E mai, ea rede êm omo araeríia prinipal a i neraividade em empo real. Por ee moivo, a peoa eão e relaionando a odo inane e qualquer informação que urge, auomaiamene, já eá irulando na rede.
Não podemo equeer de que onao, ejam no mundo real ou no virual, ão imporane para o ueo da peoa, poi, por meio dele, ampliamo o onheimeno énio ou não do mundo que no era e, dea forma, o onheimeno pode ranformar-e em poder. Aim, quano mai peoa voê onhee, me hor erá para aumenar o eu newoking, a ua rede de onao, e maior erá a poibilidade de one uir uma boa oloação profiional. Ou eja, deve- e prourar er ompeene, omuniando-e efeiva– 124 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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mene, não apena om eu pare, funionário e hefe, ma, ambém, om odo om o quai voê enha onao. 6.3.1 Principais redes sociais Na equênia, apreenaremo a rede oiai preferida para uo do
braileiro, que“epouem um grande número de uuário. afirma Levy (2005, p. 25), a humanidade onruiu ouro empo, Como mai rápido, mai violeno, ouro que o da plana e do animai, é porque dipõe dee exraordinário inrumeno de memória e de programação da repreenaçõe que é a lin uagem”. No infográfio a e uir podemo verifiar a rede viruai e vário dado eaíio obre o eu uo no Brail.
– 125 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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Fonte: Google Ad Planner/Alexa
6.3.2 Twitter
Ea rede em omo araceríia a rapidez e a ínee da omuniação na produção do exo. Pode er aeada pela URL <witer.om>, permiindo que, – 126 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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na eria, ejam uado aé 140 aracere, ambém deignado omowee, e, na equênia, urge o ermo “weear” om o enido de onverar pelo Twiter. O uuário podem e uir ouro uuário e reebem, por meio do ie ou do erviço elefônio SMS, a aualizaçõe do onao e uido e, aim, a rede oial onfi ura-e. 6.3.4 Facebook
Ea rede, riada em 2004 por um ímido eudane da Univeridade de Harvard, inorporando depoi oura univeridade, ornou-e uma da maiore emprea do mundo e eu riadore já iveram ua vida ranformada em filme. É uma rede ágil que, muia veze, opera em a ua inervenção diparando onvie para ineração om vária peoa om a quai e em onao por e-mail, ou que ão amigo de eu amigo. Oferee muio erviço, omo poagem de foo, menagen, avio, por e-mail, obre menagen deixada ao deinaário ou obre ele, lembree obre o aniverário de olega de rede, e. Não limia o aracere omo o Twiter. Permie uilização por riança a parir de 13 ano. 6.3.5 Orkut
Rede oial da emprea Google Ink, foi riada em 2004. Perdeu epaço para o Faebook, uma vez que amba pouem a mema araceríia de funionameno. Se uma urgiu omo uma neeidade do eudane, o Orku era uma rede uilizada pelo funionário do Google e, depoi, foi diponibilizada para odo o uuário da inerne maiore de 18 ano. A demanda do Orku, poi o Faebook apreenou-e muio mai dinâmio. 6.3.6 MySpace
Ea rede oial foi riada em 2003. Uma da ua prinipai diferença om relação a oura rede oiai é que a página podem er viualizada ambém por uuário não adarado no ie, omo no ao do Twiter. Como na demai página, deve-e riar um perfil om foo, log e vídeo. Além dio, é poível diponibilizar arquivo de áudio no formao MP3, o que favoreeu a vário aria que ornaram o MySpae a página ofiial de eu perfi. – 127 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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6.3.7 LinkedIn
É uma rede oial de negóio, fundada em 2002 e l ançada em maio de 2003. O LinkedIn pouía, em 2011, mai de 135 mi hõe de uuário regirado em mai de 200 paíe e er iório. O ie eá diponível em inglê, franê, alemão, ialiano, poru uê, epanhol, ruo, uro e japonê. Como ea rede via a uma oporunidade de raba ho, não é inereane erever dado obre famíli a, humor, vida peoal, roa de informaçõe peoai ou oloar em eu pe rfil ermo inadequado ao meio. É um bom loal para expor o ur íulo. O poder da rede oiai é imeno, om a apaidade de mobilizar mi hõe de peoa em poua hora. Porano, aber uar ea fer amena pode auar bene io ou male io, dependendo da forma omo a peoa expõem-e nela. Para divulgação de odo ipo e, em eseial, do grande aoneimeno do paí, eveno inernaionai inluive, a rede oiai erão a me hor forma de omuniação e, ambém, a maior fone de informação. Vivemo em uma aldeia global, na mai verdadeira aepção da palavra, não ó de omuniação verbal, ma, ambém, viual, onora, real. Se undo Paiva (2006, p. 17), “deixamo de er ere humano iolado para no ranformarmo em uma rede humana omuniane e one uimo, aravé da mediação do ompuador, omuniar, ao memo empo, om muia peoa, em limiaçõe de empo e epaço”.
