E m ir G u i m a r ã e s A n ü r ic h j u n e n i i s s D n u u e s t a r u c r u z R e n a G u i m a r ã e s fin d ric n R D U e r t o uri G u i n ü a n i
finanças corporativas a n á lis e d e d e m o n s tr a tiu o s co nt á D e is e de in u e s tim e n te s
S W ft c>x
intersaberes
Guimarães Andrich - — n \\ estarb estarb Cruz Cru z Guimarães Andrich Roberto Ari Guindani
Finanças corporativas
análise de demonstrativos contábeis e de investimentos
EDITORA
intersaberes
Av . V ice nt e M ac ha do , 3 1 7 . 14/3an da r Centro .C E P 80420-010 80420-010 . Curitiba . PR . Brasil Fone: (41) 2103-7306 ww w w w .e di to ra in te rs ab er es .com .c om .b r
[email protected]
Conselho editorial
Dr. Ivo José Both (presidente) Dr* Elena Godoy Dr. Nelson Luís Dias Dr. Dr. Ulf U lf Gregor Baranow
Editor-chefe
Lindsay Azambuja
Editor-assistente
Ariad Ar iadne ne Nunes Nun es Wenger
Capa
Design Imagem
Projeto gráfico
Laís Galvão dos Santos Santos Fotolia
Raphael Bernadelli
edição, 2014. Foi feito o depósito legal. 1 -
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Finanças corporativas: análise de demonstrativos contábeis e de investimentos/Emir Guimarães Andrich... [et al.]. Curitiba: InterSaberes, 2014. (Série Gestão Financeira). Outros autores: June Alisson Westarb Cruz, Rene Guimarães An dric h, Roberto Ar i G uin dan i Bibliografia. ISBN 978-85-443-0102-9 1. Adm inistração financeira financeira 2. Corporações - Finanças 3. Finanças corporativas I. Andrich, Emir Guimarães. II. Cruz, June Al isson Westarb. III. Andrich, Rene Guim arães. IV. Guindan i, Roberto Ari. V. Série. Série. 14-10853
CDD-658.15
índi ce pa ra cat álogo sistemático: 1. Finanças corporativas: Administração financeira 658.15
EDITORAAFI IL LIADA
Informam os que é de inteira inteira responsabilidade dos autores a emissão de conceitos. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prévia autorização da Editora InterSaberes. A vi ol aç ão do s di reito re ito s a utor ut or ais ai s é crime estabelecido na Le i n. 9.610/1998 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.
Apre Ap rese sent ntaç ação ão 9 Como aproveita aproveitarr ao ao máximo este este livro 1 1 I
Definições basilares • 15 1.1 1. 1 Tipos de origens de capitais capitais • 17 17 1.2 Custo de capitais: capitais: conceitos conceitos elementares • 20 1.3 Custo de oportunidade oportun idade • 22 22 1.4 Calculando Calcu lando o custo custo médio ponderado de capitais (CMPC) (CMPC) • 24 1.5 Custos de transação • 27 1.6 A dinâmica dos mercados mercados acionários acionários • 32 1.7 A racionalidade dos mercados mercados • 34
Princípios contábeis • 45 2.1 Base conceituai conceituai dos princípios contábeis • 47 2.2 Histórico legal e adesão às normas internacionais • 48 48
3 Demonstrações contábeis • 59 3.1 Introdução ao estudo das demonstrações demonstrações contábeis contábeis • 61 3.2 Obrigatoriedade de demonstrações demonstrações contábeis e outras outras informações no Brasil • 62 3.3 Utilização das demonstrações contábeis e a inter-relação inter-relaç ão com outras outras informações • 63 3.4 Relatório da administração administraç ão • 65 65 3.5 Balanço Patrimonial • 65 65 3.6 Demonstração Demon stração do Resultado do Exercício (DRE) (DRE) • 72 3.7 Demonstração do Resultado Abrangente (DRA) • 77 3.8 Demonstração Demonstr ação das Mutações do Patrimônio Patrim ônio Líquido Líquid o (DMP (DMPL) L) e Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) • 78 3.9 3.9 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (Doar) (Doar) • 80 80 3.10 Demonstração do Valor Valor Adicionado (DVA (DVA)) • 82 82 3 .11 .1 1 Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) (DFC) • 84 84 3.12 Demonstrações Demonstrações comparativas • 87 3.13 Consolidação das demonstrações contábeis contábeis • 87 3.14 Demonstrações contábeis contábeis separadas • 88 88 3.15 Notas explicativas explicativ as • 88 88 3.16 Parecer do conselho conselho fiscal • 89 3.17 Relatório do comitê comitê de de auditoria • 89 3.18 Relatório dos auditores auditores independentes • 89 3.19 Balanço Social • 90 90 3.20 Fatos Fatos relevantes • 90
Indicadores de análise de demonstrações financeiras • 95 4.1 Contexto geral • 97 4.2 índices de liquide liquidezz • 99 99 4.3 4.3 índices índice s de endividamento endivid amento • 108 4.4 4.4 índices índice s de de rentabilidade • 115 4.5 4.5 índices índice s de atividade ativida de • 118 11 8
An A n á lise li se de inve in vest stim imen ento toss • 125 12 5 5.1 Análise Aná lise de investimentos investimentos em ativos ativos reais • 127 5.2 Metodologia multi-índice • 127 12 7 5.3 5.3 Anális An álisee do retorno • 129 5.4 5.4 Análise Aná lise de risco risco • 135
Para concluir... con cluir... 145 Referências 147 Respostas 151 Sobre os autores 157
C^s palavras perenida ilumin ado a perenidade de e sustentabilidade têm iluminado mente dos principais gestores de empresas em todo o mundo, pois, diante de um mercado cada vez mais agressivo e de demandas sociais cada vez mais complexas, o entendimento de métodos, teorias e técnicas relacionados a finanças corpo rativas é um importante diferencial diferen cial competitivo, competitivo, que traz pos pos sibilidades analíticas as quais permitem lançar mão de uma rica e importante base de informaçõ es para p ara o estabelecime estabelecimento nto de estratégias e planos. Nesse sentido, o presente livro constitui uma alternativa objetiva e prática para o entendimento dos principais conceitos acerca das finanças corporativas. Inicialmente, no Capítulo 1, por meio da apresentação das principais definições basila res da área financeira, são dispostos os conceitos norteadores de origens de capitais, custos de capital, oportunidade e transação, seguidos das duas teorias essenciais para o pleno
entendimento das finanças: hipóteses de mercados eficientes e finanças comportamentais. comportamentais. Ap A p ó s o que qu e se espe es pera ra seja o pleno ple no enten en tendim dimen ento to das da s defi def i nições basilares, no Capítulo 2 são examinados os contextos gerais e específicos dos princípios contábei contábeis, s, expondo-se expon do-se uma um a das mais modernas percepções de gestão baseada em princí pios do Brasil. Embora os princípios contábeis sejam conside rados um fator secundário na maioria das obras financeiras, este livro dá uma atenção especial às contribuições oriundas do pleno pleno entendimento entendimento desses princípios, em função da emer gente necessidade dos gestores de refletir acerca da perenidade e sustentabilidade das organizações. Diante de tais bases e princípios, no Capítulo 3 é apresen tada a estrutura das demonstrações financeiras no contexto brasileiro, bem como suas formas de análises por meio de cinco cinco grupo gru poss de indicadores, assunto abordado no Capítulo 4. 4. Por fim, em busca do entendimento integrado de retorno e risco de investimento, o Capítulo 5 tem como foco o contexto geral e o contexto contexto específico das da s análise an álisess de investimentos, investimentos , ao que se seguem as conclusões.
