Cooraenafilo Geral Jr. Elvira Milani
Coordena¢o Editorial Jacinta ThroIo ThroIo Garci
Ir.
Coordena¢o Executiva Luzia Bianchi ComiU Editorial Acadtmico Milani President. Jr. E1vira Milani GI6ria Maria Pa1ma Jr. Jacinta Thro10 Garcia Jose Jobson de Andrade Arruda
ol tica tica natureza como
azer az er ciencia ciencia
na democr democraci aci
Marcos V1l1llond
Maria Arminda do Nascimento Arruda
Bruno Bruno La ou
Traduyao Carl Carlos os Aure Aureli li Mota Mota de Souz Souz
EDCiSC
L359p
Latour, Latour, Bruno. Politicas da naturez natureza: a: com fazer c i ~ n c i a na democracia Brono Bauru, SP: EDUSe, Latour; t r a d u ~ o CarlosAurelio Mot de Souza. -- Bauru, 2004. 412 p.; 21 em. -- (ColelfAo C i ~ n c i a s Sodais)
Indui de: Politiques de T r a d u ~ o sciences en democratie, c1999.
1a
',Ilature: comment faire entrer les
1. Ecologia politica., I. Titulo. II. Serie.
CDD 320.5
ISB 2-7071-3078-8 2-7071-3078-8 (original Paris, 1999 Copyright@ :Mitions La Decouverte Syros, Paris, bis, rue Abel- Hovelacque 75013 Paris EDUSC,2004 Copyright@ (tr.dulaO) EDUSC,2004
\.
realizada partir da e d i ~ a o de 199.9 Direitos exclusivos de p u b l i c a ~ a o em lingua lingua portuguesa para Brasil adqu,iridos pela T r a d u ~ i \ o
SAGRADO CORA<;AO CORA<;AO EDITORA DA UNIVERSIDADE DO SAGRADO Rua Irma Arminda, Arminda, 10-5 CE 1701117011-160160- B . u r n SP Fone (14 3235-7 3235-7111 111 Fa (14 3235-7 3235-7219 219
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Para Isabell Stengers fil6sofa da exigencia.
AGRADECIMENTOS
ADVERTl'NCIA Todo Todo os term termos os marc marcad ados os com urn asterisco sao referi. dos no glos glos ario ario fi da obra obra Como Como me ti
qualquer inovay inovayao ao lingtii lingtiistic stica, a, sirvo-I sirvo-Ille lle deste deste sinal sinal para lembrar ao leit leitor or que prec precis is compre compreen ende de as expres expressoe soe comuns em um sentido sentido que progress progressivam ivamente ente fu especi especializ alizand ando. o.
Urn livr livr com este este na tern verdadeiramente urn autor,
mas sobretudo sobretudo um seeretario seeretario de reda<;ao, encarrega encarregado do de estabe estabe leeer
text text
de traze traze
term
levantamento das conclusoe conclusoes. s.
autor se exprimi exprimini ni mais mais pess pessoa oalme lmente nte na notas notas nas quai quai ci tara as expe experie rienc ncia ia
as leituras leituras que partieularmente partieularmente
secr secret etar ario io conse conserva rvanl, nl, no texto texto princi principal pal
ciaram;
influen. prime primeir ir
pessoa do plura plura qu toe aque aque!e !e qu fala fala em nom de um "co labora laborador" dor" de maio dimens dimensao,e ao,e se absten absteni, i, tanto quanto possi possi vel, de interromp interromper er
lento lento
apenas apenas deve deve monopoli monopolizar zar
labori laborioso oso trabalh trabalh conee coneeitu itual al que leitor aten<;ao do leitor
Minist Ministeri eri do Ambien Ambiente, te, pe!o pe!o repres represent entan ante te de su di visa visa de estu estudo do
pesq pesqui uisa sas, s, te
gene genero rosi sida dade de de sust susten enta ta
este este projet projet nao habitu habitual al de pesq pesquis uis fundam fundament ental, al, que visa visava va desde
inicio, inicio, confee<;ao de um livr (eontrato (eontrato nO 96.060). 96.060). Do
resultado, ele na e- isto isto pons ponsav ave! e!
me bene benefi fici ciei ei tod
dito dito -, de nenhum nenhum mod res res tempo, do indispensave!
apoio apoio de Claude Claude Gilbe Gilbert, rt, cujos cujos eontat eontatos os permitiram permitiram estabele ciment de um original original ambiente ambiente de pesquisasobre pesquisasobre risc cole tivo. Agrade<;o ao estudantes estudantes London Schoo Schoo Economics,
AgTadecimentos
particularmente
Noortje Marres qu me assistiram durante,
todos os cursos sobr
politica da natureza
empreitada sua form definitiva. Tenh especialista que aceitara meira provas
qu deram
esta
maior gratidao pelos
passa dos meu rascunhos as pri
sobretudo po Marie-Angel Hermitte
Lau
ren Thevenot Nomea-lo todos importa em revela tod
SuMARIO
tensao de minhas incompetencias minhas dividas. Encontram se nas notas suas contribui'roes mais importantes.,:.
Este livro nao teri progredido sena tudos de FlorianCharvolin sobr
g r a ~ a s
ao ricos es
Ministeri do Ambiente de
Remi Barbte sobr os dejetos, de Patrici Pellegrini sobr animais domesticos, de blizabeth R ~ m y tensao de Jean-Pierre Le Bourhi sobr Jean-Claud Petit sobre
fi
sobre as linhas
alta
politica da ag a, de
do cici do combustive nuclear,
de Yannic Barthe sobre soterramentodos dejetos radioativos de Volonona Rabehisora Michel CalIon sobr A s s o c i a ~ a francesa contra as miopatias. Vist que, segund celebr expressa
Sully, urn tan brico/agem siio as dua teta da d2n da", pilhei se vergonha os Cosmopolitiques de Isabelle Sten gers a'quem dediquei esta obra assi como as pesquisas de Mi chel CalIon acerca da antropologia do mercado Entretanto, nes tes doi anos, tiv como.objetivo, constantemente, faze j u s t i ~ a experienci verdadeirament .hist6rica do meu amig Davi Western diretor, em urn m'omento"decisivo, do Kenya Wild Life distiincia qu separa Service, quando mediu perfeitament politica da natureza,que redigi em casa daquiloque ele praticou todos os dias no campo, no mei dos elefantes, do Masai, dos turistas dos doadores internacionais dos politico locais da "tropas de bufalo de gnus se esquecer seus"caro colegas" to deturpada, "Pi/hagem
outras especies carnivora ...
INTRODU<;AO
11
Que faze da ecologia political CAPITULO
25
91
Por que ecologiapolitica nao saberiaconservar natureza inicio, sai da Caverna Crise eco/6gica ou cris da objetividade? fim da natureza obstticu/o das "representaroes sociais" da natureza fnigil socorr da antrop%gia comparada Conclusiio: qual sucessor para co/etivo em duas camaras?
96
Anexo
39 54 65 79
CAPITULO
107 113 121
144 151
158
Como reuni
coletivo
Dificuldades para convocar co/etivo Primeira divisiio: saber duvidar de seus porta-vozes divisiio: as associaroes de humanos de niio-humanos Terceira divisiio entre humanos niio-humanos: rea/idade reca/dtranda Um coletivo mais ou menos bem articu/ado Conclusiio: volta il paz civil
Sumdrio
CAP1TUW
nova s
dos poderes
163
Um
168
Algun inconvenientes das no,aes de Jato de valor poder de considera,lio poder de ordenamento Os dois poderes de representa,lio do coletivo Verifica,lio damanuten,lio das garantias essenciais Concluslio: uma nova exterioridade
179 189
199 --206
e p a r a ~ a
INTRODUQAO
CAPlTuw4 217
As competencia do coletivo
221 232
ferceira natureza contestafiio dos dais "ecopos" Contribui,lio do corpos de trabalho no equipamento das a:lmaras trabalho das camaras Concluslio: casa comum, oikos
272 295
QUE FAZER DA ECOLOGIA pOLfTICA?
CAP1TUW 301
307 316 338
352
e x p l o r a ~ a
dos mundos comuns
duas flechas do tempo traiet6ria de aprendizagem questlio do Estado terceiro poder exercicio da diplomacia Concluslio: guerra epaz das ciencias
As
fazer da ecologi politica? Nada. Qu fazer? Ecologia
Qu
political primeira questao: todos aqueles que esperaram d a p o
litica da natureza um renova0o da vida publicase vee tatando
e s t a g n a ~ a o
ber gostariam de saber po que l u u r r at o rencias,
CONCLUSAO
359
Qu
fazer? Ecologia political
obrigado
REFER£NCIAS BIBLIOGRAFlCAS
405
RESUMO DO ASSUNTO (para
dar
mesma resposta. N6s nao podemos
natureza Desd
definida po sua 387
montanha tantas vezes deu
s eg un d q ue st ao : todo mund apesar das apa
fuze de outra forma visto q u e n a existe de urn lado de outro
cons
dos chamados movimentos "verdes" Eles
r e l a ~ a o
cada propriedade, cada f
i n v e n ~ a
com
u n ~ a o
politica
do termo, toda politica
natureza, d e q u cada
t r a ~ o ,
depende da vontade poJemic de
limitar de reformar de fundar, de encurtar caminhos, de ilumi leitor apressado)
nar
vidapublica Em conseqiiencia, nao temos
q u e f az e ou nao fuzer com
escolhasobre
ecologia politica, mas de fuze-l
sub-repticiamente, distinguindo as questaes da natureza
as questaes da politica, ou explicitamente, tratando-as como um s6
11
Introdu¢o
IntrodUfilo
t od o o s coletivos. Agora que os movi
questao que se p ro p6 e
mentos ecol6gicos nos anunciam
irrup,ao da natureza n a p o
litica sera preciso imaginar na maioria da vezes com eles e, al-
gumas vezes, contra eles
que poderia se um
politica enfim
da ideologias do seculo, ~ para
f a z ~ - l o
V o c ~ s
poderil objetar, um ecologia politica. El ter mai profunda a t
m ai s s up er
ficial passando po todas as forma ut6picas razoavei ou libe rais. Quaisquer que sejam as reservas que se possam te disso, esta correntes ja tecera politica
dirigir, enfim,
milhares de liga,6e entr
isto mesmo
na
politic da natureza modificar, enfim,
uma
fim, noss sistema de produ,ao as um
vista
que todo redamam entre si:
vida public p a r q u e elalev em1conta servar enfim
natureza adaptar, en da natureza; pre
e x i g ~ n c i a s
natureza, contra as degrada,6es humanas, po
politica prudente
duravel. Brevemente sob formas Inul
tiplas, freqiientemente vagas, po veze contradit6rias, trata-se muito bern, desde ja de fazer entrar
preocupa,ao com
natu-
c he ga m t ar d d em ai s
ur
d eb at e b as ta nt e c on ge la do .
N6s queremos, neste Iivro,
hip6tes diferen
Como poderiamos pretende que exista ai um
nem
ha
te que nos fad, talvez perdoar po i nt er vi r f or a p o nt o d e vista conceitual, e x i ~ t i r ;
h or a D o
ecologia politica nao comerou ainda
simplesmente se conjugaram os dois termos, "ecologia"
"politica",sem repensar inteiramente os componentes; em con s e q i i ~ n c i a ,
os desafios, que a t a qu i s of re ra m o s m o vi me nt o
ecoi6gicos, nao provam nada, ne n e m q u an t o
s eu s p os si ve i
quanto as derrotas passadas
uc ss s.
r az a
d es t a tr as o
muito simples. Acreditou-se, muito depressa, que bastaria reem
pregar tai ou quai conceitos antigos de natureza para estabelecer os direitos
Ora, oikos, logos, physis
de politica,
forma de um ecologia politica.
polis permanecem como OS verdadeiros
enigmas, t a ~ t o q u n a se apresentam os quatro conceitos em
jogo de uma s6 vez. Acreditou-se poder faze economia deste tra
reza na vida publica. da nova, que
e st a N o d oi s c as os , o s d ad o
de
inumeraveis nuances, desde
tureza
bater-s ainda mais corajosamente
esta lan,.i:'d os, os conceitos marcados as posi,6es conhecidas.
de Ja
e j a
triunfar tal como
empreita
sequer come,ou? Pode-s discutira utilidade,
ballio conceitual sem percebe que
no,6es d e n at ur ez a
politic ja haviam sido desenhadas ao longo dos seculos, par
duvida de suas aplica,6es,o que nao se pode fazer como se ela
tornar impossivel qualquer reconcilia,ao, qualquer sintese qual
nao estivess amplamente come<;ada,
quer combina,a entre os dois termos Cois ainda mai grave,
se em grand parteacabada. Se na
como
foi pOr falt de haver tentado adimatar
blica. Se e l p er d s u
se el nao estives
ecologia politicaesta em xeque, natureza avida pu
muito simplesmente dirao
i n f l u ~ n c i a
alguns porque ter contra si muitos interesse poderosos;
por-
que dirao outros, nao tevejamais substfulcia bastante para riva lizar com retoma
politica de sempre. questi'i
muito tarde, e m t o d caso, para
novos custos
conveniente, seja enterrar
movimento para que el retorn ao cemiterio- bastante chei
12
pretendeu-se,
passar
no
entusiasm de
uma
visao ecumenica, "ultra
autiga distin,ao dos humanos
de d ir ei t
d o o bj et o d e
c i ~ n c i a ,
se
dascoisas dos sujeitos considera que eles ha
viam sido aparelhados, delineados esculpidos para se tornarem pouco
pouco incompativeis.
Muito longe de "ultrapassar as dicotomias d o h o me m da natureza, do sujeit do ambiente,
fi
do objeto dos sistemas de produ,ao
de encontra
mai rapidamente possivel os
13
remedios para
crise, er preciso, ao contrario, diminuir
mo
protocolos; ela distribuid em base de dados; el intermedio das sociedade de sabios
vimento, tomar seu tempo, suspende-Io, depois descer abaixo
tada po
desta dicotomias para cavar como
seu nome indica, nao tern acesso diretamente
me os,
velh toupeira. Este e,pelo
nosso argumento Em lugar de cortar
n6 g6rdio, n6s
i re mo s a ba la -I o d e m i m an ei ra s a t q u s e p os s um
conexao, desfazendo certos n6s,
introduzir al
fim de renova-Io diver
samente. Em materiade filosofia politica da ciencia, preciso totempo,
ma
fi
d e na perde-Ia. Os ecologistas se sentiram l a n ~ r a m seu slogan ' ~ c t locally, loealmente, pensar globalmente") Quan-
urn tanto exaltados assirn que think
globally"
( ' ~ g i r
to ao global, nenhurn outro pensamento Ihes veio sena
desta
natureza ja'composta, ja totalizada, ja instituida para neutralizar
um
argtimen
ecologia, como natureza, tal qual
"Iogia'; como todas as disciplinas cientificas. So
nome de ciencias encontramos ja uma_mistura bastante comple
x a d e p ro va s
de operadores da prova. um
age como terceiro em toda as rela<;oes com terceiro,
os
Cidade sabia, que sociedade Ora, este
movimentos ecol6gicos, procuraram urn atalho
fim de,justamente, acelerar seus progresso militantes.A cienci permanece, para eles, como urn espelh do mundo,
ponto que
se pode quas sempre na su literatura tomar natureza cia
como
sin6nimos. Lam;amos
cien
hip6tese, ao contrario de qu
politica Para pensar "globalmente era precis come<;ar po descobrir as institui<;oes, gra<;as
q ua i s e forma lentament
globalidade. Ora, natureza como vamos perceber,presta-se isso tao mal quanta possive!. De fato neste livro vamos avan<;ar como fabula
como ela, pelo menos
ultrapassar ria, que
lebre, que havia decidido, em sua grande sabedo
ecalogiapolitic era um questao ultrapassada, enter-
rada incapaz de fazer pensar, de refondar logia liar
tartaruga da
esperamos acabaremos po
democracia, ou que pretendia homem
em
moral,
epistemo
tres saltos,('reconci
natureza". Para foryar-nos
diminui
mar
cha vamos interessar-nos simultaneamente pelas ciencias, pela
natureza
pelas politicas. produ¢ao cientifica
essa
contraremos em noss caminho.
d iz , ('a natureza em suas
primeira sutileza que en
ecologia politica leva como ;6
com
sociedade" Muit
bem. Mas esta natureza torna-se reconhedvel po
intermedio
dasciencias elae formada atrave das redes de instrumentos; ela define pela interpreta<;ao da profissoes de disciplinas, de
14
Coisa surpreendente, agora que maior parte dos neg6cios desencadeados pelo movimento ecologista depende inteiramente das ciencias para se tor esta regrapermanecem pOUCQ numerosas. Que narem visiveis, as e x c e ~ o e s se pense, por exemplo, no "efeito estufa", ou no desapareciment progressi· vo dos cetaceos: cada vez mais as disciplinas academicas se encontram na c as o d e outros movimentos saciais Encon primeira linha, que nao trar-se-a em Serge Moscovici (1977 [1968]), Essai sur l'histoir humaine de la nature, uma destas exceyoes tanto maisprecios quant seu livro de trin ta anos. Porem, no livro seminal de Michel Serres (1990), Le Contrat natu· questionaniento das ciencias reI, consta que ligayao mais estreita entr as da ecologia, pel vies d e u m antropologi conjunta do direito das ciencias. presente trabalho proionga alguns dos a v a n ~ o s de Serres sobre funyao contratual das ciencias. Tambem se achara em Ulric Beck, An thony Giddens Scott Lash (1994), Reflexive Modernization, Ulrich Beck Scott Lash (1997), The Reinvention of Politics. Rethinking Modernity i n t h Global Social Order. alusoes freqiientes sociologia das ciencias, como tam bern no livro, importante para mim, de Pierre Lascoumes (1994), Eco-pou voir.Environnements et politiques. Alias, e x c e ~ a o de trabalho sabre par Brian Wynne (1996), Misunderstanding ticipayao do publico (Alan Irwi Science? The Public Reconstruction of Science and Technology; Scott Lash, Bronislaw Szerszynski Brian Wynne (1996), Risk, Environment and Mo dernity: Towards New Ecology, as i n t e r s e c ~ 6 e s entre ecologia os science studies permanecem surpreendentemente esporadicas. Ver, entretanto, os trabalhos de Steven Yearley (1991), The Green Case: Sociology of Environmental issue. Argument and Politics, de Klau Eder (1996), The Social Cons-
15
IntrodUfiW
precis remeter
enigma da produ.,ao cientific ao c o r a ~ a o da
ecologia politica Diminuiremos, talvez
de cartesianism france
aquisis:ao de certezas
brutalmente: co
de parque americanos. Digamosisto
natureza nilo hti n ad a
Jazer. Mai ainda,
que deveriam servir de fermento ao combat politico mas in
em algum momento de sua breve hist6rhi, aecologia politica
cluiremos, entr
nao tratou sobre
natureza
sociedade, urn terceiro termo,
cujo papelvai se revela capital. naturezae
.,ao.'Como iremo mostrar no primeiro capitulo, acreditar que
segundo moderadorque
val encontrar em seu caminho. Como
ecologia politica
ela se interessa pel natureza
natureza, pode-seobjetar
poderia estorva urn conjunto de disciplinas sabias que trazem
litica,
militantes,
que p a r e ~ a
inseri-la no jog politico, de faze dela urn objetoestetico urn su
calculavel, urn
b a l a n ~ e t e
ecologia cientificae
ra oscila
no
na alma
os valores, vai-se de conhecimento auto
moral independente.' Na
noma
cenario politico.
mito inCerto, na poesia, no romantismo; tudo setor-
espirito. Se se misturam os fato
a m e a ~ a m ,
tern
Abaixo, r
se saberajamais, po exem
of Nature
de George Robertson et
ecolo
esquerda?
no controverso
extremadireita
extre
esquerda? Entao, na adminis
e t o r n a n ~ o
as
fontes Paraalem, na plena realiza.,ao de si? sugere
bel hip6tese Geia de um Terra
do Pod ai have urnacienci de Geia urn culto de Geia mas po deria ai haver um politicade Geia Se viermo
ecologia politic nao
al.
ec6iog
e nt r
que,reuniria todos os ecossistemas em urn s6 organismo integra
Mae, lambem politica
abrange tudo sobre "a natureza"- est mistura de politica grega,
truction
p ar a s it ua r- s
OOeita, nem
Por todo lado como
poder dos sabio sobre os politic,:>s, ou
hip6tese de qu
mais discutido, d i f e r e n ~
tra¢o?· Se em part nenhuma, na utopia Acima, na tecnocracia?
domina.,ao dos politico sobre os pobres sabios Este livro levanta
direita?
ma esquerda? Nem
plo se itS previsoe apocaliticas, com as quais os militante ecol6 gicos nos
ecologia politica, entre
t o e c l 6g i o s s em pr e t iv er a
naturez intei
mal pior posta que se priva, de um vez,
mais perturbador,
gista militante Sabe-se,lambem, da dificuldade que os movirnen
energetico, um especie
dentre outras. Se se conced demais ao valores,
de natureza como unico ob
n o ~ a o
vern evidentemente, da politica. Conliece-se
hurnano oscila inteiramente na objetividade torna-se um
coisa contabil
urn p ou c o b ru t al , t e nh a efeitos mais favoravei do
terceiro obstaculo,
morais nos en
contramos em urna said falsa. Se nos entregamos demais ao fa tos,
infantil da ecologia po
jeto da ecologia politica.
procura mistura os fato cientifi
os valore esteticos, politicos, economicos
d o e n ~ a
impede de sair de sua incapacidade em compreen
q u e m a nt e r f o r ~ d a m e n t e
jeito de OOeito enfim, urnapreocupa.,ao Portanto, daique vern cos
qu
der, enfim, sua pratica Esperamo que este desmame, mesmo
seu modo de protege-la, respeita-la,defen:'de-Ia, de
dificuldade. Cad ve que
natureza sobre sua defesa sobre sua prote
(1996), Futurenatural. Na·
se
par po fim
fechar os
dep6sito de lixo municipais, reduzir
barulho dos eScapamentos
realmente nao valea penamoverceu
terras bastaraurnborn de
partamento ministerial Noss hip6tese
ture/Science/Culture.
defender Terra
as p o l u i ~ o e s ,
que
quiseram coloca
no tabuleiro politic sem redesenhar as casas, sem redefinir as re-
Encontrar-se-a no anexo do capftulo 1, uma cartografia das posiyaes poss( vei que mostram bern instabilidade da n o ¢ o de natureza.
gras se
remodelar os peoes.
\' 16
17
IntroduFao
Nad prova, com efeito, que
r e p a r t i ~ a o
dos papeis entre
cienci das coisas, entre as exigencias da li-
politica human
berdade os poderes da necessidade, possa ser utilizada tal como e,
lim de abrigar
ecblogia polltica. Talvez sej preciso ir ate
ponto de levantar
hip6tes de q u n a se defini jamais
berdade politic dos humanos, senao para entrava-Ia co necessidade natural. Ter-se-i tornado mente impotente encadeado; faze
contrat social pretende emancipa-Io; s6
ciencia,
nile-humano,
pode
homem livre que.el pode
abrigada, para encontrar'urn ni&o, redefinir
a l v a ~ a o .
politica
leis da
democracia voluntaria
homem nasceu livre, po todo lado el esti
ecologia politica, mas nao
levar i\ s
li
liberdade
necessidade,
humano
que
cienci
politic tern
faze em conjunto. f o r ~ a .
Se nao temo autoridade pr6pria, beneficiamo-nos entre
tanto de um vantage
particular
riza entrar em r e l a ~ a o com
estae
linica que no auto
leitor: interessamo-nosexatamen_
te tanto pela p r o d u ~ o cientifica quant6 pel p r o d u ~ o politica. u, moos aindaj admiramos tanto os politico quanta os cientistas
Que
leito pens nisto: este duplo respeito nao
sa ausencia de autoridade oferec justament nao utilizaremos
ciencia para Servir
i\
frequente Nos garanti de que
politica, nem da polltica
para servir i\ ciencia. Est minusculavantagem, pretendemos tor
na-Ia
{cologiapolitic perdeu coragem 1)0 caminho.
natureza,
fraqueza, parece-nos, pode leva mai longe que
d e o u ro . P a r
nao temos OOnda
q ue st a
qu
az
d a e ~ o l O g i a political
resposta definitiva. Sabemos somente que se
El acreditou poder apoiar-se sobr
natureza para acelerar
nao se experimenta modificar os termos do debate reatando di
democracia. As dua hoj !h faltam
preciso retomar
ferentemente n6 g6rdio das ciencias da pollticas, experien cia, em verdadeir grandeza, nada provara, tanto em urn sentido,
taref
em ur percurso mais longo, moos perigos tambem. De que autoridade dispomos para fazer ca submeter-s
este tres desafios da
abandono da natureza
da
p r o d u ~ a
r e d e f i n i ~ a o
ecologia politi cientlfica, do
do politico
autor
quanto no outro. Sempre estar ausent urn protocolo adaptado; 50mpregostariamos de ter deixado passar erecia, talvez de redefinir polltica
Menos ainda. Se nos pudessemos excetuar de qualquer autorida de,
leitorganhari tempo, n6s
deria causar c
o n f i a n ~ a .
compreendemos bern: isto po
Mas nao se trata de ganhar tempo, d e i r
moos depressa, de sintetiza as rfiassas de dados, de r e s ~ l v e r
damente os p ~ o b l e m a s urgentes, de prevenir p o u m a minante,
g r a ~ a s
um
e r u d i ~ a o
meticulosa, de faze
aos pensadores da ecologia. Neste livro trata-se simples
mente de tornar
18
ful
chegad de cataclismos igualmente fulminantes Nao
se trataria mesmo, j u s t i ~ a
r ~ p i
p er gu nt a
mesmo
p ar a s i -
ecologia
Acrescentemo urn ultimo constrangimento ao qual nos
aqueles em quem 50 inspiram sa militante ecologistas? Nao. Ec619gos reconhecidos Tambem nao Politicosinfluentes, entao?
chanceque
tinhamos desejado submeter. Aind que devessemos retomar tema d a t re s n o ~ o e s conjuntas de n a t u ~ e z a , ol ti ciencia, nao preferimos utiliza nem otom da denuncia, nem tom profetico que muitas veze acompanhain o s t ra ba lh o d e
ecologia politica Mesmo que nos preparemo para atravessar serie de hip6teses cada um moos estranha que preceden te, f, no entanta sabre senso comum* que desejamos, antes de um
tudo, refletir. Acontec qu
ele se opoe, n o m o e nt o a o born
sensa, que, para sobreviver, falha no andar lentament para ser simples, deviamos dar provisoriamente
radicalidade Noss fi
nao e, pois, revolve
ao qual
aparencia. da
ordem estabeleci-
IntrodU¢o
da dos eoneeit6s, mas de desereve
litiea ja opera, na pratica, tudo f a z ~ r . N6s a ~ a o
simplesmente fazemos
v i r a ~ o l t a
na
as
s e r v i ~ o
por-lhe u m a o u tr a comum,
ti
originalidade exata do
apalpadelas, na falta de compreender das ,cieneias, que estas i n o v a ~ 6 e s
p o s i ~ a o
vam.O unieo
ecologia po
aposta de que as urgencias da
t er n impedido ate a qu i d e situar
que el exeeutava
mais
estado atual:
'que n6s afirmamo que eladeva
que poderiamos prestar-lh seria
i n t e r p r e t a ~ a o
re
implica de pro
dela mesma, urn outro sensa
Para dar
est livro um linha razoavel, temos falado pou
co d o e s tu d o d e campo, que, entretanto, nos servira
damento.Sem ter podido tornar faei!
tindo-o com s6lida provas empfricas, n6s
culosamente, de tal maneira que dades que urna r
e sp er a
e e a p i t u l a ~ o
de fun
merito do assunto, garan
organizamos meti
leitor saib sempre as difieul
a le m do glossario redigimos, no final,
de eonjunto, que podera servir, de alguma for
m a d e "cola".' De qualquer modo, nenhum casebre de eonceitos
d e q u el experimente ver se nao se encontraria
vontade. At hoje, ea entre n6s, os fil6sofo nao fizeram'
pela politiea da natureza mais d o q u urn mbilel pret-a-porter. Aereditamos que e l m er ee e u r n modelo s o m ed id a : t al ve z encontraria assim menos
vontade.'
Na "geopolitica"da filosofia da natureza, Franr;a's beneficia de uma van tage comparativ evidente poi n o ~ a o de uma natureza a ~ h u m a n a , que deveria proteger-se, nao t ev e j am ai s d ir ei t d e c id ad an ia . D e D i de ro t F r a n ~ o i s Dagognet (1990 Nature), passando por Bergson, Leroi·Gourhan, Andre-George Haudricour (1987,La Technologiescience humaine. Recher ches d'histoire et d'ethnologie des techniques), encontramos,na F r a n ~ , uma rica t r a d i ~ a o "construtivista", que faz elogio da artificialidad da nature za, g r a ~ a s figura industriosa do engenheiro. Encontramos, por exemplo, em MO!;icovici, urnaversa notivel dest construtivismo de orige france-, sa: "0 mundo se recusa inteligtncia, se transform em astro morto,rene ga sens de sua pr6pria existtncia, se, no aconteciment de su consti t u i ~ a o , nao vemos encarnar0 trabalho dopastorou do fazendeiro do tesao ou do relojoeiro;acrescentareia est c o m p a r a ~ a o todas as especies de cientistas. sopr qu atravessasuasvisoes do reconhecimento emo· cionado violento espontftneo do sujeito natural por si mesmo" (MOS· COVICI 1977 p. 170). 6l0sofi daecologia- super 1? esta tradir;ao, acredito, que explica por qu ficial ou profunda- fo criticad tao depressa por exemplo, em Alai Ro ge Franr;oisGuery (1991),Maitres et protecteurs de La nature, Dominique Bour (l993), Les Sentiments de la nature. Infelizmente esta crftica da ver sa american da natureza g r a ~ a s r e v e l a ~ a o do trabalho humano,permi tiu aos franceses nao levar avante essa ideia (da filosofi da ecologia). Ten do criticad ecologiaprofunda seurespeito excessivo por urna natureza mitica da wilderness, acreditaram que nao haverianada mai para pensar
qu e1ogio da artificialidade da engenharia, moda de Saint-Simon, seri suficient pararepensara epoca. Par urnpanoram completo da fi losofi da natureza com urn born conhecimento da literatura estrangeira, ver Catherine Larrhe (1997), Les Philosophies de l'environnement; Catheri ne Larrer Rafael Larrer (1997) D u bo usage de la nature. Pour une philosophie de l' environnement. T en d a pr en di d por experi!nciaque nao necessario exigir muitodos lei tores,eu compu est livro como se nao supusessemqualquer conhecimen· to de minhas pesquisas precedentes. Quem as tiver percorrido vera, entre tanto que eu retorno comares novo Ultim capitulode minha investiga C o n s t i t u i ~ a o moderna, sabre sobr queeu chame de"Parlamento das c o i s a s ~ quevimosna ocasiao,de certo modo, do exterior ([1991],Nous ti' avons jamais etl! modernes. Essai d'anthropologie symetrique). Q u e m e t e nham sid necessario cerc de de anos para descreve seu interior nao prova s6 minh lentidao de mente Eu acreditei qu haviamosfalado ma da citncias ma que sabiamo estar informado sobre politica. Eu nao imaginava que ela se diferenciavatanto do retrat desenhadopelapolitolo gi quanto daquelaci!ncia t r a ~ a d o pelaepistemologia. Fuienganad redondamente. Eume expliquei em outro trabalho que serv de i n t ' r o d u ~ o ao presente, onde tente extrair filosofi pr6pria socio logia das citncias que n6s conduzimos,meus colega eu, ha muito anos, quepermanec tao dificil de aclimatar,particularmente na F r a n ~ a (1999b, Pandora's Hope. Essays on th Reality of Science Studies T r a d u ~ a o francesa brasileira, em p r e p a r a ~ a o por La Decouverte; t r a d u ~ o de e s p e r a n ~ a Pandora: ensaio sobre realidade dos estudos cientificos.Bauru, SP: Edusc, 2001.). presente livro tambem segue trabalho sobre os " f e t i c h e s ' no qual eu me esforcei por me desabituar dasnor;oe de cren<;:a e. de- irracional para,introduzirestaantropologia experimental",que encontra aqui,de cer to modo, seu protocolo: (1996a), Petite rejlexio sur le culte modern des dieux Faitiches; t r a d u ~ o brasileira, Reflexilo sobre culto modern dos deuses. fe(i)tiches. Bauru, SP: Edusc 2002 Finalmente, supoe-se evidente
Introdufdo
[ntrodUfilo
pode faze justiS"'a paisagem colorida, no meio da qua el cons tr6i su delgad parede de tibuas, sobre qual pode, atrave de _.
suas estreitas janelas, oferecer apenas vis6es te6ricas.
No capitul 1, vamos desfazer-nos da
de natureza
utilizand sucessivament as c o n t r i b u i ~ 6 e s da sociologia da c i e n c i a ~ , da pnitica do movimento ecol6gicos (distint de su fi osofia), como
da antropologia comparada.
veremos, nao s.aberia Conserva
vamos proceder
uma troca de propriedades entre os humanos i n s t i t u i ~ 6 e s
nome
de coleti
politicas desastrada
mente agregadas, at aqui, so egid da natureza da socieda de st novo coletivo nos permitini no capitulo 3, proceder t r a n s f o r m a ~ a o
de uma verdadeira d
i s t i n ~ a o ,
ados fato
dosva
lores, substituindo- por uma nova s e p a r a ~ a o de poderes*, que nos oferecer melhores garantia morais d i s t i n ~ a o entre dua novas assembJeias, cuja primeira se perguntara "Quanto somos n6s?")
vira de
segunda "Podemos n6s vive juntas?' qu ser
C o n s t i t u i ~ a
ecologia politica No capitulo 4,
ser recompensado em seus e
s f o r ~ o s
leitor
por uma "visita dirigida" as
por uma a p r e s e n t a ~ a o das novas a t r i b u i ~ 6 e novas i n s t i t u i ~ 6 e s qu contribue par a n i m a ~ a o de ur corpo-politico qu se tomou, enfim, viavel As dificuldades r ~ o m e ~ a r a o no capitulo 5, ond seremo obrigado encontra ur sucessor para anti
ga divisa qu distinguia Natureza- no singula da culturas de recoloca questa do nome cole ivos no pluraltoda uma outra teori do social, aIem daquela das ciencias da sociedade* (simples apendice, como se vera, da polltica da natureza criticada nas p a . g i ~ nas que seguem) da qual se encontrara., em sentido pr6prio, uma "ilustra~ a o " em outro trabalho recente, escrito com t:milie Hermant (1998), Paris, ville invisible.
o m p o s i ~ a o como
progressiv do mundo comum* qu
de
n o ~ o
aquela de sociedade, teriam prematuramente
simplificado Po tim, na conclusao, n6 no interrogaremos quant ao tip de Leviat que permit ecologia politica sairdo estado de natureza. Diant do espetaculo a b r a ~ a d o todo tempo, leitor nos perdoara talvez pel aridez do percurso.
ecologia politica
natureza. No capitulo 2)
os nao-humanos*;o qu nos permitira) sob-
vo*, imaginar ur sucessor as
da c
natureza,
Ante de fechar esta
i n t r o d u ~ a o ,
devemo definir
uso
particular que faremo deste termo-chave da ecologia politica*. Sabemo bern que costum distingui ecologia cientifica da ecologia politica;a primeira pratica-se nos laborat6rios na exde campo; segunda, nos movimento militantes no p e d i ~ 6 e s Parlamento Ma com vamos retrabalhar inteiramente pr6 pria d i s t i n ~ o do do termos de cienci de po it ca com preender-se- qu nao poderiamo tomar com certa uma dis que se vai tomar insustentavel ao longo dos capitulos Ao fi de alguma paginas, de qualquer modo, pouco no importa ra diferencia aqueles que quere conhecer os ecossistemas,de fender ambiente, protegera natureza ou regenera vi publi
t i n ~ a o
ca)
uma
vez que iremos aprender
distinguir mais depressa
mundo comu qu se faz segundo as normas, daquela que se faz for de qualque procediment regrado. Par
c o m p o s i ~ a o
momento) conservamos
termo ecologia poHtica, que perma
nece urn emblema enigmatico, permitindo-nos designar se defini rapidamente,
boa maneir de compor ur mundo co
mum, qu os Gregos denominavam urn cosmo"'.
Capitulo
POR QUE
ECOLOGIA POLITICA
NAo,SABERIA CONSERVAR NATUREZA?
Dize
qu ur interess pela naturez fari tod
dade da ecologia politica. El estenderi p r e o c u p a ~ 6 e s
0.
camp estreito da
classica da politicaa novos sere que se encontra
vam ate aqui, pouco ou
representados. Neste primeiro ca
pitulo desejamos comprovar sOlidez dest
logi politica
novi
l i g a ~ a o
natureza. Mostraremo que
entre
eco
ecologia po!itica
nao saberia conseJ;Var natureza,apesar do qu el afirma algu\.
mas vezes pelo menos, em suas teorias. Co obstaculo principal qu congel desd
efeito, natureza multo
desenvolvi
mento do discurso publico Este ponto de vista,que nao tern senao
aparencia de urn paradoxo comoveremos, exig que jun
temostres resultados distintos: urn vindo da sociologia da cien cias,
outro, da pniticados movimentos ecol6gicos
da antropologia comparada. Ai esta toda
terceiro,
dificuldad dest ca
pitulo paratratar do verdadeiro objet destaobra,temos neces sidad de considera com compreendida
d e m o n s t r a ~ 6 e s
que
pediriam cada um varios volumes Ou bern perdemos urntem
leitor ou bern andamos
mais rapi
dament possivel pedindo-lhe apenas para julgar
arvor" po
po precioso
convencer
Por que
Capitulo
seus frutos au seja, aguardar ate os capitulos seguintes par ver como os postulados aqui apresentados permite renova exerdcio da vida publica. Comecemos por ur da ciendas, se tudo cave!.
pequen
resultad
de sociologia
DE rNfcro, or
erologia politiro naosaberi ronserva
natureza?
SAlR DA CAVERN
Para andar nipido ma permanecer predso nad m a i ~ qu rn mito Ora, no Oddente, no tornamos long
qual conjunto do caminho ficari imprati que se seguini, vamos pedir ao leitor que acei
do tempos, osherdeiro de uma alegoria qu definiu as r e l a ~ o e s daCiendae da sodedade ad Caverna*, contada por Platao em
te dissodar as ciencias* no plural minuscul da Ciendiscur cia* no singular em maiuscula; que el admita qu
Republica. Na no vamo perder no dedalo da hist6ria da filosofi grega, Oest mito, bern conheddo, nao queremos reti ra sena as duas rupturas qu permitirao dramatizar toda as
sobr
Ciend nao mantem nenhum r e l ~ ~ a o direta co
vida das dendas; que problema do conhedmento se po mui to diferentemente, conforme agitamo Cienda, ou nos apega
virtudes que se poderiam esperar da Ciencia Ii tirani do dal, da vid publica da politica do sentimentos subjetivos da
mos as idas
a g i t a ~ a o
vindas da dencias, tais como la se fazem; que
terp aceite·considerar, enfim, que, se natureza ng uma parte ligadaa Ciencia, as ciendas, no que lhestoea naoexi
ge
absolutamente uma tal u
n i f i c a ~ a o .
Se tentarmos enfrentar
questa da ecologia politic como se, Cienci se mesm ernpresa chegariamo p o s i ~ distintas Na primeir
s e ~ a o ,
as dencias fos o e s
radicalmente
com efeito vamos defini
Cien
politizarao das ciencias pela epistemologia ji de via politica ordinaria, fazend pesar sobre ela tomar impotent ameara de uma natureza indiscutivel. Vamos, com certeza, ter de justificar esta d e f i n i ~ a o , que parece tao contniriaao bor sen sa. Mas, n a (mica palavra Ciencia se encontra ja reunido im broglio de politica, de natureza de saberes, quedevemo apren dera desatar, compreende-s fadlmente qu nao poderemosco m e ~ a r noss caminho se levantar hipoteca que Cienda faz pesar, desd muito, tant sobr exerddo da politic quan
cia* como
to sobr as pniticas dos pesquisadores dentificos.' Vamos encontrar introdur,:oes em idioma f ra nc e e m M ic he l CalIon (1989), La Science et ses reseaux. Genese et circulation des faits scientifiques;
vulgar em suma, da Cavern obscura que Filosofi mais tarde Sabi deve afasta de si, se quisere aeeder
verdade. Tal e,
partir dest mito
primeira ruptura. Na exis
te nenhuma continuidade possivelentre mundo doshumanos acesso as verdades "nao feitas pel mao do homem" alego ria
mit propoe igualmente, uma segund
Dominique Vinck (1995), La Sociologie des sciences; Bruno Latour (1995a), La Science en action Introduction La sociologie des sciences. Por razoes qu s6 ficarao claras ao ti deste trabalho, os franceses uma dificuldade particularcom sociologi das ciencias, que eles associam inevitaveIRepublica universaL Para mente urn sociologismo qu pori em risc eIes, "Fora da Ciencia, nada de F r a n ~ a ' : Compreende·se que se;a dificil aclimata uma disciplina qu pretende falar empiricamente da pratica "das" ciencias. Felizmente, hist6ria socia das c i ~ n c i a s comelfa ser bern provida, mesmo na Fran'ra, grar,:as ao trabalho de Dominique Pestre; ver, por exempIo, Christian Licoppe (1996), La Formation de la pratique scientifique. Le discours de l'experience en Franc eten Ang1eterre (1630-1820). Sou particularmente grato, com certeza, pelo livro, agora classico, de Steven Shapi Simon S c h a f f e ~ (1993), Le Leviathan et la pompe air Hobbes etBoyle entr science et politique, aos trabalhos de Simon Schaffer de seu grupo em Cambridge
Por que Ii ecoiDgia politico. nao saberia conservar
Capitulo
ruptura:
Sabio, uma vez equipado de leis na feit
pela ma
do homem queeleacab decontemplar,posto qu soubeatirar se ao infern do mundo social pode voltar
Cavern
fi
de
p6r ai ordem, pelo resultados indiscutivei que fara cessar falat6ri indefinido do i& or ntes Nenhum continuidade
mais, la, entr
antiga irrefutavellei objetiva
logorreiahu
mana, muit humana, do prisioneiros apegados as treva
que
nao sabem j a m ~ i s como encerrar suaS intermimlveis disputas.
astucia deste mito que explic sua inusitada eficacia, tende na
seguint extravagancia: qualque destas dua rupturas
impede entretanto se
exat
contnirio, qu se encontra
quisadores, hoje,
ir
aquele da ideias ze te
iota
luz.
vi co
natureza?
tod segurany do mund social
destasa Cavernaobscuraa qua le vern tra
port estreita
tornou uma larga avenida. Em vin
cinc seculos, entretanto uma unic cois na
dupla ruptura qu
mudou
urn
forma do milo incessantement re
pisado consegue manter sempre tao radical. Este que precisamos levantar, se desejarmos mudar
obsticulo pr6prios ter-
mos pelosquais se define vidapolitica Por mais vastos que seja
os laborat6rios por mais que
os pesquisadores sejam ligad()s ao industriais, por mais nume rosos que sejam os tecnicos, po mai ativosque seja
osinstru
combinado na figura unica her6ica do FiI6sofo-Sabio ao mes
mentos par transformar
mO tempo Legislador
-sejam as teorias, por mais artificiaisque sejam os modelos, nada
Salvador. Aind que
de difir absolutamente,
m u nd o d a verda
nao relativamente do mundo social
Sabi pode apesarde tudo, ir voltar de ur
outro mundo:
passagem fechad par todos os outros, esti aberta somente le por el tirania d o m u nd o social se interrompe mi lagrosa!nente: no ir, para Ih permilir contemplar enfim,
adianta, vamos dec1arar se sobrevive senao com
vida moral que, se
nia da ignorilncia. Se
esta dupla ruptura, nao ha Ciencia, nem
c o n d i ~ a o
que os humanos faze toes ontoI6gicas;'
novO Moises
de leis cientificas pel tira
cerim6nia qu
Cienci nao pod
de distingui absolutamente,
na9 relativamente, as coisas"tais como elas sao", da "representa
mundo objetivo no voltar, para!he permitir substituir, qua ur i n d i s c u t i v e l l e g i s l a ~ o
dados, po mais construtiva qu
delas". Se
est divisa entre."ques
"quest6es epistemoI6gicas",
social qu
encontrani
a m e a ~ a d a . '
conjunto da Por que? Por
ela, nao haveni mais reserv indiscutivel para p6r fi
ao vozeri incessante do obscurantism
da ignorancia Na
epistemologia, nem politica sob influencia nem c o n c e p ~ a o oci
haveni mais ur mei seguro paradistinguir
dental da vid publica. No mito Qriginal com se sabe,
so. Nao se podeni mais arrancar-se dos determinantes sociai
Fil6sofo nao chega, se-
nao com as maisextrema dificuldades, quebrar as cadeias que prendiam
mundo obscuro,
cias esgotantes, el retorna
entao, ao
p r e ~ o
de experien
Caverna, seu antigos colega de
tentos da morte aO portado de boa novas. Ao long dos secu los, g
r a ~ a s
aDeus,a sortedo Fil6sofo qu se torna Sabio fo bas
tante me!horada... Importantes
o r ~ a m e n l o s ,
vasto laborat6rios,
imensas empresas, possantes equipamentos, permitem aos pes-
par compreender
verdadeiro do fal-
qu sa as coisas mesmas
entao, ausent
Contrariamente Karl Popper (1979), La Societe ou'Verte et ses ennemis, que critica "totalitarismo" de Platao para melbor salvar S6crates, nao nero. urn nem outr que apresento aqui mas repeti'rao obsessiva do mito,hoje banalizado, que pretende salvar sempre Republica pela Cil?:nda.Ver Bruno Latour (1997), "S6crates 'and Callicles' Settlement aT the Invention of th Impossible Body Politic", uma analise detalhada do G6rgias, que muiBarbara Cassin (1995), L'Effet sdphistique. to aosestudos notaveis
Por 'que
Capitulo
ecolDgia poUtial. nao saberi conservar
natureza?
est compreensa essencial nao se podera mais acalentar espe
designaremo pela expressao de epistemologia (politica)*, colo
rany de pacificar vida publica .sempre ameayadade guerra ci
cando
vil
pretende limitar-s
naturez
as creneras humanas sobre
diriam em urn espantos caos
natureza.se confun
vida publica debruyad sobre
ela mesma,.teriafalta desta transcendencia,sem disputa interminave poderia acabar Se polidamente, assinalamos qu os sabios passa
qualnenhuma
facilidade com qua
do mundo social aquele das realidades exterio
res, comodidadecom qu faze
experiencia por esta Importa
yao-exportayao de leis cientificas,a rapidez com qual eles con vertem
humano
entr os dois mundos se
objetivo provam bern qu na qu se trata muito mais
ruptura ur tecido
costura, seremos acusado de relativismo dir-se-a que ten
tamos dar
'Ciencia uma "explicaya social"; denunciarao em
palavra entr parenteses, um vez qu esta disciplina
milhar
Ciencia,'desde qlJe el na
is sena hu
politica.' Esta forma de epistemologia nao tern por fi-
nalidade, de form alguma, deserever as ciencias contrariamen te ao quea epistemologia poderia f;u:er entender mas evitar toda interrogaya sobr ciencias
naturez da complexas ligayoes entre as
as sociedades, pela invocayao da Cienci como unic
salvaya contra
inferno ocial.
dupla ruptura da Cavern
nao se funda em nenhum pesquisa empirica, sobr algum fato de obse'i"ayao, el
ate contrari ao sens comum,
tidian de todo
sabios
praticaco
se el jamais existiu vinte
seculo de ciencias de laborat6rios,
cinc
de instituiyoes de sabios
n6 molestas tendencia ao imoralismo; talvez no perguntarao publicamente se cremos ou na na r
do mundo exterior no lanyar do decimo quint andar de ou se estamos preste ur predio pois estimamos que. as leis da gravidade, elas tam e a l i d ~ d e
bern, sejam "construidas socialmente"P precis poder contornar este sofisma dos fil6sofo da politica cinco seculos, logo c i e n ~ i a s , que fez cala ~ i n t e que el enfrento questa da natureza Convenhamo log de saida: dificuldad oculta inevitaveI Entretanto, primeira vista, nada deveri ser mai inocent que epistemologia*, co nhecimento do conhecimento, descriya meticulos da praticas sabias em toda sua. complexidade. Nao confundamos est epis temologiaai, bastante.respeitavel, com uma outra atividade, que Encontraremos todas estas inepcias na famosa "questao Sokal". Para wn ba desta tempestade em copo d'agua, ver Baudoin Jurdant (1998), Impostures intellectuelles. Les malentendus de l'affaire Sakal, Yves Jeanneret (199B), L'Affaire Sakal au la querelle des impostures. laniY
Promessa de b ~ b a d o : eu havi jurado nlo mais falar mal do.s epistem610gos. referido"neg6cio Sokal me devolveu, contra esta forma de fundamenta lismo bastante semelhante ao integrismo em religiAo uma raiva santa pela qual, as vezes, me deixei novament levar. Distingo, entlo, daqui em diante, epistemologia politica*, que trata simultaneamente da organiza da vida publica das c i ~ n c i a s , da epistemologia stricto sensu, que apli ca fIlosofia aos problemas do conhecimento, sem se ocupar particular mente em afastar questao politica. Steven Shapin seria urn exemplo da primeira Duhem, da segunda. Tenho maiorrespeitopor epistem610gos, meu colega qu se e s f o r ~ por compreender, com outras ferramenta que nao as minhas, segredo das praticas cientificas. Eu respeito iguahnen te estes epistem610gos politicos que concordam em tratar como wn mesmo problema de fIlosofia teoria das d ~ n d a s politologia. Por outr lado, nlo tenho menor respeit por aqueles que pretendem que "problema do conhecimento" devaser distinguido da' questao politica fun de manter sob controle frenesi do mund social. Contr estes epistem6Iogos"e ne cessario lutar. para distingui-Ios dos outros que coloco p a r ~ n t e s e s na ex pressl epistemologia (politica). O u b e falamos de organizaryao da vida publica, nito necessario mesclar questoes sobre natureza da atividade cientifica, ou bern falamos de p r o d u ~ a cientifica, nit ha nenhwna razao para misturar consideraiYoes sobre razao da politica. Epistemologia poli tic contra epistemologia politica, sim; epistemologiacontra epistemologia, perfeito; episternologia contra politica, nada feito.
31
Capitulo
desde ha muit temp
Por que
apagaram. Nada adianta,
poHci epis
ecowgia polttial niW saberia conservar natureza?
olhar-se diretamente, comunicando-se apena' par fic'r6es pro
temo16gic anulan\ sempre este conhecimento ordinario, crian
jetadas sobre um especie de t el a d e c in em a
do esta dupla ruptura entre os elementos que tudo religa
do l ad o d e f or a em urn mundo composto nao de human os,
neirando aqueles que
poe
pe
e m duvidacomo relativistas, sofis
tase imorais, que desejam arminar toda as nossas oportunida des de aceder it realidade exterior e, assim de reformar, po efei to reftexo,
so-ciedade.
P ar a
i de i d e dupla mptura ter resistid desde seculo
todas as evidencias contrarias, mantido
porque um
necessidade. Est razao nao pode ser sena poHtica
ou religiosa.
preciso supor que
pende de outra coisa que
epistemologia (poHtica) de
fac;:a manter no lugar
poderosa eficacia. Como explicar se q ua l
com
forte raza deve te
isto
[h preste sua
paixao vingativa
s oc io lo gi a d a c ie nc ia s d ep oi s d e t a nt o t e mp o se
encontrou acolhida? Se nao
t ra ta ss e a pe na s d e d es cr ev e
watica dos laborat6rios nao seouviria gritar tao forte,
osepis
tem610go se mesclariam sem problema aos seus confrades an trop610gos. Ao se indignare (poHticos) mostraram lada. Ela nao Qual tir um
c a ~ a r a
pOllta da orelha: suaarmadilha foi reve
mais nem um mosca.
u ti li da d d o m it o d a Caverna,hoje
C o n s t i t u i ~ a o *
maras:'
violentamente, os epistem610gos
primeira
que organize
de permi
duas ca-
vida publica
e st e s al a obscuro desenhado po Platao,
onde os ignorantes se encontram acorrentados
se
poder
de C o n s t i t u i ~ a o * , essencial compreensao deste assunto, encon· tra-se ha muit tempo desenvolvid em Latou (1991): trata-s de substi tuir oposi<;:ao do conheciment do poder da natureza da sociedade, poruma opera<;:ao previ de distribui<;:ao dos direitos dos deveres dos hu manos dos nao-humanos. t: esta no<;:3.o que permite antropologia sime-'<. trica que torna modernidade compantvel a!! outrasforma de organiza <;:3:0 publica. n o ~ a o
mas de ~ a o - h u m a n o s , i.
i gn o ra nc ia s de nossa
s it u a
insensiveis as nossa disputas, as nossas
a o l im it e d e nOSSas
f i c ~ o e s .
s eg u nd a
Tod
r e p r e s e n t a ~ o e s ,
bern como
a st uc i do modelo esta no papel de
s e m p e n h a ~ o po
este bern pequeno numero de pessoas, unicas
capazes de faze
l i g a ~ a o entre as duas assembleia
ter
de c o n v e r ~
autoridade de u m n a d a outra. Apesar do fasdnio exerci
d o p el a I de ia s - a i compreendido entre aqueles que pretendem idealism da
denunciar
form alguma de opor
plat6nica
s o l u ~ a o
t ra ta , d e
nao
mundo das sombras itquele da reali
dade, mas de repartir os poderes, inventando, a o m e sm o tempo, um
certa
ca
despeito da aparencias nao se trata ai de idealismo, mas
Ciencia
d e f i n i ~ a o da
do inais t er r a- a- t er r a d o
Nesta
certa d
da poHti
e f i n i ~ a o
m o do s de o r g a n i z a ~ a o
mito da Cavern permit torna
tralizando-a este
um
poHtica:
democraci impossivel, neu
se unic as
C o n s t i t u i ~ a o , permitida
cal, qual e, d e f at e
pela epistemologia (poHti
repartifao de poderes entre esta duas cama
primeira a ba rc a
t ot al id ad e d o humanos falantes, os
quai se encontram sem nenhum poder, senao
de ignorar em
com urn, ou de cre po consenso nas f i c ~ o e s plenas de toda rea
lidade exterior.A segund se compoe exclusivamente de objetos reais,que tern propriedadede defini t er n
do
da palavra. De urn lado,
tro,
silencio da realidade
que existe, mas que nao
vozeri de f i c ~ o e s
sutileza dest
o r g a n i z a ~ a o .
de ou repousa
inteiramente n o p o de r d ad o aqueles que podem passar de uma
outra camara. Alguns expertos selecionados com do
capazes de faze
quanta
es
l i g a ~ a o
poder de fala
maior cuida
entre os dois conjuntos, teriam, um vez que sao humanos
de
Capitulo
dize
verdad
posta qu
Par que
le escapa
do mundo social gra
olvida
natureza?
contribuiyao minuscula, ma
indispensavel,
e, enfim de pOr ordem na as sembleia dos humanos,fechando-Ihe bico- pois este podem
mear de "
retornar
outra Vamo faze dest questao,'eminentement politica, sobre
c;:as
ze
sc se do conheciment
ecologia polttUa nao saberia conservar
camar baix
fi
de
reconduzi os escravos que ja
agrilhoados no grande salao. Em suma, este poucos eleito
da epistemologia (political: grac;:as ao parenteses, vamos no C i ~ n c i a "
uma da duas assembleias)
repartic;:ao do poderentr
st
de "politica"
duas camaras, ur caso
poderia ver-se dotado da mais fabulosa capacidade politica jamais inventada: fazer fala mundo mudo dizer verdade sern
temol6gica sobr
ser discutida, por jim aos debates interminaveis por umaforma in-
sim
discutivel de autoridade, que se limitaria
parte, Uma questao soment politica sociol6gic sobr
Entretanto
pr6prias coisas. primeira vista, uma tal separac;:ao de pode as
re nao saberi manter-se. Seriam ai necessaria muitas hip6
teses inverossimeis muitos privilegios indevidos. )amais aceitaria definir-se c o m o
ros, qu ne
se pode
urn·
povo
amontoado de eterno prisionei
fala diretamente nem toca coletiva
mente aquilo sobre qu falam, qu se encontram reduzidos conversa para na dizere nada Ademais, jamais lg'u aceitari entregar tantos podere ningue
urn'grup
de
experto que
elegeu Mesm admitind esta piimeira seri de ab
surdos"como imaginar que
Sabios
soment
les, possa
ter acesso as pr6prias coisas inacessiveis? Mais extravagante ain da: por qual milagre as coisas mudas
t ~ r n a r - s e - i a m
subitamen
te capaze de falar? Por qual quarta ou quintavezde passa-pas sa estas coisa reais, um ve falando pela boca destes fil6sofos reis teriam
propriedade inaudita de se tornar no mesmo ins
tant indiscutiveis,
fech
boca do outros humanos?
Como imaginar qu este objeto nao-humano possam se
como
natureza da ideias do mund exterior s-
reza do mundo social Isto feito, filosofi politica torna-se ves-
fusa que
policia epistemoI6gic va criar entre
Entao, quando se trata de um teoria constituciona para faze assentarseparadamente os humanos, privado de toda rea lidade
os nao-humanos tendo tod
poder, pode-se afirma
tranqiiilamente e, sobretudo que nao preciso mesclar as subli me questaes epistemol6gica sobr naturez da oisa cOm as baixa questae politicas -, sobr os valore
dificuIda
de vive em comum. astlicia ta form si ples Como aquelas armadilhas onde as enguia pode entra co maio facilidade ma nao podem jamais encontrar saida Se voce ex perimentarem agitar
armadilha apertando-a el va fechar-se
mai estreitamente ainda)
fada
politic (no
sentid do que distingue Cienciadas Ideias mundo da Ca verna) politica (n sentid da paixae do interesses da queles qu jaze na Caverna)
fundir" as questaes politica
tod realidade? Nao, decididament este conto
Dutra
natu
ga para sempre. indispensave trabalho da epistemologia po litica encontra-s escondid para sempre atds da aparent con
ve que previamente se definiu co
de
sobr os limite de nosso conhecimento
mobilizado para resolver os problemas dos prisioneiros um condic;:ao humana pelo corte
is
tinc;:ao, de uma parte, entr uma imensaquestaopuramente epis
por isso os acusarao de querer"con
as questOe cognitivas! Vao afir
na pod passar como uma filosofi politic dentre outras
mar que voce estao politizand Ciencia,'qu deseja reduzi mundo exterior as projee;:ae que se faze os ilotas acorrenta
menos aind superior
dos. Que voce abandonaram todo criterio para julgar
todas as outras...
verda-
Capltu/Q
POT
falso! Po mais que voces se debatam, estarao sempre·
deir
que ecolagia politica
niio
saberia conservar natureza?
seu edificante espetaculo. Se
na
mais no mesmo lugar Aquelesque politizaram as ciencias' para
salvo se
a ~ a
tomar impossive
verna, existe um meio muitomais simples do queaquele de Pla tao parasair da Caverna: nunca entra nela!
vida politic encontram-se em
pri de acusa-Io de poluir s i d e r a ~ 6 e s
p o s i ~ a o
pr6-
pureza dasciencias com rele con
sociais! Aqueles que por ur sofism dividiram vida
publica em Ciencia
em sociedade vao acusa-Ios de sofisma!
Voce morrerao de fome ou sufocados, antes de have roido h l t e n ~ a O
a o m it o
r a ~ a s
da Caverna, um pequena hip6tes suplementar: toda na
DaD
funcionani. se
DaD
maqui-/
se encontrar previamente
n o p od e m o fu sc ar , primeiro descer 11 Ca
Qualquer h e s i t a ~ a o sobre exterioridad da Ciencia devia precipitar-nos, catrapus! na "simples construc;ao social". N6s preesta escolhacominat6ria: ou bem
do mundo exterior, ou bem
politica po tras das
pretens6es epistemol6gicas se nao tivermo feito, g
epistemologi (politica nos f
tendemos e s c a p ~
grades da prisao na qual estao livremente encarcerados Muito facilmente se v er a
"-
lh nao pod leva sena
11
inferno do social. Uma ta armadi
unica c o n d i ~ a
de qu ningue
mine ao mesmo tempo,a idei de Cienci preciso que aquele que estudam
exa
de sociedade, que
ninguem duvide, simultaneamente, da epistemologi logia.
realidad
da socio
Ciencia acreditem no
imerso na obscuridade da gruta, cad individuo separado do
que os soci610gos dizem da politica,
Quiros, amarrado seu banco, sem cantata com realidade, pre-
ci610gos creiam no que os epistem610go (politicos afirmam da
ao rumores ao preconceitos sempre preste p e s c o ~ o
certa
se
assim que os homensvivem Pouco importa
exige, de inicio, qu n6s, os human os, temo nossas inumeraveis
l i g a ~ 6 e s
d e s ~ o s
com
das ciencia
comecemos
cumulados de f
no
i c ~ a o .
COf
trabalho Cienci
r el at o b ib li c d a q ue da ,
36
melh ao inferno do social.A u m m un d
qu nada no coletivo se asse
s a l v a ~ a o
par
Cienci naovem e
social previamente privado de todos seus
meio de se tornar moral, razoavel
sabio. Mas, para que esta
cialvenh
e x p l i c a ~ a o
ter um Juga na analise sobre qu
sobr
trabalh
vid publica.
se preserva de nos c o m e ~ a r
t ea tr o d e s om br as , q u e c on tr ap 6e , em
m a n a n o s p o d e obriga
atenuaria compreender-se-ia que nada na
das ciencias, preciso que uma nao menos absurda teoria do so-
e ntao, que
ta) superestimou um tanto sua capacidade ela pode nos agradar o r ~ a s
Sf
e nt ao , e
vid publica pel idade da Cavernas.A epistemologia (politi por se
contraste
Ciencia se assemelh as ciencias
realidade, percamos
relatara origem Ora, nenhum pecado originalobriga
um m om en t
mente,
teoria da Cienci poss ter luga na
alg abjeto, do qual el be
uma sala escura, as f
Ciencia Dito de outra forma precis que nao haja soci610g das ciencias, porque entaD, as alternativas se veriam muito clara-
torna incultos, raivosos para
vira salvar-nos. Meno forte do q u c o m e ~ a po
mito
Caverna,
todo contato com nossos semelhantes,abandonemos
mito
ao
da sociologia, nada de policia episten>016gic
d e f i n i ~ a o
pensavel.
lisado
l a n ~ a r
daqueles que vem para reforma-Io. Em suma sem um
que inversamente os so
do Mal,
Right and Might,
comprar um bilhete para assistir ao
Nunc entend como os leitores dos science studies poderiam deixar de ver, nestas pesquisas, isto desde seu inkio, implicar.;:ao da pr6pria nor.;:ao de soda!, de expIicar.;:ao soda!, de hist6ria social. Ver, nest ponto essencial, artigos ja antigos de Michel Calion Bruno Latour (1981), "Unscrewing the Big Leviathans How Do Actors Macrostructure Reality", Michel Calion (1986), "Elements pour une sociologie de]a traduction. La domestication des coquille Saint-Jacques et des marins p ~ c h e u r s en baie de Saint-Brieuc". Estive entrosadoem duas disputas iluminantes nesteponto, com defensores da
Capltulo
Uma
contornada
Par que auologiapolltim nao saberi conservar
astuda perd toda su d i d d a .
Temo dificuldad em acredita que se tenha podido leva serio as questoe epistemol6gicas, como se elas fossem de fato distilitas da organiza,ao do corp sodal. Daqui em diante logo que se ouvirem censores -colocando "grandes'" questoes sobre existendade uma realidade objetiva,nao nos vamos fatiga mais em responder, tentando prova qu somos,apesar detudo, "rea listas". Bastara retorquir com uma outr questiio "Vejam como curioso; voces tentam, entao, organizar vida civi com duas
camaras, das quais uma teria autoridade nao palavra, a o u tra palavra ma nao autoridade acredita voces, verdadei ramente, que isto seja bern rawave!?" Contra policiaepistemo 16gica preciso faze politicae, sobretudo, nad de epistemolo gia. E, todavia, pensamento politico dos OcidentaiSvive lon go tempo paralisad po esta amea,a vind fora qu pode ria qualque moment esvaziar de su substanda essencial de suas delibera,oes:
mito da Caverna, progredimo bastante
pois sabemos, doravante, com evita da ciencias.' objeto dest obr na
trapaya da politiza¢o de prova este peque"
"construlj:ao sodal" (COLLINS; YEARLEY, 1992, "Epistemological Chicken", com nossa resposta em Michel Callon Bruno Latour (1992), "Don't throw the Baby ou wit th Bat Schaal! reply to Collins and Yearley", David Bloor (1998), "Anti-Latour", com minha resposta de Bruno Latour (1999a), "For Bloor and beyond". Acusam-se os sciences studies de haverem p o l i t i z a ~ do C i ~ n d a , no momento em que fizeram precisamente inverso: eles despolitizararn as dwcias,pondo tim ao sequestro da epistemologia pela po-
lida epistemo16gica. palavra"politizar" se entende daquiem diant de dua maneiras distintas. primeira volta reservar ao Unic inferno da Cavema os jogos de poder, tratar mundo da C i ~ n d a como apoHtioo. celeberrima "neutralidade"
38
no ponto de sodologia das ciendas, ma tira dai as conseqiien ia para qu na Ciencia?
filosofi politica. Com conceber uma democracia so amea,a constant rn socorr vind da que se assemelharia vidapublic daqueles que recu
sassem entrar na Caverna? Que formatomariam as ciencia libe-' rada da obriga,ao de servir politicamente Cienda Que pro priedades teri faze cessa
natureza, se el nao tivesse mais capacidad de
discussao publica Esta sa as questoes que
50
po
dem comec;ar enunciar, uma ve saidos em mass da Caverna, ao im de uma sess de epistemologi ( p o l i t i c ~ ) , da qual no apercebemos retrospectivament que el nao for s e ~ a o uma distrar ao sobre caminh que teriapodido leva filosofia politica.
Do mesm mod como distinguimos Ciencia das ciencias, va mosopor politica-poder*, herdeira da Caverp.a politica*con cebidacomo cornposirao progressiva do rnund cornurn'.
naturez indiscutive da leis nao-huma
nas, Cienci confundida com as ciencias,a politica reduzida ao inferno da Abandonando
natureza?
CRISE ECOL6GICA OU CRISE DA OBJETMDADE? sociologia da ciencias poder-se-a objetar, ainda na esta muito expandida Parec diftci 5Orvir-5O dela para reinventar
da Ciencia prove dest distribuilj:lo previ das funlj:oes entre C i ~ n c i a , de uma parte, politica de outra. "Politizar': por pouco q u s e aceite esta divi sao de trabalho, sempre voltara a- explicar Cienda pura perfeita pelas "apostas de poder': nas quai se debatem sem esperanlj:a os escravos acorren tados. Contra esta poluilj:lo da neutralidade.dentitica,sempre sera suficiente, para voltar pureza inicial, recordar diferenlj:a absoluta que existe entre realidade fria das coisas. Mas polias preocupalj:oes do mundo hurnano tizar remete tambem pr6pria j n Y e n ~ a o desta d i f e r e n ~ absoluta, esta dis tribui¢o de p a p e i ~ entre, de urn lado, uma reserva apolitica e, de outra par te, aredu¢o da vida publica a f l i ~ a o das paixoes ou dos interesses. tim de despolitizar as dencias (de acordo corn primeira aceplj:lo da palavra), pre. dsarnos repolitizar Cienda.
Capltuw
Por que
formas separadas da vid publica Como um resultad tao esote
ecoWgia polftica niio saberia consen'ar
natureza?
se tivessejamaispensado em outra coisa sena em forma
ric poderiaajudar-nos definir um futuro sens comwn? Por que vamo junta-Io ao imenso movimento socia da ecologia po
vida
publis em torno de dois centros dos quai um seriaa natureza. Se ecologia politic apresent um problema na po;que el
litica que ele. vai surpreendentemente, permitir esclarecer. Daqui para fr te cada qu no falare natureza quer ja
t an t
paradefende-Ia, domina-la, ataci-Ia, protegHa ou ignora-Ia, saberemos que assim se designa segunda camara de um vida pu
ma porque el continua, ai de n6s, utilizar naturez par fazer abortar politica. natureza cinzenta fria dosantigo epis
blica que desejam paralisar. Se se trata,portanto, de um problema politica, nunca da designa¢o de wn parte do universo duasquest6es se apresentam: po que aquelesque se dirigem n6s deseja dua camaras distintas da quais somente wn leva0 nom de politica De que poder disp6em aqueles,que lobby entre as faze No moment em qu aimo do
i n ~ r o d u z i u ,
diciona 16gic
quee novo
prolonga baix polici epistemo-'
que invent epistemologia politica do futuro resultado nao s e f a esperar: literatura sobre ecolo
gi politica lid dest angulo rest" assa d e ~ e p c i o n a n t e . Co efeito elanao faz, na maiori da vezes,senao retomar, sem modificar um linha focal, da qual uma
C o n s t i t u i ~ a o
se
moderna* de uma politica bi
cham politicae
outra,
nome
natureza, torna impotente primeira Esta retomadas, estes re-
makes, tornam-s at divertidos, quando aritropocentrismo dos modernos
se
pretende passar do
dito por vezes "cartesiano"
ao naturo-centrismo dos ecologistas, com se desd come do Ocidente desd mito origina da queda na Caverna, nao
Ficamos confundidos ao ver que Michae E. Zimmerman (1994), Contesting Earth's Future: Radical Erology and Postmodernity, depois de umJivro n o t a ~ vel sobre tecnica em Heidegger,aproxima filosofia da ecologia, sem mo ver urn milimetro p o s i ~ a o polftica tradicional da natureza.
natureza na p r e o c u p a ~ 6 e s politicas, bas lt da
nt o,
o s h um an os ,
tem610go (politicos) os ecologistas simplesmente a.substitui ra
doe C o n s t i t u i ~ a q
mito da Caverna, nao estamo mais intimidados co apel natureza, vamos poder escollier, na ecologia politica, qu tra
enfim,
x cl u i v m en t
por uma naturezamais verd
dua natureza se assemelha
I'
mai quente No resto, estas
em tudo amorais, elas dita
conduta mora em lugar da etica; apoliticas elas decidem sobr politica em Juga da politica.' precis passar po est julga mento pouco caridoso fi de devolver ao diversos movimentos ecoJ6gicos uma fiJosofi que esteja altura de suas a m b i ~ 6 e conform su verdadeira novidade. Por que entao,
se
interessar pela ecologia politica se
li-
teratura na consegue sena no joga de novo na Caverna? porque, como vamos mostra nesta segunda se'f3.o,
ecologia
politic nao seap6ia ou melhor, nao seap6ia mais, enfim, na na-
t: suficiente, para nos convencermos, reler urn dos pensadore mais influen tes ao qual se reivindica ecologia, Hans Jonas, paraver que ponto eleune, em suma, uma obrigaya queos naturalistas supra-sumos do tempo passa do nao teriam ousado jamais impor, desde momento e m q u natureza acrescenta ao poder'das causas sua formidavel e x i g ~ n c i a moral: "Nossa de ~ o n s t r a ~ o precedent de que naturez cultiv os valores, desde que cuI livre de ainda ova entao, nao questao de saber se consentir em sua 'decisao de valor' deixado nosso bel prazer o u s e nossa obrigayao: se, portanto, para exprimir de forma pa radoxal osvalore quesao postos incontestavelmente por ela, por ela igual m:nte sao vilidos (oumesm somente fato como tal d e t e valores!), em cUJo caso nosso Unico consentimento seria uma o b r i g a ~ a o . " (JONAS, 1990, p. 155, Le Principe responsabiliti). Hi, portanto, agora dua razoes em ve de obedecer ~ a t u r e z a : "Em nossa contra-proposta, 'poder' quer dlZer: delXar-se expandlI' n o m u nd o o s efeitos causai que se confrontam em seguida com 'dever-ser' da nossa responsabilidade" (p. 247).
Capitulo
Por que
tureza, ainda menos na sua conservayao, sua protes:ao sua defe sa. Par seguir esta delicada
o p e r a ~ a o ,
precis
que
leitor,
a p 6 ~
haver distinguido as ciencias da Ciencia, aceite introduzir
um
d i s t i n ~ a
e nt r
pratica dos movimentos ecol6gicos ha
teoria desta pnitica militante. Chamaremos de
trinta
ecologia politica niio saberia conservar
Ha sempre
perigo, sabemos b e m d e distinguir teoria
pratica: arriscamos subentender, ao meSmo tempo que os mili tantes na um
saberiam realment
ilusao que
t re ta nt o
e st a p er ig os a
d i s t i n ~ a o ,
"verdes' querendo restitui
turpolitik* (expressao construida sobre
tocaram no
segunda Se vamos parecer alguma veze injustoscom r Ultima
porque nos interessamos muito apaixonadamente
pela primeiras.
ll
10 Nao confundamos com jet da serrao seguinte. 11
42
e l a ~ a o
criticada vidaselvagem, wilderness, qu sera ob
Uma vez mais, existem conherra bem isto, inumeraveis tons entr todos es te pensamentos que eu reu.no muito injustamentesob expressaofilosofia da ecologia*. u r g ~ n c i a , paramim naoe nema justii nem e r u d i ~ o , mas c r i a ~ o deurn esparro completament livredo empreendimentoda nature za. Deste ponto devista forrrosamente parcia mesmopartidario as nuan ces desaparece.r:n muito depressa Entretanto, desde as primeira palavras, nos convenceremo facilment disto, natureza retoma nos escritos deste excelentes autores que eu muit depressa amalgamei, font de toda as exiUnico exemplo. Aincla mai nota g ~ n c i a s morais cientificas Jonas nao vel eWilliamCronon,autor do melliordos livrossobrea hist6riade urn am biente (CRONON, 1991 Nature's Metropolis. Chicago an th Greaf West) quetermina i n t r o d u ~ o de urnlivro ond se encontram reunidosos mais sa6sticados dos p6s-modernos americanos (William Cronon (dir.) (1996) Uncommon Ground. Rethinking the Human Place in Nature), com est fras que deixaa antiganaturez absolutament intacta:"Nao obstante as pedras permanecem, as mores, os passaros,e vent ceu' Primeirament antes de tudo,ele permanece elesmesmos, despeito das nurnerosas sig nificarroes que neles encontramos; Podemos desloca-Ios lhes impor nossos desfgnios Podemos nos esforrra por dobra-lo noss vontade. Mas ao jim das contas, ele permanecemmisteriosos, artefatosde um mundo quenao fabricamos eujo senso,que por eles mesmos nunca ser bem conhed do Esta'rocha silenciosa, esta natureza prop6sito da qual n6s discutimos assim,tambem estao entr ascoisasmais importantes.que temo em comum raza pela: qual nos preocupamo tanto com elas Paradoxahnente, t: terreno nilo comum que mo podemo naocompartilhar [It is, paradoxically, meus the uncommon ground we cannot help but share.] (minha t r a d u ~ o
n a ~ . 1 2
c o r a ~ a o do que
Ora, po
que faze
que sucumbiria
fil6sofo viria denunciar. Se recorremos, en
ecologia militante* prirneira,e de filosofia da ecologia* ou Namodelo da Realpolitik),
natureza?
um
p or qu e
natureza um chamaIllos de
m ov im en to s
dimensao politica,
C o n s t i t u i ~ o
extravagilncia eshategica, que
moder objeto
deste capitulo, sob excusa de proteger
natureza, 05 movimentos ecol6gicos tambem conservaram concePrao da natureza qu torna impraticavel seu combate politii:o. Por que "a natureza" jus tamente feita, como
veremos adiante para eviscera
politica
nao se pode pretender conserva-laj ogando-a toda no debate pu-
blico. Temos, pois
direito, no caso curioso da ecologia politi
ca, de fala de um div6rcio crescente entr sua pratica abundan t eo ri a que el tem. 13 /"
itilicos) p. 5 S ~ 5 6 . Seguem-se seiscentas pAginas de desconstrurra critica paradeixa natureza desempenhar pape! que el sempre teve no rnoder nismo: aquel do mundo comum, indiferente as nossas disputas 12 Naotemos necessidade,para momento, de uma d e f i n i ~ a o precis do mo dernismo Esu6cient saber que relarrao da C i ~ n d a com sociedade ofe rece, meu veT, o'mai seguro meio para distinguir"modernos': "pre-mo demos" "anti-modernos" "p6s-modernos': Par todo estes pontos, ver Latour (l99l). Se usa do adjetivo surpreende pode-se leT em seguid primeira serra do capitulo 5 : ' ~ dua flecha do tempo':
sei, que permitiria explicar por que, no 13 Na faltam boas razoes ber fogo de urn nov combate os pensadores da ecologia nao dedicaram todas suas forrras para discutira naturez politica da natureza. ComoSartre antes deles, nao quiseram"desesperarBillancourt' pondo-se duvidar da C i ~ n c i a que lhes parecia servir como alavanca indispensavel e m o ~ o publica. Est "naturalismo estrategico" lhes permitiu devolver contra seus inimigos estas famosasleis inelutaveis da natureza. Era uma boa guerra, talvez ha alguma injustirra em lhes criticar por este usa convenient da natureza ma ist 6couda rna filosofia politica. longo prazo,nao se podecolocarvinho nov em odres velhos Ver, por exemplo, usa grotesco do cienti6cismo em Pau
Por que eaJlogia polftica nao saberia conservar
Capitulo
Assi
que come,atnos voltar nossa ate!!,a em dire,ao
11 pniticadas crises eco16gicas percebemos, de imediato,que elas
na-o se apresentam' jamais so za". Elas aparece
form de uma crise da "nature
muito mais col)lo crises da objetividade, como
se os novo objetos que produzimos coletivatnente nao viesse
cair no leit deProcusto da politica de dupl foco com se aos "objeto limpos" da tradi,ao se opusessem daiem diante os"ob jeto desordenados" ou descabelados que os movimentos mili tantes esparramam em seu rastro Temo necessidade desta nie tafor inconvenient par sublinhar
que ponto
cris alcan,
todos os objetos nao somenteaquelesa qu conferirat 10 "natural"
r6tu
etiquet tao disputada, ademais quant aquela
produ,oes de origem controlada."A ecologia politica nao se re-
R. Ehrlich Anne H. Ehrlich (1997), Betrayal of Science and Reason. How Anti-Environmental Rhetoric Threatens Our Future, que desejavam simples mente que "boa" ci!ncia indiscutlvel triunfe sobre "ruim", dos ide610gos readonarios. Uma filosofia da ecologia que nao absorvesse as controversias entre cientistas desobedeceria todos seus deveres intelectuais.
14 Nao faltarn trabalhos notaveis sobre impossibilidade de manter estave qualificativo " n a t u r a l ~ Meus dois favoritos sao Alston Chase (1987), Playing sur God in Yellowstone The Destruction ofAmerica's First National Park, preendente livro sobre Chicago,de Cronon (1991). Sobre os zOos, vet Eric Barataye Elisabeth Hardouin·Fugier (1998), Zoos. Histoire des jardins 20010 giques rn Occident (XVI-XIX siecles). Sobre os parques, exemplo de meu amig Wester particularmente esdarecedor (WESTERN, 1997, In the Dus of Kilimandjaro) -Ier uma introduyao em Charis Cussins (1997), "Des eltphant;s dans Ie magasin de la s c i e n c e ' ~ Para Franya, ver A. Cadoret (dir.) (1985), Protection de la nature. Histoire et ideologie, ver em particular apaixonant tese de Danny Tromm (1996), La Production politique du paysage. Elhnents pour une interyn"ttation des pratiques ordinaires de patrinwnialisation de la nature en Allemagne et en France. As ligayoes entre patrimo da naturez sao bern vislveis se lermos Dominique n i a l i z a ~ o da arte Poulot (1997), Musee, nation, patrimoine, 1789-1815. Ver trabalh apaixo nante da hist6ria da naturez em d!ncia, desenvolvido por Lorraine Daston (1998), "The Nature of Nature in Earl Moder Europe"; Lorraine Daston Katharine Park (1999), Wonders and the Order of Nature.
la pois gra,as
um
natureza?
cris dos objeto ecol6gicos mas por
crise constitucional generalizada, que atinge todos os obje-
um
tos. Tentaremos mostra-lo redigindo separam
qu
lista da diferen,as qu
ecologia militante acredita fa er do que el faz
na prcitica. 15 1.
ecologia politica pretende falar da natureza mas fala
de inumeraveis imbroglios, qu supoe
sempre
participa,ao
dos It'umanos. naturez
coloca-l ao abrigo do
homem, mas, em todo os casos, volt
2. Pretende proteger
inclui tambem os hu
manos, que intervem ainpa mais vezes, de forma ainda mai re finada ainda mais intima,
co
uma aparelhage
cientifica
ainda mais invasora. 3. Pretende defender
natureza por
por urn sucedaneo de egofsm humano mas, cad vez amis sa
qu
para
conduzem melho se deu, sa os hom en qu bem-estar, prazer OU boa consciencia pequeno
mimero de humanos, cuidadosamente selecionados, que se che ga
justifica-la
do
brancos
geralmente americanos, machos ricos, educa
4. Pretend pensar po Sistemas, conhecidos pelas Leis da
Ciencia, mas, cadavezque el se propoea tud inclui em uma causa superior, encontra-se arrastada
um controversia cien
tifica, na qual os experts Sao incapazes de entrar nu
acordo.
15 Retorno aqui Bruno Latour (l995b), "Moderniser ou ecologiser. la recher che de La septieme cite': Muito me beneficiei para todas estas pesquisas do trabalho: Claudette Lafaye Laurent Thevenot (1993), "Une j u ~ t i f i c a t i o n ecologique? Conflit dans l'amenagement de Ia nature"; Laurent Thevenot propos d'une comparaison Fran ( l 9 ~ 6 ) , "Strategies, intertt et justifications ce-Etats-Unis de confiits d'amenagement': que substitui falso debate sobr de proximidade sentimento. natureza pelas n o ~ o e s - c h a v
45
Por que
Capitulo
5. Pretend ir buscar seus modelos cientifico nas hierar quias regrada po elos ciberneticosordenadqs, mas coloca sem p r e m evidencia montagens surpreendentes, heterarquicas, em
tempo de r e a ~ a o
que
as escala pegam sempre no contrape
aqueles que acreditavam fala da fragilidade ou da solidez, do ta
modificar
r e l a ~ a o
de
f o r ~ a s ,
s en a
a p eg an d o
acontecimentos particulares
s i t u a ~ 6 e s
nir
4.A ecologi politica nao sabe
lu duas
gico-politic
platanos sobre Plac du Tertre. 7. Ela pretende crescer em poder
te
paises onde e l
no
vidapoliti-
encarnar
nao um
f o r ~ a
e s p a ~ o
limi
dos observadore eleitorais. Mesmo
urn pouc
mais poderosa, el n a t r a se
de ajuda entretanto, est lista, tomando como quali
d a c oi s s , d o
in
que
a tu a segundo um
meios escapariam, alias,
ur Sistem ecol6
Cienci complexa cuj
pobre humanidade pensan
sua grande virtude El nao sabe
faz ou nao sistema. Ignora
que
que
l ig ad o em conjunto ou n ~ ' a .
As eontroversias cientificas na quai se embaraera, eis ai justamente
d is ti ng u d e t od o s o s outros movimento cienti
que
fico-politicos do p as sa do . E l
u n ic a a poder beneficiar-se de
u m a o u t r politica da ciencia.
5. Nem
cibernetica ne
hierarquia permitem com
que aparece, na primeira, como fraquezas.
preender os agente desequilibrados, ca6ticos, darwinianos se
ecologi politica nao fala da naturez
jamais procu
jam locais sejamglobais, po vezes rapidos, po vezes lentos, que
de seres de forma compli
elaatualiza atrave de um multida de dispositivos experirnen
I.
fala dela El leva
ro
na
pesquisadora Esta
R ~ t o m e m o s ,
dades
naturez (sej po el mesma, seja pel
b er n d o f ut ur o humanos). Ela suspende nossas certezas con
modelo
ca do futuro, mas esti reduzida, em todo lugar, ao
natureza
bern comum de um natureza desumanizada. El fa mui
to melhor que defender
baleias prisioneiras do gelo cern elefantes em Amboseli, trinta
tado das cadeiras ejetiveis
ecologi politica jamai pretendeu servir
dos meios.1
6. El pretende fala do Todo, mas nao conseguiu abala gares biotopos,
natureza?
pelo seupr6prio bern, poiselae absolutamente incapa de defi
cernentes ao soberano bern dos homen
manho ou da pequenez da Natureza.
opiniao
3.
ewwgia poUtka nao saberia conserva
a s s o c i a ~ 6 e s
eadas: regulamentos, apare1hos eonsumidores, instituier6es cos-
tais originais, eujo eonjunto mesclado na forma, felizmente
tumes, novilhos, vaeas, poreos ninhadas inteirament super-
uma Ciencia eerta.
fiuos de incluir e m u m natureza nao-humana
nao hist6rica.
natureza na esta em questao na eeologia, mas, ao contnirio
dissolve os contorno 2.
ecologi politica nao busc proteger
naturez
ja
cargo, d e m a ne i r ainda mais completa, ainda mais misturada, diversidade ainda maior d e e nt id ad e
modernismo pretendia dominar embaralhou de um
grama tota
e co lo gi a p ol it ic a hierarquizado
i nc ap a d e i nt eg ra r em u r p ro conjunto de sua
a ~ 6 e s
pontuais
tedistribui os agentes.
mais procuroufaze-Io. El pretende, ao contrario, tomar um
6.
vez.
mundo,
de destinos. Se
la
e co lo gi a
16
todo problema dito "Setima Cidade", par alusao ao trabalho de filosofi moral politica iniciado por Luc Boltanski Laurent Thevenot (1991), De La justification. Les economies de La grandeur. Se existe uma setima cida de alem das seis outras que os autores apresentaram, abre-se e n t a ~ ques ta do limites da humanidade comum (BARBIER, 1992, Une cite de l'ecoLogie; GODARD, 1990 "Environnement modes de coordination et systemes de ltgitimite: analyse de la categori de patrimoine nature!").
47
Capitulo
Parque ecologiJl po/{tka naosaberi conservar
particulares,e el jamais procurou faze-Io Est ignorancia sobre totalidade justamente ordenar, em um
que
salva, pois el nao pod jamais
hierarqui unica, os pequenos hurnanos
grande camadas de oz6nio ou os pequeno elefante dia avestruzes.
menor pode se tornar
as
as me
maior. ''A pedr que
fo rejeitada pelos construtores se tomou
pedra da cumieira"
(Mt 21 42) 7.
ecologia politica felizment tornou-s marginal ate
hoje, porque nao compreendeu ainda ne
no.tureza?
antigos os novo objetos, enquanto estamos desabituados da n o ~ a o de natureza. Os objetossem risc tinha quatro caracterlsticas essen ciai que permitia reconhece-Io primeir vista. Ante de objeto produzido tinha contornos nitidos, um essencia*
tudo, ber sem
definida, propriedades ber c o n t e s t a ~ a o
reconhecidas
Ele
pertencia,
possivel, ao mundo das coisas urn mundo fei
to de entidade obstinadas, teimosas, definidas po estrita leis
politica, nem sua
de causalidade,.de eficacia de rentabilidade de verdade. Em se
ecologia. Ela cre falar da Natureza, do Sistema, de um Totalida
guida, os pesquisadores, engenheiros, administradores, empre
de hierarquizada, de urn mundo sem garantida, que
Slla
homem, de um Ciencia
sa justament este prop6sito muito ordenados
marginalizam ao pass qu os prop6sitos descolados de
sua pnitic talvez !he permitissem chegar enfim, politica, se ela conseguisse a Nao um
se
sentido.
l c a n ~ a r - ! h e
pode, pois caracteriza
crise da natureza mas po um
maturidade
crise da objetividade. Aos
lugar os vinculos de risco" o s o b
jetos desordenados. Tentemo' caracterizar
d i f e r e n ~
tecnicos que concebiam, produziam
colocavam este
objeto
atividade c
tecnic
i e n t i f i c a ~
industria permaneci
fora de campo. Em terceiro lugar, este "objeto sem risco" acarretava certa consequencia esperadas ou inesperadas,mas sempre
ecologia politic po
objetos sem risco* aos objeto limpos, aos quai n6s estavamos habituados ate aqui tomam
sarios
objetos no mercado, tornavam-se invisiveis, uma ve terminado
entre os
pensada soba forma deurn impact sobre ur universo diferen-
te, composto de entidade menos faceis de delimitar signavam co p o l i t i c a s ' ~
que se de
nome vago como "fatores sociais", "dimensoes
"aspectos irracionais". Conforme
mito da Caverna
objeto sem risco da antiga ordem constitucional dav
impres
s a d e c ai r c om o u r m et eo ro , b o mb a rd ea n d d o e xt er io r u r 17 t: assim que interpreto
expressao "sociedade do risco", popularizada por Ulrich Beck (1992), Risk Society. Towards New Modernity: "a p r o d u ~ o arqu el tificial das certezas os objetos limpos acabam por produzi chama de "a p r o d u ~ a o artificialde incertezas". Beck nao quer diur de forma alguma que se corre mais risco hoje do que ontem, mas que as conseqiiencias sao agregadas aos bbjetos de uma maneira proibida pe10 modernismo. Um vinculo de risco wn objeto "limpo': ao qual se somam, enfun, seus riscos associados, seus produtores, seus conswnidores, seu cortejo de neg6dos de questionamento juridico: Ulrich Beck (1995), Ecological 'politics in an Age of Risk. Em resumo, wn objeto interessante, entangled, mnit pert desses que descreve os antrop610gos (STRATHERN, 1992, After NatJ,lre. Englis lGnship in the Late Century; Nicholas Thomas (1991), Entangled Objects. Exi:hange, Material Culture and Colonialism i!1 the Pacific).
mlllldo social que th servia de
Enfim, alguns destes obje
to podiam, talvez anos mais tarde, acarretar riscos insensatos, exempl
do cataclismas. Entretanto, as consequencias, com
esta catastrofes nao repercutiam jamais s ob r
d e f i n i ~ o
pri
meira do objeto, sobr seus contornos, sobre sua essencia, pois elas pertencia
sempre
aquele mundo dos objetos
ur munclo se
medida comum com
mundo da hist6ria imprevisivel, do
caos da desordem politica social da baderna Contrariamente ao impactos q"
poderiam
r e t r a ~ a r ,
a pe sa r d e t ud o ,
sequencia cataclismica nao retroagiria
sobre
c on
responsabili-
Capitula
dad dos objetos sobr sua d servi de ensinamento
ecologia polltial MO saberia tonservar
Por que
e f i n i ~ a o ;
el
nao poderiam jamais
seus autare para qu modificassem as
propriedades de seus objetos.
natureza?
.0 melhormeio, para n6s de caracteriza as cri!"s ecol6gi reconhecer, em muitos objeto limpos, p r o l i f e r a ~ o destes
ca vinculos de -riSCO. Suas caracteristicas sao inteiramente diferen te da do anteriores; que explica motivo por que se fala de 19
caso do amiant pode-no servir de modelo porqu aqui se trata, provavelmente, de ur do Ultimo objetos qu se pode chamar de modernista. Materia perfeito (chamavam-no
magic material), ao mesmo temp inerte, eficaze rentivel; foram
crise cad vez que eles irrompem Contrariamente seus prede cessores, eles nao ter contornos nitidos,essencia ber definidas,
precisos dezena de anos para que as conseqiiencias de sua difu
nad de s e p a r a ~ a t r a ~ a d a entre ur nucle duro se entorno. porcausa deste t r a ~ o que eles tomam aspect de sere desor
sa sobr
denados, formando raize
saud acabasse
por recair sobr el pr6prio, colo
cando-o em discussao, ele seus inventores fabricantes, apolo gistas inspetores dezena de alerta para qu as a ~ 6 e s profissionais, os canceres, as dificuldades da desconta
d o e n ~ a s m i n a ~ a o ,
acabasse
por busca su causa faze parte da pro
priedade do amianto, qu passou lentamente da materia inerte idea gien te,
c o n d i ~ o
de
ur imbroglio obsessivo de direito de hi
de risco Este tipo de ob)eto ainda povoa, em grande par mundo do bor sens em quevivemos Entretanto,como as
erva daninhas em ur jardim mas mais extravagantes c
o m e ~ a m
francesa, outros objeto de for desarganizar paisagem, so
brepondo seus pr6prios'galho ao do objeto modernistas." relat6rio muito procurado, que permite, muito mais finamente do que eu posso fazer aqui, distinguir c as o d o amianto d o c as o d o prions responsaveis pda vaca louca (ver mais abaixo': "Com efeito, urn relat6rio amianto] que nasce muito cedo sob forma de alerta (desde 1900), para agitar mais tardiamente, no momento da maxim produyao consu mo de diferente variedades de amiantos, n o a no s 7 0 modo do contlito do protesto, que pass em seguid por urn processo de decisao burocrati ca que, depois do susto, da impressao de uma capa de sMncio estatico, perto'de 14 anos, para ressurgir sob forma de esclndalo a c u s a ~ a o (0 ar contaminado)", p. 124 (CHATEAURAYNAUD et al. 1999, Alertes et propMties. Les risques collectifs entrevigilance, controverse et critique. Rapport de f i d e contrat). Ver tambem mimero especial de Politix, n. 44, sobre "Pob tica do risco" (1998).
Em segundo lugar,
gem luzdo dia, e
m b a r a ~ a d o s ,
controvertidos, complicados, im
plicados co todos seus instrumentos seus laborat6rios suas oficinas, suas usinas. p r o d u ~ a o cientifica, tecnic industrial faz, desde
inieio parte integrante de sua d e f i n i ~ a o Em terceiro este quase-objetos nao ter propriamente que fala de impacto, como se caisse
do exterio sobr ur mund diferente deles.
Eles tern numerosa conex6es, tentaculos, pseud6podos, que os
religa
mi maneiras
pouc seguro como eles, que, par consequencia, nao comp5em rnais urn outro uni verso independente do primeiro. Na 'exist mais par trata de les, de urn lado
18 ver
e n t r e l a ~ a m e n t o s .
seus produtores nao sa mai invisiveis, fora de campo ma sur
objetividade
sere tambe
mljlldo social ou politico, e, de outro aquele da da rentabilidade Enfim
mais estranho na
ai esta sem duvida
pode mais destaa-Ios de conseqiiencias
inesperadas que eles d e s e n ~ a d e a r i a m
19 Para permanecer compativel com
longo prazo, muito longe
terminologia introduzida em Latour (1991), poderiamos tambem os nomear quase-objetos. expressao vincu. faz senilo estender principio de p r e c a u ~ a o : acrescentar los de risco todos os obJetos efeito previsto imprevisto de sua conseqiiendas, se prindpio"a prudenda se impoe em quanto inocuidade (e nilo mco) nil for demonstrado" (LAUDON; NOMLLE, 1998, p. 13, Le Prind. pe de precaution, Ie droit de l'environnement et l'Organisatio mondiale du commerce).
Por que
Capitulo
ecologia polftial nQo saberia cOl1servar
natureza?
alem do mais contrari ao qu el pretende fa ;. l.onge
deles,em um mund incomensuravel Ao contnirio tod mun do se volta paradoxalmentepara as conseqiiencias nao esperadas,
de globalizartodas as apostassob os auspicios da natureza,a pra
que eles nao va deiXar de suscitar, c
tic da ecologia politica se reconhece justament na ignoranda
ce
o n s e q ( j ~ n c i a s
que !heperten-
propriamente, cuja responsabilidade aceitam,
da qual ti
ram ensinamentos, segundo ur processo de aprendizage visivel, que recai sobre sua
d e f i n i ~ a
bem
qu se desenrola no mes
t r a ~ o ,
na qual se encontra, enfim, da importancia respectiv dos ato ecologia politica nao faz a t e n ~ a o passa do p610 hu res·t mano
p61 -da natureza; el desliz de um
p r o d u ~ a o do objeto se
mo universo que eles Os famoso prions* responsaveis provaveis da d o e n ~ a da
coisas
"vaca louca", simbolizam
q ( j ~ n c i a s -
as
v in cu lo s
amiant os antigo objeto se poss liga
ss
c om o
risco. N6 pretendemo qu se
cresciment da ecologia politica it
m u l t i p l i c a ~ a o
destes novas sere qu misturam daqu em diante su
cia it dos objetos
c l ~ s s i c o s ,
os quai formam sempre
risc
d e n a d o s ' ~
fund da
nao esp,eradas a m e a ~ a m
mentos todo os pIanos na co
c l a ~ a entre
uma incerteza sabre as rela(j:oes, cujas conse
perturbar todos os ordena
os impactos
t o d o ~
tao admirave eficacia
justamente
que el questio possibilidad
coletar, segund uma orde
qui do atores
fixa, de um vez po todas, hierar do valores. Um caus infinitesima pode
entre objetos
produzir grandes efeitos um ator insignificante torna-s cen
vinculos de risco, "objetos limpos" "objetos desor
tral; um cataclisma imenso desaparec como po encanto; um
paisagem comum. Parece-nos que esta se
e x i s t ~ n
pessoas)
certeza sobr
risc (com su s e p a r a ~ a
cont muit mais qu
crises que poem em discussao
d i f e r e n ~ a
d i s t i n ~ a o
ecologia
impossivel entre as as qu questiona
produto milagros
capa de
monstruoso se domestica se
c o n s e q ( j ~ n c i a s e s p a n t o s a s ; e s f o r ~ o .
Com
um ser
ecologia politica,
de questoes
estamos sempre presos no contrape, agarrados tanto pelarobus
da natureza nos debates politicos ma it m u l t i p l i c a ~ a o dos obje
tez dos ecossistemas como po sua fragilidade." Decididamen-
economia ou
sociedade. Nao assistimos i
t l r r u p ~ a o
to cabeludos, qu nad mais pode limita ao unic mund na tural, qu nada, justamente, pod naturalizar Traduzindo assim, n o ~ a o de crise ecol6gica, vamos po de dar-nos conta do
t r a ~ o
mai estranh da ecologia politica,
20 Parece-me, ao menos que para os Franceses problema do sangue conta ininado serviu de intermemari entre os Ultimos objeto modernistas os primeiros objetos de risco da e c o l o ~ . Acreditou-.se, e n t a ~ que se poderia absorver drama do sangue contammado no antigo quadro da arrao ~ o n mesmo caso com relat6rio da vaca louca menos amda trolada"Nao com "guerra total dos organismos geneticamente m o d i f i c a ~ o s . VeT no notavellivro, tao importante para mim, de Marie-Angele Henmtte (1996), Le Sang et Ie droit. Essai sur la transfusion s a ~ g u i ~ e , papel ~ e s e m p e ~ a ~ o pel expectativa das certezas absolutas da C l ~ n c J . a para exphcar lenttdao
das rearroes administrativas.
21 Nao definirei esta palavra, que no capitulo mantem,po ora, diferendado de ator humano ou nao-humano.
sentido in
22 Donde importancia, para meu trabalho, da tese de Florian Charvoli (1993), L ' I ~ v e n t i o n de l'environnement en France (l960-1971). Les pratiques documentalres d' agregation l'origine'du ministere de la Protection de La Natt: re et de L ' E n ' V i r ~ n n e m e n t , "que mostrava justamente,por uma an:ilise me uculosa dos a r q U 1 ~ o s enorme trabalho de a g r e g a ~ a o necessario ao surgi mento controvertldo mal concebido do· primeiro Miriisterio do Ambien teo Sobre aseqiitnciados problemas dest ministerio, ver em particular 13s Pierre 13scoumes Jean-Pierre Le Bourhis (1997), c o u m ~ s , obra citada, L'EnvlTonnement ou l'administration des possibles. 23 E, alias, razao pela qual os pensadores da ecologia se tornaram muitas ve zes apaixonado pelas ciencias dos fenOmenos long do equilibrio, embora estes nao soubessem The oferecer nada mai do que uma metafora dos de sequilibrios, muito mais fundamentais que ecologia politica soube pOr em
Por que
Capitulo
te aind
tempo, talvez de leva
ca de certos ecologistas sobre
seri
as
predi,aes apocaliti
eco/ogia polftia1. nao saberi conservar natureza?
tao long quanta p os si ve l d a e co lo gi a p ol it ic a
t a mb e m
confusao dos doi movimento que perturba constantemente
"fim da natureza').
estrategia dos movimentos "verdes" Este U1timos, persuadidos q u se poderia
FIM DA NATUREZA
gia profunda
Compreendemos, neste momento, porque
ecologia po
litica nao saberia conservar natureza: se chamamos natureza ao
term que permite recapitular em uma s6 serie ordenada hierarquia dos seres, ecologia politica se manifesta sempre, na prtitica, pe/a destruifao da idei de natureza. Ur caramujo pod inter rompe uma barragem;
GulfStream pode repentinamente fal
tar; ur mont deesc6riaspode tomar-se reserva biol6gica; um minhoca,transformar terrada Amazonia em pedra. Nada mai pod organizar os sere po ordem de importilncia. Quando os ecologistas mais freneticos gritam, agitando-se: "A natureza va morrer", eles nao sabem emque ponto tern razao. G r a ~ naturezavai morrer Sim, morte d e
Deu
grande Pan esta morto! Depois da
d a m o rt e d o h o me m s er a p re ci s q u e
natu
reza ela tambem, acabe po ceder. ja e r t em po : l og o m ai s n a se podera faze politicatotalmente.
leitor se espantara talvez co t er n n a cabe,a
organizar segundo um varia,ao, indo do ecolo
mai radical ao mais reformista, ter aceito, de fato da
paradoxo.
que el
'que se chama versao popularizada da ecologia
fortuito,
posi,ao e xt re ma . P o u r
ecologia profunda fascin
comunismo fascinou suapresa.. Ma
soeialismo
p ar al el is m q u e n a
ecologia politica;como
como
ecologia profunda
um
serpente faseina forma extrema
de ecologia politica; e/a nao Ihe pertence de todo, p oi s
h ie ra r
qui dos sere de qu el trata compae-,se inteiramente destes objetos sem risco, lisos, modern os que se escalariam, po grada ,aes sucessivas, desde
cosmos ate os micr6bios, passando pel
Terra Mae, as sociedades hurnanas, os macacos etc; os produto
re deste saberes disputado permanecem completamente invi siveis as fontes de incerteza igualmente; jetos
distin,ao entre os ob
mundo politico que eles bombardeiam fica tao comple
t a q u p ar ec e
ecologia profunda n a t e outro f i
milhar aind mai
do poder, muito maior
muit melhor guardado, da natureza
d o experts invisivei que decidiram sobre dia
s en a h u
politica reduzindo se poder em proveito qu el queria po
devia." Pretendendo libertarcnos do antropocentrismo,
ecologia profundanos atirade novo na Cavema pois el perten
profunda, este moviment de contomos ainda vagos, que pre t en d r e( or ma r
p ol it ic a d o humanos e m n o m " do s e qu il i
brio superiores da natureza". Ora,
ecologia,profunda se situa
dia. Sirn, natureza est "longe do equilibria", mas totalmente em outro sentido, que as teorias do caos ou outrosemprestimos fisica nao preten demt As ideias de natureza de equilibrio sao contradit6rias, Daniel B. Bot kin (1990) New Ecology for the 20th Century, Jean-Paul Deleage (1991), une scienc Histoire l'homme et la nature.
da ecologia profunda da democracia permanece incerto, como Luc Ferry (1992), Ie Nouve Ordr ecologique (l'arbre, l'animal et homme2· exemplo de Jonas especialmente claro, por exemplo, quao,do e,scre:e: :Ainda que se trate das vantagens de governO, mo importa de qua tirarua, que em nosso contexto deveser simplesmente uma tirania benevo lente, bem informada animada pelajusta compreensao das coisas. ... Se, ,"omo n6s pensamos, s 6 u m a elite pode, etica intelectualmente assumir r ~ s p ~ n s a b i l i d a d e pelo parvir ...]" (JONAS, 1990, p. 280) Decididamente, dificil se, desgarrar das pompas do poder cientifico, sobretud quando se pode .umr magisterio erudito moral.
