Dislexia Avaliação e Intervenção
Manual da Formação
Formador:
Octávio Moura
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Dificuldades de Aprendizagem Específicas Conceitos presentes na definição de DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM ESPECÍFICAS: Baixa realização e desempenho escolar. Discrepância entre a realização escolar, numa ou mais áreas, e o seu potencial intelectual. A etiologia radica em alterações ao nível do sistema nervoso central. Estão presentes ao longo do ciclo de vida do sujeito. As dificuldades abrangem uma ou mais das seguintes áreas: linguagem oral, leitura, escrita, matemática, raciocínio, aptidões sociais, etc. Embora possam ocorrer concomitantemente com outras condições deficitárias individuais (ex. privação sensorial, deficiência mental, perturbação emocional, ...) ou ambientais (ex. condições familiares, diferenças culturais e ensino insuficiente ou inadequado) não resultam diretamente de tais condições ou influências. (Hammill, 1990).
CRITÉRIOS DE OPERACIONALIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO:
Critério de Especificidade Especificidade – O problema de aprendizagem está confinado a um n.º limitado de domínios académicos e cognitivos. Afetas as habilidades académicas ou processos cognitivos concretos, mas deixa intacta a capacidade intelectual geral.
Critério de Exclusão – Exclusão – Este critério estabelece que se devem excluir uma série de problemas, tais como, deficiência sensorial ou mental, distúrbio emocional severo, privação sócio-cultural, absentismo escolar, inadequação dos métodos educativos, privação envolvimental, privação cultural e económica, bilinguismo ou aprendizagem normal. De acordo com este critério as causas são intrínsecas ao próprio indivíduo, e que este, para além de adequadas características sensoriais, físicas, mentais, emocionais e envolvimentais, devem ter uma inteligência normal.
Critério de Discrepância Discrepância – Caracteriza-se por uma discrepância entre o resultado real de uma aprendizagem e o esperado em função das suas habilidades e competências cognitivas ou intelectuais do indivíduo.
DIFICULDADES ESPECÍFICAS DE APRENDIZAGEM Termo mais específico
PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM Termo mais genérico e ambíguo
Défices específicos numa determinada área
Dificuldades generalizadas e mais abrangentes
Etiologia relacionada com causas neurológicas
Etiologia relacionada com causas intrínsecas e
(intrínsecas ao próprio indivíduo)
extrínsecas
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Dislexia Definição A dislexia tem sido, muitas vezes, erradamente interpretada como um sinal de baixa capacidade intelectual. Pelo contrário, muitos disléxicos conseguem, em certas áreas, um desempenho superior à média. No nosso sistema de ensino, as competências de leitura e escrita são considerados requisitos fundamentais para a obtenção de conhecimento, assim, uma criança que leia e escreva mal torna-se rapidamente deficitária em todas as restantes matérias e disciplinas. Pode-se então definir dislexia como:
“A dislexia é uma dificuldade de aprendizagem específica de origem neurológica. É caracterizada por uma dificuldade na correção e/ou fluência na leitura de palavras e uma fraca competência ortográfica. Estas dificuldades resultam de um défice na componente fonológica da linguagem, que é inesperada em relação às outras competências cognitivas e às condições educativas proporcionadas. Secundariamente podem surgir dificuldades ao nível da compreensão da leitura, uma reduzida experiência leitora, o que pode condicionar o desenvolvimento do vocabulário e dos conhecimentos gerais. Os estudos demonstram que os disléxicos processam a informação em áreas diferentes do cérebro comparativamente com os indivíduos não disléxicos.” (The International Dyslexia Association, 2002; National Institute of Child Health and Human Development, 2002; Lyon, Shaywitz, & Shaywitz, 2003).
A dislexia é uma dificuldade duradoura da aprendizagem da leitura e aquisição do seu mecanismo, em crianças inteligentes, escolarizadas, sem qualquer perturbação sensorial e psíquica já existente (Victor da Fonseca, 1999).
A Federação Mundial de Neurologia (1968) define-a como uma perturbação que se manifesta pela dificuldade na aprendizagem da leitura, apesar de uma educação convencional, uma adequada inteligência e oportunidades sócio-culturais.
Dislexia: (do grego) dus = difícil, mau, dificuldade; lexis = palavra.
