CURSO MODERNO
D l F1LOSOHA
C*ARL O. HfcMPEL Al Vãiitrrmtodedr PrincrtoH
FILOSOFIA DA CIÊNCIA NATURAL IM.IHIO Sl'k »*WN Ii K o c I L >'- VllWtill&nU
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Titulo Oii(iiul: Phitosophy d Natural
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Tr"iluiido dl (vimtíri cdi^io. publicada cm 196$ pela PwncfcHaiJ.. INC.. de i " Jervey. EsUdot •én* FDUNDATIONS Englewood Çlifft, OF N PWLGSOPHY, dirigida Unidinporda EUWim Amínc». na e Copfrighl © /°*o by FrtMkfHaB.
CK ICO
IST* DireitM para a língua portuguesa ZAHAR ED ITO Riu Méxko, i\ — Rio que S í reservam a propriedade
adquiridos por RE S de Janeiro d«ia tradu;ao
Imf/ruo no Biaul
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I NP! C E Prefácio 1 . Alcance e Obfttivo deste Livro 2 . Investigação Científica: Invenção e Verificação . . Um Caio Histórico como Exemplo, 13. As Etapas Fundamentais para Verificar unia Hipótese, 16. O Papel da Indução na InvestigaçãoCientifica, 21. 3 . A Verifi cação de uma H ipótes e: Saa Lógica e Sua Força Verificações Experimentai»kV. Não-Experimen tais. 32. O Papel das Hipóteses Auxiliarei. 36. VerificaçõesC ruciai s, 40 . Hipó teses ad hoc, 4 3 . Vcrificabilidadecm Principio e SignificaçãoEm pírica. 45. 4.
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Critérios de Confirmação e Aceitabilidade Ouantidadc. Variedade c Prccisio da Evidência Sustentados, 48. Confirmação por "Novas" Im plicações. 52. O Apoio Teórico, 54. Simplici dade, 57. A Probabilidade das Hipóteses. 63. As Leis e seu Papel na Explicação Cientifica Dua* Exigências Básicas para as Explicações Cientificai. 65. A Explicação Dcduli vo-N omológica. 6 8. Leis Univer sais c G enera lizações Aciden tais, 73. As ExplicaçõesProbab illsticas: Seus Fun damentos, 78. Probabilidades Estatísticas c Leis probabilisticas. 79. O Caráter Indutivo da Expli cação Probabilística. 89. f. A* Teorias e a Hxplicação Teórica As C aract erísticas Gerais das Tconas, 92 . O* Prin cípios Internos c os Princípios de Transposição. 95 Compreensão Tcóric», 98. O "Status" das Entidade* Teó ricas. 100. Explicação e "R edu ção ,i(i E-tinilíar".106.
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FltOSOFIAD* CrffCM NATURAL
Formação d< Concciioi Dcfmtcio, 109. DcfíoKôes Oprracioniii, 113. Importância Siitcmáticae Empírica d»n Concei to* Científicos. 117. Sobre as Quesiôçi "Opera cionalmente Km Sentido". 123. O Caráter dai Senterifai I n te rprçiativas. 124. 8. Reduçòo Ttérka A Controvínia MceanieiwiQvs. VítaKim», 129. RcilusJo do» Teimo». 131. Redução das Leis. 133. Rcfocmuluifio doMictmicitmo. 134. Rcdiiçllo da Psicologia; o Beliaviotiímo, 135. Ieiluras Aduiotutíl
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FUN DAM EN TOS DA F ILOS OFI A Muito* dos problemasda Filosofia sio dí f o ampla rckvAociapara ai preocupaçõeshumanas, c tüo complexos emsuas ramifii-iiivri, que u encontram, de uma formji ou outra, cons ta ntrmrnie prrtfntr*. Embora, no decorrer do tempo, cies se luhmctam à invcsii#içflofilosófica. lalvci necc*iilcm serrecoo«ulrriilirt em tadl ípnen. A lui de cmiliccínicntos cientificoi mais vastos c mais profunda experiência ética c religiosa. Me lhore* soluções slo dctcobcrtai por métodos mais refinado* c rigorosos. Assim, quem abordar o estudo da fitotofia ni espe rança de compreender o melhor do que ela proporciona, procurara tanto at questões fundamentais cornoas reallaações con(cmpor/liKM. •'.Krlio por um jiiupo de eminentes flIMofo*. o "C urs o Moderno do Mlosoíia" tem por finalidade expor alguns dos piliiiipnii |»ruliliiiiji mu divmoi ciinpnh>!> hlirtolia, tal CMM IO apreieiitam na aluai fase da história filosófica. Conquanto seja prnvívclque ceitos setoríi citcjam rcpic sentados na maloiia doa catot do introdução a Filosofia, as classes universitárias diferem muito em finfa» e. nos mildos de instrução e no ritmo de progresso. Todo* os professores necessitam deliberdade para alterar seus curto* • medida que o* leus Interesses tamanho e caracteriillcas da próprio* composição de suasfilosóficos, classes e o ai necessidades de seui nlunoi variem de ano pura ano. Ui dlvetiót volumeido "Curió Moderno de Fitotofla" (cada um completo cm »i meimo, ma* •crvlndo lambem de complemento para o» outros) oferecem uma nova flexibilidade ao professor, que pode criar seu próprio curso mediante a combinação de vários volume*, conforme dcncjar, e pode escolher diversas combinações em diferentes oca siões. Aqueles volumes que oio tão usados num curso de iniciaçãopodem ser comprovadamentevaliosos, a par de outros (extot ou compilações de lições, para os curto* maii cspceiali/.iidoi de nfvclsuperior. EUZABETH BEARD4LBY
MONíQB
BEAROsirv
PETER ANDRÉ» e TOBY ANNE Para
PREFACIO lUIc livro oferece um a introdução a alguns dos teVptco» centrai* da Metodologia c da 1-ilutofia da Ciíncia Natural con temporâneas. Cata atender às exigências do espaç» disponível, preferi tratar com cena minúcia um número limitado de ques itos ímpotlonlCf » tentar um esboço rudimentar
ALCANCE
h OHJETIVO DI-STE
LIVRO
Oi iHcttalrt r i m B -da investigação científic a podem set l em AM (rapo* nuiom: a» Ciências empíricas c a* As primeira* procuram descobrir, descrever. e prcifcreras ocorrênciasno mundo cm que vivemos. Saas avscrtòe* devemter. portanto, confrontada»com os fato* rviatacãacsnpínca. de nossa experiênciae to são accitiveis se amparadaspor i a« Tal evidenciate obtémde muitas maneiras por espertas», taçao. por obaervacioustcmãlica. por entrevista* ou levanta, neatos. por eiames psicolopcosou cUaicos, por estado atta*> de rciiqina* arqueológicas, documcMos. inscrições, moedas. etc £ dessa referenciaessencial a cípeneacra queprescinde* a Ldpca e a Matemáticapura. que \áo as Oen:ua aa*nffcl As Ciência* empíricas dividem-se por sua vez cm Ciências Sacarame Ciências Sociais. O critério paraessa dWisãoé raur*> menosclaro do itio-cnararica e não que existe o que acordo distingue geral asobre investigação onde se erapÚKa caçoamda.« linha de separação. £ costume incluir nas Ciências Satanss a Física, a Química, a Biologia e as suas umas fronteiriças. As Gèecias Sociais compreendem eniioa Sociologia, a CiênciaPo laca, a Aatropotogu, a Economia, a HistoriograTia c as drserpaaas oorrelaeas- A Psicologiaé às vezes incluídanum campo, *a vezes noutro e não raro c dita pertencer *ambos. Na presente coleção, a Filosofia das CãencrasNaturais e a niotofu das Ciências Sócias» saotratada* em volumes drierest•rs. Es«a separação usaapenas ao ptopóiisopratico de perna** dmcaatão maãadequada do largo campo da Filosofia da Cácaçã; são pretendesistemática, prcjnlgara questão de ter ou não Naturais essa divisão sãtasfieacao i. e.. de serem as Ciências fuv diferentes das Ciências Sociais cai astuto*, ou preisipouos. Que existamdiferenças bã-
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FILOSOFIA DA
CIíNCIA NATURAI,
sicas cnttc esses vastos domínios j i o (oi amplamente afirmado e com as mais diversas c interess antes razões. Mas uni estudo co mple to desses argume ntos requer uma análise cerrada tanto das Ciências Sociais como das Naturais, o que ultrapassa o domínio deste pequen o volum e. En tretan to, nossa discus são derram ará alguma luz sobre a questão, pois nesta exploração da Filosofia das Ciências Naturais teremos, de quando cm vez, ocasião de lançar um olhar comparativo cm relação às Ciências Sociais c veremos que muito do que vamos descobrir quanto aos métodos e J railonalc da investigação cientifica aplica-se tanlo às Ciên cias Naturais como às Ciências Sociai s. As pala vras "c iê nci a" c "científico" serâu, portanto, frcqücntcmcnic usadas cm referên cia to domínio inteiro da Ciência empírica; mas quando a cla reia o exigir, restrições convenientes serão acrescentadas. O enorme prestígio desfrutado pela Ciência hoje cm dia c certamente devido cm grande parte aos sucessos espetaculares c á rápida expansã o do al canc e de suas apli cações. Muitos ramos da Ciência empírica vieram constituir a base para tecnologias as sociadas, que colocam os resultados da investigação cientifica cm uso prático c que por ma vez fornecem freqüentemente * pes quisa pura ou básica novos dudos, novos problemas c novos ins trumentos para a Investigação. Mas, alem de auxiliar o homem em sua busca de um contro le sobre seu ambiente, a Ciência responde a uma outra necessi dade, desinteressada, mas não menos profunda c pcrsis
INVESTIGAÇÃOCIENTIFICA: INVENÇÃOE VERIFICAÇÃO U M C AS O HISTÓHHO
COMO
Como simples ilustração
fXtMPlO
de alguns aspecios importantes da
investigação científica sobre a febre puerpera), realizado pelo vamos médicoconsiderar húngaro o Itabalho Iguaz Scmmelwcis, no Hospital Coral de Viena, de 1844 a 1848. Grande número de Serviço du Maternidade do Hos mulheres internadas no Primeiro pital contrata após u parlo uma doença séria, c muitas vezes fatal, conhecida como febre pucrpcrul. Fm 1844, das 5.157 mães hospitalizadas nesse Serviço, 260 (ou seja, 8,2 por cenlo) morreram da doença; cm 1845 a pcrccntagcm era de 6,8 por cenlo c em IK46 de 11,4 por cento. iUsas cifras se tornavam confronUdas com as dos casos ainda mais alarmantes quando de morte pela doença no Segundo Serviço de Maternidade do mesmo quase mulheres como o prime iro:hospital, 2,3, 2. que 0 e abrigava 2.7 por cento paratantas os mesmos anos. Atormentado pelo terrível problema, Semmelweisesforçouse por resolve Io , seguindo um caminho que ele mesmo veio a descrever mais tarde cm livro que escreveu sobre a causa c a prevenção da febre puerperal. 1 Começou considerando várias explicações entào em voga, algumas rejeitou logo por serem incompatíveis com fatos bem I A naiialM* a» tuluUHn ik V—I— r « • • diflfuldaMi noi i» tnro* "•dai lowilul uma fdfini fmiunic «a fcaidaia da Mídmu. Uma aiponiaa püimaniiiliaOi i|in inclui iiad
i SmavlMir Mu l/V o-J Ha l>n(-Mr (Maarhtue. Inalwma: MaMhdirr U*»t Pmi. 1»WP. I*«a adia • sua foiam líiadai a> itpldai cilatfWi d» ir ia|>llaaa O. eunlot oilml naniri da cainiia * m i o («aluadot n o primlra capim» * P V*~l.n, Ot Kn.lt. »,. A,tMH rVw*
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FllOSOFlADA ClÍNClANATVKAL
estabelecidos, outras, passou a submeter a verificações específkas. Uma idéia amplamente aceita na época atribuía as devas tações da febre pucrprral a "influênciasepidêmicas -. >ipamr descritas como mudanças "cosmico-lclúiico-atmosfcricas" espa-n  Ihando-scsobre bairros inteirose causando a febre «as res inicrnaiiiv Mas, raciocina Scntmelweis. como pnderiw Um influências afetar o Primeiio Serviçodurante anos c poupar o Segundo? E como poderia reconciliar-se essa idéia com o falo de estar a fcbic grassando no hospital sem que praticamente ocorresse outro caso na cidade de Viena ou em seus arredores' Uma epidemia genuína, como o c a cólera nio podena ser lio seletiva, finalmente. Scmmclv-cisnota que alfumas dai BMIheres admitida nu PTUUCíIOServiço, residindo lonçe do henpiHl vencidas pelo trabalho de parlo ainda tm laininho, tinhas ». luza em despeitopucrpcral dessas condições dcvfaide veis, laiaplena de rua: mortepois. pora febre entre esses caso» "parto de tua" era menor que a media no Primeiro Serviço. Segundo outra opinião, a ouvi d.i mortalidade no Pruneuo Serviçoera o excesso de gente. Mas Scmmciwcuobserva que ..M- cin*i .1.1 ainda aitkM H topado h n .•• o p i m parte se explicava como resultado do» esforce* desesperado» das pacKntet para evitar o Primeiro Srrviço já mal afanado. Ele rejeita tambémduas conjcluras Mimliiuruct entao corrente», observando ijue não havia diferençaentre os dois Serviços quan to à dieta c ao cuidado geral com as pacientes. Em 1846, uma comissão nomeada para investigaro assunto atribuía a predominânciada doença no Primeiro Serviço a da nos ei usados pelo exame grosseiro feito petos estudantes de Medicina, que recebiam seu treino cm obstetrícia apenas no Primeiro Serviço. Semmelwcisobserva, refutando ena opinião, que: a) o» danos resultante* naturalmente do processo de pano são muito mais extensos que os que poderiam ser cansados por um exame grosseiro; b) as parteiras que recebiam seu treino no Segundo Ser viço examinavam suas pacientes quase do mesmo modo, mas sem os mesmos efeitos nocivos; e) quando, cai con seqüência do relatório da comissão, o número dos exames cstadaBks de Medicinaficou diminuído da metade e os seus das mulheres foram reduudos ao mínimo, a mortalidade, depois de breve declínio, elevou-se a níveis ainda mais altos do qoe aatts.
INVENçãO
E VERIFICAçãO
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Varias explicações psicológicastinham sida tentadas. Uma delis lembrava que o Primeiro Serviço estava disposto de tal modo que um padre, levando o último sacramento a uma mo ribunda. Unha que passar por cinco enfermarias' antes de alcan çar quarto da doente;uma o aparecimento do padre, precedido um oauxiliar soando campainha, produziria um efeitoporater rador e debüitante nas pacientes dessas enfermarias c as trans formavam em vítimas prováveis da febr e, N o Segundo Ser viço nlo havia esse fator prejudicial porque o padre tinha acesso dsrrto ao qu arto da doente Para verificar esta conjetura. Semtneí«cis convenceu ao padre de tomar um outro caminho e de nlo soar • campainha, chegando ao quarto da doente silencio samentee sem ser observa do Mas a mortali dade no Pri meiro Serviço nlo diminuiu. Observaram ainda a Scmmclwcisque no Primeiro Serviço as mulheres ficavamacha deitadas costas e no Segundo Serviço, de no lado.partoMesmo nd o a de idéia i nverossímil, decidiu, 'como um naufrago te agarra a uma palha", verificar se a dierença de posição poderia ser signifícanlr Introduzindo o uso da posição lateral no Primeiro Serviço a mortalidade nlo se alterou. Finalmente, no começo de 1847, um acidente deu > Semroelwcs a chave decisiva para a soluçãodo problema. Um seu colega. Koilcischka. feriu-se no dedo com o bitturi de um estu dasse que realizava uma Julórmj e morreu depois de uma agonia em que se revelaram os mesmos sintomas observados •as viiimu Apesar de da nessa febre época pucrpcial.não estar ainda reconhecido o pape) desempenhado nas infecções pelos microrganismos, Semmelwcis cociprcemlcu que "a matéria cadavérica", introduzida na cor rente sangüínea de Koltcuchta pelo bisturi. é que causara a doença fatal do seu colega. As semelhanças entre o curso da doença de Kollctschkac a das mulheres cm sua clinica levaram Sceunclweis à conclusão de que suas pacientes morreram da mesma espécie de envenenamento do sangue: ele, seus colegas, c os estudantes tinham sido os vekutos do material infeccioso, pois vinham às enfermarias logo após realizarem dissecaçõesna sala de autópsia e examinavam as mulheres em trabalho de parto depois de Lavarem as mãos apenas superficialmente, muitas ve zes retendo o cheiro nauseante. Novamente, Semmdweu submeteu sua idéii a um teste. Raciocinou que. se estivesse certo, então a febre puerperal pode-
1*
FILOSOFIA D * QéWCTA NATU«AI
ria ser prevenida peta destruiçãoquímica do material infeccioso aderido às mãos Ordenou então que iodos os estsdarües lavas sem soas mãos numa solução de cal dotada ancesde procede rem a qualquer exame. A modalidade pela febre logo começou decrcsccr, aServiço, enquanto caindo quecmno18*8 Segundo a 1.27 era de por 1.13 cento ao Prianciro Justificando ainda mais sua idéia oa sara kàpótrte. como também ditemos. Semmelwcisobservou que ela explicava o (ato de sei a mortalidade do Segundo Serviço mab baiu- lá as pacienles eram socorridas por porteiras, cujo treino não ladoia instrução anatômicapor druecaç&odos cadáveres. E a hipótese também explicava a menor •oçiaaaaaifcentre os casos de "panos de nu": ai mulheres que sá chegavam maçado seus bebes ao colo raramente eram examinadas após a admissão c tinham assim melhor sorte de escapar à infeceâo.
Finalmente, a hipótesecujas explKata (ato decoetrakío só seremavitimas de febre os recém-nascidos mãesotinham doen ça durante o trabalho de pano, pob então a mfccçao podia ser transmitida a criança ames do nascimento, através da cor rente sangüínea comum à mac e ao filho, o qae era impossível quando a mie permanecia sadia. Ultrriorcs cxpchcacias clinicas levaram Semmelwtis cm pouco tempo a alargar sua hipótese Numa ocasião, por exem plo, ek c seus colaboradores, apó» desinfetaremcuidadosamente as mãos. examinaram primeiro tanu mulher em trabalho de pano que sofria de câncer cervicalpurulenio. passaram em se guida a examinar dou outras mulheres na mesma sala, taado-sc a lavar as mãos sem repetir a Jciaafccyto. Oazelimidas dote pacientes morreram de febre pucrperal. Sranwrparii enacadavérico, mas urnbém por "maioria pútrida retirada de um organismo vivo**. A S ETAP AS FUNDAM ENTAIS P ARA VEtlFKAB LHA SUPÓTESE
Vimos como, procurando a causa lebre sido poerperal. Senntdweíi examinou várias hipóteses que -haviam sugeridas como possíveis respostas. Porqu e essa s hipóteses se apresen ta ram em primeiro lugar é uma questão debatida que iremos
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VEIIPICAçãO
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cottsiderarmais urde. De inicio, vamos examinar como uma hipótese, uma vez proposta, i verificada. As vetes, o procedimento é diret o. £ o que acont eceu coro as cwijcturas d* que as diferenças em aglomeração, em dieta ou em atenção explicariam a diferença de mortalidade entre oi dois Serviços de Maternidade. C om o Semmelwcisobservou. das aâo concordavamcom os fatos imediatamente observiveb. Não existiam uis diferenças entre os Serviços; as hipóteses fo ram portanto receitadascomo falsas. Mas habitual me nte a verificação n£o é tão simples e lio direta Consideremos, por exemplo, a hipótese que atribuía a alta mortalidade no Primeiro Serviço ao temor evocado pelo aparec imento do padre co m o seu auxili ar. N ão sen do a in ten sidade do temor nem seu efeito sobre a febre diretamente deter minados, como o são. a diferença em aglomeração e cm dieta. Semmclocis usou um método indireto de verificação. Pergun tou a si caso mesmo: algum efeito facilmente observável ocorra sejaExiste a hipótese verdadeira? E raci ocinou: queSe a hipótese fosse verdadeira, imâo uma mudança apropriada no procedimento do padre deveria ter acompanhada de um declínio noa casos fatais- Verificou es ta implicação por uma simples experiência eachando que ela era falsa rejeitou a hipótese. Analogamente, para verificar a omjetura sobre a posiçio das mulheres durante o pano, raciocinou: St a conictura fosse verdadeira, eaiào a «doção da posição lateral no Primeiro Ser viço reduziria a mortalidade. Outra vez a experiência mostrou Ser falsa a implicação e a conpetura foi afastada. N os dois Ultimo* casos a verificação baseava -se no seguinte argumento: SV a hipótese considerada, que designaremos por H. for verdadeira, ewfão certos evento* observáveis (e.f., declínio ria mortalidade) deverão ocorrer sob certas circunstânciasespe cificada* (e\í.. te o padre se abstiverde passar pelas enferma rias ou se o parto se realizar em posiçio lateral)", mal* breve mente, se H c verdadeira, também o è /. sendo / um enunciado que descreve a* ocorrências observáveis a serem esperadas. E conveniente dizer que / é inferido de ". ou implicado por U. e que / c uma implicação verificável da hipótese // (Mais tarde daremos uma descriçãomais apurada da relação entre / e H.) N esses doi s últimos exemplos a experiênci a mostrou ser falsa a implicação verificávele por isso a hipótese foi rejeitada.
It
FILOSOFIA DA
GÍMCIA NATtUAL
O raciocínio o;uc cooduriu á rcjeiçio pode ser ejquematizado da seguinte mineira: fll
Sc H t "(rdsdeito. tr tio / lambem o É Itornu malt» a cuJèmn) I c io * vttdtdt-.to M M H nio # verdadeiro.
Oualqucr argumento desta forma, chamado modut laíUm em Lógica, 1 é dedutivamente válido, isto e. *e suas premissas (ai sentenças acima da linha honiontal) sao verdadeiras, trtáo n u conclusão ( a Knlença abano da linha horizontal) i infalivH mente verdadeira logo, se ai prcmttMi de a>) fá estiverem iimvenientemciitc eitabclccidas, • hipoie K " que eita tendo ve crrlamenle receitada rificada deve >er Consideremos agora o caio em que a observação ou a ex periência apoia • implicação / D a , hipótese de ser a febre puerperal u m envíncnamcnlo do sangue provocado pela matéria cadaverica, Semmclwcii inferiu que medidas antissíplicas apro priadas reduziriam os casos fat ais da doença. Des ta vez. • experiência mo»trou ser verdadeira a implicação. Mas euc re sultado favorável nio provava concluuvamente que a hipótese fosse verdadeira, pois o argumento subtteente seria a forma:
*)
Sr II * verdadciiu. (alio / uaifi> O é. |(Ui>o m w u • evidencia) I t •eidadcim
'/ ( >:iJ>i::.r ••
talácta 4* aftrmaç&o Fite modo de raciocinar, chamado a nio-válido, ralo e, n u con c dedutivamente clusão pode t e ' falsa ainda que suai premissas sejam verda cipeotocu deiras.' E isso e de fato tiempJifn*Jo pela própria de n u interpretação da febre de Semmclweii A versão inicial puerperal como uma forma de envenenamento do sangue meacionava a iníeoião com matéria cadaverica como sendo a única fonte da doença; corretamente ele raciocinara que. se asã hipó tese fosse verdadeira, então a destruição 4as partículas cadavenca i pela aniisscpiia deveri a reduzi r a m oda lidade. A le m disso. da cí*i*fQiienu,
IX
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INVENçãO
B VERIFICAçãO
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soa eípcncacia mo strou ser verdadeir a a imp licação. Logo. nes te caso, as premissas de *) eram ambas verdadeiras. Contudo, sua. hipótese era falsa, pois como ele descobriu depois, a febre podia lambem ser produzida por malcríal pútrido proveniente de organismo»vivos. Assim, o resultado favorável de uma verificação, 1. e., o fato de ser achada verdadeira a implicação inferida de uma hipótese, nio prova que a hipótese seja verdadeira. Mesmo que mMas impbcaçõcsde uma hipótese tenham sido sustentadas por vcíifkacões cuidadosas, amda assim a hipótese pode ser falsa. O arnunenco seguinte também comete a falácia de afirmar o St H t .(filadíifa. eólio lambem o sio
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U i -Efdaleira.
Isso alada pode ser ilustrado pela hipótese final de Semnxlwcii <« soa primeira versão. Como já indicamos antenormente. dai soa hipótese lambem se tiram as implicações de que entre os casos de parto de rua. admitidos no Primeiro Serviço, a mortalidade pela fcbie puerpcral deveria ser menor que a rr.pdia para o Senso e que as crianças cuj-.it mies tinham escapado da doença nio contraiam a febre puciperal Esus •mplicaçoc» tambémeram amparadas pela evidência — apesar de ser lassa a primeira versão da hipótese final. Mas, observando que o resultado favorável de nio importa quantas verificações naofornece conclusiva hi pótese, não devemos pensar que prova ao obter de umpara certouma numero de verificaçõesum resuludo favorável estaremos como se nio tivéssemos feito verificação alguma. Pois cada uma de nossas verificações poderia ter tido um resultado desfavorável e pode ria ler levad o a rejeição da hipó tese. Um conjunto d e resultados favoráveis obtados ao verificarmos diferentes implicações I,, /*. • • .Jm de uma hipótese mostraque essa hipótese foi confirma da no qae da respeito àquelas implicaçõesparticulares; ainda que cale resultado não produza prova completa da hipótese, fornece pelo nseaos certo suporte, alguma corroboraçâo ou con firmaçãodadelahipótese aspectos Em que e dosmedida dad os colhi isso édosfeito peladependerá veri ficação. de vários Esses serio eiaminados no capitulo 4.
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FILOS OFI A DA C Ií N C U N ATUR AL
Vejamos agora outro exemplo* que nos fari prestar aten ção a outros aspectos da investigação científica. Como jã se sabia no tempo de Galüeu, e provavdmmu muito mais cedo, qualquer bomba aspirante que retira água de um poçonào porconsegue meio de elevar um aemboto um cilindro apua móvel a mais no de interior cerca dede10.5 metros acima da superfície livre do poço. Galüeu fico* intri gado por esta limitação e sugeriu uma capbcaçao apressada para ela. Depois da morte de Galileu, seu discípulo Torricelti propôs um a outra respost a. Argum entou que a T erra es tá envolvida por um oceano de ar que. cm virtude do> seu peso. exerce pressão sobre o seu fundo, e que c essa pressão sobre a superfície livre do poço que foría a água a subir quando se levanta o embolo. Aquela altura máuma de cerca de 10.5 metros para a coluna dágua sobielcvada dã simplesmente uma medida de pressão exercida pela atmosfera sobre a superfície livre do poço. Sendo evidentemente impossível determinar poc mpcclo direta ou por observação se a tupn*>>ção e correu. Torricrtt pro curou verificá-la indiretamente. Raciocinou que cr fouc verdadeira sua conjetura, então a pressão atmosfertea senatam bém capaz de auporlar uma coluna proporcioaalssseMc •—of de mercúrio; com efeito, sendo a densidade do asercuno cerca de 14 vezes menor que a da água. a altura da colossa de atercúrio deveria ser da ordem de 10.5/14 metros, nto é. da ordem de 75 cm. Verificou essa implicarão por meio de um aparelho cúrio. O poço simples, engenhosamente de águaque e substituído era, de fato. por uma o barometro cuba contendo de mer mercúrio, o cano de sucção da bomba é substituído por um tubo de vi dro fechado numa das extremidades. Enche ndo com pletamente o tubo com mercúrio c obturando a enrcmidade aberta com o dedo polcgar. Torricclli inverteu-o, iMbmrrgindo no mercúrio a extremidade tapada pelo polegar. Redrando era seguida o polcgar, a coluna de mercúrio caiu a cerca de 75 cm. tal como pievira
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INVENçãO
t
VERIFICAçãO
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Outra implicação dessa hipótese foi anotada por Pascal, raciocinando que. ic o mercúrio no barômctro de To trkc lli c«rcc sobre o mercúrio da cuba pressão igual à do ar, então a altura da coluna deve diminuir à medida que cresce a altitude, pois a atmosfera vai-vc tornando menor. A pedido de Pascal. esia implicação fi» verificada pelo seu cunhado, Pcricr, que mediu a altura da coluna de mercúrio no barômctro ao pi de Puy-dc-IXVne. u m * montanha com 1600 melroa de altura, pa ra em seguida transportar cuidadosamente o aparelho atéo cimo, lá repetindo a nwdida, enquanto um barômetro de con trole ficava em batio sob a supervisão de um assistente. Périer achou que a coluna de mercúrio levada ao topo da montanha se encurtara de mais de oito ccntimclros enquanto a do bardmciro de controle permanecera invaiiávcl durante iodo o dia.
O n m . DA INDUÇÃO NA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA Vimos aljrtimai investigações cientificas nas quais um pro blema foi enfrentado ensaiando respostasem forma de hipóteses, que eram então verificadas derivando delas implicações apro priadas a seremconfrontadas com a observação ou com a ex periência. Mas como se chega pela primeira v o a hipóteses apropria das'' Asscgura-sc às véus que elas siloinferidas de dados an teriormente coligidos por meio de um procedimento chamado Inferincia indutiva, para distingui-lo da inferíncia dedutiva, da qual Num difere,argumento em pontos importantes. valido, a conclusão se rela dedutivamente ciona com as premissas de tal modo que, sendo estas verda deiras, então a conclusão é infalivelmentc também verdadeira. Essa eiigineia fica satisfeita, por eiemplo, por qualquer argu mento da seguinte forma;
Si .*. tnuo , .( n.t,i r t> uvi p nílo « o .»ui Uma rápida reflexão mostra que selam quais foremoc enuncia dos que ocupem os lugares marcados letras 'p ' e particulares V i a conclusão ser»certamente verdadeira se aspelas premissas o forem. De fato, nosso esquema representa a forma de argu mento chamada modus tolltns. a que já nos referimos.
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FtLOSOpiA DA C Iê N C IA N ATU BAL
Outro tipo de inferencia dedutivamente por este exemplo:
válida está ilustrado
Qualquer,ia! de v-dio. quando colocado na cham;. de um
bico de Bintfn. lorni • chama amarela tire pedaço de talia! de ia. iie ii>Jlo. Este (vdiço de de pedn pcUm. í quanlo coito u ctuin i d; um bico de BuriKti. loraari a chua amarela.
Dii-ic mui!,11 vezes que o* argumentos dessa espécie levam d geral (aqu i a prem issa sobre todo* o* sais dte sódio) ao particular (uma conclusão sobre o pedaço particular de sal de pedra). Ao contrário, ai inferencia* indutivas lewam de premissas sobre casos particulares a uma conclusão que tem o caráter d e lei geral ou de prin cipio . Por exem plo, partind o da s premissas de que cada uma das amostras particulares de vario* Bunscn tor sais de sadio que foram colocados na chama de naram a chama amarela, a inferencia indutiva levaria a conclusão gera l de q u e todos os sais de sódio, q u a n d o coloc ado s na cha ma de um b k o de Bunsc», tornam a cha m a amarela. M as c dai premisiat náo garante a óbvio, neve caso. que a verdade verdade da condutlo; poii ainda que todas as amostrai de sais de sódio examinadas ate- agora tenham tornado amarela a chama de Bunscn, é perfeitamente pnuivrl que ninas especiri de sais de sódio sejam encontrada! K m estarem de acordo com r s u generalização Alem disso, mesmo algumas dai espé cies de i*l de sódio já examinadas com resultado positivo p o deriam deixar de satisfazer à generalização sob condições físicas especiais (tal como campos magnético* intensos ou coisa pa recida), em que ainda n-lo foram examinadas. Por esse mo as premissas de uma inferencia tivo, diz-se freqüentemente que indutiva implicam a conclusão apenas com maior ou menor probabilidade, enquanto as premissas de uma inferencia de dutiva implicam a conclusão com certeza. A idéia de que, em investigação científica, a inferencia indutiva parte de dados previamente cougjdo* para chegai a princípios gerais apropriados, está claramente exposta no se guinte resumo do procedimento ideal de um cientista: Se tencgn-mc-i imaginar como ura npinto de poder e al cance sobre-humano-, m*< normal quanto ao processos lóficoa de teu pcrnamtnto. ... usaria o métod) cientifico. diiUmoa o Miuic-icr Fiimcíro, todos oi fatos seriam obter-
IHVíNÇÍO
E VERIFICAÇÃO
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rada* t Cfiiitridoi. irm itlrxiv ou «limatiti * prlori quanto 1 Importância relativa dtUa. Srgumlo, Oa (tio* otiMivadoi r (rgli liaJua ícnarn analiuifcn. «'inparadea ( ttm iiiT.ii hip&cut Ou toUnMof •Um doa diiiifliidoi, necciuriairicnlt «nvolvidoi na lorca do penaaoicnlo. Terwiro, il-<»i analiie do* fMn itnam lindai, iadutl>amtntr. ou CButail, Quarlu. quanto rtlaç&M, poderia |in«ra1i»(4a tmqiina ai lua* adk.unal claniAcalArlaa ari tanto d* iluru» conto indutiva, «mnr*l*ndo Infrr tiu i » a pa>ul dai fiuKHniJui' I«nr(ali(át4ti prevlimintr E*la HMtfVB diilinpie quatro clapa» numa invciii»» ç ao cientifica ideal: 1) obiervacâo e rcRiiito de lodoi oi filo». 2) aiioliM c claMiflcaçlo dciaei íatt», 3> derivarão indutiva de pcnerali/avoci a partir delci e 4 ) vertfkac.lo adicional d a l gcnciali*ac.oei Admite capreiiamenle que ai duai piimeitai o u hlpotcic, leii np.ii i.i" f.,.im "vi. de qualquer cuimativi. difflo que paicce ter lido Impoala pela crença de que Idélai
a Itrnvno ncccMlfla * objetividade procotHchlilai da pirjuillttiriain cientifica inveitiumíii. no trecho citado que »u chaA concepção cxpicua iirniifna tnarei do i-o»r«*/«,*fln Iruluiiia ttlreiM da lnyf.Ulgüç/ii> po r variai mo», que vunoi retumir — 4 Iniuilctitavcl para ampliar c luplemehtai o que \h oliaeivamol tOrM" o prtkfder CiclllIfiCO. Primeiro, cientifica um« lnveill|[açlo como e»la apretenlada nunca poderia desenvolve rie. Mesmo l u a primeira Mapa IHHiui llllii CUCVUlAdn, p o n um a lolrtuu de forfitr os f*l«n teria. p o r aulm duer, que aguardar o rim d o mundo; nem mrsmo poderia ter colecionada a totalidade de todo» o i fatos ait agora. e de Infinita variedade. boi» *l« "TO em numero infinito por exemplo, q u e examinar lodo* os grftot de Teríamos, iiicla c m lodo» <•» desertos e em todai m praiai. reRiifando-lnea mútua», li forma, o peso, * composição química, a i distanciai c a distancia ao centio ai temperatura» constantemente variando da lua também variando constantemente? Teríamos que regis trar oi pemamcntoi fluluanlci que alràvíltam noiiiiv fipirilül A l formai d ai nuvem c m cotai nene proceder fastidioso"' cambiantei d o ecu? A conilrucfto e o fabricante do noiu> equi c a i doa pamento para reg iur o? N o u a i próprlai biografia»
lumtl <*«• m " (M«* •aaatdwl,
**•!, AM»d Affit* A« *•*•), *•»•«. laa* i»J4>. * MO l « , i U .t.. *•.!,
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FILOS OFI A DA C IêN C IA N ATU RAL
companheiros de invesipcio? Tudo isso e Unia coisa pertencem, afinal de costas, a "totalidade dos fatos ate Dir-se-i talvez qoe todo quanio se requer na primeira fase é que sepm colecionados tod os os fatos relevantes. Mas tefevaniespara que? Ainda querestrinja o autora um não oproblema mencione,bem suponfcaraos que * investigaçãose deter minado Não deveríamos cotio começar colecionando todos os fatos — ou melbof. todos os fatos disponíveis — relevantes para o problema? A pergunta não lein sentido claro. Semmelwea procurava resolver im problema bem definido c en tretanto cüleoonava dados os marsdiversos nas diferentes etapas de sua invest igação- E estava c erto : pois os da do s particulares a serem colecionado* nio estão determinadospelo problema em estudo mjs pela tentativa razoável de resposta que o investi gador formula em forma de conjetura ou hipótese. Se se conjetura o aumento deaterrador mortalidade pela com febre a campainha puerpcral c devido que ao apareciroeoto do padre aauaciaoora da morte, o que se torna relevante c colecionar dados sobre as consequeacas do haver sido suprimida cisa apa rição; mas scri totalmente irrelevante procurar saber o que acontecem se os doutorei e os estudantes desinfetassem suas mios antas de eiamiaar os pacientes. Esses dados c que pas saram a « r relevantes relati»anveoie à hipótese da contaminação eventual, para a qual os dados anteriores se lorrwiim irrele vante» "Fatos" ou dados empíricos só podem ser qualificados co mo relevantes ou irrelevantesumrelativamente a uma dadalopcamcnle hipótese, c não rela&vameatea dado problema. Suponhamosagram que uma hipótese H tenha sido propos ta como tentativa de resposta a um problema em pesquisa: Ou; espéciede dados serio relevantes para Hf Nossos esemplos an teriores sugrri nana resposta: Um fato é relevancc para H se sua ocorrência oa aao-ocorrência peder serinferida de tf. T o memos, por exemplo, a hipótese de TorriceUi. Como vimos. Pascal inferiu dela que a coluna de mercúrio num barómecro deve ir diminuindo à medida iquesubimos n a atmosfera. Po r tanto, qualquer verificaçãode que assim acontece num parti cular sido,achar teria é relevante que para aa coluna hipótese, de mercúrio mas igualmente permanecera relevante estacionária oa que tivera diminuído para depois crescer durante a ascensão, pois tais fatos refutariam a implicação tirada por
IHVENçAO E VBBIFKAçAO
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Piml c. portanto, • hipótese de Torrieclli. Diremos que o* dados da primeira espécie i3o positivamente, ou favoravelmente, relevante* c que o* da última espécie sâo negativamente, ou desfavoravclmcnte, relevantes. sem aEmguia«uma. de uma o preceito hipótesepreliminar de que os dados sobredevem as conexões ser reunidos entre os fatos cm estudo é autodcslruldorc, certamente, não é seguido na investigação cientifica. Ao contra rio, é necessário tentar hi póteses que décm uma dircçAon investigaçãocientifica. lissai hipóteses é que determinam, entre outras coisas, quais dados devem ser collgidosa um cerio momento da investigação. Interessa notar que os cientistas sociais ao tentarem veriAofll umahipótese usando o vasto arquivo Ce fatos registrados pelos Serviços de Rcccnscamcnto. ou por outras organizações coletoras de dados, ficam às vezes desapontados por nlo en contrarem registro algum dos valores de um» variável que desempenha papel central Kstapara observaçftnnlo visa, nem um entendido, criticarnanhipótese. sistema usado o censo: sem duvida alguma as pessoas encarregada» dffazé Ioprocuram selecionar faliu que possam ser relevantespata futuras hipó teses; visa simplesmente ilustrar 11 tmpossilrilldade de wllglr "Iodos os dados relevantes" sem conhecimenu* da hipótese para a qual os dado* devem ter rclcvllncla. Critica semelhante pode icr feita A segunda etapa consi derada no tr echo cit ado. Um conjunto de "fatos" empíricos pode ser analisado e classificado de multas maneiras diferentes, das rpiaisa maioria nenhuma luz trará ao que se pretende atin gir com umaasdeterminada investigação. Scmmclwcis classificado mulheres nas enfermarias da maternidadepoderia con- ter fuimc a idade, rctld C ncii, calado civil , hábiioi dlciftlcoi etc; nada disso forneceria qualquer indicaçãoquanto à probabilidade de uma paciente vir a ser vitima da febre puerperal. O que Semmelwcisprocurava oram critérios de classificaçãoque fos sem vinculados aquela probabilidadede um modo significativo; assim era, como ele acabou achando, o de separar as mulheres examinadas por pessoa) medico com mãos contaminadas; pois era com esta característicaou com a correspondente classe de pacientes que estava associada a alta mortalidade pela febre. Portanto, para que uma maneira punkular de analisar e classificaros dados empíricos posta conduzir a uma explicação dos fenômenos correspondentes é necessário fundamentá-la em
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FILOSOFIA DA CIêNCIA
NATURAL
hipóteses fobre como estão ess es fenômenoscorrelacionados; sem essas hipóteses, a análise e a classificaçãosão cegas. Essas nossas reflexões criticas sobre as duas primeiras eta pas da investigaçãotal como foi descrito na passagem citada íídas na terceira invalidam também etapa,a pela idéia de inferênciaindutiva que as hipótesesa sópartir são introdude dados previamente eoligidos. Convém, entretanto, acrescentar algumas Observaçõessobre o assunto. A indução é não raro concebida como um método para passar dos fatos observados aos principio* gerais correspondentes por meio de reg ras mecani camente aplic áveis. Segun do esta ccjccpcão. as regras da inferência indutiva forneceriam câno nes eficazes para a descoberta cientifica; a indução seria um procedimento mecânico análogo a familiar rotina para multipli cação de inteiros, que leva, em número Imito de passos prede terminados e executáveis mecanicamente, «o correspondente pu>duto. N a reali dade, não se dispõe até agora de nenhu m pro cedimento geral e mecânico de indução; se assim não fósse, dificilmente se compreenderia, por exemplo, por que ficou até hoje Km solução o ultra-estudadoproblema da causa do câncer. N em hi que esperar pela descoberta de um lal procedimento. Pois — para mencionar apenas uma ratão — at hipôteici c teoria* cientificai são habitualmente formuladai em térmoi que absolutamente não ocorrem na descrição dos dados empíricos cm que estão baseadas e que ciai servem para explicar. Por exemplo, as teorias sobre a estiutura atômicac subatômica da matéria contém termos como -átomo", "eléctron". "próton". "função etc; entretanto, estão "néutron", dos fornecidos pelopsi" laboratório sobre os baseadas espectrosemdedavários gases, rastros deixados em câmarasde nuvem e de bolha, aspec tos quantitativos de reações químicas etc. cuja descrição pode ser feita sem emprego daqueles "termos teóricos". As regras de indução do tipo aqui considerado teriam portanto que for necer uma rotina mecânica para construir, sobre a base dos dados encontrados, uma hipótese nu uma teoria formulada em termos de conceitos inteiramente novos, nunca usados na des crição da queles dados. C ertamente nenhuma regr a de proceder mecânico poderia realizar isso. Poderia haver, por exemplo, uma regra geral ao que.limite aplicada dados dedasquebombas dispunha Galileu referentes de aos eficiência aspirantes, produzisse uma hipótese baseada no conceito de um oceano de ar?