'Vw cty cty cyLw cyLw t't f-
Este livro traz alguns recursos que visam enriquec er o seu apren dizado, facilitar facilitar a compreen são dos conteúdos e tornar tornar a leitura mais dinâmica. São ferramentas projetadas de acordo com a natureza dos tem as que vam os examinar. Vej Vejaa a seguir como esses recursos se encontram distribuídos distribuídos no deco rrer desta ob ra.
• • • • •
m nm i Conteúdos do capítulo Logo na abertura do capítulo, Conteúdos do capítulo Tipos de origens de capita). Custo de capitais: conceitos elementares.
vo cê fica co n hece he cen n d o os conteúdos q ue nele serão
Custo de oportunidade. Custo médio ponderado de capitais (CMPC).
abordados.
Custos de transação. A dinâmica dos mercados acionários. A racionalidade dos me rcados. A hipótese d os mercados eficientes (HME (HME). ). Finanças comportamentais.
Após o estudo deste capítulo, você será capaz de:
Apó s o e stud o de ste c apítulo, voc ê será cap az d e: % identificar os tipos de origens de capital; 2. compreende r o significado significado dos conceitos conceitos de custo de capital, oportunidade e transação; 3. calcular o custo médio p onderado d e capitais; 4. compreende r os preceitos básicos da teoria racional racional e da teoria comportamental sobre os mercados acionários.
Você também tam bém é informad in formadoo a res peito das competências que irá desenvolver e dos conhecimen tos que irá adquirir com o estudo
a i. Acompanhe, a seguir, seguir, um exemplo de cálculo passo a passo.
Exercícios resolvidos
i° Passo: Passo: Para calcularmos o CMPC, primeiramente temos de
verificar qual é a proporção proporção de fundos de tercei terceiros ros e próprios na estrutura de capitais. No quadro a seguir (adaptado de Assaf Neto, Neto, 2008 2008,, p. p. 268 268), ), temos temos uma repre represent sentação ação simplificad simplificadaa de um Balanço Patrimonial, com aplicações (investim (investimentos) entos) do lado esquerdo e origens do lado direito. Observe que todo o Passivo Circulante é oneroso, oneroso, ou seja, composto por dívidas que produzem encargos financeiros, como financiamentos e empréstimos. Investimentos RS 15.000,00
A ob ra conta con ta tam ta m bé m com exercícios seguidos da resolução feita pelo próprio autor, com o objetivo de demonstrar, na prática, a aplicação dos
Passivo Oneroso R$ 3.000,00 Patrimônio Líquido Rs 12.000,00
Proporção de capital de terceiros = Wi = 3.000/15.000 = 20%
conceitos examinados.
_ ____ _ __ _ _ _ ______ __ _ _ ____ __ ___ __ _
Proporção de capital próprio = W 2= 12.000/15.000 = 80% 2oPasso: É o momento de identificar o custo do capital de terceiros (K.). Para obtermos esse valor, primeiramente deve mos identificar qual é o montante do Passivo Oneroso, ou seja, do total das obrigações, quais são as dívidas que produzem encargos financeiros. No intuito de simplificarmos, em nosso exemplo arbitramos esse valor em R$ 3.000,00. Apenas como exemplo, também vamos arbitrar o valor das despesas finan ceiras em R$ 255,00. A fim de obtermos o custo do capital terceiros, basta lançarmos os valores na fórmula a seguir: ^
Despesas financeiras (Líquidas de IR) Passivo Oneroso
Custo do capital de terceiros = K. = 255/3.000 = 8,5%
Síntese
Síntese Você Voc ê disp di spõe õe , ao final do capít ca pítulo ulo,, de uma síntese que traz os principais conceitos nele abordados.
Seria impossível condensar em um único volume o conjunto de regras, normas e legislação que regem o entendimento contábil em todas as suas variáveis acerca da gestão organizacional. Embora em linhas gerais haja um movimento internacional de uniformização, quando se analisam determinados assuntos de forma particular, percebe-se que no Brasil a contabilidade ainda precisa evoluir muito no sentido da desburocratização dos processos. Quando observamos a s obrigações atinentes à área fiscal, verificamos a inconstância das normas brasileiras e o número absurdo de obrigações obrigações acessórias exigidas pelo fisco; desse modo, percebemos que não é pequena a respon sabilidade dos profissionais que atuam nessa área. Nesse sentido, os princípios contábeis são de extrema rele vância, pois traçam traçam diretrizes diretrizes que facilitam facilitam o trabalho trabalho do con con tabilista, tornando as informações econômicas e financeiras das empresas comparáveis entre si, o que possibilita a um
Questões para revisão i. Com base nos dados dados abaixo, calcule o custo médio ponde rado de capital: Passivo Oneroso: R$ 4.000,00 Patrimônio Líquido: R$ 12.000,00 12.000,00 Investimentos: R$ 16.000,00 Despesas Fi nanceiras: R$ 300,00 Custo de Oportunidade: 16%
2. Cite as principais fontes de capitais capitais próprios utilizadas pelas empresas. 3. Assinale V para verdadeiro e F para falso: ( ) A literatura financeira denomina denomina custo de oportunidade o retorno gerado pela opção de investimento que é renunciada pelo investidor. investidor. ( ) A legislação legisl ação tributária brasileira não permite o cálculo de juros sobre o capital próprio. ( ) As despesas financeiras não são passíveis de dedução do Imposto de Renda, uma vez que representam um indicativo de que o negócio não está sendo gerido com eficiência. ( ) As empresas brasileiras, graças a um organizado e eficiente eficiente sistema jurídico, sofrem menos o impacto dos custos de transação. transação. ( ) Custos de transação são os gastos realizados para planejar, adaptar e monitorar as interações entre entre os agentes, garantindo o cumprimento dos termos contratuais.
Questões para revisão Com estas atividades, você tem a possibilidade de rever os principais principais co nceitos analisados. Ao final do livro, o autor disponibiliza as respostas às questões, a fim de que você possa verificar como está sua aprendizagem.
Saiba mais
Saiba mais
Para saber mais sobre os princípios contábeis, consulte: A n d r i c h , E. G.; C r u z , J. A . W.; Sc h i e r , C. U. C. da. Contabilidade
Você Voc ê p o d e cons co nsul ultar tar as obra ob rass indicadas nesta seção para aprofundar sua sua aprendizagem .
introdutória descomplicada. 5. ed. Curitiba: Juruá, 20 Juruá, 20 12 .
Conteúdos do capítulo •
Tipos de origen s de capital. capital.
•
Custo de capitais: capitais: conc eitos elem entares.
•
Custo de opo rtunida de.
•
Custo m édio po nde rado de capitais (CMP (CMPC) C)..
•
Custos de transação.
