Hobsbawn, Eric J. A Era das revoluções: Europa 1789-1848 !raduç"o de #aria $ere%a &opes $ei'eira e #arcos #ar cos (enc)el. *io de Janeiro, (a% e $erra, 1977.
Capítulo 6 – As Revoluções
Ap+s as *evoluções *evoluções nlesa nlesa e rancesa, rancesa, os pa/ses europeus europeus buscava0 n"o evi!ar u0a nova reor0a, reor0a, !e0endo 2ue ocorresse ocorresse o 2ue acon!eceu na rança, co0 u0a e'pans"o da dispu!a ranco 3acobina. o en!an!o, nunca na )is!+ria oi end50ica e espon!6nea a e'is!5ncia de revoluções. Houve Houve !r5s !r5s ondas ondas revolu revolucio cionr nrias ias princip principais ais no 0undo 0undo ociden ociden!al !al en!re en!re 181 181 e 1848. 1848. ;H<=>=A?, 1977, p.1@7 A pri0eira 2ue ocorreu na Europa ;18@B-18@4 oi locali%ada no #edi!err6neo, co0 oco na Espan)a, poles e na CrDcia. A *evoluç"o Espan)ola reviveu o con!e'!o con!e'!o co0 os 0ovi0en!os 0ovi0en!os liber!rios na A0Drica &a!ina. ora0 !r5s os randes liber!adores liber!adores da A0Drica espan)ola, >i0on =ol/var, >an #ar!in e =ernardo <Hiins. Ao lono do !e0po, co0 a liber!aç"o liber!aç"o pri0ria pri0ria da Crande Crande FolG0bia;F FolG0bia;FolG0b olG0bia, ia, ene%uela ene%uela e E2uador, E2uador, Aren!ina;(a Aren!ina;(arauai, rauai, =ol/via, Aren!ina e Iruuai e F)ile, e pos!erior do #D'ico, e =rasil, )ouve o recon)eci0en!o de !ais es!ados pelos Es!ados Inidos ;EIA, iniciando !ra!ados co0erciais co0 o 0es0o, criando e or!alecendo cer!os v/nculos de in!eresse. A seunda onda de revoluções ocorreu en!re 18@9-184 ae!ando !oda a Europa, par!e da *Kss *Kssia ia e dos dos EIA. EIA. a a Euro Europa pa,, a derr derrub ubad adaa dos dos =our =ourbo bon n na ran rança ça es!i es!i0u 0ulo lou u vri vrias as ou!ras;;H<=>=A?, 1977, p.1@8, e assi0 inK0eras par!es se ai!ara0, den!re elas a =Dlica e0 sua independ5ncia da Holanda, a (olGnia, a !lia, Ale0an)a, e a!D 0es0o a Cr"-=re!an)a e0 relaç"o L rlanda. E0 18@9 co0 a E0ancipaç"o Fa!+lica na rlanda, levan!ou-se o 0ovi0en!o reor0is!a, !ra%endo a !ona 0ovi0en!os pol/!icos no pa/s se0 o con!role dos par!idos conservadores ;!orM e liberais;w)i. Ne acord acordo o co0 co0 Hobs Hobsba bawn wn;1 ;197 977, 7, p.1@ p.1@9 9 as revo revolu luçõ ções es da dDcad dDcadaa de 18B 18B s"o u0 acon!eci0en!o de 0ui!a i0por!6ncia: Ne a!o, ela 0arca a derro!a deini!iva dos aris!ocra!as pelo poder buru5s na Europa
>endo assi0, a dDcada de rande i0por!6ncia !ra% u0a inovaç"o na pol/!ica, onde sure a class classee oper operri ria, a, lu!an lu!ando do cons consci cien en!e0 !e0en en!e !e e inde indepe pend nden en!e !e nos nos 0ovi 0ovi0e 0en! n!os os assi0 assi0 co0o co0o os 0ovi0en 0ovi0en!os !os nacion nacionali alis!as s!as Europe Europeus. us. Assi0 Assi0 co0o co0o 0udanç 0udanças as pol/!i pol/!icas cas es!ava0 es!ava0 acon!ec acon!ecend endo, o, 0udanças sociais e econG0icas andava0 de 0"os dadas, e D no ano de 18B 2ue ) u0a rande
proe0in5ncia de !ais a!os, !al co0o a indus!riali%aç"o e urbani%aç"o na Europa e nos EIA, o volu0e 0ira!+rio !an!o por causas sociais co0o eoricas, ideol+icas, ar!/s!icas, en!re ou!ras. E D nesse con!e'!o 2ue as revoluções se ins!ala0, de!er0inando as dDcadas de crise da sociedade 2ue suria, a!D suas derro!as e0 1848. A !erceira e 0aior das ondas revolucionrias, a de 1848, oi o produ!o dessa crise ;H<=>=A?, 1977, p.1B e e'plodiu e0 diversas localidades 2uase 2ue si0ul!anea0en!e. As revoluções de 181-48, ao con!rrio das do inal do sDculo O, ora0 in!encionais e ocorrera0 raças L insa!isaç"o dada a inade2uaç"o dos sis!e0as pol/!icos i0pos!os L populaç"o europeia, erando cada ve% 0ais e 0ais descon!en!a0en!os econG0icos e sociais, a%endo co0 2ue as pessoas se unisse0 e0 u0 Knico 0ovi0en!o co0 u0 ob3e!ivo e0 co0u0. Ap+s 181 surira0 !r5s randes !end5ncias oposicionis!as: o liberal 0oderado, reido pela classe 0Ddia superior e aris!ocracia liberal, o de0ocra!a radical, represen!ado pela classe 0Ddia bai'a, novos indus!riais e nobre%a insa!isei!a, e o socialis!a, represen!ado pelas novas classes !rabal)adoras da indKs!ria crescen!e. En!re!an!o, !odos !in)a0 pouco e0 co0u0, a oposiç"o aos poderes e'is!en!es da 0onar2uia absolu!is!a, re3a e aris!ocracia. A )is!