IN VEN çãO E VERI FI C Açã O
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Cctto, em situações especiais e relativamentesimples, po demos receitar um procedimento mecânico para "inferir- indu tivamente uma hipótese a partir de certos dados. Por exemplo, uma vez medido o comprimento de uma barra de cobre cm ciados podem diferentes temperaturas, ser representados os resultantes num plano, pares mediante de valoresumasso sis tema de coordenadas, por pontos, por onde se fará passar uma curva seguindo uma regra particular de intcrpolação. A curva assim obtida representa graficamenteuma hipótese geral quan titativa, que exprime o comprimento da barra cm função de sua temperatura. Mas. note-se. essa hipótese não contêm qualquer termo novo. podendo ser expressa cm leimns dos conditos de comprimento e temperatura que foram usados na descrição dos dados. Além disso, a escolha de valores "associados" de comprimento c temperatura, como dados, )á pressupõe uma hipótese diretriz, a de que a cada valor de temperatura esteja associado exatamente um valor de comprimento di barra de cobre, ou. cm outras palavras, que o comprimento da barra seja função apenas de sua temp eratura. A rotina mecânicada intcrpolação serve apenas para selecionar uma função psdicular como a apropriada. Este ponto c Importante; pois suponhamos que em lugar de uma borra de cobre estejamos examinando gás nitrogênioencerrado num reservatório obturado por um embolo móvel c que meçamoso volume ocupado pelo gis em diferentes temperaturas. Se quiséssemos usoro mesmo procedimento para extrair doa dados colhidos uma hipótese gfral representando o volume do gás como função de sua temperatura, fracassaríamos, porque volume exercida de um sobre gás é função tanto da temperatura como dao pressão cie, de modo que. ã mesma temperatura, um dado gás pode ter diferentet volumes Assim, mesmo nesses casos simples, os procedimentos me cânicos para a construção de uma hipótese executam ap:nas parte do trabalho, pois eles pressupor..) uma hipótese antece dente, menos especifica (í. c , que uma certa variável física seja função apenas de uma outra variável física), que não pode ser obtida pelo mesmo procedimento. N ão exi stem, p ortant o, "regr as de indução" aplicáveis em geral, mediante as quais hipóteses ou teorias possam ser me canicamente ou inferidos dos imaginação dados empíricos. A transição dos derivadas dados à teoria requer uma criadora. As hipóteses e as teorias científicas não *4o dm\*dai dos fatos observados, mas inventadas com o fim de explicá-los. Cons-
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FILOSOFIA DA CIêNCIA N«URAI.
tituem. se ass im se po d e dizer, palpites sobre o* nexos que possam ser obtidos entre os fenômenos em estudo, sobre as uãiformidadcs e estruturas que possam estar por baixo da ocor rência deies. "Palpites dessa natureza requerem um felizes'* u m afastamento grande engenho, especialmente quando encerram radical dos modos correntes de pensamento científico, como aconteceu, por exemplo, com a teoria da relatividade c a teoria dos qu anta . Na tur alm en te, e sse esfo rço inve ntiva so pode ser beneficiado por uma familiarida.de completa com o conhecimento corrente do campo em Um principiante dificilmente questão. piovável fará uma descoberta científica importante, pois o é que as idéias que vcnhnm a lhe ocorrer sejam simples duplica tas do que já foi tentado antes ou entrem em conflito com teorias ou fatos bem eslabcleciiJos de que ele tem conhecimento. Se m em ba rg o, os cam inho s pelos quais se c he ca a palpit es muito de de científicos proveitosos diferem qualquer processo
inferência sist noite emática. exe mp enquanto lo, o químico ta como, numa de Por 1865, dormitavaKekulc -diante nos de con sua lareira, achou a solução pari o problema de esboçar uma fórmula estrutural para a molécula de benzeno, após tí-Ia pro curado sem sucesso por muito tempo. Olhando para as chamas pareceulhe filas sinuosas. Subitamen ver átomos dançando cm anel, co m o se fora u m a serpen te te , uma dessas filas formou um segura ndo seu p ró p ri o ra bo o pôs-s e a p r a r vertigi nosame nte como se estivesse caçoando dele. Kekulc acordou numa cxultaçào: nele surgira a idéia, agora famosa c familiar, de repre benzeno pnr um anel hexagonal. sentar a estrutura molecular d» E passou o resto da noite trabalhando para tirar as conseqüên cias dessa hipótese •* Esta últim a inf or m aç ão nos tra z de volta à que stão da o b jeti vidade científica. N o seu « f o r ç o para ach ar uma solução do t l u i ntuitiiuKfci já d'i« * nl » n u WiHu m W lxv tll pa « •* «Br» TW « r * i M <** Mm ií.# Vio -v. j ' ,d. ili.i-ii..M » W fftei.r 1H71. . 41 WM-HII iinihim íJ!J »<« "i»ViS*n~ •"I"" "B«« « * ••»H' Mo « M O aeliao. K foplri t »«,•* » birMr** ca* •*• n«'0 CoWítmti and Hieiii mi,mt |-»".- Vort "Ml N» nntedi. A. B Wille. t l l |. ,.„,„.>.*, rJictU («Mini» Xfcíl li" lr.HIWiiUi Mamiilncflll. ImUlf « • •*• « "*«•*BBUII In " i™ *•< "•.« .*. "!».>-• imBi BH I í I — I» mAtada", Mlíiiu c «•» »I*"BM —f•[!• — M .1,"" " a»*» o™**» ü I I IHH» U i». • <**>d* Krt-M tat T Cl. l H ÇAmni», : * rd. il..«X-; C*r»a One»»-** C o. !*•*). * í> ; - •* i » U • eJ l H»i»m»«. Ud-, l«l), B. »!•.- - l i
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IN VUN çã O • VERIFIC AçãO
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seu problema, o cientista pode soltar ns rédeas de tua imaginação c o rumo- do wu pensamento citndor pode icr influenciado até por iii",'»» cienlificumcnlcdiscutíveis. Ao eiludar o movimento planetário, por exemplo, Kepler foi inspirado por MU interesse numa doutrina mística asobre o» números c por Numadaapaixonado desejo de demonstrar música dai esferasdisso impede que a objetividade cientifica fique salvaguardada. P0Í1 ai In pAlcscsc ai teorias que podem ser livrcmcnlc inventadas e li vremente prtifwmas não podem ser miiiut se nua passarem pe lo escrutínio critico, especialmente pela verificarão das impli cações ca pau s de serem observadas ou experimentadas. Nilo • seminteresse obscivar que a imuRintu-ào e a livre invenção desempenham um papel igualmente importante nas disciplinai cujos resultados são legitimado* exclusivamente pelo raciocínio dedutivo; por exemplo, cm Matemáti ca. Pois as re gras da dedutiva oferecem regras mecâni cas para inferincia a descoberta. C om tumpouco o ficou ilustrado acima pelo nosso enunciado do modus iollcm. essas regras «c et primem habitual mente cm forma de esquemas gerais, cujos casos particulares são argumentos dedutivamente validos. Ni verdade, tais esque mas determinam um modo de chegarmos • uma conseqüência lógica punindo de premissa s dadas. Mas para qualquer conjun to de premissas que poisam ser dadas, a* regras de srfliMCk dedutiva fornecem uma infinidade de conclusões validnmcnte dcdutlvci» Tomemos, por exemplo, a simples regra represen tada pelo seguinte esquema: P ou fcle nos di/. com efeito, que i*J proposição que /> ò o cuso. se gue-se que p ou q c o caso, onde p e q podem ser quaisquer proposições. O vocábulo 'ou' deve ser aqui entendido no sen tido "não exclusivo", de modo que 'p ou q eqüivale a 'ou p ou q ou p c q conjuntament e*. É claro que sendo verdadeira a premissa de um argumento deste tipo. também o é a conclusão; logo. é válido qualquer argumento da forma especifleuda. Mus. isolada, mu icgia nos permite infeiir uniuinfinidade de conse qüências diferentes a partir de qualquer premissa. Assim, de 'a l.ua nao tem atmosfera' cia nos autoriza inferir qualquer enunciado da forma 'a Lua não tem atmosfera, ou q\ onde V pode ser substituído por qualquer enunciado, seja ele falso ou
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FiUM Of u D* Gfctcu S*rum*L
verdadeiro: porrtrmpto. *a atmosferada Lm ê rmão aêaae'. 'a t.jia não c habitada'. *o ouro ê ma» denso qae a prata',*a praia é mar*deesa que o caaro*etc. (Ni© é seai iiirrw c não é difícil pregar qae se pode formaruma.iafimdadede enun diferentes erc português,cada pode ser •**.)E , aataralmenle, ciados no local da vanavd um deksoutras regrai posto de
íLILHüM inleréneia dedatrva aovos eaiaac iador dcri«a»e*s de uma oo mao premiam Poetamo,para MI dado eonjaato de ptemisHS.as regras dededaçÉo.não pKMteM acaar M M dirttna para DOSSOípeooaaneBHC mfercDciait. Nao isolam,M I enunciado Umcocomo "a" coaesasãoa ser rarada prcm.ua*.Nraa aos duzm como obtercoackasoes lei M lintnitcwnuM MpcataMes; MO fornecem mecaaKapara. por exemplo, cm Matemátxa Mar dos posMUlfca koteaaar tkearfKatrxa-A descobertaCHI Matemática Kode leorcaaas wconantese fecundo»como a descoberu taaaMM.M —mil as ll|» ilil «enufica f*am ssfraguardados peta cijaftacsa de M M saatt»* ufcfrma paia ais t «oajetarat- Eat Matemática, asoquer doer l*trv* por dcraoastrac io dedutiva a partir dos *'"**^aiE para provar ave rmdadiiiB oo fataaM M preposição •procMaMCCMO MMfi e aectssano cnptflf co in«n*m> do> maisa*o s«*ri;as regrasde MM aai dedutivanem mesaso foraecem provas. Ames, descaspeahaaa apeaa* «a modesto papelde »ervirera coouprovas: cnsrnojMB ari—aia—i atgaaacsrocponstitui cidos como aY IrfUMidaáV ara tt%ara* prova Mk> ofere maika válida aaaodo caaãafca dos axiomas i!é o teoreau pro posto poruma rarlliide pasaosMTIHMIiiii c cada usa dos quais é válido de acordo comS M «OS regras daraferesKia dedutiva VwiÍKar se undado argaMcato é tuna prova válida neste sen 1 tido é bem urna tarefapatiMCMc r—** " S i o te caega ao coalsoosaeacoi científico pela apís^çâo de alpua pfoceõaaaeau de iaferenen indutiva a dados f^p* 1 * laRaaMBMMt • • » Mt t "- ' -.-: - Irea^üeowmeiiie ;hamado ~o método daaãpóteac~. t*•, pesataveacfcode hipóteses, como tentativasde resposta aoprubksaaem estado e mlimíiiiii des sas Mpótesesã nraueacâo eaapihca. Parle dessa venficaíão coasisüá em apurarse a hipótesete ajusta aoove já foraesta belecidoames. de SM fmmalacão:Outraparte,em derivar novas
IN Ví N ÇÍ ó t VéíIíIC
AçíO
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implicações para submeté-Iasa observaçõese experiências apro priadas. Conto já notamos anteriormente, uma verificação nunwresa. com resultadosinteiramente favoráveis, nSo estabeleci a hipótese conclusívamentc; fornece apenas um suporte mai» ou nKnos estrito sólido que paraeliminamos ela. Portanto, embor a nio aseja indutiva no sentido com certa minúcia, investipçâú cientifica è indutiva num ffrVMtfmais amplo, n,i medida em Que aceita hipóteses baseadas em dados que nio fornecem para ela evidencia dedutivamente conclusiva, mas lhe confe rem apenas um "suporte indutivo" ou confirmação maisou me nos foric. As "regras de indução" devem ser cuncebidai, em aiukiKJicom l l regrai de deducid. como cânones de validação e BAO propriamente de descoberta. Longe de gerarem uma hi pótese que dí uma raiao de certos dados empíricos, essas regras pressupõem que alem desses dadi» empíricos que formam as "premissas'' de um como "argumento indutivo** As seja.regrasdada hipótese proposta sua -conclusão". de também induçãoi forneceriam enllo critérios para * legitimidade do argumento. De acordo com certas teorias da indução, cisas regras determi nariam a força do apoio fornecido pelo* dados a hipótetc e úcmuni eiprimlr eue apoio em lermos de probabilidades . N os capítulos 3 e 4 vamos considerar o* vários fatores que afetam o apokr indutivo e a aceitabilidade das hipóteses cientificai.
A VERIFICAÇÃO DE UMA HIPÓTESE: SUA EOGICA E SUA FORCA
V l W I X ^ Ü ü (Sr EUME^TU S V5 « » i í . p i i m i X I . B
ifpra a MB cuac mais condo do lacwcimo
CR I que K baseiam as «crrficacóc* ocaüfitas c das coactusões
u m , vurcque ser urídii rrsattados. de tevt o vjicibulo 'hipótese" referirmosCoso a aanamaR cauanwi podem para aos cudo qtsc esteu acado•araVado. nao imponaado «se **e des crever aipim fato ou rwa» partacaUr.ou qat procure expri mir u m lei fcral ou aJmaaa proporão de aaiarexa toar» comp4e«a. Comecemos com ama naapkflobservação, A q«al teremos que noa refenr frequeatemenwaa discussãotabacqAcaac: ai implicações de ama aif 6irsr aém aorirulmeriu «n caraeer con dicional; dai B OI diacaa«me. tob dcaermiudascondições, ocor rerá aat multado de m u certa espécie podem pc-s ter postas
na tonta i ijiliiiramiaai crmrfaioaal Kfuinte •I St v w^luaf irm**fr% * npécw C. cmte ocomra *a acaasaomama •> vtaéõt £. POB exemplo, ama das hipóteses, consideradas por Semmel-
iw-cto E uma das implicaçõesda sua hipótese final era B malktru as Pnaw*o Stn^o m a * M wt«w de cal curad a. «*ão • mom(e^t aarmvni manasirl.
A VERIFICAçãO
DE
IIMA
HIPóTESE
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Analogamente, a* implicações cU hipótese de Torricclli in cluíam enunciado* condicionai* como St uin birúiflcuo d« TorrKclk I M uva polindo • IIIíIIMUI cicKcntev «nl*oH M coluna de mercúrio diminuirá eontv pondeQfcnttMcde comprimento. A t impli cações de uma hipótese «ao pois normalmente im r^Tf^fi num duplo sentido: são enunciados implicados pela hipótese c tão enunciados da forma se-Pntío. que. em Lógica. sio chamados condicionais ou implicações materiais. Em cada um dos tres exemplos que acabamos de citar, as cctndiçoMC especificadas sio iccmilogjía,mcnie círqilíveis e de las podemos portanto dispor à vontade, para rciiliz.t-l.11, lemos que controlar um (ator (posição durante o parlo; ausíncla ou barometrica) presença de matéria infectada; altitude da leitura que. de acordo com a hipótese considerada, afeta o fenômeno cm estudo (/ *>., incidência da (ebre puerperal nos dois primeiro» caoot; altura d a coluna de m ercúri o no terce iro). Impl icações '! \ > J natureza fornecem umi base para uma vtrilkaçAo ou irue exptfimtitiül. que se reiumc em produzir as condições C e em ornervar K fc ocoffc como cila implicado pela liipóic-K -á-, expressai em (ermos Muitas das hipóteses cientificas qua ntitati vos. N o cas o mais simple s, repres entam o va lor de unia vaiiável quantitativa como uma funçio matemática de nu tras variávei s. Assim é que a lei clássica. V c.T/P. repre senta o volume de um gás como função de sua temperatuta e de sua pressio (c c um f ato r con sum e). U m en unc iado desu csp.-cie pode produzir uma infinidade de implicações que. no nosso exemplo, tio <*a forma seguinte: teveri-a ftcávcb. temperatura do gás t T, e sua pressio i P,, entio seu Volume e c.Ti/Pt. Uma verificaçio eipenmcnui consiste entio em va riar os valores das variáveis "independentes" e em observar M a variável "dependente" toma os valores implicados pela hipótese.
Ouando o controle experimental é impossível, quando as r-ã-j podem ser rea condições C mencionadas na implicação lizadas ou variadas pelos meios tecnológicos disponíveis, entio a hlpÓICSC deve Kl Verificada nàoexperimentalmente, seja procwrando. seja esperando os casos cm que as condições Cru cificadas sfto realizadas pela natureza c observando se £ de fato ocorre.
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FILOSOFIA DA Ciísci» NATUKU
Da-sc às vezes que na verificação ciperíacataJ de uma hipótese quantitativa somente uma das grandezas neta neacaonadas é variada de cada vez, mantendo-se consta cies iodas as ou tras condições. Mas isso é impossí vel. Certo, a o verificarmos a lei dos gases a peessão pode ver variada mantendo-sea tem peratura consume, ou vice-versa; mas variai outras circunstâncias mudarão durante o processo — talvez a anssdadc rela tiva, talvez a intensidade da iluminação, talvez o campo magnctico no laboratório d e . — c certamente a distânciaentr e o co rpo gasoso e o Sol ou a Lua. Nem há razão para. tanto quanto possível, tentar manter constantes esses [atores se a experiên cia visa apenas verificar a lei dos gases como foi formulada Pois a lei diz que o volume de um dado corpo gasoso faca completamente determinado por sua temperatura c por sua pressão Ela implica portanto que todos os outros fatores são que esses fatores "irrelevantes para o volume", no sentido de não afetam o volume do gás. e esses variem e. portanto, explorar um Permitir domínio qa mais vasto outro de s fatores a procura dai possíveis violaçõesda hipótese que está verificada Eatretjnlo. a experimentação e usada cm afaria não so mente tomo um método de verificação, mas, também, como um método dedescoberta; e neste outro contexto, conto vamos ver agora, a exigência da constância de certos fatores é per feitamente procedente. O uso da experimentaçãocomo um método de verificação está exemplificado pelas experiências de Torncclli e de Pér>er, que foram realizadas justamente para verificar urru formulada, hipótese já proposta Mas quando não existe linda hipótese o cientista pode ser levado a começar por uma estimativa gros seira c usar então a experimentação conto um guia para chegar a uma hipótese mau- precisa. Ao estudar como um peso distenoe o fio metálico que o sustenta, o físico pode conacturar que o alonaaaKnto depende do comprimento inicial do fio. da sua seção, da espécie de metal dV queé leilo c do peso do corpo suspenso Pode entã o rcaliur experiências pata determinai se esses fatores influenciam nu alongamento (a eaperirzwntaç-ão serve então como um métudo de verificação)e. se assim for. é, qual oa quanto eles afetam a da"variável dependente" — istoserve expressãomatemática dependência (a experimentação então como método de dcKvncrta). Sabendo que o compri mento do fio varia também comsua temperatura, o eiperimcn-
A VUlFKAÇÃO DE UMA HlPÜIfsi
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lador. antes de tudo, manterá a temperatura constante para
eli minar a influencia perturbadora dessr fator (embora possa, mais « Urde. variar sistematicamentea temperatura pata averiguai expresta» os valorei de certos parâmetros, que comparecem na daquela fundão, dependem da temperatura), e nessas cxpciiínurelevante*, a i a uma uni teniperatuia variara o»oi outros fatoresconstantes. que julgur de cada constante, vei, nu mondo Ap.*hl,i no* resultado* aiiini obtido* ele ternura formular #c m u li/açócs que exprimam o alongamento em função do comprimento inicial do peso etc, poderá então prosseguir pwa construir uma fórmula mais geral, que represente o alongamento em funçlo de todas as variáveis examinadas. a experimentação serve como Em cato* dessa natureza, mctiwio heurístico, como guia psra a descoberta de hipóteses, o que dá sentido ao princípio de manter constantes todos os "fatores relevantes*', salvo um Mas, naturalmente, o máximo
que feito c manter constantes, no salvo um, aqueles fa que ser se acredita de afetarem tores pode serem "rele',,inies" sentido o fenômeno em estudo c sempre possí vel que tenham ficado despercebidos outros fatores, lambem importantes. £ unu dos características notáveis da Ciência Natural, c uma Jc suas grande* vantagens metodológicas, que sua* hipó teses admitem cm geral verificando experimental. Mas nJo se pode di/vr que se).i > iraeterislica distintiva de todas as Ciências Naturais c exclusivamente delas, formando uma linha divisória entre a Ciência Natural c a Ciência Social- Pois verificações experimentar* também são uiad.is cm Psicologia e, posto que mais raramente, em Sociologi a Além disso, o alcance da vc* nfícaçáo experimental cresce firmemente com o avanço da tec•olofria indispensável. De resto, u m todas us hipóteses nas Cieavíai Nalurais são WfnVIwsi experimentalmente. Por exem plo, a lei formulada por Lcavili e Shaplcy paru as flutuações de estrelas variáveis, as periódicas no brilho de um certo tipo P de uma dessas chamadas Cefeidas: quanto maior o período estrebi, i.t.o irítcivalo de tempo entre dois estados sucessivos de máximo brilho, maior é a sua luminosidade intrínseca; em exprtsiáo exata Aí - |u r * logr*). omle M i n magnitude da estrela, por deliniçáo inversamente proporcional »o seu brilho. A lei implica dedutiva mente um sem-número de sentenças que serviriam para ao verificá-b, dando ado grandeza um a Ceftida correspondente valor particular seu período, porde exemplo, 5.) dias ou 17,5 dias. Mas C efeidas co m esses períodos deur-
FILOSOFIA
CM Citso*
NATV«*I
lofo. a l â são •••dos não podem ser produzidas 1 vontade, pode ser veri ficada por cxpennsea -ação. Antes, o utrrmoao tera que olhar para o cé J ã peocura d: novas Ccfcidas para averiguar se a grandna e o período das que for eacootraodo obedecei ou não k lei presumida.