•
A dinâmica dos m ercados acionários.
•
A racionalidade dos m ercados.
•
A hip ótese dos m erca do s eficien tes (HME).
•
Finanças com portam entais.
Após o estudo deste capítulo, você será capaz de: 1. identificar identificar os tipos de origens de capital capital;; 2. com preen der o significa significado do dos conceitos conceitos de custo custo de capital, oportunidade e transação; 3. calcular calcular o custo médio pon de rad o de capitais; capitais; 4. com pree nd er os preceitos básicos da teoria teoria racional racional e da teori teoriaa co mp ortamen tal sobre os m ercados acionários acionários..
í. í . i
Tipo Tiposs de origens origens de de capita capitais is
Quando falamos em capitais, não nos referimos exclusiva mente mente ao capital circulante circulante ou, como os os contadores costuma cost umam m chamar, às disponibilidades, isto é, é, aos recursos dispon dis poníveis íveis em forma de moeda (em espécie ou guardados em instituições financeiras). Tudo o que a empresa tem registrado em seu ativo (caixa, bancos, estoques, veículos, máquinas etc.) pode ser designado como um tipo de investimento de capital. De forma genérica, é possível afirmar que só existem duas fontes de capitais: 1. capitais próprios; 2. capitais cap itais de terceiros. terceiros . Os capitais próprios representam os investimentos reali zados diretamente pelos sócios (ou acionistas) e os recursos reinvestidos ou retidos cuja origem são os lucros gerados pe la empresa. Outra fonte importante de capital próprio, embora de
natureza mais esporádica, são as vendas de bens ou direitos do ativo. ativo. Tais elementos elementos são são sintetizados no Quad ro 1.1. 1.1 . Quadro 1.1 1. 1 - Principais font fontes es de capit capitais ais próprios próprios CAPITAIS PRÓPRIOS Recursos dos sócios Recursos dos acionistas Reservas de capitais Reservas de lucros Vendas de ativos
Todas as contas contas do Passivo Exigível Exigí vel podem ser consideradas como capitais de terceiros. Para entender esse conceito, basta tomar como exemplo os financiamentos de longo prazo reali zados por uma empresa para aquisição de ativo imobilizado, como máquinas máq uinas e equipamentos. Enquanto os compromissos não são liquidados, a empresa está se beneficiando beneficiando dos lucros gerados pela utilização produtiva desses ativos. O mesmo raciocínio vale para outros tipos de obrigações. Desse modo, se os salários, por exemplo, exemplo, são pagos pa gos no final do mês, mês, os fun f un cionários estão "financiando" a empresa por meio da cessão de sua força de trabalho. A síntese dos capitais de terceiros consta no Quadro 1.2. Quadro Quad ro 1.2 - Principais fontes de capitais de terceiros terceiros CAPITAIS DE TERCEIROS Empréstimos bancários Encargos sociais Fornecedores a pagar Financiamentos a pagar Salários a pagar
No Balanço Patrimonial, os recursos próprios pró prios são represen tados pelo Patrimônio Líquido, enquanto os recursos de ter ceiros representam o Passivo Exigível, de curto e longo prazos.
Se recordarmos recordarmo s a equação patrimonial patrimo nial clássica, clássica, presente em todos os livros introdutórios de contabilidade, a qual define patrimônio patrimônio líquido como a diferença algébrica entre todos os bens e direitos pertencentes à sociedade, em contraposição às suas obrigações, a compreensão dos conceitos de capital pró prio e de terceiros terceiros torna-se bem mais fácil. fácil. Basta lembrarmos lem brarmos que o patrimônio líquido eqüivale à riqueza líquida da socie dade, ou seja, à fatia do capital que efetivamente pertence aos sócios ou aos acionistas. Veja na equação: Equação patrimonial patrimonial Patrimônio Líquido = Bens + Direitos - Obrigações
Se a origem dos investimentos realizados realizado s em uma um a entidade é representada no Balanço Patrimonial pelo Patrimônio Líquido capitais próprios) e pelo Passivo Exigível (capitais de terceiros), concluímos, com facilidade, que as aplicações são integral mente representadas pelas contas do ativo. O total das origens (Passivo Exigível + Patrimônio Líquido) é exatamente exatamen te igual igu al ao total das aplicaçõe ap licaçõess (Total (Total do do Ativo), Ativo), o que ocorre por uma razão muito simples: a contabilidade não cria valores. Assi As sim m , toda to dass as aplica ap licaçõ ções es têm, nec n ecessa essaria riame mente nte,, um u ma origem. origem. E essa igualdad igu aldadee matemática m atemática que justifica o nome de Balanço Patrimonial. "A ideia de balanço remete justamente à posição de equilíbrio de uma balança de pratos, onde ori gens e [aplicaçõ [aplicações es de de] recursos recu rsos se eqüivalem eqüiv alem"" (Andrich; Cruz; Mugnaini, 2012, p. 47). Observando o Quadro 1.3, você pode entender um pouco melhor esses conceitos.
Figura 1.1 1 .1 - Representaç Representação ão gráfica do Balanço Patrimonia Patrimoniall
Genericamente, podemos podem os afirma afir marr que tudo o que está está ao lado lado direito direito do Balanço Patrimonial (Passivo Exigível Exig ível e Patrimônio Líquido) financia o que está do lado esquerdo (Ativo). Ou seja, todos os recursos entram pelo lado direito e são investidos do lado esquerdo, sejam eles próprios (Patrimônio Líquido), sejam de terceiros (Passivo Exigível). Diante das opções de investimento disponíveis, cabe ao administrador financeiro avaliar quais as fontes menos one rosas para a captação de recursos, afinal, todos "os provedores de capital esperam ser remunerados a uma taxa que compense o risco de seus investimentos" (Pancher, 2002, p. 26).
