A História do Krav-Magá
A Filosofia
A filosofia do krav-magá “UM TOLO JOGA UMA PEDRA NO POÇO , E MIL SÁBIOS NÃO CONSEGUIRÃO TIRÁ - LA” PARTE I
INTRODUÇÃO Um dos primeiros assuntos que foram tratados pelas pessoas que transcreveram a história do Krav-Magá foi a filosofia. Essa transformação dividiu-se em duas direções. Na primeira, a negação de que o Krav-Magá é uma arte marcial e a troca da palavra arte pelo termo “sistema” (veja no capítulo “O Desfile da Ignorância”) quando se fala do Krav-Magá, assassinando assim a essência do Krav-Magá como arte e eliminando a existência de qualquer elemento filosófico. Mas a verdade é outra e o fato de que o Krav-Magá é uma arte marcial foi comprovado, acima de qualquer dúvida, em obras como “The Book of Krav-Magá – The Bible” e também por esta pesquisa. Agora, tudo que nos resta fazer é analisar e entender a filosofia completa do Krav-Magá, na forma como foi criada pelo meu pai. Provas não faltam, basta olhar nas diferentes reportagens publicadas em jornais sobre meu pai e nas entrevistas pessoais feitas com ele, nas quais ele falou abertamente sobre a sua filosofia de vida, relacionada diretamente ao Krav-Magá 1*. É necessário aqui explicar uma coisa: por exemplo, de um jovem com vinte anos de idade que cede uma entrevista para algum jornal, podemos esperar que duas ou três décadas depois a sua concepção de vida, seus costumes e pensamentos mudem. Mas, de uma pessoa com setenta anos de idade, que dedicou toda sua vida para a criação e construção desta excepcional arte, é difícil, se não impossível, esperar que eliminasse tudo que sempre inventou e falou. E lembrem que na época que as entrevistas e reportagens foram realizadas, ele estava em total controle de sua mente, e, na verdade, como podemos ver no capítulo “Documentos e Testemunhos”, todas as modificações começaram depois do falecimento do meu pai, quando não houve mais risco de ele se opor... 2*. O caminho filosófico do meu pai e do KravMagá como arte marcial completa está incluído nesta parte do livro num modo que possibilitaria a qualquer um entender a filosofia profissional da arte e até chegar para os anos da pré-criação do Krav-Magá, quando meu pai se habilitou, conscientemente ou não, para o desenvolvimento de seu método. Um estudo dos anos da juventude do meu pai nos apresenta uma concepção filosófica que acabou se revelando por inteiro no Krav-Magá. Ele não deixou quase nenhum material escrito e o trabalho de montagem do quebra-cabeça filosófico do Krav-Magá era custoso e exaustivo, um pedaço aqui e uma historinha ali e inúmeras entrevistas com seus alunos e colegas que ainda estão 1. veja documento número 23, página 46. 2. Exatamente da mesma forma que tentam deliberadamente enganar o público e mostrar que Imi criou somente “Krav-Magá militar”. Isso constitui uma ofensa contra a reputação do Imi.
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vivos e que presenciaram a constituição da arte marcial israelense – o Krav-Magá. Mas, no final, conseguimos chegar a uma imagem completa e clara dos métodos do meu pai, que os passou verbalmente para seus primeiros alunos durante os treinos ou nas famosas conversas em “Café Ugati” 3*. Outra dificuldade quando tratamos do aspecto filosófico completo, como aparece neste artigo pela primeira vez na história do Krav-Magá, é o fato de que talvez seja mais fácil compreender a filosofia do ponto de vista do meu pai como imigrante no país judaico e não examinar o assunto somente pelo olhar profissional. Israel é um país pequeno e espiritualmente “fechado”, ou seja, a religião dominante é o judaísmo e este se opõe a toda forma de pluralismo espiritual que contraria os princípios da religião judaica. Meu pai, que não dominava o Hebraico e menos ainda os costumes e a cultura israelense, tomou cuidado para não tocar publicamente no assunto filosófico / espiritual, por temer que o Krav-Magá fosse considerado uma esquisita “seita”, palavra usada frequentemente em Israel para descrever qualquer desvio do judaísmo dentro do país. É uma atitude conservadora e obsoleta talvez, mas esse é Israel. Portanto, focalizou e ocultou o seu caminho filosófico como criador de uma arte abaixo de camadas de movimentos e técnicas que constituem o Krav-Magá. Os primeiros dez alunos do meu pai foram os únicos que receberam as explicações filosóficas acabadas e precisas, já que eles o acompanharam em toda sua trajetória na criação de sua obra, e por muitos anos fizeram parte dela. Somente neles ele confiou o suficiente para passar seus ensinamentos por completo. Sendo assim, era natural que a geração mais nova, alunos de alguns dos dez pioneiros, que já haviam começado a dar aulas também, não conhecesse pessoalmente meu pai e suas concepções, mas somente nas raras visitas que realizou nas diferentes academias. Do ponto de vista dos instrutores mais novos, meu pai era uma lenda viva, uma pessoa que merecia todo o respeito que eles poderiam dar, um respeito reservado aos mais amados reis e príncipes. Porém, de vê-lo no Tatami de vez quando, os instrutores mais jovens não podiam apreciar as idéias do meu pai sobre o mundo, e especialmente não acompanhavam a sua rotina e comportamento diário. A percepção do meu pai de si mesmo em relação à sociedade era, como o Sr. Sr. Haim Zut bem falou, de “verdadeiro pombo” (o pombo é símbolo da paz em Israel). O Sr. Haim Zut chegou até a desenhar um pombo no símbolo da sua academia em honra do caminho do meu pai. 3. “Café Ugati” é um elemento importante na criação e acabamento do Krav-Magá. Imi apreciou bastante as infinitas horas no “Café Ugati”, tomando um copo de café atrás do outro. Ele tinha a sua mesa onde sempre sentava, no calçadão do lado de fora do café. “ Dentro Dentro”, ele dizia, “ sentam só os velhos, os jovens sentam aqui fora”. Também o café que bebia foi servido num copo especial, guardado somente para ele. O copo era de tamanho médio e o garçom enchia dois terços do copo com café expresso extra-forte, e, ao lado, num pratinho separado, servia chantili doce que Imi colocava no café usando uma colher pequena. Imi nunca tomava café em casa. “Café”, ele explicava “toma-se em cafés, por isso eles existem. Em casa, tome chá” e isso realmente era seu costume. Para ele, o importante no café não é a bebida em si, mas o ambiente, a “atmosfera”. Em “Café Ugati” foram criadas muitas das técnicas do Krav-Magá. As pessoas que frequentavam o café já estavam acostumadas a ver o Imi levantando de repente de sua cadeira e experimentando um novo movimento que acabou de surgir na sua cabeça. Várias idéias teóricas e práticas nasceram naquele pequeno café na cidade de Natanya.O Natanya. O café já não existe mais, o bairro todo foi reformado e no lugar dos pequenos e nostálgicos cafés foram construídos grandes e modernos bares e restaurantes.
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Meu criador não suportava atos de atrocidade e brutalidade, o que é compreensível considerando o fato de que ele perdeu toda sua família no Holocausto. Se por acaso meu pai descobrisse um inseto que entrou na academia, ele imediatamente pararia o treino até que o bicho fosse pego para depois ser delicadamente liberado. Ele sempre explicava: o mundo está cheio de formigas, matando duas no Tatami não ajudará ninguém, e essa também era a base de uma das mais importantes regras no Krav-Magá: “Sejam bons o suficiente para não precisar matar”. Devemos procurar as respostas e as regras dentro dos movimentos, das defesas e das técnicas que constituem esta arte. Por exemplo, a defesa contra ataque de faca acaba com a mão do oponente quebrada em três lugares diferentes, então é necessário realmente o matar também? Em defesa contra ameaça de pistola, a arma está em nossas mãos no final do exercício, mas mataríamos o inimigo? As respostas já estão gravadas nas técnicas. Desta forma, meu pai escondeu toda sua filosofia dentro dos movimentos que criou e os passou somente para seus primeiros alunos. Não esqueçam que Eli Avikzar Avikzar escolheu um outro caminho e, portanto, não passou os ensinamentos verbais do meu pai para seus alunos. Assim, sobrou somente a “BUKAN” como centro metódico e espiritual do Krav-Magá. Mas aqui devemos dizer que também Yaron tem uma parte da culpa do que aconteceu. Como diretor da escola “BUKAN”, ele escolheu não sair à guerra contra todas essas mudanças feitas no Krav-Magá e resolveu se fechar e se concentrar nas atividades da escola, desligando-se dos outros, depois de entender que seu lugar não está com eles 4*. Além disso, provavelmente acreditou que o isolamento e o simultâneo fortalecimento da escola são a única forma de salvar todo o Krav-Magá, percepção que se mostrava adequada só até certo ponto. Aliás, podemos observar a mesma ingenuidade nas ações do meu pai, ou seja, sem dúvida que os dois são professor e aluno. Houve algumas tentativas ridículas de expor a filosofia do meu pai através de alguns livretos elaborados ao longo dos anos, mas claramente que sem nenhum resultado satisfatório, muito pelo contrário. Uma rápida leitura nos mostra que o principal objetivo destes manuais era glorificar o nome e ego de seus autores e não honrar a memória e o caminho do meu pai. Alguns até palestraram com firmeza afirmando que o Krav-Magá não é arte marcial e por isso não contém nenhum elemento filosófico. Talvez Talvez o melhor (ou pior, dependendo do ponto de vista) exemplo disso seriam os “ensinamentos” do Sr. Darren Levin, do “Krav-Magá WorldWide”, mas ele não é o único, muitos que não entenderam o caminho do meu pai escolheram uma outra trajetória, completamente equivocada. Mas há também pontos positivos, como 4. Mesmo que Yaron não admita, ou talvez não esteja ciente disso, este fenômeno tem precedentes do passado, quando um grupo de monges peritos em Kung-Fu fundou o templo do Shaolin e preservaram assim para sempre o caminho original e tão único do Kung-Fu. Há muito em comum entre os dois casos e temos que examinar ambos através das mesmas lentes históricas, uma vez que sem o Shaolin não teríamos hoje o Kung-Fu e sem a BUKAN não existiria nenhuma versão ou prova para a criação original e exata do Imi.
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a obra “The Book of Krav-Magá – The Bible” 5*, que além de incluir as filosofias do meu pai e contos do seu dia-dia, cumpre pela primeira vez também o seu desejo de ensinar o Krav-Magá no seu idioma de origem. Contudo, também na “Bíblia” a filosofia não está explícita, mas escondida dentro dos movimentos e exercícios e apesar de conter explicações detalhadas das técnicas, a parte oculta ainda é maior do que a parte exposta, copiando, portanto, precisamente o modo de se expressar do meu pai, isto é, ou você entende ou não, simples assim. Destarte, o livro, sem dúvida, é destinado à pessoas com vasto conhecimento profissional do caminho do meu pai. De um lado, para seus mais próximos alunos, meu pai era uma figura paternal exemplar, que os educou, os ensinou auto-disciplina, regras de etiqueta e comportamento, como comer e como se vestir (normalmente de acordo com a “moda” européia, que era um pouco estranha para o quente Israel) etc., mas do outro lado, no que diz respeito ao aspecto filosófico do dia-dia, seus ensinamentos concentraram-se sempre nos movimentos que constituem o Krav-Magá por causa daquele medo elementar, primário. Ao falar do Krav-Magá, ele sempre focava nos elementos da defesa pessoal. Como uma pessoa que vivenciou o holocausto e viu toda sua família sendo massacrada pelos nazistas, e em seguida juntou-se aos Ingleses para combater os assassinos de seus familiares, ele reconheceu que o povo judaico estava sendo perseguido há milhares de anos. Tudo isso, junto com seu orgulho como um judeu que não aceitava nenhuma ofensa contra a honra de sua nação, e como os antigos profetas da Bíblia judaica, fez crescer a sua vontade vontade de dar para para o seu povo povo a capacidade de se defender. defender. Meu pai sabia que não é qualquer um que pode se tornar um guerreiro, mas aprender como se defender, cada homem, mulher e criança podem, como ele sempre dizia nas diversas entrevistas e reportagens feitas sobre ele. Talvez seja por isso e por ter conhecido seu povo que ele, deliberadamente, evitou divulgar de forma pública a parte filosófica de sua criação. Embora não falasse Hebraico fluentemente, criou alguns ditados usados frequentemente no Krav-Magá e na defesa pessoal e são eles que guiam e direcionam a filosofia da arte. Precisamos pesquisar e compreender a trajetória de vida do meu pai e assim enxergaremos o que está abaixo da superfície, o espírito que está escondido atrás dos movimentos e das regras. Este capítulo não está baseado em hipóteses e suposições, mas é escrito seguindo fatos concretos ao longo da criação do KravMagá. Somente uma ligação entre o lado teórico e o lado prático / profissional, ou talvez uma jornada antropológica para dentro da mente do meu pai e para o coração e a alma do Krav-Magá, possibilitarão uma iluminação para o aluno do Krav-Magá que está a sua procura. Como já mostramos em capítulos anteriores, as regras do KravMagá foram tiradas daqueles famosos ditados dele, mas uma análise mais profunda mostra outros lados e outros ângulos do meu pai que o colocam na posição de um 5. E nos livros: “Krav-Magá – Guia para Defesa Pessoal”, Editora Modan, 1988. “A Potência, o Mistério e a Verdade”, Verdade”, 1994. Ambos foram publicados somente em Hebraico.
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grande artista marcial, grande homem e importantíssimo criador de um caminho excepcionalmente inovador. O nosso único dever é concentrar nos ensinamentos implícitos do meu pai, nas coisas que ele dizia sem palavras. Grandes artistas, ao longo da história humana, esconderam seus pensamentos e crenças dentro de suas criações, alguns não foram decifrados até hoje. Bailarinos se expressam através de seus movimentos, cada um de acordo com seu talento individual, e da mesma forma temos que olhar na reflexão do caminho do meu pai em sua criação – o Krav-Magá. Não existe arte sem filosofia e agora também esta porta está aberta para nós. As próximas páginas não incluem toda a percepção filosófica do Krav-Magá. O assunto é muito mais complexo e longo do que este capítulo e meu único objetivo aqui é mostrar que existe sim um caminho que completa o lado físico e prático, como no capítulo “O espírito do Krav-Magá”. Segue aqui a proposta do livro de expor a arte original como meu pai a criou e não na forma que as pessoas que tentam reescrever a história querem mostrar. Cada artigo da pesquisa nos apresenta um pedaço adicional do quebra-cabeça de uma imagem mais ampla que representa a arte toda e tem como objetivo martelar as muralhas da ignorância que estão protegendo a falta de conhecimento profissional e a incapacidade física para aplicar as técnicas que meu pai criou. Só agora, depois de obter toda a informação factual, é que podemos compreender o caminho completo, certo e único do meu pai quando criou o KravMagá, como veremos no capítulo “Documentos e Testemunhos”.
Arte em criação, 1944.
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PARTE II
“QUE NADA SEJA ESTRANHO PARA NÓS” Apesar de todos os meus esforços para evitar o uso de exemplos práticos / profissionais, às vezes não há escape, e este artigo é uma dessas ocasiões, uma vez que aqui somente uma compreensão combinada dos lados teórico e prático nos dará a chave para a iluminação geral. Contudo, devemos agir de acordo com este princípio somente quando praticamos toda a gama de movimentos criados pelo meu pai, evitando basear-se basear-se em outras “técnicas” que usam o nome Krav-Magá, mas sem justificativa e direito para tal. Trinta e oito golpes com a mão, setenta e oito chutes, dezesseis livramentos somente em situações de estrangulamento de frente, oito defesas contra facada reta etc., são ótimos exemplos exemplos para o ditado “Que nada seja estranho estranho para nós”. Uma vez que entendamos esta máxima, compreenderemos toda a atitude e a percepção filosófica do meu pai quando criou o Krav-Magá como arte marcial para defesa pessoal. Ele repetiu essa lei sempre, dia e noite, em toda aula ou treinamento, chegando até o nível de lavagem cerebral (no sentido bom) de seus alunos. Por isso, entender essa frase é a principal chave, não somente para a concepção dele do KravMagá, mas da vida em geral. A frase simboliza a perfeição profissional que visionava e queria alcançar ao criar o Krav-Magá 1*. O “produto” acabado para ele significava ter em mãos uma arte absoluta, completa, que incluísse todos os movimentos e as possíveis situações na rua ou em qualquer outro lugar, para que servisse à necessidade de todos de aprender e saber os princípios da defesa pessoal, a componente basal do Krav-Magá. O título deste capítulo demonstra também os pensamentos mais básicos do meu pai: que nunca podemos saber como e quando seremos atacados, e se aprendermos a nos defender somente contra alguns ataques específicos, quem nos garante que na única vez que precisássemos proteger proteger nossa vida, o agressor usaria o ataque que que nós “sabemos”? E essa é exatamente a intenção na frase “que nada seja estranho para nós”. Como já mencionamos, meu pai foi mais longe ainda e buscou que seus primeiros alunos tivessem uma educação ampla e abrangente, também em áreas desligadas do Krav-Magá, como por exemplo: Judô, Pugilismo, Aikido, etc., com o intuito de prepará-los para o que vier. A idéia era que nunca podemos saber se o nosso oponente tem conhecimento em outras artes marciais. 1. Imi, que sempre inspirava a perfeição, visionava o Krav-Magá como arte marcial perfeita e não somente do aspecto profissional. Ele precisava mostrar aos seus colegas – os judocas, pugilistas, caratecas etc., que a arte que ele estava desenvolvendo iria muito além de uma coleção aleatória de golpes e chutes – a sua reputação e fama não o deixavam criar nada me nos do que o melhor. Os enormes esforços, complexas dificuldades e infinitas horas dedicadas ao ensinamento e aprendizagem da arte, tanto por ele como por seus alunos – tudo isso Imi não considerou como obstáculo. Na sua frente ele enxergava somente o produto acabado, e sendo ele mesmo um artista, sabia que alguns de seus alunos agüentariam as exigências e outros não – este é o caminho do universo.
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Muitas horas foram dedicadas pelo meu pai para o ensinamento de técnicas para “ler” a linguagem corporal do adversário. adversário. Se ficarmos numa posição, o inimigo pode usar chute para trás, e se ficamos numa outra posição então o rival usaria chute com avanço, ou em situação diferente tentaria só golpe reto com a mão, e assim por diante. Para cada exercício e movimento que ensinou, acrescentou uma técnica especial que mostra e explica como decifrar o ataque do oponente, antes mesmo que este começasse 2*. Os discípulos pioneiros alcançaram um nível tão avançado na leitura da linguagem corporal do atacante, que muitas vezes reagiram antes do ataque rival ser executado 3*, chegando a ter cem por cento de sucesso em situações de defesa pessoal, que é a parte mais importante do Krav-Magá e que hoje encontrase quase extinta, um fato que me impulsionou a iniciar esta pesquisa. A busca da perfeição pessoal e profissional que guiou meu pai serviu como o pilar da sua criação, como veremos mais adiante. Portanto, é difícil acreditar que concordaria e apoiaria cortar e diminuir a sua arte, como é apresentada hoje. Além Além do mais, a pesquisa comprova claramente que todas as alterações foram feitas depois de seu falecimento, utilizando seu nome de forma cínica. Um exemplo para isso seria a afirmação de algumas correntes de que não se usa Kimono (Judô Gi) no Krav-Magá e que qualquer roupa é adequada para os treinamentos. Pois, numa foto tirada junto com o Sr. Darren Levin, próximo ao falecimento do meu pai e na qual os sinais de sua doença já aparecem em seu rosto, vemos claramente que meu pai usa o Kimono branco e ele poderia obviamente vestir terno e gravata, já que o importante era a sua presença e não a roupa roupa que usava. usava. Porém, se esforçou-se esforçou-se tanto para vestir o Kimono, é por que tentou nos dizer algo, mesmo sem palavras. Ou seja, uma imagem vale mil palavras. E mais uma vez, devemos enxergar estes fatos como sendo parte do caráter histórico e prático do Krav-Magá. São os mínimos detalhes que compõem o KravMagá que o tornaram a arte que é hoje e lhe deram a sua notoriedade inicial. Profissionais da área de segurança pública em Israel, isto é, militares, policiais etc., experimentaram e perceberam que não há igual para os movimentos e técnicas que constituem o Krav-Magá, e, portanto, foi escolhido o melhor do gênero, não por nenhum outro motivo. Meu pai queria que cada aluno de Krav-Magá adquirisse com o tempo a capacidade de movimento e reação de tal nível que o deixaria sempre pronto para qualquer situação, a qualquer momento - uma atitude empregada empregada também 2. Apesar da inegável existência de uma diferença entre o aspecto filosófico e a concepção espiritual, em algum ponto no tempo e no espaço os dois se unem de forma inseparável. Adquirir a habilidade de ler a linguagem corporal do oponente e reagir de acordo é relacionado exclusivamente, neste caso, para o aprendizado de Zen dentro do Krav-Magá. Esse processo é descrito em Zen como a pureza da alma que leva o aluno, no final, para o ponto de reação “espontânea”, sem a qual não pode ser considerado um artista marcial. 3. Para esta finalidade mesmo, Imi inventou a técnica de 360 graus e suas diferentes variações, de defesa e de defesa e ataque combinadas simultaneamente. Quando fazemos a técnica de forma correta, a mão que ataca atinge o oponente antes mesmo de fazer a defesa, ou seja, é o velho e bom princípio de “a melhor defesa é o ataque”. Depois de conhecer essa técnica, podemos imaginar que, ao cria-lá, Imi foi inspirado pela arte japonesa do Kendo, na qual esse exercício é realizado com espada feita de madeira ou bambu.
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pelo exército israelense, sem nenhuma relação ao Krav-Magá. A pressuposição é de que um treinamento adequado e suficiente estique e torne mais flexíveis os nossos músculos, suavizando-os e deixando-os prontos para ação. Os nervos que são responsáveis pelas reações de nosso corpo também ficam mais sensíveis e agem com mais rapidez e exatidão. E, acima de tudo, o nosso cérebro aprende a controlar instintivamente o bem treinado corpo e, em momento de perigo, ele funcionará sozinho, de forma “espontânea”, sem a necessidade de passar por um processo cognitivo / preparatório. Um movimento instintivo é sempre mais rápido do que uma ação resultada de um pensamento, que é relativamente lento. Este processo pode ser visto em alunos que aprendem as primeiras fases de como realizar lutas. O corpo reage automaticamente e sem pensar e só depois de algum tempo os alunos param para examinar os movimentos exatos que realizaram. A técnica / concepção é igual à percepção japonesa da arte de arco e flecha. Deixem o corpo funcionar sozinho, ele sabe melhor do que nós como alcançar o caminho mais rápido e mais curto 4*. Meu pai costumava contar e trazer exemplos de soldados que, quando estavam em combate e sob fogo, operaram sem hesitar e sem refletir sobre suas ações imediatas e ao fazer isso salvaram sua própria vida e muitas vezes também vidas alheias, de amigos e guerreiros. Esse método perfeito que meu pai começou a desenvolver no ano de 1965, constituiu uma novidade no mundo das artes marciais - táticas e estratégias de implementação que compõem hoje em dia os programas de treinamento de unidades de elite das áreas policias e militares que trabalham com diferentes modelos 5* ao preparar-se para uma certa operação em território hostil. Este ponto de vista militar comprova o fato de que talvez não seja necessário ter experiência de combate e educação militar no exército israelense (meu pai lutava no exército britânico, mas em Israel serviu apenas como instrutor de defesa pessoal). Mas ainda permanece a questão de por que nunhem daqueles que querem re-escrever a história do Krav-Magá nunca tomou parte em combate. Talvez seja por isso que tentam modificar os fatos reais, para cobrir sua falta de conhecimento e entendimento mínimos, que cada guerreiro no exército israelense possui. Como lutador e boxeador, meu pai compreendeu completamente o significado do ditado “esteja sempre preparado”, e jamais perdeu uma oportunidade de defender sua honra ou a honra do seu povo, numa época em que atos diários de violência contra judeus eram comuns. Uma quantidade respeitável daqueles agressores sentiu a ira do braço dele. 4. Ao lecionar as oito defesas de Defesas Externas (De Hebraico : Haganot ), Imi explicou por Haganot Hitzoniyot ), que existem as três primeiras defesas que são, ao mesmo tempo, tão parecidas e tão diferentes umas das outras: em momento de perigo, o nosso corpo escolherá automaticamente o movimento mais natural para ele. Mas ainda, cada c ada praticante deve dominar as três defesas como se todas tod as fossem naturais para ele. 5. Não devemos concluir disso, de forma alguma, que o Imi tinha alguma relação com o desenvolvimento desenvolvimen to de treinamento com modelos ou que ele trabalhou com qualquer tipo de material militar, nem mesmo quando o assunto é Krav-Magá.
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Prontidão significa um estado absoluto. Soldados que servem em unidades de combate repetem dezenas e às vezes centenas de vezes o treinamento sobre cada modelo, até alcançar a perfeição. Em combate, quando as balas passam perto e a morte parece iminente, somente uma preparação sem falhas poderia salvar o soldado e seus companheiros. Em unidades combatentes, os termos “prontidão” e “perfeição” não são considerados um exagero, ao contrário. Então por que não devemos obter o mesmo no Krav-Magá ? Pois até a versão curta do Krav-Magá, que é ensinada no exército, baseia-se no mesmo princípio 6*. Temos o dever de enxergar os fatos de todos os ângulos e pontos de vista, para poder entender o caminho que levou à criação do Krav-Magá e para poder perceber o que está ocorrendo hoje com o KravMagá. A natureza cedeu para nós, humanos, sentidos diferentes para que possamos observar o que acontece ao nosso redor. redor. Cada criatura na natureza recebeu diferentes sentidos com diversas características, de acordo com seu habitat e condições de sobrevivência. Os humanos ganharam a inteligência e a capacidade de aprender, e, ao ignorar isso, estamos agindo estupidamente contra a natureza humana. Neste ponto faremos uma ligação com um outro ditado do meu pai que já foi mencionado no livro, mas aqui ele ganha uma outra dimensão, com duplo significado, uma vez que o examinamos de um ângulo diferente. O princípio básico e elementar para a prática da defesa pessoal, sem o qual a defesa pessoal não existe, é: “ Defesa específica contra ataque específico ”. Mas o que significa isso? Será que o professor precisa dizer ao aluno, que está começando a sua primeira aula e deseja saber a forma dos treinamentos futuros, que ele terá que aprender como fazer defesa contra qualquer ataque possível? A resposta é positiva. Meu pai criou o Krav-Magá como arte marcial perfeita, incluindo nela toda situação e ocorrência possíveis 7*. Muitos, erroneamente, pensam que meu pai criou o Krav-Magá juntando golpes, chutes, defesas, ataques etc., mas na verdade aconteceu exatamente o contrário: meu pai simulou em sua mente possíveis situações de perigo e criou defesas e ataques adequadas para cada situação. Se percebesse a necessidade de algum golpe especial, ele o inventaria, e o mesmo para diferentes tipos de chutes ou defesas. Quando houve necessidade, ele acrescentou o movimento ou a técnica. Meu pai trabalhou de fora para dentro, ao contrário do método normal, que emprega o sistema de dentro para fora. 6. Hoje em dia é ensinada no exército israelense uma versão curta e cortada do Krav-Magá. Trata-se de um curso com duração média de 7-10 dias, algumas horas cada dia e, portanto, a quantidade de matéria ensinada é bem limitada. A ênfase é dada para a qualidade e não para a quantidade das técnicas lecionadas. Os programas de treinamentos na escola de capacitação física para combate ainda são os mesmos escritos pelo Imi. Os cursos que são oferecidos atualmente e divulgados como “cursos de Krav-Magá militar” não tem nada em comum com os conteúdos e matérias dos cursos de Krav-Magá do exército Israelense. Por exemplo, nas forças armadas há grande ênfase sobre o ensino das quatro técnicas de controle do pé. O exército disponibilizou a favor da pesquisa alguns de seus programas. 7. Exatamente como criou a técnica de controle sobre o pé nos diferentes chutes, com as quatro posições separadas, cada uma com outra forma de trabalho, justamente para que nada seja estranho para nós. Essa técnica existe somente no Krav-Magá e muitos praticantes de outras artes marciais têm dificuldades para dominá-la, apesar de não ser considerada difícil pelos alunos de Krav-Magá. A técnica é uma das características profissionais típicos do Krav-Magá.
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Esta é a grandeza dada por ele ao Krav-Magá – a inseparável junção e a inclusão dos dois ditados (“que nada seja estranho para nós” e “defesa específica contra ataque específico”) como parte das regras fundamentais da defesa pessoal, o principal componente do Krav-Magá. A mais importante mensagem das duas máximas talvez seja: “Devemos saber tudo, não há atalhos no Krav-Magá, quanto mais soubermos - mais preparados ficamos”. Esta é a chave para o conhecimento e a habilidade que garantem a nossa segura volta para casa. Eli Avikzar, Avikzar, o primeiro aluno do meu pai, levou o ditado “defesa específica contra ataque específico” um passo grande para frente, estabelecendo que uma defesa fracassada vire luta. A afirmação é correta, e somente um aluno do meu pai, com um talento natural tão grande para a realização de lutas, poderia interpretar a frase de tal modo. Por outro lado, um outro aluno do meu pai tentou uma diferente interpretação deste tipo de situação e alegou que um ataque que falhou deve continuar na base de ataco – defendo – ataco 8*, uma afirmação ignorante e estúpida. Muitos dos primeiros dez alunos, que fizeram parte ativamente na construção do Krav-Magá, ficaram bastante aborrecidos quando meu pai resolveu, no final, incluir dois movimentos curtos desse tipo na matéria de faixa preta. Contudo, meu pai baseou aqueles movimentos / defesas sobre outro princípio e assim os tornou um pouco mais práticos e reais, uma vez que o Krav-Magá oferece soluções de ataque e defesa também para casos de múltiplos agressores. Portanto, o modo de “ataco – defendo - ataco” possui pouca importância e deve ser considerado como uma pura megalomania de uma pessoa só e nada mais. Meu pai era conhecido como homem sério e altamente responsável. Nunca era de seu costume usar frases como “vamos dar um jeito” ou “não se preocupe, vai dar tudo certo!”, ele não diria uma coisa sem ter certeza absoluta da veracidade de suas palavras. Ainda vivem em Israel centenas de pessoas que conheceram meu pai pessoalmente, e inúmeras inúmeras entrevistas feitas com aqueles conhecidos, amigos, colegas e antigos alunos nos forneceram provas concretas que comprovam consistentemente a sua trajetória de vida e a sua concepção. Então, por que devemos acreditar que um homem glorioso como ele, sabotaria deliberadamente a sua obra? Será que aceitaríamos aqui uma repetição do notável episódio do “sacrifício de Isaac” de uma pessoa secular e sã? Vamos examinar os acontecimentos de um diferente ponto de vista, focalizando a história pessoal do meu pai, que todos conhecem. Em vários artigos publicados com ele em jornais e revistas, uma imagem está clara: quando se tratava de seu orgulho como judeu, meu pai nunca hesitou e sempre estava pronto para golpear quem ousasse ousasse ofender seu povo. Ele entraria na luta sem prévio planejamento e pensamento. Sua autoconfiança e sua certeza em suas habilidades e técnicas lhe deram a vantagem de poder pular por cima do obstáculo pensativo. 8. A idéia foi copiada de uma técnica de Kung-Fu chamada Pa-Quá, que é praticada principalmente por mulheres. A técnica é adequada para os praticantes pratican tes de Kung-Fu e é ligada a outra técnica técnic a chamada “pushing Hands” (de Inglês: mãos empurrando). Contudo, essa técnica não se combina com o KravMagá de forma alguma. O nome da pessoa em questão está guardado em nossos arquivos.
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O processo de capacitação do atleta é longo e cansativo e durante muitos anos é exigido do atleta praticar também modalidades que não estão diretamente ligadas ao seu esporte específico. Exercícios de força, velocidade, flexibilidade, resistência, resistência cardíaca, crescimento da massa muscular, diminuição da massa muscular, rapidez etc., e essas são somente algumas características gerais. Além disso, para cada modalidade há inúmeros treinos específicos que o esportista precisa completar. O atleta esforça-se ao máximo para aquele único momento no qual levaria a medalha. Lembramos que cada competidor é acompanhado por uma ampla e diversificada equipe de treinadores e auxiliares, especialistas, nutricionistas, psicólogos e outros profissionais. A pessoa dedica toda sua vida para uma modalidade esportiva e ao chegar para idade mais avançada, quando o corpo começa a mostrar sinais de cansaço, ela se aposenta e muda de profissão. Às vezes continuará trabalhando como treinador de outros atletas de sua área, e por vezes praticará uma outra atividade, sem nenhuma relação com seu passado esportivo. Mas não meu pai. Ele era lutador de Greco-Romano, pugilista, trapezista no circo, dançou valsa, era Judoca e praticou também Jiu-Jitsu Japonês, e na idade que a maioria das pessoas se aposenta, literalmente, ele começou a criar uma arte marcial para defesa pessoal, a melhor do gênero no mundo. Vemos Vemos aqui novamente que meu pai cumpriu, ele mesmo, tudo que exigiu dos outros: primeiro ele fez e só depois, quando já tinha criado o Krav-Magá, demandou dos outros. Porém, mais do que tudo, essas ações mostram a forma como ele viveu e como se capacitou para qualquer situação possível, baseando-se no princípio de “que nada seja estranho para nós”, numa época em que no Ocidente o termo “defesa pessoal” praticamente não existia ainda. Sendo um lutador de Greco-Romano, sentiu a falta de saber golpes e, portanto, chegou ao Boxe Inglês, que era considerado naquela época um esporte nobre, praticado por cavalheiros. Para adquirir habilidades e qualidades físicas excepcionais, ele tornou-se trapezista, Judoca e praticou Jiu-Jitsu Japonês, e em seguida entrou no mundo da dança, com o intuito de se suavizar até o máximo. Não é possível possível determinar com certeza se estudou e treinou todas essas modalidades sabendo que um dia as usaria para criar uma nova arte marcial, ninguém pode saber isso hoje, e, aparentemente, no passado, também ninguém sabia. Mas, seguindo o caminho completo do meu pai através do Krav-Magá completo, podemos perceber sem dúvida a presença de todas as habilidades que ele obteve na sua juventude. Os chutes voadores que parecem o trabalho de um trapezista, a delicadeza do “Cavaler” em defesas contra faca, quando quebramos suavemente a mão do oponente em três lugares diferentes. É esta incontável força que constitui o segredo do Krav-Magá: a capacidade de matar com o movimento de um dedo, mas com a suavidade de um artista do Balé (infelizmente hoje em dia poucos professores de Krav-Magá ainda ensinam Todos os fatos aqui mencionados nos levam à uma conclusão: meu pai criou e isso...). Todos fundou uma arte marcial perfeita e absoluta. A ideia de “que nada seja estranho para nós” não existe em nenhuma outra arte e talvez tenha sido uma força superior que direcionou a trajetória do meu pai nos anos antes da criação do Krav-Magá. 189
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E aqui temos uma outra chave para entender o caminho do meu pai e do KravMagá como arte marcial para defesa pessoal e como uma das artes marciais com o maior número de movimentos e técnicas. E de novo, somente uma compreensão total do caminho do meu pai nós dará a capacidade de entender a sua dimensão completa, como, por exemplo, todas as sessenta e duas técnicas básicas do Krav-Magá.
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PARTE III
SEJAM SUAVES Treinar cada dia, cada hora, cada minuto, este é o nosso compromisso como praticantes de Krav-Magá. Treinar muitos anos até alcançar uma perfeição física e mental, este é nosso dever para nós mesmos e para nossos alunos. Treinar no caminho certo é a nossa obrigação suprema, treinar para sermos mais rápidos, ter melhor flexibilidade, para ficarmos mais fortes, maiores, mais assustadores, mais bem treinados. Sim, estamos obrigados. Mas, acima de tudo, existe uma obrigação diferente, díspar, com inteligência própria. Precisamos treinar corretamente. Desde os primeiros dias da humanidade, quando o homem começou a caçar e cozinhar seus alimentos, a arte foi passada de pai para filho. Sempre, os melhores alunos buscavam os melhores professores. Prezados leitores – aqui está a sabedoria toda!
Suavidade não significa fraqueza, e fraqueza não significa estupidez. Uma das exigências do meu pai durante as aulas, que com o tempo tornouse um modelo para a correta realização das diferentes técnicas e também uma base elementar para a compreensão de diversos movimentos, complexos ou simples, era a suavidade. Especialmente quando se trata da parte da defesa pessoal, o principal elemento do Krav-Magá, devemos ter movimentos suaves, como parte de uma concepção geral, que nos levará a entender os princípios dos movimentos no KravMagá, e consequentemente, o Krav-Magá todo. Meu pai afirmou que pessoas sem conhecimento prático adequado e sem a capacitação profissional suficiente, sofrem de falta de autoconfiança, isto é, não têm confiança em sua capacidade individual, nas técnicas e nas defesas que eles devem realizar, no seu professor e, no final, também não têm confiança no KravMagá. Força física sem dúvida é uma forma de autoconfiança, e o homem, desde sempre, desejava aumentar e fortalecer seus músculos e logo fazer crescer sua força. Uma pessoa com força física grande e visível se traduz para: “cuidado, sou forte e perigoso!” e realmente alguns levantadores de peso possuem força admirável, mas não relevante à concepção do Krav-Magá. Portanto, quando reparamos em pessoas que aplicam força para fazer alguma defesa ou livramento, podemos concluir que: A - eles não são treinados no caminho certo e B – a sua fraqueza é identificada através de suas ações 1*. Examinaremos, por exemplo, livramento de pegada de mão quando a direita segura a esquerda e vice-versa. Esta é uma técnica clássica de uso da força do oponente contra ele mesmo, enquanto nós aplicamos somente o “poder da suavidade” 2*. Outro caso seria livramento de pegada de pescoço do lado – num 1. Não queremos insinuar aqui que é errado malhar com o objetivo de ganhar massa muscular e força, mas somente explicar o caminho do Imi e o significado do elemento da suavidade. Imi mesmo mandou vários de seus alunos praticarem “bodybuilding”, para aumentar um pouco seus pesos, não tanto para o intuito do Krav-Magá, como pela estética física. 2. Qualquer praticante de Aikidô, Iaidô ou Kendô conhece conhe ce a forma suave de segurar a espada e a enorme potência de corte que a espada possui, justamente por causa da suavidade. Imi não copiou aqueles movimentos, mas inventou outros e os escondeu como o coração da cebola, debaixo de inúmeras camadas. A verdade está nas profundidades da arte e quando o aluno alcançar a suavidade, descobrirá também a verdade. Ou seja, novamente presenciamos a ligação entre o prático e o filosófico, comum a todos os livramentos e defesas do Krav-Magá.
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movimento suave e delicado colamos o nosso corpo ao do oponente e ao mesmo tempo mordemos seu peito – é uma ação simples, mas com resultados inesperados e imediatos (a mordida certa pode causar ferimentos iguais aos de uma faca da). A “suavidade” que meu pai criou não se refere somente ao aspecto literal da palavra, como se fosse uma massa de modelar em nossas mãos, mas a um processo cognitivo, ou seja, fomos pegos, está certo, porém não começaremos agora uma luta com o agressor agressor que, sem 3* dúvida, está numa posição de vantagem. Muito pelo contrário , não tentaremos nos afastar do oponente, mas nos aproximar dele, mordendo-o com toda a nossa potência. E lembrem: os músculos responsáveis pelo fechamento da mandíbula são entre os mais fortes do corpo. E estes são somente dois exemplos, existem muitos outros ao longo do Krav-Magá todo. A “suavidade” do meu pai não significa ter músculos frouxos por causa da falta de atividade, pelo contrário, o praticante do Krav-Magá deve sempre estar altamente pronto a cada momento. A suavidade é destinada para a realização das técnicas e das defesas, uma vez compreendido por completo o seu significado. Quando ficamos tensos e nossos músculos endurecem e se esticam até o máximo por causa de alguma situação na qual enfrentamos um oponente, é provável esgotarmos nossas reservas energéticas rapidamente e, portanto estaremos na desvantagem quando precisarmos atacar ou defender. Ademais, para saltar em direção a oponente, é necessário primeiro relaxar o tônus muscular e só depois pular para frente – o corpo simplesmente não é capaz de passar de um estado de total tensão para outro estado parecido – deve haver um ponto “suave” de transição, de relaxamento do corpo. Este momento de alteração – de tensão para descanso e depois novamente ir para frente – é mínimo e quase não detectável 4*. Mas ainda, quando dois rivais bem treinados ficam em pé e num mesmo momento atacam ao outro, naquele curtíssimo tempo-chave, cada fração de segundo é determinante e pode fazer a diferença entre vencer e ser derrotado, entre viver e morrer. Vejam os nadadores que ficam em pé, prontos para pular à água. Seu corpo dobrado para frente, pronto para o salto, mas ao mesmo tempo completamente “suavizado”, esperando o sinal. A própria postura dos nadadores já indica a suavidade, como pode ver qualquer um com um pouco de conhecimento na arte de leitura da linguagem corporal. A mesma situação existe também em corredores que estão nos seus postos antes do início da corrida – a posição do corpo é suave, preparado, esticado, mas de forma alguma rígido e duro. Os exemplos continuam em todas as modalidades, como em outras artes marciais, que são naturalmente “suaves”: Judô, Jiu-Jitsu Japonês, Yudeko, Kendo, Kung-Fu etc.. E já que tocamos em corridas, seria um bom exemplo para examinar o momentom da força. Antes da corrida, mantemos nosso corpo relaxado, suave, e economizamos a energia para investi-la depois nos movimentos da corrida. De 3. Livramento de agarramento de trás: primeiro movimento – simplesmente dobramos o corpo para baixo e para frente. Um movimento tão suave, mas que tornará quase impossível para o atacante levantar nosso corpo e nos levar para algum lugar ou arremessar para o chão. 4. Apesar do curtíssimo tempo de 0,012 do segundo, é o suficiente para diferenciar entre vitória e derrota. Todos procuram ficar mais rápidos e velozes, então, eis a resposta.
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forma igual enfrentamos o oponente. Na técnica de chutes em perseguição estamos no auge de nossa prontidão e concentração, contudo o corpo e o pensamento estão suaves e preparados para o pulo para frente, não há outro caminho. Quando estamos duros e fechados, nos tornamos prisioneiros da preparação, ao invés de focalizar no aspecto importante: chegar até o nosso rival e elimina-lo. Uma postura mais suave significa também melhor percepção do ambiente próximo e mais facilidade para enxergar e identi i dentificar perigos adicionais. A rigidez e a força sempre fecham nossos sentidos, escurecem nossos pensamentos e nossas ações e dificultam a visão periférica. Quando meu pai falou sobre como a suavidade é concebida no Krav-Magá, ele sempre mencionava o modo, que era de costume nos anos quarenta e cinqüenta do século XX, de fazer defesa contra ataque de bastão e que era uma das únicas defesas existentes em outras artes marciais quando o Krav-Magá começou a ser criado. A mais clássica de todas foi a defesa contra ataque de bastão de cima, isto é, direcionada para a cabeça do defensor. A forma mais popular de defender naquela época constituiu em levantar a mão (não importa qual) num ângulo de 90º, sendo que a defesa é feita contra o próprio bastão, semelhantemente ao primeiro movimento de Trezentos e Sessenta Graus. Porém, esta técnica sempre deixava meu pai horrorizado e com pena de quem tentava aplicá-la, uma vez que o bastão tem potência suficiente para quebrar o braço do defensor e continuar e esmagar a cabeça dele também, tudo isso num movimento só. Já a defesa que meu pai inventou 5* tem movimento um pouco mais longo, mas a longitude deve ser medida pelo final do movimento de defesa, e não pelo início e, portanto, nada impede que as defesas que meu pai criou sejam consideradas as mais eficientes jamais desenvolvidas contra os diversos tipos de ataques com bastão. Novamente, uma vez compreendidos os movimentos da defesa, percebe-se a suavidade do corpo e do braço que defende quando ele desliza em direção a mão que segura o bastão, e como o bastão escorrega sobre o braço que defende. Mesmo se existe algum ponto de encontro e impacto entre a madeira e a mão que defende, a eficácia do golpe do bastão já foi bastante amortecida por causa da nossa entrada para dentro do ataque rival, e o perigo prático de quebrar a mão que protege não existe mais. Com a mesma convicção temos que aprender o primeiro livramento de estrangulamento de frente. Poucos dos alunos e professores de Krav-Magá, hoje em dia, conhecem o caminho certo e exato para aplicar este livramento, e, portanto, utilizam muita força física de forma desnecessária. O uso de força requer tempo, e quando estamos sendo enforcados, tempo é um recurso indisponível. Ademais, o modo de emprego da técnicaindica conclusivamente que essas pessoas não conhecem e não entendem como o estrangulamento é feito, e a escassez de uma técnica resulta 5. Só para deixar bem claro: apesar de todos os instrutores de defesa pessoal, Kapap (combate corpo a corpo), fuzil contra fuzil, etc., Imi criou e desenvolveu essas defesas contra bastão. Todos aqueles que afirmam ser eles mesmos os inventores da técnica, estão abusando do falecimento do Imi, que não pode se defender. Essas pessoas estão roubando algo que não é deles e nunca foi, especialmente no caso de alguns israelenses que tentam criar “novos” fatos históricos.
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na carência de conhecimento sobre a outra. Se soubessem como atrelar “o poder da suavidade” a seu favor, conseguiriam fazer o livramento sem nenhum problema, e era exatamente esta a intenção do meu pai quando criou os movimentos suaves de sua arte. Outro exemplo são as diversas técnicas de rolamentos no Krav-Magá. Também aqui meu pai exigiu, em primeiro lugar, suavidade perfeita nos movimentos. Uma bola, ele explicou, sempre rola para frente, para trás e para os lados com movimento “suave” e fluente. A bola não cai e não tropeça em nada no seu curso, não tem ângulos agudos ou retos como seu “familiar”, o quadrado – cubo que não pode rolar, mas somente cair de uma superfície para outra. Nós, humanos, temos músculos e ossos longos, o que torna muito difícil a realização de um rolamento perfeito. Vejam por exemplo os “nossos parentes” - os macacos. Seus corpos são altamente adequados para fazer rolamentos e nós, apesar das dificuldades, devemos copiálos: rolar de um lado para o outro e em qualquer situação, como se fôssemos uma bola. Não podemos cair e levar uma uma pancada que que paralisaria nossas nossas reações. Quando ensinou como tomar controle em situações de reféns, meu pai demorou meses até conseguir ensinar a forma correta de fazer o rolamento especial que ele desenvolveu unicamente para este fim, e somente depois ensinou o resto do exercício. Pensem que estão rolando sobre cascas de ovos e estão proibidos de quebrar alguma delas – essa é a forma de aplicar o rolamento, ele explicava, ilustrando il ustrando assim a suavidade na técnica de rolamentos em Krav-Magá. Exclusivamente através destas lentes da suavidade podemos examinar todas as técnicas existentes na arte do meu pai, saber se estamos no caminho certo. E aqui está um outro ponto interessante: o Judô é uma arte suave, assim como o Kung-Fu, o Aikidô e outras artes marciais, mas em nenhuma delas é possível achar anotações que esclareçam e mostrem o significado de ser suave. De novo, meu pai foi o primeiro que ousou usar essa expressão 6*. Ele mesmo possuía um poder físico considerável e tinha uma firme percepção da força. Em várias ocasiões ele afirmou que existem técnicas de livramento que requerem uma certa aplicação de força, às vezes até muita força. Mas a suavidade que resulta na velocidade nos permite agir com eficiência incomparável, e é ela que deu ao Krav-Magá a sua grandeza e glória. E eis a fórmula definitiva que explica, de uma vez por todas, o termo suavidade e porque não há uma verdadeira necessidade de utilizar força no KravMagá, comprovando que os professores que encorajam o uso da força não ensinam realmente Krav-Magá. Dividiremos a força em unidades de um a dez. Supondo que o meu adversário possua todas as dez unidades de força, enquanto eu teria somente sete unidades. Nesta situação, fica evidente que o oponente tem força relativamente superior e ele me vencerá em qualquer tipo de confronto direto. 6. O Judô é uma arte suave, porém a verdade é um pouco diferente, uma vez que a tradução do nome Judô significa “o caminho delicado” e não necessariamente o caminho suave.
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Contudo, quando o rival me atacar, eu, ao invés de resistir a sua força, moveria para trás ou para a lateral mantendo meu equilíbrio equilíbrio total, fazendo ele inclinar para o lado ou para frente e ele perderia seu equilíbrio completamente, e, como resultado, sua força relativa também cairia, não porque ficou fisicamente mais fraco, mas por ter perdido seu equilíbrio e por estar numa posição inadequada. Assim, sua potência diminuiria para apenas três unidades, enquanto eu manteria todos meus sete pontos de força. Agora poderia prevalecer sobre meu oponente, mesmo sem usar toda minha força. Exemplos como este estão em todas as técnicas do Krav-Magá, da primeira a última. Nós só precisamos aprender na forma certa e com o professor certo. “Quando ficamos suaves, podemos controlar o ambiente, quando estamos duros, é o ambiente que nos controla ”. Técnicas brutais que empregam considerável força são dominantes hoje em dia, na maioria das artes marciais não-institucionalizadas e, infelizmente, também no Krav-Magá a concepção dominante é força, força e mais força. Mas será que esta realmente é a resposta para tudo? Todos temos a quantidade necessária de força ou será que os treinamentos são destinados para os mais fortes? Muitas das aulas em nossa época parecem ter mais violência do que nas ruas e não era essa a intenção do meu pai. Ignorância profissional, medo e vontade de satisfazer aos alunos são os únicos responsáveis pelo surgimento deste fenômeno, que não tem nada em comum com os caminhos do Krav-Magá. É preciso entender, saber isso, e talvez tenham a sorte de ver essas técnicas realizadas de forma correta, e assim compreenderemos o Krav-Magá que meu pai criou – uma arte marcial adequada a todos. Não precisamos e nem devemos responder à violência com violência, esse não é o caminho das artes marciais. Responderemos à violência da forma que o oponente não espera e assim neutralizá-lo-emos mais rápida e elegantemente.
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PARTE IV
O professor como modelo para imitação Faça o que pode, mas faça certo. Sobre esta premissa meu pai baseou os princípios da defesa pessoal no Krav-Magá. Dependendo do ponto de vista, percebe-se uma certa arrogância nesta afirmação, mas mesmo se isso fosse o caso, este tipo de arrogância não ultrapassa os limites razoáveis, pois, afinal, meu pai merece levar algum crédito. O ditado que me imite” foi uma das únicas vezes que meu pai expressou-se vem dizer: “ Me olhe e me de forma tão arrogante, contudo, devemos primeiro compreender o total significado desta frase. A primeira coisa que meu pai fez quando abriu a sua academia na Rua Pinsker 27 / esquina com Avenida Trumpeldor, na cidade de Tel-Aviv, foi escrever essas palavras ao longo da parede toda e embaixo delas realizava a saudação no início e fim de cada aula. O ponto de partida do meu pai como professor e treinador fundamentou-se nos princípios da aprendizagem, ou seja, ele passou para eles todos seus ensinamentos seguindo a concepção de que seus alunos são aprendizes ou discípulos de um artista e, portanto, o modelo que ele seguiu em suas aulas e ensinamentos baseava-se nele mesmo – no meu pai. Códigos de comportamento, técnicas de movimentação e, acima de tudo, ele sempre explicava repetidamente: “Se eu consigo fazer o movimento, então todos podem fazer corretamente o exercício ” ( lembrem que naquela época meu pai estava chegando aos seus sessenta anos). Depois explicaria com exatidão a sua intenção, exigindo de todos, no mínimo, o mesmo nível de performance que ele demonstrou. Apesar de no Tatami as palavras possuírem significados diferentes, uma coisa estava clara: era necessário repetir e fazer o mesmo como meu pai. Para dar mais ênfase às suas explicações, ele desenvolveu um método especial de ensino, destinado principalmente aos movimentos que eram difíceis para ele por causa da sua idade avançada e de sua condição de saúde. Naquela época, os médicos já o proibiram de rolar, realizar quedas e movimentos rápidos e repentinos. Aviva, que era um tipo de combinação de recepcionista, gerente da academia em Tel-Aviv e amiga próxima, assumiu também o cargo de “cão de guarda” do meu pai. Se ela só pensasse que meu pai estava prestes a demonstrar algum movimento proibido, ela imediatamente dava liberdade a sua língua língua afiada, algo no estilo de: “o que aconteceu, os jovens aqui já não podem demonstrar as técnicas eles mesmos ?” Naquelas situações meu pai pai escolheria o aluno que em sua opinião aplicou a técnica na maneira mais perfeita e o chamaria para um dos cantos do Tatami para explicar, ensinar e aprimorar suas técnicas até que tudo ficasse do jeito que ele queria. Então ele colocaria o aluno eleito para aquela demonstração específica em frente à turma e diria: “este movimento é o mais exato que tem, façam como ele ”. Desta forma ele criou um reflexo dele mesmo, como modelo para imitação. Meu pai acreditou densamente que o professor deve mostrar o caminho primeiro, ser o primoroso exemplo, o espelho da perfeição, e só depois trabalhar pessoalmente com o aluno. O pensamento básico aqui é: se o aluno não tem a quem imitar, como saberia o que 196
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deve fazer 1* ? Se o aluno tentasse procurar as respostas dentro de si mesmo, nunca chegaria aos mesmos movimentos criados pelo meu pai, e assim morreria o KravMagá. A concepção de meu pai do professor como modelo para imitação era talvez mais importante do que o Krav-Magá todo. Na verdade, ele afirmou que sem professor para imitar o Krav-Magá sumirá, e o mesmo acontecerá com qualquer outra arte marcial. Artistas sempre são objetos de imitação para outros artistas. Obras primas sempre serão analisadas e copiadas por outros artistas. Cada um quer criar mais, melhor, mais bonito, ser mais famoso e ganhar mais respeito. Estes são alguns dos pontos marcantes que fizeram parte na criação da concepção do meu pai. Já no primeiro curso de instrutores no ano de 1971, meu pai dizia aos integrantes do curso: “Quanto melhores vocês serão como instrutores, melhores serão seus alunos, e isso é meu objetivo, o do Krav-Magá e o nosso objetivo comum ”. O modo de pensar dele fazia parte de sua ingenuidade natural e ele explicava explicava seus pensamentos em cada oportunidade, e em algumas reportagens em jornais até exigiu que suas palavras fossem citadas precisamente. Meu pai acreditou genuinamente que se ele, como professor e ser humano, agisse de forma honesta e digna com todas as pessoas ao seu redor, e especialmente com seus alunos que o viram como exemplo a ser seguido, então todos o imitariam e se tornariam assim pessoas melhores, e, no final, também poderiam criar um mundo melhor. Mas, na realidade, as coisas nem sempre funcionam como nós queremos, e de fato só pouquíssimos de seus alunos realmente seguiram seu caminho, tanto no aspecto social, como, infelizmente, também no aspecto profissional. Meu pai, prevendo o futuro e percebendo que nem todos conseguiriam aplicar corretamente o conjunto inteiro de movimentos, defesas e exercícios, entendeu que, como consequência direta dessa impotência, algumas al gumas técnicas seriam cortadas e tiradas do Krav-Magá, e ele transformaria numa coisa completamente diferente, inferior à arte que criou. Portanto, já no ano de 1967, ele estabeleceu uma “regra de ferro”: “ Faça o que pode, mas faça certo”. A explicação que deu para este princípio era simples. Às vezes, quando foi perguntado diretamente sobre a frase, ele se esforçou para explicá-la na maneira mais simples possível, detalhando até o máximo, para que todos entendam e para que não haja nenhuma interpretação inadequada. Cada um tem que trabalhar de acordo com suas condições físicas, mas ao mesmo tempo deve manter o movimento original e completo do Krav-Magá. Você Você não consegue chutar na altura do queixo? Tudo bem, chute mais baixo, o importante é que mantenha o caminho certo de chutar e as fases do chute. Cada indivíduo recebeu da natureza outro nível de flexibilidade – um levanta a perna para altura de dois metros sem dificuldades, e o outro se esforça até o máximo para alcançar um metro. 1. Mesmo com um olhar super ficial, podemos claramente distinguir os movimentos corporais característicos de cada arte marcial e se tais movimentos existem também no Krav-Magá. Este era um motivo de grande orgulho para Imi, que estava e stava satisfeito por sua arte ter sua própria linguagem corporal. Esta foi sua intenção ao afirmar que sem instrução visual correta o aluno não saberia seus objetivos.