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Modelos de Desenvolvimento da Leitura
MODELO DESENVOLVIMENTAL DA APRENDIZAGEM DA LEITURA: (ver Quadro da página anterior) -
Estádio Logográfico
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Estádio Alfabético
-
Estádio Ortográfico
MODELOS DE LEITURA: -
Modelos Ascendentes (bottom-up) – Consideravam que a linguagem escrita é a codificação da linguagem oral. Segundo este modelo a leitura é processada através da descodificação fonológica e as correspondências grafema-fonema são a base da leitura. O processo de leitura é efetuado exclusivamente pela via fonológica.
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Modelos Descendentes (top-down) – A leitura é efetuada a partir dos processos cognitivos que dirigem a perceção, onde o acesso à palavra faz-se a partir do reconhecimento imediato da palavra, sem descodificação. Este modelo explica o porquê das palavras serem mais facilmente lidas no contexto da frase do que isoladamente.
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Modelos Interativos – Combinam o processamento ascendente e o descendente para cooperativamente determinarem a natureza do input.
MODELO DE DUPLA VIA: -
Via Fonológica (Sublexical)
É a via mais utilizada nos primeiros tempos da aprendizagem da leitura. Nesta via é utilizado o mecanismo de conversão grafema-fonema.
É a via utilizada para a leitura de palavras regulares, palavras novas (ou raras), pseudopalavras e não-palavras.
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Via Lexical
É utilizada aquando da leitura de palavras irregulares e regulares frequentes através de reconhecimento direto da sua forma ortográfica que se encontra previamente armazenada no léxico mental. Existe o reconhecimento visual da palavra, o que permite o acesso às representações fonológicas e à compreensão do seu significado.
TIPOLOGIA DAS PALAVRAS -
Regulares, irregulares, pseudopalavras, não-palavras, frequentes e pouco-frequentes.
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Efeito da Regularidade, Efeito da Lexicalidade e Efeito de Frequência.
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Castles, Bates, Coltheart, Luciano, & Martin (2006). Cognitive modelling and the behaviour genetics of reading. Journal of Research in Reading, 29 (1), 92-103.
Funções Psicolinguísticas na Dislexia Leitura
“… a especificação do papel do processamento fonológico nas fases iniciais da aprendizagem da leitura é uma das mais notáveis histórias de sucesso científico da d écada passada.” (Stanovich, 1991) .
SISTEMA LINGUÍSTICO – Sistema Fonológico, Sistema Semântico, Sistema Morfo-Sintático e Sistema Pragmático. Sistema Meta-Linguístico.
A aprendizagem da leitura requer que a criança estabeleça a respetiva correspondência entre as letras impressas (grafemas) e os sons correspondentes (fonemas). Esta capacidade para fazer as devidas correspondências entre a ortografia e a fonologia irá permitir a descodificação de novas palavras, sendo a base futura para uma maior capacidade para a leitura automática.
Está cientificamente comprovado que a componente fonológica é o recurso cognitivo mais importante para a aprendizagem da leitura e escrita … e que a dislexia resulta de um défice fonológico. O cérebro
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das crianças disléxicas codifica a informação fonológica de um modo menos eficiente que nas restantes crianças.
PROCESSAMENTO FONOLÓGICO (Torgese et al. 1994; Wagner & Torgesen, 1987) e TEORIA DO DUPLODÉFICE NA DISLEXIA (Bowers & Wolf, 1993; Wolf & Bowers, 1999) É a perceção, retenção, recuperação e manipulação dos sons da fala no decurso da aquisição, compreensão e produção quer da linguagem oral, quer da linguagem escrita (Catts et al., 1999).
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Consciência Fonológica
É a capacidade para focar a atenção e manipular as unidades do sistema fonológico (sílabas e unidades intrassilábicas). É uma competência metalinguística que implica a habilidade para identificar e manipular intencionalmente as sílabas e os fonemas (Albuquerque, 2003).
Estádios de Desenvolvimento da Consciência Fonológica (Adams, 1990): (1) Sensibilidade aos sons das palavras; (2) Consciência da rima e da aliteração; (3) Síntese ou reconstrução silábica e fonémica; (4) Segmentação fonémica; (5) Manipulação fonémica.
A consciência fonológica é o preditor mais consistente para a aprendizagem da leitura e escrita, em particular nos anos iniciais. Crianças com dificuldades na CF em idade pré-escolar irão apresentar dificuldades na aprendizagem inicial da leitura e escrita. É o melhor preditor para a precisão da leitura de texto e de palavras isoladas.
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Codificação Fonológica
Modelo de Memória de Trabalho de Allan Baddeley
2 Sistemas de Armazenamento: Fonológico – responsável pelo armazenamento (storage) e repetição (rehearsal) da informação verbal. Visuoespacial – responsável pelo armazenamento da informação visuoespacial.