1.2 1.2
Custo de capitais: conceitos conceitos elementares elementares
Para que um empreendimento seja viável financeiramente, é necessário que os lucros por ele gerados sejam suficientes para cobrir as expectativas de retorno das diversas fontes de capital. Nesse sentido, quanto maior for a diferença entre o retorno do investimento e o custo do capital, melhor será a situação da empresa. Como a oferta e o custo dos investimentos sempre estão associados ao risco do negócio, é evidente que as empresas
mais estáveis, estáveis, bem administrada adm inistradass e com com melhores perspectivas perspectiva s ie crescimento obtêm capitais a um custo mais baixo. Alé A lém m disso, dis so, leva le vam m vant va ntag agem em as empr em pres esas as de gran gr ande de porte, porte , que têm acesso acesso à emissão de debêntures d ebêntures e ações, além de pode pod e rem captar recursos no exterior. Enfim, o custo de capital não é o mesmo para todas as empresas. Fatores como o porte do empreendimento, o tipo societário, societário, o mercado de atuação, a localização, o desempenho desemp enho em face dos concorrentes, concorrentes, entre outros, influe nciam o risco de cada negócio e, por conseqüência, a expectativa de retorno dos investidores. Se o custo de capital varia em relação às características de cada empreendimento, também não é uniforme quanto à ori gem dos financiamentos. financiamentos. Desse modo, um aspecto importante a se considerar é que, em geral, o custo dp capital próprio própr io supera sup era o de terceiros. terceiros. Para A s s a f N eto et o (2008 (2008), ), isso is so ocor oc orre re po porq rqu u e as d esp es p e sas sa s fin fi n anc an c ei ei ras, que constituem o valor despendido com a remuneração desses capitais, não são dedutíveis do Imposto de Renda. Por outro lado, os dividendos pagos aos proprietários, os quais representam o custo do capital próprio, não têm esse tipo de incentivo. Evidentemente, isso não vale para todos os tipos de empresa. Para as de pequeno porte, por exemplo, cuja forma de tributação tributação não prevê a dedução d edução de despesa d espesass do Imposto de Renda, esse raciocínio não se aplica. Alé A lém m disso, diss o, o capita cap itall de terceir te rceiros, os, quan qu ando do entra ent ra na empre em presa sa na forma de empréstimos e financiamentos, financiamentos, em geral apresenta prazos de resgate e remuneração previamente definidos, ao passo que os capitais próprios não têm a mesma preferência. Caso falte dinheiro para o giro do negócio, a empresa priorizará sempre seus credores, em detrimento de seus acionistas. Para completarmos o quadro, ainda temos de citar os subsí dios governamentais, governam entais, por meio de linh linhas as de financiamento que
oferecem taxas inferiores às do mercado. Assim, a captação de recursos subsidiados reduz ainda mais a remuneração de capitais de terceiros, tornando estes mais atrativos. Como já mencionamos, a missão do analista ou adminis trador financeiro é reduzir o custo das fontes de capitais, tra balho que exige, além de muita informação externa, compe tência tência para realizar rea lizar cálculos muitas m uitas vezes complexos. Existem vár v ária iass met m etod odolo ologia giass de men m ensu sura raçã çãoo dess de sses es custo cus toss fin f inan ance ceiro iross em uma empresa. Mais adiante, apresentaremos um modelo simplificado, simplificado, que considera o custo médio ponderado p onderado de capi tal de várias fontes de financiamento. Antes, porém, é muito importante compreendermos compreenderm os a ideia de custo de oportunidade, um conceito-cha conceito-chave ve para a administração adm inistração financeira, presente em quase todas as decisões de investimento.
1.3
Custo de oportunida oportunidade de
Quase todos os investimentos têm uma ou mais alternativas viáv vi ávei eiss de aplicação aplic ação,, de m esmo esm o risco ris co ou de risco ris co semelha sem elhante nte.. Ass A ssim im,, a esco es colha lha de um u m a dete de term rmin inad adaa op opção ção de invest inv estim imen ento to implica sempre o abandono das d as demais. dema is. O retorno retorno gerado pela opção de investimento renunciada pelo investidor é chamado, na literatura financeira, de custo de oportunidade. Em geral, os investidores investidores estabelecem uma taxa m ínima ínim a de atratividade para suas aplicações, considerando como ganho efetivo somente os valores que ultrapassam essa taxa. Ou seja, além de cobrir todos os custos e as despesas do negócio, o retorno retorno obtido obtido ainda deve superar sup erar o custo de oportunidade oportunida de do capital próprio. Para tornar o conceito mais claro, consideremos a situação hipotética de uma empresa com patrimônio líquido de R$ 20 milhões. Imaginemos, ainda, que o custo de oportunidade
iesse negócio fosse representado por outra opção de investi ment mento, o, com com retorno anual anua l de 15% - isto é, se os acionistas acioni stas ou sócios dessa empresa aplicassem todo o seu capital no negó cio alternativo, obteriam um retorno anual de R$ 3 milhões <20 milhões • 15%). Nesse caso, se os investidores quisessem descontar o custo de oportunidade, só considerariam como lucro efetivo a parcela do retorno anual que excedesse aos RS 3 milhões. A legisl leg islaç ação ão trib tr ibut utár ária ia bras br asile ileir iraa perm pe rmite ite o cálc c álculo ulo de juro ju ross sobre o capital próprio, remuneração que pode compensar, em certa medida, o custo de oportunidade (Brasil, 2014). Essa alternativa, no entanto, é bastante limitada, uma vez que o governo define a taxa de juros utilizada. u tilizada. Na prática, prática, isso acaba obrigando todas as empresas a aplicar o mesmo percentual, como se o risco e a remuneração esperada pelos investidores fossem iguais para todas elas. Independentemente do critério que se utilize, o cálculo do custo de de oportunidade oportu nidade do capital capital próprio é fundamen funda mental tal para uma análise mais m ais realista do retorno econômi econômico co proporcionado pelo negócio. Para agregar valor, as empresas precisam obter resultados que superem supere m o retorno retorno mínimo exigido ex igido pelos pelo s sócios. sócios. Retornos inferiores a esse esse patamar mínimo m ínimo provocam prov ocam a perda de atratividade do negócio, afastando potenciais investidores. Se o dimensionamento dos custos de capital, capital, sejam próprios, sejam de terceiros, é essencial para medir o quanto de valor a empresa empr esa está agregando agreg ando a cada apuração de resultado, resultado, é impor tante tante que compreendamos compreendamo s como extrair essas informações informa ções dos relatórios contábeis. Demonstraremos na seqüência, de forma didática, o modo de realizar esses cálculos.
1.4
Calcula Calculando ndo o custo médio ponderado
de capitais (CMPC) E possível calcular facilmente o custo dos capitais de terceiros utilizados pela empresa ou o custo custo do capital capital próprio a partir de uma determinada taxa de retorno mínima exigida pelos sócios ou acionistas. Contudo, a definição do custo total de capital, que abrange todas as origens de recursos da empresa, próprias e de terceiros, é mais importante do que esses cálculos isolados. Somente a soma de todos os custos de remuneração de capitais pode oferecer ao analista, ou ao potencial investi dor, uma noção de qual é a capacidade do empreendimento em foco de agrega agr egarr valor, isto é, é, de cobrir todos os seus custos financeiros e proporcionar aos investidores a remuneração esperada de seus capitais. Corno a proporção de capitais próprios e de terceiros quase nunca é a mesma, mesma, assim como como nem sempre são igua is as taxas de remuneração, o cálculo do custo total de capitais só pode ser feito de forma ponderada. Veja, a seg s eguir uir,, a fórm fó rmul ulaa u tiliz ti lizad adaa para pa ra o CM C M PC: PC : CMPC = W, • Kj + W 2 • Ke Ke
em que: • CM PC = custo médio ponderado de capital das vária s fon
tes tes de financiamento utilizadas pela empresa; • Wv W2 = proporção de fundos de terceiros e próprios na
estrutura de capitais, capitais, respectivamente; • Kj = custo do capital de terceiros (empréstim (em préstim os e financiamentos); • Ke = custo do capital próprio, ou seja, taxa de retorno
requerida pelos acionistas em seus investimentos na empresa.