O PAPEL DAS HIPÓTESES AUXILIAM* Dissemos aate* que implicações tio "derivadas"" ou "rafendas" da hipótese a ser veri ficada- Assim di to. poecra. o que se obtém e somente uma posseira indicação da relação que existe entre ama hipótese e as tesKocas que serrem para *cn> ficã-la. £ bem «cidade que em aLgv» casos pode-tc mfcrir dedutivameatc de uma hipótese certo» enunciados coasmcáaams •MC podem servir a sua verificação. a lei de Leavm-Shapkv:. por exemplo, implica sentenças da forma "Se i e uma Ceiem* com um período de íamos dias. entfco sua mapiitude terá tal e tal' Mas. freajueniementc. a "•demação"" de uma unplicacão coofioatavd com a rtpetiencia c menos simples c conctusrva. Tomemos, por exemplo, a hipótese semmelvvcimri» de que a febre pucrpèral e causada por couaammucao com matéria] mfectado e consideremos a uii implicação que se o pessoal cmdaado das pacientes lavar *s mãos mama solução de sal dotada, então ficará redunda 4 mo rtali dade pela febre. Este e nu ata do não decorre dedutivamente apenas da hipótese; pressupõe tam bém a premissa que a cal dotada dcstnúã o material infectado, o que rsio c feito por Igua e sab ão. Esta premissa, tacrumeatc admitida ao argumento, desempenha o papel do que c-himarcmos iupaaçAo mnrf*a» ou hipõirst tmittiar a o denvarm o* da fct pólesc de Scmoetvtcis a sentença que se coafroota com os fatos Logo. aao estamos amornados a asseverar aqui que se a hi pótese H t verdadeira, catão deve ser lambem verdadeira a im hipótese auxiliar são plicação I. mas somem; que. icMci verdadeiras, então também o i / . Conf iança era hipót eses . com o verem os, a repa t não a exceção mi de hipóteses científica*; e isso Km « ceuttccjmmãa •murtaale para decidirmos se um resultado desfavorável. : c_ fabo, pode ser considerado como relutarão mostra 'em«etinvestigação. que da hipótese Se H é sarxknle para imphcar / e te os resultados em píricos mostram que / é falsa, calão H deve ser mmmmi
A VEBIFICAçAO oe UMA HIPó TES E
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como falsa, de acordo cosa o argumento modui loürm (a). Mil quando I decorre de H cm conjunção com outra ou mais hipóteses auxiliarei A. o esquema (a) deve «t substituído pe lo K|ui«e: %t H * A a» unfcM «ij*dí.i»v (MioI IWMB O * H
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""> t i a <«th*» xriliiki*«i
Assim, da verificação de Kt / Mu. podemos somente infcfii que ou i hipótese H ou uma dai suposições induidai em .* deve ser falsa; portanto, a verificação não fornece razoes conclusivas pjtj rejeitar //. Por exemplo, K a medida antisscptka tomada poi V-nntclwcn não fone acompanhada pot um ikctimo da modalidade, a hipót;« icmmrlvcivuna ainda asaini poderia ser vrrdad:ira: o multado negativo da verificação po deria *er devido i ineficácia como aaUnepiKo da solução de cal dotada. E nao >c Haia de merapossibilidade abstrata. O asirônomo Tycho Brahe. cujai observaçõesapuradas fornecem a base empírica para as le» de Kcpltr. rejeitou a concepção copermeana de qui a Tetra te move cm torno do Sol, dando, entre outras, as seguintes raróes SCa hipótese de Copernieofosse terdadeira, a direção segundo a qual uma estrela fixa seria vista po» um observador terrcsire * mesma hora do dia Iria gradualmente mudando; pois no decurso da viagem anual da Terra cm tmno do Sol. a estrela iria sendo observada de uma posição que vana conslaniemcnie— assim como umacriança num carrossel obscria de direção uma posiçãoque vai mudando c portanto o um »í espectador secundo uma que também vai mudando Mariexatamente, a reta que passa pelo obser vador e pela estreia variaria periodicamenteentre dois extre mos, correspondentes a posições opostas na órbita da Terra em torno do Sol. O angulo subentendido por essas posiçõese a chamada paralaie anual da estrela; quanto mais longe da T Terra n;c a estrela, tanto menor ser á sua p arala ie. Brahe. que fei suas obscrsaçóct antes da introdução do telescópio, procurou com os seus instrumentos massprecisos uma coufiimaçaodesses "movimentos pataUicos" das estrelas fixas — e não achou nenhuma Kcjciioupor isso a hipótese de que a Terra se move. Mas a dcdu;ão de que as estrelas fixas tenham movi mento* paralaiicoi observáveis só pode ser feita a partir da
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Fnosoru
M C IíííC I* N AIUILAL
hipótese de Copcrniccicom auxilio da suposição de que elas estejamtão próximas da Terra que seus movimentos paraláiicos tenham amplitude suficiente para serro observados com os Instrumentos. Brahe não ignorava que estava fazendo essa sopjffffl* mas acreditada para julga-la deira; daiauxiliar, sua rejeição da hipóteseterdetarem Copérnico. tarde Mai*verda ficou provado que Brabc se enganara: mesmo as estrelai fixas mais próximas estão muitíssimo mais longe do que cie supunha, de modo que as medidas de paralaic exigem telescópio* pode rosos e técnicas uhraprcctsav Somente em 1858 W a ser realizada a primeira medida Bniversalroenleaceita de uma paralaxe csiclar. A significação dai hipóteses «•••um vai alem Supo nhamos que uma hipótese // seja vc-^cada mediante uma im plicação"Sc C então E~ que decorreu de II r de um conjunto A de Ehipóteses . A verificaçãose reduztanto entãoquanto a constatai te ococie au ouxilnãoiaranuma situação em que. saiba O iambfador, «tiú rcalírada.» as condkõcs C Sc de fato nã o for «Mee caio — K por exemplo o equipamento usado estiver •';ít . : •.,. . u •!•. bl •SftammnNml WmÈtÚ <.-.:»>/ ,vx«nlo ocorrer mesmo que II t A sejam ambas verdadeiras Por caia ruão, rnlrc aa hipóteses auxiliarcs pressupostas pela veri ficação deve-tc incluir a de que a situação inicial satisfaça as condicócs 4c ler minadai C. Este ponto é particularmente importante quando a hipótese em exame já foi vitoriosa em provas anteriores c * parle essen cial de umapoiado sistemapormais vastoadeevidencia. hipóteses mutuamente também múltipl Ê provávelligadas. que em tal caso seja feito um esforço para justificar a aao-ocorré&cia de £ mostrando que alguma* das condições C alo estavam sa tisfeitas Como exemplo. ciHtudcrrnt"*;i hipótese de que as cartas elétricas tem uma ruiuturu ainmnlica i«i sejam todas múltiplos cktricidaa;. o dectron F**ahi inteiros da carga cfc» •ílonm de pótese recebeu apeão iuipn-uMiiuntcdas experiênciast O» por R. A. Millikan. a partir de IW19. N etas, as cargas elétricas de goticulasisoladas de um IKJUKIOtal como óleo ou mercúrio eram a» velocidades caíremdeterminadas no ar sob a medindo influenciada gravidadeoudasaogoticulas subirem ao sob a influenciade um cam po elétrico oposto. Millikan todas as cargas ou eram iguais a. ou eram
A ViairtcAçÂo
Dí
U M A Hir-oTrsr
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unu certa carga mínima fundamental que ele,
de,
X 10-**. contestada pelo físicodeEhrcnhaft que hipótese Millikan cm Viena, Esta repetido a cxp.-iiêiicia JHUTK-.OUfoiICTlogo e encontradocargas consideravelmentemenores que a curga ele trônica determinada por este. Discutindo os tcsultudoi de Fhrcnhafl. 1 Millikan supriu várias fontes prováveis Oc cnos (i- '.. violações das condições cxpcnmeniais) que poderiam dat conta dos resultados aparentemente discordantes de Ehrcnhaft: evaporação durante a ob«rviie.ã«. fj/endo diminuir o peto da goticuta; fotmac.au de um película de ósido nas gotrçulas de mercúrio usadas em algumas das experiênciasde Ehrcnhaft: in fluência perturbadora das partículas de poeira suspensas no ar: afastamento da partícula cm relação ao foco da luneta usada p*'a obscrví-la; modificação da forma esférica preuuposta. quando as gotlcutas sao muito pequena»; erros inevitáveis na cronoiuctragem dos movimentos dr pequenas partícula». Rcfcrin do te a duas par tícul as abcrrantcs observadas por um outro hHMliaailiu que usara gotas de óleo, Millikan conclui "A única interpretação possível então para o comportamento «lestas dum partículas. • era que. . . nAtj eram esferas de óleo", mas parBciriM dc poeira (pp. 170, 169). Milhkan afirma ainda que os resultados de repetições mais precisas dc sua própria experiên cia, estavam todos cm acordo essencial com o resultado ante riormente anunciado por ele. Ehrcnhaft continuou por muitot anos a defender c multiplicar os resultados com que pretendia subclcuonuaii ttUbcteccr i exiittnria de carga* mas cm geral esssaresultados n i o pude ram se r reproduzidos po r o ut ro * físicos . dc modo que a concepção atomlstica da carga elétrica foi man carga ele tida. O valor numérico achado por Millikan para a trônica, entretanto, foi mau tarde reconhecido como sendo ligeiramente pequeno; o desvio foi atribuída a um erro numa das ele usara um valor hipóteses auxiliarei do próprio Millikan: demasudo pequeno para a viscosídadedo ar nos cálculos que filtra com as informações fornecidas pela goticula de óleo'
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VIII
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FlLOSOftAD* OttOA N*.nniAL
VfKtFKAÇÕES CBUCIA1S As observações pncede—fllio importantes tambcoa para a Kki* de verfira-^o andai, que pode ser rapidamente des ( f Ht sejam hipó teses rivais crita como sobre segueo «oponhamosque nnoo uwo, Hlíualmenie bem duasapoiada» mt agora pela cípcncocu. sem que se possa dizer portanto que i evidencia disponível favoreça maesa una que a ouira. Uma lecitíK entre as dias poderá catão ser obtida se se conceber M U «inuaçio paiaa qual J/i e Wi predicam resultadosincorripatíveis. i. r., te, para ama detcnBiajda condição C da expeirfoeia. decorrer da prumcira. hipótese a implicação 'ScC então /?/ e da segunda tepótesc "Sc C cniâo fV. onde t i c rVi sejam •csultanV» quese exetuem mutuamente. C de presumir que a i calunio da cipencacia refute ama dai hipóteses c sanlente i outra Uni eaempio clássico c o experimento feito por Fooeaull para decidir entre duas concepções, antagônicas sobre a natu reza d* luz Um a. proposta por rfuyghci» e desenvolvia por Ifcsncl c Yount. luslenu-a qnr a luz consiste cm onda* iramverui* prounfindo-sc anua me»- CíJMKO. o cier. a outra era a concepção corpuacwraede NOIOH. «fiando a qual a luz é .tMUMuidade particulas extremamente pequenas que sem o vem cm alta velocidade Ambas as concepçõespermitiam con cluir QMC oi "rarts" de lua obedecem às k n da propagação rctilfaca, da reflexão c da retração Ma* a concepção ondiüalótia mptieavt que a mz cammha. mau depressa no ar que na. ã?ua. rnquumWque a corpustmm? levava conclusão cm oposta. que Em as ItJQ. Fcmèaufcconseguiu realizar nm aexperimento telocidadcsda. luz no ar c raa ágata eram diretamente compila das. As imaerm de duas fontes luminosas puoctforrnes- eram fanuadus • rimam* rams lumünotos. que passavam através da .gua e através do ar. vcparadamctte. ames de seicm refletidos por um espelho girando cm alta velocidade Conforme a velo cidade da luz fosse maior ou menor no ar que na água. a :nia?cm da primeira fome iria aparecer à direita ou á esquerda da mu-rm da se panda fonte. As implicações antagônicascon frontadas com a experiência polem portanto ser brevemente formuladas do leguinie muda>: "se te realiza d: loDcaust. catão a primeira imagem apareceo à experimente direita c!a scrunda imagem' c 'se se realiza o experimento de FoucauJt, cn-
A VmmcAçAo D E
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UM A HI PóTESE
lio a primeira imagem aparece à esquerda da secundaImagem'. O experimento mostrou ser verdadeira • primeira destas im plicações. íti ! «c resultado foi amplamente considerado como uma futaçao definitiva da concepção corpuscular c uma justificação decisiva da concepção ondulatóua Mu» cise julgamento, em bora pcrfcilamcnlc natural, superestimava a forca da expciiinPois o enunciado de que a luz caminha ma» deprciu cia. na água do que no ur não decorre simplesmente da conccpçlo geral de que o* mios de lu/ sejam correntes de partículas; isoladamente a suposição > demasiado indefinida para gerar qualquer conseqüência quantitativa. Implicações como as k i t da reflexão e da refração c o enunciado sobre as velocidades da lui no ar c na água to poderão ser derivadas quando a concepção corpuscular for suplementada por suposições espe cificas sobre o movimento dos corpúsculot c sobre a influência exercida neles pelo meio ambiente. Tais suposições foram de fazé-lo ele fato formuladas explicitamente por Newton; c ao estabeleceu uma teoria' precisa sobre a propagação da luz. Dessa totalidade de princípios teórico* básicos t que decorrem ai conseqüênciasexperimentalmente verificáveis, tal como a ave riguada por Foucaull. Analogamente, a concepção ondulatóría foi formulada como uma ttaria baseada num conjunto de tuposições especificas sobre ondas de éter nos diferentes meios de princípios teóricos que óplicos; e novamente í este conjunto implica as lets da reflexão c da retração e o enunciado de que :: vciocdade da luz <• maior no ar do que na água. Conse qüentemente a verdade de todas de Foucault as outras teses auxiliarei— —admitindo o resultado do experimento só hipó que nem todas as suposições básicasou not habilita n inferir princípios da teoria corpuscular podem ser verdadeiros — que pelo menos um deles deve ser falso. Ma s não sabemos qua l deles deve ser rejeitado. O que sabemos e que a concepção corpuscular da luz nao pode ser mantida sem uma modificação ilc sua forma, sem introdução de um outro conjunto de leis básicas. F, de falo. em 1905, Einttcin propôs uma nova versão da concepção corpuscular na sua teoria dos quanta de luz. ou foions. vieram ser chamados. evidencia citada por cie cm como apoio da sua ateoria incluía um Aexperimento realizado i
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FILOSOFIA DA CIêNCIA NATURAL
por Lcnard cm 1903. Eirulein caracterizou-ocomo om "segundo experimento crucial" pata as conce-pçoes ondulatóna -ccorpuscular, que segundo ele "eliminava" a clássica teoria ondulalóna. na qual, cm virtude dos trabalhos de Maxwell c lierU, aondas noçãoeletromagnéticas de vibrações elásticas do éter fora subuuuída pela de transversais O experimento de Lcnard. que envolvia o efeito fotoelétrico, podia ser considerado como verificação deduas implicações antagônicas quanioà energia luminosa que uma fonte puntiforme P pode transmitir, por uni dade de tempo, a uma pequena leia colocada perpendicular mente aos raios de luz. S:pundo a teoria clássica, essa energia diminuirá continuadümcntcpara zero á medida qoc a (ela se afastar do ponto /'; na teoria fotúnica ciadeve ser pelo menos ij«al i transportada por um único fólon — a menos que nenhum lótun atinja a (ela. caso cm que a energia recebida será nula: não haverá portanto diminuição continua para icro. O experi mento de Lcnard apoiou esta últ ima altrrn alivi. M as , outra vez, a concepção ondululória nã o foi definitivamente refutada; o resultado cxpeiimcnltil mostrou apenas lei necessário modi ficar de algum modo o sistema das suposições básicasda teoria ondulatóna. Pc fato, o que Elnlcin fezfoi procurai modificar a teoria clássica o m enos poss ível.' Lm suma , um experimen to do lipo aqui exemplificado não pode refutar estritamente uma de duas hipóteses rivais. Mas também nío pode "provar" ou estabelecer definiiívamente a outra; pois. como foi observado de modo geral na 2.» parte do capitulo 2. as hipótese» ou teona» científicas não podem ser provadas tonei ustvãmente por qualquer conjunto de dados disponíveis, por mais acurado c numeroso que ele seja. Isso e particularmente óbvio para hipóteses ou teorias que afir mam ou implicam leis gerais tanto para um processo que não c diretamente observável — como no caso das teorias rivais da ha — como para um fenômeno mais facilmente acessível à observação e à medida, com o a qu ed a livre. A lei de G alileu, por exemplo, re(cre>sea todos os casos de queda livre no pas mado, no presente c no futuro, ao passo que ioda evidênciarele vante de que se dispõe cm qualquer época está limitada ao con junto de casos — todos cies pertencendo ao passado — em ) UM CMHplo « l i d Kui>4° diBDiatfinRBi na opliud » •* P. FitaX. nil0Hf*r mi »
A VEIIPICAçãO DE UM* HIPóTESE
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que med idas cuid ado sas foram feitas. E mesmo que a lei de Galileu tivesse sido rigorosamente satisfeita em todos os casos observados, não se teria obviamente excluído a possibilidade de certos casos não observados no passado c no futuro não a seguire m. pode Em sum a. a experiênci a maishipóteses cuidadosa mais repe provar uma de duas tida não neme refutar a estrito, outr a. N este sentido uma experiência crucial é impos sível na ciência. 4 Mas uma experiência conto a de Foucault ou a de Unard pode ser crucial num sentido menos rigoroso, mais prático: pode denunciar uma de duas teorias em con flito como seriamente inadequada c apoiar fortemente a teoria rival, exercendo, por isso. uma influência decisiva sobre o rumo subsequente tomado pela teoria c pela experimentação. HIPóTESES "AD HOC"
Ouando a manciia particular de verificar uma hipótese H prtiiupiit enunciados auxiliarei .41, Ai A. — 1.«., quando estes lio usados como premissas adicionais ao se derivar de II a implicação relevante / — cnlão. como se viu antes, um resultado ncfialivo, mostrando que / t Ms», diz apenas que H ou uma djs hipótcsci, auxiiiarcs deve ser falsa c que algo deve ser mudado nesse conjunto, de sentenças para que cie se ajuste ao resultado da verificação, quer modificando ou abandonando completamente H. qwi alterando o sistema de hipóteses auxilia rei Em principio, pode-se sempre reler //. mesmo cm face de multados seriamente adversos, desde que se queira rever ss hipóteses auxiliarcs úcum modo suficientemente radical, ainda entetrabalhoso. Mas a tiêticia nao está interessada cm protegei suas hipóteses ou suas tcocias a qualquer preço — e tem boas razões para isso- Consideremos um exemplo. Antes de Torricclli introduzir sua concepção da pressão atmosférica, expli cava-se o comportamento dasbombas aspirantes admitindo que a natureza tem honor ao vácuo c que, portanto, a água sobe pelo cano da bomba para encher o vácuo criado pela elevação do embolo. A mesma idéia servia também para explicar di* * » • t o Iwiw-n -«-«am de H m D uMm . liite i JnuoftaA* dl cltoíl. l-m«««. C l P«m II. C i * VI de KU IWfO TH* Aim —4 S»«n.>r <* H>yu?ti fw—i. m««*t«d» oo< m.i™ ni( < • it o s PKficlMtelo • uidutii salcu. Leu» A
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FILOSOF IA DA C IêN C IA N ATU RAL
versos outros f enômenos. Q uando Pascal escreveu a Pér ier pe dindo-lhe para executar a experiência de Puy-de-Dôme, acres centou que o resultado esperado seria uma refutação "decisiva" daquela concepção: "Se acontecer que a altura do azougue for menorque no otopo base da do montanha. . . será necessário concluir pesoquee na a pressão ar são a única causa da suspensão do azougue e não a aversão ao vácuo: pois nenhuma dúvida existe de que há muito mais ar pesando sobre o pé de uma montanha do que sobre o seu cume e ninguém pode dizer que a natureza tenha mais horror ao vácuo ao pé de uma montanha do que no seu cume." 5 Mas a última observação indi ca justamente a maneira de salvar a concepção de um horror vacui em face dos resultados de Pé rier. Pois es tes só consti tuíam uma evidência decisiva contra aquela concepção admitindo também que a intensidade do horror não depende da altitude. Para areconciliar a evidência aparentemente contrária com idéia de um horror vacui basta introduzir emdevezPérier daquela a hipótese auxiliar de que a aversão ao vácuo decresce quando a altitude au menta. Essa suposi ção não é logicamente absur da nem patentemente falsa e sim discutível do ponto de vista científico. Pois seria introdu zida ad hoc — /. e.t com o único propósito de salvar uma hipótese seriamente ameaçada por uma evidência adversa; não seria invocada para outros resultados achados e provavelmente não levaria a nenhuma implicação adicional. Ao contrário, a hipótese da pressão atmosférica con duz a outras implicações, como a mencionada por Pascal de que se um balão parcialmente montanha lá ele ficará maisinflado inflado.for transportado ao topo da N os meados do século xvn um grupo de físicos, os plenistas, sustentava que o vácuo não poderia existir na natureza; para salvar esta idéia face à experiência de Torricelli, um deles aventou a hipótese ad hoc de que no barômetro o mercúrio ficava suspenso no teto do tubo de vidro por um fio invisível chamado "juniculus". De acordo com uma teoria inicialmente subs muito útil, desenvolvida no começo do século xvm, uma tância chamada flogístico escapava dos metais durante a com bustão. Esta concepção teve de ser abandonada quando Lavoisier mostrou experimentalmente que o produto final do pro5 Ex traí do da car ta de Pasc al datad a de 1 5 de nov em bro de 1647 , em I. H . B. e A. G. H. Spiers, trad.. Th e Physical Treatises of Pascal (N ova York: Press, 1937), p. 101. Columbia University
A VER IFIC AçãO DE UMA
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HIPóTESE
cess o de co m bu stão pesava mais que o metal inicia l. Ain da assim, alguns adeptos obstinados da teoria do fiogístico pro curaram reconciliá-la com os resultados de Lavoisier propondo a hipótese ad hoc de que o fiogístico teria peso negativo, de modo Nque perda aumentaria o pesoquedose,resíduo. ão sua esqueçam os, entret anto, com o recuo do tempo , torna-se aparentemente fácil recusar certas sugestões do pas sado como hipóteses ad hoc, pode ser muito difícil julgar uma hipótes e proposta num context o contem porâne o. N ão ex iste ad hoc, se de fato critério preciso para caracterizar as hipóteses bem que as questões sugeridas anteriormente forneçam alguma orientação: a hipótese é proposta apenas com o fim de salvar uma concepção corrente contra a evidência adversa, ou dá razão também a outros fenômenos gerando implicações significati vas? Importa finalmente observar que, introduzindo hipóteses restritivas parao reconciliar certa concepção básica com no va evidência, sistema resultante poderá tornar-se tão uma comple xo que terá de ser abandonado quando uma concepção alterna tiva mais simples for proposta. VERIFICABILIDADE
EM PRINCíPIO
E
SIGNIFICAÇÃO EMPÍRICA
Como mostra a discussão precedente, nenhum enunciado ou T pode, de modo significativo, ser pro conjunto de enunciados posto como uma hipótese ou teoria científica a menos que seja suscetível de uma verificação empírica objetiva, pelo menos "em eqüivale a dizer que deve ser possível derivar princípio". Isso de T no sentido lato considerado certas implicações da forma C, então ocorrerá o resultado 'se se realizarem as condições E'\ mas essas condições não precisam ser realizadas ou tecnologicaT é proposto ou entrevisto. mente realizáveis na época em que Tomemos, por exemplo, a hipótese de que a distância percorrida cm t segundos por um-corpo caindo livremente a partir do re 2 pouso na vizinhança da superfície da Lua é. s — 89/ cm. Dela deco rre dedu tivame nte que as distâncias p ercorrida s po r ess e co rpo em 1, 2, 3 , . . . segundo s se rão 89, 3 76 , 8 0 1 , . . . centí metros. A hipótese é portanto verificável em princípio, embora seja atualmente impossível realizar a verificação descrita. Mas se um enunciado ou um conjunto de enunciados não for verificável pelo menos em princípio, isto é, em outras pala-
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FILOSOFIA
DA CDÈMCU
NA TU RA L
vras, se não possuir implicação alguma confrontável com a ex periência, cotio não podcrã ser proposto ou acolhido como una nenhum dado empírico pode teoria ou hipótese científica, pois desacordo com ele. Neste caso. «Ao estar de acordo ou em Mm apoio algum nos fenômenos empíricos; falta-lhe, COMO da opi remos, significação empírica. Considere-te. por exemplo, a nião ile que a mútua atração gravítacional dos corpos Bascos natu seja uma manifestação de certos "apetites ou tendências rais" inerentes a esses corpos, como o am or, e q ue torn am "'MC' liçucis e po ss ívei s os mov imentos nat urais de le s" * Q ue im pli cações podem sei derivadas dessa interpretação dos fcaõtaeat* pa »« ac ion ais '' Ate nde ndo a cert os asp ect os característicos dofamiliar, essa opinião pirece impli amor no sentido que nos c gravitacional seria um fenômeno seletivo: car que a afinidade nem todo par de corpos físicos te atrairia mutuamente Ncast scru a intensidade d a afinidad e de um co rp o por u m outro sempre igual à deste por aquele, nem dependeria de um modo significativo das massas dos corpos ou das distâncias entre eles Corno sodas casas conseqüências são sabidamente filias, o sen tido d a concepção conaidcradi não pode set tal que as implique afinidade» naturais tubfacettCerto, ela pretende apenas que as Mas, corno se tes à atração pav-itacKma! são como o amor. pode ver agora claramente, essa aatcr\ão c tão evasiva qa c e x conseqüência confrontável com a clui a derivação de qualquer experiência pode ser invocado por esta Nenhum fato empírico interpretação; nenhum dado obtervacional o u eaperimcaial pode co nfirm a-la ou refuta-la. Lo go , em particular, não t e m tmpttca-
çpode ã o concerncnlc aos fenômenos oogra* nacionais"inteligíveis". e, potrtiMo.Para n ã o explicar esses fenômenos toná-los «sdarcce-ln ai nda m elh or, suponhamos que al gué m prop onh a • L|_,- m Kitp.it fUtm N draOBI ;'--li---r.i'.lirv.- J Icisi.ilivj ik mente uns aos ouitoi e tendem a se mover uns para os otstras em virtude de una icndí-nda natural semelhante a o ódio, d e uma inclinação na tura l para co lid ir com o s outros objetos físico s, concebi vc l de emitir parecer destruindo-os. Haverá maneira sobre e ssas opiniões c on flitan tes ? F. c la ro que não. Nenhuma delas condui a qualquer iinpliiücão verificável; nenhuma discri minação empírica entre ebv c possíve l. E não se dica qtsc a ser decidida ciesirficaquestão è "demasiado piotunda" para « E>u • " « < O M » (•* ••>*r*" r s I F. O S m tru* d toJin, rnaOpiD". rs* 7t—.„. « H ;i n«s*>. i***i
aM Lon
A VEBIPKAçãO
DB U M *
HlPÓTFSE
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menlc- as duas interpretaçõesverbalmente antagônicassimples mente não fa«m asscrçào alguma. Portanio, não Ía2 sentido perguntar x lão Ycrdidcirai ou falsui C C por isso que a invésligação cientifica não pode decidir cnlre elas. São pseudo-hlpóities: Não sãosehipóteses cm que aparênc esqueça,apenas entretanto, uma ia. hipótese cientifica cm
geral só conduz a implicações verificáveisquando combinadas com suposições auxiliarei apropriadas. Assim c que a concep ção de Torricclli da pressão exercida pelo oceano de ar só condiu a implicações verificáveis precisas supondo que a pres são do ar obedece a leis análogas a da pressão da água; c o pressuposto, por exemplo, d j experiência de Puy dc-iMme Pa ra julgarmos se uma hipótese propoila tem ou não significação auxiliares empírica, devemos indagar porlanlo quais hipóteses estão explícita ou intitamcnte pressupostas no contexto dado e se. conjunta mente coiti estas, a hipótese dada -admite implicações tTrifiedvíi* (além das quedecorrem diretamente das suposições auxiliarei). De resto, freqüentemente uma idéia cientifica c introduzida sob forma que oferece apenas possibilidades limitadas c frágeis de verificação; com bases nestes tçstcs iniciai» ir4 adquirindo gradattvamentc umaforma mais definida, mais precisa e veri ficável de um modo mais diversificado. Por estas ra/ões « por outros que nos levariam muilo lon ge.1 não c possível traçar uma linha divisória entre hipóteses e icofLu que tão vcnftcivcif em princípio e ai a i * não o iào. Mas embora seja algo vaga. a distinção mencioiada í impor tante para cavaliar significação do potencial explanatório das hipóteses teoriasapropostas.
«''» "HfW! iàHJ" qiKUiu (UPIJil •I citai citdim o DHI.|uti •«•) (p. D lluí» >-L>™/- J- Imt-^m. « . /.H« t*t...^ KW.- .... Vmi oi CotuiH Stikdmm Piaalrm anl Chaajt>".
C RI TÉRI OS D E C ON FI RMAÇÃO E ACEITABILIDADE
: •
Como já notamos anteriormente, um resultado favorável das verificações, ainda que numerosas c exatas, não fornece prova conclusiva paia uma hipótese, mas apenas o apoio de uma evidencia mais ou menos forte, que é a confirmaçãodela. Quão fort» e esse suporte * questão que depende de vátias características da evidencia, que *amos agoraexaminar Na avaliação do que poderia ser chamado a aceitabilidade ou credibilidade cientifica de uma hipótese, um dos fatores mais importantes a ser considerado í. naiuralmenie, a resistência do apoio que lhe dá a citensáo e o caráler da evidência relevante disponível. Mas náo t o único, como veremos também neste capitulo Inicialmente, falaremos algo intuitivamente do que torna um apoio mais ou menos forte, do que jumenta muito ou pouco uma confirmação, do que faz crescer ou deciescer a aceitabiltdade de uma hipótese e de questões semelhantes. N o fim do capitulo, riaminaremos rapidamente se os conceitos aqui intro duzidos admitem ou na© uma interpretação quantitativa pre ço*. QUANTIDADE, VABUEüADE E ncctilo
DA
EVIDENCIA SlSIÍSlADOtA
N a ausência de evidencia desfavorável, a confirmação de uma hipótese será normalmente considerada como crescente com o número dos resultados favoráveis nas verificações. Por exemplo, cada nova variável Cefeida encontrada com período e luminosidade conforme á lei de Leavitt-Shapky será conside Ma*, falando rada como suporte adicional à evidencia da lei.
C RU íBIOS DE C ON FIBMAC ãO E AC EITAB ILIDAD E
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de modo geral, o aumento em confirmação trazido por um novo Caso favorávelvai-se tornando metior a medida que cresce o número de casos favoraveb previamente estabelecidos. Ha vendo já milhares de casos confírmatórios, a adição de maisun> aumenta pouco a confirmação. P. preciso acrescentar: novo caso for obtidoPois pe se lo mesmo tipo porém de verificação que seosocasos anteriores resultar de um outro tipo, a confirmação da hipótese ficará niajorada de um modo significativo. A confirmação depende não somente da quantidade de evidência favorável, mas tam bém da sua variedade: quanto maior for esta, tanto miis forte o apoio resultante. Suponhamos, por exemplo, que a lei cm questão seja a de Sueli, segundo a qual um raio de luz ao passar de um meio óptico para outro è retratado na superfície de separação de tal modo que a relação sen a/sen 0 entre os senos dos ângulos è uma constante de incidênciae dç refração qualquer par de meios. E suponhamos que tenham sido feitos para tics conjuntos de 100 mcdida\ cada um. N o primeito, o* meios c os ângulos de incidênciaforam mantidos constantes; cm cada Mperimcnto o raio pastava do ar para a água com um ingulo de incidência de )0° c o Angulo derefração era medido, lendo vido encontrado o mesmo valor para todo» o» cato*. No se cundo conjunto, oi meios eram mantidos os mesmo*, mas o ângulo a variava, tendo sido encontrado o mesmo valor para sen a/sen ;i cm todas as medidas. N o terceiro conj unto, tanto os mei os como o ing ulo a variavam: 25 pares diferent es de meios eram examinados e para cada p.ir quatro valores diferentes do ângulo a eram usados, tendo a medida de 0 mostrado que para cada par de meio»os quatro valores associados de sen a/sen £ eram iguais, tendo as relações associadas com diferentes pares diferentes valores.
Cada um desses conjuntos constitui uma class? de resulta dos favoráveis i lei de Snell Todas as três classes lèm a mesma extensão . Mas a terceira, que oferece a maior variedade de casos, será considerada como um apoio muito mais forte que a segunda, t esta como um apoio mais forte que a pri meira. Poderia parece r qu e assim se jul ga porque no primeiro conjunto se fez que outrao coisa repetirem o mesmo de modo resultado senão positivo Iodos osexpe 100 rimento, não casos não sustenta a hipótese com mais força do que já fazia o
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FILOS OFIA DA C IêN C IA N ATURAL
resultado dos dois primeiros casos do conjunto. M as is so é um erro. O que se repetiu 100 vezes não foi literalmente o mesmo experimento, pois as sucessivas execuções diferiam em vários distância do aparelho à Lua, talvez a aspectos: certamente a O temperatura da fonte de luz ou a pressão atmosférica etc. que se "manteve foi simplesmente condições, entre oasmesmo" quais determinado ângulocerto de conjunto incidênciade e um particular par de meios. E ainda que as primeiras medidas nessas circunstâncias tivessem fornecido o mesmo valor para sen a/sen /3, não é logicamente impossível que as subseqüen tes, nas mesmas circunstâncias, fornecessem outros valores. A repetição de medidas com resultado favorável aumentou de fato a confirmação da hipótese, embora muito menos do que fize ram as medidas executadas numa variedade mais ampla de casos. Em geral, as teorias científicas estão apoiadas por uma variedad considerável de fatos.paraLe amb sua rem o-no s da confirmação Semmelweis encontradae por hipótese final. Le m bremo-nos sobretudo da impressionante confirmação recebida pela teoria newtoniana do movimento e da gravitação: dela são deduzidas as leis de queda livre, do pêndulo simples, do movimento da Lua em torno da Terra e dos planetas em torno do Sol, das órbitas dos cometas e dos satélites feitos pelo ho mem, do movimento relativo das estrelas duplas, dos fenômenos das marés e de muitos outros fenômeno s. To do s os resultados observacionais e experimentais que estão de acordo com essas lei s trazem apoio à teori a de N ew ton. A razão pela qual a diversidade de evidência é um fator tão importante na confirmação de uma hipótese pode ser su gerida pela seguinte consideração, relativa ao nosso exemplo das várias verificações da lei de Snell. A hipótese em ques todos os pares tão — que vamos designar por 5 — se refere a de meios ópticos e afirma que para um par qualquer a relação /3 tem o mesmo valor para todos os associados sen a/sen ângulos de inci dênci a c de ref ração. Q ua nto m ais distri buídas essas diversas possibilidades, tanto forem as experiências sobre S maior será a probabilidade de achar um caso desfavorável se for falsa. Pode-se dizer que o primeiro conjunto de experi mentos examina uma hipótese mais particular Si, segundo a qual s?n a/sen j3 tem o mesmo valor toda vez que o raio luminoso passa do ar para a água com uma incidência de 30 °. Po r S falsa, o primeiro tipo de tanto, se Si fosse verdadeira mas
CRITéRIOS
DE CONFIRMAçãO
E ACEITABILIDADE
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test e não o revelar ia. An aloga me nte, o segundo conjunto de ex 52, que afirma distintamente perimentos verifica uma hipótese mais do que 5i mas não tanto quanto 5 — a saber, que a e seus se n a/s en (3 tem o mesmo valor para todos os ângulos correspondentes ângulos )3 fosse quandoverdadeira a luz passa ar para a água. Aqui também, se 52 mas do 5 falsa, o se gund o tipo de t este não o revelaria. Pode-se, pois, dizer que o terceiro conjunto de experimentos verifica a lei de Sncll mais completamente que os outros dois e que por isso um resultado dele, inteiramente favorável, fornece um apoio mais forte pa ra ela. Mas não estamos exagerando a importância da evidência dive rsi ficada? Afin al de contas, um aum ento de variedade pod e às vezes ser considerado como insignificante, justamente por ser.incapaz de elevar a confirmação da hipótese. Assim é que no nosso primeiro conjunto de verificações da lei de Snell a variedade poderia ter sido aumentada realizando a experiência em locais diferentes, sob diferentes fases da Lua ou por experimentadores com olhos de diferentes cores. Mas procurar tais variações poderia ser uma atitude razoável se nada soubéssemos ou soubéssemos extremamente pouco sobre os fatores capazes de afetar em os fenômenos ó pticos. N a época da experiência de Puy-de-Dôme, por exemplo, os experimentadores não tinham idéia precisa sobre quais fatores, além da altitude, poderiam afetar o comprimento da coluna de mercúrio no barômetro; quando o cunhado de Pascal e seus associados repetiram a experiência de Torricelli no alto da montanha e acharam que a coluna logo de mercúrio oito centímetros, decidiram refazer adiminuíra experiênciamaisem dediferentes lugares e em diferentes épocas, mudando as circunstâncias de vários mo dos. É o próprio Périer quem o diz em seu relatório: "Pro curei a mesma coisa ainda cinco vezes, com grande precisão, em diferentes locais no alto da montanha; no interior da ca pela que lá se acha, fora dela, cm pleno vento e abrigado dele, em bom tempo e durante a chuva e o nevoeiro que às vezes caíam sobre nós, tomando sempre a precaução de eliminar o ar no tubo; em todas essas circunstâncias achou-se a mesma altura de az oug ue. . .; este resultado nos sat isfez plenam ente." 1 O julgamento, portanto, de certas maneiras de variar a evidência como importantes e de outras como insignificantes 1 W. F. Magie, org., A
Source Book In
Physlcs,
p. 74.
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FILOSOFI A DA C IêN C IA N ATURAL
baseia-se em pressupostos — talvez resultantes de pesquisas anteriores — quanto à influência provável dos fatores a serem variados sobre o fenômeno a que se refere a hipótese* E, às vezes, quando esses pressupostos são contestados e são por isso introduzidas variações experimentais até então con sideradas insignificantes, uma descoberta revolucionária pode sobrevir. Ê o que aconteceu com a recente derrubada de um dos pressupostos básicos da Física, o princípio da paridade, segundo o qual as leis da natureza são imparciais entre a direita e a esquerda: se um processo físico é possível (/. e.t se sua ocorrência não está excluída pelas leis da natureza), também o é sua imagem por reflexão (o processo visto num espelho), onde a dir eit a e a esqu erda são t rocad as. Em 1956 , Yang e Lee, que procuravam a razão de alguns resultados experi mentais enigmáticos sobre partículas elementares, sugeriram arrojadamente que o princípio de paridade fica violado em certos casos; o que não tardou a ser claramente confirmado pela experiência. Às vezes um teste pode ser refeito de modo mais rigoroso e o seu resultado mais ponderável, aumentando a precisão dos processos de observação e de med ida que el e usa. Assim é gravitaque a hipótese da identidade das massas de inércia e cional — justificada, por exemplo, pela igualdade da acelera ção em queda livre de todos os corpos — foi recentemente reexaminada com métodos extremamente precisos; e os resul tados, que até agora sustentaram a hipótese, reforçaram enormemente a confirmação dela. C ON FIRMAçãO P
OR "NOVAS" IMPLI
C AçõES
Quando uma hipótese se destina a explicar certos fenôme nos observados, será naturalmente formulada de tal modo que implique a ocorrência deles; logo o próprio fato a ser explicado constituirá evidência confirmatória dela. Mas é altamente de sejável para uma hipótese científica que seja também con firmada por "nova" evidência, por fatos que não eram conhe cidos ou nãohipótes eram levados no momento da formulação. E m uitas es e muem ita conta s teorias cm C iênci a N atural tiveram, com efeito, a confirmação consideravelmente robustecida por esses fenômenos "novos".
CRITé RIOS DE CO NF IR MAçãO
E ACEITA BILIDA DE
53
A questão fica bem esclarecida por um exemplo que re monta ao último quarto do século xix, quando os físicos procuravam as regularidades inerentes às raias que se encontra vam em profusão nos espectros de emissão e de absorção dos gases. Em 1855, um mestre-escola suíço, J. J. Balmer, propôs uma fórmula que ele pensava expressar a regularidade dos com primentos de onda correspondentes às raias de emissão do es pectro de hidrogênio. Baseado nas medidas feitas por Angstrõm de quatro raias desse espectro, Balmer achou a seguinte fór mula geral: n
onde
b
2
— 2*
é uma constante cujo valor Balmer determinou empiri-
A e n é um inteiro maior que 2. camenten =como sendo Para 3, 4, 5 e3645,6 6, essa fórmula fornece valores para X que concordam estreitamente com os medidos por Angstrõm; Bal mer porém confiava que os outros valores também represen tassem comprimentos de onda de raias que ainda não tinham sido medidos — e nem mesmo encontrados — no espectro de hidrogênio. (Na realidade, Balmer desconhecia que outras raias já tinham sido observadas e medidas.) Atualmente, já são conhecidas 35 raias consecutivas na chamada série de Balmer e todas elas têm comprimentos de onda em boa con cordância com os valores previstos pela fórmula de Balmer. 2 de surpreender que uma tão notável confirmação N ão é fatos por "novos" previstos com exatidão aumente a crença que tínhamos na hipótese. Entretanto, surge aqui um enigma. Suponhamos, por um momento, que a fórmula de Balmer só tivesse sido proposta depois que as 35 raias atualmente regis tradas na séri e tivess em sido cuidado sam ente medida s. N este caso fictício, ter-se-ia obtido exatamente o mesmo resultado experimental que o que de fato o foi por medidas feitas, em parte antes, e em muito maior parte depois, do estabelecimento da fórmula. Deveria 'essa fórmula ser considerada como menos bem confirmada no caso fictício que no caso real? Pode ria 2 Um relato lúcido c completo, de onde se extraiu este breve resumo, encontra-se no cap. 33 de G. Holton e D, H. D. Roller, Foundations of Modem Physical Science (Reading, Mass.: Addison-Wesley Publishing Co., 1958).
Fl LO SO fU D AC-i vr:.
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SATV*AI
parecer razoável respondeimas afirmativamente pela seguinte ra zão: c sempre possível construir uma hipótese que esteja de acordo com um conjunto qualquer de dados quantitativo!, do mesmo modo que c sempre possível desenhar unu curva re gular passando número finTlo Assim ten do, não há nadapordeumsurpreendente que «roadepontos. fórsnala comoa de Balmer possa ser estabelecida no nosso caso fictício. O que <- notável e dá credito a uma hipótese é que da se ajuste aos real casos "novos" como sucedeu com a de Balmer no caso Mas a isso se poderia replicar que, mesmo no caso fictício, a fórmula de Balmer não é simpiesaneMs«na hipótese ai-btirária capai de se ajustar aos 35 comprimentos de onda mrdidos. jates, é uma hipótese de si-mplieidideformal impressionante: « é o fato mesmo de ela conter essas 35 medidas nana f^tur^r mate mítica mente simples que lhe dá muito maior credibilidade que a que seria atribuida a uma fórmula mato conpku tam bém w ajustando aos mesmos dados, Para dize-lo enalansaacem peomcinca: se se puder Uret passar orna carva simples pelos pontos represenlalivosdos retaliados de medidas, tem-se muito maior confiança cm haver descoberto ama Hei aeralsobjacente do que se a curva for complicada Km unrfornaidadc perceptível (Adiante, neste capitulo, retomaremos esta qnestão da simplicidade.) De testo, do ponto de vista da Lopca. a fiimn» do apoio qu e uma hipótese recebe de u a certo con junto de dados só depende do que c afirmado pela hipoKic e do que sejasn os dados: saber se foi a hipótese on o dos dados que se apresentou em primeiro lugar i mente histórica e pec isso não pode ser levado em coou aa confirmação da hipótese. Esta c a concepção certamente im plícita nas teorias cstatíslicai da verificação, recentemente de senvolvidas, e Umlvni cm algumas analises tópicas contemporáneas da confirnucãu c J.i lnJ*,-ão. como «cremos brevemenle ao fim do capítulo.
O kfoto
TEóSUCO
O apoio -que pode Mf reclamado para precisa ser inteiramente do tipo indntivo qae agora: não precisa consistir inteiramente — ou mesmo parcial mente — de dados que confirmam as conseqüênciasderivadas
CRITéRIOS
T>F C ON FIRMA çãO E ACEITARIL IDADE
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delas. O apoio pode vir lambem "decima", isto é, de hipóteses mais ampJu ou de teorias que implicam a hipóteseconsiderada e que rim o apoio de uma evidência independente Pata exem plificar, consideremos novamente a lei hipotética para a queda livre na Luatinhasido j = 891*jamais cm. verificada Embora nenh uma de suas con seqüências por experiência na tua, tem fntrcianin um forte ti/*Wwttórteo. poil decorre dedutivamenteda teoria nevitoriianado movimento c da graviiaçao (for temente apoiada por uma evidência altamente diversificada) juntamente com a informação deque o raio e a massa da Lua sio 0.272 c 0,0123 dos da Tcrta c que a aceleração de gravidade n a vizinhança da superfície da Terra í de 981 centí metros por segundo por segundo.
Por outro lado, a confirmação
de uma hipótese que ja
tem apwo apoio deduti indutivo vo. Êpode o que ser acont reforçada eceu,sepor receber exe mplo,"dçcom cima" a fór um mula de Balmer Ralmerentreviu a possibilidade de o espectro de hidrogênio conter outras series de ralai, cujos comprimentos de onda obedeceriam a uma generalizaçãoda sua fórmula.