Central Executiva: Responsável pela coordenação de várias funções cognitivas, nomeadamente coordenação de atividades simultâneas, alternância de tarefas, armazenamento e manipulação da informação na memória de longo prazo, etc.
Desempenha um papel fundamental na aquisição da linguagem, em particular na aprendizagem de palavras novas. Crianças com Dislexia na leitura revelam resultados significativamente inferiores em provas de avaliação da memória fonológica DISLEXIA: Avaliação e Intervenção – Página 6 Formador: Octávio Moura | www.dislexia.pt | www.octaviomoura.com
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Recuperação dos Códigos Fonológicos
Consiste na evocação ao nível da memória de longo prazo de informação fonológica. É avaliada através de testes de Nomeação Rápida (RAN e RAS).
A Nomeação Rápida correlaciona-se significativamente com a leitura. É o melhor preditor da velocidade/fluência da leitura nos diferentes sistemas ortográficos.
Alguns Sinais de Alerta e Critérios de Diagnóstico NA INFÂNCIA:
Atraso no desenvolvimento da linguagem. Começou a dizer as primeiras palavras mais tarde do que o habitual e a construir frases mais tardiamente.
Poderá apresentar alguns problemas de linguagem durante o seu desenvolvimento, dificuldades em pronunciar determinados sons.
Revelou dificuldades em construir frases lógicas e com sentido.
Apresentou dificuldades em memorizar e acompanhar as canções infantis e as lenga-lengas, e revelou dificuldades nas atividades de rimas.
Dificuldade na consciência e manipulação fonológica. Dificuldade em se aperceber que os sons das palavras podem dividir-se em bocados mais pequenos.
NA IDADE ESCOLAR:
Lentidão na aprendizagem dos processos da leitura e escrita. Maior lentidão que o normal na aprendizagem das letras e na leitura de sílabas.
Dificuldade em compreender que as palavras se podem segmentar em sílabas e fonemas.
A velocidade da leitura é significativamente abaixo do esperado para a idade: muitas vezes silábica e por soletração.
Bastantes dificuldades na leitura, com a presença constante de alterações e de falhas nos processos de descodificação grafema-fonema e/ou na leitura automática de palavras.
Dificuldades na compreensão de textos escritos devido à sua fraca qualidade na leitura. Normal compreensão quando as histórias lhe são lidas.
Dificuldades na fluência, precisão e compreensão da leitura.
Leitura silábica, decifratória, hesitante, sem ritmo e com bastantes incorreções.
A escrita surge com muitos erros ortográficos, com trocas fonológicas e/ou lexicais (Dupla Via).
Dificuldades em seguir e realizar corretamente determinadas ordens ou instruções mais complexas que envolvam várias tarefas diferentes a serem executados sequencialmente. DISLEXIA: Avaliação e Intervenção – Página 7 Formador: Octávio Moura | www.dislexia.pt | www.octaviomoura.com
Demora demasiado tempo na realização dos trabalhos de casa (uma hora de trabalho rende 10 minutos), necessitando do apoio de terceiros para a sua realização.
Distrai-se com bastante facilidade perante qualquer estímulo, parecendo que está a "sonhar acordado". Curtos períodos de atenção quando está a ler ou a escrever, cansando-se muito rapidamente.
Os resultados escolares não são condizentes com a sua capacidade intelectual.
Dificuldade em recordar informações verbais (memória verbal curto prazo).
Dificuldades na aprendizagem de uma língua estrangeira (em especial o Inglês).
Apresenta “picos de aprendizagem”, nuns dias parece assimilar e compreender os conteúdos curriculares e noutros dias parece ter esquecido o que tinha aprendido anteriormente.
Durante a leitura ficam letras e palavras por dizer, podendo ser inventadas outras.
Omite ou adiciona letras e sílabas quando está a ler palavras multissilábicas (ex: famosa-fama; casaco-casa; livro-livo; batata-bata; biblioteca/bioteca; ...).
Confusão e dificuldades na descodificação de letras ou sílabas (o-u; p-t; b-v; s-ss-ç; s-z; f-t; m-n; f-v; g-j; ch-x; x-z-j; nh-lh-ch; ão-am; ão-ou; ou-on; au-ao; ai-ia; per-pre; …).
Poderá ocorrer (apesar de não muito frequente) alguma confusão entre letras com grafia similar, mas com diferente orientação no espaço (b-d; d-p; b-q; d-q; n-u, a-e;…).