olvic
i. Acompanhe, a seguir, um exemplo de cálculo cálculo passo a passo. i ° Pass Passo: o: Para calcularmos o CMPC, primeiramente temos de
veri ve rific ficar ar qual qu al é a propo pro porç rção ão de fun fu n dos do s de terceir ter ceiros os e pró p rópr prio ioss na estrutura de capitais. No quadro a seguir (adaptado de As A s saf sa f Neto, 2008 2008,, p. 26 268), temos uma um a represe rep resentaçã ntaçãoo simp si mplific lificada ada de um Balanço Patrimonial, com aplicações (investimentos) do lado esquerdo e origens do lado direito. Observe que todo o Passivo Circulante é oneroso, ou seja, composto por dívidas que produzem encargos financeiros, como financiamentos e empréstimos. Investimentos R$ 15.000,00
Passivo Oneroso R$ 3.000,00 Patrimônio Líquido R$ 12.000,00
Proporç Prop orção ão de capital capit al de terceiros terceir os = W, W, = 3.000/15 3.000/15.000 .000 = 20% 20% Proporção de capital próprio = W2 = 12.000/15.000 = 80% 2o Passo: É o momento de identificar o custo do capital de terceiros (Ki). Para obtermos esse valor, primeiramente deve mos identificar qual q ual é o montante do Passivo Pass ivo Oneroso, ou seja, do total das obrigações, quais são as dívidas que produzem encargos financeiros. No intuito de simplificarmos, simplificarmos, em nosso exemplo arbitramos esse valor em R$ 3.000,00. Apenas como exemplo, também vamos arbitrar o valor das despesas finan ceiras em R$ 255,00. A fim de obtermos o custo do capital de terceiros, basta lançarmos os valores na fórmula a seguir: Despesas financeiras (Líquidas de IR)
Ki = —— —— — — — —— —
Passivo Oneroso
Custo do capital de terceiros = Ki = 255/3.000 = 8,5%
3o Passo: A fim de comple com pletar tarm m os a fórm fó rmula ula,, prec pr ecisa isam m os cal ca l cular o custo do capital próprio (Ke), definido anteriormente como o custo de oportunidade do empreendimento. Para efeito de exemplificaç exemplificação ão didática, didática, vam os assum as sum ir que esse custo seja seja de 15%. De posse de todos os dados, dados, podem os aplicar os valores na fórmula do custo médio ponderado de capitais: CMPC = W, •Kj + W2 •Ke
CMPC = (0,20 • 8,5%) + (0,80 • 15%) = CMPC = 1,7% + 12,0% = 13,7% Finalmente, chegamos ao CMPC de 13,7%, percentual que representa a remuneração mínima exigida por todos os investi dores da empresa em presa (sócio (sócioss e credor credores) es).. Para valoriz va lorizar ar o empreen empre en dimento, o retorno obtido pela atividade operacional deve ser sempre superior a essa taxa, que, em linguagem financeira, é chamada de Taxa Mínima de Atratividade (TMA). 2. No exemplo anterior, anterior, observam observ amos os que o custo do capital pró prio (Ke) foi arbitrado em 15%, valor bem superior ao custo apurado do capital de terceiros (Kj), de 8,5%. Como mencio nado no texto, essa desproporção normalmente ocorre no mundo real. Explique por quê. Resposta: Isso ocorre porque as despesas financeiras, que
constituem o valor despendido com a remuneração dos capitais de terceiros, são dedutíveis do Imposto de Renda. Os dividen dos pagos aos proprietários, os quais representam o custo do capital próprio, não têm esse tipo de incentivo. Além disso, o capital de terceiros, quando entra na empresa na forma de empréstimos e financiamentos, financiamentos, em geral apresenta prazos prazo s de resgate e remuneração previamente definidos, ao passo que os capitais próprios não têm a mesma preferência. Finalmente, precisamos nos lembrar dos subsídios governamentais, os
quais se constituem por meio de linhas de financiamentos que oferecem taxas inferiores às do mercado. A captação de recursos subsidiados su bsidiados reduz ain da mais a remuneração de capi tais de terceiros, tornando estes mais atrativos.
1.5
Custos de transação
Embora os custos de capitais de terceiros historicamente tenham recebido maior atenção dos empresários, por se apre sentarem de form formaa mais explícita exp lícita nas taxas de financi financiamento, amento, nos contratos de empréstimos, nos custos de insumos e de mercadorias compradas a prazo, outros encargos, não tão explícitos, mas igualmente importantes, oneram a estrutura de custos das empresas. Obviamente, não estamos nos referindo aos custos de produ ção, ção, que nas empresas empresa s bem administradas adminis tradas são cuidadosamente calculados e monitorados, monitorados, mas m as aos custos que fazem p arte do rol dos custos explícitos, nunca desprezados por analistas e gestores. A lg u n s cust cu stos os,, no entant ent anto, o, não nã o p o d em ser se r a p u rad ra d o s de forma tão objetiva, tampouco aparecem de forma explícita. Pelo Pelo contrário, contrário, em geral envolvem en volvem critérios critérios subjetivos de apu ração, sendo quase sempre considerados de forma estimada, em função da falta de elementos objetivos para a realização de cálculos mais precisos. A teoria teo ria econ ec onôm ômica ica nos no s traz tra z um conceito conce ito esse es senc ncial ial para pa ra a compreensão desses custos, que vão além dos custos de pro dução, de oportunidade e de capitais. Trata-se do conceito de custo de transação.
Surgida na década de 1930, com Ronald Harry Coase (que, quase sessenta anos depois, no ano de 1991, ganharia o Prêmio Nobel de Economia), e elaborada por Coase, a Teoria dos
Custos de Transação (TCT) transformou-se, com rapidez, em uma um a ferramenta extremamente extremamente útil para a an álise das relações relações e interações entre os agentes econômicos. Mais tarde, os con ceitos criados por Coase foram aprofundados e difundidos por Oliver Eaton Williamson, Nobel de Economia em 2009 (Prêmio Nobel, 2013). Para compreendermos melhor esse conceito, é necessário esclarecer esclarecer,, em um primeiro prime iro momento, momento, o significado dado po r Willi W illiam amso son n ao termo t ermo transação, conforme conform e Car C arva valh lhoo (200 (2004, 4, p. 3) 3): : Transação é o evento que ocorre quando um bem ou serviç ser viçoo : j é transferido transferid o por meio de uma interface tecnologicamente tecnologicamente j \ : separável. Ain A ind d a segu se gund ndoo C a rva rv a lho lh o (200 (2004, 4, p. 3), 3), interfaces tecnologicamente separáveis são as etapas interliga das do processo de produção produção separadas separa das por níveis diferentes diferentes de tecnologia. Por exemplo, a transferência de insumos entre uma indústria e um produtor rural é uma transação, pois a indústria e o produtor se utilizam de tecnologias separáveis, distintas. Para a transação se caracterizar, caracterizar, é necessário que ela seja pas sível de estudo na condição de relação contratual, contratual, que não pre p re cisa necessariamente necessariamente ser form alizada de modo jurídico. jurídico. Além disso, admitem-se, também, modalidades informais e tácitas. As A s trans tra nsaçõ ações es,, de m odo genérico gené rico,, sempr sem pree cons co nsom omem em recu re cur r sos em dinheiro dinh eiro ou tempo de trabalho trabalho com burocracia, burocracia, dificul dade de acesso a informações, inseguranças e falta de garantias. Também representam um dispêndio de recursos com planeja mento, adaptação e fiscalização das relações entre os agentes econômicos, nas suas diversas transações. A soma de todos esses custos, implícitos e explícitos, envolvidos nas relações
entre interfaces distintas é o que Coase e Williamson chama ram de custos de transação. Em termos mais objetivos: : Custos de de transação são são os gastos realizado reali zadoss para planejar, : ; adaptar adapt ar e monitorar as interações entre os agentes, agentes, garantindo garant indo ; : o cumpriment cumpr imentoo dos termos contratuais. contratuais. (Carvalho, (Carvalho, 2004 2004,, p. 3)
•
Enquanto algumas teorias econômicas argumentam que os agentes se comportam de maneira isenta, a TCT admite um comportamento intencionalmente nocivo. nocivo. Em uma u ma transação, não é incomum que uma das partes manipule informações para tirar algum tipo de vantagem, vantagem , o que justifica a existência de contratos contratos escritos escritos sofisticados e bem elaborados. A s despe desp e sas jurídicas com advogados, os custos com cartório cartório e as taxas processuais representariam, nesse sentido, importantes custos de transação. Essa manipulação de dados ou a própria ocultação de infor mações são exemplos de comportamentos que Williamson denomina de oportunismo. Na visão desse autor, o oportunismo representaria a busca do interesse próprio com dolo (Arbage, 2007). O conceito de oportunismo difere do que o mesmo autor chama de racionalidade limitada, a qual ocorre quando agi mos com boa intenção e racionalmente, cometendo erros não por vontade própria, mas em decorrência de nossas limi tações cognitivas e intelectuais ou até mesmo pela falta de informações. Segundo Segu ndo Fagundes Fagun des (19 (1997), 7), os agentes econômicos têm limi tações para coletar e processar informações que possam inter ferir na transação. Essa limitação racional dos agentes dificulta até mesmo a previsão de ações oportunistas, que em muitos casos poderiam ser evitadas tomando-se tomando-se algum as precauções de forma antecipada.
