Universidade Federal do Rio Grande do Sul Disciplina: Conversão Eletromecânica de Energia II Aluno: Roger Halmenschlager da Silva Cartão UFRGS: 150562 Data: 02/05/2012 Pré-relatório Laboratório 08 – Curva V de Motores síncrono
Este desfasamento é medido pelo ângulo δ, ou
Objetivo
ângulo de conjugado, que é tanto maior, quanto
O objetivo desse laboratório é determinar as
maior
curva característica do fator de potência de um
constante enquanto o conjugado resistente for
motor síncrono sub-excitado e sobre-excitado.
constante.
for
o
conjugado
resistente,
mas
Fundamentos teóricos Motores síncronos são motores com velocidade de rotação fixa – velocidade de sincronismo.
Figura 2. Representação do ângulo de conjugado.
Circuito equivalente Figura 1. Funcionamento de um motor síncrono.
O
seu
princípio
de
funcionamento
está
esquematizado na figura 1. Uma corrente
O circuito eléctrico equivalente, para uma máquina síncrona, está representado na figura 3.
(contínua) de campo I exc produz um campo magnético BR no rotor. Um sistema trifásico de tensões
é
aplicado
aos
enrolamentos
estatóricos produzindo um campo magnético girante BS, com o campo B R tendendo a se alinhar com o campo BS. No entanto, estes dois campos magnéticos nunca ficam perfeitamente alinhados, pois, mesmo sem carga, o rotor possui uma determinada inércia e portanto,
Figura 3. Circuito equivalente de um motor síncrono.
haverá sempre um desfasamento entre os dois
Assim, para cada fase do estator, teremos a
campos, embora rodando à mesma velocidade.
equação correspondente:
Trusted by over 1 million members
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
Trusted by over 1 million members
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
onde Xs é a reatância síncrona [ Ω], Ia a corrente de armadura [A] e Ra a resistência de armadura[Ω]. Vetorialmente, podemos ver essa equação como:
Figura 5. Curva de conjugado de um motor síncrono.
Excedendo-se o valor do conjugado máximo, o rotor já não consegue permanecer ligado ao campo girante, começa a ter escorregamento, com um conjugado oscilante e fazendo vibrar Figura 4. Representação fasorial de um motor síncrono.
perda de sincronismo.
Conjugado
Os
motores
severamente o motor síncrono, ocasionando a
síncronos
manobram
cargas
basicamente com velocidade constante. Estão normalmente ligados a sistemas de alimentação de potência muito superior à dos motores – barra infinita – o que significa que a tensão e a frequência serão constantes qualquer que seja a potência absorvida pelo motor. A curva de conjugado resultante está apresentada na figura 5, onde se pode observar que a velocidade, do motor, é constante desde a situação de vazio até à situação de carga máxima – Tmax. O conjugado é dado por:
Efeito da variação de carga
Existindo uma carga ligada ao eixo do motor, este desenvolverá o conjugado suficiente para manter a carga rodando à velocidade síncrona. A figura 6 mostra o que acontece quando a carga sobre o motor varia.
Trusted by over 1 million members
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
Correção de fator de potência
Podemos observar na figura 7, em que se parte da situação em que o motor opera com um fator de potência capacitivo. Como a variação da corrente de campo I exc não afeta a velocidade de rotação e dado que não se alterou a carga, então a potência absorvida pelo motor permanece constante. Também a tensão de fase Vfase se mantém constante, dado que a tensão da rede não se alterou. Desta forma, as distâncias VA, sinδ e Iacosϕ, proporcionais à potência, terão que permanecer constantes. Como se aumentou Iexc aumentou-se Va, o que apenas pode acontecer se aquelas quantidades se movimentarem ao longo de uma linha de potência constante. De notar que, à m edida que o valor de V A aumenta, o valor da corrente I A começa por diminuir e depois aumenta. Para
Figura 7. Diagrama fasorial dos d iferentes regimes do motor síncrono.
baixos valores de V A, a corrente IA surge
Na figura 8 observamos o comportamento
atrasada e o motor comporta-se como uma
genérico do motor síncrono, em função das
carga indutiva, consumindo potência reativa Q.
correntes Iexc e Ia para os diferentes regimes
Aumentando Iexc, a corrente
Ia diminuirá,
apresentados na Figura 7. Cada uma das
tornando-se cada vez menos indutiva, passa por
possíveis curvas, corresponde a um valor
uma situação em que está em fase com Vfase – o
diferente de potência. Para cada curva, a
motor comporta-se como uma carga resistiva –
corrente Ia mínima ocorre para um fator de
e em seguida começa a aumentar, adiantando-
potência unitário. Para qualquer outro ponto da
se a Vfase, isto é, o motor passa a comportar-se
curva, existe alguma energia reativa fornecida
como
ou consumida.
uma
carga
capacitiva,
potência reativa à rede.
fornecendo
Trusted by over 1 million members
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
4. Quando o motor atingir a velocidade
Procedimentos experimentais: O
objetivo
dos
experimentos
será
síncrona,
de
conecte
a
fonte
CC
ao
determinar as curvas V do motor síncrono e
enrolamento de campo e aumente a
demonstrar seu comportamento indutivo e
corrente de campo do motor síncrono
capacitivo.
até obter um valor próximo de Iexc nom/2. 5. Amente a corrente de campo da
Instrumentos necessários:
Máquina CC (potenciômetro na posição central).
1. Dois amperímetros.
6. Insira a carga resistiva na Máquina CC e
2. Dois voltímetros.
estabilize
3. Dois miliamperímetros.
a
velocidade
do
motor
síncrono.
4. Dois Wattímetros.
7. Para uma carga fixa, ou seja, uma
5. Chave simples.
potência constante na MCC, varie a
6. Chave três polos.
corrente de excitação Iexc do motor
7. Fonte CC.
síncrono
8. Painel de carga resistiva.
e
determine
o
valor
da
corrente de armadura Ia e o FP na tabela 1.
Procedimentos experimentais
1. Conecte os instrumentos necessários como
mostrado
no
circuito
deste
experimento (Figura 9). 9). 2. Faça um curto-circuito no enrolamento
Resultados Com os dados experimentais, apresentar as seguintes curvas:
de campo do MS, pois o arranque se dará pelo enrolamento amortecedor. 3. Alimente o motor trifásico ligando a chave de três polos trifásico até que este atinja a velocidade nominal (1800 rpm).
Curva “V”: I a x Iexc
Curva “V” invertido: cosϕ x Iexc
Trusted by over 1 million members
Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.
Tabela 1. Dados experimentais item 7.
Iexc (mA)
Ia (A)
VL(V)
P1(W)
P2(W)
FP (ind/cap)
Figura 9. Esquema de montagem do circuito do laboratório.