Na leitura, substituição de palavras por outras de estrutura similar, porém com significado diferente (saltou-salvou; cúbico-bicudo;...) e/ou substituição de palavras inteiras por outras semanticamente vizinhas (cão-gato; bonito-lindo; carro-automóvel).
CRITÉRIOS IMPORTANTES NO DIAGNÓSTICO:
Dificuldades acentuadas ao nível do Processamento Fonológico: Consciência, Codificação e Nomeação.
Défices acentuados na memória fonológica (verbal) e executiva (memória de trabalho).
Precisão e Fluência da leitura significativamente abaixo do esperado para a idade e nível escolar. Leitura silábica, decifratória, hesitante, sem ritmo e fluência e com bastantes incorrecções.
Dificuldade na leitura de palavras, em particular nas irregulares, pseudopalavras e pouco frequentes. Encontra-se comprometida a via fonológica e/ou a via lexical.
Dificuldades na segmentação e manipulação silábica e fonémica.
Erros com omissão, adição e substituição de letras e sílabas.
Presença de muitos erros ortográficos: erros fonológicos e erros nas palavras grafo-fonémicas irregulares. Na escrita podem surgir palavras unidas ou separadas, repetição de letras ou de sílabas, colocação de letras ou de sílabas antes ou depois do lugar correto.
Dificuldades em exprimir as suas ideias e pensamentos em palavras. Muitas dificuldades na escrita de composição. Dificuldades na organização das ideias no texto.
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CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO DE PERTURBAÇÃO DA LEITURA SEGUNDO O DSM-IV-TR (2002) A.
O rendimento na leitura, medido através de provas normalizadas de exatidão ou compreensão da leitura, aplicadas individualmente, situa-se substancialmente abaixo do nível esperado para a idade cronológica do sujeito, quociente de inteligência e escolaridade própria para a sua idade.
B.
A perturbação do critério A interfere significativamente com o rendimento escolar ou atividade da vida quotidiana que requerem aptidões de leitura.
C.
Se estiver presente um défice sensorial, as dificuldades de leitura são excessivas em relação ás que lhe estariam habitualmente associadas.
Tipologia da Dislexia DISLEXIA DESENVOLVIMENTAL (Boder, 1973) Dislexia Auditiva ou Disfonética; Dislexia Visual ou Diseidética; Dislexia Mista ou Intermodal CASTLE & COLTHEART (1993) -
Dislexia Fonológica - Recorre a associações específicas de palavras, mas denota grandes dificuldades na aquisição das regras de descodificação grafema-fonema. Apresenta um desempenho normal na leitura de palavras regulares e irregulares, mas uma incapacidade na leitura de pseudopalavras.
-
Dislexia de Superfície - Dificuldades em recorrer à informação específica das palavras, estando inteiramente dependente do mecanismo fonológico, o que conduz a um desempenho mais baixo na leitura de palavras irregulares e um desempenho normal na leitura de pseudopalavras e de palavras regulares.
-
Dislexia Equilibrada - Corresponde à combinação das duas categorias anteriores.
ESPECTRO DAS PERTURBAÇÕES DE LEITURA (Snowling, 2006)
The Dyslexia Spectrum +
No impairment
+
Wider
Dyslexia
p h o n o l o g y c o r e
Poor comprehender
language
_
Classic SLI
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Prevalência da Dislexia
Percentagem de 5 a 10% das crianças com idade escolar (segundo o DSM-IV é de 4%).
Em Portugal foi observada uma prevalência de 5.4% em crianças do 1º Ciclo do Ensino Básico (Vale et al., 2011).
Maior frequência de casos diagnosticados com Dislexia no sexo Masculino (estudos mais recentes apontam para percentagens próximas entre o género).
Aproximadamente 30% a 40% dos irmãos de crianças disléxicas apresentam de uma forma mais ou menos graves a mesma perturbação. Elevada concordância entre gémeos monozigóticos [68%] e dizigóticos [38%] (Fisher & DeFries, 2002).
A criança apresenta um risco de 50% de vir a ser disléxico se o pai for disléxico e 40% no caso da mãe ser disléxica (Snowling, 2006).
Pessoas famosas: Einsten, Alexander Bell, Thomas Edison, Antony Hopkins, Bill Gates, Agatha Christie, Julio Verne, Franklin D. Roosevelt, Leonardo da Vinci; Louis Pasteur, Picasso, Spielberg, Tom Cruise, etc.
Comorbilidade
DISORTOGRAFIA – Perturbação que afeta as aptidões da escrita, onde se observa um conjunto de défices na capacidade para compor textos escritos (erros gramaticais, produção textos, erros ortográficos, caligrafia deficiente, etc.).