24 Este
1 i a ~ e
VlU
Por que
Capitulo
ce inteiramente it d
e f i n i ~ a
cltlssica da politicaque se tornou im
potent pel natureza ~ o n c e p ~ a o co pel menos em sua pnittca, apenas
qua
ecologia politica,
Compreende-se, no m om en to , obriga
distinguir
que fuze
qu
com
no
os militantes da ecologia daqui
10 que eles dizem que fazem; se definissemos
ecologia politica
que multiplica os vinculos de risco, oferecernos urn ou-
tro principio de triagem,
d e s ab e se ela se preocupa ou nao
natureza, questao que vai tornar-se, de pronto na so ment superflua como alem disso, politicament perigosa Na pr\itica,
ecologia politic perturba
ordenamento das classe
de seres, multiplicando as conexoes imprevistas variand brutalmente sua respectiv importancia.Entretanto, se po causa da t eo ri a m od er ni st a p el a q ua l e l p en s n a o poder dispersar-se,
acredita ter'de "proteger
natureza", ela errara
alva tantas ve
ze que caini jtistamente. De modo mais pervers ainda, vai dei xar-s intimidarpela ecologia profunda,
indiscutivel, parecerasempre ter
assim, em seu proveito,
visao do alto, captando
poder inventado pelo mito da Caver
na. Cad vez que
nos atralr.
c o m e ~ a
sive
erologja poUtica nilo saberi conservar natureza?
qual, um ve que de
fende os maiores seres, escalonados da maneira mai rigida pos-
i n c e ~ s ,
ecologia politicaencontrar sere de conexoes irnprevisiveis, vai, assim, duvidar de si mesma, acredi
tar-se enfraquecida desesperar co nh
diferentes do que havi previsto
s i t u a ~ a
revelar ananjos
quer dizer, sempre
ecolo
gi politic acreditar que se enganou, poi el pensav encon trar, no respeito natureza,
meio de classificar respectiva irn p or ti in ci a d e t od o o s s er e q u e l p re te nd i a r O ra , j us ta mente e m e u reveses, quando el exib objeto cabeludo de formas imprevistas, que tornam radicalmente impossive
us
de qualquer n o ~ a o de natureza
en
que ecologiapolitic
~ s t a ,
i m e m seu trabalho, que el inova, enfim, politicamente, que ela faz, enfim, emergi p r o l i f e r a ~ a o
modernismo, que el impede enfim,
de objetos limpos
sem risco, com se improvave
cortejo de sabere indiscutiveis, de sabiosinvisiveis de impactos previsiveis, de riscos ca!,culado Veja-s c on fu nd e
Naess (1988), Ecology, Community and Lifestyle: Outlin of an Ecophiurn pouco mai profund quanto ecologi do losophy, mesmo se mesmo nome visa « r e a l i z a ~ de si", que perturba discussao,posto que se retorna, no fundo, um s6lido antropocentrismo. Ele trata, todavia, de uma questao qu eu d e i x ~ i de lado, da psicologia de um cidadao unido ao que ele chama de "campos relacionais" totalidade da biosfera, g r a ~ a s "ecosofia': Veremos no capitulo com dar etica toda uma outr visa qu nao sua que trabalbo politic necessario antes de poder falar de "campo relacional", "ecospheric belongings", o u m es m de uma u n i f i c a ~ o qualquer. NAESS, em sua simpatica algaravia bem representativo desta fi 10sofi da ecologia, que discerne bern os limites'metafisicos da divisao en· tre natureia humanidade,mas que, na falta de aprofundar origem p o l l ~ tica, se esforya. por "ultrapassar" os "limites da filosofia ocidental". Se pre ciso combate-la, deve-s mudar de poUtica, DaO de psicologia. Ver sabre biografia de Naess livro de David Rothenberg Arne Naess (1993), Is it Painful to Think? Conversations with Arne Naess.
sua impoten.cia, ter vergo
de sua fraqueza.. Sempre que um
de conseqiiencias inesperadas.
confusa na q ua l p o de m o s e a ti ra do s
p ra ti c
t eo ri a da ecologia politica: os opositores
reprovam, na maiori da da ecologia profunda ou superficia vezes, por fundir homem com natureza esquecer, assim, qu h u ma ni d ad e se define justament pelo se "desenraiza menta da coenroes da natureza, dO,(Cdado", da "simples causa lidade': da (Cpura imediatidade", do "pre-reflexivo':26 No fundo,
26 Lendo livro de Ferry (1992), aqueles franceses, que esperam p ~ r m i s s a o dos fil6sofos,para pensar politicamente, concluiram que nao era uti! interessar se p ~ l a filosofia. da ecologia, queuma velha boa definiyao kantiana da hu ~ d a d e enralzada natureza seri suficiente. "Que pode responder eco logtsta r a z ~ a v e l ao ecologista profurldo?'; escreve, por exemplo, Ferry, "Nada de C01535 em. V : ~ d a d e . 6dio dos artiftdos corneyaI' pelo f at o d e q u hgados nossa a v i l i z a ~ o da e r r a d i c a ~ a o tambem 6dio do humane como
Por que ecologia politia1. nilo saberia conservar
Capitulo
ao reduzi
homem a o o bj et o" el e a cu sa m
e co lo gi a d e n o
querer fazer andar de quatro patas, como Voltair dizia ironica mente de Rousseau. "E porque n6s somos, dizem eles, sujeitos li Vres
jamais irredutiveis as simple opress
podemos merecer
es
da natureza que
nome de ser humano". Ora, que
melhor esta condiyao de separayao da natureza? litica com certeza, poi fa sua associayao milenar co poe enfim, sobre
~ a l c o ,
enfim eclodir naturezal
ecologia po
debate public de
ela,e soment ela,que
qualidad intrinsecament politic
da ordem niltural. N6 compreendemos, se mais'apresentar
preench
dificuldade qu nao
ecologia politic
como
se
pode
preocupayiio
nova, que teria surgid na consciencia dos Ocidentai por volta da metade deste secul 20 como se desd os ano 50'- ou 60, ou
70 pouc importa
o s p ol it ic o t er ia m e nf im , t o m ~ d o cons
cienci de que era precis inclui
questiio dos recursos natu
mais
apelo
se fe
iinprescritiveis, n a o t e nh a sid seguida, algumas linhas, alguns paragrafos, alguma paginas adiante, p o u m afirmayao con cernente
maneira de reformar a'vida publica. Pode-se, certa
mente, inverte
sentido da liya
servir-se tanto da ordem
tU:al para criticar ordem social, tanto da ordem humana para cntrcara ordem natural; pode-se at mesmo quere por f i li g a a o d o d oi s m a n a que
se
se
pode pretender, em qualquer caso
trataria ai de duas preocupayoes distintas, qu teriam
sempre evoluido em paralelo, para
se
cruzarem soment ha
t r in t a o u quarenta anos. Concep,oes da politica
da natureza semp"e formaram um da como os dOis lado de um quando
outro se elev
litica sena epistemologi
fala de natureza; ou,alem disso, ja
pelo meno na tradiyao oci
palavra natureza, de ordem da n at ur ez a d e
le natural, de d i r e ~ t o natural, de causalidade inflexivel, de 'lei
~ e i r a s discussoes dos Gregos sobre
ca, se falo de politic se
linhafoi escrit
em que
rais na lista de suas preocupayoes usuais Jamais desd as pri excelencia da vid publi
natureza, senao para d a r u m a liya de politi
ca. Sequer um dental"
natureza?
da
dupla tiio rigidament uni
gangorra, e m q u e urn
tachement?" (Recensa do livro de Luc Ferry). Geoffrey Lloyd 27 Ver compendi apaixonante de· Jacques Brunschwig (1996), Le Savoir grec. Dictionnaire critique, particularmente artigos de Lloyd
Cassin.
se
abaixa
inversamente. Jamaishouve outra po
natureza outra natureza senao ada politica politica ja ber
compre,endemos, sao um
m es m q ue st a conjunta na epistemologia (political, para tornar mcompreensiveisa praticadas dencias
tal. porque homem e, por excelencia, se da antinatureza ... mesmo sua d i f e r e n ~ especlfica junto com outros seres, at compreendidos aqueles que parecem mais pr6ximos dele, os anirnais.:E'. por iss que ele escapa dos ciclos naturais, que ele acessa cu1tura, quer dizer, esfera da moralidade que po,;um s e r ~ p a r a . a - l e i e nao soment par natureza (p: 39). Vma coisa d e s ~ eonfiar da ecologia profunda,outra definir humamdade como enraIZada pura imediatidade. Em nenhum instant Ferry demonstra compartilhar exatamente mesma naturez daqueles que eombate. S6 eolorayao varia. Ele nao encontra, fora disso, outr soluyao sena estetizayao de r e l a ~ o e s entre humanidade natureza, Bruno Latour (1993),"Arrachementou at·
concepyoes
Gra,as
objeto mesmo
este duplo resultad de sodologia da ciendas
de ecologia pratica, vamos poder definir
no,ao chav de cole-
2 8 B as t e r F r . a n ~ o i Julllen (1992), La Propension des choses. F r a n ~ o i s Jullien (1997), Tralte de l'ejJi.cacite, para perceber as alternativas oferecidas ha mui· to tempo e ~ i s t e . m o l o g i a politica. Nao ha nad de inevitavel em politica reeorrer" C l ~ n . c l a , como se pode darconta disto Iend G. E. lloyd (1996), Cogmtlon et culture Scienc grecque et science chinoise". Reencontramos mesma d i f e r e n ~ em epistemologia politica, na apaixonante tese em andamento de Sophi Houdard (Nanterre), sabre urn laborat6rio j a p o ~ nes de biologia do comportamento.
59
CApitulo
tivo', d o q ua l Co
efeito
pouco
p ou co , d ar em o
q u p er te nc er ia m
Tod
qu el esta destinada
reu
u r c an ta o p ar ti cu la r da realidade.
potencia dest expressaover de
singular:
p re ci sa o do sentido.
importancia da expressao "a natureza" nao proce-
d e d o canlte particula dos sere
if
Par que
natureza Quando
se
fa ape!o
utilizarmo sempre no no,ao de natureza
ajuntamento que ela autoriza conra infinitamente mai que qual/dade ontol6gica de "natural': da qual ela garantiria origem. Com se
n at ur ez a d e u rn a pedrada damo dois golpes qualifica-
u r s e po sua perten,a
u r c e t o dominio da realidade;
manas Nao,
ecologia polftica nllo saberia e
plural nao
de ist fa sempre um multiplicidade. Ora, desde
unidade da natureza queproduz todo
verna,
tico posto que
sil"'o, de unifical"'o, totaImente tradicional,
dia contrap6s
politica.
Se se
pode utilizar, torte
Sobr este debate tradicional, qua
direitos naturais Difici ditar leis positivas apoiando-se sobr
arenas distintas, nas quais
nos pomos
compara
Como diminuir
influenci dasnaturezas
impuls de um
industria
se
das culturas?
dizemos que e!a
cleve proteger "as naturezas"? Como tamar como alavanca
for-
da Ciencia se dizemos que elas sao as ciencias «das nattlrezas"? Que "a leis das naturezas devem curva
orgulho das leis hu-
29 Como veremo mais adiante, nada mudou nas p o s ~ 6 e s se se utiliz unidade "da" sociedade das relalfoes de pader. Continu mesma paralisia. Eis por que as critkas socio16gicas da ecologia profunda nunea via fiuito longe, porque ela retoma na sociedade suas r e l a ~ o e s de pader, que criticar da natureza extrema dos seus adversarios. Ver exemplo extrema de Murray Bookchin (1996) The Philosophy of Social Ecology. Essays on Dialectical Naturalism: querendo reabilitar politica sem modificar sua definilj:ao, prolongaram contrato, sob nome de social ecology, nao da natureza, mas da luta de classes!
e n t a ~
conscien
direito, expressao
de multinaturalismo' parece, po al
politica
deba
sobr
tempo ainda, chocant ou sem sentido.'"'
qu as naturezas desempenhem urn papel politico qualquer."Os"
do ambiente, se
naturez
Papa ao Imperador: duas lealdades em relal"'o
de multiculturalismo',
pe! plural as naturezas Impossive! nest momento, fazer com
papel respectivo da genetica
poli
que chamamo
debate sobr
duas totalidadesde iguallegitimidade dividiam
gu
tal multiplicidade. Como inflamar os espiritos para
mito da Ca
b e n e f i ~ i o
politica, como estagrande questii que durante toda Idad Me
maior ao menor dos seres. 29 prova f.icil de realizar Substitua·s em tudo
te classic sobre
nol"'o po
este ajuntamento, este ordenamento, de compo
desde sempre de
cia dos cristaOs.
um
assenta, decididamente,
se
litica da natureza. Vma multiplicidade mais outra multiplicida
classifica-se ele pr6prio e m u m a hierarquiaunificada que vaido singular
natureza?
pr6pria expressao se
tentariam totaliza
sere para, em seguida escollier entre mais ai chegar
'e1as
hierarquiados
sem, entretanto, ja
ecologia politica propoe convocar urn (mico co
letivo cuj pape ga
efeito da ecologia
dizclaramente Em luga de duas
justamente debate
u rn a solu,ao aceitavel.
dit hierarqui
che
pape de unificado das categorias
respectiva de todos os seres, ecologia politica propoe desloca 10 da
dupla arena da natureza
letivo. E, pe!o menos conjuntamente,
qu
ordem natura
maneir definitiv que estaligado ou
separada,
unica arena do co na pratica, quando proibe,
da politica,
ordem social, de ordenar de
que onta
que na conta,
que deve permanecer separado,
que est
30 Expressao usada pel primeira vez, segundo conhelj:o, por Eduardo Viveiros de Castro (1998), "Les pronoms cosmologiques et Ie perspeetivisme amerindien", p. 446, prop6sit da c o n c e p ~ o amaz6nica do corpo. Notemos po. rem, q u u m a das revistas francesas do asslUlto poe no plural os t r ~ s termos de Naturezas, Cih1cias, Sociedades...
Por que
Capitula
no interior ou
que esta no exterior.
dos obje
m u l t i p l i c a ~ a
tos que
colocar em crise
meio que
ecologia politica encontrou, c o
a st uc i d e
t r a d i ~ a o
politica
que se deve de fato chamar de t r a d i ~ a o na-
que faz, na pratic
el de
nao pode desfazer em t eo ri a s e
u r l en t o
f a z ~ - l o
muito bern,
em teoria. Mesmo quando el questiona
ela nao coloca jamai em questa sua unid!,-de.
natureza, raza desta
fatos. Na politic existe tambem, com certeza, esta de acordo ur
poder de
a g r e g a ~ a o ,
o ~ d e n a m e n t o , mas isto c ~ n c e r n e
ruptura vai parecer-nos, no momento) mai clara, ainda que
valores. As duas.ordens na
comensuraveis. Pode-se dizer quee
Enquanto na
se leva
serio
epistemologi (politica) quer
dizer, enquanto nao se tratar com da politica,
c i ~ n c i a s
mesma interesse
naturez
nao surge
pnitica
justamente
urn poder de ajuntamento igual ou superior aquele da
politica. Pelo menos ainda Mas como elaaparece, entao! Como pade justificar
u s d o singular: "a natureza" Por que nao
apresenta como multiplicidade! Como explicar q u e t a rd e juntar-se
politica, como
Papa ao Imperador,
fi
vontade,
sa somente diferentes, e1as sa in que pretendiam tambem,
simplesmente inimigos, porque os lai
hip6tese: nao temos ainda laicizado
naturez
IJS
dois poderes conj'1ntos da
da politica. Portanto, eles continuam
a i nd a s o
n o a pa re ce r
~ e n h u m a r e l a ~ a o , do qual
ro nao tern mesmo como receber ainda nossa
artigo com tituloflamejante "A natureza morreu, viv natureza!"tern 'p0r fun m o st r a q u e a p ar t i d a mao mecanicista da natureza uma outra Vlsao "mais orgfutica" vai tamar seu lugar ''A nova c o n c e p ~ o da natureza mais orgilnicae indui homernenquanto's6ci com plenos direitos cia comuni dade bi6tica', segundo aspaJavrasde Al4 Leopold", p. 90 (1993) Ecologie politique, n. 7, p.73-90. Poderiamos esperarde JohnBair Callicottalgum du vid sobr autilidadepoliticada noo;ao denatureza.Mas nao depassagem emesmo sem assinalar el interrompeu trabalho de unificao;ao.Passou se, em verdade, do suposto dualismo do passadoa unidade englobante sem se percebe que a. natureza, ai, joga mesmopape!duas vezes!
de
c is am os , o s d oi s a o mesmo tempo. Esta ai justamente nossa
como dois conjunto se
31 Se bastasse critica n o ~ a o denaturez parasai da situa'Y30, ecologia po Utica teria filosofia de suas a m b i ~ 6 e s . Infelizmente, este nao caso. Urn
h i e r a r q u i z a ~ a o ,
Pode-s dizer que s im , m a o s v er no s ainda agora, como dois poderes comensuravei
ir
veja daramente que se trata de doi podere que podem ser cri-
mundo
na [dade Media, os representantes do P ap a e o s do Imperador?
Sf
d e q u e se
de
todo
ao valores, unicamente ao
fosse necessaria toda esta obra p a r q u e ela traga seus frutos
c ~ m o
os va/ores,
que vamos precisa desenredar no capitulo 3. Em verdade,
ur forte poder unificador, mas este cbncerne unicamente aos
d iz e q u
que nos propomos
e co lo gi a p ol it ic a se guarda, entretanto
das
d ol or os o t r ab al h
distinrao entre os fatos
na natureza, com efeito, temos de concorda de bo
tural,
inven
ecologia politica ja desfez na pratica, mas
suplementar. Po causa da
pratic abundante, para_deslegitimar ao mesmo tempo
um
ticados po um mesmo movimento Por causa de um fabulosa, que
ordem constitucional dassica t od a
ewlogja polftica tuW saberia conservar naturezn?
primei
nome de poder Vivemo
compromisso d o m it o da Caverna." Esperamo de um dupla assembleia, da qua somen
s a l v a ~ a o
te um se chama politica, enquanto
outra anuncia senao mo-
- de st am en t s u v on ta d d e d ef in i o s f at os , s e que esta e s p e r a n ~ a
d uv id ar m o
de s a l v a ~ a o a m e a ~ a justamente nossa vid
32 Nao usamos ao acaso expressao laidzao;ao Se naturalizao;a desempe nhou urnpapeItao importante na Iuta anti-religiosa porque sempre uti lizou objeto de natureza, objeto causal o,objeto limpo, objeto r a s p a ~ do, objeto semrisco comourn mete para foro;ar porta dospoderese do
que eI combateu.
Capitulo
publica, como
e ss a
ceu
amea'rav "nossos ancestrais,
os
Gauleses".
c il ad a preparada pela epistemologia (politica
que
impediu, ate aqui, os diversos m o ~ i m e n t o s ecologistas de apre
filosofia politica sob medida.
sentar um
Nao esperamos convencer
leitor, para ja deste ponto
v ~ c a ' r a ~ .
na
de coletivo d e h u ma n o
n o ~ a o
capitulo
de
n a o - h u m ~ n o s ,
para nos desfazer da o p o s i ~ a
depois todo
entre fato
quarto para rediferencia este coletiv
todo
to isso, que j u s t i ~ a ,
br
leito admitira, se
i n t e r p r e t a ~ a o
da ecologia:
a o em r g a n i
i r r u p ~ a o da natureza como
politica; desapareciment z a ~ a o politica.
da natureza
valores, po proce
dirnentos vindos, uns das assembleias cientificas, outros das as sembleias politicas. !v!as
aspect futil de urn parado
mentos, cuja influenci contraria, durante algum tempo, torna nova p r e o c u p a ~ Como modo de o
coen,n
afirmalj:ao criticavel, porque
uma
xo. Encontramo-nos apenas na j u n ~ a o de dois imensos movi
comum. Seri precis todo
para restitui
natureza?
estranha pratica dos ecologistas mas ela nao
tern mais, pelo menos esperamos,
difici
c ap it ul o
tratar ai, de
~ o d ~ - s e
f an a J u s t I ~ a
sapita!,o mais dificil, provavelmente de nossaaprendizagem em
cia
erologia politica nao saberia conservar
Por que
duvida, enquan
OBSTAcULO DAS "REPRESENTAQOES SOCIAlS" DA NATUREZA
ecologiapolitica naopode maisser descrita sem in
como aquilo que teria feito penetrar as p r e o c u p a ~ 6 e s
natureza
naconsciencia
so
politica. Tratar-se-ia ai de urn
Na primeira cia,
s e ~ a o
n6s distinguimos as ciencias da Cien
ecologi politica da Naturpolitik. Ser preci
na segunda,
erro de perspectiva de conseqiiencias incalculaveis, porque ela
so, agora operar urn terceiro deslocamento, se quisermos apro
inverteria
veitar ao maximo esta c o n j u n ~ a o favorave entre sociologia das
sentido da hist6da
inventado para tornar do moviment
deixaria
natureza este corpo
politic impotente no pr6prio
que procura, justamente, digeri-la Parece muito
mais fecund considerar como aquilo que pos
i r r u p ~ a o
recente daecologia politica,
jim, ao contrario,
d o m i n a ~ a o
infernal da natureza da politica,a fi meio de
i n o v a ~ 6 e s ,
da antiga
de substituir, po
das quais muitas ainda restam instituir,
vidapublic de urn s6 coletivo. Em todo caso dizer qu logia politic nos arrasta enfim nh
c o r a ~ a o
eco
natureza, ou que ela testemu
urn"fim da natureza", nao dderia mai passar de um pro-
ciencias
movimento eco16gico Parece
com
to t:mpo, elas tambem,
n o ~ a o
mats teremos urn acess acesso
esta dizem
os
de natureza, mostrando que ja
imediato "a" natureza nao teremos
historiadores,
psic61ogos,
os
64
os
soci61o
gos, os antrop610gos senao po meio da hist6ria, da cultura, de categoria mentais especificament humanas. T am be m n 6s , a o afirmarmos que
expressao "a" natureza nao tern nenhum sen
tido, parece que tornamo
encontrar
born sens das ciencias
huma,n.as. Em suma, tratar-se-ia somente de dizer ao ecologis
tas mI1itantes p ar a n a mai sustentarem 33 Veremos mais adiante, especialmente no capitulo. 5, que este coletivo nao se pode dizer no singula sem urn novo trabalho de composi<;:ao politica, contrariamente natureza, cuja unidade-parece sempre adquirid de ime diato, sem' combate.
efeito que as mais
sofisticadas ciencias socials tenham abandonado, desd ha mui
que eles defendem outra coisa, sob
do urn ponto de vist particular, q u e !
d o f al a
d e po f i
ingenuidade de crer
manto da natureza, segun dos Ocidentais. Quan
a o antropocentrismo,eles manifestam seu
Capitulo
ecologia pol!tica nilo saberia conservar
Porque
IUltureza?
etnocentrismo.34 Infelizmente, se acreditamo qu nosso argu-
t ic a s a d e t a modo numerosos que se pode afirmar, com todo
m e nt o d e epistemologia politicavoltaa dizer.qu "nada se sabe
direito, que toda questii epistemo16gic e, bern po isso, um questao politica.
ria extrair das representac;:6es sociais da natureza",
esta
nossa
tentativa Dito de outra forma, temo medo, agora, na d e
le
Se ist for verdade,
epistemologi politic se afundaria
to rejeita nosso argumento mas de le
compreender muito
instantaneamente. Co
depressa
filosofi
politica com dupla visao, transpondo-a para
com
confundir nossa critica sobre
da ecologia
tema da «construc;:ao social" da natureza! primeira vista, entretanto, parece difici dispensa
ajuda que os trabalhos sobre reza'
hist6ria do sentimento da natu
trazer. Excelente historiadores nos mostrara
tante:
b as
concep<;a da natureza pelosgregos do seculo 4' nao tern
efeito raciocinar assi
leva
olhar
dominio a c a d ~
mico. Esta ideia de que "a natureza nao existe", post qu se trata de lima, "construc;:ao social", nao faz senao reforc;:ar divisa e nt r
C a e rn a
distingu as
Ceu das Ideias sobrepondo-a aquela que
c i ~ n c i a
humanas das c i ~ n c i a
da natureza. Quan
do se fala em historiador, em psic610go, em antrop610go, em
nenhuma rela<;ilo com aquola dos inglese do seculo 19 ou dos
ge6grafo, em soci610go em epistem610go, das "representa<;6e
franceses do seculo 17 sem fala do chineses dos malaios, dos
humanas da natureza", d e e u cambiamentos, das c ~ n d i c ; : 6 e s materiais, economicas politicas qu as explicam subentendese, muito evidentemente, natureza, el mesma, durante 'este tempo nao moveu urn peIo. Por mai que se afirm tran-
sioux. "Se voces nos vern afirmar que estas concepc;:oes cambiantes da natureza refletem as concep<;6e politicas das sociedade que as desenvolveram, nao ha nisso nada de surpreendente". N6s conhecemos todas, com efeito;
p a r ~
tomar urn exemplo entre
mil, os estragos do darwinismo social que emprestou sua me ,taforas reza
politica, em seguid as projetou sobr
depois as r.eimporto na politic
domina<;ao dos ricos,
pr6pria natu
fim de agregar, junto
solo de um ordem natural irrefragavel.
qiiilamente l ad o
constru<;ilo social da natureza mais se deix de
quese passa verdadeiramente na natureza, que abando
namos
C i ~ n c i a
ao sabios
multiculturalism nao adquire
seus direitos da multiplicidade porque se ap6ia solidament so br
mononaturalismo*.Qualquer outra
p o s i ~ a o
nao t er n n e
As feministas fizeram-nos compreender, algumas vezes como
nhuma especi de sentido pois isto supori voltar ao tempos
assimila<;ao da mulheres
passados do idealismo
tempo
natureza teve durante t a
efeitode priva-Iasde todo direito politico.
de liga<;6es entre concep<;6es da natureza
l on g
exemplos
concep<;6e da poli-
de acreditar que as opini6es cambian
t e d o humanos modificam
da luas (exatamente)
dos planetas, dos s6is das galaxias das arvores que caem na flo
resta, das pedras, dos animais,' em suma, de tudo 34
66
esforljo de reconcilialjii entr estas duasposiljoes, tao extrema quant artifieiais,constitui todo interesse dramatieo do livro de Kate Soper (1995), What is Nature? Culture, Politics and the Non-Human, urn dos melhores que se tern escrito para avivar tensiio entre eonstruljiio social da realidade, de uma parte, os temas feministas politicos da eeologia os quais necessitam de urn s6lido realismo para manter tensao crftica.
fora de n6s. A q u o l e ~
c ia s h um a na s p or qu e n ii o t er n
i ng en ui da d
de acreditar na
e x i s t ~ n c i a de um
naturez imediata, reconhece
ha, d e u r
h is t6 ri a humana da n at ur ez a
ad
qu exist
que estao satisfeitos em pertencer as c i ~ n
sempr
que
o ut ro ,
nao-hist6ria natural da natureza, feit de eJetrons de particu-
Capitulo
Por que-a ewlogiapo/{rial nilo saberia amserYar
las, de coisas brutas, causais, ()bjetivas completamente indife rentes
primeira lista. Me mo qu
h i s ~ 6 r i a
humana possa"
pelo trabalho, pelo conhecimento, pelas
t r a n s f o r m a ~ 6 e s
gi as modificar
natureza perturba-la
forma duradoura
ecol6
transforma-la, interpreta-la, nlio restam senlio dua hist6rias ou
melhor uma hist6ria plena de ruido
de entusiasmos, qu
se desenrola em ou
um quadro que, pr6prio, na tern hist6ria que nlio faz hist6ria. Ora esta c o n c e p ~ l i o de bor sens
exatament to lugar
quehos
necessari abandimar, para dar se jus
ecologia politica. s o f i s t i c a ~ l i o
critica das ciencias humanas nlio tern, infe
lizmente nenhum recurs para tirar l i ~ o da ecologia politica, que, alias, nao se situa entre natureza sociedade, ciencias natu politica, mas em um regiao di rais ciencias sociais, cienci ferente, uma ve que elarecus estabelecer vidapdblicana base de dois coletores, de duas bacias de aceitasse
a t r a ~ l i o ,
de doi focos. S e
noc;aQ de representac;5es sociais da natureza, recairia
mos no argument nlio utilizavel da realidade exterior, seria mo obrigado responde questlio a m e a ~ a d o r a "Chegareis v6
exterioridad da
sempre
no
n a t u r ~ z a ,
ou
bern permanecereis par
fundo do precipicio da Caverna?", ou, mais polida
mente "Falai v6 de coisas ou de suas cas?': Ora, noss problema nlio
r e p r e s e n t a ~ 6 e s
simb6li
de toma luga no debate
natureza?
que vai permitir mensurar
parte respectiva da natureza
sociedade nas
qu n6 possuimos, ma de modi
r e p r e s e n t a ~ 6 e s
fica c o n c e p ~ l i o do mund ocia politico qu serv dencia as ciencias sociais naturais.
da vi
Nas duas s e ~ 6 e s precedentes, desejariamos fala da pr6
pria natureza, e; em algu caso da r e p r e s e n t a ~ 6 e s humanas da natureza. Mas, com fala da natureza el pr6pria? Eis que nlio tem, parece, qualquer sentido. E, entretanto exatament isto que desejm;tos dizer. Assi
qu anexamo os ~ c h a d o s
da ecologia
militante aos da epistemologia politica, podemos dividir natu reza em varios de seus componentes, sem cair ao mesmo tempo nas r e p r e s e n t a ~ 6 e s que os humanos faze dela Cre qu nlio ha
senao duas posic;:6es, cieclade,
realism
justamente esta
idealismo, natureza
aso
fonte essencial do poder simboliza
do pelo mito da Cavern quea ecologia politic deve hoje lai 37 urn do pontos mais espinhosos de nosso assunto e,
cizar.
portanto devemo opera co p r e c a u ~ l i o , como se faz para ar rancar ur espinho cravad no calcanhar ... primeir o p e r a ~ l i o q, no deslig do fascinio pela na tureza parece, primeira vista, arriscada, visto que ela volta, se gundo engajament mostrado na i n t r o d u ~ l i o , distinguir as ciencias da Ciencia, tornando visiveis de novo, as aparelhagens qu permitem dize qualque cois sobr natureza, qu cha mamos geralment de disciplinas cientificas. Vma vez que agre
35
t"
interpretas:ao diaIetica nao muda nad na ques1:aO, posto que mantem Os dois p6Ios, contentando-se em coIoca-los em movimento pela din[rnica da contradis:ao. Ver encarte ao do capitulo. m u r livro muito bern informado sobr os movimento ecol6gicos ingle ses CMACNAGHTEN; URRY, 1998, Contested Natures), os autores nao c o n ~ seguer romper ligas:ao destes movimentos coma natureza, nao ser mos trand que el "socialmente construfda"sob forma da paisagem da sel. vageria (wilderness). crltica se exercita, entao, pel recusa em reconhecer em algum· dos atore engajados no ambiente urn ponto de apoio qualquer
68
gamo aos dinossauros seu paleont610gos, as particula seu aceleradores, aos ecossistemas suas
c o l e ~ 6 e s
de ervas, ao b a l a n ~ o s
com realidade (deixada, em c o n s e q i i ~ n c i a , massem que os autores dese jem, para as cientistas capazes de falar verdadeiramente da natureza). 37 Para momenta, usa esta metafora da laicizas:ao, mas perceberemos na condusao que ela evidentement inadequada, pais nao pode remeter as c i ~ n c i a ao for interior, como se acredito poder faze-lo com religiao.
Capitulo
Por que
energetico seus padr6e de medida suas hip6teses de cMculo, ao furo de oz6nio seus meteorologista seus quimicos, ja na falamo mais do todo da natureza, mas daquilo que seproduz, se constr6i, se decide, se define, em uma Cidade sabia sobre ecolo gia, quas ta complexa com
do mundo em qu el produ
conhecimento. Assim procedendo, n6s acrescentamo
hist6ria
infinitaJ11ent longa do planeta do sistem solar, da evolu<;iio dos viventes,
hist6ria das
c i ~ n c i a s ,
mais curta, mas ainda mais mo
que reste
ecologia poUtica nao saberia conservar
ao menos
uma vez
os ronhecimentos obtidos, have
ra sempre dois blocos:
da natureza tal qua el e, das repre sentac;:6es variaveis qu nos fazemos': hist6ria d.as ciencias per tence certament
mesm list que da mentalidades repre
senta,oes Somenteocorre queestaparte da representa,oe hu manas, desd qu seja exata, pass comarmas bagagens para lado da natureza Dito de outra forma, fato de reajuntar his t6ria da ciencias nao modific de modo duradouro distin,ao
vimentada Os milh6es de anos do big bang datam dosanos 50
entr natureza
pre-cambriano, da metad do seculo 19; quanto as particulas que comp6em universo elas fora todas nascidase noss seculo
lba senao provisoriamente, durante
(20) Em luga de nosencontrarmos diante de uma naturezasem hist6riae uma sociedad co hist6ria ja nos encontramos en tretanto, diante de um hist6ri conjunt da ciencias da natu reza. 38 cada ve qh arriscamos eair no fasdnio pela natureza, basta para abrir os olbos, acrescentar
rede de disciplinas cien
tificas que nos permite conhece-Ia Dir-se-a qu opera,ao nao fez sena enfiar ainda mais fundo na carne espinho que se queria extirpar, porquanto ha viamos juntad
constru,ao social da ciencias aquelas, m a i i
natureza?
representa,oe da natureza: el nao
sabios erram na obscuridade. Uma ve descoberto atesta
pertence daramente
embara
curto period em qu
natureza
qu eles
mais ainda as repre
senta,6es Durante este tempo, natureza fica fora de jogo ina tacavel, inatingivel, tao pouco referida pelahist6ria humana das ciencias quanta pela hist6ri humana do sentimento da nature a.A menos qu se pretend reduzi hist9ria da ciencias his t6ria simplesmente para sempre proibir ao sabios de desco brir verdade, encerrando-os para sempr na estreita masmor ra das representac;:6es sociais.
tradicionais da representa,6e culturais da natureza. Tudo de
Na no espantemos co esta obje,ao dupla ruptura entre hist6ri natureza nao provem, bern sabemos,das li
pende de desejarmo juntar provis6ri ou definitivamente his
,oes tiradas do estudo empiricos, ma tern po finalidade evi
t6ria da ciencias hist6ri da natureza. No primeiro caso in fec,ao va se agravar, visto que lesa do relativism cultural ,vamos junta
do relativismo epistemol6gico; no segundo, n6
caimo de uma dificuldade em outra ainda maior. "Com certe za dira nosso objetor, v6 podeis juntar se tiverdes ai hist6ri
tar
observa,ao,
fi
de qu jamais qualquer exempl poss
baralhar distin,ao politicament necessaria entre as questoes onto16gicas as questoes epistemol6gicas arriscando reunir, sob mesmo olbar, da mesm disciplina as duas assembleias, dos
da cienciasa longalist dosesfor,o humanos parapensar na
humanos das coisas Toda epistemologia (politica) ter po fim epistemologi politica*, limita hist6ria da embara,ar
tureza para torna-I compreensive
ciencias as intrigas da descoberta se
cognosdvel ma ainda
efeito sobre 38 Este
tem do livro premonit6rio de Moscovid (1977)
qu
la tenha qualquer
solide duravel dos conhecimentos.
ao contnirio, ao tornar visiveis
hist6ria
P r e t e n d e ~ o s ,
sociologia da Cida-
Caplrulo
Por que
se mesclou para sempre,
de sabia da sociedade,
qu na tomaremos
juntos distintos,
distin<;1io da natureza
dividido em dois por
urn lado
as representa,6es que
manos.Por ur triplice misterio (assinalado por ponto deinter
q u e u p re su mi a
construtivista social
roga<;1io), os sabio permanecem, entretanto, capazes, apesar do abism qu separa os dois mundos de romper com sociedad
mostraaqui ponta de sua orelha de asno Eis ai os sofistas que proliferam na obscuridade da Cavema. Vo es querem reduzi todas as ciencias exatas simple representa,6es sociais. Esten der
coletiv
um ruptura absolutaque separaa assembleia da coisas do hu
os humanos fazem, de outro. "Ah, ah,
Na versao de esquerda,
natureza?
mais ao dois con
naturez
ji
ec.ologill poUrica mio 5aberia conservar
multiculturalismo*
li ic
Privar
politica da unica
transcendencia capa de 'por fim, maneira indiscutivel as sua interminaveis querelas". justamente neste ponto que so
para atingi
objetividade de tomar as coisa mudas assimila
is pela linguage organiza pela razao. Natureza
humana enfim,
retomar "a terra" para
sociedad segund os modelo ideais fomecido
Sociedade
ciologia das ciencias em conjunt com ecologia militante, nos
Novas nao humanos
Disciplinas
permite romper com as evidencia enganosas da ciencias do homem, abandonando de todo Se
objetor'continua duvidar,
tema do construtivismo social. porque nao compreerid qu
ecologia politica, em conjunto com
sociologia da ciencias
permite ur movimento qu sempre este Sublinhand
proibido at aqui
manos* de
uma
distin,ao entre
presen,a multipla do nao-hu
trabalh politic queos atraia at entao soba forma natureza unica. Basta, para isso, roudar
cial qu temos herdado, como
n0l18.0
do
so
resto, da idad da Cavemas.
Vamos, distinguir duas concep,6e do mund primeira, que haviamos chamad de aprisao* social
ial: segun
social como associarao*. Quando compa ramos as duas posi,6es, qu saiu do mito da Cavema,e esta
da, que chamaremos
qualgostariamos que parecem,
conta na figura J.J.
72
leitor se acostumasse pouco pouco, elas
primeira vista, quase semelhantes como se pode dar
C o m p l i c a ~ a
sem j n t e r r u p ~ a o
da palavr
media,ao da ciencias pode-se certamente osci
lar em dire,a ao sociologismo para retomar as sempr etemas representa,6es humanas da natureza ma pOde-se, tambem tomar visive
Assembleia dos humanos
Coletivo em duas camaras
Coletivo sem ajuda externa
Figura 1.1- modele politico em duas clmaras, natureza sociedade, re palisa sabre urn duplc corte. model do coletivo repousa, ao inverso, so br uma simples extensao dos m e m b r ~ s humano nao-humanos.
modelo de direita distingue-se do precedente por tre pequenos tra,os, tao infimos quanta decisivos, que se tomaroo mais claros nos doi capitulos seguintes Antes de mais nada, nao se trata de uma sociedade "amea<;ada" pelo recurso uma natu reza objetiva, mas de urn coletivo em via de expansao: as proprie
dades dos seres humano
compor na esta em
n a d ~
nao- humanos, com as quais se deve garantidas. Em seguida, nenhuma
necessidade de uma dramatica
ecologili paUtica noo saberia conservar
Por que
Cap'tulo
rnisteriosa "conversao" para ir
astuci do antigo mito da Caverna, ainda hoj cheio de seu veneno consisti em fazer crer que esquema de direita vo.
40
Toda
das pela disciplinas cientificas nos laborat6rios bastam inteira
se confundia com
mente. Sim, ha um realidade exterior o
m a o u tr a versao da sociedade, senao
ridad nao
definitiva
b j e t i ~ ,
mas est exterio
assinala simplesmente que novo nao
humanos, jamais incluido at aqu no trabalho do coletivo, encontram mobilizados, recrutados, sodalizados, domesticados. Este novo genero de exterioridade, essendal respirayao do cole
tivo na vern nutri nenhurn drama de ruptur Ha mesmo um
fazer toda uma discussao Enfim, f e r e n ~ :
assi
de conversao.
realidad exterior m,\ na verdade, nao ha que
esta
terceira "pequena" di
que os nao-humanos novament recrutados, vern
enriquecera demografia do coletivo,elessao incapaze mesmo de
interromper
discussao, de abreviar os procedimentos de ani
quilar as deliberas:oes ele aparecem, ao contrario para compli cac]os, para separa-Ios."
retorn dos sabios encarregados de
nao-humanos interessa apaixonadamente aos outros membro do coletivo, mas e m n ad a resolv
questao do mundo comum
que esta em vias de elaborar nao fa sena complica-Ia. Emluga do Ires misterio da versaode esquerda encon tramos, na versao de direita, tres conjuntos de operayao inteira-
mente descritiveis, em qu nenhum se apresenta como ruptura
nenhuma simp/ifica, par u,;, recurso decisivo transcendencia indiscutivel, trabalho de juntar coleti-
brutal e, sobretudo,
74
versao de esquerda, que nao existia nenhus()cia infernal
(0
social,
,prisao do esquema de esquerda), como se nao se pudess fala de
sociedade sem perder, no mesm
todo contat com
realidad exterior
ardi armado pel polici epistemol6gica
consistia em n eg a
t od o a qu el e que contestava
e x t e r i o ~ i d a d e :
aquele que duvidava
qualque
da Ciencia deviam entao,
contentar-se com urn caldo magro das conven<;oe sociais
do
simbolismo Jamais eles teriam podido esquivar-s totalment s6s da prisao da Caverna. Ora, n6s mento
exatament
compreendemos neste mo
invers que Ii verdadeiro: no apelo
rea
lidadeexterior confundiu-se vontad doi elemento agor cla rament separados de um parte res, aos quais
mu/tip/icidr;de dos novo. se
de or em dHmte, dar lugar para viver em
p r e ~ c i s o ,
comum; de outra parte;
interruPfao de toda discussao pelo vie
de um recurso exterior. Um tal recurso nao que el interrompe
eficaz senao por
trabalho p r 6p r i d a politica, gra<;as
um
suplemento nao politico, chamado Ciencia*, que teria ja unifi c ad o t od o o s s er e s o o s a us pf ci o d e um assembleia convo cad ilicitamente,
chamada natureza. No esquem de esquer
da, nao se podia apelar rar
realidade do mundo exterio sem sepa
mundo social ou sem faze-Io calar-se; no esquem de direi
ta pode-s faze apel aos mundos exteriores, mas d ~ d e
39 Apresente nurnerosos exemplos desta versao realista das ciencias em Latour (1999). tipo de realismo dos sciences studies, como de William James (ver excelente revisao de James por.David Lapoujade (1997), VViIIiamsJames. Empirisme et pragmatisme),permit tornar sirt6nimas realida des pluralidades remeter unidade urn outro trabalho propriamente politico, como se ve ainda mai claramente em John Dewey (192 [1954]), The Public and Its Problems
Mtureza?
que assim
multiplici
mobiliza nao resolve definitivamente nenhuma
naO nos apressemos em dizer q u a o social vai faltar transcendencia, urn pombo fechado em urna bomba de vacuo faltaria oxigenio. om Descobriremos mais tarde transcendencia pr6pria ao demos, m a n a a n te do capitulo 5. Enquant isso,bast lembrar que imanencia do coleti vo na senao uma lembranya do mito da Caverna.
75
Capttuw
Por que
ecologia polttica niW saberin conservar
natureza?
-'
da; questaes essenciais do coletivo.
No lugar do social, prisao que
sociologia herdou sem jamais questionar sobre sua taras ori
l id ad e e xt er io r
trabalho, propriamente politico, de unifica
yao. D it o d e o u tr o m o do ,
ecologia politica, aliada
sociologi
ginais,aparece urn outro sentido do social, mais pr6ximo da eti
das ciencias, desenha uma ramificas:ao nova sobre
mologia, como associa¢o
vez de ir da natureza ao humano, do realismo ao construtivismo,
C i ~ n c i a
col",ao."
esquerda, na figur 1.1,
fazia parte da soluyao d o p r ob l em a politico, que ela
pode-se ir presentemente, da muitiplicidade
tornava alias,insoluve!pe!a ameay continua de desqualificayao
da qualquer coletivo,
levad as assembleias humanas;
aqui sob
direita, as
c i ~ n c i a s
fazem par
Quando se acrescentaa mediayao das disciplina cientifi
cas, logo que se mostra
trabalho dos silbios, assim que se subli
importilncia da hist6ria das
nh
c i ~ n c i a s ,
parece,
primeira
da sociologia das c i ~ n c i a s
politica permite aproveitil-Ia, pois dade e!a
to
que nao aeolhe ain-
pluriverso, ao coletivo que
a co lh i a t
nome conjunt d e p ol it ic a e d e n a tu r ez a . 0 p o te n ci a
formidavel da hist6ri
te do pr6prio problema.
mapa: em
distingue do que
se
s6
ecologia
,qu sobressa da muitiplici
junta em um
s6 unidade. Quan-.
saber, se eS,ta coles:ao, este ajuntamento, esta unificas:ao se
vista, que s6 nospodemos afastar da natureza parair em direyao
fa pe!o instrumento politico da natureza ou pelo instrumento
aos human os.
politico da poiftica, pouco !he importa daqui em diante.
levar;
tenlayao
grande; nao hil c om o n a se deixar
rodovia esti aberta
sem pedilgio; toda
born senso fo preparada para est deslizamento sem esforyo:
u r n v er d ad e ir o t ob og a . M as , p od e -s e lambem, grayas ao argu m e nt o d o coletivo, dirigir-se
outra posiyao, menos balizada,
mai tortuosa mai custos lambem, em direyao sionado, entretanto todo litica. Tornando vislve
qual
impul
futuro senw.comum da ecologia po
media.,ao das c
i ~ n c i a s ,
podemos partir
da natureza, n a p ar a i r em direyao ao humano, mas, tomando um
bifurcayao em angulo direito, em direra
'das n a t ~ r e z a s , redistrib,\fdas peJa c i ~ n c i a s , ma de pluriverso*, para marcar
multiplicidade
que se poderia cha
distinyao entre
nOya de rea
41 Se asociologiateve sua h e r a n ~ de Gabriel Tarde (1999 r e e d i ~ a o ) , MonadoIngie et sOcWlngie, tanto quant de Durkheim, esta eoncepyao do social coID:o a s s o c i a ~ o nunea teria sido esquecida asociologia teria sabido s e m ~
pre como ultrapassar, sem piscar, fronteira artificial entre natureza. sociedade. Em todo easo isto me teri dad mais coragem para definir, em Bruno Latour (1984), Les Microbes guerre et paix, seguida de Irreductions, sociologia como c i ~ n c i a das a s s o c i a ~ o e s .
76
Existe, pois, u m a o u tr a via ale
paisagem do donar
do idealismo para aban
natureza, u m a o u t r via alem dos sujeitos para abando
nar os objetos, um outra via, alem da dialetica, para "ultrapas s ar " a suposta contradiyao entr objeto
sujeito. Par
d i z ~ - I o
de
modo mais brutal ainda grayasa ecologiapolitica,a C i ~ n c i a nao
seqiiestra mai
realidad exterior para criar um
la.,ao de Ultima instancia, ameayand promessa de salvayao
io do qu
c o rt e d e a pe
vid publica com um m al . T ud o a qu il o que as
ciencia humanas haviam imaginado sobre mundo social para construir suas disciplinas lange das ciencias naturais, foi ao in ferno da Caverna que elas tomaram emprestado. Intimidadas
diktats: "Sim, reconhecemos bern prazerosamente, confessavam elas em -roro mais falamos de construs:ao social, mai nos distanciamos diktat de fato, da verdadeira verdade". Ora, era preciso recusa pe!a
C i ~ n c i a ,
e!as aceitaram
r ea pr ox im ar , contra produzidas pe!as ciencias,
mais cominat6ri
a me ay a da fi
C i ~ n c i a ,
de poder colocar,
questao da composiyao do mundo comum.
dos
das realidades novos custos,
Capitulo
H a v i a m o ~
dolorosa?
retirado
Por que
e sp in h q u t or na v
a in d e st a
f ~ r i d a
t em po , m a
cicatriz
Haviamo retirado
na mais
chag que supura
font principal da
que envenenav tudo
r e p r e s e n t a ~ i l o
c am i nh ad a
a in d f ar a ma po algum esta
i n f e c ~ i l o
qu
n o ~ i l o
de
t oc av a e st a i m
ecologia poUtim nao saberia conservar natureza?
provar que existem "filtros culturals
realidade natura talqual el e". Ao recusar cias humanas the pretendiam trazer, para
o u t r a ~
f u n ~ o e s
tamente mai fecundas."
ontol6gicas
do cosmos
e!a, com efeito que
impunha este unico caminhar que ia da natureza it sociedade e,
suporte que ascien
ecologia politic as libera
th indic outras vias de pesquisa infini
'possive! distin¢o, contraditad todos os dias entre as questoe as questoe epistemol6gicas
sociais atraves dos quais"
as humanos devem necessariament passar "para apreender
do plurivers
que elas devem falar,
construir nilo da sombra projetadas sobrea pare
de da Caverna.
inversamente, por intermedio de duas conversoe miratulosas. e! que
o b r i g a v ~ ,
ou
se reaproximar das coisas afastando-se
das impressoes que os humanos delas faziam, ou
se reaproxi
ma das categorias humanas, afastando-se progressivamente das
p r6 pr i a c oi s s . realismo te de r rias
e l q u e impunha
impossive escolh entre
construtivismo. Nilo falaremos mais, daqui em dian
e p r e s e n t a ~ i l o
do
FRAGI SOCORRO DA ANTROPOLOGIA COMPARADA
da natureza, designando com issoas catego-
e"ntendimento humano de
uma
parte,
de outr «a" na-
ecologia politica desdramatizou, enfim, 'conflit da natureza
da orde
social 50 sua
sempiterno
l i ~ i l o
difici
aprender nao e, como seus te6ricos acreditarn ainda por vezes,
tureza Todavia, vamos conservar esta bel palavr r e p r e ~ e n t a
porque e!a teri inventado novas formas ex6ticas de fusilo har
fao*, fazendo-a jogar, porem, se antigo pape politico Se nilo
monia, arnor, entre
r e p r e s e n t a ~ o e s
da natureza no sentid desta politica em du
pl aspecto, que n6s haviamo
c r i ~ c a d o
sera preciso, no entan
t6, bern representar, por urn procedimento explicito, as associa ~ o e s
de humanos de nilo-humanos para decidir
lh
queos reco
que os unific em ur futuro mundo comum. Co
efeito, abandonando
n o ~ i l o
cidade dos nilo-humanos vra
r e p r e s e n t a ~ i l o
designar haver
e ni gm a d e s u
multipli
a s s o c i a ~ i l o .
mos rtenhuma especi de idei sobr
duplo conflito
da sociedade Nilo te que se assemelhariam as
pr6prias coisas, se e!as nil tivessem sempresido engajada na ba viamos charnado de os nao-humanos*, se eles nao vestisssem
uniforme de objeto marchando q u se assemelharia mais
pass na conquista do sujei
os humanos, se e!es nilo levassem
uniforme do partisans resistindo bravamente
do objetos Ora, se quisermos, em seguid
it
tirania
esta obra, redese
ambigiiidad que recaia sobre estetermo,tao
longament associad ao destin das ciencias humanas Pode mos supor qu seus trabalhos serilo mais estimulantes do que
78
natureza, mas porque el laici
dupla questil politica,
de lealdade entr opoder d a n at ur ez a
pala
vai servir-nos, nos capitulos seguintes para
novo trabalho da ecologia politica mas esperamos
~ u p r i r n i d
homeme
talli da naturaliza¢o. Ao que se assemelhariaaquil que n6s ha
de natureza deixamos
intactos os doi elemento que mai nos i?,portam
zou definitivamente
42 Ver na Condusao outros papeis para as dentincia crltica.
c i ~ n c i a s
sociais alem daqueles da
79
Por que
Capitulo
nhar as novas instituiyoes da democracia, precisamos dispor, des deja, da multiplicidade das associal'0e de humanos de nao-hu
manos, que,O coletivo tern, p;ecisamente, par func;ao,
de cole-
tar. Na falt de dispor de instituil'0e conceituais, de forma
de
vid que pudes8em servirde altemativa Constituiyao modema,
eeologia politica nao saberi conse:var
eles! Ao assistir suas boda co
natureza?
natureza, com nos sentimo
infantis por sermos apenas urn engenheiro, urn pesquisador,'um Branco, urn moderno, incapaz de reencontr,ar este paraiso per dido, est
~ d e n
em direya ao qual
de dirigir nossos passos.. Ora, se
arriscamo-nos, na verdade, nos encontrar sempre envolvidos,
ecologia profunda gostaria
'.
a n t ~ o p o l o g i a
comparada oferece um
alternati
despelto de nossa vontade, nestas guerras entre realismo cons trutivismo socia qu na nos concernem em nada toda novi
va
dade da ecologia poutica que desejamos desenvolver.
dentais nao esmo jamais interessadas pel natureza; elas nao
Oispomos feuzmente de um alternativa que
antropo
ecologia poutica e, aind assim, pela raza exatamente in
versa aquela exposta peli ecologia vulgar As culturas nao oci
utilizaram jamais como categoria; elas jamais encontraram seu
logi da culturas nao ocidentais nos oferec generosamente
uso. 44 For-am os Ocidentais ao contnirio, que transformaram
Paracompreender est oferta
natureza em urn grande neg6cio, em um imens cenografia po
outro paradoxo aparente
preciso ai de n6s passar po urn
decepcionar aquele que imagina
u ti ca , e m um
f or mi da ve l g ig an to ma qu i
m or al ,
que as outras culturas teriam da naturez uma visao "mais rica"
constantemente engajado
que a d o s Ocidentais. Impossive desaprovar aqueles que divi
social Infelizmente, os te6ricos da ecologia nao faze
dem estas iIusoes.
da antropologia mas da sociologi das ciencias.
que nao se escreveu, com efeito, para ridi
cularizar os pobres Brancos, culpados de.querer govemar, mal
tratar, domiriar, possuir, rejeitar, violar, violenta Na
u r l iv r d e
o lo gi a t e6 ri c
qu
na
natureza?
venha infamar,
contrastand miseravel objetividad dos Ocidentais com s a bedori milenar dos "selvagens", qu eles respeitaria nature
za, viveriam em harmonia com ela, se afundariam nos seus se
quer dizer, as vezes,
Se
qu
t er n
patureza na definil'a de sua ordem mais usc
Deep ecology
shallow anthropology."
antropologia comparada
indispensavel, nao e, po
rem, po oferecer ur reservat6rio de exotismo, gral'a ao qualos Brancos conseguirarn sair de su concepl'ao unicament laic
material do objetos da natureza, mas ao inverso, ao permitir subtrair os Ocidentais do exotismo que se impuseram si mesmos
gredosmais intimos- fundindo suaalma com aquela
4 3 A c ha r- se - e m Terra Nova, v. 1,'n. 1, n a r r a ~ a o d e u m a d a f ra ud e p el a qual se inventou, Gom todas as p e ~ a s , urn docurnento antropo16gic do che Terra Mae: "Will the real Chief fe indio Seattl sobr respeito devid Seattle please Speak Up?" (1998) p. 6 8 ~ 8 2 ~ Este must da ecologia profunda era i n v e n ~ a o de urn pregador ianque!
44 Vejo, na recente c r i a ~ a o , no College de France, de uma c a d e ~ a intitulada "antropologia da natureza",urna virada hist6rica, u m v e q u esta discipli na sempr havia tratado at aqu das culturas. 45 Philippe Descola Gisli Palsson (1996), Natur and Society. Anthropolngical Perspectives: "Os movimentos conservacionistas, longe de questionarem os fundamentos da cosmologia ocidental, tendem, ao contrario, perpetuar dualismo tipico da ideologia moderna" (p. 97). Se ha alg mais surpreen dente do que a u s ~ n c i a quas total de r e f e r ~ n c i a s sociologia ou hist6ria a u s ~ n c i a ainda social das c i ~ n c i a s , em trabalho de filosofia da ecologia, maior da antropologia comparada.
Por que
Capitulo
erologiilpoUtica
nao
saberW conservar
natureza?
broglio de um naturez inteiramente politizada. Nao queremos
nos saberiamo prender ao senso comwn de haver resistido tao ma ao bazar ex6tic que ecologia profunda pretendia impin
dize que
gir, so o.pretexto de qu os barbaros respeitaria
e, porproje<;ao, aos outros, ao se lancrarem nest impossivel imas
culturas nao-ocidentais correspondam, tra,o po
tra,o, it ecologia politica da qua pretendemos redigi
proto
colo. Ao contnirio, com veremo no capitulo 4, toda as insti t ui ,o e
d o coletivo permanece
inven,oes contemporaneas,
sem precedentes na h is t6 ri a Q ue re mo s s om en t d iz e q u
outras culturas posto qu elas, justamente, nao viveram jamais na natureza, conservaram para n6s as institui<;oes conceituais, os
melhor que os civilizados
Terr Ma
antropologia desde seus primeiros
contatos na a ur o r d o t em po s m od er n os , c om p re en de u q u qualquer coisaclaudicavaentre
que el chamava"os selvagens"
natureza; que havi na natureza dos Ocidentaisqualquer coi sa de inassirnilavel pelos outros povos._Masela levou muito tem po, digamo tre seculos, antes de c
o m p r e e n ~ e r
qu
n at ur ez a
do antrop610g era muito politizada para compreende
reflexos, as rotinas, de qu temos necessidade, n6s os Ocidentais, para nos desintoxicar da ideia de natureza. Se seguirmos os da
dos "ban
d o d a a nt ro po lo gi a c om pa ra da , e st a c ul tu ra s ( pa r
permitiu alterar-s est politica da natureza tao particular
u ti li za r
s e l v a g e n s ' ~ 4 7
Retomemos. brevemente
primeiro reflexo foi toma os "primitivos" como "filhos
aind est palayra tao mal concebida), nos oferecem alternativas indispensaveis it oposi,ao naturezaipolitica, propondo-nos ma
da natureza': qualquer cois de intermedio entr
neiras de reunir as associa<;6e de humano de nao-humanos, que utilizam um s6 coletivo claramente identificado como po
"na" natureza.
litica Mai exatamente, ela recusam utiliza somente dais coletores, dos quais urn, o u tr o
social, passara s6 como politico, enquanto n at ur ez a f ic an , s e p od er , s e p al av r p ub li ca , s e
institui,ao, sem hurrianidade, sem politica. Se elas nao formam as
bela unidades impostas pelo exotismo pelo meno
outras
culturas nao saO vesgas. Enquanto disciplina, antropologia sempre hesitou sobre es
p o nt o
na
s en a m u it o r ec en te me nt e q u
tornar indispensave it e co lo gi a p ol it ic a
li,ao
avan<;o que
mano
que
animal, hu
Ocidental,os quais jamaisviveram,sob forma alguma
segunda etapa, mais amena, foi de considerar f os se m t a d if er en te s d a n at ur ez a se
a ut 6c to ne s
com as Brancos, ,\iviam, nao obstante, "em harmonia" com ela, que eles respeitavam, que eles protegiam Esta hip6tese nao resistiu nem it etnologia nem it pre-hist6ria, nem it ecologia as quais de imediato m
u l t i p l i c a r ~ m
os exemplos de destrui,a im
perdoavel dos ecossistemas, de desarmonia massiva, de desequi l ib ri o i nu me ra ve is , c om o r ai v f er o c o nt r
a mb ie nt e D e
l a p od e se
r az a p el a q ua l n a
46 Eis af toda importAnda, para mim, do trabalho de philipp Descola (DES· COLA [19.%], La Nature domestique. Symbolisme et praxis dans l'ecologii des Achuar) em particular Descola (1996) B-pdo naturalismo, ;ustamente, q,ue antrop61ogo "monista" deve interessar-s acima de tudo: ''A conclusao pa rec correta: suprima idei de naturez todo edifido filos6fico do Oci dent se afunda.Mas est cataclismo intelectua nao nos deixad for'rOsamen-
te fac face com grande vario do Ser que Heidegger nao cessou de denun dar: nao fara senao modelar nossa cosmologia, tornando- menos ex6tica aos olhos destas numerosas eulturas que estao ponto de abra'l4I' os valore daquil que des acreditam ser modernidade" (minha t r a d . u ~ o ) p. 98. Nao seguro, porem, como veremos no Capitul 5, que antropologia mesmo comparada, mesmo monista, esteja altura das novas tarefas pollticas, que ex:ige reuniao controvertida das precedente "culturas".
47 Veremos, na Ultima selfao do Capitul 5, como reinterpretar tiva dos "primeiroscontatos':
cena primi
Por que
Capitulo
fato so
nome de harmonia, os antrop610gos se aperceberam,
progressivamente, que nao deveria
mente simpatica com s i f i c a ~ a o ,
natureza mas
presencra de uma clas
de um arranjo, de um ordenamento do sere que nao
pareciam fazer d i f e r e n
visar as r e l a ~ 6 e s particular
d i s t i n ~ a o
abrupta entre as coisas
as pessoas.
nao vinha de que os selvagen tratassem be
n at u
ecologia politial nao saberia conservar natureza?
que n6s, os Ocidentais, insistimos em manter separados,9u me llior, quando pensamos ser indispensave have dua camara para manter nosso coletivo,a maior parte da outras culturas insistia
paranao ter duas.
partir dai, nao se pode mais defini
las como culturas diferentes, com pontos de vista distinto sobre
uma naturez unica
qual somente "06s" teriamos acesso; tor
na-se impossivel, com certeza, defini-la como' culturas entre
reza mas, antes, qu eles na tratavam de todo. terceir etapa mais sofisticada, portanto fO,i considerar
outras culturas sobre um fundo de natureza universal. Nao ha
os aut6ctone (rebatizados entrementes, de povo nao ociden
sena naturezas-culturas ou, mai ainda, coletivos qu busca
tais), como tendo formad culturas complexas, c'ljas categoria
saber, como veremos no capitulo5,
estabeleciam correspondencias entre
que eles podemmuito bem
aor
ter em comum. Ve-se presentemente, uma inversao de perspec
ordem d o m u n
tiva: nao sa mai eles, os selvagens, qu aparecem como estra
vice-versa. Nada de classe
de animais oJ de planta qu nao permitam ser encontradas na
nhos porque misturava que nao se deveria, de modo algum, misturar, as "coisasl> 'as "pessoasl>; somos n6s, os Ocidentais
ordem social; nada de
q u v iv em o a t a qu i
orde
da natur:,eza
dem social Entre eles dizia-se, nada acontece do q u n a
a c o n t e ~ aoS humanos c 1 a s s i f i c a ~ o
social que nao permita se si
tuar nas divis6es dos sere da-natureza Be
antrop610gos sempre mais sutis
se
depressa, porem, os
aperceberam que eles ainda
provavam de um insuportavel etnocentrismo, porquanto insis tiam na a b o l i ~ a o de um d i f e r e n ~ a que nao interessava de modo
e st ra nh o s en ti me nt o d e q u e era preciso
s ep ar a e m d oi s c ol et iv o d is ti nt os , s eg un d
ajuntamento incomensuraveis, as
" c o i s a s ~
d ua s f or ma s d e
de urn lado, as "pes
soas': do olltro.48 sertimento de originalidad que busca outra cultura
algum aquele que estudavam Ao afirmar que as outrascultura
nao tem interesse senao para faze refleti sobre
faziam "corresponder" ordem natural
da sua pr6pria, se
orde
social os antro
p610go pretendiam ainda que est divisa seguia po si qu el
m o P ar a n a c ai r no fascinio perverso das d
estava de alguma maneira, na naturez das coisas. Ora, as outras
criar rapidamente um teireno comu
cultura nao misturavam, em nada, orde
pel cumplicidadeprofunda das s
tural: elas ignoravam
social aordem na
distinriio. Ignorar um
dicotomia, ist
nao I' confundir, de todo, os doi conjuntos em um
e no s
ainda "ultrapassa-Ial>. Ao olhos antropologia, que, enfim,'se tomou simetri ca ou monista, as outras cultura parecem hoje muit mais in
quietantes elas desenvolve principio de o r g a n i z a ~ a que agrupam ma s6 ordem, digamos, em urn s6 coletlvo, seres
originalidade
quedegener em exotismo em orientalis i f e r e n ~ a s ,
que substitua
o l u ~ 6 e s .
I'
preciso
surpresa
Juntando-se as desco-
48 Sabre toda esta invens:ao do "outro" pda dupIa polftica da C i ~ n c i a , ver Latour (1991).A distinlfil.O entre "eles" "n6s" decorre inteiramente da difereniY3- ab soluta,introduzida entre os fatos os valores, pois "eles" nao fariam diferen ordem de sua socieciade com ordem do iY3- entre as dais, confimdindo mlUldo, enquanto que "n6s" saberlamos fazer difereniY3- entre as duas or dens. primeira distinlfil.o mo senao exportalfil.o da segunda. Muda-se, alteridade, assi que se mude conceplfil.o cia C i ~ n c i a . em c o n s e q i i ~ c i a ,
Po que ecologia polltica nilo saberia amservar
Olpitulo
bertas recentes da antropologia comparad
da ecologiapoliti
ros ) n
veneno
s.
exotlsmo
natureza?
Sf
evapora num InS-
cae da sociologia da ciencias deve-s poder superar completa
tante. Vmaveztirado da grande cenografi politica"da nature
mente dois exotismos simetricos aquele que faz crer aoS Ociden tais qu e!es estilo separados da natureza, porque teriam esque
humanos denao-humanos que aguardam suaunidad por ur
cido as
l i ~ 6 e s
da outras cultura
coisas puras, eficazes rentavei
viveriam em ur mundo de objetivas; aquele que fazi
crer as outra culturas queela haviam, por longo tempo,vivido na fu
entr
orde
natura
ci o, enfim, par aceder
orde
ial,e qu er pre-
modernidade leva em conta natu-
rez das coisas, tais como elas sao. mundo moderno, ao qual os ocidentais se lamentam,
por vezes, de pertencer, tudo exigind da outra culturas, para que se !h venham juntar,nao tern de todo, os caiacteies que!he emprestam, porque!he falta inteiramente natureza uns, nem entr outros,
entre
natureza desempenh ur papel. Entre
Ocidentais porque la
politica
part
parte; entr
nao-Ocidentais porque e!es na utilizaram jamais para nela estocar, as escondidas
natureza
metade de se coletivo Os
Branco na estao nem pr6ximo da natureza, porque sa5eriam, enfim, somente eles, como ela funciona, gra<;as distante da natureza porque teriam perdido da vida intim co
Ciencia; nem
segredo ancestral
ela; os "outros" nao esta nem pr6ximos cia
natureza porque jamais Sf puseram
parte de se coletivo, nem
distantes da natureza da cois s, porque le teriam sempre confundido por engano, com as exigencias de sua ordem social. Nero as primeiros ne ximos da natureza
os Dutros estao nem distantes nem pr6 natureza nao desempenhou ur pape se-
na provis6rio na r e l a ~ 6 e s politicas do Ocidentais, com e!es mesmose com os outros.Ela nao atuara mais oravante,_ g r a ~ a s ecologia politica, enfi
repensad par recuperar
militante Alem do que, elevand
ecologia
natureza nao ha mais nem
na
mais qu
trabalh do c
banalidade
a s s o c i a ~ 6 e s
mUltipla de
que deve se preciso, utilizando os recursos,
o l ~ t i v o ,
os conceitos, as institui<;6es de'todos as povos, charnaclos, talvez, iv
em comu
sobr um terra que Sf torna, por urn longo mesma terra.
trabalh de reuniao,
Tudo, depende, portanto, no presente da maneir pe!a a c u m u l a ~ a o . Com efeito,
qua vamos qualifica este trabalh de de duas uma: ou bern
trabalho ja esta terminado, ou bern ele
esta por fazer. Tod epistemologi (politica)
Naturpolitik, que
Ih sucede afirmam que, so os auspicios da natureza, este tra balho no essencial, esta terminado;
le apenas comera- Para participar do desen
depois de n6s, qu volvimento da
ecologia politica afirma
politicas adaptadas
i n s t i t u i ~ 6 e s
deste mund comu
e x p l o r a ~ a o
antropologi cleve tornar-se experimental'. Diante qu esco!h politica se en contra ela, de fato colocada? Vai, para sempre, conserva mul ticulturalism sobr fund de natureza unificada que !h ser ve de filosofia involuntaria? dest "mesma terra",
Desde seculo 17, tornou-s comum distingui as qualique sa as coisas por ela mesmas indepen dades primeiras' dentemente de nosso conhecimento -, da maneira como ela sao vividas por uma consciencia
que chamamo de qualidades se
gundas'. Quando falamos de cores de odores, de luzes, designa mos as qualidades segundas. Nada mais inocente primeira vis ta Ora basta modifica-Ia muit ligeira d i s t i n ~ o . mente para f
a z e ~
ressalta
plena lu
arranjo politico qu el
sub-repticiamente permite. As qualidades primeiras, com efeito, comp6em
mundo
comum que n6s todos compartimos. Somos
Capitulo
feitos todos igualmente de gene
de neur6nios
de
proteinas
de horm6nios, em urn universo de ,Homos de vacu de ener gia. As qualidades segundas, ao contrario nos dividem, poiselas nos remete
as
especificidades do nosso psiquismo, de nossa
lfnguas,de nossas culturas ou de nossos paradigmas. Por conse qiiencia,
se
definimo
polftica*, nao com
der no interior da unica Caverna, ma com gressiva de urn mundo comum bemos qu
ecologiapoUtica nao saberia COn5erVar
Por que
conquista do po composi,a pro
compartilhar, n6s nos aperce
divisa entre qualidade primeiras qualidade
se-
maio arte do trabalho politico. gundas cumpr desd ja Quando entramos em ur universo cujo mobiliario ja esta defi
nido, sabemos, de imediato,
que temo todos em comum, que no mante reunidos rest qu no divide as quali dade segundas ma se nad de essencial, posto que suas essencias se encontram de fora inacessiveis, sob forma de qualidades primeiras, porem invisiveis.49 Compreendemo agora que, se antrop610go de tempos passados tinh tanta aten¢o pela multiplicidade da culturas eraporque dava por adquirida natureza universal. colecionar tantas diversidades era porque
Se
el podia
antropologia podia
agrupa-Ias, fazendo-a destacar-se sobre urn fundo comum pre
multiculturalismo*. primeira, el
mononaturalismo nada ter
tas,
unidad nas rna-os das ciencias exa
multiplicidade na mao da ciencias humanas.
culturalismo*, faze medo
as
na
criancinhas, oferec uma outra solu,ao igual
mente prematura, paraa explora,ao do·mundo comum: nao so mente as culturas sa diversas, ma cad uma possu pretensoes iguais para defini realidade; elas nao se destaca mais sobre as
fund uma natureza unificada; cad uma incomensuravel tr s; no to m un d c om um .
lado urn mundo invisivel, mas visive ao olhos dos sabios, cujo trabalh permanece escondido de outro, ur
mundo visive
sensivel ma nao essencial, poi el esta vazi de suas essencias. De ur lado ur mundo se valor, pois el nao corresponde nada de vivido ma s6 essencial poisele traz os fen6meno para natureza real; do outro urn mundo de valores, mas se valor, pois el
'.!ao
.chega
nenhuma realidad duravel aind que el
seja unico vivido solu,ao do mononaturalism estabiliz natureza so risc de esvaziar de t ~ d a substancia no,ao cultura, reduzida
88
multi
mais do qu ur monstr agitad par
estabilizaa no,ao decultura, so
49 Eu politizo aqui critica feita par VVhitehead sobre d i s t i n ~ a o entre q u a l i ~ dades primeiras segundas, como tambem da originalidade do pape dado ao espirito humane: "A teoria das dependl!ncias psiquicas trataria verdor [de urn raminho de grama] como uma d e p e n d ~ n 9 a psiquica provida ,rel energta de espirito perceptivp, s6 abandonaria natureza as moleculas que influenciam r a d i a ~ a o espirito fazem ter esta p e r c e p ~ o " (p. 54) (WHITEHEAD, 1998 [1920], Le Concept de nature). Reencontramo ade mais, em NAESS, 1988, mesma critica, parti de Whitehead de James, da clivisao entre qualidades primeiras segundas!
evidencia
experiencia abortada da constru,ao de ur mundocomum: uma natureza, vdrias culturas;
taveis para
mononaturalismo
de
simplesmente uma da sol,!,oes possivei para
viamente unificado. Ha, portanto,duas solu,oe igualmente ins te problema da unidade:
natureza?
fantasmas;
solu,ao do multiculturalismo risc
p6rem perigoa uni
versalidad da natureza, reduzida uma ilusao este arranj disforme que pass pelo born senso! Para recoloca em marcha experimenta,ao do mundo comurn, prematuramente fechado po esta duas solu,6e calamitosas sera precis evita tanto nOfiiO de cultura como aquela de natureza.
licada
q u t or n
utiliza,ao, pelaecologi politica dos resultados da an
tropologia, que explica, talvez porque ela se precaveu, ate aqui, de faze ur maior us disso.
Por que
Capitulo
Uma
c o m p a r a ~ i i o
permitir-nos-a compreender melho
instabilidade na qual nlio se aeveter medo deentrar,a fim de re tribuir todo sentido aquilo que se poderi chamar de politic sem natureza. Ante do feminismo, palavra"homem" tinha carate de uma categori olio codificada
"mulher" aquele de
categoria codificada. Ao dizer "homem", designava-se sem se
que pensar nisso,
totalidade do
"mulher", marcava-se " f ~ m e a "
eres p'e nsantes
ecologia polJtica nao saberi conservar natureza?
f, portanto, uma categoria ainda nao demarcada;
' ~ N a t u r e z a "
"cultural', uma categoria marcada. Entretanto
ca, por ur movimento de amplitude muit provar
natureza
sempre para
que
propoe faze
feminismo fez naquel temp
homem: apaga
antig evidenci co
passav urn pouco rapidament como.totalidade
faz
qua ele
51
dize
parte dos seres pensantes Ne-
nhum outro Ocidental, hoje tomaria
palavr Home por uma categoria nlio codificada. Macho/femea, homem/mulher, que tomou lentament lugar da antiga eviden cia. As duas etiqueta se reencontram marcadas, codificadas, en carnadas. Ninguem pode mai pretender designar, sem e s f o r ~ o
CONCLUSAo: QUAL SUCESSOR PARA COLETIVO EM DUAS CAMARAs?
he/she, eis ai
Com este primeiro capitulo percorremos, ao mesmo
tempo,
mais facil
mais dificil:
mais facil, porque nlio se
sem c o n t e s t a ~ l i o , universal, parti do qual outro permane ci ur "outro" eternamente parte. Gra",s ao imenso trabalho das feministas, n6s. dispomos doravante, de i n s t i t u i ~ o e s concei
tratava, ainda, senlio de nos d
tuais, qu no permitem marcar d i f e r e n ~ a nlio mais entre ho meme mulher as de uma parte, entr antigo casa formado pel homem, categori nlio distinta mulher,unica categoria'
sabemo agor
ponder. Se atravessamos
marcada;
base Os resultados conjuntos da sociologi
de outr parte,
ecologia politi
v a ~ t o ,
novo casal, infinitamente mais pro
pela duas categoria igualmente distintas de mulher." Pode-s preyer se dificuldade, qu
as ante novas
e s e m b a r a ~ a r m o s
dos falsos proble
abordar as questoe verdadeiramente ardua da
i n s t i t u i ~ o e s
publicas qua
reconstruir;
p r e o c u p a ~ l i o
marcha
estas
mai dificil, porqu
i n s t i t u i ~ o e s
f o r ~ a d a s ,
deve
res
paisagen que me
reciam mais cuidados pelo meno atingimo noss camp de
b l e m a t i c o ~ f o r m a d o
logia politica, da ciencias social
de homem
que esquematizamo pouco
ciencias, da eco
da antropologia comparada,
pouc (e cada uma, bern
sabe-
ocorreni da mesm forma muito rapidamente, com as catego rias natureza da,
cultura. Para
momento "natureza" ressoa, ain
maneira de homem, hci vinte ou quarenta anos, como cate
goria indiscutivel evidente, universal sobre cuj fund se de marc clar
distintament
"cultura", eternamente particular
grande trabalho analitico realizado par Evelyn Eox-Keller ~ 1 ~ 8 5 ) , Reflections on Gender and Science, sobre relalYao das. q ~ e s t o e s femmlstas sciences studies, recente trabalho de Landa Schlebmger (1995), Natures Body: Gender in the Making ofModem Science.
50 Ver
51
Todo interesse do trabalho de Donna Haraway vem de que ela reagrupou os dois projeto do feminismo da ecologia politica, mo sob forma simplista de Carolyn Merchant (1980), The Deat of Nature. Women, Ecolog and the ScientificRevolution; Carolyn Merchant( 1992), Radical Ecology. The Searc for LivableWorld, mas tomando, nos dais casas, como ponto central de sua in suas incertezas. Ver, em particular, Donna v e s t i g a ~ o , questao da cirocia J. Haraway (1989), Primate Vtsions. Gender, Race and Nature in the World of Modern Science; Donna]. Haraway (1991), Simians, Cyborgs, and Women: The Reinvention ofNature. Para uma apaixonant i l u s t r a ~ o dos debate conjuntos sobre feminismo os "sciences studies" saciobiologia, ver as temas reuni dos porShirley Strum Linda Fedigan (2000), Primate Enwunter5.
91
Por que
Capitulo
mos, teria merecido numerosas paginas), c o n v e r g e
em
dire<;fto
destaf6rmula: qual coletivo se pode convocar, no momento em qu nao se tem mais dua camaras, da quais somente uma avoca seu
carilter politico? Que nova C o n s t i t u i ~ a o pode substituira antiga Quanto questao: "E necessari uma politic que esteja voltada par
humano
ou
que leve em considera00 tambe
natu
reza?", sabemosj no momento, ,que se tratava, entao, de uma
ternativ va pois
natureza
al-
humano sempre viveram; pelo
menos na versao ocidentalda vid publica so a m e a ~ a um do outro Sabemos, tambem qu ex st hoje pela primeir uma alternativa confiave
esta politic bifocal, poi
tao im
provave assimilar trabalho das ciencia Ciencia'como redu zi politica uma c o m p o s i ~ a o progressiva de um mund co politic do poder do interesses Contrariament
empurrar mas com
menos efeito os defensore da antiga C o n s t i t u i ~ a o ,
menos
perfeita
mente possivel fala da realidad exterior se confundi-la ao mesm tempo, co su u n i f i c a ~ a o pre!Jlatura por um poder qu nao ous leva este nom qu desfil aindasob cobert menos menos protetor da policia epistemol6gica Pode-se, portanto, no presente pela primeira vei, l e v a n ~ a r os parenteses
esta forma particula de filosofi politic para imaginar-lhe um
n6
nova d
Ii
ecologia polftica
i s t i n ~ a o ,
niJO
qual
p as s m ai s e nt r
saberia conservar
natureza?
ecologia politic no dirige nao s oc ie da de , e nt r
e co lo gi a
politica ma entre dua o p e r a ~ 6 e s que aprenderemos qualifi car, no capitulo 3. Uma respeita m u l t i p l i c a ~ a o da entidades outra su c o m p o s i ~ a o , suaacumula00. Dito de outraforma podemos ve agor mais claramente os nao-humanos na sa totalmente objetos
o n s t r u ~ 6 e s so nao-humano mais polemica da natureza dando uma /irao politica dos sujeitos. Uma vez liberados dest polemica, desta b i f u r c a ~ a o da natureza," os nao-humanos va recobrar todo um outro aspecto. Todo os "grandes problemas" canonico da epistemolo
ciais:
tambem nao inteiramente c
objeto* era
gia nao aparecera mais, para
futuro senao c o m o simples de-
de arte marciais Qu d i f e r e n ~ a entr arvore nao-human qu tomba sozinh na floresta arvore objeto que tomb na floresta paraquebra c a b e ~ a do idealist que en m o n s t r a ~ 6 e s
frenta
realista"em urn pub em frente ao King's
podemos dize do primeiro Qu ele mais nada menos. segund que ve
ollege Que
dade responder em uma
polemica ur conf/ito de poderes sobr os direitos respectivos da natureza da politica S6 objeto se encontra comprometi do no conflito de lealdade entre novo Papa e"o nov Impera-
sucessor faland abertament de epistemologi politica*, so
c o n d i ~ a o
de conjugar as
\iencia
que?ta do coletivo nao mais prisao do social Como todo os resultados qu no e s f o r ~ a r e m o s
ob
ter, este nao tem senao aparenci da extravagancia. S6 bana lidade torna dificil. Mais exatamente,estamo tao pouco habi tuados na dramatizar questa da natureza na azer uma gigantomaquia, que nao chegamos reconhecer quaD simple acesso uma multiplicidad aind nao colecionada. Segundo
52 Reutilizo aqui aexpressao muit bel de Whitehead sobre bifurcayao da natureza: ''Aquil contra q u e u me levanto essendalmente bifurcayao da natureza em dois sistema de realidade que, ate onde ele sao reais, sao reais ern sentidos diferentes. Dentre esta realidades, estao as entidades tais como os eletrons, eStlldados pela fisica especulativa. Esta seria realidade que se oferece. ao conhecimento, embora de acordo com esta teoria ist nunea seja conheado. Porque que conheddo outra espede de realidade, que resulta do concurso do espirito. Assim, haveri dua naturezas, da qualuma seria conjectura outra sonho (p 54) (WHITEHEAD, 1998 [1920]). Whitehead, entretanto mantem predosamente n ~ a o de natureza sena por rawes de filosofia politica, qu nao interessa, eu prefiro nao conservar.
Por que
Capitulo
d or . N ad a do nao-humano.
nao-humanos merece
mais do que preencher indefinidamente
bern
papel bastante indig
no, assa vulgar de objeto, na grande cena da natureza.
gravi
ecologia polltica nao saberia conser1'ar
humano nao teria mai que obedece outro aspeeto e, em lugar de existire der exibir
qu transforma
saberiam faze questao de liberdade.
merece infinitamente mais do que servirde
po eles mesmos vao po
longa cadeia de nao-humanos, sem os quais ele nao
Quanto as disciplinas cientificas um vezt ornad as visiveis
indiscutivel
o b j e ~ a o
isto Um ve liberados
d es t v er da de ir a g u er r f r a , o s humanos vao tomar t od o u r
dade, po e"emplo, est sublim gravidade, est rama adminivel E ur op a e todos os corpos pesado desde 1650
natureza?
ao construtivismo social, que pretende jogar-se sem sofrimento
presentes ativas;agitadas, cessando de ser
da proverbial janela do decimo quinto andar, porque acreditaria
der desprender' este formidave potencia de pluriverso, que elas
cree
seus adversario
tornaremos adultos
no relativismo! Quando no
cessaremos de nos me er medo co
estas
hist6rias do Grande Guignol? Quando poderemos enfim laici ia
OS
arrasavam constantemente com
o b r i g a ~ o
rapidamente possivel, objetos"00 :
p . a t u r e z a ' ~
ti
trw;:6es
Ao libera os rao-humanos da polemica da natureza, nao
c ie da d p el a r az a
e i x ~ - l o s
inqualificaveis, como javel de "coisas em tamente
si".
eles mesmos inacessiveis o eu p as se m 5e
p o s i ~ a o
em particular dest bloqueio, ao qual
assembleias humanas. assim como
i n a t ~ c a v e i s ,
bern pouco inve
precis libera-los deve ser comple
sejava condena-Ios privando-os d e t o d
que,
nao tiveram jamais ate aqui, ocasHio de desenvolver, pois que as
nao-humanos, cessando de objetiva-los?
pretendemos d
social nao
r e l a ~ a o
kantismo de possivel co
as
m ai s compostode sujeitos,
'natureza nao esta composta de objetos. Um vez ecologi politica, distinguimos os objetos dos nao
humanos, vamos poder,igualmente g r a ~ a s
el
d is ti ng u i o s
s o c i a i s ' ~
epistemologi
de retornar
de produzi
escapando
da ~ o c i o l o g i a ,
mais depressa reformar
f u n ~ a o
litica), multiplicar os recintos as arenas,
esM
associam
o s n ao - hu m an o s t o do s n o va me nt e l ib er ta do s morta, viv
Tudo rest das Cavernas
pesquisa viva
as ciencias
fazer, mas pelo menos n6s safmo da idade
palavr public nao vive mais so
manente de um
s a l v a ~ a
l l m e a ~
ga figura da raziio, nao abandonamos, entretanto, ne
dade, que aprisionasse sua liberdade para reduzir-se enfim aos objetos da natureza." Mas imposta esta escolha aos sujeitos
de exterior, nem as ciencias, nem mesm
feitas pela ma
p e ~ m i t e m
definir
do homem.
tiga o p o s i ~ a o do sabio
per
vinda do alto, que poderia abreviar os
Queria que ele se arrancasse da natureza para exerce sua liber
53 Ea est escolha patetica que nos quer traze Ferry aqueles que polemizam contra ele. Ver, ao inverso, as pesquisas tao importantes para mim de Charis Cussins (1995), "Les Cycles de la conception: les techniques de normalisa-
da
os f6runs, se
processos que
sujeito* era
50-
de epistemologia (po
as i n s t i t u i ~ 6 e s ,
asexperiencias as provas, os laborat6rios pelos quai C i e n ~ i a
"cons-
ecologiapoliticapermite as disci
plinas cientificas, libertadas de sua
os humanos
mais
OOs
i nd is cu ti ve l A b ri nd o e st a m o rt a t en a
humano pres na polbnica da natureza resistindo corajosamente objetivariio pela Ciencia.
humanos dos sujeitos:
va po
a m e a ~ a d o r a s
mundo comum, po leis nao
surpresa Ao abafldonar est anti realida
futuro da razao.
do politico, de 56crate
an-
de Cilicles da
tion dan un centre de traitement de la stbilitt, sabre as subjetividades do hospital, de Emili Gomart (1999), Surprised by Methadone, sobre as exp l o r a ~ o e s dos ditos sujeitos com as drogas.
Capitulo
raza
Por que
da f o r ~ a , toma lugar, doravante
outra o p o s i ~ a o , de
outr form mais fecunda, entre, de ur lado
sempitern di
puta dos epistem6lcigos oposta ao sofistas, e, de outro, aquela do coletivo.A antiga C
o n s t i t u i ~ a o ,
inventad para manter cativos
os prisioneiro da Caverna, teve lange temp para destacar seus efeitos que nos e litica para as
s f o r ~ a r n o s
a s s o c i a ~ 5 e s
aind em imaginar uma filoscifia po
de humano
de nao-humanos. Como
«alogia paUtica niW saberia conservara natureza?
causalidade; c) mas que se torna, entaD, reza (nao-social) (natureza social
dir-se-a por exemplo, qu da estrit
d e t e r m i n a ~ a o
e v o l u ~ a o
arrancou
humanidad
da natureza (nao-social) ou bern pode
se pensar estil distin¢o como pertencendo ordem da sociedade
dir-se-a, desde ai, que se trata
procuraram, sob
human de uma
d i s t i n ~ a o
uma categoriza<;llo pelo espirito
artificial de uma conven¢o, qu na
existe na coisas ma qu tern no curs da hist6ria, jogado um
bern,e desta vez, formalmente.
duas camaras, qu
natu
Ainda ai podemos c o n c e b ~ - l " de duas maneira diferentes: ou bern esta d i s t i n ~ a o pertence, ela mesma ordem da natureza
veremo nos capitulo seguintes posta que os Ocidentais sempre manto da natureza, inventar urn coletivo
distinlYao entr
pape considemvel na
d e l i r n i t a ~ a
do humano Est! segund dis
tin¢o nao permite, evidentemente estabiliza
s i t u a ~ a o , posta que sociedade, ela mesma,assim qu distingue humane dana
ANEXO
tureza pertenc sempre
instabilidad da no<;ao de natureza Todo mund concord sobr este ponto: nad de meno esMvel to
n o ~ a o
de natureza Esta instabilidade vern do pon
partida Segund
naturalismo
dentre outras pr6prias
form de identifica¢o
Ocidentais
[1
],
Constructing Natures: Symbolic Ecology and Social Practice) -, palavra naturez designa t te do mund submissa
r ~ s
natureza
lizante do termo. De onde vern
elementos diferentes: a) uma par soment ao reino
no primeiro sentido globa
esquema da pagina seguinte.
Esta primeira d e l i m i t a ~ a o permite parece-nos, cartogra fa de maneirasatisfat6riaalgumas da forma ocidentais de ins Itabilidade: pode-se, com efeito classifica-las, conforme leve ur do dois p610s,
sua
d i s t i n ~ a o ou
reuniao dos dois
Se considerarmos de inicio as forma de instabilidade que recebe sobre ur dos dqisp610 em alternancia, teremos as se guintes figuras
estrit causalidade
cia necessidade neste sentido, natureza opoe-se ao reino da
Natureza
80
ciedad humana, de sua subjetividade marcada, ao contrario, pelo reino
pela suspensa da estrita causalidade; b) ma
lavra natureza,
tambem
pa
ai que as cGIsas se tornam instaveis, designa
conjunto formado pel reunia da natureza nao social
da natureza social Dito de outra forma, palavra natureza de sign ao mesm tempo uma part human em su
e v o l u ~ a o
na
conjunto, poi
socieda
concebid fora do quadro da
-'-~-== =====-~ - - - - - - ~ Natureza (nao-social)
Figura 1.2
Natureza
,-
(social)
Capitulo
Desenraizamento cada ur pela d
i s t ~ c i a ,
Por que Ii ecologia poUtic nilo saberia conservar
l'
do
se
c a r a c t e r i z a r ~ .
maior possivel, do outro; dir-se-a, po exemplo,
que liberdade humana se define por desenraizar-se das estritas d e t e r m i n a ~ o e s naturals (FERRY, [19921, Le Nouvel Ordre ecolo-
gique [l'arbre, I'animal et l ' ~ o m m e ] ) ; a o inverso, criticar-se-a artificio superfluo da sociedad humana para retornar ao da dosbasico de um naturez qu nao mente jamais porque el ignora as loucuras humanas minac;ao. Se
nao conhece sena
desenraizainent fo
a l c a n ~ a d o ,
estritadeter obter-se-ao as
duas forma eXtremas de mutuo desderri urna natureza que ig nor tud do mundo social urn mundo social que ignora tudo
natureza?
mentos desta
vendetta. Os debates sobr os respectivos
papeis da natureza
do ambiente sao, assim como as inumeni-
veis discussoes sobrea distinc;ao da alm d o e n ~ a s psicossomaticas, etc
do corpo,0 papel da
Espelho segundo esta figura dois d i s t i n ~ a o entr reconhecid como completa ma capacidade de supera-la seja para prender-s
ur do p610
ej para estender su in
fluencia como no dois precedente
post em duvida reen
contramo ai so um forma polemica enfraquecida, as for ma classica do totemismo do animismo: natureza ta qual
da natureza. Reencontraremos esta figura em inumeraveis ceno-
conhecid pel hom em na faz senao refleti as categorias so
oposit;ao en-
iais ninguem saberia, pois passar do outro lado do espelho,
grafias:
diferenya. entre "cientifico
tfe ('campo"
"litenirio";
que nao devolv sena a'image
"cidade", etc.
do social simplesment trans
formada em coisas inversamente, as Conquista:
iI)stabilidade da
p o l a r i z a ~ a o
dade sera marcada aqui, dest vez, por urn
e s f o r ~ o
natureza/socie parainvadir
qu
t r a n s f o r m a ~ o e s
liber
dade humana receb pelas conquistas da liberdadenao faze
se
nao devolver imagem das estritas necessidades naturais.A dis
outro p610, levando-lhe as vantagens tiradas do primeiro trata
tinc;a natureza/sociedade nao se pode separar; urn espelhoocu
naturalizarao, antes do mais consistiraem estender tanto quanto possive lista das entidades causalmente determinadas, as qualidades primeiras* (eletrons f6tons particulas ondascerebrais,genes etc), para reduzir nada os funtasmas da i1us6ria liberdad hurnana, limitada as quilida des segundas*; inversarnente, socializarao 'consistira em tentar demarcar,o mais possivel, uma naturez insignificant selvagem
pa
se ai de formas bern conhecidas
pela disciplinahumana, pel liberdade criadora do homem. No doi casos, grandeza se marcara pel disrnnciaa que se chegara ao se estender
influencia de urn p610 sobr
terri
lugardo abismo
tureza;
!pente e
natureza nao ve na sociedadesenao na
sociedade nao ve na natureza senao sociedade 50s t e t i z a ~ a o (no sentido de Kant permite experimentar
as r e l a ~ o e s em espelho. Ver, po exemplo,0 marcante'exemplo de Tromm (1996), La Production politique du paysage. Dialetica t i n ~ a o
soluc;ao dialetica nao poe em discussa
natureza/sociedade, necessidade/liberdade, ma
cenade outra forma: assi ja presente
humano
que se cheg
dis
poe em
natureza, encontramds
se trabalho livr
criador; quando so
t6rio do outro Esta figura se caracteriza po se aspect mili
chega ao humano, encontramos sempre
tante, por se espirito mento de v i n g a n ~ a c o
necessidades Devem-se distingui dua forma de dialeticas
conquist qu
combate, pelo senti
se acolhera cad urn dos movi-
primeir,
da t
r a d i ~ a o
natureza
suas estritas
francesa, de Leroi-Gourhan, Moscovi-
Capftulc
Por que
ei, Dagognet habitamo em uma natureza humanizad he. mi lhares de anos presa desde sempre esta do
nossas categoria intelectuais socializada sobr
a ~ a o
materia e, ela mesma
uma natureza humana qu tern orig
biol6gica imensamente longa
qUe define
sobr uma
n a t u r a l i ~ < ; l I O
gera
vind de Hege
por
sobr
Recapitulando:
natureza do homem
modelo do fabricante, el sobr uma con-
tradirao entre objetividade subjetividade
acrescenta urn mo
tor hist6ric quenao se encontra na outra.Em lugarda
Natureza
/ - - - ~ ~ Natureza (nao-social)
'b-
R e l a ~ a o . r e l a ~ 6 e s
de
f o r ~ a :
entre natureza
g l o ~ a l i z a ~ a o
II(
..
de
f o r ~ a ,
s o c j a l i z a ~ o
espelho
poderio humano se tornou tect6nico, quer dizer, capa de
rivallzar, sena com
cosmos pel menos com as
f o r ~ a s
locais
da terra: esta sa toda as metaforas, tao presentes entre Mos covici Serres Naess, Merchant (MERCHANT, [1980]
The
Death of Nature, Women, Ecology and the licientific Revolution), da viol"neia feita it natureza, reduzida quia; humano, por se crescimento demografico tecnico, rivalizi-s com natureza se torna perigos para ela, porque
sempr geneticament mais frac de
r e l a ~ a o
entusiasmo de
nas dialeticas (suave
100
ate aqui ele havi sido
mais fragil qu el Esta for
totalment contradit6ri it Precedente porque
torna impossivel com
e n t a ~ ,
OU
duras): el
f a b r i c a ~ a o ,
sempre presente
incompativel, igualmente,
tem do desenraizamento, como com aquele cia invasao;
da naturez
invasao n a t u r a l i z a ~ o
que ultimamente se inverteram, desd que, no curs do seenlo 20,
(social)
desenraizamento do social
mais recente, esta versao considera as r e l a ~ 6 e s
Natureza
*"
e v o l u ~ a o ,
(ver mai adiante).
humanidade como
---"""
",.sr
ao mesmo temp darwinianae bergsoniana da primeira, temos na segund uma form de
constn'ar natureza?
madrasta torna-se uma elha ma fragil qu t ~ r r a a ~ o t i v a sera preclSO dorqvante proteger..
resulta
do demiurgo.A versao mais dura,
Marx repousa, quant
nil.o saberia
uma hist6ria
como Homo faber. Pode-s chama-la de suave, porque repousa em particular do engenheir
ecolagia poUtica
c: Figura 1.3
dialetica ....
....:..-...
Capftulo
Par que
Todas esta formas mantenLa distinc;a natureza/socieda de
sobretudo
diaJetica, que fa desta diferenc;", elevada con
tradic;ao,
motor da hist6ria Ma
tambem
conjunto,
ou
palavra natureza design
mais exatamente
preende ao mesmo tempo
reuniao, qu com
natureza (nao-social)
sociedad
humana. Em lugar de insistir nas diferenc;as, pode-se, entretan
to, p a rt i r d a reuniao para definir estrategia de globalizac;ao nao precedentes, porque na
tota1idad da natureza Est
mai estave do que
existe qualquer ponto
forma
partida asse
gurada para efetuaresta manobra de envolvimento. Reencontra mos na globalizac;ao
mesma polaridade natureza/sociedade,
mais obscura ainda, um vezque vamos poder globaliza
par
tir de toda as posic;6e possiveis, que vao da natureza naturalis
ta
sociedade, passando po Deus. Dai
interesse de prolongar
est pequen cartografia urn pouco mais longe. Pode-s reco nhecer parece-me, tres pontos de partid diferente para globa lizar natureza
sociedade no mesmo conjunto.
Pode-se, de inicio, partir dos ingrediente da natureza, tais quai nos sa oferecidos p o u m visao calmamente redu
ecologia polttica nita saberi conservar
natureza?
processus, ciencia ainda por inventar segund ..
maremos, desd logo qu na se part m a <;:iencia
((cartesiana",
necessidade; afircienci
ed ti
totalidade unic mesmo
capaz de abarcar complexidad dos viventes est metaciencia, i nc lu i
t ot al id ad e n a
p od e se considerada plenameut
precedente, porque depende, segundo um
como
mais ou menos grahde, de um sobrenatureza: nado, denegado
sua aparic;a so
proporc;ao
divino abando
forma de ur
todo gene
roso energetico) abundante, que nao saberia reduzir-s
unica
causalidade fria das Ciencias classicas. Tudo esta na natureza, esta
um
sobrenatureza, impregnada de divindade
vindade todavia, nao
pensad como t a s e
do monismo, essencial
esta forma de globalizac;ao.
di
q ua l s ai re mo s
Mas esta formas de globalizac;a conhecem gradac;6es indefinidas,
que torna difici distingui-Ia de modo f a t i a d ~ .
Enfim, terceira maneira consiste em globaliza pria hist6ria humana, incluindo n u m t od o
partir da
natureza nao-so
cial, na noc;ao de construc;ao humana, ou de hist6ria humana.
cionista do mundo; nao se trata, como na manobra de naturali
Nao se trat mais como na versao militante da social zaerao de
zaerao, de militariza
comb'ater
questao, mas, muito mais de afirma
multiplicidade dos niveis'de determinac;a desde
atomo ate
Pode-s considera toda
sistema social Por est figura poderemos ademais nos dar ao luxo de criticar
reducionismo, afirmando que
se tudo esM na
natureza domestica-la disciplina-la, mas de inclui
la na aventura do espirito.
turphilosophie,
mesmo um
as
formas de idealismo de
natureza nem tudo esta por isto determinado pel mesmo nf
social Como fazend part dest figur
ve de causalidade. Na
ditac;6es sobre
se
visa, como nas formas precedentes,
humilhar
adversario
integra-I
reconhecer nel urn nivel de determinac;a pr6pria.
(0
espirito,
humano,
liberdade) mas
logia,
E m l ug a d e partir de urn inventario fixo de ingredientes naturais para compo definir um
102
conjunto, pode-se tambem, o p ta r p o r
metaciencia, ciencia da complexidade, cienci dos
ou
Se
um
principio antr6pico,
mesmo
grau de um
Na-
grande parte do construtivismo de globalizac;ao. As me
ecologi social
ecoteo
realismo cdtieo permitem passar por de
outra forma de globalizac;ao.
espirito construtor
mistura de humano
inventiv
se
descobre como
de divino pode-s obter um multi
da de matizes, da sobrenatureza
construc;a social Segundo
Capitulo
Par que
ecologia politica nile saberia conSeTVar
critica se esgotan\, deixando urn residuo fundamental que esca pa toda hist6ria as estruturas elementares da materia, por
f')Iatureza
Natureza (social)
Natureza ( n a o ~ s o c i a l )
exemplo, ou insistencia bruta da coisas em si; g l o b a l i z a ~ a o sobrenaturaldeixar bruscament ur residuo que nao pod asf or m u m g e o m e t r i z a ~ a o indevida ri da natureza (por exemplo, em Bergson) ma ponto centra des tes e s f o r ~ o s de g l o b a l i z a ~ o esta outro p610, mas envolve-Io.
G l o b a l i z a ~ o
partir;:le
te,
G l o b a l i z a ~ o
humana
pape fecund
retornar
duir,
reduzi
ao
final, sobre
Sua
posis;a inicial, para recomes;a
perigo que haveri ai ao confundir
coletivo*
com
uma
ou outra da eSlrategia de g l o b a l i z a ~ a o que passaremos em re vista. coletivo da cosmopolitica* nao totalidade na qual naturez nao-social
partir da hist6ria de suas categorias
p o l a r i z a ~ 6 e s ,
natureza humana se encontrariam, en
fim, reconciliadas recombinadas, subsumidas. coletivo se de finira ao lange dest obr com aquilo que recusa reunir natu reza sociedade.
