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História do mundo dos
ANJOS
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desta edição © Palavra & Prece Editora, 2012. Copyright desta Edição brasileira autorizada por intermédio do Autor. Autor. Angélico . Título original em espanhol: História del Mundo Angélico. Todos os direitos desta edição reservados. F������� B��������� N������� Depósito Legal na Biblioteca Nacional, conforme Decreto no 1.825, de dezembro de Read 1907. Free For 30 Days C���������� ��������� Júlio César Porfírio Porfírio R������ � ����������� ����������� Equipe Palavra & Prece T������� Laura de Andrade C���BOOKS DISCOVER NEW
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Equipe Palavra & Prece Execução: Sérgio Fernandes Comunicação Comunicação Imagens: Shutterstock I�������� Escolas Profissionais Salesianas ISBN: 978-85-7763-203-9
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Fortea, José Antonio História do mundo dos anjos / José Antonio Antonio Fortea Fortea ; [tradução Laura de Andrade]. Andrade]. – São Paulo Paulo : Palavra & Prece, 2012. Título original: Historia del mundo angélico. ISBN 978-85-7763-203-9 1. Anjos 2. Vida cristã I. Título. 12-13426
CDD-235.3
Índices para catálogo sistemático: 1. Medos, Medos, síndromes síndromes e traumas : Superação Superação : Experiências de vida : Cristianismo
248.86
PALAVRA & PRECE EDITORA LTDA. LTDA. Parque Domingos Luiz, 505, Jardim São Paulo, Cep 02043-081, São Paulo, SP, SP, Brasil Tel./Fax: +55 (11) 2978.7253 E-mail:
[email protected] / Site: www.palavraeprece.com.br www.palavraeprece.com.br
Sumário
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Prólogo................................... ..................................................... .................................... .................................... ..................................... ..................................... ........................ ...... 7 PRIMEIRA PRIMEIR A PARTE PARTE História do Mundo Angélico Introdução Introdução ................................... ..................................................... .................................... ..................................... ..................................... .................................. ................11 11 I – Como tudo começou.................................... ...................................................... ..................................... ..................................... ............................ ..........13 13 II – Fazer a vontade vontade de Deus................................... ..................................................... ..................................... ..................................... ...................... .... 21 III – Adoração Adoração coletiva ...................................... ........................................................ ..................................... ..................................... ............................ ..........25 25 IV – O tempo sem tempo..................................... ....................................................... ..................................... ..................................... ......................... ....... 27 DISCOVER NEW BOOKS READ ..................................... EVERYWHERE ......................... BUILD YOUR V – A misteriosa presença de Deus ...................................... .................... ..................................... .......DIGITAL 29 READING LISTS VI – Deus criou cr iou seres livres................... livres..................................... .................................... ..................................... ..................................... ...................... .... 33 VII – Nem tudo era perfeito ............................. ............................................... ..................................... ..................................... ............................ ..........35 35 SEGUNDA PARTE Lúcifer VIII – A obra-prima de Deus .................................... ...................................................... ..................................... ..................................... .................... 41 IX – O maior entre os maiores.............. maiores................................ .................................... ..................................... ..................................... ...................... .... 43 X – Lúcifer não orava ................................... ..................................................... ..................................... ..................................... .................................. ................45 45 XI – As mudanças começaram começaram após a Revelação do plano de Deus ............................ ............................49 49 XII – A batalha no Céu ................................... ..................................................... ..................................... ..................................... ............................... .............53 53 XIII – O belo tornou-se aterrorizante aterrorizante................................... ...................................................... ..................................... ......................... ....... 57 XIV – Rainha dos Anjos.................................... ...................................................... ..................................... ..................................... ............................ ..........59 59 XV – Quem como Deus! ............................. ............................................... .................................... ..................................... ................................... ................61 61 XVI – Trocaram o certo pelo errado............................... errado.................................................. ..................................... ............................... .............63 63 XVII – O Inimigo dispensa as graças ................................... ...................................................... ..................................... ......................... ....... 67 XVIII – Nascia uma nova ordem no Céu .................................. ..................................................... ..................................... .................... 71 XIX – A queda da terceira parte das estrelas ................................... ...................................................... ................................ .............73 73 XX – Satanás destilou seu veneno................................... ...................................................... ..................................... ............................... .............77 77 XXI – Onde estava Deus? ...................... ........................................ .................................... ..................................... ..................................... ...................... .... 79 XXII – O exército exército do Bem.................................... ...................................................... ..................................... ..................................... ......................... ....... 83 XXIII – Os anjos caídos tiveram outra oportunidade de regeneração......................... ......................... 85 XXIV – A expulsão dos anjos caídos .................................... ....................................................... ..................................... ......................... ....... 89 TERCEIRA PARTE O Mal à espreita de almas XXV – O abismo .......................................... ............................................................. ..................................... .................................... .................................. ................95 95 XXVI – A força do Mal................................... ...................................................... ..................................... .................................... ............................... .............99 99
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P�. J��� A������ F����� XXVII – Anjos mortos em espírito espírito .................................... ....................................................... ..................................... .......................... ........103 103 XXVIII – Um destino sem Deus ............................ .............................................. ..................................... ..................................... ......................107 107 QUARTA PARTE O Céu após a queda dos anjos XXIX – Tempo de purificação .......................... ............................................. ..................................... .................................... .......................... ........113 113 Read Free................................119 For 30 Days XXX – Quão sábios são os planos de Deus .................................... ...................................................... ..............119 QUINTA PARTE A história dos anjos continua... até os nossos dias! XXXI – Há anjos em todos os lugares ......................... ............................................ ..................................... ................................125 ..............125 XXXII – A criação do homem................................... ...................................................... ..................................... ...................................131 .................131 XXXIII – Satanás infiltrou-se no Paraíso .................................... ...................................................... ...................................135 .................135 XXXIV – A vida é uma constante luta contra o exército do Mal ................................139 XXXV – Desfrute seu tempo na Terra................................ erra.................................................. .................................... .......................... ........141 141 DISCOVER NEW BOOKS