DISCALCULIA – É uma perturbação estrutural da capacidade matemática e da simbolização dos números, é de caráter desenvolvimental (não resulta de uma lesão cerebral ou de défices intelectuais) e caracteriza-se por dificuldades específicas da aprendizagem que afetam a normal aquisição das competências aritméticas, apesar de uma inteligência normal, estabilidade emocional, oportunidades académicas e motivação.
DISGRAFIA – Perturbação de tipo funcional na componente motora do ato de escrever, que afeta a qualidade da escrita, sendo caracterizada por uma dificuldade na grafia, no traçado e na forma das letras, surgindo estas de forma irregular e disforme.
HIPERATIVIDADE e DÉFICE ATENÇÃO (PHDA)
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Etiologia da Dislexia Inicialmente atribui-se aos fatores pedagógicos a origem da dislexia. Mais tarde, pensava-se que a dislexia era resultante de défices ao nível da perceção (visual e/ou auditiva, etc.). Atualmente, estas duas correntes teóricas estão totalmente excluídas dos fatores etiológicos da dislexia. Presentemente, a comunidade científica associa a dislexia a 3 fatores que se encontram relacionados entre si:
Fatores Genéticos – grande percentagem de disléxicos numa mesma família, em especial entre gémeos monozigóticos e dizigóticos; identificados alguns genes nos cromossomas 6, 15 e 18, entre outros.
Fatores Neurológicos – lóbulo temporal, parietal e occipital do hemisfério esquerdo – região parietal-temporal (análise das palavras) e occipital-temporal (leitura automática) (Sally Shaywitz), simetria no planum temporal dos hemisférios cerebrais, etc.
Fatores Psicolinguísticos – processamento fonológico: (1) consciência fonológica, (2) codificação/memória fonológica e (3) recuperação fonológica/nomeação rápida.
Utha Frith (1997) – Modelo causal da dislexia
Problemática Emocional e Comportamental Os problemas emocionais e comportamentais surgem como uma reação secundária aos problemas de aprendizagem provocados pela dislexia. As suas repercussões são muitas vezes consideráveis, quer ao
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nível do sucesso escolar, quer ao nível do comportamento e do estado emocional da criança, originando nestes domínios perturbações de gravidade variável.
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Recusa na realização das atividades escolares e exercícios que exijam a leitura e escrita.
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Sintomatologia ansiosa e depressiva.
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Baixa autoestima e autoconceito académico.
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Sentimentos de tristeza, vergonha e culpa pelo seu fraco desempenho escolar.
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Sentimentos de incapacidade e insegurança.
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Baixa tolerância à frustração.
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Enurese noturna, encoprese e alterações do sono.
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Sintomas psicossomáticos diversos.
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Problemas comportamentais diversos no contexto de sala de aula e no contexto familiar.
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Comportamentos de oposição e desobediência.
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Défice no controlo da atenção e da impulsividade.
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Reduzida motivação pela escola, faltas às aulas que menos gosta e maior tendência para um abandono escolar precoce.
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Etc.
Willcutt, E. G. & Pennington, B. F. (2000). Psychiatric comorbidity in children and adolescents with reading disability. Journal of Child Psychology and Psychiatry, 41, 1039-1048: -
Os sujeitos disléxicos apresentam um maior número de problemáticas internalizadas e externalizadas. Os sintomas internalizados (em particular a depressão) estão mais associados às raparigas. As problemáticas comportamentais (PHDA, Perturbação de Oposição, Perturbação do Comportamento) são mais significativas nos rapazes.
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Avaliação Clínica na Dislexia
1 - ANAMNESE
Recolha de informação de índole escolar, clínica, desenvolvimental, familiar e dificuldades específicas na aprendizagem.
2 - AVALIAÇÃO INTELECTUAL
As crianças com Dislexia (mesmo com um QI elevado) fazem menores progressos na leitura do que a generalidade das restantes crianças em idade escolar, pois as suas dificuldades não se encontram a nível do funcionamento intelectual, mas em défices neuropsicológicos/neurolinguísticos específicos.
WISC-III o
Capacidade intelectual (QIEC) pelo menos normativa (QIEC >80, >85 ou >90).
o
Análise da QIV-QIR e a existência de discrepâncias estatisticamente significativas.
o
Análise dos diferentes subtestes; análise dos fatores (Compreensão Verbal, Organização Percetiva, Velocidade de Processamento).
o
Análise da presença do padrão de Bannatyne (habilidade espacial > habilidade conceptual > habilidade sequencial) e dos perfis ACID, SCAD e FD (total, parcial e medidas compósitas).