*»-*•'
onde m c um inteiro positivo c n qualquer inteiro maior que
m
determinariam Para m =a 2 recai-sena novas séries fórmula deraias. já conhecida; E, de fato,ma — exi | stência , 3,4. de ... séries correspondentes a m - 1,3,4 c 5 foi estabelecida pos teriormente pelJ exploração eípcr.nKnlaidl» palies invisivfii infra-vermelhoe utua-violela do espectro de hidrogênio. Che gou-se assim a um forte apoio empírico para uma hipótese mais geral que implicava a fórmula srcinal de Balmer como caio especial, fornecendo portanto um apoiodedutivo para ela. E em 1913 surgiu um apoio de dutivo por uma teoria, quando Bohr mostrou que a fórmula generalizada - - e portanto a srcinal de Balmer — decorria da sua teoria do átomo de hidrogênio. Essa dedução reforçou enormemente o apoio à fórmula de Balmer, porque a por colocou no contexto dast concep ções quâniicasdesenvolvidas Plaack. Einsteln Bohr. que estavam apoiadas por diversas evidências além das medidas
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FILO SOFI A DA CI êN CI A NATURAL
espectroscópicas que forneceram suporte indutivo à fórmula 3 de Balmer. a credibilidade de uma hipótese será Correlativamente, se entrar em conflito com as hipóteses atingida adversamente New York já aceitas bemmédico ou teorias Rccord, como um confirmadas. Medicai de'1877, de Iowa, NoDr. Caldwell, relatando uma exumação a que teria testemunhado, assegurou que o cabelo e a barba de um homem que fora enterrado baro caixão e cres beado e de cabelos cortados arrebentaram 4 das que ceram através fendas. Ainda apresentado por uma a afirmação será rejeitada sem muita testemunha presuntiva, com os fatos bem estabelecidos sobre hesitação porque colide da morte. o crescimento do cabelo humano depois a nossa discussão anterior da pretensão de Analogamente, a existência de Ehrenhaft de ter experimentalmente estabelecido cargas subeletrônicas mostra como o conflito com uma teoria uma hipótese. amplamente sustentada milita contra Entretanto, o princípio a que nos estamos referindo deve ser aplicado com discrição e com restri ções, Senão, pod eria ser usado para proteger qualquer teoria contra qualquer descoberta Ora, a ciência não está interessada em que lhe fosse contrária. as evidências que possam defender concepções favoritas contra Em virtude mesmo do seu objetivo, está lhes ser contrárias. a renunciar a uma hipótese já aceita ou pelo sempre pronta menos a modificá-la. Mas para desalojar uma teoria bem esta belecida exigem-se razões ponderáveis; exige-se sobretudo ser repetidos. que os resultados experimentais adversos possam en E mesmo quando "efeitos" experimentalmente reproduzíveis tram em conflito com uma teoria robusta e fecunda, esta poderá continuar a ser usada nos contextos em que não crie dificulda des. Foi o que Einstcin reconheceu quando, ao propor a teoria o efeito fotoedos quanta de luz para explicar fenômenos como que para tratar da reflexão, da retração e da létrico, observou era provavelmente polarização da luz a teoria eletromagnética Uma teo insubstituível; e de fato ainda c usada neste contexto. só será ria de largo âmbito, já triunfante em muitos domínios, uma outra teoria ainda mais abandonada normalmente quando
3 Para detalhes, ver Hollon c Rollcr, Science, cap. 34 (especialmente a seção 7). 4 B. Evans, 19461, p. 133.
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CRIT éRIO S DE CO NF IR MAçãO
satisfatória aparecer. 5
E ACEITA BILIDA DE
se apresentar — mas boas teorias
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são difíceis de
SIMPLICIDADE
Outro aspecto que afeta a aceitabilidade de uma hipótese com a de hipóteses alternativas é a sua simplicidade comparada que justificam o mesmo fenômeno. uma ilust ração esquemática. Consideremos Suponham os que a investigação de certo tipo de sistemas físicos (C efeidas, ou o que for) sugira que certa molas elásticas, líquidos viscosos ser uma fun característica quantitativa, n, desses sistemas possa u e, assim, determinada univocamenção de outra característica te por u (do mesmo modo que o período de um pêndulo é do seu função comprimento). Procuremos construir a forma da função uma hipótese enunciando exata portanto tendo cons em que u tinha os valores 0, 1, 2, ou 3 e tatado muitos casos « os valores 2, 3, 4 e 5. Suponhamos correspondentemente tinda que não tivéssemos pressuposto algum sobre qual poderia ser a forma da relação funcional e que as seguintes três hipóte à luz dos nossos dados: ses tenham sido propostas //,:
n = u* fí2: n = tfi H3: n = u
- 6u* + 11K> — Jll + 2 — 4W — u* + 16u 2 — llu + 2 +• 2
aos dados: para cada Cada uma dessas hipóteses se ajusta de « cada uma delas faz um dos quatro valores examinados o valor achado associado. Em lingua corresponder exatamente uma das três hipóteses po r gem geométrica: traduzindo cada uma os quatro um gráfico, as três curvas obtidas contêm cada (2,4) e (3,5). pontos dados (0,2), (1,3), que N ão have ndo, como foi admitido, qualquer pressuposto uma escolha diferente,, a hipótese teria a nos indicasse por ser mais simples que H\ e H2. Isso nossa preferência, sugere que , de duas hipóteses em acordo com os mesmos dados 5 Este ponto está trata do de modo sugestivo, usando como exemplo a teoria flogística da combustão, no capítulo 7 de J. B. Conant, Science and Common Sense. de como nascem e caem as teorias cientííicaB Uma concepção geral estimulante (Chicago: está desenvolvida em T. S. Kuhn. The Slructure oi Scicnlijic Revoluíions of Chicago Press, 1962). The Uoiversity
FILOSOFIA DA CILNCU
51
NATUKAL
e que nio diferem no que ainda pon* »er relevante pau a cosv (ir macio, a mais simples teria a mais bem aceita. A importância da simplicidade paia teorias inteiras é fre qüentemente exemplificada com o dcsironamento d i concepção gcoccntrica do interna lolir, herdada de Ptolomea. pela hcliortntrlca de Copérnico. A concepção de Plolomeuera cnpcnho•a e rlgoroia, n u "sontuoiamente complicada por ctreuloa prUicipaii e subdrculos. com diferentes raios, velocidade», inclina ções c diferente* valore* c direções de cx^entricidad;"*.* Inegávelmente. cxtile cm ciência uma preferencia marcante pelas teorias e hipóteses mais simples, mas nio é fácil formular criléno* de simplicidade num sentido relevante que justifiquem essa preferência. Qualquer critério de simplicidade teria que ser objetivo, c claro; nao le poderia referir a uma sedução intuitiva ou a faci lidade com que uma hipótese ou teoria possa ser compreendida ou lembrada ele., pois estes sio fatores que variam de pessoa a pcaaoa. No caio de hipótesesquantitativa* como //i. //•. //> poder-sc-ia pensar cm julgar da simplicidade observando-seoi gráficos correspondeates Km coordenadai retansubre». o fiàÍKo de / / . é uma reta, enquanto os de II, e II, sao curvas muito mais complicadai panando pelos quatro ponloi dado* Mas esle critério parece arbitrário. Pois se usarmos coordenadas pob res, representando u pelo insulo diretor e n pilo rato vecloe. então H, determinaria uma espiral, enquanto a função determi nando uma "simples" reta seria bastante complicada. Quando, como no nossoexemplo todas as funções estão expressas por polinAmkis, a ordem do polinômio poderia servir como fndive da complexidade; II, reria mait complexa que / / i por sua ICT mais COMpkn que ll> Mas outro* cmenos t i o necessários quando funçõesde outra natureza, como ai irifonotnéliicai, devam *»•( laiiibiiu consideradus. Sugere-se àsWtaYsqi« - •• iiimi.io de fiipooçõti básicat seja um indicador daciuiipkxidadv de unia Icoiia Mas suposi ções podem ter combinada* • |>n,,lidai de vársot modos; nio
•m**»•" Pn>i.6 |«U|. Ot .ipUitUn 14 . 'V !• A1« — ••*• >*tnnm _ u nl .»rr—••— *i «m«li >»• irmmi™f HiW>. «f«« «• tcm ipKt-tHü •* *—I»». < — »«IUII 1 p (IHUM>«> l*»«»*>• ilmpl-iab* ai ..»-m. »> (Mm, «•> moéUun iiMM R—o «SI «•• u UIIHH * Piolii*. (
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OUTéSUOS oe CONFIRMAçãO E ACEITABILIDADE
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há m aneira inequívoca de co ntá-las. Por exemplo, di zer qu e para qualquer par de pontos existe exatamente uma rela passsado por ele» pode ser contado como expressão de doas supo sições em vez de uma; a de que existe pelo menos uma lal reta e a na de que existe noaimáximo E mesmo que houvesse acordo diferentes uma. suposiçõesbásicas ainda po contagem, deriam diferir pela complexidade, devendo portanto ser pesadas cm vez de contadas. Observações semelhantes seaplicariam à sugestão de que o número de conceitos táticos usados numa teoria poderia servir como Índice de sua complexidade. A questão dos critérios de simplicidade recebeu recente mente uma atenção especial da parle dos lógicos c dos filósofos, que obtiveram resultados interessantes, mas ainda não consegui ram uma caracterização geral satisfatória da simplicidade. En tretanto, como está sugerido pelos nossos exemplos, existem certamente casos cm acordo que mesmo na seja ausência citos há substancial sobre qual a maisdecritérios simples deexplí duas hipótcsei ou teorias rivats. Outro problema intricado atinenie á simplicidade é o da sua justificação: que razoes existem pari seguir o chamado principia da simplicidade, isto é. o preceito de que »e deve pre ferir, estimar como mais aceitável, entre duas hipóteses ou teo rias rivais c igualmenteconfirmadas aquela que t a mais simples ? Muitos grandes cientistas manifestaram a convicçãode que as leb básica s da n atureza são simpl es Se assim o fosse, poder-sc-ta de fato admitir que a mais provavelmente verdadeira de duas hipóteses rivaissáo ísimples a mais ê.simpl es. Mas supor as leis Nfjfn da natureza naturalmente, peloque menos tio problemático quanto a legitimidade do principio de simpli cidade c não pode portanto fornecer uma justificação para ele. Alguns dentistas e filósofos — entre os quais Mach, Avenarius, Ostwald c Prarson — sustentaram que a ciência visa dar uma descrição econômicaou parcimoniosa do mundo c que as hipóteses gerais promovidas a leis da natureza são expedien tes econômicos para o pensam ento, servindo para condensar um número indefinido de casos particulares (como os de queda livre) numa única fórmula simples (como a lei de Galilcu); desse ponto de vista parece inteiramente razoável adotar a mais simples das hipóteses adversárias. O argumento seria convin cente se tivéssemosque escolher entre diferentes descrições de um mesmo conjunto de jatos; mas ao adotar uma entre várias
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F*OSOÍUCM CtfxTlA NATVftAL
hipóteses OB drspcu. tais COMO tambémas predições eme da aao vejJkjoor. e a « t respeito as •ápoKlts meate. Assim e mje. para * = «. //,. H». H$ m 150. 30 qor c 6 respecrivMncmc. Cabe a mais simples as valores Basta reconhecei //»é matraaafkamenic para considerá-laa a M provávd de stf verdadara. para ba• = 4 c rjão nas amas mpósrsrs«me acertam aos casos p medidos coA a mesma precisão? Uma resposta iateressaatea esta oaestão foi sa-endapor Rochcabad*- 7 Ean rrr—j, o sei atgmmMU C o sepamae: m prmhamm. d*e ao nosso cscmplo • seja 4c falo ama fmaciade • , • = /<*>- Seji t o tem pifiem cm ate— liiKmi de coorlimJn. n n eacoma aão e emracisl A 'rijamai Inação / c o sca gráfico jtsão. natardmeme. i1rwcmhtr.idut peto cnbata • K mede os valom smociadoi dasdam variáven. Ammtoja. para tavorcoa ao arpas»: ato, mae aaas mtmdm iriamexatas. de achará certo «úmero ir pomos 'dados mjc penoacemk "verdadeira" enrva f. Sapaahamjiem aramas: oac. de acorda com o prmdpso denmnli.idsifc. etc pies. mo e, » Mlmtrvameai posso* O trafico ass*mobtido, mjc rbamarem ca tu pode afas tar-se comaicravcsmeasc da verdadesracarva, irado, catrgsaato, m i coiaodmdo $,. r». &n. m• •cornos m : irão ficos mais cientista vaisimples cadagrá dctcmuoaad© traçam» aovos «cx maã com a vodawkwacarva r. assim coma das h. fí. U cada vez mais da aproaima»-*t-ão relação fanfiarolt- A tOt-uVncuao principio de não pode pois nram «MC *C •*noma a fnação / de aaaasó ve* o* mesmo e*> vária*: mas se c*n*rama rrtacád fnaoonulentre B e m . o processo coada/irarrj.hcahm.-nte a ama (nação oae se aproxima da verdaaewan ordem rfcrcjada. O armanemo deRcv^cnh».*. aomi rtpraJnsnlu ean forma um tasto simplificada, c eapamao. mas aaa força ê maátada.
Pots, por mais longe oae *c tenha ido aa i iimatiii dos emV
rma, m».
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CUTéBIOS
DF CONFIRMAçãO
t ACEII^MUIMOE
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cos e das íunçôes. o processo oi» fornece indicação alguma sobre a aproximação com a qual foi aoagsda a verdadeira função — se é que existe uma verdadeirafasseio. (C om o já notamos anlei, o volume de um corpo gasoso pode parecer ser. mas de falo não ê. função apenas da texnperarara.) Alemdbsso. o ar gumento baseado na convergência pari umacurva verdadeira poderia ser usado para justificar outros snêtodos. intuitivamente complexos e nio-raroívcis. de dr wh ai os gráficos. Por exem plo. *ê-sc imediatamcnieque iiráado doa pontos dado* jdjacentes por um scmidrcul© catodiâmetro seja a distância entre os pomos as curvas obtidas convergiriam eventualmente para a verdadeira curva, se esta exis tisse. C on tad o, a despeit o dessa "fuslificacJo"'. o procedimento não seria considerado como mo do legitimo deformar hipóteses qsxantfutnas. Entretanto, outros procedimentos não simples — como o de aoarpontos dados adja centes por arcos em forma de V. caio* comprimentos sempre excedem valor mínimo deterananado— não são veis desta umas—cita. sendo nrcsmo auudcslruidorcs. como justificá pode ser mostrado pelo argumento de Rescbeahach Sua idéia guarda auirn um interesse próprio. Muito diferente t a concepção de Popper. Para ele a mais de duas hipóteses é aquela que Um mator conteúdo eanpirico e pode portanto ser nua facúncnic falsificada (ser verificada como laba mais f^cilraeMc). se de fato fuf falsai c íiso é da maior importânciaera» ciência, «queprocura subme tei suas conjeturasã mais cooupkta vcrdãeacãoe falsificação possível. Ele "Se mesmo resume o seut oMg—vmu com aso»seguin conhecimento, te* palavras: nosso objetivo enun ciado» simples devem ler cotação anais alta que os mcnJs sim ples porque eles nos dL;em mais. porque u> conteúdo rtnpirico deles é maior e porque são nenfKéreis em melhor grau.""* Popper torna sua noção de simplicidade como grau de falsiDcabilidade maisexplicita por meio de dois critérios diferentes. De acordo com um deles, a ftipõcese de qj*ea órbita de um planeta seja um circulo c mais simples do que a qje
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FILOS OFIA DA O íS C I A N ATURAL
que s-j.i uma elipse, porque a ptimeiti poderia ser falsificada pela determinação de quatro posições que nio pertençam a um mesmo círculo (três pontos podem icf sempre unidos por o » circulo), ao pasto que a falsificaçãoda segunda hipóusc exibiria monos a determinação osições, d o planeta. Neste a pmais sentido, a hipótese de maispelo simples é seis facilmente falsifKivel c é também a mais forte porque logicamente implica a aipotese menos simples. Este critério certamente contribuí que interessa à para esclarecer a espécie de simplicidade Ciência. Mas Poppcr dia alicrnali vãmenteque uma hipótese é mais ralnficJYCi. logo ma» simples, que outra quando implica esta ouira e tem portanto maior conteúdo num sentido estriumente dedutivo, d a . nem sempre maior conteúdo se une * maior simplicidade C erto, uma te oria lu-rtç "tomoa teoria ncwtoniana do movimento c da gravitado pode ser considerada cooo mais simples que uma vasta coleção deleia desconexas c de akancc mais limitado, que são implicadas por ela. Mas • desejável espéciede simplificaçãoatum conseguida por uma (corta nio e apenas uma questão de maior conteúdo, pois se duai hjpólcses desvinculadas {tf.. • lei de llooke c a de Soei)) forem afirmadas conjuntamente, a conjunção nus diz min, sem ter mais simples, que cada componente. Nem qual quer das ires hipóteses " i , fft, lf< consideradas acima, que certamente não são igualmente simples, diz mais que uma das outras; nem diferem quanto à fahificabil idade. Se falsas, qualquer reveladaporfalsa com oa par mesma (4. únicapode casosercontrário, facilidade:umaunidelas exemplo 10). uma vez medida, falsificaria a todas ela». A*sim.ainda que as diferentes idéia* aqui rapidamente revistas iluminem de certo modo o raiitmale do principio da simplicidade, permanece sem solução satisfatória o problema de achar para ele uma formulação precisa, e uma justificação naiticada*
- Cama «*u6» «amuwl UfcMflliycilxai lan * tnm. Oaimiii»kiur dWwl oj»tnr. wFistl * In<•••«•• ieDum» «i<*BMè»d r 01 uia> ml ioTWoftH". nu S "A (U mUM:.:*' < Staplmij <á IM7I; '**"Hi — **•>». «t II 119*1».•W-ft.W. V. O Owat."0« S^t-t • !".•—«iWprtr*Traru*. na. 15 n#1| lU*.
CRITéRIOS nr. CONFIRMAçãO
t ACEITABILIDADE
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A PROBABILIDADE DAS HIPÓTESES NoM.ii exanK mostrou que a credibilidade de uma hipó tese // numa dada épocadepende, es tritamente falando, d o que relevante totalidade do conhecimento cientifico incluinuioda oc que evidencia relevante paia II »•daludai ai tpoca, hipó teses c teorias ciiiao aceitas que lhe duo algum apoio. A tij[or, potlanlo, deveríamos falat da cndiMuladr de u/tui 'n/>i>inr II reUium a MR0 MTJW de cimlicamenua, que i o conjunto X de lodo* os enunciados aceitos pela ciência da época. Mirgc naturalmente a questão de saber K C possível c iprcuar essu cieiiibtlidudc em lermos quantitativos exatos, me diante uma ililiiiiv.n' que paia qualquer hipótese II c qualquer conjunlo K de enunciado» determine um nunieio c(/7. K) que scia o grau de cicditnlidade que // pouui cm relação a K. fc, ja que talamos freqüentemente em hipóteses mais ou menos prováveis, pciguntamos logo se esle conceito quantitativo não podenu ser dcliiiido de mudo a luiiifazcr aos pnnclpktt bancos da icoria da probabilidade. Neste cato, a credibilidade de / / relativa a K scliu um numcio real não inferior a O e ato •upenoi a I ; u m * hipótese que C verdadeir a p or ratões pura mente lógicas (tal como 'Amanha chovera ou não chovera n o Corcovado') lera sempre a credibilidade I; e a credibili de dois dade da hipótese de que seja verdadeiro um ou outro enunciados II, c Hi logicamente incompatíveis será igual a soma de suascredibilidade!: cW, ou //,, K) — c(//i, K) +
+ H.H», K ).
De lato, várias teorias para essas probabilidades foram propostas. 1 " Partindo de ceitos uxiomai. como os que acaba mos de mencionar, chegam a uma variedade de leoninas mais ou menos complexos que servem para determinar certas pro babilidades amumio qur outras i ííonomt.'. lohn Marurd (Tino, n> M U Ir™ A Titailrt ou Pn>biMbi>(InHin: Macmlll» HdComrilT. LU- 1*111.
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FILOSOFIA DA C IêN C IA N ATUBAL
claro como caracterizar com rigor fatores como a simplicidade de una hipótese oa a variedade da evidência que a sustenta; muito menos, como eipreuá los numericamente. Entretanto, certos resultados clxidativos e de enorme alcance focam obtidas rcwaenxntt por Carnap, que estudou o problema em liafuareni modelo rigorosamente formalizada, cuja estruma lógica é eoosideravelraeoiemais simples que a requerida para os propósitos da âéTKia. C arna p desenvol veu um método rcral de definir o que chamou o grau de confir mação para qualquer Marfim expressa cm tal linguagem. O conceito assim definido satisfaz; a iodos os princípios da teoria da probabilidade, o que permitiu a C arnap ref erir-se a ele com o a probabilidade lógica om atdullra da hipótese relativa a In formação dada."
| l IIIM deu a * D M i • m n n tfa^ta «li • «*«< W S — « ânus " S m l c n imã l—ir^ N*«B' « • • (*««"> « • e H MaiaM. — • • m lawpai •;«WI. t . n*n> sim—v • • «-.V-ti» •• — titwnpwT. * f-1*. UMa* e»T»*lh>(, —rf «u l- «» ç*fo >f « . XIHIIMJ Inu. f w ) b « «I « • l * a C*o»n« iSutí-xd UaMni» *»*•. I W I n - M»1.
AS LEIS E SEU PAPEL NA EXPLICAÇÃO CIENTIFICA CAS DUAS lMi.ft.tlAS BÁSICAS FARá AS EXPLICAÇÕES CIENTIFI Explicai os fenômeno* do mundo físico c um dos prin cipais objetive* dar Oíncias N aluiais. l)c fato, quase Iodas a> investigação científicas que serviram como ilustrações nos capítulos precedentes visaramdenão de um falopro par à conquista umaà descoberta concepção explicativa; ticular, mas curou-se uber como era contraída a lebre puerperal. por que havia uma limitaçãocaracterística para a capacidade eleva tória das bombas, por que a transmissão da luz obedecia a* kit da óptica geométricaetc. NeaJe capituloc no próximo vamos examinar com algum detalhe o caráter dai explicações científi ca» c a tspecte da compreensãoque ela. lornecem. Oue o homemsempre e persistentemente preocupou-se cm comprecrtdcr a enorme diversidade das ocorrências no mundo que o envolvia, deixando-o muitas vezes perplexo < nio raro amedrontado, prova-o aa multiplicidade c metáforasque imaginou para justificar existência mesmad«mitos do mundo e de si próprio, a vida e a morte, os movimentos dos astros, a suces são regular do dia e da noite, as. cambiantesestações, a chuva e o bom te mpo, o rel âmpago c o trovão. Algum as dessas expli cações H basearam em concepções anttopomórficas das forças da natureza, outras apelavam para podeies ou agentes invisíveis, quando não invocavam o destino ou os inescruliveis desígnios de um Deus. H é inegável que davam a quem as aceitava o senlimenio de uma compreensão, porque lhe aplacava a perple xidade; IKSK sentido eram "respostas" às perguntas formuladas Mas por mais satisfatórias o fossem eram adequadas à finalidade daqueciência que é.psicologicamente, cm suma, a de não desenvolver uma concepção do universo apoiada clara e k>p-
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FllOSOfLA D A Cii-sci* NATUBAI
cuwirfn aos» capcra-acia i | ii il 1n um i aa*a verificação objcma- Ai riytkiayõc» « « f u i deveaa. por o O razão, safjsfazera dois woaáinus. oae cnaraareaoso rernaWilo da rele vância rrphaaiáiiae o rriyiin da verrficac*lsdac)í0 antrvaaaa» fraarraro Ssò aarcacatoa o sífuinte arpip o r snento para Éiaaanuai «ae. ao coarráriodo que seu COBVBporaaeo Gaaar* afirmava ler «ata coa aaaa laneta, nao Etattea Wc jaadai aa cabeça, daas venta*, doai orelhas. Da* momo modo. ei*erii rto ecu daas desfavoravetf. daas lomie ãadaercMe. qoc c Mrroino. Daí c «V a—M ontros (caõaKaot armrtrtiaarT da (aaat raeia»de.), ase sera füiearMí ram oaco snsaerodos planetas e Alta da»,Iaoaatacaria sanassobre alo avaveei a otto loco loto ak podem a Terra, logo sao «náten, O defcuo araaaaal «case Minriia e endeatt. os -!iu»qae adaz. atada «ne acesa» aesa Ia rasain. sao mafusmenterrMkvaaaespara o noa» oapana. ano foraecea raxao alpina P**» « • • « •«" lépsar senha ssaflün. o aso de palavras coeao Tono' e 'accnaanaaacaK-. cosa o f-t, de dar aata avrttsao de ríkviacu, é intrsraaaear*if'—i" Maãu dsfereatcc a rrpacacto do arco-irâ dadapela Hssca O scaóaeao sara:docação reatado catencas da reflexão e da n*açao da na branca Sol coeso nas foticatas de ágaa ptraNca prever ioda «ca aac ip a pnrverrzada fc» iluminada por ssssa foMe de aaz brasa rãasdt atras ao observador A scação coaaatasria bom fasanaento para acreditar qoe o fenôsaeno sareria nas ensaapãci PsarraVartas- A esu aracterisbea t oae ossereaos aos refcrar s|aaadodaesnos que a expbcaçáo utoíai ao r-n .ii ém rtlnámas «adraaaKvãr: a irrforsnaçâo adnida fornece noa faaaaaeaj para acreditar *te O leadser riaicadu de faao inoaarrcuou acontecera. E a
As LEIS E SEU PAPEL HA
EXPLICAçãO
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condição a ser satisfeita para que estejamos autorizados a dlfer: "O fenômenoestá explicado — é iusiamcnte o que se esperava nas circunstancias dadas." O requisito traditf uma condição necessária para uma ex plicaçãoadequada, mas não suficiente. Por exemplo, o desloca mento para o vermelho nos «pectro* das galáxias distantes for qur essas galáxia* se afastam nece uma forte base para acreditar de nó* com enorm es velocidades, mas nao para explicar por qur esse afastamento. Para introduzir o segundo requisito, consideremos uma vez mais a concepção da atração gravitacional como manifestação de uma tendêncianatural comparável ao amor. Como já obser vamos, essa concepção nao tem nenhuma implicação verificá vel Portanto, nenhum resultado empírico poderia sustentá-la i-y refutá- la. Sendo assim vazia de qualquer conteúdo empíri co, não pode justificar a expectativa dos fenômenos caracterís ticos falta-lhe explicativofeitas objeem mesmogravitacional; se pode dizer sobre poder as explicações tivo. daO atração termos de um destino tnescruiivcl: invocar uma idéia como esta. longe de ter tina) de uma visão profunda, é apenas re nuncia a qualquer explicação. A o co ntrário , os enunciados em que se baseia a explicação ftika do arco-lt» têm várias impli cações verificáveis: por exemplo, quanto ás condições em que M vê um arco-íris no cêu. quanto i ordem das cores que nele figuram, quaniu ao KU aparecimento nj poeira liquida levan tada pelo quebrar das onda* ou por uma fonte artificial cie. Esses exemplos ilustram uma icgunda condição para as explica verijicabilidnér. da científica o requluto ções ci entíficas,quequ e constituem cham aremos uma os enunciados explicação devem prestar-K á verificação empírica. Como já foi sugerido, a concepção da gtavitação como uma explanatório afinidade universal subjacente não pode ler poder porque não tçm implicaçõesverificáveis. C om efeito, para jus tificar a ocorrência da graviiaçáo universal ou de qualquer um de seus aspectos característicos, a concepção teria que implicálos quer dedutivamente quer num sentido mais fraco induüvoprobabilístico, mas então ela seria venfic4vel no que se re fere a essas conseqüências. Este exemplo mostra que os dois independentes: uma explicação que satisfaz árequisitos exigência nár> de são relevância satisfaz também á de vcrificabiüdadc. (E daro que a recíproca não é verdadeira.)
FILOSOFIADA Gê*CM
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S.m.i
Vejamos a^ora gae {amas u n o as ciptocôes daxtTicas c como das satisfazemaos do u raqúãos faodajneauéc A EXPLICAçãO
DíCKJ i ivo-woaaoiòojCA
Consideremos aasda ama «a o rcsaludo achado por Périer na experiência dc Pav-de-Donse: o comprimento da coíana dc mercúrio no baianamudc TocnccHi dunÉnoi Cjaando a atóaumenta. As d e e dc a tade «dc**» Torriccüi Pascal sobre pres são atmosférica f u i r m i pari este fenômeno m casacaçao qoc. dc modo «ai tannopcdiianr. pode ser formulada como • 1 in »l At pnw*. BHpMBkai • Ma MM t i A cotou «M*a» * ipansawWMIIU* r»i» ( a !•!>>.
•>—n»s»«a «w
d) (PonsMel. • <**-•* —«mw ao tato « «u»ndo• i*nw -U •• »*o 4» niiiiM do «w nU em » M *
Assimformulada, a explicaçãoé um arnuacntoD O sentido de I o ) o fenômeno a ser eiphcaoo. descTXopeta sentença onease d), c |usi3ot:nic fato. os explicativos citadoso cia ) , esperava b) e c)tendo ; 2.*) em de vrsta d)fatos de corre dedalrvanacatcdos rssssarúdoinpliaaiórioi. Esla úilimos sio dc dais espiões, a) c b) tem caráterde leis (crars asse exprimem conexões rapineas, naãfonnu e c> descreve •ercéiiu fica eaafcado peta ério—traçãode mae ocorre* em obediênciaa cenas leis da nunrm como resahadode circunstanciaspartknsli^s- A ser eipltcado noa contexto de •snTormididtie mostra oae ssa ocorrênciadevia ser esperada, dadas as leis sscaáosadas e as i—i partcntnttj. pertinentes i ín i—iftm O fenômeao a ser npfcndo serádoravante "*'iiifn como o Irnòmrna ripsanaaamaic a seafcnc/aoae o descreve como a iemtnça cxpéammátmL Onaado o come «to mostrar o eme se
As
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E sax
PAPEL
N A EXPLICAçãO
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um como o nutro será designado simplesminte por tipimm—dmm. As sentenças que formulam a informação cxpUBaaória — a ) , b ) . c ) DO nosso exemp lo — serão a s ifnsençms tipUrtims. diremos que o conjunto delas forma o sepudo exemplo, consideremos a explicação d e M M cararterinici da formação de imagem por reflexão rum eapdbo esférico, isto é, a equação l/ii -f- \/n = 2/r. onde • c r são respectivamente as distâncias do objeto puntiformc e da imagem puniiforme ao espelho t'CD raio de curvatura do espelh o fim óptica geom étri ca es sa uniformidade se explica trataaido a reflexão de um raio de luz num ponto qualquer de um espeko estético como reflexão num plano «npenle à superfkte esfenca nesse ponto c usando a lei básica da reflexão A explicação resultante pode ser formulada « • a »>»rfto pkao COMO
dedutivoincluem cuja conclusão é abásicas sentençada reflexão '
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Drenos qae ê o emjacsaadas explicaçõespor HUM^íU deduiva sob leispena oa das eipLcaçàet aVaWm» m«miaflfi eas. (A m z do tenso 'acmakòpcó t a pifam grega 'aomos*. para 10.) Pire »» taaasèai ame o arpam r i a orp liãr tir ia sab-
•aac o rxpimmémm sob o w kit oa oae o i u são as í*ii O feaaawao rajaaaanammmrma rrafcacio dcdalivo-aopooc ser a s K t W e ó t H o qac ocorrca em época c o resakaóoda experiência dePém fCBBMidade racoamda oa aaa doa aspectosajrraaacsaeexibidos pelos arcoíris; pode ter atada amain fnra iii lc aprca w por noa ki como a de GaHcw oa a de Kepkr. As eipbcacôes deaus aaaonaidade»iavocarao kia deakaacc mais nato. coenoas kis da rcfkxio e da rsfraçao, oa asleis Dewtomanas do nclaxoro e da arantaçao. Cos» analia este aso das ara de meio Newtoav aa lestmçkVM expüpor troncosficam a estratscada* de pnadpaca qoe semaltas referemvezes raa c proces sosaabttccsan aa aadoraadades c a pauta Vollaremosa csk As cipl.'A> •mate por oae t ek esperar okaòmeaorxawsmaasav** (hocoo-
a» fraco, isdutivo.) E o e saCBBcslo, pois o rxsssqae saa eoacaçôeiespecifica-
ao esquema exato. £ o qac acontece, parti-
aaaaflH ema?itiuii>cade um íeoõ•is—itin a panir de ia reflexão em espelhos
e •awitsftgaa Oaero tiraailn é a celebre erpikacao por Lncrtier (e i I i ni l l l i i 11 por Adams) dai do ptiaeti Urano, qac exercida asa atração gravitacanal easaecidüt Levemcr taspemoa
dniõas a BDD pUoeu exienor amdanão ob-
c calculoa a posição, a massa c ostras característica s
A s Lu * E si u PAPU.
S » EXPLICAçãO
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que ciic planeta deveria possuir para. de acordo com a leoha de Newton, dai razão quantitativa das irregularidades constaudu. Sai explitaçio foi scnsactooilmen» wníimidi peta descoberta, na posição prevista, de um novo planeta. Netuno. que tinha exatamente aquelasa eaplicação aaraoteaittKas Leverrier. Aqui tanthçm um tem o calculada» caráter de por argumento dedutivo cujas premissas incluem leis gerais — DO caso, as leis iKwtonianas do movimento e da gravitaçáo — e enunciados que especificam os valores particulares ao planeta perturbador de varias grandetas. N ão raro. entretanto, as eiphcacôn dedutivo-nomolocicas lio enunci adas e » forma caplica: omitrm a mencao de certas suposições pressupostas pela ci.piicac.ao mas tacitamente aceitas ao contexto dado. Sao eaplicacoes as veies espressas na forma '£ porque C~. onde H í o evento a ser esphcado emitante C algum estadoplo,de tom coisas ou o. 'A conco a £evento Co mouo exem emantecedente os o enunciad lama na cagada pcimaiKttu liquida duianlc a atada porque fo» salpicada' Ista rapina***» nlo nMncKina eaplicilamente Io alguma, mas tacitamrnM pressupõe pelo men os uma que o ponto de SOJHÍUVBVÍH da igua t mau haiao quando há tal dissolvido nela Ik falo, t prrciumcnir em virtude dessa lei que o salpico adquire o papel rspianatóno, • aapecifKanKnle causai, a ele atribuído pelo porque do enunciado «llptlco l-.uc enunciado, acidemalmente, lambem e cliptKo em ouiio* senti dos; por cicmpio. admite tacitamcntc certas suposições sobre as condições físicas vigentes, como a de que a temperatura n lo baisou muito Acrescentando essas suposições e a let omi tidas ao enunciado de que o sal foi espalhado na lama, obtémse às premissa* pala uma Mpltfaiio dedutlvoBAmoio|Íea do fato de havei a lama pcrrunecido liquida. ComenurHM semelhantes se aplicam 4 explicação dada por Scmmelweis de que a febre puerpcral era causada pela matéria cm dccompo*Kio introduzida na corrente sangüínea através das fendas abertas. Assim formulada, a explicação nlo faz menção de lei geral alguma; mas pressupõe que tal conta minação da corrente sangüínea provoca em geral am envene namento do sangue Acompanhado dos sintomas característicos da febre puerpcral. pois isso c o que está implicado pela aiscrçâo de que a contaminação catsa a febre puerpcral. Esta generalização foi certamente admitida sem discussão por Semmelwcis, para quem a causa da doença fatal de Kolletscrika
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FILOSOFIA
DA CirNcu
NATUBAL
não apresentava problema etiológico uma vez introduzida m i teria infectada na contate sangüínea, resulta o envenenamento do sangue (Kolcrscfaka não fora o primeiro a morrer de en venenamento do sangue resultante de um cone com bisturi infectado. Por uma trágica, próprio so Scrnmclwcis freria o mesmo destino.)iroma E, explicitada uma ovez 3 premissa omitida. »é-seque a expãcaçio faz referência a leis gerais. Leu gerais estão sempre pressupostas quando se diz que • a fÊttíoÉÊr evento da espécie C (por ctemplo-. dilatação de um gás t e * pressão constante; passagem de corrente pelo lio de uma bobina) fo i casam»»por um ementode outra cspück F (por exemplo. *jscci«iea« do gás; movimento da bobina através de um campo magnético). Para vé-lo. não precisamos entrar aas complexas ramificações da noção de causa; batia notarmos que o OWado 'Mesmas causas, mesmos efeitos". aplicado a esses eu—ciidoi. Hnpkca dizer que toda vez que ocorrer M evento d« espécieF, ele teia acompanhado de um evento da espécie G Dizer que uma eapbcaçio repousa em leis gerais não e doer que a sua descoberta requer a descobena de k b . O que ha de deesuro na rneaseao trazida p o * uma explicação pode provir as vezei da descoberta de um fato particular (por exem plo, l cxtttfnoa de um planeta ate então desapercebido; a matéria infectada introduzida durante o exame pelai miot do médico) que. cm virtude de leu gerais j i aceita», da a razão do feaoaaeao expJsMmidam. Fm outros casos, como o das raiai ao espectro de aidre^énio. o triunfo explanaióno consiste M descoberta de uma lei de cobertura (no caio, a de Balmer) ou. evesttualmentr. (te una teoria explicativa (ao caso. • de Bohr). e. cm outros casos ainda, a maior façanha de uma explicação está c n mostrar que, c exatamente como, o fenô meno tipUnamàum pode ser justificado por leis e dados so bre fatos, particulares f* conhecidos: é o caso da derivação cxpUnatória das leis de refexáo para espelhos esféricos e parabóli cos parando das leis básicas da óplica geométrica juntamente com enunciados sobre as características geométricas desses espelhos. Um probtema cfplanatòtio não determina po* ti mesma a especie dè descoberta requerida para sua solução. Leverrier tentou explicar os desvios observados no movimento de Mer cúrio relativamente ao calculado teoricamente pela atração devida a uat planeta ainda nao observado. Vulcaoo, que deve-
A l LKIS
I seu
PATU NA EXPLICAçãO
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ria Kr multo denso, muito pequeno c «lar colocado cnlre o Sol c Me rcúrio. Ma», ao cont rári o d o que sucedeu com ai anomalias de Urano, Vulcano nao fo i achado. Uma explica«Ao satisfatória *oveio a ser encontrada multo ma» tarde pela teoria da relatividade gencrall/ada. que justificou ai irregulBridades de Mercúrio nflo pela existência de um elemento per turbador, mui dcdu/indo-u* de um novo sistema de k u . L I H UNIVIIMMI*E CeNERALIZAVÔni M-|0FK1AI«
Como acahnmua.lc ver. ai leis desempenham um paprl essencial nas cMplicavôci dcdutlvo-nomologiiat. Fornecem " elo em ra/«o «In qual circunstancias particulares (indicadas por C i, C. . ., Ca) podem acmr para explicar a ocorrência 1.,.» um cvcnlo. o explmuindum nao caraclem e um evento de R quando mni uma uniformidade como a dai particular, doi espelhos 1i(> nioi e iwrabollcos, as Íris eipll.attvus mt» liam uni siilcina de unlfnrmidadcs mais OOmpftfMlvo, das quais ti unilurmidadc dada e uma cas.>.«;>.