As A s limita lim itaçõ ções es racion rac ionai ais, s, no entanto, não nã o po pode dem m ser se r conf co nfu un didas com o oportunismo; este se caracteriza pelo propósito deliberado de confundir, enganar, disfarçar ou ofuscar aspectos essenciais da transação para que ela atenda aos interesses de todas as partes envolvidas. A necessidade de implementar esforços para atenuar ou evitar esse comportamento nocivo e oportunista oportu nista constitui o fato fato gerador dos custos de transação. transação. As A s cons co nseq eqüê üênc ncia iass m ais ai s conh co nhec ecid idas as do op opor ortu tuni nism smoo estão est ão na esfera jurídica: a) a elaboração de contratos cada vez mais detalhados e complexos, que ainda assim envolvem riscos; b) os custos de elaboração e monitoramento do cumpri mento de todas as cláusulas desses contratos; c) os custos de renegociação e alteração desses contratos, em caso de necessidade. Está claro que a racionalidade racionalid ade limitada lim itada e o oportunism oportu nismoo con tribuem para o aumento dos custos de transação. Entretanto, esses pressupostos comportament c omportamentais ais não são os únicos únicos respon respo n sáveis por tais custos, já que eles também derivam ou depen dem do ambiente institucional instituciona l e, e, sobretudo, sobretudo, das d as características c aracterísticas de cada transação. transação. Para Williamson, as características das transações são três, representadas na Figura 1.2 e explicadas na seqüência. seqüência. Figura 1.2 - Principais característi características cas das transações
A frequência está relacionada ao grau de utilização de uma estrutura montada especificamente para apoiar um certo tipo de transação, ou seja, é uma questão de escala. Quanto mais freqüente for um determ inado tipo de transação, transação, menos representará os custos fixos gerados pela estrutura de apoio. Alé A lém m do fator mater ma terial, ial, aind ai ndaa deve de ve ser m encion enc ionado ado o aspe a specto cto informacional, pois, quanto mais freqüente for uma um a transação, transação, maiores serão as chances de acúmulo de experiência e infor mações sobre ela. ela. Por conseqüência, menores as possibilidad po ssibilidades es da ocorrência do comportamento oportunista (Carvalho, 2004). A incerteza relaciona-se às instabilidades do ambiente em que ocorre a transação, principalmente em relação aos acon tecimentos futuros. Como já mencionamos, a racionalidade limitada reduz a capacidade dos gestores de antever eventos futuros, exigindo a elaboração de contratos detalhados e, ao mesmo tempo, flexíveis, capazes de se adaptarem às transfor mações do ambiente. A especificidade dos ativos diz respeito aos investimentos realizados em ativos que servem, especificamente, para um determinado tipo de atividade e que têm realocação onerosa (em (em alguns algu ns casos, até mesmo impossível). E o caso, caso, por po r exemplo, exemplo, de equipamentos equipamentos adquiridos pa ra processar um determinado determinado tipo de insumo fornecido exclusivamente por um fornecedor. A inte in terru rrupç pção ão do fornecim forn eciment ento, o, ness ne ssee caso, é capa ca pazz de gera ge rarr grandes grand es prejuízos p rejuízos para p ara o empreendimento (Fagundes, 199 1997). 7). Muitas vezes, a especificidade de um ativo está está em sua loca lização geográfica, como o posicionamento de uma fábrica próxima de seu principal fornecedor de matéria-prima. Essa é uma situação bastante comum, sobretudo quando se trata de insumos perecíveis. Muito importante, também, é a espe cificidade dos ativos humanos. Em determinadas circunstân cias, cias, as empresas em presas tornam-se dependentes do alto alto grau de espe cialização de determinado ou determinados colaboradores,
a ponto de ter de prever mecanismos de proteção contratuais sofisticados, os quais, apesar de atenderem aos interesses de ambas as partes, são extremamente onerosos para a entidade (Carvalho, 2004). Enfim, alguns comentários superficiais sobre os custos de transação bastam para pa ra nos convencer de que os custos custos de pro dução dução,, as despesas com pessoal e os absurdos encargos tribu tários estão longe de ser os únicos gastos a onerar a atividade empresarial. Também não é um exagero pressupor que os custos de transação em países como o Brasil, onde viceja a corrupção nas esferas pública e privada, têm um peso mais importante do que em países economicamente mais desenvo l vidos vid os.. N esse es se sentido, sentid o, os cust c ustos os de transaç tran sação, ão, aqui, aqu i, constitu cons tituem, em, dentro da teoria econômica, um campo de estudo fecundo, capaz de trazer grandes contribuições para a gestão empre sarial brasileira. brasileira.
1.6
A dinâmica dinâmica dos mercados acionários
Como procuramos deixar claro na seção anterior, nenhuma empresa é uma ilha; portanto, apenas se preocupar em satis fazer as necessidades dos consumidores consum idores não é suficient suficientee para crescer e ganhar novos mercados. Desse modo, cotidianamente, os pequenos, médios e grandes empreendimentos precisam se relacionar com outros agentes econômicos, como fornecedo res, concorrentes, bancos, financiadores e órgãos de controle estatais. Nesse sentido, quanto maior for a gama de conhecimentos e informações que um determinado negócio detiver, detiver, maiores serão as chances de ele obter sucesso no ramo em que atua. No que concerne aos aspectos financeiro e de investimen tos, que constituem o foco desta obra, é importante que todas as empresas, mesmo aquelas de capital fechado, conheçam a dinâmica do mercado de ações.