3 - AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA Avaliação NP das Funções da LINGUAGEM
Consciência Fonológica: Tarefas de Sensibilidade à Sílaba, ao Fonema e à Rima, Segmentação, Reconstrução e Manipulação (eliminação, substituição,…).
Nomeação Rápida: Rapid Automatized Naming (RAN), Rapid Alternating Stimulus (RAS). DISLEXIA: Avaliação e Intervenção – Página 13 Formador: Octávio Moura | www.dislexia.pt | www.octaviomoura.com
Outras Competências Linguísticas: Conhecimento de Vocabulário; Fonológico; Semântico; MorfoSintático; Pragmático, etc.
Testes: Consciência Fonológica (BANC); Nomeação Rápida (BANC); Provas de Avaliação da Linguagem e da Afasia em Português (PALPA-P; Kay, Lesser & Coltheart; Castro, Caló & Gomes); Avaliação da Leitura em Português Europeu (ALEPE; Sucena & Castro); Bateria de Provas Fonológicas (Ana Cristina Silva); Bateria de Avaliação da Linguagem Oral (ALO; Inês Sim-Sim); Teste de Identificação de Competências Linguísticas (TICL; Leopoldina Viana); Teste Illinois de Aptidões Psicolinguísticas (ITPA, Samuel Kirk); etc.
Avaliação NP das Funções da MEMÓRIA
Memória Imediata e Memória Diferida; Memória Verbal e Memória Visual; Memória de Trabalho (Verbal/Fonológica, Visuoespacial, Central Executiva).
Testes: Memória de Dígitos da WISC-III, Figura Complexa de Rey, TRVB, Memória de Lista de Palavras (BANC, California Verbal Learning Test – CVLT, Rey-Osterrieth Auditory Verbal Learning Test – RAVLT), Tabuleiro de Corsi, etc.
Avaliação NP das Funções da ATENÇÃO e das FUNÇÕES EXECUTIVAS (opcional, apenas em algumas situações é que se justifica esta avaliação)
Funções da Atenção: Teste D2; Testes de Cancelamento, TMT-A, etc.
Funções Executivas: Planeamento, Flexibilidade Cognitiva, Inibição, Fluência Verbal, etc.
Có-morbilidade com a PHDA (diagnóstico diferencial).
4 - AVALIAÇÃO DA PERCEÇÃO VISUAL E LATERALIDADE (opcional, apenas em algumas situações é que se justifica esta avaliação)
Perceção Visual, Organização Visuoperceptiva: Fig. Complexa Rey; Teste Visuomotor de Bender;
etc.
Lateralidade, Dominância Lateral e Perceção de Simetrias: Avaliação da Lateralidade Cruzada;
Avaliação da Discriminação Direita-Esquerda; Prova de Lateralidade M. Uzias; Bateria Psicomotora (BPM), Reversal Test, etc. 5 - AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
Leitura
Testes específicos para avaliação da fluência e precisão da leitura:
Teste de Idade de Leitura (TIL; Sucena & Castro, 2009)
O Rei: Precisão e Fluência da Leitura (Carvalho & Pereira, 2009)
Avaliação da Leitura em Português Europeu (ALEPE; Sucena & Castro)
Prova de Avaliação da Capacidade de Leitura (DECIFRAR; Emílio Salgueiro)
Leitura de diversos textos com níveis diferentes de complexidade DISLEXIA: Avaliação e Intervenção – Página 14 Formador: Octávio Moura | www.dislexia.pt | www.octaviomoura.com
Leitura de lista de palavras frequentes e irregulares (via visual ou direta)
Leitura de lista de palavras pouco frequentes, regulares e pseudopalavras (via fonológica ou indireta)
Analisar o efeito da Regularidade, Lexicalidade e Frequência
Avaliação da compreensão leitora
Escrita
Escrita de textos/composições, ditados
Escrita de palavras regulares, irregulares, frequentes, pouco frequentes, pseudopalavras
Análise e avaliação da construção e estruturação frásica
Análise e caracterização da tipologia dos erros ortográficos encontrados nos cadernos diários
6 - APLICAÇÃO DE TESTES ESPECÍFICOS DE DISLEXIA
Prova Exploratória de Dislexia Específica (PEDE)
Prova de Análise e Despiste da Dislexia (PADD)
The Dyslexia Screening Test
International Dyslexia Test
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Intervenção Reeducativa da Dislexia ASPETOS A TER EM CONTA QUANDO SE INICIA UMA INTERVENÇÃO REEDUCATIVA
O grau das dificuldades nas competências de leitura e escrita
As competências da criança
A idade da criança
Condição emocional da criança
Contexto escolar
Contexto familiar
INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA 1. Intervenção psicológica (emocional). 2. Intervenção específica e reeducativa nas dificuldades de leitura e escrita. 3. Intervenção noutras valências (caso seja necessário) para correção de outras áreas deficitárias. Ex: Terapia da Fala, Psicomotricidade, … 4. Aplicação de estratégias de ensino diferenciado e de medidas educativas especiais (se necessário). 5. Apoio ao contexto familiar. 6. Articulação de estratégias com o contexto escolar e familiar.