+ria do per/odo 2ue vai de 181 a 1848 D a )is!+ria da desin!eraç"o dessa ren!e unida. ;H<=>=A?, 1977, p.11 E0 seus descon!en!a0en!os, !odos os revolucionrios considerava0-se pe2uenas eli!es de e0ancipados e proressis!as a!uando en!re u0a vas!a e iner!e 0assa do povo inoran!e e iludido, 2ue se0 dKvida receberia co0 aleria a liber!aç"o 2uando ela c)easse. ;H<=>=A?, 1977, p.1 a lu!a con!ra os absolu!is!as a revoluç"o se uniicou pela Europa, u!ili%ando o 0es0o 0eio de se orani%ar secre!a0en!e, assi0 co0o a 0açonaria, con)ecidos co0o bons pri0os ou carbonari. As rpidas !ransor0ações sociais e econG0icas resul!ara0 na busca por u0a pol/!ica de 0assa unida a sua revoluç"o, inspirada no 0odelo criado e0 1789 co0 a 2ueda da =as!il)a na rança. Fo0 o decorrer dos a!os, as revoluções dividira0 a Europa e0 duas par!es, a oes!e do *eno e a les!e do *eno e apesar das revoluções de 1848 ocorrere0 nas duas par!es, suriu u0a dierença relevan!e e0 cada u0a das par!es. (ara Hobsbawn ;1977, p.1P: Essas dierenças rele!ia0 as variações no ri!0o de evoluç"o e nas condições sociais e0 dieren!es pa/ses, 2ue se !ornara0 cada ve% 0ais eviden!es nas dDcadas de 18B e 184B e cada ve% 0ais i0por!an!es para a pol/!ica. Assi0, a avançada indus!riali%aç"o da Cr"=re!an)a 0udou o ri!0o da pol/!ica bri!6nica: en2uan!o a 0aior par!e do con!inen!e passou pelo seu 0ais audo per/odo de crises sociais e0 184P-8, a Cr"-=re!an)a !eve u0 per/odo e2uivalen!e e0 1841-@.
As revoluções, independen!e do lado europeu e0 2ue se encon!rava0 causava0 rande !ens"o, se0pre sendo repreendidas. Fon!udo, co0 as derro!as e vi!+rias, nasceu u0a dieren!e !end5ncia revolucionria, a par!ir da divis"o dos 0oderados e radicais e da anlise das perspec!ivas vi!oriosas, na !en!a!iva de alcançar sua pr+pria liberdade, a!ravDs de ações dire!as. Fo0 a de!er0inaç"o dos radicais na !o0ada de poder, suriu u0a 2ues!"o desconor!an!e, na 2ual o preço para !al poder seria u0a revoluç"o social, a 2ual !alve% n"o es!ivesse0 preparados. Apesar de dieren!es con!e'!os nos Es!ados Inidos e na A0Drica &a!ina, onde n"o )avia essa inci!aç"o da par!icipaç"o popular, na Europa =A?, 1977, p.19 Fo0o pa/ses co0 inK0eras insa!isações urbanas, na rança e na Cr"=re!an)a se des!acava u0 rande 0ovi0en!o socialis!a-prole!rio, co0o u0 0ovi0en!o da classe de !rabal)adores pobres, cri!icando os liberais capi!alis!as co0o seus ini0ios. es!e caso, a revoluç"o social repar!iu os radicais, )o0ens de ne+cios e ou!ros 2ue se encon!rava0 descon!en!es co0 os overnos liberais-0oderados de 18B. E0bora co0 o !e0po os 0ovi0en!os osse0 se dividindo de acordo co0 suas dierenças locais pelas nacionalidades e classes, ainda es!ava0 unidos, en!re e'ilados in!elec!uais, conspiradores e !odas as ou!ras 0assas 0inori%adas pelo poder, 0an!endo sua unidade nacional. Ne acordo co0 Hobsbawn ;1977. p.14P, a revoluç"o era ideali%ada pela es2uerda europDia, onde seria baseada e0 1789, co0 re!o2ues de 18B. Haveria u0a crise nos ne+cios pol/!icos do Es!ado, levando L insurreiç"o. #ui!os dos soldados co0ba!en!es de diversos pa/ses acabara0 e'pa!riados por 0ui!os 0o!ivos, den!re eles apadrin)a0en!o de civis, apoio revolucionrio, en!re ou!ros. Esses e'ilados, cansados de seus passados !enebrosos e de seu presen!e !or!uoso, acabara0 se 3un!ando e0 de!er0inadas reas, co0o (aris. Jun!os, co0eçara0 a cons!ruç"o do pensa0en!o liber!rio. es!es cen!ros de reKios, os i0iran!es or0ava0 a2uela provis+ria co0unidade de e'ilados, e0bora !an!as ve%es per0anen!e, en2uan!o plane3ava0 a liber!aç"o da )u0anidade. e0 se0pre eles se adi0irava0 ou se aprovava0 0u!ua0en!e, 0as se con)ecia0 e sabia0 2ue seu des!ino era o 0es0o. Jun!os, prepara0-se e esperara0 a revoluç"o europDa, 2ue veio Q e racassou Q e0 1848. ;H<=>=A?, 1977, p.149