: Ações são títulos negociáveis negociávei s que que representam a parcela mínima : de uma empresa. j Para as empresas que buscam busc am recursos rec ursos de terceiros terceiros por meio da venda de ações, esses conhecimentos são imprescindíveis: por meio deles, é possível diminuir o custo do capital, o que irá alavancar alava ncar as ativida des que desenvolvem. desenvolvem . Para as demais, e também para os investidores individuais, individ uais, conhecimentos conhecimentos sobre a dinâmica dos mercados são importantes para a descoberta de novas nova s e mais rentáveis r entáveis opções de investimento. investimento. O investimento em ações proporciona retornos em divi dendos, dendos, que podem po dem ser conceituados como a remuneração em dinheiro pelos lucros obtidos pela empresa. Toda atividade de investimento implica a aceitação de um determinado risco, que, como já mencionamos, pode ser minimizado pelo estudo da dinâmica do mercado em que se está atuando. Ou seja, é pre ciso ciso conhecer a empresa na qual q ual se está investindo, investindo, investigar inve stigar seu desempenho no passado, seu valor (relativamente aos con correntes), seus indicadores contábeis, entre outros aspectos. O conhecimento é o principal aliado do investidor. Como bem pontua pon tua Elder (20 (2004, 04, p. 52), 52), o dinhei din heiro ro do mercado não vem do aumento do lucro das empresas. Se você está ganhando, alguém está perdendo. Portanto, "o mercado é uma enorme massa de pessoas. Todo investidor tenta tirar dinheiro dos outros investidores superando -os em suas estimativas quanto quanto aos rumos prováveis do mercado. O mercado é um ambiente extremamente rigoroso, pois todos estão contra você e você luta contra todos". Alé A lém m de conhec con hecime imento nto,, p ara ar a se atua at uarr com relat re lativo ivo suce su cesso sso no mercado, é preciso muita cautela. Investir em ações de uma única ou de poucas em presas é sempre um mau negócio. negócio. Desse modo, modo, o mais aconselhável aco nselhável é montar uma carteira diversificada, composta sempre por um conjunto de ações (Halfeld, 2007).
Outra sugestão importante é manter-se calmo e procurar agir com frieza e isenção, pois as reações emocionais interfe rem negativamente nas negociações. "Enquanto indivíduos sensatos desenvolvem p lanos racionais, racionais, os membros instáveis de uma um a multidão volúvel se entregam a operações imp ulsivas" ulsiv as" (Elder, 2004, p. 59).
1.7
A racionalidade dos mercados
Há uma um a discussão acadêmica acadêmica calorosa calorosa que divide os especia listas em mercados acionários. acionários. De um u m lado estão aqueles que acreditam numa suposta racionalidade do mercado, ou seja, julg ju lgaa m que o conhec con hecime imento nto siste sis tema matiz tizad adoo e ap a p rofu ro fund ndad adoo dos mecanismos que regem os mercados, em conjunto com a apli cação cação de modelos mod elos matemáticos e estatí estatísticos sticos,, poder p oderia ia garantir ga rantir sucesso a um investidor. Para as finanças tradicionais, calcada no racionalismo, tudo é uma questão da aplicação, com rigor, de um modelo científico, que por si só daria conta de prever, tratar e controlar todas as variáveis. De outro lado estão os adeptos das teorias comportamentais, os quais, por sua vez, conferem um peso muito maior à instabilidade e à imprevisibilidade do comportamento humano. Obviamente, Obviamente, não nos cabe uma um a tomada de posição em r ela ção a uma um a ou outra corre corrente nte.. Para garantir uma u ma noção introdu tória que proporcione ao leitor leitor uma ideia dos debates travados nesse campo, ficamos plenamente satisfeitos em apresentar alguns argumentos que sustentam essas vertentes, ainda que de forma bem superficial, sem a pretensão de esgotá-los, com o intuito apenas de instigar estudos mais aprofundados. Iniciaremos nossa explanação discorrendo sobre a hipó tese dos mercados eficientes (HME), principal principa l teoria da vertente
racionalista. Essa escolha, obviamente, não deve dev e ser entendida como uma um a hierarquiza hierarq uização ção das d as teorias sobre o mercado de ações. ações.
Apre Ap rese sent ntáá-la la p rim ri m eiro ei ro ob obede edece ce ao imp im p erat er ativ ivoo da orde or dem m cro cr o nológica em que surgiram esses estudos.
1.7.1
A hipótese hipót ese dos mercados mercado s eficientes (HME) (HME)
Todas as empresas ou pessoas físicas que decidem investir no mercado de ações buscam ampliar seus capitais mediante retornos mais atrativos que os oferecidos pelas aplicações convencionais. O investimento em ações difere bastante das aplicações realiza das em instituições financeiras, como cader netas de poupança e fundos de baixo risco, os quais não exi gem um acompanhamento diário do investidor nem conhe cimentos mais sofisticados sobre o sistema econômico. Além disso, disso, como dispensam dispe nsam análises mais ap rofundada rofun dadass e têm um retorno quase garantido (embora pequeno), podemos dizer que tais aplicações atraem investidores de perfil mais conservador. O mercado de ações, ações, ao contrário, contrário, exige um pouco mais ma is de conhecimento do investidor, investidor , o que, que, contudo, não é uma um a tarefa muito fácil. Historicamente, muitos estudiosos debruçaram-se sobre essa questão, tentando buscar uma lógica para o movi mento mento do mercado acionário. O resultado desse d esse processo proce sso foi a proliferação de muitas teorias interpretativas, merecendo des taque, taque, entre elas, a da hipótese hip ótese dos mercados me rcados eficientes eficientes (HME). (HME). A H M E foi d e sen se n v o lvid lv idaa na d écad éc adaa de 1970 197 0 p o r Euge Eu gene ne Francis Fama, economista norte-americano ligado à Universidade de Chicago. Para compreendê-la, o primeiro passo é esclarecer o sentido da expressão mercado eficiente. eficiente. Segundo Oliveira (2009, p. 126), ; Um mercado eficiente é aquele em que há um ajustamento ajustamento rápido rápido : : às novas nova s informações. Ou seja, um mercado cujos preços semsem- • : pre representam todas as informações disponíveis dispon íveis é chamado : • de eficiente. eficiente.