EXEMPLO DE EXERCÍCIOS E ATIVIDADES NA INTERVENÇÃO REEDUCATIVA DA DISLEXIA:
Processamento Fonológico: -
Rimas e lengalengas; Perceção das palavras que começam ou terminam pelo mesmo som; Reconstrução, segmentação e consciência fonémica e silábica; Manipulação Fonológica (omissão, adição e inversão de sílabas iniciais, intermédias e finais); Processos de descodificação fonemagrafema e grafema-fonema; Memória auditiva (verbal) de curto prazo (dígitos, palavras, frases, pseudopalavras); Leitura e escrita de pseudopalavras.
Inventários e Ficheiros Cacográficos.
Intervenção específicas nas trocas efetuadas: -
Exemplo: pre/per; nh/lh; ch/x/j; m/n; g/gu; s/ss/ç; ... DISLEXIA: Avaliação e Intervenção – Página 16 Formador: Octávio Moura | www.dislexia.pt | www.octaviomoura.com
Técnicas multissensoriais.
Atividades lúdicas e multimédia que apelem para os processos de descodificação da leitura e escrita para outras competências cognitivas.
Manuais de Intervenção Reeducativa: -
Método Distema (Paula Teles e Leonor Machado); Distúrbios de Leitura e Escrita (Santos & Navas, 2002); Consciência Fonológica em Crianças Pequenas (Adams et al., 2008); Manual de Leitura Corretiva (Condemarim & Blomquistm 1986); Dislexia – Cadernos 1, 2, 3, e 4 (Helena Serra); Dislexia: Atividades de Conhecimento Fonológico (Rosa Lima & Cláudia Tavares, 2012); entre outros …
Exercícios de leitura e escrita: -
Leitura e escrita de palavras, frases e textos (adequadas ao nível da dificuldade; com sílabas de progressiva complexidade: cv; vc; cvc; ccv; …).
-
Leitura e escrita de pseudopalavras (adequadas ao nível da dificuldade; com sílabas de progressiva complexidade: cv; vc; cvc; ccv; …).
-
Análise compreensiva da informação lida.
-
Escrita: Composições, ditado de palavras, ordenar frases, completar frases e/ou palavras, ordenar histórias, palavras cruzadas, sopa de letras, etc.
-
Jogos e atividades lúdicas de leitura e escrita.
Intervenção ao nível dos efeitos secundários: -
Perceção e memória visual e verbal; Orientação espácio-temporal; Grafomotricidade; Lateralidade; Problemática emocional associada; Défice atencional e hiperatividade; Problemas de linguagem ou articulatórios; etc.
Exercícios não recomendáveis: -
Ditados, cópias, escrita repetitiva das palavras que errou.
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Medidas Educativas Especiais DECRETO-LEI n.º 3/2008 – “NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS”
Este DL define os apoios especializados a prestar na educação pré-escolar e nos ensinos básico e secundário dos setores público, particular e cooperativo, visando a criação de condições para a adequação do processo educativo às necessidades educativas especiais dos alunos com limitações significativas ao nível da atividade e da participação num ou vários domínios de vida, decorrentes de alterações funcionais e estruturais, de caráter permanente, resultando em dificuldades continuadas ao nível da comunicação, da aprendizagem, da mobilidade, da autonomia, do relacionamento interpessoal e da participação social.