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Prólogo Read Free For 30 Days
D����� �� ��������� ���� dedicados ao campo teológico dos demônios, finalmente, chegou o momento de falar dos anjos. Após tanto tempo meditando como empreender esta tarefa, eu decidi fazê-lo não como um ensaio, mas derramando a teologia num leito narrativo. A narração me permite infundir vida àquilo que, de outra forma, teriam sido apenas frios conceitos e diversificadas hipóteses. Posso assegurar que há teologias por trás desse DISCOVER NEW BOOKS READ EVERYWHERE BUILD YOUR DIGITAL READING LISTS relato da criação do mundo angélico. Alguém que não tenha lido outros textos meus a respeito do tema poderá cair na tentação de pensar que neste texto me dedico apenas a inventar, mas posso assegurar que toda essa ficção não é mais do que a angiologia expressada de um modo literário. Tudo tem uma razão razão de ser na ficção f icção que propo proponho nho cujas linhas, sem dúvida, são mais transcendentes transcendentes do que a Sagrada Sag rada Escritura. A Bíblia é é muito breve breve ao falar fal ar da criação criaç ão dos anjos. A metafísica iluminada pela Escritura pode desenvolver-se, expandir-se, dando luz ao modo razoável em que tudo pode acontecer. Esta obra nada mais é do que isto: um esforço por expor, de um modo razoável, como pode ser a proto-história dos anj a njos. os. Eu não estou afirmando af irmando como aconteceram aconteceram as as coisas, mesmo porque porque não tive uma revelação particular a respeito do tema. Apenas exponho como as coisas podem ter acontecido. Uma forma razoável, entre as muitas possíveis, de preencher preencher os vazios sobre o tema nas Escrituras. Reafirmo que esta obra não está baseada em revelações minhas nem de outros, mas na metafísica; apenas tomo o objeto da prova dos anjos de uma venerável tradição. Seja qual for a prova que os anjos tiveram ao serem criados, a única certeza é a de que eles passaram por uma prova; e aqui oferecemos uma sugestão de qual qua l possa ter sido. sido. Nesta história reflito ref lito 7
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inúmeras vezes como tudo pode ter sido, sido, mas só Deus conhece o modo em que tudo realment rea lmentee aconteceu. É claro que se alguém a lguém não estiver de acordo com algum ponto ponto da minha história, tem todo o direito direito de fazê-lo faz ê-lo.. Aliás, Al iás, os anj a njos os e eu lhes damos da mos toda Readincomodado Free For 30 Days porque a permissão para discernir. d iscernir. Talvez Talvez alguém a lguém se sinta porque utilizo termos tão visuais visua is ao falar fala r de um mundo tão sublime, sublime, mas este texto é como uma grande gra nde tela, um extenso ‘tímpano catedralesco’ catedra lesco’.. Ou redigia um tratado, ou edificava este autossacramental. Definir este escrito como um autossacramental do século XXI me compraz. No presente prólogo explico o nascimento desta obra: como um exercício narrativo-teológico que trata deNEWexplicar puderam serYOUR as coisas, DISCOVER BOOKS como READ EVERYWHERE BUILD DIGITAL READING LISTS expressando-as com estética visual e utilizando modos antropomórficos. Pronto para criar, imaginei o quão atraente se resultava literariamente a criação, não só de uma história dos anjos, mas também a criação de uma fictícia origem redacional dessa mesma história. Ao final, não ofereço somente a história dos anjos, mas também a ‘falsa história’ de como surgiu essa história. Que me seja me perdoado este ato literário na obra estética. Padre Fortea
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PRIMEIRA PARTE
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História do Mundo Angélico
Introdução
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A ����� �������� ������� � ������� ��������� �� antes dos faraós, antes dos construtores construtores dos dos repousasse a areia, antes a ntes que a primeira primeira gota zigurates , antes que no deserto repousasse de água águ a caísse ca ísse no primeiro mar. Foi Foi antes que o Sol brilha brilhasse sse pela primeira vez, antes a ntes mesmo que Deus dissesse: “Seja feita a luz”. luz”. Antes da história história de qualquer criatura, criatura, veio a nossa história história que é a mais antiga. De fato, esta história teve lugar antes do tempo. Antes de nossa DISCOVER NEW BOOKS READ EVERYWHERE BUILD YOUR DIGITAL READING LISTS história, não há nenhuma história, uma vez que o Único que estava antes de nós não tem história alguma. Deus não tem história. Eu, um anjo, contarei a vocês, seres humanos – embora não possam entender muitas coisas –, mesmo que tenha que recorrer a comparações humanas para que possam compreender compreender o incompreensível. incompreensível. Inicio agora a minha minh a história... história...