6.4 Gêneros virtuais e leitura A leiura, aim omo a eria, foi oalmene renovada: naeu o exo abero, ineraivo. Além do arefao elerônio riado ela,endo o meio elerônio poibiliaram uma revolução na eruura narpara aiva, em via odo o reuro de que o mundo virual dipõe: “A ineraividade eabelee uma nova oneiuação e uma nova relação enre o leior e o exo.” (NEITZEL, 2009, p. 193). O livro que e lê em meio virual é hamado de e-book ou livro digial. Na rede, já exie uma infinidade de livro diponívei para downloa . Para – 128 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
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arquivar ea demanda, exie um ebie hamado EbookCul, uma bi lioea virual om enena de livro elerônio. O lançameno, em 2011, do romane poliial Gau 26: a o ige , erio por Anhony E. Zuiker, em pareria om Duane Swierzynki, o memo auore da érie ameriana CSI, ornou a eoria uma realidade. A obra perene a om umaoda rilogia, meladigiai leiura,– elemeno e inerai-– e vidade a rede Faebook,inemaográfio Orku, Twiter, YouTube oferee, ainda, o “Jogo do aaino”. Foi laifiado omo um “digilivro”. Para failiar a leiura virual, liberando o uuário da imobilidade do ompuador, foram riado ouro apare ho elerônio. Um dele é o Kinle, lançado em 2007 pela emprea ameriana Amazon. Além da função prinipal, que é ler e-book, o apare ho poibilia o aeo a ouro ipo de mídia digial. Com a mema função, foi lançado, em 2010, pela Ap le, o iPad, um apare ho em formao de pranhea digial que já eá na ua ereira verão. Além de leior de livro digial, une ompuador, ideoga e, apare ho de om e vídeo.Seve O livro no apare a leho ãomágio hamado de iBook. Seu riador, Job,diponibilizado laifiou-o omo e revoluionário. O iPad em mai reuro que o Kin le, enre o quai e deaa o menu do apliaivo, que apreena uma eséie de praeleira digial, morando o íulo que o uuário já poui. Além dio, a ela mora a página do livro digial omo e o leior o hae para o produo em formao de papel. Para ompeir om ee merado de livro elerônio, o Google lançou o Google e-Book, oniderado pela emprea a maior livraria digial da inerne. Já foram diponibilizado mai de rê mi hõe de íulo, inluindo o que erão grauio. A vanagen dee novo erviço é que o leiore podem omprar o livro pelo ie, ler em qualquer dipoiivo elerônio e, ainda, armazenar o íulo leiura orna-e maioradquirido a odo. na ona do Google. Porano, o aeo à É o admirável mundo novo que e deorina para grande viagen, omo afirma Oavio Ianni (1996, p. 21): uem viaja larga muia oia na erada. Além de largar na parida, larga na raveia. À medida que aminha, depoja-e. Quano mai deorina o novo, deonheido, exóio
– 129 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Leiura e Eria na Era Digial ou urpreendene, mai e libera de i, do eu paado, do eu modo de er, hábio, víio, onviçõe, ereza. Pode abrir-e ada vez mai para o deonheido, à medida que mer u ha no deonheido. No limie, o viajane depoja-e, libera-e e abre-e omo no alvoreer: aminhane, não há aminho, o aminho e faz ao andar.
A om viagem gênero exuai viruai eá apena omeçando. De aordo Be pelo loni (2001): Do livro e do quadro de giz à ala de aula informaizada e on-line a eola vem dando alo qualiaivo, ofrendo ranformaçõe que levam de roldão um profeorado meno perplexo, que e ene muia veze depreparado e ine uro frene ao enorme deafio que repreena a inorporação da TIC ao oidiano eolar. Talvez ejamo o memo eduadore, ma o noo aluno já não ão o memo (BELLONI, 2001, p. 27).
Da teoria para a prática Todo o que e iniiam na are da enologia e, prinipalmene, para o que fiam muio oneado, ou fazem pare da “geração inerne”, o meio elerônio de omuniação ranformaram-e em uma exenão de i, um modo de vida. O endereço elerônio, e-mail , é mai imporane do que odo o ouro, porque, om ele, aim omo om o número do elular, pode-e, a qualquer empo, em qualquer epaço, em qualquer iuação, reolver pro lema, maar a audade, fazer delaraçõe, reeber ou dar raba ho. Enfim, eamo vine e quaro hora diponívei para reeber ou paar informaçõe. Ea mudança provoaram uma profunda quebra de paradigma. Se undo Baumann (2001) , da olidez aminhou-e para a fluidez no aseo eeniai da vida humana: na individualidade, no empo e epaço, no raba ho e na omunidade. No enano, não há omo fugir dee novo eado de oia. Ele já e inalou: ou voê bua o lerameno digial ou eá fora do proeo profiional, eduaional, oial e aé religioo. – 130 – É vetada a distribuição, a reprodução e/ou a comercialização desta obra, sob pena das sanções previstas em Lei.
Nova enologia da informação e da omuniação
Síntese Nee apíulo, fizemo um paeio pelo aminho da omuniação virual. Vimo que o exo da inerne é o hiperexo, ou eja, um exo om proporçõe giganea, poibiliada pela aberura do link. Com o adveno do hiperexo e da nova poibilidade de omuniação pela inerne, vário novo gênero exuai foram urgindo para e adequarem a e a nova modalidade de produção. Enre ele, deaam-e o e-mail, o c a ou ala de bae-papo e o log. Em odo pode-e fazer uo da lin uagem formal, quando e m iuaçõe eduaionai e profiionai, e da lin uagem informal, quando em iuaçõe de relaçõe inerpeoai amigávei. Ee exo podem er produzido inrônia ou ainroniamene enre o uuário. Para oimizar e ampliar a omuniaçõe e informaçõe, foram riada a plaaforma para a rede oiai viruai, om ua regra e objeivo, failiando a ineração mundial: Orku, Faebook, Twiter, MySpae e LinkedIn. Foi poível ompreender, ambém, que a leiura ofreu mudança ignifiaiva, uma vez que o leior pode ineragir om a om obra ouro inerferindo relação enre o peronagen ou dialogar virualmene leiorena da mema obra. É fáil de er aeada por meio do upore digiai, omo o a le, o elulare e ompuadore, ao ie que diponibilizam livro, revia e jornai, muio dele grauio. O mai imporane foi ompreender a aracerítia da lin uagem por meio eletrônio: não linear , volátil, topografiamente livre , fragmentada, om aeibilidade ilimitada , interativa e intertextual.
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