\: In- i.v^s,!!." ,n ••«|i|i.«coc« l i . KiUvominiolotriim Um IIIII.I ,-uriclffrilUM básica em comum san. coirui pauarenii" J di/er, enunciados de (nnua miiveiul l m Imhai grrait. um enunciado dessa «pecie MMVfM U M DMMlO umfor nu enlre difcrei»'*'* fenômenos empírico* ou entre dilerentei aspecios de um fenômenoempírico, t. um enunciado de que, r quand o ocorre erem de uma «ccrlai determinada onde condições p M l condicots f,entlo, M'Hi|iii'. sem cxccc.Bn. ocorrei*" de ...ili.l >.;• ..I, IN.IHt..,l.i, || Ml .".li'i.,H |l«ltl.-l. It|t.< Nfll MC«Ui «.'«litidm. vartiol cncnnlrai kit d. forma prob-bili». lica e etplicac.de* baseadas nelas.) Aqui vio ulguni exemplos de enunciado* em forma univer sal: sempre que u temperatura de um Bis aumentar, ficando conslanic u sua pressão, o teu volume aumentará, sempre que *c dissolver um *i'»lido num liquido, subirá o ponto de cbultcân driso liquido, sempreque um raio de luz se refletir numa superfí cie plana , o angulo de rcllcxâo será igual ao ângulo de incidência, sempre que HC partir umu barra imantada. o» pedaços obtidos íniüi; cair livremente no lambempartindo serãodo Sempre que um repouso e de uma alturacorpa não muito vazio, grande, a diilâtum percorrida cm / segundos será de 4901> cm . Ai lrii dai clincias nolurais são cm maioria quantitativas: estabelecem
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FILOSOFI A D* C IêN C IA N ATURAL
relações matemática* entre diferentescaracterísticas quantitativas do» sistemas físicos (pot exemplo, entre o volume, a pressão e a temperatura de um gás) ou de processos (por exemplo, entre o tempo e a distância percorridoscm queda livre na lei de Galileu; entre período de revoluçãode ura planeta e sua distância dia aoo Sol na terceira lei de Kepler; entre os ângulos de mé inci dência e de refraçáo na lei de Snell>. co Estritamente falando, um enunciado que asseverai uma nexão uniforme nâo será considerado uma lei se na\o houver razoes para admiti-lo como verdadeiro: normalmente, ninguém fala de falsas leis da natureza. Mas se isso fosse rigida mente observado, os enunciados habitualmente chamados leis de Galikv e leis de Kcplcr nío seriam classificados como leis. pois de acordo com o q,uc se sabe hoje em dia eles só valem aproxiaadMKOte. e. como vçrcmos mais larde, a teoria física ex plica por assim o ca. c. Por Observaçõesanáloga* as leisda óptique ca geométri exem plo, mes mo emsemeaplicam io homo gêneo, a luz ni-> se move rigorosamente cm linha rela; pode ser rncurvada por uma nesta. Usaremos entretanto a palavra lei' de modo um tanto liberal, aplicando o termo também a apro enunciados do tipo aqui mencionado, válidos apenas com ximação c com restriçio que • teoria justifica. Voltaremo s a este ponto quando, no próximo capitulo, considerarmos a ex plicaçãodas k u pelas teorias. Vimos que as leis invocadas nas explicaçõescientíficas dedutivo-nomológKas têmuma forma básica: 'Em todos os casos F. realizam-se cm que sedarealizam também condições espécie condiçõesde G\ Interessaespécie observar, entretanto, que nem todo enunciado com cita forma universal, ainda que verdadei ro, pode ser qualificado como lei da natureza. Por exem plo, a ferro' lem forma sentença Todas as rochas nesta caiu contém universal (f í i condi ção de s er uma rocha na caixa, C a de conter ferro); contudo, mesmo sendo verdadeira, não seria con siderada como uma lei. e sim como uma asserçao de algo que "acontece ser o caso'', como unia "generalizaçãoacidental"'. Como outro exemplo, tomemos o enunciado: Todos os corpos quiloiOiaTlftiHMde ouro puro tem massa inferior a 100.000 graosas'. Sempelo dúvida alguma, os blocos ouroenunciado; alé agora examinados homem estão todos de acordo com deesse há, assim, uma considerável evidencia confirmatóna dele e ne nhum caso se conhece que o ref ute. E mesmo poss ível que na história do Universo nunca tenha existido ou venha a existir um
As
Luís
C «EU
PAPEL
N A EXPLICAçãO
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corpo de ouro puro com massa superior à de 100.000 quilogranao s o mas. Sr assim fouc. a generalização em pauta teria mcnic bem confirmada, mas verdadeira. I todavia, i de pre sumir que sua verdade continuasse a ser vista como acidentai, porque nenhuma lei fundamental da natureza, concebida pela ciínci» contemporânea, exclui a possibilidade de haver — ou me sm o a possibilidade de prod uzirm os - • um s olido ob jeto de u 100 0 0 0 quilogramas. ouro lendo massa superior uma k l iicntilioa nao fica adequadamente de Portanto, c m forma universal: a finida como um enunciado verdadeiro condição # necessária m i s n a o sufkicnlc para as leis do tipo em dtKuido. O que t que distingue cnlfto uma lei genuína de uma gcncrallzaçlo acidental? O problema c intricado e foi discuti do Intensamente nos últimos anoa. Vejamos rapidamrnle a l gumas das principais idéias que em ergiram do debate, que ainda continua. U m a notável c sugestiva diferença, notada por Nelson uma lei pode, ao passo que uma gene Ckiodman.' t a legulnle: raltiaçBn ocidental nao pode. acrvtr para wsientai nmdkimali amiralaiuoli, lato i, anunciados da forma 'Sc A fosse fiiwsse «ido) u coto, enllo B seria (lerta lido) o cato', onde de falo A nao c (nlo lol) o caso. Auim, a •sserçAo 'Se esta vela de parafina llvessc sido coloiada numa ilialciru c o m Água fervendo adurindo-se a lei de que teria derretido' pode ter sustentada nO giaut centígrado»
] Em «u rtniio "TI* ProPle» oi COMW. Baw oBia l*>ama |i»lnn l<»umaniaia omniu (wi ian if i t o » M »» oi "TIIIM im ii alai «ad iHIocInlo Induuao, «lUUaandoiii Oi um puniu de tina •uIMUo IUPHIOI
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FlLOSOfU DA OÍNCl» N»TV*AL
Estreitam;nle ligada a essa dJerença há ama ostra, eme e de especial interesse paianós: ama ki pode. ao passo qac lana generalização acidental ia> pode senir da base para tana eapÍ qoaniaa rochas cintem na caiu, acm da nomes ',. <•. -t. Il rocaat parucularci. Logo. a teatença acral nãoe cquivakntc lof> camente a unia coetpinçao aDsta do iipo mencionado Para formular uma conjunção apropriada, necessitariamoide ama f informação r** T~T'. que poderia sei obtida colocando ama
etiqueta numerada 'Todo*emca cada corpo*rocha caixa. tem dato,infea Arncrakzatão de MM il< puro Akmamtt :ior a 1UCI.ÜO0 qaüo£rama*' u u • * • anaM H*IK> aau lei mesmo que ciiutsse ao Uarteiw unu infinidade de corpo» feitos de oura. Assim, o criscrio em telafalha por varias razões.
Finalmente. <>aem*ios eme aaenunciado de forma uni versal pode ser rtasamcaabcomo «ma lei mesmo sena ler sido verificado em alnaa cato paràcalar. Um exemplo é a sen tença: 'Em cmaJoaercorpo cekste que tenha o mesmo raio que a Terra c «ma massa doas vezes maior, a queda feVre a partii d* repousoobedece ã ki « = *,9i : m Pode oao haver no Universo inteiro objeto qae lenha eme raso e essa massa, e contudo o enunciado leu o caráter de uma hâ. Pots d e (ou ames, uma estreita aproximaçãodek. como no caso da
As LEIS I u U PAPBI
NA EXPLICAçãO
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lei de Galilcu) decorre da teoria ncwtonianado movimento e da gravitaçlo cm conjunção com o enunciado de que a ace leração de qued' livre na Terra é de 9,8 metros por segundo por segundo; tem assim um forte apoio teórico, exatamente como a lei mencionada anteriormente da queda livre na Lua. l.i observamos que uma lei pode sustentar enunciados condicionais subjuniivos c contrafaluais sobre casos poten cial*, bto #, w*rc casos paiticularcs que possam ocorrer ou Cpoderiam ter ocorrido mas nlo ocorreram. De modo anáa teoria de Ncnimi «uiicntunosso enunciado geral numa versão subjuntiva que íugcre suo condição do lei, a saber: Tm qualquer corpo ccktlc que pudesse existir com o mesmo tamanho da Terra mas com o dobro de sua massa, a queda livre obedeceria â fórmula » 9.9/' metros. Ao contrário, a generalização *°brc as rochas não pode ser parafraseada como •firmando rocha queteria ciiivcsse na caixaqualquer conteria ferro, nem que esta qualquer ultima afirmação evidentemente apoio Mor K ii Analogamente, nó* riflo usailaiiun im*ia generalização no bre l massa di*s cornosde ouro intimemo-Ia // pura apoiar enunciado* como esie: 'Dois corpot da ouro puro cuias massas individuais tomada* di« mim de MM1.IKHI quilogramis nio podem ter fundido* para formar umcorpo unien; ou, se a fusão foi possível, a massa do corpo resullanle terá menor que 100.000 kg', po» as teorias vigentes da Hik* e da Quí mica não excluem a espécie de fusão mencionada nem Impli cam queainda li i que um perda de mass// a fone do valo r refer ido. lito Poré. tanto, a generalização verdadeira, ainda que nenhuma exceção a cia viesse a ocorrer, isso cons tituiria mero acidente ou mera coincidência, a julgar pela teo ria corrente qi* permite a ocorrência de exceções a //. Depende, pois, cm parte das teorias aceitai na época a decaao «obre vt um enunciado de forma universal é ou nio considerado conto uma lei. Issu nlo quer dizer que •'generali zações empíricas" — enunciados de forma universal que estão bem confirmados pela experiência mas que nio se baseiam numa teoria — não sejam classificadas como leis: as leis de como taldeantesKeplcr Galilcu. de receberem c de Boyle, uma porjustificaçãoteórica. exemplo, foram aceitas A rc-, Icvineia da teoria e. ante*, a seguinte: um enunciado de forma univcrtal, quer esteja confirmado empiricumente, quer nio te nha sido ainda submetido u unia verificação, será classificado
FllOSOFl»DA ClfííClANATUBAL
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como lei te for implicado por ama teoria aceita (os ._ . dos deste gênerosão freqüentementechamados de leu teóricas); ! mas. ainda que venha a ver bem confirmado pela experiêncü e presumido como verdadeiro de fato. não seri qualificado como eicluir certascom ocorrências hipotéticas (como • fusiouma de lei dois seblocos de ouro massa resultante superior a 100 000 quilosramas. ao caso de nossa4 rencraluaria / / ) que uma icoria aceita considera possíveis. A t BXFUGAÇAfiS FBOBAtlLlsTKrAS; SEUS H.KDAMIHIO» Nem toda explicação cientifica cst>baseada em leis de forma estritamente universal Por exemplo, pode-se explicar que Paulinho esleja com sarampo dizendo que ele apanhou a
doença de seuumirmlo. dias antes. Ainda a vez, que o quea tivera, se faz ço hgar gravemente, o eventoaipins exptmandum a uma ocorrênciaanterior, a oposição de Paulinho ao urampo; diz-se que esta fornece um* explicação porque existe uma conexio cnire ficar perto de um doente d* sarampo e apanhar a doença Entictanto. essa eoocaao nio pode ser ex pressa por uma lei de forma universal, pou nem todo caso de cxposíçlo «o sarampo pro duz con tagio. Tu do quanto se pode diicr f que as pessoas expostas ao sarampo contrairão a doen ça com alia probabilidade, ato é. numa alta percenlaeem de iodos os casos. Enunciados gerais deste tipo, que examinare mos daqui • pouco m*is de perto, serio chamados ItU de forma probabiUstica ou. abreviadamente. (eU ptohabiturtna No nosso exemplo, enfio, o exptMOW coosuiena lei prohabilistica que acabamos de mencionar e no enunciado de que Paulinho esteve cxposiu ao sarampo A o contrário do que acontece na explicação dcd
idUlOBa» •»
Hanom. Bim a «tuVS.
A s (-éIS E SEU PAPEI N A EXPLICAçãO
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explanara implica o explanandum. nio com "certeza dedutiva", mas somente com crueza aproximada ou com alia probabi lidade. O argumento eaplanatório a que aisim sechega pode ler esqui matizadoda seguinte maneira: ( alia • probabtltdfff plll pnaea* M(H>ttl| •O uninpi da apanharem • acene»
Paulinho t>l»v» tlpuMO *° MunipO Paulinho apanhou taiuntf
II n
altamente píi>v»vel|
N a CiHtumcira jprclCAIaÇao de um argumento dedutivo, que usamos no esquema D-N) visto antcriormcnCe. a coníluUo fica «eparada dai premíiiai p<«ruma UV linha, o que ative para indicar que ai preitiiuai iinoticamlogicamente a concluído. A dtipla linha usada no ultimo esquema indica que At "pIÇmista*" (o explanam) vejataxem que menos a "conclusão" senIene* txpUnmtdmn) provável; (ao grau malaou de probabilidade fica lugcrldopela notação enlrecolchetes Argumento* deita cipíeie lerlo chamado* etplkações prttrWM/lifHMrCorno ii- dcpicciub d.i nmu ditcuiiio, uma MplicaçA» pmhabilliiicatem ceiiai caractcrtilicai batkiii em comum com o corrctpundcnlc tipode rxplicacao dedutivo-rutmoiofico. Km amboi oa caioa. •> eventodado t explicado pela referencia a outroi. com o* qu.ni o rvcntn •> • pUmimdiim fita ligado por leii Uai num caio A* leu lio de forma univei*al; no outro, de foi ma probabiliaiiça F «quanto uma explicação rxpianaiulum dedutiva mostra deve quewrpela esperado informarão com "certeza contida dedutiva", no explanam uma o ciplit*,'âi) indutiva mostra apertai que pela informação cMtlida no explanam o explananJum deve »er ciperadocom alta probabilidade, e talvez com "certeza pratica"; desta maneira í que o último aigumenio satisfaz ao requinto de relevância ciplanatoria.
PaOBABItmADES ESTATÍSTICAS ELEIS PROBABILfSIlCAS Devemosdaagoraexplicação considerar prObabilistica min de perto doli iraçoa característicos que m acabamos de anotar: as kit probabilisticasque ela invoca c o gênero peculiar de implicaçãoprobabilistica que liga o explanam ao explana"-
FHOSOFIA
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D* CIêNCIA
NATUBAL
Supotüiarnos que vrfaçam sucessivas extraçõesnuma urna contendo várias bolas de momo umiaho e de mesma massa., mas não acrcss^namcntc de ««ma coe. Em cada extração rclíra-s; somente orna bola e anota-se a sua cor. Recoloca-se ca tecida aMcs a bola aa orna. -cujoconteúdo c completamente matutado da sova extração. Tem~«cassim um exemplo -z picccsao fonuilo ou 4e experimento fortuito. conceito que em breve caracterizaremos com mais poemenores. Nos nos re ferimos ao procedimento que acabamr» de descrever comoo experimento U. a cada extração como ama ciecução de V e ã cor da boto retirada ooio o rcsuhado da execução Sc são brancas iodas as bolas da urna, então c verdadeiro um enunciado de forma estritamente umvcrsal sobre os resul tados produzidos pela execução de U: toda extração da urna produz uma boto branca ou. simplesmente, produz o resultado B. sorucnle600 das sobre 1000 Vbotascontidas na urna cas, Seentão c verdadeiro um enunciado geralsãode bran forma probatoiktijca a probarxkdade para uma execuçãode V pro duzir uma boto branca, ou o letuludo S. í 0.6: em limbolou
st
MUt
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Analogamente, a pfobabddadf de obler cara como rciullado do experimento fortuKo *#de atirar uma moeda sem defeito* ê dada por HCMÍ = M ftj c a probabilidade de obter um és como resultado do experi mento lortuito de lançar ura dado refutar í ei
HAJU
= i/*
:.:nfcam MM emUmmmoalDt HONn C00IMM oumiio naiio di* ulgada. chamada às vezes de concepção"clás sica" da tvobabutdade, o enunciado ul teria que ser inter pretado da sepunte maneira, cada execução de V efetua uma Q-:
tivas básicas, escolha de uma individualmcMc entre 100» possibilidades representadas pelas básicas, bolaiounaalterna urna: dessas possíveis escomas. 600 são "favoráveis" ao resultado B: a probabüidad.-de tirar uma bola branca é simplesmente o
A l I-EIS | StU PAftl.
NA EXU.II \'..v
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quoclcnte entre o numero de escolha* l.ivn-.,.,.. disponíveis c o número de ioda* as «colhas possíveis, íslo é, 600 /100 0. A in1CfpICln S'Uo iMwiifl. de f>) c c) seria unàloga. Mas esu cafacicrii.ic.ao C inadequada; se antes de cad.i extração as 600—bolas colocadas 400 restantes nova branca» com abaixo a urnadasque especie estivessem de experimento chamaremos V — o quocicntc entre usalternativas bátkas favo ráveis c as possíveis continuaria o mesmo, mm a probabilidade de tirar uma bola branca wna menor que em V, onde houve mistura completa das bolas antes de cada extração. A con cepção clássica leva Cm conta esta dificuldade exigindo que as illlcrnaiitjit básicas, mencionadas na sua definição de pro exi babilidade, sejam "cqUipotsivcji" ou "cqul prováveis" _ V gência presumivelmente violada no caso do experimento Esta, cláusula adicional levanta a questão de como definir cqllipossibilidade ou eqüiprobabilidade. Ouestão prnosa c con trovertida, passaremos por cinta dela porque — míífflo admi tindo que a cqiliprobabilidade tivesse Vido satisfatoriamente caractcnx»da - • a concepção clássicaainda assim seria Inade quada, puis SCatribuem lambím probabilidades a resultados de capcrimcnlul foituito» para o* quais nau se conhece maneira plausível de assinalar alternativas básicas cqulpruvAvcli. Por exemplo, pura o oxpírimcnlo ftutuito /> de lançar um dado regular, as tela face» podem ser consideradas como represen tativas das alternativas cquiprováveis; mas atribuímos probabi lidades u resultados como tair um á i, OU um mlrncro Impar de pontos etc. lambem no caso de um dado carregado, mesmo quaisa resultados básicos seriam eqliipiováveii.dos K m poder Tara indicar chegarmos uma interpretação mais satisfatória nowvs enunciadosprohubiliitK-os, consideremos comose pode ria avaliar a probabilidade de sair um ás com vim dado que se sabe não ser regular. Obviamente poderíamos consegui-lo fazen do um grande número de lançamentos e achando a freqütneia relativa, Isio í, a proporção dos casos em que o ás ficou para cima. %c, por exemplo, o experimento D' de lançar o dado c realizado 300 u-/,- e o ás fica para cima em 62 casos, então a freqüência relativa 62/300 seria considerada como um valor pf.1.I>') de obter um ás com aproximado da probabilidade o dad o. Procedime ntos anál ogos pode riam ser usados para es timar at probabilidades associadas com o lançamento de uma moeda, a rotação de uma roleia etc. !>:• modo semelhante, as
I IIOVíIIA
$2
DA CiÍNt IA NATURAL
probabilidade* a*»o."iadaicom a desintegração radioativa, com as transicòei cnnc diferentes estados de energia atômica, com processo* genético»cK'. M O d> L i mi nadas pela avcrifiiaciio das ÍVcqücncia* relativas corrcipondcntc»; entretanto, I M O é muitai do eventos vc/c* feito por atômico» iticioi individuaii altamente ou indireto» individual pela contagem evento»c nlo da» ou tra* cípctlc» relevante». A Interpretação cm termo» do freqüência* relativa» ic apli ca lambem a enunciado* como ^ ) c c ) , concernente* a resul tado* do lançamento de uma moeda perfeita (isto 6. homogínca lançamento de um iludo re e rigorosamente cilíndrica) ou do gulai (hoitiouCno) > iiíiifcwaiiiriilü itihiui): n i\\w iiilvioti.i ao cientista (ou ao jogador, nesio cato) act fa/.-r um anunciado probabilfttico 6 0 frcqilenciu relativa com
certo contagem dai que,A dentre 1O0alternativa» "cqülprnvávcli" cforluito ela*, dai "favoráveis" I».a sica* experimento R. pode Kr considerada como um recurso heurístico paro adivi nhar a ircqUCncii relativa de K. P. na verdade, quando um dado ou uma moedn regular t i o lançados um grande mimem dr vc/tt, ai diliiiiiir* uUH tcntlum u ficar pjrn cima com tonai frcqiieinii I M O podenu >er onerado pur conildcraçoei de limelria. du gênero freqüentemente unido na foimiçttn da» hipótese» fiiica-, put» nono conhecimento empírico nlo for nece railo alguma para se ciperar que qualquer umA tia» fa ce» icja maii favorecida que a» outra*. Tai* considerações «ao muitai ve/.ci úteis heuriiticainente, mai nlo devem K l cillmadai como certa* mi como vcrdndci evldcntei por n itveimni: suposiçõesde il nu tr la m u plausíveis, como a do principio de piiidJtlc. foram refutada* pula experiência no nível lubaiAmko, Suposiçôe»sobre cqúiprnbahilidadc» eitlo portanto lemprc H> icita» a corrcçuo à lut do» dado» empírico* tobre ai rcai* frequencias relativa» do fenômeno cm questão. Este ponto fica ilustrado também pelai leiMia* estatísticas dos gases docnvolvldai por Iluw e EinMcln e por 1'crmi c Dirae. respectivamente, que »e apoiam ciii diferciil.» suposições sobre a eoiilprobahilidade da» dutrlbuK'oc» de particulai num espaço dai /asei. A» probabilidade* especificada» na» lei» probabílisiicai rcprísintam portanto freqüência* relativas. Entretanto, náo po dem, a rigor. ier definidas como freqüência» relativas numa foituito relevante. longa serie de repeliçòcs do experimento Poi» a proporção, di«amm. doi atei obtido» pelo lançamento
A S UlS B SEU PWEL NA EXPLICAÇÃO
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de u m cotio dado mudar*, ainda que muito pouco, à medida q ue ie prolonga u sírlc de lançamento» c mesmo c m duas séries que tem cxniaincnlc a mesma extensão o número de uc* 6 comumenlc diferente. Acha-se entretan to que, t medida our cresce o número de lançamento», a freqüência nlatl' i J i .-I.I . um d que o» diferente» r e»ul taddo» o» tende a m lançamentos ud a r cada continuem vez roen os, ainda o* sucessivos resultado» a vanar de maneira irregular c praticamente ImprcdfzívcJ. Esta c em geral a característica de um experimento fortuilo F c o m resultado» Ri, Ri Rn', exccuçòc* sucessivas de ' díi y u m ii.gul.ii, ou outro des»c» rc»ultadi» de uma maneira niu a freqüência relativa do» resultados tende a se tornar cstàvd qua ndo o n ú m :r o d e ex ecu çõ es aumenta. E as probabilidade» dos resultado» p(R,,Fl, p(Rt.F). . p(R..F) podem *er considerada» como valore» ideais que as freqüenn*» reais ten d e m li assumir ã medida que se tornam cada vez mai» estivei». Por conveniência matemática, as probabilidades são definidas limites matemilicos para ot quais convergem iis vezes como o» as freqüências relaiiva» quando o númcio de exccuçôe» aumenta inderinida mc nlc. M as essa definição te m ccitos defeitos conceptuall c, cm estudo» matemático» mail recentes tobre o auunto. o conteúdo empírico almejado para o conceito de probabilidade * deliberadamente, c por boa» razoe*, caracter indo de modo mail vago por meio d a chamada interpretação estatística da probahilidadf; * O enunciado
significa que numa longa serie de execuções do experimento fortuílo F é qua*e «rio que a proporção d o s ca»o» com resul .1 . O conceito de tado R seja próxima de probabitidad* esta tística assim caracterizado deve ser cuidadosamente disúnguido do conceito que conside de probabilidade lógica ou indutiva, ramos n o ca pit ulo 4. A prob abilidad e lógica c uma relação lógica entre enurttiados precisos; a Wntença
tiH.K) = I <»mo.) um/v.,*.(.tl,<, • • -.-i*«riNImiii tMM •Io íI-KI». •f-i-Hi.úmUmiil» «i I! Ni»l •* «(i r l>i •«•IIMK» H l l l • Ú**» f " II Cf M..-W .1 «XMW »•• MildM l*H« A> M « Imo *(-«.-i-l.-l rnnntH U.t-in" I',.,. |*4t)
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FILOSOFIA DA CIêNCIA NATURAL
assevera que a hipóteseH c sustentada, ou tornada provável. com grau / pela evidencia fo:mutodaDO enunciado K. A pro babilidade estatística é uma relação quantitativa entre espiões reproduuveis de cvrnti'*: uma certa espécie de resultado, R, e uma certa expede de processo iortuito. F; representa, poiui modo, R tende a freqüência que o deresultado serie decom eiecuçôei F. ocorrer anuma longa relativa O que os do« conceitos possuem em comum sao suas caracttrluicas matemãticas: r.mbos satisfazem ao* princípios bá sicos da teoria matemática da probabilidade: a) Os valore* numéricos potáveis de amba* as probabi lidades v.iriam de 0 a 1: O < n*f) < I O í tiHJCt < I b) A probabilidade para que ocorra um de dois resulta dos que te excluem mutuamente c a soma das probabilidades do* resultados tomados separadamente; a probabilidade, com qualquer evidência A', para que valha una ou outra de duas hipóteses que se cacluem mutuamente, e a toma das probabi lidades respectivas: S* / » , A . M ttclucen mutuamente.
eatio
;(*, i* í , F | r HJti-F) + tiKuF) Se H,. H, slo nipMnetque *e eicfueralopc•<•*•>•. >M'O ciH, «i H..KÍ = ctH.Jit -t eíHuK)
c) A probabilidade de um resultado que ocCte necessa riamente cm todos os casos — tal como R ou nio R — í I ; de uma pipótese que a probabilidade, com qualquer evidencia, é logicamente (e ncslc sentido nctcssaiijroente) verdadeira, tal como // ou nao " . é I : *(* ou nao A, Fl = I
. (« ou nio H. Kt = l
As hipóteses cientificas que tini a forma de enunciados de probabilidade estatística podem ser. e o sao. verificadas series dei** pelo exame das freqüência» relativas de e*e-ê cm linhas confirmação cucdtt; e. falando gerais,cma longas julgída cm lermos da proximidade do acordo entre as proba bilidades hipotéticas e as íreqúcnciaí observadas. A lópca de
A * U « f v u P*riL N A ExrLiCAçAo
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u i i verificações, entretanto, apresenta problemas e»peciai* que pedem p r um rume, ainda que breve. Comidcremo» a hipótese. H , de que a probabilidade de lançar um ás com um certo dado seja 0.15; cm notação cononde A/>hipowie é o experimento ciu p) oA.D) focluito lançar dado — em 0.15. questão H nio implica dedu de tivamente quantoi ases sairão numa série íinita d ; lançamento». Nfto implica, por exemplo, que exatamente cm 75 dos primeiro* 500 lançamentos sairáum é», nem meuno que o numero de «e/e» cm que sairá um ás esteja compreendido, dlgamoi, entre 50 r 100. 1-ogo. ic a proporção do» ases r:alm?nte obtida num grande numero de lançamento* diferir Considerável mfrilf de 0.15, Uso nio refuta // no sentido em que uma hipótese de forma estritamente universal, como "Todo* M ciines sfto brancos", pode ser refutada por um to contia-cicmplo. como o de um cisne preto, em virlude do argumento modm tolltns. Analogamente, se numa longa serie de lançamentosa proporção do* « M S aparecer d» (ato muito prosima d * 0.15, isso nlo confirma / / n<> sentido em que uma hipótese f,,a confirmada pela descoberta de que uma sentença /, logicamente implicada poi ela. e de falo verdadeira. Pu». Miie ülluihi uso, a hlrWiir-uj MtVtn / po r implicaçlo lógica e o resultado da verificação < confirniatorio no sentido de mostiar que uma cerla parta do que a hipótese usicvcia e de falo verdadeita Mas nada de estritamente joihign fica mostrado para // por medidas do fr« quéncia confirmatorias, pois II nlo assevera por implicação que a freqüência do» ases numa longa serie de lançamcnlo» seta certamente muito próxima de 0.15. Mas embora // nao impeça logicamente que a proporção dos ases obtido» numa longa serie de lançamento» posta afil iar-»* grandemente, de 0,15, certamente implica logicamente que cases afastamentos sejam altamente improváveis no icnlido «latistico, isto é, que se repetirmos um grande número de veie» o eipenmcnto de executar uma longa tíric de lançamen tos (digamos, 1000 deles por série), então somente uma dimi nuta proporção dessas longa» series produzir* uma proporção de ase» que difere consideravelmente de 0,15. Admite-se habitualmente que o» resultados de »uces»ivot lançamentos de um mesmo dado »cjam "estatisticamente inde pendente»", isto i, gr-oiro modo. que a probabilidade de obter um as num lançamento nlo dependa do resultado do lançamen to precedente. A analise matemática mostra que, juntamente
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FILOS OFIA DA C IêN C IA N ATUR AL
cora o U suposição de ndepeodcKU. nos» hipótese H deter mina dedutivamentea probabilidade estatística para qoc a pro porção dos ases obtidos em n lançamentos não difira de 0,15 além de uma quantidade deter minada. Por exemplo, c de 0.976 a probabilidade para obtidos aae, fique suma serie 1000lançamentos, proporção dos ases cnüx de 0.125 e 0,175; c c ade 0.995 a probabilidade para que. rm 10000 lançamentos, a proporção dos ases fique entre 0.14 c 0,16. Pode-se dizer catão que, tendo H verdadeira, ê praticamentecerto que numa longa serie de execuções a pro po rção dos ase s diferi rá muito po uc o da probabilidade hipotética 0.15. Logo, se a freqüência obser vada de um multado nana longa serie não estiver próxima da probabilidadea ela atribuída por ama hipótese probabilbtlca, então é muito provável çue a hipótese seja falsa. N este caso, a freqüência observada coma como uma dcsconfirmaçlo da hipótese ou como redução de soa credibilidade; e se for achada uma evidência descoafinnadora suficientemente forte, a hipótese seiá considerada comopraticamente refutada, embora não logica mente, e terá por isso rejeitada. Analogamente, uma concordlncu estreita entre probabilidade hipotéticac freqüênciaobser vada tenderá a confiramua hipótese probabiIJUicac pode levai a tua aceit ação Para que hipóteses probabülsucas sejamacei tai oa rejeitada* i luz da evidência cstatiüica fornecidapelai freqüências observadas, ai que apelar para normas apropria das que deteiaMaaráo «)quais demos dam freqüência* obser vadas em relação às probabilidades enunciadas por uma hipó tese podem ser considerado* conto rudes para rejeitar a hipótese D ) com que aproximação devem as freqüências observadas cconcordar com a probabilidade hipotética para que se possa aceitar a hipótese Easasnarinas podem ser mais ou menos rígid as confor me a escolha e serão de uma severi dade variável •a» geral com o contexto e com os objetivos da pesquisa cm questão- Em linhas geras, a severidade dependerá da impor tância que te da. no contexto, á conveniência de evitar duas espécies possíveis de erro: rejeitar a hipótese que esti sendo examinada apesar de ser ela verdadeira e aceitá-la apesar de falsa. A importânciadeste ponto é particularmente clara quan do a aceitação oa a rejeição da hipótese serve de base i ação prática. Por exemp d; lo, uma se a fupecese se refere a provável cácia e MgurjTÇ' sova vacina, a. decisão wbreefisua aceitação terá que levar em conta o grau de concordância dos resultados eflatnôcos com as probabilidades especificadas pela
As I.E1SE Sl;u PAPtl. NA EXPLICAÇÃO
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hipótese, mas lambem quão seria seria a conseqüência deacci1.11a hipótesec agir em conformidade (»\ §„ inoculando crianças com a vacina.) quando de falo cia c lalsa ou de rejeilat a hipótese c a^if cm conseqüência (e . jf.. destruindo a vacina c modificando ou interrompendo o processo Os problemas de manulaiuto) quando de l.nn a hipótese é verdadeira. com plexos que surgem neste contexto formam a matéria da teoria das verificações c decisõesestatísticas, que se desenvolveu nas décadas recentes baseada na teoria matemáticada probabilidade e estatística.* Muitas leis e muitos princípios teóricos importante* da» Ciências Naturais sao de caráter probibilUlieo. embora Iftjtftt freqüentemente de forma mais complicada que os simples enun ciados de probabili dade que discut imos. Por exemplo, de acor desintegração radioativa é do com a teoria física corrente, a um fenômeno forluilo que os fllomc* de cadadeelemento umacm cataclctfstica radioativo possuem probabilidade dcstntcI'MI durante um determinado período de tempo. As leis pro babilístkat correspondentes slo usualmente formulada» como enunciados que dio a "vida média" do elemento referido por eles. Aíiiin. ;u leis de que a "víd.i média" do tlidio' 1 " é de 1620 unos c a do polônio'" é de 3.03 minutos si|[nificam ser do 1/2 a probabilidade para um átomo de rádio'" dcslnteurnr-se dentro de 1620 anos c ser de 1/2 a probabilidade para um átomo de polônio dcsinteurar-ic dentro de 3,05 mi nutos. De acordo com a interpretação estatística citada ante riormente, Ckiai leis implicam que, de um grande número de átomos de rádio*" ou de polônio 11 1 existentes a um certo instante, praticamente a metadecontinuará existindo ainda 1620 anos ou 3.03minutos depois; a outra parte desintegrou-se r a dioa ivãmente. Outro exemplo bem conhecido é o das hipó teses feitas em teoria cinética paia explicar várias umformidades no comportamento do» gases, inclusive as leis de Termo dinâmica: sã'j hipóteses probabilísticas sobre a regularidade es tatística nos movimentos e nos choques das moléculas. Convém finalmente acrescentar algumas observaçõessobre a noção de lei prob ablllstica. Poderia parecer que iodas ai leu ciciiiifuai dcvciicni tu clísiilícadai conto prubiíbiliMicu, A Soorco iiumio. w » D. I i n f II Hoini Yí.t» John W*,, A SM,. |.< 1WÍJ.
de vez
*8
FILOSOFIA o* CIêNCIA NATURAL
que a evidencia de apoio achada para elas c sempre a de um conjunto de descobertas e verificações finita c logicamente ín— conclusivo-, que lhes pode conferir somente uma probabilidade mais ou menos alta, Ma« esie argumentoesquece que a dis tinção entre leis de forma universal c leis deforma probabdísfica não se refere à força do suporte evidenciai para os dois lipos de enunciado, mas ã forma deles, que reflete o caráter lógico do que eles afirmam. Uma lei de forma universal é essencialmenteuma afirmação de que em todo* os casos onde são realizadas condições da espécie F. realizam-se também con dições da espécie G; uma ki de forma probabilistica assevera, essencialmente, que sob certas condições, que constituem a execução de um experimento fottuito H, uma certa espécie de resultado ocorrerá numa determinada peretntagem dos casos. nio. bem Verdadeiros amparados esses e e dois tipos deouafirmação diferem quantoouaomal amparados, caráter lógico sobre essa diferença que se baseia a nossa distinção. Com» foi vista antes, unia lei de form UltWl *SM|n que * então (!' não é de modo algum o equivalenteabreviado de um relatório onde se rejfistrou »associação de uma ocorrên cia de C a cada ocorrência de F ate então examinada Poli contem também assereõessobre iodos os casos nio examinadas de F. passados, presentese futuros; e implica, ainda, condicio nais contrafatuais e hipotéticos sobre, por assim dizer, "pos
síveis ****:wè justamente dá a essasocorrênciasde leis o seu poder plan atório .essaE característica o mesmo que se pode dizer das leis tle forma prubabilística. A lei que da ser a desintegraçãoradioativa do- ridió m um processo forluito com uma vida média associada de 1620 anos não eqüivale eviden temente a um relatório sobre aí taxas de desiategraçâoque foram observadas em certas am ostras de rádio™. Ela refe re-se ao processo de desintegração de qualquer corpo de rádi»-**. passado, presente ou futuro; e implica condicionaissubjunitvosc contrafatuais como. por exemplo: se dois corpos d; 13 rádio forem combinados num só, as taxas de desintegração permanecerão as mesmas como se os dois corpos se manti vessemseparados. Aqui também esta é a característica que di ás Ira orooabüisdcas tua forca preditiva ç çsoliaatórJa.