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Como tudo começou
DISCOVER NEW BOOKS READ EVERYWHERE BUILD YOUR DIGITAL READING LISTS N� ��������� ������ � S��, o Ser Infinito, a Trindade Sublime. Imaginem Deus como sendo uma imensa Esfera de luz branquíssima. Novamente, mente, lembro-lhes de que tenho que recorrer a termos limitados, l imitados, a comparações que comparam o incomparável. Deus não é uma Esfera, Deus não tem forma geométrica geométrica alguma a lguma.. No entanto, entanto, peço-lhes que imaginem a minha história de uma forma visual. Imaginem o Grande Deus como sendo uma Esfera de luz de proporções infinitas. Essa Esfera de luz estava no meio do nada. Uma Esfera resplandecente em meio à escuridão mais absoluta, a escuridão perfeita. No princípio existia apenas essa Esfera. Ninguém a contemplava, ninguém podia vê-la, porque porque não havia ninguém. n inguém. Essa Es sa Esfera de Vida Trina era luz e era grande gra nde como milhares de oceanos oce anos de luz. Era colossal como milhares de universos. u niversos. Enquanto vocês vivam, nunca poderão imaginar quão difícil é para mim lhes expressar de uma forma simbólica o que nós percebíamos percebía mos da parte de Deus. Permita-me utilizar a imagem de uma Esfera para falar de Deus, a imagem ima gem de uma Esfera E sfera grandiosa, porque n’Ele n’Ele reinava a perfeição, como apenas pode se expressar na geometria. Mas, ao mesmo tempo era limitado como o mar. ma r. O mar é estável, mas tem movimento movimento em si. Mesmo cheio de vida, Deus se mostrava a nós. O que nós víamos era como uma Esfera infinita inf inita cheia de mares de vida. Por Por essa razão raz ão o percebíamos percebíamos através dos raios que atravessavam os véus d’Ele. Para que possam compreender
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o que nós víamos, a cena mais próxima é a imagem do Sol cuja luz surge arrasadora e límpida atrás das nuvens de uma tormenta que se abre. Reunindo todos estes conceitos conceitos tão pobres e vocês farão uma ideia aproximada do que descrevo. Read Free For 30 Days A Trindade Trindade da vida gritava alto em Seu interior interi or,, fluía f luía no seio dessa des sa Esfera. De repente aconteceu algo. Era a primeira vez que acontecia alguma coisa fora da Esfera. Não podemos dizer que isso ocorreu há milhões e milhões de séculos atrás porque, de fato, não havia tempo. Mas entre aquele antes e depois, houve mil eternidades e depois eternidade após eternidade. Antes do primeiro AGORA, GOR A, houve houve uma incontável incontável série de séculos sem DISCOVER NEW BOOKS READ EVERYWHERE BUILD YOUR DIGITAL READING LISTS tempo. E foi assim, no momento momento previsto, no exato instante, insta nte, antes do qual não houve houve instante, insta nte, que uma voz poderosa ressoou no interior da Esfera e disse: “Faça-se!” E da Esfera surgiu uma luz. Aquele ato se assemelha de longe a uma flor que estende suas pétalas brancas. Esse instante era semelhante àquele quando quando de uma corola surgem para fora suas pétalas. péta las. Aquilo parecia como uma explosão de luz em câmera câ mera lenta. lenta. Se nos aproximássemos dessa luz, veríamos que cada feixe de luz estava formado por milhões e milhões de seres angélicos. Cada natureza angélica era como uma pequena estrela. Havia estrelas de todos os tamanhos. Cada ser angélico resplandecia com seu próprio próprio tom de luz; luz; cada c ada um emitia uma música em particular. particula r. Se for possível possível usar esta est a expressão, cada um mostrava um rosto espantado, e spantado, felizmente felizmente perplexo, ante o espetáculo espetác ulo do ato criador. Os anjos mais grandiosos se encontravam suspensos, como que tocando a Esfera. Cada anjo superior tinha ao redor outros que eram menores que ele, como planetas que rodeiam um astro. Por sua vez cada um desses satélites tinha outros espíritos angélicos que eram como satélites dos planetas. Dessa forma podíamos ver que havia centenas de hierarquias angélicas. Cada anjo dependia de outro anjo superior. Os anjos superiores, menores e intermediários formavam incontáveis níveis, complexas rotações, 14