Figura 1.4
ou na
na vi
no mesmo instante Nada meno estabelecida do que ideia de natureza. Tudo muda, desd qu se rejeit inteiramente n o ~ a o de natureza instabilidade que el cria Assinalemos,para con
partir G l o b a l i z a ~ o de um sobrenatureza conhecida por um'a metaciencia
r e c o n h e ~ a
qu
Esta cartografi nao esgota, evidentemente, as formas de instabilidade, mas, este pont importante, pode-s passar inopinadamente, hao importa de qual destas p o s i ~ 6 e s it seguin
uma natureza naturalfstica
se
natureza?
pode-se
passar por degraus, pela vers6e dialeticas. Nenhuma destas formas,de dadeiramente global todas pode
g l o b a l i z a ~ a o
segura
ver
reconhece urn residua que
nao saberiamos incluir, oscilando, pois brutalmente entr uma
ou outra
g l o b a l i z a ~ a o
vindade
104
ou
da divis6es da seri precedente; por exemplo,
naturalistic reconhecen\, talvez ur sopro de di de liberdade, que nao saberia excluir; c o n s t r u ~ a o
105
Capitulo
COLETIVO
COMO
Do long capitulo qu preced aprendedlO qu as ter
mas natureza
sociedade
DaD
designavam as sere do mundo,
as cantoes da realidade, ma uma form multo particular deor g a n i z a ~ a o publica. de se qu ne tudo seja politico ma politica ocupa-se de formar urn todo, desd que se aceit rede fini-I como conjunto de tarefas qu permitem c o m p o s i ~ a o progressiva de urn mundo comum* Ora, esta tarefas, na ha vi senao politica (n sentido profissional do termo) par conduzi-Ias born termo ha muit tempo, em nossos paises do Oddente, as sabios haviamtomad
urn
lugar preponderante
st poder real qu tinham par direit natural. Esta pa lavra evangelica "Todo rein dividido contra si mesmo pereceni" (Mt 12, 24), filosofi politica jamais entendeu verdadeira g r a ~ a s
mente, ja qu continuou como se nada se ocupasse sena do mund da politicahumana deixando toes conspirare
alhures, em segredo,
maior parte da ques do processo em
um assembleia de objeto inumanos qu deddiam, pela ope r a ~ o e s
misteriosas de que se. compoe ela formamos.
naturez
aquele tip
de unidade qu co
107
Como reunir coletiw
Capitula
Ao dividir
niveis
antiga
C o
vid politiea em duas dlmara incomensu n s t i t u i ~ a o resultou apenas na paralisia, ja
qu na obteve, com
natureza senao uma unidade prematu
sa.' Como temo freqiientement observado, tud como
se passa
ecologia politica reencontrasse na res publica, na
se
cois publiea
antiqiilssima etimologia que liga desd
ra e, com as culturas, nada "lem de uma dispersa se fi antiga C o n s t i t u i ~ a o , portanto, teve como resultado formar no fina da contas duas assembleias igualmente ilicitas primei ra reunid so os auspieio da Ciencia, era ilegal uma vez que definia mundo comum fora de todo processo publico; segund era_ilegltima de n a s c e n ~ a , pois faltava-lh realidad das coisas relegada outra c f t m ~ r a , devendo contentar-se com as " r e l a ~ 5 e s de f o r ~ a " , co multiplicidade de pontos de vista irreconciliaveis co unie habilidad maquiaveiica Um possul realidade, as na politica outra politiea
nio, nos fe esquecer urn -poueo que uma coisa* emerg ante
unica "constru<;ao social". Amba possuiam de reserv urn ata
te do humanos, vinham varrer do exterior fora do processo
Ih fulminante parap6r fi discussao: raziip indiscutlvel, indiscutivel f < ; > r ~ a , Rightand Might, Knowledg and Power. Cada uma da camaras a m e a ~ a v outra de e x t e r m i n a ~ a o . Apenas terceiro termo sofreu com est longa guerra fria Terceiro Estado, coletivo para sempre privado de uma competenciapo litiea cientifica qu nem os atalho da f o r ~ a , nem os da razao; encurtariam As l i ~ 5
os
e s '
canais.
do capitulo 1, todavia, na sa nada mais do
que negativas: se compreendemo bern qu natureza na podia servi de modelo politiea nao sabemo ainda faze melhor que natureza... esta agora, questao de outra ma neir ai qu reciso abordar: como redigi um C o n s t i t u i ~ a o qu permit obter formalment mundo co mum? Mas, a,ntes disso, qu termo utilizarpara descrever qu va substituir reino dividido contra si mesmo? termo Republica*. Esta palavr venenivel conve admiravelmente se aceitamos faze ressoa mais forte palavra res, palavr coi
sa
lingua da Europa
au
rora do tempos, em todas
Palavr assembleia judiciaria. Ding imperio da C tudo como ti
o n s t i t u i ~ a
assunt no ei
Thing,
palavr coi res
reus.'
modernista, agora em decll de uma
assemblei que con
d u u m a discussao exigindo um julgamento levado em comum.
Nao se trata de rn antropomorfismo qu no levara ao pas sado pre-moderno
qual esta claro, na
exotismo do moderno
ma do fi
mais do qu
mo decadente aquele pel quaI os objetos, indiferente t r a b ~ l h o
rn
de ur antropomorfis sor
das assembIeias Ao contrario, esta famosa "indife
ren<;a do cosmo as paix6es humanas" oferece, apesar da apa
rencias,
mai estranho dos antropomorfismos uma ve qu
pretende darforma ao humanos fazendo-os cala pelo pode dado esta Republica nome de "Tribunal das coisas", ao final da sobre os Modernos. Tive depois sorte, gralYas urn contrato do Mmlsteno do Ambiente, de poder estudar os "tribunais locais da agua': as CL encarregada pela lei sobre agua de representa parcela de rio ver Latour (1995) tese em curso de Jean·Pierre Le Bourhis. h a ~ i a
m v e s ~ g ~ l Y a o .
Nota a l g u ~ a s vezes Michel Serres (1987), Statues, que fez argumento essenclal de se livro, p. 110. Ver apaixonante estudo de Yan Tho mas (19.80!, "Res, chose et patrimoine" (Nota sobre relat6rio sujeito-obje to em direlto romano), sobre origemjudicial da res: "Quand ela aparece (a res) nesta funlYao, nao com assento onde se exerce dominio unilate ral de urn sujeito ... ]. Se res objeto, ela acim de tudo urn debate ou uma disputa, objeto comur que opoe reUne dois protagonistas no interio de urna mesma relalYao" (p. 417). mais lange: "Sua objetividade, esta assegurada por este acordo comum, do qual conttoversi debate judicial sao ponto de partida (p. 418).
109
Como reunir I) coletiVI)
Capitulo
indiscutive! da objetividade desprovid de toda paixao Rap
toes poHtieas,o ser
t ar am -s e n ao -h um an o p ar a p ed ra s c o quais se lapidaria demos reunido.-Servindo-se da objetivida
sao afirma-se que se tern sempre reconhecido
qu se
nhece ainda
hist6ria du
comb
dever-serP
virtude
esta ausencia de eonfu
uma filosofia.
r ~ c o
de para abrevia os processos politicos ousou-se confundir as
rante esse periodo, plena de ruidos
a ta lh o q u c i ~ n c i a s co v i o isso em n om e d a a i a l m or a
carregou de faze tudo ao contrario, de misturar so todas
virtudes! Com
l ~ n c i a
t ud o a u t o r i z a v ~ .,. m a m el in dr os a
'naturez queria-s passa
forya, isto f, com
formas possiveis, as natureza mente,
partir
alguns d
e c ~ n i o s ,
furores, felizmente se en
as politicas, impond
final
necessidad de uma epis
razao. Sim, uma verdadeira impostura inte!ectual felizment
temologia politica* explicita, no lugar em nom daantiga po
tornada se efeito unic inova,ao
lici epistemol6gica.
urn sueessor
ar
nosSO projeto consiste em buscar
este "reino dividido
c o n ~ r a
si mesmo"
apoiando-nos recursos dess Terceiro Estaqo que apenas ur preconceit fazi confundir co amontoado de escravos acorrentados na Cavern prisioneiros do social Agor que irrup,ao da natureza na
progressiv do mund comum eapazes de eonvoea
ai paralisa composi,ao necessario qu no tornemos
eoletivo* enearregad doravante
como
se nom indica de "coletar multiplicidad associa,oe humanos nao-humanos, se recorrer it brutal segrega,ao entre as qualidade primarias as qualidades secundarias que permitia
at aqui exerce em segred f u ~ , o e s privilegia
das. Esta eompetencia
vive oculta so
do
Tereeiro existe
em
verdade mas el
forma de ur duplo problema de representa
,ao* que antiga Constitui,ao obrigava tratarseparadamen
Um image nos permitiri ilustra passagem de ur rei no dividido it Republica da coisas filosofi sempreltirou born partid do caso Galileu: reunidos em uma sala ur conclave de principes de bispos discute para saber como conduzir mundo erer suas ovelhas para
c eu ; e m o u
aposento, isolad na outra extremidade do palacio, em se gabi •nete transformado em laborat6rio, Galile decifra as leis que con duzem mundo fazem ir ao ceu. Entre esses doi aposentos ne nhuma cobertur ja qu em ur tratamos de cren,a multiplas no outro, da realidade unica. De urn lado multipli cidade da qualidade secundarias, que m
a n t ~ m
todo os huma
nos na ilusao do outro urn homem na verdade, sozinh com
natureza definindo as qualidade primarias, invisiveis todos os outros. Eis realmente
coletivo bifoca da: antiga Constitui,ao.
o ut on o 1997, em Kyoto, havi apenas ur unic conclave para receber os grande dess mundo os principes 10-
epistemologi desejosa-d sabe qu condi,ao pode ter uma representa,ao exata da realidad exterior filosofia poli
bistas chefe de Estado, industriais, cientistas pesquisadore de
tica buscando so qu condi,ao ur mandatario pode repre
todas as disciplinas, para decidir ,"m comum como ia planeta
te:
sentar fielmente seus seme!hantes. Ningue pode reconhece os tra,os comun desta dua questoes ja que se faz su dis tin,ao radical
pr6pri sina da mais alta virtud moral: so bretud "nao confundamos" as questoes de naturez as ques-
na celebre oposirrao entre Boyle Shapin (1993) que est duplo problema rej)resenta¢o tomou para mim su forma mai lucida, mas forma agora programa comum de uma grande part da epistemologia politica.
111
Capitula
Com reunir coletivo
como nos deviamos comportar todos doravante em rela"ao
para conservara qualidad de nossocen.' Ora; tonao
col6quio dO Kyo-
contenteu em unir as duas antigasassembIeias,
em
el
dos po
terceira camara,mais ampla mais
,imoderado da nos:ao de naturez acarretav aos nossos prede ceSSores: abreviando, gra'ras
ela, tanto as ciencia quanto
po
litica, ele s i m p l i f i ~ a r a m todos os obstaculos c o m q u e po en
canto. Mas n6s,
em natureza nao mais encant ou fascina,
vasta, mais organica mai sintetica, mais holistica, mai comple
reencontramo-nos, a p6 s
xa Nao, politico
precedente, em desespero, quer dizer, prontos para agir Desd
cientistas industriais
militante encontra
marcha de aproximas:ao do capitulo
ram-50 nos banco da mesma assembl&, sem mai pode nem ao
qu os leitores, como os hebreu no deserto na se me'tam
menos contar com as antiga vantagens de uma sauda"a vinda
tir
do exterior pel
C i ~ n c i a ,
lastimar-se dando \Ie ombros: "Que
ne
nos importam essa disputas De qualque maneir ber se
n6s,
demos
Terl'l giranl
qu quer que digamos!"Passamosde duas cfuna
r a p a r u r s6 coletivo. t r a n s c e n d ~ n c i a
DIFICULDADES PARA CONVOCAR
COLETIVO
politic deve retoma seu curs sem
da natureza:
este
Como faremo para convoca
fen6meno hist6rico que nos
bases? Na
obriga"a de compreender.' fim da natureza nao
fim de nossas dificuldades, Ao
contrario, ao descobrir os precipicios nos quai nos arriscamos c ai r a cada passo, vamos compreender as vantagens que
uso
Michel Series havia comentado por a n t e c i p a ~ o eol6quio de Kyoto, quan· doescreveu soberbamente prop6sito de Galileu: ''A cimcia conquistou to· dos os direitos, ai ja vio t r ~ s seculos, invocando·se Terra, que respondeu se movendo Entao, profeta se toma r ~ i . nossa volta, fazem<)S apelo uma instancia ausente, quando exclamamos como Gallieu, mas diante do tribunal de seus sueessores ~ t i g o s profetas que se tornaram reis: Terra se move! Move·se Terra imemorial, fixa, de nossas c o n d i ~ o e s ou f u n d a ~ o e s vitais, Terra fundamental treme:' (SERRES, 1990, p. 136).
nova hist6ria das c i ~ n c i a s se apercebe retrospectivamente que sempre foi assim, inclusive Galileu (BIAGIOLI, 1993, Galileo OJurtier. The Practice of Science in th Cultur of Absolutism), de- Boyle (SHAPIN; SCHAFFER, 1993), de Newton (SCHAFFER, 1997, Forgers and Author in the Baroque Economy"), de Kelvi (SMITH; WISE, 1989, Energy and Empire. Biogra· phical Study of Lord Kelvin), os quais nunea se sentaram verdadeiramente parte, pois estabeleciam divisao da qual estes hiStoriadores tra'f3m minu· ciosamente genealogia. N6s nunea fomos modernos, mesmo em C i ~ n · cia, sobretudo ern Cit!ncia.
112
sen
perd da acr dos:ur das cebola do Egito...
coletivo segundoas nova
faltam pensadores da ecologia para denominar seus
votos com "transcendtncia'" de uma o p o s i ~ o desastrosa entre "0 home seu meio ambiente". Por qu nao simplesmente con ceber
convocas:a como
reuniao de coisas
meira vista, reunindo-s os dois termos
pessoas?
conjunt
pri
seu com
plemento, obter-se-ia muito rapidamente essa unidade procura
da,
encontrar-se'-ia, conseqiientemente, sao
se reino unificado, ao qual segregas:ao racial
impor como
d is p o a ss i
politica, das coisas
das pes
da sociedade Seriasuficient unir asduas as
sembleias para regular mu
ecologia politic definir-se-ia entao
conjuns:ao da ecologia ed
soas, da natureza
salvo dentro des
divisa em duas camara nao viria
problemade composi"ao d o m u n d co
d e um excelente Constitui"ao. Infelizmen
te nao se obtem "0" coletivo, apesar das aparencias por uma sim ples soma da natureza Se
nir "0
sociedade. Esta
primeira dificuldade.
fosse suficiente para resolve as crises ecol6gicas, reu
omem
sencadeara
natureza':
crise constitucional qu elas de
ji teri passado ha muito t em p o O ra , e l a pe na s
Capitulo
Como reunir
esta por comel'ar Se as crises se manifestam pel desapareci mento da natureza la se manifesta mais claramente aind pelo desapareciment
do meio tradicionais de convocar as
duas assembleia da natureza
da sociedade Reuni-Ias conjun
tament seria cometer urn crime,ao
nhecimento, contra por que:
mora
mesmo
contra
tempo'contra
co-
politica. Sabemo agora
natureza permitia submete
assemblei humana it
ameaya permanente de uJlla salval'a pel Cienci que paralisa s e avanc;o; inversamente,
meter
inferno
do
social permitia sub
assembleia da natureza it ameaya permanente de uma
po1uil'a pela violencia. E, portanto evidente qu nao se pode riam simplesmente reunir se dmaras constituidas para
50
outr form de processo duas
paralisare
mutuamente: convem
ante redefinir po completo seu procedimento de convocayao. Na existe ainda, por enquanto, na filosofi politica, na concep I'a o que as ciencias humanas formam acerca do mundo social na definil'ao que psicologiatern dos sujeitos,que yermita subs tituir
natureza. E, portanto, inutil espera que urn "contrato
natural" venh repara
limite do antigo contrato so ial,
como se pudessem simplesmente reunir numa totalidade os su jeito os objeto constituidos ao longo do ano para conduzir mais impiedosa da guerra frias.' Qualque qu seja
tempo
Por urna vez, policia. epistemo16gica esta de acordo com epistemologia base do que chamamos Guerra das politica, mas por raz6es opostas: c i ~ n c i a s .
Serres, entreta.nto, fo mai longe no questionamento da o p o s i ~ o g r a ~ s ao seu uso origina do direito: "'A c i ~ n c i a desempenha entao, desdeseu estabelecimelito, papel de direito natural. Esta expressao consagrada recuper urna de urna necessidade. ci€!ncia rec o n t r a d i ~ ( ) profunda, de urn arbitrio cupera exa.tamente nos mesmos lugares. fisica direito natural: el desempenha e ~ t e pape desde sua aurora." (SERRES 1990, p. 44). Mas, por desprezo da politica mais ainda. das cimcias sociais, ela. guardou intact aunicidade da natureza, qual concedeu, ao contrario, urn novo contrato.
114
qu dure essa digestao
roletivo
anaconda cia politica nao poderia en
golir? elefante da natureza. Ur corpo produzido paraser estra nho
ao corpo socia nao se socializar jamais
cessario modifica inteiramente sucos, da papadas da panl'as.
ou
enmo se faz ne-
quimic do alimentos-e do que faz, segundo nossa opi
niao, ecologia politica deve el ainda tira diss as lil'oes. tental'a da globalizal'a parece tanto mais irresistivel quanta as crise ecol6gicas se traduze mais frequentement pelo desaparecirnento do rnundo humano de todo exterior, de tod reServ pela al'a humana,de tod dia, at aqui segund
descarga em qu Se po
delicioso eufemism inventad pelos
economistas, externalizar* as al'0es Observamos mais de uma preocupal'ao co ambiente comel'a no vez esteparadoxo moment emque ja na
mais nenhum ambiente essa ZOna cia
realidade na qual se poderia, despreocupa<;lamente, desembara I'ar-se cias conseqiiencias da vida politica, industrial economi ca do IlUmanos." naove
importilncia hist6rica das crises ecol6gica
se mais
do
que
uma
nova preocupac;a Com
natu
rez mas, ao contrario, da impossibilidade de imaginar por mai long tempo uma politica ur lado uma natureza do outro que lheserviria ao mesmo tempo, de padrao de cinzeI de reser-
va de font
de descarga publica. Bruscamente, filosofi poli
tica se encontr face face co obrigal'ao internalizar* ambiente que ela, ate aqui, considerava COmo urn outro mundo, tao distinto quanto ante
Galile
fisica subluna do Antigos poderia se-Io,
su fisi
lest
Como
perceb que nao possu mais nem r e s ~ r v a mundo
politica humana nem descarga tod
ve claramente nao mais qu seja necessario enfim
Acharnos este argumento ja em Jonas (1990) no famoso "a guerra de todoscontr tudo de Serres (1990, p. 33). Ver tarnbem Latour (1991).
Como reunir
Capitula
ocupar-se seriamente da natureza como tal, mas, ao contrario,
se pode deixar
que na
reuniao dos nao-humanos,cativos sob
os auspicios apenas da natureza como tal. Em.algumas dezenas de anos
assembleia de humanos encontra-seobrigadaa voltar
sua divisa
inicial,
reclama novament
qu
d ev id o
duro labor necessario
coletivo
c o m p o s i ~ o
progressiva
publica da
unidade futur ser mai visivel. Pelo termo coletivo, no singular, entendemos, conseqiien temente, nao
s o l u ~ a o
do p ro b le m
d o numero de coletivo
(que trataremos somente no capitulo 5), mas tao-somente e m m ov im en t
d e um problema de c o m p o s i ~ a o
pela outra assembleia, reunida secretamente durante seculos
l o c a ~ a o
cujo trabalho politic era,ate aqui, feit asescondidas. Cada um
gressiva d o m u nd o comum, que
quer reler, em nome d e q u e artigo, de qual C o n s t i t u i ~ a o , oshu
antiga
mano
natureza, prematuramente unificada, ja havi resolvido
os nao-humano deve
sentar-se separadamente, uns
g u ar da do s p el a p ol it ic a d o p od er , o s outros pela policia episte mol6gica.
este texto
mantem como algo q u e n a o p o d ser
descoberto, entaD passa-se
redamar, em alto born
SOID,
uma
maneira de mudar nossa f or m a d e vida publica, redigindo um C o n s t i t u i ~ a o melhor adaptada
as novas p
empregamos palavr coletivo* no singular, nao
Se
mos, pois, para sinalizar ut6pica
feza, bern
faze
mesmo genero de unidade que aquela
suposta pel expressao de natureza, um
r e o c u p a ~ 6 e s .
..
r e c o n c i h a ~ a o
do
ainda menos para designa
ome
natureza. "A" na tu
co
sabemos, nunea foi estavel, mas sempre pronta
virde parelha
irremediavel explosao do mundo social
no. Ora, no termo coletivq, justamente um todo que desejamos sublinhar.
trazera mem6ria
que
s e r v i ~ o
ser-
hurna
trabalho de coletar em
palavr tem
vantage
de
de esgotos designa po rede de
C o n s t i t u i ~ a o
blema de um
o pro
divisao em duas cftmara da
nao permitia sequer iniciar, um
vez que pro
vez po todas. Nao sabemos, em a,bsoluto, se exis
te urn linico coletivo, tres, varias, sessenta cinc ou uma irifinidade. Usamos essa palavra apenas para assinalar um filosofi politi ca na qual nao ha mai doi elementosque atraem um que uriaa uniditde so
forma da natureza,
outro que guardari
pliciditd sob
forma dits sociedades.
coletivo significa tudo,
nao doi separados. No que interessa ao coletivo voltamos ca zer quanta
multi esta
questa de sabe com recrutar um assembleia,
80m nos preocuparmos mai ~ o m . o s antigo titulos que determi navam uns tqrnar assento nos wos da natureza, os outro sobre
os bancos da socieditde. No presente capitulo,iremos tentar defini
equipamento dos "
c i d . a d a o s ' ~
tomar assento em um
se assim
o ~ s a m o s
dizer, chamados
assemblei unica, enquanto tinham sem
previvido at aqui par tece
metafora dentro de uma socieda
pequenos, medio·s ·grandes "coletares", que permitem e v a c u ~ as
d e d e O rd en s
aguas utilizada assi
duas Cfu:naras,estamos convencidos,tera os mesmos efeitos para
um
como absorve as chuvas que cae
sobr
grand cidade Est metafora da cloaca maxima nos perfei
tamente conveniente assi
comotoda
aparelhagem de a d u ~ a o ,
de dimensionamento, de e s t a ~ o de d e p u r a ~ o p e ~ a o damos
tUneis necessarios
de orificiosde ins
sua m a n u t e n ~ a o . Quanto mais asso
materialidades, institui<;oes, tecnicas, conhecimentos, p
cedimentos lentid6es
r ~
p a l ~ v r a do coletivo, melhor ser seuuso:
or Nobreza Clero
futura Republic quanta za
TerceiI:o
dia em que
Estado reunir essa
Terceir Estado, Nobre
Clero se recusaram sentar-sea partee vota po Ordem. Se os
exemplos revolucionarios tem se charme os trans
tornos constitucionais do passado nao se referiam, contudo, se nao aos humanos Ora, os sobressaltos contra-revolucionarios
da atualidade concernem tambem aos nao-humanos Qua e,
Capltuw2
portanto,
equivalente, para as
nao-humanos, do voto po
Como reunir
a s s o c i a ~ 5 e s
c a b e ~ a
de humanos
de
inventado pelo nossoS an
cestrais) ja que estes se recusararn vis5es do Antigo Regime*?
tomar assent segundo as di esta segund dificuldad qu de
coletivo
obtido, est mundo comum, d ep oi s q u e a n ov a C nh
sido redigida, na
o n s t i t u i ~ a o
te
antes. Ei que estamos, portanto, postos
me-
per\lIlt urn problem classico de bootstrapping: p ar a q u
tafisica experimental*, que desejamos com nossos votos, pudes da natureza so ou it arbitrage
vemos resolver par aprende convoca coletivo. D ev em o p ro ss eg ui r a t a z v ot a o s n ao -h um an os ?
se substituir-s ao arbitri
Bast evocar esse genero de dificuldades para que urn espectro
"SMIG metafisico': que nos permitini tornar possive! convoca
horrivel se
f a ~ a
present ao nossos olhos:
o b r i g a ~ a o
metafisica, quer dizer, de definir, po nossavez, qua do pluriversoe de quai propriedades deve
mobili
disporos membros
tudose passa como se nos foss necessari definir um
tafisica comum aos humano rejeitarno
d i s t i n ~ a
punha justamente um
entre natureza/sociedade porque el im metafisic particular, for de todlYpro
cedimento publico, um metafisica da natureza*, para escolher um
expressao voluntariamente paradoxal So,' c om o t an to s
pensadores da ecologia nos convidam clui da metafisic tradicional para
faze-Io, devemo-nosex
a b r a ~ a r
um
outra, menos
dualista) mais generosa) mais ·calorosa; nao chegaremos jamais redigi essa nova C
o n s t i t u i ~ a o ,
tendo as metafisicas
pria metafisica para aceitar
deplorave
leitor para abandonar Sua pr6-
nossa ou ados pensadores da eco
logia, tao profunda quanta superficial? Por que deveria privar-se da s6lida fixa¢o que th da
me
aos nao-humanos, uma vez que
definir antes um especie de minimo vital, de
do coletivo. Que razao teri
de faze
desta Republica. Caimos; entao, diant de um difici contradi ~ a o :
mos obrigados
F el iz me nt e n a
"metafisica da fisica?".
t em o m ai s
uma metafisica contra
d is p
n ~ c e s s i d a d
outra, em c o n t i n u a ~ a o it interminavel
querela sobre os fundamento do universo Parareabrira discu; sa public sobr darias sobr
reparti¢o das qualidadesprimarias
secun
do mundo COm urn, da res
publica,
c o m p o s i ~ a o
basta siml'lesment passar de um versao guerreira sa civi da vid publica.
"por sua vez", sobre as coisas que significa"assentar"
significa "coisas"?
umaver-
ecologia politicanao mais se assenta
sobre as pessoas. Co
que signific "por u a
efeito, ue
que significa "pessoas"? Todas essas pe postas em fun
caracteristica de debochar das interminaveis disputas... Quere
quenas palavras nos chegam prontas parasere
mos mesmo reabri ur debate public ha muito proibido, ma
cionarnento treinadas equipadas, prontas para subir it frente
nao podemos esperar que isso dependa de urn acordo previo so
dasbatalhas passadas,que nao sa mai asnossa batalhas.A
bre mobili do plurivers tia
aquil qu
poder real que repar
qualidades primarias que todos partilhamos,
qualida
de secundarias, que nos dividem, tinha justamente por fim obter, co
pouco e s f o r ~ o
se
discussao. Queremos que este seja
Esta pergunta ja colocada por Christopher D. Stone (1985), "Should Trees Have Standing? Revisited: How Far Will Law and M o r a l s ' ~
de faze-las servir aos nossos prop6sitos)
necessario "converte-
las'; como se di na industria belica quando se t r at a d e passa ur setor inteir da
p r o d u ~ a o
militar ao regime civil.
Iremos
os ra como os humano os nao-humanos) co c o n d i ~ a o d e n a m ai s e st ar e em s i t u a ~ a o de guerra ci vil, podempermutar suaspropriedades, lim de compo em co mu
materia-prima do coletivo Enquanto
o p o s i ~ a
sujei-
Como reuni
Capftulo
t % b j e t o Jinha po estrategia proibir toda permut de proprie
d ad es ,
d up l humano/nao-humano torna essa troca, nao so
mente desejavel, como neceSsaria. :Ii ela quem vai permitir
preencher
coletivo de seres dotados de vontade, de liberdade,
de palavra de existenci reais. :Ii que explicara po que
destino comum de tai sere
ecologia politica nao poderia desenvol
ver-se justapondo simplesmente um
ecologia
Np luga de um cienci dos objetos
de um politica de sujei
um
politica.
tos, deveriamos dispor, no fim do capitulo, de um ecologia po litica dos coletivo de humanos de nao-humanos. Menos.dificil que precedente e, sobretudo, que guinte este capitulo exig soment q u e n a se ponham
se
de competencias entre humanos ad
tradit6rios, que se f a ~ a m t u i ~ a o ,
representar, dentro da antiga Consti
os objetos militarizados: mudos, eles tinha
toda
capa
cidade de fala po si s6s;amorais, eles ditavam, todavia, aOS hu manos,
mais importante das moralidades, aquela que os f o r ~ a
humilhar-s ante
evidencia indiscutivel dos fatos; exteriore
toda empresa humana des se misturavam, contudo, se no dificuldade, pela r e p r e s e n t a ~ o dos laborat6rios
trias,
me
dasindus
vida cotidiana; inanimados, eles formavam todavia,
animaerao, para nao dizer
comparar s em pr e s u
leitor tenh
s im pl ic id ad e
monstruoso que tinhamos adquirido
habito de c ob ri r u r
se lembrem que deixamos os soldados
suas casernas
falamos apenas da vida civi dos humanos
que
dos nao-humanos.
PRIME IRA DMSAo:.SABER DUVIDAR DE SEDS PORTA-VOZES
p ro v
rece ainda surpreendente, que seja comparada ao papeis con
nao-humanos, d o q ua i n o
iremos livrar, parecerem surpreendentes, que bo
Vist quea
demasiadamente rapido.as curiosas permutas de propriedades da quais desejamos nos livrar. Se nossa reconversa pacifica pa
coletivo
mais
c o m p o s i ~ o
d o m u nd o comurn, se el nilo
dada de improviso, deverd se
for
objeto de uma discussilo,
unieo meio de reconhecer no coletivo 'uma materia-prima que poss interessa
vid publica,
de defini-lo como um
sembJeia de sere capazes de falar. Tradicionaimente, politiea exigia da discussao que elatomass
lugar cia vioJencia:
esta deveraagora poder substituir, ao mesmo tempo,
indiscutivel. Por que
as
filosofia silencio
nome vago "discussao", tornado do fra
casso das assembleias humanas, serviria para redefinir ecologia politica*, que diz respeitojustamente pertencem
sere q u e n a o falam, que
natureza da coisas mudas?
politica fala
pala
alma, de todos os nosso corpos; in
visiveis, os scibios na os perdia
j a m ~ i s
pois quelhe faltavam
osvalores elesformava
palavr
sencia m e sm a d a realidade ao definir
de vista; nao essenciais es
mundo comum; indife
rentes as nossas paix6es, eles faziam, contudo, toda nos conflitos que os humanos levavam tuidos de toda vontade, era, todavia, sua
d i f e r e n ~ a
seus prop6sitos; destj sub-repticia que
fazi agirem os pobres farrapos humanos... Se os cruzamentos
10 Esta i n o v a ~ a o para mim decisiva do Contrato natural do quaivamos ex trair aqu,i todos os efeitos: "Em que idioma falam as coisas do mundo para
que nos possamos entender com elas, por contrato? Mas, afinal de contas, velho contrato sodal ficava nit dito nito escrito: ninguem jamais leu original nem mesmo uma c6pia. Certamente ignoramos linguage do mundo, ou nito conhecemos dela senao diversas versoes animistas re1igio sas ou matematicas Quando foi inventada fisica, os fil6sofos for;un dizen do que natureza se escondia sob c6digo dos nUmeros ou dasletrasda al gebra: este termo-c6digo vinh do direito Na realidade, Terra-nos fala em
Cerno reunir coletivo
Capitulo
vreia, ma na
natureza
contos de fada Ora
na se nos antigo mitos fcibulas
deslocarmos nossa
a t e n ~ a o
para mostrar
que os nao-humanos eles tanibem, sa incluidos nos numerO
sos embararos de [ala', isto nos perrnitiria modificar ja
indiscutivel pelo discutivel
tituir
ciencia,a da objetiva
de unir duas
n o ~ 6 e s
de
da controversia: quanto mais realidades,
mais disputas no mais, nao poderiamos renovar
sentido
ecologia politicasem
da palavra discussao, para faze-la passar da t r a d i ~ a o politica
nos beneficiar da re!a<;iio da sociologia das ciencias.A irrup<;ao de
aquilo que sevai tornar
controversia eruditas sobre
futura tradi<;ao ecol6gica, tudo concer
nente it palavra, aO logos,
lugar que !hefoi sempre reconhecido
mas que
em filosofia politica. primeiro embara<;o de fala manifesta-se pel multipli
ca<;ao das controversias:
fim da natureza, que
das certezas cientificas concernentes
l6gica observamo freqiientemente, abr t r p er it os , um
tambem
fim
natureza. Cada crise eco
q ua l impede muitas veze
um
controversia en
estabe!ecimento de
frente comum de fatos in'dubitiiveis sobre
qual os politi
distin<;ii entre
exterior das disciplina
quisadore discutem no pr6prio interior dos laborat6rios." Ob servarno ja que
significado da palavr discussao se modifica
desde que evocamos os cientistas. Nao 50 pod mais opor real mente,
mundo cientifico dos fato indiscutiveis ao mundo poli
tico da eterna discussao. Hci sempre mais aren
quais
desta situa<;a bern conhecida, que concerne tao bern
entre pesquisadores
discus
interior
cientificas desaparecem urn pouco. Hoje como antigamente, pes
cos viriam concordar, em conseqtiencia, suas decis6es. Diante ll
cen public nao prov que tenha
mos passado de fatos estabelecido para fic<;6es 50m fundamento,
comuns na
discussao se alirnenta, ao mesmo tempo, de contrbversia da disputa das assembJeias. Os sabios dis
sao do aquecimento global, quanto ao pape da minhocas ama-
cute
zonenses, ao desaparecimento dos batraquios ou a o t em a do
tam seus debate ao dos politicos Seesta adi<;ao aparecesse rara-
sangue contaminado, duas atitudes sa
possiveis: espera que
urn suplemento de ciencias venha por fi
as incertezas; au, con
siderar
incertez como
l6gica
sanitarias."A segunda atitude tern vantagem de subs-
terrno de
f o r ~ a s ,
l i g a ~ e s
ingrediente inevitave das crises eco
i n t e r a ~ e e s ,
deixis (CASSIN, 1995) estudos de laborat6rio, de uma parte estu dos sobre ret6rica cientifica, de outra, que se deve recente enfraqueci mento da dist:1ncia entre esta dua formas de constru'Y8-0 do mundo. Ver alguns belos exemplos em Peter Dear (1991), The Literary Structure of Scientific Arguments; Licoppe (1996); Claude Rosental (1996), L'Emergence d'un theoreme logique. Une approche sociologique des pratiques cQntemporaitrabalho de F r a n ~ o i s e Bastide, infelizm'ent inter ne de demonstration. rompido muito cedo,parece-me sempre muito fecundo.
isto basta para fazer urn contrato."
d i s t i n ~ a o das qualidades primeiras segundas exigia, evidenternente, que as controversias·entre cientistas nao fossem visiveis Como fazer, hoje, para consolida-Ias, se naoha. acordo entre os cientistas sobre fundo comum,
sobre
aparelharnento do mundo?
12 Esta aqui todo
interesse do livro de Lascoumes (1994), de haver levado rnedida dos problemas postos a d m i n i s t r a ~ a o do Estado em face das dis cord:1ncias dos peritos. yer tambem exemplo muit bonito de Sheila Ja sanof (1992), "Science, Politics, and the Renegotiation of Expertise at EPA
jun-
13 EsquecendQ. de estudar os inurneniveis foros de discussaes dos investigado res, tradi'Y8-ovinda da Caverna havia separado d e m o n s t r a ~ a o da ret6ri ca,. estes dois regimes de palavra que Barbara Cassin chama apodeixis ep.i-
SERRES 1990, p, 69), 11
entre iii prop6sito das coisasque elesIl}andamfalar
14
que Michel Callon Arie Rip (1991), "Forums hybrides negociation des normes s6cio-techniques dans le dornaine de l'environment", chama justamente de "f6runs-hfbridos': Ver tambem Pierr LascoUmes, Michel Callon Yannick Barthe (1997), Information, consultation, expbimentation: les activites et les formes d'organisation au sein des forums hybrides.
123
Como reunir
Capitulo
mente indicava que era feit laborat6rio,
ainda se faz
em outro lugar, no
porta fechadas antes que os pesquisadore inter
viessem no que respeita 'uma s6 vo
peritos, no debate publico, lendo de
texto unanim de urna resolw;:ao sobre
estado da
arte. Existem,portanto, no interior da ciencia, certos procedimen tos que suspendem, distinguem que repartem
resumem
curso da discussao
percurso em camara distintas Seria, portanto,
falso opor aqueles-qu nao discutem pois que demonstram
sabios acordo
e, o s q u g r ~ c ; : a s
d is cu te m s e
um
n u nc a p od er e
demonstrac;:ao definitiva
Ond encontraremo
os
c ol oc ar -s e d e
os politicos.
contrapartid que nos permitira
apoia provisoriamenteesta capacidade de fala intermediariaentre "eu falo" tr
"os fatos falam", entre
arte da persuasao
ao ante de dar su localizac;:ao definitiva na futura
Constituic;:ao nos capitulo
41 Existe em politica urn termo
ber apropriado quand se que designar toda mediarios, entre alguem que fala entr
da de-
duvida
gama do inter
ur outr quefa
seu lugar,
incerteza: porta-voi'. Aquel que fula e m n om e
d o o ut ro s n a
e m s e n om e Se afirmassemos
queos outros fula
atrave dele se
contrario,
outra form de processo da
damos prova de urnagrand ingenuidade,ingenuidad que certo mitos epistemol6gicos manifestam, mas que as tradic;:oes politicas proibem. Par descreve os estados intermediarios, utilizam-se mellior as noc;:oes de traduc;:ao, de traic;:ao, de falsificac;:ao, de inven c;:ao, de sintese, de transposic;:ao Enfim, pela noc;:ao de porta-voz,
designa-se nao
transparenci desta palavra, mas gama inteira
indoda duvida completa (0 porta-voz fula em se pr6pri nom nao. em nome de seus mandantes
confi,anc;:a total: quando el
fula, sao seus mandante que fula po sua boca Reconhec;:amos que n ~ c ; : a o de porta-voz se presta
defi
nic;:ao do trabalho dos cientistas. Seria necessari que um pode-
coletivo
roso p r e c e ~ e n t e tornass incomensuravei laborat6rio as assembJeias, para que, nbs privassemosde um termo tao apropria do os cientista saoos porta-vozes dos nao-humanos como se faz c o
t od o o s p o r t a - v o z ~ s , deve-se duvida proju:damente,
masnilo definitivamente, de.sua capacidade de fala em nome de seus mandantes,
violencia das controversia cientificas varr
um gamatao grandede posic;:oes, quanto
violenciadas assem
bJeias politicas elavai da acusac;:ao de traic;:ao ("nao jetivo que
f a l ~ ,
fato ob
mas voce sua subjetividade") ao reconhecimen
to da maior fidelidade:
que voce diz
respeito dos fato eles
diriam tambem se apenas pudessem falar, e, alias, eles fulam, l e f al am ,
j us ta me nt e grac;:as
u e n a fula em seu
pr6prio nome, mas e m n om e deles .. ." Grac;:as
vo
noc;:ao de porta
u r a g ru p am e nt o j a p od e comec;:ar que nao dividiria mais
d e a nt em ao , o s t ip o d e r ep re se nt an te s e nt r o s q u d em on s tram
que sa
c oi sa s
o s q u a fi rm a
q u q ue re m o s h u
manos Na assemblei unic de Kyoto, pode-se exigir no mini mo, que cadaurna daspartes integrantesconsiderea outra como urn porta."voz, sem decidir se representa os humanos as paisa-
gens, os "lobbies" da industria quimica
plancton dos mare do
Sul, as floresta da Indonesia, economia dos Estado Unidos as
organiza'r0es nao-governamentais, ou as administra'roes... "discussao", termo-chave da filosofi politica
que se
quis tomar injustamente como um noc;:ao ber formada, dispo nivel, de qualque forma em catalogo acha-s agora profunda ment modificada fala nao
mais um propriedade.exciusiva
mente humana em todo caso, os h u ~ a n o s nao sao mais os uni co mestres." Uma da maneiras mai simple de definir cri-
15 Mostrarei mais adiante, no capitulo 4, como poderemos fazer usa do enor
me trabalh de lurgen Habermas (1990), Moral Consciousness andCommu-
Cap!tulo
ecol6gicas
Como reunir
reconhece que elas provem, mai freqiiente
mente, da inscri<;ii pela ciencias,
da coloca<;iio em palavras,
em frases, em grafias, pela disciplinas,
sao as unicas capaze
alertar-nos sobre os problemas mas que as mesmas ciencias nao bastam para garantir-nos as
s o l u ~ o e s .
Ninguem podeni ficar
livre das violencia das assembleias, transpondo os muros auste ro dos laborat6rios. Se olhe os jornai profunda m u d a n ~ a
vera po tod
long de suspender
parte, sinais dest
discussao pelos fatos,
cada noticia cientlfica joga mai lenha na fogueira das paixoe publicas." Alguns ainda acredita
que log verao
dia e m q u
todos nos tornaremos tao s:ibio que voltaremos ao doc passa do da natureza muda,
veis
pondo fim, po
dos perito faland de fato indiscuti se saber,
nos faz viver... Para n6s,
p e r a n ~ a
toda discussao politica
es
regime da palavracorrespon
de ao pesadelo modernista, em que quisemos mergulhar
publica,
vida
cuja ecologia politica pode finalmente fazer emergir.
nicative Action; Jurgen Habermas (1996), Betwekn and Norms. Contributions to Discourse Theory of Law and Democracy, sobre as condi¢es trans cendentais da c o m u n i c a ~ a o . Para esta fase porem, tarefa de Habermas nos parece contraproducente, porque the seri necessari fazer experimentar, como na moral kantiana, uma d i s t o r ~ a o muito forte para aplica.-Ia aos nao humanos, que ele deseja justamente manter distancia. Se conseguissemos separar ainda mai profundamente c o m u n i c a ~ a o humana da razao ins trumental, que meta de sua filosofia, mo conseguiriamos senao distan ciar aind mais as duas assemb1eias dar ainda mais pode primeira da razao quetorn muda segunda a do s humanos! Estranha taref esta que vis fazer calar aqueles dos quais se deseja que fale mais livrerriente. 16
126
Hoje em dia, discute-s junto, ante de decidir." Utilizando po sitivamente
livro sobre sangue contaminado (HERMITTE, 1996) mostra magnifi camente tuOO que convem mudar na c o n c e p ~ a o da pericia da responsa bilidade;'desde quenao se possa mais 1evantar hip6tesede que c o n h ~ c i ment poe fim as controversias. esmo acontece co excelente-ques tao da "vaca 10uca", co certeza bordao que da teoria do perito 10n ga c o n t r o v ~ r s i a sobre m u d a n ~ a climatica Philipe Roqueplo (1993), Climats sow surveillance. Limites et conditions de I'expertis cientifique.
palavra controversia, supriremo nao s6 as certezas
da ciencias mas uma da maisantiga barreiraserigidas entre
assemblei vislve dos humanos, discutindo entre si,
a ss em
bleia cientlfica, que certamente discutia muito, mas em segredo, nao produzia
leitor estive a1nd em duvida, que
revistas
COletiVD
in fine senao fatos indubit:iveis."
Nada resultoudesta primeira l i b e r a ~ a o da palavra: dir-seuma'expe
:i, apesar de tudo, que os pesquisadore que 'monta
riencia nu
laborat6rio, que recolhe
os registros com instru
mentos, que publicam os resultado nas revistas que disputam pauta nos congressos, que resume
rios, que incorpora
as conciusOe nos relat6
as leis aos outros instrumentos outros re
gulamentos, outros ensinamentos, outros habitos, Sao todos humanos
ao elese soment
le quefalam
discutem. Como du
vidar dessa evidencia? Como disputar est dom Unico da palavra do humano?-Nao nos precipitemos em concordar Em materia
de ecologia politic nao se deve faze nada precipitadamente, dissemos muitas vezes; ro quanto c6lera
hom
senso
Pode-s ir bern mais long
quas ta mau conselhei
na redistribui.,a:
entre politicos cientistas, se selevarem ou
dos papeis
serio os sufixo -logias
-grafias, que todas as disciplina cientlficas, seja rija Ou fle
xiveis; rica
ou
pobres, celebres
ou
obscuras, quentes
adotaram em seu empreendimento. Cada disciplin
mr-se
como
ou
frias)
pode defi-
urn meCaIllsmo complexo, para tornar os mundos
17 Voltaremo mais adiante, no capitulo 4, ao novo sentido que sera. necessa rio dar este termo-decisao, que ligaremos n o ~ a o - c h a v e de i n s t i t u i ~ a o * . 18 Coisa estranha, lista de compromisso retomada por Beck mantem intac t a a s capacida4e de palavra da t r a d i ~ a o , sem se aperceber que j a h a muito tempo os, humanos nao sao mais os unicos dotado do uso da fala (BECK, 1997,p. 122)
Capitulo
Como n;unir
capazes de escrever ou de falar, como um alfabetiza,ao gera da entidades mudas. E, portanto, estranh que filosofi politica, tao obcecada pelo logocentrismo, nao tenha vist qu maior part do logos se encontra nos laborat6rios Os nao-humanos lembremos nao sa abjetas menas ainda fatas Eles aparecem primeiro cama entidade navas que faze reunem em tarno delas,
que discute
fala aquele qu se
entre si,
se prap6si
ta. farma segund qua n6s recanhecemas na capitula an terior, realidade exteriar, uma vez livr da abriga,aa, impasta aas abjetas, de fecharem abaca das humanas. Quem fala, com efeita na labarat6ria, atrave do instru menta, gra,as mantagem dos aparelhas na seia da assembleia cientifica? Seguramente naa cientista. Se vace quiser p6r em cientis ridkula urn fata averiguada din' justamente que ele ta que fala sazinha, que sua palavra, seus precanceitos, sua sede de pader, suas idealagias, suas ideias preconcebidas nao
que? Ma
coisa mesma evidentemente,
naa ...
p r 6 p r i ~
coisa,
realidade "Os fatas falam por si mesmas'; eis estribilha mais camum da Cidade cientifica Ma qu que dize fata: falar "por si
es o" Os cientistas na sa ta confusos
ponto de
creremque as particulas os f6sseis as economias, os buracos ne
....
gros causem sozinhos, _
se
~ e m
instrumenta, enfim se
las camplexidad
intermediario, sem investigayao
ur apare/ho de fonafiio uma fabu
uma extrema fragilidade. Se alguem
lauco afirmanda qu as fata fala
pa
taa
si mesmas, ninguem
tampauco din' que as cientista fala sazinhas prop6sit de caisas mudas. Quanda se diz issa, para criticar impiedasamen te enunciada que perde, entaa, tada pretensaa fidelidade que, de abjetiva torna-se subjetivo, de fact torna-se artefact. Diremos portanto, que os cientistas inventara apare/hos de fonafiio que permitem aos niio-humanos participar nas discussoes
128
coletivo
dos humanos quando se tornam perplexos.,a prop6sito da partici pafiio das entidades novas na vid coletiva. 'f6rmula ionga, se
duvida desajeitada, pastosa, ma encontramo-no num
em qu embara, de fala preferivel clareza analitica qu suprimiria num golp deespada as coisasmudas do home falante. Mais vale ter ur boi na lingua quando se fal de sabios, do que sacudir atordoadamente coisas muda
palavra indiscu
tive do perito, sem compree';1de nada desta metamorfose, que pareceria, e mito da
n t a ~ ,
como uma vulgar habilidade de maos. Quando
averna nos obrigava
um miraculosa conversao,
nao se tratava ai sena de uma simple tradu,ao, gra,as
qual as
coisas se tornam, no laborat6rio, por meio indireto dos instrumentos,pertinentes iiquilo que dizemos de/as. Em luga uma dis tin,ao absaluta, imposta pel Ciencia, entre quest6es epistemo 16gica
representay6es sociais encontramos ao contrario nas
ciencias*,a fusao maisintens entre dua formas de falas, at en
tao estranhas.
Antes que
leitor se apavor de se induzid
uma fabu
la em que animais, virus, estrelas, varinhas magicas se poriam
tagarelar COmo princesas, sublinhemo qu mod algum,
na
se trata,
senso co mita episte mum. lo eontrario, bor sens que utiliz mol6gic da natureza "que se imporia po si mesma" el que um
novidade qu venha abalar
fala "de evidencias surpreendentes
19 Seria necessaria pader mostrar aqui
de "fatos impressionantes".
pape1 d ~ s t a s referencias circulantes que estabelecem tantas pontes entre palavras as coisas.A charemos mui tos exempl.os no notave Peter Galison (1997), Image and Logic. Material Culture of Microphysics, enos estudos minuciosos de Karin Knorr-Cetina (1999), Epistemic Cultures. How the Sciences Make Knowledge Ver tambtm, c o ~ o e ~ m p l o .facil detalhado de Bruno Latour (1996b), Petites l e ~ o n s de sactologte des menees, mais adiante, na Ultima seyao, n o ~ a o - c h a v e de ar ticulayao*.
Como reunir
Capitulo
deveri passar por uma evidencia: entre
Par corrigira ecologia poHtica, niio temo de escolher entre, de lado uma teoria rawavel que'suporia natureza muda mem falante e, outro lado uma teoria puxad pelo ~ a b um
que fari dos cientista
coletivo
d i ~ o
ho e l o s ,
aparelho de f o n a ~ o dos niio-humanos.
poHtica
sujeito £alant da tra
t r a d i ~ o
epistemol6gica, ha
terceiro termo,
form ate enta invisf
vel da vida poHtic
cientifica que permit ora transformar as
coisas mudas
Encontramo-nos diante de um mito fa liar qu co oc no mesm folego coisas mudas fato £alantes coisas que £alam por si mesmas peritos indiscutiveis. propomos, muito razoavel
as coisas mudas da
em
"fatos falantes", or torna mudos os sujeitos
£alantes exigindo que se humilhem diante dos fatos. Como 'foi dito na
I n t r o d u ~ i i o ,
niio escolhemos faze ou
mente, tornar compreensivel est c o n t r a d i ~ i i o mitica, restituindo todas as dificuldades que existem num humano par £alar dos
niio faze ecologia poHtica. Recusando faze-Io, aceitaria:lnos
nao-humanos com eles.
palavra,
Dito de outr forma,
novo mit ja existe
50
institui-
ronceitual, que tornaria fecundo, niio existe ainda. esta que precisamos inventar Com todos os mitos modernistas ~ i i O
mais estranha da
r e p a r t i ~ 6 e s :
sujeito £alante poderi trocar
todo instante por uma palavr mais autoritaria, qu
nao apareceria nunca dessa forma ja que permaneceria indiscu
tive
qu ningue
poderi corta-la Defendendo os direitos do
o p o s i ~ i i o
sujeito humane de falar de falar 56, nilo alicer,amos democracia, mas tornamo-la cada dia mais impraticavel. 20 Tudo se escla
por
rece ao inverso, se aceitamos situar
aberrant entr natureza mud atos falantes tinha finalidade tornar indiscutivel palavr dos sabios que pas
av as im por uma quia,
do
"eu falo",
o p e r a ~ i i
misteriosa, pr6xima da ventrilo
fato fala
por si
esmos"
"voces s6
te qu calar" Pode se dito tud que se quiser do mito da Caverna, mas niio se pode associa-l nem raziio, nem j u s t i ~ a , nem simplicidade Niio podemo faze-l mais arcaico, mais magico,
mesmo
pois ninguem,
da reformas do genero edos tempos de ala, se deixas
semos desenvolver-s impede
gam inteira dos e
m b a r a ~ o s
de fala, que
de se pronuncia rapido demais sobr aquele que £ala
com qual autoridade. Niio substituimosa antiga metafisic dos objeto
dos sujeitos por uma visao "mais rica"
do
universo, na
qu el sirva, por outra via, como cena primiti
va ao casament monstruoso da poHciaepistemol6gicacom losofia poHtica, a
t i ~ o
Republic antes da repar
b e n ~ o a d o
nem
pe!a sociologia. l"_1 as coisas ,,,,em
mesmO
os
por SI
fi))
mesmas
humanos, fa!.am por si mesmos,
mas sempre por outra coisa. Niio exigimos dos sujeitos h1!manos que divida direit da fala da qua siio legitimamente orgu lhosos, com as galaxias,
os
neuronios, as celulas, oS virus, as
planta osglaciares. Temo dirigido a t e n ~ o soment para ur fenomeno qu preced da formas de fala, que chamamos de C o n s t i t u i ~ i i O Lembramos aquilo que doravant
20 Eis ai todo problema de Habermas (1996), porque q u e l d i d o h u manos fornecera uma excelente d e f i n i ~ o dos nao-humanos! ''Assim que concebemos as rela<;:oes sociais intencionais como sendo mediadas pel co· munica<;:iio, no sentido aqui proposto, nao temos mais neg6cio com os seres oniscientes, privados de corpos, que existiriam para a le m d o mundo empiric que seriam capazes se assim se pode dizer, de alfoes fora de con texto. Temo muito mais neg6cio com atore acabados, encarnados, que estao socializados em forma devida concreta, situados no tempo da hist6ria espalfo da sociedade, que estao presos as redes de alfoes comunicacio nais" (minha tradUlfiio) (p. 324). Eis a1 exatament em que se tOrlla as coisas liberta do antropomorfismo do objeto! Habermas acreditou que era preciso libertar os hU,manos, esquecendo a qu il o q u o s torna human os: os niio-humanos os grandes perdedores de sua fJ.1osofia moral.
131
Capitulo
qual
homem
Como reunir
as cois coisas as fala falari riam am de poet poetas as nao faze fazemo mo mai
manter de novo novo aberto aberto do que manter
problema d a t o ma ma d a d a pala
vra necessaria it convoca¢o nov dos humanos
manos. manos. Pode Pode-s -s recus recusar ar
n ao ao - hu
perguntar sobre quem fala fala mas nao
pedir ao coleti coletivo vo de se reunir democraticamente.
demo democr crac acia ia na pod se julg julgad ad sena sena poder atrave atravessa ssa livrement livrement
Os humano eram privad privados os dess dess imenso imenso reserv reservat6 at6rio rio de demo demo
nao-humano anos; s; do outro, os cientistas cientistas eram privados da cracia: os nao-hum sorte sorte de atira atirar-s r-s um pouco pouco duram duramen ente, te,
Na
n o podemos c on on t en en ta ta r e m f un un di di r c on on tr tr ov ov er er si si a
Com
ze novas, novas, inaudive inaudiveis is ate
aos niio-human niio-humanos os
aind que se clamor clamor preten pretendes desse se
voz dos niio-humanos. Restrin Restringir gir discus discus sao aos humanos) seus interesses, suas subjetivi subjetividades, dades, seus direi-
cobrir cobrir todo
debate:
tos,pare tos,parecer cera,dentro a,dentro de algu alguns ns anos, anos, tao estranho estranho quanto ter limi tado, durante tao longo longo tempo mulhe mulheres res Utilizar
bre
ment ao h u m ~ o s ,
direito direito de voto aos escrav escravos, os, po
n o ¢ o de disc discus ussa sao, o, limitan limitandodo-se se so
sent sent perceb perceber er que exis existe te
milh6e milh6e de apare apare
que dize dizer, r, de de
d is is cu cu ss ss ao ao , d ep ep oi oi s d e i nc nc llu u ir ir mo mo s o s nao-humanos ao deba debate te
cienciae cienciae politic politica, a, fun de acrescentar it discussao um seriede seriede vo e n t a ~ ,
igualda ldade de em pe de igua
nest nest grar grarld ld reserv reservat6 at6rio rio de fala fala e m b a r a ~ a d a , mocrac mocracia, ia, que forma os humanos. humanos.
na c o n d i ~ a o de
fronteir fronteira, a, agora desmantel desmantelada, ada, entre
coletivo
n o ~ a o
palavr palavr nao
de porta -voz, -voz, vamos bem mais longe, longe, estendemos um
sobre duvida duvida sobre
fideli fidelidad dad da representa¢o. representa¢o.
evidencia que pertenceria como proprieda
de particula particula ao humanos,
q u nao poderi ser oferec oferecida ida se palavra palavra de todos os os da antiga antiga politica, politica, torna torna
nao metafori metaforicame camente, nte, aos nao-humanos. nao-humanos.
,porta-vozes) os da antiga cien cienci cia, a,
se um enigma, uma gamade p o s i ~ 6 e s , indo da duvida duvida maiscom
pleta pleta
chamada chamada de arte artefa fato to ou t r a i ~ a o
subjetividade ou egois
lhag lhagen en suti sutis, s, capa capaze ze de acre acresc scen enta ta voze voze nova nova ao capi capitu tulo lo
mo
privar-se, po preconceito, do descomunal descomunal poder das ciencias ciencias
lidade, lidade, objetividad objetividad OU unidade unidade Nao ternos ternos portanto, portanto, "polit "politiza iza
metade da vid publicaencont publicaencontra-s ra-s nos labora laborat6r t6rios ios
la que se
deve deve procuraprocura-Ia. Ia. Esquec Esquece-I e-Ios os nao traria sena inconve inconvenie nientes ntes pri
do')
it mai tota c o n f i a n ~ a
natureza.
c ha ha m aad d a d e e xa xa ttii da da o ou fide
representayao dos p o r t a - v o z e ~ humanos
manece um enigma t a
p r of of un un d o q u an an t o
per-:
dos laborat6 laborat6rio rios. s.
vava vava-se -se adiscussao politica politica da multiplici multiplicidade dade das voze vozes, s, q u p o
Que urn homem fale em nOme de varios outros) outros) ei urn misterio
dem fazerfazer-se se ouvir e, portanto,modif portanto,modifica ica
quanto. de um homem que tao grande grande quanto.
coletivo; obriga obrigavam vam-se -se os cientis cientistas tas
c o m p o s i ~ a o
futura do
tomaremsabios abios se tomarems
vir com autorid autoridade ade esquec esquecend end sua perple perplexid xidad ade, e, seu savoir-fai abreviar re, seu instrumentos para virem cadavez abreviar fato fato indis indiscu cuti tive veis is
debat pelo
pela pela leis leis de bronze." bronze." De urn lado lado portanto portanto
21 Existe Existe uma li liter teratur atur ainda ainda plet6rica sobr as instrurnent instrurnentos os dentificos dentificos as vadas forma de visualizayao de a r g u m e n t a ~ a que e1es permitem. acu antig9 mon6logo entre m u 1 a ~ a o destes estudos subverteu completamente undo undo representayio por cima do abismo da referhlcia. Este abismo est agor largamente preenchido ninguem ninguem mais tomar como exemplo de enunciado valorde ver enunciado cientific que "gato est sobr eapache)", cuj valorde
132
le de ta maneir maneir que
inter se n nyy a o u n a d o d iitt o g at at o s ob ob r dadedependeria da p rree se dito capacho. redes" em Ian Hacking (1989), Concevoir et algumas " c a b e ~ a s de redes" e x p & i . m e n ~ e r . Themes introductifs La philosophie des sciences sciences ex:perimenta ex:perimenta les; !Mike Lmch SteveW oolgar (1990), Representation in Scientific Practice; Gahson (1997); Carri Jones Peter Galison (1998), Picturing Science ProdUcing Art. A ~ h a r e m o s
capifuIo Io precedente precedente os especial especialist istas as de meu Como para muitos dostemas do capifu escolha: ou bernrefazeras mesmas introdu dominio sao levados seguinte escolha: fazem da pnitica cienti modo modificar imagem que os leitores fazem ~ 6 e s , de modo fica, ou .manter c?mo adquirida esta literatura dedicar-se aos problemas verdadelramente verdadelramente mteressantes mteressantes que se colocam e m u m a multidao de t6picos, desde desde que se modificou modificou teoria da ciencia que, ate entia, as paralisava.
Como reunir reunir coIetivo
Capftulo2,
nao fale mais,mas mais,mas qu osfato atra atrave ve dele dele fale fale
livremen livremente te na agora agora que homem homem pelo pelo meno meno cidadao cidadao mas euli eulino no rn direitode cida cidada dao. o. is bern bern ma que di
por si mesmos.
Aque Aquele le que diz "0 Esta Estado do sou e u ' ~ "a Fran'ra decidiu que", n a
faci de se decifr decifrad ad do que aque aquele le que insc inscre reve ve nu "mais faci
contr contrari ario? o? Quem quervolta
arti
nar
mass mass da Terra ou numero de Advog Advogad ado. o. Neste Neste estllg estllgio io de noss aprendiz aprendizage agem, m, nij:o pretendemos dar
s o l u ~ a o
to desse desse principi principios, os, na long
ao problema problema do portaporta-voz voz ma simple simplesme smente nte su
politi politica ca determin determin claram claramen ente, te, pela pela primeira primeira vez, vez,
problema
mesmo mesmo tempo tempo
epis episte temo molo logi gia, a, nem
laT
demo democr crac acia ia lega legara ramm-no no
rn pro pro
soube soube determhia determhia depo depois. is. Querer Querer impedir impedir f o n a ~ o
par leva leva em cont cont
de mil maneiTas, seri seria, a, ao contr contrar ario, io, abando abandonar nar volt voltar ar
t r a d i ~ a o
se selv selvag agem em de eras eras Barb Barbar ar
vener venerav avel el
aque aquele le que, que,
como definiu definiu Arist6 Arist6tel teles, es, ignora as assembleia assembleia representativa representativa limita ta por prej prejul ulga game ment nto, o, import importan ancia cia medi medida da ou qu limi
mistur mistur do dois dois enco encontr ntraa-se se em
aquele aquele que pretende, pretende, por urn poder indisc indiscutiv utivel, el, abrevia abrevia len to trab trabal alho ho da r e p r e s e n t a ~ a o . Long Long de volta volta atras atras sobre sobre este este
objeta ta que, que, na obsta obstant nt Ii fiicil obje quai quai acaba acabamos mos de no dedi dedica car, r,
conhec conhecime imento nto adqui adquirid ridos, os, preten pretendem demos, os, pelo pelo contra contrario rio cha cha
t o d ~ s
as c o n t o r ~ 6 e s
mar de
mistur misturar ar numa s6 arena arena
controv controversi ersi cientificientifi-
disc discus ussa sa polit politic ica, a, nao podemo podemo senaO desconfia de um
extens extensao ao selv selvag agem em da palavra palavra ate as coisas. Ii sempre, sempre, com efei efei to, humano quem recla reclama ma ruidos ruidosame amente nte Exis Existe te ai uma assi assi metria metria nao soment soment insup insupera eravel vel na pratic pratica, a, ma insup insuper erav avel el no n i ~
luga luga emin eminen ente te do human humanos os "animal polit politic ico" o" que sera o do "animal vid publi publica ca
do
as
sabio sabio que fala. Se eS
desd sempre sempre de fundam fundament ent ve desd
C i v i l i z a ~ a o *
r ~ s o l v e r , po
sempre sempre
direito, se quise quisermo rmo mante conserv conservar ar estaadmiravel estaadmiravel d e f i
que tern cons cons
t r a d i ~ a o
fazemos fatodos todos os nao-huma nao-humanos nos que, que, de qualquer forma, nos jti fazemos
SEGUNDA DMSAo: AS ASSOCIAQOES DE HUMANOS DE NAO-HUMANOS
ca
vener venerav avel el
de novo novo apare aparelho lho de
e x p l o r a ~ a o
outro lugar, lugar, tres veze veze abalado abalado
tamos prontos prontos
Cien Cienci ci
blema blema qu ningue ningue
que urge resolv resolver. er. Precisamente, Precisamente, ele nao perte pertence nce nem poli politic tica, a, ne
Quem que arrui
dadan dadania, ia, liberd liberdad ade, e, pala palavr vr direit direit de cida cidada dao. o. hist6ria hist6ria naO terminou terminou Acon Aconte tece ce qu soment soment os Greg Gregos os tend invent inventad ad ao
falar? Recusando-se Recusando-se c o l a b o r ~ r , filo filo em nome de quem se va; falar? sofi sofi polit politica ica e.a filos filosof ofia ia da cien cienci cias as tinham-nos tinham-nos impedido impedido da ecol ecolog ogia ia
d e f i n i ~ a o ?
tantemente dilatado aquil aquil que chamav chamavamo amo de humano, humano, de ci
blinha blinhar, r, de novo novo qu nao ha dais proble problemas mas urn ao lad da re cienti tifi ficae cae outr ao lado lado da r e p r e s e n t a ~ o politica, - p r e s e n t a ~ a o cien faze fala fala par si mesmos as que ma ur s6: como se have have para faze
menor probabilida probabilidade de de. compree compreende nde tal quest questao ao
est
fundam fundament ento? o? N6 nossituamos nossituamos muit bern bern no alinha alinhamen men
porque porque el faIa faIa
da
fim,
extens extensao ao <4 palav palavra ra ao nao-human nao-humanos os problema problema da
r e p r e s e n t a ~ a o
que tinh torna torna
democr democraci aci impotent impotente, e, assim assim que fora fora inven inventa tada da por caus caus c o n t r a - i n v e n ~ a o
da Cienci Ciencia*. a*.
Perceb Percebemo emos, s, todavia,a todavia,a dificu dificulda ldade: de: ,edistribuindoos em ...
b a r a ~ o s
de fala*, dramatizamos uma pri,meira o p o s i os suje sujeito ito fala falant ntes es bevolv bevolvido ido
~ a o
entida entidades des muda humanos humanos
nao-hu nao-humano manos, s, desmo desmobil biliz izad ados os pode
entre as
vid civi civil, l, abandon abandonar ar
seus seus resto resto deobjetose deobjetose de suje sujeito ito paraparticipa paraparticiparemem remem comum na Repu Republ blic ica. a. Na estam estamos,toda os,todavi via, a, no fi
de noss nossas as dific dificul ulda da
des pois devemos devemos retr retran ansfo sform rmar ar outros outros cara caract cter eres es dest dest indus indus t ri ri a d e u e a , a nt nt e d e d is is po po r d e
da
m ai ai s
ou
menos
135
Como reunir
Capftulo2 Capftulo2
aprese apresenta ntavei veis. s. Mai do que sere rio torna torna-Io -Io capa capaze ze de agir agir
dotado da palavr palavra, a, enecessa enecessa de'se de'se reag reagrup rupar ar em a s s o c i a ~ 6 e s ;
resta restara ra par s e ~ i l o seguint seguint encontrar-lhe encontrar-lhe urn corpo. corpo. Para Para compreen compreender der naturezades naturezadeste te sere sere cole coleta tar, r, deve deve mo-nos d e s e m b a r a ~ a r completame completamente nte da o p o s i ~ i l o eI)tre eI)tre doisti pos de assemb assemblei leia. a. :Ii ecol ecolog ogia ia
Unic Unic mero mero de definir definir
trabalbo trabalbo comum
polit politic ica. a. Ele nilo nilo impede, impede, objetar-s objetar-se-a, e-a, que restem restem
ainda "cois "coisas as
"pesso "pessoas" as" e, que utili utilize zemo mo ainda ainda as expressoes humanos nilo-hur nilo-hurnan nanos: os: mesmo se desloca deslocamos mos a t e n ~ i l o para os apar aparel elho ho de
f o n a ~ i l o
que lhes lhes silo comu comuns ns mesmo mesmo se para para
convo convocaca-Ios Ios fundimo os procedimen procedimentos tos dos quais quais uns' uns' prove do laborat6ri laborat6rio, o, outros da assemb assemblei leias as represe representa ntativa tivas, s, nilo nilo res ta seni senilo lo nosso nosso olhar olhar com numa partid partid de teni tenis, s, qu se volta ora para os objet objetos os ora para os suje sujeito itos. s. Nilo Nilo ha, portanto, portanto, aind materia materia comum as ci nCia nCia polit politic ica. a. Que cada cada urn se ocupe vaca esta estari rilo lo bern bern guar guarda dada da conta contanto nto qu as vaca
part da su part
nilo nilo sejam sejam loll lollca cas. s... .. Nilo Nilo cheg chegare aremo mo nunca cre que sera sera pre ciso ciso fundir fundir esse esse dois dois termos termos para conside considerar rar um mistura mistura ape ape na urn horriv horrivel el melting melting pot, ur monstro monstro aind aind mais mais e ~ t r a n h o qu pala palavr vr dos nilo nilo-h -hum uman anos os enfo enfoca cada da na s e ~ i l o anterior. Qual e, portanto portanto
materiacomum materiacomum sobre sobre qua se sustentam,ao sustentam,ao
mesmo tempo t r doci is edo imag imagem em da partid partid de teni teni nilo nilo rna. rna. Long Long de reme reme ter
esfe esfera ra isola isolada das, s, qu seria seria nece necessa ssario rio reatar reatar por um cons
ciencia superior, ou "ultrapassar" po urn movimento dlaleti dlaletico, co, as n o ~ 6 e s
de obje objeto to de suje sujeit it tern tern po Unica Unica finalidade finalidade reme
te
b ol ol a a o outro campo campo mantendo-a mantendo-a constan constanteme temente nte em es tado de a1er a1erta ta Nad podemos podemos dize dize quanto ao sujeit sujeitos os qu nilo nilo constituam um
maneir maneir de humilha humilha
quanto quanto ao objet objetos os que nilo nilo seja seja Se
obje objeto to nad
dize dize
causade causade vergonh vergonh ao suje sujeito ito
ecologi ecologi politica politica partisse partisse dessa dessa n o ~ 6 e s , pereceria pereceria log pela
roletivo
polem!ca polem!ca que carregari carregari em seu inte interi riol ol". ". Se ela pretendesse "u1trapassar trapassar sua contradiy contradiyao" ao" p o r u m a fusao fusao miraculo miraculosa, sa, morreria ainda mais mais depres depressa, sa, envenena envenenada da por Ulna Ulna violenc violencia ia contraria sua fisio fisiolo logi gia. a. Par dizer dizer de outra form forma, a, suje sujeit itos os os obje obje to nilo nilo perten pertencem cem ao pluriv pluriver erso, so, do qual qual conv conviri iri refa refaze ze tafi tafisi sica ca "suje "sujeito ito e"objeto e"objeto silo silo os nomes nomes dados dados semb semble leia ia repre represen senta tativ tivas as reunir reunirem, em, no mesm recint recint
fi
me
forma forma de as
de nilo nilo poderem poderem nunc mai se proced procedere ere
junta ao mesmo mesmo ju
ramento do jog da pela pela Nilo Nilo somos somos n6 qu mergul mergulham hamos os es sas n o ~ 6 e s na diseussil diseussil politica. Elas Elas ja esti estilo lo ai desd desd sempre sempre Foram Foram criada criada para que caus causas asse sein in horror u m o ut ut ra ra . A u ni ni -
22 Eu toda discussa discussa sobr abandon da disti distinr; nr;ao ao entre a p e r c e b ~ obJe obJetoe toe sUJelto sempre sempre u,m desast desastre re porquea maioria maioria dosleitores,to dosleitores,to cados cados pel filoso filosofi fi alema alema acreditamque acreditamque tarefa tarefa ja foi realizada realizada por Hegel seu descen descenden dentes tes grar grarra ra ao movimento movimento dadialetic dadialetica. a. Ora,a diale dialetic tica,lon a,lon gede r e ~ o l v e problema, toma insol6vel, uma ve queela faz da pr6pria contradir;ao motor da hist6ria,vale diur, do cosmo. cosmo. Isto torna apresen apresen tar, tar, aopr6prio mundo, os artefa artefatos tos do pensamentomoderno. pensamentomoderno. Nenhum an tropomorfism tropomorfism mai completoque completoque aqueleque aqueleque fa atribuir atribuir ao universoos universoos erro de catego categoria ria de alguns alguns fJ.16sofos dasciendas. Apreende-se Apreende-se bern pro cessoem cessoem urn paragra paragrafo fo da Encyclopedie, quando Hege Hege critic critic Kan por ha verlimitado contradir contradirrao rao ao pensamento, em lugar de coloca-Ianas coloca-Ianas coisas coisas "Isto nao e, com efeito efeito (par Kant] Kant] mundo que deve deve levar levar enfraqueci mento da contradirrao, contradirrao, mas somente r a u o que pensa, pensa, essen.cia do espirito... Ma quando se compara compara essenc essencia ia d o m u n d com aquela aquela do espirito, pode-se pode-se espantar espantar com inocenc inocencia ia comque afirmadomodestamen afirmadomodestamente te re petidoque petidoque nao esse essenc ncia ia do mundo, mundo, mas do pensament pensamento, o, ratio pela qual contradit6ria" (§ 48 p, 56). 56). Kant Kant talv talveztenhaerradoem eztenhaerradoem colo coloea ea no quevern, com acaba acabamo mo dever da impos impos ~ e ~ ~ a m e n t o uma contradi'Yi!.o quevern, slbilidade slbilidade dos m o d e r n o ~ em pensara pensara ordem politi politica,mas ca,mas peIo peIo menostern ele sabedo sabedotiade tiade naofazer naofazer delira delira Hegel, infelizment infelizmente, e, mundo com ele Hegel, nao teve esta consider considerarra arra e, g r a ~ s ele, ele, ei universo universo que se poea agita agita sobas fonnastotalmente fonnastotalmente improv improvave aveis is daobjetivid daobjetividade ade da subjeti subjetivid vidadee adee da hist6ria do espirito. Quem mai ingenu ingenuo? o? Tenhamosa Tenhamosa civili civilidad dad de nao arrastar as associ associarr arroes oes de humanos nao-huma nao-humanos nos em tais tais guerra guerras. s. Vrna Vrna grandeparte da fJ.1osofia da ecologiamante ecologiamante m, infelizment infelizmente, e, sob uma forma c o n t r a d i ~ a o
natureza"(ver
homem
'a
anexo do capitulo 1).
137
Capftulo Capftulo
Como reuni
ca ques questa ta qu rest rest e, portanto, portanto, saber saber se podemos po este este desg desgos osto to redproco redproco para forma em tome de!as uma outr vida publica publica nest nest voltaque voltaque vamos vamos compre compreend ender er imensa imensa d entr
guerraciv guerracivil il da
o p o s i ~ a
objeto/su objeto/sujeito jeito
c o l a b o r a ~ a o
dupl dupl huma humano no naonao-hu huma mano no Da mesm mesm mane maneir ir qu
da
n o ~ a o
de fala fala na se¢o anteri anterior, or, nao desi design gnav av algu alguem em que fala falass ss de ur cois cois muda, muda, ma ur de
p o s i ~ o e s
e m b a r a ~ o
um dificuldade', uma gama
poss possiv ivei eis, s, uma incert incertezaprofun ezaprofunda, da, tambem tambem
nao-hum uman an na humana nao-h pluriv plurivers erso, o, mas
reme remete te
uma incerteza,
parti,ao ,ao de uma parti
dupla dupla re do
uma duvida duvida profun profunda da sobre
natureza da afii afiio, o, uma gama gama inteir inteir deposi,oesquanta as pro va que permitem permitem defin definir ir um ator*. Comec Comecemo emo pela pela evid eviden encia cia do bo en qual qual no procuram procuramos os afast afastar ar pouco pouco lado,
pouco pouco
distingue, ue, de urn tradi¢o disting
ator social'do social'dotado tado de consci conscienc encia, ia, de palavr palavra, a, de vontade vontade
outro, inten¢o e, do outro,
cois cois que obed obedec ec
determina determina,oescau ,oescau
sais. sais. Mesmo se estive estive freqiien freqiienteme temente nte condicion condicionado, ado, terminado, terminado, dir-se-a dir-se-a que
ate
ator se define define por sua liberda liberdade,quan de,quan
Nao se pod dize dize de uma cois cois qu el sejaato sejaator, r, ainda ainda qu ur nb
sent sentid id pr6pri pr6pri do verb verbo, o, la na
ge
causad causada. a.
Ela
Essas defini,oes defini,oes paralis paralisam, am, compree compreende nde-se -se facilm facilmen ente, te, e c ~ l o g i a
politic politica. a. Obrigam, Obrigam, de fato fato
escolh escolher er logo logo entre dua so
lu,oes lu,oes cata catast str6 r6fi fica cas, s, qu retomam retomam cada cada uma duas asse assembl mbleia eia ilic ilicita itas: s:
de regu regula la os proble problema ma do planet planeta, a, mas ela nao tern tern mais mais
sua dispos disposi,a i,a ator atores es humanos humanos dotado dotado de liber liberda dade de tade para faze faze
jog
vocabulario vocabulario das
naturaliza,ao naturaliza,ao de um lade, social socializa iza
de von
decidir decidir o"que fo nece necessa ssario rio faze faze ou nao
fazer; ou seja seja el amplia amplia
modele modele da vonta vontade de
tudo, tudo, incl inclus usiv iv
ao plane planeta, ta, ma el na mai fato fato brutos, brutos, inata inataca cave veis, is, nao humano humano qu th perm permita ita fa cala cala mult multip ipli lici cida dade de do pontos pontos de vist vista, a, qu se expri exprime me
igua igualme lmente nte em nome de seus seus
intere interess sses es pr6prios pr6prios Que nao se imag imagin in qu
ecol ecolog ogia ia poli politic tic
disponhade disponhade uma solu,ao eqiiita eqiiitativaque tivaque misturaria misturaria urn pouc de natura naturaliza liza,ao ,ao ur pouco pouco de
s o c i a l i z a ~ a o ,
rio entao entao tra,ar uma fronteir fronteir entre entre
porque seria necess necessa a
neces necessid sidade ade inexp inexpug ugmiv mivel el
da cois coisas as de,uma de,uma parte parte as exig exigen enci cias as da liberd liberdade ade dos atores atores sociais, da outra. Isso Isso suporia suporia problema COmo resolv resolvido ido poi ecologi ecologi politica saberia pode pode
que sa os atores atores
qu sa as coisa coisa
que querem querem
que
seu feixes de caus causali alidad dade. e. Por que
milagre dominaria ela, assirn assirn
coisa nao faz senao obedecer obedecer as cadeias cadeias da causalidade." causalidade." d o u m a coisa ator socia social, l, p ~ i s que
do outro outro (v anexo anexo do capitul capitul I). Isto e, el toma mo delo delo da cois cois esten estende de-o -o toda bios biosfe fera ra incl inclus usiv iv ao homem, homem, fi
i f e r e n ~ a
coletivo
extrairia esse dico dicoto tomi mia? a? De ond extrairia
saber saber abso absolu luto? to? Quer
nature natureza, za, quer da soci.dade .. Ma par produzir este saber absolut absoluto, o, que traya limite entre "coisas" "pessoas", ecolog ecologia ia polit politica ica deveria ter jd escolhido entre iLaturaliza,ao raliza,ao social socializa iza,ao ,ao entre ecol ecolog ogia ia politic politica. a. Ela nao pode pode se contradi,ao, contradi,ao, faze faze as dua cois coisas as ao meSm meSm tempo. tempo. que torna, torna, ap6s ap6s su emer emerge genc ncia ia ta inst instav avel el brutalmente brutalmente entre
poder poder tota tota
faz oscilar
impo impote tenc ncia ia tamb tambem em tota total. l.
Ora, Ora, quanto quanto n6s,a n6s,a ecol ecolog ogia ia poli politic tic na esta esta mais mais em contra contradi di "coisas' sej sobre cess de crer que se ap6ia seja seja sobre sobre as "coisas' yaO se cess
"pessoas': sej sobre ambas ambas ao mesmo tempo. as "pessoas': tempo. 23 Harry Collins Martin Kuscb ( 1 ~ 9 8 ) , The Shape of A c t i ~ n s . What Human and Machines Machines qm Do, foi quem cbegou mais long nos sciences studies soque nos oferece versao bre analise desta dicotomi versao mais discutida. dicotomi
138
Feliz Felizme ment nt para n6s, n6s, esta esta distin,ao distin,ao vene venera rave ve na tern tern solid solidez ez que parec parec empresta emprestar-Ih r-Ih patina dos secu seculo los. s. Paradizer tudo tudo el
bast bastan ante te desg desgas asta tada da
na esta esta liga ligada da
pole polemi mica ca
Como reunir
Capftula
que se presta, po algum t e ~ p o ainda. Desligado de suapreten saO de descrever os cantoes da realidade, "objeto"
"sujeito re
duzem-se ao papeis polemico que permitem resistir
mons-
truosidade suposta de seu oposto. qu efetivamente urn sujei to? qu resist naturaliza¢o qu ur bj to qu re siste subjetiva,ao Como os gemeos em Guerra da mitologia, eles sa os herdeiros da reparti¢o em dua assembJeia impo tentes qu n6s vimos mai acima. Mudando Constitui,ao,va mOS descobri tambe como nOS desfazer da poiemica fatigan te dos objeto sujeitos. Se oc afirmar pr6pri liberdade zer, com um ponta de arrogancia qu amontoado de aminoacidos
alguem vier!he di
oc na pass
,urn
prote:inas voce ira, evidentemen
'O que eles agem, isto e, naturalmente, que modifica
outrosatores, uma serie de transformaroes elementares, da qualpodemos fazer uma lista graras um protocolo de experiencias. fini¢o minima leiga, nao-polemica daquilo que procede. Trata-se de objetos?
existencia, acha-s acompanhado pO' um
seri de cientistas
muitos outros profissionai qu aponta
com
dedo os instrumentos, as situa'roes,
qu consigamos distinguir quem
razao. Se voce afirma
dao da crises ecol6gicas.
a,oes prevista at aqui so
cedente,
os
red'u zir-s
no,ao de sujeito. Reco
vinculos de risco*, vistos
no
capitulo pre
cuja prolifera,ao, ja dissemos testemunha
Se, em luga de Ih pedir para reagir
um pOl1ta de arrogancia, que voce
fabrico est futo, po seus precedentes, que nao se trata senao de Ulpa "simple constru,ao social'; voce ira reagirviolentamen
laborat6rios, sites,
situa,oes efeito qu na podem em caso algu nhecemos, entao
al
protocolos sem
qu autoridade
aparenci de antropocentrismo, atuantes*, agentes interferen
tes. Trata-s de sujeitos? Ainda nao Existe
alt os direitos imprescritiveis do sujeito. human na um coisa!", din, voce batendo punho na mesa E'voce teni tod presenya indiscutivel de ur fato
os
co
Existell ai atores ou pelo menos, para tira dest palavr tod
te reagir com indigna,ao contra essa redu,ao, publicando bern
vie Ih explicar co
nenhl!m modo Cada nao-hu
mano candidato
gama
gue
wletivo
ta de ur objet ou de ur sujeito Ih fore
ampli
aprecia¢o violen
apresentadas assim,
te estaredu,ao, reafirmando bern alto autonomia da Ciencia
de maneira civil, associa'r0esde humanos de nao-humanos, em estaOO de incerteza voce nao precis indignar-s batendo pu
contra todas as pressoes da subjetividade. "Os fato sa teimo
nho na mesa segund as dua modalidades do realismo. Ne
sos!", diravoce,batendo outra ve com
punho na mesa
voce
ter ainda r m o . Para'fugi de ur monstro, estamo pronto defender ur outro ma
trabalho dobrad de resistenci
pio ainda. Para lanyar-s em tais b ~ t a 1 h a s batendo tanto na mesa
cansar
punhos
preciso que ja nao haj mai vid
ivil
qu ja se tenhaaceitado descer acorrentado Caverna. Supdnh agor qu alguem !h traga uma associa,ao de humanos
de nao-humanos, da qual ningue
conhe, ainda
exat composi,ao mas da qua uma seri de provas permita di
24
foi proposta, ha muit tempo, pela semi6 d e f i n i ~ a o minima da a¢ tica de Greimas. Eta provou ser muit util para analise da e m e r g ~ n c i a dos novos atores cujos desempenhos ( 0 q u e des fazem em testes) sempre pre ced suas c o m p e t ~ n c i a s (0 que des sao) Ver numerosos exemplos em Latour (1995). Para uma analise surpreendente das ontologias pr6prias aos novos atore de laborat6rio, ver Hans-Jorg Rheinberge (1997), Toward History of Epistemic Things. Synthetizing Proteins in the Tes Tubes.
25 Para uma antropologia do soco na mesa, ver pitoresco artigo de Malcolm Ashmore Derek Edwards Jonatha Potter (1994), "The Bottom Line: Rhetoric of Reality Demonstrations':
141
Como reunir
Capituw2
co1etivo
nhuma palavra-indiscutivel vern reduzi-Io ao estado de coisa.
t os . E st e f az ia m u r j og o d e r es ul ta d n ul o tudo
mecanismo de fala
perdia
ber visivel, envolvid em controversias
bern explicitas Nao
se trata
de substitui um
g am a d e
a ~ o e s ,
outro ganhava
qu ur
reciprocamente. Os humanos o s n a o
humanos podem, quanta
eles agregar-s sem exigir
desapa
tradicionalment associada ao sujeito, p o u m g a m d e a ~ o e s
recimento do se oposto. Para dize de outra forma: os objetos
mms curta que viria reduzi-Ia. Pelo contririo, aquele que
os sujeitos ncw podem nunca associar-se, os humanos 'os niio-hu
apresentam voc desejam acrescentar
mais longa de candidato canism da palavr tira reduzindo-os
um
que
se
primeir lista uma lista tornar visivel
a ~ a o .
me
c o n s t r u ~ a o social f o r ~ a r i a
voce
prejulgamentos, pai indignar-se contra
da subjetividade? De modo a lg um , p oi s a i nd a o s
apresenta
manos
podem. Desde que cessemos de tomar os nao-humano
por objetos, que nao os deixemos portanto entrar no coletivo co
qualidadedos prop6sito sustentados,
xoes opinioes aquil que d e n o m i n a ~ a o
se
nao vern reduzi
list da a ~ o e s
dasprece
q u h es it am , q u t re me m q u e f ic a admitir-se-a, atribuir-lhe
e s f o r ~ o
se t(
p er pl ex os , p od e mo s s e qualificativ de atores*.
termo associafiio*, n a h a
o s a o p e d a l et r
qualificativ de atores sociais.
para nao !hes da
za
re
t r a d i ~ a o
dentes interesses paixoe sociais que ja foram registrados; eles
cusa-Ihe este term para reserva-Io ao sujeitos cujo curso de
!he propoem simplesmente muito polidamente aumentar
a<;:ao se desenvolvi
re
pert6rio de a ~ o e s p o u m lista mais longa q u a qu el a d e q u
de coisas Ma n6s coisa
curta ou mai longa, de a ~ o e s elementares seja suficient para
ciais limitarem
redistribui as cartas entre os humanos
f i c a ~ o
livrar ess dupla da e t er n a b a t al h q u e t ra va m c o do os objetos
para
g ra nd e r ui -
os sujeitos do quais uns procuram juntar-se sob
bandeira da natureza, enquanto os outros querem agrupar-s em sociedade bretudo
n o ~ a o
vil modesta comum, longe das grandes explosoe da guerra&ia interminavel que
objetoe
s uj ei t l ev a
o p o s i ~ a o do objet
Compreendemos, agora: um
ambiente
h u ~ a n o
medo de ve
reduzir-se
um
inversamente, de ver os prejulgamentos do atores so
q u an t
trulhar c o
acesso
coisas
c o n s t r u ~ a
c ui da d
fi
de evitar tao bern
rei-
social era necessari realment pa
f ro nt ei r e nt r e o s a to re s o ci ai s d e u r
ternore nao tern mais sentid porta naotern
se
que vern b a t ~ r ,
forma polemica do objeto tapa-boca, mas for
ma ecol6gica" d o n a o- h um a n
perplexo, entrando em
r e l a ~ o
g u er r a m ai s i n
terminavel ainda que levam, contra t o do s o s o u t ro s o s q u e p re tendem "ultrapassar"
quadro, nu
lado, os objetos, do o ~ t r o : tal era miseravel f o r ~ a de todo es se filmes de horror saidos da Caverna.
de list mai longa ou mais curta tern 50
insign vantagem da banalidade. El lev um vida ci
Oil,
m un do , n u
compreendemos agora, esta recusa nao ti
nha o ~ t r a causa senao
dispomos ate Pretendemo que est n o ~ a o ber inocente de lista, mais nao-humanos,
nu
do sujeilo.
extensao do coletiv permite
apresenta,tio hem diferente dos humanos d o nao-huma
nos d aq ue l e xi gi d p el a g ue rr a f ri a e nt r e o s o bj et o
os uj
26
noc;:ao de apresentac;:aovern de Stenger (STENGERS, [1996], Cosmopoli ttques v. 1:. La Guerre des Sciences) vai ter urn papd essencial no capitul o 5 , para salr da soluc;:ao do rnononaturalisrno rnulticulturalisrno grac;:as ao papel de diplornacia*.
27 Isa?elle Stenge:s prop6s usar expressao " e c o l o ~ das praticas" para carac tenzar seu proJeto; ver Stengers (1996), mas tambem se pode fala de risco
Como reuni
Capitulo
co
coletivo, que
socializa pouco
equipamento complexo dos laborat6rios'
p o uc o Nao ha nada mais simples do q u e a u
mentar listas de actantes, arnda que nunca
poss gerir as rela
~ o e s entre objetos
atores sociais quaisque que seja
tas dialeticas que
acreditam bastante flexivei para efetuar. As
se
as pirue
outros atores sociais, ei um tarefa mais
sociar atores sociais factivel, que e m t od p
caso nada proibe de leva
born termo.
tao caras? Acabamos de v e q u e e r p os si ve l para os t er m o d e
ator social, que acreditavamos antropom6rficos: ne nhuma razao para reserva-los aos humanos, ja que assentam
perfeitamente aos nao-humanos, com o s q ua i o s humanos di videm sua existenci coletiva, cada dia mais, parte ao trabalh
redproca ever
qu existe em termos, freqiientemente reserva
dos ao objetos acima citados, po
ENTRE HUMANOS
NAo-HUMANOS: REALIDADE
Todaa hist6ria dos conflitos
m a n a permanece
se cabe
demonstra: enquanto asar
nos vestiarios, nao podemos associar-no
de maneira civil. Nossaestrategiaconsist numa d e s d r a m a t i z a ~ a o progressiva que permit converter as espada dos atuais guerrei
exemplo,
da realidade. Os
agir
f o n a ~ a o , podem
associar
eles procurarem urn corpo. questao, certamente de conserva est parte d a n o
Na
RECALCITRANClA
em grande
g r a ~ a s
dos laborat6rios Precisamo agor ensaia
"cidadaos"tern ur aparelho de
TERCElRA DMSAo
coletivo
de realidadeexterior que seencontrava associada
antig po
Jemica da Cavema. Massabemos tambem que, abandonando esta polemica, nao p e r d e m o ~ para tant todo
contat com
realida
de contrariament ao destin tragic de que nos
a m e a ~ v a
po
!icia epistemol6gica Medimos, ai tambem, toda
d i f e r e n ~
entre
trabalho curnprido pela oposi¢o sujeitoiobjeto
ros em earruagen dos futuros cidadaos. Nao procuramos, ':lest te
po todas
mobilia do universo. contr.a toda f or m d e ~ l sa concemente esta mobili que deseJamo abnr dlscussao
virnos de urn sujeito,senao para evitara abomina¢o que tern po
publica. Procuramos soment de qua equipamento os sere de
esse monstro tome
ver dispo para
se
reunirem nu
coletivo vivivel, em l ~ g a r de se
p ar a r e m duas assembleias ilicitas que se tornam mutuamente
impotentes dmpedem P o t a opera¢o de p a c i f i c a ~ a o , propomos um que nao atribuir
troca de
especie de gentleman agreement: po
seus adversarios as prosperidades que th sa
dos nao-humanos.Nunca nos ser
nomes "reifica<;:ao", "coisifica<;:ao':
urn nome" (minha
t r a d u ~ a o )
(p.35).
Para evitar que exis
tencia de sujeitos "desligados" da natureza, dotados de conscien ci
de vontade, de urn direit imprescritivel para sempre
realmente urn monstro que a m e a ~
liberdade, enfim
ordem das coisas.
sujeito, ja que so
masca
r a d a nattireza, faz irromper est palavraindiscutivel, que mostra-
mos, na segunda se¢o,
quanta
Mas, po que recorremo como Beck (1995) ou do publico como Dewey (1927), que assim definiu: "Aqueles quesao seri diretament afetados, para pior ou para melhor, formam urn grupo bastante distinto para tornar·se reconhecivd receber
" n a t u r a l i z a ~ o " .
poder, far-se- tudo, inclusive aspirar
escapando radicalmente
exercicio da vida publica
bons procedimentos, um
associa¢o dos hurnano
que permi
capitul9 definira metaflsica fundamental que nos daria, urna
tes, sem
aberrante. esta aberra¢o? Por razoe for
que tal palavr indiscutivel surgiria log por aquilo
que ela e: um
c o n t r a d i ~ a
em termos. Se alguem resolve utili
za-la sem remorsos, sera par lutar contra essa outra abomina-
Como reunir coletive
mais
violencia das paixoes politicas o t r ~ m i t e d a s . ' o p i ~ i o e s ,
<;00:
crenyas, dos valores, dos interesses qu ameayanam mvadir
defini,ao dos fatos, dissolver pr6prias coisas substituir
objetividade fecha
acesso
mundo real pel estribilho dos sen
timentos humanos Para evitar que esse monstro tome
poder,
far-se-a tudo, inclusiv pretender que fora de toda sociedad humana, existarn lei indiscutiveis, 9bjetivas eternas, que eScapem absolutamente as agita,oes da multida
diante da quais
os sujeitos devam dobrar humildemente os joelhos. vimento do p en du lo , outro absurdo maior
na que pouco ,a
a m pl it ud e r e
cada mo
u r a bs ur d
s eg u
de sentido oposto. :Ii esta dialetica infer
pouco tomou inutil, no curs dos seculos,a no
de realidade exterior. Nada mai c ~ n d i d o aparentemente do
que esta no<;oo: nada mais diabolicamente p o ~ t i c o .
tra,o d e s u d ef in i ,a o q u
urn monstro
nao sej feito para eVltar
para acelerar
do
qu co
tradic;ao guerreira,
sa particularmente definidos pel liberdade nao m ai s q u nao-humanos se definem pela objetividade muda, eles na
sao
definidos pela necessidade.A unica cois que se pode dizer deles que fazem
do qu deve
irruprao de
maneira
diferente, aumentando
serIevado em conta.
der bern q u n a o se trata de um mente su virtude
list
leitor precisa compreen
solu,ao maravilhosa, dialetica
nova, ex6tica barroca, oriental profunda. Nao, sua vulgaridade. El
qu
az justa
mundana;
insos
sa.
sua banalidad fa dela uma candidata ideal para substi
tuir
barulho d a o p os i ,a o sujeito/objeto. Q u e m e lh o funda senso coml1m do que
Nenhum
poder de
atores humapos
acesso a o p od e d e urn monstro
da
N a d a le m d o humanos se define pel palavra, eles nao
m e nt o p ar a
maisterrivel ainda, que fechara caminho primeiro. Veremos, nos capitulo seguintes, como substituii
simples "estar Ia»
presen,a sustentada pelos matlers of fact*.
preende?
~ a o - h u m a n o s ,
pr6pria evidencia desses
cuja a s s o c i a ~ a o
a ~ vezes 5ur-
NaJa mais. Nada me os.
Compreendemos, enmo essa li<;oo de ecologia politica que exte
nos parecia paradoxa! quando
encontramos pela primeiravez
rioridade mal fundamentada da polemicas atuais po ull)a ex
no capitulo 1: as crise ecol6gica
terioriza,ao pretendida, discutid
cobrem-se pela ignormcia dasconexoes entr os atorese pel im
decidid nas formas Po
hora devemo simplesmente estar certos de que reunindo no
possibilidad subitade soma-las
sanitarias, haviamos
coletiv os atores sociais, dotados de palavras, nao vamos perde
militant
tao logo qualquer acesso
humano ou nao-humano, aparecer no curso da a<;oo, quando'me
realidad exterio
e n o s encontrar
surpresa sempre recome,ad de ve ur novo ator
com os fantasma comuns da c i ~ n c i a s sociais: simbolos, repre
nos era esperado.
sentayoes, signos,
inelutiivel da natureza
outras i n e x i s t ~ n c i a s da mesma farinha, que
nada tern aver sena pel contraste com
naturais. Se quisermo que
c i ~ n c i a s
niente dissociar os
fi
d e poder divi
"cidadaos" humanos
associar
omposi<;oo
que mais lb escapa
eco
logiapolitica nao pode dividir, de um vez po todas, nem
liber
dade, nem
justament
necessidade; nao pode certamente deci
no,ao de realidade exteriordaquela de neces
sidade i n d i s c ~ t i V e l , dos
natureza reservada as
coletivo se reuna, conve
forma definitiv do humano,
nao-humanos Vamos, portanto,
realidade exterio com
5urpresa
acontecimento,
28
grand virtude do trabalho de Jullien (1992) sobre os fil6sofos chineses de nos mostrar que ponto os Ocidentais drarnatizaram questao do mundo exterior tornaram incompreensivel eficlcia (JULLIEN, 1997).
Comoreunir
Capitulo
mao que
naturezapossuir tada
necessidade
humanidade
liberdade. El est engajada numa experiencia no decorrer
,tod
da qual os atores durant
tros ou passar uns se
prova, tentam religar-se uns aos ou
os outros. Sirn
coletivo
bern melnng
coletivo
to podiam absorver,sem escandalo
tantes
leva em c o
m o d i f i c a ~ a o
u e e r dado
d o o " tr o . Pelo contrario
da lista de ac
u rn , d ev i s e t ir ad o
dupla humano/nao-hurnano
feit
com esse fim permitir ao coletivo d e r eu n i urn maior numer
pot,mas nao contem os objeto de natureza os sujeitos de direi
de actantes no mesmo mundo.
jogo e st a a be rt o
l is t d o
to' mistura os atuante definitivo com listas de a<;iies que nao sao
nao-humano que tomam p ar t
d a a ~ a o se amplia
list do
c;mpletas. Se foss necessariocosturar um maxima na bandeira
h um an o q u
t om a
p ar t
da ecologi politica, nao seria, como creem ainda alguns de seus
precisamos mais defender
militantes f6rmula lapidar: "Projetamos natureza!", mas uma outra, muito mais adaptada as surpresas continuasde sua pratica:
sujeitos
o bj et o contra
n a sua r e c e p ~ a o , igualmente. Nao
sujeit contra
r e i f i c a ~ o ;
social. As coisas nao
c o n s t r u ~ a o
defender
a m e a ~ a m
os
social na enfraquece mais os objetos.
c o n s t r u ~ a o
"Ninguem sab que pod urn mei ambiente.. :' Nesta s i t u a ~ a o de ign6rancia assi que a p a r i ~ o d e u r
leitorobjetar que sempre um ( l i f e r ~ n ~ a tota entre os atores sociais humanos e'os atores sociais nab-humanos, por
objeto ou de urn sujeit pode causar i n d i g n a ~ a o ,
que os primeiros n a o p o de m jamais sergovernados
nova a s s o c i a ~ a o d e h u ma n o
um
a p a r i ~ a o
de
de nao-humanos (outros
protocolos, outras provas, outras listas de a ~ o e s ) n a o p o d e serrao suscitar
alivio, ja u e
de a ~ o e s na tada
e x p e r i m e n t a ~ a o
estaJechado. Se
se a br e
repert6no
sujeit achainsuportavelter c o ~
palavr pelo objeto com um palavr indiscutivel,
manopode experimentar
hu
prazerde se ver propondo novOS hu
mano para participarem da c o m p o s i ~ a o de sua existencia cole
tiva." Se
objeto ach escandaloso ver-se colocad em duvida
t i r ~ m pela a c u s a ~ a o de c o n s t r u ~ a o social, os nao-humanos vantagen, ao se verem oferecendo novoS recursos para aterns s a r ' ~
se podemos dizer, no coletivo. Nem 30
sujeit nem
obje-
dos devem, pelo contrario na
o be de ce r
causalidade. Ii que el utilizaainda subjetividade humana leis poluir causas
fica
utiliia sempre
n ec es si da d d a c oi sa s
quer para avilta nu
antig modelo que fazia da
que vern perturbar
objetividad da
qualidad do julliamento, suspendera sucessa das
do efeitos.
p ei s e nt r
os segun
n ad a f or a d a b r ut a l
natureza
natureza rebaixar
elevar
antiga divisa do
"'
l ib er da d d o s uj ei to s h o me m , q u e p a r glori
homem. No doi casos, le conti
servindo-se das capacidades polemicas das n o ~ o e s de obje de sujeito. Trabalha sempre como se vivessemos ainda no
,antig cosmos, com
d i s t i n ~ a o
radica entre mundo sublunare
mundo supralunar. Ora,era para evitar que as paixoe humanas 29 t: que tese de t:milie Gomart me permitiu apreender, como tambem toda serle de recentes trabalhos sobre que se torna subjetividade: urna vez transformada objetividade pelos sciences studies; ver em partlcular Vinciane Despret (1996), Naissance d'une theorie e t h o l o ~ q u e ; M ~ r c Berg Anne-Marie Mol (1998), Differences in Medicine. Unravelmg Practices, Tech nique and Bodies; Madeleine Akrich Mark Berg (em prepara\3o). 30 t: sempre engrac;:ado constatar que as p o l i c i ~ ~ epistemoI6gicas,. sempre prontas expulsa os construtivistas os relatlVlstas, mudam subltamente
viessem desordenar os objeto que tinhamos necessidade de in
sistir sem cessar, sobre
"estrito respeito da causalidade".
diseurso, quando os pesquisadores precisam de dinheiro para equipar sellS laborat6rios. De repente, eles precisam de. todo urn mundo social para descobrir mundo nao-social, todo urn mundo de relac;:oes preclrias pe cuniarias, par descobri absoluto.