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Mas ambos devem ser guiados pelo mesmo princípio – sempre manter as regras de movimentação do Krav-Magá, ou seja, o grau de performance necessariamente tem que ser perfeito. A postura antes do chute, a posição final do movimento, a posição dos pés antes e durante o chute e também no caminho de volta, o joelho na perna que chuta e o joelho na perna de apoio, a bola do pé no final do chute, a posição do pé no término do chute, cada chute e seus movimentos específicos – bola do pé, sola do pé, faca do pé e calcanhar. Ênfase maior ainda tem que ser dada à chutes voadores e chutes para trás, onde há uma importância máxima para a posição toda em relação ao movimento da perna que chuta. E assim continuando, movimento atrás movimento, exercício atrás exercício. Um dos exemplos favoritos dele eram os rolamentos. “Olhem”, explicava, “apesar de que eu não posso mais fazer rolamentos, cada um de vocês faz isso de forma perfeita e exata, e este é o ponto mais importante quando vocês forem instrutores. O principal é saber ensinar aos outros. Sempre terão alunos que entenderão e executarão precisamente suas instruções e eles poderão servir como o motor do grupo e serem modelos para a correta aplicação das técnicas ”. O professor não pode simplesmente ficar olhando do lado e dar ordens por “controle remoto”. Esta atitude é adequada para professor da primeira série, que não tem a mínima obrigação com seus alunos, além de ficar em frente a um quadro vazio e preenchêlo de bobagens educacionais que geralmente não levam a lugar nenhum, uma vez que não há aqui uma situação de autosacrifício. Para os professores do colégio, trata-se de um emprego e nada mais, enquanto o “professor de um caminho”, um verdadeiro artista marcial, usaria toda sua força e energia em favor de seus alunos e se preocuparia dia e noite em achar novas fontes de energia para este objetivo. De fato, meu pai dava um grande exemplo pessoal neste aspecto e são atos assim que fazem de um professor uma personagem mítica e o diferenciam daqueles que só enxergam o lado financeiro, temperado por uma dose generosa de megalomania, que acaba em lugar nenhum. O aluno, de acordo com a concepção do meu pai, é obrigado a imitar seu professor. Por sua natureza, o aluno deve se identificar com o professor e imitá-lo de forma absoluta. Mas, ao mesmo tempo, o praticante precisa tentar e se aprimorar até o ponto máximo de suas capacidades e possibilidades, e até inspirar para ser melhor do que seu professor professor.. É claro que na realidade as coisas nem sempre funcionam deste modo, mas não faz mal. Mais de uma vez meu pai explicou demoradamente que também um aluno que não consegue alcançar o nível de seu mestre, pode ainda se tornar um grande professor ele mesmo, enquanto manteria a mais importante regra em relações de professor – aluno: lealdade e infinito respeito ao professor e seu caminho. No momento em que o aluno abrir mão dessas características, jamais voltará a ser aluno e para sempre perderá sua habilidade de ser um artista marcial e verdadeiro professor. professor. Na luta, ambos os oponentes medem a capacidade alheia, analisando e examinando o ponto através do qual possam penetrar a defesa rival e atacar com êxito completo. Por vezes, durante a luta, temos uma segunda chance de atacar o adversário – se a tentativa de entrar de algum ângulo com uma técnica específica 198
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não deu certo e o oponente resolveu não reagir, poderemos tentar novamente de uma outra direção. Tudo isso está certo quando falamos de luta, porém, não é relevante uma vez que estamos prestes a executar uma técnica puramente defensiva – em defesa pessoal não existem segundas chances: se falhasse na primeira tentativa, a situação ficaria incomparavelmente mais difícil. O inimigo agora já entendeu que está enfrentando uma pessoa com experiência, e ele tentaria um estilo de ataque mais complexo – sua vontade de vencer é igual à nossa. Na verdade, as ações do nosso oponente viraram a situação de defesa pessoal para uma situação de luta, que é uma conjuntura completamente diferente. A execução de uma técnica defensiva é relativamente fácil para ser aplicada, mas uma luta é muito diferente. Podemos prever como um exercício de defesa pessoal irá terminar, mas não podemos fazer o mesmo com uma luta. Em cada exercício e movimento da defesa pessoal podemos identificar os padrões e as regras de comportamento comportamento que meu pai definiu e fundiu no conjunto que constitui a parte da defesa pessoal dentro do Krav-Magá. Nossa parte é compreender todos os elementos com o intuito de ter êxito. Não se trata aqui de algum fator externo acrescentado a um exercício ou técnica – somente a compreensão do movimento em si e seu significado completo, de acordo com a lógica que meu pai estabeleceu através das regras que adicionou a sua arte. Meu pai era bastante rápido e ágil e tinha uma capacidade de reação muito acima do normal, frequentemente usou essas características para surpreender as pessoas que vieram para a academia dele com o objetivo de “testá-lo”. Mas, principalmente, ele investiu esses dons em seus alunos e deu a eles a compreensão geral de seu caminho durante o ensinamento de novos movimentos e defesas – contra golpes, chutes e claro que também contra ataques mais complicados e difíceis, como faca e bastão. Ele treinava com cada aluno individualmente para provar e mostrar que todos os movimentos funcionam na realidade e que cada aluno consegue se defender, mesmo quando o agressor era meu pai, atacando com toda sua força e velocidade. A finalidade deste exemplo é aprofundar um outro tema relacionado tanto ao lado filosófico do Krav-Magá como parte da conjuntura das artes marciais e também aprofundar nos elementos fundamentais na construção do caminho do meu Faça pai e de sua arte. Apresentaremos em seguida a explicação explicação suprema do ditado “ Faça 2* o que pode, mas faça certo” . No mundo das artes marciais há uma uma concepção marginal, uma certa atitude que alega não ser possível defender contra ataque de faca. Felizmente, esse ponto de vista é pouco popular e serve como ótimo exemplo para a compreensão das explicações do meu pai sobre o assunto. É provável que este modo de pensar se origine em pessoas que não conhecem o caminho do Krav-Magá e principalmente não sabem o significado da defesa pessoal e, consequentemente, sofrem de baixa autoestima. Quando meu pai ensinava defesas contra faca, ele atacava numa inacreditável velocidade e mesmo assim seus alunos conseguiram realizar as defesas 2. Veja foto no “The Book of Krav-Magá – The Bible”, página 84, as letras na parede de trás.
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corretamente. A mão que empunha a faca move muito rápido, explicava, mas quando batemos com punho que não segura nada, a mão age mais rápido ainda. Então, questionava, não fazemos defesas contra chutes e golpes com total sucesso??? Claro que sim! No mesmo modo agiremos quando se tratar de mão que segura uma faca. O grande segredo é o mais importante de todos na defesa pessoal ( para meu pai todas as regras eram “as mais importantes”, e realmente, às vezes, é difícil numerar as regras e marcar uma ordem de importância. Portanto, talvez baste dizer que devemos manter todas as regras, sem exceções). Em defesa contra facada oriental ( para a barriga b arriga) meu pai ensinou
duas técnicas, uma “suave” e um pouco mais longa, e outra “dura” e mais curta. “ Estudem”, dizia, “ A primeira, que é a defesa clássica, mas se vocês não conseguem aplicá-la corretamente, então usem a segunda ”. Para todo ataque ele desenvolveu pelo menos duas defesas, para que cada um possa adequar seus movimentos e suas capacidades individuais, seguindo o princípio de “que nada seja estranho para nós”, e quando alguém questionou por que precisamos aprender tantos movimentos de ataque e defesa, ele respondeu com simplicidade: “ Para que vocês saibam agir corretamente”. Defesa contra faca é, sem dúvida, uma situação consideravelmente perigosa e sempre existe a possibilidade de que a faca venha a ferir nossa mão, ou perna, ou outra parte do corpo. Mas qual é a alternativa então? Ficar em pé, paralisados de medo e falta de conhecimento e servir nosso pescoço para ser degolado? O mínimo que podemos fazer é lutar por nossa vida, literalmente. A ignorância profissional que domina hoje o mundo da defesa pessoal só piora e aumenta com o surgimento de filmes de péssima qualidade, na internet e em DVDs. As pessoas acreditam em tais espetáculos de burrice e acabam perdendo sua autoconfiança e fé em si mesmos. Esta preferência dos espetáculos sobre o tradicionalismo e a originalidade, que vem se comprovando já há centenas e milhares de anos, é a principal responsável pela paralisação do conhecimento verdadeiro que ainda existe e está em nosso alcance. Se há uma guerra que nós todos devemos lutar é contra a ignorância profissional, contra aqueles que a divulgam com suas palavras meigas e delicadas, como as de picaretas. Um dos piores exemplos é o ensino da técnica de trezentos e sessenta graus como defesa contra ataque de faca. Meu pai sempre explicava: o exercício de trezentos e sessenta graus tem um só objetivo: melhorar a coordenação olho – mão, e ponto final! Os fatos falam por si: as reações das pessoas que tiveram a sorte de aprender as defesas certas, os rostos cheios de reflexão e interrogação – por que ensinaram para nós defesas que não funcionam na realidade? Muitos sabiam que algo estava errado, mas como nunca lhes foi mostrado o caminho certo, não podiam fazer nada. Porém, assim que viram a defesa correta, a executaram de forma perfeita já na primeira tentativa. Só existe um Krav-Magá – aquele que meu pai criou. Busquem a verdade dia e noite, ela existe. Só é necessário saber como achá-la e alcançá-la. Leiam esta pesquisa com cuidado e atenção e vocês encontrarão todas as respostas. 200
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E lembrem isso!!! A arte do Krav-Magá, que é uma arte marcial israelense para defesa pessoal, é uma uma obra obra excepcional excepcional de de uma pessoa excepcional, descendente de uma nação excepcional com uma das mais antigas e incríveis histórias e tradições da humanidade. Sigam o caminho certo e saibam que somente a tradição levou o povo de Israel para sua terra e é a tradição que o mantém ali - a tradição do do meu pai e o caminho que ele criou.
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PARTE V
A MEDIOCRIDADE Mediocridade leva à desconhecimento. Desconhecimento leva à ignorância. Ignorância leva à medo. Quando as pessoas sentem medo, elas agem sem lógica. Elas se alteram, imaginam e inventam coisas para superar aquele medo. A mediocridade não as deixa enxergar o início do movimento circular que as empurrou para dentro do círculo e agora elas são prisioneiras delas mesmas. Quantas pessoas vocês conhecem que realmente conseguiram fugir de si mesmas e vencer a mediocridade? Devemos agir !!! !!! Queremos manter a existência da ignorante mediocridade, ou desejamos superá-la e subir para o nível de “aqueles que possuem o conhecimento, a inteligência e a capacidade de entender” 1*.
Não há um inimigo maior para a humanidade do que a Mediocridade e o pior de tudo é se adequar a ela e aceitá-la. Primeiramente, quero esclarecer as minhas palavras, para que não sejam tiradas do contexto ou entendidas de forma incorreta. Meu pai sempre comparou o Krav-Magá aos campos da medicina e do exército. Contudo, nunca alegou que o Krav-Magá faça parte tanto do mundo medicinal como da área militar. O único objetivo destes comentários é fornecer ao leitor uma compreensão melhor, pois não devemos chegar a conclusões equivocadas, como, por exemplo, que meu pai criou um Krav-Magá “militar”. No campo da medicina, explicava, cada erro do médico pode terminar em perda de vida humana. Uma ordem errada dada por um oficial ou comandante das forças armadas pode custar a vida de muitos soldados. Infelizmente, para os dois casos há múltiplos exemplos da vida real. Uma das coisas que sempre deixava meu pai irritado era a mediocridade. Ele poderia até aceitar de vez em quando a sua presença na vida do dia-dia dos cidadãos comuns, mas não aceitava e não perdoava o fato de ela penetrar também nas linhas do exército. Como veterano do exército israelense, com cerca de vinte anos de serviço, ele reparou neste fenômeno diariamente, e por vezes parecia estar irritado consigo mesmo, por não poder fazer nada contra isso. Contudo, é necessário explicar que, se os exemplos trazidos tratam do exército israelense, é só porque a nossa preocupação são as influências mútuas que meu pai e o exército israelense tinham um sobre o outro, é claro que em outras forças armadas ao redor do mundo a situação não é diferente. Por exemplo, no exército israelense é possível para um primeiro sargento com alguns anos de experiência, fazer um curso curto e tornar-se quase automaticamente um oficial. Meu pai sempre dizia que quem estava no exército como sargento por alguns anos é porque esta é justamente a função adequada para ele. É pouco provável provável que, uma vez elevado para o grau de oficial, ele virasse um bom comandante, e por ser um chefe militar de nível inferior, ele infectaria seus subordinados com a mesma mediocridade da qual ele sofria. O problema fica ainda pior quando esses oficiais conseguem de vez em quando ser promovidos para cargos que, de acordo com meu pai, eles não deveriam ocupar. A repugnância do meu pai originou-se de seus desagradáveis encontros com este tipo de oficiais durante seus anos nas forças armadas, quando 1. Um jogo de inteligência – conhecer a fonte da frase levará vocês ao meio do caminho para a iluminação. A outra metade depende exclusivamente da determinação individual do leitor.
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pessoas sem a mínima noção de educação física receberam funções de comando dentro da escola militar de preparação física para combate. Meu pai nunca ficou satisfeito apenas com palavras e sempre correu atrás das coisas que queria e acreditava – ele demandou muito dos outros, mas mais ainda dele mesmo. Basta olhar a criação do Krav-Magá para ver e conhecer a luta do meu pai contra a invasão da mediocridade. Para isso, é necessário analisar e enxergar as fases da criação do Krav-Magá por mais de um ângulo, ou seja, além da parte prática, final e exposta, que constitui a execução da própria técnica, devemos procurar, em primeiro lugar, os pensamentos e reflexões do meu pai que o levaram a criar cada exercício e movimento. O primeiro marco para tal seria a compreensão da máxima “que nada seja estranho para nós”. E para que estas palavras se realizem, ele incluiu no Krav-Magá cerca de quarenta golpes com o braço, a mão e a palma da mão. Mas será que é preciso ter tudo isso? Em nenhuma outra arte marcial existe um conjunto tão imenso de movimentos, e elas não são, em suas áreas específicas, inferiores ao Krav-Magá. O mesmo pode ser dito sobre a técnica de chutes no Krav-Magá e, se quisermos ir mais longe ainda, observem a técnica de controle do pé. Ou seja, além de criar e incluir no Krav-Magá quase oitenta formas de chutes que abrangem de fato qualquer movimento possível com a perna, ele ainda criou e incluiu acima de tudo um método separado da técnica de chutes, mas que ao mesmo tempo a completa e a leva para o grau de rara perfeição. Ao examinar cada uma das defesas existentes no Krav-Magá ou na defesa pessoal, veríamos que além do ponto de vista de “que nada seja estranho para nós”, meu pai não tentou somente basear o Krav-Magá sobre este princípio, pois poderia incluir, por exemplo, apenas seis livramentos para estrangulamento de frente em vez de dezesseis, ou só três a quatro livramentos de agarramento e não algumas dezenas, somente poucas defesas contra golpes e não o vasto conjunto que temos, ou, se formos mais longe, não precisaria incluir as defesas contra baioneta montada em fuzil. É necessário entender e conhecer corretamente o caminho do meu pai quando criou o Krav-Magá, para que possamos compreender porque insistiu tanto para que todos aprendessem essas técnicas, embora nos treinos semanais aos Sábados sempre foi alegado que a era das baionetas já havia acabado. Todos os alunos, naquela época, além do Yaron, já estavam depois de seu serviço militar e sabiam que no exército israelense não existiam mais fuzis com baionetas. Ademais, afirmaram os discípulos, e especialmente o Eli Avikzar (que detestava qualquer ligação com o exército), que os mesmos movimentos de defesa contra baioneta são usados para defesas contra bastão longo. Foi somente quando o grupo chegou ao grau de faixa preta, em 1977, que meu pai deu a resposta para o duplo princípio – aprender defesas contra fuzil com baioneta e aprender quase os mesmos movimentos contra bastão longo: “Quando lhes dou um bastão e ensino a vocês como se defender contra ele, “todos sem exceções” 2* executam as defesas, todos me acreditam e confiam em 2. Trata-se aqui dos primeiros dez alunos do meu pai, que são também a fonte dessa citação. Naquela época todos ainda eram faixas pretas relativamente “novatos”, e m esmo se não entenderam por completo o processo de reação espontânea, era justamente esta a sua reação e o lugar onde Imi direcionou suas palavras.
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mim e no Krav-Magá, portanto, quando ensino bastão, vocês pensam como bastão e fazem as defesas na melhor forma possível, sem ter medo da arma ou do agressor. Porém, quando ensino defesas contra fuzil com baioneta, vocês vêem na sua frente a baioneta e sentem muito mais medo e tomam muito mais cuidado do que contra bastão, e este é justamente o ponto-chave. Vocês devem ver o bastão e a baioneta do mesmo modo, porque no passado seria uma lança ou espada longa, e não há nenhuma diferença”. Naquele dia o nível profissional do grupo subiu sem precedentes. Os alunos entenderam a grandeza, a intenção, o pensamento e as ações do meu pai. Eis também o motivo de tanta importância para cada movimento que meu pai criou. Não há uma movimentação no Krav-Magá sem explicação completa e detalhada, e especialmente hoje em dia, quando temos obras como “The Book of Krav-Magá – The Bible”, na qual podemos encontrar todas aquelas explicações. Quantos professores de KravMagá sabem atualmente a resposta exata de por que fazemos o primeiro livramento de estrangulamento de frente desta forma, ou por que defesa número quatro contra chute regular é feita assim? Resposta: para aproveitar o impulso do oponente e executar a defesa para confrontar um possível oponente do nosso lateral. Todos esses exemplos comprovam que meu pai percebeu uma diferença clara, uma linha separadora grossa e pintada de vermelho, entre a regra de “Que nada seja estranho para nós” e entre a infinita tentativa de melhorar e aprimorar seu caminho e seus alunos, tudo isso como parte da guerra contra a mediocridade que ele tanto desprezou. Quando ele resolveu introduzir o sistema de faixas coloridas do Judô, e em seguida realizar exames para faixa preta, escolheu fazê-lo fora de suas academias em Natanya e Tel-Aviv. Para este fim, o judoca e amigo próximo do meu pai – o Sr. Sr. Yosef Lev, colocou à disposição dele a sede do Maccabi 3*, na cidade de Rishon LeTzion, aparentemente um local neutro. O Sr. Yosef Lev, junto com outro famoso judoca de sua época – o Sr. Amos Grinspan, também presenciavam aqueles exames como “observadores”, testemunhando que tudo estava sendo feito de acordo. Não tinha nenhuma necessidade verdadeira disso, já que ambos não possuíam experiência alguma em Krav-Magá, mas meu pai não queria deixar lugar para qualquer tipo de crítica naquele histórico acontecimento. Quando chegou a vez de Yaron fazer o exame, meu pai disse para ele: “eu sei que nunca aprendeu a resposta para a próxima pergunta, mas vamos ver se você entende não somente os movimentos corporais, mas também os objetivos e motivos de cada um deles ”. Era um momento estressante e muito difícil. De um lado, estão em jogo dez anos de duros e intensos treinamentos até chegar ao momento do exame para faixa 3. Maccabi – movimento de juventude israelense. A sede do Maccabi ficava no centro da cidade Rishon – LeTzion, dentro de um parque grande e bonito, cercado por árvores gigantes, gramados bem cultivados e piscinas artificiais cheias de peixes. A criação do parque tornou o centro da cidade um dos mais belos em todo o país e os treinos naquela sede do Maccabi, acompanhados pela constante canção dos passarinhos, eram bastante agradáveis. Depois D epois daquele exame, o Sr. Yosef Lev organizou um grupo de quarenta pessoas e Yaron os treinou naquela sede. Infelizmente, o parque não existe mais. Ele teve o mesmo fim como todos os lugares bonitos da nossa época – no seu lugar foi construído um shopping enorme. Também a sede do Maccabi não resistiu aos tratores do progresso.
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preta, e, do outro lado, estão na platéia todas as pessoas mais notáveis do mundo do Judô e do Jiu-Jitsu Japonês (como o Sr. Gadi Skornik ) em Israel, observando e analisando cada palavra ou movimento. E acima de tudo meu pai ainda deixou claro, antecipadamente, que ele nunca ensinou a resposta e Yaron Yaron realmente não conseguia responder. responder. A pergunta era: “Qual é o chute mais longo no Krav-Magá?”. Yaron Yaron não falou nada, simplesmente fez saudação simultaneamente com um pequeno passo para trás, como sinal de que não sabia qual era o movimento e começou a voltar para o final da linha onde ficavam os alunos examinados. Mas, de repente, quando já estava quase sentado de volta em “Ceza”, ele levantou levantou de novo e falou a resposta. Todos ficaram espantados, menos meu pai, que sorriu com c om satisfação e sinalizou para o Sr. Yosef Lev marcar marca r um “V” perto do nome do Yaron. Yaron. De fato, meu pai nunca mencionou a resposta, porém, ao ensinar aquela série de chutes explicou que, apesar do chute não ter uso em combate, ele constitui uma parte muito importante da técnica de controle sobre o pé, uma vez que possibilita alongar um pouco o alcance da perna que chuta. A questão foi apresentada com o intuito de mostrar aos “espectadores” que existe no Krav-Magá um aspecto teórico e que este é tão relevante como o prático, sendo que uma combinação dos dois não deixa espaço para mediocridade (aliás, aquela série de chutes é ensinada hoje somente na BUKAN, pelo Yaron, Rotem e os outros instrutores da escola). A guerra do meu pai contra a mediocridade, e especialmente contra aquela presente na vida cotidiana do israelense comum, era uma luta longa e total, que jamais parava. Por exemplo, ele nunca foi visto usando uma camisa sem mangas. Com certeza ninguém poderia considerá-lo vaidoso, mas sempre fez questão de aparecer com barba feita e exigiu o mesmo de todos os seus alunos, pelo menos no que dizia respeito à aparência nas aulas. Ele costumava contar uma piada quando um dos alunos ia ao treino sem fazer a barba – ele disse para Eli “ Dê para o rapaz um pouco de dinheiro no final da aula ”, e depois que todos olharam surpresos, ele explicou - “ Para que ele possa comprar uma gilete” . A mesma história repetiu-se quando se tratava da utilização de desodorante. Às vezes, durante os quentes dias do verão, aparecia vestindo várias camadas de roupas, e se alguém perguntasse se ele estava com frio, meu pai responderia: “ Não, claro que não estou”. E ao ser Por isso mesmo perguntado por que estava, então, vestindo tanta roupa, alegaria: “ Por que não estou com frio ”. Essas foram suas palavras e estilo de se expressar e se comportar ao longo dos anos. Sabemos de forma comprovada que o exército deixou marcos de diversos modos em meu pai. De vez em quando fazia comentários de caráter militar, ou comparava certos movimentos do Krav-Magá à divisão que existe nas forças armadas. Do outro lado e com a mesma convicção, sabemos que meu pai tinha seu efeito sobre o exército israelense, pois grande parte dos oficiais de alto escalão eram, em algum ponto de de sua vida, praticantes de Krav-Magá. Krav-Magá. Talvez o melhor exemplo exemplo de todos, que já foi mencionado nesta pesquisa, mas com outro aspecto, e que demonstra mais do que tudo a inteligência do caminho do Krav-Magá, é a máxima do meu pai: “Sejam ”. Antigamente os atiradores de elite do bons o suficiente para não precisar matar ”. 205
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exército israelense atiraravam com um só objetivo – matar. Porém, hoje em dia, esta atitude foi repensada e completamente modificada. É verdade que os avanços da tecnologia também contribuíram, mas a base fundamental da nova concepção é a famosa frase do meu pai – Sejam bons o suficiente para não precisar matar. E realmente, os atiradores atuais quase sempre acertam os joelhos ao invés do peito ou da cabeça. Repetidamente meu pai afirmava, seja insinuando para um certo aluno, seja pela própria afirmação, que: “o Krav-Magá é para pessoas inteligentes ”, e fez questão de incluir este ditado já no primeiro livro do Krav-Magá (1988). Esse também é o ponto de partida para quem busque uma compreensão total da atual pesquisa. Quanto aos “efeitos colaterais” do axioma, então, aqueles que não são capazes de preencher as exigências básicas do Krav-Magá, e a pesquisa demonstra isso de forma clara, procuram outros caminhos, e eis que surge de novo a guerra do meu pai contra a mediocridade. Os leitores terão que concluir o resto por si mesmos. Acredito que esta pesquisa forneceu, pela primeira vez na história do Krav-Magá, múltiplos instrumentos de análise e reflexão para aqueles que desejem aprofundar, estudar, estudar, se educar e conhecer o caminho do Krav-Magá. Há um famoso ditado judaico: “pode-se levar o cavalo até a água, mas não se pode obrigá-lo a beber”. As páginas da pesquisa incluem todo o material relevante à criação e construção de uma arte marcial. Este trabalho assumiu o ônus e cumpriu o dever de comprovar a verdadeira forma de como o Krav-Magá foi criado, em contrapartida daqueles que tentem alterar e re-escrever a sua história. Você, o leitor do livro, pode ignorar esta obra e não ler sequer uma palavra aqui escrita. Mas você pode também ser um vencedor, e estudar o livro e começar a andar no caminho do meu pai, o Sr. Imi Lichtenfield. A verdade histórica se tornará, a partir desse momento, o único caminho do meu pai, e ele ficará assim para sempre. Para ter uma visão melhor sobre o significado da mediocridade, os capítulos de “Documentos e Testemunhos” Testemunhos” e “O Desfile da ignorância” serão ótimas referências. Por alguma razão desconhecida, as pessoas citadas naqueles artigos têm a certeza de que são tão espertos e so fisticados, que ninguém jamais levantaria a bandeira da verdade histórica, como você, o leitor, está fazendo neste momento, lendo estas linhas. O caminho do meu pai é único em sua perfeição. Quem os autorizou a inventar uma nova história não somente para o Krav-Magá, mas também para meu pai e seus primeiros dez alunos? Não é o suficiente escrever sobre a mediocridade, mas devemos pesquisá-la e chegar até suas raízes mais profundas, quando pudermos identificar , enxergar e entender a fonte de seu crescimento. Somente desta forma seria possível examinar a ligação entre e mediocridade e a ignorância, e de onde surgiu a ideia que acabou desviando a história do Krav-Magá de seu curso natural. Portanto, precisamos analisar um outro fator crítico: o processo de aprendizagem do Krav-Magá, que constitui um elemento excepcional, presente no triângulo de Zen, artes marciais e Krav-Magá. 206
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Entender o processo de aprendizagem ajuda a compreender também a importância da existência de Zen no krav-magá. Ao mesmo tempo podemos também expor a ignorância daqueles que afirmam não haver nenhum elemento espiritual no Krav-Magá e explicar de onde surgiu e cresceu a mediocridade que resultou na ausência de conhecimento profissional. O supremo objetivo do aluno de Zen é chegar a “Saturi”. Na definição mais simplificada, “Saturi” é uma forma de iluminação que o aluno aspira alcançar toda sua vida. O caminho até lá é longo 4*, difícil e complexo e o aprendiz de Zen precisaria atravessar uma trajetória exaustiva que exige capacidades mentais e físicas extraordinárias. O processo de aprendizagem não envergonharia nenhuma unidade de elite do exército, e quem subestima o caminho do aluno de Zen faz isso por ignorância e falta de conhecimento básico. A qualificação de um estudioso de Zen é um caminho que o levará a deixar seu antigo “eu”, e aceitar o novo “eu” 5*. Este processo de aprendizagem, de construção do novo “eu”, de uma nova “personalidade”, é o processo exato, correto, completo e único que existe no KravMagá como meu pai o criou. Vamos Vamos examinar e compreender esta afirmação. Quando um indivíduo entra na sua primeira aula de Krav-Magá, seja qual for sua idade, ele vem com uma bagagem pessoal de pensamentos e ideias de como, por exemplo, chutes e golpes devem ser realizados. Às vezes uma pessoa pode até estar convencida de que conhece a forma precisa de executar cada movimento. Bons e experientes professores conhecem este fenômeno e sabem que não é real, e só sobrevive na imaginação do aluno. A fonte das ideias imaginárias está normalmente na literatura profissional que o aluno leu e, em casos piores, os conceitos fantasiosos se originam de filmes de péssima qualidade, que hoje em dia são propagados por qualquer um que tenha câmera em mãos e acesso a internet, e eles constituem o maior dos males. O professor que recebe um aluno irá acompanhá-lo durante todos os anos de treinamento até a faixa preta (ou até o “Saturi ”) e além. É sua responsabilidade, e somente dele, livrar o aluno de todas suas ideias e preconceitos, colocá-los numa lixeira imaginária e construir junto com o aluno um mundo novo e real, correto e exato, limpo e claro, no qual o discípulo não pensa que sabe, mas possui conhecimento verdadeiro de ações e movimentos físicos que lhe possibilitam executar todos os ataques e defesas do Krav-Magá. A construção de um novo mundo para o aluno é realizada por meio de ensino prático dos movimentos da arte que ele está aprendendo. Por exemplo, como aplicar de forma correta golpe esquerdo para 4. Budidaharama sentou dentro de uma caverna, ca verna, observando, durante nove anos. Estima-se que este é o tempo necessário para alcançar o “saturi” (iluminação) e também a faixa preta. 5. Propositalmente evitamos tocar em explicações metodológicas e técnicas relacionadas ao ensino de Zen, ou ao “processo de aprendizagem” de Zen, uma vez que esta pesquisa não possui nenhum interesse prático nesses aspectos. A lista bibliográfica no final do livro satisfaz a qualquer curiosidade profissional sobre o assunto. A nossa pesquisa se concentra somente no Krav-Magá e, portanto, as explicações foram simplificadas para que todos as entendam, mesmo quem não tem nenhuma noção nos ensinamentos de Zen. O “processo de aprendizagem” é objeto de muitos artigos e reportagens e os interessados deverão procurar por si mesmos.
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frente – o que é permitido fazer e o que é proibido, por que fazemos assim e não de outra maneira; chutar com a bola do pé, o princípio de controle do pé, etc.. Durante o estudo dos movimentos precisos, o aluno percebe que quando entrou no Tatami pela primeira vez, não realmente sabia como golpear ou chutar, e somente agora e como resultado de um processo prático de aprendizagem, ele compreende como os movimentos devem ser aplicados. O praticante começa a desligar-se do seu antigo mundo, que não estava baseado na realidade e inicia-se a construção de um universo novo, constituído pelos princípios de uma arte marcial real. Para completar o conjunto de movimentos físicos, o aluno aprenderá também o lado teórico, que ilustra, por máxima velocidade”. exemplo, o significado do ditado “ Mínimo caminho, máxima O processo de aprendizagem não é curto e demora alguns anos, e, ao final, o aluno vestirá a faixa preta e entenderá ele mesmo que conseguiu cumprir as exigências, e que está merecendo o seu grau. A trajetória acima mencionada é complicada, complexa e bastante extensa, mas eu escolhi enfatizar alguns pontoschave que tornem os acontecimentos mais explícitos e elucidados aos leitores. Este processo é comparado ao mesmo passado por um jovem de dezoito anos que ingressou no exército e logo virá a ser um soldado e guerreiro, treinado para matar e morrer em nome da política. O processo militar é bárbaro, rígido e seu único objetivo é eliminar o espírito civil do jovem, claramente distinto do caminho do Krav-Magá, que é mais suave e delicado e tem por finalidade promover o praticante, exatamente como o mestre de Zen se comporta com seus discípulos, suave mas decidido. E com meu pai não era diferente – qualquer um que o conhecesse, testemunharia o seu modo gentil de falar e a suavidade de sua postura, a forma delicada como explicava cada movimento, mas ao mesmo tempo sua voz era agressiva e potente e ele demonstrava a técnica de maneira perfeita e depois exigia: façam como eu! Nenhuma outra hipótese poderia satisfazê-lo, e ele não abriria mão do processo de aprendizagem, mesmo se fosse um caso de vida ou morte. O segredo (“O professor como modelo para imitação” – o aluno virá a ser o que ele vê no seu professor ) do processo de aprendizagem o guiou e serviu como modelo para instruir. Ele repetiria um movimento ou exercício milhares de vezes, até que fosse executado da forma que ele considerasse satisfatória. “Vocês precisam sentir sentir e enxergar enxergar a entidade que vive em cada cada técnica que que aplicam” - dizia sempre. Pela mesma razão, ele “demorou” tanto até que finalmente outorgou a faixa preta para Eli Avikzar. Avikzar. Quero deixar bem claro: não era porque o Eli não merecia a faixa preta, muito pelo contrário. Mas meu pai queria fazer uma última e desesperada tentativa de fazer o Eli compreender o segredo do processo de aprendizagem. Foi um fracasso total. Da mesma forma que teve um êxito incrível com os outros alunos, meu pai falhou no caso do Eli, talvez seu maior fracasso. O Eli já chegou para meu pai com vasta experiência em lutas de rua da época de sua juventude 6*. Esse conhecimento prévio lhe deu uma sensação verdadeira de 6. O passado do Eli não é de nosso interesse nesta pesquisa. Conhecemos de forma de talhada e profunda todo o processo de encontro entre Imi e Eli e como eles se conheceram. Esse material faz parte de uma possível futura biogra fia do Eli. Na pesquisa não tocamos em nenhuma história pessoal, nem do Eli e nem do Imi, mas somente do Krav-Magá como entidade própria.
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confiança em seus movimentos, que já eram naturalmente fluentes e tão velozes que ele podia se esquivar de qualquer golpe ou chute (esta vantagem lhe ajudou a se destacar também nas aulas do Aikidô). Do meu pai, ele aprendeu a base de diversas técnicas que o ajudaram principalmente a aprimorar sua capacidade de realizar lutas (Alias, Eli também baseou o caminho novo que criou, maiormente sobre lutas, mas esta não é a ocasião adequada para discutir o assunto). Portanto, o Eli não absorveu do meu pai a compreensão de
que ele deveria reconstruir-se como praticante de Krav-Magá. Seus movimentos nos treinamentos, apesar de serem bonitos, rápidos e exatos, não eram uma cópia precisa dos movimentos do meu pai, isto é, os movimentos do Krav-Magá. O resultado final foi que o Eli não conhecia aquele processo de aprendizagem, de “renovação” do aluno. Assim, o Eli começou a ensinar a seus próprios alunos, pulando e passando por cima daquele tão vital processo no caminho de capacitação do aluno de KravMagá. Uma geração inteira de faixas pretas, que estudou e qualificou-se sob o comando do Eli, fez o seu caminho sem realmente ficar ciente do que estava fazendo. Pois agora veio a mediocridade e golpeou com toda a força: hoje em dia já estamos enfrentando uma segunda geração de mediocridade, desconhecimento e ignorância profissional. Aqueles alunos – faixas pretas qualificadas pelo Eli foram expostos, de vez em quando, à aulas e treinamentos com meu pai, mas essas raras ocasiões não devem ser consideradas como tentativas de algum processo de aprendizagem. O caminho daqui até o ponto de alteração e modificação da história do KravMagá e do próprio Krav-Magá, é bastante curto. E eis um outro fato bem interessante: Eli construiu um novo caminho para si mesmo. Um aluno faixa preta do Eli fundou, depois da morte do meu pai, a “Federação Israelense de Krav-Magá” (IKMF). Um aluno faixa preta do Eli fundou a “Associação para Krav-Magá Israelense” (IKMA) e até impediu Eli de usar as palavras “Krav-Magá Israelense”. Um aluno faixa preta do Eli Fundou a “Federação Sul-Americana de KravMagá” (FSAKM), que ensina técnicas que não tem nada em comum com o Krav-Magá do meu pai. O Sr. Darren Levin, aluno da IKMF, fez um rápido curso de algumas semanas e afirma ter recebido faixa preta, ensina nos Estados Unidos e em outros lugares, registrou marca sobre as palavras “Krav-Magá” nos EUA e impede trezentos milhões de pessoas de praticar o Krav-Magá livremente. Esta já não é mais a mediocridade – este é o resultado.
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A História do Krav-Magá
PARTE VI O MEDO
Todos nós sentimos medo de alguma coisa. Porém, o objetivo deste artigo não é o medo “normal” do ser humano, os temores do nosso dia-dia, pelos quais muitos quilômetros da floresta amazônica foram transformados em papel a fim de sustentar as inúmeras publicações psicológicas sobre eles. Nós trataremos do medo que é parte exclusiva das artes marciais e do Krav-Magá. Mesmo se no final descobrirmos que não há diferença entre os dois, o segundo ainda é particular do Krav-Magá. Este é meu primeiro erro, o medo não é do Krav-Magá, mas dos medrosos que fazem KravMagá. O medo pode surgir de vários pontos e cada um teme o que lhe é conveniente. Através do temor a humanidade se controla, com atos de ditadura, as várias religiões reli giões 1* e assim por diante. Os seres humanos são divididos em vários grupos diferentes quando se trata do medo. A afirmação geral é de que alta inteligência i nteligência e maior grau de educação significam menores níveis de medo, ou seja, uma pessoa educada possui instrumentos mais adequados para lidar com suas emoções, analisá-las, entendê-las e, consequentemente neutralizá-las. Além disso, normalmente, quando há presença de educação, inteligência, recursos financeiros e status social mais acessíveis, isto permite alguma forma de tratamento psicológico, caso necessário. Eis o coração do paradoxo: as pessoas chegam a aprender Krav-Magá para superar seus medos, para se tornar heróis, altruístas. O Krav-Magá é o melhor tratamento possível, uma vez que afeta positivamente a nossa autoconfiança, autoestima, autoconsciência, capacidade de liderança, coordenação motora e coordenação olho – mão. Outras características como força, velocidade, rapidez, flexibilidade, corpo saudável e bonito etc. também aumentam significantemente e como resultado transformamos também nosso comportamento, tornando-o mais correto e apropriado. E isso não é tudo que o Krav-Magá oferece aos seus praticantes. Meu pai estava ciente disso, pois foi ele que moldou a arte desta forma. Cada criador de arte marcial contribuiu com uma parte de si e de sua personalidade para sua obra e meu pai deu ao Krav-Magá todas as peculiaridades acima mencionadas. Meu pai antecipou e explanou as origens do medo no Krav-Magá, o grande perigo que que nos espera em qualquer canto, em qualquer técnica defensiva ou ofensiva. ofensiva. Ele apontou a localização exata daqueles movimentos ocultos, mas ao mesmo tempo essenciais, uma vez que somente através deles poderíamos dominar as emoções negativas presentes em cada um de nós. Para ele, não bastava que a solução já estivesse dentro do movimento. Era necessário que todos conhecessem o local exato, 1. O ponto de partida desta pesquisa é o de que existem medos mais reais e menos reais. Quando um agressor ameaça com pistola ou faca, este é um medo verdadeiro. O perigo é real, imediato, visível e mensurável em todos nossos sentidos. O medo de algo que talvez exista só em nossa mente não é válido do ponto de vista do artigo e da pesquisa, uma vez que o Krav-Magá trata do lado real das coisas.
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para que pudessem alcançar uma dominação total sobre um certo movimento. Talvez ele já soubesse que alguns não conseguiriam enxergar as coisas como ele e esta é a porta pela qual o medo medo destruidor entra. Avisaremos logo que é extremamente extremamente difícil explicar este tema usando apenas a palavra escrita, e obviamente que uma foto de golpe ou chute erradamente executados ajudaria em nossa missão. Porém, uma vez que decidimos elaborar uma pesquisa histórica e não profissional, resolvemos também que mesmo num assunto desta importância evitaríamos a utilização de fotos que pudessem facilitar a tarefa. Tentaremos explicar em seguida como o medo é expressado em movimentos corporais. No livro “The Book of Krav-Magá – The Bible”, ao longo da obra toda, 2 99) podemos observar o posicionamento das em defesas e ataques ( páginas 206, 215 e 299 mãos quando estamos em base. Elas não passam a linha do queixo e normalmente são posicionadas um pouco mais baixo, com os braços deliberadamente abertos e não fechados, como se estivessem convidando o oponente “venha, me ataque!”. Do outro lado, é comum hoje em dia ver pessoas que levantam as mãos acima do queixo, até a altura das orelhas, com a cabeça abaixada e os punhos fortemente fechados, no intuito de economizar tempo. A primeira postura é a correta e a única desenvolvida pelo meu pai. O comportamento do corpo e dos braços nesta posição se traduz para: “nós não temos medo!”. É uma postura livre e aberta, que demonstra suavidade tanto no pensamento como na movimentação, flexibilidade física e mental, rapidez e confiança que resultam diretamente da capacidade individual do praticante, que é baseada por sua parte sobre a confiança nos movimentos, técnicas e defesas do Krav-Magá como arte marcial. Esta é a descrição exata de como meu pai concebeu as coisas. Contrariamente, ao escolher a segunda posição, mostramos uma falta de autoconfiança, ou até de medo. É fácil perceber que estamos nos defendendo de qualquer modo possível, o que significa que provavelmente não somos rápidos o suficiente para identificar o ataque inimigo e reagir de acordo. Um rival experiente na leitura de linguagem corporal 2* poderia ver tudo isso e agir de acordo para abalar nosso equilíbrio físico e mental. Não foi assim que meu pai visionou o Krav-Magá. Observem a foto dele aplicando defesa contra faca, na reportagem que aparece no artigo “A Associação”, vejam como seu corpo está suave e relaxado e a mão que não faz a defesa fica pendurada na lateral do corpo. Não fazemos movimentos desnecessários no Krav-Magá - quem realmente conhece e sabe analisar linguagem corporal, entenderia tudo daquela 2. A linguagem corporal é composta por mais do que situações de movimentos brutos e claros. Por exemplo: quando uma pessoa abraça seus braços um no outro, ele expressa uma coisa, quando bate nervosamente com seus dedos, ele transmite nervosismo. Todos esses “truques” ensinados em cursos de leitura da linguagem corporal não chegam perto do potencial disponível para um verdadeiro artista marcial. Praticante de artes marciais goza de uma visão e percepção periférica que absorve e analisa de forma imediata cada fração de movimento do seu oponente, mesmo movimentos sobre os quais o rival não tem controle. A linguagem corporal é composta de centenas de movimentos simultâneos, que podem ser codificados quando colocados num só molde. De fato, os estudos da linguagem corporal iniciaram-se depois que o Ocidente foi exposto ao conhecimento das artes marciais, e o Krav-Magá é uma das melhores artes marciais nesta área de leitura da linguagem corporal. Uma pessoa pode mentir com suas palavras, enquanto seus movimentos contam a história verdadeira.
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foto do meu pai. Uma pessoa que levante as mãos para proteger sua cabeça é igual a um carroceiro que cobre os olhos do cavalo, para melhor controlá-lo. Da mesma forma o oponente teria controle sobre nós. Indo mais longe ainda, podemos destacar uma outra interpretação de postura correta – a base do Karatê. Vejam como o praticante desta arte marcial coloca suas mãos na altura da cintura, com a parte superior do seu corpo aparentemente exposto ao ataque inimigo. Alguém ousaria dizer que no Karatê as pessoas são ignorantes ? Poderia alguém anular a capacidade combativa dos karatecas e do Karatê como arte marcial ? É claro que não. Esta é a linguagem corporal que criou o Sr. Gichin Funokushi, o fundador da arte, seguindo suas sensações internas, sua potência, sua forma de se expressar: sou bom o suficiente mesmo quando estou teoricamente exposto. A mesma atitude é encontrada no Judô, no Aikido, e também em diversas posições do Kendô, que “convidam” o oponente a atacar. E foi justamente assim que meu pai explicou e ensinou a aplicação prática de defesas no Krav-Magá. Se examinássemos as técnicas dos melhores boxeadores de todos os tempos, como Mohamed Ali, Ali, Joe Freiser, Joe Luis e outros, veríamos que, na maior parte do tempo, eles lutaram sem que as mãos estivessem protegendo a cabeça, mas somente contra situações de ataque direto 3*. Mais do que qualquer outro elemento, os movimentos de medo são relacionados à técnica de trabalho com as pernas para chutes. A movimentação da perna para o chute é feita de baixo para cima e o chute é dado com a bola do pé, deste modo alcançamos a posição mais eficaz para atingir o oponente e machucá-lo ao máximo. Porém, quando o chute é aplicado com a parte superior do pé (costas do pé ), ele perde, no mínimo, cinquenta por cento de sua potência. O segundo erro ocorre ao executar, em vez da movimentação certa de baixo para cima, um movimento de empurro para frente com a perna que chuta e ao mesmo tempo dobrar o corpo para trás, contrariando qualquer princípio biomecânico 4* possível. Este equívoco 3. Muitos aproveitam o passado do Imi como boxeador para alegar e explicar a técnica e a forma da “base” no Krav-Magá, que é fundamentada puramente em princípios defensivos. Mas essa concepção é errada e irreal em relação ao Krav-Magá. O abuso da história pessoal do Imi comprova que essas pessoas não conhecem verdadeiramente o criador e sua arte. Um conhecimento mais aprofundado evitaria aquela expressão de medo que se distingue em seus movimentos e talvez todo o trabalho de escrever a pesquisa não seria necessário. 4. No mecanismo físico que funciona no corpo humano e na forma que ele é operado pelos músculos e pelos ossos, que resultam no final em nossa movimentação, existem movimentos menos eficientes. Instituições que pesquisam segurança no trabalho, por exemplo, dedicam vastos recursos para analisar, entender e encontrar o movimento certo para cada ação do corpo. Como devemos, por exemplo, dobrar para frente para colocar ar no n o pneu do carro ca rro sem machucar os ossos das costas e, ao mesmo tempo, diminuir o risco em caso de o pneu explodir; ou como levantar corretamente os pesos durante um treino na academia; existem muitos exemplos. Ademais, o mecanismo também define como e em quais movimentos e ações acumulamos mais força para executar certos movimentos e ações, e em que movimentos perdemos força e potência. De acordo com este mecanismo, quando esticamos uma das pernas para frente e ao mesmo tempo dobramos as costas para trás, estamos fazendo uma ação desnecessária. Isto é, o movimento de levantar a perna não tem potência suficiente porque toda a força do corpo está sendo investida em manter o centro de equilíbrio, que fica agora na parte superior do corpo, que é mais pesada do que a perna levantada no ar. É parecido com uma tentativa de acelerar o carro quando a marcha está em ponto morto – podemos acelerar o quanto quisermos, mas o carro fica no lugar.
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é comum especialmente em defesas contra faca, provavelmente com o intuito de conseguir a maior distância entre o corpo do defensor e a mão do agressor que segura a faca. Tal movimento faz lembrar um cego que caminhe na escuridão e usa seu bastão para guiar seus passos. Essa atitude de curta visão serve como o melhor exemplo para explicar como certos movimentos expressam medo e como eles são estranhos para o caminho do meu pai, pois não há uma pessoa que pudesse dizer que uma vez percebeu medo nele. Na verdade, se pesquisássemos o Kung-Fu chinês, veríamos que ali só existe essa técnica de movimentação para todos os chutes. Então, será que devemos concluir que o Budidaharama, o fundador do Kung-Fu, desenvolveu movimentos que expressam medo? A resposta é: absolutamente não! Sendo quem deu início às artes marciais e ao Zen Budismo, não podemos suspeitar de forma alguma que fosse medroso. Mas o Kung-Fu foi criado com base em certos princípios e para servir a objetivos específicos, técnicas de ataque e eliminação de pessoas num golpe só não fizeram parte de suas preocupações 5* . Inicialmente, os movimentos do KungFu imitaram a movimentação de vários animais. Por exemplo, olhando para o movimento de chutes para trás aplicados por animais que andam de quatro e chutam com as duas pernas de trás, como Jumento, cavalo, zebra etc., percebe-se que o movimento é uma forma de empurro. Realmente esses animais usam esta técnica defensiva normalmente em momentos de grande perigo, ou seja, quando sentem medo. Os animais acima mencionados defendem-se somente quando a sua sensação de medo é muito forte. No Krav-Magá é possível assinalar várias atitudes que dão respostas sobre as técnicas que foram introduzidas para o Krav-Magá, mas não fazem parte da criação original do Imi. Além do mais, esses movimentos apareceram somente após o falecimento do meu pai. O pior e mais imediato medo é aquele presente nos professores que não têm conhecimento suficiente de sua profissão, de sua arte e, consequentemente, não podem fornecer para seus alunos respostas completas, exatas e corretas, tanto no aspecto físico – prático como pelo lado teórico 6*. Portanto, procuram constantemente respostas (isto é, movimentos) erradas e estranhas ao caminho do Krav-Magá, com o 5. O segundo pai de Zen, Hoi-Koo, era um militar que participou da matança de pessoas. Por causa disso, o Budidaharama recusou-se no início a aceitá-lo como discípulo. No final, Hoi-Koo tornou seu sucessor. Acredita-se que foi ele mesmo que começou transformar o Kung-Fu de uma técnica que parecia mais aula de ginástica para uma arte marcial como a conhecemos hoje, com todos os aspectos que constituem uma arte marcial. 6. Muitos praticantes de Krav-Magá, hoje em dia, utilizam um protetor para os testículos durante os treinamentos. Este é o primeiro problema. O segundo é o fato de que todos chutam com a parte superior do pé em vez de chutar com a bola do pé, então seu chute não tem força nenhuma. O atacante não sente a defesa do parceiro e ambos juntos perdem confiança em si mesmos, na técnica e na arte. A verdade é que quando o chute é realizado impecavelmente, com a bola do pé, mesmo se o adversário está “protegido”, a técnica correta o derrubaria imediatamente. É um círculo que não acaba: os instrutores ensinam como chutar de forma errada, os alunos usam protetores e assim continua até o inevitávelfinal de abandono da arte. Certos movimentos são adequados para certas artes. No Krav-Magá, a técnica é de baixo para cima e com a bola do pé. Ao contrário, é o medo que nos controlaria.
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objetivo de, primeiro, tentar preservar sua condição de instrutores e professores graduados, que se apresentam como possuidores de vasto e in finito conhecimento, e, segundo, tentar convencer seus alunos de que as explicações dadas por eles são corretas. Uma prova disso aparece no documento número 30, na página 273, onde vemos o diretor do “Krav-Maga International” contando como “Copiava e roubava ” movimentos de outras artes marciais, simplesmente porque seus alunos perguntaram e ele não tinha as respostas. O mesmo fenômeno se repete no caso do “presidente” da “Associação de Krav-Magá Israelense” que afirma ter acrescido ao Krav-Magá várias técnicas de “Wrestling”. Bom, assim que reparei nesta ousada afirmação, surgiu a seguinte dúvida em minha cabeça: meu pai era campeão europeu em luta Grecoromana e até treinou alguns de seus alunos com diversas técnicas nesse estilo de luta. Todavia, Todavia, ele nunca julgou necessário incluir nem mesmo um movimento desta luta no Krav-Magá. Por que então uma outra pessoa faria isso, quando o próprio fato de que meu pai não o fez indica que não desejasse isso? Novamente, não há escape em perceber atos como esse do ponto de vista do professor que encontre-se incapaz de dar respostas aos seus alunos (o Krav-Magá, aliás, contém algumas técnicas, que apesar de serem poucas e curtas, ainda constituem defesas e livramentos altamente eficazes contra situações de agarramento, estrangulamento ou imobilização no chão).
Mas precisamos também observar esses movimentos de um outro ângulo. Mencionamos já que essas movimentações fazem lembrar a forma de como um cego se movimentaria com sua bengala, tentando achar seu caminho na eterna escuridão. Quando uma pessoa nasce com deficiência de visão, ela vê o mundo de modo confuso e obscuro e, portanto, cada vez que pensasse ter visto algum objeto se movendo em sua direção, seja isso verdade ou não, levantaria suas mãos como se fosse se defender. Criança, adolescente ou adulto que crescem assim, perdem ao longo dos anos a sua autoconfiança e autoestima, passando a considerar o ambiente próximo como uma ameaça fixa e constante. Esta pessoa, mesmo se chegar a aprender KravMagá e subir até uma faixa alta, sempre sentirá aquele medo real em relação ao seu ambiente próximo e não adiantaria a qualidade que alcançasse como praticante de Krav-Magá, este receio primário terá o papel dominante em seus pensamentos e movimentos. Medo sempre leva para violência. O medo nos faz sentir que estamos perdendo nosso controle controle sobre os acontecimentos e como resultado disso as pessoas se voltam para o uso da força e da violência. Observem a técnica de adestramento de cachorros de guarda e ataque (comprovado pelo experimento do Pavlov). Durante o treinamento eles chegam a sentir um grau tão elevado de medo que sua única saída é atacar a pessoa que estão confrontando. Então um comando é “plantado” neles e cada vez que o cachorro escutar esta palavra-código, ele sentirá e lembrará daquele medo e sua vontade de atacar voltará. E é exatamente o que está acontecendo hoje em dia no Krav-Magá – os professores não possuem nenhum conhecimento na arte e logo inventam movimentos que não funcionam na realidade. Por exemplo, o professor 214
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ensina seus alunos alguma defesa e um dos alunos pede a ajuda do professor por que não consegue aplicar a defesa. A solução imediata mais popular atualmente é “Use mais força, muito mais força, mostre como você é forte”. Assistam aos supostos filmes sobre Krav-Magá que aparecem aos milhares no site do youtube.com. Em um filme bem interessante aparece o diretor da “Federação Européia de Krav-Magá”, sacudindo suas mãos e pernas sem mostrar nada além de pura violência. Este nunca foi e jamais será o caminho do Krav-Magá. Um outro fulano demonstra defesa contra ameaça de pistola por trás da cabeça - uma pessoa normal seria incapaz de executar essa técnica – e o fulano que mostra o exercício está ciente disso, mas como ato de propaganda e marketing, o filme funciona de forma maravilhosa na telinha do computador. Mas vamos vê-lo fazendo a mesma defesa na rua, contra uma arma carregada. Algumas coisas são simplesmente impossíveis de ser feitas, não podemos voar, por exemplo, ou botar ovos. Não se deve inventar cada dia um novo movimento de ataque só para poder vender melhor nosso “produto”, mas esta é a era do “marketing” na qual vivemos. O medo não necessariamente origina-se de um perigo – o pior é o medo que sentimos de nós mesmos. Evidentemente que este modesto artigo não poderia incluir todos os ângulos de investigação do medo naqueles movimentos e também não é o seu objetivo. Somente queríamos tocar em alguns pontos-chave para que você, o leitor, pudesse entender a criação verdadeira do meu pai, saber o que é aquele lendário Krav-Magá criado por ele e, especialmente, o que não é. No Krav-Magá nós não sentimos medo, se é preciso aplicar uma defesa, o fazemos e ponto final. Se é preciso atacar, atacamos. Não há lugar para reflexões e arrependimentos. No KravMagá agimos de acordo com o princípio da espontaneidade. É claro que sempre queremos vencer, mas essa emoção não nos dá o direito de atuar covardemente. Não esqueçam que as artes marciais foram criadas e desenvolvidas para os guerreiros, para aqueles que desprezem o medo, e somente assim devemos agir!