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inumeráveis hierarquias, complicadas complicadas séries de níveis, escalões, como se tratasse de um infinit inf initoo estudo de animais. A que que compararemos a visão desse ato ato criador? Era como como se a grande Esfera estivesse rodeada por cerrações. Essas névoas eram como vias lácteas. Read Free For 30 Days Cada uma delas estava formada por milhões de milhares de seres angélicos. Toda a Esfera estava coberta dessas nebulosidades. Algumas partes da superfície da Esfera estavam mais densamente cobertas. Em outras, essas nuvens pareciam como se desfiassem em direção para fora. Continuavam surgindo mais e mais ma is destas nebulosas desde o interior da Esfera. Era como se do interior do ser infinito fluíssem grandiosos rios de luz. Universos e mais universos de anjos saíam da Esfera incomparável. DISCOVER NEW BOOKS READ EVERYWHERE BUILD YOUR DIGITAL READING LISTS Aqueles rios pareciam não se esgotar. Alguns A lguns deles surgiam com força em direção para fora, se dobravam como atraídos pela força de atração da Esfera da qual surgiam e retornavam a ela percorrendo a superfície interminável dela. Outros rios saíam expelidos com força e se adentravam no inferior, formando assim espirais que, por sua vez, se misturavam com outras espirais angélicas, combinando-se em incríveis feixes de luz que se redemoinhavam, redemoinhavam, girando ao redor de si próprios, próprios, formando centros e mais ma is centros angélicos. Os rios de luz que surgiam da Esfera foram-se enfraquecendo numa espécie de eco que se extingue cheio de majestade, assim como um órgão catedralesco, catedra lesco, o qual se faz fa z pressão ao mesmo tempo, tempo, com as duas mãos, dez notas com todos os seus registros numa magnífica magníf ica harmonia, com todos os seus tubos com total força e que logo depois de alcançar o clímax, o som se esfuma nas abóbodas. Esse eco sinfônico foi se desvanecendo até que o último braço de luz se descolou do oceano de luz da Esfera: a criação dos anjos havia terminado. O último ú ltimo anjo tinha sido criado. criado. O número dos anjos anjos era incalculável, inca lculável, mas houve um último anjo a aparecer. Dizer que eram trilhões de trilhões era pouco. Deus tinha sido extraordinariamente generoso ao criar. Feliz que fossem muitos os que poderiam existir. Deus quis comunicar de uma forma esplêndida a alegria 15
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de ser. Ao serem criados aqueles anjos simplesmente recebiam o nome de glórias , porque eles eram a glória do seu Criador. Todos os espíritos estavam surpreendidos. Tinham sido lançados à existência. Haviam passado do nada, a existir repentinamente. Aquilo era Read Free For 30 Days como se milhões de seres tivessem acabado de despertar. Mas não estavam sonolen sonolentos; tos; ao contrário, mostravam-se cheios cheios de vida. A fumaça fu maça efervescia efer vescia de vigor ao redor da Esfera de vida. A vida se agitava neles, pela felicidade de existir. Os espíritos se olhavam a si próprios, se conheciam e se olhavam entre si surpreendidos. Como as glórias se encontravam girando ao redor DISCOVER NEW BOOKS READ EVERYWHERE BUILD YOUR DIGITAL READING LISTS de glórias maiores, admiravam o grande anjo ao redor do qual cada espírito se movimentava. Avistavam a magnitude dos gigantescos astros angélicos. Embora as olhassem de longe, se achavam surpreendidos que pudesse haver glórias tão descomunalmente desc omunalmente grandes. No centro de tudo: o divino oceano infinito de luz do qual tinham saído. Era como estar junto às à s margens ma rgens de um u m grande gr ande mar. ma r. Poderíamos dizer di