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I H-- E »EU PAPÍL NA
EXPLICAÇÃO
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O CARÁTER INI>t"IVO DA FXPMCAlAO PBOBAliLlSTKA U m do» tipo*
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de explicação probabtlluica
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onho. que A « t iformn limi tado exemplo docxplanatório aarampo pode de Pauli (tcral pelo dciic noivoargumento ver enunciada do icjtuinlc modo:
•<•?.*') í p<*»lmo d i i i i um cato a* P I i um e«»o .tf R
[In
iliarmnir provável(
cMá indicado c n Ora, a ali a piob al-i l Idade que. conforme Ire colchete», o e*phinan\ confere ni ixitUmnndum. OMMMMM n l o i uma probabilidade ciiatdtlca, poli caracteriza uma relaçAo enlrc tciilcncai " P on l o entie (cípcclei de) evento». ili/cr, drmiiü eni[tií|íii»do u m Wfmo Iniroduiido no capitulo 4, quo a probabilidade c m uucttlo reprcMnla a credibilidade ta vional d» rAptoirWtcri, dada • Infoimiçlu forneuda pclu ril>lmmu\ « como foi notado anteriormente, na medida cm que cita nt\Bo pode *ei intciprclada «orno min pr.>tul>lidao1l ela reprcienla uma probabilidade louica ou Indutiva. lini algum tutoi iimple*, exlitc um modo natural e óbvio do cxpilmii numericamente cita probabilidade. Se, p or earnv pio, toi determinado o valor numítleo de i>(R.Ft n u m argulimito ilo ilpn cnlfto %wn nioávcl t|Uc vimin de conuderir, diaer que ti piobjbllldade explanam ao Indutiva conferida pelo rxplammdum u m cite mcimo valor numérico, • probabilfilleu resultante tem a forma: P(IW
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Sc a ctptanaiu fo r imil» complcao. a determinação dai cone»pondenict probabilidade» indutivaa para o expUtnandum levanta problema» dlflceit, em parte ainda nlo retolvidot. Ma», aeja o u nlo posilvcl .ilribuir probabllidadci numérica» exalas a Io dque a i quando eimi umexplicações, con»)dcrac,ôcs prccedcnici éaiexplicado evento mediante leu probabtbitKu.moitram o explanam confere ao eiplanandum somente um suporte indu tivo maii o u me(iM fone. Pudernut cntlo ditiinguir ai eiplicaçoe» deduitvo-nomoiogicai da» explicações probabiliiticas d l-
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FILO SO FIA DA CIEN CIA
NATUHAI
zendo que ai primeiras efeiuam uma subsunção dcdativa sob líii de forma universal c que as últimas efetuam ama subsurieão indutiva sob lets de forma probabilística. Diz-se às vezes que justamente por causa do seu caráter ndutivo. interpretação ocor explanam não rência de uma um evento, já que o probabslisika nãoexplica, exclui alógicamenu a sua nãt)-oconéncia. Mas o pap:l importante e cada vez maiof que as leis c as teorias probabilisticas desempenh-tm que wti preferível na cãêacia c nas suas aplicações far considerar as interpretações baseadas nesses princípios, também conto explicações, embora de espécie menos rigorosa que as de forma ded utivo- nomológica. Tom emos, para e xem plo, a desintegração radioativa de um miligrama de polônio"*. Su após 3-05-minutos ponhamos que o que fica dessa quantidade lenha uma mana compreendida entre 0.499 e 0.501 miligra mas. Podemos tlizer que este fato fica explicado pela lei probabtlísticj da desintegração do polônio'": pois essa. lei. em coibi nação tom os princípios da probabilidade matemática. uapUca dedutivamente que, dado o enorme número de átomos M O I miligrama de polônio 11 *, a probabilidade do resultado mencionado é ín comparávelmente maior, de modo que a sua ocorrência num caso parliculur pode ser esperada com "cer teza prática". explicação dada pela Tornemos, para outro exemplo, a teoria eineties dos gases para a gcnernluaçfto estabelecida cmprricanente que se chamou lei de difusão de (ir«rum. Secun do d * , nas mesmas condições de temperatura e de pressão, as «doadades com que diferentes escapam, ou difundem-se. pro através d ; uma parede porosagases delgada são inversamente porcionais às ra /cs quadradas dos seus pesos moleculares, de modo que. quanto maior for a quantidade de gás difundida por segando através da parede, mais leves serão as suas moléculas. A explicação se apoia na consideração de que a massa do gás qae se difunde através da parede, por segundo, è propor cional à velocidade média de suas moléculas c. portanto, que a lei de Granam (eri sido explicada se se puder mostrar que aa velocidades moleculares médias dos diferentes gases puros l á * Mversamcntc proporcionais ãs raízes quadradas dos seus pesos mostrá-lo, teoria siçõesmoleculares. dea que de cuja significaçãoPara ampla éa um faz gás certa» consistesupo um número muito grande de moléculas movendo-se ao acaso freqüentemente cm com velocidades, diferentes, que mudam
As
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PAPEL NA
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EXPLICAçãO
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virtude das colisões, e que esle comportamento foftniloexibe oertu uniformidades probatidislicas — e n par&Vula:. a de que as moléculas de um dado fãs. com teasperalura e pressão determinadas, lerão diferentes velocidades caias cowrcncias lêm probabilidades difcientcibem d.terminada*. Essas supo sições perniilem calcular os valores avobabtetKaincatc espe rados — o* chamados valores "mais pr ováveis -' — que as tt> Io; idade* médias ;l"• diíc:;r.-ii ,••-.. p-.---rj.-i pai ammM> condizes it CmpCratal t pKtlSt C MM mmatf*J :^:.-.-. esses valores médio* mais prováveis si» de falo inv;rsam;nic proporeioruis às raízes quadradas dos pesos moleculares dos {ases. Mas as velocidades reais de diíusáo. que são medidas experimentalmcnlce estão sueias ã lei de Orariam, depende rão dos valores reais que as írlocUaén nedias têm nos vas tos mas íiniios cniamcs de sssolecumj qaeconstituem os gases cm questão- t os valores médios reais estão relacionados aos correspondentes avaliados probabibjticaaeote. «os valores "mais prováveis", de maneirade que i relação entre a proporção fasesé queessesvialmeote ocorrem numaanáloea vasta mas finca serie de lançamentosde usa mesmo dado c a cor respondente probabilidade de sair ure as com este dado Do que tconcaifunte se concluiu sobre as avaliações probabilisticas •eguc-se apenas que, cm vista do nMicro asais»grande de mo léculas envolvidas, e csmafatdoraascsse awsVrl que a qual quer instante as velocidades médias reais lessssssm valorei SMNto próiimoS dos "mais prováveis" e que, arrUsti). é irauna mrwe ctrio que elas sejam, como enes, inversamente pro porcionais ãs raízes quadradas de suas w**«^i moleculares, satisfazendo assim à lei de Giaham " Parece razoável dizer que esta iaserpretacão fornece uma explicação, embora "apenas'' com prueaWidaii, associada muito alta, da razão pela qual os (ases ciibem a uniformidade expressa pela lei de Granam, de falo. nos compêndios c nos tratados de Física, as interpretações troncas deste eènero probabilístKo são amplamente apresentadas como explicações i •- .-...'--<•
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AS TEORIAS E A
EXPLICAÇÃO TEÓRICA
A S CARACIfcStJSTICAS GtRAISDAS lEOftlAS
Nos capítulos precedentes tivemos repetidamente ocasião de mencionar o importante papel que a* teorias desempenham na explicação cien tifi ca. Vamos agor a examinar sist ematic a menteUm» e comteoria algumaé minúcia a natureza c o função usualmente introduzida quandodelas. um estudo rtvlo de uma classe de fenômeno» revelou um sistema de uniIormtdadcs que podem ser cipressas em foima de leis cmplricas. A (cotia procura então explicai essas regularidade» c, cm geral, proporcionar uma compreendo mais profunda c mais apura da dos fenômenos cm quest ão. Com este fi m , interpreta os fenômeno* como manifestações deentidades c de processos que estão, por assim diicr, por trás ou por baixo deles c que são governados por leis teóricas características, ou princípios teóricos, que permitem explicar as uniformidades empíricas previamente Consideremos descobertas e, alguns quase sempre, l.inducki exemplos.prever "novas"
reguOs sistemas de Ptolomcu c Copcrnico procuraram expli car os movimentos observados, "aparentes", dos astros, me diante suposições apropriadas sobre seus movimentos "reais" c sobre a estrutura do universo. As teorias corpuscutar e ondulatória da luz explicaram as uniformidades previamente es tabelecidas, expressai nas leis da propagação retillnca, da re flexão, da rcfraçAo e da difração, como conseqüênciasdas leis básicas admitidas para os processos subjacentes que descreviam a natur eza da l uz. Assim i que a retração de um feixe de luz
ao passar do ar para o vidroconseqWncia foi explicada, pela teoriaasondulatória de Huyghcns, como de serem ondas lu minosas mais lentas num meio mais denso c, pela teoria cor puscutar de Newton, como devida à atração mais forte exercida sobr e as part ícul as de luz pelo meio mais denso Ac iden tal-
As TEORIAS
t A EXP LI C Aç ãO TE óU C *
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mente, esta concepção não implicavarnirrirtr o observado desvio de um feixe luminoso; combinada com «liras suposições básicas da teoria de N ewton, inrpucavatambém que as partí culas de luz são aceleradas quando penetram em meio mais
Essas eimplicações denso não retardadas antagônicas como afirmava foram submetidas a leoru de a uma Huyghens veri ficação cerca de duzentos anos mais tarde por Foucault. na experiência rapidamente mcnScoada ao capítulo 3 e cujo re sultado apoiou a implicação relevante da teoria ondulatória. Para dar mais um exemplo, a troria cirtéiica dos gases fornece eapbcaçõcs para uma vasta variedade de regularidades empírica mente estabelecidas, concebendo-as como manifesta ções de regularidades estatísticas em sabsaccnies fenômenos moleculares e atômicos. At entidadese os processos básicos introduzidos por uma teoria, assim como as leis admitidas para go*erni-los. devem ser especificadas com clareza c precisão apropriadas; de outro modo, i teoria não poderia servir ao ara propósito cientifico. fcste pon to importante e ilustrado pela conwftçlo neoviulnu dos lenônKnos biológico»E bem safado cjtwM sistemas vivos ciibcm «ma viricdack impTCSboeantcde aspectos distinta mente ideológicos, isto e. caracterizadospelo fim a que se des tinam Recordemos, entre outros, a regeneraçãoem certas espeeses dos membros amputados, o detemoi*invento, em outras espécies, de organismos noiman a partir de embriões que fo ram avariados ou mesmo cortados em vinca pedaços no ini cio do crescimento; e a notável coordenaçãode numerosos pro cessos num organismo cm um,desenvolvimento decesse 3 um plano com conduz ao indique. víduocomo adulto.se obe De acordo com o neovitalismo. esses fenômenos «ao ocorrem nos sistemas desprovidos de vida e não podem ser explicados por meio de conceitos e leis da Física c da Química somente; an tes, são manifestações de agentes ideológicos subjacentes, de natureza não-fisica. denominados torças vitais ou entelequias. 1 Agem. as entelequias, de maneira especifica que se admite não violar os princípios da Física e da Oainuca e que. dentro das diri possibilidades deixadas em aberto por esses princípios, gem os pfocessos orgânicosde tal modo que, mesmo na pre adultos,sequando em sença indivíduos de fatores normais perturbadores, c os cngarúsmos es embriões transformam afasta dos do estado de funcionamento apropriado, são a esc recon duzidos.
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FILOS OFI A DA C IêN C IA N ATU IUL
Esu concepção parece fornecer-nos uma compreemío mais profunda desses notáveis fenômenosbiológicos dando-nos a impressão de ficarmos mais familiarizados, mais "» vontade" com cies. Mas, compreender nesle sentido não é o que se quer cm ciência e um sistema conceplual que explique os fenômenos neste sentido intuitivo não será. somente por esta razão, quali ficado como uma teoria cientifica. A s suposi ções feitas por uma temi» cientifica sobre os processos subjacentes devem ser suftcientementeprecisas para permitir a derivação d? implica ções específicas concernentes aos fenômenos que ela pretende explicar. E a isso a doutrina ncovltalbta não satisfaz N JO in dica sob que circunstâncias as cntrléquias entram em ação. nem de que modo especifico dirigem os processos biológicos: nenhum aspecto particular do desenvolvimento do embrião, por exem plo, pooV ser inferido da doutrina, nem esta nos habiliu a pre dizer que eomportamcnlo biológicoocorrerá sob determinadas tipo- de condições experimentais. Por isso. um novoneovita"diretiva orzânica" c encontrado, tudoquando que a doutrina lista nos permite fiircr e um pronunciamento pou facium. "Mais uma mamí-Hacâo *l«* locca»vilais!'\ nenliuma base ela nos oferece para dizer; "Isso e justamente o que se deveria es perar cm vinudc das suposições teóricas— a leoria o explica!'' E su inadcquucio de neovitaliimo nuo c devida i circuns tância de serem ai enteléquías concebidas comoagentes irruleriais. que Mo podem ser vist os ou locado ». £ o que se *t cla movimen ramente quando o comparamos com a explicação dos tos planetários fornecida pela teoria de Newton Ambas as con cepções invocam agentes por uma, for ças graniacionais pela oimateriais: utra. Mas forças a teoriavitaisnevrtoruana coalêm hipóteses especificas, expressas pelas leis do movimento e pela ki da graviiação, que determinam, ú ) quais forças graviucionais cada conjunto de corpo» físicos com massas c posições co nhecidas exerce sobre os outros, e ri) quais mudanças de veloci dade e, conseqüentemente, de localização sio provocadas por essas forças F. esta caracterí stica que d á à teoria o poder de ex plicar as uniformidade» previamente observadas e tambémo de predizer c rctrodiíer. Poder de que Hallcy tirou partido para predizer que o cometa por ele observado em 1682 voltaria, em 1759 e para identificá-lo ao» cometas cujo aparecimento havia sido registrado cm seis ocasiões prévias, remontando ao ano de 1066. Poder que permitiu a espetacular descoberta do pla neta Nctuno. na posição prevista pelo cálculo feito a partir das
As TüOHIAS | A EXPLI C Açã O TEóRI C A
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irregularidade* registrada» na movlmcnio de Urano e. posloriormc/ile, a descoberta de 1lutflobaseada na* irregularidades da orbita do Neuino OS PRINCÍPIOS INTERNOS E OSPRINCÍPIOS TRANSPOSIÇÃO PF Pod:mos então dizer, cm linhas gerais, que a formulação de uma teoria pedirá a especificação dedois tipos de princípios que chamaremos abreviadamente de princ'pios Internos c princí pios de transposição, * Os primeiros caracterizarão as entidades c os pio;cs*o* bjs)ços invocados pela iioria, nuirn como 11 Icii a que supostament e obedec em Os uliimot indicarão comoesses processos estilo relacionados aos fenômenosempíricos com que já csiiimos familiarizado»e que a teoria pode cntào explicar, predizer ou rclrodizcr. Vejamos alguns exemplos. Nu teoria cinetica dos gases, os princípios internos tão os que caracterizam os "microfenômenos" em nívelmolecular e os princípios de tmnspotlçãosão os que ligam oeitosaspectos dot microfcnònienosa correspondentes fclçoet "macroscopicai" de um gás- Na explicaçãoda lei de difusão de Griham, discutida na sexta pane do capitulo 5. os principie» internos incluem as supottçôct sobre o caráter fortuito dos movimentos moleculares • iii le-i*.|iiob;ili.l •i. ijui o. K"vi-nuiiit '" pnniipio* de Ir.int posição contema hipótese- sobre a proporcionalidadeda taxa de difusão, que i característica macroscópicado gás, á velocidade mídia de suas moléculas, que e quantidade definida em termos de "micronlvel"". N a expl icaç ão pel a teori a cineticada lol de Hoylc, segundo a qual rt piesiflo de um gás, a temperütui* constante, é Inversaiiu-iiicproporcional ao seu volume, as hipóteses internas invo cadas são as mesmas que para a lei de Granam: a ligaçãocom a macroquantidade, pressão, c estabelecida pela hipótese de que a pressão exercida por um gás sobre o recipiente q ue o con tém resulta dos choques das moléculas sobre as paredes desse recipiente e é quantitativamente igual ao valor médio da quanti dade de movimento total que as moléculas comunicam por se gundo ã un idade de área da parede. Essas suposiçõeslevam a 6 inversamente concluir ao seu volume que a pressão c diretamente de um gás proporcional á energiaproporcional cinetica
• UtH.Im.iu».-FtlHliUnMWH*(*>*»• wMVOi
•6
FllOSOFU O* ClÈKCIA S.TVWI
media desuas moléculas. A explicaçãoasa então ama segunda hipótese de transposicio: a de qoe a energia anetica meda da* aaotécolit de una dctersiinada massa de gás permaneceCOM lanle enquantopermanecer constante • temperatura: este princí pio, junto com a prema cuatmaio. coanWi t w d f r M l e a k> deBoyte. Nestes dois exemplos pode-se doer dos prnwpna de trans posição que cks titam cenas entidades admitidas, qoe nãopo dem ser observadas oa medidas anxtaaarnte(tais como as mo léculas, suas musas, suas qnaaodades de movimento c soas en er gias), com aspectos mar* ou menos diretamente observáveis ou acararaVets de srHcmasfísicos de tamanho aactfao(r r. a temperatura medda. por um irrir l ir ~**ir oa a prcssjo medida por um inaaometro). Mas o» prmápMM de transpôs*» nem sempre relacionam ~ioobser«ai*en teóricos - com "observiven cxpenmfntaU*\ como mostra a expUcacáodada aor Bcor da ge expressafacilmente pela fona de Baawrr.que per neralização vimos, calcalar o* ala de onda ante, com» empírica coamrãaeacos das raia* dncrctai ojae aami im (cm numero lacmcameMe u> fiurlo) no espectro «o maroarmo A caaticacao de Bobr esU hiscadi nas seguintes hipóteses *) a lua efh.tida pelo vapor "excitado'" elétrica ou icmucamenteresulta da energia libertada quando oa. eketrons. DOS átomos indmdwaasaltam para um aivd eaerpetuo maisbaixo, ft) para um cketroa de ura átomo de hidrogênio sól i o pcimwdos níveaentrnetico* que formam um conjunto discr-to (ifurêamcnic infinito): r ) a energia /'_£ Ubcrtada por um salto de esectronproduz ha de u m compri men (a . e>/A£ daonde to de onda pela fci a costs» dado de Plaocfc c e* ê =a velocidade to . *Emc cons e tante umif rui qüência, rada ama das raias ao espectro de hidrofímo corres ponde a um "salto qulauco" entre dois níveis energéticosdeterminade», c a fórmula de Balmer decorre rigorosamente da» hipóteses teóricas de bohr Os princípios internos :n%ocadot aqui incluem as hipóteses que caracterizam o rnacSdode Bohr para o átomo de hidroaimtocomo conMiiuídode aaa núcleo po sitivo e de um elêcQoaque te move em torno dele cm uma ou outra de uma séne de ÓrbiAaspossíveis, cada uma das quais corresponde a um raivei de energ ia; e da hipótese *>) acima. As
as entidades são princípios de transposição com o qoecorrdaciodeve ser aam hipottats 4) e c) teoncas "issobservávets," explicado — os cotnprimenios decoda das raias existentes no espectro de emissão do mdrogcmj Esse* comprimentos de onda
As TtOlIAI I A ExrLKAÇÃOTEÓRICA
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náo sáo observáveis no sentido ordinário da palavra, e nau po dem ser medido* tão simplesmente c (Io diretamente como, di£jmos. o comprimento c a largura de um retraio ou n pc*u de um saco de bata tas. A medição dele» í um procedimento alta quais menteasindireto da teoriaqueondulatóriada se apoia cm lua. numerosas Mas nosuposições, contexto que cnlte estatu mos considerando, essas suposiçOe*. mais do que admitidas, es Ho pressupostas no próprio enunciado da uniformidade para a qual se procura uma explicação. Assim, os fenômeno* que correspondem pelos princípios de transposiçãoàs entidades e aos processos basitos postulados por uma teoria nao precisam ser "direiimcnie" otisei****!» wmcntuilvfli, podem multo bem ser eaiaetert/ados cm lermos de teorias previamente eslnhelecldfts, cujos princípios eitáo pressupostos na observação
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FILO SOFIA DA C ííN C U
NATI*AI
pios de transposição, os principies- internos de uma teoria aao conduziriam a implicações conírotniveb com o que já nos é familiar e a exigência de vcrrficabtlidadcseria violada COMPREENSãO TEóRICA
A verificabilidadec o podei ciptanalório, embora de im portância decisiva, são apenas cond^ões necessárias mínimas a srrem satisfeitos por unia teori a; po is es ta pode satisfazi-lassem elucidar grande coisa c sem despertar interesse cientifico. Quais tio as características que distinguem uma boa teoria cientifica não ê possível dize-lo de maneira muito precisa. Al gumas delas foram sugeridas no capitulo 4, ao discutirmos o que suporta a confirmaçãoe a aceitabilidade das hipóteses cicatlficas. Cumpre agora acrescentar algumas observações Num campo de investigação onde já se conseguia alpun compreensão p:lo MUModMPM de leis empíricas, m a boa teoria aprofundará e alargar* essa compre* ruão. Ean priaaeifo lugar, oferecerá uma interprelaçlo srttemalicamcntc aaaficada de fenômenos bemdiversos, vendo atrás deles um mesmo pro cesso subjacente e apresentando as diferentes uniformidade* em píricas exibidas por cies como manifestação das mesmas leis básicas Toda uma enorme diversidade de regularidade* empíriCM (queda dos corpos; pêndulo kimples. movimento* da Loa. dos planetas, dos cometas, dai estrelas duplas e dos satélites ar tificiais; mares etc.) está subiumida no* princípios básicos da teoria ncwtoniaiu do movimento e da gravitaçao. Toda uma vasta variedade de unifoimidades reveladas pela expericaoa é vista pela teoria eméticados gases como manifestaçãode certas uniformidade) probabilísucas fundamentais nos movimentos fortuitos das molécula s E a teoria de Bohr do átomo d; hidro gênio não fundamenta apenas a unuformidadeexpressa pela fórmula de Balroer.que se refere soiraeatea uma serie de raias ao espectro do hidrogênio, mas lambem as leis empíricas análogas que representam os comprimemosde onda de outras series de raias do mesmo espectro, inclusive varias seriesexijas raias se encontram nas partes invisíveis infravermelho e ultravioleta do espectro Uma teoria aprofundará também nossa compreensão taoatrando, como o faz frcqüentemenK,que as leis empíricas peeviamenle formuladas, cuja explicação ela procura, não são a
As TEORIAS I A EXPLI C Açã O TEóRI C A
rigor cxaLu c noitra que u plica por que; do Sol, sujeita
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icm exceção. Assim í que B (cotia de Newton Irti de Kepler *ó valemaproximadamente e ex a órbiu de um planeta que K movene cm (orno apenas ã influencia gravitaeionaldeste, seria de
(alo uma elipse, mas a da iraieiória se afana dessa elip se rigorosa em vjrtudc atraçãoverdadeira exercida pelos oulrosplanetas e de modo que a teoria pcimite calcular com exatidão. Analo gamente a teoria de N ewton inter preta a lei galilcianada queda livre como manifestação especial das leis básicas do movimento sob atração gravitaeional. mas ao faié-lo mostra tambémque a In (mesmo restrita à queda livre no vácuo) só vale aproximativameme. Uma dai riíôci c que a aceleração de queda livre nSo í uma constante (o dobro do fator 490 na fórmula '» - 490/*'). mas cresce durante a queda, pois segundo a segunda lei newtonnna do movimcnio a acelcraçlo c diretamente proporcional á força aplicada c segundo a lei newtoniana da gravitaçãoessa força c inversamente proporcional ao quadrado da distância que sepua o corpo do centro da Terra. Observaçõessemelhan tes aplicam-se aa leis de óptica geométricaencaradas do ponto de vista da teoria ondulatóría da luz . Por exemp lo, mesmo cm mein homogêneo a luín.io K propaga rigorosamente cm linhn rela; pode ser difratada por uma aresta. E as leis da óptica geo métrica para a formação de imagens por espelhos curvos ou por lentes só valem aproximadamente e dentro de certos limiles. Poder-sc-iaficar tentado a dUcr que as teorias, muitas ve tes, refutam as kis previamente estabelecidas cm vez de expli cá-las. Mas isso seria deformar completamente * visáo pro porcionada pela teoria que, ao contrário, Justificacom rigor a aproximação em que valem aquelas generalizaçõesempíricas. Atum é uuc, segundo ai ler» de Ncwion ( ai leli de Kepler liu perfeitamente válidas quando as massas dos planetas perturba dores sáo pequenas em rctuçáo à massa do Sol ou grandes sáo as distâncias deles ao planeta em questão relativamente à dis tância deste a o Sol; e a lei deGalileu vale com boa aproximação para quedas livres de pequenas alturas. Finalmente, uma boa teoria pode alargar nosso conheci mento t nossa comprecnsio ao predizer e explicar fenômenos que náo eram conhecidos no momento de ser formulada: a con cepção lorricclham da de coluna um oceano de ir levoudiminuiria Pascal a com prevera que o comprimento barométrica altitude, a teoria cinsteiniana da relatividade generalizada náo somente explicou a jã conhecida rotação lenta da órbita de
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FILOSOFIA
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NATURAL
Mercúrio mas predisse o encurvamenio de um laio de luz num medições campo gravitacional. como foi depois confirmado por astronômicas; c a leoiia maxwelliana 4o cletromagnclismo pre disse a existência c características importantes das ondas elclromagníticas. posteriormente confirmado pela obra ex perimental de como HeinrichfoiHcitz, base da tecnologia da radiotransmissio c de tantas outras aplicações. Previsões espetaculares como « t n certamente reforçam nosia confiança numa teoria que já nos deu uma explicação sistemáticamente unificada de leis previamente estabelecida! o muitas vc/cs também uma correção delas. A viiâo que a teoria nos proporciona ò muito mais profunda que a fornecida por leis empíricas; da( ter-se formado a opiniáo de que uma explicação cientificamente adequada de uma classe de fenômenosempíricos só pode ser alcançada por uma teoria a propriada . Co m efeito, aspectossermais parece um ou fatomenos que, mesmo diretamente nos observáveisou limitando a um mensuráveis estudo dos do nosso univetso e tentando explicá-los, como foi discutido no capitulo \ ]ii>r meio de leis enunciadjis c m tcimos desses obtcivávcis. nossos esforços teriam um sucesso bem limitado. Pois ai leis que sfto formuladas ao nível dq ubscrvuç.1oacabam por valer de um modo apenas upioxlmado c dentro de certos limi tes; recorrendo entretanto teoricamente a entidades e eventos subjacentes a superfície que noa c familiar, podemos chegar a uma exposição muito mais compreensiva c multo mais exala. Poder-sc-ia mesmo por em dúvida que sejam concebiveis muodos mais simples onde Iodos oi fenômenos estivessem por assim dizer na superfície observável, onde ocorressem talvez apenas ae mudanças do cor c de figuia. dentro de uma estreita faixa possibilidade! e estritamente de acordo com algumas leis sim ples de foima universal. O "STATUS" DAS ENTIDADES TEÓRICAS
Seja como for, foi descendo abaixo do nível dos fenômenos empíricos familiares que as Ciências Naturais conseguiram che gar às suas concepçõesmais profundas c de maior alcance; não é pois de surpreender que alguns pensadores considerem as es subjacentes, postulados pelas truturas, as forças e os processos teorias estabelecidas, como os únicos constituintes riais do uni verso. Esta é a opinião de Eddington na provocante introdução
A s TEORIAS
E A F VPI.IT.
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TEóRICA
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ao MU hvro Th e Naiurt oi lh e Physical World. Ed&ngtoa começa dizendo aos leitores que, ao sentar-sc para escrever. aproiimou mas cadeiras de suas duas mesas, e passa a expor as diferenças entre as duas mesas: Uma delas rac * familiar dride a infância... Tean exseav lio, í relativamente permanente, í colorida c. lobretuda. t • • • • o r i . . . A mesa o." 2 í a minha mesa cicalifica- £ lei ia quite que esclu« • I: pois quando coloco a folha «obre esta, aá •ama sucessão veriigtaoia dt choquei dai pariiculaa elétrica* cocara o verto, de modo que O papel fica pialicameMe DUD tido ao meimo nível como M fora um* pétrea Tudo eKá em ubee te o papel etta equilibrado como *e cbvcaa* toexe de moteas embaiio ... ou dele. te e*tS porque um «listeeniamc uma lubilãncia tendo ami é+è* intrínseca da uma tubatlncia a de ocupar de outra aubuancia Nflo preetto dia» rna, usando uma lógica impi ativ ei e eipmínc.ai. convenceume que a minha •MM. a cientifica. * a única que realmente eati ali . Nata fracM» acrescentai que a 1iuca moderna Mf*ira «tconjuiar a peimena meia — cilianbo de na tureta exteeioi, de i matei» mentaii e de aianco — que permanece visível ao* meut olho» e t*aa)>«l ao meu tato. 1 Mas essa concepção, por maisEiplicarpersuasiva que seja ssst c insustentável. um fenômeno nãoa é su apresentação, primi-lo. N ão í o objelivo nem o efeito das explicações teóricas mostrai que as coisas c os acontecimentos familiares à expcraêQcia quotidiana nao estão "realm ente ali". A teoria cirtétsca d o s gases certamente n ão mostra q ue n ão exis tem coisas corpos macroscópicos gasosos que mudam de volume muda a pressão, que se difundem através daí paredes porosas com velocidades características cie. e que "realmente" são ape nas enxames de moléculas a zumbirem em movimentos caóticos. Ao contrario, a teoria admite sem discussão que existem esses acontecimentos e uniformidades macroscópicas e procura expucilos cm lermos de microestrutura dos gases e dos microprooesf*r \=-t et fhr FliyiKtí WvU INOvi T«tI A. S t»if. arte*» Ua»cn*> hau. TO»I, pp B4IÉ (siilona encUuJ); iiuds ce*n l*iniii4o U OaColac (JUVIIUí] f n "
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FILO SO FIA DA CIèíCCIA
NATCIAL
s<» que estão envolvidos nas toas transformações. Que os macrofenornenos estão pressupostos pela teoria c o que se vê cla ramente na referência espocita que os seus princípios de trans posição fazem a catacterisòcas macroscópicas — como a pres são, volume, a temperatura, a velocidade c macroprocess de difusão — estãoo associadas com ntacroobjctivos os. queD o mesmo modo , a teori a atômica da matéria não nega que a mesa não discute essas coisas c um objeto substancia!. sólido c duro. c procura mostrar em virtude de que aspectos dos microprocestos subjacentes a mesa eaibe aquelas características macroscó picas Ao faze-lo. a teoria pode. evidentemente, revelar serem enganoscertas ooçoes particulares que poderíamos ter mantido sobre a natureza de um corpo gasoso ou de um objeto sólido, como por exemplo a noção de serem esses corpos físicos per feitamente homogêneo», por menor que seja a parte considerada, mas, ao corrigir concepçõesfalsas co m o esta, estamos long e d ; pretender que os objetos quotidianos e soas características fa miliares nio estejam 'realmente ali" Alguns cientistas e alguns filósofos da ciência silo de opi nião diametralmeaic oposta • esta que acabamos do considerar. Em IúúHH gera*, efcs segam a existência de "entidades toórie»s" ou acham que as hipóteses leóncas sobre elos lio ficçfle* samente inventadas, que permitem uma concepção for conveme«emente te simples e descritiva c preditiva dai coisas e dos acontecimento* obscrvávcri. Esta opinião foi sus tentada óe varias raaneiras c com razões bem diversas. **U m tipo de coasaáeracio que influenciou os recente* tudo» filosóficos sobre a teoria questão pode uma ser resumido da sejuintc maneira: para que uma tenha significação clara, os novos conceitos teóricos usadosna sua formulação devem ser clara e objetivamente def.nidos em lermos de conceitos já dis poníveis e comprtMaAdof- Mas, via de regra, tais definições de uma teo plenas nio são fornecidas aa habitual formulação quat oi ria e um exame lógico mais cerrado da maneira pela novos conceitos são ligados aos já disponíveis sugere que essas definições possam ser de fato inatingíveis. Mas, contínua o ar gumento, uma teoria expressa em termos de conceitos tão ina dequadamente caracterizados deve, por sua vez, carecer de uma p-rinciplos. signJicação plenamente definida: endem falar sobre cenas entidades e seus ocorrências teóricas,que nãopretsão abtohmmente enunciados precisos; não são verdadeiros nem fal sos; quando muito formam uma conveniente e efetiva apare-
As TEOMIAS E A EXPLICAçãO
TEóKICA
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Ihagemsimbólica para inferir certos fenômenos empíricos (co nto o aparecimento de raias características num espectrógrafo convenientementecolocado) a pariir de outros (como a passa gem de u m descarga elétrica atravésdo gás hidrogênio). dcNo opróximo melhor comonotseemos teimina significadocapitulo de umexaminaremos ter mo científico. Por ora. apenas que a exigência de uma definição plena > demasiado se vera. Ê possível tom ar claro e preci so o uso de um conceito do qual não se lem uma definiçãoplena, mss soment e um a deter mi nação parc ial do seu signi ficado. Por exemplo, a caracterização do conceito de temperatura pelai leituras de um termômetro de mercúrio rio fornece uma definição gcialde temperaturai nada diz sobre uma temperatura abaixo do ponto de solidificaçãoou acima do> ponto de ebulição do mercúrio C ontudo, dentro desses limites, o conceito pode ser usado de maneira precisa e objetiva. pode MI aplicadoparaalém destestemperaturas. limites pela especifi cação de Eoutros métodos medir Outro exemplo < dado pelo principio de que • massa de um corpo e inversamente proporcional à aceleração comunicada pela forca aplicada. N io w define assim o significado pleno da massa de um corpo, rriasconsegue-se uma caracterização parcial que per mite a verificação de certoa enunciado* onde aparece o conoriio de ma*». Analogamente, em qualquer scoria. os princi pio* de tiansposiçao fornecem critérios para o uso dos termos teóricoscm termos de conceitos já com preendidos. Portan to, a ausência de definições plenas dificilmente poderá justificar a que os contêm coacepção de que sejamos meramente termos teóricos dispositivos r os princípios de computação teóricos simbólka Um segundo argumento contra a existência d; cntidadcii teóricas difeíc bastante do primeiro. OuikjinT conjunto de fatos empíricos, por mais rico e va riado que seja. pode cm principio ser subsumido em leis ou teo rias muito di ferentes. Por exem plo, podemos uair por curvas muito diferentes, como vimos, os pontos representativos, num gráfico, dos pares de valores simultaneamente determinados pela experiência de duas variáveis físicas; cada uaia dessas cur tivamente vas representa medidos uma leiO compatível mesmo secom podeosdizer paressobre associados as teorias. efe Mas quando duas teorias alternativas se aplicam aos mesmos fenômenosempíricos — como o faziam as teorias corpuscular e ondulatón;i da luz antes dos "experimentos cruciais'* do sé-
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FII-OSOFU
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NATURAL
culo xix — a atam* "existência real" deve ser atribuída tanto ás entidades postuladas por uma como às entidades pos tuladas pela outra; m s isso implica negar que essas enti dades realmente existam argumento a dizer julgamos ouvir Esie um pássaro cantarnosque obrigaria não devemos admitirquando a existência real do pássaro, pors o som poderia ser explicado pela hipótese de alguémestar assoviaado como um pássaro. Mas. evidentementç. existem maneiras de achai qual das suposições é ver dadeira, se alguma o for. pois além de explicarem o som ou vido, as duas hipóteses (èraoutras implicações qiK podemos verificar para sabei se foi "realmente" um pássaro ou uma pessoa ou alguma outra coi sa que produziu o som . Analoga mente, como «itnos. as duas teorias da luz têm implicações adicionais discordantes pelas quais podem ser. e o foram, sub metidas a uma verificaçãoque confirme apenas uma. f Vef* dade eliminação de ponto algumas ou teoriasque rivaisa nunca poderágradual chegar ao em das hipóteses que somente uma delas fique de p i. nunca poderemos estabelecer com ctrirza que uma teoria tesa a verdadeira, que as entidades que ela introduz sejam rcaa. Mas reconhece-lo nio c revelar uma falha inerente as coastraçoti teóricos e sim registrar uma M ractemtica que permeia wrfo conhecimentoempírico. Um terceiro argumento ainda (oi aduzido e, cm resumo, i o seguinte: A investigaçãocientifica visa. cm última análise, a uma descrição sisiemiiãcac coerente dos "fatos", dos fenô menos que prrcebcrnos sentidos Suaia suposições explanatónas a ngor, referir-se somente deveram, pesosnossos entida des e processos que foascaa pelomenos fatos potenciais, isto é. potencialmente aoeasftcssaos nos sos sentidos. Hipóte ses e teo rias que pretendem ir atem do» fenômenosde nossa experiência podem, quando muito, ser uteo artifícios formais, mas não po dem representar aspect os do mun do físico. Foi com razões deste jaez que o eminente fisico-filósofo Ernst Mach. entre outros, sustentou que a teoria atômica da matéria fornecia um modelo matemático para a representação de certos fatos, mas que nenhuma Teaiãdadt" física podia ser atribuída tos átomos e às racíecuías. Já observamos, entretanto, que se a ciência se limitasse ao estudo dos fenômenos observáveis, dificilmente Sena capaz de formular leis gerais expsanatóriascom a precisão- e o alcan-
As TEO RIAS E A EXPLIC AçãO TEóR IC A
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cc dos princípio» que sereferem a entidades subjacentes te mo as moléculas, os átomos c ai partículas subatômicas. E se CSKS pilncíplos 180 verificados e confirmados essencial mente do mesmumodo que as hipóteses referentes a coisas e eventos mais ou menos diretamente observáveis ou mcnsurAvci», arbitrário rejeitar como fictícias a* enlidudes postuladasparece leoricaincnle. Mas, afinal, existe ou nao existe uma diferença importan te entre os dois níveis? Suponhamos que se queira explicar o com porta inento de uma "caixa preta", que responde 4 diferen tes "entradas" com "saídas" especificasc complexas. Podería mos -IVIIHJI uma hipótese sobre a csirulura interna da caixa — talvez um mecanismo com rodas, engrenagens c catracas, talvez um circuito com bobinas, válvulasc pilhas. A hipót ese poderia str verificada variando os "entradas" e conferindo as correspondentes "saldas"; ouvirão os ruídos produzidos pela caixa etc. Mus se as componentesda estrutura imaginada fo rem iodas macroscópi cas e, em princi pio, acessí veis A observa ção. rcsUiá aemprea possibilidade de ubrlr a caixa c verificar a hipótese por inspeção direta. Essu inspeçlo dircu t que nlo c possível quando a caixa í- um [ t i c 1 relaçio "entrada""aalda" é u obtervadu mire as variações de pressãoe a* corres pondente» mudanças de volume sob temperatura constante e * explicada pelo comportamento de micromecanismosmole culares. N io í verdade porem que a distinçãoseja tio clara c con vincente como parece, pois a classe de observáveis a que se refere não éIncluir delimitada precisa Presumiv celmente ela deveria todas deat maneira coitas, todas as propriedades to dos os processos cuja presença ou ocorrência pudesse ser constatada por observadores humanos normais "imediatamen te", sem a mediação de instrumentosespeciais ou de hipóteses e teorias interprelalivas. A» rodas, as engrenagens t as ca tracas do nosso exemplo pertencem certamente a essa classe, assim como os seus movimentos solidár ios. Observáveis l am bem neste sentido sao os fioa c as chaves do nosso outro exem plo. Mu* surgirum dúvidas quanto A classificação decoisas com o as válvu las. Inegave lmente , uma válvula e um objeto físico que apode "diictamenic" percebido; termasfeito quando nos referimos uma serválvula {como poderíamos na expli cação da comportamento da caixa preta) estamos pensando
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DA GèNCIA
NATURAL
num objeto que tem uma estrutura física característica; pode mos perguntar então se uma válvula é observável neste senti do, se a propriedade de ser uma válvula é contestável pela ob servação imediata. Sabemos que n&o o é. pois a propriedade umahipótese válvula,sobredea Funcionar de ser na como w admitiu caixa preta,convenientemente só pode ser verificada pelo uso de insiiuinentos cujas leituras para serem significati vas pressupõem leis e princípios teóricos da r-ísKa. Mas se para caracterizarmos um objeto como uma válvula temos que ir alem do reino dos observáveis, o exemplo da caixa preta per de a sua força. De reslo, o argumento poderia prosseguir numa direção diferente. Quando dizemos que um fio no interior da caixa preta í um observável, ccnamcnle não queremos dizer que um fio fino tramioimou-sc numa entidade fictícia porque a vista cansada nos obriga a u*ar ócu los para vi -l o . Mas entào seria arbitrário classificar um fioao olho capilar ou uma partículacomo de fictícios só sãocomo visíveis pó. queobjetos, humano munido de uma lente. E pela morna raiio leremos que admitir a existência de objcios que só podem ser obser vados com auxílio de um microscópio, logo depois a do ob jeto» que só podem ser observados por meio de contadores Gciger, câmaras de bolha, microscópios eletrônicos c outros ins trumentos. Há assim uma transição gradual entre os objcios macros cópicos da experiência quotidiana e as bactérias, os vírus, as moléculas, os átomos e as partículas subatômicas; qualquer linha traçada em objetos físicos reais e enti djvidi-los arbitrária.' dades fictícias para seria inteiramente EXPLICAçãO
E "REDUçãO
AO FAMíLIA*"
Diz-se às vezes que as explicações científicas efetuam a redução de um fenômeno enigmático, scnâo estranho, a fatos c princípi os com que já es tamos familiarizados. Sem dúvida, esia 1 Nona dnnuto da M-tfui d» «wididn MOrim llmliou-t* » COMidctutia * ítrunii MMBM MMCM impara*"** Um cuudo iu» o—ipkm < m u* pinttrinii. i n a tomo retnínciai 1 liKtMMi* idiiunil. e*caKii-w no>i«f». S • » da '. Nivrl. !'• Scníiuti o) Stimtr Ot*fi obn wliMlinlt mtt IIIII •M M »Hllir i i J. I. C. Sn*H. pAdOw^t/ tud Surml/tr MrMsm II Rcuikó» i*d K<((n Flui U d : Non Vou. T u Mum.mi — Fmi. I*MI.