1947 – Início de defesas contra bastão
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Grafólogos, por favor!!! Fiquem à vontade!!!
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DOCUMENTOS & TESTEMUNHOS O DESFILE DA IGNORÂNCIA O primeiro dever de um escritor que resolve elaborar uma pesquisa historiográfica é munir-se da documentação adequada a ser apresentada para o leitor, como prova do processo histórico em questão. Os documentos datados dariam, tanto para os pesquisadores pesquisadores como para para os ledores, uma perspectiva correta e precisa sobre a ordem dos acontecimentos. Mas aqui estou enfrentando um problema oposto que tem vários aspectos diferentes. Primeiramente, para comprovar a sequência histórica correta, tenho que contraditar todas as tentativas feitas para alterá-la 1*. Somente a exclusão deste obstáculo que constitui a tentativa de re-escrever a história daria para você - o praticante de Krav-Magá, a capacidade de encontrar o caminho certo nesse labirinto de falsidade e fingimento no que diz respeito à verdadeira e completa criação do meu pai, e não todos aqueles “sistemas”, que são totalmente desligados da realidade do meu pai. Mas, para começar, precisamos entender alguns fatores e também para meu pai como um dos culpados e responsáveis pelos acontecimentos. As artes marciais, que pertencem ao mundo das artes corporais, normalmente não deixam vestígios que indiquem o seu processo de criação, ao contrário de artes como a pintura e a escultura, onde a própria obra é passível de análise e compreensão apenas por ter sobrevivido. As artes corporais transformam-se constantemente de acordo com a capacidade e talento de seus praticantes e, não menos importante, são bastante influenciadas pelos ciclos da moda. O nível e a qualidade da arte são diretamente relacionados às capacidades dos artistas e o mínimo necessário é determinado usualmente, apesar de não sempre, pelo pior praticante. Meu pai entendia isso e chegou a palestrar sobre o assunto várias vezes ao falar sobre o Krav-Magá. Um dos erros, talvez o maior de todos, feito pelo meu pai, é o fato de não ter moldado para dentro do Krav-Magá alguma forma de “competições”. Evidentemente que não se trata aqui do modo regular de realizar lutas para ganhar uma medalha ou troféu, ou até pior do que isso, competir puramente pelo dinheiro. Não me atreveria a sugerir tal coisa. Pelo menos esta regra do meu pai – que não haja competições no Krav-Magá, ainda é mantida por todos. Refiro-me a uma forma de “competições” que uniria todos os praticantes de Krav-Magá para uma só unidade. Por exemplo, uma vez por ano todos os instrutores e donos de academias viriam, junto com seus alunos, para algum local e realizariam demonstrações compostas das diversas técnicas do Krav-Magá. Os participantes poderiam demonstrar golpes, chutes, nível de controle corporal, nível de controle em alguma técnica específica etc.. As grandes escolas podem até apresentar duas equipes que possam competir entre si na frente de juizes que julgariam, com base absolutamente profissional, cada grupo de técnicas ou exercícios separados. A pontuação seria apenas sobre o grau de performance dos movimentos e das técnicas. 1. Portanto, acrescentamos à pesquisa qualquer material possível que aponta essas alterações e modificações – os diversos sites virtuais como foram criados por seus donos, citações variadas da imprensa, tanto de jornais impressos como de seus portais informatizados, e qualquer outra forma de informação que ajude a comprovar e demonstrar a criação do Krav-Magá.
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A criação de uma instituição deste gênero, junto com a fundação de uma organização responsável sobre a realização correta dos eventos dentro das regras de uma constituição pré-definida, possibilitaria para meu pai, e mais tarde para seus sucessores, manter o nível alto do Krav-Magá no mundo inteiro. Cada erro, ou tentativa de alterar algum movimento, exercício ou uma técnica completa, seriam anotados imediatamente contra o instrutor ou a escola, que durante os dias da competição seriam respeitosamente convocados para um treinamento especial com o intuito de corrigir e concertar os equívocos, sem que ninguém considerasse uma diminuição de sua honra. Por outro lado, sem dúvida que a realização de tal evento abriria para os praticantes do Krav-Magá a porta para preencher uma das necessidades básicas do ser humano – nós todos gostamos de competir e, mais ainda, adoramos vencer e voltar para casa com uma medalha ou troféu. Este fenômeno aparece em todas as áreas da vida humana. Para alguns, a carreira já significa a vitória, junto com os acompanhantes: salário, a liberdade de ser dono de si próprio, um carro sofisticado na garagem etc. – para esse tipo de troféu não precisamos de um armário especial. Outros preferem o ato público da vitória, que atrai a torcida e os aplausos. A realização de tais “competições” poderia resolver, pelo menos parcialmente, a necessidade de se glorificar que existe em tantos professores de Krav-Magá. Talvez Talvez fosse justamente a ausência dessa capacidade a origem para a tendência de investir toda a criatividade e inteligência na alteração da realidade histórica do Krav-Magá, em vez de direcioná-la para o autodesenvolvimento, de acordo com as exigências físicas e mentais do Krav-Magá. Aliás, a criação deste tipo de organização sempre se comprova como a forma absoluta para conseguir controle profissional sobre a arte e os praticantes. Vemos exemplos no Judô, que há mais de quarenta anos tornou-se um esporte olímpico e ultimamente também com Taekwando, que depois de imensos esforços internacionais também foi incluso nos jogos olímpicos. Nos dois casos, a presença de uma organização direcionadora é essencial. Se existisse tal organização no Krav-Magá, nem mesmo o falecimento do meu pai não faria diferença – todos já estariam acostumados com as “competições” anuais, que entre outras coisas também contribuiriam para a motivação, tanto dos professores como dos alunos. Yaron deu início a um projeto parecido em 1984, quando todo ano, durante os três dias da Páscoa judaica, dezenas de seus instrutores que lecionavam em escolas de todo o país chegaram junto com seus alunos para a quadra municipal da cidade de Rishon-Le-Tzion, a cidade “adotiva” do Krav-Magá naquela época. Na grande quadra cabiam mais de mil praticantes e na plateia estavam milhares de familiares que tinham ido para assistir às cerimônias finais. Podemos ver fotos destes eventos no livro “Instrutor para defesa pessoal”, publicado somente em Hebraico e que está a venda na internet, principalmente para colecionadores. O momento mais esperado nesses eventos é sempre o último dia, quando cada instrutor, junto com seus grupos de alunos, apresenta várias técnicas do Krav-Magá. Todos testemunharam que meu pai, que fez questão de estar presente naqueles seminários, só tinha elogios a falar sobre a idéia, sua organização e realização, mas por algum motivo nunca pensou 219
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em incluir todos os praticantes do Krav-Magá neste evento, e surpreendentemente também o Yaron nunca sugeriu isso ao meu pai. Naquela altura, provavelmente, já estava claro para meu pai que não havia com quem mais organizar eventos desse porte, e assim a chance de conseguir controlar controlar 2* o Krav-Magá se perdeu e a situação foi piorando, até chegar para o estado atual de total caos. Hoje em dia, a arte está pendurada entre entre a vida e a morte e tudo que sobrou, sobrou, depois de todos os “tratamentos” “tratamentos” que sofreu nas mãos de vários interesseiros, é um nome, e não um caminho com algum significado, como foi criado pelo meu pai. Técnicas foram encurtadas, defesas cortadas, número de golpes e chutes reduzido etc.. Dificilmente a quantidade do material atualmente ensinado no mundo chega à metade do que foi desenvolvido pelo meu pai, tirando a escola BUKAN, a única que ainda mantém o caminho completo do meu pai. Os cortes na arte foram feitos especialmente pelos alunos e instrutores de todas as organizações que surgiram depois da morte do meu pai, e que nem sequer conhecem seus ensinamentos originais e completos. Enquanto vivo, meu pai nunca deixaria que sua obra-prima fosse mutilada desta forma, e além do mais a pesquisa comprova de modo incontestável que todas as alterações ocorreram depois de sua morte. Meu pai não escreveu Hebraico e publicação em Israel em outro idioma não causaria o efeito desejado. Para falar a verdade, ele não deu muita importância para o trabalho de colocar no escrito a sua arte marcial, apesar de estar constantemente pressionado por terceiros a fazê-lo. Entre os urubus que o cercavam tinha também um indivíduo que era editor de livros didáticos, e ele tentou convencer meu pai dia e noite a publicar livros sobre o Krav-Magá 3*, mas sem êxito nenhum. Foi somente depois da morte do meu pai que a editora dele conseguiu publicar algum livreto sobre o Krav-Magá, mas este incluía principalmente técnicas inventadas que não tem nada a ver com o Krav-Magá do meu pai. Este fato novamente comprova que meu pai sabia exatamente quem eram as pessoas ao seu redor e, portanto, recusou-se a cooperar com aquele editor e ficou satisfeito com os dois livros que elaborou junto com Yaron Yaron e que estavam protegidos pelos direitos autorais. Mas meu pai enxergava o mundo de jeito diferente. Sua fé e confiança nos alunos pioneiros era genuína e total, e ele acreditou honestamente que todos os primeiros discípulos continuariam o seu caminho, como é de costume ao longo da história das artes marciais. Tal pensamento revela mais uma vez o fato de que meu pai considerou o Krav-Magá uma arte marcial e o si mesmo como o criador da arte, seguindo as concepções presentes neste campo. Ou seja, para ele era só natural que 2. “Controle” é a palavra-chave para todos aqueles que criaram as várias organizações. Sem esse controle, sua organização não sobreviverá e se desmontará, exatamente como ocorreu com a associação do Imi, que acabou se dividindo para outras organizações como a IKMF e a “Krav-Maga International”, do Sr. Haim Zut. Percebemos novamente que os dez pioneiros trataram o Imi com todo o respeito que merece – é justamente a segunda geração que sente a necessidade de dominar e direcionar a mudança do processo histórico correto do Imi e da criação do Krav-Magá como arte marcial. Uma gestão organizacional adequada impediria isso. 3. O nome completo está guardado em nossos arquivos.
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seus ensinamentos fossem passados de forma oral, de sua boca diretamente para os ouvidos de seus alunos, no modo tradicional das artes marciais que enfatiza a relação professor – aluno. Mas, no final, ele deixou-se ser persuadido e concordou em cooperar com Yaron na elaboração de dois livros que contêm a maior parte de seu caminho e do Krav-Magá 4*. A publicação desses dois livros causou um grande impacto na mídia israelense e também fora de Israel, ao estabelecer o padrão pela primeira vez. As duas obras foram adquiridas por todos, também por pessoas não ligadas ao Krav-Magá que queriam enriquecer seus conhecimentos. Não obstante, no espaço de tempo que passou (seis anos) entre a publicação dos dois livros, meu pai foi seduzido a ceder seu nome para um livreto escrito por um aluno do Eli Avikzar. Este acontecimento convenceu meu pai a dar um fim às tentativas de fazê-lo participar na elaboração de livros adicionais, uma vez que o livreto gerou críticas duras tanto do público em geral como de profissionais ( por exemplo, da segurança pública), ao contrário dos elogios recebidos depois das duas publicações conjuntas com Yaron. Em retrospectiva, podemos afirmar que o livreto foi o primeiro sinal do que iria acontecer com a arte toda 5*. Todavia, depois de sua morte apareceram outros livros e opúsculos, teoricamente escritos em seu nome, mas, como ele não está mais conosco, é incapaz de assegurar ou negar estas alegações. Assim, hoje em dia não temos, de fato, nenhum tipo de autobiografia elaborada pelo meu pai, suas reflexões filosóficas, os pensamentos e as intenções que o guiaram ao criar as complexas e complicadas técnicas. Até movimentos simples, como por exemplo, chute com bola do pé – por que insistiu tanto sobre isso? Por que motivo pensou assim e não de outra forma? De onde surgiu a ideia de que justamente uma entrada para dentro do inimigo o tornaria mais fraco e nos daria uma melhor capacidade de nos defender? As únicas testemunhas disponíveis são as poucas informações que aparecem no livro “The Book of Krav-Magá – The The Bible”, e também as testemunhas dos dez primeiros alunos, além de alguns documentos e certidões assinados pelo meu pai, como, por exemplo, a sua letra de mão original do rascunho que fez para o primeiro manual do Krav-Magá. Este manual preparado por ele no ano de 1971 para o final do primeiro curso de instrutores, e que eu tive a sorte de segurar em minhas mãos, inclui quase todos os movimentos e exercícios do Krav-Magá, divididos por faixas, da amarela até a preta, e além. Meu pai escreveu com letras latinas, mas com pronunciamento e fonética do Hebraico, ou seja, lemos 4. A técnica de escrever não era conjunta. No início foram escritos à mão e lidos para o Imi rascunhos e o Imi os modificou e corrigiu até que alcançaram o nível que queria. A ênfase, de qualquer forma, foi dada para a organização das técnicas de acordo com a ordem de sua aparência e para a elaboração de artigos que esclarecessem o caminho do Krav-Magá, como a importância das faixas e do tradicional Judô Gi. Quando os livros foram traduzidos para o Inglês, os elementos e artigos trabalhados pelo Imi ficaram inalteráveis. 5. Quando aquele livreto foi publicado, Imi já tinha terminado de escrever o segundo livro com Yaron e todo o material profissional já estava pronto para ser impresso. O Imi, que conhecia o alto nível dos dois livros, mais ainda se comparados ao tal livreto, resolveu “desligar-se” de qualquer obra literária futura. Podemos perceber como prova para sua satisfação com os dois livros já escritos o fato de que pediu para o Yaron traduzí-los para uma segunda segunda língua, para que fossem reconhecidos também fora de Israel.
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em Inglês, mas as palavras são ditas no Hebraico. O manuscrito está guardado com um dos dez pioneiros, que concordou em nos levar até o cofre que alugou num banco em Tel-Aviv, especialmente para este fim, e dividir conosco essa preciosidade, e nós tivemos a rara chance de literalmente tocar na história do Krav-Magá. Algumas das páginas do manuscrito aparecem ao longo longo do livro. Para meu pai, a publicação dos dois livros junto com Yaron Yaron significou que fez o necessário para deixar seu caminho nas mãos certas, um pensamento que acabou se revelando como correto, mas infelizmente não era o suficiente, e este é provavelmente um de seus maiores erros. Se ele assinasse abaixo abaixo de algum material escrito, esse serviria como a autoridade máxima sem que ninguém pudesse objetar. No estado atual, todos criticam e rejeitam o que o outro faz, enquanto você, o leitor leigo, não está mais capaz de diferenciar a esquerda da direita de tantas “versões” e “renovações” do Krav-Magá, e esta é exatamente a razão pela qual decidimos escrever a atual pesquisa. Mas será que meu pai estava consciente de tudo isso? Será que sabia quem eram as pessoas que o cercavam e planejavam modificar a sua criação? Meu pai não era cego e nem tolo, e é bem provável que enxergou os acontecimentos, e, portanto, cooperou com eles e fez seu “papel”, sabendo que seu caminho estava claro e definido, um fato que também acabou revelando-se como correto. Qualquer pessoa, mesmo se fosse um perfeito “ pombo da paz”, como seu aluno Haim Zut gostava de chamá-lo, não poderia ficar olhando enquanto sua arte, que ele trabalhou para desenvolver durante décadas, estava sendo esmagada e destruída. Os sentimentos de vingança, numa situação como essa, surgem e aparecem de forma natural em todos nós. Para apagar as tentativas de alterar a história do Krav-Magá, nós só precisamos, por exemplo, entrar nos sites de Krav-Magá na internet e começar a duvidar seriamente de tudo que vemos escrito ali, e, consequentemente, verificar profundamente toda a informação exposta lá. Não é um trabalho fácil, talvez impossível, para quem não conhece detalhadamente o processo histórico correto da criação do Krav-Magá. Como alguém poderia saber se realmente as faixas no KravMagá foram eliminadas? O laico que procura informação on-line normalmente tende a acreditar no material escrito ou sente uma grande confusão e incerteza ao ver uma informação completamente contrária apresentada pela organização concorrente. Então? Eis a solução para todos, ou como um famoso jornalista uma vez disse: “O papel absorve absorve tudo”, e a página eletrônica mais ainda. Dessa vez nos concentraremos naquelas páginas eletrônicas, onde aparecem citações exatas de seus criadores e responsáveis, levando em conta dois pontos de vista. Primeiro, leremos os sites de Krav-Magá ao pé da letra, e em seguida, paralelamente a isso, andaremos juntos no caminho da instrução, para explicar, ver e saber os verdadeiros acontecimentos e a realidade histórica de acordo com os fatos absolutos, precisamente como ocorreram. Alguns dos sites de Krav-Magá que encontramos aprecem no Hebraico, porém foram traduzidos também para outros idiomas. E vejam que surpresa! Ao ler a versão não-hebraica do site, os conteúdos mudam quase cento e oitenta graus! O processo de recolhimento, análise e seleção do material até a sua publicação 222
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na forma de uma pesquisa acabada é longo e complexo. Pois os sites virtuais podem trocar ou alterar seu conteúdo na velocidade da luz, como aconteceu várias vezes ao longo da pesquisa. Sabemos que algumas mudanças foram feitas depois que os criadores dos sites tomaram conhecimento do nosso trabalho. Portanto, copiamos o material relevante daqueles sites e ele é trazido e citado ao longo do livro de forma explicativa, para que o leitor possa realizar a conexão entre ele e os nossos esclarecimentos. Não modificamos e não marcamos as páginas copiadas para não danificar de modo algum sua originalidade e autenticidade. Qualquer um que comparasse os fatos históricos aqui inclusos com o escrito naqueles sites entenderia de imediato o inevitável fracasso dos responsáveis por aquelas páginas e a sua inapropriada autoglorificação. A nossa apresentação do processo histórico puro aponta de forma forma lógica também para a tolice e a ignorância presentes no ato de criação daquelas páginas eletrônicas. Entretanto, antes de expor os fatos, precisamos tocar num outro ponto importante, e aqui devo re-lembrar e mencionar mais uma vez a falta de domínio do meu pai da língua hebraica. Com a exceção de um, em todos os sites que visitamos o Krav-Magá é definido como “sistema” 6*, ou “sistema em desenvolvimento”. Então, com sua permissão deixarei aqui um comentário pessoal. Falo Hebraico fluentemente há algumas décadas, me graduei e me formei numa universidade israelense e no idioma hebraico, e apesar de tudo isso, ainda precisei da ajuda do Sr. A. EvenShoshan 7* para compreender, acima de qualquer dúvida, o significado da palavra “sistema” e sua diferença do termo “arte”. Estava eu também muito próximo de cair nesta armadilha linguística, e por este motivo mesmo duvido seriamente se meu pai conhecia a diferença entre as duas palavras – sistema e arte. Artista – o que pratica a arte. Artesão – especialista na prática da arte Portanto, temos que eliminar a possibilidade de que meu pai fez uso inadequado e equivocado no termo “sistema”. Nas cartas assinadas pelo meu pai e anexadas para os diplomas de Quarto Dan, ele utiliza a designação: “Perito” (de Hebraico – “Mumrré”). Citando: “ É nossa satisfação cedê-lo o grau de perito perito em Krav-Magá”. Final da citação. Arte – “Conjunto de preceitos e regras para fazer bem qualquer coisa”. Sistema – “Conjunto de partes coordenadas entre si; reunião de proposições, de princípios coordenados de molde a formarem um todo científico ou um corpo de doutrina” (Esta citação é a explicação do dicionário Houaiss Português - Portugês para o termo “sistema”. Contudo, no Hebraico a palavra “sistema” {de Hebraico – “Chita”} significa também uma linha reta, ou até uma linha escrita num livro, ou uma coisa inalterável. Portanto, e de acordo com a língua hebraica, todos aqueles que alteram elementos em seus sistemas, eliminam o próprio sistema...). 6. A palavra “sistema” não é originária da língua Hebraico e usa-se muitas vezes a palavra inglesa “system”. Portanto, o significado do termo / palavra não muda de um idioma para outro, e como já vimos, o uso dessa noção para a realidade do Krav-Magá é completamente equivocado, uma vez que não há nada constante e inalterável nele, ao contrário. 7. Even-Shoshan é considerado o dicionário mais abrangente do idioma Hebraico e sua autoridade estica-se também para o campo das traduções.
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Sistemático – “Ordenado, posto em um sistema; conforme um sistema”. Sistematização – “Ação ou feito de sistematizar, de ordenar em sistema”. Então, se os praticantes de uma arte são artistas, os praticantes de um “sistema” são “estúpidos”...? O único motivo de todas as citações é explicar de forma clara o significado do termo “sistema” em relação ao Krav-Magá. Todos os sites virtuais enfatizam a alteração do Krav-Magá e sua repetitiva “adequação” à vontade dos professores e alunos. O crédito por isso não é meu. Será que todo o dito acima não passa de, como diriam os judeus falantes de Iídiche da Europa ocidental, “Luft Guicheften” 8*?!?! Apenas através de um ponto de vista que explicasse de forma detalhada todas as distorções e modificações históricas feitas no processo de criação do Krav-Magá, poderíamos compreender corretamente o ato de construção do mesmo pelo meu pai e de torná-lo uma arte marcial única e a melhor no mundo. A nossa jornada entre os vários documentos a serem apresentados na continuação do capítulo mostrará indiscutivelmente o modo como certos indivíduos alteram a trajetória da arte para que sirva a seus interesses particulares, e assim nós poderemos enxergar e perceber toda a glória da verdade, pois é ela, e somente ela, o verdadeiro caminho do meu pai. Como é de costume neste tipo de trabalho, a nossa mesa acumulou dezenas, se não centenas de diversos documentos relacionados à nossa pesquisa. Seríamos capazes de preencher alguns livros apenas com os documentos que temos em mão. Mas nós nos empenhamos em isolar aqueles documentos específicos que dariam ao leitor a possibilidade de compreender, de uma vez por todas, como a arte foi criada e como ela está sendo manipulada hoje. A escolha final dos documentos a serem anexados ao livro baseou-se no princípio de “citação direta”, ou seja, o documento só foi incluso se citasse as palavras de seu locutor, para evitar qualquer dúvida quanto à sua originalidade e autenticidade. À respeito do ônus da comprovação, o seguinte conjunto de documentos e certidões preenche qualquer requisito possível e demonstra precisamente o processo histórico implacável do Krav-Magá, completando assim o supremo objetivo desta pesquisa – a exposição absoluta da verdade. Tentamos, na medida do possível, evitar o uso da pesquisa para denunciar publicamente os indivíduos em questão. E se de vez em quando uma palavra severa demais se infiltrou nas páginas da pesquisa, culpamos sem hesitação o nosso próprio aspecto pessoal. Nenhuma das organizações estava disposta a apoiar e ajudar os nossos esforços de trazer a verdadeira história do Krav-Magá, muito pelo contrário. As poucas correspondências e comentários que recebemos no correio eletrônico, como veremos mais adiante, nos custaram muito tempo e suor e dezenas de pedidos e solicitações. As diversas associações e federações resolveram simplesmente não 8. “LuftGuicheften” – De Iídiche “Negócios do Ar”. Antigamente existia em Israel uma rede de lojas para turistas, que vendia latas cheias de “Ar da Terra Terra Santa”. As latas eram vendidas por preços absurdos e muitos brincaram sobre a capacidade dos israelenses de fazer lucro oferece ndo latas vazias, e de como os clientes eram ignorantes. Assim, a palavra “LuftGuicheften” tornou-se parte do jargão da língua Iídiche, falada por descendentes de judeus que vieram da Europa.
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responder e não cooperar, desligando-se assim de qualquer responsabilidade. Mas não menos importante é entender e ler corretamente a natureza destas raras correspondências. Observem, por exemplo, o estilo usado para escrever o correio eletrônico que aparece no documento número dois, na página 229. Quem o escreveu faz questão de explicar, repetidamente, que depois do falecimento do meu pai houve um “rompimento” no Krav-Magá. Mas isso simplesmente não é verdade. Yaron estava na escola BUKAN, que fundou junto com meu pai já em 1978 e, para falar a verdade, também o Haim Gideon ficou na sua associação que criou em 1983, e que tinha como membro o Sr. Eyal Yanilov Yanilov.. De fato, o único “rompimento” que ocorreu 9* foi a saída do Sr. Haim Zut e, principalmente, o afastamento do Sr. Eyal Yanilov. Este e-mail é nada mais do que uma enganação deliberada que tem como finalidade iludir e confundir o leitor que não conheça os caminhos históricos do Krav-Magá. Essa desinformação, presente em todos os diversos sites virtuais, é o principal obstáculo. É aquela poeira escura que cobre a verdadeira história do Krav-Magá. O objetivo do próximo capítulo é apresentar os documentos no seu estado limpo, depois que nós os limpamos com a varredoura dos fatos reais. Somente desta forma você, o praticante de Krav-Magá e leitor da pesquisa, poderá compreender a teia de aranha que foi erguida para esconder a verdade.
9. A organização fundada pelo Sr. Haim Zut é tão pequena e insignificante que por algum tempo pensamos em ignorá-la por completo, mas no final a mencionamos em favor da justiça histórica, uma vez que o Sr. Zut não se empenha, como outras organizações, a forjar inteiramente o processo de criação do Krav-Magá.
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DOCUMENTOS E TESTEMUNHOS O DESFILE DA VERGONHA A nosso ver, o capítulo atual é o mais importante de toda a pesquisa. Todo o material que coletamos, achamos e organizamos se resume a esta parte do livro. Todas as provas para a alteração e distorção da história do Krav-Magá são expostas nas próximas páginas. Nós trataremos aqui apenas das principais questões, ignorando diversas “curiosidades” que não têm nenhuma importância e são tentativas de algumas pessoas de criar famas para si mesmas, abusando o nome do Krav-Magá. Mas, primeiramente, uma curta explicação sobre como se deve abordar a diversa documentação. No início, os documentos documentos foram colocados exatamente da mesma forma que aparecem em suas fontes, incluindo todas as tentativas de modificar a nossa história. Ao longo do material escrito, aparecem os números dos documentos e das páginas que marcam o local da referida documentação relacionada ao assunto em questão. Por vezes, documentos diferentes foram agrupados e para compreender o tema precisaríamos ler dois ou três documentos simultaneamente, ou analisar a mesma documentação, mas em referência a vários assuntos separados. Novamente gostaríamos de enfatizar um fato: todos os documentos na pesquisa, e especialmente neste capítulo, são originais e inalteráveis, precisamente como foram impressos dos sites virtuais de seus autores, das várias organizações e de seus dirigentes e responsáveis pelo conteúdo daqueles sites. Ademais, o mesmo vale para as poucas correspondências eletrônicas que recebemos como resposta às nossas centenas de solicitações de informação. Começaremos nosso caminho com as aventuras da organização conhecida como IKMF, ou por seu nome completo: “Federação Internacional de Krav-Magá”. Então, prezados leitores, observem um fato bastante curioso. De acordo com a legislação vigente em Israel, o termo “Federação” simplesmente não existe – em Israel não há federações. Israel não é um estado federativo, e o legislador israelense não possibilita a criação de federações, por diversas razões. A organização organização chamada “Federação Internacional de Krav-Magá” é na verdade uma associação com nome deliberadamente enganoso e falso. Toda esta informação é pública e aberta a todos no site do ministério da fazenda israelense. E mais, durante um longo período que se estende por alguns anos, esta associação estava fechada e extinta (veja documento número 1). Não conseguimos descobrir os motivos reais do fechamento da associação, mas este fato é de menor importância no momento. Os dirigentes da associação continuavam, em nome da organização, cobrar anuidades e diversas outras taxas de instrutores e alunos, enquanto na verdade a associação nem existia mais. Isso já está alguns níveis acima de mera insolência. Outro fator importante que desejamos deixar claro desde já, é a essência existencial da associação / federação. Na sua página inicial, os dirigentes da associação admitem que ela foi fundada depois da morte do meu pai, como podemos ver em documento número 2, página 229. Voltaremos várias vezes ao longo do capítulo para o assunto da data de fundação da associação depois da morte do meu 227
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pai, já que este ato explica e esclarece inequivocadamente a liberdade tomada pelos fundadores da IKMF de alterar e re-escrever a história do Krav-Magá. Uma das mais notáveis características dos membros da IKMF é a sua vontade de tornar o KravMagá exclusivo, como se quisessem dizer que além deles, ninguém nunca estudou com meu pai, ninguém jamais ensinou o caminho completo e verdadeiro dele, e somente eles têm autoridade sobre o Krav-Magá. Mas será? Entretanto, é interessante ver no documento número 3, página 231, o Sr. Ohad Caspi, o responsável da IKMF pelas correspondências correspondências eletrônicas, confirmando que o Sr. Yaron Yaron Lichtenstein era um dos primeiros e mais graduados alunos do meu pai. Mas mais interessante ainda é perceber e aprender o estilo de se expressar que as pessoas da IKMF adotaram para si, com o objetivo de confundir o leigo locutor. O Sr. Caspi afirma que o Sr. Yaron Lichtenstein “era” um dos mais graduados alunos do meu pai. Porém, qual é o objetivo do uso da palavra “era”? O Sr. Yaron ainda está vivo e ainda comanda milhares de alunos e instrutores, tentando corrigir os males e estragos feitos pela IKMF. Está concepção, de apagar e eliminar tudo que existe no Krav-Magá, incluindo personagens vivas e ativas, é uma das fortes características dos protagonistas do atual capítulo. Mas ainda, é uma indiscutível admissão de que o Yaron era um dos alunos mais graduados do meu pai e logo, o conhecia pessoalmente. Consequentemente, tudo que ele disse ou dirá sobre meu pai e o Krav-Magá é percebido como fato e se aplica sobre as pessoas da IKMF, uma vez que eles aceitam os acontecimentos. O documento número 4, na página 232, é a página inicial do site da IKMF. A página, que apresenta um breve (e cheio de equívocos) resumo da vida do meu pai, está escrita no Hebraico, num estilo vago, elusivo e perplexo, com o intuito de confundir o leitor e abalar sua autoconfiança. O parágrafo tenta demonstrar que meu pai desenvolveu apenas o “ Krav-Magá militar ”, ”, o que não é verdade, uma vez que não exista alguma coisa chamada “Krav-Magá militar”. O objetivo do pequeno texto é criar uma imagem diferente para meu pai, afirmando que “O Imi teve uma vida ”. Isso já é uma bruta mentira. Das 14 linhas no item, somente uma e meia militar ”. insinua levemente que meu pai tinha também uma vida “civil”. Ele se alistou ao exército britânico por falta de opção. Toda sua vida era atleta e praticou esporte profissionalmente. Sua convivência com o exército era uma obrigação que incluiu uma geração inteira. Examinando a história do meu pai antes de ingressar no exército e imediatamente após sua aposentadoria, enxergamos os fatos com mais clareza. Na quarta linha do mesmo parágrafo, em documento número 4, o autor escreve que meu pai sempre estava à disposição de seus alunos para alterar o que fosse preciso no “sistema” que criou. Ironicamente, as pessoas que dirigem a IKMF nunca eram alunos do meu pai, então estas alterações não poderiam ser feitas com seu aval e conhecimento, como veremos pelos fatos apresentados nos seguintes documentos. Ademais, Ademais, o “Krav-Magá Militar” aqui mencionado, é justamente aquela curta mutação adotada e divulgada pela IKMF como se fosse o “sistema” original do 230
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Krav-Magá. E, novamente, testemunhamos o repetitivo uso da palavra “sistema” 1* e disso podemos tirar apenas duas conclusões. Primeiro, o autor do texto não é familiarizado com a língua hebraica, ou, ele conhece muito bem o idioma e este é simplesmente seu estilo de escrever, subestimando a inteligência do público dos leitores ao qual eu pertenço, e, portanto, não aceito ofensas contra minha capacidade de entendimento do escrito e análise. Em favor da precisão histórica, meu pai iniciou sua trajetória militar mili tar no ano de 1946, quando se juntou à resistência judaica em Israel que estava lutando contra os árabes e o exército britânico, e aposentou-se por causa de sua avançada idade no ano de 1967 (a idade média de aposentadoria do exército em Israel é de 45 anos, mas meu pai ficou lá até seus 57 anos, acumulando mais de vinte anos de serviço). No mesmo ano ele fundou a primeira academia na cidade de Natanya e mais tarde também a academia de TelAviv. viv. E foi somente depois de sua retirada das forças armadas e a inaguração das duas academias que ele começou c omeçou desenvolver o Krav-Magá como o conhecemos hoje. A pesquisa apresenta múltiplas provas para estes fatos, e eis mais uma, no documento número 5, na página 234. Este consiste numa afirmação recebida do arquivo do governamenta l oficial), exército israelense ( pertence ao ministério da defesa, e destarte um órgão governamental determinando e confirmando o fato de que as palavras “Krav-Magá” não aparecem no dicionário militar do ano de 1965. Isso não poderia ser mais verdadeiro, uma vez que o nome Krav-Magá só foi dado à arte numa época mais tardia, quando meu pai já estava formando seu grupo de dez prediletos, fora do exército e sem seu envolvimento. O documento fortalece a nossa convicção de que meu pai não criou um “Krav-Magá militar”, mas foi a IKMF que por motivos puramente financeiros e de “marketing” levantou essa bandeira. Por esta razão eles tentam direcionar e distorcer o processo de nascimento do Krav-Magá e até a história pessoal do meu pai, para que sirva suas necessidades. Isso não é uma simples insolência israelense, mas sim uma vergonha nacional. Mas infelizmente os atrevimentos dos dirigentes da IKMF, e especialmente de seu diretor – o Sr. Eyal Yanilov, não terminam por aqui. O Sr. Yanilov, anilov, que alega ser discípulo do meu pai, é na verdade aluno do Eli Avikzar, Avikzar, que lhe cedeu o grau de sétimo Dan. O documento número 6, na página 257 que aparece no site oficial do Eli Avikzar, demonstra e comprova conclusivamente que todas as pessoas da IKMF são na verdade alunos do próprio Eli Avikzar, e o fato de que o sétimo Dan foi cedido ao Sr. Yanilov pelo Eli é a mais irrefutável prova de todas de que o Sr. Yanilov jamais era aluno do meu pai. Embora seja provável que o Sr. Eyal Yanilov Yanilov,, como outros de sua organização, tiveram algumas chances de conhecer meu pai nas raras ocasiões que veio para a academia do Eli, ou nos escritórios da associação, mas nada além disso. Entretanto, no seu site, o Sr. Yanilov faz questão de publicar e anunciar coisas que enganam e cegam os olhos de seus alunos que, 1. Levando em conta tudo que aprendemos sobre o termo “sistema” em Hebraico, talvez fosse realmente essa a intenção do meu pai, e o resto apenas se empenham para torná-lo uma coisa impossível de ser entendida em qualquer língua.
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sendo pessoas honestas, acreditam que seus professores de Krav-Magá da IKMF também sejam. No documento número 4, na página 232 está escrito que meu pai era um homem digno e honrando, e que fundiu este legado para dentro do Krav-Magá. Contudo, parece que o legado não chegou aos dirigentes da IKMF. Decidimos que o capítulo de “Documentos & Testemunhos” encerraria a pesquisa, dando assim ao leitor a oportunidade de ler, aprender, entender e analisar todos os aspectos da criação do Krav-Magá e da própria pesquisa, e, ao chegar para o atual artigo, você já teria todos os pontos de vista necessários para completar a imagem da história do Krav-Magá. A elaboração da pesquisa, sem a inclusão deste capítulo, já seria o suficiente para comprovar as origens verdadeiras do Krav-Magá, como meu pai o criou e não da forma que muitos tentam apresentá-lo hoje em dia. Mas, para eliminar qualquer dúvida, acrescentamos também a parte do “Documentos & Testemunhos”. O material aqui citado é a exata e completa versão, palavra por palavra, como aparece nas diversas divulgações no site da IKMF, que seus dirigentes são os únicos responsáveis pelo seu conteúdo. E sempre em seguida, trazemos os fatos reais.
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Citação: O dono e autor do site, fundador e diretor da IKMF, o Sr. Eyal Yanilov, se apresenta ), perito nível oito” em Krav-Magá. na página inicial e afirma ser “mestre nível 3 ( três três ), Será? Fatos da pesquisa : No planeta todo, não há um país, país, ou forma forma de arte arte marcial, ou algum sistema de luta, o qual nós não pesquisamos e perguntamos para descobrir se alguém já tinha ouvido sobre este modo de graduação. Mas em todos os lugares recebemos a mesma resposta – ninguém conhece. Também não achamos um aluno do meu pai que pudesse conceder esclarecimentos sobre esse sistema de nivelamento: nenhum dos dez jamais ouviu falar dele. Portanto, resta para nós apenas uma conclusão: já que esta organização, desde o início, está criando um novo “sistema” e usando uma nova “atitude”, não há sombra de dúvida de que a forma de graduar alunos também é única ao seu sistema 2*. Não tem nada de errado nisso, além da tentativa de apresentar este sistema como se fosse o KravMagá original do meu pai, enganando assim o público de seus alunos. al unos. Os instrutores da IKMF se esforçam ao máximo para modificar o caminho original do meu pai e apagar dos livros da história o resto de seus alunos que receberam dele a faixa preta e são considerados os verdadeiros sábios do Krav-Magá. 2. É interessante conhecer este sistema de graduação, adotado da área militar e que se parece com as marcas da hierarquia militar de praças – do soldado até sargento e além. Essas graduações devem ser costuradas pelo aluno na sua roupa de treinamento. Não menos interessante é o fato de que o fundador e diretor da federação, serviu no exército apenas em função administrativa e não possui nenhuma experiência em combate. E mesmo assim, ele tenta servir para nós um “Krav-Magá militar”, com hierarquia “tipo marcial”, mas sem nenhuma base para apoiá-lo.
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Citação: O diretor da IKMF continua proporcionando vários certificados, e entre eles, como podemos observar observar no primeiro parágrafo do documento número 9, na página 237 ele disserta sobre seu certificado de faixa amarela, “ Da época que no Krav-Magá ainda usavam faixas coloridas... ”. Fatos da pesquisa : A intenção deste texto de duas linhas é uma só: mostrar que no Krav-Magá não existe mais graduação de faixas, e assim explicar os motivos pelos quais a IKMF não utiliza hoje em dia o tradicional Gi do Judô, e por que foi inventado i nventado um novo modo de graduar alunos e instrutores. Portanto, o parágrafo é deliberadamente enganoso e fraudulento: podemos ver na primeira página do capítulo “Graduações no KravMagá” uma foto do meu pai com alguns de seus discípulos e alunos do Eli e Yaron, Yaron, e que surpresa – a segunda pessoa do lado esquerdo, a pé, vestindo um Gi branco e faixa preta – é o próprio Sr. Eyal Yanilov, fundador e atual diretor da IKMF! Então, se ele possui diploma de faixa preta, por que não o apresenta? Será que esta é a sua tentativa de mostrar que as faixas no Krav-Magá foram eliminadas quando ele ainda era faixa amarela? Ou seria para esconder o fato de que ele não recebeu a faixa preta do meu pai, mas do Eli Avigzar? Neste ponto levantamos uma outra questão interessante. Considerando por um instante a possibilidade que o sistema de faixas coloridas no Krav-Magá 3* realmente foi cancelado, por que então o diretor da IKMF se esforça tanto para convencer todos que ele possui o grau de Oitavo Dan, como vemos no documento número 10, na página 239 (enquanto, aliás, seus colegas da IKMF o divulgam como tendo apenas o Sétimo Dan...)? Mais curioso ainda é saber a razão do diretor da IKMF de escrever sobre sua faixa amarela e mencionar a frase “ Da época que no Krav-Magá ainda usavam faixas coloridas... ”, e já na próxima parte de seu site ele exibe seu certificado de “ Faixa Vermelho-Branca Oitavo Dan”. Vermelho-Branco, além de cores, constitui também uma faixa e, portanto, se o Sr. Yanilov, como mostra o diploma, possui este grau, então existem faixas no Krav-Magá... E não vamos esquecer a bem provável possibilidade de que o diretor da IKMF simplesmente tenta convencer todos que ele é Oitavo Dan e não Sétimo Dan, por que este grau foi outorgado a ele pelo seu mestre - Eli Avikzar (como podemos ver no documento número 7, na página 257), enquanto o maior objetivo do Sr. Yanilov é mostrar que ele era aluno do meu pai 4*. O fenômeno é comum – flagramos outros entre os modificadores da história 3. Não há escape de praticar um pouco de matemática. O diretor da associação recebeu a sua faixa amarela quando ainda era adolescente, com quatorze ou quinze anos de idade, ou seja, não existem faixas no Krav-Magá há mais de vinte e cinco anos. Será ? Caso positivo, por que então ele possui a graduação de faixa preta sétimo Dan ? 4. Devemos examinar esse assunto também de uma outra perspectiva, completamente diferente. Os alunos do Eli Avikzar, como Avi Abesidon e Haim Gideon, receberam a graduação de Oitavo Dan e apenas o Sr. Eyal Yanilov não avançou do sétimo Dan. Talvez seja este o motivo atrás das repetitivas tentativas de mudar a história do Krav-Magá.
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Documento número 10:
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do Krav-Magá que também fizeram sumir seus diplomas originais de faixa preta – para que ninguém saiba que eles e les não são alunos do meu pai, como estão alegando, mas sim de outros professores. Infelizmente, o assunto é amplo e abrangente e nós voltaremos a dissertar sobre isso mais adiante. Aqui precisamos fazer um intervalo, e olhar para meu pai e pensar o seguinte – será que o Sr. Imi Lichtenfield, este gigante homem, era na verdade um charlatão, mentiroso e impostor, que enganou todos seus alunos? Será que meu pai era tudo isso? É possível que ele se dedicasse durante tantos anos para a criação do KravMagá, o seu “bebê”, a sua imortal arte, e que se esforçasse para formar e ensinar o primeiro grupo de alunos faixas pretas, só para depois mudar de vez todo seu trabalho? Deveríamos acreditar nisso? Ademais, no documento 2 5*, na página 229, vemos claramente que os dirigentes da IKMF admitem que a organização foi fundada depois do falecimento do meu pai, então ele nem poderia ter conhecimento dos atos do Sr. Yanilov!!! Continuaremos examinar e nos aprofundar nas alterações e modificações feitas na história do Krav-Magá pela IKMF, no intuito de entender, de uma vez por todas, os reais acontecimentos. Pois é, se todos seguissem o exemplo de honestidade e integridade do meu pai, as coisas seriam bem diferentes. Citação: Na mesma página de documento número 9, em baixo do parágrafo que fala sobre “ A época que ainda existiam faixas no Krav-Magá”, lemos que, no final, dos anos oitenta meu pai decidiu apontar o Sr. Eyal Yanilov como seu sucessor e, portanto, já no dia primeiro de Janeiro de 1991 1991 preparou um diploma de Oitavo Dan para que este seja dado ao Sr. Yanilov depois de seu falecimento. E em seguida, o Sr. Yanilov afirma que o diploma foi dado a ele pela ele pela esposa esposa do meu pai – a Ilana, somente no ano de 1998, depois da morte de meu pai. Será? Fatos da Pesquisa: Examinaremos esse tema de forma aprofundada e eficiente. Primeiramente, realizamos uma re-leitura do documento: meu pai concedeu para o Sr. Yanilov Yanilov o grau de “ Nível Oito”. Então, como já vimos e aprendemos, investigamos e entendemos de forma clara, a organização chefiada pelo Sr. Yanilov foi fundada depois da morte do meu pai, e inventou um novo sistema de graduação. Então, como é possível que meu pai desse ao Sr. Sr. Yanilov Yanilov uma graduação que nem existia ainda ?!?!?! ?!?!?! Segundo lugar, conhecemos pessoalmente a esposa do meu pai – a Ilana, e ela nunca se envolveu no caminho do meu pai, e com certeza que jamais daria a alguém um diploma quando nem sequer saiba o seu significado. E se por acaso meu pai resolveu nomear o Sr. Yanilov como seu “herdeiro”, por que então não preparou antecipadamente um diploma de sucessor, sucessor, uma coisa que levaria não mais do que dez minutos de seu tempo ? 5. Em documento número 11, na página 241, vemos no meio da página, em Hebraico, que a federação é chefiada por quatro pessoas: Eyal Yanilov, Gabi Noah, Avi Moyal e Eli Bem-Ami, a página explica que todos são alunos do Imi. Porém, novamente percebemos no documento número 7, página 257, que todos os membros do respeitado grupo, sem exceções, são alunos do falecido Eli Avikzar. Avikzar.
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Documento número 11:
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Examinando a versão ampliada do diploma (documento número 10, página 239), vemos claramente que este diploma é diferente dos documentos oficiais normalmente assinados pelo meu pai, e que o documento foi especialmente preparado para a nova organização do Sr. Yanilov Yanilov,, ou seja, evidentemente que este diploma é da associação erroneamente conhecida como “Federação Internacional de Krav-Magá”, fundada somente após a morte do meu pai. Prezados leitores, tirem as conclusões vocês mesmos. Por motivos de auto-respeito, não poderíamos escrever a nossa real opinião sobre o diretor da IKMF... Citação: E continuando no mesmo assunto relacionado à graduação de Oitavo Dan, no documento número 13 estamos vendo o tal “certificado de perito” do Sr. Yanilov, aparentemente assinado pelo meu pai. Fatos da Pesquisa: O mais curioso é o incontestável fato de que o diploma foi emitido pela própria IKMF, da mesma forma como qualquer outra organização imprime e distribui seus certificados. O que levanta a seguinte questão – a IKMF foi fundada posteriormente à morte do meu pai, então como é possível que a assinatura do meu apareça num documento emitido por uma organização que nem existia durante sua vida ??? O Sr. Yanilov, quando ainda fazia parte da Associação de Krav-Magá Israelense (IKMA), foi além do imaginável para conseguir do meu pai o título de “herdeiro profissional”. Nos anos oitenta tentou receber, de modo desonesto, o grau de Quarto Dan que pertencia ao Sr. Yaron Lichtenstein. Depois que meu pai cedeu o grau de Oitavo Dan para o Sr. Haim Gideon, o Sr. Yanilov, para mostrar que ele é o verdadeiro sucessor, inventou para si um diploma com graduação igual. Ele se retirou da IKMA - a associação onde meu pai serviu como “presidente de honra” até sua morte - quando percebeu que não poderia utilizá-la para seus próprios interesses, e fundou a “Federação Internacional de Krav-Magá”, ou seja, IKMF (sigla em Inglês de “International Krav-Magá Federation”). Aliás, esta retirada veio acompanhada de um longo e sujo processo jurídico. Citação: O documento número 14, página 244, tirado do site da IKMF, narra a história pessoal do diretor da organização, e entre outras coisas vemos ali escrito o seguinte: que o diretor da IKMF Viajou para o exterior no intuito de ministrar aulas de Krav-Magá “Com o auspício do ministério da educação de Israel ”. ”. Será ??? Fatos da Pesquisa: Escrevi dezenas de cartas, como antigamente – num envelope fechado com selo colado, endereçados para os escritórios do ministério da educação em Israel. Enviei também centenas de e-mails para cada pessoa que julguei poder ter algum conhecimento ou informação sobre o “apoio” dado ao Sr. Yanilov pelo ministério da educação. Realizei também inúmeras conversas telefônicas com os funcionários do ministério, além de reuniões pessoais com vários gerentes e diretores, com seus assistentes, com fiscais e supervisores de diferentes departamentos. Mas tudo foi 242
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Documento número 13:
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Documento número 14:
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em vão - recebi a mesma resposta em todos os lugares. O ministério da educação é uma entidade governamental oficial, que mantém um arquivo com protocolos de qualquer ato ou ação executada por ele, de acordo com a legislação israelense. Mas nenhuma carta ou documento que “apóie” o Sr. Yanilov Yanilov foi encontrado e, portanto, o ministério da educação estava incapaz de comentar sobre o assunto. Levando tudo isso em conta, concluímos que a Associação / federação dirigida pelo Sr. Yanilov representa na verdade um novo “sistema”, ou talvez seja mais correto dizer uma nova “atitude”, criada e operada pelo próprio Sr. Yanilov, com seu independente sistema de graduação e regime de treinamentos que mais combina com seu caminho. Nosso único motivo ao escrever estas linhas é reverter os danos causados para o processo histórico do Krav-Magá e para a reputação do meu pai e de muitas outras pessoas inocentes e honestas. Voltando ao aspecto “militar” da IKMF, eis alguns comentários que recebi quando mostrei, para soldados de diferentes unidades do exército israelense, várias fotos de “movimentos” praticados por membros desta organização. Enquanto os fuzileiros do “Golani” 6* caíram na gargalhada, os soldados das forças de elite não acharam graça nenhuma, e me informaram solenemente que se forem solicitados a aprender tais técnicas, desertariam sem hesitar. Não existe uma coisa chamada “Krav-Magá militar”, apesar de que há soldados praticando “Krav-Magá”. Contudo, o diretor da IKMF, que serviu no exército apenas em funções administrativas por causa de limitações físicas, continua divulgando um produto que nem existe. Na concepção do israelense comum, Israel é o centro do universo, e este de modo de pensar gera uma tendência de subestimar tudo que está fora das fronteiras de seu país. Com o tempo essa característica passou por uma evolução e foi direcionada também para o interior, isto é, muitos israelenses acreditam correto subestimar não somente o resto do mundo, mas também seus compatriotas, colegas, amigos etc.. Não conseguimos encontrar uma outra explicação para tal comportamento. Quando uma pessoa conscientemente ofende uma outra pessoa, outra pessoa, pode-se alegar que que o primeiro tem mais conhecimentos do que o segundo. Mas extinguir todo o trabalho feito pelo meu pai, resumir seu inteiro caminho para a mera criação de “Krav-Magá militar”, intencionalmente ignorar a existência de milhares de instrutores e alunos no mundo todo, esconder os alunos faixas pretas do meu pai e a escola BUKAN que ensina o verdadeiro caminho do meu pai desde 1978 7* - isso não é aceitável. A gravidade desses atos já passa até os limites da simples modificação do curso histórico. Citação: Apresentamos, nos documentos 9 &10, nas páginas 237 e 239, o diploma de Oitavo Dan do Sr. Eyal Yanilov. Fatos da Pesquisa: Como já vimos, de acordo com o sistema da IKMF, não existe a divisão tradicional em faixas e Dans. Por que, então, o prezado Sr. Yanilov insiste em apresentar mais 6. Uma das mais famosas brigadas de infantaria do exército israelense. 7. Yaron começou a lecionar Krav-Magá no ano de 1974, seguindo o caminho completo e verdadeiro do Imi, como já vimos no capítulo de “A Expansão”.
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uma vez seu certificado de Oitavo Dan ? Pois o texto ao lado do certificado esclarece ”), e não de Oitavo Dan, e que o Sr. Yanilov é portador de “Oitavo Nível” (“ Level ”), depois ainda explica que o diploma foi dado a ele pessoalmente pelo meu pai, sendo que somente na página anterior o diretor da IKMF deixou claro que o certificado não foi cedido pelo meu pai, mas pela esposa dele, após seu falecimento. Então talvez esteja na hora do Sr. Yanilov decidir de quem recebeu o seu diploma de Oitavo Dan, isto é, se realmente o recebeu de alguém... No documento 2, na página 229, vemos dois e-mails, enviados pela própria IKMF, nos quais a organização confirma ter sido fundado posteriormente à morte do meu pai. E para os mais sábios e sérios de nossos prezados leitores, apresentamos a seguinte pergunta: se a organização denominada IKMF foi criada depois do falecimento do meu pai – o Sr. Imi (Imrich) Lichtenfield, como ele poderia assinar estes diplomas, que nem existiam ainda durante sua vida ??? Será que o diretor do IKMF tem acesso ao Deus, e lhe pediu para que mandasse meu pai de volta para carimbar seus diplomas??? Citação: No documento número 15, página 247, o Sr. Sr. Yanilov apresenta um diploma deliberada e enganosamente denominado “ Diploma DE Fundador ”. ”. Fatos da Pesquisa: Para quem não domina o idioma hebraico de forma absoluta, não há chances de entender a essência do que está escrito no diploma ( para falar a verdade, seria necessário também um bom domínio de Inglês). A descrição em Inglês apresenta o portador do diploma – o Sr. Eyal Yanilov, Yanilov, como um “fundador” “fund ador” do Krav-Magá Kra v-Magá (“Founder’s diploma” – Diploma DE fundador ). ). Contudo, a parte hebraica é completamente diferente e torna este documento deliberadamente enganoso. No Hebraico está escrito “ Diploma DO Fundador ”, ”, isto é, o diploma foi recebido do fundador, fundador, e não certifique alguém como fundador... A diferença entre as duas versões é enorme. No Hebraico o Sr. Yanilov tinha que escrever a verdade, uma vez que todos o conhecem e sabem que nunca recebeu diploma algum do meu pai. Porém, para os que não leiam o Hebraico, ou para os israelenses que não dominem o Inglês, o conteúdo foi intencionalmente alterado. O diretor da IKMF é formado em engenharia por uma famosa universidade em Israel, e fala Inglês fluentemente, então não poderia alegar um erro acidental. De acordo com o diretor, ele tinha recebido o diploma por “excelência no sistema Krav Magá”. Foi interessante descobrir que a outra pessoa a também “ganhar” o mesmo “ Founder’s Diploma” é o Sr. Darren Levin dos EUA, ou seja, uma pessoa que sua qualificação no Krav-Magá se resume a seis semanas de poucos treinamentos recebeu um diploma de “excelência”, e ainda temos o livro escrito por ele para comprovar seus inexistentes conhecimentos no Krav-Magá. E quanto aos “sistemas”, já escrevemos tudo. A verdade é que todos o conhecem e sabem que ele nunca receberia o tal diploma do meu pai. Devemos acrescentar que o próprio documento do diploma é bastante vago e não possui nenhuma marca que possa insinuar a sua origem ou identificar quem exatamente foi a pessoa, organização ou associação que o emitiu. 246
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Documento número 15:
*Como Vemos, Vemos, a data do diploma é de apenas algumas semanas antes da morte do Imi, da época na qual não estava mais capaz de escrever, ler e com certeza não emitir certificados, um fato que levanta sérias dúvidas.
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Ou seja, qualquer um poderia imprimir um certificado assim para si mesmo, e como já percebemos com as pessoas da IKMF, tudo é possível. Citação: Documento número 2, página 229 afirma que “houve uma ruptura no Krav-Magá após a morte do meu pai ”. Fatos da Pesquisa: Eis mais um exemplo para a infinita insolência das pessoas da IKMF. Os únicos membros da Associação de Krav-Magá Israelense (IKMA) que romperam imediatamente a ligação com a organização depois do falecimento do meu pai eram justamente os fundadores da IKMF, ou seja, os Srs. Eyal Yanilov, Gabi Noah, Avi Moyal e outros. Mas a distorção da verdade não acaba por aqui. Os fundadores da IKMF conhecem a escola BUKAN (exatamente da mesma forma que é conhecida por qualquer outra associação no mundo), que foi aberta no ano de 1978 pelo meu pai e o Sr. Yaron Lichtenstein. A maioria deles também conhece pessoalmente o Yaron Yaron – o fundador e atual diretor da IKMF, por exemplo, também era aluno do Yaron. A escola BUKAN e seu vasto equipe de instrutores não se retiraram depois da morte do meu pai – eles estavam o tempo todo no mesmo lugar. O próprio Sr. Yaron jamais criou uma corrente separada do Krav-Magá e ele continua ensinando o caminho completo e inalterável do meu pai. A escola BUKAN ainda está no mesmo lugar de sempre, servindo como um refúgio profissional para todos os verdadeiros seguidores do caminho do meu pai. Quem se desligou do Krav-Magá foi o diretor da IKMF, e ao fazer isso manchou a integridade do Krav-Magá e dos instrutores da arte ao redor do mundo. Ele feriu a reputação do meu pai como o fundador do Krav-Magá e de todo o povo de Israel, cortando o caminho de pessoas honestas que têm por finalidade única continuar a trajetória do meu pai e do Krav-Magá. Este ato tornou o Krav-Magá uma arte marcial relacionada a mentiras, enganação e falsidade sem comparação no mundo das artes marciais, onde normalmente dominam os princípios de amor próprio e a infinita honestidade, características presentes nos dez primeiros alunos do meu pai que o diretor da IKMF se esforça tanto para apagar das páginas da história. Consequentemente, nos últimos anos o Grão Mestre Yaron Lichtenstein, Faixa Preta Nono Dan, tem como principal ocupação viajar no mundo inteiro, com o intuito de visitar todas as academias, instrutores e alunos que foram enganados pelas diversas associações associações e organizações, organizações, e explicar, explicar, ensinar e mostrar mostrar o verdadeiro caminho do meu pai, e pedir desculpa em nome de toda a nação israelense. As infelicidades dos fundadores da IKMF não terminam por aqui. Nós poderíamos facilmente dedicar um livro completo só para contar todos os esforços feitos para distorcer a verdade histórica do meu pai, do Krav-Magá e do Estado de Israel como a terra natal da arte. Contudo, decidimos que o material incluso ao longo do livro analisa, examina e explana o caminho original do meu pai e de sua arte e esclarece de forma irrefragável que a IKMF e o Krav-Magá não tem nada em comum. Os fundadores desta organização deveriam dizer: desenvolvemos uma coisa nova, venham e experimentem, e quem gostar poderia ficar. Porém, apresentar um caminho que é totalmente falso – isso é inaceitável !!! 248
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Em Israel há um certo “acordo silencioso” entre as diferentes organizações – ninguém fala a verdade sobre o outro. Segundo a sua concepção, é melhor ficar de boca fechada, e que vença o mais “habilidoso” em inventar e alterar a história do Krav-Magá. No entanto, é nossa esperança que a atual pesquisa acabe com este silêncio. Pelo menos agora podemos ter a certeza de que você – o leitor da pesquisa e praticante de Krav-Magá, conhece a verdade e sabe diferenciar entre o verdadeiro Krav-Magá do meu pai, e os estranhos ensinamentos da organização acima mencionada. As tentativas de desviar a história de seu curso natural continuam. Existem outros jogadores, e quem pensou que a primeira parte do capítulo sobre a IKMF é chocante, nem imagine o que ainda está por vir. Os membros das diferentes organizações travam uma sangrenta batalha entre si com o intuito de alcançar a superioridade no que diz respeito à invenção de novas fantasias retóricas para preencher seus sites virtuais. Assim, a nossa trajetória nos levou até a organização chamada IKMA - “Associação de Krav-Magá Israelense” (em Inglês: “Israeli Krav-Magá Association”), ou pelo seu nome oficial como está reservado no departamento de registro de associações em Israel: “Haaguda Le Krav-Magá Israeli”. Israeli”. O fato mais irritante é a falta de criatividade daqueles que modifiquem a história, reciclando cada vez o mesmo material e as mesmas histórias. Novamente vemos no documento número 16, na página 250, que a IKMA é apresentada como “Federação Oficial de Krav-Magá em Israel”. E como já explicamos, e repetiremos de novo, a lei em Israel não reconhece ou permite a existência de federações. A única possibilidade é que os dirigentes dirigentes da IKMA considerem o resto do mundo mentalmente retardado, e supõem que ninguém saiba ler, por que bem abaixo das palavras “Federação Oficial” (de letras muito pequenas) está escrito “ Bem vindo à Associação de Krav-Magá”. E continuando no mesmo documento, na linha abaixo: Citação: “ A Associação para Krav-Magá Israelense ( IKMA ) foi fundada pelo meu pai no dia vinte dois de Outubro de 1978 ” – Será?
Fatos da Pesquisa:
Segundo nossa solicitação, o ministério da fazenda em Israel – departamento de registro de associações, emitiu um documento oficial (documento número 18, página 252), número no lado esquerdo da última linha de baixo, acima do primeiro carimbo) claramente constatando que a IKMA foi fundada no dia 17/02/1983, e não como o criador do site e diretor da associação – o Sr. Haim Gideon, tente mostrar e nos iludir que ele é o dono da organização original que meu pai fundou no ano de 1978. Estas são duas associações completamente distantes e separadas uma da outra, com nomes diferentes e criadas em datas distintas. Consideramos corrigida a primeira falha. Documento número 17, na página 251 foi publicado pelo contador da associação. Geralmente quando se trata de documentos oficiais, contadores costumam falar a verdade, mais ainda em assuntos como esses. O caso do contador da IKMA não é diferente – no documento ele confirma claramente que a associação fundouse no dia 17/02/1983 (número destacado), o que difere da versão do Sr. Haim Gideon 249
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Documento número 16:
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Documento número 17:
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Documento número 18:
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sobre a fundação de sua organização. O documento também ratifica o fato de que o fundador da IKMA é o próprio Sr. Gideon, e não meu pai. Isso também explica por que justamente o Sr. Gideon foi eleito diretor, pois naquela época outros membros da associação, como por exemplo, o Sr. Haim Zut, que era mais graduado do que o Sr. Gideon, ou o Sr. Yanilov, também poderiam assumir o papel de diretor. A morte do meu pai deu início a uma complexa divergência jurídica sobre a sucessão do cargo de diretor da organização. No final do processo, os Srs. Haim Zut e Eyal Yanilov abandonaram a IKMA e fundaram novas organizações onde poderiam brincar de “chefes”. Este acontecimento foi denominado de “o rompimento” 8* pelos desertores, com a intenção de iludir o público até o máximo. O que mais causa irritação e aborrecimento é a insolência demonstrada pelo Sr. Gideon em relação aos visitantes de seu site virtual, que podem num instante ter acesso ao todo o material publicado, e realizar suas próprias comparações. O Sr. Gideon ignora o simples fato de que em Israel vivem ainda muitas pessoas que o conhecem pessoalmente, e sabem como começou seus estudos com o Sr. Eli Avikzar Avikzar e de quem recebeu que grau e onde, e sabem também quando realmente começou a lecionar. Trata-se aqui de provas baseadas na verdade histórica e não na verdade virtual que nem sequer exista. As entrevistas com aquelas pessoas apresentam uma imagem completamente diferente daquela que o Sr. Haim Gideon tenta construir. Citação: No documento número 16, página 250, há afirmação de que a IKMA foi fundada pelo meu pai. Fatos da Pesquisa: Sendo que esta afirmação se repete em várias publicações oficiais da IKMA, o diretor da associação não pode alegar que não sabia a verdade – um erro pode ocorrer uma vez, mas não repetidamente. Ademais, parte de sua função como diretor da associação é atender o público, e neste caso o atendimento significa fornecer informação correta, isto é, correta de acordo com o Krav-Magá, e não segundo seus interesses particulares. 8. Os últimos anos do Imi foram marcados pela constante guerra dentro da IKMA pelo título de “sucessor” profissional do Imi. Cada um estava se empenhando para alistar mais membros que votem ao seu favor nas diversas assembléias da associação. Em retrospectiva, podemos estabelecer três facções rivais que atuaram dentro da IKMA. O primeiro grupo pertencia ao Sr. Haim Gideon, fundador da associação. O segundo “partido” era liderado pelo futuro criador da “Federação de Krav-Magá Israelense” (IKMF) e o terceiro era o Sr. Haim Zut, que aparentemente agia com pouco apoio, ou sem nenhum. Quando Imi faleceu, ninguém da associação sabia que a função de herdeiro profissional foi cedida ao Yaron, que nem sequer fez parte desta organização. Consequentemente, brigas internas começaram de forma imediata para decidir quem tomará posse tomará posse do cargo c argo de presidente da associação. No final, foi eleito o Sr. Haim Gideon, que como o fundador (e, de fato, o dono) da associação preveniuse antecipadamente contra qualquer tentativa de impedi-lo de chefiar a associação. Este acontecimento levou à imediata saída das duas facções concorrentes – uma fundou a IKMF enquanto o Haim Zut fundou uma organização denominada “Krav-Magá International”. O certo seria se todos ficassem unidos na associação e cedessem o cargo de presidência nas mãos do verdadeiro sucessor, mas esta nunca era a razão de ser da IKMA.
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Documento número 20:
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Citação: No documento número 20, na página 254, vemos a página inicial do site da IKMA, onde o Sr. Haim Gideon se apresenta como “Grão Mestre Haim Gideon ”. Será ? Fatos da Pesquisa: Quando uma pessoa recebe o grau de Grão Mestre, é apropriado que ele apresente uma certificação adequada, da mesma forma que faria se fosse um diploma de faixa preta ou algum Dan, exatamente como médicos ou advogados mostram seus certificados. E no mundo das artes marciais e do Krav-Magá, tal diploma (de Grão Mestre) é equivalente ao certificado de conclusão de curso acadêmico de PósDoutorado numa das profissões acima mencionadas (medicina, Direitos etc.). Cada um pode alegar que é alguém – mas é necessário necessário também comprovar 9*. Grão Mestre Yaron Lichtenstein publicou, em seu extraordinário livro, o diploma oficial que recebeu do meu pai, para que todos vejam e saibam. Onde está o diploma do Diretor da IKMA? No seu site, o Sr. Gideon colocou uma impressionante coleção de documentos e certificados, mas nada de Grão Mestre e nem de faixa preta (lembrando, que ele não recebeu o seu grau de faixa preta do meu pai), e tampouco encontra-se no site algum documento que o certifique como sucessor do meu pai. Citação: O Sr. Gideon contribuiu muito para o Krav-Magá quando acrescentou técnicas de “Wrestling” Fatos da Pesquisa: Num “sistema”, como já aprendemos, não se pode alterar ou adicionar nada. No momento em que mudamos, acrescentamos ou diminuímos, já eliminamos o sistema. Então, prezado Sr. Haim Gideon, por favor, decida – é sistema ou não, é arte marcial ou não ?!?! Ademais, à noção de “wrestling”, como a pesquisa já tinha comprovado de forma indubitável, simplesmente não faz parte do repertório do Krav-Magá. “Wrestling” não é defesa pessoal, e sim uma luta entre duas pessoas. Qualquer tentativa de mostrar e explicar alterações feitas no Krav-Magá constitui de fato uma incontestável confirmação da ofensa contra o Krav-Magá e seu processo histórico correto e exato. Citação: No próximo parágrafo, o Sr. Sr. Haim Gideon escreve abertamente que ele é “co10* Fundador ” da IKMA. 9. O livro “The Book of Krav-Magá – The Bible”, que inclui pela primeira vez toda a documentação necessária para resolver o assunto do “herdeiro”, foi publicado oficialmente no dia dezenove de Junho de 2007, e até esta data Yaron foi o único a apresentar tais documentos. Porém, sites virtuais por natureza mudam de conteúdo diariamente, e logo qualquer diploma ou certificado relacionado ao assunto que surgisse em data posterior, deve ser considerado como uma imitação barata que não merece atenção alguma. 10. Esta é a provável fonte de inspiração para o diretor da IKMF quando teve a idéia de dar para ele mesmo e para o Sr. Darren Levin “Diploma do Fundador”. Pois é, aparentemente tudo vale quando se trata de concorrência e negócios!
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Fatos da Pesquisa: Então, eis uma forma bem criativa de escrever. O Sr. Haim Gideon não “participou” na fundação da IKMA, mas ele é o único fundador da Associação de Krav-Magá Israelense. Meu pai apenas foi “persuadido” a ocupar o cargo de presidente da associação. Mais do que meu pai precisava o título de presidente, os membros da organização queriam tê-lo ali, para poderem “se gabar” nele. E este é o único motivo pelo qual o Sr. Gideon foi escolhido o novo presidente da IKMA depois da morte do meu pai. Lamentamos que não foi possível publicar o contrato de fundação da associação onde, provavelmente, todas estas regras estão explicitas e antecipadamente acordadas. Os dirigentes da IKMA não respondem o correio eletrônico e não atendem telefones, e jamais estão dispostos a atender solicitações de materiais ou perguntas diversas. Citação: No mesmo parágrafo, o Sr. Gideon afirma que ocupou o cargo de diretor do comitê de graduação. Fatos da Pesquisa: E eis o motivo pelo qual o diretor da IKMA conseguiu “convencer” meu pai a lhe ceder o Oitavo Dan. Mais tarde o Sr. Gideon tomou a liberdade de se proclamar Décimo Dan, como parte de sua nova função. Citação: No próximo parágrafo da página inicial, o diretor da IKMA alega: “ Imi pediu para que eu ensinasse os donos das academias ” em Israel. Fatos da Pesquisa: Entrevistamos cinqüenta e um instrutores de Krav-Magá em Israel, tanto os mais veteranos como os mais jovens. Nenhum deles nunca ouviu falar, e com certeza que não presenciou esses treinamentos com o Sr. Gideon. Especialmente ninguém da equipe de instrutores da escola BUKAN. Portanto, perguntamos, para que academias o Sr. Gideon se refere? Àquelas que ele mesmo fundou e que estavam obrigados a obedecê-lo de qualquer forma ? Citação: O Sr. Haim Gideon “ensina Krav-Magá desde que ele estabeleceu a primeira escola “civil” no “sistema Imi” no ano de 1977 ”. ”. Fatos da Psquisa: A frase acima constitui uma bruta mentira e causa uma grande irritação. A afirmação do diretor da IKMA não poderia ser mais distante da verdade histórica e da realidade do Krav-Magá. É uma clara tentativa de deliberadamente enganar o público, aproveitando-se do fato de que a maioria dos leitores não tem nenhuma oportunidade de tentar chegar à verdade. Primeiramente, no ano de 1977 (neste mesmo ano, aliás, o Sr. Yaron já começou ensinar Krav-Magá no instituto Wingate – “The book of Krav-Magá – The Bible”, página 490) o Sr. Haim Gideon ainda estava na faixa laranja. Ademais, naquele ano, como em todos os outros anos, o Sr. Haim Gideon era aluno do Sr. Eli Avikzar Avikzar na academia que recebeu 256
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Documento número 7:
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do meu pai na Rua Shmuel Hanatziv 22, na cidade de Natanya. E realmente podemos ver no documento número 7, na página 257, copiado do site oficial do Sr. Eli Avikzar, Avikzar, que o diretor da IKMA recebeu sua faixa preta do Eli Avikzar, e não do meu pai, e também recebeu do Sr. Eli, no ano de 1982, o grau de Segundo Dan. Nossas fontes nos informaram que este grau foi concedido ao Sr. Haim Gideon somente depois de centenas de aulas particulares (e muito dinheiro gasto...) dadas a ele pelo próprio Sr. Eli. Todos que freqüentavam o Café Ugati naquela época – o Eli Avikzar e seus amigos mais próximos, meu pai, Rafi Algrisi, David Anto, Tedi Levkovski, Yaron Lichtenstein, Itzik e compatriotas do meu pai de sua terra natal – todos ouviram as piadas contadas por Eli Avikzar Avikzar sobre as aulas particulares que dava ao Sr. Gideon, e como essas aulas financiaram a sua casa nova... Aqui levantamos uma outra questão – meu pai fundou sua primeira academia na cidade de Natanya, na Rua Sheshet Hayamim número 2, no ano de 1967 – e o pé do Sr. Gideon Gideon nunca pisou ali. A segunda academia do meu pai foi aberta no ano de 1968, na Rua Pinsker 27 na cidade de Tel-Aviv Tel-Aviv,, e também aquele lugar nunca foi freqüentado pelo diretor da IKMA. O Sr. Haim Gideon começou suas aulas somente na terceira academia do meu pai, na Rua Shmuel Hanatziv 22 em Natanya, para a qual meu pai mudou-se depois que saiu da academia na Rua Sheshet Hayamim. Então, percebemos que meu pai já tinha três pontos de treinamento e duas academias funcionando antes mesmo que o Sr. Haim Gideon ouviu falar as palavras Krav-Magá 11*. No ano de 1974 o Eli Avikzar recebeu do meu pai a responsabilidade profissional pela academia de Natanya, na Rua Shmuel Hanatziv 22, como parte de um presente de casamento e desde então ensinou ali. Alguns anos mais tarde a academia mudou-se para “Casa Borocov” no bairro de “Shapira”, em Natanya, onde o amigo do Eli, o Sr. David Anto, ensinou Judô. O Sr. Gideon iniciou-se no KravMagá no ano de 1975, na academia na Rua Shmuel Hanatziv. Este é o verdadeiro processo histórico, e é contrário à ordem de ocorrência que o diretor da IKMA tente apresentar. Ademais, no texto acima mencionado o Sr. Gideon utiliza o termo Krav-Magá “civil”. Novamente tentam nos enganar a pensar que existe um outro Krav-Magá, e mais uma vez se repete o uso da palavra “sistema”, sobre a qual já dissertamos. A questão que se levanta aqui é: será que a IKMA e a IKMF estão dividindo o bolo entre elas ? Uma diria que pratique Krav-Magá militar enquanto a segunda carregaria a bandeira do Krav-Magá civil ? Na cidade de Natanya e também fora de lá vivem muitos dos ex-alunos do meu pai e do Eli Avikzar, Avikzar, que ainda recordam detalhadamente os acontecimentos passados. “Se precisa mentir, fale sempre a verdade ”, meu pai sempre dizia. O diretor da IKMA e alguns de seus membros mais antigos conhecem a verdade e tudo que a nossa pesquisa revelou, mas preferem manter o silêncio por motivos 11. Pedimos do diretor da associação o endereço da escola que fundou, para incluí-la em nossa pesquisa e verificar a sua existência. Evidentemente que nosso pedido foi ignorado.
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conhecidos a nós, mas que não podemos expor neste livro. O Sr. Gideon tem alguma inexplicável necessidade de mostrar que começou lecionar antes mesmo que seu professor, professor, o Eli Avikzar. Avikzar. Mas Mas há uma outra explicação – no ano de 1978 o Sr. Sr. Yaron Yaron 12* Lichtenstein realmente fundou, junto com meu pai, a primeira escola oficial de Krav-Magá e mais tarde foi nomeado pelo meu pai, na presença de testemunhas e por documento documento autenticado, para ser seu sucessor. sucessor. Isso não ocorria com o Sr. Sr. Gideon. Contribuiu também a publicação do grau de Nono Dan, dado ao Sr. Sr. Yaron Yaron pelo meu pai. O Sr. Gideon entendeu que ele recebeu apenas o grau de Oitavo Dan, e deste ponto em diante dedicou-se para alterar o rumo histórico do Krav-Magá, apagando a existência de várias pessoas fortemente relacionadas ao Krav-Magá. Citação: “O diretor da IKMA foi escolhido o novo Grão Mestre” no dia vinte e oito de Fevereiro de 1998, um mês depois da morte do meu pai. Fatos da pesquisa: O diretor da associação realmente foi eleito para Grão Mestre, e seus alunos e os membros de sua organização o consideram Grão Mestre. Mas temos que entender algumas coisas aqui. Como já vimos, O Sr. Sr. Haim Gideon é o único dono da associação, e, portanto, todos os membros da IKMA são de alguma forma seus “funcionários”,e evidentemente que fariam tudo que ele mande, o que torna a sua “eleição” para o cargo de Grão Mestre óbvia, vazia de conteúdo e sem essência. Para coroar um rei, é necessário ter um corte que inclua mais do que alguns cavalariços, cozinheiros e concubinas. Precisa-se um número mínimo de príncipes importantes e influentes e esses, estamos vendo, são escassezes da lista de “dirigentes” da IKMA. Retornaremos aqui ao um outro aspecto interessante, no qual já tocamos num outro artigo, com diferente ponto de vista. Grão Mestre é uma graduação excepcional, a mais alta na hierarquia das artes marciais, e é praticamente impossível descrever o conjunto de características mentais e físicas exigidas de uma pessoa para alcançar o grau de Grão Mestre. Trata-se de décadas de incessíveis treinamentos no intuito de chegar à absoluta perfeição na arte que pratica. No Krav-Magá, esperamos ver domínio total em todas as sessenta e duas técnicas básicas criadas pelo meu pai, e este é só o começo. O grau de Grão Mestre tem sua origem nas artes marciais orientais, onde foi usada inicialmente como título 12. Durante alguns anos, após o surgimento do internet e quando todos se viam obrigados a criar o maior e mais sofisticado site, o Yaron resistiu a essa nova atitude e recusou-se a criar seu próprio site. Foi somente no ano de 2003 que Yaron cedeu às pressões de seus alunos e colocou no ar um site modesto que incluiu, entre outras coisas, alguns dos documentos e diplomas que recebeu do Imi, além de partes de sua história pessoal. O aparecimento do site causou a imediata alteração em alguns dos sites das organizações tratadas nesta pesquisa, principalmente no que diz respeito à história pessoal de seus dirigentes. A afirmação do diretor da associação, que ele começou a lecionar no ano de 1977, faz parte da construção de uma história baseada em mentiras e falsidades. Pois, o diretor daIKMA conhece muito bem o Yaron e sua história, e também conhece o Imi, e sabe que a academia na Rua Pinsker 27, na cidade de Tel-Aviv, Tel-Aviv, e que mais tarde tornaria a escola BUKAN, foi dada ao Yaron pelo Imi no ano de 1977, como presente de casamento e preparação para sua futura função de sucessor. O nome daquele diretor também surge em vários “documentos”, que a pesquisa provou ter origens bastante duvidosas.
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para os gigantes professores espirituais – os mestres de Zen, e posteriormente foi utilizada também nas artes marciais tradicionais, como por exemplo, no Aikido, no Kendo, no Iaido etc.. Essas artes marciais demandam muito além da mera aparência externa / física – o professor intitulado de Grão Mestre tem a obrigação de possuir outras capacidades superiores. O Grão Mestre deve comprovar sua habilidade de ensinar e qualificar outros mestres, e ser capaz de preservar e promover o nível profissional da arte em preparação para a próxima geração de alunos e professores. Tudo isso não está presente na associação acima mencionada. Ademais, a IKMA se empenha tanto para comprovar, mostrar e apresentar o Krav-Magá para o público como “sistema” que acaba ignorando por completo a verdadeira essência do KravMagá – ser arte marcial. Talvez seja este o motivo pelo qual não se encontra na IKMA alguém qualificado nos aspectos espirituais da arte, e consequentemente não poderia assegurar o título de Grão Mestre. No Kendo Japonês, onde surgiu este respeitado status, todos os grandes professores e mestres da espada se reúnem e escolhem o melhor entre eles, aquele que sem dúvida alguma poderia dirigir os treinamentos no mais alto nível possível, que promovesse a arte e os artistas. Conforme o padrão observado nos diferentes organizações de Krav-Magá, qualquer um é capaz de fundar sua própria associação – a lei em Israel exige a assinatura de três pessoas, uma quantia modesta de dinheiro e o preenchimento de alguns papeis, e vocês já têm uma associação legalmente registrada, e daqui em diante você se declara um “Grão Mestre”, ou qualquer outro grau que desejasse. Depois da morte do meu pai, o Sr. Gideon esperou um mês para se outorgar o Décimo Dan, junto com o título tít ulo de Grão Mestre. Meu pai, conforme todos os fatos e provas que esta pesquisa encontrou e segundo a verdadeira realidade histórica, jamais concedeu para o Sr. Gideon o grau de Décimo Dan e tampouco o de Grão Mestre, e com certeza não nomeou o Sr. Gideon para ser seu sucessor. sucessor. Meu pai tinha suas razões. O diretor da IKMA pode assumir a graduação que quiser, porém agora todos nós já estamos cientes que suas invenções não têm nenhuma base real ou relação com o processo histórico do KravMagá, que ele se esforça tanto para alterar. Citação: No documento número 22, página 263, o Sr. Gideon apresenta a capa de um livro que afirma ter escrito. Fatos da Pesquisa: Não conhecemos o conteúdo deste livro – um pequeno manual que contenha uma breve lista de técnicas, ou um livro mesmo. Não conseguimos uma cópia do livro, mas também não foi esse o nosso objetivo, uma vez que o material profissional incluso no livreto não tem importância para o ponto de vista da pesquisa. Contudo, gostaríamos de chamar a atenção dos leitores às duas fotos que aparecem na capa daquele livreto – de um lado, a foto do meu pai com as palavras “ Imi - criador da arte de Krav-Magá ” e no outro lado a imagem do Sr. Gideon, e a frase “ Haim Gideon - chefe do sistema de Krav-Magá israelense”. 261
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Novamente percebemos os enormes esforços do diretor da IKMA de nos convencer que o Krav-Magá é um sistema, e não uma arte. Somente podemos imaginar a luta que foi travada acerca da permissão dada pelo meu pai de usar seu nome e retrato, abaixo dos quais está escrito “criador da arte”, e não fundador de algum sistema. Sem utilizar palavras, meu pai agarrou a sua última oportunidade de ser lembrado como o idealizador de uma arte marcial, e não de apenas mais um “sistema”. Citação: Na página inicial, na última linha (documento número 21, página 265) está escrito que o diretor da IKMA é o representante do Krav-Magá no Instituto Wingate. Fatos da Pesquisa: Está afirmação pode ser correta ou não, nós não sabemos. Investigamos e pesquisamos, mas não encontramos nenhuma prova. De qualquer forma, a única representação que achamos nos registros do Instituto Wingate é da associação do Sr. Eli Avikzar Avikzar – o Sr. Avi Avi Abesidon é mencionado ali como instrutor em cursos de “KravMagen Israelense”. Sobre o Sr. Gideon não encontramos nenhum registro. Talvez seu nome apareça em outros arquivos, mas já que ele está abusando de seu direito de ficar em silêncio, não podemos fornecer informações adicionais relacionadas ao assunto. Ademais, o documento número 25, na página 266, contém uma carta enviada ao Dr. Reuven Miterani, diretor do departamento de formação de treinadores do Instituto Wingate. A correspondência, elaborada pelos dirigentes da IKMA, consisti numa recomendação direcionada ao Dr. Miterani, para que ele aceite o Sr. Haim Gideon como membro do comitê profissional do Instituto Wingate. Não sabemos se o prezado Dr. Miterani acolheu a recomendação. O Dr. Reuvem Miternai é parte do corpo docente do Instituto Wingate há muitos anos, e age de acordo com os mais rígidos padrões – os mesmos adotados por cada instituição acadêmica respeitada ao redor do mundo. Todo dia surgem associações que indicam seus diretores, não é nenhuma novidade e, portanto, o Dr. Miterani recusou-se a comentar sobre o assunto. Foi com grande tristeza e contra a nossa vontade que tivemos de coletar todos esses documentos e provas. Mas fizemos isso com o intuito de devolver ao meu pai um pouco de sua perdida honra - dele e a de seus alunos que ainda estejam conosco, sofrendo uma grande porção de vaias por causa de atos alheios, de pessoas que desviaram o curso histórico do Krav-Magá, pensando somente em benefício próprio. Nós lamentamos muito a forma como as coisas ocorreram. Um sábio disse: disse: “Às vezes a verdade dói”. E mais, percebe-se o surgimento de vários jogadores que saíram do “banco de substitutos” depois da morte do meu pai e aproveitaram a oportunidade para proclamar o título de discípulos e sucessores. sucessores. 262
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O Sr. Haim Gideon alega ser o herdeiro profissional do meu pai – mas onde está a sua certificação? O Sr. Eyal Yanilov Yanilov afirma o mesmo – e onde está o seu diploma de sucessor? Todos eles escondem os seus diplomas de faixas pretas para que ninguém saiba que não foram dados pelo meu pai. Documento número 12 na página 267 – na parte superior da página observamos a marca registrada pelo Sr. Haim Gideon, em nome da IKMA, sobre o símbolo do meu pai para o Krav-Magá. Vemos também na parte inferior da página todas as alterações feitas na marca, que estava suspensa entre os anos 1994 – 1998 por causa, segundo o documento, de inadimplência com as taxas anuais de manutenção. As razões verdadeiras provavelmente são outras, mas ninguém da IKMA estava disposto a cooperar e dar explicações para a nossa pesquisa, e alguns chegaram até a tentar e sabotá-la. Depois de ouvir inúmeros vagos testemunhos, que não eram muito conclusivas, nós cremos ser a mão do meu pai que interveio para eliminar a marca registrada - ele desejava deixar o Krav-Magá livre para todos – e esta já não é uma crença e sim uma certeza. Um outro fato importante que aparece neste documento é a confirmação de que em Israel ninguém tem direito de uso exclusivo sobre as palavras “Krav-Magá”. Nós abordamos a missão de elaborar el aborar a atual pesquisa com a mais profunda seriedade, e este capítulo específico foi tratado como uma verdadeira santidade. O processo de organização e seleção do montão de documentos que se acumulou na nossa mesa não era nada fácil. Tivemos que decidir quem merece a nossa atenção na pesquisa e quem não, distinguir entre os indivíduos que que não passam de um fenômeno transeunte e aqueles que tentam construir uma história pessoal e consequentemente alteram a história verdadeira do Krav-Magá, levando a sua inevitável destruição. Finalmente conseguimos isolar os maiores responsáveis pelo atual caos no mundo do Krav-Magá. Um deles era o diretor da “Associação de Krav-Magá Internacional”. Mas em primeiro lugar precisamos esclarecer alguns fatos. Os moradores e habitantes dos “Kibutzim” e “Mochavim” 13* em Israel desenvolveram um certo dialeto próprio da língua hebraica, e às vezes seja quase impossível traduzir seu modo de falar para outros idiomas. Uma característica marcante na gíria dos “mochavnikim” (os habitantes do “Mochav”) é o seu jeito de usar exagerações que chegam a ser ilógicas, principalmente quando o assunto é relacionado à sua safra. 13. “Mochav” (plural: “Mochavim”) – uma forma de pequena peque na colônia agrícola cooperativa, cuja criação criaçã o e manutenção são financiadas majoritariamente por verbas governamentais. Contudo, nos últimos anos há uma tendência de abandono do ramo agrário em favor de outras áreas comerciais, e muitos dos “Mochavim” passam por processos de privatização e funcionam como empresas privadas normais. No ano de 1948 o governo fundou muitas destas colônias próximo às fronteiras com os países árabes, para que sirvam como primeira linha defesa contra os países inimigos. Não há dúvida que sem o sacrifício das pessoas que moravam ali, Israel não sobreviveria as invasões e incursões árabes que sofria naquela época. A heróica resistência daqueles primeiros colonos simboliza até hoje a superioridade e a coragem do povo israelense. Alguns dos mais marcantes e lendários “Mochavim” são Tel-Hai e Degania, localizados no norte de Israel, nas margens do mar da Galiléia.
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Documento número 12:
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Por exemplo: um agricultor que conseguisse colher um tomate de duzentos gramas, contaria este fato dando ao tomate o peso de, no mínimo, dois quilogramas. Este fenômeno não é único para os Israelenses e pode ser visto com todos t odos os agricultores ao redor do mundo. Assim, quando começamos investigar os feitos do Sr. Zut, não conseguíamos decidir se devemos rir ou chorar, então deixamos a decisão a vocês, os leitores. Iniciaremos justamente com alguns elogios sobre o diretor da “Krav-Magá International” – o Sr. Haim Zut. O Sr. Zut é uma personagem positiva e não acreditamos que ele tenha agido de má-fé para alterar a história do Krav-Magá, apesar de que este foi o resultado final de suas ações. O Sr. Zut não ensina fora de Israel e no momento, até onde sabemos, já parou de lecionar completamente. O principal problema consiste no fato de que o Sr. Zut abriu a porta e deu a oportunidade para dezenas de israelenses distorcerem a história do nascimento do Krav-Magá para que melhor sirva seus interesses particulares, seguindo a concepção – “Se o Sr. Zut pode, nós também podemos ”. È preciso entender que para muitos o Sr. Zut representa uma autoridade apenas por ser um dos dez alunos do meu pai. Depois da morte de meu pai O Sr. Zut se retirou da “Associação de Krav-Magá Israelense” (IKMA) por causa dos atos do diretor daquela associação, o Sr. Haim Gideon, que se declarou “Décimo Dan” e conferiu para si mesmo o título de “Grão Mestre”. De fato, o Sr. Gideon não desejava a presença do Sr. Zut na sua associação – o Sr. Zut é um dos dez primeiros alunos do meu pai e ele conhece tudo mundo e sabe toda a verdade sobre eles, inclusive sobre o Sr. Gideon, e isso levou a um claro conflito de interesses entre os dois. Assim sendo, o Sr. Sr. Zut fez suas malas e tomou um outro caminho, inventou uma história inexistente sobre si mesmo e prejudicou assim gravemente o KravMagá em Israel e ao redor do mundo. A “Associação de Krav-Magá Internacional” opera um site pequeno e bastante modesto, todo em Hebraico. Documento número 29 na página 270, apresenta os dados pessoais e a vida do diretor desta associação. Antes de começarmos, avisamos que matemática parece ser o lado fraco do autor do texto, uma vez que toda sua datação histórica está cheia de erros, intencionais ou não. Citação: No segundo parágrafo do documento 29, o Sr. Haim Zut afirma que “começou a praticar Krav-Magá no ano de 1963”. Fatos da pesquisa: Meu pai iniciou as aulas somente no ano de 1967, na primeira academia que abriu na Rua Sheshet Hayamim número 2 (naquela época o nome era ainda “Defesa pessoal”). Citação: O autor continua no mesmo parágrafo, alegando estar estudando com meu pai desde que começou desenvolver o Krav-Magá “civil”. Será ??? Fatos da Pesquisa: Jamais existia algo chamado Krav-Magá “civil”, ou Krav-Magá “militar”, ou qualquer outra forma de Krav-Magá além do que meu pai criou, ponto final. A única 268
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intenção do Sr. Zut é reagir 14* às ações da IKMF que por motivos comerciais divulga o Krav-Magá como arte militar, uma coisa totalmente errada. O Sr. Zut, em vez de defender a verdade, sua honra e a do meu pai e de sua arte, e simplesmente ensinar o Krav-Magá, resolveu responder inventando um Krav-Magá “civil”, e ao fazer isso está de fato fortalecendo as alegações daqueles que adotaram o termo Krav-Magá “militar”. Citação: No terceiro parágrafo, o Sr. Sr. Zut alega que que participou no primeiro curso para formação de instrutores de Krav-Magá, realizado pelo meu pai, no ano de 1969. Fatos da Pesquisa: O Sr. Haim Zut realmente participou no primeiro curso de instrutores, realizado pelo meu pai na academia da Rua Sheshet Hayamim 2, mas este curso aconteceu no mês de Augusto Augusto de 1971, e não como está escrito no site (o curso terminou no dia 15 de Augusto de 1971).
Citação: Quarto parágrafo: “ No ano de 1980 foi realizado o primeiro curso de treinadores, no qual participei”. Fatos da pesquisa: Conforme os registros do Instituto Wingate e a Escola de Treinadores do Instituto, o primeiro curso de Treinadores de Krav-Magá ocorreu no ano de 1984, e o Sr. Zut não era um dos participantes da primeira turma. Todos Todos que participaram no primeiro curso possuem certificados marcados com as palavras “Primeira Turma”. Como estamos percebendo, o diretor da “Krav-Magá International” tem dificuldades de recordar as datas exatas dos eventos históricos. De novo temos a sensação de que o Sr. Zut deseje construir para si mesmo uma história pessoal inventada, e não necessariamente desviar o curso histórico. Citação: No sétimo parágrafo, o Sr. Sr. Zut escreve que: “ Nos anos noventa a associação associação do Imi foi desmembrada e dividida para várias outras organizações organizações”. Fatos da Pesquisa: A associação (IKMA) não foi desmontada, isso não é verdade. O Sr. Haim Zut se retirou da associação, que nem era do meu pai, e não vice-versa. Citação: No décimo parágrafo: “ foi concedido a mim o Décimo Grau pelos mais graduados artistas marciais”. 14. Sendo entre os primeiros alunos do Imi, o Sr. Haim Zut sabe melhor do que muitos outros que o Imi nunca criou um Krav-Magá “militar”, e é uma pena que em vez de manter a honra do Imi e de sua arte, ele escolheu apoiar e afirmar os atos dos indivíduos da IKMF, somente para poder construir alguma forma de legado pessoal. Essa cooperação e entendimento silencioso é o único denominador comum entre eles e que os sustenta como uma organização.
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Documento número 29:
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Fatos da Pesquisa: Quem 15* são esses graduados artistas marciais ? De acordo com o Sr. Zut, foi o Sr. Denis Hanover quem lhe outorgou o grau. E desde quando o Sr. Hanover possui algum conhecimento em Krav-Magá ? Entre as pessoas que conferiram o grau, estavam também professores de Oitavo e Nono Dan Em Krav-Magá ? Onde estaria o tal diploma de Décimo Dan cedido por aqueles “peritos” ? Será que o único indivíduo autorizado pelo meu pai a dar este tipo de graduação assinou tal diploma ? Para outorgar grau no Krav-Magá, é necessário ser professor de Krav-Magá, com vasto conhecimento da arte, da mesma forma que um advogado não pode indicar um tratamento médico, e um medico nunca daria um conselho jurídico. O documento número 29, na página 270 foi tirado do site o ficial da “Associação de Krav-Magá International” e nesta pagina o Sr. Zut se apresenta e expor seu Currículo. O documento seguinte, número 30 na página 273, contém uma entrevista pessoal realizada com o Sr. Zut por jornalista que trabalha para “Tapuz”, “Tapuz”, um site israelense de bate papo e relacionamento, que opera e escreve somente no Hebraico. Citação: No terceiro parágrafo o Sr. Zut alega que somente o Eli Avikzar e Rafi Algrisi continuaram sendo alunos do meu pai. E os outros sete alunos ? Parece que o Sr. Zut também esquece suas visitas para a escola BUKAN na cidade de Rehovot. A maior parte do material escrito, depois de ser examinado e verificado frente a outras fontes de informação, revelou-se de pouca confiança, e não podemos considerá-lo relevante. Evidentemente que o conteúdo todo está totalmente desligado da verdadeira trajetória histórica dos acontecimentos. Portanto, resolvemos dar atenção a apenas alguns parágrafos principais, tendo como objetivo supremo expor e mostrar os métodos que cada um utiliza para modificar a história de acordo com sua vontade, e a facilidade com a qual isso é feito. Citação: No oitavo parágrafo, na primeira parte do documento número 30: “ No ano de 2003 o Sr. Zut foi reconhecido como o fundador do Krav-Magá ”. 15. O Sr. Haim zut explicou para nós, numa entrevista pessoal, que recebeu a sua graduação das mãos do Sr. Denis Hanover, uma personagem notória em Israel principalmente por sua fracassada tentativa de imitar o Imi e criar também um “sistema de luta”. É necessário mencionar que profissionalmente não há nada em comum entre o Krav-Magá e as invenções do Sr. Hanover. Na verdade, a nosso ver a cooperação Com o Sr. Denis Hanover é o pior pecado cometido pelo Sr. Haim Zut, diretor da “KravMagá International”. Pessoas como o Denis Hanover não devem ser permitidas a integrar o Krav-Magá, de maneira profissional ou de qualquer outra forma. O Sr. Denis Hanover nunca participou em nenhuma aula de Krav-Magá sequer, e jamais era aluno do Imi, muito pelo contrário. Denis Hanover era o arquiinimigo do Imi e alegava que o Imi não criou nada, e que somente ele mesmo – o Denis Hanover, que desenvolveu um novo “sistema”. Portanto, julgamos com tanta severidade a cooperação entre os dois, mas ainda que o Sr. Haim Zut está bem consciente da história do Sr. Denis Hanover e conhece também a opinião do Imi sobre ele.
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Fatos da Pesquisa: De um lado, o Sr. Sr. Zut afirma ser um aluno do meu pai, mas ao mesmo tempo diz ser reconhecido ele mesmo como o fundador do Krav-Magá ??? Este “reconhecimento”, aliás, foi feito por alguma desconhecida organização da cidade norte-americana de Orlando. Citação: No final do mesmo parágrafo: “ Imi deixou claro em seu testamento que somente o isto é: o Sr. Haim Zut ) poderá realizar presidente da associação associação ( isto realizar cursos para formação de instrutores”. Fatos da Pesquisa: No parágrafo anterior o Sr. Zut declara abertamente: “copiei exercícios da televisão e também roubei muito dos outros ”. Então, nós perguntamos: qual foi a intenção do meu pai ao qualificar o Sr. Zut para ministrar cursos de instrutores – que ele ensinasse o Krav-Magá ou o material que ele “copiou e roubou ” dos outros ? Claramente que nós pedimos para ver o exato parágrafo no testamento do meu pai que encarregue o Sr. Zut da função de formar instrutores, mas nossas solicitações foram ignoradas... Ademais, o Sr. Sr. Zut sabe muito bem que conforme a lei do esporte em Israel, somente duas instituições são autorizadas a qualificar instrutores de Krav-Magá: Instituto Wingate e BUKAN. Citação: Oitavo parágrafo da segunda parte de Documento número 30: “ Eu modifico, adiciono e tiro exercícios”. Fatos da Pesquisa: Na verdade, esta citação não é relacionada à pesquisa, uma vez que aqui o Sr. Zut disserta sobre seu próprio caminho, criado por ele mesmo e é completamente diferente do Krav-Magá do meu pai. De fato, toda a segunda parte do documento número 30 é historicamente desligada do Krav-Magá. Nós colocamos ambos os itens simplesmente para não danificar a integridade do documento inteiro, e deixá-lo idêntico à forma como está no site. O único ponto positivo nesse aspecto a favor do Sr. Zut é o fato dele admitir e declarar que criou um novo “sistema”, e não está “vendendo” o Krav-Magá do meu pai, diferentemente das organizações IKMA e IKMF e outras dezenas como estas que estão espalhadas ao redor do mundo, falsamente alegando ensinar o Krav-Magá do meu pai. Mas, no final, também o Sr. Zut não resistiu à tentação de desviar a história do Krav-Magá em favor de seus interesses individuais, embora sendo ele um dos primeiros alunos do meu pai e tendo seu lugar na história do Krav-Magá garantido para sempre. Não seremos capazes de seguir seguir sem sem um ponto de equilíbrio, equilíbrio, sem o necessário necessário elemento que balança o universo apenas com sua mera existência, marcando os limites entre o positivo e o negativo, o bem e o mal, a esperança e o desespero. E talvez seja tudo isso a culpa do meu pai, uma vez que passou os ensinamentos espirituais e mentais do Krav-Magá somente para dois de seus alunos. 272
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Documento número 30:
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Trouxemos aqui o exemplo que acreditamos ser o mais adequado – a história da nomeação do segundo pai de Zen. Quando o Budidaharama resolveu voltar ao seu país, ele chamou todos seus alunos alunos para que eles apresentassem seus seus conhecimentos e nível de domínio em Zen. Hoi-Koi levantou e foi até o Budidaharama, inclinou sua cabeça e costas para frente realizando a tradicional saudação, e voltou a sentar no seu lugar sem dizer sequer uma palavra. Ele foi declarado o segundo pai de Zen. Citação: No site da escola BUKAN - www.kravmagaexams.pro.br, está escrito que o Sr. Yaron é o terceiro aluno do meu pai; que meu pai é o único fundador e criador do KravMagá; que meu pai sempre queria que o Krav-Magá fosse ensinado no Hebraico; que o Krav-Magá é uma arte marcial israelense para defesa pessoal; que existe apenas um único Krav-Magá, e que meu pai até palestrou sobre o assunto no final do primeiro curso de instrutores, no ano de 1971. Citação: Que o Sr. Yaron Yaron é um aluno do meu pai e, portanto, ensina somente o que aprendeu com meu pai; que nunca tomou a liberdade de alterar nenhum movimento criado pelo meu pai. Para ele, o Krav-Magá do do meu pai consiste numa tradição que poderá sobreviver somente se for mantida de forma intransigente, e ele a compara à tradição do povo judaico que data seis mil anos atrás. Também nos livros que escreveu junto com meu pai, ele disserta apenas sobre o Krav-Magá, e não sobre si mesmo. Citação: A página virtual referente à sua história pessoal mostra que o Sr. Yaron é um dos que mais contribuíram para a promoção e divulgação do Krav-Magá como arte marcial, porém ele alega que tudo que fez foi em nome do meu pai. Não há no site uma frase ou uma palavra que afirmem que a BUKAN, ou o Sr. Yaron, mudaram algum movimento ou exercício criado pelo meu pai e incluído por ele no Krav-Magá, e este fato se aplica tanto na palavra escrita como no dia-dia. Fatos da pesquisa: Nós verificamos e examinamos o conteúdo histórico no site da BUKAN com o máximo de rigor e severidade, muito mais do que em outros sites, uma vez que este site consiste o ponto de balanço da pesquisa toda. E nós garantimos: as palavras nele escritas são exatas e precisas, da primeira à última. O Sr. Yaron Yaron escolheu desligar-se das desgastantes brigas de ego sobre a sucessão. Ele conhecia muito bem seu status no mundo e entre seus milhares de alunos, e não necessitava mais do que isso. E assim chegamos à inevitável pergunta: será que todas as guerras de sucessão e a corrida para alterar a história do Krav-Magá são feitas por causa do fato que essas pessoas não receberam tempo suficiente com meu pai ? Ou seja, não treinavam com ele e não passaram bastante tempo com ele ? Para um piloto na força aérea Israelense ser promovido, ele precisa acumular um certo número de horas no ar. Mais horas voando significa mais experiência, mais conhecimento etc., e a promoção profissional é realizada de acordo com esse critério. Percebemos claramente que as pessoas que estavam próximas ao meu pai adotaram e adaptaram seu caráter e seus costumes, sua honestidade e sinceridade. Ou talvez seja ao contrário – para 275
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aproximar-se a ele, o individuo deveria ter as mesmas características do meu pai desde o início. No entanto, os fatos falam por si mesmos. O Eli, que fundou seu próprio caminho, jamais diria uma palavra sequer contra meu pai. Ele manteria o seu próprio respeito e o respeito do meu pai a qualquer custo, e isso é apesar da dor causada a ele por ter perdido a primogenitura e o título de herdeiro profissional, e embora sabendo o motivo exato pelo qual não foi escolhido e o destrutivo resultado que poderia causar causar se resolvesse quebrar seu seu silêncio 16*. O filho do Eli tampouco ousaria falar mal contra meu pai, e da mesma forma os outros alunos veteranos mantêm seu respeito, o do Krav-Magá e a honra do meu pai. Desta forma, mesmo se quiséssemos considerar meu pai um fator influente e alegar que errou quando de um lado afastou o Eli e do outro fingiu estar apoiando aqueles que jamais foram marcados por ele como sucessores, estaríamos nós mesmos cometendo um equívoco, uma vez que no fim do caminho, depois de inúmeras e inesperadas voltas e reviravoltas da vida, meu pai estava certo. Se realmente apontasse o Sr. Eli como “herdeiro profissional”, o lamentável e antecipado falecimento do Eli deixaria um espaço tão grande que seria quase impossível de ser preenchido. Talvez o aparente apoio nos outros fosse o melhor disfarce que ele poderia sustentar, dadas as condições nas quais ele agiu e para evitar que alguém descobrisse seus seus planos e intenções. Contudo, novamente vemos que meu pai estava certo e prevaleceu no final, uma vez que conseguiu deixar um herdeiro profissional legalmente autorizado, que ensina seu caminho completo e exato. Seu aluno predileto, que vive e ensina em todos os cantos do mundo o Krav-Magá como foi criado pelo meu pai, e conta sobre o trabalho do meu pai e de sua vida, sem cortar e sem alterar nada, e por causa disso o caminho do meu pai tem chance de sobreviver por muitos anos ainda. O livro completo sobre o Krav-Magá do meu pai - “The Book of KravMagá – The Bible” já foi publicado, dando a oportunidade para milhares de pessoas conhecerem e aprenderem o caminho original dele e consequentemente perceberem as diferenças entre a origem e as diversas imitações. Desta forma, embora que meu pai tinha cometido alguns erros ao longo dos anos, sendo vários deles mais graves do que outros e com profundo impacto sobre o curso histórico de sua arte, mas em seus olhos provavelmente os fins – garantir que o Krav-Magá sobreviverá justificavam os meios. Não há sombra de dúvida que meu pai se viu lutando uma guerra de sobrevivência, literalmente. Portanto, devemos julgá-lo de um ponto de vista histórico e futurístico simultaneamente, pois qualquer artista estaria disposto a sacrificar-se, uma vez sabendo que este ato heróico asseguraria a continuação de sua arte. Essa é a grandeza dos gigantes mestres que ocupam o panteão dos criadores de artes marciais. E talvez seja um exemplo contemporâneo para a história da escolha do sucessor de Budidaharama. 16. Conhecemos o motivo para tal, mas por diversas razões resolvemos não publicá-lo. Entretanto, uma cuidadosa leitura da pesquisa encontrará a resposta.
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Os seguintes parágrafos constituem citações exatas de seus autores e locutores, e seu conteúdo é de total responsabilidade dos donos do site onde foi publicado. Veremos Veremos que por vezes seria difícil decidir se estamos lendo uma história história de ficção científica ou um site sobre o Krav-Magá. Uma atenção especial deve ser dada para as diferentes datas aqui mencionadas, com o intuito de conseguir uma imagem completa da realidade. O próximo site a ser analisado é bastante complexo e complicado, e exige uma leitura cuidadosa e repetitiva até ficar inteiramente entendido. Confundir e enganar o público, como nós já tínhamos percebido, é a suprema intenção dos modificadores da história. Citação: Já no início da página (documento número 24, página 278), o autor do site se declara “O introdutor do Krav-Magá na América do Sul ”. ”. Fatos da Pesquisa: Sul Americana Então, o Sr. Yaakov (Kobi) Lichtenstein, “ presidente” da “ Federação Sul de Krav-Magá”, alega ensinar o Krav-Magá em todo o continente Sul–Americano. Porém, uma verificação mais profunda mostrou que a sua federação opera num lugar só – no Brasil, e também ali, neste enorme país com população aproximada de duzentos milhões de pessoas, a Federação Sul Americana não chega a ter mais de mil alunos ( para ter uma idéia, as federações locais de Judô, Jiu-Jitsu Brasileiro, Tae-Kwan-Do, Caratê etc. possuem cada uma mais de cem mil praticantes). Mais adiante voltaremos a tratar deste ponto interessante. Citação: Mestre”. Já na primeira palavra do texto, o Sr. Yaakov Yaakov se intitula de “ Mestre Fatos da pesquisa: No capítulo sobre graduações no Krav-Magá, explicamos detalhadamente o significado do título de “Mestre”, e o presidente dessa federação não preenche nenhum dos requisitos. Quem lhe outorgou o Sexto Dan? Quem conferiu a ele o grau de Mestre? Nós não encontramos nenhuma organização que admite ter emitido tal graduação, e tampouco recebemos do próprio Sr. Yaakov algum comentário a respeito do tema. Citação: Conferem a foto na parte superior da página. Fatos da Pesquisa: Não podemos questionar a veracidade da foto e nem temos a intenção de fazê-lo. No entanto, há algo errado nesta imagem - observem como meu pai está vestindo várias camadas de roupas quentes de inverno e usa até um gorro grosso para proteger sua cabeça contra o frio, enquanto o Sr. Yaakov veste apenas uma camiseta de malha fina. Em Israel, as temperaturas durante o inverno caem abaixo do zero, e várias regiões do país sofrem com fortes nevascas. Nenhuma pessoa agüentaria ficar apenas de camiseta no gelado inverno israelense. E mais, o autor constrói sua história pessoal ao longo do site, e coloca diversas fotos na sua página virtual. Mas, se o Sr. Yaakov realmente é “um aluno 277
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Documento número 24:
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especial do meu pai” desde os três anos de idade, como ele proclama ser, por que não vimos nenhuma foto dele junto com meu pai ? Alguma imagem de algum treinamento conjunto, ou pelo menos usando Kimono ? Citação: Bem abaixo da foto está escrito que o Sr. Yaakov “ foi adotado pelo meu pai”... Fatos da Pesquisa: Ora, conversamos com a Sra. Ilana, Esposa do meu pai, e ela nunca tinha ouvido que ganhou mais um filho adotado... Perguntamos os alunos mais veteranos do meu pai, seus amigos e colegas, ninguém jamais ouviu falar de algum filho adotado. Ligamos para o filho da Sra. Ilana, que atualmente mora no Suécia, mas também ele el e nunca ficou sabendo que meu pai adotou uma outra criança. Entrevistamos até a mãe do Sr. Yaakov, mas ela negou que seu filho foi adotado por outras pessoas. Do pai ( biológico...) do presidente ouvimos o mesmo comentário. Ademais, o processo de adoção de crianças em Israel é um dos mais complicados no mundo, por causa de problemas relacionados à religião judaica, e a quantidade de burocracia e papelada que acompanham cada processo deste é assustadora. Entramos em contato com todas as autoridades que cuidem de processos de adoção e investigamos, mas a resposta sempre foi a mesma – o Sr. Yaakov Yaakov jamais foi adotado por alguém. Citação: “O Sr. Yaakov começou seus treinamentos com meu pai aos três anos de Idade ”. Fatos da Pesquisa: Localizamos três pessoas que afirmaram ter visto o Sr. Yaakov quando ainda era criança pequena, são eles: Victor, Aluno faixa preta do meu pai, treinou e aprendeu na academia de Tel-Aviv: Tel-Aviv: “ Eu lembro uma uma vez que Yaron trouxe para a aula aula também sua sua irmã e seu irmão caçula, que era um bebê ainda, e eles ficaram brincando um pouco no canto do Tatami. É dessa criança que você está falando ? ” A mesma resposta recebemos do Sr. Avner, também aluno Faixa Preta do meu pai da academia de Tel-Aviv. E também do Shlomo, outro aluno da turma de Faixas Pretas de Tel-Aviv. Esses eram os únicos comentários sobre o assunto. Nenhum dos alunos veteranos nunca conheceu o tal Sr. Yaakov, e nós não encontramos alguma prova que uma vez ele participou nos treinos de Sábado com meu pai e seus alunos mais graduados. Citação: “Com seis anos de idade ganhou publicidade na imprensa”. Fatos da Pesquisa: Entrarmos em contato com todos os jornais em Israel, e com a ajuda da mais avançada tecnologia fomos capazes de pesquisar mais de quarenta anos de arquivos impressos, da televisão e da rádio, mas o nome que estávamos procurando – Yaakov Yaakov Tzvi Lichtenstein - simplesmente não apareceu. A criança mais nova que aparece em alguma reportagem sobre o Krav-Magá, feita em 1982, foi quem é hoje o Sensei Rotem. Pedimos ao Sr. Yaakov que nos enviasse cópias das reportagens daquela 279
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época nas quais ele foi citado, ou pelo menos datas e nomes dos jornais onde os artigos foram publicados, ou qualquer outra informação sobre o tema. Evidentemente que não recebemos nenhuma resposta ou comentário. Citação: Já no segundo parágrafo: “Com quinze anos de idade começou lecionar.. .”. Fatos da Pesquisa: Entrevistamos vários alunos e instrutores veteranos Faixas Pretas da escola BUKAN, que lembrem que o Sr. Yaakov começou seus treinamentos quando ainda jovem, aos quinze anos de idade, na academia de seu irmão mais velho, no “Clube Galit”. Os alunos do Yaron Lichtenstein (que, aliás, recusou-se a comentar sobre seu irmão. Esta foi a única vez que ele não quis cooperar com a nossa pesquisa), que hoje já são faixas pretas ou mais, recordam bem o rapaz que, apesar de ser o irmão caçula do professor, era “o menos habilidoso da turma ”. Ouvimos as mesmas afirmações de todos os alunos antigos da BUKAN: do Boaz, Tal, Ran, os gêmeos Eyal e Eitan, Shmulik Katz, Polo, Kobi Nimerovski, Menashe, Weitsman Weitsman e muitos outros daquele velho grupo – todos asseguraram de que o Sr. Yaakov não era instrutor com quinze anos de idade, e que possuía apenas o grau de Faixa Laranja. Ademais, o seu certificado de instrutor (do qual temos uma cópia) ele recebeu somente quando tinha vinte anos, e em Israel ninguém pode dar aulas sem o certificado adequado. Citação: “O Sr. Yaakov ingressou para um grupo especial treinado pelo Imi ”. Fatos da pesquisa: Em outras publicações do Sr. Yaakov, ele conta sobre aquele grupo integrado por “treze pessoas”. Esta história, completamente imaginária e inventada, começou ser divulgada por ele quando chegou para o Brasil, no intuito de construir a sua própria história pessoal. A idéia dele era fazer uma comparação com os doze mensageiros do Jesus Cristo, sendo ele o décimo terceiro. Em Israel não encontramos nada que apóie essa história – não entre os alunos do meu pai (veja o capítulo: “Os Dez Escolhidos do Imi”) e nem alguém de seus conhecidos e colegas. No entanto, depois de ler o conteúdo do site todo, devemos elogiar a criatividade e imaginação de seu criador... Citação: “ Depois de servir três anos no exército Israelense, recebeu diploma de faixa preta da associação de Krav-Magá em Israel ” (terceiro parágrafo). Fatos da Pesquisa: Finalmente, uma meia verdade. O Sr. Yaakov Yaakov realmente recebeu Faixa Preta no ano de 1984. Mas prestem bem atenção para o estilo de escrever do Sr. Yaakov quando disserta sobre o diploma – “ Recebeu diploma da associação de Krav-Magá em ”, com ênfase aqui na palavra “Israel” - ele não escreveu da “associação de Israel ”, Krav-Magá Israelense” (IKMA). Ademais, no país todo não achamos uma pessoa que que já tinha visto o falado diploma. E outro ponto interessanete. No documento número 7, na página 257, que foi tirado do site oficial do Sr. Avikzar, vemos claramente que o Sr. Yaakov recebeu as faixas marrom e preta do próprio Sr. Avikzar (sétima linha na tabela). Portanto, o 280
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Sr. Yaakov não possui diploma de nenhuma associação de Krav-Magá, mas sim diploma da associação do Eli, que é uma organização e arte denominadas “KravMagen Israelense”, e entre isso e o Krav-Magá do meu pai não tem nada em comum. Talvez este seja o motivo pelo qual o diploma do Sr. Yaakov nunca foi visto, uma vez que tal exposição revelaria a verdade sobre a sua origem e a qualificação do Sr. Yaakov como faixa preta em “Krav-Magen”. A questão (que o Sr. Yaakov recusou-se a responder ) que se levanta é a seguinte: por que o Sr. Sr. Yaakov Yaakov,, como aluno especial do meu pai e seu filho adotivo, e membro de um secreto e escolhido grupo, não recebeu a sua faixa preta do meu pai, mas do Eli Avikzar? Será por que nunca realmente aprendeu com meu pai ? Faremos também um pequeno cálculo matemático. No início da página o autor menciona que nasceu no ano de 1964 e inicio seus treinamentos com três anos de idade, ou seja, no ano de 1967, e em seguida recebeu a sua faixa preta no ano de 1984. Agora, o Sr. Yaakov alega ale ga ter “movimentos corporais excepcionais e qualidades incomparáveis”, e apesar de tudo isso tinha que aguardar dezessete anos até receber a sua Faixa Preta ??? Ninguém espera tanto tempo para sua Faixa Preta, e com certeza que não o filho adotivo do meu pai... Podemos ver outra prova que no Krav-Magá não se espera dezessete anos até receber a faixa preta no site do Eli Avikzar, onde consta que todos os primeiros dez alunos do Imi, e os únicos que receberam dele a faixa preta, esperavam nove anos até ganhar a desejada graduação. Hoje em dia o tempo médio de espera é de seis a oito anos. Citação: “O Sr. Yaakov estudou em cursos de terapia corporal e nutrição para atletas no Instituto Wingate” (terceiro parágrafo). Fatos da pesquisa: O nome do Sr. Yaakov Yaakov não aparece no computador, em nenhum arquivo do Instituto Wingate, como graduado desses cursos. Ademais, para ingressar nos programas do Instituto, como para qualquer outra universidade, é necessário primeiro completar o ensino médio, de preferência com notas altas. alt as. É preciso também passar as provas do “Bagrut” (o equivalente israelense para o vestibular – o tradutor ). ). O Sr. Yaakov cursou o ensino médio numa escola técnica e não passou pelo exame do “Bagrut” 17* e, portanto, não existe a possibilidade que estudou no 17. O “vestibular” Israelense é chamado de “Bagrut”. No final do ensino médio cada aluno passa por uma difícil e complicada bateria de provas elaborada pelo ministério da educação. O objetivo dessas provas é determinar a aptidão do aluno de ingressar no ensino superior e na vida acadêmica. Um aluno que alcançasse notas altas no “Bagrut” poderia fazer parte de quase qualquer universidade, enquanto um aluno com notas baixas teria dificuldades de entrar para a universidade e provavelmente precisará repetir as provas. Sem possuir o certificado do “Bagrut” não é possível ingressar em nenhuma instituição acadêmica em Israel, e menos ainda para um estabelecimento de alto nível como o Instituto Wingate. Ademais, nas escolas técnicas, mesmo se o grau de ensino não seja baixo, o sistema é diferente dos colégios normais, e, portanto, é praticamente impossível para os formados das escolas técnicas iniciar uma vida acadêmica sem o certificado de “Bagrut”.
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Instituto Wingate ou em qualquer outra instituição de ensino superior em Israel. Embora seja possível que ele presenciou algumas palestras abertas ao público, mas devemos lembrar que desde 1986 suas visitas a Israel não passaram de alguns dias cada vez, impossibilitando uma aprendizagem aprofundada. Também sobre este tema pedimos para ver certificados e documentação, mas não recebemos nenhuma resposta. Agora realizaremos um pequeno cálculo e examinaremos alguns números e datas: O Sr. Yaakov Yaakov nasceu no dia trinta e um de Julho de 1964. Começou seu serviço militar no mês de Novembro de 1982. Foi dispensado do exército no mês de Outubro de 1985. De acordo com os dados da polícia das fronteiras em Israel, que por motivos de segurança registram e arquivam cada saída ou entrada de Israel, o Sr. Yaakov mudou-se de Israel para o Brasil no mês de março de 1986. Dados iguais, aliás, encontramos também no computador do ministério da fazenda em Israel, que também acompanha os movimentos nos aeroportos, mas com finalidades diferentes, como pagamento de impostos etc.. Então, quando exatamente o Sr. Yaakov teria tempo de cursar o instituto Wingate ? E os cursos mencionados por ele têm duração de quatro anos nesta universidade – mesmo sendo o melhor aluno de todos os tempos, ainda demoraria quatro anos para se formar. Além disso, o Instituto Wingate é uma instituição acadêmica altamente respeitada e ele emite diplomas para cada aluno que o freqüentou. Onde estão, então, os diplomas do Sr. Yaakov ? Todos os sites virtuais sobre o Krav-Magá apresentam pelo menos parte dos certificados de seus criadores e donos. Todos, tirando o site do Sr. Yaakov. E pior – ele recusou-se a apresentar algum diploma mesmo depois de ser solicitado. Não queremos dizer que não haja diplomas, apenas que nós não os vimos. Normalmente as pessoas ficaram felizes em mostrar seus diplomas – só ele não aceitou. Isso é muito importante. Citação: O Sr. Yaakov Yaakov era “ Responsável pelo ensino do Krav-Magá em toda a região CentroSul de Israel, tendo, portanto, milhões de alunos”. Fatos da Pesquisa: Onde fica exatamente esta região denominada “centro-Sul”, da qual nenhum israelense jamais ouviu falar, e onde precisamente moram os milhões 18* de 18. Em todo o Estado de Israel vivem cinco milhões de Judeus. A região sulista do país, que se estende da cidade de Beer-Sheva até a cidade de Eilat no extremo Sul, é a menos habitada do país. Trata-se de um grande deserto, com apenas algumas cidades pequenas e isoladas, como: Shderot, Dimona, Yeruham, Arad, Ein-Guedi e Sdom. A maior cidade no sul do país é chamada de Beer-Sheva, e seu número de habitantes não passa de cem mil. Assim, qualquer calculo possível mostra que em toda a região sul de Israel vivem cerca de duzentos e cinqüenta mil pessoas. Onde estão então todos os milhões de alunos ? Os números da população geral cresce se considerarmos os habitantes árabes em Israel, mas por motivos de segurança estes são proibidos de aprender Krav-Magá. E novamente, todo este comentário é relevante somente se existisse uma tal região...
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Mapa de Israel
Mapa de Israel. Do extremo sul ao norte – 650 Km. Do oeste para o leste – 150 Km no ponto mais largo. Nesta pequena área vivem cerca de cinco milhões de judeus. Onde exatamente fica a região centro-sul do país ? Ademais, como podemos observar na mapa, a região sul do país – Negev, é o menos populoso. Onde estão aquelas milhões de pessoas ? 283
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Israelenses, que sem saber tornaram alunos do Sr. Sr. Yaakov? Yaakov? De novo não conseguimos escapar de mais um cálculo matemático. Para ensinar milhões de alunos, exige-se haver milhares de instrutores. Uma pessoa só, por mais que tentasse, não seria capaz. Então como explicaria o fato de que em todo Israel não achamos um instrutor (ou aluno) que trabalhou ou ensinou naquela região e sob a supervisão do Sr. Yaakov ? Perguntamos centenas de academias, clubes esportivos e centros de artes marciais na região sul do país, mas ninguém nunca ouviu falar nem do Sr. Yaakov, e nem de algum lugar chamado “Região Centro-Sul”. Agora, uma outra pergunta – quem lhe cedeu a responsabilidade sobre aquela região? O primeiro ministro de Israel? O presidente dos Estados Unidos? Algum representante da ONU? Meu pai não deu responsabilidade a ninguém, e tampouco poderia dar, já que em Israel cada um que tenha certificado de instrutor está autorizado a ministrar aulas onde, quando e quanto ele quiser. Ademais, como é possível que ele tivesse milhões de alunos em Israel, mas no Brasil, um país com população trinta vezes maior, ele tem apenas algumas centenas de alunos? Com o objetivo de conseguir maiores esclarecimentos, solicitamos informações das autoridades fiscais em Israel – do imposto de renda, e pedimos para saber se há algum milionário israelense que pagou ao Estado o equivalente a milhões de Dólares em impostos, resultado de seus lucros daqueles milhões de alunos. A resposta era clara – não há registro nem do nome e nem da pessoa nos computadores do ministério da fazenda em Israel. Ficamos só curiosos em saber se os funcionários do imposto de renda em Israel tentarão localizar os “milhões” perdidos... E mais uma pergunta de matemática – se o Sr. Yaakov Yaakov chegou para o Brasil no ano de 1986, quando exatamente teve tempo de arrumar “milhões de alunos ”? Citação: “ Ex-combatente da guerra de 1982, participou em inúmeras missões especiais 19* do exército israelense...”. Fatos da Pesquisa: Aqui faz-se necessário examinar alguns fatos relacionados. A qualificação de um guerreiro no exército israelense demora entre quatorze a dezoito meses, e às vezes até mais do que isso. Uma vez que o Sr. Yaakov ingressou no exército israelense, no final de 1982, ele não poderia completar a sua qualificação antes de 1984, quando a guerra já tinha terminado. Ademais, o Sr. Yaakov Yaakov serviu serv iu na aeronáutica aeroná utica (e não no exército) e sua função era a mesma que aprendeu na escola técnica: mecânico auxiliar de aviação. Da leitura de sua ficha pessoal e de conversas com pessoas que o conheceram daquela época, ele passou a maior parte de seu serviço militar na base “Ramat-David” da força aérea no 19. Embora esse assunto não tenha uma relação direta e imediata com o Krav-Magá, nosso objetivo aqui é outro. A intenção seria mostrar a facilidade de enganar um público inteiro, que nem se preocupa com verificar os fatos e descobrir a verdade. A falta de precisão se estende para além do aspecto militar, mas este é a base para todas as outras afirmações do autor do site, afirmações inteiramente falsas que não correspondem com a verdade histórica do Krav-Magá e, evidentemente, são completamente desligadas e contrárias à história pessoal desse indivíduo.
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norte do país, perto da cidade de Afula, trabalhando como estagiário do mecânicochefe. Ou seja, o Sr. Yaakov Yaakov estava o mais longe possível de qualquer front e e nunca chegou perto de algum campo de batalha. Para ingressar em alguma unidade de combate ou de elite nas forças armadas israelenses, é necessário ter o “per fil” 20* físico máximo, algo que o Sr. Yaakov não tinha. Qualquer combatente nas forças de defesa israelenses também recebe no dia que termina o seu serviço um certificado que comprove seu passado como guerreiro no exército israelense (veja o documento anexado). O documento não é considerado secreto e nós pedimos para o Sr. Yaakov mostrar o seu, mas a resposta recebida era o famoso “sem comentários”... O nome do Sr. Yaakov também não apareceu nos 20. O termo “Per fil Militar” em Israel significa a soma de vários exames físicos, psicológicos e de inteligência pelos quais passa cada recruta antes de ingressar no serviço militar. Os exames revelam a capacidade física e mental do soldado de servir na linha do combate ou atrás das linhas inimigas. Estes exames são altamente importantes e de fato determinam o futuro e destino do soldado no exército. O nível do “Per fil Militar” é dado em porcentagem de um a cem. Na época de recrutamento do indivíduo em questão, a exigência para servir em unidade de combate estava em noventa e sete por cento. Hoje em dia os testes e a pontuação mudaram um pouco, mas a base ideológica é a mesma – “per fil” alto significa serviço em combate, enquanto “per fil” baixo significa servir em função administrativa.
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computadores militares como ex-combatente, e evidentemente que o Sr. Yaakov, apesar disso ser permitido pela lei, não queria nos contar em qual “unidade de elite” elit e” exatamente ele serviu... Não poderíamos terminar o artigo sem mencionar um outro indivíduo criativo - o fundador da “Federação Européia de Krav-Magá”, o Sr. Richard Douieb. O documento número 33 mostra mais uma vez como a poeira histórica cobre a verdade, camada após camada, tornando o Sr. Yaakov Yaakov um aluno do meu pai, e isso é uma coisa que nunca ocorreu. O mesmo acontece com o Sr. Darren Levin, que tampouco era aluno do meu pai, e os Srs. Eyal Yanilov Yanilov e Haim Gideon também não são alunos do meu pai, mas do Eli Avikzar, Avikzar, e claro que o próprio Sr. Doueib. Então, o Haim Zut nega qualquer relação com este indivíduo. O herdeiro profissional do Eli Avikzar, o Sr. Avi Abesidon, também insiste que não o conhece. Aluno do meu pai ele nunca foi, embora parece que treinou algumas aulas com o Eli e o Yaron, Yaron, talvez com a presença do meu pai. A segunda página anexada ao documento número 34 mostra mais uma vez a insolência e a traição no caminho do meu pai. Observem como foi colocada no site uma foto do meu pai usando um Kimono branco, enquanto as outras pessoas naquela imagem estão vestidas de forma completamente estranha ao Krav-Magá. O Sr. Doueib, sendo o presidente de sua organização, poderia impedir esta vergonha, só que ele mesmo é um dos fãs da moda de roupas pretas... Desfecho Sobre o assunto em questão existe um outro testemunho, embora não seja muito claro. O Sr. Haim Zut confirmou numa conversa conosco que realmente conhecia o Sr. Yaakov. O encontro entre os dois ocorreu quando o Sr. Yaakov Yaakov pediu do Sr. Haim Zut examiná-lo para algum grau, mas o Sr. Zut parecia hesitando em revelar para qual grau, alegando que já se passaram muitos anos, e como ele nunca deu muita importância para isso, não lembra com exatidão todos os detalhes. O Sr. Zut afirma que ministrou algum tipo de exame, mas não lhe cedeu nenhum diploma ou grau, uma vez que naquela época o Sr. Zut ainda fazia parte da IKMA e, portanto, não estava autorizado a dar faixas e certificados. O Sr. Zut sugeriu para que ele dirija-se ao presidente da IKMA, o Sr. Haim Gideon. Mas também na associação não conseguiram nos fornecer alguma informação sobre o grau dele. O Sr. Haim Gideon afirmou ter achado que o Sr. Yaakov é na verdade aluno do Eli Avikzar e nem está ligado para a IKMA. Entretanto, ele acrescentou que oSr. Yaakov tirou uma foto junto com ele, “para lembrança” (a entrevista com o Sr. Haim Gideon foi realizada em Maio de 2008). 2008 ). No site do Sr. Yaakov Yaakov tampouco encontramos algum documento que comprove o seu grau de faixa preta, ou nível mais alto, apesar de que ele mesmo afirme ter recebido o sexto Dan do Imi, mas nós já sabemos que o Imi jamais deu alguma faixa sem anexar um diploma ou carta. Evidentemente que todas nossas solicitações do Sr. Yaakov para ver algum documento ou comprovante eram em vão, sendo completamente ignoradas. Do outro lado, o tal Sr. Yaakov Yaakov apresenta uma lista infinita de “cartas de agradecimento” de qualquer lugar onde já deu alguma aula ou apresentação, no entanto, nenhum diploma profissional. Mudando de assunto. Pessoas do mundo inteiro chegaram para o enterro do Imi – dos EUA, da Europa, etc.. Contudo, somente o Sr. Yaakov, que alega ter uma proximidade íntima com Imi, não chegou para acompanhá-lo em seu último caminho. Mas a associação de Krav-Magá Israelense, que era a responsável sobre os arranjos do enterro en terro e de informar todos da data e local do funeral, esclareceu por que o Sr. Sr. Yaakov Yaakov não chegou - ninguém sabia da sua proximidade com Imi, ou nem mesmo que era aluno do Imi e, portanto, não sabiam que deviam avisá-lo. Como ele jamais se registrou na associação, não tinham nenhum telefone ou endereço para contatar, e nem mesmo estavam sabendo que ele tinha se tornado um instrutor “tão notório” de Krav-Magá, alegam.
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Documento número 33:
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O Sr. Yaakov Yaakov realmente está longe long e da política interna do mundo do Krav-Magá em Israel, mas isso não justifica o fato de que ele ensina e divulga um Krav-Magá muito diferente do que Imi criou. Por exemplo, ele explica que o Krav-Magá é “apenas” arte para defesa pessoal. Mas qual é essência desta arte, e no que ele se baseia a determinar tal fato ? Nós não encontramos essa afirmação em nenhuma outra fonte. E mais, o material ensinado por ele consiste numa complexa e inexplicável mistura de todos os erros existentes na arte chamada Krav-Magá. Algumas de suas técnicas ele copiou do já esquisito repertório da IKMF, outras foram adotadas da IKMA, e até a organização do Sr. Darren Levin contribuiu com vários movimentos. A sua afirmação que ele é o precursor do Krav-Magá no Brasil só está certa teoricamente, uma vez que do aspecto profissional seus movimentos não têm nada em comum com o Krav-Magá do Imi. Nas fotos que aparecem em seu site observamos o curioso fato de que sempre quando aparece com mestres israelenses, ele nunca está vestindo um Kimono. Ou seja, fotos – sim, treinamentos – de jeito nenhum. O povo brasileiro, como qualquer outro povo em nosso planeta, merece saber a verdade e conhecer o verdadeiro verdade iro Krav-Magá do Imi, e não a invenção particular particula r de um indivíduo. As pessoas querem conhecer o caminho original do Imi e a verdade sobre Israel e seus habitantes, e não uma péssima imitação que abusa o nome do Imi. Somente por estes motivos decidimos, no final, incluir no capítulo também as “aventuras” dessa pessoa, e consequentemente traduzir o livro também para o português, para que duzentos milhões de brasileiros saibam a verdade. Nesta oportunidade, gostaríamos de agradecer o Dr. Alfred Gomes, Professor de História Contemporânea de São Paulo, por seu apoio e ajuda na tradução traduç ão do livro escrito pelo Sr. Yaakov. Yaakov. Durante o processo de organização do material para a pesquisa, a nossa mesa acumulou centenas de documentos e testemunhos. Mas nós escolhemos nos focar apenas na documentação que foi colocada no artigo, com a concepção de que somente os israelenses são os modificadores diretos da história do Krav-Magá. Existem em cada país ou cidade pessoas que se vêem livres a ensinar KravMagá sem sequer treinar ou participar numa aula de Krav-Magá. Há também aqueles que inventam diversos nomes para o Krav-Magá e o apresentam de pontos de vista totalmente desligados da realidade. Assistimos também a dezenas de DVDs produzidos em lugares como Alemanha, Bélgica, Itália, EUA e outros. O nível geral naqueles filmes está bem abaixo do zero, e os protagonistas daqueles DVDs não possuem o conhecimento mínimo exigido e demonstram uma capacidade física lamentável. Isso não é Krav-Magá. Busquem a verdade!
Documento número 34
Esta imagem foi tirada do site www.associazioneitalianakravmaga.com, no dia 17/08/2007. Como podemos ver, Imi aparece, como sempre, de Kimono completo e faixa preta. Novamente, perguntamos onde estão as diplomas do Sr. Douieb ? Aliás, na parte superior direita, em Hebraica, está escrito “associação Italiana de Krav-maga”, só que há um erro ali, e na verdade está escrito “Associação ITACA de Krav-maga”... Só lembramos, que o Sr. Doueib fala Hebraico fluentemente... 288
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A EXPANSÃO Quando decidimos escrever a pesquisa, tentamos entrar em contato com (quase) qualquer elemento relevante no mundo do Krav-Magá. Explicamos os objetivos e conteúdos da pesquisa e solicitamos ajuda, na medida medid a do possível, através de datas, nomes, fotos, diferentes eventos importantes etc.. Poucos atenderam aos nossos pedidos, não obtivemos uma cooperação sincera e completa, a exceção de várias tentativas de auto-glorificação, histórias parcialmente verdadeiras, ou pior. O único que realmente mostrou-se simpatizante com a nossa causa foi Yaron Lichtenstein. Por este motivo, pensamos, inicialmente evitar a elaboração do atual artigo, para que ninguém pudesse nos acusar de parcialidade. Mas em algum momento compreendemos que sem um ponto de equilíbrio 1* esta pesquisa não teria valor nenhum (uma vez que cada trabalho deste gênero deve incluir também um grupo de controle, para contrabalancear a própria pesquisa). Assim sendo, neste capítulo exporemos a trajetória do mais graduado aluno de meu pai. O único que ainda ensina o KravMagá da mesma forma que foi criado e desenvolvido por meu pai. Este é, de fato, o exclusivo ponto de equilíbrio para qualquer praticante de Krav-Magá que desejasse conhecer a verdade absoluta sobre meu pai e sua arte. Por isso resolvemos, no final, incluir sim este artigo no livro. Quem não vive em Israel e não está familiarizado com a conjuntura de vida naquele país, terá certas dificuldades para entender a inimaginável contribuição de Yaron e o seu crucial papel no processo de divulgação e ascensão do Krav-Magá. No capítulo, dissertamos apenas sobre uma pequena fração fra ção de seus extraordinários extraordi nários atos, feitos no intuito intu ito de promover o Krav-Magá e meu pai. Por muitos anos o próprio Yaron manteve-se em silêncio, afastando-se das guerras de sucessão e da infinita balela, e somente aceitou cooperar com a pesquisa depois de receber a nossa palavra palavra de que esta não será baseada em fofocas e boatos. Ele recusa-se a fazer parte par te do que chama de “o mingau de fezes das diferentes organizações de Krav-Magá ”. Yaron ensina e trabalha, t rabalha, como sempre, de modo sereno e modesto, e convence seus alunos ao redor do mundo a agir como ele, não deixar-se atrair para dentro do caldeirão. Sinto-me obrigado a acrescentar acrescenta r mais uma coisa: sem Yaron, duvido que esta pesquisa seria publicada. Ele entregou ent regou às nossas mãos nomes, endereços, telefones, 1. Se não fosse a BUKAN e Yaron, toda esta pesquisa seria em vão, já que mesmo se escrevêssemos tudo que ocorreu em cada dia nos últimos quarenta anos, isso não faria diferença nenhuma e não traria a esperança de mudança. A esperança , neste caso, é o elemento mais importante, uma vez que nenhuma organização ou instrutor de Krav-Magá praticam hoje em dia o caminho original do Imi, então nada adiantaria. De fato, atualmente Yaron é o último porto segu ro dos ensinamentos do Imi e sem ele a criação de Imi já teria sido esquecida há muito tempo, também por nós. Somente o fato de que ainda é possível voltar para trás no tempo e conhecer o verdadeiro Krav-Magá, que Imi criou, é o que nos ajudou a decidir sobre a elaboração da pesquisa. Na verdade, para os interessados, esta pode ser a última última oportunidade para estudar e descobrir os segredos segredos desta excepcional excepcional arte marcial.
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e-mails e de dezenas dos alunos de meu pai 2*, de seus colegas e amigos pessoais (do Imi), que se esforçaram para recordar os fatos e remover as tentativas de esconder a verdade histórica do Krav-Magá. A grande “revolução” do Krav-Magá veio nos meados do ano de 1974, quando meu pai começou a enxergar sua criação através de um ponto de vista diferente. Se até aquele momento considerou-a uma “loucura” pessoal dele, que sumirá sem a sua presença, agora começou a entender e ver que a realidade do dia-dia é outra. Observando seus dez discípulos discípulos (ou como ele os chamou várias vezes em reportagens publicadas naquela época – “os filhos do Krav-Magá”, ressaltando o enorme afeto que sentiu por eles) nos treinos, ele percebeu com clareza a absoluta dedicação física
e mental que eles tinham com o Krav-Magá, a alegria que brilhava nos olhos deles com cada pequeno movimento que aprenderam e aperfeiçoaram. Este nível de treinamento e intransigente dedicação somente poderiam ser encontrados em épocas antigas – nos templos (a comparação com o templo do Shaolin seria a mais adequada aqui), onde a humanidade descobriu o Kung Fu pela primeira vez, o “ancestral” das artes marciais. Em cada um dos dez primeiros discípulos já começaram a surgir os primeiros sinais de percepção e compreensão dos dos exercícios exercícios e movimentos do KravMagá e da defesa pessoal. Em todos se iniciou o processo de autodescobrimento, que torna a ação inconsciente, o instinto e o reflexo reais e domináveis, de acordo com a vontade e a necessidade do praticante. Os alunos do meu pai, cada um de seu próprio jeito, esforçaram-se esforçaram-se e empenharam-se empenha ram-se ao máximo para par a alcançar o mais alto grau de desempenho das técnicas praticadas. E já naquela fase preliminar meu pai era capaz de distinguir entre os vários tipos de movimentos de seus dez prediletos, “lendo” cuidadosamente a linguagem corporal transmitida por cada um deles e analisando o futuro profissional previsto para eles. Eli Avikzar aperfeiçoou não apenas a sua parte prática, mas também e sobretudo o seu papel como o líder do grupo, e de forma bastante justa. Já Victor simbolizou a suavidade, o domínio total sobre os músculos do corpo. Às vezes seus movimentos suaves pareciam ao olho leigo uma mera preguiça. Avner acrescentou aos treinamentos de Krav-Magá a prática de métodos antigos, originados na Índia, com o objetivo de aprimorar sua flexibilidade, suavidade e técnicas necessárias de 2. Yaron, assim descobrimos, colecionou colecionou e guardou durante du rante muitos anos qualquer material publicado relacionado ao Krav-Magá, em Israel e fora de lá: a rtigos e reportagens na mídia, livros, vídeos, etc.. Além disso, ministrou um arquivo com os endereços e contatos de todos os envolvidos, envolvidos, documentou os atos e feitos das diferentes personagens do mundo do Krav-Magá, tanto os negativos como os positivos. O resulta do, depois de duas décadas décad as (1983-2003) (1983-2003) reunindo reu nindo a documentaçã docume ntação, o, história s e provas, man ifestou-se na forma de alg umas caixas ca ixas pesadas pe sadas de d e papelão grosso, g rosso, cheias de documento doc umentoss organizados em pastas. Todo esse material, que ficou disponível para nós, possibilitou a realização de todas as entrevistas necessárias para a pesquisa.
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tradicionais artes marciais que atuavam em Isr respiração. Shlomo Avisra 3* e Yaron dedicaram milhares de horas para melhorar as diversas técnicas de chute que meu pai começou a incluir i ncluir no Krav-Magá, e Yaron também incorporou diversos d iversos ensinamentos de Zen naquelas técnicas, seguindo a orientação do meu pai, que desejava construir uma estratégia universal do Krav-Magá, tanto ofensiva como defensiva, no intuito de formar a autoestima e autoconfiança do praticante. Deste modo, cada um agiu na sua área de especialização e todos funcionavam como uma unidade, sob a supervisão do meu pai. Paralelamente a isso, os dez discípulos iniciaram suas trajetórias também como instrutores, com seus próprios alunos, cada um deles ensinando geralmente na cidade onde morava. O termo “Krav-Magá” era uma novidade refrescante dentre as ael naquela época, e os alunos do meu pai conseguiram, com relativa facilidade, organizar grupos de praticantes e seguidores e cada um investia tudo que tinha no seu grupo, por dois motivos: motivos: primeiro, para realizar real izar a vontade de meu pai de ampliar ao máximo as atividades atividade s de instrução, para que o Krav-Magá ganhe reconhecimento no país, segundo, porque rapidamente os alunos pioneiros descobriram que, ao ensinar outros, eles mesmos se tornam profissionais melhores. Haim Hakani, veloz e flexível como um tigre, sempre surpreendente com seus truques corporais, que pareciam ter saído de um filme de ação açã o Hollywoodiano, iniciou-se como instrutor de Krav-Magá na polícia israelense, e o seguiram Shlomo Avisra e Yaron, que ingressaram na unidade Anti-Terrorismo da polícia (“Yamam”) também com o objetivo de ensinar Krav-Magá. No entanto, Haim Hakani e Shlomo Avisra não trabalharam na polícia integralmente e, portanto, sua atividade de instrução era mais limitada. Adicionalmente, no ano de 1976, meu pai encarregou Eli Avikzar para ser o instrutor-chefe de Krav-Magá na escola de preparação física do exército e, literalmente do outro lado do muro, colocou Yaron como instrutor-chefe de KravMagá na escola de treinadores no Instituto Wingate, no ano de 1977. Porém, houve 3. Imi agiu de acordo com o princípio da experimentação quando se tratava da inclusão de novos exercícios e movimentos no Krav-Magá. Primeiro ele explicava os movimentos e a técnica toda, e por vezes veze s demonst rava ele mesmo a sua aplicação. a plicação. Depois, deixava os alunos alu nos a praticarem pratica rem os novos movimentos enquanto ele observava e tirava suas conclusões. Só quando todos realizavam a técnica de forma que o satisfizesse, ele a incluía no Krav-Magá. Para Imi, o grupo funcionava como um corpo só, e embora alguns sempre demonstrassem uma habilidade maior do que outros em certos movimentos, ele sempre exigia que o nível e qualidade de performance fossem generalizados. Como regra universal, o Imi teria a última palavra no que diz respeito à inclusão de novas técnicas no KravMagá. O grupo contribuiu de forma indispensável para a criação e sustentação do Krav-Magá, mas somente no aspecto profissional, como por exemplo, na parte de chutes. Imi dedicou longos anos e in finitos treinos para aprimorar ao máximo a técnica de chutes no Krav-Magá, sempre explicando que: “ Assim ”, seguindo deste modo o objetivo do Krav Assim mantemos mante mos o oponente op onente o mais longe possível ”, Magá. Quanto Qua nto mais Yaron Yaron e Shlomo avançavam em sua capacid ade de chutar, Imi criava novos chutes.
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um evento que, apesar de ocorrer de forma bastante misteriosa e oculta, foi o responsável pela grande popularização do Krav-Magá entre civis e pelo seu desligamento final das conotações e estigmas militares. É possível que sem aquele evento o Krav-Magá jamais ganhasse a “fama” (da qual todos tentam se aproveitar hoje em dia) de ser uma arte “misteriosa” e “exótica”, e, consequentemente, tão popular e desejada. Nos meados do mês de Maio, final da primavera de 1974, Yaron estava, como de rotina, ministrando uma aula na academia do meu pai em Tel-Aviv. No escritório externo, cercado por vidro para que meu pai pudesse ver e ser visto, além de supervisionar o Tatami e quem entra e sai da academia, estavam sentados meu pai e sua leal secretária secretár ia – a Dona Aviva, e conversavam em voz baixa para que ninguém escutasse do outro lado do vidro. De repente, entrou na sala um jovem, alto e musculoso, com cabelo louro louro e olhos azuis. Com sua aparência, aparência , ele facilmente poderia ser o garoto-propaganda garoto-propaganda de qualquer unidade de elite do exército exército israelense. israelense. O rapaz falou diretamente di retamente com meu pai como se os dois fossem velhos amigos 4*, e se apresentou como o Sr. Y.P Y.P,, instrutor-chefe inst rutor-chefe de defesa pessoal e sistemas sistema s especiais de luta no Serviço Secreto Israelense. O jovem, assim parecia, já fez seu dever de casa em relação ao meu pai, e ele sabia do seu longo passado nas forças armadas, e também sobre seus feitos na vida civil. Já no início da conversa, o agente secreto solicitou a meu pai manter tudo que fosse dito em absoluto sigilo, sigilo, como é de costume neste ramo ra mo de trabalho, ligado à segurança do país. Depois, os dois ficaram dialogando a sós por alguns minutos, e, em seguida, o misterioso jovem tirou da sua mochila um JudoGi, o vestiu junto com a faixa branca e subiu no Tatami, como qualquer outro aluno iniciante. Naquele ponto meu pai veio até Yaron e lhe pediu para treinar treina r o rapaz de forma pessoal, enquanto ele – meu pai, ministraria a aula para o resto do grupo (Eli Avikzar estava ausente naquele dia). Seguindo as instruções de seu professor, naquela aula e na aula do dia seguinte, Yaron ensinou ao agente algumas técnicas de ataque e defesa. No fim do segundo dia de treinamentos, o agente falou com o surpreso Yaron pela primeira vez, depois de horas de treino nas quais ficou completamente calado o tempo todo, e perguntou a ele se poderiam conversar a sós. Tudo isso antes mesmo de se apresentar ao Yaron. Ademais, ele sugeriu que, caso Yaron estivese interessado, os dois poderiam conversar na presença do meu pai, já que do meu pai nada se esconde. Ao final da conversa, que era meramente informativa, Yaron foi solicitado a fornecer seu número de identidade, endereço e número de telefone. Depois Depois o rapaz 4. Há duas hipóteses h ipóteses a respeito do recruta mento de Yaron para os serviços secretos de Israel. Deacordocomapr imeira,foiopróprioImique entrouemcontatocomosser viços secretoseofereceuY Yaron aron como instrutor. A segunda versão, que segundo vários fatos e testemun hos parece ter mais credibilidade, afirma que um dos alunos de Imi era agente dos serviços secretos e foi ele que chamou a atenção para Yaron e o Krav-Magá. Seja qual for a verdade, o único fator import ante neste caso é o resultadofinal.
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pegou seus pertences e saiu da academia. O próprio Yaron, de qualquer forma, testemunha que esqueceu o assunto todo, assim que o jovem deixou a academia, e não deu muita atenção ao ocorrido naquele dia. Yaron estava ensinando em várias academias e centros esportivos naquela época e era responsável por muitos alunos. Não tinha tin ha a paciência nem o tempo para pessoas estranhas estran has que queriam quer iam investigái nvestigálo sobre o que ele julgou ser “assuntos irrelevantes”. Evidentemente, ele estava totalmente errado. Cerca de um mês depois, o misterioso jovem novamente apareceu na academia do meu pai e desta vez veio falar diretamente com Yaron. Yaron. Ele se apresentou, mencionando seu nome completo e seu cargo, explicando ao Yaron que havia passado por todas as investigações de segurança segu rança requeridas requer idas 5* e perguntou a ele se gostaria de aceitar a função de instrutor-chefe de Krav-Magá no Serviço Secreto Israelense. O termo “instrutor-chefe” era um pouco exagerado já que, como Yaron iria rapidamente descobrir, ele seria na verdade o único instrutor de arte marcial naquele serviço especial. Pouquíssimos profissionais naqueles dias, de qualquer área, preencheram as exigências e condições necessárias para serem aceitos no exclusivo exclusivo clube dos serviços secretos israelenses. Foi assim que o Krav-Magá ingressou, pela primeira vez na sua história, para alguma instituição instit uição governament governamental, al, de modo formal formal e reconhecido, como a arte marcial israelense para defesa pessoal. E foi este evento também que “desmilitar izou” o Krav-Magá de forma absoluta. Quando meu pai trabalhou nas forças armadas, ele tornou a defesa pessoal uma profissão oficial e agora chegou a vez de Yaron, isto é – da próxima geração, de fazer o mesmo com o Krav-Magá, o que constituiu uma revolução profissional e qualitativa neste campo. E para a surpresa de todos, o processo de desmilitarização do Krav-Magá ocorreu de maneira fácil e fluente. Exatamente como nos primeiros dias do meu pai como instrutor de defesa pessoal na resistência israelense durante a Guerra da Independência, também agora foi o intransigente profissionalismo, desta vez de Yaron, que abriu todas as portas possíveis. possíveis. Y.P, aquele agente misterioso que recrutou Yaron, era na verdade o diretor do departamento departa mento de instrução instruçã o dos serviços secretos e foi justamente ele que recebeu Yaron no seu primeiro dia no trabalho novo. Ele entregou para Yaron um caderno marcado por um carimbo com as palavras “Material Altamente Secreto”. Nas páginas daquele livreto havia uma lista de técnicas e exercícios exercícios que o novo novo instrutor deveria ensinar a seus futuros alunos. Entretanto, depois de uma rápida lida, Yaron 5. Na época em questão – o ano de 1975, o processo de recrutamento para o ser viço secreto israelense incluía vastas e extensas investigações sobre o passado do recruta, sua família, amigos, conhecidos etc. Eram os dias da Guerra Fria e a União Soviética era considerada um grande inimigo da única democracia do Oriente Médio. Portanto, cada candidato era obrigado a d ar os nomes de todas as pessoas que conhecia, para que estas passassem também por u m longo e complicado processo processo de verificação e seleção. Muitas vezes candidatos foram desqualificados por possuírem contatos com pessoas de antecedentes duvidosos. O objetivo era aceitar para a organização apenas os melhores qualificados, não somente do ponto de vista profissional, mas principalmente aqueles que apresentassem maior grau de integridade pessoal e lealdade intransigente ao Estado de Israel.
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começou a sentir o seu sangue fervendo. Ele respirou longa e profundamente para se acalmar, abaixando o acelerado ritmo de seu coração, como é de praxe antes de realizar uma um a luta, e pensou que ele deveria ter cometido algum erro ao ler o material e resolveu re-ler, re-ler, mas o resultado não se alterou – ele já estava certo na primeira pri meira vez. Ele, apesar de ser aluno formado do Imi, um praticante de Krav-Magá e o primeiro a ensinar Krav-Magá numa organização tão respeitada e secreta, não conhecia um movimento sequer de toda aquela coleção de técnicas e exercícios que apareciam no livreto. Nós tivemos a chance de brevemente olhar aquelas páginas, porém por motivos de segurança nacional não podemos incluí-las aqui. Mas eis vários exemplos de alguns “exercícios” que fomos fomos autorizados a citar: cit ar: “Rolamento de paraquedistas”, paraquedist as”, “chute com a perna”, “golpe poderoso”, “defesas rápidas”, “ataques letais”, “pulo aéreo” e outros nomes deste gênero, que não têm significado nenhum. Yaron, que começou a sentir seu estômago vibrando por causa da vergonha de não conhecer aqueles nomes estranhos, correu com toda sua força até o escritório de Y.P, que estava coletando suas coisas e preparando-se para uma longa viagem aos Estados Unidos, para completar seu Doutorado. Yaron Yaron mostrou os papéis a Y.P Y.P e perguntou perg untou a ele o que exatamente deveria fazer, uma vez que os exercícios que ali aparecem não existiam realmente. Y.P. pegou os papéis, dobrou-os sob a forma de uma bola de papel e jogou para o lixo que estava ao lado de sua mesa. Em seguida, falou para Agora você é o chefe, ensine o que você sabe, por que as técnicas que você Yaron: “ Agora conhece nunca foram vistas aqui ”. Assim, iniciou-se o caminho de Yaron e do Krav-Magá nos serviços de segurança de Israel. Os resultados eram imediatos, a qualidade e o profissionalismo demonstrados rapidamente ganharam gan haram elogios de todas as partes. parte s. E o Krav-Magá não 6* ficou restrito apenas a Israel . Pessoas do mundo inteiro, que possuíam funções especiais, chegaram a treinar Krav-Magá junto com Yaron. Ademais, como parte de seu trabalho no serviço de segurança, Yaron treinou grupos de jovens judeus do mundo inteiro e o nome do Krav-Magá começou a florescer mundo afora. Estes grupos de jovens judeus, todos voluntár voluntários, ios, foram treinados pelo p elo “Mossad” israelense para que formassem depois corpos capazes de defender as comunidades judaicas em seus países de origem, protegendo lugares como sinagogas, escolas judaicas, centros comunitários etc., contra ataques terroristas. E nesses treinos, a maior ênfase era sobre os cursos de Krav-Magá. Não existe um lugar no mundo onde haja alguma comunidade judaica em e m que seus homens não tivessem sido treinados pelo Yaron Yaron – na África do Sul, na Europa, na América Latina, em lugares como México, Argentina, Brasil, Guatemala e Panamá, entre outros. Todos passaram pelos ocultos porões do “Mossad”, onde descobriram pela primeira vez a arte marcial israelense para defesa pessoal, o Krav-Magá K rav-Magá (Alguns judeus ao redor do mundo acreditam até hoje que o Krav-Magá deve ser ensinado apenas para judeus, usando como alegação principal a sangrenta história dos judeus como um povo perseguido. Mas, tirando os atos de uma pessoa, que tem sua saúde mental seriamente 6. Novamente este fato ajuda a esclarecer e confirmar outros fatos históricos. Todos a firmam serem os primei ros a levar o K rav-Magá para par a fora das da s fronteiras frontei ras de Israel, Isr ael, mas a verdade é bastante basta nte difere nte. Vimos nos diversos sites que as várias organiza ções de Krav-Magá K rav-Magá iniciaram sua trajetória no exterior, nos anos 1983-1984, 1983-1984, enquanto enqua nto Yaron Yaron já servia serv ia como o embaixa dor do Krav-Magá, á parti pa rtirr do ano de 1975. 1975.
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questionada, a maioria não adota esta atitude. De qualquer forma, este nunca era o cam inho do meu pai e seus alunos - Imi sempre disse que todos têm o direito de saber como se defender e pessoas como Yaron lutam contra esse fenômeno, que por vezes não passa de mero racismo).
Em pouco tempo Yaron e o Krav-Magá ganharam vasta reputação. O comandante da unidade de anti-terrorismo da polícia israelense (YAMAM), naquela época ( por motivos de seguranç seg urançaa não podemos pode mos expor seu nome completo com pleto e o chama remos de A.H), também ouviu falar do Krav-Magá. Numa ligação particular para Yaron, ofereceu a ele o cargo de instrutor-chefe daquela unidade, apesar do fato de Shlomo já estar lecionando ali. No entanto, por motivos burocráticos, a função de Shlomo não incluía apenas instrução e criou-se a necessidade de ter mais um instrutor oficial. Naqueles dias a unidade de anti-terrorismo estava passando por grandes transformações (resultado do ocorrido na “operação Entebe”) administrativas e operacionais, abrindo o caminho camin ho para o cargo integral de um segundo segu ndo instrutor. instr utor. Este foi foi o inicio da revolução revolução que tornou as aulas de Krav-Magá o “sonho de consumo” de todas as unidades de elite das forças armadas israelenses 7*. Contudo, muito mais ainda estava por vir. Nem todos os dez primeiros alunos do meu pai fizeram parte par te do revolucionário revolucionário processo instrutivo do Krav-Magá, especialmente por que não todos queriam ter um futuro como professores profissionais de Krav-Magá. O único objetivo que tinham era “aprender apenas para aprender ” e preencher as suas horas livres. Um deles era engenheiro civil, o outro lapidava diamantes (Victor ) e assim por diante, cada um com sua própria vida. Eli e Yaron foram os dois que mais se envolveram na instrução do Krav-Magá, tornando-o sua principal fonte de renda. Yaron, o mais novo do grupo, começou a vida de “civil” logo como instrutor de Krav-Magá, a partir parti r do momento que terminou term inou seu serviço no exército e depois de sua su a liberação libera ção do hospital, onde estava se recuperando de ferimentos causados na Guerra de YomKipur, em 1973. Somente mais tarde, quando o Krav-Magá já estava no auge de sua popularidade, outros alunos do gr upo pioneiro, como Shmulik Shmulik Kurtzveil, Kur tzveil, Avner Hazan e Haim Zut começaram a ministrar aulas de Krav-Magá, mas nenhum deles fez da arte sua principal ocupação, e, portanto eles não chegaram a ter um número significante de alunos. É necessário entender que todos esses acontecimentos ocorreram antes da grande expansão que deu início em 1977, 1977, quando meu pai entregou e ntregou as chaves de sua academia em Tel-Aviv ao Yaron, como presente de casamento e em conseqüência de sua passada promessa. Novamente estamos com problema por causa da maneira de meu pai, por ele não deixar quase nenhum tipo de documento escrito 8*. Desta 7. Uma das principais razões para tal foram os métodos de treinamento que Yaron introduziu naquelas unidades. Anteriormente a ele ninguém conhecia essas técnicas de inst rução, que colocaram o nível profissional dos guerreiros em alturas antes inimagináveis. De fato, algumas destas técnicas ainda estão sendo usadas em nossos dias. No entanto, o sucesso não é todo do Yaron, uma vez que ele simplesmente simplesmente ensinava o K rav-Magá, e não alguma versão “militar” dele ou qualquer outra invenção ridícula. 8. Não incluindo aqui, é claro, aquele diploma que nomeia Yaron como segundo pai fundador depois de Imi, lhe outorgando o grau de Nono Dan e o de G rão Mestre do Krav-Magá no mundo inteiro (com isso, o Imi se viu livre de tocar novamente no assunto). Vejam “The Book of Krav-Magá – The Bible”, páginas págin as 471 & 480.
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forma, a única opção que temos é tentar entender seus pensamentos através da análise de suas ações, adivinhando as intenções dele, tanto as principais como as secundárias. Mas isso não significa que podemos subestimar seus atos e escolhas, uma vez que no momento em que passou as chaves ao Yaron, para meu pai é como se ele estivesse declarando publicamente que Yaron é seu sucessor profissional e a pessoa que continuará seu caminho. camin ho. Porém, seguindo o nosso compromisso com a verdade histórica e moral, devemos mencionar que a real intenção do meu pai provavelmente era ver Eli Avikzar vikza r e Yaron Yaron trabalhando trabal hando juntos, em cooperação, ou talvez ele quisesse examinar examina r os dois, para descobrir qual deles ficará no Krav-Magá – este era o seu modo genial de pensar. No final, sobrou apenas Yaron. O dia 19.9.1977, a data na qual meu pai entregou as chaves de sua academia a Yaron, constituiu também manifestação da Eis o pretensão do meu pai para o futuro, futu ro, uma u ma forma de declaração silenciosa – “ Eis isso, mostrou a todos que ele cumpre a sua palavra, palavr a, quando já meu sucessor! ”. Com isso, no dia seguinte se aposentou da instrução ativa e veio somente para os tradicionais treinos de Sábado, que eram destinados apenas ao seu grupo de dez prediletos. Uma análise mais profunda confirma a visão e a percepção de muito longo prazo que meu pai possuía, montando lentamente as peças do quebra-cabeça, planejando tudo na sua mente como um jogador paciente de xadrez, xa drez, manobra m anobra após manobra. O resultado final é o fato que melhor explica seu modo de pensar. O dojo que meu pai passou para Yaron localizava-se na Rua Pinsker, 26, esquina com Rua Trumpeldor, em Tel-A Tel-Aviv viv.. Só que meu pai dividiu a propriedade com o Sr. Edmund Buzaglo, um conhecido con hecido professor professor de Caratê e Judô em Israel naquela época, que não gostava gostava muito de Yaron, especialmente por causa das constantes “travessuras” “tr avessuras” de Yaron, Yaron, que o Sr. Edmund nunca entendeu e ntendeu e sempre ficou ofendido. Um desses incidentes ocorreu quando o Sr. Edmund estava demonstrando algumas técnicas básicas de Judô no primeiro curso de instrutores, no ano de 1971, do qual Yaron participou 9*. Uma boa “química” entre os dois, para dizer de forma delicada, delicad a, nunca houve. Portanto, o Sr. Edmund demonstrou o seu total descontentamento pelo fato de que Yaron iria ensinar no lugar do meu pai na academia que ambos gerenciaram em conjunto. Evidentemente Evidentemente que meu pai podia pod ia insistir e deixar Yaron ensinar ali. Ele estaria dentro de seu seu direito pleno e legal. Mas, depois de ter percebido que Yaron, Yaron, com o total encorajamento de Eli Avikzar, estava est ava planejando “fechar a conta” com o Sr. Edmund de uma vez por todas, resolveu trocar o local das aulas e a academia e os alunos de Krav-Magá mudaram-se para outra localidade, para o clube “Galit”, no bair ro de Yad-Eliyaho. Por causa dessa mudança, a escola 9. De acordo com o Sr. Buzaglo, ele estava ensinando técnicas de Judô e escolheu Yaron para fazer demonstrações. Ele explicou para Yaron que no final da demonstração ele deveria utilizar a técnica de queda, batendo com a mão no chão, como é de praxe no Judô. Entretanto, Yaron, Yaron, que queria observar os movimentos exatos do arremesso, resolveu abrir mão da técnica de bater com a mão no chão. O Sr. Buzaglo ficou ofendido, pensando que Yaron estava caçoando de suas habilidades como judoca. Mas Yaron Yaron fez questão de deixar bem claro para nós que não tinha intenção nenhuma, em momento algum, de ofender o colega.
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foi fundada mais tarde. Ali estavam ensinando dois amigos próximos do meu pai, que ficaram felizes em ajudar e disponibilizaram horários para as aulas de Krav-Magá dadas por Yaron. O primeiro amigo foi o Sr. Gadi Skornik, campeão de Judô e Jiu-Jitsu Japonês e o segundo era o Jamil, o proprietário da sala de musculação. Jamil também foi o primeiro que costurou cost urou Kimonos especiais para meu pai e seus instrutores. O material usado era diferente daquele normalmente utilizado no JudoGi tradicional, que é mais durável e resistente. Mesmo assim os uniformes do Jamil eram bons e confiáveis. E o mais importante de tudo: os kimonos de Jamil foram fornecidos em preços razoáveis, para não dizer baixos ( Nas Nas décad as de sessenta sessent a e BUKAN
setenta todos os kimonos em Israel eram i mportados da Europa ou de Japão, e portanto, seus preços eram bastante elevados e chegaram a custar centenas de Dólares cada).
Quando a turma tu rma mudou-se para o novo local de treinamento, treina mento, no clube Galit, o número de alunos não ultrapassava de quinze, que constituíam na verdade uma “herança” que passou do meu pai para Yaron. No entanto, depois de apenas três meses, o número de praticantes no grupo subiu para quase noventa, um número excepcional e inimaginável no mundo das artes marciais em Israel na época, e o maior grupo de alunos de Krav-Magá naqueles dias, muito antes de quando a cultura cultu ra das academias particulares começou a florescer. Paralelamente a isso, apesar da sua sobrecarregada agenda, Yaron seguiu o pedido do meu pai e começou a lecionar, pela primeira vez na história do povo judeu, na escola de treinadores do Instituto I nstituto 10* Wingate, no ano de 1977 , tornando o Krav-Magá uma modalidade e arte marcial oficial do Estado de Israel. É necessário entender que em Israel o Instituto Wingate é considerado o “templo” do esporte, e para ser “alguém”, especialmente quando se trata de artes a rtes marciais, é imperativo i mperativo ter o aval e o apoio daquela instituição. Naquela época somente o Judô o tinha. Em conseqüência de todas as atividades dos alunos do meu pai (que deram aulas em todas as localidades importantes do país), ele tornou ainda mais famoso do que era quando serviu no exército. O trabalho no exército, por definição, limita bastante esta ar te marcial e a mantém fora dos olhos da população. Porém, uma vez que o Krav-Magá chegou ao público israelense e internacional, a reação positiva e entusiasmo foram imediatos. Bastava que meu pai chegasse a algum lugar e 10 10.. Como parte de nossa obrigação de t razer provas concretas, comofizemos no capítulo de “Docu mentos e Testemunhos – O Desfile da Vergonha”, Vergonha”, aqui também examinamos e verificamos dezenas de vezes cada palavra escrita neste a rtigo. Pesquisamos Pesquisamos e confirmamos cada detal he do passado de Yaron, a escola Tudo isso no intuito de não haver erro algum entre estas lin has. O BUKAN e a conexão entre ele e Imi. Tudo capítulo que serve como ponto de equilíbrio do livro todo não poderia em hipótese nenhuma conter algum equívoco e deve seguir rigidamente todas a s regras da ética. De fato, guardamos todos os documentos e autorizações que comprovam os atos aqui descritos. Parte desta documentação foi publicada na mídia em Israel, ficando assim exposta para o público em geral e, por tanto, não a acrescentamos para o livro. Quem desejasse poderia examiná-la no livro “The Book of Krav-Magá – The Bible”. Apenas adicionaremos que nós verificamos somente os documentos originais e nunca cópias. Entre outros, há documentação oficial que comprova a função de Yaron como professor ativo do Instituto Wingate.
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oferecesse um de seus alunos para que este fosse rapidamente aceito. A única coisa que atrapalhou o avanço dele e de seus alunos naquele tempo foi o lamentável fato de que no dia existem apenas vinte e quatro horas, e, dessas horas, ainda é preciso dedicar algumas ( poucas, não desca nso. nã o muitas...) para descanso Além de inserir o Krav-Magá nos serviços de segurança e expandí-lo através das atividades em academias e clubes particulares, meu pai estabeleceu um forte contato com o prefeito da cidade de Tel-Aviv – o Sr. Shlomo Lahat (1978), que desejava criar um tipo de “Polícia Municipal”, tendo como modelo a polícia da cidade de Nova York. É claro que os primeiros a serem contatados para treinar a futura unidade foram meu pai e Yaron, mas, no final, o plano de criação deste grupamento não se concretizou, principalmente por razões políticas internas da prefeitura. Entretanto, o mero fato de que o alto escalão político em Israel aprendeu que há apenas um endereço quando se trata de defesa pessoal – meu pai, Yaron e o Krav-Magá, já diz tudo. Meu pai estabeleceu novos padrões no mundo das artes marciais em Israel – honestidade, integridade, qualidade profissional, credibilidade e precisão, conceitos não sempre muito evidentes na realidade israelense, por vezes até considerados “exóticos”. As pessoas simplesmente apreciavam o tempo que passavam na companhia dele e de seus alunos, com toda aquela potência e inteireza que eles transmitiram. Infelizmente, essas virtudes não fazem mais parte do repertório das diversas organizações organi zações de Krav-Magá, que parecem funcionar mais como juntas militares milita res do que como organizações de Krav-Magá, e assim contribuem para o desaparecimento desapareci mento do mesmo. A conduta, e, relação aos outros, ao público e à honra e memória do meu pai apontam aponta m para um fato: o Krav-Magá já não tem mais o mesmo prestígio de antigamente. A escola BUKAN, que meu pai e Yaron fundaram fundara m juntos na cidade de Rehovot Rehovot e que é a única hoje a ensinar o caminho completo do meu pai, começou a trabalhar a todo vapor, e junto com as dezenas de instrutores que foram quali ficados pela escola, acumularam milhares de alunos em múltiplos locais de treinamento. Isso foi possibilitado quando a escola recebeu das autoridades de esporte e educação em Israel uma autorização exclusiva para formar e habilitar instrutores de Krav-Magá, a única fora do Instituto Wingate a possuir tal autorização, embora muitos tentassem copiar esse feito. Os Srs. Haim Gideon e Haim Zut, que naquela época trabalharam juntos na associação fundada pelo Sr. Haim Gideon - a IKMA, chegaram para um tradicional jantar japonês na casa de Yaron, Yaron, na cidade de Rehovot Rehovot (aliás, ambos não comeram nada – provavelmente o medo da novidade...), ...), no intuito intu ito de tentar tent ar descobrir descobri r como Yaron Yaron conseguiu receber aquela autorização e saber se eles também poderiam ter um documento assim, de valor indispensável para o prestígio de sua organização. Mas os dois visitantes saíram bastantes decepcionados da reunião. Não tinha nenhum segredo a ser descoberto. Carisma, honestidade, integridade, esforços diários e sucessos comprovados, documentação profissional completa, o nome e a reputação do meu pai eram os ingredientes “secretos”. As pessoas viam Yaron, Yaron, suas ações e conduta e 298
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simplesmente desejavam fazer parte da história. Muitos também consideraram meu pai e Yaron Yaron como uma pessoa só. só. Mas o número de alunos da BUKAN cresceu tanto, especialmente por causa de um ato único e excepcional. O Sr. Rami Duani (atualmente o vice-prefeito da cidade de Rishon Letzion), era, no ano de 1984, o responsável responsável pelas atividades esportivas nos colégios municipais. Ele conta a seguinte história: “Meu escritório estava localizado de forma que ninguém pudesse entrar sem passar por no mínimo duas du as de minhas secretárias, uma vez que o tempo todo houve pessoas que queriam falar comigo sem previamente marcar uma reunião. Um dia, por volta das cinco horas da tarde, tarde , ouvi barulho e pessoas falando em e m voz alta, vindo da parte de frente ao escritório, e vi todas as secretárias indo em direção do tumulto. Imediatamente entendi que algo havia acontecido e fui ver também do que se tratava. Na porta estavam e stavam dois rapazes, um com uniforme de policial e o outro vestindo roupa “civil”; “civil”; imaginei que ele seria o delegado. O policial que estava de uniforme exigiu falar com o Sr. Duani, então eu me aproximei deles e me apresentei. A partir daquele momento, o outro rapaz - o “delegado”, “delegado”, tomou conta da conversa e pediu que fôssemos para meu escritório. Eu lembro que todos na sala estavam me olhando, pensando que sou no mínimo um assaltante de banco, e a minha secretária até me passou discretamente um bilhete perguntando se ela deveria ligar para meu advogado. Não sei como, mas eu sabia que isso não seria necessário. Depois que entramos no meu escritório e eu fechei a porta, o rapaz que estava de “paisano” começou a falar, apontando para o policial de uniforme: u niforme: “Este é Yossi, Yossi, ele é policial mas no momento está de folga. Eu sabia que não me deixariam entrar, então eu trouxe o Yossi com seu uniforme e fico feliz porque meu plano deu certo. Meu nome é Yaron e eu vou ensinar Krav-Magá K rav-Magá em cada escola que está e stá sob sua supervisão superv isão”. ”. Por um segundo pensei estar lidando com dois malucos e realmente queria chamar eu mesmo a polícia, mas depois entendi o que os dois fizeram. fi zeram. Dialogamos por algum tempo e no final disse a Yaron: está bem, lhe dou por enquanto dois colégios, se você mostrar um bom trabalho, ampliaremos o projeto, e foi assim que aconteceu”. No final daquele ano, Yaron Yaron e sua escola de K rav-Magá tiveram instrutores instr utores trabalhando trabalha ndo em vinte e seis escolas por toda a cidade, tendo centenas centena s de alunos fiéis. Consequentemente, e sob a supervisão do meu pai e de Yaron, a escola realizou, no ano de 1986, o maior treino na história do Krav-Magá, um feito que jamais foi Potência , O Mistério, A Verdade”, repetido por mais ninguém (veja foto no livro “Krav-Magá – A Potência, página págin a 165), com um mil e sessenta participantes, os quais treinavam durante três dias, várias horas cada dia, como parte de exames para faixa amarela e laranja. Os exames foram feitos utiliza utilizando ndo o sistema único de provas da escola, que é até hoje de uso exclusivo da BUKAN em todo o mundo, constituindo um de seus característicos mais excepcionais. Na cerimônia final daquele treino, estavam presentes vários prefeitos, membros do congresso israelense e outros políticos, celebridades locais e jornalistas que cobriram este enorme evento histórico, quatro mil pessoas na platéia, que ficou completamente lotada com familiares, amigos, colegas e convidados de outras artes marciais, os quais vieram não só para testemunhar o poder e a potência 299
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da escola, mas também para aprender como se realiza e se organiza um evento deste porte. Meu pai, é claro, tinha t inha a sua própria cadeira cadei ra de honra reservada e não houve uma pessoa sequer que abriu mão de uma u ma foto com ele ou de um cumprimento. cu mprimento. Todos Todos recordam o rosto do meu pai durante a cerimônia – ele nunca tinha imaginado que a arte marcial por ele criada chegaria a tais dimensões gigantescas, e que abrangeria praticantes e alunos de todos os cantos do país. Do Sr. Bahar, aluno faixa preta da BUKAN, que sempre aceitou o “cargo” de motorista do meu pai, levando ele de Natanya até Rehovot e de volta, ouvimos uma emocionante descrição sobre a forma como meu pai estava brilhando de alegria e de como não parava de falar do evento do qual havia acabado de participar, e de como nunca imaginou que a BUKAN e o Krav-Magá ganhassem tais estaturas e tanta popularidade. A tendência da mídia de cobrir anualmente o evento contribuiu mais ainda para a glorificação e a reputação da escola e do Krav-Magá como a excepcional arte marcial israelense. Os instrutores da escola tornaram-se o “sonho de consumo” de cada diretor di retor de colégio, público público ou particular part icular e de qualquer dono de academia. No final daquele ano, a BUKAN já supervisionava super visionava sessenta e três locais diferentes de treinamento em todo o país, com cerca de quarenta instrutores, todos altamente qualificados e preparados para a tarefa. Paralelamente a isso, a escola BUKAN recebeu uma licença especial para operar como uma escola particular de Krav-Magá, um feito inédito, em Israel e no mundo. Agora, a BUKAN não seria apenas mais uma academia ou Dojo, mas sim uma escola oficial. A lei em Israel não exige nenhuma autorização especial 11** e Yaron de quem deseje abrir uma academia de artes marciais. Porém, meu pai 11 queriam construir uma coisa diferente, única e exclusiva, e assim surgiu a idéia de fundar a escola. Yaron travou uma longa e dura batalha burocrática contra diferentes autoridades em Israel até receber a documentação adequada, uma vez que as autorizações que ele buscava eram bastante estranhas em Israel, mais ainda quando o assunto era Krav-Magá. Como parte das exigências para receber aquela autorização, foi solicitada a Yaron a apresentação de documentação document ação especial, referente a uma educação especí e specífica que ele deveria ter cursado, só que Yaron não possuía os documentos requeridos. Neste momento, meu pai interveio e começou um longo diálogo com a escola de treinadores do Instituto Wingate, para que esta abrisse suas portas aos praticantes de Krav-Magá que fossem qualificados pela respeitada instituição, o que, por sua vez, possibilitaria o recebimento de uma licença para operar uma escola de KravMagá. E finalmente, no ano de 1984, Yaron conseguiu ingressar na primeira turma, abrindo o caminho para as próximas gerações de instrutores e treinadores de KravMagá que desejem ser habilitados por aquela universidade de esporte e educação 11. Ao longo da pesquisa mencionamos várias vezes o estranho costume de Imi de agir com duplicidade, e no caso da escola BUKAN esse padrão se repete. De um lado, ocupava o cargo de presidente de d e uma associação asso ciação que qu e não era dele, d ele, e do outro lado la do apoiou a escola BUKAN.
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física. O certificado de conclusão daquele curso foi a última peça do quebra-cabeça para conseguir a autorização que meu pai e Yaron estavam buscando e agora as autoridades oficiais em Israel cederam a tão almejada licença. Numa de suas frequentes visitas à BUKAN, os alunos faixa preta de Yaron apresentaram uma pergunta que nem meu pai conseguiu responder: por que não existe nenhuma obra escrita sobre o Krav-Magá? Eles estavam com medo de que, se meu pai não deixasse nenhum material profissional de sua autoridade, cada um poderia fazer, mudar e cortar como quisesse (o que acabou acontecendo, apesar da existência de livros oficias sobre o Krav-Magá). Meu pai, na presença de algumas dezenas de alunos graduados, encarregou e ncarregou essa “missão impossíve i mpossível” l” para Yaron. Yaron. De fato, meu pai levou essa tarefa muito a sério, sér io, e consequentemente a cooperação entre ent re ele e Yaron Yaron cresceu e se fortaleceu mais ma is ainda. O resultado result ado foi a publicação, no ano de 1988, 1988, do primeiro primei ro livro na história histór ia do povo judeu sobre a arte marcial israelense para defesa pessoal - o Krav-Magá. A obra incluía praticamente toda a parte profissional do Krav-Magá, acompanhada de fotos e explicações. Este livro (“Krav-Magá – Guia de Defesa Pessoal”) ganhou fama internacional quase que imediatamente, e isso apesar de ser lançado somente no Hebraico. Novamente, a escola BUKAN e Yaron 12* foram eternizados no mundo das artes marciais e as salas dos instr utores de Krav-Magá lotaram-se lotaram-se por completo. O livro recebeu empurro adicional quando se tornou o manual oficial das forças de segurança em Israel e também em alguns países estrangeiros 13*. Num jantar cerimonial realizado para comemorar o lançamento do livro, com a presença do meu pai e dos alunos faixa-preta da BUKAN, um dos participantes, chamado Shmulik Shmuli k Catz, que era também ta mbém aluno faixa-preta faixa-pret a de Yaron, Yaron, iniciou uma conversa com meu pai na sua língua natal – o Húngaro, que os dois falavam fluentemente. Aparentemente, o discípulo de Yaron guardou em segredo por muitos anos o fato que dominava dom inava o Húngaro, esperando para pa ra o momento certo. cer to. Evidentemente que ninguém entendeu sequer uma palavra do que foi dito, além do meu pai, que parecia estar esta r gostando da conversa. No final, depois que o Sr. Shmulik traduziu as partes mais interessantes, meu pai anunciou que resolveu conferir o grau de Sexto Dan para Yaron. Naquela hora, vários elementos negativos dentro da Associação de Krav-Magá já estavam planejando como limitar a autonomia do meu pai dentro da organização e impedi-lo de outorgar faixas para seus discípulos 12. Temos cópias de centenas de reportagens e artigos em jornais publicados sobre Imi, Yaron e a escola BUKAN – revista s profissionais, diários, magazines para mulheres, fotos preto-brancas ou coloridas. E de todas as matérias recebemos a mesma imagem – durante muitos anos Yaron Yaron e a escola Yaron estava certo quando seguiu o caminho BUKAN estão sob o microscópio da imprensa. Portanto, Yaron de Imi – dize r a verdade e apenas a verdade, sabendo que somente ela levaria levaria nofinal ao sucesso. De outra forma, seríamos lembrados como engana dores e mentirosos. 13. Na verdade, a partir do momento de sua publicação, o livro tornou-se modelo de imitação para todos que praticam Krav-Magá, incluindo também aqueles que não seguem o caminho verdadeiro do Imi. De fato, qualquer comparação com os livros publicados posteriormente a este (e, mais tarde, o segundo livro que Yaron escreveu com Imi), comprovaria imediatamente a imitação. Ademais, o próprio livro l ivro represent re presentaa o Krav-Magá K rav-Magá original or iginal de Imi. Im i. O fato dele ter sido escolhido escol hido como o manual manu al oficial das forças armad as israelenses comprova que não existe nenhum “Krav-Magá militar”.
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pioneiros. Contudo, meu pai decidiu dar o novo grau para Yaron numa cerimônia oficial, com a participação de muitos de seus alunos na escola BUKAN em Rehovot, e incluiu também um diploma assinado e autenticado por ele, além de uma carta pessoal de nomeação, digitada pela leal secretária secretár ia do meu pai. Com isso, meu pai estava sinalizando os acontecimentos futuros, uma vez que aqui ele agia pública e deliberadamente contra a Associação de Krav-Magá (IKMA), mas sem que seus dirigentes tomassem conhecimentos de seus atos. Como já escrevi, podemos observar, observar, entender e julgar meu pai somente de acordo com suas ações. Parece provável que naquele momento ele já havia decidido que Yaron seria seu único sucessor profissional. As relações entre meu pai e Yaron eram bastante diferentes desde o primeiro primei ro momento em que os dois se conheceram, há muitos anos atrás. Por isso, devemos analisar a conexão entre os dois de forma diferenciada dos outros alunos. Animados com o inesperado inespera do e desproporcional sucesso sucesso do primeiro livro, os dois resolveram lançar um segundo livro, que completaria e finalizaria o primeiro e incluiria quase todos t odos os movimentos e técnicas existentes no Krav-Magá. K rav-Magá. Mas desta vez meu pai deixou deixou a Yaron Yaron uma certa cer ta liberdade para par a dissertar disserta r mais abrangentemente sobre os caminhos filosóficos e espirituais do Krav-Magá. Foi meu próprio pai que orientou Yaron para esse campo e no ano de 1994 foi lançando o segundo livro, de novo incluindo materiais inéditos e nunca antes vistos. Paralelamente a isso, os instrutores da BUKAN seguiam as ordens de seu professor e encarregavam-se da missão de levar o Krav-Magá para todos os cantos do planeta. O Sr. Boaz Hagai, o primeiro aluno de Yaron a receber a Faixa Preta, tornou-se o pioneiro do Krav-Magá no Japão, trazendo a arte art e marcial israelense para a terra do sol nascente, no ano de 1989. Outros graduados da BUKAN introduziram o Krav-Magá em diversos países, como Romênia, Holanda, Austrália, Canadá etc., antecipando todos os outros. Também no ano de 1989, 1989, a escola e scola organizou e executou, pela primeira primeir a vez na história do Krav-Magá, um especial campo de treinamento treina mento na cidade de Amsterdã, na Holanda, com a participação de dezenas de alunos e instrutores. instr utores. E novamente iniciou-se o desfile de colegas, instrutores e professores de Krav-Magá da IKMA, que queriam aprender e absorver o “Know-How” da escola. Vez após vez, numa tradição que se estende até os dias atuais, at uais, a BUKAN confirma ser um modelo de imitação para todos, não somente na área do Krav-Magá, mas para todo o universo das artes marciais. Sensei Rotem chefia e encabeça a BUKAN de forma altamente eficaz, apesar do tamanho da instituição, e sem que esta funcione como se fosse alguma associação ou federação, exatamente como meu pai sempre quis – apenas uma escola. Sensei Rotem determinou a regra: “ BUKAN é adequado a todos aqueles que conseguem trabalhar juntos, cooperar com honestidade e integridade, respeitando Imi e seu caminho”. Este é a chave do poder da escola. No ano de 1990 1990,, a Escola BUKAN, o Ministério da Educação e vários prefeitos juntaram-se juntaram- se para para dar vida a um projeto único. A cidade pioneira, pioneira, a primeir primeiraa a implementar o projeto foi a prefeitura de Hulun, localizada no centro de Israel. Com o lançamento de um projeto chamado “Hulun 2000”, o Krav-Magá tornouse uma matéria obrigatória em todas as escolas públicas de ensino médio naquela 302
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cidade. Pouco tempo depois as dimensões do projeto cresceram e alcançaram quase todas as regiões do país. Foi a primeira vez que um plano deste porte foi colocado a prática em Israel, ou em qualquer outro lugar no mundo. A cada ano o projeto atraiu mais e mais cidades e colégios, tornando a escola BUKAN a maior do gênero em Israel e uma das maiores no mundo. Um dos grandes segredos do sucesso da escola era um sistema matemático e numérico genial, criado pela “administradora financeira” da escola. De acordo com este sistema, os instrutores receberam salário integral alto e os alunos e as prefeituras nada pagaram pelas aulas. A defesa pessoal como o principal componente do Krav-Magá recebeu um impulso adicional quando, em 1987, foram publicados vários artigos em revistas femininas de Israel, com fotos e entrevistas sobre Yaron e o grupo de alunas e instrutoras da escola BUKAN, tendo como tema principal a defesa pessoal para mulheres – em casa, no trabalho tr abalho e na rua. O motivo dessas reportagens report agens era o aumento dos casos de violência contra mulheres em Israel. E mais ma is uma vez, a imprensa abriu as portas para o misterioso e místico mundo do Krav-Magá e da defesa pessoal. Em seguida, criou-se um projeto único da BUKAN e de várias prefeituras em Israel. Mulheres que sofriam de violência domiciliar vieram treinar e aprender defesa pessoal gratuitamente gratu itamente na escola, enquanto os maridos também passaram por cursos especiais na escola, no intuito de aumentar a sua autoestima, liberar suas tensões e diminuir o nível de agressão. Este projeto era inédito no mundo inteiro. Paralelamente a isso, Yaron aceitou uma oferta para participar de um experimento médico e trabalhar com um grupo de crianças autistas durante três anos. Frente ao inacreditável êxito do projeto, novas idéias e um novo método de tratamento de crianças autistas surgiram, e estes estão em uso até hoje. Mais adiante, a escola BUKAN também organizou aulas de defesa pessoal para os alunos da escola “Maya Rosenberg”, fundada e financiada pela organização voluntária feminina “Vitzo – Brasil”. No ano de 197 1971, 1, no final do primeiro e único curso para formação de instrutores de Krav-Magá que meu pai ministrava pessoalmente, ele falou para seus alunos e num momento raro abriu seu coração e lhes l hes contou sobre seus pensamentos, sua visão em relação ao futuro do Krav-Magá e sobre a sua expansão. Primeiro, explicou ele, precisaremos trabalhar duro e muito, treinar e qualificar o maior número possível de alunos para que no futuro eles se tornem instrutores, e desta forma o Krav-Magá chegará a cada lugar no planeta. Em segundo lugar, afirmou meu pai, os instr utores devem ser israelenses falantes de Hebraico 14*. A idéia era de 14 14.. Imi sabia muito bem o que estava escondido por trás da idéia de que somente israelenses ensinarão Krav-Magá fora de Israel, e apenas em Hebraico. Primeiramente, o processo de aprendizagem em Hebraico obrigará todos a ensinar aqueles exercícios, dando assim ao idioma hebraico o controle sobre os instrutores, principalmente sobre os não-israelenses. Segundo, ao fazer isso, Imi estava colocando os pilares para a BUKAN, sabendo que ali seguirão seu pedido de ensinar somente no Hebraico a qualquer custo. Assim ele criou uma dependência inicial, na esperança de que esta se tornasse com o tempo uma base sólida, que obrigasse todos os praticantes de Krav-Magá fora de Israel a receberem uma instrução de Israel, pavimentando de novo o caminho para a BUKAN. Mas Imi não conseguiu prever o futuro e a criação de todas aquelas organizações que fazem de tudo para cobrir e esconder seu caminho, sua vontade e seus pedidos como o criador da ar te.
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que assim, no dia que o Krav-Magá K rav-Magá chegasse chegasse ao exterior (e meu pai nunca duvidou que este dia virá), todos continuarão aprendendo os exercícios e movimentos do Krav-Magá somente no seu idioma original - o Hebraico. Durante seu discurso, meu pai tirou do seu bolso o primeiro manual composto por ele e que continha todos os nomes de todas as técnicas do Krav-Magá no Hebraico, organizadas por faixas. “ Agora Agora”, falou meu pai, “todos podem saber os nomes hebraicos ”. Apenas quem entendesse a dificuldade que meu pai enfrentou para lançar aquele manual, uma vez que estava longe de dominar o Hebraico, compreenderia a dedicação, o investimento mental e a vontade de meu pai de ensinar o Krav-Magá K rav-Magá no Hebraico. Hebraico. A grande expansão fora de Israel aconteceria apenas apena s uma década depois, de pois, mas em sua mente meu pai já havia formado o “ produto acabado”. Infelizmente, hoje em dia os únicos ú nicos que seguem a vontade de meu pai são os instrutores da escola BUKAN, que atuam no mundo inteiro e propagam o caminho completo dele, não só com movimentos das mãos e das pernas. O “The Book of Krav-Maga – The Bible”, Bible”, que foi escrito em consequência do último pedido ped ido de meu pai ao Yaron, contém, pela primeir primeiraa vez vez na história das artes marciais, um dicionário fonético especial que se adapta a vários idiomas simultaneamente. Desta forma, quando o leitor pronuncia o nome do movimento escrito, ele está de fato pronunciando o nome do exercício em Hebraico. Hebraico. Sem dúvida, este dicionário fonético será copiado por muitos no mundo mundo das artes art es marciais. Os dois autores autores trabalharam trabalhar am durante cinco anos até completar o dicionário. Aqueles foram foram os primeiros pri meiros passos do Krav-Magá, passos que, com o passar pa ssar do tempo, tornariam uma corrida de longa, longa distância. Facilmente poderíamos escrever um livro inteiro apenas sobre os feitos da BUKAN - escola de Krav-Magá, localizada na cidade cid ade de Rehovot Rehovot em Israel, sobre as “aventura “aventuras” s” de seus dirigentes e de seus leais instrutores, que ajudaram a colocar o Krav-Magá no topo da pirâmide. No entanto, e ntanto, acreditamos que o material aqui exposto é o suficiente para entender a enorme contribuição da escola para o Estado de Israel, para o Krav-Magá e para meu pai. Neste ponto, não podemos deixar de trazer traze r uma lista parcial pa rcial de alguns dos sucessos e conquistas da escola BUKAN e de seus diretores d iretores – Yaron e Rotem. Yaron, seguindo as a s instruções instr uções de seu professor, professor, incluiu a técnica da d a água no 15* Krav-Magá. Ela aparece pela primeira vez no livro “Krav-Magá – A Potência, págin a 218 218) e também na “Bíblia” do Krav-Magá. Yaron o Mistério, A Verdade”, ( página 15 15.. A técnica da água, como ela aparece na quele livro, é copiada e imitada at ualmente por praticantes de todas as artes marciais. Muitos utilizam a técnica sem possuir noções reais de como e quando ela deve ser aplicada, e tampouco conhecem a forma como este método contribui para o avanço e aprimoramento do praticante. Quase todos usam a técnica em exercícios de força, errando completamente a sua origem e finalidade. Exercícios Exercícios de força na águ a são uma coisa, e a aprendizagem de uma arte marcial através da técnica da água é uma outra coisa, completamente diferente. E é justame nte este e ste o problema – muitos, muit os, hoje em dia, d ia, nem sequer se quer sabem por que utiliz am a técnica técnic a da água em seus treinamentos marciais, entretanto não faz par te dos objetivos da nossa nossa pesquisa trazer tais exemplos.
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desenvolveu o sistema de instrutores que está presente em qualquer organização de Krav-Magá no mundo, embora com significativas mutações do que foi criado na BUKAN, uma vez que hoje a palavra mágica é “marketing” e não o correto ensino da arte. Somente a BUKAN chegou a possuir mais de cinquenta instrutores em Israel, trabalhando em mais de sessenta escolas afiliadas. Yaron publicou, junto com meu pai, o primeiro livro 16* do Krav-Magá e nele incluíram exercícios e técnicas que até então estavam guardados exclusivamente para uso do Serviço Secreto Israelense, como, por exemplo, situações de ataque e defesa dentro de um carro, trens, aviões etc., defesas contra roubo de bolsa, uso de guarda-chuva em defesa pessoal, uso de armas escondidas, técnicas policiais de entrada... Yaron é também o único que ensina todas as técnicas de chutes no Krav-Magá e a técnica de controle do pé. O mesmo se aplica em relação aos golpes com a mão e com o braço, além de técnicas especiais de trabalho com bastãoe também com bastão pequeno. Yaron foi um dos únicos dois (o outro sendo Eli Avikzar ) que recebeu a sua academia do próprio fundador da arte. Yaron guarda até hoje as cartas que recebia do meu pai cada vez que ia sendo promovido de grau. Somente ele aprendeu do meu pai a técnica das linhas de energia, que parte par te dela aparece na Bíblia do Krav-Magá, K rav-Magá, publicada em 2007, 2007, um ato inédito na história da arte. Ninguém no mundo do Krav-Magá atualmente, além de Yaron, conhece as técnicas de equilíbrio e controle físico e mental. E claro, existe o treino lendário que durou cinco horas e foi ministrado pelo Yaron no ano de 1988, como parte do exame para faixa preta. Durante o treino, que aconteceu nos laranjais da cidade de Rehovot e sob o intenso calor do verão israelense, todos os participantes estavam descalços, utilizavam caneleiras pesadas 17* e vestiam o tradicional JudôGi. O treino incluía quatro e meio km e cinco mil chutes. Ao todo, a escola BUKAN já examinou examinou e qualificou até hoje mais de cinquenta faixa preta em Israel, com o dobro disso no resto do mundo. Hoje em dia Yaron Yaron aceita para pa ra suas aulas aula s apenas pessoas que ele pessoalmente escolhe, pessoas que ele julga que merecem aprender o caminho de Imi, com o objetivo de preservar este caminho, o Krav-Magá e impedir futuros charlatões. Outro fato importante e interessante: atualmente Yaron é o mais graduado e o único aluno do meu pai que ainda ensina a arte. Quando um indivíduo entra no mundo das artes marciais, ele pratica e aprende uma arte que passou de professor para aluno durante du rante dezenas de gerações. geraçõe s. Neste caso, o indivíduo se educa e treina com um aluno direto do fundador da arte. Vemos aqui a história sendo feita. 16. Novamente vemos aqui exemplo da “dupla ação” do Imi. Também com Yaron, ele escreveu dois livros. Seria interessante ver se Yaron também foi “contagiado” por esse padrão de comportamento. 17 17.. A escola esc ola BUKAN foi a primeira em Israel a começar a ensinar técnicas de chutes usando caneleiras. Já que naqueles dias não foi possível encontrar caneleiras nas lojas em Israel, Yaron mandou costurálas manualmente. O método desenvolvido desenvolvido na BUKAN é considerado único até hoje (veja foto no livro “Krav-Magá – A Potência, O Mistério, A verdade”, página 176). Naquela época, ép oca, Yaron começou começo u também també m a costurar cost urar um u m tipo de almofada a lmofada g rossa, que foi usada u sada para pa ra a prática de golpes, chutes, diversas d iversas técnicas té cnicas de ataque etc. e tc.
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Desfecho: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 11. 12. 13 13.. 14 14.. 15. 16.
Yaron iniciou seus treinamentos trein amentos no Krav-Magá no dia 21.8.1 21.8.1967 967.. No ano de 1971 1971,, no final do primeiro curso para formação de instrutores de K rav-Magá, rav-Magá, recebeu a faixa azul. No mês de Setembro de 1971 ingressou ingre ssou no serviço serv iço milita r. Serviu numa das mais respeitadas respeitadas unidades de elite elite do exército israelense, sob o comando do General Ariel Sharon. No ano de 1973 participou part icipou na Guerra Guer ra de Yom-Kipur, om-Kipu r, onde foi foi ferido ferido em todo seu corpo e passou vários meses como prisioneiro de guerra no Egito. Por seus atos de bravura como guerreiro do exército exército israelense israelense e por ser um prisioneiro prisioneiro de guerra, recebeu u ma condecoração especial do governo israelense, israelense, do ministério da defesa e do presidente do d o Estado. No ano de 11974, 974, depois de uma série de cirurgias ciru rgias e alguns algun s meses de recuperação, recupe ração, voltou a ativamente praticar e ensinar Krav-Magá. No ano de 197 19777 recebeu das mãos de Imi o grau de faixa preta e também ganhou a própria faixa preta pessoal p essoal de Im i. Ele a usa até hoje. No dia 19. 19.1. 1.1978 1978 fundou, fund ou, junto com Imi, a primeira e única escola de Krav-Magá – “BUKAN”. Seu filho, Rotem, seguiu o caminho do pai e serviu também numa unidade de elite do exército israelense – “Sayeret Orev”. No ano de 1994 Imi depositou nas mãos de Yaron Yaron um diploma de faixa preta destinado destin ado a Rotem. Rotem. O diploma foi outorgado a Rotem no ano de 1998. Atualmente, Rotem é professor professor de Krav-Magá, Krav-Magá, portador do grau de Faixa Faixa Preta Quarto Dan e do título de “Sensei”. Imi começou a atrair Rotem Rotem para o Krav-Magá Krav-Magá já aos dois dois anos de idade, idade, e até encomendou encomendou para ele um JudoGi feito por medida. Aos quatro anos de idade, Rotem ganhou um convite pessoal pessoal de Imi para participar nos treinos, como mostram e comprovam as fotos. Participou Part icipou integralmente integral mente na elaboração elaboraç ão do “The Book of of Krav-Maga – The Bible”. Hoje em dia ele preside a BUKAN internacional.
No início do a rtigo explicamos expl icamos que Yaron e BUKAN servem como o ponto de equilíbrio da pesquisa toda e aqui aq ui precisamo p recisamoss acrescent ac rescentar ar mais m ais a respeito desta afirmação. Quando conversamos e entrevistamos diferentes indivíduos da área do Krav-Magá apresentando perguntas profissionais relacionadas à BUKAN, quase sempre recebemos a mesma resposta. É claro que neste ramo é dif ícil achar alguém que elogie e não critique o “concorrente”, e com a BUKAN não foi diferente. Todos diziam conhecer Yaron e conhecer a BUKAN. Mas Yaron, a firmaram a maioria, “ faz parte da “velha guarda” guard a”,, da “antiga escola”, escola”, ou seja, ele segue o caminho de Imi como se sua vida dependesse disso. Ele não aceita a ceita juntar-se junta r-se a nenhuma n enhuma organização e se recusou também a criar tal ta l organização organiza ção para si mesmo. Ele não sabe e não ensina todas tod as as “renovações” “renovaçõ es” e “atualizações” que nós introduzimos. introd uzimos. E o pior de tudo, ele ai nda insiste em usar usa r o JudoGi branco branc o com a faixa preta, preta , ensinando ensinand o o caminho antigo, original de Imi. Ele não renova nada na arte”. Se precisávamos de uma prova a respeito do ponto de equilíbrio, a recebemos por completo.
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Um guerreiro, praticante de Krav-Magá, deveria ter punhos de aço capazes de despedaça r paredes parede s e rochas. A potência de seus chutes é igual a de um cavalo selvagem que cavalga com ferraduras de ferro. Mas ao mesmo tempo, seus movimentos são suaves. Colocamos este artigo no final da pesquisa com o objetivo objetivo de dar ao leitor a oportunidade de conhecer e entender a cr iação de Imi e somente depois expor um pouco da personagem em si.
Antes mesmo de formar a ideia final sobre a elaboração da pesquisa ou até antes de ter decidido se a realizaríamos ou não, resolvemos uma coisa: o nosso trabalho seria ser ia feito sobre a história do Krav-Magá apenas do ponto de vista histórico, ou seja, não nos deixaríamos “cair na armadilha” ar madilha” e escrever sobre Imi pessoalmente. Os motivos para esta decisão eram vários, cada um com sua própria razão. Primeiramente, Primeir amente, todos já conhecem de cor a história de Imi, do dia de seu nascimento até seu falecimento em idade avançada. Julgamos que qualquer acréscimo poderia não ser adequado e prejudicar a seriedade dos artigos aqui publicados. No entanto, quando terminamos term inamos de escrever e organizar todo o material para o livro, e tudo já estava impresso e arrumado arr umado em três pilhas separadas de papeis brancos, com espaço em dobro entre as linhas, linha s, para facilitar a missão do editor. Prontas para ser enviadas à editora, onde as centenas de páginas serão rearranjadas, cortadas e editadas até que tudo virasse uma unidade sólida, pronta para ser orgulhosamente exibida ao público. Só que nós ficamos durante dias olhando para as folhas surdas su rdas – mudas, completamente desconectadas da realidade ao seu redor, apáticas ao mundo, mas simultaneamente fazendo parte inseparável de nossa vida. Antes de ter percebido, emoções fortes e profundas tomaram conta de nosso raciocínio e nós sentimos que algo estava faltando na pesquisa. Quando começamos o trabalho de pesquisa, adotamos uma perspectiva meramente profissional, isto é, era para ser apenas mais um livro pro fissional, elaborado por pesquisadores profissionais, nada mais. Entretanto, fomos inevitavelmente afetados pelo material que descobrimos, analisamos e lemos e assim, depois de dias de autoreflexão e longa procura nas profundezas de nossas almas entendemos que não seríamos capazes de entregar o nosso trabalho ao editor sem incluir algumas linhas sobre esse gigante homem que é, apesar de forma indireta, 1. A palavra “Imi”, no Hebraico, pode significar também “minha mãe”. Muitos que não conhecem o nome interpretam erroneamente quando o lêem pela primeira vez, achando que estão lendo a expressão “minha mãe” e não entendem que se trata de um apelido. Porém, apesar de ser uma mera coincidência, talvez seja a melhor forma de descrever o caráter de I mi, que pensou, agiu e ensinou aos outros como se fosse uma figura materna com coração enorme, só que do sexo masculino. Mais do que tudo, seria este o melhor modo de lembrá-lo. No funeral dele, onde estavam presentes centenas Para nós você era ambos – pai e mãe”. Interessante ver de seus colegas e alunos, Eli Avikzar disse: “ Para também a dedicação no livro “The Book of Krav-Magá – The Bible” – Yaron Yaron primeiramente agradece a Deus que o fez conhecer Imi, e em seguida escreve sobre a relação entre eles: “ Amigo, Amigo, colega, ”, e ainda acrescenta: “Obrigado por ser meu pai e minha mãe”. irmão e pessoa para amar e admirar ”, Qualquer palavra a mais apenas reduziria o impacto das emoções que sentem todos que conheciam essa pessoa maravilhosa.
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o motivo da existência desta pesquisa. Ele é o homem por trás da criação do KravMagá, e mesmo que escrever sobre ele aparecesse algo populista, populista , não faz mal, nosso dever com ele é mil vezes maior do que a nossa obrigação com qualquer outra outr a pessoa ligada ao livro. Ademais, dividimos o material da pesquisa, que ficou acumulado em nossa mesa para duas partes – uma destinada à pesquisa e a outra, menor, continha as coisas que julgamos ser menos relevantes relevantes à pesquisa e, entre elas, também as páginas página s separadas a respeito de Imi. O conteúdo daquelas folhas indicava que estaríamos elaborando um artigo bastante diferente de tudo que já foi escrito sobre o fundador da arte. Os nossos “antecessores” focaram-se no lugar de seu nascimento, onde cresceu etc.. Porém, toda essa informação, apesar de sua veracidade, foi publicada com um objetivo: ajudar a “vender” melhor o Krav-Magá e a pessoa que o criou. Portanto, era de nossa obrigação não apenas escrever a história do Krav-Magá, mas também acrescentar um artigo que esclarecesse e explicasse as dificuldades, os sofrimentos e as infelicidades pelas quais Imi passou para conseguir criar e depois preservar a sua ar te marcial. Sem dúvida que vivem em nosso mundo pessoas boas, de coração puro. Contrariamente, há sempre os mais maldosos, aqueles que concentram seus pensamentos distorcidos em fazer mal aos outros. Esses indivíduos costumam usar trajes pretos, uma vez que estas roupas lhes dão uma sensação de destaque na sociedade e, consequentemente, causam um efeito maior de bem-estar. A cor preta expressa externamente a sua alma interna. Em contradição, os que vestem branco eternamente simbolizam a pureza e limpeza da alma e do corpo. Desta forma, os de roupas pretas procuram constantemente os elementos puros e luminosos para contaminá-los com a escuridão de sua alma. Eles causam enormes estragos e é extremamente difícil defender contra seu ataque, já que eles jamais expõem suas verdadeiras finalidades e desviam o centro das intenções para longe deles, impedindo que alguém os suspeite. Sempre deixam uma impressão boa e positiva, até que fique tarde demais para perceber suas sua s reais ações e objetivos. objetivos. Eles criam teias de mentiras e intrigas que sugariam os mais ingênuos e os deixariam indefesos frente aqueles discursos enganadores. É raro achar algo que cure aqueles que vestem o preto e somente os mais valentes encontrariam a passagem para aquela fonte exposta e escondida ao mesmo tempo, que os próprios homens de preto fazem de tudo para ocultar de seus seguidores. A ignorância é o método usado por eles para controlar seus homens e sua única razão de vida é encontrar formas para prejudicar os outros e satisfazer sua ganância por dinheiro e dominação. Durante longos e intensos anos Imi lutou contra as forças do mal, segurando em suas mãos a espada da luz e da pureza, purez a, como se fosse a divina “Coluna de Fogo” que guiava o caminho camin ho dos hebreus quando saíram do Egito (Êxodo, 13:22), dia e noite. Sentindo-se um cego, ele tentava entender o que estava acontecendo na sua frente, numa língua que não dominava. Ele era forte como um leão indomável e gigante como uma montanha, mas também tão vulnerável. O obstáculo do idioma ficou por vezes invencível. O medo da possibilidade de cometer um erro que prejudicasse 308
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a arte marcial que ele criou com tanto carinho, dedicação e fé no seu povo e país, era seu constante companheiro. Será que ele conseguiria prevalecer sobre as forças escuras??? Os grandes artistas – pintores, músicos, escultores etc., que criaram obras até hoje consideradas consideradas emocionantes e inspiradoras, inspira doras, sempre se agoniaram e sofreram por diversas razões, seja durante o processo de criação, seja em suas vidas pessoais, e neste aspecto Imi não era diferente. Lenta e gradualmente, ao lermos o material acolhido sobre Imi, compreendemos que trata-se aqui de um homem santo. Talvez não no sentido puramente divino da palavra, mas por sua paciência, tolerância, amor, virtude, boa vontade e bondade, do mesmo modo que Moisés ficou ao lado de seu povo, seguindo sentimentos inexplicáveis de profunda dedicação dedicaçã o e amor. Imi sempre estava disponível a todos com o conselho certo, apoio espiritual e quando fosse necessário, também com ajuda financeira. Cada entrevistado para a pesquisa certificou-se de que em primeiro primei ro lugar escrevêssemos sobre a generosidade de Imi e seu bel-prazer em auxiliar e socorrer. O nome “Imi”, para seus conhecidos, era um sinônimo de ajuda. De todos os discípulos pioneiros ouvimos histórias de que Imi estava ciente do fato de que alguns deles vieram de lares pobres, onde nem sempre tinha comida na mesa. Imi os alimentou, pelo menos nos dias que chegaram para treinar. De Jamil, que costurou costu rou os kimonos de Krav-Magá, Imi encomendou dezenas de uniformes que ele mesmo financiou, uma vez que seus alunos não possuíam os meios para pagá-los. E esses são somente poucos exemplos. Em seu modo especial de pensar, Imi se viu como o responsável, o patrono de todos os israelenses. Esta era a sua missão na vida e esta é também a fonte de sua santificação. E se não fosse por pessoas como ele, o Estado de Israel não existiria hoje. Há uma comparação inevitável que, apesar das tentativas de alterar o nosso próprio ponto de vista, vist a, não n ão podíamos podía mos ignorar a conexão entre a história hist ória bíblica de Moisés e tudo que aconteceu com Imi. Cada um que lesse as histórias sobre Imi e a sua história pessoal, como aparecem em quase qualquer site de Krav-Magá, faria imediatamente imediata mente a mesma comparação. O modo como Imi golpeou o soldado soldado britânico britân ico que insultou os judeus é quase qua se idêntico à forma que Moisés bateu no guarda gu arda egípcio, E viu que um egípcio feria a um hebreu, que também estava maltratando maltrata ndo um hebreu: “ E homem de seus irmãos......E olhou a um e a outro lado e, vendo que não havia ninguém ali, matou ao egípcio...” (Êxodos, 2:11). E nós, apenas para esclarecer, e sclarecer, somos completamente ateus. Parece que o código genético fez seu efeito. Imi aceitou a sua missão divina de criar e construir uma arte marcial nova para que esta sirva a um povo que ganhou gan hou vida nova. Da mesma forma, Moisés recebeu a responsabilidade de liderar seu povo em direção a uma vida nova, depois de quatrocentos anos de escravidão sob o domínio do império egípcio. Até seu último dia Imi jamais deixou de acreditar que contribuiu com algo de valor para seu povo ao criar o Krav-Magá. Não sabemos de maneira precisa como funciona uma ordem de Deus. Será que é dada por escrito, escr ito, ou ela aparece no sonho, ou será que é uma sensação inexplicável que leva o escolhido a agir de certa forma, sem mesmo ele estar consciente de que uma mão divina esteja dirigindo di rigindo seus atos e passos? Um Um indivíduo pode passar a vida 309
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inteira sentindo que algo está conduzindo suas ações, mas sem conseguir apontar o lugar ou o ponto exato que o empurra para frente. Alguns chamam isso de intuição, outros de força superior, metafísica, supranatural ou mística. Seja qual for o nome, ainda resta descobrir a fonte dessa sensação de “Ter missão a cumprir ”. ”. Há pessoas que expressam essas emoções através da pintura, da literatura ou da escultura. No entanto, Imi usou para tal o Krav-Magá. Cada um pode escolher se acredita a credita de forma absoluta na “missão “m issão divina”, ou a nega totalmente. De qualquer maneira, o fenômeno persiste. Quando entrevistamos Yaron, ele comentou sobre suas emoções pessoais a respeito de Imi, que se alteram ocasionalmente entre amor sem limites à imensa irritação por causa da dificílima e ingrata missão a ele conferida por seu professor. Perguntamos, então, por que ele Alguma coisa de dentro de não se aposenta ? “ Eu não posso” respondeu Yaron, “ Alguma mim, que não consigo expressar com palavras, me obriga a prosseguir o tempo todo”. E eis o mandato mandat o divinal que move os indivíduos a agir sem que eles o desejem ou saibam o porquê. Interessante perceber como esses dois gigantes dividem a mesma missão santa, seja por bem ou por mal. Difícil não enxergar o caminho paralelo dos dois, também no aspecto pessoal. Imi lutou para trazer os imigrantes judeus a Israel e por causa disso foi atingido no seu rosto, que ficou constantemente marcado pela ferida. Já Yaron ingressou numa unidade de elite do exército israelense por compreender e acreditar que era seu dever contribuir com sua parte para a segurança de sua pátria. Ele participou par ticipou na Guerra de Yom-Kipur Yom-Kipur (1973) na qual foi atingido por dois tiros no seu rosto. Vimos fotos de antes e depois da ferida e dá para notar uma leve distorção no lado esquerdo de sua face. Porém, se não fosse pelos grandes avanços da medicina plástica, o resultado teria sido muito pior. Imi ficou lesado quando estava na cidade de Alexandria, no Egito. Um amigo dele, que não sabia nadar, caiu para a água e começou a afundar. Imi não pensou duas dua s vezes e pulou para salvá-lo. salvá-lo. Contudo, a água ág ua que entrou na n a orelha de Imi causou uma infecção in fecção complicada e Imi passou por um longo tratamento médico no Egito. Mas os médicos não conseguiram curar tudo e Imi ficou com parte do rosto permanentemente torcido e com problemas de audição no ouvido direito. Yaron também foi ferido no ouvido direito durante du rante a Guerra Guer ra de Yom-Kipur Yom-Kipur e perdeu quase completamente a audição naquele lado. A única diferença é que Yaron não pulou para a água, águ a, mas foi atingido por um morteiro mortei ro que caiu próximo ao seu local de esconderijo, antes de ser capturado. Yaron chegou ao Egito sofrendo ferimentos fer imentos de duas balas de AK-47 na sua cabeça e também em outros lugares de seu corpo. cor po. Ele também, durante sua “estada” no Egito, na prisão de Abasia, recebeu um tratamento t ratamento médico negligente que deixou marcas permanentes em seu rosto. Imi e Yaron também ensinaram nas mesmas agências de segurança nacional, em Israel. A lista de acontecimentos paralelos não acaba por aqui, porém não é esse o nosso objetivo. Imi autoqualificou e autohabilitou durante décadas, até chegar para o momento de criação da arte. Não seria esta uma comparação perfeita com os anos 310
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que Moisés passou vagando no deserto egípcio? Por irônico que seja, Imi também veio a Israel diretamente do Egito, onde serviu na Legião Tcheca e no Exército Britânico, e até seu último dia teve dificuldades para falar a língua santa – o Hebraico. Todos já escreveram e conhecem detalhadamente a história pessoal de Imi, mas será? ser á? Talvez Talvez agora esteja na hora de conhecer este gigante e imenso homem de um ponto de vista que ninguém jamais ousou tocar, primeiramente porque para muitos existe a necessidade de esconder 2* o máximo possível sobre o nascimento do Krav-Magá e a trajetória de Imi como seu criador, e segundo, simplesmente por que até hoje nenhuma pessoa foi capaz de concentrar uma quantidade tão grande de material sobre o fundador do Krav-Magá e escrever através de uma percepção independente e imparcial que possibilitasse passar para as futuras gerações os eventos e acontecimentos que influenciaram na construção e fundação da arte, e as tentativas de preservá-la. No início da pesquisa, quando qu ando o material m aterial começou a se acumular acumula r na nossa mesa, pensamos que não seria possível se esquivar de escrever um artigo que atacasse Imi diretamente, sendo ele o fundador da arte. Aparentemente, todos os documentos e provas que colecionamos apontaram Imi Im i como igual responsável pelo total caos que ocorre hoje em dia no universo do Krav-Magá. Mas, palmo a palmo, começamos a receber outro tipo de “matéria-prima”, que por sua vez explicou e esclareceu os motivos de Imi ao agir desta forma. Compreendemos que, na verdade, ele nunca possuía uma outra opção, caso ele realmente quisesse proteger e preservar a sua obra. Agora podemos a firmar que Imi não tinha nenhum controle sobre a situação e que ele não era capaz de impedir o andamento dos acontecimentos. Do mesmo modo que Moisés não podia evitar a criação do Bezerro de Fundição pelos Israelitas enquanto ele estava no monte Sinai batendo um papo com Deus. Mas há, no entanto, uma pequena diferença, embora talvez este também ta mbém não seja o exemplo mais adequado – Moisés quebrou as tábuas sagradas: “ Então peguei das duas tábuas, e as arrojei das minhas mãos, e as quebrei diante dos vossos olhos” (Deuteronômio Deutero nômio 9:17 9:17). Ele podia fazer isso, uma vez que as tábuas eram feitas de pedra, um material quebrável e destrutível. destr utível. Quando Imi percebeu o futuro futu ro de sua criação e queria “destruir tudo”, já estava tarde demais. O Krav-Magá não pode ser apagado, não pode sumir por simplesmente ser quebrado aos pedaços. Imi Im i precisava 2. A vida em Israel é altamente competitiva, a cima dos níveis normais e saudáveis, e essa exagerada competição está presente em todos os campos d a vida, dos negócios ao esporte – o israelense considera todos ao seu redor como se fossem seus rivais diretos. O costu me australiano de beber cerveja e fazer amizade é estra nho ao modo israelense de pensar e comportar. E mesmo assim, Imi foi capaz de criar laços amigáveis com seus maiores oponentes, que sempre chegavam chegavam para bater u m papo profissional ou apenas social, para trocar opiniões, aprender coisas novas. Não há uma personagem de peso no mundo das artes ar tes marciais em Israel, nos anos 1970-1994, 1970-1994, que não tenha ten ha vindo ao Imi. Somente nos últimos anos, quando sua força estava enfraquecendo, ele começou a se fechar e m sua casa. Em Israel, um mar de rivalidade profissional, Imi era uma ilha de consenso – todos concordavam com seus atos e falas e ninguém ti nha a ousadia de desrespeitá-lo. desrespeitá-lo. Talvez Talvez seja essa a sua maior conquista, que nenhum outro artista marcial em Israel conseguiu copiar até agora.
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reagir de uma outra forma, por que aqueles que Imi não desejava que soubessem a sua arte já a tinham aprendido, mesmo se não dele diretamente, mas de seus alunos mais graduados. Entretanto, vamos primeiro primei ro voltar voltar um pouco para trás, t rás, para o mês de Agosto de 1980. 1980. Era Sábado de manhã e no treino t reino semanal todos estavam est avam presentes, seguindo um pedido especial de Imi. Depois da aula, o grupo gr upo subiu para o apartamento de Imi que estava apenas dois prédios de de distância da sua academia academ ia (o Dojo ficava na Rua Shmuel Hanatziv 22, em Natanya, e o prédio onde Imi morava era número 28). O motivo da reunião era fazer uma assembleia a ssembleia urgente da associação com todos os seus membros. O assunto a ser discutido: promoção de grau para o diretor da associação. Evidentemente que todos os alunos se opuseram e esta era de fato a última assembleia da primeira e original associação de Imi. Quando todos começaram a sair e ir embora, Imi sinalizou para quatro alunos ficarem mais alguns minutos a fim de conversar com ele. Durante a conversa, Imi deixou bem claro para os quatro que ele entendia a Devemos preservar e manter importância crucial daquele momento, e disse a eles: “ Devemos o Krav-Magá. A associação não é tão importante, o Krav-Magá é a principal razão e finalidade”. Essas foram as palavras de Imi. Muitos alegam que depois daquela reunião ele adotou um comportamento um pouco diferente do normal. Sem dúvida que deste dest e ponto em diante Imi começou o processo de “Quebra das tábuas” do Krav-Magá. O plano aparentemente não era conclusivo e não seguia uma ordem pré-fixada e exigia um extenso e complexo planejamento de longo prazo e durante du rante muitos anos. a nos. Mas do seu jeito peculiar pecul iar ele conseguiu mesmo assim. A comparação entre Imi e Moisés é inevitável. Moisés tinha como seu braço direito Josué, enquanto Imi também desfrutou de uma ajuda silenciosa e oculta. Durante longos anos ele tentou encobrir o ajudante, aquele “braço-direito” clandestino, no qual confiou e sobre ele baseou todo seu plano de quebrar 3* o KravMagá daqueles construtores do bezerro dourado. E novamente a fatal comparação – os israelitas, de acordo com a história bíblica, traíram traír am Deus e Moisés quando 3. Artistas, grandes e pequenos, ao longo de toda a história humana sofriam de di ficuldades de criatividade e criação, e cada artista reage de forma diferente ao fenômeno. Alguns resolveram danificar suas obras, enquanto outros as esconderam dos olhos do público, pensando que não estavam acabadas e perfeitas o bastante. Até hoje são descobertas obras-primas que os melhores artistas não autografaram com sua própria assinatura, pelos mesmos motivos. As explicações do fenômeno estão todas expostas nos livros e artigos psicológicos, e não são do interesse direto de nossa pesquisa, tirando o fato de que também Imi perdeu por um per íodo de tempo a sua autoconfiança, a confiança que ele pudesse preservar e manter a completude de sua criação. Portanto, fez o mesmo que o profeta Moisés e quebrou “As tábuas de Pedra” (Êxodo, 34:1), isto é, o Krav-Magá. Só depois começou a elaborar um plano para salvar a sua criação. O capítulo / ar tigo atual encerra a pesquisa e por isso vemos como nossa obrigação lembrar ao leitor mais uma vez que este livro não é nad a simples. Enquadramos um no outro os artigos da pesquisa que contém detalhes mínimos sobre a cr iação da ar te e porque Imi decidiu incluí-los dentro de sua obra. Somente um acompanhamento de perto de toda s as informações daria ao leitor a possibilidade possibilidade de ter uma compreensão total da forma e da ordem dos acontecimentos. Isto é, todos os ar tigos devem ser lidos como se fossem fossem uma unidade un idade só, e não ser analisados separadamente.
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ergueram a estátua proibida, uma vez que para os judeus este ato é considerado prática pagã. E é a mesma traição que vemos com os diretores de todas aquelas organizações, que negam o próprio Imi e inventam uma u ma nova história para ele e para a arte marcial que fundou, usando seu nome para coisas que não ele criou, como já vimos: Krav-Magá “militar”, Krav-Magá “civil” etc.. É um perfeito paralelismo com o paganismo bíblico e o fato de que depois de ter quebrado as tábuas na primeira vez, Moisés sobe de novo à montanha e recebe de Deus pela segunda vez as novas tábuas. O mesmo padrão se repete no caso de Imi. Não demorou demorou muito para que todos notassem a mudança no comportamento comportame nto de Imi. Para algumas pessoas isso não era signi ficante, mas houve outros que gostaram muito da transformação, uma vez que essa combinava perfeitamente com seus planos e objetivos, como os Vilões em histórias infantis que esfregam suas mãos umas nas outras com prazer e depois liberam uma risada forte quando suas ações dão certo. A cada dia que passou, Imi e Eli ficaram mais afastados afasta dos um do outro e sinais claros de ruptura total tot al entre os dois apareceram. Eli não veio mais às aulas e Imi por sua vez não convidou os alunos para realizar realiza r os treinos semanais de Sábado, primeiro por não ter aonde fazê-los, e segundo porque Eli não estava mais disponível para par a ensinar no lugar de Imi... Houve tentativas de treinar na BUKAN em Rehovot, mas a distância era grande demais para a maioria dos alunos e era difícil chegar lá. Todos, equivocadamente, entenderam que os treinos foram cancelados por causa de Eli. Nesta altura, altura , Imi adotou abertamente aberta mente uma tendência favorável favorável a um dos alunos de Eli, que começou a convencer convencer Imi a aplicar várias vár ias alterações metódicas no Krav-Magá, usando para tal várias alegações e explicações surreais e sem nenhum fundamento profissional. Essas mudanças serviram somente aos interesses pessoais daquele indivíduo por causa da sua incapacidade de executar aqueles movimentos. Eli compreendeu que seu lugar ao lado de Imi não estava mais garantido e até informou-o, numa conversa particular entre os dois, que se Imi planejasse continuar com aquele aluno e as bobagens que ele fazia, então Eli iria retirar. Imi não deu a Eli uma reposta satisfatória e Eli, profundamente decepcionado, cortou e criou seu próprio caminho. Neste ponto faremos uma parada para dizer o seguinte: Eli Avikzar vikz ar foi um homem admirável e uma personagem positiva na história do Krav-Magá, mas nenhum ser humano é perfeito, e a verdade deve ser dita: Eli não era a pessoa certa para ser o sucessor de Imi e o velho professor sabia disso. Eli passou por uma infância extremamente difícil e a vida estava deixando suas marcas nele. Sua educação e jeito de agir eram pouco representativos. re presentativos. No Tatami Tatami ninguém o superava, mas fora de lá seu comportamento era barulhento, atrevido e inapropriado à maneira suave, leve e calma que Imi buscava. Eli ficava facilmente ofendido com qualquer comentário e muitas vezes reagiria com agressividade, verbal e física, mesmo quando não havia necessidade. Imi percebeu e entendeu isso e investiu esforços sobrenaturais para tentar converter as atitudes de Eli e a sua concepção de vida. Como um pai leal e dedicado, não 313
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existiu nada que Imi tivesse deixado de fazer para tentar ensinar a Eli uma outra forma de conduta. Mas Eli estava um pouco velho demais para ser mudado, embora, ao longo dos anos, ele tenha suavizado um pouco o seu comportamento, mas não em medida suficiente. Imi sofreu com a situação. Por vezes olharia para Eli como se estivesse o avisando a não reagir. Imi ficou frustrado e considerou como um fracasso pessoal a sua incapacidade de afetar Eli, apesar de a culpa não ser dele. Por muitos anos Imi viu Eli como seu sucessor profissional e apenas um pai que ame seu filho entenderia as dimensões da dor e da decepção de Imi. Imi elaborou um plano novo e de longo prazo. Por falta de opção, aproveitou e abusou daquele aluno de Eli – de um lado parecia estar cooperando com ele, mas paralelamente a isso colocou o seu plano em cena, sem o conhecimento de ninguém. Imi sabia do mau caráter e das segundas intenções daquele rapaz e ele já tinha previsto as possíveis futuras manobras dele. Ele era arrogante e pretensioso, como se quisesse dizer a todos: eu sei tudo melhor do que vocês. Adotava um estilo elegante de se expressar, mas usava palavras vazias de conteúdo. Não precisava ser um psicólogo para identificar essas características caracterí sticas – todos enxergaram e perceberam isso e para muitos o futuro ficou claro e evidente. Eles estavam procurando formas de afastar-se ao máximo daquele d aquele indivíduo, que, sem saber, tornou-se o bode expiatório de Imi, um peão descartável no plano geral. O mesmo aluno foi também o aparente catalisador para o desligamento de Yaron e gradualmente também dos outros alunos, e este foi o segundo motivo pelo qual julgamos que Imi agiu equivocada e inapropriadamente, inapropriad amente, isto é, referimo-nos ao modo como organizou e ministrou o Krav-Magá quando ainda estava vivo. Nesse ponto faremos faremos um curto cur to intervalo e veremos a real situação do KravMagá no momento de elaboração destas linhas, em Israel, a sua terra natal. Existe em Israel uma verdadeira indústria acerca do Krav-Magá. Alunos do mundo inteiro e pessoas que desejam se tornar alunos chegam para participar de vários cursos em Israel, nos quais eles aprendem Krav-Magá. Ou pelo menos é o que eles acreditam que estão instruindo-se. Os participantes daqueles cursos normalmente não falam Hebraico e, portanto, porta nto, são impedidos de perceber o verdadeiro espírito nas ruas ru as em Israel no que diz respeito ao Krav-Magá, e tampouco entendem as conversas realizadas atrás de suas costas. Os alunos estrangeiros geralmente escolhem o curso através de algum site virtual, virt ual, usando parâmetros parâmet ros como o valor do do mesmo ou outros critérios variados, ou às vezes seguem a “indicação” de seu instrutor, inst rutor, mas eles não elegem a atividade através de uma real compreensão do idioma hebraico. Nós duvidamos seriamente de até que grau as pessoas fora de Israel realmente compreendem as diferenças essenciais entre as diversas organizações organi zações de Krav-Mag Kr av-Magá, á, já que seus nomes são conhecidos por todos. Muitos se empenham à toa e tentam descobrir no meio do caos hoje presente no mundo do Krav-Magá, em Israel, quem é o verdadeiro representante do caminho cami nho original de Imi. No final, a maioria tende a creditar ou preferir uma versão sobre a outra por escolha pessoal, e não através de uma análise profissional fundamentada 314
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em dados e noções concretas. Cada um u m segue seus próprios e independentes motivos e interesses e escolhe um instrutor para educar-se, esperando ter feito a escolha certa. Entretanto, as provas conclusivas apontam numa outra direção, completamente oposta. Justamente a BUKAN, que tem sua estrutura física em Israel enquanto seu centro de atividades, foi transferido para outro país pelo Yaron, é o endereço correto. É o mesmo que ocorreu com o Judô e o Caratê no início de seu caminho – foi precisamente o fato deles terem saídos de Japão que os tornou tão populares. Em Israel existem atualmente dezenas se não centenas de organizações e associações de Krav-Magá, cada uma proclamando ser a única a ensinar o KravMagá original, ou a versão mais próxima disso, normalmente “melhorada” e “aprimorada” (na verdade, sobrou somente um professor do verdadeiro Krav-Magá em Israel, e ele ensina sua arte de forma discreta e até clandestina, seguindo a conduta de honra que l he foi passada pelo seu professor ). ). Em Israel, por causa de toda a desordem e confusão acerca do
Krav-Magá, ninguém mais confia nas palavras palavra s “Krav-Magá”, “Krav-Magá”, como já aconteceu em 4* diversos outros países no mundo inteiro , e este fato nos levou a acreditar que Imi agiu de modo incorreto e cometeu um grande gra nde e incorrigível erro e, portanto, port anto, ele seria culpado em tudo t udo que acontece no Krav-Magá, Kr av-Magá, não menos do que aqueles elementos que de fato modificaram a arte. Mas então percebemos que a realidade é diferente – antes de falecer falece r Imi não nã o deixou um detalhe detal he que não seja organizado, organi zado, verificado e colocado exatamente no lugar onde deveria estar. Como já tínhamos mencionado, Imi “herdou” uma parte da notória obsessão dos alemães pela ordem e perfeição. Podemos claramente afirmar que, se antes responsabilizamos Imi pela desordem e pelo caos presentes hoje no Krav-Magá, então agora estamos confirmando e ratificando essa alegação. Só que este foi seu objetivo desde o início, ou seja, tudo foi feito intencional e propositalmente. Imi queria erguer uma “Torre da Babilônia” na qual ninguém entenderia o que o outro Assim o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e está fazendo: “ Assim cessaram de edificar a cidade; Por isso se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o Senhor a língua de toda a terra, e dali os espalhou o Senhor sobre a face de toda a terra” (Gênesis, 11:8). Apenas com um estado tão obscuro que todos poderiam enxergar a verdadeira luz 5*. Uma rosa não se destaca e se diferencia 4. Temos em nossa posse uma ampla lista de professores e instrutores de Krav-Magá que foram qualificados pelas organizações mencionadas no artigo “Documentos & Testemunhos”, e uma vez que descobriram o que realmente está atrás daquelas organizações, pararam imediatamente de cooperar com elas, e hoje trabalham de forma independente, sem nenhuma organização. Muitos simplesmente simplesmente não conhecem as atividades da escola BUKAN e, portanto, simplesmente desligaram-se das diversas organizações em Israel. 5. Entrevistamos praticantes de Krav-Magá que treinavam no passado com aquelas organizações e depois passaram a treinar sob a supervisão da BUKAN. De todos ouvimos o mesmo comentário, Por que não sabíamos sab íamos que qu e existe um nível tão avançado a vançado de em parte favorável e em parte furioso: “ Por treinamento? Por que não disseram para nós que o Krav-Magá criado por Imi é tão perfeito? ” Foi esta a vontade de Imi – dar para as pe ssoas a oportunidade de escolher elas mesmas o melhor. melhor.
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quando está entre outras rosas, mas ao estar ao lado de espinhos, seria ela a mais notória. Foi justamente esta situação que Imi desejava e conseguiu criar. A mãe de Moisés, para salvá-lo da morte certa enquanto ainda era bebê, ou pelo menos me nos para lhe dar alguma chance de sobreviver, sobreviver, o colocou numa arca para que flutuasse nas águas ág uas do Rio Nilo: “...tomou ...tomou uma arca de d e juncos... e, pondo nela o menino, a pôs nos juncos à margem do rio ” (Exôdus, 2:3). Mais tarde, a mãe do Moisés se ofereceu para ser sua ama. Se examinássemos as ações de Imi veríamos que agiu de forma bem parecida. Aparentemente mandou Yaron para longe do centro dos acontecimentos, à cidade de Rehovot. A distância geográfica era o su ficiente para afastá-lo de toda a política e intrigas que ocorreram dentro da Associação de KravMagá Israelense (IKMA). Deste modo, impediu que a BUKAN fosse arrastada para aquele fervente caldeirão e gradativamente fortaleceu a sensação de que ele estava se distanciando da escola e também dos dez primeiros discípulos, e era isso que todos os urubus ao seu redor estavam esperando. Aqueles dez pioneiros apresentavam o maior obstáculo para os dirigentes da IKMA, uma vez que eles conheceram tudo mundo e sabiam de tudo que tinha acontecido. Enquanto os dez alunos fizessem parte do Krav-Magá, eles seriam um contrapeso às perversidades feitas contra Imi. Portanto, a primeira missão era aniquilar a sua recordação e memória. Imi, como um general genial, decidiu sacrificar alguns de seus soldados numa batalha, para vencer a guerra inteira. Imi usou uma técnica de “Divide & Conquer ” (Dividir e Conquistar ) – de um lado parecia estar desligado de qualquer atividade que não estivesse relacionada à IKMA, enquanto do outro lado realizou de vez em quando visitas “secretas” à BUKAN, em Rehovot. Uma das visitações mais lembradas pelos alunos da BUKAN ocorreu no inverno de 1988, durante um seminário realizado no Kibutz Shefaim, no norte do país. A ideia atrás do treinamento, realizado em temperaturas abaixo de zero no gelado inverno israelense, era treinar em condições extremas e por longos períodos, para que cada um pudesse testar seus limites, ver ver até que ponto ponto aguentaria. No seminário participaram part iciparam cento e dez alunos da BUKAN, todos portadores de faixa azul e o evento constituiu parte do exame para faixa marrom. O treino começou na sexta às cinco horas da tarde e às nove horas da noite todos sentaram para jantar, acompanhados de Imi, que foi trazido para lá junto com a sua secretária, sem o conhecimento de ninguém além dos presentes no evento. O Sr. Roberto Bahar foi quem levou Imi de Natanya para Shefaim e de volta, numa viagem relativamente curta. Imi e os alunos ficaram sentados e conversaram a madrugada toda sobre a trajetória do velho professor para criar o Krav-Magá e sobre como ele via o futuro e a parte da BUKAN em seus planos. A secretária secretár ia de Imi ficou exausta e foi levada para casa durante a noite. Quando o sol se ergueu no céu, e depois de passar a noite em claro, os alunos tomaram um leve café da manhã e foram colocar seus Kimonos. Em seguida, Imi ministrou uma aula de seis horas sobre técnicas de realização de lutas no Krav-Magá, embora ele mesmo participasse apenas na parte teórica, ou seja, Imi explicou os exercícios e os alunos aplicaram os movimentos. 316
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De todos os entrevistados para este artigo - alguns ainda praticam prat icam ativamente Krav-Magá e outros já se retiraram - recebemos a mesma resposta: Imi estava em seu auge e apesar de sua idade avançada parecia estar cheio de força e vitalidade ao ver o tamanho e a qualidade do grupo. Quando lhe disseram que subisse para seu quarto a fim de descansar um pouco, recusou-se determinadamente. Mais tarde ele disse à sua secretária que nunca acreditou ser possível organizar um treinamento deste gênero e de nível tão alto. Essa descrição repetiu-se com todas as pessoas que entrevistamos e que estavam presentes no seminário. Imi parecia estar literalmente brilhando de felicidade. O mesmo treinamento t reinamento aconteceu ac onteceu de novo no ano seguinte, segui nte, desta vez no verão de 1989, num pequeno vilarejo localizado nos arredores de Jerusalém e chamado de Neve-Ilan. Novamente Imi fez questão de estar presente, para passar a teoria e encorajar os praticantes. praticante s. ar ma secreta. Quanto Qua nto mais ele cultivava o caos em Natanya, BUKAN era a sua arma assim apoiava com mais vigor a sua arte dentro da BUKAN, em Rehovot. Imi sabia que a escola deveria ficar distanciada o máximo possível da desordem e das intrigas “natanyaenses”, caso contrário todo seu plano e suas esperanças seriam derrubadas (veja “Desfecho”). E eis a destruição por Imi do “Bezerro “Bezer ro de Fundição” do Krav-Magá. Enquanto hoje em dia as diversas organizações lutam umas com as outras, o círculo de alunos e academias da BUKAN cresce no mundo inteiro a cada dia que passa. Centenas e milhares milhare s de novos praticantes descobrem o verdadeiro e completo completo caminho dessa maravilhosa arte marcial criada por Imi. E das testemunhas de todos aqueles alunos destaca-se uma coisa em comum: qualquer um fica encantado e admirado ao perceber a perfeição na criação de Imi. Só podemos lamentar que esta arte marcial, de forma justa ou não, está prestes a sumir 6*. 6. Uma vez já existiam as artes marciais. Antigamente o principal era a representação, o significado e a expressão da ar te marcial – ter técnicas melhores e mais amplas de golpes e chutes, e não, como é de costume hoje em dia, quando todos ensinam um número miserável de movimentos inventando alegações profissionais desligadas da realidade das artes marciais. Outrora as artes marciais baseavam-se baseavam -se no uso do Kimono K imono branco bra nco e da faixa fa ixa preta pret a e no respeito conferido conferid o a ambos. No passado pa ssado o artista ma rcial viveu procurando novas formas de se aprimorar, enquanto no presente tudo parece estar indo para t rás em passos acelerados. As pessoas procuram aprender e saber o mínimo possível. Será que esse fenômeno é uma consequência de uma retração geral da humanidade, isto é, que a geração atual sofre de uma coordenação motora reduzida e por isso os indivíduos buscam todo tipo de substituto para a verdadeira arte? O mesmo está acontecendo com o K rav-Magá rav-Magá – todos estão mais interessados em fazer atalhos, e, no final, depois de anos de treinamentos, eles descobrem que ainda não encontraram a desejada autoconfiança, o motivo inicial pelo qual chegaram ao Krav-Magá e que de fato não avançaram em nada além do ponto de partida. Essas pessoas não conseguem en xergar a verdade na sua frente, por isso que o Krav-Magá está lentamente sumindo do mundo. Temos ao nosso dispor uma lista longa de professores e instrutores do mundo inteiro que ensinaram Krav-Magá até serem atingidos e ofendidos pela atitude demonstrada por aquelas organizações. Agora, todos esses instrutores e professores trabalham independentemente, sem a orientação de um verdadeiro mestre que possa ensiná-los e aprimorar suas capacidades e habilidades no K rav-Magá. rav-Magá. Mais do que tudo, é esse fenômeno que leva ao fim da arte, ar te, uma vez que todos usam o nome K rav-Magá; alguns alguns até agem de boa-fé, mas ainda não estão ensinando o caminho correto e completo. Esperamos que a nossa pesquisa ajude a salvar e promover pr omover o Krav-Magá como c omo arte art e marcial t ão única. únic a.
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A traição contra Imi não começou num dia e não terminou depois de dois dias. Atualmente, anos depois de seu falecimento, o processo não para - tanto a alteração profissional como o apagamento da história e a sua “remodulação”. A palavra traição é a mais adequada para descrever essa situação. situação. Estamos conscientes das conotações e significados ligados ao termo, mas não julgamos adequado utilizar uma palavra mais suave e delicada – a nosso ver, traição é exatamente o que os “alunos” de Imi estão fazendo. Pouco tempo depois do falecimento de Imi, os dirigentes da IKMA processaram o diretor d iretor da IKMF e também a esposa de Imi!!! (veja “Desfecho” no final do capítulo). Mesmo se aceitássemos a guerra interna entre as diversas organizações, não poderíamos, sob hipótese alguma, manter a mesma postura quando a viúva de Imi é obrigada a se envolver nessas intrigas. Isso para nós é uma traição. Durante décadas Imi se dedicou por completo aos seus alunos, e ele não está recebendo um tratamento igual 7*, que é o mínimo esperado das pessoas que, se não fosse por ele, não teriam hoje como se sustentar. Tampouco a vida pessoal de Imi era fácil. Por motivos desconhecidos Imi nunca teve seus próprios filhos. Quando casou, a sua esposa – Ilana, já estava cuidando de dois filhos e Imi os adotou e cuidou deles como se fossem seus filhos biológicos. biológicos. Por Por vezes vezes dava a impressão que Imi e sua esposa viviam vidas separadas, mas uma visita em sua casa mudaria essa opinião quase que imediatamente. Ambos viviam numa perfeita harmonia. ha rmonia. Ilana sempre caçoava de Imi e de seus alunos e ele, humoristicamente, respondia: “Vocês estão vendo, é isso que acontece depois que se casa...”. Mas sem dúvida alguma houve um grande amor entre os dois e a maior prova disso é o fato fato de que escolheram ser enterrados enterra dos um ao lado do outro para que eles pudessem passar a vida eterna juntos. Imi nunca demonstrou suas emoções de dor e sofrimento. Para as pessoas ao seu redor sempre transmitia a mesma postura que escondia tudo. Mas não se deve limitar a sua agonia apenas ao estreito e streito aspecto individual. Por isso considerava seus discípulos como seus filhos, e até chegou a se pronunciar desta forma várias Imi era como como um vezes na imprensa. Cada um dos dez alunos disse a mesma coisa: “ Imi verdadeiro pai para nós ”. Mas ninguém podia afirmar que percebia ou sabia porque Imi agiu desse modo. E quando qua ndo demos a explicação, ficaram chocados e tristes com a falta de percepção prévia. As únicas vezes que as emoções de Imi prevaleciam e apareciam aparecia m no seu rosto acontecia quando um dos alunos fazia alguma bobagem maior do que o normal, e não faltaram oportunidades. Sendo jovens que acreditavam ter o mundo inteiro na palma da mão, eles foram por vezes além dos limites do bom senso. Imi estava 7. Quando Quan do o Judoca Kawaishi chegou aos Esta dos Unidos e começou a desenvolver o sistema das da s faixas coloridas como é conhecido e utiliz ado até hoje, ele enviou primeiro uma carta a o seu professor, professor, o Sr. Jigoro Jigoro Kano, solicitando a sua perm issão para fazê-lo. Somente depois de ter recebido a autorização do velho professor, iniciou a divulgação do sistema das faixas. Mas os japoneses têm suas próprias leis de honra e conduta. As pessoas mencionadas no artigo possuem outras regras, mas i nfelizmente honra não está inclusa em nen huma delas.
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preocupado com a reputação deles e do Krav-Magá, e queria certificar-se de que nenhum ato inapropriado fosse relacionado ao Krav-Magá e, consequentemente, prejudicasse a todos. Porém, novamente vemos que por mais que Imi tentasse educar, ensinar e dar exemplo pessoal positivo, tudo foi em vão. A perseguição atrás da honra e do glória pode enlouquecer as pessoas. Imaginem a ira e a raiva que Imi sentiu quando ficou sabendo que aquele rapaz americano tinha registrado como marca as palavras “Krav-Magá” nos Estados Unidos, impedindo assim que outros pudessem ensinar, divulgar e usar usa r as palavras que ele criou com tanto ta nto amor e dedicação por seu povo e o mundo todo. Sua dor cresceu mais ainda quando descobriu que um outro indivíduo seguiu o caminho daquele americano e também registrou com exclusividade as palavras “Krav-Magá”, “Krav-Magá”, desta vez no Brasil. Durante semanas andou ida e volta volta sem objetivo, tentando controlar a fúria que sentiu. A ofensa, a insolência na ação dos dois era grande demais para ser contida. Imi ficou repetindo o tempo todo, falando para si mesmo, perguntando pergu ntando como as pessoas têm a “Hutzpá” de evitar que outros pratiquem a arte marcial que ele mesmo criou e ensinou para eles. Afinal, ele – Imi, é o único que teria o direito de fazê-lo, mas ele escolheu de forma livre permitir a qualquer um que desejasse, aprender o Krav-Magá. Imi enxergou isso com uma vergonha nacional, para os israelenses e os judeus de todos os cantos do mundo. Desta traição Imi jamais se recuperou. Percebemos isso no simples fato de que ele nunca conferiu nenhum grau ou diploma assinado por ele para nenhum dos dois – nem para o rapaz do Brasil e nem para o americano. Israel é um país que vive em guerra constante contra o terrorismo e muitos dos alunos de Imi serviram no exército israelense e parte deles também participou em combates. Alguns até pagaram com suas próprias vidas e outros se feriram. Por eles, Imi tentou fazer o máximo possível. Inúmeras vezes viajou para hospitais em todo o Estado de Israel, sempre carregado de presentes animadores. Quando os feridos soldados receberam alta e foram liberados para suas casas, diariamente Imi chegava a visitá-los, apesar da longa distância e de sua idade avançada. Seu amor e dedicação aos seus alunos era paternal, como se fossem seus verdadeiros filhos ou netos, de seu próprio sangue. Muitos deles devem a sua rápida recuperação à vasta compreensão de Imi do corpo humano. Ele ficava com eles longas horas, praticando e treinando movimentos e exercícios fisioterápicos que ele criou especificamente para tratar dos órgãos e músculos danificados. Ouvimos testemunhas de dois casos nos quais um tratamento especial de três meses, desenvolvido por Imi, evitou uma intervenção cirúrgica complicada e arriscada depois que os pacientes se recuperaram dos ferimentos de forma quase completa. Os médicos disseram que essas recuperações eram milagrosas, mas os alunos de Imi sabiam que não houve milagre algum aqui, somente a infinita dedicação de Imi e a disposição de seus alunos em obedecer 319
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cada palavra ou ordem originada de seu professor, apesar das intoleráveis dores. Imi não adotou uma atitude suave nos processos terapêuticos, porque entendeu que era necessário obter resultados rápidos. Portanto, impus um regime de treinamento semi-militar sobre ele mesmo e sobre seus alunos, com o objetivo de alcançar uma breve recuperação. Quando Yaron foi declarado desaparecido 8*, Imi quase perdeu o controle. Durante dias ele se isolou em sua casa, recusando-se a acreditar. Cada dia ele veio de táxi do seu apartame apa rtamento nto até a cidade de Rehovot, onde moraram os pais de Yaron, Yaron, para ouvir ouvi r notícias e novidades. Quando Yaron finalmente voltou, a primeira coisa que ele fez foi ligar para Imi. Im i. O pai de Yaron lhe disse: “Se você não o avisar, eu vou fazê-lo, porque receio que algo ruim r uim possa acontecer com ele”. É claro que Yaron telefonou, e Imi chegou na hora para abraçá-lo e cumprimentá-lo. De algum modo, nem sempre está claro e entendido ente ndido e é um pouco difícil dif ícil de ser explicado do ponto de vista propriamente dito da pesquisa, os dois são ligados por laços extraordinários. Durante décadas ambos carregam em seus ombros a responsabilidade de manter o Krav-Magá, parceiros do sucesso e do sofrimento e da constante guerra contra as forças do mal. Não houve casamento ou festa de nascimento de filho de algum de seus alunos que Imi não viesse acompanhado com o presente apropriado. Ele nunca economizou quando o assunto era presentes para seus alunos. Imi não era um homem rico, e tendo centenas de alunos, sem dúvida que o orçamento dos presentes pesou no seu bolso. bolso. Mas ele nunca nunca reclamou e jamais interrompeu esse costume. costu me. Hoje em dia pessoas no mundo inteiro fazem uso de sua imagem com o objetivo de promover a si mesmos, como se assim eles estivessem seguindo o caminho de Imi e ensinando sua arte marcial. Mas será? Como já vimos no artigo “Graduações no Krav-Magá”, Imi sempre subiu no Tatami vestindo o Kimono branco, enquanto enqua nto atualmente at ualmente os “outros” treinos são realizados reali zados com qualquer tipo t ipo 8. Sobre a queda do posto de “Mefatzearr Guimel”, onde lutava também Yaron, veja na Bibliografia o livro “The Yom-Kippur War – Moment of Truth”. Quanto ao Sr. Yaron, houve duas notícias que contraditaram uma a outra. De acordo com a primeira, ele foi gravemente ferido e, consequentemente, consequentemente, morreu, e segundo a outra, sua situação foi definida como “desconhecida”, ou “sem informações”, a mesma definição dada para todos os soldados daquele posto avançado. Quando o Egito passou para Israel a lista de prisioneiros israelenses em sua posse, o nome de Sr. Yaron não foi incluso por motivos que até hoje não foram esclarecidos. No entanto, especialistas israelenses afirmam que a mais provável razão seja que os egípcios resolveram eliminá-lo, como já fizeram com outros soldados captur ados. Assim, até aquele dia no Cairo, quando ele subiu para o avião da cr uz vermelha que estava levando os prisioneiros de volta à Israel, Isra el, ninguém ni nguém lá sabia o que tinha tin ha acontecido ac ontecido com o soldado Yaron. Houve alguns momentos confusos na torre de controle do aeroporto da força aérea em Israel, quando o piloto do avião leu le u a lista li sta dos prisioneiros, prisioneiros , como é de praxe. pra xe. O nome de Yaron não aparece a pareceuu na lista l ista original e o seu repentino aparecimento acendeu uma corrente de dezenas de ligações na tentativa de desvendar o mistério. mistério. Na verdade, a sua sua família só ficou sabendo que ele estava vivo e a caminho de casa apenas duas horas antes de chegar à casa de seus pais. Entretanto, de informações e testemunhas recolhidas posteriormente, tornou-se evidente que era u m puro milagre Yaron ter sobrevivido a prisão egípcia, levando em conta seus atos du rante aqueles meses terr íveis. íveis.
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de roupa, menos o Kimono branco bra nco de Imi. Essas fotos simbolizam mais do que tudo o ato de traição não apenas contra Imi 9*, mas sobre a arte toda e seu caminho tão único e especial, o qual ele dedicou uma vida inteira para desenvolver. A traição se estende para além de Imi e já faz efeitos contra a geração de seus seguidores - os que dirigem a escola BUKAN, o último refúgio do Krav-Magá. Estávamos curiosos em saber por que durante todo o período que Imi presidiu a IKMA ele não fez nenhuma tentativa de corrigir e influenciar. Então, algumas das respostas aparecem ao longo do livro, mas a verdade é que ele simplesmente não podia fazer nada. As quatro “facções” que atuavam dentro da IKMA, e que mais tarde diminuíram para apenas três, puxaram cada uma em sua direção e Imi, que não era mais jovem, não tinha outra opção a não ser se render e desistir, sabendo exatamente o que iria acontecer no dia em que ele não estivesse mais ali. Vejam o diretor da Associação Israelense de Krav-Magá, que esperou nada mais do que um mês para pa ra autodeclarar-se Décimo Dan de Krav-Magá K rav-Magá e proclamar o título de Grão Mestre. É uma traição t raição duplicada e triplicada. Olhando as fotos de Imi tiradas em seus últimos anos, é possível perceber que não foi apenas a velhice que tomou conta dele, mas tinha algo a mais – um tipo de desesperança, talvez a mesma de Moisés, que chegou até a fronteira da terra prometida, mas foi impedido de pisar lá. Imi sempre disse: “Comida levemente picante é gostoso, mas quando está picante demais, ela já não é mais interessante ”. Há quem se satisfaça apenas com a aprendizagem dos movimentos e técnicas do Krav-Magá, mas sempre existem aqueles que querem saber mais. Imi frequentemente assegurou que para praticar Krav-Magá é necessário ter alta inteligência. Usamos esta afirmação como ponto de partida na elaboração dos artigos e da pesquisa inteira, para trazer a todos os praticantes de Krav-Magá no mundo a verdade sobre Imi como ser humano e fundador da arte, e também sobre o Krav-Magá que ele criou, combinando uma explicação completa e detalhada sobre as origens de seu conhecimento usado para formar esta arte marcial. O funeral de Imi ocorreu na cidade onde morava – Natanya, no inverno de 1998, num dia frio e chuvoso. Parecia que o céu também estava chorando a sua morte. 9. Pesquisamos sobre Imi em todos os sites oficiais do Estado de Israel, no museu da Resistência, no arquivo militar. O nome Imi Lichtenfield, ou qualquer outra versão de seu nome, simplesmente não aparece. É uma vergonha que uma personagem tão influente na história de Israel não receba sequer uma linha de memória em algum acervo ou museu oficial do Estado. Ademais, conversamos com algumas pessoas que tentaram corrigir o mal e incluir o nome de Imi nos arquivos históricos do país e nos seus registros históricos, não apenas do ponto de vista do Krav-Magá, mas todos acabaram desistindo da tarefa – as barreiras burocráticas, praticamente invencíveis, simplesmente eram mais fortes do que eles. Eles receberam uma lista de exigências, como, por exemplo, provar algum grau de parentesco com Imi, a sua relação com os atos de Imi, provas concretas para tudo que estão afirmando, comparar testemunhas, e, no final, ainda foram solicitados a pagar pelo processo inteiro, o que constituiu a parte mais fácil de tudo isso. Assim “Assim”, dizem eles, “estávamos obrigados a largar a tentativa. A iniciativa nestes casos não deve ser dos cidadãos comuns e sim do governo”.
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Esquina das ruas Bugrashov & Pinsker, Em Tel-Aviv. No centro da foto, o antigo “Café Yaakov” Yaakov”,, que fica ao lado da academia de Imi. Para este lugar Imi sempre “fugiu” “fug iu” de todos aqueles que o “perturbaram” “per turbaram”.. O cemitério da cidade de Natanya fica dez minutos de carro do centro da cidade. Ele é grande e para atravessá-lo de um lado para o outro demora cerca de vinte minutos em passo acelerado. De acordo com a lei em Israel, cada cidadão tem o direito de ser enterrado gratuitamente, isto é, o Estado paga integralmente os custos do enterro e do funeral. Entretanto, sempre existem aqueles que têm os meios para adquirir antecipadamente um pedaço de terreno para construir seu sepulto, ou às vezes um túmulo conjunto para o casal, como Imi fez. Ele comprou o pequeno terreno bem na entrada do grande cemitério. Quando faleceu, a notícia correu rapidamente entre seus alunos, amigos e conhecidos e todos chegaram na hora marcada para participar de seu funeral. Mas este evento era muito melancólico e triste, não apenas por signi ficar a morte de Imi. Mais do que um funeral, funera l, percebeuse ali demonstrações demonstraç ões de poder político daqueles que já estavam brigando, e estão até hoje, pelo título de sucessor. Era uma triste peça teatral sobre o último caminho de uma pessoa tão querida. Alguns dos presentes no funeral a firmam que, já naquele momento, antes mesmo de enterrar Imi, as intrigas já tinham começado. Eli, que subiu no palco para dar seu último respeito a Imi, estava chorando, mas ficou calado, sem palavras. “Outros” tentaram o empurrar para fora de lá e discursar eles mesmos seus discursos antecipadamente preparados, e só por algum milagre o evento inteiro não acabou violentamente. 322
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Todos os amigos de Im e aqueles que pretendiam ser amigos dele estavam presentes. A cerimônia tradicional judaica é longa, cheia de orações e benções, e não é este o lugar adequado para explicá-la. Entretanto, Imi era ateu e por isso pediu um funeral funera l simples, sem quaisquer elementos religiosos. O próprio própr io processo do enterro terminou rápido, mas era insuportável assistir ao “arqui-inimigo” 10* de Imi ajudando a colocá-lo embaixo da terra, e depois ainda cobrindo-o de areia, e ainda tinha ti nha a audácia de pular com seus pés em cima do novo túmulo, “verificando” que de lá ninguém sairia. Eli Avikzar chegou acompanhado por alguns de seus alunos, que para perturbar pert urbar os olhos vieram todos vestidos do Kimono Azul-Branco que Eli tinha tinh a criado para seu “Krav-Magen”. Outros apareceram com Kimonos azuis, pretos ou brancos. Parecia mais uma apresentação do circo, e não o funeral de uma pessoa amada. O judoca Gadi Skornik, um homem honroso e verdadeiro amigo de Imi, escolheu isolar-se e ficou alguns metros afastado do caixão. Ele não queria fazer parte desse vergonhoso evento, mas também não podia mostrar que um durão como ele estava lutando contra as lágrimas, não apenas por Imi, como por tudo que aconteceu. Yaron Yaron e alguns de seus alunos alu nos faixas pretas ficaram ao seu lado, isolados e abatidos. Eles tampouco conseguiram acreditar no que estavam vendo. A traição em Imi ainda continua. 10. Denis Hanover é uma figura conhecida no âmbito local das artes marciais em Israel, mais por causa da propaganda em massa que ele emprega do que por mérito profissional. Ele imigrou para Israel da África do Sul e logo começou a dar aulas de Caratê e, desta forma, chegou a conhecer Imi, que serviu para o Sr. Hanover Hanover como um modelo a ser imitado. Com uma concepção puramente fi nanceira, ele invejou Imi por seu sucesso em construir uma arte marcial internacionalmente reconhecida, e, portanto, resolveu “inventar” também um “sistema”. A seguinte história explicará melhor: no início dos anos noventa, um dos programas televisivos televisivos de entrevistas mais con hecidos em Israel cedeu ao Sr. Hanover uma entrevista especialmente longa. Durante o evento, o apresentador do programa program a tentou te ntou entender e ntender e decodi de codificar para os telespectadores a essência da nova arte marcial que o Sr. Hanover estava vendendo, vendendo, que por sua vez explicou que a sua ar te é composta por um terço de Jiu-Jitsu Jiu-Jitsu Japonês, um terço de Judô e um terço de Caratê. Porém, quando o experiente apresentador revelou revelou seu próprio conhecimento e explicou para o Sr. Hanover e aos espectadores que na verdade Judô mais Caratê dá Jiu-Jitsu Jiu-Jitsu Japonês, então, na verdade, temos aqu i uma mistura m istura de Jiu-Jitsu Jiu-Jitsu Japonês com Jiu-Jitsu Japonês... Esse foi o fim das afirmações do Sr. Hanover no programa e em geral, já que não conseguiu fornecer uma resposta séria para as perguntas do apresentador. Hoje em dia, depois do falecimento de Imi, percebe-se que o Sr. Hanover está conferindo graus avançados no Krav-Magá. Numa conversa que realizamos com o Sr. Haim Zut, ele confirmou que “recebi o grau de Décimo Dan do Sr. Hanover ”. ”. Ademais, há uma relação próxima entre o diretor da associação de “K rav-Magá International” – o Sr. Haim Zut, e o Sr. Denis Hanover, Hanover, além de u ma colaboração profissional entre os dois, que é do interesse direto do Sr. Hanover, uma vez que desta forma ele também pode se apresentar como um dos herdeiros de Imi e “mestre” de K rav-Magá. rav-Magá. Aliás, o Sr. Hanover já tentou se vender como “especialista” em Krav-Magá também quando Imi ainda estava vivo, mas naquela época seu ca minho foi completamente bloqueado. Entretanto, agora, quando não há quem possa impedí-lo, o Sr. Hanover coopera com aqueles que distorcem e alteram o KravMagá, a sua história e o caminho de Imi. Assistimos até a um programa de televisão, transmitido num canal de divulgação internacional, no qual o Sr. Hanover enganosamente se apresenta como professor de d e K rav-Magá. Novamente alguém que teve “amizade” “amiz ade” com Imi durante dura nte sua vida, expõe suas verdadeiras intenções depois de seu falecimento.
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Quem dera com esta pesquisa estivéssemos cumprindo a nossa missão divina!
A esquina da Rua Pinsker com a Rua Trumpeldor, na cidade de Tel-Aviv, 2008. Neste lugar, lugar, no ano de 1967, Imi fundou a sua segunda academia, que com o passar do tempo tornaria para a BUKAN. Antes de ser alugada por Imi, o prédio serviu como uma padaria, construída em 1953. No ano de 1990 a antiga casa de um andar foi destruída, e no seu lugar surgiu este prédio moderno. 324
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“Beit Eliyaho Golomb” , Avenida Rotchild 23, Tel-Aviv. O museu histórico da “Hagana” – a maior e mais importante organização de resistência durante a Guerra de Independência Independência de Israel. Os arquivos do museu incluem documentos históricos da época de fundação do Estado de Israel. É lamentável que o nome de Imi Im i e seus atos não foram sequer uma vez mencionados. O programa de ensino nos colégios colé gios israelenses compreende obrigatoriamente uma visita dos alunos a este e outros museus épicos. 325
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Do repertório de piadas e brincadeiras favoritas de Imi.
Não poderíamos terminar term inar o livro e a pesquisa sem mostrar este outro lado de Imi, que embora tenha imagem de uma pessoa rígida e séria, na verdade não necessariamente era er a assim. Imi possuía um senso de humor europeu e delicado, mas de vez em quando soltava algumas piadas hilárias. No entanto, a maior parte das piadas que contava durante os treinos tinham tinha m como objetivo principal passar alguma alguma lição, alguma moral ou ideia, de forma engraçada e que não ofendia a ninguém. Muitos vieram para Imi contando conta ndo que fulano fez isso ou fulano disse aquilo. E por sua vez ele nunca ficou cansado de repetir a seguinte piada: dois idosos na faixa dos oitenta anos se encontram e um deles pergunta ao amigo: “E aí, como está est á o sexo?” “Mais ou menos. E você?” respondeu e perguntou o segundo. “Comigo está ótimo, faço sexo todo dia” retornou o primeiro. Já no dia seguinte, o velinho menos “ativo” aparece no consultório do seu médico. “Por que veio para cá hoje?” Inquiriu o médico. “Olhe, eu consigo fazer sexo apenas duas – três vezes por mês” disse o paciente. “E qual é o problema aqui?” Insistiu o médico. “Olhe, doutor, meu vizinho fala que faz sexo todo dia” explicou ele. Então o médico deu a solução: “Não há problema nenhum – fale você também...”. Uma das formas mais engraçadas que Imi às vezes escolhia para “fechar as contas” com um de seus alunos funcionou assim: Ele segurava a mão do aluno e pedia a ele para abaixar-se e ficar com seus joelhos flexionados, e depois começar a pular assim, enquanto ele (Imi) guiava o Vejam, é Tarzan e seu se u macaco! ”. aluno em todo o Tatami, gritando: “Vejam, Outro exemplo que sempre repetia é da categoria cat egoria de “Uma mulher mulhe r disse...”, disse...”, e eis a história: Uma mulher que vivia numa aldeia costumava preparar pães todos os finais de semana. Um dia uma de suas clientes encontrou dentro do pão uma mosca. Furiosa, a senhora pegou o pão e foi correndo para o fiscal de saúde pública da cidade e o trouxe para a padaria, para enfrentar a vendedora. O fiscal perguntou à dona da padaria padar ia o que ela teria a dizer em sua defesa, num caso tão grave gr ave como esse. esse. A padeira pediu para ver o pão em questão e o fiscal lhe deu. Ela enfiou seus dedos para dentro dent ro do pão, tirou ti rou a mosca e a colocou na sua boca, boca , e começou a mastigá-la com evidente prazer, e ainda comentou: “Que uva passa mais gostosa! Onde exatamente vocês disseram que tem uma mosca??”. Sempre os alunos de Imi vinhaam vinhaa m “reclamar” que os colegas das outras artes arte s marciais os atacaram verbalmente, dizendo que ninguém pratica defesa pessoal, e 326
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que defesa pessoal é só para mulheres, e que ninguém jamais ouviu falar de algo chamado “Krav-Magá”. “Krav-Magá”. Imi acalmava todos e dizia: “Gente, fiquem tranquilos. No final todos virão para nossa rua ”. E foi assim que acabou acontecendo – hoje em dia tudo mundo só quer fazer defesa pessoal. Muitas vezes Imi ficava irritado irrita do quando, no Tatami, Tatami, um dos alunos acer tava sem querer seu colega, e, em seguida, iniciava um conjunto de pedidos de desculpa e perdões. Imi sempre falava: “ É muito interessante que depois de ter matado seu amigo, você pede o seu perdão. Na próxima vez tente ser bom o suficiente suficie nte para não o atingir, e assim não vai precisar pedir desculpas”. A maioria dos alunos de Imi eram relativamente jovens e sempre havia alguém que vinha para contar que achou o amor de sua vida, e em breve iria casar. Você vai casar? ” perguntava Imi ingenuamente, “Contra “ É mesmo, Você quem?? ” Imi também gostava de “perturbar” Eli Avikzar, que nunca fez muito esforço para controlar seu temperamento e geralmente ficava rapidamente irritado com as piadinhas de Imi, mesmo sabendo que Imi não estava mal-intencionado. Na verdade, eram justamente essas reações exageradas de Eli que levavam meu pai a sempre repetir as mesmas brincadeiras. Quando o filho de Eli nasceu, a primeira primeir a coisa que ele fez fez foi correr para Imi e contar que filho inteligente ele ganhou. E Imi por sua vez perguntava: “ E aí, “pai burro” burro” ele já sabe falar?”. Eli sempre caía na armadilha e respondia: “ Não, ainda não”. “ Então” disse Imi, “ Ele não é tão inteligente assim... assim...”. Era engraçado ver o Eli Avikzar se irritando cada vez de novo, mesmo quando só estava “cooperando” com a brincadeira. E para os orgulhosos alunos que chegavam para o treino anunciando que em breve se tornariam pais, Imi Im i perguntava a eles, com um olhar inocente: Ah sim, vocês também têm um vizinho turco no prédio? ” “ Ah Querendo dizer com isso que o vizinho seria o pai da criança cria nça (um tipo de humor israelense). Alguns riam, mas outros, os mais novos que ainda não conheciam Imi de perto, às vezes ficavam profundamente incomodados e irritados com o comentário, e ainda mais envergonhados depois quando entendiam a brincadeira. Para irritar os alunos recém-casados, quando esses vinham para apresentar suas esposas pela primeira vez, Imi sempre acrescentava: “Quando você não quiser mais esse tolo com quem casou, pode vir para mim...”. Ao tentar explicar movimentos e exercícios complicados, Imi muitas vezes errava as palavras no Hebraico e “inventava” suas próprias palavras, que nem existem na língua hebraica. Portanto, ele sempre dizia: 327
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Hebraico que eu mesmo entendo, e sendo assim vocês também também devem “ Falo Hebraico entender ”. Mas ainda, muitos momentos engraçados ocorreram nos treinos e no dia-dia por causa do “ajustado” Hebraico Hebraico de Imi. O mais divertido de tudo era ver o rosto furioso e enlouquecido de Imi quando seus alunos, apesar de todo seu talento, não conseguiam entender as coisas que ele tentava passar e ensinar. “Que tipo de israelenses vocês”, ele dizia a eles, “nem Hebraico vocês !”. sabem!”. Imi sempre chamou o Hebraico “ Língua de Bárbaros”, e para “comprovar” suas afirmações adicionou: “Se vocês não me acreditam, é só olhar no espelho...”. E os discípulos que não queriam ficar devendo, deram vários vár ios “apelidos” não muito apropriados para serem citados aqui para o húngaro, a língua natal de Imi. Essa troca de golpes verbais nunca parou, embora tudo t udo fosse feito de forma forma amigáve am igávell e de bom espírito, e os dois lados apreciavam apreciavam as constantes e divertidas divertid as brincadeiras. brincadeir as. Era um modo de se livrar das tensões das aulas e de fortalecer os laços entre todos. Os alunos que chegavam para o treino ou para Café Ugati, como é de costume em Israel, sempre perguntavam para Imi: “ E aí, qual é a novidade? ” E Imi sempre respondia: “ Por que, o velho vocês já conhecem? ”. Eli Avikzar gostava muito de fumar e era capaz de consumir vários pacotes de cigarros por dia, e Imi sempre o caçoava: “Todos vocês são homens o suficiente para começar a fumar, mas não são ”. homens para parar de fumar ”. Quando percebia que um de seus alunos não estava se esforçando ou se dedicando o suficiente no Tatami, ele se dirigia até o aluno e lhe dizia: “ gatos e cachorros também podem fazer crianças, mas para ser um homem homem é exigido mais do que isso”. Uma das ocasiões mais esperadas por Imi eram as brincadeiras ao final da aula, especialmente por conta dos alunos novos, que julgavam já ter ouvido tudo. No final do último treino do dia, depois de realizar a tradicional saudação, Imi perguntava qual dos alunos falava mais um idioma além do Hebraico. Os mais velhos, que já conheceram a piada, ficavam calados, enquanto entre os mais novos sempre tinha alguns que caíam na armadilha arma dilha e respondiam positivamente a pergunta. Imi escolhia um deles, e dizia a ele: “Ok então, você vai fechar todas as janelas na academia ”. Assim toda noite o ritual se repetia, e todos riam sem fim. As pessoas simplesmente esperavam ansiosamente pelo final da aula para ver quem seria o “escolhido” daquele dia, e se Imi lembraria de fazer a sua brincadeira diária. Um tipo de humor mais rígido e que não era de seu costume costu me ele demonstrava quando chegavam à sua academia, principalmente àquela de Tel-Aviv, vários 328
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“espertinhos” que inventavam sistemas e técnicas variadas e queriam demonstrálas a ele. Imi fingia estar todo concentrando nas explicações do locutor, e ainda chamava todos os presentes para assistirem também ao “espetáculo”, quando, de repente, pedia desculpas, dizendo que teria que abandonar o lugar a favor de um compromisso anterior, deixando o “visitante” enfrentar as fortes risadas dos praticantes, que muito bem sabiam que Imi simplesmente havia passado para o café no outro lado da rua, o seu santuário favorito quando chegavam todos aqueles pertinentes, perti nentes, que acabaram tornando-se torn ando-se palhaços.
O navio de Imigrantes “Medinat Hayehudim” Hayehudim”.. Escolhemos esta foto por ela descrever de forma precisa a dura vida naqueles antigos navios. Tivemos dificuldades em encontrar imagens originais do navio “Pancho” “Pancho” e especialmente fotos que incluam uma descrição deste tipo. t ipo. 329
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Desfecho É verdade, prometemos não entrar na história pessoal de Imi. Todavia, em última instância nós nos encontramos numa num a situação sem saída e com poucas opções. Por Por obrigação cos nossos leitores, que queiram saber e conhecer a trajetória daquele imenso e grandioso homem – Imi, decidimos, no final, incluir sim algumas linhas sobre a sua história, para não deixar nada ao acaso. Depois de já ter concluído o capítulo, recebemos por um dos colaboradores da pesquisa (o querido Sr. Alfredo Gomes) Gomes) um pequeno livreto que foi lançado no Brasil, e nele estava a “história” de Imi, praticamente toda equivocada e enganosa, provavelmente por falta de conhecimento verdadeiro. Ao ler o pequeno livro, desejamos ajudar todos aqueles que tenham sede para do conhecimento certo e verdadeiro, e por isso decidimos escrever esta parte da história pessoal pessoal do criador da arte. a rte. Imi se alistou para a Legião Tcheca aos trinta e um anos de idade, no ano de 1941. Essa unidade militar estava sob o direto comando do exército Real britânico e foi enviada para o Egito para combater as forças nazistas na região. No ano de 1945 1945,, depois que a Segunda Guerra Mundial tinha tin ha terminado, Imi encerrou seu serviço no exército Britânico e mudou-se mudou-se do Egito para Israel, que naquela época era mais conhecida con hecida ainda como “Palestina” “Palestin a”,, e estava também sob o domínio do império britânico, como várias outras partes do Oriente Médio. Naqueles dias a passagem entre os dois países era liberada l iberada e diversos trens de passageiros operaram numa linha direta, do Egito até Líbano, atravessando no caminho toda a Terra Santa. Imi, como ex-soldado do exército britânico, não tinha di ficuldade nenhuma de realizar a jornada e chegar a Israel. Os anos do pós-guerra eram marcados pelas ações das diferentes organizações da resistência armada judaica que lutaram contra os britânicos pela independência do país. Naquela fase preliminar, prelimi nar, as operações da resistência r esistência focaram-se focar am-se pr incipalmente em trazer t razer clandestinamente para Israel refugiados e sobreviventes judaicos do holocausto. Esses imigrantes ilegais chegaram de todas as partes do globo: da Europa, dos países árabes no norte da África e do Oriente Médio e de outros lugares. Mas os ingleses, cumprindo acordos selados com os países árabes vizinhos, desejavam impedir o crescimento e fortalecimento da população judaica local, com o objetivo de garantir que o Estado de Israel não fosse fundado. Portanto, fizeram tudo que era possível para intervir e evitar a imigração daqueles milhares de pobres, expatriados e perdidos sobreviventes da maior tragédia da história humana. Os agentes da resistência judaica adquiriram nos portos europeus navios antigos e os usavam para secretamente enviar imigrantes judeus às praias da terra prometida. No entanto, foram raros os casos das embarcações que realmente conseguiram penetrar pelo bloqueio dos destruidores destr uidores e cruzadores cru zadores de combate ingleses, e desembarcar os chamados ch amados “Maapilim” em Israel. Normalmente, os britânicos descobriram a rota dos navios e os interceptaram, dominaram a tr ipulação e os passageiros passageiros e deportaram todos à ilha de Chipre, onde foram construídos campos especiais para aprisionar os imigrantes capturados no mar. A maior e mais conhecida milícia judaica que atuava na guerra da independência chamava-se “Hagana”. Contudo, existiam também outras organizações de resistência, como a “Etzel” e a “Lerri”, mas essas eram menores e mais violentas e empregavam principal mente operações com caráter de guerrilha contra o conquistador britânico. Os métodos de ação mais favoritos dos guerrilheiros da “Etzel” e da “Lerri” incluíam o assassinato de soldados e oficiais ingleses, explosão de prisões inglesas e atentados contra quartéis e bases militares britânicas. britân icas. En fim, eram uma u ma forma de “mini-guerra declarada” declarada” contra o exército britânico que estava ocupando os territórios israelenses. A fundamental fund amental diferença entre a “Hagana” e os outros elementos mais radicais da resistência encontrava-se encontr ava-se na dimensão do ódio e da vontade 330
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A linha escura que percorre ao longo da praia marca a antiga ferroviária que ligava entre Cairo e Alexandria no Egito até o ponto mais setentrional de Israel. A linha l inha continuava além das fronteiras de Israel, para dentro do Líbano e síria, sír ia, até a Europa. Depois da independência de Israel, as atividades na linha foram encerradas. Foi com este trem que o Imi chegou do Egito para Israel. 331
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Mapa número número 2: A localização do navio “Pancho” “Pancho”
A. A localização locali zação do navio navio de imigrantes imigr antes “Pancho” “Pancho”.. Neste ponto Imi e seus colegas erraram provavelmente provavelmente na direção, dire ção, e nadaram até ponto C, em vez de nadar para ponto B. B. Praia – Nitzana / Ashkelon. Os pontos pontos de desembarque desembarque dos imigrantes judeus durante a Guerra da Independência. Independência. Este seria também o destino final do “Pancho”. C. O local provável onde Imi e seus amigos foram resgatados por uma embarcação de pesca a caminho para a cidade de Alexandria, no Egito.
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de extinguir as forças estrangeiras de ocupação. A “Hagana”, a maior e a mais moderada de todas as organizações, preocupava-se primeiramente em trazer o máximo de judeus de volta à sua pátria para que eles pudessem recomeçar a sua vida. Em segundo plano, a concepção dos dirigentes da “Hagana” ditava que, quando o número de habitantes judeus em Israel alcançasse um número su ficiente, seria mais fácil lidar com o opressor britânico, sobretudo no sentido de aumentar a pressão política internacional sobre o governo de sua majestade, que passageiros também trocavam de roupas para que parecessem mais “israelenses”, e, caso fossem parados para inspeção pelos britânicos, eles mostrariam documentos falsos para confund con fundir ir os soldados. O filme “Exodus” (1960), do diretor Otto Preminger, descreve de forma dramática e detalhada a luta dos imigrantes judeus naquela época. No entanto, os que mais se arriscaram arr iscaram nessas operações foram os voluntários que precisavam chegar até as embarcações para direcioná-las aos pontos de desembarque antecipadamente preparados. Imi, sendo um excelente nadador, não hesitou e aceitou a perigosa missão de acompanhar acompa nhar os navios a porto-segu por to-seguro. ro. Numa dessas operações, quando Imi I mi estava est ava com mais dois israelenses que saíram para trazer o navio de imigrantes imigr antes “Pancho”, “Pancho”, algo algo extraor extraordinár dinário io aconteceu. Há várias versões sobre o ocorrido naquela ocasião, e nós veri ficamos todas, especialmente com a ajuda de diversos museus nacionais em Israel, e podemos determinar o seguinte: nenhuma delas é historicamente historicame nte real. A verdade sobre o que aconteceu é que os três israelenses precisavam sair do navio para evitar serem presos pelos comandos britânicos que tinham capturado o barco e estavam planejando levá-lo para a Ilha de Chipre. Caso os três fossem presos, poderiam esperar longo período na prisão acompanhado acompanha do de severas investigações, e eles estavam com medo da possibilidade deles delatarem outros companheiros da resistência. Portanto, Imi e seus dois amigos pularam para a água com a intenção de nadar até Chipre, que eles estimavam estar a apenas algumas horas de distância. Mas, eles erraram na sua avaliação, e os três acabaram ficando três dias na água. Um morreu de extenuação e desidratação. Imi e o outro sobrevivente foram encontrados por um barco de pesca egípcia que passou no lugar por acaso e os levou para a cidade de Alexandria, no Egito. Como resultado da longa permanência na água e da falta de alimentação e líquidos, Imi sofreu graves contrações em todo seu corpo, e, apesar de se recuperar completamente depois de alguns dias, seu rosto, que já estava machucado por causa da ferida na orelha, não voltou ao normal e ficou mais torto ainda, e desde então Imi sofria de um problema no seu olho direito e, de vez em quando começou a ter lágrimas, sem nenhum motivo aparente ou controle. Depois daquele incidente Imi não podia mais ajudar com a chegada dos navios imigratórios e resolveu se juntar a “Palmach” (do Hebraico – abreviação para “Grupo de ataque”, que era o núcleo militar da “Hagana”, ou seja, a primeira e primitiva encarnação do exército israelense). Esses guerreiros semi-organizados constituíam a principal força de defesa da comunidade judaica contra os sucessivos ataques árabes. Com a declaração de independência de Israel, a “Palmach” e outras organizações da resistência foram integradas na Hagana e criaram o exército israelense. E foi na “Palmach” que Imi começou pela primeira primei ra vez a ensinar técnicas técn icas de defesa pessoal, luta corpo a cor po e manuseio de bastão. Imi nunca contou muito sobre os acontecimentos daqueles dias, e, além de alguns amigos próximos a ele, ninguém jamais ouviu essas histórias. Nós veri ficamos a história por meio de várias fontes e também através das entrevistas que realizamos durante 333
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a nossa perseguição atrás da história. A veracidade da história também se comprova na descrição dos eventos que aparece no museu da imigração ilegal, entre outros museus, e dos acontecimentos do navio de imigrantes “Pancho”. Entretanto, mencionaremos de novo o interessante fato de que o nome de Imi não aparece em nenhum acervo ou site memorial oficial, e tampouco o encontramos em alguma lista que continha os nomes dos soldados que lutaram na época da resistência. É possível que alguém simplesmente tivesse esquecido de incluir seu nome, mas nós duvidamos seriamente desta opção, uma vez que Imi era bastante conhecido e reconhecido em Israel para ser esquecido. A segunda hipótese é que durante algum tempo ele participou em operações clandestinas, fora das fronteiras de Israel. Nesse contexto, a mais famosa história é sobre o Imperador Impera dor da Etiópia. Nos primeiros primei ros anos depois da fundação fund ação do Estado, Israel tomou todo curso possível de ação no intuito de normalizar as relações diplomáticas com vários países no mundo. Houve dois objetivos principais: primeiro, ganhar reconhecimento internacional da independência israelense, e segundo, tentar trazer judeus do mundo inteiro para viverem em Israel. Um dia, o ministério das relações exteriores em Israel recebeu um pedido especial do Imperador da Etiópia, Hailê Selassiê. Ele desejava que Israel o ajudasse a montar uma unidade independente independente e especial de guardas-costas imperiais, para ele e sua família. Ninguém tinha dúvida de que o homem certo para essa missão de treinar os etíopes era Imi, e ele realmente foi enviado ao país africano para ensinar aos guardas-costas do imperador. Com isso, Imi tornou-se o primeiro israelense a desenvolver técnicas especiais e métodos de trabalho e treinamento para a área de segurança VIP, e talvez seja por isso que todos os “diretores” de todas aquelas “organizações” de Krav-Magá insistem em apresentar o Krav-Magá ou si mesmos como parte da concepção didática do assunto. Isso talvez se aplicasse para Imi e para o Krav-Magá, Kr av-Magá, mas não necessariamente necessar iamente em outros casos. Mais uma vez percebemos aqui um importante pedaço histórico de Imi e do KravMagá que todos tentam esconder. A prova do trabalho perfeito de Imi naquela missão é o fato de que alguns anos mais tarde, quando o imperador chegou a Israel numa visita oficial, ele exigiu que na recepção estivesse presente também Imi, e realmente o governante etíope aproveitou o reencontro para apertar as mãos de Imi e falar com ele pessoalmente. Algumas décadas mais tarde, numa ação conjunta da força aérea israelense e da inteligência israelense, toda a comunidade judaica daquele país africano foi trazida para Israel, na operação denominada “Operação Moisés”. Porém, Imi não é o único ún ico sem registro nos arquivos o ficias do Ministério da Defesa em Israel, e quem sabe talvez por causa da nossa pesquisa e da sua apresentação frente às autoridades responsáveis em Israel, ele finalmente poderá receber a honra e a homenagem tanto merecidas, sendo ele um dos fundadores do país. Não podemos escapar de re fletir que Imi nasceu para servir a seu povo e pátria de qualquer forma possível, como os profetas bíblicos. A contribuição contribu ição de Imi ao estado judaico é indispensável e impossível de ser ignorada. Portanto, não temos a menor dúvida que se Imi estivesse nos olhando agora, lá do seu lugar de honra no céu, ele estaria um tanto contente com a nossa pesquisa. A partir do primeiro momento adotamos uma abordagem bélica em relação à pesquisa, e estávamos certos em fazê-lo. Em primeiro primeir o lugar, como já vimos, ninguém hesita antes de anular e apagar a criação original de Imi, e nós apenas escrevemos a verdade histórica, da forma que ela ocorreu. Imi, por toda sua vida foi um guerreiro, e talvez seja este seu legado, fundido por ele para dentro do Krav-Magá, como os pilares de um prédio. 334
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E acima de tudo, o próprio ato de escrever a pesquisa é uma batalha, a nossa guerra pessoal para expor toda a verdade do Krav-Magá como arte marcial, a de Imi como seu criador e dos dez discípulos dele, que todos se empenham tanto para esconder. Da nossa perspectiva, perspect iva, no momento que terminamos term inamos o t rabalho da pesquisa, encerra e ncerramos mos também um capítulo de nossa vida. De agora em diante, esta guerra passaria a outros campos, para outros indivíduos. Nós fizemos a nossa parte. Talvez tocaremos no assunto no futuro, talvez não. E mudaremos agora para um ponto de vista completamente diferente. Até hoje, nenhuma tentativa foi feita no sentido de escrever a biogra fia de Imi e nós tomamos cuidado para não tratar deste assunto por vários motivos, sendo o principal deles a grande di ficuldade de encontrar informação precisa e de credibilidade sobre seus feitos nos últimos anos de sua vida. Quanto à sua atividade pro fissional, temos praticamente todos os detalhes necessários. Portanto, do ponto de vista pessoal fica extremamente difícil coletar informações úteis. A maioria de seus amigos mais próximos já não está mais conosco, e dos praticantes de Krav-Magá, daqueles urubus que o cercavam naquela época é claro que não esperamos nenhum esclarecimento ou sabedoria que pudesse nos guiar. E, além disso, desde o início nós não nos focamos em Imi, apesar de que, ocasionalmente, o nosso trabal ho constitui de forma implícita ou explícita, parte da biogra fia não oficial de Imi, mas a ênfase é sempre no lado de sua vida ligado ao aspecto do criador do Krav-Magá. Uma cuidadosa leitura da pesquisa levará o leitor à compreensão total do modo de pensar e principalmente das intenções de Imi durante a criação da arte, e esta é a finalidade do livro. Cremos ser indispensável a inclusão no artigo de alguns fatos adicionais que completariam a visão geral do leitor e dariam uma melhor captação dos acontecimentos no mundo do Krav-Magá em Israel e das dimensões da traição contra Imi. Está em nossas mãos um correio eletrônico, enviado para múltiplos destinatários no dia 17 de Setembro de 2002 pelo Diretor da IKMF, e nele o respeitado diretor rebate acusações feitas contra ele por um ex-aluno dele. Entre outras coisas, o diretor da IKMF afirma que os dirigentes da IKMA o processaram por causa de um livro escrito no ano de 1991, em Hebraico, e nele o diretor da IKMF declara possuir o Sexto Dan, além de alegar ter escrito o livro junto com Imi. I mi. Consequentemente, Consequentemente, o diretor da IK MF admite que mentiu quando a firmou ter sexto Dan ou ter escrito o livro junto com Imi, e ainda ressalta que ele era “O único capaz de fazê-lo ”. Então, primeiramente percebemos que dizer e escrever a verdade não são as fortes características caracter ísticas do diretor da IK MF. Para Para piorar, na correspondência eletrônica o diretor nem sequer se desculpa por seus atos. Segundo, o respeitado Sr. Diretor “esqueceu” evidentemente de mencionar que realmente foram escritos dois livros de KravMagá junto com Imi, mas o colaborador era er a o Sr. Yaron Yaron Lichtenstein, e ninguém ni nguém nunca tinha ti nha pensado em ir à justiça por causa daqueles livros. Também quando qu ando saiu o terceiro livro, desta vez em Inglês, não passou pela cabeça de ninguém processá-lo. Ademais, uma segunda ação judiciária foi aberta no ano de 2001, contra o diretor da IKMF e a editora de seus livros, neste caso contra um livro publicado em Inglês. Aqui gostaríamos de esclarecer um outro ponto. Vejam a situação de Imi dentro da Associação de Krav-Magá Israelense (IKMA) - cada um luta e golpeia o outro enquanto Imi fica no meio, tolerando as inacabáveis brigas e todas as mentiras contadas em seu nome que, por conseguinte, prejudicam e degradam sua reputação e status pro fissional, e tudo isso por causa dos atos alheios, de pessoas com as quais qu ais ele não tem t em nen huma relação. r elação. Agora, 335
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analisando os eventos do ponto de vista histórico do Krav-Magá, sentimos uma obrigação em agir fora do costume e acrescentar aqui a nossa percepção pessoal: lamentamos profundamente profunda mente que Imi, que toda sua vida ajudou e contribuiu contribu iu tanto com todos, tenha recebido um tratamento tão caótico. O Krav-Magá não é a primeira ou a única arte marcial que foi dividida e separada para diversas correntes corrente s e estilos. Mas nunca antes foram feitos tantos atos imorais e desonestos, sujando no processo a reputação de praticantes de Krav-Magá no mundo inteiro.
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Bibliografia Conhecemos de forma aprofundada o método de citação de fontes bibliográficas em pesquisa s deste gênero. No entanto, enta nto, uma vez que o nosso trabalho tra balho é bastante bast ante distinguid dist inguidoo tanto no seu tema como no modo de sua elaboração, escolhemos também aqui um r umo diferente. Não cremos ser o su ficiente apenas citar algumas referências de livros, o nú mero da página e a linha onde aparece o material relevante, cumprindo assim de maneira facilitada a tarefa de provar nossas afirmações. Ao fazê-lo estaríamos cometendo um grande pecado com o leitor que esteja a busca do conhecimento. conhe cimento. Não mencionaremos mencion aremos aqui aqu i uma lista de livros livro s apenas no intuito intu ito de comprovar uma alegação ou outra, não temos esta necessidade – a pesquisa já o fez acima de qualquer dúvida. A lista de livros citados aqui tem como finalidade estabelecer um camin ho lógico para o entendimento da verdadeira história do Krav-Magá e da personalidade de Imi como o fundador da arte, seguindo uma visão universal das ar tes marciais em geral. Não é possível possível criar uma ar te marcial do nada - uma pessoa precisa ter alguma algum a formação formaçã o anterior a nterior à criaçã c riaçãoo da d a arte a rte e esta lista de livros é a testemunha testemu nha disso, a testemunha do modo de pensar de Imi e de sua percepção das coisas que é tão diferente e excepcional. A maior dificuldade na pesquisa era provar que o Krav-Magá é uma arte marcial, mas também encontrar a definição inicial de uma arte marcial, pois apenas para explicar este tema precisaríamos precisa ríamos de um livro o dobro do tamanho. tama nho. Portanto Portant o a lista abaixo ajudará explicar o total significado de uma arte marcial no sentido mais clássico da palavra e consequentemente entender o lugar do Krav-Magá no universo das artes marciais. Por este motivo resolvemos focar no aspecto espiritual, que é o componente básico e principal de qualquer ar te marcial. A lista é apenas uma gota no oceano da literatura espiritual que existe em volta das artes marciais ou livros didáticos sobre a essência e caminho de Zen. Nós examinamos e pesquisamos dezenas de livros em cada um dos assuntos e a escalação reduzida que fizemos tinha um único princípio guiador: guia dor: escolher e scolher para o verdadei ve rdadeiro ro interessa i nteressado do a possibilida de de d e se focar numa matéria matér ia relativamente curta porém enriquecida ao máximo de conhecimentos indispensáveis. O livro “Zen e Psicanálise”, por exemplo, apesar de ser escrito décadas atrás e embora contendo uma linguagem complexa e pensamentos complicados para serem decifrados, ainda constitui uma contribuição importantíssima. Os leigos na leitura e compreensão de Zen acharão naquele livro uma janela abert a para o mundo mu ndo e modo de pensar pensa r oriental, orie ntal, em comparaç co mparação ão aos a os ocidentais. ocid entais. Ou seja, se ja, a diferença diferenç a ent re Japão e Israel que explica o método de formação da arte de Imi, sendo que de um lado temos a concepção oriental e a modificação da história do Krav-Magá, e do outro lado o processo que se fi nalizou na elaboração desta pesquisa. Quando vamos ao consultório do médico por causa de alguma dor ou doença que nos atacou, queremos o conhecimento médico que ele oferece, sua capacidade de diagnóstico, a sua habilidade de receitar o remédio cer to ou nos internar caso fosse necessário, que ele seja capaz de salvar a nossa vida caso chegasse a isso. Esperamos ter à nossa disposição toda sua sabedoria e experiência até o momento de nossa total recuperação. No Krav-Magá as coisas funcionam func ionam da mesma forma. Qualquer Qualqu er tolo pode nos ensinar ensina r a golpear e chutar, mas somente um professor professor sábio conhece mais do que isso e sabe explicar por que fazemos algum movimento assim e não de outro modo, mostrando movimentos que funcionam na realidade. Por fim,a pesquisa e a lista bibliográfica anexada devem ser consideradas como uma un idade só, que explique a concepção guiadora do nosso trabalho. Você – o leitor, a partir do momento que entender, enxergar e sentir a existência do espírito no Krav-Magá, como é anunciado ao longo das páginas págin as do livro, l ivro, compreender comp reenderia ia também ta mbém a potência da pesquisa pe squisa toda t oda e o tamanho tam anho do erro er ro cometido comet ido por aqueles que escolhem ignora-lo por causa de sua ignorância ignorân cia profissional. Um indivíduo que carregue dentro de si apenas uma parte mínima de Zen – já é o suficiente para torná-lo um artista, para lhe most rar o cami nho correto cor reto nos trilhos tri lhos das artes a rtes marciais ma rciais e para lhe l he fazer entender ente nder a essência de Zen nas ar tes marciais em geral e no K rav-Magá rav-Magá especificamente.
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E eis a prova: o Samurai - o artista do Ken-dô e da espada japonesa, treina durante muitos anos até dominar a espada. Entretanto, do momento que ele a segura em suas mãos, não é mais ele que está segurando. Seu corpo e sua espada agem por conta própria, não é a consciência que o controla, mas aquela força inconsciente chamada “Zen”. Muitos artistas marciais e especialmente os melhores entre eles (inclusive alguns contemporâneos) afirmam, que “Quando treino, não sinto e não vejo nada, como se estivesse desligado do ambiente ”. Isto é Zen. Não é raro ouvir de pessoas que em tempo de perigo reagiram e comportaram de forma inexplicável inexplicável por eles. É o subconsciente deles que tomou controle da situação para salvá-los. Assim funciona também Zen. Muitos nos perguntaram: “Zen e Krav-Magá, vocês têm certeza?” Alguns estavam apenas caçoando, mas outros queriam genuinamente escutar. Ao pensarmos como nos defender, como aplicar um movimento ou outro, jamais conseguiríamos realmente executar aquela defesa ou livramento. O pensamento é lento demais e está muitas vezes sob a influência do medo. Somente quando o corpo está treinado e sabe se movimentar sozinho, descobrimos de repente durante o t reino que acabamos de fazer algum exercício ou movimento numa velocidade inacreditável e com eficiência parecida, sem nenhum pensamento prévio. Isto é Zen. Ze n. Se colocássemos nossa palma da mão sobre um quente ferro de passar roupa, não começaríamos a pensar se deixar ou tirar a mão. O nosso corpo, seguindo seus mecanismos de sobrevivência e auto-proteção, tiraria a palma da mão o mais rápido possível da fonte de calor. Só que isso não é Zen – é o instinto. Mas se essa é a explicação, por que devemos reagir sem pensar? Instinto é acionado em movimentos e situações pri mitivas, como no caso do ferro quente, enquanto Zen opera na di mensão intelectual e é ligado à nossa inteligência e nossos movimentos movimentos corporais. O exemplo aqui é de fácil entendimento – quanto mais controlarmos os movimentos de nosso corpo, quanto mais soubermos aproveitar ao máximo o funcionamento de cad a músculo, nervo e osso, mais acumularemos dentro de nós e dentro de nossa guerreira subconsciência, inteligência inteligência que será útil no momento em que Zen tomará o controle de nossas ações e corpo. No instit uto Wingate, em Israel, existem várias vária s pesquisas pesquisa s que comprovam a seguinte segui nte equação: “Coordenação significa Inteligência”, e é justamente esta a nossa intenção. Não é fácil compreender os princípios de Zen, mas não é extremamente dif ícil também. Só é necessário querer. Zen não é uma religião no sentido das três religiões monoteístas – o Judaísmo, o Islamismo e o Cristianismo. Cada praticante de Krav-Magá deveria no mínimo abrir sua mente e deixar o Zen penetrá-la. penet rá-la. Zen Ze n não é u ma religião religiã o de leis, proibições p roibições e ordens ord ens de faça fa ça ou não nã o faça. Zen Z en é um u m tipo de experiência, do mesmo modo que as aulas de Krav-Magá são uma forma de experiência. Devemos acrescentar mais uma explicação de suma importância. Não pretendemos aqui atrair alguém de alguma forma para Zen, mas apenas esclarecer o camin ho do Krav-Magá e a trajetória de sua criação. A ca ntora Madona, por exemplo, estuda Cabala, e ela não é a única. Muitos ao redor do mundo hoje em dia interessam-se pelos mistérios do judaísmo. Isso não significa que Madona ou outros como ela que tenham interesse no Judaísmo mudaram sua religião e tornaram-se judeus. Não. Os livros e as fontes bibliográ ficas que aparecem aqui se referem quase todos às versões hebraicas dos mesmos. Assim, os livros não necessariamente foram escritos originalmente no Hebraico – mas traduzidos posteriormente. A idéia atrás dessa abordagem é mostrar e provar mais uma vez que também para os israelenses que não lêem outros idiomas além do Hebraico, ainda há bastante basta nte materia m ateriall disponível d isponível na sua língua líng ua natal. Trata-se de matéria m atéria profissional de alta qualidade, que ao lê-la o leitor aprende sobre os camin hos das arte s marciais no geral, que se aplicam ta mbém sobre o Krav-Magá. Nosso objetivo era mostrar que os modificadores da história podiam ler este material, se apenas quisessem. O mesmo, aliás, vale para qualquer idioma de qualquer país. Portanto, citamos os nomes dos livros em suas línguas originais. 1. Karate-Do, My Way of Life. Gichin Funakoshi. Especialmente o capítulo da “História Não Escrita”. Uma leitura profunda desse livro daria ao leitor a sensação e a compreensão de por que é tão importante escrever a história do Krav-Magá para as próximas gerações. O autor da obra alega e lamenta que
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muitos fatos da história do Caratê sumiram para sempre, simplesmente por que não tinha alguém para escrevê-los. Portanto, lendas e mitos, que o próprio escritor duvida a sua veracidade, preenchem o vacum deixado no processo histórico de criação da arte marcial do Caratê. Entretanto, como não há alguma prova histórica para cá ou para lá, o autor é obrigado a aceitar os contos não verificados a respeito do passado e da origem do Caratê, e citá-los no seu livro. Todavia, outras pesquisas realizadas mostraram e comprovaram com certa medida de lógica as raízes do Caratê. O leitor deve levar em consideração as afirmações do autor apenas em relação ao livro em si, e não como fonte confiável para encontrar as verdadeiras origens históricas do Caratê. Para os praticantes de Krav-Magá, o material adotado no livro não significa nada, além do fato de que muitas das coisas escritas neste antigo livro são cor retas hoje exatamente como eram cem a nos atrás, especialmente no que diz respeito àqueles que tentam re-escrever a história. 2. Wisdom of Zen, Editora Hadar LTDA., Tel-Aviv. Este livro inclui Cento e uma histórias de Zen. No conto número Sessenta e sete percebe-se uma descrição quase idêntica às ações de Imi nos últimos dias de sua vida. Uma coisa está evidente – uma personagem personage m tão nobre, capaz de criar uma arte marcial tão perfeita, perfeit a, sem dúvida alguma algum a possuía profunda profund a compreensão compree nsão de Zen. Esta afirmação confirma-se também por todas as testemunhas que ouvimos e coletamos, de pessoas que conheceram esse gigante homem. Antes de se da r o trabalho de criticar ou rejeitar, é melhor que cada um por si aprenda o significado e o caminho de Zen, e assim descobrirá a sua ignorância no mundo das artes marciais frente ao infinito conhecimento de Imi. Não menos cur iosa e impor tante é a história h istória núme ro setenta e t rês no livro cita do, apesar de que qu e aqui referimos-nos apenas aos dez discípulos pioneiros. 3. Zen And The Art Of Archery. Archery. Eugen Herrigel. Herrigel. Facilmente poderíamos citar e marcar diversas linhas desta obra-prima, única do gênero. Mas ao fazê-lo, estaríamos cometendo um pecado indesculpável com relação ao maravilhoso autor do livro, o professor Eugen Herrigel, que elaborou elaborou e escreveu a inevitável conexão entre Zen e a arte japonesa de arco e flecha, com todos seus significados. É um livro obrigatório para qu alquer praticante de artes ma rciais que deseje genuinamente conhecer e saber a verdade que existe atrás dos movimentos corporais. Não há um espír ito de arte ma rcial sem Zen e toda tentativa de separar entre os dois é destinada a fracasso. Leiam e aprendam esse livro e vocês entenderão por que o Sr. Imi Lichtenstield insistiu insistiu tanto a incluir o “Espírito” na arte que criou. O livro é a companhado por uma breve, mas brilhante introdução escrita pelo Sr. D.T D.T. Suzuk i, co-autor do livro “Zen-Budismo e Psicanálise” (junto com os Srs. Erich Fromm & Richard DeMart ino). ino). 4. Lie Yu-Kou. LIEZI. Editora Keter, Jerusalém. Também aqui, como nos casos anteriores, só resta recomendar a leitura completa deste livro. Especialmente relevante para o nosso assunto é a quarta história, que começa na página cento e oito, aquela sobre sobre os arcos. É necessário entender que a obra e suas narrações fazem par te da época anterior à chegada de Zen e Shinto para o Japão e, portanto baseiam-se nos princípios do Tao e no tempo de começo do Budismo. Historicamente isso é possível, entretanto não está claro que tratase na era antes da criação do Kendô como o caminho da espada do Samurai, da qual originaramse o resto das artes marciais. E apesar de tudo achamos também nas fontes antigas referências ao “espírito” das artes marciais (estima-se que o material incluso no livro foi escrito cerca de dois mil e quatro centos a nos atrás). Na página pági na cento e nove do mesmo livro, l ivro, no conto cont o número cinco, podemos po demos perceber pe rceber o sábio caminho cam inho que leva aos conhecimentos existentes nas artes marciais. Somente quem conhecesse o Sr. Imi Lichten field como o fundador do Krav-Magá e tenha conhecimento das artes marciais em geral, entenderia a profundidade desta frase tão apropriada para aqueles que re-escrevem a história do Krav-Magá.
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5. “The Book of Krav-Magá – The Bible”. Yaron Lichtenstein & Rotem Lichtenstein Pela primeira vez, o livro expõe ao leitor estrangeiro o cami nho completo de Imi, o criador do KravMagá. A obra inclui todas as técnicas do Krav-Magá e serviu de grande ajuda para nós ao esclarecer as grandes diferenças com os livros escritos apenas para ser vir os interesses próprios de seus autores e, portanto mostram técnicas parciais, que tem como objetivo principal divulgar os escritores e não o Krav-Magá. K rav-Magá. Entre outros elementos, o livro contém histórias do dia-dia em Israel e explica como o Krav-Magá se encaixa naquela vida marcada de ataques terroristas e inúmera s guerras. Há também histórias sobre a vida de Imi, não apenas do aspecto profissional, mas também e, sobretudo para que o leitor possa conhecer o fundador da arte de forma mais profunda. O livro analisa e explica de ponto de vista objetivo por que Imi escolheu criar os movimentos de um modo e não de outro, construindo uma lógica consistente que dê ao próprio leitor a capacidade de compreender a importância da obra como modelo de imitação para as futuras gerações. O livro, escrito e m Inglês, inclui um dicionário fonético inédito que explica o pronunciamento correto dos nomes e das técnicas no Hebraico, a língua de origem do K rav-Magá, rav-Magá, exatamente como Imi pediu para o escritor e scritor fazer. Os autores a utores cometera m até at é o ato tão incomum incomu m neste ne ste mundo literário literá rio das artes arte s marciais e anexaram ao livro uma lista de documentos e cer tificações que comprovam ser o Sr. Yaron Lichtenstein o sucessor oficial do caminho de I mi. Os documentos incluem seus diplomas de Primeiro ao Nono Dan, assinados a ssinados e autorizados por Imi e legalmente autenticados. Além disso, Yaron Yaron expõe pela primeira pri meira vez o diploma d iploma de sucessor que qu e recebeu de Imi. 6. A Potência, O Mistério, A Verdade O segundo livro publicado em Hebraico sobre o Krav-Magá, que constituiu uma continuação para o primei ro livro, escrito esc rito por Imi I mi e Yaron. Atualmente, quando todos tentam chamar o Krav-Magá de “sistema de luta militar”, militar”, seria altamente recomendado ler, analisar e aprender esse livro, de 1994. Yaron, um Grão Mestre de Krav-Magá, conhece todos os segredos da arte, tanto os espirituais como os corporais, ele leva o leitor ao longo dos capítulos do livro para uma jornada at ravés de seu serviço militar, quando lutou atrás das linhas inimigas. O livro mostra a única ligação possível entre o Krav-Magá e entre fazer do praticante um verdadeiro guerreiro, não apenas no sentido das artes marciais, mas no total sentido da palavra, usando fuzil, canhão ou avião. Um guerreiro que enfrenta o inimigo e o derruba, não com a força de seu fuzil, mas com a ajuda daquele “poder” invisível e inexplicável para quem não conhece a sua existência - o poder do “Ki”. É uma força além das explicações escritas, e ao ler os capítulos que tratam do assunto não poderíamos negar que era este o caminho e a intenção original de Imi, o fundador da arte. Um fato fica imutável – quem lutou ou está lutando em batalha, compreende as coisas da forma que são, enquanto que para aqueles que a palavra guerreiro constitua apenas um termo literário ficcional usado em romances e filmes de ação – eles não entendem e não entenderão o caminho do Krav-Magá. 7. The Book of Five Rings (O livro de cinco anéis). Yamamoto Musashi. É interessante ver que já nas primeiras páginas do livro, escrito cerca de quatro centos anos atrás, o autor critica os que abrem escolas tendo em mente apenas o lucro financeiro. Seria esta a grandeza da obra e de seu escritor?? O livro, como uma unidade perfeita, é o motivo pelo qual não se cita partes relevantes a algum tema, e cada praticante de arte marcial deve conhecer este livro de cor. Cada palavra deveria deve ria ser gravada gravad a no coração de um verdadeiro verdad eiro artista art ista marcial, marcia l, de um verdadeiro guerrei g uerreiro. ro. Talvez seja esta a diferença entre o verdadeiro artista marcial e aquele que apenas se desfruta do título, nestes dias atuais em que a noção de arte vai se afastando das origens. É impossível impossível desligar o espírito do corpo e caso ocorresse tal desligamento - é o que chamamos de morte, ou seja, o momento da morte é aquele que acontece quando o espírito se desconecta do corpo. Só acrescentaremos isso: o livro é a obra-prima de todas as ar tes marciais. Leiam, aprendam e entendam todos seus aspectos.
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8. The Sport of Judo a s Practiced in Japan. Kiyoshi Kobayashi & Harold E. sharp. Este é um livro pura mente Professional Professional destinado principalmente a judocas ou pessoas interessadas em aprender os caminhos do Judô. Mas nós queríamos enfatizar o tema da suavidade de movimentação no Judô, que existe também no Krav-Magá. 9. The Rising sun . John Toland. Este livro vultoso descreve detalhadamente o cami nho histórico do Japão desde o ataque-surpresa em Pearl-Harbour Pearl-Harbour e até a derrota final na Segunda Guer ra Mundial. O livro cita testemunhas de diversos campos de batalha no pacífico e dos dois lados combatentes. Entretanto, o nosso interesse aqui é o lado japonês da história. É possível encontrar milhares de exemplos de soldados e oficiais japoneses que preferiam “morrer pela espada” a se tornarem prisioneiros prisioneiro s de guerra. guer ra. Ser capt urado urad o é uma forma form a de ficar vivo, talvez até uma forma de covardia de acordo com a concepção japonesa do Samurai. Quando se trata do povo japonês, aparentemente cada indivíduo se via, e ainda se vê, como um Samurai e, portanto a noção de “Defesa Pessoal” como é citada e comprovada no livro é estra nho ao dicionário japonês. Mesmo se as espadas foram guardadas em museus, caixas para ar mazenar o espírito huma no, ainda não foram inventados. 10. A Arte Art e do Judô Yosef Lev. Esta é a primeira obra originalmente publicada em Hebraico sobre o Judô, e que não seja uma tradução. O autor, o Sr. Yosef Lev, elaborou um livro completamente profissional sobre o Judô, entretanto na introdução ao leitor israelense, o Sr. Lev menciona o nome de Imi como o criador e fundador do Krav-Magá. A importância e relevância de Imi no mundo das artes marciais em Israel chegou a tais dimensões que até num livro totalmente desligado do Krav-Magá se faz questão de mencionar a criação e o nome do Krav-Magá. Além disso, aparece no livro confirmação para o fato de que no inicio de seu caminho o Krav-Magá fazia parte da Associação Israelense de Judô, Judô, um que levou Imi a incluir no Krav-Magá o sistema de faixas coloridas, como é de praxe no Judô. Fontes jornalísticas: Shoshana Carmon – Revista “La Isha”. Ronen Meirovitz – Diário “Yedioth Ahronoth” Bruria Avidan – Brir - Revista “La Isha”, 25.04.1988. Rami Shamai - Diário “Yedioth “Yedioth Ahronoth”, Seção do Esporte. Israela Rosentzveig – Rede “Arim” Ronen Meirovitz Meirov itz – “Tarbut”, 09.09.1994. 09.09.1994. Dorit Tal – Or - Rede “Arim”. Shamir Anat – Diário “Haaretz”, 23.01.2000. Nitsan Dan it - Diário “Haare “ Haaretz”. tz”. Israela Shaked & Eyal Ben – Dor – Diário “Maariv”, 29.05.1990. Miki Timan & Neli Shefer – Revista “At”, Maio de 1988. Eitan Dantsig – Protocolo do canal de Rádio “Kol Hashalom” Eitan Dantsig - Diário “Haaretz”. Yuval Lahav & Zeev Dvir – Revista “Olam Haisha” Levi Ytzhak Hayerushalmi – Diário “Maariv”, Maio de 1980. Dori Haoni - Diário “Haa retz”. Rubinski Ariel- Diário “ Haaretz”. Gila Matza & Geri Abramovitz - Diário “Maariv”. Kofen Ron & Garf Lilach - Diário “Haaretz”, 25.04.2001 Tomer Shpiner & Avi Veldman – Revista “Rosh Ehad”. Handwarker Haim - Diário “Haaretz”, 18.02.2000 18.02.2000 Levavi Lea & David Robinger – “Jerusalem Post Magazine”, 1977.
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Gil Yudilevitz & Amnon Niv – Diário “Yedioth Ahronoth”, 1982. Sade Sharon London – Diário “Haaretz”, Seção virtual. Yardena Fishman – Diário “Yedioth Ahronoth”. Ahro noth”. Revista Acadêmica Anual da Universidade Universidade de Jerusalém, artigo editorial, 1988. Das centenas de artigos e reportagens que líamos e analisamos para ter uma v isão mais ampla e multidimensional a respeito da pesquisa, escolhemos, no final, aqueles que melhor descreveram o processo histórico h istórico correto c orreto da formação forma ção do Krav-Magá. K rav-Magá. O objetivo de nosso nosso trabalho é muni r o leitor com os instrumentos mais adequados, práticos e lógicos para entender o caminho completo e verdadeiro de Imi como o criador do Krav-Magá, além de capacitá-lo para compreender a essência do Krav-Magá como arte marcial no total sentido da palavra, e não apenas como mais um “sistema”. Portanto, incluímos uma lista bibliográfica relativamente reduzida, supondo que quem realmente queira saber e estudar o caminho completo e correto pode sem problema algum basear-se no material profissional aqui citado. Ademais, a bibliogra fia foi composta para que explique da forma mais factual e precisa possível o espírito do Krav-Magá. Evidentemente que cada praticante que desejasse expandir seus horizontes encontraria nesses livros as repostas para quase todos os assuntos. Como é de praxe, a listagem bibliográfica no final da pesquisa tem dois objetivos: primeiro, apoiar e fundamentar os temas pesquisados e segundo, dar ao curioso leitor uma oportunidade para desenvolver desenvolver e expandir seus con hecimentos dos assuntos tratados no livro. Há variedade enorme de livros sobre o assunto e nós intencionalmente tocamos apenas em alguns que julgamos ser os mais eficazes, simples e de fácil entendimento. A maior par te dos livros está em Hebraico devido ao fato de que desde o início tentamos basear a pesquisa sobre o princípio de Israel como elemento guiador, uma vez que ali foi criado o Krav-Magá e tudo que percebemos no Krav-Magá não é apenas do ponto de vista universal que engloba todas as a rtes marciais, mas principalmente através de uma pe rcepção mais estreita que se concentra na concepção israelense da qual surgiu o Krav-Magá. A ligação entre o ponto israelense com o ângulo geral d as artes marciais é ampla, longa e complexa demais para ser tratada em nossa pesquisa. Portanto, tocamos somente em algumas ligações históricas únicas que mostram a relação entre a história do povo judeu e sua cultura de guer rear durante seus seis mil anos de existência e entre as diferentes artes ma rciais. Isso sem dúvida levou levou a fundação de uma concepção de arte marcial judaica / israelense, como é o caso do K rav-Magá. rav-Magá. O ensino desses métodos e técnicas de combate, que aparecem ao longo de toda a bíblia judaica, comprovam os pontos de ligação direta entre o fundador da arte e a abordagem bíblica, que mesmo não sendo algo definido e alinhado, constitui indubitavelmente um resultado genético. Apesar disso, não se deve entender nossos comentários, sob hipótese alguma, como um convite para ler e estuda r as diversas partes da Bíblia judaica ou considerá-las matéria bibliográ bibliográfica ou de alguma relação imediata com o Krav-Magá. Mas, somente compreender as raízes do KravMagá na própria existência do povo de Israel. No “The Book of Krav-Magá – The Bible” o autor toca levemente no tema, comparando entre a sabedoria do Rei Salomão e a do Krav-Magá e de seu criador. Está escrito que o Rei Salomão era o “Mais sábio de todos os homens”, provavelmente com a intenção de apontar a sabedoria de Imi e a sua forma de agir e fundar o K rav-Magá. rav-Magá. Queríamos incluir na pesquisa também outros livros sobre o Krav-Magá, publicados posteriormente poster iormente à mor te de Imi, mesmo se fosse ape nas para ter te r algum ponto pont o adicional de equilíb eq uilíbrio rio e de apoio, pelo menos do aspecto bibliográfico. Entretanto, depois de ler, examinar e a nalisar aqueles livros ficamos um pouco desorientados com as coisas que achamos neles. Então resolvemos nos focar somente em alguns pontos específicos que estejam diretamente ligados aos acontecimentos históricos e às tentativas daqueles autores de modificar e desviar a história de seu curso natural para que sirva seus próprios interesses. Obviamente que quase todos esses livros que foram escritos após o falecimento de Imi fazem uso cínico do nome do fundador, normalmente com o objetivo de se glorificar e criar uma história para si mesmos, pensando erroneamente que jamais alguém ousaria opor-se aos seus atos e ações.
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O Sr. Darren Levin, por exemplo, num livro que publicou sobre o Krav-Magá e que de acordo com ele seria o “livro completo do Krav-Magá”, afirma que no ano de 1981 o ministério da educação em Israel financiou para ele e para alguns de seus instrutores um curso especial no Instituto Wingate, evento no qual ele participou e até ganhou o título de “Full Instructor” (I nstrutor Completo). Completo). Então, em primeiro lugar não existe tal título no instituto Wingate em Israel. Segundo, quanto ao ministério da educação em Israel, que alegadamente bancou o curso – nenhum mi nistério em Israel, da educação ou outro, financia alguma atividade ligada a qualquer tipo de arte marcial em Israel. Até o Judô, considerado um esporte olímpico de vasta popularidade em Israel, não recebe verbas de nenhum órgão oficial. Ademais, quando a primeira mulher na história de Israel a ganhar medalha olímpica na modalidade do Judô, a Sra. Yael Arad (Barcelona 1992) estava se preparando para os jogos olímpicos, todos todo s os treiname ntos foram por sua cont a e a de seu treinador, treinad or, incluindo três trê s meses de intensivos treinos no Japão. Somente depois de ganhar a medalha e como conseqüência da dura crítica da mídia e do público em Israel, o ministro do esporte t ransferiu algum valor para o treinador da judoca, o Sr. Dani Leopold e à sua discípula. Essa é a realidade dos esportes olímpicos e quando se trata do Krav-Magá a situação é bem pior. Não há nenhu nenhum m financiamento de algum órgão público em Israel. Dizer ou escrever que exista tal financiamento significa agir de forma desonesta e desapropriada, abusando da ingenuidade e falta de conhecimento do público. No seu livro o Sr. Darren Darr en Levin ainda menciona e admite admit e especifica e abertamente que alterou o Krav-Magá para adequá-lo especialmente ao público americano. E nós perguntamos: por que é necessário mudar? Será que os amer icanos têm três mãos e quat ro pernas? Será que nos EUA as pessoas são menos habilidosos do que os israelenses e o resto do mundo? Eles possuem alguma deficiência física ou mental que os impedem de praticar o mesmo Krav-Magá praticado em Israel? Será que o público americano é t ão estúpido que não seja capaz de aprender Krav-Magá? Krav-Magá? E já que ele admite a modificação e como é possível possível perceber do livro realmente não há quase nenhuma semelhança com o Krav-Magá original de Imi, não tivemos outra opção a não ser ignorar completamente este material vendido para mais de trezentos milhões de amer icanos como se fosse a verdade. A mesma história se repete com um outro livro, desta vez escrito pelo diretor da IKMF, o Sr. Eyal Yanilov e editado pelo Sr. Tzvi Murik que, de acordo com sua própria testemunha, é a pessoa indicada por Imi para escrever o Krav-Magá. Entretanto, verificando as ações passadas do Sr. Murik descobrimos uma realidade completamente diferente. O Sr. Tzvi Murik afirma que quando fundou a sua editora, Im i lhe encarregou a missão de colocar por escrito o Krav-Magá depois que a editora estará bem conceituada no mercado. Mas, era surpreendente descobrir que a editora do Sr. Murik, de acordo com seu site vi rtual, foi estabelecida no ano de 1975. Por que, então, ele esperou até o ano de 2001 para publicar um livro sobre o KravMagá? Uma empresa demora um a dois anos para conseguir reconhecimento do mercado, depois desse tempo ela fecha as portas ou vire bem sucedida. Por escrever aquele livro liv ro no ano de 2001, os Srs. Tzvi Tzvi Murik Mur ik e Eyal Yanilov Yanilov foram indiciados i ndiciados em Israel por que alegaram ter escrito o livro junto com Imi, algo que não é verdade e em Israel este ato é considerado um crime. Numa citação tirada de uma correspondência eletrônica enviada pelo diretor da IKMF (e que aparece no final do capítulo “Imi”), percebemos que o próprio autor admite o fato de que suas afirmações a respeito do processo de elaboração do livro eram falsas (sim, o autor reconhece que mentiu para o público dos leitores). leitores). Este é o motivo pelo qual jamais poderíamos usar o livro como fonte bibliográfica e citá-lo em nossa pesquisa. O Sr. Murik, alías, como já mencionamos ao longo do livro, recebeu de Imi apena s a faixa verde. Depois disso, não continuou sua educação nem com Eli Avikzar, não com Yaron Lichtenstein e tampouco com Haim Zut. Ele seguiu aprendendo com o diretor da IKMF, e recebeu dele a faixa preta alguns anos mais t arde, mas como o próprio Sr. Murik e screve no mesmo livro: “Somente de forma honorária, não por mérito profissional ”. Isso já diz tudo. Claramente que no mercado editorial existem mais dezenas de livros sobre o Krav-Magá, mas todos sem exceções não passaram pelos testes padronizados de qualidade profissional e veracidade histórica que foram realizados pela pesquisa. Entretanto, de um livro em especial não conseguimos
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desviar a nossa atenção. Esta “obra”, escrita em português e lançada no distante Brasil, foi enviada para nós pelo nosso querido que rido Dr. D r. Alfred Alfre d Gomes (que também també m fez a gentileza gentilez a de t raduzir raduz ir para pa ra nós, de Português, as partes mais relevantes e, portanto terá a nossa eterna gratidão), professor de história contemporânea na Universidade de Rio de Janeiro. O livro em questão foi elaborado por um indivíduo que utiliza o título de “ Presidente da Federação Sul Americana de Krav-Magá”. Krav-Magá”. Profissionalmente, o material não passa de uma mistura de estilos diferentes e não representa o caminho de Imi. Porém, o grande choque foi quando começamos verificar as afirmações feitas pelo autor do livro sobre si mesmo. Até agora temos dificuldades em entender se o autor escreveu um livro sobre o Krav-Magá ou sobre suas alucinações pessoais. Por exemplo, ele alega ter sido mandado ao Brasil pelo governo israelense. Ou diz fazer parte de algum grupo de alunos que jamais existia, ou que serviu em unidades de elite no exército israelense etc.etc.. Há várias outras declarações que aconteceram apenas na imaginação do autor, sendo que não achamos em Israel nenhuma confirmação para suas histórias. Portanto, tampouco podíamos utilizar este material. Acima de tudo, queríamos apresentar ao leitor uma pesquisa verdadeira e confiável até o mínimo dos detalhes. Muitos dos autores jamais treinaram com Imi ou com um de seus d iscípulos. iscípulos. Desta forma, estávamos sem nenhuma fonte profissional confiável, além do “The Book of Krav-Magá – The Bible” e os dois livros que Imi e Yaron escreveram juntos no Hebraico. Fecha a lista o livro que mais nos ajudou na elaboração da pesquisa: The Yom Kippur War – Moment of Truth. Ronen Bergman & Gil Meltzer. Editora Yedioth Ahronoth, Tel-Aviv 2003. Este emocionante livro documentário traz ao leitor a quase completa história da Guer ra de Yom-Kipur (1973 (1973), ), usando para t al milhares de documentos e testemunhas pessoais que esclarecem de uma vez por todas os verdadeiros acontecimentos daquela sangrenta guer ra. Grande parte da história da guerra ficou desconhecida pelo público por muitos anos, resultado de interesses pessoais de políticos e generais que estavam envolvidos no conflito e quase levaram o Estado de Israel à sua total destruição, e du rante três décadas fizeram de tudo para esconder os verdadeiros fatos históricos. Os próprios militares, sob a pressão de vários generais de alto escalão, censuraram qua ntidade considerável de material documentário. Entretanto, historiadores, arqueólogos e jornalistas são, por natureza, u m povo curioso que vive para cavar até encontrar toda a verdade. O livro em si não tem relação direta com a pesquisa ou com o Krav-Magá, e ele serviu mais como fonte de inspiração para nós e para nossa pesquisa. O tema mais interessante do ponto de vista da pesquisa é a história completa da queda do posto avançado “Mefatzearr Guimel” durante a Guerra de Yom Kipur, história essa citada no livro acima. Alguns dos guerreiros morreram já nos dois primei ros dias da g uerra e os outros tor naram prisioneiro p risioneiross de guerra guer ra no Egito, por períodos pe ríodos de dois a três meses. Entre eles, estava também o soldado cuja história pessoal é descrita no capítulo “O Sexto Sentido do Guerreiro”. Para quem quiser conhecer mais de perto o espírito e spírito de resistência do soldado e do guerreiro israelense frente ao i nimigo, este livro seria uma fonte indispensável. Nofinal do livro em questão foram inclusas também alguns artigos que abordam o inaceitável tratamento dado aos prisioneiros prisioneir os de guerra guer ra israelenses isr aelenses pelo Esta do de Israel, depois da d a volta dos guerre g uerreiros iros do cativeiro. Alguns deles voltaram gravemente feridos, outros perderam a sua sensatez como conseqüência das horríveis torturas físicas e mentais que eles passaram na pr isão egípcia. Para quem desejar saber mais sobre a Guerra do Yom-Kipur, os arquivos da biblioteca da universidade inglesa de Cambridge, disponíveis na internet, seriam provavelmente provavelmente a mais completa fonte do mundo. E para terminar acrescentaremos um ponto de vista pessoal – cada vez que sentimos incapazes ou deixamos o desespero entrar em nossos corações por causa das imensas dificuldades de escrever esta pesquisa, foi este livro acima mencionado que nos deu a força e a inspiração para continuar apesar de tudo.
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Locais Israel, além de ser o país de nascimento do krav-maga e a Terra Santa de três das maiores religiões no mundo, é também um dos lugares mais bonitos em nosso planeta. Nós não somos uma agência de turismo e não é de nossa função mandar turistas para Israel. Porém, para aqueles que já resolveram viajar para lá e o que krav-maga já constitui uma parte inseparável de suas vidas, achamos adequado elaborar e recomendar algum percurso atrás da história geográ fica da criação do krav-maga. A trajetória é longa e inclui dezenas de locais onde Imi visitou e ensinou. Nós escolhemos e scolhemos um passeio mais curto curt o que inclui os pontos historicamente mais importantes. O ponto de partida, obrigatoriamente, teria ter ia que ser a cidade de Natanya. Natanya. Ali, pegaremos um táxi no centro da cidade cida de para corrida corr ida de dez minutos até o cemitério e o tumulo de Imi, para lhe dar a honra e o respeito que merece. No Judaísmo é de costume que cada visitante coloca uma pequena pedra no canto do monumento. Assim, de acordo com o número de pedrinhas é possível saber a quantidade dos visitantes nos últimos tempos, já que os funcionários do cemitério limpam de vez em quando as pilhas de pedras. A cidade de Natanya, apesar de não possuir nenhum sítio turístico de importância histórica ou religiosa, ainda é um centro de atração para muitos turistas que chegam a Israel, especialmente para os viajantes mais novos. A cidade opera vinte e quatro horas por dia, com todos seus cafés, restaurantes e diversos locais de diversão. É nesta que Imi morava e criou o krav-maga. A primeira academia que abriu ficou na Rua Sheshet Hayamim 2, mas este não n ão existe mais. Na verdade o lugar não era exatamente uma academia, mas somente uma parte da portaria / entrada do prédio. A entrada, entrada , que era particularmente particula rmente grande, foi dividida d ividida pelo síndico para duas partes por uma parede construída posteriormente. Um lado foi alugado por Imi e o aluguel contribuiu para a manutenção do prédio. Entretanto, aquela parede já foi removida e agora a portaria por taria voltou a ser apenas uma entrada ent rada normal. Apesar Apesa r da importância histórica do lugar, essa se refere mais a Imi menos ao krav-maga (o desenvolvimento desenvolvimento do mesmo começou depois da mudança para a r ua Shmuel Hanatziv). Da Rua shshet Hayamim Imi mudou-se para a Rua Shmuel Hanatziv número vinte e dois. Naquele local Imi inicio a criação cria ção do krav-maga kr av-maga e chegou chegou ao seu auge. Nesta academia tinha um peso crucial c rucial para pa ra a formação forma ção final do krav-maga por Imi e seus dez discípulos pioneiros durante os treinos semanais sema nais de Sábado. Embora hoje em dia o Dojo esteja fechado (no local opera uma agência de corretores de imóveis), mas é possível andar ao longo do corredor de entrada até o final e ali descer exatos oito degraus, até o ponto onde estava a porta de entrada da academia. Os anos não estragaram a sensação especial sentida ali. Por mais que o lugar esteja pequeno e modesto, mais única é a sua grandeza. É a potência e o poder de Imi que criaram o krav-maga, e não o lugar. Os mais inspirados notaram facilmente ambiente distinto pelo menos hoje em dia) que presente lá. É neste lugar não peculiarmente peculiar mente luxuoso ( pelo surgiu uma das artes marciais mais conhecidas no mundo. Três prédios norte de lá, na Rua Shmuel Hanatziv vinte e oito, no quinto andar, ficava o apartamento de Imi, onde claramente não podemos entrar. Depois, voltam no sentido sul na Rua Shmuel Shmuel Hanatziv e virem para a direita d ireita na Rua Hertzel. Caminhem Camin hem algumas centenas de metros e chegarão para a praça dos cafés, apelidada 345
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de “Midrahov”. Ali, no lado direito, precisamente no centro da praça, ao estar com o rosto olhado para a direção do mar, quatro lojas antes de “Café Papa”, ficava o lugar mais famoso na cidade, pelo menos no que diz respeito ao krav-maga k rav-maga – “Café Ugati”. Ugati”. Hoje, é apenas uma recordação nostálgica. Dois minutos a pé de lá, e já estamos na calçada da praia, observando as ondas do mediterrâneo, onde Imi começou desenvolver a técnica da água no kravmaga. Mais dez minutos de carro no sentido sul da d a cidade nos levariam ao bairro bair ro de 1* Dora . A base militar de “Dora” já sumiu faz bastante tempo – ele foi transferido para outra localidade localida de que o exército prefere prefere manter em silêncio, por motivos óbvios óbvios e consequentemente também o nome da base foi alterado. O bairro residencial tampouco ficou o mesmo, e sofreu várias mudanças significativas. De um bairro pobre dependente do quartel quart el militar, o lugar se desenvolveu desenvolveu e agora virou uma área luxuosa com casarões ao longo da avenida principal – em frete a praia. Continuando de carro na direção sul, chegaremos em poucos minutos para o Instituto Wingate. A entrada para o campo universitário é livre e na entrada há estacionamento para veículos. De lá podemos continuar à pé, até o centro do instituto. i nstituto. O lugar não pé diferente de qualquer outro parque universitário. Construído acima de dunas milenares, foi decidido preservar a ambiente ecológica natural do local, mantendo a vegetação característica das dunas ao longo das praias israelenses. Podemos encontrar encontrar no território ter ritório diversas arvores, plantas e flores que têm seu habitat natural em Israel exclusivamente naquele terreno. No lado oeste, com uma alta rede de de concertina separando entre os dois, dois, fica a Escola de Preparação Preparaçã o Física para combate do exército israelense, o lugar onde Imi Im i treinou nos anos 1948 – 1966. Se tiverem sorte, poderiam ver os soldados do outro lado do muro praticando diversos treinamentos: trei namentos: passando por obstáculos, rastejando, pulos, corridas, etc. as aulas de krav-maga são ministradas ministra das numa sala fechada e não seria possível observa-las através da concertina. concerti na. E um aviso: é proibido filmar a base militar! Tirar fotos ou filmes de bases e quartéis militares em Israel consiste num crime contra a segurança do país e pode signi ficar longos períodos na prisão. Em frente à entrada da base, mas ainda nos limites do Instituto, veremos o ginásio construído em memória de Imi Lichtenfield, o fundador do krav-maga. Em nossa opinião, ele deveria receber muito mais do que isso. Desse ponto voltaremos ao nosso carro e iremos de novo à direção sul, até a maior metrópole em Israel – Tel-Aviv. Bem no centro da cidade, próximo para uma das praças e avenidas mais famosas no país – Avenida (e praça) Dizingof. Na área onde ficam os centros comerciais, os caros shoppings e os chiques cafés, na esquina das Trumpeldor e Pinsker, do lado esquerdo (quando estamos olhando para o norte), estava antigamente a academia de Imi. Esta região tampouco se escapou do imenso desenvolvimento e da onda de construções modernas que Israel passou nas últimas décadas. Entretanto, a atmosfera, o ambiente do lugar é o elemento mais importante, mais relevante. De lá voltaremos para o nosso carro e seguiremos mais uma vez na direção sul, cerca de meia hora de viagem, até Rehovot 2*, conhecida em Israel também como 1. O nome do bairro era “Dora”, “Dora”, em memória da esposa do General Dan Even, o pr imeiro comandante israelense do quartel. 2. Rehovot é o nome original do local, dado à cidade pelo Abraão, durante o período bíblico. O significado da palavra é “Coração Amplo”, ou “Coração Generoso”,
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“A Cidade Científica”. A cidade tem, entre outros centros acadêmicos: um filial da Universidade de Jerusalém, a Faculdade agrícola de Israel, o hospital universitário “Kaplan” e o Instituto Weisman, considerado um dos maiores e melhores instituições i nstituições de pesquisa científica no mundo. Recomendamos realizar um passeio a pé dentro do instituto. É um local silencioso e muito bonito. No final do campus há um pequeno museu que apresenta a história do desenvolvimento científico em Israel. Rehovot é uma cidade pequena, até para as proporções israelenses. Numa distância de dez minutos do centro da cidade, indo para a direção leste, fica a escola BUKAN. Hoje em dia a escola não está mais aberta abert a ao público, mas apenas por tempo limitado a cada ano, quando são realizados treinamentos especiais para grupos seletos, normalmente marcados com antecedência. Anos atrás a região toda era cercada por laranjais e um passeio entre os poucos que ainda sobraram (antes que esses também virem aranhas-céu) durante a temporada de florescimento das árvores é uma experiência mística única ún ica – especialmente por causa do cheiro deslumbrante emitido pelas árvores. Este também é o motivo que a BUKAN foi fundada naquele lugar. De Rehovot, continuaremos de carro para a direção sul, cerca de mais quatro a cinco horas de viagem, até chegarmos chegar mos para a reserva de Ein-Gedi, Ein- Gedi, que seus magníficos penhascos inspiraram artigos excepcionais nos dois livros escritos por Imi e Yaron, em Hebraico, sobre o krav-maga. Para quem gosta de natureza, uma excursão na reserva é imperdível i mperdível (cada site virt ual sobre turismo em Israel inclui informações ). úteis sobre a reserva de Ein-Gedi e os passeios disponíveis disponíveis no local). Da reserva de Ein-Gedi, no sul de Israel, atravessaremos o país todo e chegaremos até Rosh-Hanikra, no extremo norte do Estado. A beleza do lugar é excepcional. A água salgada do mar mediterrâneo cavaram cavernas naturais dentro das montanhas calcárias que se erguem do mar. Há um caminho clandestino que leva os mais ousados até as profundezas das cavernas, que escondem vistas encantadoras. Além disso, a pouco distância de lá é possível visitar as ruínas da antiga malha ferroviária que outrora constituía a principal ligação entre Cairo, Israel e líbano, e chegou até a cidade de Damasco na síria e de lá continuou para a Europa. Foi com este trem que Imi viajou de Alexandria para Israel (ou “Palestina”, como foi chamada naquela época). Naquela época a cidade de Natanya ainda não se desfrutou desfr utou dos serviços de uma estação ferroviária, e era necessário descer numa outra cidade e de lá andar algumas horas de pé de volta até Natanya, que naqueles dias não era nada mais do que algumas barracas arcaicas espalhadas ao longo das infinitas dunas que somente mais tarde habitariam a cidade moderna. Não esquecem que no período em questão ficar muito tempo nas estradas signi ficava expor-se a grandes perigos na forma de assaltantes e assassinos que emboscavam os pedestres. Somente uma pessoa como Imi poderia ter caminhando toda essa distância sem que nada de ruim aconteça. Nós escrevemos a lista dos locais seguindo o nosso próprio ponto de vista. Porém, cada um poderia começar o seu passeio do lugar que achar mais adequado. Boa viagem!!!
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O último lugar de descanso de Imi. Escrito: Ao nosso querido Imi Imi Filho de Yanca e Shmuel, mortos mortos no Holocausto 1910 – 1998 Criador do Krav-Magá
De baixo: “IMI” Ser Humano, Educador Educador e Guerreiro
As pequenas pedras em cima do monumento é uma antiga tradição judaica. Cada pessoa que visite o cemitério coloca as pedrinhas como sinal de respeito. Ao entrar no cemitério, na entrada principal vire a esquerda, e depois na primeira à esquerda de novo. O respeito que temos a Imi precisa ser demonstrado também no dia-dia. Nós levaremos a nossa guerra para a honra de Imi e do krav-maga até o fim. 349
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