Medidas Educativas - Artigo 16.º - Adequação do Processo de Ensino e de Aprendizagem a) Apoio Pedagógico Personalizado b) Adequações Curriculares Individuais (*) c) Adequações no Processo de Matrícula d) Adequações no Processo de Avaliação: 1. Tipo de provas; 2. Instrumentos de avaliação e certificação; 3. Condições de avaliação (Formas e meios de comunicação, Periodicidade, Duração, Local da me sma).
e) Currículo Específico Individual (*) f)
Tecnologias de Apoio (*) – Não cumuláveis entre si
CIF – CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE
Estruturas do Corpo (s)
Funções do Corpo (b) – Funções Mentais Globais e Funções Mentais Específicas
Atividade e Participação (d)
Fatores Ambientais (e)
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Perturbação da Escrita – Disortografia
Perturbação que afeta as aptidões da escrita, onde se observa um conjunto de défices na capacidade da criança para compor textos escritos, evidenciando erros gramaticais ou de pontuação na elaboração das frases, organização pobre dos parágrafos, múltiplos erros de ortografia e uma grafia excessivamente deficitária (DSM-IV-TR, 2002).
Os erros ortográficos ocorrem de forma sistemática e recorrente, podendo provocar a total ininteligibilidade dos escritos. Verificam-se omissões, adições, substituições e inversões de letras e sílabas. Dificuldades em descodificar o som com o grafema correspondente.
Perturbação que afeta a componente da escrita, onde se observam dificuldades na: 1 – Processos cognitivos subjacentes à composição de textos 2 – Erros ortográficos feitos de forma sistemática e recorrente 3 – Má qualidade gráfica
Critérios de Diagnóstico de Perturbação da Escrita segundo o DSM-IV A.
As aptidões de escrita, medidas através de provas normalizadas (ou avaliações funcionais das aptidões da escrita), aplicadas individualmente, situam-se substancialmente abaixo do nível esperado para a idade cronológica do sujeito, quociente de inteligência e escolaridade própria para a sua idade.
B.
A perturbação do critério A interfere significativamente com o rendimento escolar ou atividade da vida quotidiana que requerem a composição de textos escritos (por exemplo, frases escritas gramaticalmente corretas e parágrafos organizados).
C.
Se estiver presente um défice sensorial, as dificuldades nas aptidões de escrita são excessivas em relação às que lhe estariam habitualmente associadas.
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Perturbação do Cálculo – Discalculia
(latim) - DYS = dificuldade, estado de disfunção + CALCULUS = realização de cálculos
A discalculia encontra-se sobretudo em crianças, é de caráter desenvolvimental, não resulta de uma lesão cerebral ou de défices intelectuais e manifesta-se através de dificuldades nas operações matemáticas básicas, tais como quantificação, numeração e cálculo aritmético.
A discalculia é uma perturbação estrutural da capacidade matemática que tem a sua origem numa alteração genética ou congénita das áreas do cérebro que estão anatómica e fisiologicamente na base da maturidade das competências matemáticas adequadas para a idade sem se observar simultaneamente qualquer perturbação do funcionamento mental. [Kosc, L. (1974). Developmental dyscalculia. Journal of Learning Disabilities, 7, 46-59.]
Prevalência:
1% segundo o DSM-IV e surge isoladamente em 1 em cada 5 casos de Perturbação da Aprendizagem.
3% a 6% segundo vários outros autores e investigações.
Percentagem semelhante entre rapazes e raparigas.
¼ das discalculias apresentam uma comorbilidade com a dislexia e a hiperatividade.
Sinais Indicadores:
Dificuldades em contar e associar ao respetivo número.
Dificuldades na compreensão da quantidade, do conceito de medida (maior/menor; pesado/leve, 1kg=4x250g, ...), etc.
Dificuldade ou resultados inconsistentes nas operações matemáticas básicas (+, -, x, :).
Dificuldade no cálculo e raciocínio matemático.
Dificuldades na compreensão da linguagem matemática e dos símbolos e em recordar conceitos matemáticos, regras, fórmulas, unidades matemáticas e sequências.
Quando escreve, lê ou se recorda de números estes frequentemente surgem errados (adição, substituição, omissão e inversão de números).
Dificuldades em lidar com o dinheiro e com conceitos monetários.
Problemas em copiar números e/ou desenhos geométricos, ou de os reproduzir após memorização.
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Dificuldade na compreensão de conceitos abstratos de tempo e na orientação espacio-temporal (dificuldade em aprender as horas, esquece-se de compromissos agendados, desorienta-se com facilidade e dificuldades em compreender mapas).
Dificuldades em compreender conceitos de peso, direções, espaço e tempo.
Reduzida memória de curto e longo prazo.
Dificuldade em planear estratégias em jogos como o xadrez, damas, etc., ou de se lembrar de pontuações de jogos de cartas, bowling , jogos de tabuleiro, etc.
Entre outros sintomas ...
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