zer que estava es tavam m sussu spensos, flutuando f lutuando no ar, ar, levitando sobre um oceano. Mas nesse caso, c aso, não fazia sentido sentido afirmar af irmar que se estava em cima ou num flanco f lanco daquele daquele mar. Não havia acima nem embaixo num universo sem referências especiais. Unicamente aquele aquele grande gra nde centro. centro. Um grande centro que era essa Esfera E sfera que parecia limitada. As glórias contempla contemplavam vam a Grande Esfera; sabiam que era uma forma esférica. Era tão grande gra nde que eles a contemp contemplavam lavam como a um oceano, oc eano, cujos limites escapavam a visão deles. Esse oceano divino estava em silêncio, todos admirados o contemp contemplavam; lavam; constituía em si mesmo um espetáculo, porque essa luz era amor, sabedoria, beleza, perfeição, equilíbrio, plenitude. De repente, a Esfera falou. Era a primeira vez que ressoava a Sua voz fora do Seu seio. A voz d’Ele resultou o fato mais impressionante que se poderia imaginar. imagina r. A voz de de Deus se dirigindo di rigindo a milhões e milhões m ilhões de espíritos angélicos. 16
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Todos escutaram uma voz potente, grave, cheia de poder. Tratava-se de uma voz que podia dobrar ferro, partir os cedros. Ainda A inda não existia exi stia o ferro, ainda não tinham crescido os cedros, mas se tivesse sido criado o mundo, os pilares da d a Terra Terra não haveriam resistido o poder da primeira sílaba da priRead For 30recuaram Days meira palavra. Diante da aparição da voz, todos osFree anjos como aquele que é investido pelo vento. Não se faz justiça ao dizer que era uma voz maravilhosa. Sua voz estava dotada da maior intensidade que se poderia imaginar. Por sua vez, Suas palavras palavra s transmitiam ternura e carinho. Eram as palavras palavra s de um Pai. Pai. Nelas não havia nada de ameaçador a meaçador.. Mas sem ser ameaçadora, ameaçadora, Sua voz era tal que deixava claro que não admitia réplica. DISCOVER NEW BOOKS READ EVERYWHERE BUILD YOUR DIGITAL READING LISTS Deus se dirigiu a nós. Explicou-nos Explicou-nos quem Ele era. Expôs-nos quem éramos nós; o objetivo de ter-nos criado, o que esperava de nós, aquilo que devíamos e não devíamos fazer. Deus fez às vezes de professor, e nós Lhe escutamos boquiabertos. A voz d’Ele nos manifestava quais eram os abismos do ser, ser, os caminhos ca minhos do Bem e do Mal. Ma l. A estrutura estrutu ra lógica do que tinha criado e do que poderia poderia criar. As Suas palavras pa lavras eram era m ciência ciência pura sem erros. Mas não falava o tempo todo. Em Seu discurso, na Sua explicação do Ser e do ser, na Sua explicação de tudo havia como que em uma sinfonia, momentos de silêncio. E nos perguntava. Nós Lhe respondíamos, Lhe perguntávamos, individual individua l e coletivamen c oletivamente. te. Conversávamos Conversávamos com Ele como os f ilhos com o seu pai. Verdadeiramente Verdadeiramente era um Pai. Éramos Éra mos como pintinhos pintinhos ao redor de uma galinha. Poderíamos nos sentir quentinhos sob as asas d’Ele. Sentíamo-nos protegidos. Não tínhamos corpo, mas mesmo assim, sentíamos o calor da Sua presença. A imagem i magem dos pintinhos aconchegados no seio da mãe descreve de screve muito bem aquele tempo feliz. Não era somente o fato de estar sob Suas asas, era estar em Seu seio, como pintinhos completamente envolvidos no leito de plumas. De que poderíamos nos sentir protegidos? Como poderíamos conhecer a sensação de temor? Sentíamo-nos seguros perante o vazio do nada, 17