As TEO RIAS E A EXPLIC AçãO TEóRIC A
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caracterização se adapta perfeitamente bem a alguma» expli cações. As explicações pela teoria ondulatória das leisde ópiica previamente estabelecidas, as explicações trazidas pela teoria cinclica dos gases e mesmo os modelos de Botir para os áto mos de hidrogênio e de uulros elementos invocam certas idéias com as quais estamos familiarizados pelo uso na descrição c explicação dos fenômenos a que estamos acostumados, tais como a propagação de ondas na água. os movimentos c as colisões de bolas de bilhar, os. movimentos dos planetas cm torno do Sol. Alguns escrit ores, entre os qua is o físico N . R Campbell, chegaram a afirmar que para uma leoria ser de al gum valor deve "rcvçiar alguma unalogia": as leis básicas que os seus princípios Internos especificam para as entidades c os processos teóricos devem ser "análogas a algumas leis co propagação das nhecidas", corno por exemplo as leis para a ondas luminosas são análogas (porque têm a mesma forma ma temática) às leis para a propagação das ondas na água. Contudo, esta opinião não resiste a um exame mais de morado. Antes de mais nuda, cia Implicaria u idéia de que oi fenômenos com os qunis já estamos familiarizados não preci sam ou nilo suosuscetíveis de explicaçãocientificai na verdade, i ciência procura explicar fenômenos "familiares" como a su cessão regular do dia o da noite c das estações, as fases da Lua, o relâmpago c o trovão, a disposição das cores no arco-íris ou nas películas de óleo, c u observação de que o café c o lei te, ou a areia branca i ,\ areia preta, uma vez misturados, não mais se separarão . A explicação nJio visa um sentimento de familiaridade com oscientífica fenômenos da criar natureza, liste é um sentimento que pode muito bem ser evocado por interpretações metafóricas sem qualquer valor explicativo, co mo a da gravitaçlo pela "afinidade natural" ou a dos proces so s biológicos pela obediênci a a forças vitais. N ão é «Ia es pécie intuitiva e altamente subjetiva de compreensão a pro curada pela explicação científica, e particularmente pela expli cação teórica, mas uma visão objetiva, que se alcança por uma unificação sistemática, pela revelação de serem os fenô menos manifestações de estruturas c processos comuns que obedecem dos. Se essa a princípios concepçãoespecíficos puder sere dada que podem numa ser conecituação verifica que revele cenas analogias com a dos fenômenos familiares, tanto melhor.
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FOOSOíU
OA O íN C U
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Se não for. a câêncã não hesitará em cipücai n o n o o é fiMinr por orna redação «o que nio c familiar, BJC. c princípios novo* qae podem de iniciocao* f ° — i*»iÇ*o> E o que aconteceu com as . da da teoria da relatividade referentes à relatividade do«çlicaçõc» comprimento, massa, da duração temporal e da Bmultaneiclade; c o que acootcccu também cona o priaoP»Aiie«rtea em mecânica quãnbca e a reoúncia desua t m concepção estritamentecarnal dos processosque envolve m indrridualmenteas paxrioilaselementares-
FORMAÇÃO
DE CONCEITOS
D l M N v Ao Os enunciado» científicos sio tipicamente formulados em termo* especiais, (aii como 'ma.ua', 'foiça', 'campo magnético', 'entropia', 'espaço dai fases* etc. Paia <|ue esics lermos sirvam seus significado* devem ser resultantes deter •o fim a que K destinam minados de modo a astc|urarcm aos enunciados uma verlficaotlidadc apropriada c uma aptidão a serem usadas nai explicações, rui piediçoes e nas ictrodtçoci Nesle capitulo vamos ."iiihliii iomii Hs.i . I.nQ Para este fim, m i convtnknte distinguir claramente entie concilio*, lan como os de mana. força, campo migneiico ale.. • o* Urmtm conespondenlci, lilo *, ai expressões vertais ou umbòltcai que representam aqueles conceitos. Para noa «fenrmoa a termos particulares de qualquer outia natureza, precisamot de nomes ou de designaçõespara eles. De acordo com a convenção seguida em lógica e Filosofia analítica, formamos um nome ou designaçãopara um termo colocando-o entre aspas asklijUl. GOMO faemos na primeira sentença dctta icçló a u ménckmaraao* o» termos 'massa*, 'força' etc Nos nos ocupare mos, enilo, neste capitulo, com os métodos que especificam os significados dos termos científicos e com as exigênciasa que esses métodos devem satisfazer. Pode parecer que destes métodos o mais óbvio, e talvez o único adequado, seja a definição. Convém pois examiná-lo imediatamente. As definições propostas çom um ou outro de dois diferentes,rioa saber: fins bastante a) enunciar ou descrever o que se acciu como signifi cado, ou como significados, de um termo já em uso;
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FILOSOIU DA CIêNCIA NATURAL
ft) atribuir, pot c&tipulação, um significado especial a dado termo, que pode ser uma expressão verbal ou simbólica nunca vista (tal como 'pí-meson') ou um "velho" termo que deve ser usado num sentido técnico especifico (como. por exemplo, o termo 'estranhera' é usado na teoria das partículas elementares). A* definições que servem ao primeiro- propósito são cha madas dcfcriiívos; as que servem ao segundo propósito são chamadas enipulalivas. As do primeiro gênero podem ser enunc.adas na forma Km o BHirnu MfnficaJU q> O (ermo a ser definido, ou o detinitnáum. ocupa o lugar da linha cheia á esquerda; a expressão definidora, ou o definiens, ocupa o lucar da linha fragmentada à direita. Exem plos de definições descritivas- são: 'Menuvt' Icm o mesti» •ifnífiiado d* 'ciiinça do «in nuv nino'. ApovJmir um o nttmo iifmfiíjilo d* "inflamação dn & mu ifinem' l«m O intimo •ijnilimdi' d» 'nfimrntki »o nnnto icmpo*. de Definições como essas visam analisai o significado aceito um termo c descrevi-Io com auxilio- d< outros lermos - - cujos significados d.-vi-m emiar prciiamcnlc com prendidos para que a definição sirva ao seu propó sito. São definições descritivas que chamaremos mais especificamente de «rV/imcõVr anatiiiau, pois, como veremos no proaimo capitulo, existem enunciados que podem ser considerados como definições descritivas de termo, bsio é. tipo não-analilico: determinam a extensão de um o seu domhio de aplicação c não a sua intenção, isto c. o seu significado. Quer de uma, ujacr de outra espécie, as def.ruçõcs descritivas pretender» descrever certos aspectos do uso con sagrado de um termo; pode-se. por ino, direr delas que são mais ou menos precisas c. mesmo, verdadeiras ou falsas A s definições estipulativas, por outro lado, servem para introduzir uma expressão a ser usada cm certo sentido espe cífico no contexto de uma discussão, de uma teoria ou de algo semelhante. A elas pode ser dada a forma deve K( o momo s^iruficsdoq u : •• ou Poc • • • • enteodarrws a meiira coita que rxir
1'OKMA^AO Dl'. CONlültOS
III
A i expressões a esquerda c a direita i&o aqui lambem cha madas o definicndum c o definieits, respectivamente. A * defi nições ictuliiinici lím o caráter de citipulaçoc* ou conven ções, que evidentemente nio podem ter qualificada* como ver dadeiro* exemplo* seguinte* ela* *eO iapresentam cada modM Mou quefiih.it na lilcralui*ilustiam ckrillfka;diícrenlci um dele* pode fiicilmenic wi po*to numa da* formai-padrflo que acabamo* de mencionar. Uwmoi o (ermo 'acolla' «mo ii»cvi»i*<> paia 'faliad* «vif\io Nlmr". O teimo 'drniiiInoV Min irtT.a itWVlialfl ilí 'mnu BOI unidndf ik volume'. Por |>ldo fiuawlfi *rt íltlrdllt» qun roínwf him o> Kld(0|llni
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FB-Oson»
DA C IêN C IA N AT UR AL
rfaimy a expressão 'menino ou menina d o seio masculino' que define o termo 'metano' à ctsta de si mesmo (c de outros termos) c, ponin:o. frcrassa no seu intento. A mesma difi culdade surgiria te peceurássemo* na terceira definição o signi ficado de nmuaa*. A nuca mineira de escapar a esta difi culdade, obedecendo ao preceito de definir cada termo de um dado sistema, é a de moca usai num deiimrfis um termo que já lenha sido definido anteriormente na seqüência. Mas neste caio. a seqüência nunca chegai** > um fim. pois, p o r mab longe <\me te tenha ido, ficaria eor definir os termos usados no último átfmeiu. d que por htpMese eles nio foram definidos uma serie antes. Esta obediência ao preceito por meio de infinita de definições seria na reaí»dade um a desobediência, pois nossa compreensão de ara termo dependeria da do seguinte, que por sua » « dependeria da do seguisse e assitn por diante indefinidamente, de modo que ararium te rm o ficari a realmente ei pi içado. Nem iodo termo de um interna cientifico, portanto, pode ser definido à custa de outros lermos do sistema: u m que haver um conjunto de teimo*, chamados primitivos, que não. rece bem dVfmiçao dentro do sistema e que servem de base para Isso c levado em conta de um definir iodos m outro* lermos. modo muito claro na formulação aaiomática das teorias mate máticas, conto, por eiemplo. Ms diferentes uiomaüxaçoet m odern as da Ge om etria euclidi ana uma lis ta de tetmos pri mitivos í eipucsument: especificada e todos os outros termo* t i o introduzidos por "•*"— de definições estipulitivai que
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FCCOfldujeata onde numa *o figuram termos primitivos. Osaaso aosexpressões lermos usados teoria cientifica, con vém lembrar aqui que. como ficou sugerido no capítulo 6, eles podem ser divididos em duas classes: a dos termos pro priamente teóricos, que são característicos, da teoria, e a dos termos- nré-teóricos, de antemão disponíveis. Alguns dos lermos teóricos são óeiuudos i custa de outros, exatamenae como numa •sateusítica: en> Mecânica, a velocidade c a 1 d e asa ponto material são definidos como a primeira aterradas da posição desse ponto ean relação ao tempo; cm teoria arraies, um deuteron pode ser definido como I UKOFO A n ^ i M*W n | um <• ruwia « oaoa cão- S IVaSM.( M w M •» •**•*• n"". 9* U-M. AJAI iunAí fati a n-1« • lill fio. A# A !"-»• »•*"»"• A* M<
hORMAçAo IIE CONteiTOÍ
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o núcleodo isótopo de hidrogêniocujo número de massa é 2 ; ele. Tais definiçõesdesempenham um papel Impoiianlcna for mulaçãoc no uso da (cotia, mas slo incapazesde dar conteúdo empírico aos lermos definidos. Para esle fim, são necessários enunciados que especifiquem os significados dos. lermos teóri cos por meio de expressões jácompreendidas, que possam ser usadas sem referencia à teoria. * que são precisamente os trrmiw que- havíamosili.mi.nli de PfiMcóricoi. Aos enunciados, que assim determinam o significado dos "lermos característi cos", isio é. dos termos propriamente Icórlcos tlc uma dada leona, por meio de um vocabulário pre-teorico. isto c, previamente disponível, nós chamaremos de "WtíOtfúl interpretai"i" F-xamincmosmais de perto o caiiler dessas sentenças. DKCINIVúI-S OPERACIONAIS
Uma concepçãomuito particular do caráter das sentenças Intcrpretatlvai foi upicteiiiuilii\K\» tliumuda escola operadoinsta que surgiu da obra metodológica do físico P. W. Hrldgmun.' A idéia central do operacionismo ca de que o significado de cadu teimo cientifico deve ser drlirminado pela indlcuçlo de uma operação bem definida que forneça um cri tério para sua aplicação. Ksses critérios 1A0 multai vozes cha mados de "definiçõesoperacionais", Se slo ou tüo definições no semiiluesliiln, <" uma quesiàü que considmrcmuimais. lardc. Primeiro, vamos ver alguns exemplos. N o "definido infeioda opcracionalmcnlc" investigaçãoquímica, o termo modo: 'ácido'para poderia ler sido do seguinte achar K O lermo 'ácido' se aplica aum dado liquido — isto c, se o liquido c um ícidn — coloque-se nele uma lira de papel de tornassolazul; o líquido c um ácido see someme seo papel virar vermelho. Eslc critério indica uma bem definida opera ção de teste — a de inserir o papel a/ul de tornassol — para achar se o termo se aplica ou nlo a um dado liquido, c men ciona um resultado de teste bem determinado — a mudança para o vermelho da cor do papel — que devj ser conside dado. rado como indicando que o lermo se aplica ao líquido i-i" fA,wi (NOVJVoi»; 1W Miimlllin Coropin».IWÍ).
FILO»*!»
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D* Cabacu NATVKAL
AMiopmcMe. o m o "•»» daro osse*apicado a *Wawrajs peóz ser caracterizadoufnriaailifK con vera*: para dcfcrnm: se o • • m l m, i amais daro çae o amenl •ij. faz-se passar aau ponta fpta de ar», sob press ão, ao •puS.iL ée sana a i aura de «*i 1 oprraçãode teste); aa» dar* especifico aoc afl» K •do10—fie «•i c tmmtiáj ficar amaanáa teste). se a amostra At e u u i dr fMu"í*».i CMC aâo fasen ntrartn fTpaítiia de operações cd : iriafcaaüs pode* ser facdaaesttepostai em forau de M U driua—JLJJ opnaciomL for camp io. cata caracterização deB M mâ: barra de fcrro< oa Je aço cujas esmaidades atran» c serra a lãataata de (ore*. Uma •ersão expbaUrBeate oavracnanU rezaria para achar se o se aplica a aaaa dada barra de ferro m de aço. n u l a dj ferro peno drta Se a batalhi for atraída petas eatrr—djcWsda barra c ficaragarrada a das, a barra c aaa i - l O tamm
HwaánaWa toa aoMOs ires
l aaaez oa de O pR•er tcrãado •a caracterizarão de trrsaoaCOSK> •«•pn—calo'. 'ataaaa', •**soedade. -amprraaan-. carpi dãnca' e ladloapa. qwc repre«eataaa coaceilos awaaaitatrwas ai—nsr*n valores rsaaacricoi. A dei«açio opcraooaal c catão cotfccbida cosas a especifica^ão ée aaa prw;ed—:aao para B t U fía i r o «ator auaacnco de M M dada aaBUkãdadc «aa caaos paracatarii: a» dcftaiccViopcnootais loauai o cuMet oV repras de ascdãcâo. Abi» c (MT aaak aanatao opcracwaal de 'i naaawaan' da durai n eatre dos poaeos raapruaal uaaa aVfaação nfrrmrioail de "•••p eranara" descreverá COBRO a leaaperataraée aaa corpo — por exemplo, um líquido — seria rinrranBBáa par aano> de ü " terasoiretro de aautário. e w.—: par ;..-:; O prcetdmctu operacjoaaJ —rfinanto eaa eputauer òefiracao operacãaaal dr*e ser Nieaaãdnde tal forau que possa ser ctemtaao por «aaleoer obamador cosnpcteate r que o
FODMAçAO Oi COMCíIIO*
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multado possa ser objetivamenteassegurado, sem depender es sencialmente dequem realiza o exame. N ão seria permitido, por exemplo, para definir o termo 'mérito estético' cm relação a M I quadro, usar este preceito operacional: contemple a pin tura c anote numa escala de I a 10 o grau que melhor lhe parece indicar a bete» da pintura. Insistindo cm inequívocos critérios operacionais de aplica ria pira todos os termos cientificai, procura o operacionismo garantir a venficabilidadeobjetiva de todos os enunciados cien tíficos. C onsideremos, por exemplo , a seguinte hipó tese. 'A '(agilidadedo gelo aumenta quando a temperatura diminua ou, nuit precisamente, de dou pedaço* de grlu de lempcraiui» diferente», o de temperatura P9M ham í mais frágilque o outro' e suponhamos que tenham sido especificado* procedinlentos operacionais adequados para determinar se é gelo uma dada lubslãncia e para medir, ou pelo m.-noscomparar, as tempe n.lo raturassignificarãoclara de diferentes pedaço* aindaverifi mndu/A ahipótese Km ainda de níogelo implKaçàc* cável! bem definidas a menu* iiue ir disponha também de critério* claro* para • comparação de fragilidade Impressões tomo inait frágil q«.-' ou li.-.rim' fragilidade' parecem Kl intuilivamrnlc il'i'i mas isso n**i baila para totná-lat «crii**i-i*para UMI cientifico. Mas i. for fornecida uma regia operacional da aplicava» para **vr* termo*, a hipótese tor nai w-a verificável no icniido que unhamoscüiuidcrudo. Po demos entlo direr que uma escolha apropriada de critério» de aplicação para um em conjunto de termos do* enunciados aoperacional* veriíicabtlidade que «Ias ocorremgarante ' C orreia!i vaniinlc. arguem oi opera. mniaUi. o um de ler mos deiprovidoi de definiçãooperacional — por mala intuiuvãmente claros e familiares que possam parecer — condu» a enunciados e questões sem significação Assim, a hipótese con siderada anteriormente de que a atiaçio gravitacionalé devida a unu afinidade natural subjacente, e desprovida de significação ptxuuc nenhum cntéuo operacional foi fornecido para o con ceito de afinidade natural. Assim, também, face u ausência de critérios operacionais para o movimento absoluto, fica recusada > E u « mirado n-utioI (ariu « m IMIUíI.
Wi •• «u- P»
II'.
FILOSOFIA
DA CIÈKCU
NATURAL
como sem significação a questão de saber s t t i Terra o u o Sol que "realmente" esiá em movimento. 4 Essas idéias básicas d o operacionísmo exerceram conside rável influência no pensamento metodológico em Psicologia c se acentuou a necessidade de esta em Ciências Sociais, onde os termos empregados belecer critérios operacionais claros Hipóteses para nas hipóteses o u nas teorias. como a de que os mais inteligentes têm tendência a serem emocionalmente menos está veis, ou como a da habilidade matemática estar fortemente correlacionada ã habilidade musical, não podem ser objetivade aplicação para os ter mente verificadas sem critérios claros mo s constituintes. Para es se fim não basta ter uma vaga com pode sugerir meios para preensão intuitiva, que quando muito determinar critérios objetivos. Em Psicologia tais critérios s i o comumente formulados cm termos de testes (de inteligência, estabilidade emocional, habi Em linhaso gerais, ele).administrar procedimento lidade consiste em racionalmatemática teste deoacordo com especi-ope o resultado soo as respostas d a s pessoas submetidas ou, em regra, um a avaliação qualitativa dessas resposde modo mais o u menos objetivo e mais ou menos se N o t est e de Ronchach, p o r exemplo, casa avaliação apoia mais na competência para julgar, gradualmente adquirida pelo intérprete, c menos cm critério* explícitos e precisos que a avaliação d o teste de Stanford-B-inct para a inteligcncia, o de Ronchach é. por isso, menos satisfatório que o dV StanfordBmct do ponto de vista ope racionista. Algum as dai principais objeçôes que foram levantadas especulação psicanalitica de aplicação são concernentes á falta contra de adequadosa critérios para os termos psicanalíticos e a s concomitantes dificuldades para tirar d a s hipóteses, em que figuram, alguma implicação verificável e inequívoca. Os avisos assim lançados pelo operacionismo foram nitida mente estimulantes para o estudo filosófico e metodológico da Ciência, além d e exercerem uma forte influência sobre os mé todos de pesquisa em Psicologia c em Ciências Sociais. Mas, ver agora, a reconstrução operacionista d o caráter r Hnlln. I iIOIKCCIB 4 U famMs**» •• «tOei U df ( Honoa meiüo. ímnNitnitl cnmti.» tdklonin >.-•-.-< «s po«o da H**n O fclior poor *
FORMAçãO
m
CONCEITOS
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empíricoda Ciência, demasiado rcsiriiiva, Icndc a obscurcccro* aspectos siíiemíticos c teórico* dos cortcdlPi científicos C a forlc interdependênciada formação dos conceitosc da formação dai teorias. IMPORTâNCIA SISTF.MáIKA V PMI'I«ICA DOS CONCP.ITOS CIENTíFICOS
O operacionismo sustenla queo significadode um termo esta" completa C exclusivamente dctciminado pela sua definirão operacional. Assim, diz Bridgman; "O conceito de compri mento esta portanto estabelecido quando eslão estabelecidas u operações pelas quais se medeo compriment o' istoé. o conceito de comprimento contem tanto e nlo mais que o conjunto das w deicrminacontanto o conceito rações pelas o comprimento: topr sinônimo com oquais, correspondente de operações."* I-Sla coiufpv*" implica i|uc um IctinO dMttOO "'•MM significado dentro da faixa dai situaçõesempíricas em que pode ser executado o procedimento operacional que o "define". Su ponhamos, por exemplo, que se construa a Física a partii do marco zero, por assim dlrcr, c que se intioduxa o termo "com primento' por referência à operação de medir o comprimento de distancias relllfncascom regua* r ígidas. N enhuma sig nifi cação scfi cnlâo atribuída a quwiãri 'Uu.il é o comprimento da circunferência deste cilindro?', nem a qualquer resposta a ela. pois a operação de medir inaplicávc! comprimentoaocom das retilíncas é evidentemente caso.léguas Pararígi que o conceito de comprimento lenha um significado definido neste contexto é preciso especificar um novo critério operacional. Isso poderia ser feito estipulando que a circunferênciade um cilindro deva sfi' recoberta com um fio inextensivel e flexível bem ajustado a cia c em seguida medindo com uma regua ligida o comprimento düfto retificado. Analogamente, o nosso método inicial de medir comprimento n&o pode ser usado para determ inar as distâncias de objetos extraterrestres. Enuncia dos sobre essas distâncias só teráo significado definido, segundo o operacionismo. depois de serem especificada* operaçõesapro priadas de medic ío. Uma des tas poderi a ser um método óptico de triangulação semelhante ao usado nos levantamentos topoí Biidww. IW "*« «T««O"-" ritma. f J (o p*0 ( «r B(i?|m.-|
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FllOSOflA DA CrfNCU NATUIAL
gráfico»; oatn poderá ser a medição do tempo decorrido entre a cnsrssaoe a recepção de nan sinal de radar enviado ao objeto eatraierrestre e por este refletido. A escolha desses critérios operacionais estaria nat araimente sujeita a de uma condição cha eonn mar o requinto ornou: importante sempre queque doispoderíamos procedimentos diferentes forem aplicáveis devem fornecer o mesmo mttilr" se a distância entre (Sorsmarcos num terreno for por reguas rígidas c por triangulação óptica, os assim obtidos devem ter iguais. E, se uma escala de temperatura :i>rr sido "dcfnwda operacionalmente" pelas leituras de um termômetro de mercúrio e, em seguida, pro longada para baião usando como corpo lermomctricoi o álcool, que tem um ponto de congelamento muito mais baiio. lemos de nos certificai que. dentro do intervalo em que ambos os
lermometros podem Bridgman. ser usados,duxreles mesma» leituras. quedão duasas operaçâcs de me Ora, segundo lím mesmos de comum dida os resultados no intervalo apucaNlidade c farei uma generalização empírica que mesmo apoiada em leites cuidadoso* poder* ser falsa Por este motrvo Bndmnu tmuenu «jue sena -pengoto" coosidetar oa doa procedimentos operacionais como determinando o mesmo con ceito crnerios operacionais diferentes deveriam ser considera dos com o caracterizações deconceitos diferentes a que. de pre ferencia, deveriam corresponder termos diferente». Asma, para nos referirmos as quantidades determinadas 4 custa de réguat c de triangulação óptica deveríamos usar os ternos Analo 'cosstpnmcnio e "comprimento dpòco'. respectivamente tanã" mercúrio-tcrnperaiura e gamente, deveríamos distinguir entre ákool temperatura Mas, como vamos ver agora, esta conclusão drástica está a neces longe de ser autorizada pelo argumento, que exagera sidade de uma inequívoca irXcrpretação empírica
FORMAçãO DE CONCEITOS
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abandonada, mas continuar-sc-ia a usai os (cimos 'comprimento :•'...' e 'comprjmcnlo óptico* sem mudança d ; significado. Mas qual seria a conseqüência desta descoberta de casos dj discordância se. contrariamente ao preceito de Bridgman. os dois procedimentos operacionais tivessem sido coacebidos como diferentes maneiras de medir a mesma quantidade, desig 1 nada simplesmente como 'comprimento" Não havendo mais consistência entre os dois procedimentos, um dos critérios teria de ser abandonado: o termo 'comprimento' continuaria a ser usado, mas com uma interpretação operacional modificada. Portanto. Tosse pelo abandono de uma lei putativa. fouc pela modificação da interpretação operacional de um lernto. sempre poderia ser feito um ajuste aos resultados empíricos dis cordantes. — eimpossível, esta é umaaderirobjeção muito aomais síria — seria Além difícil, disso senão estritamente preceito d : Bridgman A medida que vão .tomando corpo ai leis e even tualmente os principio* teóricos numa área cm investigação, seus conceitos vlo-se ligando de vários modos enlie si e com os conceitos p reviame nte disponíve is. F. esses vínculos forn e cem muitas veies critérios "operacionais" de aplicação inteira mente novos. Assim, as leis que vinculam a resistência elétrica de um metal k sua tcmpcraluia permitem a construção de um termômetro de resistência; a lei que relaciona a temperatura de um gás á pressão constante com o seu volume é a base de um termômetro de gls; termel é um aparelho que mede tempe ratura usando o efeito termoctétnco; o pirometro óptico deter mina a temperatura dos corpos muito quentes medindo o brilho da radiação que eles emitem: e as leis c os princípios teóricos fornecem uma ampla variedade de maneiras para medir distân cias: o decréscimo da pressão atmosférica com a altitude é a base dos altúnctros barométricos. usados nos aviões; distân cias submarinas são freqüentemente medidas determinando o tempo de percurso de sinais sonoros; pequenas distâncias astro nômicas sâo medidas por triangulação óptica ou por sinais de radar: * distância dos aglomerados globulares de estrelas e dos sistemas galiticos c inferida, segundo leis, do período e do brüho aparente de certas estrelas variáveis nesses sistemas; e a medida de distâncias muito pequenas pode envolver o uso, além de pressupor a teoria, de microscópios ópticos, microscópios eletrônicos, procedimentos cspectrográficos. métodos que em pregam a difração de raios X c vários outros O preceito suge-
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FILOSOFIA D* CIENCIA. NATURAL
rido poc Bridgman DOS obrigaria a distinguir uma variedade corrtspoodentc deconceitos de temperatura e de comprimento. E ainda assim a lota estaria longe de ser completa; pois a rigor o uso de dois barômctros. diferindo de algum modo na fabricação, diferentes, para paradeterminai medir ÜDrtfci o comprimentodas — ou de dois bactérias microscópios — de veria ser considerado como determinando dois conceitos dife rentes de comprimento, de vez que os detalhes operacionais nao seriam exatamente os mesmos. O preceito operacionalista em pauta nos obrigaria assim a provocar uma proliferação de conceitos de comprimento, de temperatura c de todos os outros conceitos científicos, nao só praticamente intratável, mas teori cament e interminável. E isso seria renunci ar a um do s princi pais objetive* da Ciência, que c o de atingir uma. descrição simples e sistematicamente unificada dos fenômenos empíricos A sistema acaV> requer o estabelecimento de diversas relações,tízpor leisemáhct ost priiKÍpiosteóricos, entre os dife rentes aspectos do mundo empírico que sio caracterizados pelos conceito* científicos Estes slo como que oi nó* de uma rede cujos fios lio formado* pelas lei* c peto* principio* teórico*. Um desses nos., por extmpkx t o c•aceito de temperatura, ligado ao» outro* nó* por "fu* nõrnico*", doa quais lazcm parte ai leis que formam a base do* diferentes método* ternwmetnco* Quanto maior for o número de fio* que terminam num *ó conceptualtanto mais forte será o papel sistcmaüzador, ou a importância sistemática deste. De resto, a simplicidade ao sentidocientífica. de econom iaPode-se de conceitos de aumi teoria duxr. écmtraço linhasimportante gerais, que signiboa ficação sistemática dos conceitos num sistema teoricamente cconôciico c mais forte qnc a dos conceitos numa leoria menos econômica para o mesmo assunto. Portanto, considerações de importância sistemática militam fortemente contra a peohfcraçio de conceitos decorrente do preceito segundo o qual critério* operacionais diferentes deter minam diferentes c o m » * * E, d e fato. muna teoria científica nao te encontra distancio aJgnmnentre diferentes conceitos de com primento (por exemplo), caracterizados individualmente pelas suas definições Antes, ea teoria dera próprias um conceito básico operacionais. de comprimento vários consi modos, mais ou menos precisos, de medir comprimentos cm diferentes circunstâncias, indicando muitas vezes o domínio c a precisão do método demedida.
I-ORMAçAO t»r CONCEITOS
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Alem dliM. o dewnvttlvlmcnlo do um sistema d» leu — c em especial de uniu teoria — conduz freqüentemente a uma modlflcaçto dos critério» operacional» srcinalmente adoudoi pma ulgun»conceito» ccnlraja. Pof exemplo, uma caraclcriucspccllicar. enlre e,Ao operacional de comprimento lera que outras coliai, uma unldado de medida que, normalmente, e a dcíirildii comu dliianuu enlie doii Iraço» gravados nuniu pnrlleulur bnrra de metal. Ma» a i lei* e o i principio» teórico» da Hsica motlrum que a distancia entre o* traço» viirla com • temperutura dn huria e com quaisquer esforço» a que poiia eitur subiutiida 1'iuo a**C|[ururum padrão uniforme de comprlmcnlo, lotna-ic enlâo ncceiaário acrescentar cena» condiçoe» u dcfiniçAo inicial. O metro, por exemplo, í definido pela dl»liliuh «Ir ilms Ii.nm pjivndu* no Mrlro 1'ndrflo lnl.ni.. .i>n.il que * uma turra feita de platina Indiuda, com uma »cçao ulii IRíUIIIII cm (titiiiii tlc K — quando a batia citA na ivmpcdo gelo perpendicularmente c está iimclrlcamcnlc ao sen comprimento suportada por rulururolos, doli colocadoa fundente num pluno hortionlal r separado» pw 0,371 metro*. A seção
cullar foi desenhada pata garantir o máximo de rlgidei da n u ; i» MpcfilfloiçflBi qunnio ao mporic procura am a Cdiminuta modificarão pnr (lesão da distancia enlte oseviiai trneo». depois que a analise leorleu mostrou que a colocação prescrita parti o» rolo»4 a melhor possível no «entido que a distância e ntre oi liayos fica virtualmente inalterada para pequenas alterações na nosIçUodos tolo».' Consi deremos um ou tro exemplo. Um do» mau antljio» c do» mal» importante! critério» empírico» paru a medida do lempo foi fornecido peta» umforinIdades nos movimento» apa rento tio Sol c ilm rtiirlm [Uui: lomnu-w, como unidade de lempo. o lempo decorrido enlte duas pastagens comecutlvai de um desses astro» pela mesma posiçãoaparente (por exem plo, do Sol pela sua po»içl 0 zcnltc). Unidade» menotci (oram "operacionalmente" laiaetch/adn» por meio de relógio» de IOI, ampulhcliis, dcptidrai e, mal» tarde, pelo» pêndulos Obser vo »o que nciia faie nlo fa * Kntido Indagar »c dois dias solarei diferente» ou duas oscllaçôei complcios diferente»de um pên dulo sAo "realmente" de mesma duração O oprracionlimo corretamente no» lembra Que nessa fase o» critério» eipoclfl• Uma MI«-»,I<> din < w«flm (<*>•<•«•• •>"»• ••I l« «g"I S <» •* "l-tliaa Manai Mau (•"•I" and I Mit (••lliattM. MUIianO !•<",..". Botita. IHI), ia - í
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FILOSOFIA DA
GéNCIA
NATVBAL
cadot lenon para drlaár a tfatiátáe de duração c. portanto. a questão de sa ber se os períodos serapora» •arcadospor eles são ip
Foauaçio
M
Concerni»
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I r á t o* princípios teóricos assim aceito* panam, pelo menos puniKtumcnie, a entre o* exprimir corretamente as relações conceito» que ncks figuram, nâo e de surpreender q u e o i pri m itiv o* c ritério* operacional* ven ham a se r encarados como caparei de fornecer caraclcfitaçõcs. suroeniç aproximadas desse* CaMdatB. A significação empírica refletida noa claro* critério* de apuCaçào. a quC o üpcraciiHiu,m.tf dá cum ra/l>> tanta impor tância, não c o ún ico dcsideraio para o» conceitos cientifico». A significação sistemática i outra exigência indispensável — a t *l ponto que a interpretarão empírica do* conceito* Icõnco* pod> ser alterada no interesse de encarecer o poder sinematiia*tor da rede teórica. Na investigação cientifica, a fotmação de Conceito*, e a formaçio de teorias devem caminhar de mãos dada. So**»;
U QUISTO*-*
'OPFH ACHm. LMeN ie « M SEHTIOO"
Um doa problemas intrigantes que Bridgman discute, para •lustrar o uso critico das normas operacionais, refere-se 4 possi bilidade de haver uma mudança invcriftcávcl na escala absoluta de comprimento. N l o e possível que todas as distancia* no universo estejam variando constantemente de modo a dupli caram de valor cada 24 horu\?' lute fenômeno nunca poderia •cr percebido pela Ciência, uma vez que a* barras usadas na
dvMrmmaclo operacional dos comprimento* iam na mca*M proporção. Bridgman conclui dal que aalongar questão« não tem sentido: julgada pelas normas operacionais, náo haveria tal expa nsão do universo, pretender qu e ainda assi m et* possa ocorrer — desconhecida e para sempre imperceptível para nos — é algo sem significação operacional, sem conseqüências ve rificava* mediante operações de medida. Esta apreciarão lem que ser mudada quando considerarnoj qu e t m Física o conceito de comprimento não é usado iso lada me nte, mas e m lei s ou teorias que o vincu lam a outros conceitos. A combinação da hipótese da expansão universal c o m outros princípios da Física, que servem ;m.i.> de hipóteses 3 ) . conduz de fato a implicações opcauxiliara» i'HHMi M^HV» 1 1lt >l' *M"H M i l «p.