Capitulo
Como reunir
Para convencer totalment nos, que le leve
seri
precedente Os atores
s e ~ a o
leitor,
suficiente, parece-
qualificativ de ator introduzido na define
antes de tudo como obs
ticulos, escandalos, como aquilo que suspende que incomoda c o m p o s i ~ a o
humanos
que interrompe
d o m i n a ~ a o ,
superioridade, f ec ha me nt o
do coletivo. Para fala de maneira p o ~ u l a r , os atores nao-humanos aparecem, entiio, como importunos Ii
pela n o ~ a o de recalcitrancia que convem, de modo especial, defi nir
sua a ~ a o . Crerque os nao-humanos 50 definam pela estrita
obedienci as leis da causalidade
n a o t e r n u nc a seguido
lenta
pedem
coletivo
transferencia indiscutivel (da
o u d a razao), como
f o r ~ a
mediadores, com quem preciso contarcomo agentes, cujasvir tualidades sao ainda desconhecidas. Nao dizemos que 50ja neces sarl aglutinar os papei dos objetos deve, como fizemos para
dos sujeitos, m a q u
de discussao
n o ~ a o
para
substituir evidente divisa dos papeis p o r u m a gama de incertezas, indo da necessidadea liberdade. Bast reconhecer, do lado da antig aren da natureza, que as conseqiiencias e x c e d e ~ ligeira mente as causas e, do lado da nova arena, que
manec sempre em debate, para pacificar
experiencia de laborat6rjo. Crer, ao inverso,
da as a
que os humanos
defina
minima derealidade que convem para reuni-los.
medido
facilidade c o m q u e eles
c al a
o be de ce m
s s o c i a ~ 6 e s
de humanos
que
faz agirper
discussao
montagem de um
logo pel liberdade,e n a t e jamais
do ator,
de nao-humanos
dar
to
quantidade
c on
vivencia que ele tern com estepapelde objeto ao qual queremos, tao freqiientemente reduzi-Ios." Repartir log os papeis entre objeto domimive tente do outro,
obediente de urn lado,
humano livr
impedir de procurar e m q u c o n d i ~ a o
prova, e m q u arena, ao
p r e ~ o
ARTICULADO
reni po que
de que labor, pode-se, deve-se fa
zer-lhes mudar asdescomunai capacidade de aparecer em cena, como atores c o m p l e t a m e ~ t e
UM COLETIVO MArS OU MENOS BE
parte istoe, como aqueles que im-
Dividindo as competencias de palavra, de realidade entre humanos
a s s o c i a ~ o
de
nao-humanos, colocamos fim. ao an
tropocentrismo da divisao objetoisujeito, que engajava todas as e n t i d ~ d e
num,combate para
controle do mundo comum. Nao
propusemos uma metafisica altemativa mais generosa, mais en 31
uma das contribuiyoes da filosofia de Isabell Stengers ter mostrado que as c i ~ n c i a s sociais se tornariamenfim cientificas se aceitassem "tratar os humanos como coisas" quer dizer, paradoxalmente, om to respeito com q u u m i nv es ti ga do r d e ciencias ditas "duras" chega se deixar. s u ~ preender pela r e s i s t ~ n c i do objeto de pesquisa de Stengers P996).A mdifereniV dos nao-humanos os protege contra o b j e t i v a y ~ o , considerando q u o s humanos, sempre ansiosos por fazer bem (especlalmente quando urn cientista lhes pede que imitem urn objeto), mal sabem se defender c o ~ tra alinhamento na objetivayao, provando, alias, pela sua imitayao perfelta, papel antropom6rfico poMmico da objetividade: argumento mais desenvolvido ainda em Despret (1996) especlahnente Despret (1999), Ces emotions qui nous fabriquent. E t h ~ o p s y ~ ~ l o g i e de l : a u t h e ~ t i c i t e , onde se torna urn meio para triage dos dispOSlUVOS expenmentals dos :e.
psic61ogos.
globante, mas evitamos tomar linica o r g a n i z a ~ o
metafisica da natureza* como
politic possivel. Progredimos portanto, na
nossa c o n v o c a ~ a o do coletivo, poi' sabemos que ritos deve doravante submeter-s os sujeitos acima citados os objetos aci rna citados,.para depor suas armas
reencontrar
pr6pria capa
cidade de se reunir em comum. Redistribuindo-lhe
associa'rao
recalcitrancia, poderao come'rar
Nada prova, alias, que
assembIeia va
palavra, retomar fala. da
bern, que
eles todos vao reencontrar, no equivalente ecumenico de algum Woodstock e m h o nr a de Gaia. Nao temo ainda
minima ideia
Como reunir coletivo
Capitulo
de um talreuniao,de um tal retomadade marcha do trabalho
s o c i a ~ a
de coletar Sabemos, ~ p e n a s , que se tornou possive! novamente
se; enfim, embora provenha 00 lingiiistica, naOO
que era proibido recentemente pela divisao em duas camaras, Nao nos iludamos:
ecologi politica nao va se mals simples,
mals simpatica, mals agreste, mals buc6lica, que
antiga politi
nova
guagem (mica,
imprevista,
qual va complicar-s
pode servir para assinalar
"tomadas de p o s i y a d ~ quese faz
expandir
limit na lin
recalcitranci das
se abandona,evitando, darea
liOOde exterior, .a form sustentada pel fato bruto indiscutivel.
c a d e duplo foco Elasera ao mesmo tempo, malssimplese mai
Nao pretendemos que
pluriverso sej compost de propostas,
complicada mais simples, p or q u n a
m a s o me n t q u e para
c o m e ~ a r
va
constante de urn duplo encurtamento pe!a b er n m ai s c om p li ca d
c i ~ n c i a
a m e a ~ a
p e! a f
o r ~ a ;
p el a mesma razao: na falta de encurta
mentos, ela devera reeomec;:ar do comum, isto e, faze Mbito, assim como
so
eompor poueo
poueo,
politica, atividade da q u a
c o n f i a n ~ a
se trabalh civi de coleta,
Republica nao va considerar sena as propostas em ve gar dos sujeitose objetos acimacitados Mals um vez, nao se t r at a d e ontologia, ne
mun
cabulo proposta permite, simplesmente,niio utilizar
finidamente os ~ e n c i m e n t o s , crendo que este m u n d c o mu m ja
sistema do enunciado*, pel qual humanos falavam
era constituido pelo essencial sob os auspicios da natureza.
urn mundo exterior, do qual estava
de humanos
manos deste coletivo em viasde agrupamento?
mesmo de
metafisica, mas unicament de ecologi politica." Utiliza
perdera
na C i ~ n c i a permitia recua inde
Como designar as a s s q c i a ~ o e s
no lu
de nao-hu
term que uti
que
vo antigo
respeito de
separados po urn abismo,
m in im o p on t o d a r e f e r ~ n c i a procurava transpor se
ja
mals consegui completamente Nao esperamos da palavra pro-
lizamo at aqui fo ber infeliz, pois ninguem imagina dirigir
posta q u n o o f e r e ~ a ja urn acordo impossive sobre
se
do c.onhecimento alternativo. Desejamo unicamente impedir
uru burae negro,
urn elefante,
tor de aviao, saudando-os eo
uma equayao,
"1
urn
ao
cisamos de um expressao nova q u e n a lembre me
urn
mo-
re-
Antigo Regi
q u permita recapitular numa s6 expressao os e m b a r a ~ o s
de fala
incertez das a ~ o e s , assim como os degraus variavei de
realidade que definem doravant este pape
vida civil. Escolhemos para
palavr proposiroes*: iremos dizer que ur rio, um
tropa de elefantes, urn clima, ElNino, urn ministro, um
comu
na, urn parque, apresentam ao coletivo propostas.A palavra ter vantagem de poder recolher dentes "Tenhq uma proposta
na
a rr og an ci a
sentido das quatro th fazer" indiea
o f er t d e paz qu poe fi
s e ~ o e s
prece
que
filosofi da C i ~ n c i a fa"" suavemente
lho da filosofi politica Para que
dade, na
poderia h av e d e u r
mundo, e, entr p o n d ~ n c i a
veis Esta s
os
dois,
metade do traba
logos volt ao centro da Ci
l ad o
l in gu ag e
do outro
referenci estabeleeendo uma eorres
mais ou menos exata entre esse dois incomensura o l u ~ a o
aparentemente incoerente com efeito, nao fa
ria senao transpor
filosofi da linguagem
m i t d a C av e m
sua divisao, entre os doisuniverso impossiveis de conciliar Para
ecologia politica nao existe mundo existe q u u rn a n a tu r ez a
ineertez
filosofi
c ul tu ra s
linguagens
nada mals
p ro p os ta s q u e i ns is te m
guerra pertence
ao dominio d e l in gu ag em , a go r p a rt il h ad a e nt r
humanos
nao-humanos; indica, as mi maravilhas que se trata de um
as-
sentido ~ r o p r i a n : e n t e rnetatIsico, ver Alfred-North Whitehead (1995), Praces et realtte. Essat de cosmologie
Como reunir
Capitulo
coletivo
em fazer parte do mesmo coletivo, segundo um procedimento
so espirito, SenaO qualidades secundarias*, enquanto
que sen\ objet do capitulo 3.
objetiva, pois revela ao olho dos cientistas as lliJicas qualidades
Um exemplo muito simple permitir-nos-a ilustra este ponto capital, do qual precisamos paraconduir, masque nao po demos desenvolver longamente." Suponhamos que um
primarias*. Como poderiamos qualificar em termos pacificos esta dupla d e g u s t a ~ a o ?
cantina
G r a ~ a s
ao tanoeiro, g r a ~ s
de Bourgogn c o n v i d ~ voce um degusta.,a dita"longitudinal",
sa) tornamo-nos sensiveis
porque ela toma
bre nosso paladar outras sobre
vinho de varios ano (por o p o s i ~ a o , portanto,
um "transversal" q u t om a d o mesmo ano variosvinhos).An
tes que
vapor do alcool tenha definitivamente dissipado sua ra
s eg un d
ao cromot6grafo em fase gaso
diferen<;as invisiveis antes, umas sa
papel logaritmico. Fizemos melhor que \lssociar sentimentos) palavras) caIculos um coisa que preexistia; tornamo-nos capazes pela multiplica.,ao
e x t e ~ i o r
zao, voc ficaci po um hora ou duas, sensibilizado pela compa
dos m s ~ u m e n t o s ,
de registra d i s t i n ~ 6 e s novas. Na p r o d u ~ a o
ra.,ao continuamente adquirida dos vinhos, pelas d
dessas d i f e r e n ~ s
na multiplica.,ao desses matizes," precis le
na vesper voce ainda ignorava totalmente.
.,ao dos copos sobr
barril,
do chefe de cantina,
i f e r e n ~ a
cantina,
escrit da etiquetas
que
disposi
pedagogia
desenrolar do protocolo experimental, tudo
ist forma um instrumental que the permite, moos ou menos ra pidamente adquirir olfato v e moos sutis, que
ponhamos que Ihe p e ~ ,
cobrir, nu
paladar, registrando d i s t i n ~ 6 e s cada
impressionam cad ve mai fortemente. Su
depois, passarpelo laborat6rio
c6modo de ladrilho brancos, um
complexa que permitira associa as d i s t i n ~ 6 e s ,
des
instrumenta.,ao
que voc acaba de
sentir na lingua, com outras d i f e r e n ~ a s , registradas desta vez sob forma de alto
baixos sobre
papel milimetrad ou sobr
tela do computador. Suponhamos agora (hip6tese bem moos ex travagante que as duas anteriores) que nao utilizamos moos, para comparar essa duas visitas,
filosofia do conhecimento aprendi
da nos bancos da Caverna; q u n 6 n a
primeir d e g u s t a ~ a o
que
33
p ro cu re mo s moos dizer
subjetiva,pois el nao agita no nos-
to do e s f o ~ o que eu procurei em Latour (1999b) que s e ~ e c o m ~ filo sofia das c i ~ n c i a s no presente livro. Estou agradecido GeneVleve Tell por
seu ex.empl muito bonito.
varmos em conta)
n6
noss olfato
n6
nossos instru
mentos. Quanto mais dispusermos de aparelhos, mais tempo passaremos na cantina ou no laborat6rio, moos nosso palada ser exercitado, mais
chefe de cantina sera habil, mai
Cro
mat6grafo ser sensivel, mais aumentam as realidades. Na anti ga tradi.,ao, era necessario colocar sempre em debito do realis trabalho para acessa realidade coloca em credit unica natureza do objeto el mesmo sempre inacessivel. Ora)
mo
ve-se bem, neste pequeno exemplo que ~ i f e r e n ~ a s . S1tIVO
m u n d ~ s .
Moos os instrumentos
artIficial
realidade cresce na
trabalho gast para tornar-se sensivel ils
m e sm a m e di d q u
multiplicam, mais
dispo
mai nos tornamos capaze de registra os
artifici
realidade esta na mesma colun
p o s i t i ~
va, aSSlm como no debito seinscreve outra cois diferente do la bor deparamos agora co
passa, portanto, entre
palavr
insensibilidade.
d i f e r e n ~ a
nao
realidade, pel fragil abismo
da referencia, como no antigo. modelo polemico dos enllncia
dos, simplesmente verdadeiros ou falsos, mas entre as propostas capazes de levardispositivossensiveis ils menores d i f e r e n ~ , que permanecem diante das maiores d i f e r e n ~ a s , obtusas.
as
Como reunir coletivo
Capitulo2
linguage
nao
cortad pelo pluriverso
um dos dis
positivos materiais pelos quais "carregamos os pluriversos
no
coletivo. Era necessario, verdadeiramente, que uma impiedosa
g ue rr a c i i l v ie ss e f ra gm en ta r fala, p a r q u e se de bo
f a ~ a
l in gu ag e
a qu il o d e q u e l
perder aos civis, que somos, est evidencia
senso todos trabalbamos sem cessar p
a r ~ tomar
as coi
sa pertinente aquilo que dizemos delas. Se pararmos de traba nao
quando
mente elas que fala
balhariarnos n6s dia
na
n6
se
a s s o c i a ~ a o
de hurnanos
coletivo, quand
tos livre
n a t u r e ~
poisque
finalidade da oposi¢o sujeito/objeto e, com efeito, fazer
calar, suspender t i c u l a ~ a o ,
tuir
indiscutiveis, que ele
completamentemudo,
debate, interromper discussao confundir ar
composi¢o, abreviaros ca'noos da vidapublica substi
composi¢o progressiva d o m u nd o comum, p ~ l a transferen
ciafulminante do indiscutivel- fato ou violencia, right or might. Diremos, inversamente, qu
os
novo
pr6prios da ecologia politic vao procurar, po
conside
nao-humanos, definido
moos rigido. Po
demos mesm dizer de urn coletivo de dupl foco fatos de sujei
po que diabo tra
noite para faze-las falar?
Para designar quevema se rarmos um
saO
de liberdilde, menos arrigo independentes, que
possiveis,
a r t i c u l a ~ a o .
procedlmentos
t od o o s m ei o
Quem se reune, quem fala, quem decide
em ecologia politica? Conhecemos agor
resposta ne
na
humanos ma os seres bem articulados, as asso-
po listas moos longa de a ~ 6 e s elementares, chamadas propostas,
tureza nem
uti1izaremos bela palavra articularao*. Este'termo tem po carac
c i a ~ 6 e s
teristic primeira nao ter nunca sid arrastado na polemica, ago
madas. Sera necessario explicar, no capitulo. 5, como se diferen
ra absoluta do objeto do sujeito. Te
cj
~ p r o x i m a r ~ a o ,
depois vantagem de nos
dos aparelhosde fona¢o que definimos na primeirase
de poder se empregad tambem par designar
os
d e h u ma n o
bo
de nao-humanos, as propostas bem for
ma a r t i c u l a ~ a o ; d e q ua lq ue r m od o s ab em p q u
tarefa comum
pelo menos pensavel.
Temos necessidade de um Ultimo acess6rio para equipar
realidad
insistente da coisas materiais. Diremo de um coletivo que ele
os membros deste coletiv novamente convocado.
mais ou menos articulado, em todos os sentidos da palavra, ist e,
as propostas articuladas tenham habitos* ao inve de essencia*."
qu el "fala"
ha mais tempo, qu el
mai fino mais,astucioso,
que compreend moos arrigos, unidade dis<;retas ou parte assu
Se
preciso que
coletivo se via invadido po essencias com limite fixo
discutiveis
in
causalidade naturOOs assim como interesses huma-
midas queeleas misturacdm mals degrau de liberdade,que pode se compor de maneiras moos diversas que desdobra moos longas
listas de
a ~ 6 e s .
Diremos, por contraste, que um outro coletivo
mais silencioso, que tern menos partes assumidas menos degrau
34 Fai urn grande mal que empirisma tivesse sido inventad em plen batalh politic pelo controle dos matters offact: em v e d e urn maximum de c o n t a ~ to entre palavra os fen6menos trazidqs para linguagem, devemos-nos contentar com urn minimum, os simples "dados dos s e n t i d o s ~ fun limi· tar tanto quanto possivel margem da discussao (SHAPIN; SIMON, 1985)
35 Comentado magnifica.mente em F r a n ~ i s Zourabichvili (1994), Del.euze, une philosophie de l'evenement, menos que Deleuze tenh aprendid de Ga; briel ~ a r d e : "Depois de milhare de anos eatalogamos os varios modos do ser, classifiear as varias espedes, os v a r ~ o s graus do ser, nunea se teve idlHa as vanos graus da posse. posse ainda e, de fato, universal, e:nao h.itermo para expressar f o r m a ~ o e"o crescimento de run melbor que de a q u i s i ~ ser qualquer. Os termos correspondencia adaptafao, postos em morla por Darwin Spencer saomais vagos, mais equivoeados, nao apreendern fato universal senaopor fora" (1999, p. 89).0 argumento nao devenada urn re. £lao a n t i - e s s e n d a l i s t haveri de fat essencias propriedarles, mas p ~ n s a n do bern, desd que fetto trabalho das i n s t i t u i ~ o e s segundo -as regras.
Como reunir coletivo
Capitulo
no _, nenhum negocia",o poderia conseguir,pois nao poderia atender as proposta
nao se que !a insistisse
at
esgota
ment do adversario Tudo mudaria se as propostas se apresen tassem com tendo contraid babitos, que pesam certamente m es m p es o q u as essencias, mas que contrariamente podem se revisadas, em cursOS de procedimento se
le
estas,
cois va
pena, realmente Conta-se, por exemplo, que os et610gos
especialistas de sapos, teria em indiseutiveis essencias, via
fi
transformado os costumes deste que obrigaria as empresas de rodo
zando, desmobilizando as disputas da mos as certeza concementes certezas: um atacando os
t r a d i ~ a o ,
n6s substitui
reparti",o dos sere po tres in-
e m b a r a ~ o s
gunda enfim as capacidades de
de
la que
a s s o c i a ~ a o :
se-
fala?;
quem age?
tercei
recaldtranda
algumas banalidades bem-vindas que nos mudam as atordoan te profnndezas pela quai os pensadore da ecologia preten diam poder (reconcilia
homem
se
m ei o
Ti
nham compreendido com pontode partida uma
r e p a r t i ~ a o
de
cavarem, em seus taludes, dispendiosos(dutos para sapos"
objetos sujeito que nao descrevi sere do pluriverso, ma que
de qu ossapospudesse
tinha po finalidade abreviar
seu nascimentQ. lnfieis as tanto, que
os
po ovos no mesmos lugare do
i n t e r p r e t a ~ 6 e s
sapos procuravam
como
com tanques. Aeusando as outras cultura de animismo,
os humanos, voltar ao
da epistemol6gica dissimulav cuidadosamente
pantan primitivo. Notou-se, com efeito qu os sapos, encon trando ur pantan ao pe do talude acreditara
se beryo,
ponto de colocare
te voltad ao
ai seus inumeravei ovo
ne
gligenciarem dai em diante utilizar emprestados os eustoso perigoso tuneis. Ap6s experiencia, para
habito
estabe!ecimento do luga
postur de ovo transformou-se, entao, de essencia em
que nao era negociave! tomou-se negociave!
confli
to fronta entre batraquiose rodovias tinha mudado de forma ... Como veremo mai alem po experiencia
c o m p o s i ~ a o
deurn mundo comum
discussa nao volta se possive! sena
tir do moment em qu osmembros aceita
lemica da essencias*
CONCLUSAo
par
passarde uma po
uma c o n c i l i a ~ a o de babitos
VOLTA
politica. Seri com tentar arar
de Freud, parece entre
PAZ
«(Objetos inanimados voces tern entao uma alma?" Talvez nao,mas uma politica, sim. Laicizando, desdramatizando civili-
se pr6prio inanimismo*: um
p o l i t i z a ~ a o
poli
extravaganda
tao completa da
vidado pluriverso, que tudo devia conduzir, sempre, urn "una nimismo
que as
sem debate Gargarejando (ferimentos
n a r c i s i s t a s ' ~
da Cienda teriam feit sofre ao pobre hu manos descoberlos por Galileu, depois por Darwin, depois por r e v o l u ~ 6 e s
Freud, qu na existe nenhum lo entre dade entre
cosmologia
perfeitament ainda mais extremo, reito de faze reinar do-se com x6es
av
orde
desespero da
humani
antropologia distingiIiamos mais
i r r u p ~ a
qu
mundo
de urn antropocentrismo, cada ur
grup
sabios
di
indiscutive! da Cienda." De!eitan
i n d i f e r e n ~ a
do mundo das nossa pai
epistem610go (politico) teria remetido vid publica ao
36 Acharen;tos nos trabalhos de Alexander K o y n ~ versao canOnica dest sup osta ruptura entre ordem do mundo natural ordem do mundo social, ao mesmo tempo em que totalidade davida publica cai sob controle das qualidades primeiras. Poderiamo opor no mesm period tratamento do da epistem6logo Alexander Koyre (1962), Du mond clos l'univers infini, epistemologia poUticade Steven Shapin (1998), La Revolution scientifique.
159
Capitulo
Como reunir coletivo
mperi da paix5es, reservan o-se com uma
da unico imperio do fato teimosos Sabemo ~ ~ o r a como vo;ta fazer, muito simplesmente politica d e m o c r a t l ~ , lu em vez desta politic imperial. quadro 2.1 p ~ r m l t l f - n O S resumir os papeis contradit6rios a t r i b u i d ~ s aos obJetos, no an lgO es od as tarefa ordinanas que esperamos
Nao laicizamos
coletivo, se entendermos por este termo
aban
dono do sonho impossive! de uma transcendenci superior, que viria simplificar milagrosamente os problema da vida comum.
Definimos, igualmente, em grandes linhas, economia de paz que pode doravant se 'substituida pela unic economia de guerra
volta da paz, as propostas articuladas.
previstaate aqui pe!osbatalh6esapontadoscontra ossujeitos su jeitos cavand suas trincheiras para Se defenderem das objetos.
~ ~ ~ ~ ~ a ~ · ~ ~ ~ u r . : : l ~ ~ I ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ : O : m d i i : ; ~ ~ ~ ~ I ; ' ~ ~ ~ : ~ ~ ~ ~ ~ ~ :
No lugar da grand batalh entre cienci politica, que dividia entr si- dominio da realidad ou se defendiam cad
quano
os segundos
CONVOCA<;l>.o
perrmtem.
ur contra
IMPossl\iEl POR CAUSA OA METAFlslCA OA NATUREZA QUE FAZEM OS OBJETOS
QUE DIZEM OS OBlETOS
lndiferentes a
Fazem toda
~ u m a n a s
~ a i x o e s
diferenca
udos
F a la m d e maneira indiscutfvel
morais
Fonte de toda moralidade
ssenciais oorQue (micos reai
lnessenciais, porque nao humanos Onicos fundamentos do vislvel
nvisiveis, exceto aos silbios
nvoluntarios
Fazem aair todas as vontades
nanimados
Anirna
Nao antropom6rficos
Dao forma aos humanos
Nao antropocentricos
Voltado para
CONVOCA<;I>.O POSSIVEl GRA<;AS
todas a s a c oe s poHtica humana
UMA METAFISIC EXPERIMENTAL
PROPQSTAS ARTlCULADAS
invaslio do outro, propusemo simplesmente fa e
lo trabalhar conjuntamente na articuIa,a do mesmo coletlvo definido como uma list sempre crescente de associa,6es entre atores humanos nlio-humanos Como nos tinhamo proposto definimo materia-prim do coletivo co qual se re!aciona ecologia politica.
conjun,lio desses dois vocabulos tern, por
tanto, ur sentido Ha efetivamente no coletivo ta mistura de ,entidade vozes, atores qu teria sido impossive! trata-Io seja pela ecologia sozinha, seja pela politic separadamente pri meira teria naturalizado todas as entidades segund teri so cializad todas. Recusand liga politic ao humanos, ao sujeitos illiberdade, liga Ciencia ao objetos, iI natureza, iI necessidade, descobrimos trabalho comum da politicas como das ciencias: abarcar as entidadesdo coletivo articuIaveis faze-las falar.
Porta-voz de ue se duvida Associa de humanos de nao-humanos
fi
de torna-Ia
Nada mais politico do qu ativldade; nada ai cientific tambem nada mais ordinario, sobretudo. Que se to
Atuantes recalcitrantes Hilbitos em lu ar de essencias
mem as representayoes mais cIassicas, mais banais, das ciencias,
cabamo de percorrer neste momen to caminhoque ha viamo fixado para este capitulo. Nad foi resolVldoamda, mas a
m
e
160
a
~
ful mman
da vida public
ch -s pe!o meno afastad
COmo as formas mais canonicas, mais venenivei da politica,
acM-Ias-emo sempre conformes este designio de"faze falar as entidades articuladas.'Nlio devemo exigir nada maisdo sen sa comum sena qu el retina as duas tarefas e, em seguida,
Capitulo
que ele recuse atribui ao cientista fala dos objetos e, ao po liticos a d o s sujeitos For est "pequena" m o d i f i c a ~ a o , pode
Capitulo
mo daqui em diante tomar como uma evidenci qu c o ~ e ~ vo seja bem compost de entidades dividindo t r a ~ o s essenClalS, par participa de uma ecologia politica qu os obngara nunca mai se tornarem, se debate quer obJeto da natureza,
Na pedimo ao leitor par abandona qualquer
NOVA S E P A R A ~ A O
DO
se
de a r r u m a ~ a o ; de hierarquia, de c 1 a s s i f i c a ~ a o paratudo despeJ,:," na mesma sopa do coletivo Pedimos-Ih apenas nao confundl esse desejo legitimo deordeme norm co d i s t i n ~ a o onto 16gica do objet do sujeito;que nao soment impedia,."egun do n6s, de faze esta arrumaiYao, mas in'troduzia, no maIS, uma horrive confusa Que leitor se tranquilize, poi entenden bem, nos capitulos seguintes, as d i f e r e n ~ a s as quai da tanta im ..
port/mcia mas no final do processo nao no c o m e ~ o . Vma que as i n s t i t u i ~ a e s d" coletiv tiverem estabilizados estas dlVlsa
pape f u n ~ a e s , poder-se-a, com efeito reconhecer sujeitos objetos, um exterioridade, os humanos, urn cosmo. Na no comec;o, na um vez po todas, na fora de processo, na como barbaros se 'assembleia, porem como modernos
compreende como separar, na nO\,ao de
C o m e ~ m o s
natureza,
trig do joio
mesma,nao saberi
PODERES
exterioridad da natureza por e!a vida publica
a m e a ~ a r
nao vive senao graiYas ela:
qual ao contrario,
coletivo em expansao se nutre, par
todos os seus poros todos os seus sensores todos os seus labo rat6rios, todas as suas industrias, todas as suas tecnicas, as mais amplas da mai acessive! exterioridade. Sem nao-humano, nada de humano.
unidad "dan natureza, em si mesma, nao tern qu
politica
a m e a ~ a r
normal co
efeito qu
vida publica pro
em fogo nem ei m, saimos finalmente da Idad da aver nas, da guerra do go da guerrafria, do estado natureza da guerr de urn par urn, de "urn contra tudo". m ~ i o para melbor
cure compor
articular as propostas
sua realidade nem por caus de sua unidade. Sera unicament
logos
qu nossos ancestrai chamaram de
encontram-se novamente bem no centr da agora.
comum,e qu e!a termin por obte-I sob formas parcialmente unificadas. Nao se for preciso renunciar
nmndo qu no
conservar
pelo atalho qu
natureza, isto na sera
permite, quando
por. causa de
s e r v i ~ o
deja par
engendrar esta unidade de uma vez por todas fora de procedi mento, fora de discussao, fora do co et vo
qu se ve
inter-
romper, em seguida, do exterior, em nome da natureza,
traba-
lh de
c o m p o s i ~ a o
progressiv do mundo comum.
ausencia
do que chamamos estado de direito que estendemos as cien-
163
.f Uma nova separ&lfao des poderes
Capitulo.}
cias, ei ai
qu ve
em politica.
comprometer tod utiliza¢o da natureza
unic questii para nos consiste, p0rt:>nto, na se
guinte como gera formalmente*
realidade
exterioridad
unidade da natureza? ja compreendemos, igualmente, por que
tanto separa paix6es, na ram enterrar
Cienciaesta a
realidade
exterior"
conclusao seguinte:
"Entao, calem-se! ... Aind qu tenhamos no apegado esta in conseqiiencia, tanta virtude passara, em alguns decenios, como mais estranha das curiosidades 'l"tropol<>gicas. Porque um realidad exterior ou sobretud realidades interiorizar unit}car,
n6s
compreendemos; ao contrario sem nenhuma di-
qu ponto filosofia oficiais da ecologia politica pecava em sua d e f i n i ~ a o de procedimentos. Da antiga C o n s t i t u i ~ a o , elas ha viam retomado err principal ao exigir para por fim diver de improviso comurn, sob
no
os
auspicio de uma natureza conhecida
por sabios dos quais esta Naturpolitik mantinha
do
e x c e ~ a o . Somen Esta e x i g ~ n c i a do sens comum na padece mito da Caverna, com sua inlprovavel distin¢o e m d n d \ maras, da quai uma faIa se sabe outrasab 8em falar, am bas encontram,se religadas por UIl1 estreito corredor, atraves do
dupla conversao transitam espiritos
bastante sabio para faze fala as coisas muitos politico para fazer citlar os humanos: 56 este mito pode faze s e p a r a ~ a o entre as duas camaras, unica mola de todo os dramas intelectuais a b ~ d o n o
dest cort acarretaria, ao olho catastrof espantosa uma vez que
el impediri Cienci de separar-se do social para megar tureza e, em seguida,torna descerdo mundo da ideias de salvar
na
social de sua degenerescencia. Ma est tragedia, que
trabalho in
visivel. maior parte da ecologia politica pelo menos em suas teorias, naobusca mudar nem de filosofi politica nem de epis
dos habitantes, com todas as vantagens de um amplo coletivo.
policia epistenlOl6gica, um
se
Enfim, os capitulos precedente nos permitiram verificar
temologia, ma antes oferecer
Com certeza,
culpa
te st sistem ma concebid emtodo ca o,nao n6s, qu de monstramos irremediavel falta.
ficuldade, precis retomar discussao, por muit tempo Nada deve interrompei os processos de a s s i m i l a ~ a o , antes que se tenha'encontrado solu¢o para faze esta nova p r o p o s i ~ 6 e
qual por um milagrosa
quem atribuir
pela escaladado irracional? Aquele que
o n s t i t u i ~ a o que bast um gra de areia para bloquear nao do tempo, que extravaso por todapar
procedimentos,ela cometia um falt grave, pois deduzia da ex uma
m e a ~ a d a
inventaram esta inverossimil C
epistemologia
(politica nao podiapassar porum procediment bem formado, apesa(de suas a1tas pretens6es morais Contra respeito ao pressao: ((Existe
sena uma par aquele que quise
q>letivo na Caverna.
h u m ~ o s - ,
~ o d e r
natureza na gestao dos nego-
que os maisarrogantes de seu
a n t i ~ o s
zeladores JamalS tenam ousado th dar. natureza indiscutivel, conhecida pel Ciencia, definiu ordem de importiinci respec tiva da entidades, orde
qu deve doravante, encerrar tod
discussao dos homens, entre eles, sobre
que importa faze
so-
br que importa proteger Contentamo-no em repintar verde-clar cinz da primeiras qualidades Ne Platao nem Descartes nem Marxteria
ousado esvaziar
este ponto, vid
public de suas formas de discussao, pr6prias para abrevia-la pel incontestave ponto de vista da pr6pria natureza da coisas cujas
o b r i g a ~ 6 e s
na
sa mais soment causais, ma tambem
morais politicas. acabamento do modernism par pensadores da ecologia sobretudo para acjueles que se encon tram em ruptura"profunda com a"visa ocidental",co
"ca-
165
Uma nov separtlfilo dos poderes
Capitulo
pitalismo", com
leva
"antropocentrismo'),
que
cabe
tarefa de
born termo! Felizmente as crises eco16gicas,
como
ja vimos, inova
em filosofi politica mais profundamente qu seus te6ricos qu nao chegam da natureza atureza)',
se privar da vantage
oferecida pela conservac;ao
qu se poderia chamar de"o estad de direit da que precisamos neste
bern outro sacrificios pretendia unificar
momento
outro vagares.
descobrir exige
antig Constituic;a
mundo comum de uma ez por todas, se
discussa for de procedimento p o r u m a metafisic da natu reza' quedefinia as q u a l i d a d ~ s primeiras, abandonando as pr6 prias qualidades segunda Ii pluralidad da crenc;as. Compreen de-s qu no privamos co
dificuldad
uma tal arbitragem buscav entre
f a c i l i d ~ d e s
indiscutivel
que
discutivel.A
Constituic;a que sonhamo redigi afirma ao contnirio, qu unico meio de compor urn
mundo
comum) e,portanto de esca
par mais tard da multiplicidad dos'interesse
da pluralidade
das cren
for de procedimento quant
que
comu
que
uma
particular. En
questa moral do bern comum' se encontrava separa
da daquela fisica
epistemol6gica do mundo comum*, n6s pre tendernos, ao contrario, que precis conjuga-Ia para recolocar com. novoS
do
born mundo
comum, do melhor dos
mundos possiveis, do cosmo*.
Ainda que cada um das duas Constituic;oes julgue escan
dalosas as exigencias da outra, elas entretanto na se opoem,
como racional irracional, pois cada uma pretende fala em nome da raza definir, Ii su maneira sem-razao. antiga forma de o r g ~ i z a c ; a o considera que raza nao pod faze sur tir seus efeito senao com soluto os fato
oS valores,
condic;a de distingui de modo ab mundo comu
bern comum.
no pomos confundi dois afirm la desarmamo-no diante do irracional, post que nao podemos mai po fim Ii in definida multiplicidad de opinioes po rn ponto ista in discutivel qu escapari qualquer ponto de vista. Par nova ao
~ n v e r s o )
ao confundi
do social com unic do
<:::iencia com as ciencias,
inferno
politica, querdizer, ao se recusa toma por ur
mesm objetivo questa do bern comum
comum os valore
os fatos) assumimos
do mun-
terrivel responsa
bilidad de interromper prematuramente composic;a do cole tivo ficil,
experimentac;ao hist6rica da raza (ver capitulo 5) Edicomo
se ve imaginar uma oposic;a mais decisiva: no
mento em qu
Antigo Regime ter necessidade de opor racio
irracional para fa atingi este fi
mo-
triunfar
abstendo-nos
ra
n6 pretendemo
da distinc;a entre
raciona
ir
racional, estadroga que parali,aa politica. Reconhecemos toda via que exist bastante de irracional: tituic;ao marcada pelo contra-senso.' Para compreender
conjunt da antig Cons
qu pont os dois regime se distin
guem precisamos entrar vivamente no tema, abordando
mais
difici dos capitulos deste livro. Coletivonao quer dizer"urn';mas significa) n6s
sabemos) "todo, ma nao
d o i s ) ~
Designamos por
g u e ~ r a d ~ s .ciencias, deste ponto de vista, nao the falt uma certa grande za. Eureumna, neste momento, campo dos "sokalistas", se eu ouvisse al guem dizer, tranqtiilamente, que as ciencias sao urn "sistema de convic 7oes", e ~ t r e outros, uma " c o n s t r u ~ a o social" sem validade particular, urn J ~ g o de mteresses p,oll:ticos, no qual mais forte ganh (posi'roes que ha bltualmente me atnbuem, s e m e t er e lido!). "That means war!", como lembra Isabell Stengers (1998), "La guerre des sciences: et la paix?' te mos bastante razao de bater-nos para impedir esta extensao as Luzes do obscurantismo da Caverna. Porem, combate q u e u conduzo diferente: prevenir de que nos privem detoda luz enterrando-nos na ab6bada daCa verna par.a em seguida cegar-nos com urn refletor q u e s 6 nos podent quei mar retma...
167
Capitulo
Uma nov' separari
este termourn conjunto de processos para explorar, para coletar, pouco
pouco, esta
coletivo
potencial. d i f e r e n ~ entre eSIe as noc;:5es vagas de super-organismo, "de
u n i f i c a ~ a o
se formar,
unia do homem da natureza",de "passage do objeto do su jeito" cuja filosofias de natureza faze grande uso, repousa pois sobr noss capacidade de nao nos precipitarmo em dire unidade Se
dualismo na convem
monismo nao sabe
riatampouco convir Ora,0 im do capitulo
na no ofereceu
senao um vasto melting pot: estas. a s s o d a ~ 6 e s nao-humartos da quais vimo que formava
de hurnanos del doravant ;." pro
que nov coletiv devearticular, umascom as outras. Resta descreve as forma qu deve toma osdebate paratria
p o s i ~ 6 e s *
gem destas p
r o p o s i ~ 6 e s , qu nadamai ve unifica de antemao sobretudo, natureza. Depois de have reunid coletivo contra
fals
d i f e r e n
da
antiga C
o n s t i t u i ~ a o ,
di-Ia de novo descobrindo "boa
resta:nos,por tanto, divi
d i f e r e n ~ ,
aquela qu nosper
mitira evitar as sintese de procedimento que tornariam ilegitima maior parte da decis6es tomada segundo dos poderes entre natu:rez
antig
s e p a r a ~ a o
sodedade.
dos poderes
tretanto, despertarmos Po qual raza afirma que valem as coisas sera mais difici do qu afirma qu el slio? de descobrir ur bo sucessor par d i f e r e n ~ a dos do valores, examinemos us comum destas n o ~ 6 e s Ie-
fato
vantando, em uma espede decadernos de encargos lista da exi genda essendais as quai seu substitutos deverao responder. Qu na Ele obriga, de inicio
be no us corrente da palavr fato? omitir trabalh necessario ao estabele
do dados obstinado c a b e ~ u d o s . Na o p o s i ~ o dos fa dos valores, somo obrigados limita "fato" etapa fina
dmento
tos de
um long processo de e l a b o r a ~ a o . Ora, se os fato Sao fabri cados, se, como se diz, "os fatos sao fatos eles passam po mui
tos outros estagios que os historiadores, sod610gos psic6Iogos economistas das
c i ~ n c i a classifi se esforc;:aram em relaciona car. Exceto os fato confirmados sabemos, agora, situar tod
uma gama de fato incertos, quentes, frias, leves, pesados, duros, macias, que tern justament por caracteristica nao dissimula as pesquisadores no ato de fabrica-los, os laborat6rio necessarios ua p r o d u ~ o
os instrumento que assegura
su v a l i d a ~ a o ,
as polemicas par vezes vivas, as quais da lugar, em suma, tudo
ALGUNS INCONVENIENTE FATO DE VALOR t e n t ~ o
da d
i s t i n ~ a o
que permitearticular as
DAS NOQOES DE
dosfatos dosvaloresvem de sua
aparente modestia de su pr6pria inocenda: os. sabios definem os fatos, soment os mtos el listas na
deixa
ao politico
ao mora
tarefa multo mais perigosa, de defini os valores. Quem t ir i luga ainda ~ o n f o r t o de um tal f o r m u l a ~ a o ?
esta quente basta deslizar-s ai para cair no mesm instante sono dosjustos
168
p r o p o s i ~ 6 e s .
Em conseqiienda, deno
minando "futo", sem Qutra precauc;:ao, dos terdt6rios trac;:ados pela fronteira do fato dosvalores cobre-se co profun
no
dest longo son dogmatic quee predso, en
da obscuridade
imens diversidad da atividade sabi
gam-se todo os fatos, quaisque qu seja
obri
os stagio de Sua
fixarem-s 'COmo se ele ja tivesse a t ~ n g i d o seu estado definitivo Este gel obrig designar pelas mesmas palavras p r o d u ~ a o , uma
multidao de projetos, de prot6tipos, de ensaios de refugos
de rejeitos na falt de um term qu permit di rsific gama; urn poueo lcomo se charnassemos de "viaturas" todas as etapas sucessivas de uma linhade montagem, se
sublinhar que
Cap!tulo
Urna nova sepaTafiio dos poderes
palavra design tanto as portas separadas, quanta urn chassis, tanto os quilometro de fios eletricos, quanta os far6is Qualquerque seja
termo que escolhamos mais tarde para substituir
"fato" notamos, desde ja que
e!e
dever faze sobressair
pro-
f a b r i c a ~ a o
cessivas, assim como as v
a r i a ~ 6 e s
de qualidade ou de acabamen
to de que dependem.' n o ~ a o
de fat
possui urn outro defeito melhor conhe-
cido: el nao permite sublinhar
trabalho da teoria necessari
para coloca os dado em c o e r ~ n c i a .
o p o s i ~ i j o
valores define, com efeito, po azar, u m a o ut r hist6ria epistemol6gica
longa demais,
chamados, por contraste, de "bnitos".
d o f at o
unida.
Se
p e r m a n e ~
dos fatos,
filosofia da
c i ~ n c i a ,
respeito aos matters af fact parece essencial menos verdad q u u r exemplo,
m a n i f e s ~ a o ,
expressao.' Encontramos nahist6ria das
c i ~ n c i a s
sa-
frente 11
de!?n-
fato isolad
sempre despido de sentido, t an t o q u n a
ce de qua teoria vern
cuja
d i f e r e n ~ a
da teoria
bemos bern, nao p6de jamais mostrar nesta questao um
tologi dos sabios, na
do
se
conhe-
prot6tipo ou tanto zomba-
ria contra os fundadores de teoriasvas derrubadas p o r u m a mi-
nuscula evidencia, como ca'r0adas contra as "colecionadores de selos" que amontoariam como as avaros, uma profusao de 00-
dos que urn l1nico pensamento astucioso bastaria para predizer. Ur trabalho de modelagem de enformar de ordenament m o d e l i z a ~ a o ,
Acharemos os e l e ~ e n t o s essenciais desta longa disputa contra empirismo, tornada dassica por Duhem, tanto em Bachelard quant em Popper Kuhn.
170
se
de
quisermos que
os fato brutos, os fato falantes os fatos obtusos possam brutal mente enfrentar os palradore tos. Ha muitas
h e s i t a ~ 6 e s
para tomar, ainda aqui,
qu vaticinam 6s seus prop6si-
entre
positivism racionalismo palayra "fato" como uma descris:ao
adequada destas mUitiplas f u n ~ 6 e s . Acrescentemos portanto, ao nosso cadeJno de notas que
para substituir as de su f a b r i c
miqo peIo
t ~ r m o
termo queprecisamos enco;'trar
termo "fato" deveria incluir, em muitas das eta pape indispensave de enfarmar, resua ~ a o , "teoria" au "paradigma".4
Passemos agora, ao outro lado da fronteira.
n o ~ a o
de
"valor" nao e, nem mesmo ela, despid de inconvenientes. Ela tern, de inicio f i n i ~ a o
insigne fraquez de depende inteiramente da de-
previa dos "fatos" para
t r a ~ a d o
lore chegam sempre muito tarde,
se
de seu territ6rio. as va-
encontram sempre,
demos d i z ~ - I o , postos diante do fat acontecido acontecer
que deve 5Or, os valore exigem rejeitar
mos retorquir que
o b s t i n a ~ o
Se
se
po-
para faze
que e, pode-
.dos fato estabe!ecido nao per
mite mai modificarnada. "a fato esta la que v o c ~ queira ou nao" Impossive! delimitar tabilizado
Nao esque,?-mos que C i ~ n c i a as c i ~ c i a s nao os mesmos haoitos a l i ~ mentares considerando que C i ~ n c i a se enfraquece em todo rastro de c o n s ~ tru¢o, as c i ~ n c i a s se allmentam g r a ~ a s ao fabrica¢o permitido pelos laborat6rios. Sobre carater fabricado dos fato existe no momento uma literatur abundante. Sobre hist6ria propriamente politica dos m a t ~ ters of fact, ver os trabalhos ja citados de Steven Shapin, de Licoppe de Ka rin Knorr. O-tema da f a b r i c a ~ a o ou da c o n s t r u ~ o dos fatos obriga, disto es touconsciente, uma t r a n s f o r m a ~ a o profunda da pr6pria n o ~ o de fabrica Eu nisto me lancei varias vezes, particularmente em Latour (1996).
de definiya parece necessario,
primeiro:
tiveis dados da C i ~ n c i a
segund dominio antes de haver es
dos fatos,
das e v i d ~ n c i a s ,
dos indiscu-
Em seguida, mas somente em seguida, os
d o capitulo 4, por que este doi termos Nilo entenderemos senao ao sao sin6nimos, mesmo se tradicional disputa entre hist6ria interna h i s ~ t6ria extern das citncias os manUm separados Dominiqu Pestre (1995), "Pour une histoire sociale et culturelle des sciences Nouvelles definitions, n o u ~ veaux objets, nouvelle pratiques': Esta s e p a r a ~ a o , cuja hist6ria foi estudada ern Steven Shapi (1992), "Disdpline .and Bounding: The History a n S o ciology of Science as Seen Throug the Externalism Debate':nao e , d e f a to , senao urn artefato da antiga C o n s t i t u i ~ a o .
Uma nova separafll dos poderes
Capitulo
valore poderao exprimir suas prioridades seus desejos. Uma donagem da ove\ha dos camundongo tornou-se vez qu fato da natureza poder-se-a po exemplo, apresentar
"grav
questao etica de saber s e s e deve ou nao donar os mamiferos, os humanos ai compreendidos. Formulando assim
hist6rico des
te tra,ados, ve-s ja daramente que osvalores flutua do avan,o do fatos. Ie qu pode defini
em fun
balan,a nao e, pois, igua entre aque
indiscutivel do qu
r e a l i ~ a d e i n e l u t a v e l
simplesmente"e" (0 mundo comum), aque!e quedev manter contra ventos mares,
necessidade indiscutive! inelut:ive! do
que deve se (0 bern comum). Se elas reCllsam esta 20si,ao de fraqueza, que as obriga espera sempr atras da fronteira flntuante do fatos, os valore
tados do mundo qu permiti justamente formar uma opinia julgar ao mesmo temp
necessidad
possibilidade do se
do dever-ser. Que resta, entao, aos moralistas?
ape!o valores universais gerais, busc de urn fundamento, os principios eti-
cos, respeito aos procedimentos, meios certamente apreciaveis, mas se tomar diretament pormeno do fato qu perma nece obstinadamente submetidos"queles que nao fala 'nao do fatos. Os prisioneiros da Cavern continua dir-s sena sobr
qu se diz. Aceitando
moralistas aceita
"se
nao pode deci distin,ao fato/valor,
buscar su legitimidade muito long da
cena dos fatos, em um outra zona, sais ou formais da etica Assi
ados
fundamentos univer
fazendo, e!es arriscam abandonar
assim, se dobrar num dominio qu Ihes seria
toda "moral objetiva' quando nos preciso ao contrario, ligar
pr6prio, fi de defini hierarquia entr os re ou ordem de importancia qu seria precis \hes consentir Elas seriam, en
derfamos dassificar as proposi,6es po orden\ de importancia,
nao podem, ne
tao, obrigada
julgar sem fato, se
rico material gra,as
qua os fato se encontram definidos, estabilizados julgados. modestia daque!es qu nao fala les que deve
julgar os valores. Ao vermos
de pe!oqual os sabios definem se
"senao de fatos" desvia aque gest de humilda
"simples realidad dos fatos,
pretende de nenhum modo julgar aquil qu
te desejavel' os moralistas cree
moralmen
qu \hes deixaram
me\hor
parte, mais nobre, amai dificil. Eles toma como ~ e r t o pe de humilde servi,al, de servidor zeloso de tecnic se conceito, jogado po aque!es que se limita oferecern
ao fato
pre
qu \hes
de comum acordo, pavo
neando-se, tanto os sabios como os moralistas un
po
falsa
modesti{" outros por fals orgu\ho. Mas,limitando-s ao fatos,
os sabios conservam no seulado da fronteira
fi
aque!a do bern comum Com po
qu
de fato
ce
habitos intimo de toda esta proposi,6es? No caderno
do valores, se nao somos capaze de conhe
de encargo do conceit qu substituira0 valor nao esque,amos de faze consta marem-se
fun,ao que permitiraaos moralista reaproxi-
do pormenor do estado da naturez
troversias em luga de se afastare
suas con
para ir em dire,ao
investi
ga,ao dos fundamentos.
pa
pape! gratificante de senhor.e daque! que decide "A
cienci prop6e,.a moral disp6e", dize
questa do mund comu
multida doses-
Em seu livro, Hahermas (1996) e s f o r y a ~ s e por encontrar na noo;:ao de nor mas urn intermediario entre fatos valores. Como muitas de sua solwyoes, esta aqui tern inconveniente de conservar os defeito dos conceitos tradi donais, procurand em tud os meio astudosos para remedia-lo. Para descobrir "radonalidade procedimental" que convem ecologia politica (ver capitulo 5), s e r ~ n o s - a preciso, entao, evitar soluy3O oferecida pela no* refletir mais longe, para nao manter difereno;:a, consagra o;:ao de norma da por Habermas entre razao instrumental, ocupada com os meios, ao;:ao comunicativa, que se ocuparia dos fins.
173
Capitulo
Uma nova separafow dos poderes
Est familiaridad sera tanto mais necessaria, no regime atual, porque bastara have definido qualque cois com um estado para qu na se retom mais sua d e f i n i ~ a o , para que el perten"" para sempre ao dominio da realidade. t e n t a ~ a o ,
no
fatos um do valore qu se deseja promover
medida destes
petelecos,a realidade do que va carregar-se pouc pouco, de tudo que se gastaria de ver existir. m un d c o u m e bem comum vao encontrar-se confundido sub-repticiamente, per manecendo oficialmente distinto (se beneficiar, mesmo assim, comunsque desejariamos descobrir).Est para doxo nao nos deveri mais assustar longe de clarear questao, as
o r g a n i z a ~ 6 e s
fatos/valore va tomar-se ainda mais opaca, tor d i s t i n ~ a o nando inextricavel e e que deve ser. Mais se distinguem os
os
s , m ai s s e o bt e
mau mund comum,
que se poderi chamar de um kakasmas. conceito qu pre tende substituir n o ~ a o de valor deveria, pois preyer um me canism de controle de mod evitar as inumeraveis peque nas t
r a p a ~ a s ,
pelas quai se confunde, voluntariament ou nao,
do desejavel. Nao e s q u e ~ a m o s de d e f i n i ~ a o do possivel ajuntar esta quarta exigenci ao nosso cadem de encargos Explorando sucessivament os doi lados da fronteira tra ~ a d a pela veneravel o p o s i ~ a o dos fato dos valores c o m e ~ a m o s
n o ¢ o de fato nao'descrev melhor pro compreende qu do sabere (ela esquec tant as etapas intermediarias
d u ~ a o
quanto
c o n s t r u ~ a
da teorias) qu
n o ~ a o
mite compreender moral (ela toma suas f u n ~ fato tenham sido definido descobre-s se na se
de valo nao per depois que os outr recurs
174
en o?A
tomar um deci
um Cienci queelatem ainda mais pode qu aparec com mais virtuosa, Co efeito aquele que perseguem, na disciplina biol6gicas econ6micas, hist6rica mesmo fisicas, t r a ~ o das influencias ideol6gicas que mancham faticidade sa grandes utilizadores da d i f e r e n ~ a fato/valor poi ter necessidade del para impedi as pequenas t r a p a ~ a s assinaladas acima, pela quais se abriga docement uma preferencia axiol6gica em mei ao fato da natureza. Mostrar, por exemplo, qu imunologia tod' poluid pela metaforas guerreiras que neurobiologi consom enormes quantidades de prindpios de o r g a n i z a ~ a o de empresas que genetica faz da p l a n i f i c a ~ a o uma ideia determi nista qu nenhu arquitet utilizaria par fala de seus proje tos,' denunciar tanta fraude pela quai os contrabandistas vao dissimu1ar os valores contestaveis ao abrigo do fatos. Reci procamente denunciar us qu um partido politico faz da genetica da p o p u l a ~ 6 e s , os romancista dos fractais do caos os fi16sofos do prindpio da incertez quantica os industriais da leis de bronze da economia voltam denunciar os c o n t r a b a n distas da outra margem qu passam fraudulentamente ob nom de Ciencia, certas
a f i r m a ~ 6 e s
qu
na ousa
~
expri
mir claramente, com medo de chocar ma qu pertencem,evi
dentement ao mundo das preferencias quer dizer, do valores.
6 e s
antlga
Querendo distingui chll:ament Ciencia ideoloaia, desejava retifica fronteira incessantemen-
C o n s t i t l l i ~ a o
apel ao prindpios tao universais qua impotentes)
preciso conservar est dicotomia apesa de seu inconvenienOIl'
privar da vantagen do bo
saoesclarecida, importa compreende bem utilidade aparente ment inusitad da d i s t i n ~ a o entre fato valores.
abandona-Ia, apesa do perigo que sempre se tera ao e'
Ver, porexemplo, utilesclarecimento de .£velynr Fox-Keller (1999),U R6le des metaphores dans les progres de La biologie, sobr os discursos da genetica.
Capitulo
Uma nova separasao dos poderes
.3
te patrulhada,evitand doistipos de fraudes: aquela pel qual se utilizam em segred osvalores fi de interromper discussao sobr os fato (a questao Lyssenko permanece como modelo); aquela, de d i r e ~ a o oposta, pela qua se serv discretamente do estado de coisas para impor preferencias que na se ousa confes sar ou discutir francamente
(0
racisnio ciel1tific
exemplo
mai tipico melhor estudado).A lutacontra ideologiados sa bios parece, pois, ter est vantagem de purifica os cientista da p o l u i ~ a o politica ou moral, do qual ~ ' s p e r a v a m aproveitar ela os
conclama de fato
ordem
l he s impoe substitui todas as amaIgamas
de valores po fatos, nada mai que fatos.
uso ideol6gico da Cienciaproibe aqueles que devem discu
ti
os valore esconderem-s atras da evidencia da n a t u r e ~ , confessar seuS valores, nada mais que valores,
sern arrastar as ciencias para esta galera, pois que, como se diz, "0
que e, nao pode bastar para definir
a o q u a se protegem ao mesmo t em po ,
da Ciencia
m en te ,
autonomia
independenci dos julgamentos morais Infeliz t er n
Mesmo se a l c a n ~ a s s e
f ra qu ez a
da dicotomia que busca manter
seus fins
mai eficaz polici das frontei
energi dispendid
como 'a amplitude das f o r ~ a s de policia que patru-
lham'esta fronteira.'
mito da Caverna nao visa, evidentemen
te, separar as duas carnar.as, verdadeiramente, sern seriam mudos
osvalores se
em um tarefa v a d e t od a vez
s e m p r ~
f o r ~ a ,
mas transforma
ponivel:
distin
o ut ra s Se conseguisse terminar ao menO um a v a n ~ a d o .
Nao se pode, entretanto, abandonar um pensavel sob
qu os fatos
impossive de retomar, que va deri
seu trabalho Sisifo nao teri jamais
d i s t i n ~ o
indis
pretexto de que se trataria de uma tarefa intrans
moral na
se gaba de manter suas exigencia contra
todasas evidencia contrariasa realidade Devemos ir mal lon ge
mostrar qu esta empresa nao
tambem prejudicial.
que dev ser"
Parece verdadeirament diftci privar-se de urn dispositi vo g r a ~
d c i a que se poderi crer para considerar po ela assi
luta con
tr
obrigando-os
ocupa p o l u i ~ a o , mesmo se ela ocupou ideologia, pureza ainda urn grande nurnero de intelectuais, nao tern, entao, efi
somente impraticavel mas
primeira vista, entretanto, ao acontece
isto, introduzir-se-ia uma confusao ta espantos quanto pusess
confundir
Ceu das Ideias com os simulacros da Ca
verna. "Quereis, pois, rnisturar os fatos trabalho cientifico l ui r a
f a b r i c a ~ a o
os valores? Confundir
pesquisados fundamento morais Po
dos fato peloimaginario social
D e i x ~ r
os fan
ras na conseguiria senao obter fatos puros puros valores. Ora, acabamo de mostrar que oS fato definiam tao mal das ciencia quanto os valore
papel da moral.
da d i s t i n ~ a o Ciencia/ideologia vern pois, de que
fim louvavel que, se foss atingido, na nos faria tanto, sequer um
polegada!
d i f e r e n ~ a
trabalho
impotencia lavi
a v a n ~ a r
entre
tr
t: arallo pela qual distinyao introduzida no capitUlo entre C i ~ n c i a as c i ~ n c i a s * - nao devi nada esta esperanc;:a de purificar C i ~ n c i a de todo trac;:o de ideologia. C i ~ n c i a "pura autOnoma" est ainda maisdistant das c i ~ n c i a s , tais cbmo se praticam do que C i ~ n c i a poluida pela ideologia.
Bachelard que se deve provavelmente haver consagrado tanta energia na todo trac;:o de contaminac;:ao por urn "cor te epistemo16gico sempre retomar, uma batalha de todos os momentos senso comum, sempr no contr os "obsticulos epistemo16gicos", que erro, multiplica como deseja. Vet, igualmente,. os esforc;:os incessantes de Georges Canghuilhem (1977), IdeoLogie et rationalite dans l'histoire des sciences de La vie, para purgar as ciencias de todas suas aderencias ideo16gi cas. Prefere-se hoje em dia esquece-Ia, mas quisemos, ao tempo de Althus ser, ate purga Ciencia de Marx de su ideologia ... Nest tradic;:ao, racio nalidade nao se exerce senao por ascese continua que prende a o q u faz existir. t: dificil conceber fundac;:ao de uma Republica* com uma ta e p i s ~ temologia de combate. t:
Franc;:a para limpar as ciencias de
177
Uma nova sepaT'afiJo dos poderes
Capitulo
tasma dos sabios loucos decidir quanta se s ab en d m a i d is ti ng ui r o s f at o
q ua l
cotidian.a?" Nao
11 vida
o s v al er es ,
e m s u i ne lu ta ve l n ec es si da d
natureza tal
da sociedade moral, tal
qua deve ser na sua liberdade indiscutivel, temos claramente q u qualquer coisa de essencial
sentimento
11
vida comum
estaria perdida. Todos os perigos do relativismo, em materia de s ab e
de moral, retomariam com f o r ~ a : U m a vaca nao reen
contraria mais seus clones Nao, decididamente, um
pedra de
toque ilio importante nao pode ser l a n ~ a d a sem boas
imperio-
sas raz5es. Antes de explorar estas razees na
seguinte, acres-
s e ~ a o
centemos portanto ainda um clausul ao fi('>sso cademo d e e n c ar go s N a o s e v e
n in g ue m l am en ta r n 6
sabemo bern
ineficaciade um partilha sem compreender que eladev preen che bern um
f u n ~ a o , tal como
G r an d M ur al h da China,
quesem jamais impedir asinvasees serviua mil designiosde su cessivos imperadores.' Duvidarno que um
divisao tao forte
mente enraizada no born senso, nao tenha po finalidade descre
ver
que quer que seja
que the reprovamos, c o m u m a fra
segurar os espiritos, pelo menos muito bem e, se possivel melhor arranj que abandonamos. Vai ai
que
politica da natureza.
ao mesm temp sobre os fato futuro ros, qualque que seja mesmo que
credibilidad de nossa
controle de qualidade deve ser mantido sobre os valore futu
sentido novo que se dara
esta palavras
policiafrances das fronteiras deve continuar
fazer'seu trabalho de controle, mesmo no
e s p a ~ o europeu
cha
mado Schengen.
Dispensar-se de um dicotomia
da metafisic que
darnenta, nao.significa, portanto, que pdssarnos
fun
d e s e m b a r a ~ a r
nos ili facilmente das exigencias que lhes estavam atreladas po
razoes que se acreditavam necessarias, mas qu nao sao, na realidade senao contingentes Nao nos propomos,entretanto, abandonar as d i f e r e n ~ a s
capitais que se exprimem desajeitada
mente na d i s t i n ~ a o d o f at o
outra parte, em um outra o
abrigri-las em
d o v al or es , m a
p o s i ~ a o
de conceitos, provando que
elas ai estara mai seguramente guardadas. Por pouco queacei te modifica
d e s c r i ~ a o
de se post de trabalho, Sisifovai des
cobrir que seu labo pode tomar-se, enfim, produtivo..
queza, vern de su fun¢o principal: tomar incompreensiveis
fabricarao do qu deve ser,
c o m p o s i ~ a o
progressiva do cosmo,
do born m u n d o c o mu m . S ep ar a o s f at o
rnai ai chegar, esse
cia "dos fatos, nada sena os f
a t o s ' ~
v al or , nao a z
m ai s
ideologia, nao mai ostentar contra
ja
11 poten
P OD E DE ORDENAMENTO
poder da natureza sobre
que "deve" ser. Se decidimos abandonar t r f at o
o s v al or es , s e
unico meio de assegurar, g r a ~ s n o ~ a o
d i s t i n ~ a
res, tend de conservar
e nt r
polici da fronteiras ne
contrabando ser preciso, entao, que
Como abandonar
de fronteir en
f a ~ a m o s ,
lutar
para as-
ter,
saber,
O DE R
confusa d
p r o p o s i ~ e e s
Sobr est obra de arte ve apaixonante livro de A r t h ~ Waldron (1990), The Great ·Wall of China. Fro History to Myth.
s o l u ~ a o
valo
que evita ao coletiv
d i s t i n ~ a o 11
noite, quando todas as vaca
(clonadas ou nao) sa cinzentas? Na tres mos desembalar
entre fato
nucleo de verdade queela parece con
exigenci de um
m i st ur a r t od a
i s t i n ~ a o
depois reempacota
que guardamos para
s e ~ e e s
d i s t i n ~ a
seguintes va fato/valor.
presente capitulo consiste em
179
Uma nova separtlfi10 dos poderes
Capitulo
val paralibera asexigen desligar os doi pacote do ata t e m es cia contradit6rias que ai se encontravam m d e ~ ' d a m e n a l s d n e cladas, depois, na s e ~ l i o segumte, reagrup eoutro nome, com empacotamentos bem malS omog £acil mas nlio ii outro m ei o d e andar neoS. operas:ao nao ue noS ..-2 todepressa n e d e faze-Io mais simples, no momento ar duravelmente senso com urn, em e s f o r ~ a m o s em re fund tal o p o s i ~ l i o ao born senso,
po um sucessao de acontecimentos imprevistos,
mediadores que compunham, ate
no<;ao de fato
maneira alguma que el seja objetivo ou certo, nem mesmo in discutivel. Ao contrario, de agita, perturba, com plica, faz falar, susdta talvez um
viv controversia
i r r u p ~ a o
p r o p o s , ~ o e s
na
discutivel destas
p r o p o s i ~ 6 e s ?
b er n d ef in id a ou cQ,auando se insiste sobre os fatas teimosos, desorgamzadordes mse evem 6 ~ o d o s sublinham-se dois t r a ~ o s que se po letamente: pnmelro su distinguir, porque de se opoem blinh importiinda incerteza da dlScussao, segun 0,
mais discutu....
agora, do primeiro ao qua! segundo enOS por acaso. Sob expressao mesclou, senao po erro, pe de um entidade,que 'd capaC! d e d o dis ambigua de fato exprime-s pertur ar or desvio obriga d i s c u s s ~ o tomarhiib'tos' incomodar d e f i n i ~ a o . d o curso, interJen com oS ra utilizar as expressoes ac plunverso qu se aceps:ao, oS fatos assina;do capitul precedente nesta pn em modificar, t'nc,'a de atores surpreendentes, qu la eXlS
p o r t a n c ~ c u p e m ~ _ n o s ,
realidade exterior, n6s
compreendemos bern quer dize duas coisas totalment dife rentes
qu
preciso, neste momento na soment na mm
confundir, mas classificar e.m caixa bern distintas um o ut ra , it unificafiio. ( s o b
m a q u os fatos se apresentam de inicio
rio, sobr
qu re
primeira for
quente, no laborat6
frente da pesguisa, vestidos como seres de estatuto
incerto, que solicita
;amos, de inicio, pacote que compunha, ate aqui, es fa a! N6 'to de fato em sua o p o s i ~ a o aO quantas d" duas exigencias mUlto "eren es. bemos qu e, envov a! _, essen-
list dos
os Mbitos dos mem
bros do coletivo. Que urn fat seja perturbador nli significa de
mete it complicafiio
As duas exigertcia contradit6rias presas
e n t a ~ ,
sere
levado em
c o n s i d e r a ~ a o
quai nlio se sabe ainda se sao serios, estaveis delimitados, presentes, ou se eles nao \78.0 logo, por um outr experiencia, um outra prova dispersar-se em tanto artefatos reduzind
n6
mero daquelescuja existenCiaimporta. Nest fase as p r o p o s i ~ 6 e s
nada faze
ainda, se ousamo dize-Io,
na se apresentar su
candidatura a, existencia comum submeter-s da
aind incerta."Digamo que sob
provascuja sai
nome de fato as entida
de novas aparecem cO,mo aquilo q u t o rn a perplexos' aqueles qu discute
seu respeito. que insistimo sobre
obstina¢o dosfatos, que
remo esta seguro de que nlio se podera reduzir bitrariamente para facilitar-no acordo, abreviando
coisas
n6mero ar
simplifica noss
discussao. Quando dizemos: "Os fato es
10 Recordemos que urna proposiyao* nioe urn termo de lingillstica, mas designa articulayao pela qual as palavras tomam conta do mundo. Urn rio, urn buraco negro, urn sindicato de pescadores de linha, como tambe urn ecossistema ou urn passaro raro, sao p r o p o s i ~ o e s . Para lemErar este realismo das substituo freqiientemente pelo termo vago de entidade. p r o P Q s i ~ o e s eu
181
Um nova sepaJ'afilo dos poderes
Capitulo
tao ai, quer nos agradem ou nao", nao se trata de bate na mesa para evitar
construtivismo social,mas para assinalar algo mui
to mais comurn, menos guerreiro, menos definitivo: evitar qu nossos interlocutores limitando por a n t e c i p a ~ a o list do es tado do mundo escape ao riscos qu poem em perigo nos sas
e x i s t ~ n c i a s
form numero de p
regradas Formulemo esta primeira
e x i g ~ n c i
um imperativo categ6rico tu nao ~ i m p l i f i c a r a s r o p o s i ~ o e s
levar em conta na discussao.
Qu faremo agor do outro t r a ~ o que se encontrava con fundido erroneamente na mesma caixa dos "fatos"? Ele nao se assemelb em nada precedente pr6pria e v i d ~ n c i a , pois qu ele sublinha ao contrario, aspect indubitiive do fato objetivo qu encerr
di cussao ou
!o menos, qu empurr
debate
para mai longe, sobre outro sujeitos por exemplo sobre os valores.
perplexidade nao
uma situa¢o estave!; nem
contro
versia Uma vez"a candidatura das entidades nova reconhecidas, aceitas, legitirnadas, admitidas no meio da
p r o p o s i ~ o e s
mais an
tigas, eis que elas se tornam estados de natureza, das evidencias, dascaixa pretas, dos habitos, dos paradigmas Ninguem moos dis cute se luga
su irnportancia Elas foram registradas como
Assirn que insistimo sobre solide dos fatos, exigimos de nossos interlocutores que eles nao contestem mals os estado de coisas qu agora limites nitidos, um soleiras habitos fixados em suma uma e s s ~ n
f6rmul pode parece estranha, mas va eselare'c er-se em urn instante, assim que tivermos esfolado por suavez, conceit de valor, Em tod ca ja compreendemos por qu pa cote dos fatos se encontrav mal amarrado: el dissimulava, sob mesmaembalagem duas o p e r a ~ o e s muito diferentes, uma que discussao, outra que ne!a punha fim! Nad surpreen
l a n ~ a v a
dente que jamais se tenha compreendid bem
expert que, em nom dos "fatos t certeza, tanto
discutivel como
pesquisa como
Se batemos OOnda
punho sobr
mesa na
para longe
moos para convi
dar ;\perplexidade, mas para recorda que os"fato esra ai e!es sao c
a b e ~ u d o s !
qu
punho sobre
indiscutive! tanto
na mais pe ul r!
nt
o b r i g a ~ a o
primeira
segund visa assegura as p r o p o s i ~ o e maximo de perenidade, de solidez de concordancia,
de coerencia, de certeza, evitando justamente que se chicane todo momento, reafundand os debate na confusao Esta era miserave astucia da Caverna: com dia designar
moos frac
mesma palavra "fato"po
moos forte,
moos discutive
Como definir este estado de fatoque se tor
nou indiscutlve!( Digamo que as proposi0es estao instituidas.
11
baria
perplexidade como
visa multiplicar numero de entidade considerar maximizando perplexidade dos agente qu ai se encontram enfrentados, quanto
de premissa indiscutiveis inu
que significava
o p e r a ~ a o
reunidas
argurnento que se prolonga
e i m o s o s ' ~
me a: se gest podia significar tanto
da natureza das coisas, do senso comwn, do mundo comwn. Nao
meraveis raciodnios
c i a *
est segunda e x i g ~ n c i a f or m um butro imperativo: um vez. instituidas as p r o p o s i ~ o e s , tu nao discutiras moos p r e s e n ~ a legitima no seio da vida coletiva.
membros com todo os direito da vida coletiva Elas fazem parte se lbe discute moos. Elas serve
precisa, Formulemos
d e f i n i ~ a o
Usamos, para momento, termo instituiyao* em um sentido banal. M ~ i s adiante ficara mais preciso. Recordo, sob risc de cansar, que para pratlCa
das c i ~ ~ c i a s (e e ~ t a ~ ~ a r a asociologia das c i ~ n c i a s ) termo instituiyao nilo sao instituidas, mais sua n ~ g a u v o , maspOS1UVO; quant mais as c i ~ n c i a sua verdade crescem Veremos, em seguida, que as termos i n s t i ~ r e ~ d a d e t u l ~ a o instituiessencia sao sin6nimos. Sabre arela¢o entre s u b s t ~ c i a ~ a o , ver Latour (l999b, cap. 5).
Uma nova sepaMfilo des poderes CapitulO
d'
re ld
malsmlS
saltar procedimento
vesse
aparecimento
e xt en o e m s e . . stava mlsturar os
O1S
rutalmente de urn outro, paraabrevla todos os por urn fi
vid public pe1a ameac;a
um
realidade cala-boca,
sid consultadas, teriam modificado consideravehnent
definic;ao dos fato de que se falam, ou qu teria cussa ur giro diferente. (Recordemo qu
dad
daqui paraa frente as reunices de humanos de nao-humanos, qu as voze sa aque1a voze embarac;adas, tanto dos que falam quant daque!es que faze
falar; ve capitulo 2) Apelar ao
valores e, pois formula uma exigenci de cansulta* p
As duas exigencia 'contradit6rias cativa na
de valo
n o ~ a o
Desfac;amos agQra os lac;os que prendiam aomesm tem se q ue r
no
os valore continuar, mesmo depois qu os fato .ten am sido definidos Qu se procura captar po est expressao errodo
q u v in i j un ta r
nea alma Qu necessidad essencla nos-es rc;a
s u l em en t os ta confusa-
les qu define
Para
apelo aos valores, quer-se, de lmClO, dlze qu ou n'ao foram levada em considera<;:ao, outras en'"
tidades nao foram consultadas, as quais, e1as tambem, tenam 'tul cada vez que aparec debate sobre os va lores aparece s'empr uma extensiia do numero
p a r t l c l p ~ n t e s
da discussao, Pe1a expressa "Mas ha ao,mesmo ~ e m p o
al
bl rna t; ue os poderosos omitiram aO levar em conslderac;ao certas as h um an o -h ma s; .,
soclac;oe·
nosterem colocado diante do fato consumado tend toma as grup muit pequeno, co 'd ra
a me nt e e m
pouquissimas pessoas; indignamo·nos por terem omltido quecido proibido, renegado, denegado, certas voze que, se tl-
r ~ v i a .
Nao
qu 1e quedefinem osfatos do outro, aque os valores, aque1es qu fala
aque1es qu fala
numero
do mundo co
do bern comum*
grande numero existe
do para unificarem
que
xist
os que se reune
os qu manifesta
pequeno em segre
publicamente
qu cjuere juntara discussa se grao desal paracompor publica* Que se queixe
Re-
de se terem esquecido dos fatos prece
dentes ou os valore precedentes, nos dois caso pode·se ttadu zir esta queixa pel mesma expressao "Falta
vozes ao apelo."12
Como formularemo esta terceira exigenci de consulta? Com
mente, por expnmlf.
d ec is oe s m ui t
existe de ur lad m um *
as exigencias contraditorias cativas no concelto,de v ~ o r , Que o q se afirma que dlscussa sobre
dis
palavra pertence
seguinte imperativo: tu te assegurarlis que nao se pod
abreviar arbitrariam,ente articulac;ao das p
imperativo re1acionad
12
nlimero de voze que participam da
r o p o s i ~ e s .
Uma vez mais, so
form deurn
forma da discussao que chegaremos
referendo organizad pelos S u f ~ o s , em junho de 1998, e, dest ponto de vista, cheio de ensinamentos. Considerando que os organismos genetica ment modificado devem se espargi pelos campos, os agricultores tor nam-se parte interessada na discussao pretendem acrescenta seu grao de sal palavra competente dos cientistas. Mas proliferaryao de vozes ao lon go da campanha (fmalmente ganha pelos industriais pela maiori dos iri vestigadores) nao se limito'u aos humanos "classicos': Bern depressa, como faze falar tambem os n a o ~ h u m a n o s , (genes, cam de babito, c o m e ~ o u - s e pos experimentais, caixas de Petri) da qual boa unanimidade foi substi tuida por umabela cacofonia de peritos submetidos prova de uma discus sao publica. Em cakofonia em kakosmos mesmo sufixo...
185
Uma nova separafiW dos poderes
Capitulo
exprimir melhor
primeir nucle de v er da d q u
nO<;ao de
valo havia tao mal empacotado. O bs er ve mo s d es d l og o a nt e d e tirar t od a q i i ~ n c i a s na
com
c on se
se<;ao seguinte, que esta terceir e x i g ~ n c i a parece-se
colocad
co
t r a d i ~ i i o
amba em campos diferentes, fazend
dos "valores" Nas d';,a e x i g ~ n c i a s ,
as tenha
revestir um
blus branca cla "Ciencia",
pretexta problema
do n um e ro :
primeira regra insistind sobrea quantidad de novo sere que
apresenta tiinci
su candidatura;
segunda sublinhand
qualidad daquele que deve
impor
sentar-se, de qualquer
forma, no juri que os aceitara ou rejeitara. Consideremos agora, outra e x i g ~ n c
i a
que se faz presente
quando se pretend fala dos v a l o ~ e s . Niio se pode querer simples m en t d iz e q u
p re ci s l ev a e m c on t u r m ai o numero de
partes tomadoras, disto que oS Americanos chamam de stakehol
ders.
e x i g ~ n c i a
de consultaniio esgota absolutamente
conteu
do deste segund pacote poi
conceito de valor niio
to de maneira mai h o m o g ~ n e a
do que aquel de fato Prender-s
isso voltaria limitar t e n ~ i i o
das f
o ~ m a s ,
valor
compos
um simples e x i g ~ n c i a de manu'd
sem se ocuparde se conteu
qUise encon-
t r a o u tr a coisa que se traduz pela i n s i s t ~ n c i a sempre r e c o m e ~ d a
sobre
que "e preciso" fazer, sobre
dem das prioridades
que se "cleve" ser, sobre
or
seu desafios )amais compreendemosbern
estapreocupa<;ao porque jamaisa entendemos desligada da q u precede nem unida ao segundoimperativocateg6rico com
existem, ou exigem A ss i
~ 6 e s ?
qual
el entretanto,tern um parte ligada p ; o p o s i ~ 6 e s , que em grande numero complicar s or t da vid coletiva formam urn m u n d c o m u habitavel ou vern ao contrario, perturba-lo, reduzi-lo, arrasa-lo, massa-
abandono dos antigos arranjos
q u n o propomos
q u ja combina
questa dos valores, niio nos
distanciamos dos fatos, como se mudassemos
modo de loco
passassemos do autom6vel ao aviiio estratosferico.
m o ~ i i o
primeira quanto perplexidade*, que elapossui consigo
mai tocante do ares de familia, ainda
cra-lo, toma-Io inviavel? Podem ela articular-se co
Apresentamos ainda agora as mesmas questiio v6s, entidades candidata compativeis co
aquelas
e x i s t ~ n c i a
formam
ue
Ulna outra
p r o p o s i ~ 6 e s ,
comum, estais
mundo comum?
Como iremos classifiQ;r-vos po ordem de importancia
gencia como se v€:, va que
nt &a entidades descobrindo precis lhes dar.
diio moral
importancia relativa
nesta hierarquia de valore que
apti
sempr reconhecida, quer se t ra t d e d ec id i se
preciso salvar, em parto-dificil,
crian'ra
mae, au como na
Oll
de Kyoto, de julgar em que medida
c o n f e r ~ n c i a
economia american rna do planeta Terra.
bem-estar da
mais au menos important do qu
Formularemo esta quarta te maxima tu discutiras ~ l i e s
exi
de formar uma hierarquia* entre as no
Ultima
e x i g ~ n c i a
cli
pela seguin
compatibilidade das novas proposi
com as q u j a estao instituidas, de modo
m a n t ~ - l a s
todas
em Uln mesmo mundo comUln, que lhes dara seu legitimo lugar.
Contrariamente ao qu pod faze crera
p r e s e n ~ a
desta e
x i g ~ n c i a
e m u m a estante de valores,
com
tanto, ao pacote do fatos)
de institui<;aO*, ql.le convem reagru
par. Antes que asseguradas
segunda (que pertencia,entre
discussiio niio termin po definir as
didata ao estabelecimento do coletivo seja i n s t i t u i ~ 6 e s
ja tomadas
e s s ~ n c i a s *
preciso estar ber seguro de que as entidades can compativeis com as
ja estabelecidas, com as escolhas ja feitas as decis6es que elas ai encontrem sua categoriae se lugar.
Para terminar esta se'rao, tentemos r e s ~ m i r em urn quadro o p e r a ~ i i o
que vimo fazend
aquela da qual vamos agor no
187
Capitulo
l i b e r ~ r .
Uma nova sepaTClfilo
.3
Desembalando OS conteudoscontradit6rios dos doi con
c ei to s d e a t
d e v a o r po dua ve es dua dupla de no<;6es,
vamos pode reagrupar as exigencias essenciais nos conjuntos melhor formados Este novo arranj permitir-nos-a respeita compromisso assumido no fi decidimos nao abandonar
da se<;ao anterior, segundo
<;ao de realojar mai confortavelmente
nao chegav
abriga com
qual
distin<;ao fato/valor, senao na condi diferenya ~
a p i t a l
quadro 3.1 indicaa marcha
seguir
Quadro 3 . 1 - Recapitulac;:ao das dua forma de poder das quatro e x i g ~ n ~ cias que devem permiti .ao coletivo proceder segundo as forma de explo-/ rac;:ao do mundo comum.
PODER DE CONSIDERAc;:Ao: QUANTOS SOMOS NOS?
n a simPrimeir exigblcia (anteriormente na nOfao de jato): plificaras mlmero de proposic;:oes leva em considerac;:ao na discussao. Perplexidade. Segunda exigenci (anteriormente na nOfao de valor): tu te asseguraras de qu na se abreviara arbitrariamente numero de votos que participam cia articulac;:ao das proposic;:6es. Consulta. PODER DE ORDENAMENTO: PODEMOS NOS VNER EM CONJUNTO?
Terceira exigencia (anteriormente na nOfao de valor): tu d i s c ~ t i r a : compatibilid<;tde das novas proposic;:6es co aquela qu Ja estao instituidas, de modo m a n t ~ - l a s todas em urn mesmo mundo comum que Ihe dar seu legitimo lugar. H i e r a r q u i z a ~ a o . Quarta exigencia (anteriormente na nOfao de fato): uma ve mstltuldas as proposic;:6es, tu nao discutiras mais sua legitima presenc;:a no
seio cia vid coletiva. l
n s t i t u i ~ a o .
poderes
r ea gr up ar n s o r ub ri c d e consideraQue acontece se se reagruparn so pio* as exigencias um t r s , e rubric de ordenamento* as exigenciasdois quatro? (Umavez recolocadas em pacotes mais coerentes, teremos renumerado as exigencias essenciais p o u m raza l6gica
dinamica que na
se tornara
clara senao na ultima se<;ao).
que el
cuidado adequado.
tWS
Em luga da antiga divisa entre fato
valores, pretende
mos que este novo reagrupamento, muito mais l6gico permita fazer emergir dois poderes novos.O primeiro responde tao "Quantossomos n6s? viver em conjunto?"
segund
ques
questa "Podemos n6s
OS DOIS PODERES DE REPRESENTAQA DO COLETIVO Acabamos de atravessa um da quatro ou cinco passa gens m
~ i s
dificeis de nosso percurso, mas na havi mei de nos
poupar deste esfor<;o, posto que
distin<;ao entre fato
valore
paralisava ha muit temp toda discussa sobr as rela<;6es en tre cienci
politica, entr natureza
p r ee nd e a !; or a
sociedade.:I precis com
l 6g ic a d es te s n ov o a gr eg ad os , e nf i
c om
preensiveis, hOffi?geneos, 16gicos, que nos vao servir em segui da; at fi desta obra. Certamente, os termos que vamos uti lizar nesta se<;ao vao parecer um pouco estranhos tem
:Ii
que elesnao
beneficio de um longo uso; nao se tornaram aind insti
tuis:6es conceituais, as formas de vi a, do novo se so comum. .Mesmo porque ano ap6s
queda d o m u r de Bedim,ainda se
reconhece um alemao do Lest de ur
alemao do Oeste ainda
que eles fa<;am part doravante da mesma na<;ao; mesm porque teremo
veze
impressao de que as palavras que varnos jun-
Capitulo
.3
separa¢o
ta estariam mai adequadas se as separassemos de novo au, in versamente que aquelas que haviamos separado viveria
lho em comurn nhez
preciso, pois que
leitor aceite esta estra
qu julgue capitulo por capitulo, se
do poderes nao preferivel As quatr
me-
nova separa,ao
antiga.
exigencias essenciais forma
dois conjunto
gicode "produ,ao de vozes")." Chamemos esta coa,ao de exigenCla de pertinencia* das assembleias. ~ r e C l s o
Junto da novas dasantigas proposi,oes? der, que deno\Ilinamos de ordenamento.
coerentes, que teria, desde ha muito tempo, saltad ao olhos, se distin,ao futo/valor nao tivess vind perturba se acasalamen to.
primeiro conjunto responde
urna
mesm questao:
quanta proposi,oes nova devemo tomar ern consider"l'iio para articular, de este
coerente, urn mesm mundo comurn?
primeiro pode que desejamos reconhece no coletivo
segund conjunto responde questao: qual ordem encontrar para este mundo comumformado pel con este
segundo po
Duas garantias- essenciais asseguram uIIl;a resposta satis
fut6na
esta questao. Primeiramente, nenhuma entidade nova
pode se aceita no mund comum se
qu se esteja preocupa
do COm compatibilidade com aque!a queja tern direito de ci dadania Impossive!, por exemplo, expulsa por decreta todas as
Este poder de considera,ao traz dua garantias essenciais,
qu.alidade: segundas*, so pretexto de que temo as qualidades pnmelras tornadas fora de procedimento, os unicos ingredien
uma vinda do fato antigos outra do antigos valores. Primei
te do mundo .comum Ur trabalho explicito de hierarquiza\'iio
ramente, na
par compromlsso
precis qu
mimero de entidades candidata
seja arbitrariamente reduzido por razoes de facilidade ou de co modidade Dito de outra forma, nad
ev sufoca ta subito
perplexidad na qua os agente se encontra futo da irrup,ao de novos seres.
afundados pe!o
que se poderia chamar de
exigencia da realidade* exterior, agora que os termos realidade exterioridade se encontram (politica Em segundo, na que participa
l i v ~ e s
do veneno da epistemologia
precis qu
numero daqueles
desta posi,ao de perplexidad seja limitado tao
rapida arbitrariamente.
mais ampla,upica mesmo capa de se assegurar da importancia da qualifica\'iio das nova entidades.
preciso,ao contnirio, as
segurar-se de que testemunhos conflaveis*, opiniOes seguras porta-voze de credito tenham sido suscitado gra,as urnlon
190
arranj permit encaixar se ousamos
dos sere que
na mulnphcar.
esta
d i z ~
trabalbo de considera,ao arrisca
exigencia de publicidade* do agrupa
hler:rrqUizados que substitui clandestinidade permi tlda pe.la annga no,ao <;Ie natureza. Em segundo, Uma ve encer rada discussa estabe!ecida hierarquia nao se deve mais ~ e n t o s
reabri-Ia mas deve-s poder servi da presen,a evident destes estado do mundo COmo premissa indiscutivei de todos os ar razoados futuros Sem est exigencia de institui,ao, discussao
discussao seria certamente acelera
da ma su said tornar-se-ia mais faci!. Faltari uma consulta
go trabalh de pesquisa
n o ~ d ~ d e
de provoca,a (no sentido etimol6-
13 "Testemu:mo c o n f i a v e l * ~ outra expressa de Stengers deve recordar ao lei tor q.ue.nao se trat necessariamente de hwnanose quenao se trata expruurr cIar mars amen uma opmla? Como vere;mos no capitulo seguinte, procura de testemunhos confiavers urn empreendimenlo al pengoso, para al qu av:a c o n s u 1 t ~ * , m ~ t o depreciada, nao parecepredispor.Acrescen_ tando n o ~ o de pertmencla nOya-o de consulta, esperamosremedia sua fraqueza, contanto que nao esqueyamo os resultados do capitulo sobre os embarayos de fala. democracia e, talvez l o g o ~ n t r i c a , m a n o [0 tudo fala: as flatulencias, os siMncios, logorreia como tambem
,de Dem6stenes,
ret6rico.
gaguelIa
UrM nova separafl dos poderes
Capitulo
nao se encerrariajamai mundo
na se chegariamais
sabe em qual
comum, evidente, seguro, deveri desenvolver-se
vid
sumo minhas responsabilidades, Senhor presidente, eu vo res na :' bj to um viva controversia, os
pondo q u
exigencia de fechamento da discussao. coletiva Esta fi de ve mais claramente, quadro 3.2 resum oster
prionsbasta
mos qu nos propomos introduzir.
cratas os consumidores
Quadro 3.2
Vocabulario escolhido para substituir as express6es
fatos
de valores.
ment os pesquisadores ma at
fala da vaca a g i t a ~ a o
mesmo
do coletivo
veterado com
EM CONJUNTO?
os criadores, os euro
realidad exterio necessa
unica cois que eles nao faze
lhes pergunta,
mais
lv os modernizadore in
Sr. Chirac-
Este prions, candidato iI existenci durave
Hierarquia. Exigencia de publicidade. I n s t i t u i ~ a o . Exigenci de fechamento.
perigosa
quem devejulga-los? Osbi610go com certeza mas tambem uma assembleianumerosa cuja c
o m p o s i ~ a o
dev estar asseguradapela
lenta pesquisade tes(emunhos confiaveis Ressaltemos, antes de ir maislonge,que comest nova se
dos podere
na so
cala coletivo po caus de sua essenciaindiscutive!. Est essencia* eles esperam partir de urn procedimento em curso.
Perplexidade. Exigencia de realid"de exterior. Consulta. Exigenda de pertinencia.
p a r a ~ a o
ia
dos primeiros ministros Candidatos iI existen
ma que ningue
PODER DE CONSlDERA<;:AO: QUANTOS SOMaS NOS?
xi
os fabricantes de farinha animal, se
cia, os prion trazem consig toda ria iI
PODER DE ORDENAMENTO: PODEMOS NOS VIVE
para torna perplexo
esta quatr questaes, nao introduzimos
nenhuma inova<;ao perigosa nao fizemo sena
descrever, de
maneira mais fechada,
fato/valor ti
que impossivel
d i s t i n ~ a o
uma
ao mesm tempo hesitant
capaze de formar
competente
exigenci
de pertfnencia da consulta Esta pesquisa de bons porta
nO
oz
va obrigar
ur percurso bastante complicado tanto os
veterinarios, quanto os criadores os a<;ougueiros os funciona
nha po objeto tornar indescritive! Tome-s como exeml'lo os
rios, sem esquecer as vacas os bezerros,as carneiros
prions esta proteinas nao convencionai qu parecem se res
qu devem, todos de uma maneira ou de outra, ser consultados,
ponsaveis pela d o e n ~
por
n6
chamada de "vac louca"
compreendermos se
imitil agora,
dificuldade, exigir do sabios que
provem de maneira definitiva
existencia destes agente para
qu em seguida os politicos coloque
gravemente questa do
meio
de procedimentos,
reinventar
sua crias
cada tempo, uns vin
dos do laborat6rio, outros das assembleia politicas, os terceiros do mercado,os quartosda ram iI
p r o d u ~ a o
a d m i n i s t r a ~ a o ,
masque todosconcor
de vozes, autorizadas ou balbuciantes.
que devem fazer.
Sr. Chirac, no inicio do problema, havi pri
meiro intimado
Sr. D6rmont, especialista sobre este peque
por um especie de p o s i ~ a o de alerta do coletivo os laborat6rios
nos seres "Assum suas responsabilidades Sr. Professor diga
trabalham, ?S fazendeiro questionam os consumidores se in
nos se as prions sao responsavei
ou
nao pe1a d o e n ~ ! " ,
ao qu
professor como born pesquisador, responde friamente: "Eu as
Como'se ve,
pode
leva em c o n s i d e r a ~ a o se traduz.
quietam, os veterinarios apontam
s i n a l i z a ~ a e s ,
os epidemiolo
gistas analisam sua estatisticas, os jornalistas investigam as va-
Capftulo
Uma nov sepaMfdo dos poderes
cas se agitam os carneiro tornam-se tremulos. 14 N a
sobretudo, po fim muiton,pido
de e,
este alerta geral, ao estabili
ar os fatos, ur lado mundo comu da naturez exterior para outro, remete mundo social as representa,oes mais ou menos irracionais que os humanos fazem. Se
hoi
uma
coisa que nao se deve reintroduzir artificialmente n e s ~ a questao justamente distinfii de born sensa erztre fatos valores! Nenhuma necessidad hoi, por enquanto, de misturar tudo nova separa,aodos poderesvai manifestar suapertinen cia fazendo coletivo experimentar uma opera,ao qu seri ili cita no poder de considera,ao* mas- que va adquirir todo seu sentido com
mesma reuniao hete
poder de ordenamento*
paraencontrar se lugare parasitm,-lo no interiorde uma ordem que os classificara do maior ao menor? Nao se tram compreende mos sem dificuldade, de uma questa etic qu viri "tomar se quencia de uma questao de fato, agora estabelecida.Somenteu ma intima familiaridade com controversia sobre existencia destes candidatos- controversi qu durasempre da qual nao hoi mais necessidade de esperar
fim
permit medi
importanci
mudanl'a5 exigidas de uma vez no gost do consumidores posi¢o da etiqueta de qualidade,
im
bioquimica da proteinas
concepl'il pasteuriana das epidemias, modeliza¢o tridimensio na da proteinas... Par esta questao de importiincia relativa nao exIste uma resposta pronta. Ante de tudo,
autom6vel mata
r6clit controvertida de prions, de fazendeiro de primeiro ministros, de biologista moleculares de comedoresde bistecas
cad ano na Fran,a, 8.00 inocentes nenhum file deboi matou
va encontrar-se suspensa, agora, por
sa duvidosos. Como classificar, po ordem de importancia,
deve certamente, estabiliza
rn segund pode qu
qontroversia por tim
agita,ao,
at agor senao alguns comedores de carne,
mesmo este caso
acalmar os agitados, mas soba condi,ao de nao utilizar antig
mercado da carne" futuro do professor Dormont,a hecatomb provocada pelo autom6veis, gosto do vegetarianos, os rendi
maneira,'que se tornOUj entao, se ousamos dize-lo, inconstitu
mento dos meus vizinhos, criadores borboneses,
cional Nao preciso sobretudo, impor uma distin,ao artificial entre fato
valores,
qua obrigaria
repartir arbitrariamente
indiscutive discutivel, convidando questao por sua arbitragem- se arbitrio.
govern
fechar
Convem colocar toda uma outra questao podemqs convi ve com este candidato controvertidos, quanto
existenci dos
prions? Umaterceiraexigenci n° 3, de publicidad da hierarquia coloca-s agor par n6s. Sera precis modificar toda cria¢o europeia tod
14
194
circula¢o da came t?da
fabrica¢ de
r ~ o e s ,
alarme" descritos por Ver em particular pape do q u " so a Chateauraynaud et al. (1999 livro importante de Sheila Jasanof (1995), Science at the Bar. Law, Science and Technology in America.
premio-No
be dad em 1997 ao professo Stanle E. Prusiner ur do des cobridores dos prions lista parece muito heterogenea Tanto pior exatamente deste poder de hierarquizarproposi,oes inco mensuraveis que coletiv deve agora se encarregar. Nao que nao se possa homogeneizar as voze que participavam do pode de considera,ao; qu na Se pode evitar homogeneiza as que participa do pode de ordenamento. Por defini,ao, poder de classifica,a na pode purifi car, de inicio em duas listas ados fato ados valore as
15 Como veremos na s e ~ a o seguinte, sobretudo no capitulo 5, nao e x i s t ~ para esta pergunta senao uma resposta experimental, que nilo poder servir de substituto serio moral, senao-depois da introduyao da n ~ a o de e x p e r i ~ n
cia coletiva*.
Uma nova separafilll dos poderes
Capitulo
p r o p o s i ~ 6 e s
versidade mentos
que th sa dadas
p6 f i
escapat6ria dos matters of fact na
de n e g o d a ~ 6 e s .
s o l u ~ a o
como nos parece ter sid feit
ses mortos po autom6veis! prion,
da natureza, ne
ne
da
might. Quando tivermos encontrado
right, ne
para os 8.000 france
todas as p r o p o s i ~ 6 e s que ligam
d o e n 0 de Creutz-feldt-Jakob,
blicidade de fechamento: elastodas ai estao; nada falt ao cha nao ser
membros efetivos do coletivo- exigenda
diferenc;a "evidente" dos fato
cilidade, um arbitrio, um s i ~ a o
m ~ n t e
se tornarao
dos valores,
exterioridade indiscutivel de um prion sempre ali. Mas c l a r i ~ a d e , nem
trara apenasconfusao. Mais exatamente, ela
circuito da carne, ou as
teorias das d o e n ~ ~ s infecdosas serao estabilizada
nao se
made
esta a d i ~ o nao acrescentar ne
existe mais nenhum socorro v i nd o d o
terior para simplificar s o l u ~ a o
e s ~ a di
i ss o po urna sucessao d o l o ~ o s a de a ) u s t ~
mais possivel. Na violenda, ne
le deve acomodar-se
a b r e v i a ~ o ,
qu
n ov a s
olharmos
um
propo predsa
i n s t i t u i ~ a o ,
de poderes t e m p o r fim proibir.
e p a r a ~ o
figura
acrescentani uma fa
permitindo
saltar diretament da perplexidade it Se
moralidade; ela
3 . ~ ,
daremo conta de que substitui
mos, pela dua camaras da antiga
C o n s t i t u i ~ o
um
nov for
de fechament da
ma de bicameralismo* .16 Ha sempre dua camaras, como naan
i n s t i t u i ~ a o . Nao se discutira mai sua p r e s e n ~ a , sua importan
tiga Constituic;ao, mas elas nao tern mais no todo, as mesmas
da sua f u n ~ a o .
prion
senda' de limit
fixo Encontraremos su
caracteristicas. Fazend girar em 90
suas l
i g a ~ 6 e s
nO
terao doravante um es nos ma
d e s c r i ~ a o
nuais Indenizaremo as vitimas Distribuiremo as causalida des
as responsabilidades, po um o p e r a ~ a o de a t r i b u i ~ a o , que
poderemo chama de "citac;ao", se aceitarmo cruzar, po esta
expressao, as causalidade juridicase as a c u s a ~ 6 e s dos sabIOs. seu sequito estarao completamente interiorizados t ~ n
prion do
coletivo mudado profundament desde sua
c o m p o s l ~ a o ,
na maioria da entidades que ele tenha a ce it ad o a t a qu i d e prions responsaveis po
para os an:imais
modificar
d o e n ~ a s
perigosas para
hom:m
as quai se poderiam evitar sob condlc;a de
p r o d u ~ a o
d a ~
r a ~ 6 e s
as c o n d i ~ 6 e s de abate...
prion se teni tornad natural- nenhuma razao, agora, para no privarmos deste adjetivo tao c6modo para designar os mem bros plenos do coletivo.
Requalificando, em noss,? termos,
epis6dio da vacalou
ca, tao ripica destes vinculos de risco* cuj p r o l i f e r a ~ a o brar
vista
fez
que
quadro estreito da antiga C o n s t i t u i ~ O , nao perdemos de as
exigencias essendais de realidade, de pertinencia, de pu-
t r a ~ o
d i f e r e n ~ a
importante (em
largo na figural, que passava, ate entao, entre fato
nao somente modificamos
valor,
co posic;ao do caso qu se rea-
16 Ulrich Beck foi muit long em sua
e x p l o r a ~ a o da politi<;:a de riscos, nesta d e u m a f or m n ov a d e bicameralismo. Ele liga claramente experiencia de laborat6rio com do coletivo: "Existe, neste momento, doistipos de ciencias que estao em vias'de divergi quanto a - c i v i 1 i z a ~ a o do perigo velha sempre que abre rnundo as matematicas tecnica, m a q u e n a o tern experiencia, uma nov forma de discursividade publica que, g r a ~ a s experiencia, torna visivet, sob forma de controversias, r e l a ~ o entr fins meios coas:oes metodos" (BECK, 1997, p. 123). Ele ve s o l u ~ a o na i n v e n ~ a o de dua c l m a r a s : " ~ necessario, pois, recorrer adois recintos ou foros, talvezuma especie de Tribuna Superior ou Tribunal tecno16gico que garantiria 'a s e p a r a ~ a o dos poderes entre r e a l i z a ~ o tecnica" (p. 124). sua solus:ao, nao desenvolviinento.tecnico mais que minha, nao pode ser vista como anticientlfica: "Contrariamente urn preconceito muito espalhado, duvida torna novament tud pos sivel- aciencia conhecimento, espirito cdtie ea moral- mas tudo isto do mai pequeno porte, mais hesitante, mais pessoal, mais colorido mais capaz de aprender, por consequencia, igualmente mais curioso, maisaberto as c o n t r a d i ~ o e s , as incompatibilidades, ja que isto depende da tolerancia adquirida gras:as certeza final de que, de qualquer modo, estaremos e n g a ~ nados (minh t r a d u ~ o ) (p 126). i n v e n ~ a o
197
Capitulc
Uma nova 5eparafilo 005 POdere5
grupam em linhas em luga de classifica-los em colunas, ma tambem
ANTIGO BICAMERALISMO
funcionamento desk diferen,a.
distinyao entr fato
valore era ha algu
tempo ab
camara da natureza
camara da sociedade
FATOS
VALORES
solutae impossivel n6s dissemo maisacima -, porque el re cusava prender.s
uma separa,a dq podere es
pretendia
inscrit na natureza da coisas distinguindo ontologia, de uma parte,
politic
ren,a entr
suas representa,oe da outra.
questa de
va em considera,ao
.plementares
questa do
dua exigencias com
da representa,a pr6pria vida coletiva quantos leva em considera,ao Querem formar ur born
mundo comum? Que sej precis distingui cuidadosamente es ta dua questoes isto nao prova que uma polici de fronteiras semelhante aquel qu patrulhav em va Cienci
Primeira camara
Valores
Perplexidade
Consulta
ORDENAMENTO
Segunda camara
I n s t i t u i ~ § o
Hierarquia
distins:ao fato/valor torna-se, depois de urn gir de 90 ~ i g u _ r a 3.1tms:ao entre os poderes de considera<;:ao os de ordenamento.
dis-
antigo limite entr
mundo comum na seja constantemente in
terrompida pela discussa sobr os candidatos
existencia
que discussao sobre as entidade novas nao seja suspensacons
VERIFICN,;:Ao DA MANUTENQA GARANTIAS ESSENCIAIS
tantement so pretexto de que nao se sabe ainda qu mundo elas pertencem Em luga de uma fronteira impossivel
entr dois un versos ma compostos, trata-se muit imaginar uma liga,ao entre dua arenas entre as duas camaras de ur s6 coletivo em expansao
administradores encarrega
dos desta separaya de podere (cujos podere descobriremos no capitulo 5) deverao, certamente, servigilantes mas nao terao mai
CONSIDERA<;AO
Fatos
ideologia, deva se pisada Bast simplesmente que
discussa sobre
comu
BICAMERALlSMQ
segunda dife
ordenamento nao tern nada de absoluto ma nada mais d;impossivel. El corresponde, ao contrario
Novo
tarefa impossive de ser, ao mesmo tempo, cobradore de
impostos contrabandistas.
DA
Na podemos terminar noss pequen trabalho sembrulha demo
reempacotar sem verifica se preenchemos
de encargos sobre
de ca
qua estavamos ocupados na primei
ra se,ao Haviamos dito com efeito qu distin,ao fato/valor fora de se pape de curto-circuito, que, evidentemente na te mos qu retoma a p ~ e n d e r m o s
(contr
qual: ao contnirio) se
precis
lutar) preencheria igualmente varios outros pa-'
pelS que se encontravam misturado por razoes contingentes
Recordemos no quadro 3.3,
qu haviamo aceitado em leva
em considera,ao abandonando no,ao valor, alem da distin,a entre as duas.
199
Capitulc
Quadr 3. da d i s t i n ~ a o
Uma nov seJmTaf'Jo des poderes
Revisa do caderno de encargo que deve garantir fato/valor.
sucessor
pr6prios das assembleias representativas." Quando 50 trata de en
tidade novas, isto sempre agit firmemente Como n a mais que nos precipitar para esmagar, sob
nos:ao qu substituin de fato deve induir as etapas sucessi vas da fabricas:ao. 2. nos:ao quesubstituir de fato deve induir papel da forma tas:ao responsavel por sua estabilizas:ao 3. os:a qu substituir de valo deve permiti triage da proposis:oes, aproximando-se do detalhe dos fatos em lugar de desviar atens:ao dos fundamentos ou das formas. 4.A nos:aoque substituir devalo devedar garantia contraa tra core de ur fato os fato pas:a qu az passar osvalores so so ascore de urnvalor 5. nos:ao quesubstituiraa distins:a fato/valor deveprotegera au tonomia da ciencias purez da moral 6.A nos:ao que substituiraa distins;ao fato/valor deve poderassegu rar urn controle de qualidad pd meno ta born se possivel melhor do queaquel queseabandona tantona p r o d u ~ a o dos fatosquanto na produs;ao dos valores. 1.
"fato'; as inumeniveis c o n f i g u r a ~ 6 e s so
vid plena.
preenchemos, $Om nenhuma du-
trabalho de fabrica.,a dos fatos nao esti mai redu
zido 11 sua Ultimaetapa, agora que deixamos emetgir articula.,ao
ci ser facil, apenas qu estaremos em
c o n d i ~ 6 e s
de preenche
Acreditamos tambem poder preencher ber facilment segunda clausula.
no.,a de "fato'; lembremos, tinha
inconve
nientede nao da conta do enorme trabalho de enformar, de for m a t a ~ a o ,
de
c l a s s i f i c a ~ a o ,
de
d e d u ~ a o
para fornecer aosdados urn
sentido que eles nao tern jamais po si mesmos losofia das ciencias da
este trabalho
t r a d i ~ a o
em fi
nome de teoria Belo eu
femism descid diretamente d o C e das Ideias para ilumina palavr que escolhemos
de institui.,ao*, permit
prestar muito melhor j u s t i ~ ao conjunto das formatafoes, da discussoes, pelas quais um entidadenova torna-se um membro leg/ timo
reconhecido da vida publica
mais, comefeito, pamento
le s, os habitos
sua incorpo
necessario
est clausula d o c ad e m d e encargos,
desde
11
entidades no
e s p a ~ o
para que 50 desprendam1lvontade. Nao dizemosque este exerci
das proposi<;6e nos estado sucessivos de sua hist6ria natural, apareciment das entidade candidatasate
quais
va participam da vida coletiva, teremos todo
Caverna! primeira chiusulan6s
t em o
tao pequena palavra
palavr "teoria" lirnit de
mlmero de agente responsaveis pel
reagru '
estabiliza.,ao dos fatos." Os instrumentos, os corpos as lingua asformas de vida os calculos os mode
ra.,a nos estados d o m un do . E m l ug a d e d ef in i o s a to s p el a suspensao de toda controversia, de toda incerteza, de toda discus sao, podemos,
contrario defini-Ios pelaqualidade de urn pro-
cedimento qu abarca toda entidade nova em um serie de arena sucessivas. Inutil reprirnir,'esconder, diminuir controversias;a.media.,a dos instrumentos,
importiincia das custo do conheci
mento,
clamor das disputas. N6s instalamos as controversias no
c o r a ~ a o
da atividade coletiva, sem nQs preocupar em saberse elas
sao nutridas pel incerteza habitual da pesquisa ou pelos debates
200
17 Esta aqu ur modo de fazer justilYa as exigencia de Hermitte (1996) para produzir uma "teoria da decisAo em situalY30 de incerteza" (p. 307). 18 Existe, no presente, uma verdadeiraantropologiado formalism quemodi fica profundamente capacidade da teoria de explicaNe si mesma. Ver em particularAndrew Pickeringe AdamStephanides (1992) "Constructing Quaternions: On the Analysis of Conceptual Practice" Bryan Rotman (1993), Ad Infinitum. The Ghost in' Turing Machine.Taking Gpd ou of Mathematic and Putting th Body Back In; Claude Rosental (1996); Galiso (1997) suma de Don Mackenzi (1996) Knowing Machines: Essays on Technical Change.