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diante da insegurança de não saber. Ele nos dava certeza perante a dúvida. Ele nos oferecia o firme fundamento de saber a nossa procedência, quem nós éramos, a nossa direção e qual era o sentido de tudo. Sem Ele teríamos sido como como náufragos náuf ragos no meio do vazio. vaz io. Sem Ele teríamos nos sentido Free For 30 Days abandonados no meio meio dessas solidões. OlhandoRead para trás, ali a li estavam essas e ssas solidões vazias e escuras. Quase dava medo olhar em direção do não-ser de onde tínhamos saído, de onde perfeitamente poderíamos não ter saído nunca. Teria Teria bastado uma palavra Sua para tirar tira r-nos do do nada. Mas Ma s com Ele não temíamos ao nada: nad a: Ele preenchia tudo. O Mestre continuava a responder paciente e amorosamente aos Seus DISCOVER NEW BOOKS READ YOUR DIGITAL READING LISTS filhos. Conseguia responder ao mesmo tempo a EVERYWHERE milhões de BUILD seres. Éramos tantos e mesmo assim cada um escutava distintamente a Sua voz. Nós, as glórias, conseguíamos escutar as palavras de muitos anjos se dirigindo a Deus e, simultaneamente, podíamos Lhe fazer perguntas. Nós conseguíamos entender sem problemas no meio daquelas muitas vozes. Cada um podia perceber mais ou menos desses diálogos, segundo o poder da sua inteligência. No meio daquela sinfonia, formulávamos formulávamos em coro uma questão a Deus. Mas no meio daquele coral um pequeno espírito conseguia Lhe fazer uma pequena pergunta. Havia conversas coletivas, aconteciam conversas individuais. Outras conversas eram particulares e pessoais, devido a que era o desejo desejo de algumas a lgumas glórias. E não fazíamos fazía mos apenas perguntas, também Lhe dávamos graças; graças por tudo. Também conseguíamos nos comunicar entre nós mesmos. Os anjos mais inteligentes inteligentes compreendiam compreendiam melhor aquilo que a Esfera dizia, e o explicavam a nós, anjos intermédios. intermédios. Por Por sua vez, nós explicávamos detalhes aos anjos inferiores. Havia milhares de escalas naquela hierarquia celeste. Todos entendiam o discurso de Deus, mas os anjos superiores nos faziam fazi am ver que só tínhamos tínha mos captado apenas uma parte par te da profundidade profundidade do discurso d’Ele. 18
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Nós mesmos nos instruíamos instru íamos e, em conjunto, conjunto, aprofundávamos o conhecimento cimento com os nossos intelectos neste oceano ocea no infinito inf inito de luz que tínhamos na nossa frente. Cada vez mais percebíamos bem claro cla ro quem era o Criador, Criador, a Fonte, o Sol de Santidade. Quase sem nos darmos conta, levantávamos construções intelectuais. Éramos seres intelectuais desfrutávamos merguReadeFree For 30 Days lhando nossas mentes nessa Esfera sem fim. f im. Podíamos mergulhar n’Ele apenas com a nossa inteligência, inteligência, apenas com o nosso conhecimento. conhecimento. Podemos Podemos dizer que Ele estava ali e nós aqui. A incrível fronteira fronteira da transcendência era impenetrável. A impenetrabilidade de Deus que não era percebida como um muro, mas, como uma montanha que para ascendê-la precisava-se de séculos. Nesse sentido, a DISCOVER NEW BOOKS READ EVERYWHERE BUILD YOUR DIGITAL READING LISTS Esfera estava tão perto e tão longe. A Esfera parecia rodeada de um muro alto como uma montanha. Possivelmente Possivelmente pelos séculos de ascender as suas su as ladeiras, compreendêssemos que apenas havíamos começado a nossa viagem. Sim, a Esfera apenas era o véu da magnitude. Ainda conscientes conscientes de nossa pequenez, quanto mais mai s conhecíamos, mais queríamos conhecer. conhecer. Com a nossa inteligência conseguíamos percorrer esse objeto de nosso conhecimento. Éramos como exploradores daquilo que tínhamos frente a nós. As nossas construções lógicas, metafísicas, teológicas a respeito da divindade nos deixava pasmos. Cada vez ficávamos mais admirados do ser infinito. Alg A lgun unss de nós apreen apre ensivo sivoss dia di a nte de tanta ta nta beleza bele za começa come çamos mos a nos organizar para Lhe dar culto de modo coletivo. Assim começou a liturgia celeste, como uma resposta a tamanho tama nho espetáculo da divindade.
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