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FILOSOFIA DA
Casa*
NATUXAL
racionalmente verificáveis. Por eiíraplo, te a hipótese ê ver dadeira, crilio o lempo guio pat um srail wooro para (wmia a distancia, e nire dois pontos — digamos, as margeos opostas de uni lago — duplicaria cada 24 horas; e isso seria, veribcivcL M modificarmos a hipótese a suposição queasa sevelocidade dos sinais sonoro* eacrescentando eletromapiébco* aumenta de1 exatamente na mesma proporção eme todas as dbstaaãas' Ainda assim a nova hipótese teria implicaçõesveafkavenv. por exemplo, se admitirmos que a expansão universal aioafeta a produçáo de energia nas estrelas como o Sol. o brilho delas decretecria à quarta parte do valor inicial em cada período de 24 horas, pois durante este tempo a superfície quadrupbcaria. Assim, a impossibilidade de vení-cacio operacional de uma hipótese tomada isoladamente "*o é ratão suficiente para rejeita-la como desprovida de conteúdo empírico os como cientifica Km sentido. Devemos, conluio mente sistemático das outras leis e aates. hipótesescoasádert-U em que vaino funcionar e eliminar as implicações verificáveis que pode então originar O que nfto quer duer que este procedimento dé sigrufKaçáoa Iodai ai hipótese* que poisam ter propostas: entrr ouins. JI h;|>'trte\ sobre forcas vitaa e sobre afinidades naturais universais, diicutidas amenormente, continuariam excluídas O lAlm*
DAS SE.VTENÇAS DTTCRWTATIVAS
O oue dissemos tobre o opeíacioniinxi foi tujrrido peto pensamento que uma teoria só é ipücãveJ aos fenômenose mpiricoi depois de ter seus termos característico» convementemenie inierprciadosmediante um vocabulário pré-lconco. isto é, aceito independentemente dela. Nossa discussão mostrouqoe a coBcepçio operacionistadessa interpretaçãofornece sugestões proveitosas, mas requer modificaçõescoarideráveit. Em par ticular, tivemos que rejeitar a lese de que ma coaorilo *M^M«H» é "sinônimo"' de una conjunto de operações Pois. primeiro). pode haver — c os há habitualmente — vánot critérios aherrente s conjuntos aaiivos de aplicaçãopara de operaçõ umes.mesmo Segundo, termo,parabaseados compreender em dife o significado de um termo científico e usa-lo apropriadamente, há que conhecer também seu papel sistematizador inafcado pelos princípios leóricos cm que funciona c que o vinculam a
l«J«MAÇXO OF CONCEITO»
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outro» termo» da teoria. Terceiro, um termo cientifico nlo pode ur considerado "sinônimo" de um conjunto de operações no sentido de ler o seu «jfnifiu&i completa mente determinado por ela*, pois. como vimos, elai 10 fornecem critério» de apli cação pariexemplo, um termoai dentro de uma faixa e termômetro de condiçAc», pof operações quelimitada num léjua 10 fornecem imrrprtiaçàts panrtaii para o* termos 'tempera tura' c 'comprimento', validai apenas oVntro de uma faixa limitada de circunstâncias. VbW» assim, of critério» operacional» di/cm menos que o que K pede a uma dcfmiçüo plena . Há entretant o um outro ponto de *iili icgundo u qual t l n duem mal» - na realidade. muito m*U do que habitualmente te entende por uma deflnlçlo. Ordinariamente, eonecbe-se uma definição eitipulnllva como uma wntença que mlmdtu um termo conveniente ou um slmbolo abreviativo simplesmente especificando o K U lifilUitdo, Rm acrescentar qualquer informação falual. Mai doti crité rio» operacional» para um meimo termo lím Implicações cmpf> rlcaa M . como é freqüente, houver tupetpotlçto den domínio» da ipHcacfto « M mantivermo» o rcquHIlo de continência pari critério» operacional» alternativo», com» (tbvrvumo» anteriormente Vlmoa t)iM, aa diferente» procedinwnln» forem adota do» como critério» de aplicação para um meimo termo, defini do» enunciado» dcssei critério» que nu» n n * onde se aplica «eríln nt mau de um daquele» procedimento» o» residindo» meimo», e essa implicação tem o caráter de uma generalização empírica. O enunciado considerado anteriormente, que exprime "Idlll" em ilodo» ifuaJdadc numérica doa amboa comprimento» "óptico" o oi caoo» tm que poaiam oer oa procedimento» uiado», é um exempl o Ou tro c o que ats>r«e'4a Igualdade 0*1 leitura» feita» com termômetro de mercúrio c com termômetro Álcool de álcool no intervalo em que tanto o mercúrio como o l i o liqu ida i. Ene enun ciado é uma conseqüênciada eitípulaç l o de que qualquer um do» doii termômetros pode ser usado na determinação operacional da» temperatura» Em luma, a* sentença» intcipreiativa», que fornecem critério» de aplicação para o» termo» cientifico», combinam freqüentementea funçio ctlipulativa de uma definição com a funçio descritiva de uma fcneraliuçáo um outro ponto de vista iritereuantc c impor H.i ainda emptrtca. tante, legando o qual ai sentenças inlcrprftativas diferem dai O» termos definiçõe* no icntido considerado anteriormente.
126
FILOSOFIA DA
CIêNCIA
NATURAL
científicos, são freqüentemente usados apenas cm locuções ou frases de ceda forma característica; pof exemplo, o conceilo do risco, des de dureza, lal como está caracterizado pelo leste tina-s e a servir apenas em expre ssões da forma, ' o mineral -">L é mais duro que o mineral ms' e cm oulras frases que são
POAHAÇlOr». CONCEITOS
127
operacional* podem ler formucampo magnético. Critérios dele» em regiões lado* para verificar a estrutura e a intensidade dada*, mediante o comportamento de corpos de prova, traje tórias de partículas, tios percorridos por correntes etc. Mas lata critérios só serio válidos em condições especiais, experi mentalmente favoráveis, como a homogeneidade em região su ficientemente ampla ou fortes gradientes em cenas distâncias. OU análogas; um enunciado que exprimir uma condição leorilamcnlc possível mas altamtfntc complicada do campo (abran gendo lalvcí fortes mudança* cm distancias muito curta») pode •IO lei iiii|>li.'i>çoci "opciaiíonalmenlc verificáveis", 1'odcmo» agora ver claramente que os lermos de uma teoria cientifica n&o podem « r pensados como lendo cada um o u, mais número finllo de critérios operacionais específicos geralmente, de enunciados jntciprclativo» ligados a eles. Poli os enunciados interprclalivos «*o pensado»como determinando os modospodem pelos quais as sentença» contem o termoquando inter pretado ser verificada»; cm queoutras* palavra», comhlnndos a cisai «cnienCA». oi enunciados lnt?rprclaiivi>t devem conduzir a inipluaçõcs verificáveis, formulada» num vocabulário de anieman ilitponfvel Assim, a Inlciprclaçlo optracional da durcia, por mem do lesie do risco, permite • dcnvaçlo de Impllcaçõe»verificáveis a partir d* sentenças da foima >i< e mais duro que m,', a interpretação, baseada no teste pelo papel de lurnimol, fa/ o mesmo para sentença» da forma 'o liquido I 6 um ácido ', c assim por diante. O ra , a» diferentes maneiras pelas quais (ou a» implicações pelas quais) as sen
tenças, que conltm os termo» de uma cientifica,depodem •cr verificada» estãodeterminadas pelos(cotia princípios trans posição da teoria. Esses princípios, com o notamos no capitulo 6, vinculam a» cnlidadci e ot processos caractcrlilicns, supostos peta teima, com os fenômenos que podem ser descritos em lermos pré-tcóricoi, ligando aisim os lermo» teóricos aos já entendidos previamente. Ma s esses princ ípios não ainbu.ni a um lermo teórico um número finilo de critéhos de aplicação, vei o termo 'cléciron*. como se vi considerando ainda uma Já observamos que nem iodi> sentença que contem esse termo lerá implicaçftj» verificáveis bem definidas. Coniudo, as sen tenças contendo o termo uue produzem implicações verificá veis MíO de uma diversidade ilimitada, e a diversidade corres pondente de verificações não pode, sem arbitrariedade, ser considerada como conforme a apenai dois, ou sete. ou vinte
I 2t
FILCOOíU
D* QéWJA
NATU*AL
otténot «Heroeo & apàcaçio para o lenno "décMo' Aqm. catão, a concepção de dasbacoat JMii|JiiHi1ra nãomm te» ojw * coMBto de aiiai friM de aa—jiio.ln qoe M O urterpretamos m u » leonco* •ifcnilnitoiiir « m fornecem m a variedade jpJin—iiti de crüérioi de aplicação peta deterainacão de uma variedade, ipiataeaee •defefcda. de implicações wif.ca*ei* para o* f—IKT"* 1 " q»e roatfai • » oo B W» ttnaos teóricos.
RLDUÇAO TEÓRICA A CONTBOVÉIISIA MECANitisMU VS. VITALISMO
Segundo a doutrina, neovitalista de que ji tratamos nio se pode explicar certa* características dos corpo* vivos — como a* de adaptação c de auto-rcgulaç&o— Km apelar para fatoresoudesconhecidos CiênciasFísicas, sãoo asconceito cnteléquias forcas vitais. na.i E. segund o * nossa que análise, de entelequia. Ul como f usado pelos ncovitalistas, nio pode fornecer explicação de fenômenobiológico algum. As razoes para esta conclusão nio no* autorizam a negar que os salemas e processo* biológicos difiram fundamental mente dos puramente fhKo-qulmkos. como afirma a tese básica do vitahsmo. contra a qual se opõe a chamada doutrina mecanKisU de que os organismo* vivos nada mais sio do que sistemas físico-quimicos complexos (embora nig puramente mecânicos, como o velho termo 'mecankismo' poderia sugerir). Estasdebates, concepções antagônicas assunto de longos calorosos cujos detalhes podemos reproduzir aqui. • não (oram Mas evidentemente a questão só pode ser discutida com pro veito se a significação das teses opostas for suficientemente esclarecida para revelar que tipos de argumento c de eviden cia podem ser sustentados no problema e como poderia ter decidida a controvérsia. E este problema, tipicamente filo sófico, de esclarecer a* concepções antagônicas que vamos agora considerar; como veremos, o resultado de nowai refkiôM teri também certas implicações quanto a poaiihilidade d* decidir a queiiao. Sem dúvida a ouquestão é saber sistemas se os organismo* vivo* físico-químicos. sio "meramente", exclusivamente, Mas, qual é o sentido de dizer que eles o sio? Nossas obser vações introdutórias sugerem que podemos sintetizar a doutrina
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FtosofiA M C*NC:*
ibna
(M.) :>i=i u ; ; - ; ; ' ; r >' . ; características detentas em termos dos -•»••—«T (Mi) lodat os aspectosdo comporQ W , «ar podes ser de fato eiptl oe:
b e teoria* i ahawtfi dessas uoervões.é daro ooc no asa dos fcsotscaotbioèopcot reajuer o «to l i o de irmos da Ftaicac da Qséraka.nas de tensos bicdõecos qae ado fifaruano vocabulário por eieaiaso. o ensaciado*aa Tflww. da M K ocorre. escre M D B costas,noa coa«se M « i p-o-
Secsado
cc biotteKot rolas núcleos. neles i ser carseteria-
ata* especifica de M>. que irtafwi se todas os fcnotncsosbtotó-
* ••*!<•iiliili•
ter cspücaverspor ateio de snactptot Baiootaátakua,eacio todas as In di Bio logia leisMeI —pnadpaos ser dtr>âycts d* e da ooe A tese dedeque o r podetroncos ser enca Fbka «rio Oaatca rada cosa© «asa versão asastespecificade Ms. que caamare-
a foiot t à sJadMf • £ m ceaot comoas kit d dade doa coseekot e d » l ã de atsts oBCsais*aos de ostra é asterprctsda respeetrvasseste cosso aesáatWsdsde dos conase o atecasãtaso afiran a redooâs dJttrr a Fitarae 1 Ottssáca oa, se se prefere, •M oeja a asaonossiada Jaohpia. a u t dos coaccitote prio-
REDUçãO TEóRICA
131
d p i » biológico». Dir-scl cotio que o neovitaUsmoafirma o u autonomia c suplementa,casa tcie com a doutiina dai forc.it viun. Vamos agora considerar a» leses roecanicislas mais pofmenoriiadamente. Rrou^Ao txM TU*» A lese Mi", sobre a defmibilidade doatermo* biológico». n*o pretende, claro, afirmar a possibilidade de atribuir «igntfic*doa fítko-qul micos ao« tcrmoi biológicos por definições citi1'ulitivj» arburariat. Admite tem discussío i|uc ,n termos no mcabuliiio da Biologia tenham tigmfkadot tccnKoa dcfinidot, •na» pretende que, num tentido que devcmoi tentar esclarecer, a significação dele» posta ter «dequadanKnle expressa com au xilio de conceito» da Hstea e da Química. O que a K M afir.1 . wrem il 1 I M M I I .11!.i". 1 .1 [vmiluliJ.nli li I -in.1N" t dei cnUvM" doa conecitoa biológico» cm termo* de Fliica e de Iruimica. conforme a cUuificaçlo da» definições que apresen tamos cm linhai gciai» no capítulo 7. Ora. no cato. citai de finiçOe» datcriliva» dificilmente poderiam ser analítica». Poii Una obviamente (alio pretender que parat^da termo htológteo — por exemplo, 'ovo de galinha','rctina'. 'miloae'. 'vírus', 'hormônio' - - ealtu uma expressão cm termos fltko-qulmko» qiM lenha o metmo sigmficado, no sentido cm que 'criança' tem C mesmo significado que. nu 4sinônimo de. 'menino ou me nina' Seria metmo diftcil indicar um to termo biológko para o qual se pudesse dar um sinônimo físico-químico, e m u absur do atribuir ao mccaniclsmo tal interpretaçãode sua lese. Ma» Umi definição dciculivj lambem pode Kl tniiipirnHlula num sentido menos«mio. c m que o Minam nao precisa Ut O mesmo lignifkado, ou intenção, que o dtUnandum. nua so mente a mesma extensão, ou aplicação.O Wniens então capeçifici condições que lio, de fato. satisfeitas porlodo* o* caso», « lomaotc por eles, aos quais se aplica odtUntendum. Um txcfltplo tradiciooal < a definição de 'homem' como 'bipede implume'; nio assevera que a palavra 'homem' tenha o mesmo tignifícado que a expressão 'bipede implume'. mas apenas que tem a mesma extensão, queo termo 'homem' se aplica aIodas «a que são bipede» Implumcs e somente a ou que ser coisas um bipede implume c condição ncceuaiia c citai, suficiente pari
1J 2
Fuosoru
DA CrfNOA SATURAI
ser uni homem. Podíi» rcíerii-oos a enunciados deste gênero como drflrãç&et em rxJmsõo e podemos esquemarizá-los P» forma. • ttm a m w oKTdo que S*o desie tipo as definições a que um — j "ni pode recorrer para àatstnr e apoiar sua lese. Exprime* rrmjíçpf físico qausuúcai •eccsuirâs t ssafjoeate» para a ipncabiudadc d o s porUato os resultados de pesquisa* termo» biológicos c são biofísicas oc bsoramaakai quase sempre difice» £ o qoc « exempüfica pela caracterização de substâncias coano a pesuc*Una. a tesaosterona e o coksterol cm ternos de M M esüluiiU moleculares — uma tacanha que Derrote "defatãr" oc termos biológico* mcd:aole knsos panMMt ipafinj ia M as tais d e finições não pretendem expressar os significados dos termos Uolópcos O significado origMal da palavra 'acaualma'. p «* eie m i a qae ser istdkadoprodárida caracterizando a peaàáswa cO moropl Btuo. sabstancia bartrricida pelo fungo Pentcdhufn imatton. a leslosteroea t ongiaalmcnle definida conto um nofmonio KiuaJ masculino, produzido pelos testículos, c asai» por diante. A caracterização deasas snbailncias peU estrutu/a mas p i * molecular t alcançada aao por analise do signuVado. analise qolnuca; o wiufcaiu coauotui uma descoberta bioquí mica, c ato lógtca ou filosófica, capresao por aras rHipirifui c nio por oVKasgatfaade saaonámu Na realidade, ao accàtarmc* as car*clerizac.ões qmunúcaacoano sovas definições doa termo» biológicos, fairmos uma mudança não so de "tw'--»'*iT ou iav
tencão, mas como lambem de extensão Poismiiumu— os enainos fiajatifr**^ [n rTiiisuji
REDUçAO
TKóBICA
REDUçãO
DAS LIIS
Pastamos agora
133
à segunda lese. Mi', na nossa interpre
do mecinicismo — adcnvívcli que afirma os printação tcóncoida ciptoj doadaserem lUicacu leisdae Química. Biologia £ claro que deduções lógicas a partir de enunciados formula do* exclusivamente em termos de Física e de Química n i o cbcpiâo a kii catabictutieanKQ h: biol ógicas, de v« q«e « ' "1 têm que conter também termos especificamente biológicos. Para obter essas leis. precisamos de premissa» adicionais, que exprimam íOQCAôCI entre as característica* fisico-qulmicai c ai biolópcai. A situaçlo lógica aqui c a mesma que existe no uso cxplanatório de uma teoria, onde slo exigido* princípios do s princípios teóricos internos, para a de irimposição, além derivação de conseqüências que podem ser expressas exclusi
lógKis deemleistermos vamente sao para flsico-qulmicas, pré-teóricos. Aqui. necesvari** deduzir premissas leis adiblocionais que contenham termo* biológico* e termos fisteo-qul•nicos c unham o caráter da leu que vinculam certo* aspecto* flsico-qulmicos de um fenômeno a certos aspectos biológicos. U m enunciado conectivo desta espécie pode tomar a forma especial das lei* que acabamos dê considerar o que servem de base a uma definição cm extensio dos lermos Wológicoi. posa afirmam que a presença de certos características flslco-qulaaicas (por exemplo, uma substancia ser de u l a tal oatiutura molecular) c condição necessária e suficiente para a presença de certa* características biológicas (por exemplo, ser tcstoslcroe ta). O ut ros enunciado* conecti vo* podem exprimir condições lio necessárias ou dada fbieo-qulmicas n io suficientes, con dições que l i o que mas nio mas suficientes necessárias para uma As generalizações 'unde cxlttc verte característica biológica. brado vivo existe oxigênio' c 'qualquer fibr* nervosa conduz
I Pvatm M " d*vtoq>« H «m*(Uik>Mkwuitum* JM^I-n í, u« •W**» *• iiiifcim ••* W»»M» n-m uiiBii "nona", »u> «, UIDKH *a* •L* auMíba *M ii Ou, A Md(•,„*, (oaiUBIC«*• * «•» HIMLIIéí * »K>ioii«MM • T J I p-miiiB *, Kliin mmm umiHm - • .'•
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FILOSO FIA DA C IêN C IA N ATUR AL
impulsos elétrico*' são do primeiro tipo; o enunciado que o gãt tabun (caracterizado por tua estrutura molecular) bloqueia a »iividadcnervosa e por isso causa a morte no homem. í do segundo tipo. E muitos ouiros tipo* de enunciado* conectivos sín* concebíveis. Uma forma muito simples de derivação de uma lei bio lógica a partir de urna lei fisico-quimicapoderia xi esquematizada da seguinte maneira: Sejam 'PC. 'PC expressões que contêm apenas leirnus físico-químicose sejam 'BC. 'BC expres sões que contam um ou mais de um (ermo especificamente biológico (podendo conter também lermos físico-químicos). Se ja uma lei físico-quimica deenunciado 'iodos os casos de I', são casos de PC — que chamaremos Lr — e sejam dadas as seguintes leis de conexão: Todos oi casos de B, são casos de Pi e Todos os casos de Pt sâo casos de BC (a primeira diz que as condições físicoquímicas de lipo Pi CâO necessá ria* para a ocorrênciado estado ou condirão biológicos II,; a % egurfda. que as condições fí-ico-químicaiPi são suficientes paia o aspecto biológico H t). Entlo. como le vi facilmente, uma lei puramente biológica pode set logicamente deduiida da lei fisico-químicaJ.r em conjunção com ai leis de conexão, i sa ber: 'todos os casos de B, tio casos de BC (ou 'Sempre que ocorrerem o* aspectos biológico»B,t ocorrerão também os aspec tos biológicos HC). Em geral» pois, o número de leis biológicas explicáveis mediance leis físico-químtcat depende do número de leis de conexão convenientes que possam ser estabelecida s. E isso, a priori; uma vez.>ó pode nau pode decididopela por pesquisa argumentosbiológica amais resposta ser ser enconlrada c bie/isica. REFORMULAçãO DO MECANICISMO
Sem duvida, as teorias da Física e da Química e as leis de conexão que são disponíveis no momento atual não bas tam para reduzir os termos c as leia da Biologia aos da Física e da Q uímic a. Mas a pesqui sa nes te terreno avança rapida flsimente, Jazendo- sempre crescer o alcance da interpretação co-química dos fenômenos biológicos- Podcr-se-ia então inter pretar o mecanicismo como a opinião de que DO futuro a Bio logia será re duzida à Fís ica e à Q uímic a. M as esta formulação
RtouçÀo TEóRICA
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não pode ser feita sem cautela. Pois na nossa discussão admi timos ser possível separar claiamenle os teimo* de Física e de Quimiüa dc um Indoc oi especificamente bíDlôRicm dooutro. CCKO, diante dc qualquer lermo cientifico atualmente cm uso, cse provável que anão cm decidir Intuitivamente ele pertence um haja ou dificuldade a outro desses vocabulário! ou a nenhum deles. MaB seria muito difícil formular explicitamente critérios gerais mediante os quais qualquer termo cientificoago ra cm uso. c também qualquer termo que venha a ser introdu zido no futuro, possa ser identificado dc modo inequívoco como pertencente no vocabulárioespecifico dc lal disciplina particular. Pude mesmo wi impossível tldl taiscrilério», pois no decorr er da pesquisa futura a linha divisória entre a Biologia « • I isi ca-e-Química pode tornar-se tao pouco nítida como a que separa nos n ossos dias a Física da Q uímica. Pode m uito bem acontecer que teorias futuras, formuladas cm termos dc espé cies inteiramente novas, forneçam explicaçõestanto fenômenos atualmente chamado* biológicos comoparapara os queos soo agora denominados físicos ou químicos . N o vocabulário de uma tul teoria unlficanlc a distinção entre termos flslcoqulmicoi c lermos biológicos Ma teria mais sentido, nem a questão dc rcduílr a Riologiaa Física c A Química. Um desenvolvimento teórico deste gênero, cntrclonto, nlo está alntla a nosso Mcance. E enquanto não estiver, é melhor inlciprct.ii .1 inccaniclsinocomo um principio heurístico, como um preceito orientador das pesquisas, do que como uma tese ou uma teoria sobre a natureza dos fenômenosbiológicos. Assim compreendido, mecanicismoestimula o cientista persistir na procura deo teoiios básicas flsico-químicas dos a fenômenos liiolofúeot,cm vez de ic tcii|'iiir a opinião de que vt conceitos e princí pios da Físic a o da Q uímica sfio impotentes para dar uma explicação adequada dov fenômenos da vidu. Os triunfos alcançados pela pesquisubiofísica e bioquímica orientada por este preceito constituem uma credencial .1 qual a concepção viulista nada tem a contrapor. KnouçAo DAFSICOLUOIA; U BEtlAVlomaMO A questão da redutibilldade também foi levantada para outras disciplinas cientificas alem da Biologi a. E é de particular interesse no caso d» Psicologia, onde se coloco no famoso pro-
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Fll-OSOFIA DA C lÊN C I* XATUIAL
blema psicofiiico, isto è, no problema da relação entre o corpo e o espírito. Uma concepção reducionista daPsicologia sustenta, grosso modo, que todos o* fenômenos psiccdóeicos sao fundamentalmente denatureza biológica ou físico-quimica; ou, mais logia precisamente, podem se r reduzidos que os lermc* aos d ea Biologia. leis espedficos Q uímica cdaF Psico ísica. Entendeodo-sepor redução o mc*moque antes, valem aqui os mesmo»comentários gerais. Assim sendo, a "definição" redutiva de um terno psicológico requer a especificação de con dições biológicas ou físico-químicasque sejam necessárias e suficientes a ocorrência da característica, estado ou processo mental (tais como inteligência, fome alucinação, sonho) corres pondente ao termo. E a reduçãp das leis psicológicas requer princípiosconvenientes de conexão, contendo lermos psicológi cos, além de termos biológicos ou ftsico-quimicos. De fato. são conhecidos alguns desses principio* de cone xão, que exprimem condições necessárias ou suficientes para certos estados psicológicos: privar alguémde alimento, água ou oportunidade para repouso c suficiente para a ocorrência de fome. sede ou fadiga; a administração de certas drogas pode ser suficiente para a ocorrência de alucinaçoes; a presença de certo» ligamentos nervosos c nc«*slria * ocorrência de certas sensaçõese à percepção visual; um fornecimento apropriado de oxigênio ao cérebro c necessário à atividade menu) c mes mo u consciência. Uma classe especialmente importante de indicadores bio lógicos ou fiitcos de estados c eventos psicológicos consiste no comportamento publicamente observável do indivíduo a quem se atribui esses estados c even tos. Por esse com porta mento se entende nao só manifestações em larga escala, direta mente observáveis, como os movimentosdos corpos, as expres sões faciais, o enrubescimento, as exclamações verbais, a exe cução de certas tarefas (como nos testes psicológicos), mas também reações mais sutis, como as variações de pressão san güínea e de batidas do coração, a condutibilidadeda pele, a química do sangue. Assim é que a fadiga pode manifestar-se tanto em exclamações faladas ("Éu me sinto cansado" etc.), como na dim.nu»çáoda rapidez c da qualidade com que se executa tarefa, afetivos no bocejar c cm alterações fisiológicas; ou que certosuma processos e emocioaais se fazem acompanhar por mudanças na resistência aparente da pele, medida pelos "detectores de mentira"; ou que a* preferências e a hierarquia
REDUçAO TEóRICA
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de valores de umi pcsim se exprimem no moda pelo qual ei* escolhe entre cem» ofertas relevantes, c AS SUS» crença* na* exclamações vcrbaíi que dela podem ser oblidai e também noi mudos de agir — por exemplo, a crença de um viajante de que uma tomar um canada desvio. está fechada pode revelar-se no fato de ele Certos tipos de comportament o "abe rto" (pub licament e observável) manifestado por uma pessoa sob "estímulos" ou "testes" apropri ados são largamente usados em Psicologia comt> critérios operacionais para constatar a presença de um deter minado eslad
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FILO SO FIA D* C IíN C U NATUHAL
dado patológico ncnham fenômeno psicológico"privado" — sensação, sentimento, esperança, receio etc — que os metodos mtrospectivos prcicadeairevelar. Enquanto os behavioristas concordam eminsistir nos criobjetivos de comportamento paia omissos) características, eiérios eventos pskolópcos, diferem (oa sío quanto estados a re lação entre os fenômenos psâcolopcosc os correspondentes, • É n te m sutis c fn—jè"iw fenômenos de comportamento — se esles sâo sãtsssicsssteace manifestações publicas daqueles oa se os íenômesse» •ãcompeossão. em sentido claro, idênti complexos de co* a certos estados, propriedades ou eventos comportamento. Uma versão recente do behavioritmo, que exerc eu forte influência na analise f ilosófica dos conceitos psi cológicos, sustenta que os termos psicológicos, embora se re firam ostensivamente a estados mentais e a processos "no espí rito", servem, simplesmentecomo meios de falar sobre aspectos na ma»realidade, oa menos intricados do comportamento — especificamente infere propensoesou disposições a com portar-te de maneira njatteriuica cm certas situações. Nesta coooapclo. dizer de orna pessoa que é inteligente e dizei que •Ia taode a agir oa tem drspcuclo para agir de certo modo caracatriauco; a saber, dê modo que normalmente qualificariam»* como atáo ioteligcnu nas mesmas ciscunstàncias. Dizer de sigacm qoe fala russo nao t doer. claro, que esteia constante mente pronunciando caprcwocsrussas, nus que é capa* de uma espécie especificade comportamento que se revela em situações parüculircs c que e geralmente considerado característico de uma pessoa que compreende e fala russo. Pensar em Viena, gostar de iazz, ser hoòciio, ser esquecido, ver certas coisas, ter cenas vontades, rudo aso pode ser concebido de modo seme lhante E concebendo-o desta maneira — sustenta esta forma do behaviorismo — a gente se liberta do que ha de desconccrtanie no problema do corpo e do espirito: não ha mais que procurar pelo "fartura aa maquina.". 1 pelas entidades « pelos processos mentais que estão por "trás" da fachada física. Cabe aqui uma análoga. De um cronômetro que marcha muito bem dá-se que tem uma precisãomuito alta; atribuir alta pre cisão a ele é equivalente a dizer que m archa muito bem . N ão
.laRitcvc.*»a-ot>r ««•> *•••TV Ca-ttpi « pmmrman-
RnixiçAo Ti rt mc »
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faz sentido, portanto, perguntar de que modo ene agente nlosubstancial, a precisão, atua sobre o mecanismo do reló gio; ne m faz sentido perguntar o que acontece à precisão quando o reló gio pa ra de funcion ar. Analogame nte, ncsla vírsáo do bchaviorismo, perguntar como eventos ou características faz icntida mentais tiilti modificam o comportamento de um organismo. Esta concepção, que contribuiu grandemente para esclare cer o papel dos conceitos psicológicos, é evidentemeole de teor rcducíonisia; segundo ela, os conceitos da Psicologia permitem um modo eficiente e conveniente de falar sobre as estruturas su tis do comportamento. Entretanto, os arg umento s que a suporu m não esta belec em que todos o s conceit os da Psicologia s e jam realmente definheis em termos de conceitos não-psicológi001 da espécie requerida para descrever um comportamento abert o o u disposições decomportamento; e Isso por duas razões, í muito duvidoso que todas as espetes pelo menus. cm Primeiro, que uma pessoa, por exemplo, possa "agir inte de siluaçáo ligentemente" c as espécies particulares de ação que as classifi quem como inteligentes cm cada uma dessas situações fiquem Segundo, Incluídas numa definição clara c plenamente explicita. parece que as circunstâncias sob as quais, c a* maneiras pelas quais, a Inteligência ou • coragem ou a malcvolíncia podem manifestar-sc cm comportamento aberto nlo podem ser adequa damente enunciadas em lermos de um "vocabulário puramente bchaviorlstico", que contivesse apenas, além dos termos de Fí sica, de Química e de Biologia, expressões nào*tccnicas da lin guagem quotidiana como'rir' c análogas: a cabeça', 'sacudir parece 'estender 'retrair-se', 'fazer careta', que são neces a mão', sários lambem termos psicológicos para caracttrizar as espécies de estruturas de comporiamcnlo. ou disposições c capacidades de compo r lame nto, que (ermos como 'cansado', 'inteligente', 'sabe russo' indicam ao que se presume. Pois saber se o com portamento aberto de alguém numa dada situação qualifica-o como inteligente, corajoso, icmcrário, cortês, rude etc. nio depende simplesmente dos falas que constituem a situação, mas. e de um modo muilo importante, do que esse alguém sabe ou acredita sobre a situação cm que se encontra. t ' m homem que caminha semnão titubear para corajosamente se encontra uma malaseonde está agindo não acreditar (e um leão faminto portanto não souber) que existe um leão na mala. Analoga mente, saber se o comportamento de uma pessoa numa dada si tuação qualifica-o como inteligente, dependerá do que ele oere-
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FILOSO FIA OA C IêN C IA N ATU IAL
djia sobre a situação e dos objetivos que ele quer atingir pela loa ação. Parece assim que. para caracterizar as formas, propensdes ou capacidadesdê coõiporlamentoa que se referem os temos paicotógwosprecisa «ws de outros termos psicológicos. aJeaade conveniente. con sideraçãouai nãovocabulário prova, claro,bchavioristico que seja impossível umaEsta redução dos lermos psicológicosa Ba vocabulário behaviorístico. mas adverte que a rtosinafidadcde uma tal redução não ficou estabe lecida pelo tipo de analise que apreciamos. Outra disciplina a que se pensou que a Psicologia pudesse ser eventualmente reduzida ê a Fisiologia. e especialmente a N euroTisiolOfja; rnas aqui também uma redução plena no sen tido especificado aateriorneate não pode sequer ser vislum brada. Finalmente, devemos registrar que questões de redutibiii-
dade surgem também a respeitododasindividualismo CiênciasSociai s, p articular mente a propósito da doutrina metodológico.' «piado a qual todo* o* Icaõmeaoa sociais devem ser descritos. analisadosc explicados em lermos de situações dos agentes in dividuais envolvidos acJea, ascdiante leis e teorias concernentes ao comportamento iadmdaaL A descrição da "situação" de B M agente teria que levar «ai coou seu* motivos c suas crenças •assai coaao aea es tad o fcà cau ajc o e «a diversos fatores físicos, aaaakicM« btokSficosdo ara aartlcnsc Pode-se pois dizer da dcuinna do individualismo metodológico que ela implica a redutibüidadedos conceitos c leis das CiênciasSociais (num sen tido amplo, tamento econômico incluindocPsicologia análogos) de aosgrupo. da Psicologia Teoria doindividual. compor
PMpgir. Q uímica e Física. Mas oa problemas as sim levanta
dos escapam a o alcance de ste livro. Pertencem à Filosofia d as Ciências Sociais < só foram mencionados aqui como ilustração adicional do protskaaa da rcdaDostídadcteórica c como exemplo das várias afinidades légècaac metodológicas que existem entre as Gcacias Naturais e ;
LEITURAS ADICIONAIS A htta abaixo conte" aperta» uma; povos rim escolhida*. • saaiotia d » quais (mora. eairetanlo. refercaciaa É B É J M i litera tura soete o assunto.
Amtoiottai A. D«nro c S. MoiOUaUllt, ora*. Phthiúphy o) Innn. Nova Yort: Meridun BooU 1960 (Brochar») Hradiit/n i« ikt FArioao»*»oi Sne-rr. H. FUUL e M. |l.oo»i«. otfs. Nova Ytfik: Appleir*f "i'uf> Crollv 195».
E. HHouihton MABDCN, ora . íft/ Samcmrt I«0. of Si ir nu f* Tkomfhi Boato*' MirfllDCor«paay, F. P. Wirr.rR. iuf. Rrméi*ft •• Philewptiy i-) Xfnrarr Nova Yort: Charlei Scribntii Soa*. 19)). <>/»« ir «./«ri ind-r-éuMi N. OwMfii.
W*«/ /. liWr#» Nova Yort» DovefPatíicaiiotn. I « : •»*. (Brochura ) Um» ii*o*.e.»o lúoda st* icpuMM loaaêotK a> •i teorias, a nji:«-»iii> t xmensuraçao. E. Ciaaur. fhlhuopkKil Fomndanoai oi Fkyiici. otf; Mulia Gaplacr Nova York.a lotam Basic lae. 1966. larroaHiçio BiuArroMi trmitBooks. da Filosofia da F u iHaia . por fascinante um * * aaaM antiacnlei lógicos r filósofos contemporânea d* ctéocia. P. Cawa. Ta* Phihuipkj t>f Srsracr. Pr.nceior,: D. Vaa Noatnnd C o , 1965. Uma ciai* ianaaa Introduiorla ao* principais aspttioa lopcov mciodol6(xot f lilinobcn do iconiar ucMlbca *. G*CN».UM. PhílMopÜtal froòlimi of Spact aW Tlmt. fion York: Alficd A. Knopí. 1961. Obra muito •**••'••'. que *« • nsina com cuidado t ceai profundidade a «titulara do espaço e do tempo i luz da> taoriat recentes da Física e da Muetnitica N. K HANWH, Farre/su oi Diacowy. Carabndfr. ISgUtcrra Casv bridge UiuvctiityFreta. 1958. Estudo sugestivo da» bises r da fuacio dai leoriai cientifica»localizando as uorui da Física ClnsBca c da FUica Moderna sobre ai partkulu C G. HESCPEL. Aipt.-i of Jr-íníi/ií Eiplaimlkm na*f Orarr £iuji àt oW PhiUaapIty ei Sãtmu. Nova York: Tbe Free Presa. |96SInclui diverso* ensxiot tobec a formação c dpUaaçaO doi conceici nas CüoclH Naiora»* a Sociais c cn Hãssonofrafia.
FILOSOFIA D * CIêNCIA
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NATURAL
E. Nacaa. Thr Simtaar of írároe*. No*» York:Harcowl. Bruce AWorid. IBC, 1*61. EsU obra eatepãooal torctcata ama ttptniçSo iliicmát>-a e eomr*m. « w» eooao nfna análãc lumínota. òe uitn CNOW «ariedade de prnbhmw iTodolOiticw < filosófico» sobre M leiv « leoro» e o* aodoi de explicação M> Ctéacúi Naluratt C StOU • cm Hitforjotraíi*. X li. PorrE». 7*# f-fie o/ Sdfttfic Díxottry. Loodret: HUlcluntM and Co-; Nova VAi )Taa»»*-ai eaa brochura ) H. Kiina.ouCH. TV Malaarfarj <•/ Spaet mndTlnw. Nova Yoth: Dover Publicaborai 1M*. (Brochura.) L'm cume. moderadamcMe leenKO.«a» b—uaií laodo (U oalutrta do eipaco e Icmpo » lu dj teoria d» nlMwfcfc raUtila c leneraUzada. I &MOUI r*í Am*om, H h+mn. Nova Vcrt: Alfrtd A Ksofrf. 1M1. Ert«do v a l u e a»a*ç»do do. comnca de eaphcaOo. iitntkasao empírica. ( coatuantâG. S. ToWMrw. The Pfcl|op«fdT o/Scteae* Londm: HutchiMOfti L'ni«atrativo, vtrWI 1*31 Lnro ic ocuralibrar». wprri>li"M da —tiriu dwde ciriter leu. duIntrodutório, teoria* c que do d*Hr»fj-nio n—Q». lTi-*b*w tm beothu.e )
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Cano hatu—ao da Catana e. Brtferiwebntau, lambem de ma IhMoua.* altamente moawadávri sara o evt.do da Filoiolia da O •neta. e Meu»o Inibir i a j | il para »«i mudo nua avançado. Oi do« IIVIM tíjuinit) oiitatT ei^ou^m idiBiravelmcaw IUCHIU e tobu*acian, de caiatei latrodòiono (Mas •verem dt nodc algum vulganucàe*). da Oeòoa HUca. tona forte rafai* no» contatai basco*, no* métodV* e fto doeii
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