Capitulo
Uma nov s(:;ar/lfifo dos podires
los, metrologia tudo pode concorrer iI socializa¢o progresstva iI natura1iza¢o das entidades,sem que se devadistinguir nesta!is
de preencher.A unic justificativ da
ta
impedir
qu poderi pertencer ao antigo universo das "ciencias",
que parece depender do antigo dominio do "politico".
Cheguemos
iI
quarta clausula, aparentemente mais dificil d i s t i n ~ a o
pulosos faziam passar sua preferencia sectarias po estados de
Pensamos, pois, ser capaze de prestar justic;a este trabalho
natureza, par nao ter de explicar claramente os valores, os quais
de por em forma tanto mais que, com virnos no capitulo 1, ha
queriam que tivessemos Abandonando
viamosabandonido
estariamos comprometidos
n o ¢ o de r
e p r e s e n t a ~ a o
social, que impedia
at aqui dedar ur sens positivoao term institui¢o a r t i c u l a ~ a o *
permite !iga
no¢o. de
qualidade da realiliade iI quantidade de
trabalho fornecido. Nao existe de urn lad as ideia que os homens se fazem. Assi
plurivers
do outro
que uma entidad se tor
na ur estado do mundo, isso na acontece na aparencia apesar qu representam ma "d verdade" grafas as i n s t i t u i ~ 6 e s
das
Esta solu¢o, impossivel antes da sociologia da ciell
i n s t i t u i ~ 6 e s .
ciase da ecologia p so e
s f o r ~ o
o ~ t i c a ,
n6s conseguirno como chav de nos
de elucida¢o Vamos, pois, poder reabrigar no coletiv
todas as variafoes de grau na produ¢o urna certeza
)a pos fo explicad propost deslocar
difusa progressiv de
distin¢o lato/valor nao chegou
esmaga uma s6 oposi¢o do sabe
fato/valor era de
duplo contrabando pelo qual velhacos pouco escfU-
s e n ~ o
para
ignorilncia."
terceiraclausula,pois noshaviamos
exigenci normativ desd os fundamentos
ate
ela, colocando-no na mesm situa<;:ao qu
pel qual d i m i n u i ~ a o
fato/valor,
d i s t i n ~ a o
faze pelo menD tiio bern quanta Unia Europeia
abandono da fronteira nacionai na deve causar da
s e g u r a n ~ a
ta ao consulta
territorial Como s e v e iI primeira vis
figura 3.1, naQ tivemos nenhuma dificuldad
de faze melhor:ninguem pod acusar-nos de diminuir cussao ou de dispensa colocado lad ponha fipI
di
controle de qualidade! Ao contrario,
lado os quatr imperativos exigem que nao se
muito rapidamente iI perplexidade, que nao se acele
re indevidament
consulta que nao se e s q u e ~ a de pesquisa estabelecidas enfim que p r o p o s i ~ 6 e s
compatibilidade com as na
s e r e i st re m s e
motiva<;:ao explicita, novo
estado do
mundo. Ii verdad que nest estiigio nao havendo suficiente mente retomad as co,
do
" d e f i n i ~ 6 e s
administrado
de
f u n ~ 6 e s "
do sabio, do politi
do economista aind no
impossive!
detalhe da a p r e s e n t a ~ a o dos fatos. Todavia, com prova nao sera fornecid ante do capitulo seguinte deixemo-la de
mostra que virtud de uma trajet6ria de e
lad no momenta: Preparemo-nos simplesmente para modifi
nos aguardani, pois, neste ponto capital,
car opapel do moralista tanto quanta
fia atequando tenhamosmostrado, no capitulo seguinte, que as
do sabio,do politico, do
administrador ou do cidadiio.
19
202
questao.do sangue c o n t ~ i n a d o , c o m ~ tambem os d ~ 9 a t e s sobre aceitados organismos genet1camente modificados, p e r I D 1 t ~ levantar as etapas intermediarias entre incerteza local certeza global. Sobre esta n o ~ a o de e x i s t ~ n c i a relativa, ver Latour (1999b, cap. 5). Recorreremos, com 1,.1tilidade, cia imitaryao, iniciacia por Tarde (1999). sociologi da i n f l u ~ n c i a
ra fa er muito melho qu
d i f e r e n ~ a
x p l o r a ~ a o
permiti
ciencia/ideologia.
leito
ten raza de descon
garantias q u e o ferecerno sa melhores que aquela qu th pe dimos para abandonar quint clausula do cadern de encargos e.mais faci de preencher, porem mai dificl de provar Se po "defesa da auto nomia da ciencia" por "pureza,da moral" entendemos dua es
fera protegida contra toda interferencia va dai qu somos in-
Uma nov separa;iio dos poderes
Capitulo
capazes de satisfazer esta tendido que de
este,justamente,
c o n d i ~ i i o ,
lugar it "guerra das ciencias". Devemos habituar
esta evidencia: quant mais p r o d u ~ i i o
mal-en
dos fatos melhores eles seriio
cia normativa Sf mistur com
que
interfere na
quanta maisa exigen
DaD
mais lh di respeito
rna de incoerencia do Antigo Regime, que niio conseguiu jamais obter esta d i s t i n ~ o ,
m es m
e s f o r ~ d o
sem, alias, querer ai chegar um vez que tos dosvalores
d i s t i n ~ o
real dos
teriaprivad de qualquerpossibilidadede de
finir, it sua vontade
tranqiiilamente,
Nesta confusiio, todo
saber, os fatos, mai el ganhar em qualidade de julgamento..
inesgotavelmente,
born mundo comum ...
mundo perde.
sabio,
quem se
Entretanto, podemos garanti que ha dois poderes q u n a de
pede, n u m m o m en t a ser absolutamente certo, noutro d e
vern, com efeito, mesclar-se:
enti
rar nas controversias) Doutro ainda de "assumir suas responsabi
de vozes, de um parte;a yontade destas entidadese des
lidades", ma sem!he da os meioslegitimos de passar da perple
dade
considera<;ao do Dumero
tas vozes d e f o rm a r urn mundo c o mu m , d e outra p a r t ~ . Qual
xidade it hierarquia.
quer cois de essencia sera perdido
entidades po ordem de importancia, mas privando- de qual
~ i i o *
trabalh de considera
encontrar-sediminuido, pisoteado, usurpado pelo trabalho trabalho de ordenamento se encontrar
de ordenamento*,e
reaberto, interrompido, questionado polo trabalh de conside r a ~ i i o .
Ha, portanto, bern atrasa exi!¢nciaimpossivel de realizar,
pelo caderno de encargos- defender um
pureza d a m or a
f u n ~ i i o
devemos deslocar de modo
autonomia da cienci
essencial
conservar, m a q u
abriga-l fora Longe de asseme
lhar-se it impossivel p r oc u r d a p ur ez a e l
a nt e d e tudo,
moralista
a ti
quem se pede classificar as
quer conhecimento precis destas entidades
de consulta
acesso ao c a mp o d e pesquisa, teo Dir-se-a que el tern
crimes DaD
Sf
povo
qu
povo, quantos
cometeram em seu nome? Como
cora antigo, ele
cleve pontuar com sua voz grave, suas lamentas:6es, seus prover b i o s ag a e s
a g i t a ~ i i o
daqueles que pretende
publico nas decisoes". Se
c o r a ~ i i o
imiscuir nas tarefa da outra. Esta
Se hesitamos em nOS da
clausulas,
preciso lembrar
q u i t a ~ i i o
s ob r
se- que passando de um caos nu
trouxemos
im da
extraordinaria confusii
vou it pratica da irrealizavel d i s t i n ~ i i o entre fatos mos
f u n ~ i i o
do trabalho constitucional da ecologi politica.
qualle
valores. Ver
it outra C o n s t i t u i ~ ~ o niio introduzi
regime-at entiio bern ordenado. Ao contrario, pouquinho de l6gicaa uma'desordem excessiva.
Ante qu nos acusem de ((relativismo' so pretexto de que chamariamos it confusii de fato
de valore
que se cha-
consuIta-lo,
educa-lo, representa-lo, conduzi-lo, medi-lo, satisfaze-lo. Se consultamos, todavia,e sob forma irris6ria da
coordenar-se sem
te
obriga decidir cegamen
duas camaras, que devem ao nfesmo tempo, sera
trabalho
se lado. Ah
pensar na l i g a ~ i i o , exigida po este novo bicameralismo, entre as c o n t r a b a l a n ~ a r - s e
de tod
politico que dev separar digamos, mas s e
m a ~ i i o ,
d ev e s ab er , e s o
" p a r t i c i p a ~ i i o
do
f o rm a da infor
da d i v u l g a ~ i i o , da p o p u l a r i z a ~ i i 0 , da v u l g a r i z a ~ i i o . " N i i o
t h p ed e p a r e n tr a r n o laborat6rio e, po sua vez, tornar-se perplexo. Se!he falamo de i de sua.s r e p r e s e n t a ~ o e s
deias da
20
n a t u r a l i z a ~ i i o
n s t i t u i ~ o e s
sociais
para fecha-lo na prisiio
para me!hor sujeita-lo, pela ca
pela leis inelutavei que th viio fechar
critica da peritagem seus limites bern analisada em Roqueplo (1993), Jasanoff (1995) Lash (1996). Todos estes estudos sublinham que ponto antiga c o n c e p ~ a o pedag6gica d a s r e l a ~ 6 e s entre publico perito en· contra-se hoje caduca.
205
Uma nova sepurafil dos pode:res
Capitulo
boca Se the oferecerno hierarquizar os valores, de todo acesso ao detalhe dos fatos,
troversia
toda
todo
privando-o
fog viv da con
incerteza do coletivo. Niio, decididamente,
qualquer espirito desprevenido que lan<;ar os o lh o
e st a pro
funda confusiio que chamamo de "os debates de sociedad so
br
as apostas das ciencias
das tecnicas", nao poderia conduir
de outra maneira senao: que devemos poder faze urn pouco
parar) parece nao. have mais nenhum recurs contra
arbitrio da
vida publica nenhuma corte de apela<;iio. Se mantemos, contra ventos
mares,
distinc;:a
entre
do ber comum* sen para conserva esta re
mundo comum*
serva que va permitir nos indignarmos, seja colocand na natu r ez a a c or ag e
de luta contra
opiniao, seja buscando nos va
lore incontestaveis com que lutar contra os simple estado da
melhor que isto! Sob condi<;ao,todavia, de acrescentar, as quatro
natureza seja enfim, ao procurar na vontade indiscutivel do So-
exigencias que acabamos de desenvolver, um dinil.mica que per
berano formar contra tudo
mita compreende-la melhor.
contra todos um
vontade politica
Nao chegaremos
devolver confian<;a ao leitor, privado da dis
tin<;ao dos a t
d o v al or es ,
nao
fizermos tocar com
dedo, na condusao deste capitulo, que existe para
CONCLUSAo: UM
litica u m a o u tr a
NOVA EXTERIORIDADE
na deve nada nem
Seri precis mais do que este meticuloso capitulo sabe mos bern, para abandonar
lores. Com efeito t a q ua n t
um
veneravel distin<;ii entre fatos
nos atemos tanto
inoportuna,
formidavel ip1anenci da vida
publica." Mesmo reconhecendo que elae inaplicivel, gostariamo de conserva-la contra
perigosupremo quepoderia vir aocorrer:
reencontrar-se, sem defesa diante da redu<;iio de todas as decisoes no interior dos estreito limites do coletivo confundid
com
Caverna.Sem
transcendencia da natureza, indiferent as paixoes
humanas; sem
transcendencia da le moral, indiferent as obje
<;oes da realidade sem transcendencia do Soberano, capa de se
21
um
ecologia po
outra exterioridade qu
natureza, nem ao princfpios morais nem
ao arbitrio do Soberano."
va
estadistin<;iio tao absolu
porqueela parece pelo menos garantir
certa transcendencia contra
t r a n s c e n d ~ n c i a ,
Estas ideia de t r a n s c e n d ~ n c i a de imanencia ver todas, evidentemente, do mit deCavernae de uma c o n c e p ~ o debilitada do social t: necessaria, apesar de tudo, leva-las serio, tant que nao demos ao coletivo sua pr6 pria forma de imanencia, qu Platao em G6rgias, chama (para zombar): 8). autophuos. Ver sabre este ponto Latou (1999,cap
22 Nunca liz uma
c o n f e r ~ n c i a na Franya sobre sociologia das ciencias sem que me apresentassem, log ap6s, questa Lyssenko, seguida, tre minutos de pois da obje¢o da " c i ~ n c i a judia" dos nazis (a orde pod variar, mas intervalo em minutos quase sempre mesmo). Aqueles que tivessem ainda vidas sobre moralidade do bicameralism aqu definido, podem tenta p6 la prova com estas dua torturas inevitaveis da policia epistemo16gica. questao Lyssenko rno atesta uma invasao da ciblcia genetica pel ideologia politica, mas, pelo contrario, wna invasao da poUtica pelaCiblcia, na ocorren-" ci daslei cientificas da hist6riae da economia. Com totalitarismo verme lbo, os dois atalhos da C i ~ n c i a da v i o l ~ n c i a , de Right Might, se r e f o r ~ para fazer, ao mesmo tempo,a mais perversapolitic nao se consuha.m nem os produtores de batatas, nem os geneticistas- ea mai perversaat ncia nem se chega seguira i n t l u ~ n c i a dos genes, nema documenta importi1ncia do wn soci610go das c i ~ n c i a s , clima dos modos de cultura Que seja precis como eu, responder o b j e ~ a o de que meu trabalho se avizinha do relativismo dos neonazistas (ver, por exemplo, as " c o n t r i b u i ~ o e s " de Jean-Jacques Salo mon, Le Mande, 31 de dezembro de 1997 de J e a n - F r a n ~ o i s Revel, Le Point, 21 de m a r ~ o de 1998, para "a questao Sokal"), veja quem apresenta wn testemu nho opressivo sobre nivel das discussoe na Fran9i. Entretanto,quantos se gundos sao suficiente para entender que as a m b i ~ 6 e s cientificas dos nazis nao respondem nema exigencia de perplexidade, nem de consulta, nem de pu¥
207
Capitulo
Uma nova separafilo oos poderes'.
Aind bern qu st exterioridad tern aspecto grandioso temivel_ da tre corte de apelac;:ao as quais antig Constituic;:ao havia confiado cuidad de salvar vid publica el tern grande vantagem de se de encontrar, contanto que se aceite prolongar urn pouco mai trabalho do coletivo. Pretendemos,com efeito substituir diferenc;:a entre mundo co bern comum pela simple diferenc;:a entr parada
mu
movimento da composi¢o progressiva do born mundo comum (segundo definic;:ao quetinhamos dado de politica*). Lance mo ur olhar sobr Entidade em
figura 3. Coletivo
'-
chamada
--.. ;.-r::=------;-, Perplexidade I n s t i t u i ~ a o
Enti:J1
exteriorizadas
sec;:ao precedente nao trac;:ou
percurso de todo co letivo ma soment de urn cici de Sua lenta progressao, de sua dolorosa explorac;:ao. Cada nova proposic;:ao percorre de inicio as quatr casa desta figura respondend pass
pass
cad
uma de nossas exigencias essenciais ela torna perplexo aqueles
que se reunetn1'ara discuti-las que montam as provas permi tindo assegurar-se da seriedad de suacandidatura existencia; ela exig ser levada em considerac;:ao por todo aquele cujo habitos va modificar
que devem, pois partkipar de se juri
se ela ultrapassa as dua etapas precedentes, nao podera inse
rir-se no estados do mundo sena so
to
-----'1"
ur lugar na hierarquia que ........
Consulta
legitimo direito dizer, um
condic;:ao de encontrar
precede; enfim se el ganhar se
existencia, tornar-se- uma institui<;ao que
essencia
fani part da natureza indiscutivel
do
born mundo COmum.
Hierarquia
movimento de composic;:ao na pod parar i, uma vez Composit;iio provis6ria do coletivo
coletivo nao se define serrao por seu movimento: as entidaFigura 3.2 des rejeitadas por fora, pel pode de ordenamento, retornam ao chamado, na itera¢o seguinte, para "inquietar" poder de c o n s i d e r a ~ a o .
que
coletivo tern ainda urn exterior Se antiga Constituic;:ao classifica os resultados provis6rios
obrigava constantemente
da hist6ria na casa ontologia ou na casa politica, isso ja nao Ocor re com nova Constituic;:ao distinc;:ao entre fatos valores nao permitia registrar mUdanc;:a, pois os estados de fatos, po defi ni<;ao, ja estavam sempre lei: se houvesse, realmente uma hist6
blicidade,nem aquela de fechamento? Suprimir pe1a vioMncia toda modera da politica, fun de produzi leis indis· ¢e no procediment das c i ~ n c i 3 . s cutiveis da hist6ria da raya, Ill nome das.. quais se pode matar em massa, em boa conscihlcia, esta nao precisamente meta procurada pe1a sociologia das c i ~ n c i a s . Eu espero fica.r vellio bastante para poder falar das c i ~ n c i a s , sem sentir vergonhade ouvir minha criticas se baixarem este tipo de obje!j:oes. verdade que· elas oferecem urn recurso ber cOmod par adiar mventano, que se,r:il necessario faze! urn dia, que tenha ligado em urn s6 pacote, mal amarrado, esquerda, C i ~ n c i a , Fran!?, progresso, racionalismo, anticlericalismo nome de Republica Wliversal. pr6xim o d e r n i z a ~ o , sob mo seculo sera,talvez, mais propicio que est que enfim se acaba, Republica" da ecologia politica, menos timida que francesa ...
208
ria de su descoberta pelo humanos, na haveriauma historici dade pr6pria ao nao-humanos. Ainda que atores do pluriverso na
de mudar,
om osi<;ii6 do
antig Constitui,a
23 Eu me obstino, ha vinte cinc anos em tirar partido dest minusculo problema: como fazer com que se possa aceitar sem dificuldade uma hist6ria de cientistas que seja tao dificil conceder coisas descobertas por estes dentistas uma dose urn pouen seria de historicidade? S ~ p a r a n d o depressa hist6ria das ciencias ontologia,impede-se de tirar partido desta at/omalia, naa obstante tao interessante.
Uma novasepar"foodos poderes
Capitulo
nao registrava
varia'ra
continu
da posi'r0e senao comO
uma sucessa de reformas sub-repticiasna c o m p o s i ~ a o d? mun do comum.
natureza alternav de metafisica,sem que se .com-
preend jamais por qual pass de magica pois la se supunha permanecer,
como
Nao acontece
nome
indica, anterior
me mo
va
toOO metafisica.
C o n s t i t u i ~ a o ,
que, justa
de to,
progressiv do mundo comum: para
c o m p o s i ~ a o
u s n ip id o d o
vekulo
momen
"vale" na Fran'ra m ui t
ai qu
8.000 inocentes po ano.A esta escolha, nadatemos ainda cen surar. Em contraposi'rao, uma varia'rao vai estabelecer-se entre
interior do coletivo
se exterior qu pouc
pouc se preen
che por entidades excluidas, sere sobr os quais se decidiu em de ir adiante, sobre os quai recusamos
responsabili
mente, tern por im seguir em pormeno os grau intermedia
com urn
rios entr
dade -lembremos qu pod tratar-se de humanos mastambem
se
dever ser, registrando todas as etapa sucessi
do qu haviamos chamad de um tal*. Se
antig sistem permitia
compreendi l e r a ~ a o ,
dinamica, assi
metafisica experimen
a b r e v i a ~ a o ,
como
a c e l e r a ~ a o ,
nao
nossa,que visa desace
de especies animais, de programas de pesquisa de conceitos, de todas as proposi'r0es* rejeitadas que, num
formam
noutro,
Nad prova contudo, que esta entidades exteriorizada
ao lento respeh dos procedimentos, permitejustamen'
te compreender movimento .... coletivo recordemos,ainda na
momenta ou
descarga de urn certo coletivo.
va permanece para sempre no exterior do coletivo. Com efei sabe segund quai
to elas na te
mais qu desempenhar, como na antiga ceno
criterios articular as p r o p o s i ~ 6 e s . be soment ta noss hi p6tese qu na saberiamos classifid.-Ias em dois conjuntos
gratia do fato
dos valores,
constituido for de procedimento
vago quanta estimave de principio mora transcendente. Que
g'lmos to
ur dad momenta
ei que aqu acab ur primeiro cicio, instituindo cer
pape obtus da cois em si, do
ser hi, do objeto em guerra contra
sujeitos ne
vao faze.r, portanto, as entidades descartadas? Eias vao c%car em
to numero de es encias Muit bern ma isto que dize igual
perigo
mente qu ele e/iminououtras proposifoes, na falt de lhes poder
c o n s i d e r a ~ a o
dar lugar no coletivo (Recordemo qu nao dispomos mai da
pelo pode de ordenamento* em to pode vi
t o t a l i z a ~ a o
prematura da natureza) Destas entidades excluidas,
na podemosaind dize nada
na se qu
la esta exterio
rizadas ou externalizadas*: decidiu-se coletivament nao leva las em considera¢o, mas considera-Iascomo insigniticantes.
.caso, no exemplo dad mais acima; dos 8.00 mortos po auto m6veis na F r a n ~ a : nao se encontrou nenhu mei de preserva lo como membros co plen direh do cole e, pois vi os livo. Na hierarquia escolhida, preferiu-s m6veis
11
velocidad dos auto
sua morte. Embora isto poss parecer
11
primeira vist
.chocante nenhum principio moral superio ao procedimento
pape tao
de de c
co/etivo, c o entretanto de qu poder de c o n d i ~ a o seja bastante sensive alerta que est excluido
o n s i d e r a ~ a o
capitulo 5. sao, qu
ta
atormenta
po-
em t+ 1- n6svoltaremosa esta dinilmic no argola
r e t r o a ~ a o "
do coletivo em expan
torna de ta forma diferente de uma sociedade* do
tad de sua representa'roes
no
mei de um natureza inerte
feit de essencia cuja lista sera fip.d de um vez por todas es
24 Nil confundir apesa da metafora cibernetica, c o o s numerosos esfon;:os dos soci61ogos para boicotar politica com uma teoria biologizada ou naturalizada do social, como por exemplo em Luhmann. vocabuU.rio pesquisado permanece aqui propriamente politico.
211
Uma nova separtlfoo dos poderes
Capitulo
perando dos valore morais um salvac;ao vind do alto paraes capar ao estados de fato Toda t r a n s c e n d ~ n c i a de que necessi
dos.
ta na pnitica) para escapar da coleira) al se encontra), de fora, ao
processo De onde
alcance da maO. Na nov C
o n s t i t u i ~ a o
da
evolta
porta do coletiv paraexigi se levad em con
ta
bate
segurament
p r e ~ o
que fo exteriorizado pode apelar de m o d i f i c a ~ o e s na list da entida
de uma nova definifao do n e g o c i a ~ o e s , exterior. exterior na rrlais fixo, nao mais irierte, nao mais nem uma reserva) nem um c o r t ~ de apela<;ao) ne uma ~ e s c a r ga, ma aquilo qu tern sido objeto de ur procedimento expli
de presentes de novas
questa do deve ser, n6 percebemos agora, na
momento no processo, mas se encontra co-extensivo u m ou
do fato nao se encontra reduzida
etapas somente, mas se distribui por todas. ta tanto para estaquestao quantoa julgar quanto
,fom os
a n t i ~ o s )
se
valores'nao noS poderia servi para
nada,
quanto tivemos razao de abandollil-Ia, ao p r e ~ o
e s f o r ~ o
talvez penoso. Todas as nossas e x i g ~ n c i a s
ur
forma de
urn imperativo Ditode outra forma elas t9das envolvem ques
preciso fazer. Impossivel c o m e ~
propo
ta moral depois qu os estado do mundo tenha
ques
sid defini-
nos permite tomar maisclara d i f e r e n ~ a , que se encontra no capitulo os objetos nao m o d e r ~ o s ou de risco*. amianto, que tinj,lamos tomado como exemplo, caraetenza-se p e l ~ ~ e m a Ientidao com q u o s excluidos sao reexaminados quanto d e f i m ~ a o deste material de isolamento "perfeito": foram necessarios, na Frans:a', cerca de trinta anOS, par que as doens:as dos pulmoes fizessem parte integrante da definiyao dest material inerte, deste produto-milagre, que presenya de todos estes paGientes, no seu r ~ m o ao coletivo, que se tomou, enfim, ~ e r plexo, obrigasse demoliyao de milhares de metros q u ~ d r a d o s de escnt6 rios escolas. Um sentirnento de risco civilizado, ten ocupadcr menos tempo parapassa do exterior ao interior (ver nota 40 do capitulo 4): estes, que poder de ordenamento acabavade excluir, teriam posto em a l ~ r t a , de imediato, poder de considerayao. a o m en o p o e st a caracteriStIca que definii'emos mais tarde civilizayao*, que nOS permitira tirar todo parti d o d o principio de precauyao.
daqueles que sa
e s s ~ n c i a *
Se quisermos, qualque
p r e ~ o ,
de limite nitido Da os
d e f i n i ~ a o
manter
d i s t i ! J . ~ a o
entre.
deve ser, poderlamos dizor que se trata de percorrer duas
vezes
conjunto da etapas colocand duas questoes distintas as mesmas p r o p o s i ~ o e submetida cad uma da quatro e x i g ~ n cias: qual procedimento de discussao preciso seguir? Qual seu
resultado provis6rio? Por'tras da fals
d i s t i n ~ a
entr fato
!ores dissimulava-se uma questao essencia sobre procedimento seguir, sobre
1, entre os objetos modernistas
perplexidade con
p e r t i n ~ n c i a
dificuldad consistente em reduzi
que
entre fatos
ou duas
p.ara terminar pondo na institui<;:ao) qu acab
provisoriamente de !he dar uma
cito de exterioriza<;:ao. Considerandoa sucessa da etapas compreendemo por a d i s t i n ~ a o
um
compatibilidad dos novos elemento
mente uma 'parte do processo
25
todo
impostur que haveriade querer se limitar
outra da etapas Simetricamente,a famosa questa
d e f i n i ~ a o
levado
ur
q ~ a l i d a d e
va do
trafado de sua trajet6ria ques
ta agora liberada da confusa querel qu
epistemologia (po
litica) mantinha com etica." as leitore observarao, provavelmente, que haviamos, de
fato, substituido
d i s t i n ~ a
fato/valor por u m o ut r
26 Precisaremos volta em detalhes sobre esta caracteristic fundamental, quando abordarmos, no capitulo 5, n oy a d e e x p e r i ~ n c i a coletiva*, tipo muit particular de normatividade, que permitira qualificar estudo. Vamos, com efeito, servir-nos disto para definir urn terceiro poder que se poderia chamar de poder de acompanhamento*, que nos leva imaginar, para usar de humildes termospr6prios industria, uma especie de "contro Ie de qualidade"sobre "trayado" dos procedimentos.
213
Uma nova separafiW dos poderes
Capitulo
menos nitida menos absoluta, ma qu lb
e,
em algu
aspec
to superior transversa Nao falamo da " l i g a ~ a o " entre consi ordenamento* masda d i f e r e n ~ a muito mai profun d e r a ~ a o * da entre choque na c o m p o s i ~ a o m un d c om u retar dament que torna obrigat6rio respeito as formas, due process, que haviamos escolbid
chamar de representa¢o*.
este
r e p r e s e n t a ~ a o , naohe profundo contraste entre a c e l e r a ~ a o sitamo em faze desempenhar ur pape normativo central.
destafonte quevamostirar nossas i
n d i g n a ~ 6 e s
nossas recusas.
em lugar de provocar choque", ei li da ecolo gi politica Ha segund n6s, uma reserv de moralidade
" R e p r e s ~ n t a r ,
muito mais inesgotave muito mais discriminante qu va in, dos valores d i g n a ~ a o quetinha por fi impedi c o n t a m i n a ~ a pelo fatos ou dos fato pelos v a l o r e s Ao fi dest capitulo, queremo encontra
meio
ob
ter, nas formas da realidade, exterioridade unidad da na tureza Chegada se termo, sabem<;>s ,que nao se trata, ai, de urn tarefa impossivel Devemos sirnplesment modificar nossa d e f i n i ~ a o
mente,
de exterioridade, posto que social nao tern total mesma "entarna" que coletiva: primeira definiti-
feit de urn materialradicalment distinto; segundo pro vis6rio produzido por urn procedimento explicit de exterio
vo
si qu ur membro da antiga C o n s t i t u i ~ a o olhava ao redor, el considerav uma natureza feit de objeto indife rentes suas paix6es, qual ele deveria submeter-se ou dele se
r i z a ~ a o .
desprender Assi
qu olbamo em volta, vemo ur conjunto
ainda compor feit de exduidos (humano nao-humanosj pelo quais h ~ v i a m o s decidido explicitamente nao nos interes sar,e dos apelantes (hurnanos nao-humanos) que exigem mai ou me;os ruidosamente faze parte de noss Republica. Nada mais rest da antig metafisica da natureza, nada mais do antigo
mito da Caverna, ainda qu tudo
qu import para vidapu
blica p e r m a n e ~ a : realidad nao-humanos suas cortes-, exterioridade produzida segund as regras na mais sub repticiamente -, unidad aquela progressiv do coletivo em vi de e x p l o r a ~ a o , as quais bast juntar os procedimento de dis-_ cussao qu nos agora preciso tornar explicitos Onde se encontra, pois, daqui em diante
natureza exte
rior? Ela est ber ai: cuidadosamente naturalizada quer dizer, socializada no pr6prio interior do coletivo em vi de expansao. hora de localiza-la, enfim, de maneir civil, construindo-Ihe uma morada definitiva oferecendo-lbe nao simples slogan da primeira democracias. "Nada de impost se representa
As
COMPETENCIAS
DO COLETIVO
metafisic nao tern boa reputa¢o. fiam dela quas com os cientistas. fil6so'fos isolados, que
se
politico descon
E s p e c u l a ~ o e s
particulares de
imaginam capaze de definir
por si
mesmos os ingredientes essenciais do mundo, is algo em qu nenhum pessoa seria deve confiar. Porem tal desde mitiria entende t a ~ a o
metafisica significaria que ji conhecemos
mundo: haveria um natureza em acrescimo, d
i f e r e n ~ a s
ur como membro duo privado
Se
nap per
ecologia politica. Abster-se de qualquer medi
ta
c o mu m
od
mobiliiirio do depois haveria,
secund:irias que diriam respeito cad
um
cultura particular ou como indivi
caso os que tern po missa definir
comum* nao teriam mais co
bern
qu se inquietar, u m v e q u
maior part do se tiabalho estaria feita: existiria jri ur mund unificado unificante, universalizado. Na faltaria mais do qu colocar ordem na diversidade da opinioes
pontos
vista
taref espinhosa, se
dade
principio ji que esta diversidade nao diri respeito nem
ao
essencial, nem
dlivida, ma
c r e n ~ a s
no
fund se
nada qu pudess -comprometer
dificul: e s s ~ n c i a
217
As compettncias do coletivo
Cap{tulo4
mesma das coisas, estocadas) 11 parte) na camar fria da realidade exterior. Ora, fala assim da natureza separando questao do mund mo
sicas,
comu
daquelado be
comum,
nos tres capitulo anteriores,
aferrar-se, como vi
mai politizada das metafi
da natureza. As c ri se s e co l6 gi ca s e n te nd a mo s b e m n a
a ba la ra m
imediatamente, esta metafisica da natureza Pelo contnirjo, seus te6ricos esfon;aram-se nao s6 po salva
natureza modernista
mas tambem em prolongar seucontrato, oferecendo-Ihe desem p en ha r u m p ap e a in d
vida publica.
m ai s i mp or ta nt e n a s i m p l i f i c a ~ a o da evidentemente desesperados visto que
E s f o r ~ o s
a qu il o v i nh a a ba fa r
fo
d a d em oc ra ci a q u e se desejava rea
cender, humilhando mai
h u m an o p o r um recurso ainda mai
indiscutivel para
realidad verdadeir da ordem natural.
abism entre teoria
pratica militante explic
c o n t r i b u i ~ 5 e s da ecologia
debilidad da
filosofia comum d a p ol it ic a
da
ciencias Essa lentidao para reagir manifesta-se be
mais estra
nha quand cada um dessas crises comprometia,
um titulo ou
outro) as disciplina cientificas as pesquisadore
suas incer
tezas: sem os espedalistas da atmosfera, quem teria percebido reaquedmento do c1ima? Se
servad
prion Se
quem terialigado
os bioquimicos, quem teria ob
os pneumologistas
os epidemiologistas
amiant ao cance de pulmao
h e r a n ~ a
t a nt o tempo
n o i da d p ol it ic a d a e co lo gi a
constitucional de toda objetiVidade. Para suprimir esta c o n t r a d i ~ a o entre ecol6gicas ou sanitarias
l i ~ a o
c ri s
pratica da crises
te6rica que se pretendia se
ra
"Voltemos 11 natureza!" era preciso interessar-se ao mesmo tempo pela dencias pela politica rejeitar comple tirar
tament
nizado po um
s o l u ~ a o
orga
estramb6tica mas substituiras duas ca
maras ilegitima da antiga C denadas formalmente.
o n s t i t u i ~ a o , po
Nao iremo entrar, todavia '\
duas camaras coor
pais onde c o rr e
l ei t
mel: pelo contrario,eliminand facilidades oferecida pel na tureza,criamos novas dificuldades
unica d
i f e r e n ~ a
porem ca
.pital, advem do fat de podermos tira partidoda experienda da grand natureza se ousarmo dizer, no qual se compromete coletivo. La, de onde
Antig Regime extraia sinteses ma nao
tiravaJlenhuma l i ~ a o de suas experiendas, vamos colocar
duvida um procedimento complicad para aprende com pra ticar metafisica experimental*. Constitui00 modernista, com efeito nao vi nos deba
tesecol6gicos senao urna mistur para purifica
radonal e 0
radonal,
subjetividade.'
natural
artificial
objetividade
A,nova Constitui00 ve nessas disputas,que dizem respeito um assunto diferente do radonal
irradonal: discute-se todo os
dias, em todos os lugares, questao mesma-d alta sodedade co mum, n a q ua l c ad a um
humano nao-humano q ue r Nada) nem ninguem deve vi simplificar) resumir limitar au re-
duzirde antemao
dimensao dest debate afirmando tranqiiila-
da
Caverna deve realment pesa muito p a r q u e se possa ignorar d u ra n t
natureza!" N6s nao propomos substituir urn sistem be
antiga Constitui'rao: "Nao se conseguini conservar
Vemos, de modo grotesco, na discussao sabre os riscos subjetivos os riscos objetivos outro Iugar onde se faz, golpe de machado, distinyao enas qualidades segundas*, as primeiras remetre as qualidade primeiras t ~ n d o s6 realidade, as segundas remetendo somente ao psiquismo, mam p u l a ~ a o ou cultura Elizabeth Remy (l997),'''Comment clepasser l'alternative risque reeVrisque peryu. L'exemple de la controverse sur les champs electromagnetiques': Vma vez feita divisao, questao se coloca entao para sa?er se necessari tomar modelo eliminador (pela f o r ~ ou pel pedagogla) ou modelo da hipocrisia respeitos (pelo encerramento no gueto cIa cultura/ou manipulayao discreta) Sobre outr soluyao, ver testemunhos recolhidos em Lascoumes et al. (1997).
219
As rompetencias do coletivo
Capitulo
mente quea disput s6trata das " se colocam"
r e p r e s e n t a ~ o e s que
humanos
nao da essencia mesm dos fen6menos Enquanto
acreditavamos modemos, podiamos pretender esgota
di
versidadedas opinioes, g
r a ~ a s
certez unificadados fato da na
tureza "Quant mais C
i ~ n c i a
houver dizia-se mais os espiritos
se conciliarao rapidamente
Mas quem a
menos desordem haveni".
provavol que se possa, com esta politica apolitica da vida publica, convencer, hoje, de se u ni re m composto de Momo criou
mundo
q u a fi rm a
qu
mundo
queesperama salva¢o de urn Deusque
6.00 anos; os que preferem abater os passaros
migrantes faze parte da Dnia Europeia; os que quere
desen
volver
terapi do gene para cura seus filhos, se fo precis
c on t r
o pi ni a d o
o s q u v ot a
rio;os qu se opoem 'cria¢o de embrioes humanos as associa de doente '!:.tingidos
o l m a d e P ar ki ns o que esperam
dos membros do coletivo deseja um "opiniao" discutivo
parti
cular"a prop6sito"de um natureza indiscutivel universal Que mundocomum em que habitam.
Fim do parentese modernista: inicio da ecologia politica. escolha que se nos oferece agora nao fazer ou nao fazer metafisica, mas de volta
m ai s p oi s
de
antiga metafisic
da
problema da divisa
entre mundo
mundos particulares, problema que parecia resolvidode uma VOl por todas, pode novamente surgi e, conseqiientemente, encontrar outras solufoes alem do mononaturalismo sui conseqiien
ci desastrosa
detalhada de conta (daquilo que acontece nas camaras
t i f i c a ~ a
atualmente reunidas!). Ap6 ter definido no c ap it ul o
p ro
priedadesgerais dos membros do coletivo no capitulo3
nova
do podere
c o n s i d e r a ~ a o
de ordenamento, temos
questa da competencias que nospermitirao
de abordar agor
continua em tempo real esta metafisica experimental que
tiga C
o n s t i t u i ~ a o ,
tureza
do, ante d e n o e s f o r ~ o s ,
an
com suaobsessao pelo arranjo binarioem na
sociedade
conseguiria nunca consigmi-la. Contu
nae
esta tarefa
l a n ~ a r
recollie
fruto de nossos
devemo ainda apontar um dificuldade, prevenindo
nos dos perigo de u m a o u t r f o rm a de naturalism
TERCElRA NATUREZA DOS DarS "ECOPOS"
desses embrioes urn remedi para ima enfermidade... Nenhum
rem todos oles decidi sobr
se designemos que aceitam dirigir jus
na S u i ~ a c on tr a
tranSforma¢o de seus campos de colza em sucursal de laborat6 ~ o e s
metafisic na camara dos fil6sofos (amenos que,
po esta expressao, na
s e p a r a ~ a o
ainda unir 80m outra forma de proces
c ~ i t a r i a
mente, volta
multiculturalismo. Nao queremos, evidente-
familia,
habitat,
CONTESTAQA.O
morada, d i z ~ s e em grego oikos.
'comentaristas ficam admirados com
riquez desta palavr da
ecologia desta "ciencia do habitat", para designar na humana,
h a b i t a ~ a o
morada
dos seres mUItiplos, humanos
humanos, que devem sercolocados no interior de ur
n ao
unico pa
lacio, c om o n u m a especi de area de Noe conceitual Como ex plicar perguntamos, q u e u m termo estilizad pel natureza ex terior ao humano possa retomar do grego co
mais domestico
Histoire de l'ecologie, especialmente Jean-Marc (1991), Reinventer La nature. L'ecologie et son histoire.
Ver Pascal Aco (1988) Drouin
maisantropocentri
mai grupal de seus term os?'
('
As
Capitulo
mesm
problema surge com
no,ao de ecossistema.
Crendo ultrapassar os antigos limite do antropomorfismo, por que integrava
naturez co
sociedade, os usuarios do ter
mo ecossistema conservavam do modernismo sua carenci es
sencial
de compor
todo sem
querer explicito dos humanos
nao-humanos, q u e s er ia m a ss i
r eu n id os , c ol ec io na do s
compostos. Encontrou-se ate mesmo os seres, humanos
nao-humanos, s o
meio de organizar todos
no<;8.o "de ecossistema
global", numa totalidade constituida, fora do mundo politico, na natureza da coisas
ecossistema integrava tudo, r ap i d
pre,o born demais.'
de
Ciencia dos ecossistemas permi
tia passar das exigencias da discussao para c on st ru ir , f or a d e
processo, mocracia.
mundo comum err
evidentemente capital em de
Ciencia prosseguia seus estragos na filosofia, mes
mo pretendendo colocar-lhe fim. Eco-16gico talvez, m a
na
"eco-pol iticamente correto".4
c
o
m
~
do coletivo
ecologia politica tinha evidentemente urn modelo: est
habita'f', esta outra "lei dos seres", que etimo distingue da outra chamada economia. Ii po ela, ber
outra "ciencia do
logia nao
mais do que pelo mundo comum dos sabibs ou po aquele dos ecologistas militantes, que te
natureza
senso comum encontra diariamen
nomos
aptidao
libertar-nos da primeira natureza, logi (politica) pudemos emprega
Eis por que desde
intrOdUl;:aO, evitamos distingui ecologia cientific ecologiapolitica para preservarapenasesteliltimotermo, unic capaz de sublinhar toda dificuldade para compor um born mundo comum Fala de"complexidade"nao garante, aMm disso,de forma alguma que estas di· ficuldades, politicas procedimentais, sera levada em conta: p o d e ~ s e abreviara vidapublica tanto por simplismo como poi "complexismo': As famosas "ciencias da complexidade" naO permitem se aproximar mai do problema de composilfao, do que as"ciencias do simples".
da Caverna
da epistemo
segunda natureza, a d o s
pensadores da ecologia, porem nossos esfor,o seria n6s guardassemos intacta e
s ~ a
sumir t o da s
fun,oes do coletivo sem !he pagar nem
politico ne
pre,o cientifico.
Depois de have eliminado fria" da
vilo
terceira natureza que pretend as pre,o
veneno da naturez "cinza
qualidades primeiras depois de haver combatido
mal-entendido da natureza "calida
verde" dos ecolos, precisa
mos suprimir
obstaculo da natureza "vermelhae ensangiien
tada" da ecopo
que pretend substituir as rela,oe de compo
sil"'O progressiva d o m un d o c o m u meticuloso estudo de uma hist6ria da n o ~ a o de ecossistema, ver Frank. Benjami Golle (1993) History of th Ecosystem Concep in Ecology: More than the Sum of the Parts. term "ecumenico"possuia mesma rai que ecologia. expressao corrente "tudo forma um todo"nao deve se depreciada. Os ecologistas conhecema incTivel dmcu1dad que hi para defi nit mesmo localmente as t o t a l i z a ~ o e s parciais. As politicas tambem. Ver exempl muito bela de David Western,R. Michae Wrigh Shirle Strum (1994), Natural Connections. Perspe£tives in C o m m u n i t y ~ b a s e d Conservation, sobre as dificuldades para saber o-'! ue forma ou nao um t od o n a orI dos parques naturais quando se acomodamos humano osnao-humanos
c ho ca r a polis. Conseguimos
pelalei do matagal de um
naturezaanimalizada, privada de toda vida politica. d es t t er ce ir a n a tu r ez a
ta
influencia
maior que, sob aparencias vaga
mente darwiniaD;as, serve de fonte nao mais a6 exterior mas ao
interior do coletivo.' Darwin e, evidentemente, inocente dos darwinismos cometidos em seu nome.Apesa de seusemprestimos aMalthus,ele nao e, de modo nenhuin, culpado de naturalismo, uma v e q u a s e v o l u ~ o e s das quais el fala nao exatamente nem unidade, nem optimum, nem t o t a l i z a ~ i 1 o . Para Dar WIn, evolulfa nao ~ n i f i c a exatament nad com livro de Stephen· Ja Gould (1991) La Vi est belle, mostra de form tao obstinada D a r ~ w i n a t er i t id o nenhuma dificuldad em fala de multinaturalismo, uma vezque, no limite cada'V ivent possuisua natureza.Assim que se to· mem emprestadas teorias da evolulfa para falar da"natureza':no singular, do pluriverso para preservar 56 sua f u n ~ a o de r e d u ~ p e r c r e m - s e / e ~ i d a d e 'fAo. Dondea unportclnci de distingui entre chamad as realidades ex
223
As competfncias
Capitulo
economia
Ora
quanta it ecologia.
tao pouco "eco-politicament
Nomos
logos pertencem de pleno direit it
polis somente oa on i< aode nao servire judicar car
correta"
de resumo parapre
estado de direito.Estadureza que !hepermite reivindi a i hard das·ciencia sociais,
t it ul o
p ag a c o
economia
a lt o pre<;o. Todavia, aparentemente, trat de todos os
a ss un to s q u e c it am o a t a qu i s o
nome de ecologia politica.
Etatarnbem t e m p o r objetoos conjuntosde humanos
que chama de (.'pess(:las"
manos,
nao-hu
de ('bens"; tambem procur
l ev a e m c on t a o s e le me nt o q u p re ci s i nt er na li za r n o s eu s calculos; quer tambem chega descobrir tonomia
hierarquizar as solu<;oes para
6timo na aloca<;a dos recursos; fala tambem de au
de liberdade; cheg tambem
produzir um exterior,
dementos que da rejeitou provisoriamente for de calcu
que ela, segundo expressao "externalizou". Aparentemente,' portanto, coletivo que apresentamos nao fez senao reencontrar d i ~ c i p l i n a
razao
bo
sentido da economia politica,
modernista po excdencia, que permit calcula em
conjunt das associa<;oes de pessoa
naria po aproximar automaticamente sobr
bens,
que termi
mdhor possivd
dos mundos, se as pretensoes do Estado nao'viessem loucamen; te deformar seu calculos, a<;ambarcand
vo,
economia politic seria entao
d e n os s t em po : pd
conjunto do coleti
horiwnte intransponivel
e co lo gi a n a t er i m ai s q u se deixar engolir
economia, como
profeta Jonas pd baleia.
Natureza", vimo suficientemente na reflete urn domi ni da realidad mas um fun<;ao particular da politica reduzida
teriores os procedimentos de unificarra.o do mund comum que p e r t e ~ cern propriamente poHtica mesmo, se se fala de genes, protein as, balela, baratas ou ambiente interior.
urn escoadouro, cessidad
do coletivo
certa maneira de construir"a relac;:ao da ne
da liberdade da multiplicidade
process escondid para distribuir palavra repartir os fato ralismo inunda
os valores. Co
da unidade,
um
a u t o r i d a d e ~ ' p a r a
economia politica,
natu-
interior do coletivo. Gra<;as it no<;ao de merca
do auto-regulado, ser possiv passar totalmente da questao do
governo, visto que as rda<;oe internas do coletivo ficarao seme Ihante itquda que reunem nos ecossistemas os predadore as presas.' As rda<;oes de for<;a coloca cussao, mas esta for<;a nao'e pd
fi
do Soberano,
toda forma de di,saquda, constatada
Ciencia, da inevitavel necessidade. Nenhuma balan<;a, ne-
Acha-se demonstrarrao disto em uma brilhante passagem de Karl Polanyi (198 [1945]), La Grande Transformation. Aw:: origines politiques et economiquesde notre temps: "Eis ai urn novo ponto de partida para c i ~ n c i a po litica. Ao tratar da comunidade dos homens pel lado animal, Townsend abrevia questao, supostamente inevitavel, dos fundamentos do governo; assim fazendo, introduz urn novo conceito legal nos neg6cios hurnanos, das leis da Natureza. preconceito geometrico de Hobbes, como tambem ardente desejo que tinham Hume Hai1;ley, Quesnay Helvetius, de en contrar leis nevvtonianas da sociedade, tinham sido merament metaf6ri cos: eles desejavam ardentemente descobrir urna lei tao universal na socie dade quanto da gravitarrao na Natureza, mas eles imaginavam como urna lei humana ... Se para Hobbes homem urn lobo para homem, porque for da sociedade os homens se comportam comolobos, nao p o r ~ que haja minimo fator biol6gico comu aos homen aos lobos. Afinal de contas, ele assim pOIjque aind nil se imaginou urna sociedade que nao seja identificada le ao governo. M as , n a i lh a d e Juan Fernandez [lo cal mitico dos primeiros sociobi6logos], n a h a nem governo nem leis; en. tretanto, ha equilibrio entre as cabras os cachorros ... Sem necessidade de governa para manter este equilibrio; ele restabelecido pela fome que tortura alguns, raridade da comida para outros. Hobbes sustentou que urn despota necessario porque os homens sao como bestas; Townsend in siste no fato de que eles realmente sejam bestas que por esta rm p r e d ~ samente temos necessidade de urn minimo de governo ... Nenhum magis trado sera necessario,porque fome impoe uma disdplina melbor que do magistrado. Fazer apelo este, observa Townsend, mordaz, seria "urna c h a ~ mada da alLtoridade'mais forte autoridade mais fraca" (p. 1 5 8 ~ 1 5 9 ) .
225
As compettncW de coletivo
Capitulo
nhum equilibrio
n6s".
preferive as
da chamad "natureza em
idea seria alias,que nao houvesse nenhum governo.' No
evidenciada no capitulo
permitir-nos-ao compreender com
esta "Ciencia dos va ores", esta axiologia consegu' evitar tao
entr hu
bern politicaem nom da Cienci quant as ciencias em nome
nao-humanos va transformar-se numa esfer autono
da exigencias da moral. El servir-se-ado calculo para se pou
interior mesmo do coletivo mano
f o r ~ a s
maior part das r
e l a ~ 6 e s
rn tao distint daquel da politica do valore quant as estre
par da lentidao do trabalho da
As tres natureza combinadas um
outravao sufoca
vo, sem dUvida. As leis da natureza cinz
coleti
fria as exigencias mo
r e p r e s e n t a ~ a o * .
economia explor ao maximo
las, os grande fundos marinhos ou os pingiiins da TerraAdelia.
ambigiiidade funda
menta do fato
do valores, tao impossivel
de confundir.
crer qu
C o n s t i t u i ~ a o
separa como
modernista foi feita
rais da natureza calida verde, as dura necessidades da nature-
para ela. Se voce disser que el
za "red in tooth
crever pela list os vinculos complicado da coisas
cl aw >l8
encerram de antema todos os discur
cientifica deve portanto, des da pes
sos: os politicos detem provaveh,nentea ultima palavra mas e l ~ s
soas segund
nada mais tern
qu na tern temp
se
muito depressa para
julgament normativ indispensave
dize ... um
G r a ~ a s
m u d a n ~ a
do significado de "poupar"
ni da lingua de ao verb economizar "evitar
ge
sentido pejorativo de
esfon;o" de tomar um atalho numa palavra abreviar.
Nada convem mais com efeito,
como
economia politica do que pode definir,
"a economia
do
politico"!9 As quatro funs:6es
pr6pria v
Celebr verso de Tennyson, que se tomou proverbial para
d e s c r e v e ~
dar-
winismo: "Man... trusted Godwas love indeed And love creation's final law... Though nature, red in tooth and claw With ravffie, shrieked against his creed." T E ~ S O N ,
"Em Mem6riaAHH" (1850) Canto 56.
analise da economia como boicot do politico por CarlSchmitt (1972 [1963]), La Notion de politique suivi de Theone du partisan: "£ precisamente
Ver
es ritiva pois qu tern
se voce adere, ur pouco admirado
dade, voce ficara surpreso vendo qu produzir
esta agili para
com urntrabalho de
limitado somente ao calculo. As exigencias de perti de publicidade* na parece
voce se indign co dara
passar
nao se e m b a r a ~
6timo,com nenhumaconsult
n e g o c i a ~ a o
nencia Vamo transformar est pergunta em um artefato: deve-se confiar aecono miaao mercad ou ao Estado pergunta tao artificial quan.to aquela d e s a b e s e os cientistas sao realistas ou construtiyistas; ou aquela, de saber se politica deve ser anthropo ou phusi-c!ntrica. Ver capitulo sobre poder de acompanhamento*. Reencontra-se ainda em Dewey, um argumento se melhante aquel de Polany (DEWEY, 1927 1954, p. 91).
o c a ~ a o ;
exigenci de perplexidade* el va replicar-lh
preocupa-Ia tanto. Se
ta atitude cavalheiresca,
econqmia Ih
sinal:''Aten¢o! Esto calculando ..:' acharaque na pre
elsa consultar, nem negociar pois
uma Ciencia
define
que deve ser,e em nome de suas leis de bronze tao indiscutivei c om o as da
n a t u r e z ~ .
Se voce observar polidament qu
difici
passaI p o r u m a ciens'aantes de ter-s dedicado as exlgencias da d e s c r i ~ a o ,
de ter mergulhad na controversias, de ter emprega-
quando se torna apolitico que wna domina¢o dos homens, repo'usando so bre wna base econ6mica, evitando toda apar!ncia toda responsabilidade politica, revela ser wna terrfvelimpostura" (p. 124). Para Schmitt, economia do seculo 19 segue religiao do seculo 17, precede tecnica do seculo 20, em processosinventados para excluir polftica de qualquer tarefa.
227
As compettncias do coletivo
Capitulo
do
Nada adiantaria te desviado
pr6prios instrumentos ii frag is quanto dispendiosos
ela responded que prescreve
que precisofaze ...
trucade novo, perdendo pacienda,que
se voce re
economia naorespei
ta osvalores porque pulou, infringiu todas as exigencias da pres c r i ~ a o ,
la th respondera co
desdem qu apenas descreve os
fatos sem se ocupar dos valores! Deb.:ando-s desenvolver ciplinaeco 6mica,
e v i t a - s e ~ a s s i
dis
pri qual t a ~ a o
p r o d u ~ a o
tod deba
te publico em nome da simples descrifilo. Com economia politica, essetrabalho impossivelde dis os valore qu temos comparad ao de 51sifo,
torna-s tao eficazque possibilita desorientar po veze os sabios os politicos nao se pode apelar ao valore humanos contr os
do valore
a s s e r ~ a o
segund teve
t en sa o e nt r
e co no mi a
primeira se faz fora corage
primeira, tao tipic do modernismo,deve-se estabelece
sua fulminantes sinteses.
lado
d i s t i n ~ a o
absoluta
nilo mais composto. As leis de bronze da economia terao
eliminado
ecopolitico.
coletivo vazio de sua substancia nao
sabera mais com se agrupar.
lO
10 Embora marxismo tambe tenha criticado naturalizalTao da economia, seu fun nao fo reabilitar politica, mas submete-la ainda mais as leis da pri da Cienda Ea forte c r i t ~ que Polanyi, socialista pomeira n a t u r a l i z a ~ o , litico nao socialista cienti.ftco, fez Marx: "A real s i g n i f i c a ~ o do torturante problema da pobreza revelada agora: sodedade econ6mica esta submeti da leis quenao sao leis humanas. fosso que separ Adam Smith deTown sendaumentou ponto de se tornar urn abismo; aqui aparece uma dicoto nascimento da consdencia do secul XIX. partir deste mia que marc reintegralfao da momento, naturalismo assombra denda do homem, sodedade no mundo do homen se torna objetiv visad com persisten da pela evolu(;.ao do pensamento sodal. economia marxista nesta linha de argumentalfao era uma tentativa, falha no essendal para alcanlfar este objetivo; se ela fracassou porque Mar aderiu muito de perto Ricardo as tradilfoes da economia liberal." (POLANYI, 1983 [1945], p. 172).
bica
meralismo explicito da segunda tao tipico da epoca seguinte
ficados, para igualmente poder passar-se da
habitat comum sera calcu-
processo en
pr6pria missa hist6rica Ao bicameralism clandestino da
qu precede, qu engloba, qu acompanha-
os valores! Por fim,
e co lo gi a
de dar-se forma apropriada
fato brutos nem os fato importunos contr osvalore injusti entre os fato
h i e r a r q u i z a ~ a o
da ciencias Nao, decididamente
p r o d u ~ a o
quanto
pr6
axiologia, reinara em lu
gar da ecologia politica, chocando po su ve
ambas politicas, porem
no
segund
la mesma um simples consta
dofato! A"ciencia do valcres"
n ad a d ev e v i a te nu a
apelo
democracia se conservarmos
interior do coletivo esta estupenda
coletivo, pela mai astuciosa
das manobras, toda descrifilo em nome da prescrifilo
tinguir os fato
Cienci fa correr para
perigo, que
Felizmente,
to qu chegamos
economia mistura
m o d e r n i z a ~ a o
cienci
politica vis
libera as ciencias da influencia da Ciencia
politica do inferno do social deve se possivelliberar econo mia' de suas pretensoes em dissimula
os fato ja'estabeJecido
calculados fazendo-lh sofrer f o r m a ~ a o
procura dosvaloressob
pesquis dos fato so os valore ja el tambem,
pequena trans
do capitulo 3. Interrogando-nos como ela se .submete
aos doi podere de representayao* ("quanto
s o m o s ? ~
"conse
guimos vive em conjunto?"), el torna-s bem mais apresenta vel, pois suacapacidad de representafilo melhora logo. Em luga de distinguir fato
valore verticalment (se
guir), torna-s faci distingui horizontalmente do coletivo (ver figur 3.1)
alto
baixo
economia politica reca entiio
seus es Pode-s outra vez estabelece nomia,como disciplina
nunc prosse
d i f e r e n ~ a
entre
co
economia com atividade (0 qu os
229
Capituw4
ingl ingles eses es em sua sabedori sabedori distingue distingue
As competbtcias do coletivo
com duas pala palavr vras as e.cono-
respei eito to C i ~ n c i a . cois estudad estudada). a). mics, qu di resp economy, cois Nao exist exist mais mais economia economia sem que exista exista-um -um Homo ecoexist efetivamen efetivamente te um econo'mizafao progressiva nomicus, mas exist das
r e l a ~ 6 e s .
Niio se encontra. embaixo, embaixo, um
i n f r ~ e s t r u t u r a
eco
n6mica que os econom economist istas) as) no alto alto estuda estudasse ssem: m: os economiza-
dores ( n
s en en ti ti d l at at o do t er er mo mo , q u
e v i nc nc lu lu i t a mb mb e
os
aparelhos aparelhos contibeis como os modelizador modelizadores, es, os matem,iti matem,iticos, cos, os marquet marqueteir eiros os zand as r
os estati estatisti sticos cos)" )" dao forma ao coleti coletivo, vo, estabil estabili i
e l a ~ 6 e s
do hufnan hufnanos os do niioniio-hu human manos.Nii os.Nii
na
chefia chefia agentes agentes de calculo calculo econ6mico, econ6mico, mas ha c o n s t r u ~ i i o de cen cen tros de caJc caJcul ul
centros centros de lucr lucro, o, g r a ~ a s ao quai quai osque ospro
curam podem produzir,com efeito efeito no papel, calculosque papel, certo calculosque peJ;lllitem po veze veze coordenar coordenar
la
inversao inversao efetuada par Michel CalIon em seguidaa seguidaa deGeorg Sirrim Sirrimel el ((1900] ((1900] 1987), 1987), Philosophie de I'argent, com de Pola Polany nyi, i, qu per m it it e a o m es es m o t e m p m an an te te r v ir ir tu tu de de s da economia economia como discip disciplin lin (em particular particular formato formato das liga<;:oes), evitando evitando acredita acredita que economia economia define suport suport do mundo, mundo, ao modo de Locke. Locke. Ver em particula particula Miche Miche Callon (1992), (1992), "Techno-economicNetworks "Techno-economicNetworks and Irreversibility': Sociological Review Monograph; Miche Callon (1998), (1998), The Laws of the Market.
12
230
Fora do trabalho trabalho seminalde seminalde LaurentTheven LaurentThevenot, ot, para induir economiza economiza <;ao como uma formaparticularde formaparticularde a<;:ao, eu me aprove aproveite ite bastantedas bastantedas pes pes quisassobre quisassobre contabiliza<;:ao de Peter Peter Miller Miller (1994) (1994) "The Factor Factor as Labo Labo ratory" ratory" Michae Michae Power Power (1995) (1995) Accounting and Science: National Inquiry and Commercial Commercial Reason; sobre as opera<;: pr6prias as do marke marketin tin (CO (CO opera<;:aes aes pr6pri Discipliner l'economie de marche; CHOY, CHOY, 1999) Une histoire du marketing. Discipliner s ob ob r progress essiv iv dos teorem teoremas as econ6 econ6mi micos cos (Lt:PINAY, constru<;:ao progr [1999], Sociologie de Ia controverse des deux Cambridge. Circulation Circulation et manipulation d'un formalisme en economie mathematique). Pola Polany ny quem fo mai longe longe no proje projeto to para entend entender er e c o n d m i a - c i ~ n c i a como agente principal principal da econom economia-c ia-coisa oisa golpe golpe de g ~ n i o que instal instalou ou soci sociol olog ogia ia da crftic da economiapoliti economiapolitica,isso ca,isso porqu c i ~ n c i a econ6mica no cora<;:ao da crftic economism ism tinham tinham seja seja por cientificismo, seja por as criticas 'Usuais do econom humanismo, inteiramente fracassa fracassado: do: "A estupefa<;:ao dos espiritos espiritos reflex reflexiivos, uma riquezaextraordinaria pareci ser inseparavelde inseparavelde uma pobreza extraormnaria. Gentistas proclamavarp proclamavarp em unisson que se havi descoberto descoberto uma cienci cienci que nao deixa deixava va menor duvid sobr as leisque leisque governa governavam vam mundo dos homens. homens. Fo sob autoridadedesta autoridadedesta leis leis que compai compaixaofoi xaofoi tirad dos cora<;:oes q u uma determ determina<; ina<;:ao :ao est6ica est6ica para renunciar soli dariedad humana, em nome cia maior felic felicid idad ad do maio numero, numero, adqui adqui dignidadede uma religiao religiao secular" secular" (POLAN (POLANYI, YI, 1983 [1945], p. 144). riu dignidadede
do mundo, mundo, par leva leva
a b e ~ a s
urn conjunto conjunto de proce processo sso partic particular ulares es acordo acordo
do
c o o r d e n a ~ i i o
p r o d u ~ i i o
incerto incerto veicul veiculan an
da exteri exteriori oridad dades, es,
politi ticaperdeseuvene caperdeseuveneno no par de entrar entrar em eCOIiomia poli t i ~ i i o
com
ecolo ecologi gi politi politica. ca. Realm Realment ente, e,
ecolog ecologia ia politi politica ca niio niio
sohive sohive nos suco gastric gastricos os da economiapolitica. blica blica deveri deveri ter-nos ter-nos alerta alertado: do:
11 Prolongoaqui
Desd que se extirpou extirpou
a ~ o .
economia economia ao mesmotempo, das c
Jona Jona na prai praia) a) para que retomasse retomasse Restabe Restabeleci lecida da devidamente, devidamente,
da cali calida da
verd verde, e,
bj
caminh de sua missao missao.. .. 14
e c o n o m i z a ~ i i o
torna-se, veremos veremos
logo, um do corpos corpos de trabai trabaiho ho indi indisp spen ensa save veis is cole coleti tivo vo Como
c i t a ~ i i o
bale baleia ia ap6 t r ~ s dias dias vomito
primeira primeira natureza natureza dnza terc tercei eira ra verm vermelh elh
ri
f u n ~ 6 e s
com
do
s eg eg un un -
ensa ensang ngii iien enta tada da no pe
Sobr materializa<;:ao do modos modos de caIc caIcul ulo, o, ve Mich Michel el Call Callon on Brun 13 Sobr Latour (1997), (1997), [''Ill ne calculera calculera pas' ou como equilibr equilibrar ar doa<;:ao ca pital]; pital]; ist volt faze faze economia economia-dis -discipl ciplina ina suportar o p e r a ~ o d e e n sociologia das c i ~ n c i a s carna<;:ao que as outras c i ~ n c i a s sofreram, gra<;:as sociologia situada";ver Luc Suchman (1987), (1987), Plans and Si. aos esfor<;:os da "cogni<;:ao situada";ver tuated Actions. The Problem of Human Machine, livr essencia essencia de Edwin Hutchins (1995), (1995), Cognition in the Wild:l'o Wild:l'odemos demos resumir resumir ist e m u m sio. precisao, ao, laborat6r laborat6rio io que gan: cOgito ergo sumus "Quando penso com precis pensa:' Se existe um caIcul caIcul raciona em economia, economia, procuremos labora. t6rio (falandoamplam (falandoamplamente ente que permita. tentativas p<1!a absorve absorve ecolo ecologia gia polfti polftica ca pel economia economia 14 As numerosas tentativas politica, gra<;:as escolh escolh de urn outro quantum, por exemplo,a exemplo,a energia, energia, em vez. do. d i n h ~ i r o , ~ r e s e r v a r i a intactas as falhas falhas da antiga Const Constit itui< ui<;: ;:ao ao ou malS amda, amda, Juntana, Juntana, umas atrasdas outras, outras, os defeit defeitos os da naturaliza <;:oes, uma vez que meta-eco meta-economi nomi assimproduzid assimproduzid seri fundada fundada aomes causalmen mente, te, moralmente moralmente naturalm naturalmente ente que nao fariamos md tempo causal p.ara ~ c o n o m i z a r durotrabalho de retomada da vidapolitica. Pel contra economiado economiado ambienteserv ambienteserve,como e,como se vera de i n s t r u m e n t a l i z a ~ a o in r ~ o , dispensave dispensave para acompanhamento de procedimentos procedimentos de exterioriza exteriorizay!o. y!o.
Capitulo
riod riod em qu domino domino se
divi divisa sa
form for mas as da modern moderniza iza¢o, ¢o, uma comp compos osi, i,ao ao ro ress ressiv iv
As campetbtcias do coletivo
cole coleti tivo vo fo apen apenas as uma
mane maneir iras as
poup poupar ar
gran grande de part part do mundo mundo comu comum. m.
Agor Agor qu nenhuma nenhuma naturaliza¢o naturaliza¢o permit permit mais mais evita evita as tarefas de composi composi,ao ,ao podemo podemos, s, enfim enfim voltar voltar-no -no na dire,a dela delas. s.
capitulo ,aes indicadas no capitulo
hierarquia; ia; tarefa tarefa nO 4: institui,ao*), as 2: consulta tarefa nO 3: hierarqu quai quai n6 acre acresc scen enta tare remo mo duas duas comp compete etend ndas: as: manuten, manuten,ao ao da separa,a separa,a ou da lan,adeira lan,adeira entre entre poder poder de consi conside dera, ra,ao ao ordenamento ordenamento (taref (taref nO 5), e, enfim, que se poderia poderia cha
od
ma
CORPO DE TRAB TRABAL ALHO HO NO CONTRlBUIQAo DOS CORPO EQUIPAMENTO DAS CA.MARAS Na terno ternos, s, com na antig antig meta metafis fisic ic espe especu cula lativ tiva, a, que mesmos os sobr sobr deddir n6 mesm
mobi mobili li do mund mundo, o, ma some soment nt
(tarefa (tarefa no 1: perplexidade; perplexidade; tarefa nO
coleti tivo vo em ur todo unifi unifica cado do (tare (tarefa fa ce1'larizafiio* do cole
.6)."Tira .6)."Tirare remo mo parti partido do do fato fato
qu todo todo
nO
corp corposde osde ttaba ttaba
lh contr contribu ibuem em no dese desenv nvol olvi vime ment nt da pr6p pr6pria ria comp compet eten en cias cias em ve de se acha achare rem, m, c o m
no
Antigo Regime Regime encarrega encarrega
do de ur cantao cantao artifi artificia cialme lment nt dividi dividido do na real realid idad ade: e: Cien Cien ci ocup ocupan ando do-se -se da natu nature reza za poli politi tica ca do sodal sodal mora moral, l, do fundame fundamentos ntos
economia) economia) da infrainfra-estr estrutu uturas ras
admini administra stra
defini os equipamento equipamentos, s, instrumentos, instrumentos, habilid habilidades ades competen competen
Estado do Como as fada fada debru,ada debru,ada sobre sobre os quatro quatro ber ,ao, do Esta
cias cias qu permitira permitira
novo cole coleti tivo vo cada cada ofido vern vern ofer oferec ecer er as dadiva dadiva que ,os do novo lh sa pr6pri pr6prias. as.
meta metafis fisic ic experi experimen mentalde talde se por
cami cami
nho para para deddir coletiva coletivamen mente te quanta ao seu habitat, seu oikos, seus seus interior interiores. es. Para simplific simplificar ar mos do anti antigo go ofic oficio io qu
percurso percurso desta desta se,ao, se,ao, partire partire
Constitui,a havi havi mobi mobi a ~ t i g a Constitui,a
lizado lizado," ," par descob descobrir rir com elespodem elespodem contribuirpara contribuirpara junt junt
con
fun, fun,ae ae da vida vida pu li a, quer quer dize dize ?a quat quatro ro funfunme limitei as unicas profissoes que modernismo mais tern posto em contribuic;ao. porque porque apes apesar ar de sua importMcia, nao feita feita menlfao menlfao ao direito. Com efeito, direit direit sempr tev cortesi cortesi de aceita aceita seu relativis· mo seu construtivismo, sem fazer disso urn caso complicado. complicado. El sab re conhece conhecer, r, entr os outros, urn direito simplesmente diferente; diferente; ele concorda ficlfao. Ele menos "molliado "molliado", ", se ou em reunit positivamente realidade ficlfao. samos d i z ~ - l o , do que Ciencia, politica ou moral, na questao da natureza. mesma cois para arte, queaind nao consideramos, apesar de sua importMcia na formalf3o das tarefas do coletivo, pe1a mesma razao: nin'guem jamais disse, mesmo na tradilfao ocidental, que relalf relalf30 30 da arte com natureza era indiscutivel! Par isso, nao mantive mantive s ~ a o as profissoes mais antropologizar, aquelas que sofrem verdadeiramente com os "fedificeis de antropologizar, 1996a) e, no entanto, eu nem falei da pblicia, tiches" (LATOUR, 1996a) pblicia, nem dos pescadores... pescadores ...
232
cont contri ribu bui< i<;a ;a das ciencias ciencias qu espe espera ra da cien cienda da uma vez despoj despojada ada da Cien Cien ao simple simple fato fatos, s, aos fenome fenomenos nos ao dados, dados, ao estrit estritos os limite limite da raza razao, o, deix deixan ando do amerce da moral moral da po cia? Que se limite
litica
outras outras fun,ae fun,aes? s? L6gi L6gico co qu nao. nao. Pelo contrario contrario elas elas de
vern vern partidpa de todas as fun,aes." fun,aes." Tome Tomemo mo uma uma as tafunlfao para qual todos 16 No capitulo 5: a c ~ e s c e n t a r e m o s uma setima setima funlfao todos os corpos profisslOnaJs deverao contribuir, contribuir, que levara continuidade da cur. va de aprend aprendiz izag: ag: do coletivo, saber, arte de governar. governar. 17 As c i ~ J 1 c i a s , ademais, tarefas do coletivo, ademais, sempr partici participaram param de todas as tarefas dest ve como nova hist6ria das ,ciencias demonstra claramente, mas dest elas fazem sem hipocrisia formalmente; ver bela exempl de Lord Kelvin em Smith Smith Wise (1989).
As competbJcias do coletivo
Capitulo Capitulo
refas com as quais as ciencias ciencias deve facilitar
n u m e r a ~ a o
contrib contribuir uir seguindo seguindo para
dada no alt
repres represent entada ada na
figur figur 4.1. 4.1. Este Este procedi procediment ment urn tanto esco escola la nos permitini desfa desfaze zer, r, aos poucos, d o m a u ha.bi ha.bito to pelo quai tentllva tentllvamos mos c o n s t r u ~ a o
mesrno ediff ediff
de ur
fala falar, r, escre escrever ver ou dissertar dissertar sobr
mentos
laborat6rio, do artiffcio do laborat6rio, se nao
Mesmo se
se pode mudar radicalme radicalmente nte
participa dessas dessas mesmas
ponto de vista "isola "isolado", do", como
seguint seguinte, e, inverterem inverteremos os
Na s e ~ a o
sua habilidade habilidade pr6prias. pr6prias. e x p o s i ~ a o
partiremos das
competencias do coletivo para definir, ao mesm tempo, tempo, sua di
da totalidade
..
-_____
t eo eo ri ri a
Separac;ao Separac;ao dos poderes
Cada um dos conhecimentos dest seyao seyao (e
cienci ciencias as vao leva it perplexidade
caso caso da cien
nO
enorme enorme trunf
do
1). Nao e s < j u e ~ a m o s , com efeito, efeito, de
que se t r at at a d e fazer entrar no coletivo coletivo as a s s o c i a ~ o e s nos
mundo
partir
dos espectr espectros os
teorias teorias ffsi ffsica cas. s. Essa Essa
das p r o p o s i ~ o e
sua form partic particula ula de re
imperce impercepti ptiveise veise diferen diferentes tes que exigem exigem
£las vao tambem contribuir no trabalhode consulta (n 2) trabalhode consulta competenc encia ia que th permit permitiu iu prece precede de todo os outros outros p o u m compet
de huma
nao-humanos, os quai nao sao dotados dotados da palavra palavra
serpelo interprete interprete de aparelhos aparelhos de
f o n a ~ a o
plexid plexidade ade (ve capitu capitulo lo 2). Ora, q u e
nao
de um imensa com
m e lh lh o r qu
quee
e m b a r a ~ o
da prova experimen experimental. tal. Vimos no capi- da palav palavra ra que nos intere interessapara ssapara
os cientistas
vida
civi civil,difer l,diferente entement ment dito, dito, duvidasobre qualida qualidade de de repres represen en t a ~ a o .
Ora, Ora, as cienc cienci.winve i.winventa ntara ra
cada candidato candidato it exis existe tenc ncia ia
laborat6rio para detect detectar ar desde desde log fenome fenome
nos apen apen,, ,,;s ;s visive visiveis is (tarefa (tarefa
c o ns ns id id er er a
ser levadas em cont conta. a.
cias) contribui igualmente para as seis funyoes funyoes do coletivo.
do
c he he ga ga m
meio de telesc telesc6pio 6pios, s, sondas intere intereste stelar lares, es, raio
tw
As
abstr abstrai air-s r-s de todo
Ciencias as vao deposit cest comum seu conhelativismo. As Cienci depositar ar na cest equipar, regist registrar, rar, escutar multicimento para instrumentar, equipar, multi-
(per exemplo: ados cientistas)
Perplexidade
instrumento
pudesse pudesse
d e 5 ir ir io io ,
oficios, da controversia
Figura Figura 4.1
mais do qu o f er er e c h u m
de.vista pel interprete interprete das experi experienc encias ias instrumentos, instrumentos, ponto de.vista
p l i c a ~ a o CAMARA ALTA
da visao?
sobre sobre 5irio 5irio
vista: a: elas elas ao contrar contrario, io, permitem deslocar deslocar sem parar ponto de vist m od od e lo lo s
os novo novo offc offcio io de que preci precisa sara ra dispor dispor
namica
d i r e ~ a o
Ciencia Ciencia pretende pretendesse sse fixar fixar-s -s niss nisso, o, nao
que vivem vivem as cienc ciencia ias. s. Elas Elas fazem fazem be
co
transferencia do ponto de
publica Como levar em conta no vista, tao indispensavel it vida publica
ci publico.Vere publico.Veremos mos depois como cada um das outras tecnicas f u n ~ o e s
mundo?
balho deles deles consist consist justamente em inventar, po m ei ei o d e instru
vos seres seres
em coordenar sua aptidoe para
para ensina
contraditores ad hoc e a colhido colhido para car
princi principio pio segun segundo do
reenco reencontr ntr liga ligado do
qual
urn grupo de
grupo de testemunhos confia confiavei veis* s* es
circun circunsti stilnc lnciasegundo iasegundo
qual cada um tenta colo
o ut ut r o e m dificulda dificuldade, de, fazendo fazendo fala fala diversame diversamente, nte, ao longo
da experiencia, as mesmas enfdades g r a ~
outras pess pessoa oas. s. Pela Pela
busca de urn protocolo protocolo experim experimenta ental, l, as discip disciplin linas as va logo logo ex plorar plorar para todo candidato it exis existe tenc ncia ia os que dentre os cole colega ga melhor podem jwgar jwgar que provas provas podem melhor faze-l faze-los os mudar
..
235
As competbicias
Capitulo
de opiniao. opiniao.
G r a ~ a s
as c i ~ r i c i a s ,
e x i g ~ n c i a
de
ur sent sentid id prec prec so ja qu cada cada feni fenilm lmen en
p e r t i n ~ n c i a
toma
acol acolhi hido do por ur
questionamento id6neo. Se apenas 50 pudess pudess tomar public public gera esta esta c o m p e t ~ n c i a dos cien cienti tist stas as melhor melhorarar-sese-iam iam de maneira maneira se pilr em risc decisiva as capacida capacidades des da primeir c ~ a r a risco, o, vis vis to qu se poder poderia ia desc descob obri rir, r, par cada cada enti entida dade de com el pode pode
desenv desenvolv olver er em seus seus pr6prios termos seus seus proble probleIl) Il)as as individu individuais, ais, selecion selecionando ando seus seus pr6prios juizes juizes Como imagin imaginar, ar, num segu segund ndo, o, no privar privarmos mos da
c i ~ n
clas clas para coloca coloca em ordem de importi importilnci lnci as entidades hetero (no h o m o g ~ n e a 3) mi sa da ua g ~ n e a s numa hierarquia mora morali list stas as ha pouco pouco preten pretendiam diam apropr apropria iar-s r-se, e, impedi impedindo ndo ao sabi sabios os limita limitados dos unicamenteaos unicamenteaos fato fatos, s, de ai marcar fim de su proveta? proveta? Mas da c i ~ n c i a s , pe!o pe!o contrari contrario, o, que se espera, espera, ainda, uma c o m p e t ~ n c i a deci decisi siva va de imaginar imaginar as possibilida possibilidades des ofe providencias h e t e r o g ~ n e a s . recendo il vida vida publi publica ca arranjos Lembremo Lembremo-nos -nos realme realmente nte de que est gurada se
f u n ~ a o
list list da enti entidad dades, es, qu deve deve
compos composta ta de e s ~ n cias* com limite limite fixo fixos. s. Temo Temos, s, entao, entao, necess necessida idade de de que cien cien us
de
rm
p od od e
ordem de p r e f e r ~ n c i a , indo indo do maio maio para para numa ordem
v i s u a ! i z a ~ :
menor, menor, des des
bloque bloqueiem iem s i t u a ~ a lanrando sobre outros seres outr outras as pro pro priedades peso peso dos comp comprom romis issos sos nece necess ssar ario ios. s. Um contro contro versi versi atual atual testemunho testemunho deste deste fenilm fenilmeno eno se
coletivo
nos human humanos os 6rga 6rgaos os de suinos (previarnente (previarnente "hurnaniz "hurnanizados" ados"
par evit evitar ar r e j e i ~ 6 e s ) , av ques questa ta etic etic da mort mort cere cerebr bra! a! logo logo perde perde su import importanc ancia. ia. Um m o d i f i c a ~ o minuscu minuscula la na estrutura de urn material, um astucia tecnica, uma inova<;ao juridica, urn novo tratame tratamento nto estatist estatistico, ico, um varia<;ao infima de ... tempera temperatura tura ou de pres pressa sa que eraimpos eraimpossive sive toma-s pos
sive!,o sive!,o que estavabloqueado estavabloqueado desbloquei desbloqueia-se a-se 20 Os peca pecado do deor nc
co
ia
n om om e
tomam-se virtudes virtudes civi civica ca quando particip participam, am, por sua pr6prias pr6prias loucura loucuras, s, da procura da sabedo sabedoria ria oferec oferecend end recom recom C i ~ n c i a
bina os habi habito tos* s* da p r o p o s i ~ 6 e s no exame coletivo. coletivo. Que querer quereria ia privar privar f u n ~ a o de i n s t i t u i ~ a (no 4) das aptid6es aptid6es dos pesquisa pesquisadore dores? s? Se critic criticamo amo por caus caus C i ~ n c i a da confu confusa sa entre entre
perp perple lexi xida dade de
cert certez ez dos fato fato insti institu tui i
dos, dos, unic unicam amen ente te porqu porqu e!a pretendia pretendia pular pular direta diretamen mente te de um pa u tr tr a proced procedime imento nto regu regula lar. r. Na ha mais mais
nao pod se asse asse
se ordena ordenadas das acha acha
se limitada limitada uma vez portodas, nem se e!a
tist tistas as com i m a g i n a ~ a o
do
possiv possive! e! enxertar
ca6tica, em que se encontrarao encontrarao os c o m e ~ o s moder 18 Hist6ria, algumas vezes ca6tica, noS em Steven Shapin (1994) Social History of Truth: Gentility, Civility (1994) and S c i e ~ c e in XVII' Century England, Licoppe (1996); para urn acesso rnais f:kil, f:kil, ver nUmero especial de Recherche"n. 300, julho de 1997, 1997, os nota veis Cahiers de Scienc Scienc et Vie que, cada dois rnes rneses es dao ao grand grand publico urn acesso privilegiado privilegiado hist6ria das ciencias.
outro exemplo, exemplo, que permite aos pasteurianos pasteurianos introduzi em s i t u a ~ a o luta de clas classe ses, s, entre entre ricos ricos pobres, urna l ~ t a entr entr rico rico ou bloqueada pel luta pobre contagiosos, rico ou pobre pobre vacinados... V a o ~ s e toma contra contra os mi cr6bios medidas de saneamento impensavei impensaveis, s, sem este delicado delicado deslocadeslocaencontra no __ mento da luta (LATOUR, 1984). Outro exempl canbnico canbnico se encontra atomistas frances franceses es traduzi traduziram ram arte militar como fisi mod co que os atomistas ca nuclear: Spencer Weart (1980), La Grande Aventure des atomistesfran yais: yais: le savants au poavoir. Estes arranjos substituiij:oes sao inumeniveis inumeniveis definem as ci!ncias, freqiientemente aliadas as conquistas tecnicas, para tarefa tudo que i ~ t e r e s s 20
sociologia sociologia das d!ncias, das tecnicas da i n o v a ~ a o (LAW, 1986, "On Po wer and its Tactics: View From The Sociology Sociology of Science"; BUKER; LAW, Technology-Building Society. Studies in Sociotechnual Change) 1992, Shaping Technology-BuildingSociety. (e particularmente aquela da Escol Escol de Minas desenvolv desenvolveu eu est ponto de mil modos: ver em particul particular ar Michel Callon Bruno Latour Latour (1985), Les allies; Madeleine Madeleine Akrich Akrich (1990), Des machines machines et des Scientifiques et leurs allies; hommes; Bruno Latour (1992), Aramis, ou l'amour des techniques; Bruno Latour Pierre Lemonnier (1994), De La prehistoire aux missiles missiles balistiques L'intelligence sociale des techniques. techniques.
237
As competblcias do coIetiv
CapftulD
nada de ilegitim
fato de utillzar
nao s6 para obte
competencia dos sabios
consenso com tambem para abriga-I logo
parte de se temp defendend sua autonomia. Ora este comba te nao testemunha goment seu corporativismo usual.
na formas de vida instrumentos paradigmas, ensinamentos
dad de faze suas pr6prias
costumes caixas-pretas.
por nenhum bor senso, seja qual fo
ainda, uma vez. recuperado
estado
direit todo os defeitos do sabios tornam-s qualidades sim, os cientistas sabe te]llp objeto de
com
tomar
irreversivel
qu
or ha
les qu os compreendem
i n d a g a ~ 6 e s ,
capaci
sem se deixar intimidar reduzido numera daque
aparente pouca importancia do de
safios ei uma forma de autodefesa iridispensavel
m a n u t e n ~ o
controversia qu acab de se objeto de
de uma barreiraintransporiivelentre as exigencias da primeiraca
ur acordo Ur coletivo qu nao produzisse uma clausura defi
mara as da segunda, totalment contrarias. Nao se deve proibir
nitiva
de leva em c
uma
duradoura da
s i t u a ~ 6 e s
estabelecida seria, alias, inca
o n s i d e r a ~ a o
ur novo ser, sob
p.retext de que ele
paz de sobreviver. Esse apego ao p a r a d i g ~ a s , todos esse peca o b s t i n a ~ a o , de fechamento de espirito antolhos, tant do
nilo entra na list atua do membras do coletivo
condenado nos sabios sa tantas outras qualidades, indispen
confundida num momento, sem razao, com urn direit indiscu
saveis
vid publica,pois por elas qu
tabilidade."
G r a ~ s
esta destreza do
coletivo ganha em es abios,
habito tor
nam-se e s s ~ ~ c i a s * , ~ s causalidades, como as responsabilidades,
sa determinadas de forma duradoura. Dir-se-a que sobre s e p a r a ~ a o entr os doi novos podere (no 5) os pesquisadore na tera quas nad
tanto tempo acosturnados as
dizer, ja que, ha facilidades da Ciencia, eles apenas
infringiram passando, sem se prevenir, da c namento*.
o n s i d e r a ~ o *
ao orde
esquece que os investigadore consagram grande
21 Vernos inversao ern r e l a ~ o aos primeiros estudos de sociologia das d ~ n das, que explicavarn encerrarnento das incertezas pelo efeito e s t a ~ i l i z a d o r das ideologias, dos pesos sodo16gicos ou das i n s t i t u i ~ o e s (no senb.do cor rente) (BARNES; SHAPIN, 1979, Natural Order. Historical Studies in Scientific Culture).Aqui, ao contrario, sao as pr6prias c i e n c i ~ s ~ a r t i c i p a r n da e s t a b i l i z a ~ a o do coletivo Inversarnente, v ~ - s e que clenbfibsrno 56 peca tarefa nO porque confunde urna habilidade particular ( c o n t r i b u i ~ ~ o corn conjunto do trabalho cientifico. Nao ha nenhwna d i f i c u l d a ~ e :rndi zer que as ciencias participarn, felizmente, para p r o d u ~ o do mdiscuti vel. Tranqiiilizemos os " s o k a l i s t a s ~ le da g r a v i t a ~ o universal encontra-se muito solidamente estabeIecida mesmo se el nao possui mai em e3 mesma capacidade para cala bico!
Esta
r e i v i n d i c a ~ i l o
de autonomi do questionamento
tive ao conhecimento, ao reconheciment no
momento s6 tern
ao on;amentos
defeit de ser urn privilegi reservado ao
sabio! Distribuida todos os membras do coletivo- humanos nao-humanos, est reivindicas:a va revelar-s decisiva para
sa de do
capacidade
manter
pr6prias
born sens sa cois melho compartilhada do 22 Fundamento, com mundo: cada urn acredita possuir e x p l i c a ~ a o da conduta dos outros. co nhecido celebre epis6dio pelo qual Lord Kelvin fisico, pretendeu limitar
qual os bi610gos, inspirados em Dar imensa d u r a ~ a o do sistema solar, win, tinharn necessidade para explicar e v o l u ~ a o . Os bi6logos resistiram educadamente continuaram pensar em centenas de milhoes de anos, apesar da i n t e r d i ~ a o dos fisicos entretanto, para epoca, mais prestigiosos que eles. fen6meno da e v o l u ~ a o " i n s i s t i a ~ apesar da a u s ~ n c i a de uma teo ria fisica capaz de reduzi-la ou de explica-Ia. os bi610gostiveram muita ra zao para se manterem em seu enigma, pois que desde logo os fisicos, ao des cobrirem radioatividade, puderam datar sol de uma d u r a ~ a o de vida en tim compativel oma e v o l u ~ a o bio16gica. Belo exemplo de r e s i s t ~ n c i a de urn problema as s o l u ~ o e s prematuras... Estendarn esta r e s i s t ~ n c i atodo teremos democrada defmid:> Como autonomi dos problemas apresen tados. entao, que "0 grande publico" se obstina em proteger suas interro se necessario contra acusalfao de irracionalismo de certos Iobbies_ g a ~ o e s , mais cientifico... eruditos, d e q u e
239
Capftulo4
questaes, qualque qu seja
As wmpet&ncias do coletivo
pressao da disciplinas mai pres
grande cena precocement erguida, s6 irnporta
produ,ao de
tigiosas ou da institui,aes me!hor instaladas
necessario nao
urn
s6 adminl-Ia comotambem estende'la todos.
em particular
rest do coletivocomo uma ocasia nova de unificar-se
unico meio de beneficia
contribui,ao da qualidades primei
ras' sem autoriza-Ias
e!iminar as qualidades segundas'. contribui,ao da ciencias na ultim taref (no 6),
Qua
mundo
raliza,ao na nece mais
comum, quelse tornou desta ve Heito, oferecido ao
mais ur defeit quando
natu
natureza na perma
parte: el se torna um repeti,ao geral, uma oferta
de servi,o urn cenario possive! sobr
que poderiatomar-se
qu consiste em oferecer ao conjunto do coletivo um eenariza forma de ur todd, repartind seus ,ao, aperfei,oando-o so
coletivo se estivess unido. Nao setrata mais de faze da quali
limite interiore
uma narra,ao reduzida
exteriores fazend
como se
p ro cu r d o
mundo comum tivess encontrad se porto definitive da, uma ve salv pel processo
ain
veneno torna-se medicamen
dades primeiras
fundamento de todo
resto, ma de faze de
sua simple expressao
inv6lucr pro
vis6rio do coletivo. Este breve percurso que retomaremos peloreye na se,ao
to; os pecado leve dos sabios louco transmudam-se em virtu
seguinte mostrando
de dos novo cidadaos do coletivo
ofi\iio, prova que ponto as ciencias desempenham pape! indis
nh
metafisic da natureza' ti
todos os inconvenientes possivei quando
Ciencia
e! se
dedicava: e!a se toma, pe!o contrario, um responsabilidade ca pita da ciencias Nad mai indispensave do qu ,a
multiplica
da grandes narrativas pe!a quai os investigadores "emba
lam"
conjunto do coletiv
da hist6ri humana
nao-huma
na numa generalizariio de laborat6rio. As grandes narrativas eru origem do mundo depoi do big-bang at morte ameba at Eins
dita sobr
convergencia do diferentes corpos do
pensave! na seis fun,aes do coletivo pape tanto mais fecundo quanta niio estiio mais sozinhas. Fechado se sonho de pureza
parentes da Cienci
de exterioridade, as ciencias, entregues
vida dvica qu na teriam nunc precisad fingir reencontram finalmente
evidentement na
ix r,
sentido da palavra"desinteresse': que
que mais dize qu sa frias, desligadas
"nao-interessadas" mas que devem poder, como tod mundo,
termica do sol,sobrea evolu,ao da vid desd
consagrar-se as tarefa de perplexidadee de consulta se
tein, da hist6ri universal ''from Plato to NATO", os col6quio
exigendas da dmara baixa venham constantemente perturba
diarios com Deus sobre "a teoria
do
todo': cada uma dessas
va loucuras propa uma unifica¢ possive! entao, qu
Sf
misture aos fato averiguados
no-
poueo importa, imaginario mais
las, pedindo-lhes,para sere
que as
razoaveis au realistas Inversamen
te quando se associam as tarefa de hierarquia
de institui,ao,
os investigadores reencontram enfim est forma de desinteress
descabe!ado, pouc importa que se sonhem aplica,aes impossi
qu nao deveriam nU,nca ter perdido, pois qu
veis de provas que se transponham todo oslimites do born sen
vern mais tiraniza-Ia
so. Pouco impQrta que
fim, desta obsessao doentia por suas especialidades que os tor
reducionismo mais ascetic pretend ai
camaraaltanao
qu poderiam doravant se desligar, en
reinar por elimina¢o da maioria da entidades do mundo. Pelo
nari tao suspeitos ao olhos de seus parceiros, p r e ~ c u p a d o s de
contrario, quanta meno houver entidades
ve-Ios assim, par seu interesse
considera,ao, mais
240
totaliza,a
sere
levada em
sera convincente. Sobr esta
as
de seu projeto acima dos
do mund comum.
241
As compettncjas do coletiv
Capitulo
Quandoera tomada
va as ciencias
serio,a antiga C
critica constante pelo
subsistiam nelas, pela t
r a n s p o s i ~ a o '
la entre os simple fato pobres humanos sob
o n s t i t u i ~ a o
t r a ~ o s
obriga
de ideologia que
sub-repticia de linha amare
os valores, para
aniquilament dos
de
profiss6e precisas partimos simplesmente de oficio exis
t e n ~ . e s
b u i ~ 6 e s
born sens os fomece, para detecta suas contri
como
as sei
f u n ~ 6 e s
peso da razao instrumental. Era necessa
Os politicos, bern sabemos, nao exerce
rio punir constantemente os sabios por sua arrogancia, condu
sobre outra realidade-
zindo-os
f o r ~ a .
prisao do laborat6rio, obrigando-o
na
levanta
preciso, pelo contrario, respeitar
versidade de seus conhecimentos deixar desenvolver de de suas aptid6es suas c
o n t r i b u i ~ 6 e s
di
varieda
indefinidas na composi
do mundo comum. Nem maisnecessidade de imaginar um
"meta-ciencia?', mai complexa, mai calorosa, mai humaner"
mais.dialetica que permitisse ultrapassar
racionalismo estrei
to das ciencias estabelecidas. As ciencias nao faltam ne
pureza
complexidade apenas as desviava pretensao de ocupar as
ne
se criar atrito com as outros oftcios, que, po meios diferentes, perseguem as mesmos fins que elas. Devolvamos as
seis
f u n ~ 6 e s
ciencias
baibUrdi da democracia, ao abrigo da qua se havia
pretendido erigi-las.
su habilidad
mundo social, os valores as
pedir aospoliticos um contribui<;ao,lado
primeir vista,
lado com os instru
do coletivo (no I ) s eg un d
op6e
sabio, atento ao fatos,
<;ren<;a pouco convenient homem
que
politico qu trai seus
eleitores falando po eles." Realmente nerrrum n e m o u t r o pode ignorara palavr dos que eles representam com exatidao lidade. Mas
que os politico acrescenta
fide
de pr6prio, um cer-
to sens de risco vindo da multidao de excluido que podem as sombrar
coletivo para serem,destavezlevados em conta.Lem
bremos, de fato que
poder de considera<;ao* nao
inicio ab
soluto do processo mas sempre sua retomada. Nad prova que s ai r n a o v ol te m a b at e
p or t a gra<;as
mentos imperceptiveis que .e necessario detectar possivel Toda
movi
mai cedo
competencia do politico consiste em viver
nest risc \?ermanent pelo qual quand tenta
Par compreender quantos conhecimentos diferente po
de
mentosdos pesquisadore de laborat6rio,posta na perplexidade
o s q u e d ec id ir a
contribuic;ao dos politicos
r e l a ~ 6 e s
Participam das mesmas competencia que os cientistas
ma com outros saberes Pode parecer estranho
p a l h a ~ a d a .
ge de criticaras ciencias,
do coletivo quesao as unicas que nosin
teressam agora
f or ma r u r
"n6s", eles se surpreendem por gritos mais ou menos desarticu-
dem associar-se para oferecer ao coletivo suas diferentes compe-·
t en ci as , t em o q u v ol ta r a go r p a r o s o u tr o s c or po s d e t ra b a lho, c i a ~ 6 e s
depoi ao dos politicos, que diz respeito as mesmas asso de humanos
nao-humanos, mas conform as habilida
de completament diversas daquelas
quais os cientistas nos
habituaram. "Politico' nao mais que "cientista", nao correspon-
242
23 Reencontramos este preconceito em tod epistemologia (polltica). Para definira f o r ~ a racional do "falsificacionismo Lakatos defme exatament que uma e l e i ~ a o ! Mas paralelo escapa-lhe, porque, para ele, "polltic quei dizer as horda vermelhas rompendo due process da velha Ciencia (1994, Histoire et methddologie des sciences Programmes de recherch et reconstruction rationnelle. Ao inverso, ver Miche Callon (1995), "Represen ting Nature, Representing Culture':
243
As
Capitulo
lados: " V o c ~ s talvez ma nao n6s" justamente colaborando comos sabiose debru0dos sobr os mesmos instrumentos que d e t e c ~ a o da propostas perigosas para as politicas podera nu trir vidapublica respondendo e x i g ~ n c i a da realidade exterior. Ninguem contestar ao politico aptida qu lhes per mitir contribuir,de maneiradecisiva, consult (no 2) Da mes ma forma qu os investigadores aprendera
construir as con
competbu:itlS do coletivv
vez definido ad hoc
grupo dos juizes competentes. Auxiliados pelos politicOs, poderao detectar para cadaentidadecandidata, juri adequado para avalia
e x i s t ~ n c i a ,
segundo suas e
x i g ~ n c i a s
pr6prias em f u n ~ a o de seus pr6prios problemas." Apesar da aparencias nao porque tratariam especial ment
humano qu os politico contribuem
utilidad da
hierarquia (no 3) Na pratica, nUlica os politicos deram
a t e n ~ a o
troversias arbitm-las atrave de e : x P e r i ~ n c i a s convincentes os politicos aprenderam, mais que outros, forma partes interessadas, testemunhos confiaveis*. Os politicos sa criticado pelo ar
humano, ma sempre as manos, cidade paisagens
tificial de sua c o n s t r representativas que
tencia principal, aquela que os cientistas, por mai imaginativos
pela quais se produzem autoridades direit palavra, naotendo nad dize
u ~ 6 e s ,
de especial porque nao lhes foi exigid capacidad de produzi rem sua pr6prias perguntas. esquecer que m u l t i p l i c a ~ a o dos artificio para produzk opinadores um habilidad pel meno c o n s t r u ~ a o dos fatos'pelo pesquisadore tao important com de laborat6rio. Se trabalho de p r o d u ~ a o da vozes, nao have ri vo nenhuma. Sem tal procura artificiosa engenhosa, sem continu do que podem ir sentar-se'aojuri dos can e x i s t ~ n c i a , didato impossivel fala de consulta executada. Criar voze com muitos tons que gaguejam que,protesta que e x p l o r a ~ a o
opinam na
trabalho de base dos politicos
sua preocupa¢o ininterrupta, seu t r o vras Misturad doravant as voze do colega
p e ~ o
nas pala
testemunhos
confiaveis*, levados julgar qualidade dos fatos, est produ¢o de voze nao va engendrar um bela b
a g u n ~ a ,
de humano nao-hu divertimentos, coisas
pessoas, genes propriedades bens vinculos. Nao, sua compe qu sejam, na podem simular, adve de su aptida ao compromissos. Os politico sa sempr acusadoscom palavras mal dosa de comprometimentos de truques de c o m b i n a ~ 6 e s , 'l que e, justament ness estagio, virtud mais indispensavel. Nao ha realment nenhum homogeneidad na hierarqui da escolha que deve ser feitas entr as diversas p r o p o s i ~ 6 e s , que se mostram sempre como improvaveis coligayoes
re requintados.
como
cadave
"penteadura" pel qual se podera ordenar os
sere incomensuraveis,
do
maior par
menor,
s6
pode da
sultad so condi,ao de modificar continuamente os interesses,
que explica
percurs incessanf'e, sua vigilia continua, sua repris -sempr re c o m e ~ a d a ,
a s s o c i a ~ 6 e s
p r o d u ~ 6 e s
ma reunir urna
assembleia ja m a i ~ crivel mai seria, mais autorizada. Os cientis ta abandonados si mesmos jamais sabera desenvolver con sulta par preencherem sozinhos necessidad de p e r t i n ~ n c i a , Eles tenderao entrar emacordo entre si bem mai depressa um
24 Lembremo-nos do adminlvelexempl do referendo sU[yO sobre os organis mos geneticamente modificados. Nenhum cientista dign deste nome teria esquecido de consultar os genes, os campos experimentais, os antibi6ticos, as flores do milho do colza. Foi preciso,porem, em s e g u i d a ~ q u o s politi· cos interviessem rudemente para permitir consulta de agregar os huma nos, que iriam mais diretamente "beneficiar-se" dos proveitos da biogene tica. Havia sido esquecidos ... Agregando os cientistas, presta-s justiya e x i g ~ n c i a de Habermas ("Somente saovaIidas as normas para as quais to das as pessoas que sera por elas afetada tenha dad seu acordo como participantes de urn discurso racional". HABERMAS, 1996, p. 107), que el nunca pod faze-Io operativo, pois que rechayou os nao-humanos de sua Cidade, como Platao h a v ~ expulsado os artistas da sua.
245
Capitulo
As compettncias do coletivo
as vontades, as
p o s i ~ o e s de cad ur do componentes. preciso que os porta-vozes possam modificar em troca, aque/es de quem
suposto exprimirfie/ment
opiniao.
corr maravilhos do alem
fidelidade muda de senti
do Nenhum cientista se digna seguir nest vi perigosa que !h
(mica oportunidade para.
n o s s ~
me/hor do mundo possive/.
obter
oma i n s t i t u i ~ a o
o b r i g a ~ a o
de obter resultado, os politicos levam
(n° 4) suas melhores luzes. "E nece\sari concluir
parece uma mentira.
Entretanto, l a b o r a ~ o
nest ponto qu se not
entre cientistas
at hoje, pel
politicos, ma dela fomo privados
antig entre
d i s t i n ~ a o
cial Pois
capacidade de t
pondera
exigenci da h
Cienci
r a d u ~ a o - t r a i ~ a o
i e r a r q u i z a ~ o
d i s p o s i ~ o e s
na fo em conjunto dantes, assi
dos politicos s6 res c o n d i ~ a o
de.
do cientistas de
providencias nao po&m ter exit se m o d i f i c a ~ a o
como
infern do so
apena so
poder apoiar-s constantemente na aptida oferecerem
vantagem da o
da opinioes de seus man
deslocamento de responsabilidade sobre
outros seres. As duas
r e p r e s e n t a ~ o e s *
pode
trabalha em
qu anima logo
segunda camara quand os politico coloca
se graozinho de sal. as pesquisadores sabe " c o r t a e ~
como
assi
vimos) mas os politicos acrescentam
decidi
uma
habili
dad mai indispensave ainda: sabem fazer-se inimigos. Se esta capacidade, com
sentido da decisao
qu os francese nomeia
urn termo que apreciam demais
capacidade de "cortar")
nao sera mais que'a marc de urn arbitrio
sustav tanto os cientistas na outra C co
sere
ess arbitrio que as
o n s t i t u i ~ a o ,
preocupados
obrigados conhecerdepressa demais." Se
habi
lidad de dividir coletivo em arnigos inimigos, exigenci de nao poderi nunca se satisfeita desejar-se-i agradar
concerto com todos os seus engenhos combinados, par desco
v e d a ~ a o
brircomo tece
tudo, guarda tudo, satisfazer tod mundo, todos os humanos
meno ruim dos compromissos insatisfat6rio
entre atores incomensuraveis qu procurarn, cada qual desfa
todos
zer-se do"mico"para obriga outros pagar
do na poderi mais aprender porque na teri mais.
missos alias, indispensaveis." Tais c o l a b o r a ~ o e melhor c
o m b i n a ~ a o ,
p r e ~ o
de compro
na procur da
aprendamos respeitoi-Ias: privados do so
25 Podemos observar de perto esta c o l a b o r a ~ o na o r g a n i z a ~ o das comissoes locais da agua (CLE) que devem, par cada bacia vertente, faze urn plano de e l i s t r i b u i ~ a o dos usos da agua (LATOUR, 1995b).As vezes, enteneli mento se faz gralfas il. descoberta de novas reservas de agua revelada pel hidrogeologia, as vezes pela m o d i f i c a ~ a o dos mandantes,representado por urn dos porta-voles: agricultor que entrasse para defende seus direitos i r r i g a ~ a o , sairia convencido de defender rio. " n 6 s ' ~ que el representa va, mudou de sentido. Estes ajustes nao se adquirem jamais se temps uma natureza com recursos fixos urna sociedade com interesses estabelecidos; elito de outra forma, cientificismo em ci!ncias naturais de urn lado, cientificismo em ci!ncias sociais do outro.
246
os
nao-humanos juntos
coletivo, deixado escancara
'dad de retomar, no cici seguinte,
i n t e g r a ~ a o
capaci
dos excluido
que nao tivessem feit apelo.27
26
teoria da decisao toda h e r d e i r a ~ d o mito da Caverna, pois ela omitiu assinalar que se decidia tambem sobre os fatos as causas ( c o n t r i b u i ~ a o das ciencias il. tarefa 4). Inversamente, partir do momento em que palavra decisao tambe se aplica il. descobert dos fatos verdadeiros, ela p ~ r d e sua se t ~ r n a "descoberta" da s o l u ~ a o imanena r r o ~ a n c i ~ , sua a r b ~ t r 3 { i e d a d e , te s l t u a ~ a o . MaqUlavef'torna-se sabJO; Soberano se torna assistente de 1aborat6rio; palavra decisao m u d d e sentido nao se altern mais entre arbitragem soberana dos fatos arbftrio do Soberano.
27 Voltaremo ao capitulo sobr est d e f m i ~ a o tao essencial do inimigo'" que nao devemos humilhar, porque se poder tornar urn aliado. Vamos, para isto, criar urn sin6nimo de e x t e r i o r i z a ~ a o " ' · .
247
As compeMncias do coletivo
Capitulo
Podemospassa rapidamente sobre litico na
s e p a r a ~ a o
c o n t r i b u i ~ a o
dbs
po
dos pQderes (no 5) porqu el provem deles.
p r6 pr i a i d ei a d e q u n a se deve unificar ced demais
traba
turaliza¢o, apesardos
da natureza. Nest
continuosdas grandes narrativas
e s f o r ~ o s
cientificas para unificar
que no reune todos so os auspicio
t o t a l i z a ~ a o ,
os politico apre80ntam um com
lho do coletivo 80m te-lo previamente composto de caixoe estan
petenci realment nova conseguem chegara um unidade pro
ques obrigando
vis6ri pel percurso continuamente retomado noseu envolvi
urn l o ~ g o percurso que nada·dev acelerar tal
contribui¢o decisiva da filosofi politica,
i n v e n ~ a o
de ur
Estado de direito, cuj n o ¢ o tomara ur novo sentido, um vez se
mento,
que denominamos de c
urn "toda" ja constituido, ne
da
o m p o s i ~ a o
progressiva." Os po
litico nao esperam cair, po urn golp de sorte inesperado, sobre
mesmo compor uma vez por to-
pela ciencias Contudo, os politicosvao defendera fronteira po
das urn "n6s"que na teri mais necessidade de ser retomado.
recurs que nao ados cientistas.Este vao insistir quanto it d
Eles s6 esperam ur movimento pr6prio de retomada incessante
dassicaentre as fase de d
e l i b e r a ~ a o
ra camara aparecer-lhe-acomo
vestiga, fala consulta-
necessidade
i s t i n ~
asde decisao.A primei
recinto da liberdade
onde se in
segunda como aquela em qu se jorja
onde se hierarquiza, escolhe, condui, elimina. Po
rem, esta veneravel d
i s t i n ~ a o
ur sentid novo com nov
entre delibera C o n s t i t u i ~ a o .
vai tomar
d ~ c i d i r
Atribuindo
liberda
d e a o h um :m o
n e ~ e s s i d a d e it natureza,
arriscava separar
coletivC?, como exigia S6crates, segundo suas
a r t i c u l a ~ o e s
Antigo Regime nao
verdadeiras... Produzira liberdadee institui
do sujeit", mas ao bicameralismo da ecologia politi
ca, ao respeito pela distin¢o entre pO,der de ordenamento. Mesmo se
poder de
c o n s i d e r a ~ a o
f6rmula parece ainda cho
cante deliberam-se decidem-8O tanto os fato como os valores. provavehnente
Ultima competencia dos politicos,
que cenariza
coletivo na sua inteireza (no 6 ) q u
m ai s d e ci
s iv a e
durantemais tempo negligenciada
coletivo vi
qu
mos bern, nao um cois no mundo, urn ser com limites fixos definitivos, mas urn movimento de coloca em coesao provis6ria, que deve serretomado cadadia. Seus limites, po pode
248
se
objeto de nenhuma
e s t a b i l i z a ~ a o
s6
t r a ~ m
daslinh"s do coletivo urn poucocomo esse rojoe que formas na escuridao pelo impulso que se lhe da. Se
politica parasse, foss ur
segundo, nao restaria mai qu ur
p on to , u m a m en ti ra , u r d oi d q u d ir i " n6 s t od os " em lugar do outros.
essa exigencia, propriamente extraordinaria, que
torna os politicos incompreensivei aos olho de todo os outros
c or po s d e t ra ba lh o
o s faz incriminar, facilmente, de mentir impostura.29 Esta destreza, ninguem ira imitar.
neces
sidade, 000 retomando uma divisao da naturezae da sociedade, do objeto
t r a ~ a d o
d e f i n i ~ a o ,
nao
de nenhuma na-
28
Platao do G6rgias, ainda pr6ximo das capacidades politicas que esta em vias de sufocar, uma ap6 outra, usa expressa soberba de "autophuos" (513, b) par descrever ridicularizando, esta imanencia particular as condi~ o e s de felicidade de vida publica (LATOUR, 1999) Ver sobre este vocabu lArio da sofistica, Cassin (1995). Dewey (1927) traduziu mais diretamente esta habilidade pr6pria do polfticopor sua n o ~ a o muito reflexiva de "publi e l a b o r a ~ a o artific;ial que modela, por ela mesma, as conseqiiencias inesperadas de suas a ~ o e s .
29 Mede-se uma ve mai diferen,?- entre sociedade>tcoletivo*; noyao de sociedade, tao estimada pelos soci610go do social, elimina de entrada todos os problemas de composiyao, de m o d e l i z a ~ a o , de reflexividade, de agitat;:ao, que sou obrigado desdobrar um por um. Com transcendencia da natureza ja entao, da sodedade sempr presente como totalidade, nem habilidade dos cientistas, nem dos politicos sao visiveis. Eis ai por que maioria de meus colegas soci610gos nao "veem", muito simplesmente, nad do que eu realmente possa falar, livro ap6s livro ...
249
As competlncias do coletivo
Capitulo
Sen, que confundimos as ciencias c o contrario, agora que o s c ie nt is ta s
o s politicos Pelo
o s p ol it ic o c ol ab o ra m n a
mesmas tarefas, compreende-se, enfim sua profunda d antiga C
que
dencia, poi que pregav sem e da verdad da coisas
rem.
Todos, politicos
p r o p o s i ~ o e s * ,
s p e r a n ~ a um
impossive distin
da vontade dos humanos
que sao asentidades do que
for mais faci dize
i f e r e n ~ a ,
nao permiti nunca deixar em evi
o n s t i t u i ~ a o
como se
que elas
cientistas trabalham s ob r
m es ma s c ad ei a d e humanos
Todos tentam representa-Ias
que-
m es ma s
nao-humanos.
mals fielmente possivel. Deve-s
dizer que os cientistas nao modificam
da dis
simulac;:ao, como se os primeiro devessem convence
os se
'lOS
politicos que praticariam
que dizem, contraria
a rt e da mentira
mente
gundos persuadir
Nao, p or q u o s d oi s c o rp o s de trabalho se
comprazem na art da
t r a n s f o r m a ~ o e s
urn para obter
i nf or
m a ¢ o confiavela partir do trabalho continuo dos instrumentos o u tr o p a r obier esta metamorfose incrive das voze enrai
vecidas ou travadas eQ! um (mic voz todos fazem
precis confessar que
mesmo trabalho? Nao mais, porque
significado
enorme impacto da ecologi politicavern justamente da sinergia que ela permite entre competencias complementares que exig
ligar tudo
q u e s 6 o s p re co n ce it o da antiga
C o n s t i t u i ~ a o
gavam adistinguir em dominio distintos da realidade
obri-. cole
tiv ter tanto necessidade de manter escrupulosamente as dis tancias como de correr
risco}.e aboli-Ias. Se pelo menosnao se
tivessem separado no nascimento esse falsos gemeos, para con
fiar
taref de representar se
urn
deixando ao segundo senao
natureza) nao
mentir
inferno da Caverna! Se
est
seria fiicil compreender que eles devem colaborar em
toda as f
u n ~ o e s
do coletivo sem confundir em moment algum
suas aptidoes. Tanto quanto pedi aos pedreiros, ao encanado
res, aos
c a r p i n ~ e i r o s
dizer em qu
s e r v i ~ o
ao pintores para colaborarem sem lhes publico aplicar seus talentos sucessivos
complementares! Cada habilidad vern
suaveze no seu papel,
mao) de maneira distinta, na mesma massa) remexida
coloca
cada ve diferentemente. Nada impede, alias, chegad
cias que elas andam e m l i nh a reta
esse ponto dizer das cien da politica que ela anda em
antiga metiifora que
da palavra fidelidade difere grandemente quanto as duas habili-,
curva) retomando assim, por nossaconta)
dades: os cientista deve
serviu para opor durante t a nt o t e mp o o s d oi s r eg im e d e
manter
que carregam na linguagem
distfrnci entre as.propostas
aquilo que dizem pira n a c on
publica.
fundi-las, enquanto os politicos devem justamente confundi-Ias,
tern, po
modificando continuamente
certificar-se da fidelidad das
d e f i n i ~ a o
do sujeito que diz "n6s
estabelecimento da cadeia referenciais que permi um
s er i d e
t r a n s f o r m a ~ o e s
continua
r e p r e s e n t a ~ o e s ,
somos) n6s queremos". Os primeiros sao as .sentinelas do "eles':
efeito segmentos de retas
os segundos mestres do "n6s".
pela retomada incessante de ajuntamentos, um
Pensava-se que nos
ecologi politica devi juntar os huma-
n at ur ez a enquanto que ela dev unir
c a d e l id a com os hurnanos politica de lidar c o
os nao-humanos com
o s humanos
tamente divisao do trabalho, m a
250
maneira cientifi maneira
os nao-humanos. Existe cer na
divisao do coletivo
e
p a r a ~ a o ,
v i d e limite entre assegura
b er n c o
palavra hesitante, que dev compor,
interior ,e
fidelidade da
reguladas
t r a ~ a
exterior)
r e p r e s e n t a ~ a o ,
retas, mas apenas po curvas. Sim
"principe das palavras torcidas".
"eles" nao pod
esfera que ser "n6s", para t r a ~ a r - s e
po
animal politico permanece
que
torn mentiroso aos
olhos da C ie nc ia , f ar i d el e p el o c o nt ra ri o u r
m en t ir o s
251
l'
As competbtcias da coletivo
Capitula
tentasse fala direito. De alguem que t r a ~ a uma reta ond gid uma curya, diz-se que"ele tom tangente", que foge as 00gencia de sua missao. Assi se dara co politic que se en volver em falar de ciencias abandonaria c o m p o s i ~ a progres siva do envolvimento do coletivo, iria logo, iria direto, nao representaria mai fielmente seus mandantes. Par aumentar, cole tivo necessit destas duas f u n ~ 6 e s , dispersas po todo canto, da quais um Ih permit agarrar as multid6es se
esmaga-Ias
outra, faze-las fala um s6 vo se que elas se dissipem. Para que se comecem compreender de forma positiva as nOvas fun 'roes do coletivo, falta-nos, na obstante, acrescentar os contri butos dos outros corpo de trabalho,organizadores de mercado,
moralistas administradores.
Com os economista do Antigo Regime
coletivo sufo
se defini como uma infraestrutura natural
auto-regulada, submissa leis indiscutiveis, capaze de produzir os valores po simple cakulos. Tudo muda se economia-dis ciplina (economics) estiver livre da o b r i g a ~ a o de refletir econo mia-coisa (economy). "Ap6s un seculo de 'melhorias' cegas, humanidade reencontra sua 'morada
30
Os economistas ou me
!hor, os organizadores poderaoentao contrib'fir de. maneir de cisiv na c e n a r i z a ~ a o do mundo comum (no 6), pOlS que se tor nam capazes de r e f o r ~ a interior exterior d i f e r e n ~ a entre do coletivo Fala de economia com de um esfera particular, century of blind 'improvement', m a (POLANY1, 1944, p. 249).
3 0 ' 'A ft e
signe claramente
qu
levado emconta (internalizado)
rejeitad no exterior (externali2;ado) dramatizar, teatralizar
i n v e s t i g a ~ a o
qu
que
ai permiti
compatibilidade geral do coletivo nu
dado momenta de ua e x p l o r a ~ a Homo economicus designava universal,
is
sobr
do mundo comum. Quand fundamento da antr()pologia c o m p o s i ~ a o
do mundo comum
se detinha instantaneamente. Mas se designarmos pel termo de
economia global um
versao provis6ri oferecid ao coletivo
para !he permitir aceita ou rejeitar tal ou quallista de entida e n a o ~ c o n o m i a - d i s c i p l i n a desempenh com todas as ciencias sociais urn papel politico indispensavel: el representa demos par si mesma. as ciencias, nem as politicas chega dramatizar tanto os desafios simplism qu ta censura do na economia torna-se pelo contrario suaqualidade mais des lumbrante. Ela sozinh pode modeliza mund comum.
contribui<;a dos economistas cava obrigado
reduzindo politic um corrup¢o, niio podia servir perfeita mehte: oferecer ao coletiv no Seu conjunt urn modelo qu de
restoring his habitation"
Achand que cairia numa a l i t o - r e g u l a ~ a o , os mantenedores dos equilibrio naturais tinham cometido ur ev engano no lugar do sufixo "auto". Sim, economia-disciplina auto-reflexiv mas nao design nenhurn fenomen auto-realizado: permite somen te ao public ver, pensar, constituir-se como publico. Dir-se-a qu os economista na deve
se muito utei
para mantera separa¢o dos poderes (no 5) jaque mais qu to dosos outros elescontribuiram para confundi-Iacom impos sivel d i s t i n ~ a dos fato dos valores. Seri desconhece que ponto as competencia da economia se metamorfoseiam uma vez reconhecida
d i s t i n ~ a o entre e c o n o m i z a ~ a nomizado, entr as exigencias da camara baix
alta
o
quee eco as da camara
partir do moment em qu se coloca em destaqu
balho de d
o c u m e n t a ~ a o ,
de
i n s t r u m e n t a ~ a o ,
tra-
de formata¢o, que
253
As
Capttulo
os
contadores, estatisticos econometros, te6ricos, pratica
apos ia nota-s qu na
hoi
mais
r e l a ~ a o
entr
dia
prolifera¢
dos l a ~ o s qu liga humano nao-humanos de ur lado que se pode dize economia do outr en mum sabe muit ber que ridiculariza co prazer fraqueza dos economista par pode preyer no minimo que seja suces so de uma ninhari
al
do m ~ i s ,
se
fala do aparecimento da crises Mas,
fraqueza transforma-s em f o r ~ a : nada pode
exatamente confundir
indispensave trabalho de traduzi re
duzind os vinculos de es oa aquilo que se passa rea/mente na c
de bens no pape cakulo dessas pessoas pel po
a b e ~ a
competbicim do coletivo
duvida ningue na nova C o n s t i t u i ~ a o , cometeria este erro vist que realidad das coisas proi:luzidas compra das, apreciadas, consumidas, rejeitadas, destruidas,
as frageis
superficies sobre as quais se registram as contas parece doravan te bastante visivel. Outra vez,
economia extrai su
fragilidade." Em vez de como nos seculos 18
f o r ~ a
de su
19, defender suas
virtudes imaginand uma metafisica uma antropologia
uma
psicologi inteiramente inventadas para sua utopia, poder-se-ia talvez no secul 21, reconhecer enfim, nos livros de contas da economia capacidade unic de atribuir uma /inguagem co-
mum aquele cuja tarefa
justament descobri
me/hor dos
der destes bens Os economistas, por sua propria falha, prote gem entao, as mi maravilhas i n v e s t i g a ~ a o da camara alta so
mundos comuns. 32
br su r e d u ~ a o necessaria para cae x p l o r a ~ a o dos l a ~ o s mar baixa. Reduzindo de maneira precisamente irrealista os
mizadores que reduze
calculo frio do interesse! Todavia, censuramo-los por urn vici
vinculos so
que eles jamais se atribuirao Na mais qu as pessoas, os bens
form de calculos
que todas as profiss6es,
d i s t i n ~ a o
economia protege, melhor entre as tarefas de considera
as de ordenamento. Ningue
mais poder confundi
mund comum co uma folh de papel! Se medirmos num instante grand dificuldade das tare fas de hierarquia
i n s t i t u i ~ a d ,
compreenderemos facilment
contribui¢o capita do
economizadores post qu va dar uma linguagem comum ao conjunt heterogeneo da entidades
qu formarao uma hierarquia (no 3) Nada poderi ligar, em uma rela<;ao ordenada os buracos negros, os rios, nica os agricultores
humanizados. G
r a ~ a s
soj, transge
clima, os embrioes humanos, os porcos
ao calcul econ6mico, todas essa entida
des tornam-se mensuraveis. Se imaginarmos, por urn momento,
que esse cilculo descreve seus valore profundos segundo moed cujas qualidades primeiras supunham, no Antigo Regi: me, definir
sentid Ultimo dascoisas enganar-nos-iamos, sem
tant nos queixamos da,durez de cora¢o dos econo
nao se reduzem
ric universo de r
e c o n o m i z a ~ a o .
e l a ~ 6 e s
humana ao
que el permite em compen
dar revisa provisoria do mundo comum (n 4) caracteristica justificdvel do resultad de ur cakulo Amodeliza¢o s a ~ a o ,
das
r e l a ~ 6 e s
so form de contas permit tomar visivei conse
qilencia qu nenhum outr metodo poderi revelar, encerrar os debate por urn argumento. Documentando conjunto da
31 Esta inversao ja tinha sido efetuada desd c o m e ~ o do seculo por Tarde, em urn livro tao surpreendedt quanta desconhecido, sobre os "interesses apaixonados" (TARDE! [1902], Psychologie economique).
32 Prolongando reflexao de Simme sobr dinheiro, podemos, ademais, imaginar que g e n e r a l i . z a ~ a do nwnerico oferecera outros possivei resumos aos "metafisicos sociais': que nao idioma do dinheiro. Ver, por e x e m ~ plo, apaixonante tentativa dos "ciberge6grafos": Richar Rogers Noortje Marres (1999), "Landscapping dimate Change: Mapping Science Techno logy Debates on the Worl Wide W e b ~ Ao s e g u i ~ l o s , percebemos que economi nao f ~ r ~ o s a r n e n t e fonn definitiva da publicidade dos caIculos.
255
As C
Capitulo
arbitragens so
forma de quadro estatisticos,teorias economi
cas, previs5e sobre os movimentos especulativos,pode-se acres
centar no fechamento da decisao politico, no consenso da deci saO cientifica a.revelac;iio da bottom line.
ur modo dun,ve
quer instituir de
mundo comurn, este resultad
inesperado
Estado de direitodesenvolve-se pela economizac;iio Na condi debern medir vantagem que se encontrafazend colabora nas mesmas f do cientista
u n ~ 6 e s
os trabalhos diferentes: isolada das politicas,
do moralistas,
habilidade no caJcul voltav
politica el nao dita mai de bronze alheia
Q m p e t ~ n c i a
s o l u ~ 6 e s
do co/etjvo
aterradoras em nome de leis
hist6ria, antropologia
vid publica: el
participa humildemente'na formatac;ii progressiva dos proble mas, na passagem para
pape de arbitragen que nenhum ou
troprocedimento conseguiri reduzir. Perigos com
trutura
economia torna-se Dutr ve indispensavelcomo do
c u m e n t a ~ a o
como
infraes
caJculo, como
s e c r e ~ a o
de ur caminh de papel,
m o d e l i z a ~ a o .
Diremo poucas coisas sobre as tarefas de perplexidad
debate para decidir externalidades.
de consulta pois empresa do modernism tern sido ta qu se
Associadas as competencia do cientista para instituir as ca
acreditou que economia politica as descrevia, quando el ape
deia de causalidade,
nas as tocava." Paradoxoespantosode ur movimento que nem
abreviar de outr form as
dos politicos para faze inimigos, as dos
moralistas para"repescar" os excluidos (ve abaixo), mesmaha
mesmo tern as palavras para expressar intimidade das r
bilidad no caJcul torna-se uma da maneiras razoavei de arti
que.tecem mais que qualquer outro coletivo entre os ben
cula suas preferencias nu
pessoas!
vocabulari qu preenche de uma
vez. exigencia de publicidade de reserva. Fo dito da econoinia, para enaltece-la, estigmatizando-a, qu el er
uma
"ciencia sinistral' (a dismal science), sob pretex
to de qu el introduzia nos sonhos de abundancia
de frater
nidade cruel necessidad da natureza maltusiana. Livr de se sonho de hegemonia l i z a ~ a o
do oletivo,
economia torna-se
leot instituciona
passagem progressiv
dolorosa de pro
postas esparsas de humano
nao-humanos nu
caJcul coe
rente, porem provis6rio, sobre a1*\rtilh 6tima do mundo co mum
te caJcul agor na tern sena
dimensao da folhas
de caJcul preenchida nos eserit6rios por alguns milharesde es pecialistas,algumasdezenas de milhares de estatisticos alguma centenas de m ~ a r e s
de contadores.33
e co no mi a n a
mais
33 Todo est argumento s6 compreenslvel senao c o n d i ~ a o de considerar tenno de ca.lculo literalmente nao metaforicamente ou se pode operar
e l a ~ 6 e s
as
antig versao da economia, feit de objetos para -;'en
der ou comprar
de sujeito simplesmente racionais deixou
nos cegos, em profundidade os humanos
em complexidade dos
l a ~ o s
que
os nao-hilmanos tern tecid desd sempre, inces
santemente explorados pelos comerciantes, industriais, artesaos, inovadores, empresariQs, c,onsumidores.
este
mundo
imenso,
precise instrumentos contabeis em sentido amplo; ou estes instrumentos fazem falta as r e l a ~ o e s de que se trata permanecem incalcu· laveis (CALLON; LATOUR 1997). Eo que proibe todo uso metaf6rico do caIculo ou do capital econ6mico, em particular, para explicar vida social. urn caIculo,
pretensao muiw 34 Os economistas alternam entre mpdestia muito grande to grande: s e louva intensidade de sua i n t 1 u ~ n c i a sobre economia como coisa, eles fingem humildemente nao estar nem ai para nada, neganw do todo pape! performativo na formata<;ao das r e l a ~ o e s ; inversamente, eles afirmam com segurans;a que, mesmo se economia-disdplina nao existisse, coisa descrever, pr6pria economia, existiria como e. Para civilizaAos urn pouco entao necessari que r e c o n h e ~ a m seu poder (a coisa econbmi c a s a d a praticas das disciplinas econbmicas limite deste poder (ela nao:se estende mais longe d o q u rede de seus instrumentos).
257
comu
ao antigo mundos
compettncias do coktivo
As
Capitulo
ao mundos modernos seri ne
Antigo Regime podia-se estar quit com tudo
qu na se in
cessaria um antropologia bem diferente, para c o m e ~ a r se dar conta, de forma'diferente, do sucedaneo da economia. Na finalidad dest obra. Calculemos simplesment quanto dife
tegrava no cl1culo; com
rem sujeitos frente frente co objetos na a r t i c u l a ~ a o da pro postas Ninguem sab me\hor detectar os invisiveis associavei ao coletivo. (no I) do qu aquele qu esta na mir do vinculos
dos politicos, as propostas podem se ditas, os interesses tem vo
possivei entre humanos nao-humanos, que podiam imagi nar para redistribuir osvinculos as paix6es, os gosto desgostos, r e c o l I \ b i n a ~ 6 e s de bense de pessoa desconhecidas at aqui Liberand esta competencia liga-s de maneir mais intima ados nao-humanos, os possuidore as especi de humano posses. As pessoa estarao mal solidamente associadas ao bens osbens as pessoas. marcante alnd capacidade da economia de preencher exigenci da pertinencia da consulta (no 2) na des
novo retem-se na mem6ria aquilo
que seri perigoso esquecer perde-se at
e s p e r a n ~
mais esta quite. Mais aind do qu pela a¢
na assembleia Pel circula¢o de seu planejadores, toma
nunca
do cientista economia
coletivo descritfvel.
contribui<;:ao do moralistas Lembremos mais uma vez
nosso roteiro enumerando
sucessao dos dons depositados em cada ria fadas, c
compreender
o m e ~ a m o s
dos cestos pela va naturezadestas fun0es
diversamente dos hibridos de ciencias, de politicas de adminis de moralidade. Se elasnos causa
agora impressa de
cobert par cada tipo de vinculo, participara financeira que \h pr6pria, os unicos jurado apto julgar 'Jue seja so form do consumidor, do especialista do expert, do amador do
t r a ~ a o
degustado ou do explorador, do explorado, do xc1u do do agiota Por todas as m e d i a ~ 6 e s possiveis, os interesses tomar-se ao articulaveis. Se falarmos de "liberar as f o r ~ a s produtivas': en
ferentes corpo de trabalho Mals tarde, na segund se¢o, des
ta temo de deixar
camara alta tod
latitude para articula
financeiras. No Antigo Regime como no novo, economia resume os vinculos, pore sentido da palavra"resu as
p a r t i c i p a ~ 6 e s
resumo substituia como as qualidades primeiras substituia as quali
compromissos ma associados
porque
paulatinamente os artificio de uma long cobriremos as
f u n ~ 6 e s
entre osdi-
do coletivo po elas mesmas com de
sempenho tao c1assicos lativo
podemo apagar s e p a r a ~ a o
coerentes como os do executivo,legis
judiciario. Passemos agor para
escolhemos para interpretar,
quarto trabalho qu
do moralista.
mudou: enquanto antigamente,
todo, assi
dades segundas, d,oravante
resumo se acrescenta ao todo. Com
35 Ver os trabalhos de antropologi econ6mica, em particular Thomas (1991) Callon (1995)
36 Podemos definir capitalismo, nao como urna infra-estrutura particular, mas como internalidades sem ~ e r n a 1 i d a d e s , que ela produziu. Em sentido proprio, urn artefato do dlculo, com todos os efeitos perfurmativos que disto resulta. Nao serve, entao, para nada denunciar capitalismo pelo contrario, vamo com isto somente refors;a-Io. necessario reenvolve-Ios nas externalidades que sempr acompanharam, proibindo economia de se confundir com politica.
259
As
Capltulo4
antiga divisa entre fato
valore obrigava os moralis
tas, como vimos no capitulo 3, a"se direcionarem aos f tos ou vao
genero de certez que
37
naturalismo parece oferecer. Li-
v re s d o p or me no re s d o f at os , n a um
U 1 ~ . d a m e n
se limitarem aos procedimentos, ou aindaa imitarem em
p od ia m s er vi r p ar a n ad a
ve conduzidos, se podemosdizer,ao caminh certo e' obri
gados
participar dadarefas comuns, suas q u a l i f i c a ~ 6 e ~ se tor-
nam indispensaveis Pode-s defini
quanto
justa
d e f i n i ~ a
de Kant quanto
r e l a ~ a o
dos meio
moral como um incerteza dos fins repetindo
obriga¢o de "naotratar os humanos
com meios, mas sempre com fins". Na c o n d i ~ a
tambem aos nao-humanos,
que
de estende-la
kantismo, po urna falh tipi
camente modernista, queria justament evitar
37
celebr
38
As crise eco16
u t il i ta ri s mo - ou suasversoes contemporftneas renovadas por Darwinproblema da moral dasversoe da C i ~ n c i a , utilizam-se da na tureza ou do c31cul econ6mico, dos quais vimo maisacimaque nao cor respondia mai asvirtudesreais, nem dos investigadore nem dos econo mizadores. Depoisde haverchocadoas c i ~ n c i a s os politicos, utilitarismo nao lev em considerayao contribuiyao pr6pria da moral Difici fuzer pior
para resolver
38
Encontramos mesmo argumento com fundador da ecologia profunda: ''A m ax i m d e Emmanuel Kant 'Nunca tratanis jamais uma outra pessoa simplesment como um meio' estendid EcosofiaT [0 codinom que ele d
gicas, pel
competblcias do co/etivo
modo como foram' interpretadas, apresentam-se
c om o u rn a revolta generalizada dos meios: nenhuma entidade mais- baleia, rio, clima, minhoca, arvore cervo, vaca p ~ r c o , ni n h ad a
a ce it a s e t ra t' ad a " ~ i m p l e s m e n t e c om o u r m ei o m a
tambem sempre com ur fun". Nest sentido nao ha nenhuma extensao moral humana para
mundonatural, nenhurna proje
extravagante do direit sobre "os simple sere
b r u t o s ' ~
ne
nhuma consideralfiio do direito dos objeto "por si mesmos", mas mera conseqiienci da ausencia da n o ~ a o de natureza exterior: em lugar nenhum se encontra reservapar
desarmazenarsimples
meio de fins definido de urn vez po todas fora dosprocedi mentos
inauimismo* desapareceu com
tiga politica da natureza. Portanto nao
unanimism da au porque saibam
que
fazer ou deixarde fazerque os moralista podem contribuirpara asvil1tude dvicas mas unicamente porqu sabe
for bem feito sera forfosamente ma feit
que tudo
que
que ser necessario em
conseqiiencia, imediatamente retoma-lo. "Ninguem sabe pode urn ambiente" "ninguein sabequais a
s s o c i a ~ 6 e s
que
definem
humanidade'; "ninguem pode se permitir ordenar um vez po todas os meio cessidade
os fins de limitar se
da l i b e r d a d e ~
tal
discussa
rein da rre-
zelo que os moralista introdu
zirao nos procedimento do coletivo
39
reclamar, c o m ~ fazem as criticasda ecologia profunda,quando se exatamente inverso Havia-se re moral aos "seres i n a n i m a d o s ~ ~ a d o , enfim,aos " ~ e r e s .inanirnados", enorme privilegio moral de que eles no a . n t l ~ o SIstema, que lhes permitia definir "0 que e; dandod l s p u n h ~ lhes, asSlffi, urn mdlscutive bilhete de entrada no mundo comum. Como s e m ~ r e , sao os!uristas, mai depressa livres de constrangimentos d o m o dermsmo, movam em metafisica experimental (STONE, 1985), mais que os moralistas embararrado na distinrrao entre objetose sujeitos. ~ u t i l
aphc
261
As compettncias do coletivo
Capitulo
Essa e x i g ~ n c i a mente como urn
de nao tratar entidad
ei
simples:
encontrado tant nas expressOes
entrada
acelerar su inser,ao
ap6s
etap precedente, para cobri-Io com
t ~ - l o s
acompanhado, na
manto de pedintes Se
de desenvolvimento duravel, como
cumularmos
piedade ou simple respeit contribuin\ de maneira decisiva nas tarefa de perplexidade (nO I), de institui,a (n 4) to
moralistas avaliaremo melhor em qu estado se
talizaya do coletivo (no 6), porque va torna-Ias paradoxalmen
tesima da perturba,6es va rapidamente abalar Poderemo
te bern rnais dificeis de cumprir sem discussao. Po defini,ao, segund camar na pode cumpri seus
qu na que dize pieguice-
devere sena na condi,ao de tratar ur certo mimero deentida
de de su vida civil.
de recursos renovaveis
ou
4) Nao co
ordena,ao possivel se
papel de fins superiore (n° este acerto Cientistas; politi
economistas igualment obcecados embora por diferentes
razoes pelo encerramento do coletivo peca
sempre conse
qiientemente ao olhos do moralista qpe va equipa as enti dade postas
lado co
ur direito de apelariio, qu poderao
utili¥'rno moment em que,paracumpri
e x i g ~ n c i a
de fecha
conhecerem que
coletivo
olhos da moral,de fato
versarios, naD. sera simplesmente aqueles qu externalizamos
parasempre,mas igualment osque reintegraremos so de amigos, incluidos a1iado potenciais. Po caus dest mesm equipamento,
form
necessidad
da
realidade exterior(n I) va tornar-s ainda mais ,aguda po pouc qu se acrescente caus das concep,6es estabelecida ao perigo percebido pelos politicos, escruexcluidos do coletivo voltarao bern mais pulo dos m o r ~ l i s t a s . rapidament bater porta do qu moralista irao se ousa mos dizer, procuni-los no exterio do coletivo parafacilitar su pelos cientistas
re-
sempre urn perigos artificio Aos
importa qual cenariza,a global
nao soment impossivel ma
tambem i1egitimo Ele suporiaquer sere no "reino,dos fins", quer
inclusa da to1olidade dos
fechamento prematuro qu de
volveria ur numero grandedemais desses sere ao simple esta mo que renunciaria
catego
qualida
fechamento do coletivo (no 6), po pao
tuto de meios, quer enfim
etica os inimigos excluidos ad
julga nest medida
acesso continuo ao se exterior obrigand os outros
ci (provis6ria). Recordemo os 8.00 morto na roa tornaram simple meio para autom6vel se elevad ria de Bern Soberano. Gra,as
de
De modo mai geral os moralista acrescentam ao coleti vo
mento,serao excluidasdo coletivo em nome de sua insignifican se
rt
mesmo comparar os cbletivo po se grau de sensibilidad
de com simple meios, em nome deoutras entidadesdas quai ela'decidiu que desempenharia
atenc;:ao dos cientistas, politicos, economistas
politico
aceita,ao definitiva de ur pluralis
procura de ur mund comum. Contraos
cientis10s qu exigem
defini,a de urn interior de
ur exterior contra
ewnomistas qu se satisfazem log por
terem externalizad
qu
40
na sabe
leva
con1o, os
que sens comum faz sem dificuldade. J e a n ~ Yves Nau no Le Mande, de 29 de julho de 1998, louva sistema frances de transfusao de sangue por que soube entrar rapidamente em estado de alerta, prop6sit de urn agente infeccioso chamado "TTV": "A celeridade co qual as autoridades sa· nitarias francesas reagiIam desta vez, ap6 p u b l i c a ~ o do Lancet rompe co p r o c r a s t i n a ~ o do ano d e 1 98 5 [ da t d a contaminayao pelo vfrus da AIDSJ." acrescent esta excelente definir.;:ao do nivel de sensibilidade: "As incertezas cientificas, hoje, nao remetem mai mercia das autoridades tutelares. ov v f r u ~ testemunha, assim, treze ano de disUncia, tamanh do caminho percorrido serviyo da saud publica (p. 6).
263
Capitulo
mora!istaslembram,J'ortanto, sem tregua,
cuidado da retoma-
da do trabalho de coletar. Sem
os
moralistas, haveria
risc de seve
coletivo so
mente do interior; terminar-se-ia por entende-lo as custa de certas entidade definitivamente excluida do coletiv
conside
radas como simples meios, ou de se satisfazer rapid demais coni uma pluralidad
mundos incomensuraveis, que fari
abandonar para sempre
cuidado de um unico mundo comum.
P ~ r a
eles nuncaestamo quites. Com eles,
pr por te deixad no exterior tud conta para definir-s
c om o m un d o
coletivo treme sem
qu era precis leva em comum.
Uma
sapo ur licaro ur suspir de baleia ei talvez perder
inteir humanidade,
aranha, urn
qu no fez
meno qu na seja ta desem
pregado,tal adolescent deuma'rua de jacarta, menos que nao se trat de ur buraco negro, esquecid de todos, no confin do
universo, ou de urn sistema planetario recentemente descober to." Long de se opora politica, como pretendia antig divisa do papeis,
exigenci de retomad va entrar pe!o contrario,
em ressonancia com cessar
f r ~ g i l
involucroque lhes permite dize "nos"sem se in
seus mandantes
fie!
trabalh do politico, par remendar se todo os "nos queremos" da politica,
moralista acrescentani "Sim, mas eles,
que querem?". Long de
se oporem ao cientistas,os moralista acrescentam estabiliza <;ao do paradigma esta continua ansiedade pe!os fato rejeita
dos, pe!a hipoteses e!iminadas pe!o p r o g r a m a ~ negiigenciados em suma tudo
de pesquisa
que permitiria, talvez aprovei-
tar oportunidade de faze intervir no coletivo entidacle nova no limite da sensibilidade do instrumentos.
Ii bernevidente, quanto tarefa de hierarquiza<;a (no 3), si que se pode espera mais do moralistas Abandonado mesmos, como antlg Constitui<;ao previa com tanta facilida nao podiam contribui par cois alguma porqu na ti nham de maneja materia-prima dos'arranjos cientificos da combina<;oes politica. das descri<;oe economicas. Uma vez tratando dessas entidades heterogeneas, para classifica em or dem de importancia, e!es va adicionara isto um competencia
,\
decisiva qu justamente ordena-la todas por mais contra ditoria qu seja num sohierarquia homogenea, ur pouco
,~
como uma equipe que reconstitu urn quebra-cabe<;
surd na do fundamento sobr qu se atribuir ao passaro migrant uma importancia maior qu ao babito fol clorico dos ca<;adores da baia do Soma- torna-se indispensa ve! se fo deixada de lado
264
esse limite moral civico da apaixonante i n v e s t i g a ~ a o de Boltanski Thevenot (1991). hip6tese de hurnanidade comum cri urn impasse s ' o ~ bre mais importante das exig!ncias morais: deixar em aberto quefaz ou na fa humanidade.
procura "dos principios para fica
atento
exigenci de classifica<;ao unificada. Nao se pergunta ao moralistas para no dizere em qu ordem toda ss en tidadesvao classificar-se como saberao, por si mesmos fora da experiencia progressiv do coletivo Nao se lhe pede, sobre
tudo imita
uma ou
outr ciencia, tirand de su mang
uma
disposi<;a imprevista; dar !i<;oes ao politico juntand mais ur compromisso mas lembrando-no de que contrar uma o r ~ e m
41
do qual
urn membros se ocupa exclusivament em saber se as pe<;as reumdas per,tence ao unico e/ mesmojogo qu pareci ab
necessari en
na duas "Enquant ~ o c e s
nao tivere
conseguido encontrara boa combina<;a para nos podem dizer ao sabio eaos politicos, nao havera melhor mundo comum". exigenci deles sem tao mai fort que eximidos das obriga<;oe de se politicamente, cientificamente
economicamente razoa-
Capitulo
veis eles sabe
As compet2ncias do coletlvo
que esta tarefa nao poder se atingida se
tar de certas entidade "como simple moios' S? eles tern ve de exigir triosos.42
impossivel de nao sere
tra de
nem habeis nem indus
que, longe dos fatos, er
vicio, uma va declama
se simple "meios de expressao" para se t r a n s f o ~ m a r e m
em
fins." Os moralistas envolvem os perturbadores, os atores*, os recalcitrantes, com urn direito de asilo invioIavel
yaO, uma pretensao grotesca ao desenraizamento torna-se uma
No q u a d r o ~ a n t i g o , os moralistas faziam antes figur bas tante mediocre vist qu mundo estava chdo de natureza
virtud dvica, uma ve que, par efetua su tarefa de hierar
amoral
quizayao, os moralistas se associam aos i
a m e a ~ a r
economiz,\dores. Colaborar co
n v e ~ t i g a d o r e s ,
politicos
eles mantendo firmes suas
exigencias nao quer enfim dize eomprometer-se. Antlgona s6 ur trabalho mora legitim se encontrar diante dela
c o m e ~ a
urn polltic urn POllCO mais polltico do que este sinistr imbe-
sociedadede violencia imoral Eles nao podiam senao
orde mundan de recorrer ur outro mundo, de pender exclusivamente de procedimentos formais ou abandonar tod pretensa par calcular co outro quantum de alegri
os outros servindo-se de ur
pena No nov quadro, eles aSSumem
ur luga essencial, pois qu na
mais ur exterior
definido po essencia ma ur lento trabalho de Para
fronteira entre os doi principai poderes
r e f o r ~ a r
G r a ~ a s
versa it dos pollticos. Quando este distinguiam segundo
que separa
neira classica em filosoli polltica, berdad
necessidade, os moralistas lembra
que sejam as exigencias da decisao, mente transpondo
Dito
decisao, Ii-
d e l i b e r a ~ a o
necessario delibera nova
fronteira mas dest vez
outra forma,
impede
dua camara seja er sentido Iinico
que, quaisque
qu
no
outro sentido
relacionamento das
obrigam
procedimento
fechar imediatamente. Eles permitem qu uma lanfadeira in cessante relina os doi recintos E, alias sobr as
c o n d i ~ 6 e
da
discussa qu eles contribuem de forma importante na consul ta (no 2) ja que, ~ r a ~ a s
e l ~ s , as partes interessadas cessam de
coletivo daquilo qu deve no futuro poder absor
ver, se el fize surgir urn
ur cosmo'
mundo
266
comurn, urn universo formal,
ao moralistas todo conjunto possui se
G r a ~ a s
complemento que vern persegui-Io, todo coletivo sua inquietu de tod interior Ha Realpolitik,
chamad do artifici pelo qua foi t r a ~ a d o . ez ma ha tambem politiea da realidade:
se
como
primeira exclui
se diz, as preocupa 6es morais estase
alimenta delas. Para qu ecologia polltica encontre enfi uma mora ajustada, seria necessario estende todas as entidade incerte za fundamental sobre
exata r
e l a ~ a o
do meio
do ins,e na
procurar nos "direito da natureza urn fundamento final
mente assegurado Calcula-se 42 Se desaparece papel insuportavel do intelectual comprometido, falando em nome eta" C i ~ n c i a autorizado por el boicota mais ainda politica, os moralistas reencontram uma f u n ~ a o que nao tern necessidade ' ne m d a Ciencia, nem do tom profetico, nem das ilusoes da r e v e l a ~ a o , para se exercer (WALZER, 1990, Critique et sens commun).
e x t e r n a l i z a ~ a o
trabalhoprovis6ri se retomado sen', cessar. ao moralistas mantem-s porosa gi membrana
i n t e r n a l i z a ~ i i o ,
(no 5) os moralista traZem uma c o n t r i b u i ~ a o exatamente in
ma
interior
43
que ponto
moral era deturpa-
discussa (uma vez ,estendida humanos nao-humanos) de consultar aquele de quem fala, depende Ilio s6 moral mas d.a administraiYilo.guardia do procedimento. como veremos no capitulo' 5. o b n g a ~ a o
As wmpetblcias de coletivo
Capitul
da pel naturalismo
gi qu
do modernismo
prolonga
afirmando que se fi
vers exat daquel que era levado proteger
da teoria da ecolo justamente
in
ta
que tudo
que Ii u m a o b r a de art edeq
a e
se t r at a d e um canteir de obras
representar, forr;ando-
humano da objetiva<;ao (ou
mano). Na nova Constitui<;ao,
Ii
4.1 entende-s
objeto do controle hu
papel do moralista Ii justa
mente evitarcair na armadilha onde eles se reencontrariam com
4.1 Quadro fu nyodes co mu
Recapitulac;:ao da c o n t r i b u ~ ~ a o de cad compel' l;nCla nas sels coletivo efetu formalmente procura do .,.
eel as, para que
o c om u m
um sociedade simplesmente humana rodeada po um 'nature
za'simplesmente materia!!" Com na
rio
nos arriscamos
moral da ecologia politica
cre na existlincia duravel de um tal exte
d e t a i nt er io r Se n a n o s p u de r mo s e n te n de r
mente cientificamente, economicamente m ai o r p ar t d o
e re s gra<;as
p ol it ic a
sem'colocar de lado
moral, os excluidos se fazem
ouvir de novo Reservar estavirtudesomente ao humanos pas sara rapidament como
mais imoral do vicios.
T ~ F ~
NO.
1: P E R P L ~ X I D A D E : EXIG.£NCIA DE REALIDADE EXTERIOR
mst::umentos permite detecc;:ao dos invisiveis. retorno rapid da voze P 0 c l l f t l ~ d o s . sentld do peng quepermit ex Ul as. humanos do E = o n ~ m i s t a s : rapida modificac;:ao dos vinculos nao- ?manos entr osben as pessoas. MO'jaltstas: escrupulos que obriga ir procuraros i n ~ s i v e i s os ape antes. O b 1 ~ l a s :
T ~ R E F ~
N° 2: CONSULTA: EXIG£NCIA DE PERPLEXIDADE
construc;:ao de provas id6neas testemunhos confiaveis hoc. Pho/ldfticos: produc;:ao de o p i n a ~ t e s , de partes recebedoras de stakeers. articulac;:ao das diferenc;:as de partieipac;:oes. . E c o n o ~ i s t a s adeea apa epa Moraltstas: pr em emse ~ ~ n a s d :
JUlzes
organizac;ao do canteiro de obras Terminemos est longa se<;ao com um pequena recapi tula<;ao, s em el ha nt e
ss
p la ne ja me nt o q u
p er m it e m a o
mestres-de-obr dividir interven<;ao dos corpo de trabalho na realiza<;ao de um encomenda. Nenhuma edifica<;ao portante do que aquela que deve abriga
Ii
mai im
coletivo e, no entan
to, nenhuma se beneficiou de tao pouco cuidados. Toda as ha bilidades indispensaveis
sua constru<;ao, sua elegancia, sua
funcionalidade eram ~ p n v o c a d a s em desordem, se cisare
nunca pre
trabalhar em harmonia. Dando uma olhada no quadro
T ~ E F ~
NO 3: HIEJtARQUIA: EXIG£NpA DE PUBLICIDADE
O€nclas: recombinac;:ao por eoneiliac;:oes substituic;:oes que deslo cam aeord para outras entidades. compromissos Politicos: por transformaroes do, p or t -.ozes que il dOfi aqu de que sa representantes uma linguagemcomum que permitetornar Economzstas: ?ferta e o m e ~ u n i v e l s jS entldades calculaveis suas relac;:oes. Morallstas: n eo n r a u m l e l a e n a a ri a d e rmaneIr retornar logo a de c
44 C o m p r ~ e n d e m o s nota-ve fraqueza do ataqu de Ferr ecologia (FERRY, 1992): se tivesse conseguido reavivar antiga distinlfa entr sujeitos mo rais
objetos inertes, el s6 teriachegado
imoralidade!
269
As
Capitulo
competbicias da coletivo
ha pouco se aplicar. Igualmente, se T A R E ~ A
N° A: INSTlTUI<;:AO: E X l G ~ N C I A " { ) E
FECHAMENTO
de causalidades de responsabi lidade com irreversibiliza¢o dos consenso produzidos; de ur interio por fechamen Politicos: p r o d u ~ a o de urnexterio to d e s i g n a ~ a o de urn adversario Economistas: o b t e n ~ a o no fi do cilcutode ur:na decisao justificivel. Moralistas: contraa distin¢o do interiore do exterior, oferec ao exc1uido urn direito de apelar C i ~ n c i a s :
a t r i b u i ~ a o
TAREFA N°
5:
d i s t r i b u i ~ a o
SEPARA<;:AO DOS PODERE
da autonomia do questionamentos contra obriga'roes de ser razoavel realista. Politicos: distin'rao-das fases de delibera'ra de decisao sobre re sl se p a r t i ~ a o Economistas: distmcia cornplet entre os vfnculos as exc1usoes no C i ~ n c i a s
p r o t e ~ a o
cilculo.
Moralistas: retomada da lans:adeira entre as duas clmara par
im
antiga divisa em dois do modernismo; nil mais pedidoa entidade algumadeclarar, antes que se levem se rio sua propostas se
qu ponto cada ur do sabere aproveitaa presen,a de seus i zinhos: quanta as ciencias se beneficiam em contato com os po liticos; quanto os economista perdem seu defeito se deixam os moralistas juntar seus cuidados
seus pr6prios esfor,os de mo
deliza,ao; quanta os politicos ganham em peso se seu compro missos
combina,oes se jumam ao arranjo manipula,oes mau arquiteto qu pretendiam construi
do sa ios. Era
sua Republicas somando os defeito de todos esse colega em lugar de reunir suas virtudes. quadro mostra-nos igualmente qu Constitui,ao antig na no entreg de pe
6 : CENARlZA<;AO DA TOTALIDADE
ocasiao dad para imaginar urn m u n d c o mu m simplifi cado poremcoerentee total. Politicos: p r o d u ~ a o da rela¢o um/todos por movimento continu retomada da totalidade por e i l ti pl ic i d e Economistas: d e f i n i ~ a o do interiore exteriore m o d e l i z a ~ a o do pu· blico por continua, como igualmente infundada, da tota Moralistas: r e j e i ~ a do pluralismo; o b r i g a ~ a o de retomada. l i z a ~ a o Ci€ncias:
TAREFA N° 7: PODER DE ACOMPANHAMENTO
natural ou artificial, ligad ou desligada,
objetiva ou subjetiva, racional ou irracional. Vemo tambem
pedir que elas nao se separem TAREFA
(ve{ capitulo
figura 5.1)
abandono da
maos amarrados
uma confusa tao simpatica quanta vaga Nad de mai articu
lado do qu
no,ao,
primeiravista demais unitaria, totalizan
te indiferenciada, de coletivo donar
orde
modernista se
prova esta feita, pode-s aban fica desprovido. Ao contrario,
sao,abundantes os procedimentos para registrar os inumeraveis conflitos que surte
efeito na produ,ao de ur mundo comum.
Ultima vantagem, nao ha"uma tinic dessas competencias nem urn unico desses oficios, que nao exista ja na realidad mai ba na
mais cotidiana Nenhum utopia
nuncia prQferir, nenhuma revolu<;:ao Se
duvida, nao ha mai mei
de reencontra
propor, nenhuma de esperar:
mai ordimi
duvida ficamos totalmente livres da l6gica anterior
das esferas de atiVidade: toda as profissoes participa mas seis fun<;:oes, da mesmas dua camaras, se
das mes
qu se possa
distingui-las do dominio da realidade ao qua eles pretendiarn
45 Encontraremo no capitulo
outro grupo profissional do administra dor* cuja utilidad na pode aparece ante de ser definido poder de acompanhamento*, encarregado d,e qualificar trajet6ri de aprendizagem do coletivo.
271
As compettncias do coletivo
Capitulo
ri sens comum
suficiente para se apoderar, sem urn minuto
de aprendizagem, de todo esse instrumentos que encontra ao da mao Long de descrever urn mundo futuro, nada fi-
a l c a n ~ a
zemos sena agarrar bre
a l i a n ~ a s ,
tempo perdid submetendo palavra so
c o n g r e g a ~ 6 e s ,
sinergia queexistem em toda parte
qu s6 os preconceito antigos nos impediam de ver. Objetara que, se as fada foram muito generosas os ces tos ilio recheado de presentes por que nos foram necessarias dezena
dezena de pagina para devolver suabelafigura urn
coletivo que, coberto de tais favores, nao podia normalmente falhar na sua carreira Nao esquecer
fada Carabosse! Sobre
monte de presentes espalhados po suas irmas, et depositou um
pequena caix sobre qua estava escrito: calculemus! Mas
el nao especificou quem devia calcular.Acreditou-se que lhor dosmundos possivel eracalculavel, co
c o n d i ~ a
me
de blo
da
as outrasvirtudes tanto heroismoteria sido necessario para re
soberano capa de criar orgulhos
fiel
melhor dos mundos possiveis sendo de Leibniz: "Calculemos!"
i n j u n ~ a o
Podemos agora abri as
i n s t i t u i ~ 6 e s
d o m un d c om u
c o ~ c e b i d o
po eles Nao estra
num dispositivo publico, enfim
guemos nosso prazer Pela primeira vez, g ca ur pouco repensada
a s s o c i a ~ 6 e s
r a ~ a s
ecologia politi
humano
manos podem enfim de maneira civi penetrar gue
mais exig qu seja
nao-hu coletivo. Nin
divididos em dois na portas da ci
dade em objetos em sujeitos nenhum Esfing bloqueia mais os arredores da cidade para exigi dele que decifre
estupido
enigma: "Voces sao objetivos ou subjetivos?" Pela primeira vez, nao-humano pode
adentrar na sociedad civi em te de
converter-se em objeto para virem
bombardear as muralhas obscurantismo,
da cidade humilhar os poderosos aniquilar
elevar os humildes, faze calar os tagarela ou fechar magistrados Pela primeira vez, nenhuma ment truire
t r a i ~ a o
galeri par faze-los entrar na cidade
fi
boc dos
abri doce de recons
democracia moribunda "sobre as bases firmes da ra-
sistir as armadilha dess facilidade Ora nem Deus nem osho
zao". "Primeira vez", certamente, para as nossas bela cidade do
mens nem
Ocidente, pois parece que os "outros", qu chamamos co
natureza tern
capacidade soberana
efetua de
imediato esse calculo. Este "n6s" precis produzir toda as par
pOllCO de resp'eito condescendente de
tes. Nenhum fada nos diss como
mai de fato perdido
n6s compet descobri-Io
zi viver. Ma
urn
nao tinha
jababito de acolhe este exterior qu os fa" c u l t u r a s ' ~
longo parentes do modernismo impedia-no
justamente de encontrar os "outros" sob outro auspfcios, senao antropologia da cultura
TRABALHODAS CAMARAS Depoi de todas as horrorosas dificuldades dess livro, chegad
hora da colheita Os historiadore tern narrad fre
qiientemente entrada solene em suasbela cidade dos sobera nos do tempo antigo. Tentemos qu acabamos de percorre
se exemplo lembrar tudo
imaginemo
veremo no capitulo seguinte uma
vez nossos pr6prios coletivo urn pouco mai civilizados, como
entrad solene do
imaginar outra forma menos barbaras, parabeneficiar-se, en fim, de su pr6pria c o n t r i b u i ~ a o . Tentemos por urn instante percorrer as diversas do coletivo fundindo
f u n ~ 6 e s
multiplicidad do oficio qu contri
buem para assegura-Ios em tarefa homogeneas Contrariamen-
273
Capitulo
te
s e ~ a o
As
precedente, precisamos solicitar ao leitor um fio de
imagina-rao, pois nenhum senso comum permite ainda tomar
esse conglomerado mal costurados por formas de vida eviden te
nativas. Eis, primeiro, as duas. camaras. Chamamos
responsavel pelo poder de
c o n s i d e r a ~ o * ,
primeira,
camara alta
se
gunda responsavel pel poder de ordenamento*, de camarabai xa.
termo na tem importancia porque sera objeto eles
tambem, de uma r e n e g o c i a ~ o esta ai somente para registra rem provisoriamente os grupos de competencias para permiti rem ao diplomata pode falar. Sabemo muitobem que nao se trat de mod algu chados
assembJeia ordinarias
lugare fe-
concentrados ma ante de vaso comunicantes nu
merosos com os rios, disperso com os riachos desgrenhados
compettncias de coletivo
objeto
de sujeitos de coisas de pessoas, ma de p r o p o s i ~ a e s *
mais
meno articuladas, onde uma sa totalmente nova
ou
outras fora expulsas, ha cert tempo, pel c a m ~ r a baixa no ci ci precedente. Enfim essa multidaes aparece senlpre como h um an o
a s s o c i a ~ a e s
aparece se
n ao -h um an os : n un c u m i r
seus infectologistas, um pulsar se
seus radioas
tronomos, um drogado sem sua drogas, um leao Sem seu Mas sai, urn openirio se
se
sindicato, urn proprietario se
propriedade, um fazendeiro se
su
se campo, um ecossistema
Sem seu ec61ogo, urn feiticeir sem seu feiti-ros, uma sant
ou
um escolhido sem Suas voze
cad uma dessas propostas ve acompanhada por seus instrumentos, capaze de transpor que la diz, ma tambe de suas confusae za quanto fidelidade da r e p r e s e n t a ~ a o
fala, de suas incerte .
com os ribeiraes num mapa da F r a n ~ a . Decidimos, contudo manter at lim' estas expressae desusadas emprestadas da democracia parlamentar, porque elas nao representa pe senao podere
outro pa
de um bandeir branca agitad ao vento, justainente parlamentar, religando-nos
h e r a n ~ a
re
publicana dos nossos antepassados. desfile, mencionemos tre resultados do capitulo precedentes. Primeiramente,
recep<;a pela camar alta
fi Com reagin camara alia surda pressa de se pos tulantes? A t e n ~ a o , qu nenhu arrebatad Ih venha pergunta e x s te m o u n a
r ea l e nt e
p ro p6 e
f at o r ac io na i
ou
camara alta nao come
cren-ras irracionais, se pertencem natureza ou "representa-rao
como uma sociedade as volta com uma
qu os humanos se fazem'; se residem na historia ou fora da his
natureza mas como um do poderes do coletivo atento multi
toria. Questaes com esta na seriam so deseducadas, como tambem indecentes e, mais ainda, antidemocrnticas! (Se alguns
nuncaa su
r e c e p ~ a o
dao que pressiona as portas Depois estam ultida nao feit de
agente da polici epistemologic se poem 46 Eu simplesment retomei p o s i ~ o que elas ocupam na figura 3.1. Utilizo, de maneiraJndevida as expressoes de clmara alta utilizada habilmente fim de recordar justa· para os Senados baixa par as Assembleias mente carater incongruente provis6rio de tai etiquetas. ]ogando com as palavras juridicas cientificas eu poderia ter chamado primeira: "camara das peti!j:oes" s e g u n d ~ : "cAmara das c a u s a s ~
274
estragar
entrada
solene com esta questae fora de proposito, que os magistrados Ihes determinem fica em casa at fina da cerimonia... mar altavai reagir be diferent de exigir do qu entra primeira geral, em
uma
impossivel conversao. El ficara abalada, em alerta s i t u a ~ a o
de inquietude, de-escnipulo, de
a t e n ~ a o ,
de
Capltulc
As
u r g ~ n c i a , em escuta- mistu de med em estado ramos de prop6sito os termos fornecidos pelasdiferente corpo
p r e c a u ~ a o ,
r a ~ o e s
que faze
parte na
f o r m a ~ a o
do cortejo
Esse estadode alert ter propriedades muito particulares.
camara alt esUl encarregada da articula¢o do "n6s vo'; ma
11 d i f e r e n ~ a
coleti
de suacomadre, camara baixa el deve rea
brir listaque compoe esse famos "n6s",par responde 11 ques tao: '(Quantos somos par.a levar em c o n s i d e r a ~ o ? " . Uma assembleia, que saberia definitivament resposta est questao que diria, por exemplo, '(n6s, os humanos", " n 6 ~ , os franceses de "n6s, os Malouins", ('n6s, os g e n e t i c i s t a s ' ~ "n6s, os brancos': "n65, comunhaeJ dos santQs", ('n6s, os vermes da terra", nao
e s t i r p e ' ~
estariaem estado de alerta El acolheria, entao,
apelo das mul
tidoes exteriore de maneira muito pouco c i v i ~ dariaa impressao de um s6lida fortalez para defender contra todo qualquer na
p r e ~ o ,
urnfnigil coletivo em vias de
e x p l o r a ~ a o .
Tal assembleia na cumprebern su missao
na se na
de se mais se si el 11 estranhez daquele que vern bater 11 porta do coletivo. Ora, ele pode conservar est admi c o n d i ~ a o
ravel propriedade, lil diferente daquela da sociedade do Anti go Regime (composta de humanos de fatore sociais) sena na condierao que reina co do poderes* Ningue
camara baixa !hedev impor
"Esses novos sere sao compativei com coletivo?". Ta queslilo cabe
11
mai estrit separaseguinte
e x i s t ~ n c i a
outra camara
s6
r e s t r i ~ a o
regulad do ela, decidir.
Aqui esta e x i g ~ n c i a de autonomia, que os cientista defendem com razao, mas que dela se apropriavam sem razao, assim como d i s t i n ~ a o
politica, muito bem-vinda, entr
liberdad de dis
cutir necessidad de decidir enfim, acrescenta-s ai e x i g ~ n ia ti para retomada incess nt em c o n d i ~ a o previa da questao da inc1usao. Todas essas
276
o b r i g a ~ o e s
se
r e f o r ~ a m
para
permitir 11 indispensavel
campetencias
s e p a r a ~ a o
do
coler-ivo
do pqdere de cumprir su
Como estamos longe da impossive p u r i f i c a ~ a o dos fatos. dos valores, abandonados no capitulo anterior..."
f u n ~ a o .
Sf! coletiv ag bem, se camara alta possui alto grau de sensibilidade, c o m e ~ , entao, uma serie de questionamentos,que
poderiamo reuniT em dois grupos de sondagens Primeiro-gru po: " V o c ~ s que estao tas?
11
porta do coletivo quai sa suas propos
que provas devemos nos submeter para nos tornarmos ca-
paze de
e n t e n d ~ - l o s
de f ~ - l o s
falar?" (Tarefa
nO
I,
e x i g ~ n c i a
de realidade exterior). Segund grupo "Quem pod julga me !hor q'; lalidad de SUas propostas? Quai sa os qu pode re presenta melhor originalidad de sua oferta Po quai teste munhos confiavei v o c ~ s podem fazer-se representar mais clara mente?" (Ta,efa
nO
2, e x i g ~ n c i a
pertinente
11
consulta). Lembre
mo qu palavr na umapropriedades6 do humanos, ma dos agrupamentos heterogeneos, cuja qualidade esUl justamente em questao diante da camara alta Lembremos igualmente, que de proposta*nao faz ainda d i f e r e n ~ a , neste estagio, entre ser. Cabe primeiramente camara querer ser, dever ser alta mas depoiS camara baixa, introduzir pouco poueo essas n o ~ a o
d i f e r e n ~ a s
qu na definem mais estado de coisas qualidades
ontol6gicas ma etapas sucessivas de ur
procedimento cuja
formas devem se escrupulosamente respeitadas
e s s ~ n c i a
esta
ainda po vir, forma inanimada do nao-humanos tambem.
4 7 E s a mo s longe, igualmente,da manuten¢o do pluralismo que nao aceit diversidade de opinioes seniio sobr urn indiscutivel mundo comurn feito de urna mistura bern mal composta de natureza direitos do homem. camara alta vai explorar multiplicidade muito alem do que todo "respeito do pluralismo das opinioes': pois vai justamente correr risc de niio as tomar como simples opinioes (STENGERS, [1997], Cosmopolitiques v. 7: Pour en finir avec La tolerance); inversamente, dmar baixa vai procurar unidade muito mais fortemente d o q u se tenta no,s regimes que se dizem pluralistas.
Capftuw4
Transformaras d e entidades qu
da
nao acontece se
f i a t u l ~ n c i a s
As
desarticuladas de um
multi-
nao querem f o r ~ o s a m e n t e se faze ouvir,
investigador, todo politico, todo
e s f o r ~ o
moralista, todo produtor, todo administrado
sabe-o muito
so, os fazendeiros
compettncias
do coletivo
petroquimicos; "Eu requisit
modificar profundaJ11ent
sequit de radioastrilnomos; "Eu pag derata
os m ei o d e
cosmologia': dizem ess pulsar e,
portanto, minha
nao sao levadas em conta", dizem este consumido
se
desiseus
bern. Sera necessari um profusao de astlicias, montagens, ins
meios de cilculo;"Eu proponho modificar ainda mais profunda-
trumentos, laborat6rios, questlonarios visitas, pesquisas de
mente
m o n s t r a ~ 6 e s , o b s e r v a ~ 6 e s ,
coleta de dados, para fazer entender
urn pouco melhor as propostas. Contrariamente it antiga Consnao e s q u e ~ m o s , todo esse trabalho nao
t i t u i ~ a o ,
debito da qualidade da se
d i c ~ a o ,
imputado
seu-credito. Quanto mais
ma
trabalha no laborat6rio mai os estado de fato sa detecta
dos, rapida
claramente; quanta mais os opinantes se equipa-
c o s m o l o g i a ' ~
"Eu espet
tir
disc voado
seus extraterrestres; se feiticeiro Um
f e i t i ~ o
assembleia que aceitass todas essa propostas de um vez explo diria n o m es m o instante,sob
descomunal m u l t i p l i c a ~ a o dessas
estranhezas que se apressam em exigir sua
e x i s t ~ n c i a . Os que
semelhante pesadelo. lmporta porem que decid tao depressa
elaboram tentativas para unir o s b en s
disp6e mais
d.a
antiga navalha que permitia, sem nunca Conse-
guir distinguir os enunciados de fato
problemas artificiais, mais cultivaremo
(Nao, nao estamo a i nd a n o tempo de deiXar
pr6pria
e v i d ~ n c i a ,
ma
Esfing impil d u ra n t m u it o t em p o
seu bloqueio it cidade, exigindo propostas d e e sc ol h e n tr e
tiffcialidad
ar-
realidade, desencadeou no cortejo tantas duvi
das, qu nao
inutillembrar, mai uma vez, se quisermos que
procissao avance em ordem.
po
camara alta nao se
elimina-Ios Nao e s q u e ~ a m o s que ela nao
qualidade da pesquisa; quanta mais nos obstinamos em levantar
art do escropulo
osjulgamentos de valor. polici epistemo
16gica sair de sua cas vigiada, de machad em punho). r a a lt a nao dev levantar nem nas aplainar
caminhopara
cepo, nem
outra camara, dando s e q i i ~ n c i
sua capacidade de trabalho,
palavra talvez tenha confundido
leitor,ele sofre os gol
tificialidad de suas c o l o c a ~ 6 e s em forma, pel intervencionis
Est segund tarefa tern, todavia
mo d e s ua s montagens, pelo voluntarismo de sua pesquisa, pela
mesmo trabalho que
se avalia um assembleia. Gra
ela,ouve-sepelo interprete de seu tradutores os candidatos it
e x i s t ~ n c i a
que exigem
que pressionam todos it sua porta.
Eis, portanto, as proposta ja quase engajada no coletivo; em todo d o e n ~ a
c as o ~ i a s comeram
mortal
lingua: " E u c au s um
imprevista' dizem esse virus
"Eu poluo rapidamente esses r
278
jalar
i a ~ h o s " ,
seus vir610gos;
dizemeste adubo milagro-
ao
segundo tipo de pesquisa, que chamamos de consulta. pes duros demais que the d a p a r aprovar se
x i g ~ n c i a s , que
cama
patibulo deve ape
pelo numero de seu equipamentos, pelos seu sensores,pela ar
amplida de'suas e
se
assustam com os perigo do relativismo cultural, nunca tiveram
rem, mais bern articuladas serao suas opinioes; quant mais se pessoas melhor s er a
dizem
agulha", dizem
c o l o c a ~ a o
em perplexidade. Quem julgara
qualidade das propostas que se apressam it porta C o n s t i t u i ~ a o
poder refietir.
mesma originalidadee exig
coletivo?
m o de r ni st a j am ai s p il d r es ol ve r e st a q ue st ao ,
por isso que el abafavasempre
democracia que queria desper
tar. Misturando as tarefas das duas assembleias, esquecendo grad divisa dos poden! para substituir-lhe dos fatos
rage
sa
aberrant distin
valores, do s e do dever ser, el nunca tiver co de C
,I
Capitulo
As rompetbll:ias do coletl.'vo
reito, se contentava com uma elimin"l'ao arbitraria, selecionan do
po
da de defini par cada entidade ur plano de pesquisa ur me todo de provas que permit avalia se alcance.
sem apelo: "Raciona!! Irracional!'; "Qualidades primeiras! Quali dades segundas!" Nunca as entidades candidatas excet as que ti
veram
sorte de cair com os cientistas, tiveram
direito, no qua
dro estreito do modernismo, de dispor de urn conse!ho compos to em funrCIO dos
problemas pr6prios que elastrazia
ao coletivo
Um assembleia sera tanto me!hor se conseguir detectar par cada candidatura
existencia
jur mais competente para
julgare capazde satisfuzer exigenci de pertinencia* Apesar de sua aparencia nenhuma tarefa
mai difici para aqueles que se
habituaram as facilidade do modernismo, pois os vinculos de risco* revelam justamente
incompetenci parcia ou total dos
juris convocados habitualmente Se t a ~ a o
tao negativa
palavr consulta ter repu
justarnenteporque se erefacil de provoca
apari¢o das partes interessadas. Ora, naoha nada mais compli
cado do que descobrir suscitar testemunhos confuiveis capaze de p6r fim as confusaes da fala Desejamos espalhar nos campos dos Que
S u i ~ o s
organismos geneticament modificados? Pois bern. lg
Os
S u i ~ o s ,
provavelmente Os usuarios de
Dir-se-a que manos
camara alta s6 fuz reciclar para os nao-hu
modo deconsulta do humanos, qu julg ma
ress que haveri em estender
inte
formalismo da social-democra
cia ao objetos! El faz totalment ao contrario, pois benefici dai em diante as vantagens oferecida pela c o o p e r a ~ a o dos diferentes corpos de trabalho.
social-democrat pode po fi
aprender
d o s ab io s c om o t ra ta r COm respeito os estrangeiros... P o u r cruel paradoxo, que trata longamente das fraqueza do moder nismo, sabe-se, com efeito consultar melhor os nao-numanos do que os humanos. Ur investigadornunca imaginariaque seupia no de pesquisa se fixaria uma vez po todas,nao importa por que fen6meno. Seri como imaginar que existe ur metodo cientifi CO!
Descobrir Uma possibilidade, suscitar urn testemunho confia
vel, encontrar urn meio de falsificar uma hip6tese tudo isso me
receria imediatarnente ur premio Nobel! Ninguem imaginari fala do elefante se consulta os ditos elefante po procedi mentos experimentai de uma sutileza inaudita. Com os huma no nao se usar tantas luvas. So
pretexto do qu os humanos
drogas ilicitas dao as suas drogas ta importancia qu preferem
sa dotado de fala os politicos, com muitos dos sondadores
morrer abandona-Ias? Que seja Quem julgara? Po que nao os
soci610gos, jornalistas, estatisticos, acham que se pode falar deles
drogados Em todo caso elesnao podem tomar lugar no juri Os
em se lugar
Salmae deixam os riacho do Allier
se
se estressa
nos degrau
sem nunca consulta-Io verdadeiramente ist e,
nunc encontrar
dispositiv experimental arriscad qu
colocado nasbarragens Quem julgara? Os salmaes, 16gico em
!he permita definirem eles mesmos seus pr6prios problemas em
todo caso deve
ve de responderem
participar do juri. Desejamos salvar os elefan
te dos parques do Quenia fuzendo-o pastar separadamente das vacas? Perfeito mas como va voce pedi
opiniao dos Massai
questa feita. Parodiando Figaro "Diante
dasvirtudes exigidas ao objetos, voce conhec muitos humanos dignos de serem nao-humanos?"4S
excluindo as v a c ~ s , da vaca sem os elefante que !hes liberavam as pastagens, assim como dos elefante se Sa tipo de questOes espinhosa feitas
280
as vaca
os Massai
camar alt encarrega
48 As ciencias humanas, deste pont de vista, te tudo aprender co as ciencias exatas na porque estas trataria seu candidatos existencia
Capitulo
~ - s e
ber
importancia da
do poderes entre
s e p a r a ~ a o
as duas assembleias: se viermos perturbar <\ segund tipode pes
quisa pel questao da compatibilidade dos candidato com
co
no juri sobr
existencia durave do pulsares Entretanto la
tambe surg questa para sabe se os astrofisico devem as sentar-se ai sozinhos. Mais uma vez c o l a b o r a ~ a o dos conheci
letivo jamais con5Oguiremo descobri para cad proposta urn
mentos aumentaa maneir idoneada list do membro do juri.
juri pertinente. Desejar-se-a, pelo contrario, acelerar as coisas eli
Como detectar aqueles cuj vid va esta profundamente modi
minando do jUri aqueles cuja t ~ n c i a
de sere qu na deve
da camara baix ate tiga
C o n s t i t u i ~ a o ,
re
sobre
arriscaria valida
p r e s e n ~
fa
parte do coletivo
i n d i g n a ~ a o :
"Se os dro&,dos decidi
politica das drogas, aonde iremos parar?"; "Se os ex
p r e s e n ~ a
trada aberta
ficad pelo aparecimento dos pulsares Nem todos provavelmen teusam aventai brancos. Quem sao? Onde se escondem Como
estado precedente. Est era fonte, na an
da maior
traterrestres 50 sentarem no juri daqueles qu deve rea
exis partir
decidir so
em nosso meio dos discos voadores teremos es toda as loucuras"; "Se os Massai devem conduzir
urn julgamento, em companhia dos especialista dos elefantes,
r e c o n h e c ~ - I o s ?
Como convoca-los Como
tas as questoes qu agitam
camara alta
f a z ~ - l o s
falar? Sa es
qu nenhum form
de i n c o n g r u ~ n c i a , nenhurn pecado contra bor sens as con veniencias dev perturbar. assim que ecologi politic encon tra mais velh
i n t u i ~ a o
democratica
relogio no seulugar, na
audaciosa de uma metafisica experimenta cujo re sultados, po d e f i n i ~ a o , nao sa ainda conhecidos que devem
e l a b o r a ~ a o
que faz este falarem como produzir dados
seT julgados POT aqueles que os traduziram em seus pT6prios lermos.
indiscutiveis? "S os embrioes humanos devessem dar su opi
camara alta completo agor su tarefa detectou os candidatos e x i s t ~ n c i a , traduzi suas proposta em su lingua,
quanta
e x p e r i ~ n c i a
nia contra os 'velho parkinsonianos, acabar-se-ia cientifico": Essas
r e a ~ o e s
indignadas passava
progresso
pela expressa
mesma da moralidade no quadro do modernismo quando elas quebrara
c o n d i ~ a o
essencia feitapela etic da discussao: nin
guem com di Habernas, pod se levado
aplicar os resulta
do de uma decisa na d i s c u ~ s a o da qual na p a r t i ~ i p o u . Como no grande principio morai criados par defen der
humano contra
o b j e t i v a ~ a o ,
este excelente principio se
aplicaa todos: humanos nao-humanos.Alias sua
a p l i c a ~ a o
nao
contestada se dis5Ormos que os astrofisicos devem assentar-5O
como objetos que se podem dominar vontade, mas, ao contrario, porque elas descobrem di ap6 dia, nos fracassos do "laborat6rio, recalcitrancia dos objetos. Ver importante argumento de Stengers (ver nota 31 no capitulo 2) de Despret (1999).
282
encontroupara cadauma
juri que poderesponde por sua qua
lidade patrocinando-a Nostermos de nossa f i c ~ a o hist6rica, iss confirma que cada grup de estrangeiros faz sua entrada solen na cidade atras de urn agrupamento mais ou menos grand de membro do coletivo com os quais se ligou po amizade ou qu,e se lhes designo como juiz padrinho, mandame ou fiador. nao venham objetar, neste ponto, qu nao existe assembleia real capa de cumprir as duas
de cohsulta satisfafiio. Nao se trat mais de faze as coisas bern feitas de uma vez po todas, mas apenas proceder melbo possivel uma das recorrencias do coletivo Nest sentido, todos os coletivo sa sera sempr ma formados Veremos, no capitul seguinte todo proveita f u n ~ o e s
de perplexidad
de maneira satisfat6ria Na procuramo mais
moral, cientific
politic que
50
pode extrair da
c o l o c a ~ a o
em
As
Capitulo
movimento do coletivo posto em aprendizagem pela experien cia. Importa-nos apenas neste momenta, que
cortejo possa es
tar bastante provid para se dirigir sede do segundo poder, do poder de o r d ~ n a m e n t o
exercido pel camara baixa.
competfncias do coleti1l0
na question os trabalho da camara alta dad mais tem ze quanto
fa-
precau<;ao, alerta, audacia, risco. As propostas estil
ai, falam tern seujuri, ninguem rejeita sua metafisica mas res
peit po
ua presen<;a na resolv em nad
problema novo
como faze vive juntos esse serescontradit6rios? Como produ zir um mundo qu lhes seja·comum Nenhu
recep< ao pel camar baixa
fazer avan<;ar questilo.
pluralism pod
camara baixa da ecologia politica est
diante de uma tarefa titanic que nenhum assembleia ja te Quanto mais alerta, mais fornece
primeira assembh!ia sensivel receptiv
para
seguinte as condi<;6e essenciais para
privamos realmente,
rim6nia que se seguin\. Uma ve chegados
ce-
segilnda, as exigen
cias qu se exercem sobre as propostas va mudar completa mente. Quando na camara alta sobretudo, na devi causar pr ocupa<;a
conseqiienci do novo membro co
estilo dentr do coletivo
os qu
questil da compatibilidade, da arti
cula<;ao da propostas entre si torna-se, entao dever sagrado. leva em conta, "Quantos Se. camara alta se ocupav camara balXa se
mas?",
em geometria muda lida co
"Q e m somas.. ?"E t"6" se
cad reitera<;ao.A meno que se tenh de
os coleti os repetidores, qu ja sa em de de toda
eternidade de que se comp6em, mas aqueles, de direita ou de es querda, que se fundem pel identidade racial pela natureza da
r ~ s o l v e r
ante dela
exceto
cena
m i t i ~ a
do mitos. N6
voluntariamente, do grande recurs do
modernismoque consistia em
eliminar
amaioria do sere po
caus de uma falb de racionalidad ou de um falta de realida de para se entender com as qu restavam entr si quer'qi er
entre humano razoaveis. sera tanto maio quanto
risc qu impusemos ao coletivo camara alta tive cumprido mili ca
balmente sua· tarefa. De fato, se as entidades candidata chega re
se
atraso, bem articuladas cad um
acompanhada do
juri qu el tenh escolhido, camara baixa sera constantemen te solicitada po seres que em seus pr6prips termps se fara pergunta,da compatibilidade com ficado, gra<;as
mund comum Eles terao
tratamento da camara alta ainda mais irredu
coisas pelo humanismo, pelo arbitrio do signo, nao pertencem
tiveis todosos outros ainda'mais incomensuravei com todos
ao dominic da ecologia politica Eles destacam todos os do An
osoutros! Quanto mais camar alta fo fina alerta mais sera
tig Regime vist que doi dominios distintos da realidade or
civil
denam
camara baixa disse "N6s", urn enorme clamor respondera: "Nao
fisi
antemao todo os fato
na
todos
valores. Su meta
experimental, ma identitaria S6 nos interessam
aqui os coletivos. cuja composi<;ao vai se modificar ra<;-ao
mesmo se se trat de reinventar para fica
civilizada, mai
relativismo crescera 49
qu
n6s!", seguido de muitos: "Eu tambem nao!".
cad reite mesmo.
camarabaixa se question comperguntas nova de pre cedencia de etiqueta, de polidez de ordena<;ao Ainda que el
49 Sera necessario recordar que relativisrno urn termo positivo, que tern por contrario absolutismo, que remete, segundo palavr forte de Deleu· ze, nao a."relatividade da verdade, mas "it verdade da relayao"?
285
Capitulo
esta
As
grandez desta assembIeia tenta obter
integra
rompetbu:i.as do coletivo
!ada no mundo, ou de valore ideais se
domidlio fixo. Pior
.,ao sem exigir logo assimila.,ao ,corre risc da u n i f i c a ~ a o ap6s camara alta ter percorrid todo os riscos da multiplici dade. primeira vista, ordenamento de todo esse irreduti
natureza do so 610gos par sociedade, camara baix herdav visitantes muit acomodados, ja qu os sere naturais
ve parece tao impossive! porque
eram definido por sua essenciaindiscutive! os grupos huma.
camara baixa nao tem mais
ainda:
g r a ~ a s
ao trabalho em conjunto do epistem610go par
tres antigo procedimento par produzir um acordo qualquer: importar as leis indiscutivei da natureza
drastica
par faze cala diversidad do interesses humanos; limita discussa dos matters of fact, devolvend os desacordos, quer as
part remetida ment na C o n s t
opini6es, quer ao foro intima enfim concilia todos as huma
que diss se er remetido como com despotas p r e g u i ~ o s o s do contos s e ! e ~ a o pe!aviolencia do poder ou pela duras ne es dade do os qu n6 sabe os ig al
d i s p o s i ~ a o
nos cust da natureza exterior,desencarg penos eexplorave! vontade. Nada mais pode, daqui para frente limita ampli da do trabalbo se fo considerado que ele absorv co toda
nos por seus interesses igualment indiscutiveis! Apesar da e l i m i n a ~ a o da entidades se leva em cont (a maior estatuto de s e g u r a n ~ a ) , aref ordena modemista reve!ava-s tao impossive!
i t u i ~ a o
f o r ~ a
mente, Might Right navegando no mesm barco. camara baix coloca-se diant de um numero de proposta be maio
to de agua", se
do qu no antigo Regime mas trata-se de p r o p o s i ~ 6 e s * dotadas de babito' na mais de essencias' qu ex ge ocupar em discussao possive! os primeiros lugare do coletivo.
as exigencia dos metafisicos diverso que trazem feiti ceir com seus deuses os gene com se Darwin, os explorados com suas exigencias de sobrevida, os rio com seus "parfamen nenhuma s
i m p l i f i c a ~ a o
possive! Vend
pa
vo que aterroriza seus membros, compreende-s melhor tasticacomodidade que dava ao modernos gunda camara,
parte,
procedimento
entr
as
escondidas i, se
da
fan
uma se-
c r i a ~ a o
natureza, onde, fora
i n t e r v e n ~ a o
dos humanos, se
podi torcer0 p e s c o ~ o em silencio se terque dar os motivo maiori dos candidato existencia comum Decididamente nossos eleito na te
mais
escolh da p
pois na ha
m a r g e ~ s
demografia do coletivo explodiu, certamente, mas suas manobr aumentaram. Se e!a de encaixar be
mais candidatos do qu
rude metafisica da natureza deixav
no chao, se nao de!ega ningue to qu de assumi totalmente
mais tarefa de ordenamen camara baix na lida mais
com as humano dotados de seus indiscutivei interesses ma
tao
com as a s s o c i a ~ 6 e s de humano de nao-humanos bastante ar ticulados par sere formado de babitos', cuja list compo
unificada para poupa coletivo do tiabalbo da decisao. Todavia se e!es nao se beneficia mai com as facilida-
si.,ao podem variar ligeiramente. Em outras palavras, poder-sediscutir, negociar aparar os angulos, entender-se, entr entida
mais natu ez
na
existe mais nenhum
r e g u i ~ a
t r a n s c e n d ~ n c i a
do modernismo os representantes tambem na mais os seus defeitos As Entidade qu
antiga
sofrem
C o n s t i t u i ~ a o '
tentava em vilo hierarquizar sofria uma enorme fraqueza: eram formadas ou de essencia definitivamente insta-
286
des diferentes, c o m e ~ a r uma
l a n ~ a d e i r a
no tempo do Antigo Regime co ra diante do sujeitos se outra guerr civi das c
o n t r a d i ~ 6 e s
cuja idei era impossive! seus efeito qu acampa possivei senao
r e ! a ~ 6 e s
dialeticas. Se
camara alta er
As competblcias do coletivo
Capitulo
perimental- para ir procurar os candidatos como para encon
trar os juris -,
camara baixa nao
'f
menor, mesmo se
as
pes-
laiciza0o, produz
primeir vista urn monstro horribilissimo,
torna
acord possive!, visto qu obriga
no minimo
quisas quese entreg tratam da melho form de manipular as
baixa encontrar um
propostas para estabelece-las numa hierarquia, antes de procu
aquilo que lh fora tirado desd
rar em seguid
pesquisa di respeit
melhor maneira de fechar as discuss6es.
palavra n
e g o c i a ~ a o
conserva sempre um
jorativaporque suas c o m b i n a ~ 6 e s
se medem
c o n o t a ~ a o
da existencia. T ~ b e m near no interior um
engenheiros, encontrando r e l a ~ 6 e s
de
po um
seri de
sombra de um
t od o o s c om pr om is so s O ra ,
comprometimentos,
de entendimentos em camaras
za do "n6s'; que cad urn
qual seriam medida as nova
m od el o ( pr ov is 6r io ) do
c o m b i n a ~ 6 e s .
to, nao parte de essencias obstinadas
pesquisa, portan
interesses casmurros, mas
de incertezadividid entre todos, quanto
natureza
d a o r de m que feline essa entidade po ordem deimportancia.
politicos economista
p o rq u e se f i rm o u u r n bor
compromisso, nao porque se
apelou para urn fiador externo mas porque se trocou havi escolhid
nature
para se identificar.
'. Nao se julgatal trabalho impuro senao porque
er qu
An
tig Regime fazi melho quando, na verdade, sua purifica00 impossivel dos fato
valore resultava apena numa revoltante
confusao. Querendo agir melhor, fez-se sempr pior. Na pratica, os entendimentos passados tiveram sempre
forma que lhe da
camara baixa, com est unica mas essencia dife
n a s e p el a colabora00 dos cientistas,
r e n ~ a , deque
os compromisso se dao doravante de modo expH
moralistas Mesmo se
cito public
vess sempre preferido estabelecer suavement
modernism tias
prioridade
maneiras possiveis aquilo que chamamos de
exigencia de pUh!icidade* nao lh restari senao complica
ta
que fazi sempre pesa sobr os negociadores reCUTSO
a m e a ~ a
de ur
imanencia, que chamamos de
Hc to que sa todos revisaveis, todos arquivados
documentados, repticios ou das urn
que toma
l ug a d o entendimentos sub
c o m b i n a ~ 6 e s
de corredores. Lucramos, enfim,
"Estad de direit de natureza".
refa de compromisso que pretendia resolver fugind dela visto Se
mila
acord impossive entre incomensuniveis descoberto
atualment
medida comum de"seres incomensuraveis nao pode serencon trada de modo a lg u
base representativa em
que fundavam ateentao seus interesses Entao, acontece na
de
de entusiasmo durant
qua as entidades aludidas modificam
trabalho de ordenamento, pois estabelecia-se nipido demai antes dafase seguinte da i n s t i t u i ~ a o
l c l o d e d ip lo ma ci a
urn momento
gre
acordo vindo de fora.
engenhosa, de cientista
soma fixa de p o s i ~ 6 e s
hierarqui das c o m b i n a ~ 6 e s influi justamente
as
f o r ~ a ,
p el o
s i m u l a ~ 6 e s
que sobre proposta que nao sabe ainda dejinitivament conjunto comum pertencem. Apesar cias a pa re nc ia s a pe l um transcendencia qualquer tornava justamente impossive!
furtar-se de toda
i n o v a ~ a o
quando e m q ua nd o p ar a aquecer esse improvavel montao de
as
s i t u a ~ 6 e s
da Caverna.
mistura de habilidades de
fechadas de
transcendencia que e sc ap ar i
de
i n v e n ~ a o
um
audaciosos substituindo um classe de seres po u m a o u tr a para desbloquear as
exceto
camara
seu interior. Devolv ao demos
durante muito tempo, em que se ere deli
compromissos paira sobr todas as medida pesquisa sobr
pe
u r palmo de um
situa00 ideal, que possui todas as vantagen segura
s o l u ~ a o em
e x p e r i m e n t a ~ a o
pr6pria do trabalho de hierarquiza00
pela camara baixa pode apresentar-se, d e f or m como
procura de um
simplificada,
lista de entidade classificadas po or-
Capitulo
As
compettncias do coletivo
dem de importancia da mai amistosa para mais hostil.A pes
er necessaria, pois as essencias nao tinham ainda necessidade
quis sobr
de um i n s t i t u i ~ a o paraexistir
n e g o - c i a ~ a o
proposta seguint estamos preste
novament
d e c l a r a ~ a o :
rn exprimi para cada
"Eis
viver, com fulano
cenario do mundo em qu
de inimigos ma
sicrano,
tencido ao mundo rea!. Assi
para
continui
dade do qu estamo preste fazer, contrariarnente its nassas pasifoes de p a r t i d ~ , tais ou tais sacriflcios. qu era impossivel com as e s s ~ n c i a s co
os interesses torna-se pos;f.vel senao facilita
as proposta
seus costumes, na
toda latitud paradecidir sobre
rem viver. Nao se podia negocia com essencias pode-se faze-Io com as listas ninguem
nem
uma ernpreitada que nao se dev delegar
Deu
Terra. r i m e n t a ~ a o
soberano
nenhummestre,e qu s6
cama
Deus de Leibni deste do ce
sobre
nem
ra baix pode cumprir
traba!har para discutir po expe-
c o m e ~ a
dos mundo possiveis, melhor da
c o m b i n a ~ 6 e s ,
6tirna qu ningue pode ca!cular em lugar de outros Resta mais diflcil, mais doloroso mais cruel: lado,
r e j e i ~ a o
do outro,
i n c o r p o r a ~ a o
sao aceitos nos dispositivos duraveis interio veis,
de urn exterior
Esta
pre efetuada at
50
risc de cometer
segund grande tarefa da camar baixa, sem e n t a ~
vergonhosamel)te,
mente su gI6ria. Na antiga
C o n s t i t u i ~ a o
n v e n ~ a o
tamente
de um metafisic primeira,
qua!f ie negava jus
qualidade de metaflsica para chama'la simplesmente
as leis- mediante um hist6ria da ciencias considerada miracu
losa -,
leis na podia
nunca se objeto
mento explicito. Pel contrario, aflrmava-se que i dade era
ur procedi n s t i t u i ~ a o
ver
co!,tradit6rias! Estranho desahamento da coisas
quando se pens no imensotrabalho de o m p o s i ~ a o ,
chegar finalmente
c o o r d e n a ~ o ,
f a b r i c a ~ o ,
artiflcio, dis
que necessari curnpri para
uma certeza qua!quer tratando-s de fatos.
Long de ignora esse trabalho
camarabaixa cia ecologia poli
tica organiza-se, pel contnirio para institui as essencias. Em veide opor verdade
i n s t i t u i ~ a o ,
la tir tod
proveit possi-
constitui<;a de ur
exteriorizac;:ao dos mundos impossf.
expressao das externalidades, enfim,
i n j u s t i ~ a .
daquele que
irreverslveis, em suma
institui<;a das essencias, a d o s inimigos,
Antigo Regime presenteava-se logo com as essencias pela i
cussao, c ur
explicitae solene daqueles com os quais nao pu
demo no entender
modernismo considerou-se infinitamente mais moral que todos os seus predecessores!
de-natureza. Se os humanos podiam, com certeza descobrir-lhe
Mbitos substituivei un ao outros. Qua!
melhor do mundos
que escapou ao constrangimen
tos da pesquisa, da qual reconstituimos meticulos obsessao,
nd ;a de tere
mundo comum no qua que
os excluido nao tinham forma
sere inexistentes qu nunca haviam per
encontra fina! nenhuma pesquis
trabalh de Pierre Legendre ( 1 9 9 8 ) , L e ~ o n s I . La 901' conclusion. Etude sur Ie thidtre de la Raison, fez muito por d ~ o l v e r instituilfao seu orgulho, sua qui isolar das habilidades pr6prestanlfa (palavr que el ama) mas el
p.rias aos outros corros profissionais, em particular .() dos investigadores oentificos e. dos soc1610gos Isolada, instituilfao se torna e m s ua s maos,
qualquer COisa de cortante, de arbitraria, de vazia, tao esquecid quanto Heidegger. Este nao e, de nenhuril modo, papel que dou aqui i n s - ~ tltUllfao, gralfa a o q ua l Somamos pela minuscula transcendencia que ela permite, todos os recintos que os diferentes corpos profissionais descobrem na imanencia no final das contas, sim, decisao cai eta e, com efeito, in discutivel, mas nao resolve, ela acaba sendo "empiricarnente constatada': p r o ~ l e m a da sociologia das ciencias, haver, de inicio, reaproxima do estes dOlS ~ e r m o s para faze ressaltar contradilfao sob forma critica, antes de modificar as relalfoes, da c a b e ~ aos pes.sob u m a f o rm a n a criti ca. Sobre esta felix culpa da sociologia, ver Latour (1996a).
51 Todo
As
Capftuw
ve da sinonimia dela porque pode, enfim
s6
el pode deter
minar as variaroes dos graus de certezas, quer dizer, de difusao, de v e r i f i c a ~ a o
do fatos. El naova mais com
ter de povoa
mundo de sabiosque
ignorantes qu nad sabem,
bom
no
Antig Regime
povo desconhece, de
descoberta qu surgem de im
compettncias do coletivo
tri como mais just que
procedimento meticulos do Estado
de direito Ii preciso um bel dose de audacia para preferir esta exclusao fundad sobr natureza
um
naturez dascoisas- sobre
as
coisas da
processo explicito progressivo decidido de ex
cluir, no momento,
como
incompativel com
mundo
comurn,
proviso. Em lugar de esperar que os historiadore da cienciasve nham lembrar os meio necessario ao exercici
da
verdade, es
segund maneira, da camarabaixa tern grande van'
se meios essa medias:5es essa encarnas:6es el os atribui de
tagem de ser civil: se cria inimigos, nao pretende humilha-Io ti
ro/dao.
rando-Ihe
camara baix ir enfim insereve no se
o r ~ a m e n t o
extensao progressiv das verdades asseguradas, pagando das i
p r e ~ o
necessarias seu estabelecimento modernism julgava-se dono de uma grande virtude,
n s t i t u i ~ 6 e s
porque pensav na ter de elimina violentament os excluido do coletivo Contentava-s hipocritamente em constatar sua ra dica inexistencia so
form de
f i c ~ 6 e s ,
c r e n ~ a s ,
irracionalida
des, frivolidades mentiras, ideologias mitos Ve-s ber ness p on t
e x t e n s a ~
de sua perversao: acreditava-s mais moral,
porqu nao conhecia inimigos de
si
existencia aind mais sua
p r e s e n ~ a
no
coletivo."
Diz-!hes apenas "nos cenarios tratados at aqui na ha luga para voces n o
m u nd o
comum; saiam, voces tornaram-se nossos
inimigos". Ma na !hes diz, exaltand
su alta moralidade
"Voces nao existem, voce perderam para sempr todo direit sobre ontologia nunca mai sera contados
na c o n s t r u ~ a o
de
urn cosmos",
que
desferia sem
menor escrupfllo. Excluindo, camara baixa tre
comete um
mesmo, quando desprezav
modernismo todo chei de virtudes, lhes i n j u s t i ~ a ,
pois sa
qu os inimigos qu
se
tanto aquele que excluia quanto os que consideravadestituidos de toda existenci real
a c u s a ~ a o
de irracionalidade favorecia
rejeis:ao, sem processo de sere aos limbos
acredita este arbi
52 Vma vez mais sensa comurn vai mais longe que born senso no reconhecimento destas milhares de etapas intermediarias, nos graus de certeza entre e x i s t ~ n c i a i n e x i s t ~ n c i a . Pensemo nos mil matizes do realismo com m o ~ e ; ou simples a f i r m a ~ a o seguinte: f u m a ~ a dos cigarros ~ c a r r e t a ainda: velocidade nas estradas responsave por aCldentes mortals. Em que mundo, finalmente, sed necessario viver, que est.es enunciados quiram urna verdade definitiva? Esta n o ~ a o grau vanave1 tanto ~ a l s c o n f i g u r a ~ a o mesimportante quanto nos colocamos hoje, d i a n t ~ de perada:. m a n u t e n ~ a o artificial de controverSlas C l e n t i ~ c a s q ~ e t i n h a m ~ s acreditado encerradas. t: caso dos estudos sobre penculosldade dos Clgarros,.sobre efeito estufa globa da.atmosfera, sobre Santo S u d a r i ~ Turim, sobr os riscos associados ao lixo nuclear, etc. p r e s e n ~ das dlSC1plinas cientificas e, agora, claramente distinta da conclusao dos debates.
53
1m importAncia politica essencial do ini t: de Schmit que se deve traze migo que nao se odeia, mas estendo, claro, sentido deste termo aos nao humanos,ou, de p r e f e r ~ n c i a , a proposi¢es h e t e r o g ~ n e a s de humanos de nao-humanos. Ver sua celebre d e f i n i ~ a o : "0 sentido desta d i s t i n ~ a entre amigo inimig expressar grau extrem de uniao de desuniao, de ass o c i a ~ a o Oll de d i s s o c i a ~ a o ; ela pode existirem teoria na pratica,sem, por isto, exigir a p l i c a ~ a o de todas estas d i s t i n ~ o e s morais, esteticas, econ6mi cas ou outras. inimig politico nao sera necessariamente mau n a ~ o r d e m da moralidade, ou fei na ordem estetica, de nao fad necessariamente pape1 de urn competidor no mve da economia; poded, mesmo, na ocasiao, parecer vantajoso fazer neg6cios com de. Acontece, simplesmente, que el outro, estrangeiro, basta, para definir suanatureza que el seja em sua pr6pria e x i s t ~ n c i a e m u m sentido particularmente forte, est ser ou· tro, estrangeiro, de ta forma que no limite dos conflitos, estes mio pode· riam nem saberiam ser resolvidos nem com urn conjunto de normas gerais estabelecidas previamente, ouco s e n t e n ~ de urn terceiro, conside rado naO interessado imparcial:' (SCHMITT 1972 [1963], p. 64-65).
293
As competbtcias do cokt'ivo
Capitulo
arriscaril
coloca-la em perig amanha pode
tornar-se seus
aliado depois de amanhi Ja que el sabeque camaraalta retomar mais tard sua
aqu torna-se agora possive! porque sabemo qu tais dedsoes, revisaveis na
seguinte, sao
r e p e t i ~ a o
expHcito que aconteceu se
men to
resultado de ur procedi cAmara baix executou seu
decisoe como apelo,a camarabaixa pode finalmente aceitar en
trabalho, forrnalmente Podemos mesmo obter, agora, sem risco
carregar-se do questionamento,
de confusao, sujeito
sabilidade
e s t a b i l i z a ~ a o
gera da respon
das causalidades. Sempre se falou da leis da natu
reza fora
sempre ironizadas
indevidament
metafor lega qu misturava
natureza indiferente ao humano
juridica da Cidade. Ora,com
realidade tern,
pois, sua representa,ao Agora,
as forrnas
camara baixa da ecologia politi
objetos,desd que nao se coloquem mais
no inido da analise, mas no seu fim provis6rio.
cortej entro na cidade os estrangeiros fora
assimilados os inimigo reconduzido as fronteiras, as porta da
ca, as leis da natureza encontram, enfim, seu Parlamento, assem-
cidad cerrada atra do nescios. Os magistrado pode
bleia publica que as vota que as registra, que as institui. Sim,
sair se
ap6s suas
d e l i b e r a ~ o e s ,
as eutidades encontram-se bern ligada
po
causalidade eficientes
fi
definitivament assegurada
d o e n ~ a
da vac louca;
corrente de responsabilidade prion
responsave pela
ministro da Saud
responsavel pela
morte do qu sofreram transfusao Deus nad tern ve co tremor de terra qu destruiu Lisboa tudo
le da gravidad explic
que se deve saber'S 9bre queda dos pesos no vacuo;
Es
tado se apropriado litoral;os elefantes deixam as vaca dos Mas
risc
deixar
supletivos da polici epistemol6gica se eles
acrescentam as dedsoes tomadas
qualificativo de raciona
irracional, nao se trata sena de b e n ~ flua quanta inofensivas. Assi com
de
ou injurias, tao super
a o s
camar baix nao podia
fa er se trabalho na se na' c o n d i ~ a o de camaraalta ter efe tuado
seu, tambem
camara alt nao podera retomar amanha
sua vigili escrupulosa
menos qu
camara baix tenh cum
prido sua fun,oes com escropulo. Se elaelimino propostas se razao integrou outras se
m o t i v a ~ a o ,
camara alta tera muita
sa comerem no seu pasto... Conferiram-s as propriedade das
dificuldade, na
proposta que, finalmente esta dotada de uma substanda da
perigos causados pelos excluidos. Tera ficad invisivei
qual elas na sa mais queatributos Toda essa atribui,oes,todas essa
nificahtes realmente. Ter-5O-ao tornado irrecuperaveis Os vincu f i x a ~ o e
de elos todas
essa decisoe sobr os .vinculos, terminam na defini,a de es sencias, enfim, de limites fixos. As entidades acham-se dotadas de propriedades indiscutiveis. partilha entre os sere e, enfim, de direito nao mais de fato. Pode-se mesmo ter luxo de distin guir, se fo necessario, os humano o b j ~ t o s
seguinte para detectar rapidamente os
lo de risco* ter-se-a transformad em objetos se se-a perdid
insig
riscos Ter
oportunidad de tomar-5 dvilizado
CONCLUSAO:
CASA COMUM,
GIKGS
procissaoterminou
Cidadefoi construi
as coisas os sere dotado
mud os, oS que merecem p r o t e ~ a
dos quai nos podemo tornar mestres possuidores, do sociale
i t e r a ~ a o
aquele dominio
da natureza sim tudo aquil que nos proibimosate
noite caiu da,
coletivo habitado:
i n s t i t u i ~ o e s .
ecologia politica, enfim, possu suas
Par encerrareste capitulo, recapitulemo os quatro
As
Capitulo
genera de pesquisa qu formam
as
novas competencias que
nos incumbimos de desenvolver (quadra 4.2). Quadro 4.2
R e c a p i t u l a ~ 3 . o
das pesquisas necessarias para
comperencias de eoletivo
turalmente recolher tao fielment quanto possivel exterior mas, ao rnesmo tempo, impedia-se
plexidad de desenvolver-se funcionamen·
to da duas clmaras do coletivo.
realidade
exigencia de per
vontade, pois impond
distin
prematura do fa os valores, nunca os candidatos xis tencia encontravam se lugar. Com faze coletivo ficarper se
mum Desejava-se, l6gico,leva em conta
Camara alta: poder de considera\3.o Responde pergunta: quantos somos n6s?
Perplex/dade ara responder exig€:ncia de reahdade extenor: pesquisa sobre melho.r forma de detectar, de tornar visiveis e, fa./ zer fala as candidaturas exist€:ncia. Consulta Para responder exig€:ncia de p e r t i n ~ n c i a : pesquisa' sobre os melhores meios para constituir juri capaz de julgar os efeit'os de cada proposta sobre os habitos dos outros Glmara'baixa: poder de ordenamento Responde p e r g u n t a ~ podemos viver em conjunto? Hierarquia Para responder exig€:nci de publicidade: pesquisa sobre os cenarios contradit6rios que permltem pouc pouco compor uma hierarqui 6tima. Instituirao Para responder exig€:ncia de fechamento: pesquisa sobre os meios p6r em a\3.o para establhzar
mterIor
antiga
C o n s t i t u i ~ a o ,
mesmo
se as i n t e n ~ o e
fossem
boas, nao podi leva cabo nenhum de suas tarefas: poi so brecarregavam logo com impossiveis hipotecas. DeseJava-se na-
opinioes diversas
par responder exigenci de consulta, .mas se qu desse conta do trabalho enorme que era necessari fornecer para pro duzir artificialment os opinantes. Com pretender que se te nha consultado respeito ur problema aquele quem nao se deu ocasia de reformula os termos da questao? Desejava-se, naturalmente, fugir, por uma democracia pluralista, ao totalitarism de urn unic universo definido rapi do de ai ma em deixar ne pluralidad do mundos tempo'de desenvolver-se nem a. u n i f i c a ~ a o do mundo comu os meios de unificar-se Como denominar pluralismo ao respei to hip6crita por c r e n ~ s as quais se ~ e c u s a esiatuto de realida de? Desejava-se,
como
tod
mundo descobri
mascarando com dnico ou s6rdido bre as combinaeroes
portanto, responde
exterio do coletivo M a n u t e n ~ a o da s e p a r a ~ 3 . o dos poderes garanti da qualidade dos procedimentos de e x p l o r a ~ a o : Poder de acompanhamento (vercapitul quadro 5.1)
as
urn acordo
os
6timo ma
trabalho meticulos so
compromissos qu na podia mais
exigenci de publicidade. Como chegar
ameaera de uma transcendencia superior vern
humilhar antecipadamente todos os arranjos mesquinhos Quanto
exigenci de fechamento
Antigo Regime s6 podia
cumpri-la clandestinamente poi que se obstinav
opor ver
dad de urn lad todos os meios reais, materiais institucionais que permitiam assegura-la, instala-la, desenvolve-l difundi-la. Fechamento de espirito com respeito ao exterior, do qual se pre tendia que fosse mestre da politica condescendenci quanto aquele que
se
pretendia consultar; cinismo par com aquele
297
As rompetblcia5 do coletivo
Capitulo
do
q ua i
q ue ri a i nt er ro mp e
OS
comprometimentos por
outro artesaos que fabriquem so
nome de Leviata, urn ser
combina<;6es mais afastada ainda do Estado de direito; hipocri
totalmente.artificial,lIlas privando-s de todos os materiai que
sia, enfim, recusand sempre ao realismo os meios de faze ou
Ih poderia dar firmeza, durabilidade forma
vir seus direitos: bela paleta de virtudes para aquele que gostam
existi
de da
todos os outros coletivos, tratado de irracionais li<;6es
de moral de razao. Que caminho percorremos desd precis urn esfor<;o para lembrar
primeiro capitulo!
tempo e m q u um
politica
de duplo foco paralisava todos esse movimentos, todos esse oficios todas essas pesquisas. Como o s n ov o M b it o s d a e co lo gi politica \h sa liteis Que facilidade nessas formas de vida q u n a t er n s en a evidenci qu
a pa re nc i da novidade! Nao encontramos born sens da tradi<;ao acabou po ocultar?
Antigo Regim que parece po contraste, urn insulto ao senso comum*, palavr cuja significa<;a agor compreendemos:
sentido do comum, Se
sentid da procura em comum do mundo.
born senso' define
estado do coletivo tal como e, entao
s en ti d c o mu m p r op 6 e a o c ol et iv o
f or m q u
v e t e no fu
turo pr6ximo.
modernismo !' tiver afastado suficientemen
Quando
nao estava para se construido,
truir mas sobre
vento! Como explica
q u e q ue rf am o f u nd a r construcrao na
justi<;a?
nossos descendentes
d em oc ra ci a c ol oc an d d e u r l ad o
nao as materiais,e de outro lado as materiais, mas
constru<;ao? Eles nao se espantara de que
com
do sobre el mesma:
Todavia, nenhum vicio de forma explica oafundamento, sobr si mesrno do coletivo qu acabamos de descrever. Ne invejade Deus, nem
orgulho dos homens, nem
d e d o t ij ol o ou do c i me n t t er ia m c au sa d
areia. Elas nao percebem que se
rectmstruimo rapidamente,
os excluidos da camara baixa retornam n a m an h seguinte, p ar a b at e
"-
p or ta s d a c am ar a
t a e xi gi nd o
cosmo, palavr que
ficara ofuscados pel extravaglmci de sua organiza<;ao politi ca. Como explica
compreender as competencias da dua camaras,
edificio da vida pu-
todos os talentos todas ascompetencias todos
i ns tr um en to s m a q u l he sJ al ta v a u m a unica diretiva: projeto do e di fi ci o m o d iz e
d is pe rs a d o
as Republicas sa mal formadas Toda sa construidas sobr
g u nd o
convocados de toda parte para construir
rn qualida
povos em uma pluralidad de culturas incomensuraveis Todas
muncio comum,
blica, recebera
vid publica
t eo ri a d e B ab e do relato publico, tenh se desmorona
te para que se poss fazer urn estudo, os historiadores da ideias nosso netinhos que os grupos de traba\ho,
ja
outro ra para cons
do
as
z e p ar t do
Gregos d a v ~ m ,
se-
e xp re ss a d e P la ta " a o c ol et iv o b er n formado.Para
abordemos no momento, de fato nao fala nuncacom
preciso que
dinamica de seus arranjos.
logos,
vo clara: el busca suas palavras
hesita balbucia corrige-se.
c on st ru ir ! C o m q u e e st ra nh ez a p od er fa
s te s o br ei ro s
construido, mas ninguem
"0
edificio ja existe solidamente
construiu, el se
eternidade, ja edificado ja s6lido
e r g u ~ ,
desde toda
el se chama natureza na
tern os, pois necessidade de seu servicros", enquanto ordenamos
299
Capitulo s..
EXPLORAc;:AO DO MUNDOS
Por COnstrUl;aO,
COMUNS
coletivo se alimenta daquilo que resta
fora, que ol ainda nao coletou. Mas como qualificar aquilo que ultrapassa de todos os lados? Ter-se-i definido recentemente como um
mistura de natureza
de sociedades.
natureza uni
ficava as qualidade primeiras* numa s6 mobilia homogenea as culturas reagrupavam
diversidad das qualidades segundas
em tantas outras agrega,6es incomensuraveis. Se
unificado da natureza nao tinh nada podia pon,m, ser pacificad
universo
faze com os human os,
desuniao das culturas recorrendo
natureza. Se houvesse um questao que parecess regulada era bern
da pluralidad dos mundos habitados. Ora, ne
naturalismo,nem 1"'0
mono-
multiculturalismo podem resumi
situa-
arriscada em que se encontra colocado, daqui po diante,
coletivo Unidad demais de urn lado diversidades demai
do
outro. Essencia indiscutivei demai de urn lado identidades arbitrarias demai do outro. Nao lemos outra s ai d s en a
de
explorar, as apalpadelas, se existe ou nao urn sucessor para este compromisso tradiciona (natureza, culturas), fazend est per gunta aparentemente estranha:
quantas outros coletivo ha
explorap1o des mundos comuns
Capitulo
Cercado de essencia
de identidades,
coletivo morre
ria imediatamente (tornar-se-ia uma sociedade*). Ele deve por tanto, dar-s urn meio ambiente divers daquel de um cultu ra cercad de um natureza,tornando-se sensivel ao grup ain que da na reunid onde jaze todo aquele qu ele exclui poolem apelar para se fazere
presente de novO. Para bern con
sumindo inferioridade nativa desta simple habilidade Procu
diktats da policia epistemol6gica eles ainda \he dbedeciam, ja que definiam polftic com desviada violenta, rando evita limitada,
m ~ q u i a v e l i c a ,
virtuosa,
dicalmente incapa de cede
seu modo talvez mas ai ra
esta viva clarez do conhecimen
to! Jamais por conseguinte, definia-se
politica obtendo
moronar-s sobr si mesma. Para evitar que as assembleias cais
igualdade de tratamento e, sobretudo, de missao co razao Reconhece ur nicho estreitoa Realpolitik, ao lado daCiencia da Naturpolitik, nao significa sempre fuze trabalhar as cfencia politica no mesmoedificio nao sempre falar de politica da rea
sem constantemente
lidade de politica realista, de politic real
duzi
tarefa impossivel de compo
mundo comurn,
demos
havia se acostumad esperar do alt socorr da Ciencia. Por falt de ur apelo ao outro mundo, vid publica parece iades no
arbitrio
contradis:ao
vioU:nci
dispersao fizeram-nos crer que deviamo ap6ia-las, recosta-Ias sobr s6lido contraforte qu nenhuma ma humana poderia macular. Com imagina qu
impossibilidad
acalma
vid publica viveria soment do auxilio oferecid pela ramo medicamento mataria paciente Mudando de exterioridade, coletivo modifica profundamente
tip de transcendencia
cuja sombra filosofi politica sempre aceitouviver Se ha trans cendencia inurneraveis (a multida de propostas qu bate porta), ni
ha mais
t r a n s ~ e n d e n c i a
logorrei da assembleia publicas
unificad capaz de po fim politica na esta mais
ameac;ad pel espada de Damocles: salvac;ao advind da razao. filosofi politica nao paro de procurar tipo de racio nalidad que pode;ia por fim as guerras civis: da Cidade de Deu ao contrato social, do contrato socia ao "doces lac;os do comer cio' da economi
etic da discussao, da moral
tureza, seria necessari
sempreque
defesada na
politica pediss perdao
honroso pela falt de sabedoria pr6pri dc;lS human os ameac;a dos pel disputa Mesmo ql1and pensadores menos obcecados pel transparencia, ou mais sagaze raposa quisesse urn domfni pr6prio ao politico eles sempre
defini
faziam sobreas-
luga
reabilitar
politi a, esta er neutralizada
sempr mais Transfundir Ciencia no coletivo seria elimina mai rapidamente ainda pouc de sangue que \h restava. In
demos nao sofr de falta, ma de excess de Ciencia. Este resultado nao pa rece paradoxa senao para a q u ~ ) e s qu pinta coletivo com as core's sombrias da sociedade, mergulhada na escurida da re presentac;6es. Mas, compreendemos agora, politica nao se as semelh mais ao infern do social do qu as ciencias Ciencia: Some!1te esta Ultitn pode oferecer socorr de sua transcen enci politica na pode reduzir-se unic imanencia. Os
versamente as ameac;as da epistemologia (politica),
Mesmo quando J. G. A. Pocock (1997), Le Moment machiavilien. La pensee politiqueflorentine et la tradition republicaine atlantique, em seu classico monumental trabalho rea'bilita Maquiavel t r a d i ~ a o que ele representa, sempre para melhor, fazendo descender de Arist6teles, aceitando, por via de conseqii!ncia, que habilidade politica fica infmitamente distante da epistemologia. Em nenhum momento ele da mesmo impressao de esta consciente d e q u esta forma particular de epistemologia politica*, de divi sao de trabalho, nao vai por si mesma. Sobre todas estas metaforas do corp politico, ver de Latour (1999b). capitulos
analise do G6rgias, nos
303
expWra¢o MS
Capitulo
moralistas nao se cansam nunc em opor as relac;oes d e r a a a as
rela,6es de for,a,
argumento indiscutivel
rev61ver
ca
be,a, como se tratass da
or
Right contra Might, os antigos principio
de separayiio dospoderes. Na nova Constitui,ao, diferen,a en tr rela,a for, rela,a za cont bern meno qu distin,a entre os inimigos os apelantes, entre etapa atual do coletivo sua retomada no golpe seguinte. Os que foram rejeita do com inirnigo pelo argument qu os condenaa irraciona
de reunir hist6ria de nossos vinculos
:Ii
uma disput entre eli
te para decidir quem torcera mai depressa
pesco,o do demos:
acelerayii fulminante da le natural'ou acelera,ao fulminan te da vioIencia. Para passa abandonaro socorr
nov Constitui,ao,
oferecid por
necessario
dois atalho da
d.
publica, substituira Cienci pela cienciase
sociedade pel tra
baih
na
lent da composi,ao politica.' El do qu
se
combatem
se
confundem
que mostramos longamente:
falarmos "das" ciencias no plural
"da" politica no
se
s i n g u l a ~ ;
justament porque as fun,6es dela diferem, umas permitindo manuten,ao da diversidad dos candidato
lidade definitiva, ou pel anna que mata definitivamente, volta
tra permitindo
toda form persegui ol tiv. na pr6xim etapa. unic diferen,a qu nos import doravant esta que sa .capaze de absorver de rejeitar Voce podem tomar insignifi
as, relin em urn unico coletivo
ra
mundas comuns
existencia
ou
retomada ininterrupta da unidade daquilo que antiga Constitui¢o, par re
sumi-Ia numa frase, fa ia tudo ao contrariofalando da Ciencia dos interesse politicos.
cantes os inimigos,voces pader mesmo recusar definitivamen
politica op6e-se, portanto,'aos atalho da vioIenci exa
te ouvi-Ios voce nao fara mais que adiar momenta de ve-Ios voltar aumentando -os retardattirios do coletivo. Se foi para evi
tamente tanto quanta ao atalho da razao. Distinguindo valore
fuca na gargant que voces inventa tar qu na espusesse ram esse imenso teatro da razao da violencia e n t a ~ se pode se 'gurament proteger voce melhor mais seguramente contra
transcendencia: podia desarraigar-se dos simple de facto pela
arbitrio po uma Constitui,a qu na aceitari nenhum cursa
rnenos-ainda da ramo. "0 que? Voces quereriarn que se colocassem n o m es m
pedesta
violenci
razao, Migh an Right, Knowledge and
no mesmo pedestal que dizer, igualmente estranhas as fun,6es da Republica: ta hip6tese da ecologia politi ca requalificad nest livro. lut da raza da violencia, dis
Power?" Si
puta..de S6crates fil6sofo, Oilicles, sofista, oposi,ao da demonstra,ao da persuasao, pass doi entre realismo re lativisrno tuda iss na nos concern
nao tern mai
objetivo
fatos,
Antigo
egim gozava de
exigencia de urn de jure,
v ~ n t a g e n s
de um
dupla
podia sempre apelar contra as exigen
cias ultrapassada do valore
do direito,
fatos.
se
nova Constitui,ao nao
dura realidad do
benefici dessa transcenden-
Apesar de suas pretens6es, discurso contra poder nao revela p r e s e n ~ a do poder sob as r e l a ~ 6 e s de f o r ~ a : ele partidpa delas (yer Conclusao).0 discurso critico todo pleno de epistemologia (politica), filh adotad em comu por S6crates por CaIicles. Sobre n o ~ a o de poder, Ier, porexemplo, John Law Gordon Fyfe (1988), Picturing Power. VISual Depictions and Social Relations. toda diferenya entre sodologia critica, que utiliza n o ~ a o de poder como sua arma principal, sociologia da crftica, que se interessa pela obsessao clos soci6logos pelo discurso em termos de poder. AIem do trabalho fundamental de Boltanski Thevenot (1991), ver sobre antropologia do gesto critico, Latour (I996a).
305
CapftuwS
explorllfilo
cias. Ela nao pod apelara nada diferente senao it multiplicidade daquilo qu jaz for deJa sem mais unidad do que legitimidade, coloca em perigo porque nao estara mais quite. Privados
que
"Querem verdade, toda
VOCeS,
j u s t i ~ a
cWs
mundos comun
portanto confia toda
moral, toda
na simple passagem de um
versao do
coletivo it versa seguinte Voces abandonariam as certezas pela
do socorro da transcendencia, acreditamos, em primeiro lugar,
tentativa
que vamos nos sufocar po falt de oxigenio; depoispercebemos
minima transcendencia da h e s i t a ~ a o
alt transcendencia do Verdadeiro
do Bern pela
da retomada? Precisaria
que respiramos mais livremente d o q u e antes: as transcendencias
ser louco para privar-se do apelo it razao que permite
multiplicam-se nas propostas exteriore ao coletivo.
damento critico". Nao louco, mas deixaria de se moderno. Isso
Com essa duas camaras explicitamenteconvocadas,
letivo obriga
afrouxar, isto e,. re-representar sempre
e m t e mp o
contratempo,
co
t r a d i ~ a o ,
fato
As
DUAS
direito, el exige dos fatos que se tornem legitimos;' el distingue doravante os amalgamas dos faio das
a s s o c i a ~ 6 e s
de humanos
m en te . 5 6 t h importa n6mica
dos direitos mal-formados
de nao-humanos obtidos formal
questiio cientifica politica, moral eco
administrativa: essa proposta sa bern ou mal articu
ladas? Formam elas urn born ou mali mundo c om um ? N a o mais necessario existir na camara alta, para existir na camara bai xa. Nao
mai suficiente ter sido rejeitado pel camara baixa,
para nao mais existi na camara alta.
Na condirao de que elas tra
balham em circuitos, as duas assembleias duzir, nu
po resultado pro
dado momento reuni6es provis6rias,
chamar de "estados de fato de direito", de facto de
fomos.
de novo,
dores da composi<;iio progressiva
do c0S1!'0. Em ve de distinguir como exigia
calh bern n6s nunca
que se pode
jure.
FLECHAS
Desde
"modernismo"
c o m e ~ o
DO
T ~ M P O
desta obra, opusemos as express6es de
"ecologia politica",
ponto de podermos resu
pergunta de Hamlet "To modemise or to ecologise? That's the question" ("Modernizar ou ecoutili-: logizar? Eis questiio"). Dar ao adjetivo "moderno", que
mi nosso percurso parodiando
za habitualmente
pensar, urn significado sena pejorativo;
pelo menos suspeito, diamos explica
leitor. N a o p o
n6s mesmos, antes, porque sua defini<;ii de
p en di a d a e st r an h cienda
que pode surpreender c o n c e p ~ a o
f az e
que
da politica. Acontece que
d i r e ~ a o
"a flecha do tempo" decorre da r e l a ~ a o entre
dade. Os modernos "vao
o s m o de r no s d a do qu
chamada
Cienda
socie
frente': dizem eles Mas com que si
nal reconhece se eles progridem, recuam ou fica que nil.o,tem nad que ver, claro, co l e g i t i m a ~ i l . o dos fatos estabeleci cara sociologia aitica, que acredita muito em dos as r e l a ~ o e s de f o r ~ a fazer avanl?r as coisas, retomandJ. discurso das qualidades primeiras das qualidades segundas: v i o l ~ n c i a se torna poder de explica/yao causal invisivel aos atores, enquanto illusio cobre com seu casaco de significa/yoes arbitniIias nudez das rela/Yoes de for/ya. naturaliza/Yil.o* se estende nova mente, mas desta ve pelo lado "corte" da sociedade* nil.o mais pelo lado jjardim" da natureza.
306
desven
parados?
necessario que alguma referenda !hes permita diferenciar turo radiante do passado obscuro. Ora,
as
fu
reiaroes cltissicas do
Eu resume nesta se/yao Latour (1991, 1999b) Sobr todos estes mecanismos de passagem paradoxais da hist6ria, ver, cIaro, livro inigualavel de C h a r ~ les Peguy (1961), "Clio Dialogue de l'histoire et de l'a-me parenne':
307
explor&lfiio dosmundos
Capitulo
wmuns
rior do social ur mundo comum indiscutivel que !h servia de
objeto do sujeito que eles va pedir emprestado,este sina qu va !he servir de guia passado misturava que futuro deve ni distinguir. No passado, nossos ancestrai confundiam os fato com os valores, e s s ~ n c i a da coisas com as r e p r e s e n t a ~ a e s que tinham,a dura realidade objetiva com os fantasmas que projeta
caismos
yam sobr ela, as qualidade primeira
portauto em encher coletivo de fatos indiscutiveis, as qualida
modemos acreditam,
d i s t i n ~ a o
segundas. Amanha, os
u m C i ~ n c i a enfi extirpad do mundo social nao movimento determinavel nenhum progresso nenhuma flecha ,d tempo, e, portanto nao e s p e r , a n ~ a de s a l v a ~ a o .
e s p e r a n ~
Compreende-seque ele coloca uma energi desesperada para defender mito da Cavern qu v ~ e m , na confusao da c i ~ n cias com politica crime imperdoavel qu privari hist6ria de todo futuro. Se C i ~ n c i a na pude sairdo infern do o enta na
mais e
m a n c i p a ~ a o
possivel- liberdade nao
sfu o, oq ar em toda essamaquinari temporal,esta f.\brica de tem po, este rel6gio, este ponteiro que ecologia politic deve atacar com todo conhecimento de causa. Ela deve modificar meca nism que geraa d i f e r e n ~ a entre passad futuro, suspen der tique-taque que ritmava temporalidad dos modernos. qu na se podia conseguir no c o m e ~ o deste livro sem dimi nuir
senso comum, nao oferece agora nenhuma dificuldade. E,
ur jogo p e ~ s soltas para remontar... Sobr qu maquinaria repousava, com efeito
r e p r e s e n t a ~ a e s ,
para f
a z ~ - l o s
u l u 1 a ~ a o
de opiniaes proje
fantasmas, que se baniam do mund
ea
expirar numa vasta descarga cemiterio cheio de ar
de irracionalidades. "Avan
primeiras,
em eliminar do mundo real as qualidades se-
gundas para confirma-las_n foro interior, no passado, em todo caso na insignificancia
no
inessencial. Essa imens bomba as
pirante expirant (aspirando os fato hldiscutivei as opini6es discutiveis), n6s transformada
em
reconhecemos:
expirand natureza
nossa inimiga politica.
maquin de produzir "os' tempo modernos" repous sobre
uma
naturaliza'ra sempre maior, isto e, n6s
demons
tramo bastante sobr uma ug sempre mais rapida do pro cessos legitimo pelo quais se deve
institui
e s s ~ n c i a s * .
Urn bombardeamento de objetos; vindos de nenhum luga
nao feitos por maos de homens repelem as representa'r0es sem
pre mai longe, no arcaismo. Extraordinaria a zar
planet
m b i ~ a o :
ponto de faze desaparece todo t
r a ~ o
moderni de irracio
nalidade, s.ubstituid pel intocavel razao. Curiosamente, his t6ria moderna termina por reunir no (muito maul film
Arma-
gedom: ur b6lido objetivo cornet vindo dos confin da gala xia, logo colocara fi erra
todas as querelas humanas, vitrificando'
qu el espera com
s a l v a ~ a o ,
como
l i b e r t a ~ a o
final,
d i s t i n ~ a o
prometida e s p ~ r a d do fa os do valore N6 sabemos agora: sobr de dois tipo exterioridades uma p r o d u ~ a o utilizad com reserv outracomo descarga frente de mo d e r n i z a ~ o
~ a e s ,
se tornara mais viva podere
mos mais claramente arranca os fato estabelecido da pr6pria gang de desejo fantasia humanas. Para os modernos, se
ci
reservat6rio, para substitui-lo pela p
avan'Yava inexoravelmente, indo procurar,
no
exte-
Recordo que esta express,ao "inimigo politico" nao tern mais sentido de sub-homem, d.e "vfbora lasciva" ou outr nome de passaro, masque se t r a ~ ta, daqui em diante, de urn termo de respeito aquel que poe em perigo coletivo pode tornar-s amanha aliado, nao compromete de forma algu rna moral, qual "repesca" os excluidos.
309
explorafao dos mundos C{}muns
Capitul
urn apoca!ipse de objetividades caindo em c hu v d e f og o s o
coletivo.
bre
futuro radiante, os modernos imaginam-no
e!imina<;a definitiva d o h u m a n
como
fog platonico, vindo do ce
do nao-humano!
das Ideias ilumina, enfim,
Ca
mo'Vimento da natureza Decididamente, nao;
fundid com
ecologia politic nao pod mai faze funcionar
rel6gio dos
modernos tao revolucionarios como se pretende
esse ulti
mos, ja que elaescolheu nao mais construir sua vida publica em
vern obscuraque desaparec sob seu bri!ho. Estranho mito de
torno da distin<;ao dos fato
urn fina da hist6ria cataclismica para urn regime politico que
de cavar um diferen<;a realmente duravel, irreversivel, progres
pretende dar !i<;oes d e r az a
sista, entre
de moralidade aos pobrespoliti
Deve
cos ignaros.. ecologia politica, quanto
va, ne
descarga
ela, nao conhece nem reser
bomba aspirante
expirante, el encontra
ontem
dos valores unico caminho capaz
amanha.
ecologia politica, para tanto, renunciar
!har na hist6ria? Dev
abandonar
futuro? Existe aind para ela
mergu
movimento em dire<;ao ao
flecha do tempo? Por falt de se
encravada entupida, bern enferrujada. Consequentemente, nao
moderna, deve el resignar-s ao marca-passo do p6s-moder
pode mais acionar
nos, ou, pior ainda, devera aceita
tre
diferen<;a entre
indiscutivel "fato" da natureza
ecologia politic na
racionale
irracional, en
arcaic "representaerao":
podeni, portanto jamai afasta pouco
curso do tempo, ao longo de um linha irreversive que
pouco
iri de urn passad misturado
urn futuro clarificado.A ecolo
gi te6rica, que inicialmente r e to m o d o m o de r no s s u cep<;ao da natureza
do tempo,
qua seachavaligada ai
con ex
perimenta seguramente. El de inicio acreditou que introduzin
do
cuidado da natureza em politica, iriamos, enfim, da cabo
dos d ~ s p e r d i c i o s , da explora<;ao, da irracionalidade dos huma
nos So
manto de um
mudan<;a revoluciomiria, nao se trata
va mais, todavia de acelerar os tempos modernos:
tava suas leis
naturez di-
hist6ria mais imperiosamente ainda do que
passado. Mais ainda
historicidade mesma desaparecia, con-
recuando no caminho do
progresso,o r6tulo de "reacionaria" Certamente nao, poisse ela nao conhec
reserv nem
descarga do Antigo R ~ m e ,
possui
outras transcendencias: uma exterioridade construida segundo
urn procedimento ber formado, que produz excluidos provis6 rios postulantes. Portanto el feren<;a entre
passado
b er n c a pa z d e m o nt a r u m a di
futuro, mas esta diferen<;a ela'a ob
tern pela abertura entre dua iteraroes sucessivas antiga distin<;a dos fato
nao mais pel
dos valores: "Ontem, poderia dizer,
nao levamos em conta senao algumas propostas amanh toma
remos outras e, se tudo correr bern mais ontem, davamos muita importancia
entidades cuj peso amanha ira diminuir; no
passado, nao podiamos compor urn mundo comum senao COIn
algu!,s elementos; no futuro, poderemos absorver
choque de
urn numero maiorde sere at aqui incomensunivel; ontem nao Poderiamos interrogar-nos sobre ligas:ao entre os crimes os cataclismos deste secul fulalment terminado, sobre esta conceps:ao suicida apoca liptica. No fuO.do. modernos desejam sempre seu pr6pri desapareci natureza mento, desaparecimento d e s e pr6prio oikas, sempre. ao que ele querem. eles. (Ver sabre este assunto capitulo VI de Jonas, 50bre utopia, 1990).
podiamos formar u r c os m
aliens que ninguem ninguem podia integrar
encontravamo-nos rodeados de
f or ma d
an
ue
antig descarga amanha, formare
mos urn cosmo urn 'POllCO menos disforme"
311
Capitulo
Mudamo de futuro
mesm tempo em qlle mudamos
de exterior,e este exteriorn6s ~ 6 e s
si
explorQfiW dos mundos comuns
modificamos porque as institui
politicas inscritas na Constitui¢o sofreram reviravoIta. Ascomo os modernos passavam sempre do confus ao claro,
do misto ao simples, do arcaic ao objetivo
que subiam por
tanto,a escada do progresso, n6svamo progredirtambem, ma
da decadencia: outro mais misto, do complicado ao
ecologia politic nao se contenta em p6r fim dos modernos, ela suprim
do-Ihe retrospectivament se destino.
hist6ria
mais estranha aberra'rao, oferecen
uma outra
e x p l i c a ~ a o
diferente de
fato os modemo tern obsessao pelo tempo,
nunea tiveram sorte com ele porque tinham necessidade, para fuzer
funcionar su vast maquinaria, de coloca
mundo do
descendo sempre por um caminh qu na
fato indiscutivei for da hist6ria. Nunc encontraram
iremos sempre do mist
po
mais complicado, do explicad ao implicado. Nao esperamos mals do futuro qu no emancipe do vinculos ma qu no
Ii-
meio,
exemplo, de institui um hist6ria da ciencias qu n o d ig n
c r e n ~ a :
deviam contentar-se, so
nome, com uma hist6ria do humanos descobrindo
fosse
este
indiscuti
gue,pelocontnirio,com osn6s mais apertadosa multid6esmai
vel
numerOsas de aliens que
dos por ur dilema qu el rejeitaram do exterior com tod resto, mas qu terminou, como tod resto, por s u r p r e e n d ~ - l o s
coletivo em vias de
se
tornaram membros 'integrantes do
f o r m a ~ a o .
''Arnanhii, proclamavam os mo
intemporal natureza. Os modernos eram, portanto, torna:
que chamariamos de nao-modernos n6s estaremos mais reali
ia deantema co e s p e r a ~ ~ a delevarem cont cada vez me no propostas,quando haviam colocado em movimento, no de
zados" Mark Twai afirmava nao have nad mais cert do qu
correr de alguns seculos, mai formidave maquina de a
dernos, serernos rnais independentes". "Amanha, rnurrnuram us
morte
impostos
certeza: amanha
precis -acrescentar doravant outra
coletiv ser mai complicado que hoje. Ser
necessario com efeito nos envolvermos mai intimament ain manos
nao-humanos, eujas
e x i g ~ n c i a s
tretanto tornarmo-nos capaze de nos abrigar numa casa co mum. Na esperamo mais nenhum chuv
fogo qu viri
colocar-nos, todos, de acordo matando-nos objetividade Noss hist6ria nao tern fim. poueo
do modernos qu
todos fi
f o r ~ a
de
da hist6ria
pressup6e. Porque ao tornar-s
poueo urn cosmo, nao tern tim; nao ha, portanto, para
ecologia politic nenhum Apocalipse temer: el volta casa, ao oikos, aos sere ordinarios,
312
e x i s t ~ n e i a
naum qu
na ce sava
de mobiliza ou d e d e t r i r n o
mesm momento em qu afirmava
querer simplificar, depu-
serao ainda mai ineo
mensuraveis do que as do passado, que nos ser necessario, en
£lecha
c i
l c a n ~ a r
maior numero possivel de entidade culturas, n a ~ 6 e s , fatos, ~ n c i a s , pessoas, artes, animais, industrias -, urn imenso Cafar-
banal.
Esta ai sentido do passado composto na expressao "n6snunca fomo mo demos". Nao se trata de uma ilusao mais,mas de uma i n t e r p r e t a ~ a o ativa da hist6ria do Oeste, cuj efeito performativo fo formidavel masque perde POllCO pouco sua efi.cacia obriga, entao, uma r e i n t e r p r e t a ~ a o do passado fen6meno, sua vez, muito banal. No momento mesm e m q u Descartes, sozinho em se quart aquecido, enuncia seu "ego cogito", percebemos agora, comunidade deritifica finalmente se oea trabalhar em conjunto. que moderno? cogito solitario?"'O trabalh em comum dos operadores da prova? Ou estranha r e l a ~ a o entre i n v e n ~ a o do cogito, no mesmo instante em que se inventa comunidade cientifica? descoberta retrospectiva, pel nova hist6ria das c i ~ n c i a s , de inumeraveis l i g a ~ 6 e s entre as c i ~ n c i a s vida publica, entre estas l i g a ~ o e s sua denegafao, oferece prova mais espetacular d e q u n6s nunca fomos modemos.
",
il
explor&lfito
Capftulo
rar naturalizar, excluir. Eles se d e s e m b a r a ~ a v a m mundo, no mesma instante em que carregavam
mundo, tal
no 'seus largos ombros; pretendiarn externalizar
como
tudo ao mesm temp em qu intemalizava
Terr inteira.
Imperialistas, afirmavam nilo depende de ninguem; em divida com
universo inteiro, achavam-s quites com toda l
plicados em tudo, impregnados de tudo, queria
i g a ~ a o ;
im
lava as miles
,Quando, iguais
coextensivo da
Deus, as modernos se tarnam, enfim
este
C r i a ~ i l o
momenta que e!es escolheram
par cai no mais complet isolacionism
cia hist6ria Ni
de admirar que
no mesma m om e nt o e m que se
nava esmagado sob
de se crerem saidos
rel6gi dele tenha parado bicameralismo* se desmoro-
peso de todo os que eles tinhar recruta
mundos c:omuns
ecologia politica faz melhor do qu leva adiant su cessao do modernismo, ela desinventa. Ve, retrospectivamente nest moviment contradit6ri m o d e r n i z a ~ i l o ,
a v a n ~ a n d o
de uma frente de
inexoravelment desd as trevas do
arcaismo ate as clarezas da objetividad guramente, do qu
desligament
l i g a ~ i l o
uma hist6ria bern mais interessante do qu
muito mais rica se-
antinarrativ do antimoderno qu re
leem esta hist6ria segund
de toda responsabilidade
riDs
declive, igualmente inexonivel, de
uma decadencia qu no teti distanciado, sempre mais de
uma matrizfeliz por no ter l
a n ~ a d o
na frieza de ur mundo ge-
lado pelo caIculo. Os modernos faze que dizem:
isto que os salva!
uma assembleia Ne seja
resultado
sempr
contnirio do
Nenhum coisa' qu
ur unico dos fato indiseutivei que nile
uma discussil meticulosa no
c o r a ~ i l o
mes
lhes ur mundo comum*. Na podemos, ao mesmo tempo mis-
nilo, arraste atni de si ur lang lequ de conseqiiencias inesperada qu
turarmo-no ao mundo deita-Io fora guarda-l
venham apressa
coletivo obrigando-o
rn unica i
qu nile redesenhe de fio
do pretendendo nile leva-los em
Se fosse precis tirar uma justamente
l i ~ i l o
c o n s i d e r a ~ i l o '
nem oferecerou
despeja-Io.
do mit de Frankenstein, seri
contrario daque! de Victor
autor infe!i dess
mo do
N en hu m
n o v a ~ i l o
bj
r is co '
po tica*, obrigand cada rn
se retomar. Nenhu
recompor
pavi
cosmo
vida publica.
monstr celeberrimo. No momenta em qu assume culpa cho
modernos, em sua curt hist6ria, Dunea souberam distinguir os
rando lagrima de crocodilo por ter feit
fato
feiticeir
torte
pape de aprendiz de
direito, el dissimuIa, sob este peca$io venial, fu-
os valores, as coisas as assembleias Nenhuma vez con
seguiram
tomar
insignificante
exclui seriament
irreal
sem processo.
qu acreditaram pode
consideraram irrever-
gid do laborat6rio, abandonando-aa si mesma, so pretext de
sive se
que, como todas as inovac;:6es, ela nascera monstruosa
manece atni deles, ao redor deles, diant deles, neles, como cre
guem se pode passar por Deus !ho unico par tentar reeuperar duzido
su
C r i a ~ i l o
deixar
Nin-
enviar depois se fi-
grande·trabalho til mal con
decaida...
dores qu batem
reinterpretayao do mito sua ilustras;ao ver Latou (1992).
porta, exigind apena que se retome sobre
base novas explicitamente,
traba!ho de exclusil
No mesmo momenta em que lastimam vive ferent
Sabre
consegui nad par irreversibilizar Tudo isso per
sua ansiedade, habita
num
inclusilo.
mundo indi
sempre esta Republica onde
muito ordinariamente nasceram.
315
explorClfilo
Capitulo
ecologia politica portanto, niio condena moderna, nao
anula, nao
revoluciona ela
experiencia
cerca,
envolve,
Mbitos*.
ecologia politica niio va beber na mesm hist6ria
qu
bondade compadecida, elareconhece que niio houve talve con
que seria loucura confiar
o n d i ~ o e s ,
passa
es
ponja Apesardo assombros fard de culpabilidad que gostam de carregar sobre- si mesmos, os modernos nao cometeram
am-
mundoscomuns
queria dizer, rearticulando as propostas, oferecendo-!he outros
ultrapassa encaix num procedimento qu !h enfim, sentido. Digamos as coisas em termos morais e1a perdoa Com d i ¢ o d e faze melhor aceita so certas c
das
do progress moderno.
essa nova temporalidade qu
JO
multiplic os aliado potenciais, poderemos confia tesouro historicidad antiga. Outrora, devia
se desconfiar sempre da hist6ria, um
vez que as coisa impor
tantes (mund
primeiras)
comum,
id
scap va
temporalidade. Se havi uma hist6ria humana chei de ruidos
pecado mortal de Victor Frankenstein. Eles cometeriam
furor, desenvolvia-se sempre por contraste. com umOa nao-hist6
urn, todavia, se remetessem para mais tarde esta reinterpreta¢o
ria silenciosa chei de promessas de paz, qu tardavam sempre
da
de sua experiencia, que !he oferec
ecologia politica, se;-ven
manifestar-se por causa da infinita distancia que as separavam
do-s cercados p o u m ta multidii aliens, eles se a p ~ o x i massem prolongand ainda maneira moqernista de se crerem
deste baixo mundo.
contemporaneos do mundo se cresse
sado do futuro niio mais pelo desligamento ma pela religa¢o,
rodead de um natureza; modernizar planet f o r ~ ou
vive numa sociedad
imaginassem enfim, capaze de a
de objetividade. Ate aqui ingenuos
mesma inocentes eles se arriscaria
ser surpreendidos
pel proverbio: perseverare diabolicum est.
partir do moment em qu se aceita diferenciar ecologia politica poe-se
si,ao.
d i r e ~ i i o
r e l i g a ~ i i o .
primeira pri
va-nos pouc pouc de tod ingredient par construi nosSO coletivo, ja que as essencia fundadas na natureza siio cada ve mai indiscutiveis
as identidades fundadas sobre
cada vez meno dlscutiveis. verso, multiplica pouc
arbitrio
segund flecha do tempo, ao in
pouc
qu
i gn or a n o t em p t, el niio pod pretender que
trapassadas, mas somente de excluidosprovis6rios caminho da
primeira, modernista vai em dire<;:ao ao desligamento
segunda, niio moderna, em
outra formas de histori
precederam, el pod confiar as questoe que niio
se trat de coisas inexistentes, irracionais'e completamente ul
Em noss aljava niio temo s6 um flecha do tempo, mas duas:
aproveitar diferentemente da passa
gem do tempo. De modo contrario cidade que
pas
pode resolver hoje, na retomada, amapha, do processo de compo-,
TRAJET6RIA DE APRENDIZAGEM
as lranscendencias as quais
coletivo pod apelar para retomar em tempo, segund
que
c·
chamada, os quais encontrara de toda forma na estrad em
1,
vist qu niio estar mais quite com eles. Em outras palavras,ela ii us mais nenhum do tres r6tulosque
modernos sempre
usaram at aqui par qualificar se desenvolvimento: contra
arcaismo, frente de m
o d e r n i z a ~ i i o ,
luta
utopia de ur fu
fala aqui da historicidade de grau dais, que integra, como
fizemos
aqui, prodw;:ao do conhecimento, nilo historicidade de grau urn, que, no fundo, nao senilo quadr mais animado dos fen6menos da natureza, de LATOUR, 1999). previamente fixados (ver c a p i ~ u l o s
317
:1
II,
Capitulo
A: explorafiW des mundos comun
uma
triagem meticulosa
recome<;ar."
irreversibilidade
turo radioso El propoe consagrar-s dos mundos possiveis, sempre mudou de
turo
d i r e ~ a o :
nao esta mais n o m u nd o abolido mas no fu
retomar.
assi
<>
nome de experiencia*) para
movimento peio qua ur coletivo qualquer pass
de ur estado passad espera
s a l v a ~ a
s f o r ~ o u - s e
at aqui por imitar
da raziio: po qu na tentaria el
imita urn pouco as ciencias*, tcrmando-lhes emprestada expe rimenta.yao) sem contestar sua maior inven.yao?
etimologia atesta qu de um prov
l i ~ a o
para preparar
experiencia boa na
om efeito
experiencia consiste em "passar atraves"
em "sair de" para tirar delas as li.yoes. 12 Oferece,
portanto, urn iri'termedio entre
saber
nao peio conhecimento deque dispoe no
ignorancia Define-se, c o m e ~ o ,
maspelaqua
lidade da trajet6ria de aprendizagem*, qu permitiu passar por intermedio de um prov
de fica sabend ur pouc mais
experiencia todo pesquisador digno dest nome sabebern Beil) incerta, arriseada,
na permit nunc rec::orrer
di
testemu
nhas confiaveis* emqualquer tipo de cataIogo. Ela pode errar dificil de Se reproduzir; depend do instrumentos. Um expe
experiencia seguinte Um
qu oferec ur sabe definitivo ma
caminho de provas peio qual
necessario passar de maneir qu cumpra em vao.
ur estado futuro do born sens
ao sens comum. Avida publica e Cienci
tir nenhum
aqueia qu falha, ma aquela da qua nao se
qu permite redesenhar
Conservemos das ciencias qualificar
riencia ruim-
Par empregar cientemente as
i t e r a ~ a o
de
n o ~ o e s
seguinte nao se e x p e r i m e n t a ~ a o
de trajet6ria de aprendizagem e-no; necessario se tira-las dos laborat6rios partilha-la com
duvida,
grupo do que, hu
manos nao-humanos) se encontra engajados. Ate aqui) no regim modernista, experimentava-se) mas somente entre cien tistas todos os outros, freqiientemente, malgrado eles mesmos tomavam-se participante de ur empreendimento qu nao ti nham""lS meio de julgar. Diremos,entao, que
coletivo no seu
todo que se defin daqui por diante, com uma e x p e r i m e n t a ~ a o coletiva. E x p e r i m e n t a ~ a o de que? Do vinculo do desvincu lo qu th permitirao
ur dado momento, encontrar
can
didatos
existenci comum, decidir se podem situar-s no in terior do coletivo ou se devem) com urn processo bern formado, tomar-se inimigos provis6rios fara ea
si
conjunto do colelivo que
pergunta parasabe se pode coabita co
p r e ~ o ;
ta ou qual
quem invesligara sobre as provas permitindo-lhe
decidir se teve ou nao raziio de operar esta a d i ~ a o ou subtra¢o. 11
a c u s a ~ o de historicismo s6 pareceu condeh3.v el no Antigo Regime, em contraste com as certezas evidentes que sempr poderiamos opor ao mu do da Caverna. Nao se trata mais, aqui, de tudo confiar Simples contin g!ncia, m a d e modificar sentido desta palavra por instituiyCies adequa das. " c o n t i n g ~ n c i a " se torna resultado de uma d i s t r i b u i ~ o politica, bre que pode ser ou nao ser, que dev se o.a-na ser.
entre e x p e r i ~ n c i a do born senso experirnenta cientifica (rieste ponto, ver LICOPPE, 1996), pois sens comum", te v ad o c ad a v e mat's as guerras de c ~ n c i a s , tern necessidade, d aq u i e m diante, d,a e x p e r i m e n t a ~ a o , como tambem da e x p e r i ~ n c i a Vet bela c i t a ~ o de Beck nota 16 do capitulo 3.
12 Eu nao retorno
318
d i s t i n ~ a o
As d e l i b e r a ~ o e s
do coletivo na deve
mais se suspensa ou
abreviada por ur conhecimento definitivo ja qu
natureza
nao da mais direit que seja contrario ao exercicio' da vida pu blica.
coletivo nao pretende saber, ma deve experimenta de
maneiraque poss aprenderna prova. Todasua capacidad nor mativa depende, doravante, da
d i f e r e n ~ a
qu podera registrar
entre to t+ 1, confiando sua sorte pequenatranscendencia da reaJidades exleriores.
explor&lfiio dos mundcs comuns
Capltulc
Oir-se-a que se trat de um normabern se pode confia tod
q u a l i f i c a ~
igil
da hist6ri
qu na
uma diferens:a
" a n t r o p o c ~ n t r i c o s "
um ordem das coisas, uma hierarqui natu-
ral que classificasse as entidades po ordem de importlmcia des m ai or -
tao fraca, urn simple delta de aprendizagem Ma em relas:ao
raMa
m en or -
humano aque
que padrao se julgariaa fragilidade dest norma? Se for pelo con
cido at fica branco pelo se ubris. Podemos pelo contrario, ti
traste com
rar vantagem da descoberta fundamental do movimento eco16-
saber definitivo,fornecido pelo conhecimento obje
tivo da natureza da coisas por si, parecer muito pequena
simple experiencia coletiva
que S6crates repetia insistentemen
gico ningue
sabe
faz ser.
importancia relativa
necessari compor
em verdadeira grandeza, em temp real se
mundo cOJIlum
conhecimento da
causase das consequencias, no meio da agora,e comtodosos que ao partes
sere
retomadas.
vida publica, ja
mos, na pode desdobrar-se sena t od a a m e a ~ a de salvas:ao, toda e nante. Comparad
na c o n d i ~ a o
s p e r a n ~ a
clarez cega do
demonstra
au
que compoem,
da Ideias
os:a de
humano desligad do que direit de decidir
hierarquia respectiva da entidades
urn dad momento,
mundo comum Ma
qu ninguem sa e, todo podem experimentar so
c o n d i ~ a o
de aceitar passar pelo caminho da provas respeitando os pro cessos que evita
de retirar-the
de simplificas:a fulmi
que seja
Nenhum poder toma da natureza
te na agora de Atenas N6 nos demos conta de qu este padrao tao uti quanto pudess ser, jamais poderi tornar'se comensura v e a s tarefa do coletivo.
qu pode ur meio ambiente ningue
pode de antemao, definir
justamente os atalhos.
Pela mesm razao, podemo falar, outra se
de moral,
ficarmos paralisado pela questa do fundamentos. Em
nome de qu seria necessario preferir, no Mercantour,
lobo as
experienciaobtida parece talve obscura mas comparadaa escu
velh s? Em nom de qu principi seri necessario proibi
'ridao total qu reina no infern da Caverna, curva da aprendi
ovelha Dolly de se fotocopia emmilhares de clones Que deve
zage
oferec uma cert luminosidade,a unicade que dispunha
no obrig
mos,
unic de qu temos necessidad para andar as apalpade
i r r i g a ~ 6 e s
las, as,cegas em companhiade deficientes visuais Torna-s mai faci qualificar aceitarmos julga-la na medida da e
vacilar entre
dinilmica do coletivo se
x p e r i m e n t a ~ a o
reserva,
coletiva antes
agua de Orome ao
de milho, subvencionada.s
p ~ l a
eixe em luga da
Europa? Nao podemos
direit irrefragave do humanos
ou nao por suas
g e r a ~ 6 e
f ut ur a
prolongados
direito indiscutive de as
"coisa mesmas gozarem da existencia
questa provem do
que aquela, em principio methor mas na pratic inaplicavel, do Antigo Regime. N6neencontramos primeiramente
questa pr6pria da
ecologia superficial ou profunda, cientific ou politica erudita ou popular, que esta na origem dest livro. Como
muitas vezes, nao temo mais elos que regularia as r e l a ~ 6 e s
assinalamos
definir, de um ve po todas, os do humano da coisas Nao
temo mais que substitui pelo elospretensament "politicos"
320
13 Lovelock, inventor da hip6tese Gaia, evita, alias fazer disso uma totalidade ji constituida. Seus livros desenvolvem composi'Y3o progressiva das ligar;6es entre disciplinas dentificas, encarregadas cada wna d e u r canUo do
planeta, descobrindo ponco pouco com surpresa, que eles podem se definir entr si (WVELOCK, James. TheAges of Gaia. Biography of our Living Earth. New York: Bentam Books, 1988; WVELOCK, J. E. Gaia New Look at Life on Earth. Oxford: Oxford University Press, 1979). Enfatizando, podemos dizer que Gaia de Lovelock todo oposto da natureza, que ela se parece mais com urn Parlamento das disdplinas.
321
Cap£tullJ5 'A
fato de saber se temos ou na reunido, nas nossas tramas,
talidade destes sere
ovelhas, camponeses lobos, trutas, sub
meandros. Se fo sim
v e n ~ 6 e s
compatibilidade.de todas essa outra prova, com
um
preciso experimentar
e n t a ~
descobrindo, po
p r o p o s i ~ 6 e s
grup va resistir se for rejeitad um
unic de seus membros, do exterior do Mercantour se
qu
um produtorde milh se
qu seria, por exemplo, um peix se
qu
mercad garantido Se nos faltam
pelo contrario, entidades, entao precisamo decoleta.
to
o·trabalbo
c o m e ~ a r
mora mudou de dire5ao: el nao obrigaa definir os
fundamentos, mas
retomar
pidamente possivel, it i
t e r a ~ a o
ta atra de n6s, debaix
composierao, passando
mais ra
paralisou ecologia te6rica freada bruscameme co
passand do modernismo para ecologiapolitica, se pass do di reit imprescritivel de ignora
maio nlimer de sere
sidade de nao excluir nenhum. v i d a d e ~
ecossistem global
complexidade
ape excluir definiti-
tas, tudo se resolve. Comparado dencia" da e x p e r i m e n t a ~ a o
mais rapidamente possivel,
magnifico cada cole conta,
de um estad
par um estad
aprendizagem deveras, ai
compreendido em nome de principios morais inatingiveis que humano, uma ve por todas
fora de procedimen
deve tornar-se experimental.
it e x p e r i m e n t a ~ a o
cuidado de encontrar se
caminho,fazendo da moral um caminh de provas,
coletivo sai
igualmente de uma dificuldade qu poderia paralisa-Io, com
distinyijes entre procedimentos morais, substanciais conseqiiendai 6earn menos unportantes se consideramos coletivo em sua dinamica expe rimental. Para ver isto mai de perto, as diferente escolas de filoso6a moral opoern-se menos quando designam urn ou outr dos segmentos sucessivos desta curva de aprendizagem, esforyandowse por qualificar sua virtude.
1, qu leve em com
maior
numero de sere ou que, pelo menos, nao se pere no caminho
d e f i m ~ a o , todos os coletivos, com
322
esse fi
na promet leva tud
pecado n a su s pe n sa o d a curv
As
de um pensa
t1vo parec acanhado, ignaro fechado Ora, "pequenatranscen
ordem nem,. p ~ r t
14
c r i a ~ o
mento ecol6gico,persuadidode que, com razao, no fina da COn-
vamente. Tod experienci produz excluidos que ser necessario, outro, pagar. Na estaremos nunc quites. H a v e r i ~
Confiando
"tota conecti
laem perig no golpe seguinte. Nao se thepede,portanto, avaliar de uma s6 feit pluriverso ma assegurar que el proceda bem
dos excluidos que moral nenhuma autoriza
humanismo tambe
neces
catolicidade que quer tudo abar
qu parece acompanhar sempre
car,
it
n6s, po cima de n6s, ma adiante:
tadode alertapara registrar
to."
m e d i a ~ o
mas excluir, assegurando-se de que os excluido poderao coloca
coletivo em es
definiriam
se
obrigaerao de "levar tudo em conta". Parece, com efeito que
seguinte.Os fundamentos nao es
cabe ao nosso futur conquista-los, colocand 10
explorOfilo des mundoscomuns
belezaque greg associa it palavra cosmo nao defi totalidade, ma curva de aprendizagem Por
a n t o ,
criatura de Frankenstein
nascem disformes; todos parecem, ao olhos dos outrf's, b a r b a ~ ros: 56 tra,ado da experiencia lhes da uma forma civiL totali dad provis6riae composw da regras nao se confunde it toacom totalidade obtida em camara ou em laborat6rio, sob natureza totalizante"
n o ~ e de
"infinitamente complexa': Gaia nao
Terr Mae, ancestral divina da qual descenderia nosso coletivo ma na melhor hip6tese nossa longinqua sobrinh bisneta qu s6 um coletiv civilizado podem gerar formalmente. Comparando os estado relativo do m e ~ n i o coletivo doi momentos sucessivos, chega-s entao qualificar sua virtude se
recorrer entretanto nem ao saber definido, nem
cendenci moral,
se
querer a ~ a m b a r c a r tudo
it trans
um golpe.'
explora¢D dos mundos comuns
Capitulo
Co
n oy oy a de trajet6ria de aprendizagem, aprendizagem, resolv resolve-s e-se, e, dito de
outra forma,
um problema de escala escala
borat6rio, trabalhar s o br br e u r n m od od e !
pre, um ve obtido, coleta
possiv possive! e! sempre, no la
Se
r ed ed uz uz id id o
p re re ci ci s s e m
coletivo em real g r a n ~ e z a , se
po
der esperar, sem poder repetir, sem poder reduzlr, sem poder conhecimento das c au au sa sa s
acumular
d a c on on se se qi qi ie ie nc nc la la s d e
possive! do coleti coletivo, vo, po isso nossas ayo- e s " Na-o h" reduciio possive! que nada substitui experiencia experiencia que sedev efetuar efetuar sempre s:
certezas. Ora,
experime experimentay ntayao ao coletiva coletiva tra
termediario entre
m of of llee ! r ed ed uz uz iid do
desdobrar n o t em em p o
urn cammho
e sscc al al a u rn rn ,
passag passagem em d e u r
urn mecanisme novO se mant manten enha ha apto apto 't ante as resposta resposta sucess sucessiva iva dadas
chama-Ie. poder de de ordenamento*. Poder-se-ia chama-Ie.
r a ~ a o * vernar,
sefosse sefosse aceito aceito designar designar com esta expressao expressao
ae st st rrii a toda m ae da razao ou
a r t d e g ov ov er er na na r n a o
go-
abandono de
a r bi bi t ra ra ge ge m n ec ec es es sa sa ri ri a
necess necessario ario arbitrio da soberania, ma aquilo aquilo
que
see obrigadoreco obrigadorecorre rrer, r, quando beneficiad po nenhiim quando nao se beneficiad atalho. Quando indo de um
se compoe
prova
paulatinamente
mundo comum,
invisive de um outra pe!o caminho invisive
rosa'trajet6ria rosa'trajet6ria de aprendizag aprendizagem, em, ha
dolo
necess necessidad idad dest terceiro terceiro
cada ms
Aceitamoster Aceitamoster governante governante quando reduzido pos quando nao ha modelo reduzido sive!, sive!, quando sej necessario, necessario, no entanto,reduz entanto,reduzir ir toda asapos tas nu
que se pode ab
que ficou de fora.
mode!o simplificado; simplificado; quando possive ve quando nao ha maestria possi
que forem precisos, entretanto', mestres.
questao questao agor r e a b ~ r t a do
coletivo, o, comparando sem cessa cessa numero de coletiv sorver sorver
preciso preciso que
registrar,
de conside conside
possu os atributo atributo do poder, ma os da fraqueza. poder que nao possu
permlte
outro. Porem, numa
guarde regist registro ro do caminho feito feito c o n d i ~ a o : que se guarde
processual que nada deve permitir permitir confundir confundir com
Vm
serve senao na c o n d i ~ a o de sair, sair, de docu prova nao serve
resultados, s, de prepara para e!a mentar seu resultado r a ~ a o
protoeolo da ite
seguinte, de assegurar que se desenhou u r n n o v o eaminho
eritieo, que permite aprender mais, no golpe golpe seguinte. seguinte. No mo
dernismo, dernismo, sabemos sabemos nao existia existia p.unca verdadeiro reto retorno rno de ex-
TERC TERCEI EIRO RO PODE PODE
QUES QUESTA TA
DO
ESTADO
periencia, pois que
passado estavadeveras estavadeveras excluido excluido qualifi qualifiea ea
area/smo, mo, de irracionalidade irracionalidade ultrapassad ultrapassada, a, de do de van area/s Para que aceitemos renunciar as facilidades do mod:rnis mod:rnis mo, na e s p e r a n ~ a de um
s a l v a ~ a o pe!a Ciencia, para que I m c ~ e -
publica confiand confiando-a o-a "pequena transcendenda publica Vl , a , mos,en fim experiencia coletiva, coletiva, para que encarr encarregu eguemo emo h l s t ~ n a d.e cia" da experiencia no dar, em conta-got conta-gotas, as, asluzes que nos dar, dar, precis precisamo amo de um
vis6rio. vis6rio.
15 Que
que chamamos
natureza natureza nao p o d e n ~
mmS
garantia que sirva sirva de a b s o l ~ t o pro
poder de acompanhamento
DaO haja modelo reduzido reduzido do coletivo, ai .esta mal-entendido entre S6crates demos, no G6rglas.
poder
origem do principal
s u b j e ~
vidade que precisava desapareeer para deixar lugar ao objeto objeto
indisc indiscut utive iveis is do mundo comUJl1, conhee eeer er." ." de conh
necessidad idad 6.nico que temo necess
metafi metafisie sie da natureza* impedia
explora explora\,ao \,ao
16 Podemos justamente medir desaparecimento progressivo do modernis mo com interpretayao d e s i mesmo, p e l a p r o l i f e r a ~ a o de simp6sios, simp6sios, insti
procedimentos; encarregados do retorno da experi!ncia. com ar te te , voga <;l.p procedimentalismo, d e u m p ar general generaliza izayao yao do principio de p r e c a u ~ a o (GODARD [1997J Le Principe de precaution dans les affaires presens:a s:a humaines) (ou de simpl simples es vigilincia), as melhores indicas:Cies da presen qual al eu s6 fas:o passar em negrito as entre entre n6s desta desta nova Constituis:ao, da qu linhas pontUhadas. t u i ~ 5 e s ,
325
Capitulo
explora¢o dos mundos comuns
lenta da metafisic metafisic experimental*. experimental*. As conseqiiencia conseqiiencia inesperadas
se dedic dedicas as50 50 exclusiva exclusivamente mente
proliferavam, proliferavam, todavia, surpreendiam sempre, sempre, pois que ela nii
re das a<;6es de cons consid ider era< a<;i ;iio io
tinham tinham com
os
obje objeto to sem risc risco* o* qu as aciona acionava, va, nenhuma
rela<;iio razoa razoaveL veL Podiam-se, portanto, iniciar iniciar as tentat tentativas ivas sobr minas
ne
nunca
saio saios, s, nem de tent tentat ativ ivas as nem de ruin ruinas as
c ~ d a vez
form formal alme ment nte* e* letivo, n e de ur
moderni moderni
fornecer
segur seguran an<; <; q u o s pode
de ordenamento* 50 curnprissem
quee de urn Esta Estado do que nii visaria visaria nem ao co
a o mundo comurn, n e
E st st ad ad o q u e n i
a o fim da mst6ri mst6ria? a?
a cr cr ed ed it it as as s dotado
que
poder de
"Cienc "Ciencia ia divina divina?" ?" Ur Estado Estado enfim, enfim, capaz capaz de gover governar nar
indiscutivelmente, definitivamente, definitivamente, ir za<;iio batia para sempre, indiscutivelmente,
Confes Confes5Om 5Omo-l o-l de imediato, niio niio contamos, para destacar
reversivelmente -liberada para reparar reparar mais tarde, tarde, seus seus malfe malfei i
este poder de acompanhamento, acompanhamento, com o s m es es mo mo s r ec ec ur ur so so s d o
tos po urn objeti objetivid vidade ade nova esta esta tambem defini definitiv tiva. a. Niio Niio se
outros dois podere definido definido no capit capitulo ulo
chegava chegava nunca, no quadro estreito do modernismo,
aproveit aproveitar ar
da experiencia, experiencia, as apalpadelas:Alternavam-se, apalpadelas:Alternavam-se, violentamente,
sabe absoluto absoluto
as catast catastrofe rofe imprevis imprevistas tas sem conseguir conseguir ligar ligar
hist6r hist6ria ia seus seus fato fato enig enigma mati tico co,s ,s que
prec precis is decodi decodifi fica ca as ce
gas Curiosamente, com pessoa pessoa assim assim obcecad obcecadas as pelahist6ria, pelahist6ria, t em em p
p ar ar a o s m od od er er no no s passava em viio viio Bombardeados Bombardeados po
ciencias ciencias
tecnica tecnicas, s, e1es nunc se tornar tornaria ia
niio niio chegariam chegariam jamai
ler, ler, nestes nestes fato fatos, s,
mais mais·sabi ·sabios, os, ja que
expl explor ora< a<;i ;iio io meticulo meticulo
d e s eu eu s pr6prios coletivos coletivos de humanos Se
niio-humanos. niio-humanos.
duplo pode cien seu duplo cienti tifi fico co
insti institui tuiyoe yoe
antig quadro da natureza com
tambem propos propos mil poli politi tico co mas tambem
proced procedim iment entos, os, que nao espe espera ra
novo para salta salta aos olhos, olhos, armados d o p e tece
mesmo para
sena sena urn olhar cabe<;a, niio niio acon acon
poder de acompanhamen acompanhamento*, to*, ainda inextri inextri
cavel cavelmen mente te confundid com
questao questao do Estad';. Estad';. Logo, Logo, este este ver
Estado Estado da ciencias politicas ao Esta Estado do
das politicas cientificas*. Niio Niio estamos estamos fazendo fazendo jogo de palav palavra ras: s: pr6pria expres expressii sii "ciencia "ciencia politicas politicas exprime um
tetanizar
c or or p o p ol ol it it ic ic o
abrevi abreviar ar
t od od a
d is is ci ci pl pl in in a que aspiram
lenta comp compos osi< i<;i ;iio io colet coletiva iva sob pretexto pretexto de remediar
seus seus defei defeitos tos as cienc ciencia ia politi politicas cas acresc acrescenta enta plementar plementar
for<;a de estudos estudos rigoros rigorosos os
purifi purifica ca
El niio niio teria teria mai que compor provisoriamente coletivo: coletivo: saber enfim, m, de quee feit feit 5O-ia, enfi
social, l, que paix6ese paix6ese inter interes es mundo socia
ses
movem. movem. Disporiamosde Disporiamosde urn modelo reduzi reduzido. do. Inversa Inversamen men
te,
expres expressao sao "poli "politic ticas as c
inverso co
i e n t i f i c a s ~
menos menos conhec conhecid ida, a, refa refa ao
caminho das cienc ciencia ia politi politicas cas afrouxa afrouxa pouco
politicascient cascientifi ificas cas nos circ circulo ulos, s, ate aqui restri restritos tos c a d ~ vez 50 de politi longar ou
Cienc Ciencia ia asseme assemelha lha-se -se ao poderes poderes de direito direito divino divino ante q u o s
dadee
326
que
pou
n 6 q u e esta esta niio niio fazi faziam am seni seniio io aperta 50mpr 50mpr mais. mais. Fala Falava va
p el el a p ol ol it it ic ic a d o A nt nt ig ig o R eg eg im im e e l m es es m c o nf nf u nd nd id id a c o
<;6es s e p a r ~ d a s
camada camada su
vid public public do que Ih rest rest de movimento.
que er nece necess ssar ario io deci decidir dir sobre sobre pesq pesquis uisas as
de se substi substitui tui
um
objet objetiv ivos, os, ch.gariam ch.gariamos, os,
misturar poderes poderes que seria seria necess necessari ari distin distinguir guir a<;a a<;amb mbar arca cado do
constituintes do s i ~ u l o 18 niio niio comecem
nova parali parali
sia da vida publica publica pelaCienci pelaCiencia, a, um nova inje<;iio de curar para
enfim enfim
experie experienci nci hist6r hist6rica ica que nos Sfor Sfor<; <; mo po deci
frar frar niio niio somente somente desmantelou desmantelou
te instante instante seni seniio io opor
Niio Niio podemos podemos nes nes
inter interrom romper per
inicia iniciar; r; cada ve que se devi decidir decidir sobr
pro
este esteri rili li
fecu fecundi ndidad dad dos protoc protocolo olo de experiencias." experiencias." GeneraliGenerali-
distribui-Ios distribui-Ios em fun
de urn Esta Estado do liber liberado ado da lou ca ambi<; ambi<;iio iio
poli politi tica ca ascienc asciencia ias,a s,a economi economi
moral moral
que
exemplo, o, Michel Michel Callo Callo (1994) (1994) "Is Scienc Scienc Publi Publi Good. Good. Fifth Fifth 17 Ver, por exempl Mullins Mullins Lectur Lecture, e, Virginia Virginia Polytechn Polytechnic ic Institut Institute, e, 23 March March 1993"; Michel
explorllfao dos mundoscomuns
Capfrulo
lenta da metafisica metafisica experimental*. experimental*. As conseqiienc conseqiiencias ias inesperadas prolifer proliferava avam, m, todavia todavia tinham tinham com
os
surpreendiam surpreendiam sempre, sempre, pois que elas elas nao
obje objeto to sem rise riseo* o* qu as aciona acionava) va) nenhuma
rela,ao razm razm\v \vel el Podiam-s Podiam-se, e, portanto, iniciar iniciar as tentativ tentativas as sobre sobre as ruin ruinas as dos ensaio ensaio pree preeed eden ente tes) s) sem nunea nunea falar n e saio saios, s, nem de tent tentat at vas) vas) nem de ruin ruinas as
e ~ d . a vez
en
moderni moderni
za,ao batia para sempre, sempre, indiscut indiscutivel ivelment mente, e, de£lnit de£lnitiva ivamen mente, te, ir reversivelmente -liberada para repar reparar, ar, mais mais tarde tarde seus seus malfe malfei i tos por urna objetiv objetividad idad nova, nova, est tambem de£l de£lni niti tiva va Nao cheg chegav av nunca nunca no quadro quadro estre estreito ito do modern modernismo ismo
se
aprov aproveit eitar ar
apalpadelas: Alternavam-se, Alternavam-se, violentamente, da experiencia, as apalpadelas: saber saber absoluto absoluto
as
catast catastrofe rofe imprevis imprevistas, tas, sem conseg conseguir uir ligar ligar
hist6ria hist6ria seus seus fatos fatos enigm enigmat atic ico, o,s, s, que
precis precis deco decodi£ di£lca lca
as
ce
gas Curiosamente, Curiosamente, coIl? pessoas pessoas assim assim obeeeada obeeeada pel hist6r hist6ria) ia)
temp temp para para os mode modern rnos os cien cienei eias as
em
vilo.
teen teenie ieas as eles eles nunea nunea se torn tornar aria ia
nao cheg chegar ariam iam jamai jamai
ler, ler, nest nestes es fato fatos, s,
Bombardeados por mais mais sabi sabios os ja qu
explora explora,ao ,ao metic meticulo ulo
sade seus seus pr6prio pr6prio cole coleti tivo vo de humanos humanos nao-huma nao-humanos nos Se experi experienc encia ia hist6ri hist6rica, ca, que noS esfor,amos po deci frar frar nao somente somente desmantel desmantelou ou se dupl dupl pode pode
ie ti lc
antig antig quadro quadro da nature natureza za com
poli politi tico co ma tambe tambe
prop prop6s 6s mi
institu institui,o i,oes es proce procedim dimen entos tos que nao espe espera ra sena sena urn ?!har ?!har novo novo par salt saltar ar ao o!ho o!hos, s, armados armados dos pe cabe,a cabe,a nao acon acon tece
mesmo mesmo para
poder de acompanh acompanhamen amento*, to*, aindainextri aindainextri
cavehn cavehnent ent confundido confundido com questa questa do E s t a d ~ . Logo Logo este este vern vern mistura mistura pode podere re que seria seria nece necess ssar ario io distin distingu guir: ir: a,ambarc a,ambarcado ado pela pela poli politi tica ca do Anti Antigo go Re ime, ime, la mesm mesm conf confun undi dida da co Ciencia,
a s s e m e l h ~ - s e
ao pode podere re de direit direit divi divino no ante ante que os
constit constituint uintes es do secu seculo lo ,oes s e p a r ~ d a s .
qu
18
nao,come nao,comecem cem
de
ur Esta Estadoliber doliberad ad da louca louca ambi,a
de se substituira substituira politi politica, ca, as cien cienci cias as
se
dedic dedicas asse se exclus exclusiva ivamen mente te
fornece fornece
segur segurany any que os pode pode
re dasa,oes de consider considera,ao a,ao de ordename ordenamento* nto* se cumprissem formalmente*? qu de ur Esta Estadoque doque na visa visari ri ne aoco leti letivo vo ne
ao mundo mundo comu comurn rn ne se
ao
£lm
da hist6ria? hist6ria?
qu
acre acredi dita tass ss dotad dotad de ur pode pode de
"Cienda divin divina? a? Ur Estad Estado, o, en£l en£lm, m, capaz capaz de gove govern rnar? ar? Confes Confessem semo-lo o-lo de imediat imediato, o, nao contamo contamos, s, para destac destacar ar este este poder poder de acom acompa panh nham amen ento to co
mesm mesmos os recu recurs rsos os do
outros doi poderes poderes definid definidos os no capitul capitul 4. Nao podemos podemos nes nes te instan instante, te, sena sena opor Estado Estado da dendas politicas ao Estad Estad das politicas dentificas*. Nao estamo estamo fazend fazend jog de palavr palavras: as: pr6pria expre express ssao ao "cie "cienc ncias ias politic politicas as exprime exprime uma nova parali parali si da vid publi publicapelaCiend capelaCienda, a, uma
nOva
tetanizar
as
corp corp poli politi tico co
toda toda
inje,ao inje,ao decurar para
discip disciplina lina que aspiram aspiram
abre abrevi viar ar lenta lenta composi composi,ao ,ao cole coleti tiva va so prete pretexto xto de remedi remediar ar seu defeitos defeitos as cienc ciencias ias politi politicas cas acresc acrescent entam am uma camada camada su plementa plementar: r: for,a de estudos estudos rigoros rigorosos os obje objetiv tivos os c h e ~ r i a m o s , enfim enfim
puri puri£l £lca ca
vida vida publi publica ca do qu !h resta resta de movi movirne rnento nto
El nao teri mai que compor provisori provisoriamen amente te se-ia se-ia en£l en£lm, m, de que feit feit
coletivo: coletivo: saber
social al que paixoe paixoe mundo soci
intere interes s
ses movem movem Disporfa Disporfamos mos de urn modele reduzi reduzido. do. Invers Inversame amen n te
expres expressao sao "polit "politica ica
inverso co se
c i e n t i f i e a s
menos menos conhec conhecid ida, a, refa refa ao
caminh caminh da dencia dencia poli politic ticas as afrou afrouxa xa pouco pouco
pou
esta nao fazi faziam am senao senao apertar sempre sempre mais. mais. Fala Falava va n6 qu esta de politi politicas cas cientf cientffic ficas as nos drculos, drculos, ate aqui restrit restritos, os, c a d ~
qu era nece necess ssar ario io decid decidir ir sobre sobre pesq pesqui uisa sa longar ou dade
inicia iniciar; r; cad
vez
que
se
interr interromp omper, er,
devia devia decidir decidir sobre sobre
vez
pro
ester esterili ili
fecund fecundida idade de dos protocol protocolos os de experie experienci ncias. as. Genera Generalili-
distrib distribuiui-Ios Ios em fun
econo economiae miae
moral,e moral,e que
17 Ver, pOt exemplo, exemplo, Miche Callon (1994), "Is Science Public Good. Fifth March 1993"; 1993"; Michel Mullins Mullins Lectu Lecture re Virgin Virginia ia Polyte Polytechni chni Insti Institut tute, e, 23 March
explorQfiiO dos mundos comuns
Capitulo
zando, zando, ;,st ;,st expres expressao sao pode
real,ar
e n t a ~
tere teress ssa: a: nao prec precisa isamo mo de
c i ~ n c i a s
contr contrast ast qu no in
poli politi tica ca ma de poli politi tica ca
cientifica cientificas, s, isto e, de uma fun,ao fun,ao qu permi permita ta qualificar fecun-
didade relativa das e
x p e r i ~ n c i a s
cole coleti tiva vas, s, sem qu logo logo seja seja mo
do pelo pelo choque choque dos inte intere ress sses es identi identidad dades es paix paixoe oes. s. Nad prova qu
Estad Estad do Levi Leviat at possa possa passa passa intacto intacto de um regime regime
outro regime regime E l s e comprometeu comprometeu demais, demais, sob nocracia", nocracia", com as
p i o r ~ s
misturas de cienc ciencias ias politic politicas, as, chegan chegan
nopoliza nopolizada da pelos pelos cienti cientistas stas ne politicos." Pode Pode parece parece estranho estranho defini defini poder poder de acom acompa panh nha a
do abrev abreviarao iarao mesm temp
ment ment
sem cheg chegar ar
como como aq el qu
tempo tempo do poli politi tico co cia, por
e x c e l ~ n c i a
fi
inde indepe pend nden ente te ao mesm mesm
do cien cienti tist stas as." ."
Esta Estado do na
instan instan
do poli politi tico co Nao seri seri melho melho qu se pes pes
soal soal foss foss embebi embebido do de
c i ~ n c i a s ?
Nao porque
regime regime politico politico
nao sabi sabi disting distinguir uir
politica do sustentac sustentaculo ulo perigo perigo produ,ao politica
so qu th ofereci ereci
CWncia trazendo-lhe numa bandeja uma
natureza o u u m sociedade ja IOtali IOtalizad zada. a. Desejava Desejava-se -se chamar
nome de "tec "tec
trabalh das c
liti litica ca monopo monopoliza lizando ndo todo os podere podere disti disting nguiui-lo los, s, merguiha merguihando ndo ~ i e n t i f i c a "
c o m p e t ~ n c i a
arbitra arbitragem gem
trio no mesmo mesmo esquec esquecime imento nto da forma formas. s. Nao sonhou uma "politica "politica enfim
i ~ n c i a s
todas todas as
arbi
Estad Estad qu
mons monstro tr o em nome nome.do .do
qual se cometeram, cometeram, neste neste seculo seculo tantos crime crimes? s? Uma cois cois
s e g u r ~ :
colet coletivo ivo nao
Esta Estado do
form form
muito particu particular lar de gove governo rno que procuram procuramos os alojar alojar nao encon encon trani no antigo antigo Levia Leviata ta escrit6ri escrit6rios os bem.equip bem.equipados ados
ocupar se
polit politicaa icaa agita,a agita,a dos escr escrav avos os da Cave Cavern rna, a, defini definind nd se mundesconhecida cida quanta as c i ~ ~ c i a s : alias, ne titui¢o, tao desconhe Callon Callon Philip Philippe pe Laredo Laredo Philip Philippe pe Mustar Mustar (dir.) (dir.) (1995 (1995), ), La Gestio strategique de la recherche et de la technologie. 18
necessari necessari reunir aqui os trabalhos de pessoas pessoas como Lakato Lakato sobrea rela:' rela:' tiv fecund fecundida idade de do programasde programasde pesqui pesquisa sa (LAKATOS, 1994 1994),e ),e de auto res como como Habe Haberm rmas as sobr sobr quali qualida dade de do proced procedime iment ntos os de cons consul ulta ta (HABERMAS, (HABERMAS, 1992, De l'ethique de la discussion), Se esta a p r o ~ ~ ~ a o pa recer recer estranha estranha somente somente por caus caus do limite limite daantiga C o n s t l t U l ~ 1 I . 0 : Lakatos faz t o d o ~ os e s f o r ~ o s possiv possiveis eis para p6r '0 julgamento julgamento das c i ~ n c i a s ao abrig abrig dapollticahumana dapollticahumana (para ele arbitraria);Habermas na.o cessa cessa de p6r julgamen julgamentohumano tohumano ao abrigodosnao-human abrigodosnao-humanos os (confund (confundldo ldo coma ra fim, fim, cad urntem neces necessid sidade ade ll instrumental).Contudo, para a l c a n ~ a r daquil daquil qu outroconserva outroconserva ao abrigoem abrigoem suatrincheira suatrincheira.. .. politi politica ca cien cien tific da A s s o c i a ~ a o francesa francesa dos miopatas, miopatas, e s t u d a ~ por ~ a l l o _ n seusco seusco legas, legas, parece-me parece-me exemp exemplo lo mai notav notavel el desta desta nova nova c o n J u n ~ a o da moral moral com as coisas coisas em uma politica politica cientiflc cientiflc original. original.
preocup aqu coma fals fals disputaentre disputaentre 19 Naome preocup
Estad Estad mercad mercado, o, qu sup6e sup6e urn c Q ~ c e P ~ a o ' a b a n d o n a d a pela pela econo economia mia com i n f r a - e ~ t r u t u r a (ver (ver capi capitu tulo lo 4) Para Para Esta Estado do libe libera ra da t r a d i ~ a o que p r e t e n d ~ hvrar os mercado mercado do contro controle le minucio minucioso so do poderpublico poderpublico oponh aqm Estado Estado livre de qualque qualque outra p r e o c u p a ~ a o , senao senao de gover governar nar desd desd que.sej que.sej desint desintox oxica icado do da autoridad autoridad n3 espere espere mai qualqu qualquer er t r a n s c e n d ~ n c l a .
tica, tica, ner as cien cienci cias as sa mais mais podere poderes, s, ma si to posto posto em a,ao, a,ao, colet coletivo ivo
maneir maneir nova nova paraconter paraconter
pO-lo em movime movimento nto Nao
junto junto ao esbo,o esbo,o do capi capitu tulo lo prec preced eden ente te
poli poli
os conhec conhecime imen n conjunt conjunt do
poder poderes es reco reconh nhec ecid idos, os, na se
de conside conside
20 Este Este ponto essencial' essencial'do do magnificoargumento magnificoargumento de John Deweycontra Deweycontra to das as d e f i n i ~ 6 e s totalitarias totalitarias ou mesmo simplesmente simplesmente totalizante totalizante do Esta do qu ele chama tambem ele, ele, experiment experimental: al: "0 Estad Estad sempre sempre deve deve se redescoberto" (DEWEY, 1927, p. 34). 34). Por q u ~ ? Porque Porque justamen justamente te nada pode esta ja totali totalizad zado, o, sobretud sobretud pel Esta Estado do "Ma urn comunid comunidade ade qu forma forma urn todo supoe supoe uma organ organiza izayao yao de todo seu elemen elementos tos por urn princi principio pio de i n t e g r a ~ a o . Ora, precisa precisamen mente te que procuram procuramos. os. Por que existiria existiria uma unidad unidad regrad regrada, a, da qua natureza natureza incluir incluiria ia totalida totalida de? (minha t r a d u ~ l I . o ) (p 38). 38). Sim, Sim, Esta Estado do se ocupa ocupa do publ public ico, o, ma publico publico justamenteaquele do qual nao se conhece modo de totalizafilo, Se pudessemosdirigir as a¢es,nao teriamos necessidade, c o n h e c ~ s s e r n o s , se pudessemosdirigir de acordocom acordocom Dewey, degovernan degovernantes tes Quand govern govern entraem cena,e cena,e porque porque todo contro controle le falho falhou. u. Estadominimo Estadominimo de Dewe Dewe nll.o tern entao, entao, nad aver com Estado Estado liberal, liberal, simples simples apendice apendice da "esfera "esfera econ6mica econ6mica
expwrtlfao dos mundos comuns
Capltuw5
de ordenamento*, ao quais todos os co.rpos de trabalho
r a ~ a o *
participam, segundo sua v o c a ~ a o
Ora,e do principio mesmo da
dos poderes* quee de se desconfiar comoda pest da
s e p a r a ~ a o
invasoes de um
sobre as outras, pois cada uma, ainda
f u n ~ a o
xos OS limitesdo coletivo, natura
terior. Seria necessario, enmo, dispor de urn poder processual for-
te, do qual participariam, com nos outros dois os politicos os cientistas, as economistas as moralistas, mas que se ligaria uni-
que necessaria, aspira hegemonia. N6s tambem temos necessi
cament
dad de nossOS cheques balanfos. Uma simple revisa do capi
mento sobie
tul
centar uma setim taref as seis
(ver quadro 4.1) mostra-nos qu nenhum dos conheci
mentos necessario poderes de sa co
a t i v ~ a o
do coletivo
nenhum do dois
de ordenamento poderia se interes
c o n s i d e r a ~ a o
qualidad da curva de aprendizagem
exclusivamente
ela.
Abandonad
mesma,
alerta levara em cont tud preocupa de mod algu
co
camara'alta, sobretudo se esta qu pass
si mesma fara se trabalh de hierarquia*
vida pela r
e j e i ~ a o ,
se alcance, se
se
as capacidades da outra camara
de hierarquizar os candidato apresentados. f i c ~ d o - s
contentar-s
camarabaixa, por i n s t i t u i ~ a o * ,
simpli
melhor possivel do maior nu
mero de seresreduzidos inexistencia Como, alias, asseguraren tre essa duasinstanciasurna estrita s
e p a r a ~ a
dos poderes
ca
retomad do trabalho de coleta assi qualidad da aprendizagem f u n ~ o e s
se pod chamar de administrafiio*. Ao Estado de direit de natu
reza
necessario urn Estadoe urn direito.
tinha prevIsto uma a d m i n i s t r a ~ o do ceu, do clima,do mar, do sujeitos
se direito de propriedade ocupando-se Cienci do
resto.'Tudo mnda com
fi
do modernismo, pois
nao faz
j u s t i ~ a
estabelecida
coletivo
pod ter como reunir pluriuniverso. Nada que possa, nesse trac;:o, espantar as "outras') culturas) que se caracterizavam a m b i ~ a o
Oci d m i n i s t r a ~ a o meticulosado cosmo. dentai nao fazem) neste sentido) sena chegar ao quinha cojustamente poruma a mu
ao qual haviam acredilado durante algu
ao e!os frageis das escriluras
da 5Ogunda, fazendo-lh ve qu sua orde
filosofi politic nao
virus do animais selvagens. El acredito pode limitar-s ao
escapar. Esta competencia nov volta
~ o e s *
do capitul 4.
novatecnica que nao apresentamos no capituloprecedentee que
comum
piedade as institui
com ao julga qu volta acres
Para exercer este novo poder) temos necessidad de uma
mara baix sera sempre tentad impedir camara alta de tor nar-5O perplexa*, objetivand as duras necessidades do mundo primeiraassembleia afogar se
do interiore do ex
r e p a r t i ~ a o
poder estabelecer,
dos re!at6rios,
em Ingles da America, urn caminho de pape!, burocrata sofrem de ur
ao mundos incomensuraveis do novo que che
tempo, pode g r a ~ a s
que chamamos,
paper trail.
desprezo quas tao gera
gam Quem'garantira qualidad das pesquisas, das quais levan
quanto os politicos.Entretanto,nao se imagin como passar se
tamos
e!es para
list (ver quadro 4.2)
qu sa necessaria as duas ca
maras Quem arquivara p a u l a t i n ~ e n t e os resultados? as politi
e l a b o r a ~ a o
de um vida publica que se desenrolaria,
enfim, formalmente, pe!aexce!ent razao,de que sa e!es os mes-
cos) as moralistas) as cientistas os economistas podem percorrer,
tres da forma. Enquanto se pensav,r com
em todos os sentldos as diferentes instancias; nada nOS garante que se contentara com um unico cicio, aquele qu volta inter
que existi uma sociedade numa natureza, m a n u t e n ~ o obsti .nada da formas se arriscava passar p o u m a atividad super
rompera
flua no mesm tituloque as demora do Estado de direit num
" c o l e ~ a o "
do coletivo
tornardefinitiv
exc1usao, fi-
antig
C o n s t i t u i ~ a o ,
Capitulo
expwrClf
Estado policial Cada um podia, imediatament
se
reencontrar as eategorias evidentes do born senso: natureza,
eeonomia
social.
parti
e s f o r ~ o ,
humano,
d o m om en t
passa para uma metafisic experimellta1* na qual
em
qu
coletivo se
define nao mais por uma n a t u r e ~ , ma por uma experimenta ~ a o ,
sera necessario dispor nao mais de um u m protocolo de experienci (taref
global, 6).,Se.r precise
conserva-Ios Como bem se sabe
fini mais precisamente
repous doravante boa a r t i c u l a ~ a o do coletivo solicitando ao diferente oficio para colaborarem na mesma f u n ~ a o . Os cien
a d m i n i s t r a ~ a o
assegura
da mais indispensave quando fu necessario conservar con junto da hip6teses, propostas aceita rejeitadas qu va pou-. p ou e e om po r
Encontrar-se-a esta competencia, po exemplo, na f u n ~ a o de perplexidade (taref nO I) com detectar fen6meno novo no limite extremo da sensibilidad dos instrumentos se um meticulosa de dados, por um ta longo periodo? Ninguem tem capacidade de conservar registro sena os ad a c u m u l a ~ a o
ministradores. Como proceder limpez da ordens de grande za nao ~ e ! a r q u i v o u conjunt de escolhas ja feitas lene da partes (no 4)
Como
engajamento mai
ou
menos so
tornar irreversiveis as decisoe tomadas
m u l t i p l i c a ~ a o
dos procedimentos
votos, firmas
assembleiasde consensos que permitem estabi!izarprovisoria mente coletivo Como assegurar bo forma da consulta (n 2) sem um
v e r i f i c a ~ a o
curv de aprendizagem sobr
qual
tistas sabe bem qualifica trajet6ria, ja de frente de pesquisa. Mais qu todos os outros sa sensivei dife r e n ~ a entr ienciafri adquirida, de uma parte, pesqui sa quente eJ,rriseada, dinamica competitiva, da o ~ t r a .
Se faro
nos servir parasentir em queviagovernar coletivo sob con
mundo
conservou-se preciosamente
Uma ve acrescida e'sta tecnica de a d m i n i s i r a ~ a o aquelas que desdobrarnos no capitulo precedente torna-se possivel de
nO
a'continuidade da vida publica. Esta continuidade torna-se ain
co
evitar passar das formas ao conteudo Todos os outros trabalho sao substanciais, s6 registro e, senao processualista, pel me nos processual
c e n a r i z a ~ a o
guarda registro da provas registrar seus resultados arquiva lo
dos mundos comuns
obstinad do dtulos qu permitem as
diferente partes interessadas participar? Qual ser
eficacia da
d i ~ a o
de ajudarmos fa notave do politico reviravolt da r e l a ~ 6 e s de f o r ~ a s
toda s i t u a ~ a
detectar em .
Eles tarnbem
sabem reconhecer suti d i f e r e n ~ a entre estatistica dinamica encontrando nas circunstancias ocasia de faze-los mudar. Sabem modificar, assim, base do "n6s'; do qual tem encarg de representar, po seuconstante percurso. Ma
coletivo achar-se
ainda mais alerta se pude contarcom nariz infalivel dos eco nomistaspara qualifica saud de uma curvade aprendizagem. Eles multiplicara
os instrumentos
taxa de lucro,
b a l a n ~ o ,
grandes equi!ibrios, aparelhagens estatisticas, e s p e c u l a ~ 6 e s permitem designa dinamica instavel qua confiaram todos os seu tesouros. Os moralista ficaram parados,vist que sabem be
qu
vimento,
q u a l i f i c a ~ a o uma
moraljulga-se sempre quanto
inten<;ao, uma dire'rao, urn esfor<;o,
um mo
na somen
etica da discussao se acompanhament atento da forma burocraticas Os'administradores terao encargo da d i s t i n ~ a o
te quant ao atos ou simples respeito do formalismo. Da cur va'de aprendizagem, poderemos portanto, dizer, reunindo os
de toda as f balho, c o o r d
tude de se ao mesm temp um program de pesquisa fecun
u n ~ 6 e s
e n a ~ a o
(no 5)
da c o o r d e n a ~ a o do corposde tra que elasvao pode assegura na c o n d i ~ a o de
sabere dos diferentes corpos de trabalho que el extrai suavir
exploraflw dos mundos comuns
CapItulo
da de um cultura politic dinamica, de um economia pr6spe ra de um moralidade escrupulosa inquieta, urn processo ber documentado. bor govern nao aquele que oferec viJegi insensato de definir aquele qu
objeto de um experimentayao meticulosa. compara,ao entr os estados de coisas
politica
pri
mundo comum em lugar de todo
la representa ma
da Na ha saber do ber publicoque nao deva el tambem, se
pode de acompanhamento
Estado assegur 1.
5.1- Complemento do quadro 4.1, est quadro recapitula contri,.. dos diferentes conhecimentos do capitulo 4, na tarefa de acompanha mento, para qualificar de acordo com virtude da curva de aprendizagem.
QU
(quadr 5.1) qu explor os conhecimento misto do admi nistradores, cientistas, politicos, economista
escolher
caminh se
moralistas para
articuiado ao estad seguinte, melhor articuiado. Parece que ecologia politica procurand vontade, tende
TAREFA NO 7: PQDER DE ACOMPANHAMENTO
caminh qu vade urncoletiv meno
ContribuifiW dos administradores: acompanhamento do protocolo de experiencia, vencimentos, provas.
alojar-s
Contribuifao das cibuias: d
este resultado surpreendente: assim como nos
fo necessario livrar as ciencias da Cienci
coletivo do social,
tambem precisamos de urn Estadoque nao fiqu paralisadopela Estado liberado de todas
formas de n a t u r a l i ~
Contribuifao dos moralistas:
zayao. Sera necessario que urn nov poder forte, ma limitad somente quanta poderes todas
arte
govern r, venh
explo
ra,ao da curva de aprendizagem, ou de ditarpor antecipayao os
resultados. Todas as virtudes cientificas, morais, administrativas, politicas, 'econ6micas devem convergir para conserva intacto um
esM investido nao de
vontad gera produzid pelo contrato social na de ur
destino de reeapituia,ao tota pr6xim ma de ur si
le
do Espirito absoluto
m ui t m od es t pacto de aprendizagem*,
unico eapa de pesquisar
qu prop6e
manos de nao-humanos
qu ultrapassade modo imprevisi
associa,6e de hu
ve as a,6es dominadas po ead urn deles. Se os hom ens neees sitam de governo, na
porqu !hes falt virtude, ma porqlie
nao dominam suas a<;:oes c om un s
in-
q u a l ~ d a d e
das intenlfoes
das d
i r ~ o e s .
impedi todo os
competenciasparciais,de interrompe
st pode de acompanhamento de qu
de uma frente de pesquisa
Contribuifao dos economistas: equilibrio instivel que assegura movimento.
politica pel Cienci e, sem duvida pela economia. Ao Estad liberal op6e-se
e t e c ~ a o
Contribuifao dos politicos: escolhas das ocasioes que permitem versao das relalfoes de forlfas.
s eu s g ov er no s m en o a in -
Se esta defini¢o paree frac demais ao que eree
ve herdar de
de
is XIV, de Rousseau de Danton de Hegel, de
Bismark ou de Lenine que se lembrem da importanci dad est fragi inv61uero que distingue letivo. Se for verdade que ,a
do inimigo*,
interior do exterior do co
Estad tern
monop6lio da defini
pode de acompanhamento pode herdar
esta pesada tarefa na eondi,ao d e q u
p al a r a " in im i o "
como vimo acima muda de sentido. Nao se trata mais de signar co este termo os vizinhos humanos reunindo tropas ao longo de um fronteira Nao se trata mai de enfraqueeer, pa esta palavra, sere tao inassimilaveis qu se teria lhes negar at
existencia, eliminando-os seriament
direito de como
ir-
335
Capttuw5
racionais. Nao,
explorq¢> dos mundos comuns
inimigo, humano ou nao-humano,
rejeita, ma que vin amanhapor em risc
coletivo;
que se inimigo
aliado de amanha." Mais d o q u guerras estrangeirase guer ras civi do passado, existe associacyoes de humanos
guerra internas que aprisiona
nao-humanos, cuj mimero
amea
c;a eram ate aqui desconhecidos."·Q Estado nao se ocupa mais
apenas de preparar
guerra estrangeira
de impedir
guerra
civil,ele deve vigiar continuamente esta outra guerra, que na tern aind nome,embora sempre tenha causado raiva,pela qual urn coletivo em via de explorac;ao se opoe c;a de colocar em causa, de condenar
tudo
morte,
que
com
amea
forc;a do poder de acompanhamento,
defini como um
inatticulac;ao, sera transformados no sentido etimol6gico, em
barbaros, de ininteligiveis algaravias no segundo caso os inimi go serao combatidos como futuro aliado perturbar todo
s6ria. Nao existe outro barbaro que creia ter encontrado defini tivamente as p
logos nao
palavr cla
distinta que se oporia as flatulencias dos outros, mas
ra
em
mesmo
Levi-Strauss, os
fortaleza sitiada po barbaros; ou
Se chamarmos de barbaros, segundo
2 1 E rn bo r Karl Schmitt ofere<;:a vantagem de reeusar " n e u t r a l i z a ~ a o " do politico pelo eeon6mico ou peIo teenieo, bern como distinguir inimigo do criminoso, ele comete erro de esquecer totalmente os nao-humanos eonfundir politiea com apenasuma das f u n ~ o e s (aquela de instituilj:w* cia exterioridade), da qual participa habilidade politiea. Para torna-la utiliza vel, por uma manipulayao genetiea arriscada,tive de mistura "0 inimigo" de Schmitt ao "sentido do perigo" de Han Jonas: entendemos, entao sem difieuldade, que exterior nao uma natureza, mas uma alteridade, eapaz de eoIoear-nos entre mal amorte, que "decisao" nao oeupa eoleti YO senao por um setimo d e s e tempo ... 22 Eu ve;o na disputa atual, em torno dos organismos geneticamente modifi. cados, primeiro exempl destas guerras intestinas (ao mesmo tempo tee\nieas, eeon6J11icas, juridicas, organizacionais, geopoliticas, e m s um a , mun· diais totais, seu modo), pois apeIo as ciencias nao pode pacificar, em hip6tese alguma, discussao, fazendo-a fotografar de petto urn ~ u n d o mum. Ate mesmo epis6dio da vaca louea e, deste ponto de Vlsta, menos pois ainda se pode -imaginar retfoativamente que "teria sido " i n o v a d o r possivel" preyer os perigos, gralf3 as ciencias as teenicas Com as OGM, as ciencias as teenieas participam claramente do eombate, como uma fon te suplementar de ineerteza.
definic;ao forte de
se creem cercados de barbaros, podemos in
versamente chamar civilizadQs aquele cujo coletiv est rodea do de inirnigos*. Contaminac;ao de barbarie nu
nac;ao de civilizafiio* no outro;
336
sera capaze de
coletivo polalinica ideia de Su exclusao provi
qual el
coletiv va achar-se integrado nos dois regime bern diferentes: ou va
caminho do apolo No
barac;o da palavra* queretomaseu f61ego, que recomec;a, dito di ferentemente, que procura as palavras na prova.
deve, entretanto, compor.
Segund
como urn coletivo cercad de excluido
primeiro caso os inimigos tera 'caido na,insignificancia, na
caso, contami
barbaro ve e m t ud o barbaros,
civilizado ve civilizado po tudo Segundo as duas figuras, perigo tera mudado de sentido: quando os barbaros (exteriores) ameac;am osbarbaros (interiores de destruic;ao; os civilizado (exteriores ameac;am os civilizado (interiores em novas exi-
gencias*. Poder-se-ia entiio dizer do poder de acompanhamento que ole "defende civilizac;ao na condic;a de nao maisdefinira esta, c o m n o m o de m is m o c o gress
um
posic;ao de escala d o p r o
nao ha mais escala nem progresso
mas COm
civili-
dade pola qual urn coletivose inquieta po aqueles que, todavia, ol rejeito e'xplicitamente no e xt er io r dos
aliens, nao
antigo Estado
Estado defend
autonomia no interior.
um
independenci
dvilidade na acolhida
maneira bastante precis de conservar do
essencial de sua vocac;ao, um
suas pretensoes para tomar-se ria, tinieo totalizador?
ve liberado de
unic agente r a do n a d a hist6
explora¢o dos
Capitulo
EXERCfcIO DA DIPLOMACIA coletivo
as cegas; ele tateia; registra
a v ~ n ~ a
p r e s e n ~ a
deentidade nova que el nao sabe logo se sao inimigas ou ami gas, se
para partilhar
v o c a ~ a o
mesmo mundo ou se Ihees
capara para sempre
falt de previsao ele deve
Com suabengal branca
mao, toma as medida da mobili do
universo que
rodeia qu
govemar.
Se ele nao sabecom quan
a r n e a ~ a .
to obsta'culo deve contar, nao sabe tambem em quanto obje tos seguros pode apoiar-se Como guardar v a ~ a o
Pequeno Polegar, nao pode
rastro de suas caminhadas; nao esper nenhum sal
sena
do
registro dos protocolos que se acumu\am atras
dele Caminhem se voces quiserem mas conservem sempre
mai estritas obsessivas impressaes. de desta i
n s c r i ~ a o
da s o c o r r ~ - l o s .
Estado de direito depen
fragil da provas. Nenhuma outra luzvira ain
Felizmente, aquele de quem v
o c ~ s
descobriram
mundos comuns
tornar-se-a barbaro. Uma sociedade cercad de um natureza ser d ~ m i n a d a , um sociedade que se ere quites com tudo que nao va em conta, um sociedad que se julg logo com uni versal, um sociedade que faz urn s6 corpo com natureza saO exemplos de coletivos barbaros." Nest sentido, compreender se-a se
e s f o r ~ o ,
modernos nunca testemunharam ta alto
nive de c i v i l i z a ~ a o , poi que eles se tiveram sempre com os qu se arrancara da barbarie passada; que resistirar volt do ar caismo que deviam leva progress ao qu na tinham ... Passando do modernismo para ecologia politica podemo di zerque os modernos Iecham parentese qu os tinhacoiocado part do outros ha algu tempo. Ou meIhor ap6 prova de og do modernismo entramos num epoc nova em qu ne coletiv pode mais sem outra forma de processo, utilizar r6tulo de "barbaro" par qualificar que rejeita. Nao vamos, para tanto comprazer-nos no multiculturalismo, abstendo-nos
nhum
de todo julgament de valor, ma reinicia
conversa com no
diferen<;a esta mergulhados na mesma escurida que v o c ~ s . Eles mesmos nao
mundo. Tambem a s ~ n c i a s
certeza absoluta se pertencem ao mesmo v a n ~ a r n
tateando. Na possue
ainda as es
com limite fixos, menOS ainda identidades definitivas,
ma soment habitos tant med quanto v ro dos coletivos dade de imediato
propriedades Tenham certeza, eles
o c ~ s !
Uma vez reaberta questa do ntlme
Outro va
mudar
de forma. Com
exterioridad antes,
historici
alteridade mudou:
el tarnbem se alterou. Enquanto coletivo chega extrair ensinamentos daqui 10
qu rejeito para for
d ~ l e ,
pode-se definir como civilizado
pode mudar de· inimigos ma nao tern lo
cada i t e r a ~ o
Desde
direito de multiplica
moment em qu ele se ereia rodea
do de entidade insignificante que
a r n e a ~ a m , < i e
d e s t r u i ~ a o ,
73 Entre "a globalizayao" e"a exceyao cultural" os franceses dificuldades p a r t i c u : a r ~ s para sai do modemismo, pois ele construiram, sob nome de Republica, uma maquina que s6 funciona na condiyao de nao fazer as fundo da ecologia politica: que wn d ~ ~ S pergunta que formam C Ia . q u e ~ pertencer? Nao ha mal nenhum, claro, em sepensa com u n i ~ eu sou orgulhoso herdeiro desta ambirrao. erro nao imaginar os v e r s ~ , ~ h o s p r o g r e ~ s i v o s que permitem retomar pe- pe, ponto aponto esta f a b n ~ ¢ o do umv:rsal- c o ~ e ~ r por este hibrido estranho: uma narrao e e acredltar que est universal ja estaria la, no passa do unIversal... especie de nascimento, naturalmente, etnifamente, Jaz no futuro, para renegociar inteiramente ponto por ponto: liber que d a ~ e , I ~ d a d e , fratemidade. Realmente, impiedoso confiar uma de fimrrao Impossivel da C i ~ n c i a universal tarefa de integra os sessenta mi lho:s de franceses, sem mesmo tentar outra. "grande narrao" se tomara p.ara viver, desde d i e m q u compreender que todas as suas a p a ~ n a n t e ambIrroes sao Justas, mas ser necessario que devolva os meios de atingi-Ias, f a ~ n d o da razao que esta sua frente atras. Nao nascemos univer salS, tornamo-nos.
339
explortlf
Capitulo
c o m e ~ o
das grande descobertas
sentea cena primitiva da
preciso que
c o l o n i z a ~ a o , porem
coletivo repre
aquele que desem
dos mundos comuns
voces sao mas digam-me mesm assi de voces,
do
que pensam d o m un
que seria muito interessant compani-lo as ver
barca ao encontro dos civilizados e, destavez lemesmo, urnci
sees igualmente ficticias, de seu vizinhos".25 Sabe de antemao
vilizado Ap6 seculo de mal-entendidos, retomam-se os "pri
que sa as entidadesa levar em
meiros contatas". singular da palavra "coletivo" na
s i d e r a ~ a o ,
quer dize que exist
urn 56, dissemos muitas vezes, m a q u tern po funyao rennir um
c o i e ~ a o
qualquer paraque se tome capaz de dizer"n6s"."A
disciplina antropol6gica serviu de 'mestr de cerim6nia par en sinaraos modernos
entrare
tudo, a s r eg ra s d e s e p ro to co l
que
em cantata c o
e sc on d e
um
ecologia politic deve primeiro remediar.
o s outros. C o ~
antropologi
antropologia cultural registra
varie
dade "das"culturas. Cientificismo obstinado, de ur lado; respei to condescendente do outro. Do ponto de vista da nOva Consti t u i ~ a o ,
nao se p o d
unidade nao faze
i ma gi na r p i or , p o i a qu el e q u e d ef in e objeto d e n e nh u m contra-poder, um vez
que as culturas nao podem a ce de r
que
nenhuma outra realidade
das "representa<;6es sociais". Se el quiser tarnar-Sf civil,
antropologia n a o p o d e mai se permitir reencontrar os que deiam, fazendo-lhe "Grac;as
ro
pergunta tradicional do modernismo:
natureza en se de antemao, sem precisa anvir quem
24 Em seu artigo tao importante para este livro Eduardo Viveiro de Castro (1998), "Les pronoms cosmologiques et Ie perspectivism amerindien': mostra que ponto etnografia errou ao espalhar rumor segundo q?-al as Qutros povo sempre se designariam por uma expressao etnocentnca, que queria.dizer "os homens" ou os "verdadeiros homens': Trata-s: p:lo menos no cas da Amaz6nia, de urn err de t r a d u ~ a o q u e t o m a pruneua pessoa do plural- n6s l o n o m p r 6p r i d o povo. mesmo proble.ma se p o e p a r a uso da primeira pessoa do plural na d e s l g n a ~ a do coletlvo. N a o h a povo de"n6s",pelo meno ainda nao
c o n s i d e r a ~ a o ,
ou leva-las em con
exigencia de realidade que nelas reside, sa dois
primeiro contra
perplexidade*,
segundo contra .a
consulta* que n6s sabemos agor eliminar. Nao decididamente nem
monoculturalism saberia-faze utilmente
pergunta do
numero.26 Se antropologia ai se encontrasse, tornar-se-ia barba ra mesmo. El rrmdaria de papel tornando-se experimental*.
falt de tato,
fisica de fato, define "a" natureza universal d o h o me m apoiando se na Ciencia, enquanto
erros,
sem
2 5 E u m e sm o s e nt i na Universidadede Chicago, fraqueza de uma tal formu l a ~ a o , quando tive de enfrentar simultaneamente c6lera dos "sokalistas", nao relati que exigiam que eu considerassea cosmologia como absolut vamente diferente "das" cosmologias indfgenas diversao de Marshall 5ahlinse de seu estudantes, que exigia que eu respeitasse diversidad "das"cosmologias indigenas, sem exigir mais que ela se enfrentassem na exigenciade unidade da realidade, imposta pel principiode simetria,e que teria consistido em expliear "a" cosmologia dos fisico nos mesmo termos que aque1e dos indigenas Todos concordara em evitar minha maneira de coloca debate osprimeirps,paramanter unidad da natureza; os se multipliddade das cosmologias. Para os primeiros gundos, para mante eu era urn antrop610go re1ativista; para os segundos,'eu dei muito as ciencias exigindo que sefalassenovamente sobrea realidade Os naturalistas es tava indignadosporqueeu falo de multiplicidade os culturalistas,porque eu aindafalo deste ha muito tempo, daunidade. 56 i n d i g n a ~ a o eraa mes r na , a i nd a q u e e l l ev as s a qu i l q u e a gr ad av a a o outro campo, sobr seu objeto transferencial. Cada urn batia punho s a br e m es a c ad a v e m ai s forte que outro campo, que dav as c o n v e r s a ~ o e s um beloefeito de teria! Eu nunea havia sentido este ponto d i s t r i b u i ~ a o das f u n ~ o e s entre naturalistas culturalistas. 5e,g r a ~ s guerra das ciencias conhece-se ago ra efeito sobre urn cosmologista, da e x p l i c a ~ a o c u l t u r a l i s t ~ em termos de cosmologia,"entre o u t r a s ' ~ nao sabemos, n o m e u conhecimento,qual efei to isto faz uma " c u l t u r a ' ~ privadade acessoprivilegiado realidade,em ser respeitada como um cultura "entre outras': 26
h av i t en ta do , e m m i nh a i n v e s t i g a ~ a o sobr os modernos, tornar a n tropologia " s i m e t r i e a ' ~ para permitir-lhe absorver nao m ai s n a tu r ez a e as cu1turas mas que eu chamei epoc'a de as"naturezas-culturas" tornadas comparaveis, em outro aspecto, com d a a n ti g a n a t u re z a u n iv er sa l ex
341
explorQfiW dos mundos comuns
Desd que introduzimos antropologia
se
obriga
problem politico de c
palavr multinaturalismo*,
complica
o m p o s i ~ a o
inodernista do
s o l u ~ o
de ur mundo comuni
pa
lavralembra qu nenhum coletivo podepretender reunirsem dar os meio complexo de verificar, junt humano qu el unifica
qu dize
diss
os humano
se
nao
ticulturalismo nao consagraa vit6riado multiculturalismo, ma sua derrota, pois este Ultim
existem, nao saberia nao reagiria Co
lar em unidade, nao basta preyerpara todo os excluido ur lu gar reservado, po mais confortave que seja excluido pr6prios tenha 27
pr6prias categorias. Nero nero
necessario que os
desenhado esse lugar, segund suas ecumenismo, nero
catolicidade
social-democracia nero a,economia politica, nero
Na-
turpalitik saberiam defini paraos outros, em se lugar, po s i ~ a o
qu retorn
e!es.
Fe!izmente, apesar dos ternores dos que
querem sempre nos faze retrocede
idad da Caverna,
muI-
pressao estava desajeitada tentativa i n g ~ n u a , posta que, mesmo pondo em boa simetria as artefatos, eles permanecem artefatos. Os antrop6logos, com Taras e x c e ~ o e s , co.nservaram o r g a n i z a ~ o bipolar d e s u disdplina ver, paTern Eduardo Viveiros de Castr (a publicar), The Worlds as Affect and Perspective: Nature and Culture in Amerindian Cosmologies. Ainda mais danaso, como notoll numerosas vezes Marshall Sahlins (1993), " G o o d ~ bye to Tristes Tropes: Ethnography in the Context of Modern World His tory", nO<;ao de cultura ei mesma mudoll depois que foi reapropriada pela outras como uma forma muito particular de politica que Appadu rai c ha m a d e "a g l o b a l i z a ~ a o das d . i f e r e n ~ s " (APPADURAl, 1996, Modernity\at Large: Cultural Dimensions of Globalization). 27
342
as nao-humanos, lembremos, sa sempre melhor tratados que os huma nos com tenho mostrado segund Stengers, no capitul 2. Com efeito, sua recalcitd.ncia nao questiona Ninguem imaginaria falar dele sem lhes faze falar, de acordo co os mecanisrnos complexos, em que interprete as vezes arrisca suavida. Ora do lad dos humanos, estes mecanismos, es tes equipameotos, permanecem raros. Donde acent dado nesta s e ~ a o as reunioes entre " c u l t u r a s ' ~ S a e la s q u necessario civilizar. as encontros com os nao-humanos, uma vez epistemologia (politica post fora da si t u a ~ a o de prejudicar, apresentarn mehos problemas, comparativamente. Com as coisas, permanecemos sempre corteses!
fazi senao servir de contra
ponto ao mononaturalismo. Os re!ativistas absolutos acolher os
que
se
de maneira civil, porque
essa novidade senao po urn insensive! dar-de
ombros nad mais
se modo. Po
nao
seus olhos, poderia faze
d i f e r e n ~ a .
ecologia politica entra-se na verdad em outro
mundo, aquele qu na tern mais po ingredientes um nature zae culturas que nao pode mais, entao,simplificar questao do
numero de coletivos unificando-a pe!a natureza, nem compli ca-la, aCeitand uma multiplicidad inevitave
definitiva de
culturas incomensuraveis. Entramos l1um mundo 'composto de realidades insistentes, em que tos
nao
aceita
as p r o p o s i ~ 6 e s *
dotada de habi
mais faze cala as instituicyoes encarregadas de
acolhe-las, nem sere
acolhidas ficando muda sobre realida
de de suas exigencias
exterior nao
zir
social, nem ta frac para se deixar re
ao
silencio
duzir
mundo
mais ta fort pararedu
insignificancia. No sentid novo que demos
vra, as entidades excluidas exige
que
coletivo
se
se represente no seu apelo, isto e, arrisque de n ov o
das
as
suas instancia representativas Nao
visaao coletivo civilizado:
exterior faz tada
nho", diz tranho
estes contrastes. "Nada
do
que
apresent s or t d e to-
que
i n d i f e r e n ~ a
diferen,a
letivo torna-se ta mais civilizado quanta aprend sensivel
esta pala
humat:l0
se me
co tornar estra
sabiolatino dizemo melhor "Nad do qu me
es
inumano".28
28 Havia no antigo tema modernista da "neutralidade" da Ci(!ncia uma forma
profunda de descortesia em r e l a ~ a o aos nao-humanos, incapazes, se d i z i ~ , de fazer uma d i f e r e n ~ a , limitados ao estupido estar-la do inanimismo*.
Ver BLOOR, 1998.
';
343
Capltulo
e x p l o ~ o
Que trabalho vai permitir percorrer as fronteiras fazend de maneira civilizada
nir?
Se
p e rg un t a d o n u me r o de coletivo
devemos desconfiar,urn pouco da antropologia chlssica,
porque aceitaria muito depress
de
multiplicida
unidade como
porque ela nao aceitaria
multiplicidade sena
it b as e d e
forma da ignorancia, da conquista ou da guerra Precisa
mo acrescentar it antropologia
trabalho,bern maisantigo
do
c o m p e t ~ n c i a
de urn corpo de
diplomata*, que possa completar
poder de acompanhamento* definido na sessao anterior ser
vindo-lbe de esdarecedor de interprete. Comefeito, Contraria aos mediadores que se ap6ia
m ~ n t e perior
sempr numa posi¢o su
desinteressada,0 diplomata sempre participade um das
partes do .conflito. Mas sobretudo,
diplomata t er n s ob r
an
porque cada uma, po
m u l a ~ 6 e s " ,
pode d et e
mais impalpave que seja,
c ha v do a co rd o q u n a o e r g ar an ti d
macia, "iniciar uma conversa" "fazer representa'roes". mata nunc fala de radonal
d iv is a d a
e s s ~ n c i a s *
~ 6 e s . Tambem nunca,
d o s b ab it os * depende das conversa st
g ra nd ez a da sua missao el se
conformara ao incomensunivel, ist e, co
nao porque despreza, enquanto aquele seele nao despreza, tam-
pouc nao respeita. El engole todas as cobras Chamamo-Io fal soe hip6crita, quando el se indigna ao contrario po nao sabe descobrir
para cada situarao
gem do melbor dos mundos possive!.
le
d ir ig e
v a fonnular as
e x i g ~ n c i a s
paz. El nao abr as c
guerra ou
respeitando hipocritamente as
r e p r e s e n t a ~ 6 e s ;
que
o n v e r s a ~ 6 e s
porque ji saberia
res
peitada do antrop610go modernista, porque este nao respeita se
s er va r e
quem
mais sa
guerra.
bedoria na figura aviltada do diplomata do que na f 1 m ~ a o
em todo os campos, !ia sabe antecipadamente sob que forma
aquele
diplo
de irracional Diferentementedito,
tropologi urna vantagem p ar a n 6 decisiva: traidor potencial
podem pro,;oca
anterior
mente. El aceita justamente, segundo esta bel palavr diplo
nao entrar em rela'rao senao
unidade -,-devemos resignar-nos ob
reu
dos mundos comuns
que rejeitar na e f a b o r a ~ a
Como trabalha
desespera
do mundo comum, na tria
diplomata ecologista? Qual
daquele que aceita procurar Ie
se
que devemos con
s eg re d
linguagem da casa comum, aque
de quem devemo; dizer, segundo
etimologi
oikos-Iogos,
que seriam falsas nao mais que se el tivess de antemao ur pos
que "fala dos seres",
que articula
sive entendimento, se apena
ele nunca
c o m e ~ a
os debates po ordem obrigat6ria imposta
pelaantiga
C o n s t i t u i ~ a o ,
mum, sempre presente, tos,
se
chegasse
da' natureza,
do acordo dos espiritos Em nenhum momento,
do
do born senso, common knowledge.
diplomata utiliz
urn mundo comum de referenda pois mund
fala d o m u nd o co
dos fa
n o ~ a o
de
para construir est
c o mu m que el enfrenta t o do s o s perigos; e m n e nh u m
momenta tampouco, el respeita com desprez as "simples for
29 Eu tomo emprestados expressao argumento de Stengers (1997). Ver urn bela exerddo em Sybille de Pury (1998), Traite du malentendu. Theorie et pratique de la mediation interculturelIe.
344
coletivo? Na
e s q u e ~ a m o s
que
pois quecompreendeu que estacondi-
30 t: por esta raza que Isabelle Stengers propunha "terminar com toleranda" ha na tolermda alguma coisa com efeito intoleni.vel (STENGERS, 1997), se ela for obtida custa de urn abandono de toda e x i g ~ n c i a de realidade. este efeito danos d.a n o ~ a o tao modernista de convia;ao: os modernos acredi tam que os outros acreditam (LATOUR, 1996a). Nenhurna tolerlncia pior que aquela do multicu1turalismo. abertura de espirito de urn Hegel, fazen do por ele mesmo trabalho diplomatico de sintese, nao saberi passar por urna virtude, pois ele faz tudo s6,em seu escrit6rio. t: bastant faci de enten der com eles, quando se fala de longe, com respeito, localizando-os ern algum lugar, como urn epis6dio sobrepujado da hist6ria do Espirito absoluto!
345
Cap£tulo
explorafiio dos mundos comuns
previa tinha feit falhar ate aqui todos os reinicio de eon versa: "N6s nos entenderemos tanto mais rapidamente sobre mundo
comum, sobr
natureza quanta mais
tiverem
v o c ~ s
deixado no vestiario todas asvelharias irraeionais que s 6 n o s que s6 nos remetem
videm
subjetividad ou a o a rb i tr i s o
cia]". Nao el deve agora proeurar mentos distintos: as
d i f e r e n ~ a
entr dois ele-
exighlcias essenciais d e u r l ad o
metafisi-
ca experimental que as exprime, d o o u tr o . Na figur 5.1 que re toma
i nv er sa o
9 0 da figura 3.1, n6s retomamos
d i s t i n ~ o
entre o s d oi s p ar e d e o p o s i ~ 6 e s .
Os dois pares de o p o s i ~ a o nao eriam d a m e sm a f o rm a o s
mundos possiveis. Ainda que
jil unificada fora de processo
diversas mas sem acesso ao rea
que n a s e pede perde sem como coletivo
d e s a p a , r ~ c e r
EXIGtNCIAS
e x i g ~ n c i a s
de triagem,
EXPRESSOES
Figura 5 . 1 - Enquanto za nas cuIturas, a ~ i p l essencial.
que se pode modificar pelo valor da extensao do coletivo
antropologia classifica que encontra na nature dev efetuaruma triagem entre acess6rio
o m a c i a
hist6ria deste arranj em torn dos matters offact, leia·se Shapin Schaffer {1993) Shapin (1994). Depois que seculo 17 inventou pOr urn fim-as guerras civis, trazendo paz sobre os fato de laborat6rio, constata dos pelos gentlemen, secul.o 21 reabre questao, descobrindo com algu horror que Os fatos de laborat6ri podem ao mesmo temp ser reais ques tionaveis Quant aos gentlemen... (Ver Conclusao).
31 Sobre
346
esseneia era sempre eonhecido com
sencial estel ainda por vir." Quanto mais,eom
n ov a pedra d e t oq u e d e r
l a b o r ~ ~ 6 e s
a ~ a
se
es trata
todas igual
e p r e s e n t a ~ 6 e s
dilaeerante, para eonheeer
comum,
em
que
p r e ~ o
p ag a para aeeitar q u e o ut r o en
via de constru<;ao. Fora da prov di-
plomatica, nenhum eoletivo far s up er fl uo : f ar a
novo,
express6es, nao
simb6licas mas de urn desenraizamento do
urn eoletivo estani pronto trem na c
as
todas igualmente falsas de vis6es d o m un
m u d a n ~ a
d i f e r e n ~ a
entre
esseneia
g u er r po tudo, pois q u t ud o the pareeer
igualmente neeessario.
lentamente para inicio da conversa,
que urn coletivo aceitara se retomar diferenciando, segundo
tros principios
DIPLOMACIA
pr6pria partieularidade,
pode participar da confecfilo do fundo comum das essenciais. Em outras palavras, com antig principio
loroso, de um CUlTURAS
s6 pu
todo coletivo
do de e NATUREZA
naturez eomum,
dess forneeer esclareciment sobre
mente respeitiveis ANTROPOLOGIA
eultura nunea ofereeess senao
urn ponto de vista particular sobre
na
essencial do superfluo. Este trabalho extenuan
abordara senao na unica condifilo de que
Dutro
aceite se entregar it mesma triagem. Como estamos longe da tran admiravel trabalh de diplomacia de Marshal Sahlins (1995), How "Natives" Think. About Captain Cook, for example, batendo·se com urn de seus objetores, que pretende identificar os Havaianosresponsaveis pela mor tedo Capitao Cook, g r a ~ a s ao "born senso"universal, confundido com opi niao dos britAnicossabre Deus. Ver tambem enorme e s f o r ~ o de Viveiros de Castro, que se tornou porta-voz da filosofia dos Amerindios da AmazOnia, para medir dificuldad do empreendiment de justir;.a: se os Amerindios concordassem em definir urn mundo comurn, seria necessario m ud a d e metafisica. AIem deles, foi por seu intermedio que aprendi uso da palavra jnultinaturalismo", pois seu coletiv sup6e uma cultura human comum todos os seres,humanos nao-humanos, de naturezas diferentes segundo .os corpos (Eduardo Viveiros de Castro, publicar, obra citada).
347
expkmlfiJo dos
Capitulo
qiiila
sempre pronta da naturez da coisas
d i s t i n ~ a o ,
presenta0es que os humanos se fazem..
da re
que parecia de born
senso nao tinha sens comum.
lo 3, tentamos extrair as exigencias essenciais que estavam presas d i f e r e n ~
dos fato
de negocia¢o co recer p
do valores. Em 5Oguida, voltamo
urn especi de deal:
mes
50 prometemos !he
ofe
as suas exigencia essenciais de me!hores garantias,
r o t e ~ a
aceitariam voce modifica por urn instante
metafisic da natureza* que parece,
mais apta
protege-los; ainda qu el prove
nha da Caverna que nos impede
n6s de existir? Estariamvoces
prontos esta priva¢o se, po tal p r e ~ o , pudesse faze entrar os nao-humano demos no coletivo em vias de expansao Nada prova qu
diplomatavenh
n6s tenhamos vencid
c o n t i n u a ~ a o
ter sucess (nada prova, alias, que
cabe ao leito juigar) Esta incerteza faz
da diplomacia urn trabalho mai arriscado que
do antrop6klgo
comuns
do antrop610go se
d
oportunidade de su
cesso proibidas'a seus antecessores. Ha c o n t a m i n a ~ a o de civili z a ~ a o ,
Dest diplomacia demos urn exempl quando no capitu .na
tom
mundos
como h
a c o n t a m i n a ~ a o
outros coletivo
de barMrie. Pela primeiravez, os e nc on t am s a b e ~ n d a
quantos? ningue
urn representante civilizadoqlle !he perguntaquais sao seu ha bitos
suas propriedades. Minimiza-s sempre
de horripilante, para urn coletivo determinado, .bifurca violentament ma
fi
c om um ,
que se enfeit co
o ut r i rr ad on a
lingua do logos se, com os Indigenas
diziam do Brancos, os Iljloderno tern import co
lingu bifurcada? Pou
qu respeito se contorna esta irracionalidad nome de cultura; pouc importa
mlme-
ro de museus qu se th consagrem; pouco importa mesm que uma estrutur comum permita, po uma seri de transforma I"0es, passa de uma irracionalidad
outra de sort qu termi
pois qu este sabesempre deantemao onde se encontra inessen
ne, g
cial essencial (a natureza)
cedaneo de razao. Nao resta nada menOS do que se privou
cial (as
r e p r e s e n t a ~ o e s ) ,
onde se encontra
quando
essencial inessen
diplomata por pouc qu su
50
qual
antrop610go moderniita for privado: el aceita ter dian
Entretanto,
diplomatatern na su mang ur trunfo do
si os coletivos, que se encontram quanto
das exigencias
exat partilha
expressoes, na mesma incerteza qu aquele em
quem trata. Ne
!her sabem exatament por
qu manda, nem u e c om ba t
qu aceita aco ne
m es m
se
experimental nada ha nego ciar,pois qu as exigencias* esta sempre presentes, as identi combatem.
Se
metafisic nao
dades, tao fortemente reprimidas, sa injustificaveis. Ma nao pretendend mais fala em nome da natureza na aceitand mais
348
r a ~ a s
ciencia do antrop610go, por assemelhar-s
urn su co
letivo advind de todo contato com essencia mesma do fen6
bifurque for apedrejado pelos dois campos...
lingua
nome
de
de se cortarem em dua metades
m es m t em p r ad on a
particular Com fala
qu pode ter o b r i g a ~ a o
d i f e r e n ~ a
polida do multiculturalismo
diplomat que
33 Depois de have-la reencontrado na Africa, sem
compreender, ha cerca de trinta anos foi no gabinete de Tobi Nathan que reconheci, da minha parte, diferenya entreatender urn pacientesob os auspicios da antropologia sob aqueles cia diplomacia arriscada (NATHAN 1994, L'Influence qui guerit). NaturaJmente, aqueles que exdamam, como urn celebre psicanalista pari siense:"Sem inconsciente universal n a h a mais Republica francesa': acusam Nathan de culturalismo om os "sokalistas" acusam-me, mim, de cons trutivismo social.Ve-se, portodas estas incompreensoes, area¢o do moder nismo, incapaz de imaginar urn sucessor oposi<;ao naturezalculturas. Se voce deseja que encontro se faya em u m a n ov a b as e q u e ss e aos quais voce se dirige participem da base comum das exigencias essenciais, que os nao-hurnanos fa<;am urna diferen<;a que na seja apenas de fato, voce neces sariamente ser urn traidor. Sim, diplomata urn traidor, mas ele pode ter sucesso 1a onde os fieis falham, porqu s6 ele duvida que seus concidadaos ja tenham conseguid descobrir suas metas reai de guerra.
349
explorafilo MS muruio comuns
ap ul
menos." Tudo
l i ", o ;
que
essencia pertence ao visitant que th da
Sabemo n6s, na verdade, dess
que se passaria se, em lugar
encontro modernista, entrassemos em c on ta t
modo da diplomacia ecol6gica? Podemos imaginar
b al sa m q u e c ai ri a e n ta o s ob r t ro s s o
auspkios da natureza
queacabam delhe ensina Puseramosa
n at iv o n a o e r ic o s en a po sua diferenc;a. co poder do
c ha ga s a be rt a p el o e nc on
c a r r o ~ a
que voce mai amam no mundo?"
antes do bois Nao, co
efeito naonos re
ferimostanto it natureza definamos antes, aquilo
que no re ferimo narremos depois esse tesouro m a palavra que nos seja querida. "La onde estiver vosso tesouro hi estani tam bern vosso
c o r a ~ a o "
(Lc 12,34).
Dizendo em outras palavras,
virtud do diplomata,
diplomata esta encarrega
que fazia del "uma merda dentro d a m e i a d e s ed a' ; e q u e l i m
do daquilo que
poe aos seus pr6prios mandantes esta duvida fundamenta sobre
ecol6gica, lembramos muita vezes, apresenta-se ante de tudo
suas pr6prias exigencias. "N fundo diz-lhes, voces nao sabiam u e se referia
ante que eu lizess desviar
tesour que voce acabam de descobrir, dos voce estariam prontos talvez
n e g o c i a ~ a o
que estava
Este
tao liga
aloja-Io n u m a o u t r ineta
fisica se lucrassem por aumentar casa comum. Estariam voces prontos abriga aquele quevoces tomava
34
350
po inimigos, mas
estruturalismo, com as sfnteses solitarias de Hegel tinham inconve niente de estabelecer mundo comum suas leis de composirrao (simetria, inversao, semelhanlf3" oposirrao, ~ o n d e n s a l Y a o , etc.), se leva "em conta aqueles cu;as culturas se unificaram cujas opinioes eram supostamente tao vagas quanto as qualidades segundas* para metaffsica da natureza. Depois de ter reconhecido, ao mesmotempo,a iinporUncia desta d i s t i n ~ o entr objetiv subjetivo, bern como impossibilidade de aplica-Ios, U v i ~ Strauss nao Yiu outra solulYao senao inventar urn novo inconsciente, consciente estrutural que"nos poe em c o i n c i d ~ n c i a com formas de a t i Y i d a ~ outros, condilYoes de t o d ~ asvidas mentais de que sao, por sua vez, de todos os homen de todos os tempos" (MAUSS, [1950], p. XXI, 50cio1ogie et anthropologie. Introdulf3 de Claude Levi-Strauss). Thdo se inverte, como me aconteceu no museu de antropologia de Vancou ver, se nos debrulYamos sob:r:e uma vitrina dentro da qua uma grande caixa cinza esconde as mascaras cerimoniais de uma nayao indfgena, 82 exp6-las ao olhar do visitant ocidental (La Recherche, n. 316, janv.1999) .5obre caixa estava escrito: "material culturalmente sensivel!" Eis at a d v e r t ~ n c i a que sera necessario escrever, doravante, sobr todas as questoes de cosmopolitica, desacelerando velocidade das atordoantes sfn teses dos estruturalistas. inconsciente nao mais suficiente para estahe lecer contato com os outros, evitando-os.
velho Kan chamava "0 reino dos fins".
crise
como uma revolta generalizada dos meios. Ne nada, ne nin guem quer aceitar servir como simples rrieio para exercicio de um vontade qualquer, tida como fi ultimo. menor minho ca,
menor roedor) menor dos rios) mais longinqua da es mais simples das rnaquinas autornaticas exige ser torna
trelas,
d a t a mb e m como u r f im , c o Lazaro it porta do ma
rico.
m es m a r a i i q u e primeir vista, est
de fins parece insustentavel contra ele Depois, um ve fechado
mendigo
p r o l i f e r a ~ a o
modernismo,investe.
parentes modernista, um pergun
t a q u e d u ra n t v ar io s s ec ul o p er ma ne ce u s us pe ns a s e crao) se cb oca: so
s ol u
qu auspicios temo que no unir agora que
nao ha mais natureza para faze
trabalho em noss lugar, dis
cretamente, fora da assembleia representativa? diplomata nao
exatament ur quarto poder. Ele esta
soment encarregado de deixar pendente de coletivo quesliio que sem ele, todo
questa do numero
mundo tenderia
sim
plifica urn pouco. Explorador, pesquisador, testador, el tern so b r o s o ut r o p od er e que se compoe
v an ta ge m d e n a o s ab e c o
coletivo que
c er te z d e
envia. Mais manhos que mora
lista,menos processua que administrador, menosvoluntarioque politico mai encurvado que explorador de mercados,
cientista, mais desapegado que
diplomata nao minimiza de modo al-
351
ex:plorafilo dos mundoscomuns
Capitul
gum
dificuldade qu existe em conhecer os termo no quai
qua ninguem pod salta as etapas nem preyer os resultados Fi
cada um das partes vis descrever seus"fins de guerra". Su uni
zemo melhor do qu resolve-la n6s
ca p
do de lad
suficiente, todavia, para modifica profundamente r e s e n ~ a perigo ao qual faz face ur coletivo em busc do numero da
queles co
quem sera precis compor.
roriza c;om raza os q\le acha
qu se !hes tira
essencia os barbaros amedronta que
d i f e r e n
inimigo
coletivo em perigo, da
portado de umaoferta
va muito alem do simple compromisso: " compreendera
qu defin sua
os barbaros Ma
diplomata acompanha na poe
mesma maneira, porque ele
inimig exterior ater
G r a ~ s
pa qu
voce vamo
entre nossas exigencias essenciais suas
expressfies provis6rias".35 Enfim., saberemos
que queremo
qual sera esse "n6s" que se di dotad de vontade.
guerra
lembra que ninguem pode invocar
unidade do coletivo que nao se prestasse i m i t a ~ a o do terceiro esse trabalho de negociarao. Mandamento contra blasfemia acrescentemos as tabuas da Lei: "Na invocara em va unidad do coletivo".
questa do numero de coletivos,da qual dependem paz. Compreende-s se
do deixados de fora
a v a n ~ a s s e m
e s f o r ~ o :
se todosos exclui
em seguida, de maneira civili
zada paraa Republica* desejando participar do mesmo mundo comum sem formula exigencias contradit6rias, nao haveri es tado de guerra. Com ur unico mundo, os conflitos seria
sem
pre superficiais parciais localizados Tud muda, pelo contra rio, se um das multiplicidades exig
d e s t r u i ~ a o
de urn coleti
vo determinado, sua i n c o r p o r a ~ o f o r ~ a d a ou su c a p i t u l a ~ a o .
fi
diplomat
deixamos aberta, deixan
do estado
Ora,
g r a ~ a s
ecologia politjca, percebe
mos,pouco pouco qu jamais deixamos
estado de guerra, este
estado de natureza do qua Hobbespensav qu nha extraido quando n6s no
Leviata nos ti
temos jamais abandonado, poi
qu no fizemo sepa passar de uma Naturpolitik
outra.
violencia pacificadora da C i e n c i ~ define 'urn unic mund co
mum, sem nos dar os meios, os interpretes, as hist6rias, as redes,
CONCLUSAo
Teremo concluid Certamente, porque
Na
tro sentido sena
35
352
UERR
os f6runs, as agoras, os parlamentos, os instrumentos para com-
PAZ DAB C I ~ N C I A S
po-lo progressivamente.
questa do numero de coleti os hist6ri nao tern fi na tern ou
quese descobre po um
e x p e r i m e n t a ~ a o ,
da
diplomata fazend del run marchand de tapetes. Se tomamos, C a l w l l a - ~ por exemplo, debate entre os creadonistas americanos os evoludonistas, DaO se vai deddir de pronto por uma estimativa mal e1aborada, entre urn m u n ~ do criado ha 6.000 anos uma Terra formada ha bilh6es de anos, para concordar; por exernplo, em bilhOes de anos! Isso nao satisfaria ninguem. plomata vai muito mais lange: e1e exig que se jogue no tapete que urn Deus que uma Terra. Estt ai toda vantagem de uma metafisic experimental no choque frontal de uma metafisica da natureza* em luta com as " t r a d i ~ ~
pode de dizer
racional
irracio
nal se exercia ate agor sem contra-poder. Deus ab qu hist6ria na foi mesquinha em conflitos. essas guerras as ciencias
mais, alargando
escala,
as tecnicas contribuiram cada ve
amplitude
.yirulencia,
violencia
36 Esta e, alias,
razao pel qua L e v i ~ t a , "este Deus mortal para qual devemos o b e d i ~ n c i a sob Deus imortal", parece tao mODstruoso. Ele nao representa politica mais do que natureza representa as c i ~ n c i a s . Tal err que eu havia cometido, no livro sobre os Modernos, ao tentar p6r em da Politica. E, alias, por isto, que eu abansimetria artefato da C i ~ n c i a donei depois principio de simetria substitufdo por urn igual respeito pelas ciencias pelas politicas.
353
r.xplarafM des munoos comuns
Capitulo
Iogistica dessas batalhas. Desta oferta'de ro
dos engenhei
s e r v i ~ o s
cientistas entendeu-se, durante longo tempo, que el foss
apenas urn desvio da missa da Ciencia, apena um desastrad de urn projeto que foss um
a p l i c a ~ a o
pratica pura
momenta
pe sava-s
consens
harmonia
diversao
do conhecimento, apenas
sempre desinteressada.A urn dad
ja qu os objeto ci ntificos cria Cienciaterminara po
tant paraque os conflito nao seja
se
estender bas
mai do que ma Iembran
racional da qualidade primeiras terminara por tornar
~ a s .
lugar do irracional da qualidade segundas*. Isso levara tem p o m a urn dia
atomos dade
as
au
ciencias nao sao mais suficientes para assegurar
tambem inicio to
Sf
vit6ria da paz
ou entao ser se
desespero da humani encontra na esquin da rna
Sobrevem entao, so
curiosa de "guerra das c
a'
pena do jornalistas
i ~ n c i a s l ) .
expressao
Ela nao designa, no comecyo, se-
como
pa impossivel vist qu coloca no
fora da hist6ria aquilo qu devi esta no fim. Enquan combati nas batalhas liliputiana
uma Grande Guerra ja havi
c o m e ~ a d o ,
"p6s-modernismo",
somando-s
todas
as
outras, nas quais as ciencias nao eram mais, como recentemente uma f o r ~ adicional, por maior qu la ma tatica estrategia tanto quanto Iogistica Ao monstro do multicultu ralismo se acrescenta espectro hediondo do multinaturalismo, guerra da ciencias tornou-s g u ~ r r a dos mundos:'
Qutro enttaremos na terr ond carrer as
particulas
Cienci torn
Abandonando nao promete paz.'Ela c guerras que el
monoculturalismo, o m e ~ a
soment
ecol9gia p ~ l i t i c a
compreender quais
as
eve.declarar os inimigos que deve aprender
designar El descobre enfim os perigos que constituiriam um de
a m e a ~ a
p a c i f i c a ~ a o
p io r d o q u
mal objetos indiscutiveis
na ur minusculo assunt na maior qu ur n6duIo na pele:
de urn lado, sujeitosentrincheirados nas identidades injustifica
certos pensadore "p6s-modernos" queriam parece estender
veis do outro. Perdendo os socorros dos simplificadores el en
muiticulturalismo
Ciencia, negand
naturez sua unidade,
ao projeto de conhecimento se desinteresse sua indiscutive necessidade. Contra est tas certos epistemol6gicos qu toma sitario
se
as
a m e a ~ a ,
mobilizam. Quere
po ur cancerque vaiinvadir todo
metastasear logo, junto
leis cientificas certos cientis-_ erradica corpo univer
infelize estudantes, sem defe
sa Depois po uma m u t a ~ a o subita, percebe-se que expressao "guerra das ciencias possui urn sentido de premonis:ao torna se
sistem de ur ma muito mais terrivel. Na some'nte
as
contra
font essencia de paz, 9ual na tinh nunca
to de reeorrer porque Sf tinham militarizado
sob
uniforme dos objetos:
ciai capaze de cria pelas
p r o p o s i ~ 6 e s *
as
os
coisas* essa assembleia par
acordo na
c o n d i ~ a o
de sere
tomada
convocadas formalmente p o u m a Republi
a* enfim estendida pelos nao-humanos. Perdemos c a ~ a o
direi
nao-humanos
simplifi
da natureza mas nao nos desfizemo da c o m p l i c a ~ a o que
el introduzia, simplificand rapido demais
s o l u ~ a o .
Nenhu
rn facilidade ma nenhuma impossibilidade de principios Nenhuma transcendencia, ma nenhuma prisao da imanencia
tema deste pequeno Tractatus scientifico-politicus que eu havia escrito em pleno"fun da guerra fria, sublinhando paralelismo entre as guerras de religiao as guerras de ciencia (LATOUR, 1984). Eu nao via, epoca, outras solw;:oes alem da d i s t i n ~ o da f o r ~ a do poder par sai da opo s i ~ a o , ja obsoleta, entre as r e l a ~ o , e de razao as r e l a ~ o e s de f o r ~ a . Eu pen·
sava que principio de simetria' generalizada permitiria erradicar isto Eu nao havia ainda compreendido, na ocasiao, trabalho propriamente constitucional do modemismo, para tamar impossiveluma tal superalfao.
355
explortlfiW dos mundo comuns
Capitulo
tambem Nad mais que ordinario trabalho da poHtica. Sem pre se quis, at entao,'salvar-s do inumano p.elo apel Cien
contribui,aoa elabora,ao
cia; salvar-s da Ciencia pelo apelo ao humano; rest explorar outra solw;:ao: salvar-s da Cienci do inumano pelo apel as
faze suapoHtica
as proposta de humano ciencia dos enfim, formalmente.
nilo-humanos reuni
Realmente nao temossorte. No mesm se desmoronava
totalitarismo,
momenta
em qu
globaliza,ao come,ava. "To-
tal" "global" na sa dois sinonimo do mundo comum? En tretanto, malgrado sua ambi,6es ne po tica cientifica do
dos mundo comuns pois os Outros natureza par universa nao esta nem atras, nem por cima
(e na sa mais cultlJras) nao uti!izaram nunc
nem por baixo, ma na frente Na sabemo qu se assemelha ra diverso, se el nao se destacar mais sobre fundo prematu ramente unificado da natureza. relativismo desapareceri com absolutismo. Restaria
reJ<..cionismo,
mund comu
zer. Para empenha sua perigosas conversa,6es,
fa-
logos nao tern
outro socorro senao recorrer aos fragei parlamentares.
totalitilrismo nem economia politica da globaliza,a permi tern descobrir as boa institui,6es vist que nao fizera sena reduzir numero da partes credoras Nada menos cientifico que totalitarismo; nada menos universalizave que globaliza suas "bobagen globalizantes" Parece que se quer sempr ,ao passar de ur mundo unificad ur outro,abreviando cada vez os m ~ i o s praticdsde obter est unidade. Se nao saimo,!ainda do estado de natureza, se guerra de "todos os tudos" contra "todos os tudos" atingeviolencia extrema, temo pelo menos esperan ,a de poder enfim penet'ra no Estado de direito, do qua as for
ma tradicionais da polltica nao dao idei nenhuma esta ainda por vir.
coletivo
coletivo se Felizmente, perdendo m o n o n ~ t u r a l i s m o , livra no mesmo instante do multiculturalismo. At aqui plu ralism nao tinha sena uma tolerancia muito tiki!, pois nao fazi reagir suas amplitudes nao se alimentando-se do fund comum incontestado. Perdendo natlJI"eza, perde-se tambem form fragmentada, dispersa irremediavel qu el dava por contrast todas as multiplicidades. Os modemos, livres dess formidave etnocentrismo da natureza inanimada podem nova ment entrar em contat co os Outros se beneficiar de sua
356
357
CONCLusAo
FAZER? ECOLOGIA POLfTICA
QU
Para oferecer
ecologia politicaurn Iuga legitimo, basta
ria fazer entrar as ciencias na democracia. Durante todo este livr ~ a o ,
dediquei-me
empregando termos f or a d e m od a
C o n s t i t u i ~ a o ,
Parlamento, c
~ a r a ,
propor est solu
p a a vr a d i c u a o
logos demos. Eu ber se que
nao li sena exprimi urn ponto de vist particular, nao somen
europeu, ma frances, talvez mesrrt0
s o ~ i a l - d e m o c r a t a , o u
pior ainda, logocentrico... Mas, ondeja se vi
urn diplomat que
nao leve os estigmas do campoque ele representa? Q u e
n a o se
reveste da capa dos interesse poderosos que el escolhe para servir, e, portanto, trair? Se devemos apela aos pariamentares, justamente porque nao existe em nenhuma parte
ponto de vis
ta de Sirius de onde os juizes poderiam distribui os prejuizo
entre aspartes Estou eu por iS50, limitado ao me ponto de vis ta, fechado no estreito carcer das minhas dais? Isto depende da perseveranra. dam,
r e p r e s e n t a ~ 6 e s
so
diplomatas nao sebeneli
verdade, dos privilegios ofereddos pelo ce
das ldeias,
359
Omclusao
Condusao
mas eles na
mais prisioneiros da Caverna obscura. Eles co p al av ra s q u h er da
poder absoluto corromp absolutamente, enlii aquele que per
mitia definir, sob os auspicio da natureza, mundo comurn, vos corrompia mais que qualquer outro. Nao,e hora de vo libertar
tamar voz hi onde e st a
co
nao tern f6rmula melhores mai definitivas,
que falam, eles
tambem, dos estreitos confin onde nasceram. As primeiras pa
dest absolutismo,
lavras, para urn diplomata, na contam mas somente as seguin
do quai cad ur deve aprender
tes:
v et da d q u
com esta f6rmulas que eles se apresentam itqueles que
m e ~ a m
ram.
dimentos, e, sobretudo, seu contra-poderes. Se
as palavras de n e g o c i a ~ o
d e d ip lo ma ci a d e c ie nc ia s
de de
it dignidad de representantes,
duvidar?
As guerra de cienci nos levam, hoje, it s
primeir malh do mundo comum que este fnigei voca
bulo vao permitirtricotar Tudo negociavel ai compreendidas
a l ~ a n d o - v o s
ra de religiao que f inventar
o r ~ a r a m
i t u a ~ a o
das guer
nossos predecessores, no seculo 17
duplo poder da politicae da Ciencia, rejeitando fe
mocracia, simple bandeiras branca agitadas na frente de bata
no foro interior. Se cada leilor da Biblia em contat diret com
lha para suspender as hostilidades Se, po vezes, choquei b or n s en so *
seu Deus,pudesse vir
reencontrar
sentido comum*
d es ej e
su pr6pria i
senso do comum.Aquelesque
haveria mais
p o rq u
falam da natureza comode um unidade ja constituida que per
veram
miliria rejeitar, nas r
simples c
sociais, tudo qu cham it desuniao, exercern urn poder n!gio, mai importante de todos um
e p r e s e n t a ~ o e s
p ot en ci a s u pe ri o r a t od o o s m a nt o s d e purpura
t od o
os cetros dourados das autoridades civi ou militares Nao !hes p e ~ o
nad alem do que est minuscul concessao: um ve que
racional
isto seria
lim da vida publica. Nao
mundo comum. Eis po que nossos ancestrai ti
laicizar o n v i c ~ a
politica
relativiza
religiao que se tomou
privada. Sera precis operar
mesm neutra
agor que cada ur se pode levantar contra
publica, com sua pr6pria i
n t e r p r e t a ~ o
autoridad
da natureza em nome de
urncontatodireto comos fittos? Pode-se laicizaras ciencias como se laicizo
religiao, fazer do conhecimento exat uma opiniao,
quenos
irracional mostrai-nos tambem as provas
tado que nao assegurasse nada ale da liberdade de .exercer livre
de voss ilegitimidade, os t
r a ~ o s
de voss
e l e i ~ a o ,
as
m o t i v a ~ o e s
de vossas escolhas, as instituic;oes que vos permitam exercer estas f u n ~ o e s ,
cursus honorurn mediante qualv6s haveispodido ca
minhar
partir d o m o m en t a e m quev6s aceitai redefinira vid
publica como
n t e r p r e t a ~ a o ,
certamente respeilavel, mas privada? Devemo imaginar urn Es-
v6 vo haveis dado poder de definir quenos uniu
desuniu,
l i z a ~ o ,
alterara ordem estabelecida,em nome de
c o m p o s i ~ a
progressiva d o m un d comum*, v6
ment os cultos eruditos sern s o l u ~ a "
religiao unicament ,feita, que
sustentar
nenhurn? Assim formula
parece aberrante, poi chegou-se g r a ~ a s
laicizar
moral
esta garanti de urna unidad ja
Cienci apresentav numa bandeja. Agn6stica em
materi de religiao como de Ciencia,
Republic laic seri
s
nao podereis mai exerce este poder ao abrigo das"leis indiscu
vaziadade qualquer substilncia Em questao de mundo comurn,
tiveis da natureza". Par as leis
precis urn Parlamento. "N ada
el repousaria sobre
de realidad se
Ningue
dos pequenos d e n o ~ i n a d o r e s :
dona todo
r e p r e s e n t a ~ a o " .
vo ped para aban
poder, mas simplesmente para exerce-Iocorno urn
poder, com todas as suas precauc;oes, suas lentidoes, Beus proce-
mai desinteressante rei-eu.
Eu quis explorar uma outra as exigencias que levam it
mai arbitrari
s o l u ~ a o
c o n s t i t u i ~ a o
em ve de diminuir
dos fatos, reenviando-o
,~
Qme/usao
Cone/usao
esfera privada, por qu nao,ao contririo, alongar exigencias
s o l u ~ o
do seculo 17,
lista destas
simult1mea das
i n v e n ~ a
policial. Do mesm modo, imagina um "Estad de direit de natureza") urn due process para
matters offa indiscutiveis da discussao interminave1, nao ofe
na va facilita
receria finalmente garantias suficiente para
xistencia·do irracional todas as
c o n s t r u ~ a o
ordem publica, do cosmos. Perder-se-iam as duas importantes
capacidade de discutir
chegar ur acordo, fechando discussa r a ~ a o * ,
f u n ~ 6 e s
da
mais
poder de conside
de ordenamento*. Aind qu algu
pontific na
pudesse mais dizer: "Scientia locuta est, causa judica est", perda de autoridade se achari compensada ao centuplo pe1a possibi lidade explorar em comum qu um bam fato, q u um membro legitimo do coletivo. Se fo precis meno Ciencia* sera precis contar muito mai
co
fo precis menas qualidades primeiras* sera precis mais experimenta<;a coletiva* sobre
Ainda ai eunaa p tenda
e ~ a
essencia
muita
acess6rio.
senaa um minuscula concessaa: que se es
questaa da demacracia aas naa-humanas. Mas, no fun
que as sabias sempre quiseram defender tao apaixa do, n a nadamente? Tere garantia absalut de qu as fata naa sa construidas pela simple paix6e humanas. Eles acreditaram, im pela atalha da matters of fad, calacada de imediata for de qualquer discussa publica Naa
bem depressa
se pade abter,
a l c a n ~ a r
verdade mais dalarosamente, mais labariasa
mente) garantias bern superiores) se os humano nao foreni os unicos
elaborar sua Republica*, sua coisa comum?
Naa pretenda qu
palitica uma ez traduzid em eca-
perde
natureza
ja quant inaplicaveis
caus princi
nao vive mais uma
s a l v a ~ a
politica respir mais livremente Ela
sombra desta espada de Dilmocles: vind de fora
hip6tes;, que desenvolv fiz como se
nov
a m e a ~ a
de
preciso que se entenda. normativa ou descritiva? Eu
descrevesse um estado de coisas ja no lugar, ao qual na faltasse po vezes, senao certos termos C o n s t i t u i ~ a o
adequados, para saltar ao o!hos dos mai prevenidos. Era co meio de chegar ao sens comum tivo
d i f e r e n ~ a
normativo depende, ademais, da
entre
d i s t i n ~ a o
uni descri
entre fatas
valores: eu nao poderia) pois) servir-me disso sem contradi<;ao
Ha, na "simple
d e s c r i ~ o ' ;
uma form muito potentede norma
tividade:
que define mundo comum e, portanto,tudo que n a t en d resto outr eXistencia que aque1a inessen deve cia das qualidades segundas. Nada de mai antropocentrico que inanimismo* da natureza.Contra norma dissimulada na po litic da matters of fad, er precis r, pois mais normativ ainda De resto, nad de menos ut6pico que um argumento que nao visa
outra coisa senao acabar comesta utopia esta escato
gente, p r o c e d i m e ~ t a l , quer dizer, procedimentalista, sim tatean
vidad vinda'de fora
teo jamais se v i
convid
vida daque1es que estavam habituados as facilidade do Estado
qu se
pal de su paralisia Libertada da transcendencias tao benfaze
logi modernista que sempr esperasua
de um Estada de direito simplificar
ine
vimos muitas ezes ao
como
vida public perdetambe
lagia, seja mais faci!. Aa cantraria, e1a se tamara mais dificil, exi i n s t a l a ~ a a
remete
cujas fisianomias
saltar nenhuma da etapas qu percorremos
nos capitulo precedentes Mas)
as ciencias*; se fo precise
menos fato indiscutiveis sera precis muito mai pesquisa se
p r o p o s i ~ 6 e s
nao !hes·pertenceria. Ser precis que e1es argumentem componham, se
mundo c om um ,
descoberta d o m u nd o comurn,
vida daqueles qu pretendia
retornar N6 reentramos
da comum, se
s a l v a ~ a
aa tapas, ao oikos que
de um objeti ecologia politica
as para habita
mora
pretendermo se radicalmente diferente do
Conclusao
Conclusao
outros. De qualquer modo chegando muito mais tarde que vanguarda,urn pouco mais depressa que
coruja de Minerva, os
trabalhadoresintelectuais nao podem jamais fazer melhor senao ajudar outros intelectuais, seus leitores
Objetar-se-a que se trata fon;osament um
de um
utopia,
vez que as relayoes de foryas semprevirao romper
Estado
d e d ir ei t cado,
impor, contra
de1icad procediment aqui expli
brutalidad sem comentario dos poderes estabelecidos.
Eu nao me servi,
verdad'e dos recursos oferecidos pe10 discur
so critico. E u n a r ev el e s e na o u r n s 6 p od er , a qu el e da nature za*. Eu tinha, para isso uma fort razao: discurs .critic
mesma funyao que
sociedade* ocup
no
natureza no discurso dos
naturalizadores. Societas siv natura. Afirmar que sob as re1ayoes legitimas existem foryas invisivei aos atores, que nao poderia ser distinguidas senao pe10 especialistas das cienciassociais, sig nific uti!izar para
C av er n
mesmo mecanismo que para
metafisica da natureza* existiriam qualidade primeiras ciedad
sua re1ayoes de foryas
essencial d o m u nd o social sament
que formariam
so
decorayao
das qualidades segundas tao inten
vivida quanta ,mentirosas, qu
cobriria
com se
mant estas fonras invisiveis qu nao se saberi ve se
pei-der
interesse Se preciso rejeita as ciencia naturais,pois fazem uso d es t a d i co t om i a s er a p re ci s
r ej ei ta r m a i v i va m en t e ainda as
ciencia sociai quando e1as
a pl i ca m a o c ol et iv o c o nc e bi d o
como sociedade*. Se fo preciso, com as ciencias naturais, com po progressivamente
l iz a
s oc ie da d para explicar
Com no
fi
natureza
comportament
pela mesma razao,
dos atores.
sociedad se encontra
experimenta<;:ao coletiva, nao
pronta nao ainda \;i.
364
mundo comum guardemo-nos d e u ti
no
i ni ci o n a
t od a
discurso critic participa da extensao das
born senao paratenta tomar
exerce-Io pois e1e se engana mesmo
reunir aqui!o que des:'
demos ja fez entrar no estado das coisas
d e a lg u m tempo
relayoes de foryas ele nao os descrevo el os desvel menos ain da. Nao
poder
11
sem jamais vir
forya.
As ciencias sociais, economia, sociologia, antropologia, hist6ria, geografia, tern urn papel muito mais uti que nir, em lugar dos atores os manipulam s e
d e e fi
muitas vezes contra e1es, as foryas que
s e c on h ec i me n to . O s a to re s nao sabem
que fazem, os soci610go
menos ainda
que manipula !'S atores
desconhecido de todos, inclusive dos pesquisadores em ciencias sociais.
po
essa raza que existe 'uma Republica, um mundo
comum aind porvir: n6s ignoramos as conseqiiencia coletivas de nossa ayaes. Somos emedados po
vinculos de risco, cuja
c on se qi ie nc ia s p ro vi s6 ri a d ev e
c a u ~ a s
constante re-apresentayao. cessidad
que
m u nd o p o vir no
Mas para indagar s ob r
s e r o bj e t
d e um
ultima dascoisas de que temo ne
coloque em nosso lugar.
q u n o s une, podemos contar com as
ciencias humanas oferecendo aos atores versoe mUltipla
pidamente revistas, q u cia coletiv para
n o permitam compreender
ra
experien
qual somos todos arrastados. Todas as -Iogias,
-grafias, -nomias, tornam-se entao indispensaveis"prestam-se propor constantemente ao coletivo novas versoes d o q u poderi
ser, guardando-se
s oc ia i
tray das singularidades. Com as ciencias
c ol et iv o p od e , e nf i m recuperar-se.
simple sao capaze de se tornar sabios, exato
e sp ir it o b er n meticulosos,
grayas ao equipamento de seus laborat6rios imagine-se no que simple cidadao se poderiam tornar, se e1es se beneficiassem, para pensar
coletivo, do equipamento das ciendas sociais.
e co lo gi a p ol i ti c m a rc a i da d e d e ouro das ciencias sociais, li bertadas, enfim, do modernismo. Poss conserva
expressao ecologia politic para desig-
nar e st a e sp ec i d e e st ad o d e g ue rr a E st o u c on sc ie nt e d e que
Conclusao
Conclusao
Harne com os partidos «verdes" permanece bern forte, vist qu
nao fiz senao criticar
usa da natureza, mostrand que el pa-
ralisava
!her ur luga no interio da antiga C
ma em wn vocar o'coletiv em um outr assembIeia, uma outra arena, urn outr f6rum. Esquerda
direita nao saberiam mais portanto,
combat dos "ecolos". Como preservar mesmo termo ecologia para designa dos ecologista qu pretende fazer entrar natureza na politica, para desig
te mais opor
nar uma vid publicaque devedesintoxicar-se da natureza? Nao
se existisse um
ha, ai, urn abuso do termo? Se me permito faltar ao respeit
no mesmo pass as Luzes,
losofi politica da ecologia
fi-
porque el muito pouco utiliwu,
ateaqui dos recursos conjuntos da filosofi dasciencia
da an
recapitula sua divis6es. Nenhum pacote bern amarrado permi
nao maisconservara natureza. Eu na cessei, em con
t r a p o s i ~ a o ,
de faze
j u s t i ~ a
pnitica abundante daque!es qu
descobrem atnis de cad humano,
a s s o c i a ~ 6 e s
proliferantes de
nao-humanos, cujas c o n s e q i i ~ n c i a s desordenadas tornam impossive! antig divisao eqtre natureza sociedade. Que outro termo alem daquele de ecologia permitiria acolher as niio-huma nos em political Talvezme perdoarao de haver subvertid s a b e ~ doria da ecologia, se foss para levantar algumas de suas contra d i ~ 6 e s
mai flagrantes. Falar da naturez sem rever democraci
das ciencias nao teria grande sentido Entretanto, assegurar-se
de qu oshumanos nao faze mais su politica se osnao-hu manos, na qu os movimentos «verdes" sempre procuraram po detra da f6rmula ma orientad de um " p r o t e ~ a o " ou de
uma "conserva<;:ao cia natureza"? Resta um questao de!icada:
f u r ~ a s
mercado,
do Progresso
s6 frent
de
aque!a da R e a ~ a o , c om o qu fari marchar
m o d e m i z a ~ a o ,
l i b e r a ~ a
l a i c i z a ~ a o ,
dos costumes,
universal. As divis6es no interio dos Eartidos sao,
alem disso, ja ha muito tempo superiore aquil qu os reuniu
tropologi comparada que ambas, com vimos'no capitulo 1,
obriga
o n s t i t u i ~ a o ,
Qu faze da esquerda
da direita se
progresso consis
te em passar, como vimos, do intrincado ao mais intrincado, de um
mistur do fato
inextricave!? Se
do valore
ur numero maior de er s, ma apegad maio
mistura ainda mais
um
liberdad consiste em se encontrarnao livr de
p r o p o s i ~ 6 e s
na em uma fr te barbarie ma co
ur numero sempre
contradit6rias? Se c i v i l i z a ~ a o
o b r i g a ~ a o
tros,um s6 mundo comum? Se
fratemidade reside
que fizesse retomar os outros de construir,com todos os ou igualdad
ig tomar
ponsabilidade dos nao-humanos, sem sabe de inicio do simple meio
qu pertenc ao rein do fins Se
publica* se toma uma.form
res
que real Re-
mesm temp muit antiga
muito nova de Parlament da coisas Para
esco!h dos mundo possiveis,
d i f e r e n ~ a
esquer
da/direita parece bern desastrada. Impensave ao mesmo temp ecologia politica deve her
de entender, ultrapassando esta
me, visto que
o p o s i ~ o
natureza nao esta mais
por ur pode unilni
para no
ir se
dar as divis6es politica classicas? Os partidos que reclamam, como se constatou muitas vezes, pena em distinguir sua es
combate. Eu nao me inquieto muito com esta dificuldade Uma
querd de su direita. Ma esquerda
ve organizadacom seus pr6prios m6veis
direita dependem da As-
sembleia que reune os parlamentares, da ras, da forma do anfiteatro da que bndese coloca
speaker.
p o s i ~ a o
o r g a n i z a ~ a o
das filei
do presidente, do palan
ecologia politica nao busc esco:
ai
ecologia politica sa-
bera muito depressa reconhece as novas clivagens os novos inimigos, as nova frentes. Sera de !hes atribui etiquetas.
me!hor oportunidade, entao
maior parte ja se encontra ai sob
ConcIUSM
nossos o!hos Surpreendentes aos ,,!hos do Antigo Regime, este reagrupament6 parecera banais para
novo Nao nosprecipi
temos, em tod ca o, par herdar as antigas divis6es. For disso, nao se
verdadeiramente outra
na
ecologia political No fundo que quereis v6s? Podereis ver
dadeiramente dizer, sem enrubescer, aind crend "nisso, que
futuro do planet consiste em ve fundir todas as turais esperando que elas seja
pouc
d i f e r e n ~ a s
GLossARIO
cul
pouco substituidas po
uma unic natureza conhecid pela Cienda universal? Se v6s nao t i v ~ r d e s est audacia, enta sejais francos: tereis v6s zade admiti ao inverso quevos resignais
da qu inessenciais se tornem tambem m u n d ~ s veis, sobrepostos misteriosamente tempo essendal
desnudada de sentido?
seguis este fun, se mo
uma
certe
que as culturas, ainincomensura-
naturez
ao
Acompanhamento (poder de acompanhamento): urn
mesmo
se v6 na mais per
mononaturalismo, junto ao multiculturalis
vos parece uma impostura, se verdadeirament nao ousais
mai serde modernos, se verdadeiramente antigaforma de fu
do tre podere do coletivo (juntamente com em
tao do mundoscomuns; c o n d i ~ a o
termos venenlveis da democrada? Po qu na tentar porfim ao
de governar.
corremo em tentar um politicasema natureza vern, as ciencias recentes
mund
jo
hist6ria apena comec;:ou; quanta
ecologia mal el se inida: po que deveriamo terminar de ex plorar as
i n s t i t u i ~ 6 e s
da vida publica?
o r g a n i z a ~ a o * ) ;
procura
cami
'nho de provaque permitea experienciacoletiv explorara ques
tur nao tern mais futuro entao nao serapreciso reconsidera os
estado de natureza ao estado de guerr da dencias? Que risc
poder
c o n s i d e r a ~ o *
pode de leva
A d m i n i s t r a ~ o :
vro, cuja c
procedimenta
de: na supor supremada
o n t r i b u i ~ o
urn dos cinc sabere analisados nest li indispensavel,as
que permite documenta assegurando respeito as forlllas. t i t u i ~ a o * ;
Ambiente: do desaparece mais exatament nem conserva
p r e o c u p a ~ a o
f u n ~ 6 e s
da nov Cons
e x p e r i m e n t a ~ a o
coletiva,
que se pode ter aparec quan
ambiente como
mento humano;
nao substantivo sob
entao sinonimo da arte
que
externo ao comporta
conjunt exteriorizado* do qu nao se pode ne
como
rejefm par
exterior
como
descarga,
reserva.
Antigo Regime usa-se esta expressa voluntariamente simplista (e
maispolemicade Caverna* para avivar
contras-
Glossario
te entre nova
GlOssario
bicameralismo* da n at u re z
C o n s t i t u i ~ a o * ,
rna forma que
Frances reconsiderou
R e v o l u ~ a o
poder aristocnitico de direit
poder aristocratico da
q u ~ s t i o n a
da s oc ie da de ,
da
que permite urn Estado de direito. Da mes divino,
" C i ~ n c i a "
Antropologia experimental:
legitimida
ecologi politica divina.
sempenhos; as:ao, por su vez, sempre registratla durante urn
ensai
po urnprotocolo de experienda, elementar ou nao.
Bern comum:
good life)
50
q ue st a
lado
questao do bern comum (common good, questa moral, de&ando de
limita normalmente
do mundo comum*, que define os estado de
capacidade do antrop610
d e permanecem enta
separados fun
go de conheceras outras culturas depende durante muit tem
dem-5O aqui as duas express6es para falar do born mundo co
po da certeza dada pelo mononaturalismo*; chama-se de expe
mu
rimenta do
antropologia que
mesm temp
multiculturalismo
mononaturalismo
(ver tambem Diplomacia*). sias
conside
p r o p o s i ~ 6 e s * ;
randO-50 que os enunciados* sa verdadeiros ou falsos, diz-s que as p r o p o s i ~ 6 e s
sa bern ou mal articuladas; as c
palavra (em anatomia,
em
o n o t a ~ 6 e s
da
direito, em ret6rica, em lingiiistica,
emortofonia) cobrem bern agama de sentidosque
tar,
cosmo*.
Bicameralismo: expressao de
qu nao insistem mais na distins:ao entr
dizemos, mas nos modos pelos quais
busca jun
mundoe
mundo (veT tambem Logos*). Associa¢o: estend
s en ti d de descreve
a qu i
Camara dos Lordes); busca-5O r e p a r t i ~ a
de poderesentre politica*.
est bicameralism "ruim" se segu urn bicameralismo que distingue dois podere representativos: camara alta
de
de
s en s
o p o s i ~ a o
c o n s i d e r a ~ a o ,
comum: conjunto de
termos opostos para substituir0 discurs cfitic quanto
' ( b o m ' ~
camara baixa.
o r g a n i z a ~ a o ,
Bor senso, po r e v e l a ~ a o ;
modifica0 senticia da palavras so
politicapara'descre
tureza* (concebida como urn p o d ~ r representativo)
que
discurso toma conta do
c i ~ n c i a
ver os sistema,s representativos com duas camaras (Assemblei Senado, Camara dos Comuns
q u e u n e nt r
Articula¢o:
ou
contat com as outras,rejeitan
o p e r a ~ a o
de
born sensorepresenta0 passado da coletivichtde, en sens comum (0 senso d o c o urn, ou d a b u s c d o co
cial sociedade*, que sa sempre prisioneiras da divisa entre
mum) representa seu futuro. Se
mundo dosobjetos
b or n e ns o po a r ~ m e n t o s ousados, deve-se sempre verificar que ha, afinal, um unia ao sens com
sujeitos
dos sujeitos em vez da
os objetos falar-se-a de
nao-humanos;
respeito aos humanos outr
urn termo de semi6tic que diz
a o nao-humanos;
atar quem se trans
num ensaio somente podem denominar-se
atore aquele que
370
entre os humanos
as antiga ciencia sociais.
Atuante, ator: atuante, em
entre os
term recupera assim ao mesmo tempo, as
antiga ciencias naturai
forma
a s s o c i a ~ 6 e s
d i s t i n ~ a o
sao; sua
c o m p e t ~ n c i a
d ed u d e
usde-
Se
pode permitir violentar urn
pouco
Camara alta, camara baixa:
ver Bicameralismo*.
Caverna: expressao derivada da mitologia platonica na
Republica,
que
serve de resumo para designar
mo* da antiga C o n s t i t u i ~ a o ,
bicameralis
sua separa¢o entre
ce
das
Ideia de um p ar te , i nf er n do social po outro lado (veT tambem Antigo Regime).
GlossarW
GlossarW
uma da sete f
C e n a r i z a ~ a o : ~ a o *
deve preencher que volt
terior
qu
u n ~ 6 e s
defini
eXterior; mas, em vez
nova Constitui
fronteira entre
in
partirde uma unidad jafor
mada (natureza ou sociedade*), os diferentes metodo (das ciencias, das politicas, da de
a d m i n i s t r a ~ a o ,
qu
retomada do
coletiv bern depressa tomara obsoletas.
p o l i t i z a ~ a o
Ciencia, de
da ciencias pel epistemologi (poli
tical, para tomar impotente
vida publica, fazendo pesa sobr
el
por uma natureza ja unificada,
amea,
um
s a l v a ~ a o
as ciencias no plural
em minusculo, definida como ur do p r o p o s i ~ 6 e s * ,
com as quais deve constituir
mundo comum, encarregado da
manuten,ao da pluralidade das realidade extemas. C i v i l i z a ~ o :
designa
coletivo que nao
de uma natureza outras culturas ma qu tratar de ur modo civi experiencia na c o m p o
mais rodead capa de con progressi
s i ~ a o
va d e u m mundo comum*
Coisa: usa-se aqu se sentido etimol6gico, qu sempre nos remete urn neg6ci dentro de uma assemble'ia, na qualtern lugar uma discussa que exig ur julgament levado cabo em comum, em contraste co
objeto*.A etimologi do nom com
preende,portanto, indica,a do coletivo (res, thing, ding) que se tenta junta aqui (ver tambbn Republica*).
Coletivo: distingue-se em primeiro lugar de sociedade* term qu no
r ~ m e t e
rn
dade ja feita, ma de humano
d i s t r i b u i ~ a o
de poderes; acu
mul em seguid os antigo podere da natureza
da sociedad
num s61ugar antes de se diferenciar novament em poderes va
acompanhamento*). Embo
term na no reniet
uma uni-
ur procedimento par coligar as assoc1a¢es
de nao-humanos. progressiva do mundo comum: expressa
C o m p o s i ~ a o
que substitui resses
Ciencia: por oposi,ao as ciencias opomos finida com
o r g a n i z a ~ o * ,
( c o n s i d e n i ~ a o * ,
etc. prop6em cendrios
todo provis6rios,
que
u n i f i c a ~ o ,
rios
ra empregado no singular,
d e f i n i ~ a o
de poderes:
classica da politica com jogo de inte
mund comum na
estabelecido ime
diatamente (ao contrario da natureza ou da sociedade*), mas deve se colecionado pouco lho diplomatico*
qu
Compor se op6e sempre (ver tambem Formas*).
pouco para consolida ur traba
comum as diferentes atalho
a b r e v i a ~ a o ,
p r o p o s i ~ 6 e s * .
arbitrariedade
C o n s i d e r a ~ o (pode de c o n s i d e r a ~ o ) : ur do tres po dere do coletivo (aquel chamad de camara alta), que obrig
se propo
pergunta co
constituir
coletivo?
quanta
p r o p o s i ~ 6 e s
novas* devemos
termoemptestado do direit
C o n s t i t u i ~ o :
da cien
cias politica recebe aqu uma acep\:ao metafisica maior ao re meter d i s t r i b u i ~ a o de sere entre os humanos nao-humanos, objeto sujeitos genero de poder, de capacidade de palavra, de mandato,de vontade,que eles recebem. Ao contrario do termo "cultura': Constitui,a no remete as coisas tambe as pessoas; ao contrcirio daquele de "estrutura", ele assinala
rater volunMrio, explicito, escrito, desta r tizar as na*
o n s t i t u i ~ o
moder Antigo
Regime*
o p o s i ~ a o
"antiga" C
ca-
Par drama
"nova" Constitui,ao da ecologia politica como
o p o s i ~ 6 e s ,
em
e p a r t i ~ a o .
Republica (ver tambem Metafisica experimental*).
Consulta uma da duas fun¢es essenciais do poder de c o n s i d e r a ~ a o * :
responde
questa de sabe quai sa as provas
373
Glcssario
aplicavei ao julg"';'ento da e x i s t ~ n c i a , da importancia; da von tade de uma proposi<;ao*; se aplic ber ao nao-humano com ao humanos; na tern
sentido usua
resposta
um
ques
tao ja formulada mas de participa<;a na reformula<;a do pro blema po pesquisas de testemunhos confiaveis*. Cosmo, cosmopolitica: leva-s em cont aqui
qu Isabelle Stengers cham
Economia, economizador: em oposi<;ao economia poli
sentid
greg de a ~ r a n j o , de harmonia mesm tempo qu aquele i s t r d i i on al , d e m un do . e nt a s in 6n im o d o b or n mundo comum*
sim, por oposi'Tao "rna" filosofia da ecologia, cornpreensao da crises ecol6gicas qu nao utill{ mais tod natureza par dar cont da tarefa realizar Serv de termo tampao para de signar qu acontece ao modernism de acordo co alterna tiva: moderniza ou ecologizar.
cosmopolitica
(nao no sentid multinacional, ma no sentido metafisic de
ticacomo economia do politico (abrevia<;ao do Estado de Direi to)
economia com formador de experientes
ra de uma linguagem comum que permite om
economia libert da politica epistemologia*), torna-se enrno, uma tecnic (pel
(com
palavra cacosmos, embora Plarno no G6rgias, prefira acosmos.
mesma razao qu
da dupl pressa qu C i ~ n c i a * ,
com tambe
xerc sobr
eu debate
assembJeia livr
Diplomacia: meio qu permite sair da situa<;ao de guer ra enquanto procur
e x p e r i ~ n c i a
do coletivo sobre
mundo
c'omum*;' por modifica'Tao d e s ua s exigencias essenciais;
plomat segu
di-
caminho do antrop610g no encontro com as
c i ~ n c i a
de laborat6rio), nao
Embara<; de fala designa nao de falar, ou mesm articular* se tornem palavras l
para
o g o c ~ n t r i c a s
expressa
de nenhum
fala, mas
Ecologia militante: de.mod urn pouco artificial opoe-se pratic militante da ecologia
filosofi oficia de pensa
dificuldade
mund comum, para evitar qu (logos*, consulta*, porta-voz*)
de ur sentid qu na teria necessidad
media<;ao particular para se manifestar de ur
modo transparente Enunciado: por oposi<;ao as proposi<;oes*,
culturas. aqu
politic ou as
a,infra-estrutura da sociedades.
salva<;ao pela
as fulminant es demonstra<;oes da for<;a.
padroniza<;a bern
o s optima.
politica do cosmo) Poder-se-ia designa com seu ant6nimo Demos termo greg que designa aqu
elaborado
enunciado
urn elemento da linguagem humana que tenta, entao po uma opera<;ao de
r e f e r ~ n c i a
verificar sua adequac;ao ant
dores da ecologia aqueles da Naturpolitik* qu continua usan do natureza como modo de organiza<;ao publica,sem perceber qu esta unidade prematura pode paralisa seu moviment de
dos objetos.
composic;ao*.
politica chama-seepistemologia, no sentido pr6prio do termo
Ecologia politica:
termo na faz diferen<;a entre ecolo
gi cientifica ecologia politica; ele construid sobr mode (mas oposi<;ao a) "economia* politica". Designa-se as
10
que produz
mundo
coletivo interrompido na explora
<;ao do mund comurn
Epistemologia, epistemologi estud das c
i ~ n c i a s
(politica), epistemologi
de seus procedimento (com
hist6ria ou antropologiadas
c i ~ n c i a s ,
ma co
sociologia, outros instru
mentos alem dela) por oposic;ao chamar-se-aepistemologia (po-
375
GlDssdrio
GlDssdrio
litica) (ou, mais maliciosamente, epistemologi policial
desvio
das teorias do conhecimento p a r d a r razao it politica, mas 80m respeitar ne
procedimentos de coordena<;ao, nem da ciencias
OOs politicas (trata-s de
fazer politi,c ao abrigo de todapo-
litica, OOi os parenteses); em resumo, chamar-se-a epistemologia parenteses) it analise da distribui,ao explicita dos
politica (se
poderes entre ciencias
explorar ra,ao
d ef in id o
rimenta,ao, tal como usada nas ciencias,
f at o d e q u e l
i ns
trumentalizada, rara diftcil dereproduzir, sempre contestada que
apresent como
prova custosa, cujd resultado dev
ser decifrado.
politicas no quadro da
c o m e, o d o processo de composi,ao\ de arti
Exteriorizaerao, externaliza
sa
q u e n a o p o d ser leva
termo Mbito*), m a s u a conclu
do em conta, mas que desempenha urn papel importante (nega
muitas essencias, mas que sa adquirida pela
tivo ou positivo nos calculos da-se-Ih aqu urn sentido mais
-cula,ao* (reserva-se para isto sao provis6ria;
procura c uj o p ro to co l
pelo poder de acompanhamento*. Retoma-se, da palavra expe
Essencia: termo de metafisic que recebe aqu urn senti do politico; nao
questa d o n u m er o de entidades levar em conside i nt eg ra r p o u m
institui,ao ao inicio de urn process explicit que lbe da dura-
gera
bilidade
exterior ao mundo social iss nao
indiscutibilidade enquanto se prendem os atributos it
mai politic para substituir
no,ao usual de natureza u'!,1 dado, mas
resultado
su substitncia. Par relembrar esta hist6ria concreta usa-se
d e u r procedimento explicito de coloca no exterior (0
expressao essencia de limites fixos.
pesso decidiu nao levar em conta ou
Estado (mic das instancias do coletivo em via de explo que permite
ra,ao;
to*;
que tern
monop6lio da designayao do inimigo*; que garante
que
qualidad da experien
Exigencia: termo que toma tre necessiOOd define um
lugar
liberdade cada um
'antigadivisao en
das fun,6es do coletivo*
exigencia: de realidade externa para perplexidade*;
de pertinencia para consulta* de publicidade para hierarquia*; de fechamentlo para institui,ao*.
expressao exigencias essen-
ciais, 'tomada do vocabulario da padroniza,ao, permite partilbar habitos*
Formas (formalmente):
r ei t
expressa emprestada d o d i -
da administra,ao quer sublinhar, po
contraste,
esseneias* provis6ria das proposi,6es*.
Experiencia coletiva:
p ar ti r d o m om en t
se pode mais definir um natureza
as culturas,
cara
ter indevido sub-repticio dos arranjos habituais do Antig Re gime Ao contrari da distin,ao entre natureza
cia coletiva*.
co
letivo). (ver tarnbbn Inimigo*).
exercicio d o p od e de acompanhamen-
sede da arte de governar;
que p6e em perigo
to
proceder lentamente, segundo forma
oferece it produ,ao d o m u nd o c om u
(due process), enquanto equivalente
do de direito. Une-se e m u m s 6 f 6r mu l
facto
sociedade fa
valores, os podere de representa,ao do coletivo* obrigam urn esta-.
distin,ao entre de
de jure. Habito: propriedades dasproposi,6es* antes que asope
r a ,6 e s d o coletivo nao as tenham instituido de modo duradoue m que na
coletivo deve
ro como essencias*
bora<;ao d o m un d
u ni c m ei o p el o q ua l a s t ar ef a d e e1ac om u
o ss i e is , s e
h o a r- s
377
Glossario
Glossario
imediato contr
natureza indiscutive
as indiscuti,veis iden
tidades interesses.
z a ~ a o * ,
Hierarquia: uma da dua o r g a n i z a ~ a o * : d e f i n i ~ o e s
trata-se de organizar
heterogeneas
homogene
f u n ~ o e s
essenciais do poder de p r o p o s i ~ o e s ,
atrave de
incomensuraveis, em uma s6 orde
segund uma s6 r
de ordem tarefa eviden
e l a ~ a o
temente impossivel, que ser necessari reconduzir 11 c
o l o c a ~ a o
seguinte. Humano
nao-humanos par marcar bern
ur da dua exigencias do poder de organi que permit responder 11 exigenci de fechament de
I n s t i t u i ~ i i o :
preparar te
retomada do coletivo 11 r e p e t i ~ a o ;eguinte:
freqiientement
ur
ciencia humanas, por criativa etc.;
sentid
o p o s i ~ a
11
espontanea, real, individual,
considerada positivament aqui como um
I n t e m a l i z a ~ a o
d i f e r e n ~ a
( I n t e r i o r i z a ~ o ) :
ver
E x t e r i o r i z a ~ a o * .
Logos: termo greg multiforme para
qual se dol aqui de fala*,
sentid de
expressao, sinonima de
queesta no centro da cois publica; sinonimo de t
p r o p o s i ~ o e s *
s i g n i f i c a ~ a o
a s s o c i a ~ o e s * .
Nao
alem da negativa el recorda
,somente qu na se fala jamais ne
do sujeitos nem do obje
Inanimismo: neologismo formad
para recorda
sobr
"animismo"
destino dos humanos
que auto
lar
11
do
olet vo engajado na
x p e r i m e n t a ~ a o :
guir as qualidades primeiras (essenciais) as qualidades segun
pela antig
das* (superficiais).
i n t e r p r e t a ~ a o ,
(ver E
x t e r i o r i z a ~ a o * ) ,
do qu pode porem perigo
morte in
terior do coletivo e,
resumo do qu pode voltar 11 fase se
guinte para pedi que se
f a ~ a
exatamente ou
que
inexistente.
de 6cio
do
inimig na
definitivament estranho, imoral, irraciona
nao
c o m p o s i ~ o
progressiv
do
mantem-se
termo em Ingles par
peculiaridad politica da
C o n s t i t u i ~ a o ,
valores)
d i s t i n ~ a o ,
imposta
entre questionavel (teoria, opiniao, inquestionavel (dado dos sentidos,
os data). Metaffsica experimental
papel pas
sivo determinado, mas papel ativ do qu foi posto no exterior
r a d u ~ o ,
t e n ~ a o
Matters of fact os ingredientes indiscutivei da sensa ouda e
riza na realidade,a reformar de imediato oshumanos, ao distin
exteriordo coletiv que nao tern, como natureza*
e m b a r a ~ o s
mund comum*
faze apreciavel
Inimigo: designa-s primeirament por est palavra,
design todo
particu linguagem mas pel dificuldade de acompanha movi
antropocentrismo de uma metaffsica que supoe
objeto "indiferentes" para
a r t i c u l a ~ a o * :
se define pela claridade, nem mesmo por uma a
ment
tos do bicameralismo* antigo
das
formas da razao. Usa-se tambem expressa institui,ao conceitual com sinonimo de forma de vida
entre as r e l a ~ o e s ivis no interio do coletivo as r e l a ~ o e mili tarizadas mantidas pelo objetos* pelo sujeitos*, usa-se esta tern nenhum outra
palavra
pejorativo na literatura
como
qu
d i s t r i b u i ~ a
gundas*,
t r a d i ~ a o
defin
metaffsica
er ante ou abaixo da ffsica, supondo enta uma previa entre qualidade primeiras que resolv prontamente
qualidade se-
problema do mundo co
mum*, objet dest trabalho Para evita esta s o l u ~ a o prematu ra,chama-se metaffsica experimenta procur do que compoe mundo comum,
se reserv
expressa voluntariamente pa
379
Glossario
Glossario
radoxal de,metafisica da natureza-para dava ur papel politico Moderno: na
mo* me!ho dos mundos)
d es ig n u r p er io d
m a um
f or m a d e
passagem do t ~ m p o ; modo p a r i nt er pr et a u r j og o d e situa: <;oes, tentando del extrair
distin<;ao entre qtos
valores esta
do domundo representas:oes, radona! irracional, Ciencia* sociedade* qualidade primeiras maneira tra<;ar entre
passado
q u e s us pe nd e e st a p as sa ge m s e
substitui-la. Ii nao-moderno ou ecol6gico
que substituia passa
gem do tempo modetno pel retomada em conta do que havi sido extemalizado*.
mo; para insistir no carater politic da unifica<;ao indevida do
forma de "a" natureza, soma-se
prefixo "mono",
que permit faze com que se t ir e d es d l og o
n ov a rela<;ao da
soluya mantida com
lar, nao
multiculturalismo (expressao anglo-sa
x6nica entao existente em ciencias politicas): sobr fundo de na
tureza prematurament unificada separam-se as cultura inco mensuraveis; prematuramente fragmentadas., Par designar impossibilidade da solu<;ao tradicional, junta-se d e u r modo urn tanto provocante,
naturalismo,
profissa chamados
<;ao*; nao se define nem por apego ao valores, nem por respeito
Nao-humano: ver Humanos. Natureza: entendida aqu na com
380
realidades multi
plas (ver Pluriverso*), mas com urn processo injustificad de unifica<;ao da vid publica palavr
de distribui<;a das capacidade de
de representa<;ao de modo
sembleia politica
tomar impossiveis
Naturpoliti'Jc*
que el exteriorizou*, recusando toda proposi
funyao de meio enquanto!he oferec
p r e s e ~ - l a
as
convoca<;a do coletivo e m u m Republi
dura" das qualidades primeiras,
natureza "fria
natureza "quente
enfim natureza"vermelh
verde' da
sangrenta" da eco
nomia politica*. Naturalizar nao quer simplesmentedizer que se
estende indevidamente m a q u e se paralisa
reino cia Ciencia
politica. Pode-s
e n t a ~
Dutros dominios, naturalizar
da sociedade*, cia moral*) etc. Vma ve reunicl
partir
coletivo, nao
hci mais f m o , em represaIia, para privar-se das expressoes de
bor sens
de utilizar natural como
queva de
ou q u
s6
ci pleno do coletivo.
este desvio da ecologia politica que pretende por oposiyao ecologia militante, renovar vida publica mantendo intacta esta
ideia de natureza*, inventada para envenemi-Ia.
procedimentos, mas por um atenyao as falhas de composiyao* do <;ao
que necessa
Naturpolitik no modelo de Realpolitik, designa-s assim
participar em fun<;oes do coletivo definida pel nov Constitui
tudo
mundo, no singu
que determinado, ma
rio obter formalmente.
prefixo multi.
Moralism uni do cinc corpos
coletivo
expressao pluriverso*);
exatamente
ca*. Luta-se aqui contra tres formas de natureza,
Mononaturalismo multiculturalismo, multinaturalis
coletivo sob
as quai reserva-s
qualidades segundas*, de que na se levou
expressaodesigna resultado pro
vis6rio da unifica,ao progressiva das realidade exteriore (par
futuro um diferen<;a radi
cal que permita exteriorizar* definitivamenfe e m c on ta . Ii p6s-moderno
M u nd o c o mu m (igualment born mundo comum, cos
solu<;ao tradiciona que
natureza
como tim.
Objeto po oposiyao sujeit
as oc a<;o
sujeito: opoe-se aqui
de humanos
objetividade com tambe
pa objeto
de nao-humanos sujeit
objeto
subjetividade, sa
381
Gwssdrio
Glo$sario
termo polemicos inventadospara abreviar colocada
cidadaos do coletivo*, que s6 pode reconhece su versao civil: as
a s s o c i a ~ o e s *
de humano
vincu
los de risco (ou desordenados): expressa inventada para recor dar qu as crises ecol6gicas nao sa sobre urn tipo de sere (por natureza, os ecossistemas mas sobr
mod de fa-
bricar todo os seres: as conseqiiencia inesperadas como tam bern
modo de p r o d u ~ a o
guem po intermedio de perifrases: a) na su sign
luta
os fubricantes permanecem ligado
ainda
deres de
do coletiv (chamad de d m a r a baixa),
r e p r e s e n t a ~ a o
responde it pergunta: podemo n6s formar urn mundo comum? Pacto de aprendizagem: expressa utilizad par substi tuira de contrat social qu ligari oshumanosentre si, de modo total, par formar uma sociedade; supoe nad mais qu governados em
pacto de aprendizage
ignoranci comu
s i t u a ~ a o
de e
x p e r i r n e n t a ~ a o
dosgovernante
sensive it p
r e s e n ~ a ,
do
coletiva*.
Perplexidade: um da sete tarefu pel qual faz atento
nao
fora dele, da varias
ma-se politica soment C o n s t i t u i ~ a o ,
sempre
ur dos cinc alicerce necessario it
u e p er mi t
retomar, da
mesmo defei
to qu aquele de natureza (a unifica¢o que se fuz se
as for
r e p r e s e n t a ~ a o
pesquisa aolongo da
fiel pela
o p o s i ~ i l o
ciencias politicas de
e x p e r i m e n t a ~ a o
coletiva*, dos pro
gramas fertei de pesquisa qu permitem melhor a reservada ha pouc tempo
r t i c u l a ~ a o * ;
alguns burocrata da ciencia, faz
parte, ainda do equipamento de base do cidadaos. Porta-voz: l a ~ a o
e x p ~ e s s a o
usada de inicio para mostraf'a re ll
profunda do representantes do humanos (no sentidopo
litico)
dos representantes dos n i l o - h ~ m a n o s (no sentid epis
temoI6gico). Serve, em seguida, para designa todos os embara de fala* qu explicam dinamicado oletivo.
porta-vo
permite responder co
P r o p o s i ~ a o :
signific ur enunciado* que pod se verdadeiro ou falso usa se aqu em ur sentid metafisico par designar mundo o u u m f o ~ m a
lingiiistica mas um
il ur se do
a s s o c i a ~ i l o
due process), designar-se-a po esta ex
m an o
candidatas it existencia comum, antes
afastad do coletivo inteiro, uma essencia* institufda
382
u n i f i c a ~ i l o
no mundo comum*.
it
no sentido usual em filosofi da linguagem,
pressilo as
do processo de
certez
pergunta "quem fala?" (ve tambem Testemunh confiavel*)
mas apropriadas;"sem p r o p o s i ~ o e s *
a t i v a ~ a o
umltodos.
r e l a ~ a o
Politica cientifica por
p r o p o s i ~ o e s
qu podem querer faze parte do mesmo mundo comum*. Pluriverso: como palavra uni-verso tern
progressiv do mundo comum* todas as
c o m p , ? s i ~ i l o
exatamente aquele qu na coletivo se
da paixoe hu
dos nao-humanos; utiliza-se
competencias exercida pelo coletivo c) no sentid restrito, cha
sign
Ordenamento (poderde ordenamento) ur do tres po
p r e o c u p a ~ o e
usual, de
expressa politicas da Caverna* b) no sentid pr6prio,
designaa
aos apegos arriscados, no momento em que le aparecem des tacados dos objetos*, propriamente ditos.
a c e p ~ a o
os compromissos do interesses
mana diante
nao-humanos.
Objetossem risc (ou modernos) po oposi¢o
exemplo
Politica: entende-se, aqui, em tres sentidos, que se distin
politica uma vez
natureza* no lugar; nao se pode usa-los, entao como
d e n ao -h um an os , a nt e q u e l
se verdadeira ou falsa, el
t or n
urn
hu
membro
Em
ve de
bern ou mal articulada. Ao contra-
383
Gwsmric
Glossaric
riodos enunciados, as
p r a p o s i ~ o e s
insistem na dinamica do co
letivo,a procura da boa articula.,ao do born cosmo*. Par evitar r e p e t i ~ o e s ,
as
vezes dizemos entidades ou coisas*.
das: expressao tradicional em filosofia para distingui de qu
~ u n d o
etc.), por
o p o s i ~ a o as r e p r e s e n t a ~ o e s *
feit (particulas, iHomos,
material neur6nios,
g e ~ e s ,
(cores sons, sentimentos,
etc.); as qualidades primeiras sa invisiveis ma reai
jamai
vividas subjetivamente; as qualidades segundas sa vivida sub jetivamente,visiveis, mas nao-essenciais Longe de se uma divi
sa evidente
o p e r a ~ a o
celencia qu desfez nova
que proibi
entende-se em doi sentido radicalmen sempre distinto pel contexto: a) no sentido ne
gativo de ; e p r e s e n t a ~ a o social significa-um dos doi poderes epistemologia (politica que praibe toda vida publica, porquan to os sujeitos ou as culturas nao tern acesso sena as qualidades jamais essencia*; b) no sentido positivo desigm
dinamica do coletivo qu representa que novo as quest6es do
mundo
comum
izer apiesent de
g a ~ o e s
assemblei de humanos entre
universalidade do humano, separado de t o d a s ' ~ s li
etimologia da coisa* publica,
coletivo* em
J?esquisa experimenta do que
recolhido formalmente
fiel
orde
Sens comum: vet Bor senso*.
384
de o
o n s i d e r a ~ a o *
br
qual se ocupa ciosamente
Sua m
a n u t e n ~ a o
da C
~ e u
e s f o r ~
unifica; o n s t i t u i ~ a o * .
para
d i s t i n ~ a o
indis
r g a n i z a ~ a o * ,
so
poder de acompanhamento*.
uma da sete tarefa da C
o n s t i t u i ~ a o * .
Sociedade social: chama-se sociedade ou mundo social metad da velh pela natureza humanas si,ao; faz
C o n s t i t u i ~ a o *
que deve unificar os sujeitos se-
sempre submissa
a m e a ~ a da unifica,ao ur todo ja constituido qu explic as condutas
permite, entao, abreviar
pape politico da compo
mesm pape paralisant qu
mesmas razoes
adjetivo "social" (e
presentacyao* social,
natureza*, pela inferno do social, ou e
construtivismo social) e, entao, sempre
au
pejorativo, pois designa
esfor, se
ra da Caverna* par articula
e s p e r a n ~ a
realidad se
dos prisionei
ter os meios.
Sujeito: ver Objeto.
experimenta sem cessar
arcaicas tradicionais, ma pelo contrario retornando
sair par
poder de c
Testemunh confiavel: design as
Republica: naG design
ultima
dado); b) em sentid positivo para designar pensavelentre
fidelidade da retomada eles nem
da sociedade* (0 qu permit
parado dos objetos,
R e p r e s e n t a ~ a o :
s e g u n d ~ s *
da natureza
de epistemologia (politica)*, por ex
metafisica ewerimental*
C o n s t i t u i ~ a o * :
te diferente
entre l ~ g i s l a t i v o executiv (e as vezes, judiciario); usa-se entao: a) em sentid negativo par designar d i s t i n ~ a o
r e n ~ a
qualidades segun
Qualidade primeira por oposi.,ao
Separa.,a de poderes expressiio tradicional de direit de filosofia politica, us",da habitualment par designar dife
pravar
fidelidade da b u i ~ a o entre que fala
s i t u a ~ o e s
capazes de
sabendo-se que distri qu na fala nao e'mais definitiva
r e p r e s e n t a ~ 6 e s ,
qu nao sena porta-vozes* dos quai se duvida de embara ,o de fala*.
coletivo
Trajet6ria de aprendizagem expressao retomada da psi cologi
empregad aqu par designara
vo privado da antiga
s o l u ~ a o
s i t u a ~ a o
recentemente dad
de ur coleti questa da
385
Glossario
sua exterioridade (uma natureza/as culturas),e obrigado ma
experiencia sem outra garantia sena
aprendizagem. Seu acompanhamento
reto
qualidade da sUa
objeto da setim tare
fa da Constitui<;l[o*.
Vinculos de risco: ver Objetos sem risco.
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ZOURABICHVILI,
d e um
ment
F r a n ~ o i s .
Deleuze, une philosophie de l'Ii l'Iive ve
politi-
certa
da politica,
sapato sapato aperta aperta
e c o l o ~
entrada da natureza nem politica, simple simple entrada c o n c e p ~ a o
da cien cienci ci que depend depend nao so-
prec precis iso) o) pais pais reto retoma ma os tres conc concei eito to ao mesmo mesmo
tempo: polis, logos
nement. Paris: Paris: PUF 1994. 1994.
ai que
ideiade ideiade nature natureza, za, mas tambem, po contras contraste, te, ideia ideia de
politica.
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o b r d e filosofia
que fazer da ecologia politica (p. II). Para resres-
mas tambem tambem da ciencia. Ora,
1991. Ecology an
um
ca da natureza ou ainda, de epistemologiapolitica. El propoe quest questao ao de saber saber
Sociol Sociology ogy of Environmen-
os aster asterisc iscos os
physis.
ecologia politica nao saberi saberi con natureza? (p 25) Porque Porque naturez naturez nao u r dominio
CAPITULO CAPITULO I: Po que
servar
particular da realidade, realidade, mas de um
C o n s t i t u i ~ a o *
daquilo que
resulta resultado do de um clivis clivisao ao politica,
que separa
subjeti subjetivo vo
que
objetivo objetivo
indiscuti indiscutivel, vel,
discut discutive ivel. l. Para faze faze ecologi ecologi politi politica ca
405
assunto (para Resumo do assunto
assunto (para leitor apressado) Resumo Resumo do assunto
leito apressado) apressado)
precis preciso, o, pois pois de inicio sair da Caverna* (p 36) distinguin distinguindo do se
Cien Cienci cia* a* do trabal trabalho ho pn\tic pn\tic da cien cienci cias as*. *. Esta Esta
d i s t i n ~ a o
ca esta esta atualm atualment ente, e, propos proposta: ta: podepode-se se encontra encontra um sucessor
para
coleti coletivo vo em duas cilmaras (p. 91)
natureza natureza soci socied edad ade* e*
no permit permit operar operar um outra, entre filo filoso sofi fi ofici oficial al do ecolo ecolo gismo gismo de um part parte, e,
su pnlt pnltic ic abun abundan dante te
quando se assim assimila ila ecolog ecologia ia questo questoes es da natureza natureza el va ocu parpar-se se na pn\ti pn\tica ca de imbr6 imbr6gl glios ios de cien cienci cias as de moral moral de dire direi i to
ecol ecolog ogis ismo mo nao trat de cri
poli politi tica. Por conseguinte, conseguinte,
ses da natureza, mas de crises crises da objetividade (p. 39). Se za*
dem
nature nature
uma maneirapartic maneiraparticula ula de totali totalizar zar os membro membro qu divi divi mesJIlo mundo c om om u
compreend compreende-se e-se se
ug
t r a d i ~ a
e s p a ~ o
da politi politica, ca,
dificu dificulda ldade de po que () ecologismo ecologismo marca
politi tica ca jim da natureza (p. 54) em poli
reli po qu na se pode reli
term nature natureza, za, inven inventad tad par reduzi reduzi um
r e p r e s e n t a ~ a o *
vid
questa questa de saber saber como reunir tiga tiga natur naturez ez te
r e ~ n i r
natu nature reza za post post de lado lado coletivo (p 107) 107) herd herdei eiro ro da an
da anti antiga ga sqci sqcied edad ade. e. Na se podem simplesme simplesmen n natureza os suje sujeit itos os*, *, pois divi divisa sa entre natureza
os objetos*
socied sociedade ade nao foi feit feit para ser ultrap ultrapass assada ada
dijiculdades para convocar tas dijiculdades
fim de sair sair des des
coletivo (p 113) 113)
preci preciso so cons consi i
dera que este este compos composto to de humanos humanos de nao-hu nao-human manos,cap os,capa a assentare are zes de se assent
como cidad cidadaos aos com
divi diviso soes es de capac capacida idade des. s. tribui tribui
c o n d i ~ a o
de procede
primeira primeira divi divisi siio io consis consiste te em redis os nao-hu nao-huina inanos nos aprenden
pala palavr vr entre entre oshumano
sentimento
doa duvi duvida da de todos os porta-vozes (p. 121) 121) tanto daque daqueles les que
social social historica historica
repres represent entam am os human representam os nao-h humanos, os, como os que representam nao-hu u
publi publica ca ur croupion. Certam Certament ente, e, idei idei de que ocidental da natu nature reza za
CAPITULO 2: Uma vez
outra outra Enta Entao, o,
ment ment situ situad ada, a, tomoutomou-se se ur luga luga comu comum. m. Na pode podemo mos, s, to
manos. manos.
davia, satisfa satisfazerzer-nos nos com isto sem manter
de agir agir como ator soci social al consider considerando ando somente somente as associa,oes de
porque porque isto isto voltar voltaria ia
politica politica da Caverna,
dist distan anci ciar ar-s -s aind mais mais da real realid idad ad da
C i ~ n c i a . coisas, elas mesmas mesmas deixad deixadas as intacta intacta nas maos Par dar se lugar lugar e(olo e(ologi gi poli politi tica ca prec precis iso, o, pois pois evi
tar
obstaculo das representa,oes da natureza p. 65
acei aceita ta
segund segund divi divisa sa cons consis iste te em redistri redistribuir buir
humanos humanos nao-humano nao-humano (p. 134). qu
ecol ecolog og deveter deveter
tanto, tanto, que os cidada cidadaos os do cole coleti tivo vo p
antropologia ogia comparada comparada (p 79). esta esta taref; taref; do fragil socorro da antropol 79).
da tres tres clivisoes permite permite defini defini
Com efei efeito to nenhum cultur cultura, a,
proposic proposic;:: ;::6es* 6es* Para convocar
des tradicio tradicionais nais nao ,vivem em harm harmon onia ia co ignoram.
G r a ~ a s
natureza, elas
sociol sociologi ogi das cien cienci cias, as, pnitica pnitica do ecolo ecologis gis
mo,
a n t r ~ p o l o g i a ,
na
se ao um da dua camara camara de urn cole coleti tivo vo*, *, instit instituid uid
podepode-se se pois pois compre compreend ender er que
para paralis paralisar ar democra democracia cia
nature natureza za
questa questao-c o-chav hav da ecolog ecologia ia politipoliti-
e r t e n ~ a m
linguagem linguagem ou ao
social social pois que, p o u m terceira divisao, os atores se definiriam tambem pela realidade
part aquel aquel do Ocid Ocident ente, e, tern tern
este estes, s, aqui, aqui, nao a-natu a-nature re
qu fazer. Isto Isto nao que dize dizer, r, entr entre e
risc risc da meta metafi fisi sica ca Feli Felizm zmen ente te podemos podemos benef benefic icia iar-n r-nos os para
utiliz utilizado ado natureza natureza p
capaci capacidad dad
pela recalcitrilncia (p. 144).0 conjunto
nos inte intere ress ssar ar pela pela nature natureza za c o n d i ~ o
de saber saber se as
c o m p o s i
colet coletivo ivo na vamos vamos mais, pois, pela pela soci socied edad ade, e, ma some soment nt pela pela
p r o p o s i ~ o e s
melhor, articuladas (p. 151). te um
colet coletiv iv como composto composto de
qu
compoe compoe
sao mais, ou
coleti coletivo, vo, enfim convocad convocado, o, permi
volta ii paz civil (p. 158), redef redefini inindo ndo poli politi tica ca como como ~ a o progr progres essiv siv de urn bor mundo comum* comum*
assunto (para Resumo di:J assunto
Resumo di:J assunto (para
/eitor apressadD)
CAPITULO 3: Nao reencon reencontram tramos os n6s, n6s, com mesma confusao confusao qu saber, um
abando abandonad nad de natu nature reza za
n o ~ a o
u n i f i c a ~ a o
coletivo, coletivo,
prematura?
para evita evita este este risco risco que se
vai pesquisar pesquisar uma nov separa 163) qu per per separafao fao dos poderes (p 163)
mita rediferen rediferenciar ciar antiga antiga s
e p a r a ~ o ,
CAPITULO 4: TornaTorna-se, se, todavii possi possive ve definir definir as competencias do coletivo 217) 217) so evitar, de inicio, c o n d i ~ a o de evitar, contestafao dos dois "leopos" (p 221), 221), que faria faria confundir confundir eco eco logi politica com .,-co .,-conom nomia ia politica. politica. Se
impossiv impossivel, el, com certeza, retomar
ta como
aquela aquela entre fatos valores, que "ao tem senao
poli politi tica ca
coletivo coletivo
168) mesmo se el parecer parecer indispen indispensave save inconvenientes (p 168)
or
leitor apressado)
economia economia se apresen
resumo resumo do cole coleti tivo vo el usurp as para parali lisa sa ao mesmo mesmo temp tempo, o,
tica tica impondo impondo
terc tercei eira ra form form de
vez esva esvazi ziad ad de suas suas prete pretens6 ns6es es polit politic icas as el
urn lado, lado, aquil aquil que torna perpl perplex exo, o,
corpos corpos de trabalho trabalho indispe indispensa nsavei vei as
absolutamente se-
qu
guro, de outro; falar de "valor" leva leva misturar um moral moral impo tente tente diante diante dos fato fato estab estabele elecid cidos os dades dades que ';ao tern mai
direit direit de elimina elimina nenhum fato fato Ist
ci€:ncias ias paralisar, de uma vez, as ci€:nc Introduz-se Introduz-se ordem nestas nestas a s s
outros poderes: fatos,
uma hierarq hierarquia uia de priori priori
de considerafao
o c i a ~ 6 e s ,
distingu doi se se distingu
179).Dos de ordenamento (p 179).Dos
primei primeiro ro pode va guardar guardar do fato fato
exig exigen enci ci de per
plexidad plexidade*, e*, dos valores, valores, exigenc exigencia ia de reflex reflexao* ao*
segundo segundo vai
recu recupe pera ra do valo valore re
do fato fatos, s,
exigenc exigencia ia de d i s t i n ~ a o
exig exigen enci ci de hier hierar arqu quia ia*, *,
i n s t i t u i ~ a o * .
Vamo Vamo ter pois, pois, em luga da imposs impossive ive
de fatos fatos de valore valores, s, dois poderes de representafao do co-
letivo (p 189) 189) ao mesm mesm tempo tempo disti distint ntos os Agor Agor qu
d i s t i n ~ a o
comp comple leme ment ntar ares es
fato/val fato/valor or parecia parecia tranqiiiliz tranqiiilizado adora, ra, el nao
permite permite mals mals manter as garantias essenciais (p 199) 199) qu C o n s t i t u i ~ a o
de dire"ito.
exig exige, e, inventando inventando para as p r o p o s i ~ 6 e s coleti coleti,vo ,vo nao
50
nova nova
urn Esta Estado do
pensa pensa mais mais com um sociedade sociedade em
contribuifao das ciencias (p 23 da Cien Cienci ci *, pois pois
res* res*
c e n a r i z a ~ a o
c o n s i d e r a ~ a o
retomar retomar
das camaras (p. 232). ai se muito muito mais mais impo importa rtant nt
grande grande
Cienci Cienci se ocupava ocupava da natureza" tas f
u n ~ 6 e s
de
de po
a r a ~ a
qu
d i f e r e n ~
politic politica, a, dos inter interess esses. es. Es-
se torharao tanto mai real realiz izav avei eis, s, quanta
contribui-
252), depois depois ados moralistas (p. 259), 259), a i s e fa do economistas (p 252), irao juntar definindo definindo um canteiro de obras 268) comum, comum, qu obras (p 268) toma
luga do impratic impraticave ave corpo politic politic do passa passado do G r a ~ a s
esta esta nova nova
o r g a n i z a ~ a o
torna-se torna-se clar clara. a. El repous repous sobr sobr
camara camara alta alta repre represe senta nta
pode de ordena ordename mento nto*. *. n ad ad a t e
om
dinamica dinamica do cole coleti tivo vo
trabalho das duas camaras
n ti ti g
poder poder de
outra, outra, camara baixa, baixa, representa pela cama camara ra alta alta (p 275) 275) receNao pela
dinami dinamica ca da c o m p o s i ~ a o progressiva progressiva do mundo comum dife difere re pois, pois, tanto cia. politica politica dos human quan quanto to da
dade dade el repousa repousa sobre sobre duas pesq pesquis uisas as
nature natureza za da antig antig
zera exige exigenc ncia ia de perple perplexid xidade ade
C o n s t i t u i ~ a o .
f u n ~ 6 e s
institui'rao*,
contribuifao dos politicos {po 242) 242) vaitrazer-lhes vaitrazer-lhes seis seis taref tarefas, as, per mitind mitindo, o, assi assim, m, uma sinergia impossivel anteriormente, quando
(p .• 272) 272) da quai quai uma
poderde poderde leva leva em
intermed intermedio io de suas suas habi habili li
de conjun conjunto* to*
levar levar em cons consid ider eraya ayao*) o*)
se traba trabalho lho
torna torna rn
contr contrib ibuir uir par toda toda
nida com
mento, mento, que obriga obriga
50
Constitui da nova Constitui
uma ve s6: perplexidade*, reflexao*, hierarquia* quais epreciso acresc acrescenta enta m a n u t e n ~ o da s e p as quais
uma natureza natureza pois ele cria uma nova exterioridade (p 206) 206) defi defi conjun conjunto to do qu ele excl exclui ui pelo pelo poder poder de ordena ordena
po
f u n ~ 6 e s
poli poli
Mas, Mas, uma
dades, sua contribuifao ao ~ u i p a m e n t o qu
mora moral. l.
rn tr
mora mora
n a t u r a l i z a ~ a o
dem publi publica ca Fala Fala de"fatos de"fatos signi signific fic liga ligar, r, ao mesm tempo, tempo, de que
da ecolog ecologia ia
f u n ~ 6 e s
cien cienci cia, a,
s e p a r a ~ a o
outra
entr nature natureza za
soci socie e
primeira primeira para sati satisf sfa a exig exigen enci ci de consu consull-
..
Resumo
assunto (para
leitor apressado)
tao Se est primeira assembleia desempenhou ber seu trabalho,
receNao pel cdmara baixa (p 284) muito mais difi il posto qu cada p r o p o s i ~ a o se torna incomensufilvel para mundo comum ja coletado la,-entretanto que deve c o m e ~ a r pesquisa sobr as hierarquias* compativeis entre el sobre d e s i g n ' a ~ a o c
torna, enfim, as ciencias compativei com
democracia.
CAPITULO 5: Ur coletivo cuja dinamica acab de se assim redefinid nao se encontra mais diante da alternativa se guinte: uma natqreza
varias
culturas. Dev.er-se-a, pois, reabrir
questa do nome de coletivos explorando os mundo comuns sena aban efeito uma
(p. 301). Mas, nao se pode c o m e ~ a r esta e x p l o r a ~ a donand d e f i n i ~ a o de progresso Nao existe co mas duas flechas do tempo (p. 307), qu
em
d i r e ~ a o
primeira modernista*,
uma s e p a r a ~ a o sempre maior da objetivi
dade da subjetividade,e outra, nao moderna, qu va em di vinculos cad ve mais enredados. soment segund r e ~ a o que permite definir gem (p. 316). Sob c o
coletivo por sua trajet6ria de aprendizade ajunta ao dois podere prece-
n d i ~ a o
dentes ur terceiro poder de acompanhamento, qu repousa ). Estado da ecologia politica esta questilo do Estado ainda po inventar,pois nao repous mais sobre qualquertrans cendencia, ma sobre'a qualidade de acompanhamento da ex perienciacolet.jva desta qualidade, arte de governa sem do minar, qu depend ao estado c i v i l i z a ~ a o * , capa de por fi de guerra Mas, para permitir
paz, aind
se do exercicio da diplomacia (p 338)
410
precis beneficiar
diplomataretomacon-
Resumo do assunto(para
leiter apressat:k)
tato com os outros ma sem usarmai
nonaturalismo* macia dependem
separaya entr
Omo-
multiculturalismo* Do Sucesso da diplo guerra eapaz das ciencias (p 352).
CONCLUSAo: ,Uma vez qu politica foi sempr feit so os auspicios da natureza, jamais no retiramos do estad de natureza, Leviata espera ainda ser construido. ecologia politica da primeira maneir acredito inovar colocando
agrava
natureza na polftica quando e n t a o ~ na fe sena
paralisia da politica causada pel antiga natureza.
Para dar novo sentid it ecologia politico, precis aban donar Cienci pela ciencias, concebidas como s o c i a l i z a ~ a o dos nao-humanos, abandonar politica da Cavern pela politic definid para c o m p o s i ~
progressiva do born mundo comum*
permitindo est ecologiapolitica, eJQstem toda ja pontilhadas na realidad presente aind qu devamo redefinir as p o s i ~ 6 e s da esquerd da direita. As i n s t i t u i ~ 6 e s ,
celebre questao "Que fuzer?'; nao ha senao uma respos ta: "Ecologia political" (p 359) co c o n d i ~ a o de se modificar sentido da palavra, atribuindo-Ih metafisica experimental*, conforme
as
suas ambiyoes.