j
Na concepção dos adeptos dessa teoria, o preço das ações é definido por um consenso do mercado, construído com base em informações acessíveis a todos os agentes econômicos. Portanto, dificilmente um agente conseguiria obter retornos superiores à média do mercado de forma contínua. Assim, o preço dos d os títulos reflete, reflete, nesse sentido, sentido, todas toda s as informações inform ações disponíveis pelo mercado. Em um mercado eficiente, é inútil, para um analista, tentar fazer projeções e buscar oportunidades de investimento que proporcionem ganhos ganh os extraordinários. extrao rdinários. Sob a ótica ótica dessa teoria, teoria, não se rege o mercado de ações por circunstâncias aleatórias, como num jogo de dados, em que um histórico de lançamen tos não é capaz de fornecer indícios sobre resultados futuros (Sá, 1999). Como há sempre um número razoável de pessoas dedi cando-se à coleta de dados e à análise dos números divul gados pelo mercado, "na média os preços das ações refletem sem grandes desvios desvio s as avaliações avaliaçõ es dos investidores" investid ores" (Sá (Sá, 1999, 1999, p. 25). Esse é o caso, por exemplo, dos Estados Unidos, onde o mercado acionário é bastante desenvolvido e as leis que o regulam, severas, o que gera punições exemplares aplicadas aos investi investidores dores que utilizam informações privilegiad as para realizar operações com ganhos extraordinários. Embora a HME ainda seja bastante bastante divulgad divu lgada, a, recentemen recentemente te outros modelos de análise passaram passar am a ser considerados considerados,, sobre tudo nos últimos anos, com o surgimento de novos ramos de negócio, notadamente os virtuais, e com o decorrente cresci mento mento do grau de incerteza incerteza e imprevisib ilidade dos mercados. mercados. Essas transformações fizeram crescer as limitações das teorias clássicas, uma vez que nem sempre a análise técnica é possível. possível.
1.7.2 1.7.2
Finanças Finan ças comportamentai comport amentaiss
Os estudos sobre finanças comportamentais ainda estão em fase embrionária, já que os trabalhos a respeito do tema são rela tivamente recentes. Uma bela e importante contribuição, em termos teóricos e de levantamento do estado da arte, foi con ferida recentemente recentemente pelo professor Júlio Fernando Lobão, que leciona finanças empresariais na Faculdade de Economia do Porto, em Portugal. Teceremos considerações sobre o assunto com base no trabalho de Lobão, iniciando iniciand o pela clara explicação do termo apresentada por esse autor: As finanças finanças comp comporta ortamen mentais tais são são uma cor corren rente te de de estudo estudo em Finanças que flexibiliza o pressuposto da racionalidade com pleta aproveitando o conhecimento acerca da forma como os indivíduos se comportam. No estudo desse comportamento recorre-se com frequência a conceitos provenientes de outras ciências, em particular da Psicologia. As decisões que os agen tes econômicos econômicos tomam são, são, na realidade, realidade, afectadas por factores psicológicos. Por isso, o seu comportamento pode afastar-se significativamente do que é previsto no quadro do paradigma da racionalidade completa adaptado pelas finanças tradicio nais. (Lobão, 2012, p. 10) A corr co rren ente te com co m p orta or tam m enta en tall s u r g iu p a ra tent te ntar ar exp ex p lic li c a r situações de aparente ineficiência dos mercados, ou seja, ela se coloca como um contraponto à HME, uma vez que admite que os investidores apresentam racionalidade limitada, sendo, por tanto, passíveis, muitas vezes, de cometer erros e, não menos frequentemente, demonstrando dificuldade para interpretar as informações disponíveis. Na ciência, é bastante curioso como uma determinada cor rente rente de pensamento impõe-se imp õe-se por um longo período de tempo de forma inquestionável. inquestion ável. Esse E sse é o caso, caso, por exemplo, das teorias tradicionais. Uma suposta eficiência eficiência dos mercados sempre foi propagandeada, sem que a maioria dos economistas sequer
refletisse sobre a existência de fenômenos impactantes como as bolhas especulativas e os crashes. A luz das teorias comporcomportamentais, parece lógico que esses fenômenos só poderiam acontec acontecer er se considerássemos como verdadeiro verdade iro o pressuposto pressupo sto de que os mercados não são eficientes. O que a corrente comportamental procura destacar de forma especial é o fato de que os investidores não são uma massa mas sa homogênea - pelo contrá contrário, rio, incorporaram caracterís ticas muito distintas em termos de sexo, idade, experiências, capacidades cognitivas etc. Logo, não podem agir de forma semelhante. Por meio de diversas experiências empíricas, a corrente comportamental tem comprovado que há muitas variáveis irracionais agindo no mercado. As constatações são as mais surpreendentes possíveis. Há estudos, por exemplo, que demonstram que empresas com nomes parecidos apresen tam rentabilidade por ações correlacionadas entre si. Outros trabalhos evidenciam eviden ciam que a simples alteração alteração do nome de uma empresa, acrescentando acrescentando a moderna expre ssão .com (por exem plo, de empresa Alimentos para Alimentos.com), é capaz de promover uma variação expressiva expres siva na avaliação av aliação de suas ações ações.. Por isso, para Lobão (2012, p. 88), "os investidores reais, aque les que fazem os preços nos mercados financeiros, parecem ser muito sensíveis a alterações alterações de 'cosmética' e não apenas ape nas a dados de natureza fundamental". Alé A lém m dess de ssas as situaç sit uações ões esdr es drúx úxu u las, la s, que sub s ubver vertem tem qualq qu alquer uer teoria de cunho racional, Lobão (2012, p. 123) apresenta diver sos exemplos de interferências emocionais no comportamento dos investidores, as quais são denomin den ominadas adas pelo autor de enviesamentos cognitivos. Vejamos a seguir alguns exemplos. • Disso Dissonân nânci ciaa cogniti cognitiva va:: está relacionada com a tendência
que o ser humano tem de ignorar as informações que contrariam suas convicções. "A dissonância cognitiva
pode estar na origem do efeito de disposição em que os investidores mantêm durante demasiado tempo em car teira os títulos em que estão a sofrer perdas." • Enviesament Enviesamento o da da contabil contabilidade idade mental mental:: é relativamente
comum encontrar investidores que dividem seus inves timentos em dois grupo s - os que devem ser protegidos protegidos em face de perdas e os que não podem, sob nenhuma hipótese, sofrer perdas ou desvalorização. Em geral, o que determina a classificação classificação em um ou outro grup o é a origem do dinheiro investido. Por exemplo, se a origem é uma herança, admite-se uma aplicação de maior risco. Por outro lado, se o dinheiro investido tem como origem o trabalho, o investidor age com maior cautela. Essa hie rarquização é denominada, pelos comportamentalistas, de enviesamento da contabilidade mental. • Exce Excess sso o de conf confia ianç nça: a: também é um comportamento bas
tante comum. As pessoas, de modo geral, procuram superestimar suas capacidades técnicas e intelectuais. Se logram sucesso, acreditam ser por mérito próprio; se fracassam, culpam fatores externos, como o acaso. Esse tipo de comportamento ocorre com frequência no mer cado financeiro. O excesso de confiança pode fazer com que o investidor torne-se insensível a informações que contrariam suas opiniões, inclusive quando elas provêm de profissionais especializados. • Envies Enviesamen amento to da disponib disponibili ilidade: dade: está relacionado com a
tendência de se optar pela informação mais notória ou de mais fácil compreensão. Esses são alguns exemplos de comportamento que não fazem sentido no quadro dos modelos racionais. A primeira vist vi sta, a, parec pa recee que são desv de svio ioss capa ca paze zess de serem ser em supe su pera rado doss ou corrigidos por meio da experiência, experiência, da aprendizagem ap rendizagem e da força força de vontade. vontade. Para os especialistas esp ecialistas em comportamento humano,
no entant entanto, o, isso não é tão tão simples. