UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
FLUIDOS DE PERFURAÇÃO PROFESSOR: ALCIDES WANDERLEY
Fluidos de Perfuração Definição Flui Fluido doss de perf perfur uraç ação ão são são mist mistur uras as com complex plexas as de sólidos, líquidos, e algumas vezes, gases. Do ponto de vista químico, os fluidos podem assumir aspectos de suspensão, dispersão coloidal ou emulsão, dependendo do estado físico dos componentes. Eles deve devem m ser ser espe especi cififica cado doss de form forma a a gara garant ntir ir uma uma perfuração rápida e segura.
Fluidos de Perfuração Definição Flui Fluido doss de perf perfur uraç ação ão são são mist mistur uras as com complex plexas as de sólidos, líquidos, e algumas vezes, gases. Do ponto de vista químico, os fluidos podem assumir aspectos de suspensão, dispersão coloidal ou emulsão, dependendo do estado físico dos componentes. Eles deve devem m ser ser espe especi cififica cado doss de form forma a a gara garant ntir ir uma uma perfuração rápida e segura.
Fluido armazenado no tanque
Fluidos de Perfuração Características Desejáveis
ser estável quimicamente;
ser facilmente separado dos cascalhos na superfície;
não causar danos às formações produtoras;
aceitar qualquer tratamento, físico e químico;
ser bombeável;
ter baixo grau de corrosão e abrasão;
facilitar interpretações geológicas: – cascalhos – perfilagem
ter baixo custo.
Funções do Fluido de Perfuração
Controlar pressões de subsuperfície;
Remover os cascalhos para a superfície;
Limpar, resfriar e lubrificar a coluna de perfuração e a broca;
Evitar desmoronamento das paredes do poço;
Manter os cascalhos em suspensão quando não houver circulação;
Transmitir potência hidráulica a broca;
Reduzir os esforços na torre pelo efeito da flutuação.
Trajetória do Fluido de Perfuração SUPERFÍCIE FUNDO DO POÇO SUPERFÍCIE
Top Drive
Stand Pipe
Rig Floor
Blow out Preventors
X
Stand Pipe Manifold
Shale Shaker Header Tank
Active Pit System Sand Trap
Various Casing Points
Mud Pumps
X
X
Drill Pipe
Reserve Pit System
Annulus Open Hole
Top Drive
Stand Pipe
Rig Floor
Blow out Preventors
X
Stand Pipe Manifold
Shale Shaker Header Tank
Active Pit System Sand Trap
Various Casing Points
Mud Pumps
X
X
Drill Pipe
Reserve Pit System
Annulus Open Hole
Top Drive
Stand Pipe
Rig Floor
Blow out Preventors
X
Stand Pipe Manifold
Shale Shaker Header Tank
Active Pit System Sand Trap
Various Casing Points
Mud Pumps
X
X
Drill Pipe
Reserve Pit System
Annulus Open Hole
Top Drive
Stand Pipe
Rig Floor
Blow out Preventors
X
Stand Pipe Manifold
Shale Shaker Header Tank
Active Pit System Sand Trap
Various Casing Points
Mud Pumps
X
X
Drill Pipe
Reserve Pit System
Annulus Open Hole
Top Drive
Stand Pipe
Rig Floor
Blow out Preventors
X
Stand Pipe Manifold
Shale Shaker Header Tank
Active Pit System Sand Trap
Various Casing Points
Mud Pumps
X
X
Drill Pipe
Reserve Pit System
Annulus Open Hole
Top Drive
Stand Pipe
Rig Floor
Blow out Preventors
X
Stand Pipe Manifold
Shale Shaker Header Tank
Active Pit System Sand Trap
Various Casing Points
Mud Pumps
X
X
Drill Pipe
Reserve Pit System
Annulus Open Hole
Top Drive
Stand Pipe
Rig Floor
Blow out Preventors
X
Stand Pipe Manifold
Shale Shaker Header Tank
Active Pit System Sand Trap
Various Casing Points
Mud Pumps
X
X
Drill Pipe
Reserve Pit System
Annulus Open Hole
Sistema de Circulação do Fluido de Perfuração
BOMBAS DE LAMA
TANQUES DE LAMA
Fluidos de Perfuração Propriedades Físicas e Químicas As
propriedades físicas são mais genéricas e são medidas em qualquer tipo de fluido; As
propriedades químicas são mais específicas e são determinadas para distinguir certos tipos de fluidos; Propriedades físicas mais freqüentemente medidas: densidade, parâmetros reológicos, forças géis, parâmetros de filtração, teor de sólidos, coeficiente de lubricidade, resistividade e estabilidade elétrica;
Propriedades químicas mais freqüentemente medidas: pH, teores de cloreto e de bentonita, alcalinidade, excesso de cal, teor de cálcio e de magnésio, concentração de H2S, concentração de potássio.
Propriedades do Fluido de
Perfuração PROPRIEDADES FÍSICAS Massa Específica (Conhecida no campo como “ PESO ESPECÍFICO”)
M V
M – Massa da Amostra V – Volume da Amostra
Equivalência entre as Unidades:
1g/cm³ = 1kg/ l = 8,34 lb/ gal = 62,4 lb/ pe³
Viscosidade A resistência interna que o fluido oferece ao fluxo. Maior viscosidade maior pressão de bombeamento.
Propriedades do Fluido de Perfuração PROPRIEDADES FÍSICAS Densidade:
– Seu valor é definido em função da pressão de poros
(pressão do fluido que se encontra nos poros da rocha), e pela pressão de fratura das formações expostas. Para aumentar a densidade adiciona-se normalmente baritina, BaSO4, que tem densidade de 4,25, enquanto a densidade dos sólidos perfurados é em média de 2,6. – Para reduzir a densidade dos fluidos à base água,
dilui-se com água (densidade 1).
Propriedades do Fluido de Perfuração PROPRIEDADES FÍSICAS
Balança para medição da densidade:
– Mede o peso aparente, pois não elimina totalmente o ar
incorporado ao fluido. – Calibração é feita com água (8,33 lb/gal).
Propriedades do Fluido de Perfuração PROPRIEDADES FÍSICAS
Parâmetros Reológicos:
– Define o comportamento do escoamento de um fluido. – Estes parâmetros influem diretamente no cálculo das perdas de
cargas dentro da tubulação e no anular, e no cálculo da velocidade de carreamento de cascalhos. Os parâmetros normalmente calculados são: viscosidade aparente, viscosidade plástica, limite de escoamento.
Propriedades do Fluido de Perfuração PROPRIEDADES FÍSICAS
Viscosímetro Marsh:
– Serve somente como indicativo da viscosidade do fluido e
não pode ser usado para cálculo da perda de carga. – Mede o tempo (em seg) de escoamento de 946 ml do fluido. – Calibração: água -> t=26 seg a 70 °F
Modelos Reológicos Modelo Newtoniano viscosidade aparente ( μ)
Modelo Binghamiano viscosidade plástica (VP) limite de escoamento (LE)
Modelo Potência índice de comportamento (n’) índice de consistência (k’)
Propriedades do Fluido de Perfuração PROPRIEDADES FÍSICAS
Viscosímetro Fann
Propriedades do Fluido de Perfuração PROPRIEDADES FÍSICAS
Forças Géis:
– Alguns fluidos são tixotrópicos, ou seja, adquirem um estado
semi-rígido quando estão em repouso e voltam a adquirir um estado de fluidez quando estão em movimento. A força gel é um parâmetro também de natureza reológica que indica o grau de gelificação devido à interação elétrica entre as partículas dispersas. – A força gel inicial mede a resistência inicial para colocar o
fluido em fluxo. – A força gel final mede a resistência do fluido para reiniciar o
fluxo após um certo tempo em repouso. A diferença entre eles indica o grau de tixotropia do fluido.
Propriedades do Fluido de Perfuração PROPRIEDADES FÍSICAS
Parâmetros de filtração:
A capacidade do fluido de perfuração em formar um reboco (camada de partículas sólidas e úmidas) sobre as rochas permeáveis é fundamental na execução de um poço.
–
Para formar este reboco, é necessário um influxo da fase líquida do fluido do poço para a formação. Este processo é a filtração. É essencial que o fluido tenha um percentual de partículas sólidas com dimensões adequadas para obstruir os poros rapidamente, fazendo que somente a fase líquida do fluido, o filtrado, invada a rocha. O filtrado e a espessura do reboco são dois parâmetros medidos rotineiramente para definir o comportamento do fluido quanto à filtração.
–
Propriedades do Fluido de Perfuração PROPRIEDADES FÍSICAS
Filtro Prensa:
– Medição de filtrado e reboco
Propriedades do Fluido de Perfuração PROPRIEDADES FÍSICAS
Filtro Prensa HTHP
Propriedades do Fluido de Perfuração PROPRIEDADES FÍSICAS
Teor de sólidos:
– Este valor deve ser mantido o mínimo possível, pois o seu
aumento implica em aumento de várias outras propriedades, tais como densidade, viscosidade e forças géis, além de aumentar a probabilidade de ocorrência de problemas como desgaste dos equipamentos, fratura das formações, prisão da coluna e redução da taxa de penetração. O tratamento do fluido para redução do teor de sólidos pode ser preventivo ou corretivo. O primeiro consiste em inibir o fluido, física ou quimicamente, evitando a dispersão dos sólidos perfurados. O segundo faz uso dos equipamentos de extração de sólidos, tais como tanques de decantação, peneiras, hidrociclones e centrífugas, ou através da diluição do fluido.
Propriedades do Fluido de Perfuração PROPRIEDADES FÍSICAS SISTEMA DE EXTRAÇÃO DE SÓLIIDOS PENEIRAS DE LAMA
DESGASEIFICADOR
DESAREADOR
MUD CLEANER DESSILTADOR
CENTRÍFUGA
Propriedades do Fluido de Perfuração PROPRIEDADES FÍSICAS
Retorta:
– Sistema de aquecimento e condensação – Resultados: % óleo, % água e % sólidos (em volume)
Propriedades do Fluido de Perfuração PROPRIEDADES FÍSICAS
Teor de areia:
– Peneira de 200 mesh – Resultados: % areia (em volume)
Propriedades do Fluido de Perfuração PROPRIEDADES FÍSICAS
Estabilidade Elétrica:
– Avaliar a estabilidade da emulsão e a reserva de agente
emulsificante.
Propriedades do Fluido de Perfuração PROPRIEDADES QUÍMICAS
Concentração hidrogeniônica - pH:
É medido através de papeis indicadores ou de potenciômetros, e é geralmente mantido no intervalo alcalino baixo, entre 7 e 10. O objetivo principal é reduzir a taxa de corrosão dos equipamentos e evitar a dispersão das formações argilosas.
–
pH
0
7 Ácido
Neutro
14 Alcalino
Propriedades do Fluido de Perfuração PROPRIEDADES QUÍMICAS
Medidores de pH
Papel
Potenciômetro
Propriedades do Fluido de Perfuração PROPRIEDADES QUÍMICAS
Alcalinidades:
- – O pH determina apenas a alcalinidade ou acidez relativa à concentração de H+, empregando métodos comparativos. A determinação das alcalinidades por métodos diretos de titulação volumétrica de neutralização considera as espécies carbonatos CO3 e bicarbonatos HCO3 dissolvidos no fluido, além dos íons hidroxilas OH- dissolvidos e não dissolvidos. – Nos testes de rotina são registrados os seguintes tipos de
alcalinidades: alcalinidade parcial do filtrado, alcalinidade da lama e alcalinidade total do filtrado.
Tipos de Alcalinidades nos Fluidos Pf – alcalinidade parcial do filtrado (pH de viragem 8,3, com fenolftaleina)
Pm – alcalinidade parcial do fluido (pH de viragem 8,3, com fenolftaleina) Mf – alcalinidade total do filtrado (pH de viragem 4,3, com metilorange)
Propriedades do Fluido de Perfuração PROPRIEDADES QUÍMICAS
Teor de cloretos ou salinidade:
– O teste de salinidade é também uma análise volumétrica de
precipitação feita por titulação dos íons cloretos. É expressa em mg/l de cloretos, mg/l de NaCl ou ppm de NaCl equivalente. O resultado do teste de salinidade é usado para identificar o teor salino da água de preparo do fluido, controlar a salinidade de fluidos inibidos com sal, identificar influxo de água salgada e identificar a perfuração de uma rocha ou domo salino.
Propriedades do Fluido de Perfuração PROPRIEDADES QUÍMICAS
Método:
– Volumetria de precipitação ( AgCl), com nitrato de prata,
em presença
de cromato de potássio. – Condutivímetro ou salinômetro Cl-, mg/l = 1000 x (Vol. de AgNO3 N/35,5, em cm3) NaCl, mg/l = 1,65 (1000) (Vol. de AgNO3 N/35,5, em cm3) mg/l de NaCl p.p.m de NaCl Obs.: Para conc. de NaCl < 40.000 mg/l Salinidade, ppm =
Sal., em mg/l densidade da solução
Propriedades do Fluido de Perfuração PROPRIEDADES QUÍMICAS
Concentração de sais no fluido
– os sais são incorporados ao fluido como aditivos ou contaminantes.
O aumento da salinidade – floculação maior viscosidade, maior força gel. Conceito e cálculos de pressão Definição: pressão é a força (F) aplicada por unidade de área (A)
P
F A
Unidades: kgf / cm², lbf /pol² (psi)
1Kg / cm² = 14,22psi
Propriedades do Fluido de Perfuração PROPRIEDADES QUÍMICAS
Dureza [Ca++ + Mg++] Conceito: Concentração total de Cálcio e Magnésio Aplicação: – Controle de rendimento de aditivos (polímeros, surfactantes, etc.) – Identificação de contaminantes (cimento, gesso, etc.) Método: Volumetria de completação com EDTA
Ação da dureza sobre aditivos de fluidos de perfuração
CMC-Na
+
Carboximetilcelulose de sódio
2RCOO-Na+ + Sabão de sódio
Ca++, Mg++
Ca++, Mg++
CMC-(Ca++,Mg++)
Dureza da água
pptº de carboximetilcelulose de cálcio e/ou magnésio
(RCOO)-2Ca++,Mg++ pptº sabão de cálcio e magnésio
+ Na+
+ Na+
Propriedades do Fluido de Perfuração PROPRIEDADES QUÍMICAS
Teor de bentonita ou de sólidos ativos:
– O teste do azul de metileno ou MBT é uma análise
volumétrica por adsorção, que serve como indicador da quantidade de sólidos ativos ou bentoníticos no fluido de perfuração. Ele mede a capacidade de troca de cátion das argilas e sólidos ativos presentes.
Classificação dos Fluido de Perfuração Baseia-se no constituinte principal da fase contínua ou dispersante:
– à base água, – à base sintética, – à base de ar ou de gás.
– A natureza das fases dispersante e dispersa, bem como os
componentes básicos e a suas quantidades definem não apenas o tipo de fluido, mas também as suas características e propriedades.
Fluidos de Perfuração À BASE ÁGUA A definição de um fluido à base água considera principalmente a natureza da água e os aditivos químicos empregados no preparo do fluido. A sua composição é fundamental no controle das propriedades do fluido.
A água pode ser doce, dura ou salgada:
– Doce: salinidade inferior a 1000 ppm de NaCl equivalente e não
necessita pré tratamento químico. – Dura: presença de sais de Ca e Mg dissolvidos que alteram o
desempenho dos aditivos químicos. – Salgada: salinidade maior que 1000 ppm de NaCl equivalente,
e pode ser água do mar, ou salgada com a adição de sais como NaCl, KCl ou CaCl2.
Fluidos de Perfuração À BASE ÁGUA
A principal função da água é prover o meio de dispersão para os materiais coloidais, tais como argila e polímeros, que controlam viscosidade, limite de escoamento, forças géis e filtrado.
Na seleção da água devem ser considerados os seguintes fatores: disponibilidade, custo de transporte e de tratamento, tipos de formações geológicas a serem perfuradas, produtos químicos e equipamentos e técnicas a serem utilizados na avaliação das formações.
Fluidos de Perfuração À BASE ÁGUA
Os sólidos dispersos no meio aquoso podem ser ativos ou inertes .
Sólidos ativos: são materiais argilosos (bentonita e atapulgita), cuja função é aumentar a viscosidade.
–
Sólidos inertes: podem se originar da adição de materiais industrializados ou serem provenientes de cascalhos finos, normalmente areia, silte e calcário. Baritina é o sólido inerte mais comum. Outros são calcita e hematita.
–
Fluidos de Perfuração À BASE ÁGUA
Produtos químicos adicionados:
– alcalinizantes e controladores de pH: soda cáustica, potassa cáustica
e cal hidratada; – dispersantes: lignossulfonato, tanino, lignito e fosfatos – redutores de filtrado: amido; – floculantes: soda cáustica, cal e cloreto de sódio; – viscosificante, desfloculante ou redutor de filtrado: polímeros; – emulsificante e redutor de tensão superficial: surfactantes; – removedores de Ca e Mg: carbonato e bicarbonato de sódio; – inibidores de formações ativas: cloreto de potássio, sódio e cálcio; –bactericidas: paraformaldeído, compostos organiclorados, soda cáustica e cal. – outros: anticorrosivos, traçadores químicos, antiespumantes.
Fluidos de Perfuração À BASE ÁGUA
Fluidos não-inibidos:
– perfuração de rochas superficiais compostas na
maioria das vezes de sedimentos inconsolidados.
Fluidos inibidos:
– perfuração de rochas com alta atividade química na
presença de água doce, tornando-se plásticas, expansíveis, dispersíveis ou até mesmo solúveis. – Adiciona-se inibidores: eletrólitos e/ou polímeros. – Inibidores físicos: são adsorvidos sobre a superfície das rochas impedindo o contato direto com a água. – Inibidores químicos: reduzem a atividade química da água e podem reagir com a rocha alterando sua composição (ex.: cal, cloretos de Na, K e Ca). Exemplo clássico é a rocha salina com alta solubilidade em água doce. Neste caso usa-se fluido saturado com NaCl como dispersante.
Fluidos de Perfuração À BASE ÁGUA
–
Fluidos com baixo teor de sólidos:
utilizados para aumentar a taxa de penetração.
Fluidos emulsionados com óleo:
utilizados para reduzir a densidade e evitar perdas de circulação.
–
Fluidos de Perfuração À BASE ÁGUA
Formulação Básica:
– ÁGUA – ALCALINIZANTE (NaOH, KOH, Ca(OH)2, MgO) – VISCOSIFICANTE (BENTONITA, CMC,
POLIACRILAMIDA, GOMA XANTANA) – CONTROLADORES DE FILTRADO (CMC, POLIACRILATO, AMIDO) – ESTABILIZADORES DE FORMAÇÃO (KCL, NACl, POLIACRILAMIDA, POLÍMERO CATIÔNICO) – ADENSANTE (NACL, CaCl2, FORMIATO, BARITINA, CaCO3, HEMATITA) – INIBIDOR DE CORROSÃO (POLIAMINAS) – BACTERICIDA (TRIAZINA)
Fluido de Perfuração a Base Água
Nativo
Inibido
Disperso
Inicial ou não inibido
Levemente tratado
Com floculante
Inibição Química
Baixo teor de sólidos Inibição Física
Polímeros
Com dispersante
Eletrólitos Ca++, K+,Na+,NH+4
Salgado Saturado
Emulsiona do com óleo Óleo Petróleo
Fluido Inicial Convencional Convencional
Características poder de inibição – Alto poder de carreamento, baixo poder
Aplicação – Perfuração de fases iniciais (poço 36 a 17,5 pol.)
Composição Básica de um fluido convencional flo-culado ou tampão viscoso – Água industrial – Argila Ativada
30-40 lb/bbl
– Soda Cáustica
0,5 lb/bbl
Fluidos Tratados com Polímero Catiônico
Características – Fluido inibido por polímeros catiônicos e íons Na + ou K+
Aplicação – Indicado para a perfuração de folhelhos altamente reativos
Composição Básica – Água industrial – Argila ativada – Polímero catiônico – CMC AVAS – Goma xantana – CMC BVAS – Surfactante – Soda cáustica – NaCl ou KCl
5,0-10,0 lb/bbl 4,0-6,0 lb/bbl 1,0-1,5 lb/bbl 1,0-1,5 lb/bbl 1,0-2,0 lb/bbl 0,02% v/v para pH = 8,5-9,5 para salinidade desejada
Fluidos Salgados Saturados
Características – Inibição química fornecida pelos íons dissolvidos. – Altamente agressivo ao meio ambiente.
Aplicação – Na perfuração de formações salinas.
Composição Básica – Água industrial – Argila ativada – Amido – Soda cáustica – NaCl
15-30 lb/bbl 8-12 lb/bbl 1-1,5 lb/bbl para saturação
Fluidos Emulsionados (Milk Mud)
Características – Emulsão de fase óleo em água (O/A). Baixa densidade.
Aplicação – Na perfuração de zonas com possibilidade de perda de circulação.
Composição Básica – Água industrial – Argila ativada – Soda cáustica – Surfactante – CMC AVAD – Fase oleosa
50-90% v/v 0,0 a 5,0 lb/bbl 0,5 lb/bbl 0,5 a 2,0 % v/v 1,0-2,0 lb/bbl 10-50% v/v
Fluidos de Perfuração À BASE SINTÉTICA A fase contínua ou dispersante é constituída por uma fase sintética, geralmente composta de hidrocarbonetos líquidos.
A fase dispersa é formada por pequenas gotículas de água ou de solução aquosa.
Alguns sólidos coloidais, de natureza inorgânica e/ou orgânica, podem também compor esta fase dispersa.
Estes fluidos podem ser: – emulsão água / óleo (teor de água menor que 10%). – emulsão inversa (teor de água de 10% a 45%).
Fluidos de Perfuração À BASE SINTÉTICA
Fluidos não aquosos são formulados usando aditivos componentes de um amplo grupo de substâncias chamados tensoativos ou surfactantes.
Estes produtos químicos incluem emulsificantes, sabões e agentes molhantes. Eles atuam reduzindo a tensão interfacial entre dois líquidos ou entre um líquido e um sólido.
Fluidos de Perfuração À BASE SINTÉTICA
Principais características:
– alto grau de inibição às rochas ativas – baixíssima taxa de corrosão – propriedades controláveis acima de 180°C até 260°C – alta lubricidade – largo range de densidade: de 0,89 a 2,4 – baixíssima solubilidade aos sais – Estabilidade de poço é melhorada
Fluidos de Perfuração À BASE SINTÉTICA
Normalmente são utilizados em:
– poços HTHP – formações argilosas – formações salinas – arenitos produtores danificáveis por fluidos à base
água – poços direcionais de grande afastamento – formações com baixa pressão de poro ou de fratura
Fluidos de Perfuração À BASE SINTÉTICA
Desvantagens:
– dificuldade de detecção de gás no poço
devido a sua solubilidade na fase contínua – mais poluente – interferência com alguns tipos de perfis – maior custo
Fluidos de Perfuração À BASE SINTÉTICA
Formulação Básica:
– ÓLEO SINTÉTICO – SALMOURA (NaCl, CaCl2) –EMULSIFICANTE (ÁCIDOS GRAXOS MODIFICADOS) – ALCALINIZANTE (CaO, MgO) – MODIFICADOR REOLÓGICO (RESINA) – ADENSANTE (BARITINA, HEMATITA)
Composição do Fluido Sintético
Composição básica ( bacia de Campos )
Base orgânica – Emulsificante primário – Cal hidratada – Salmoura de NaCl – Redutor de filtrado – Argila organofílica – Modificador reológico – Barita –
50 a 65 % v/v 8 – 10 lb/bbl 4 – 5 lb/bbl 30 a 45 % v/v 1 – 4 lb/bbl * 2 – 4 lb/bbl 0,25 – 0,5 lb/bbl QSP
* Varia em função do filtrado desejado e do tipo de controlador de filtrado.
Fluidos de Perfuração À BASE DE AR OU GÁS
O fluido circulante é ar ou gás (N2)
Situações que recomendam este tipo de fluido:
– perfuração de zonas de perdas de circulação severas; – formações produtoras com pressão muito baixa ou grande
suscetibilidade a danos; – perfuração de rochas muito duras como o basalto ou o diabásio; – regiões com escassez de água; – regiões glaciais com camadas espessas de gelo.
Fluidos de Perfuração À BASE DE AR OU GÁS
Perfuração com ar:
– utiliza apenas ar ou nitrogênio como fluido – limitada a formações que não produzam elevadas quantidades de
água e não contenham Hidrocarbonetos
Perfuração com névoa:
– utiliza uma mistura de água dispersa no ar – empregada quando são encontradas formações que produzam água
em quantidade suficiente para comprometer a perfuração simplesmente com ar
Fluidos de Perfuração À BASE DE AR OU GÁS Perfuração com espuma: – dispersão de gás em líquido, na qual a fase contínua é constituída por um filme delgado de uma fase líquida, estabilizada por um tensoativo (espumante) – empregada quando é necessário eficiência elevada de carreamento de cascalhos, uma vez que apresenta alta viscosidade
Perfuração com fluido aerado: – quando é necessário gradientes de pressão intermediários entre os fluidos convencionais e as espumas – injeta-se ar, N2 ou gás natural ao fluxo contínuo do fluido de perfuração para diminuir a densidade – recomendada em regiões com perdas de circulação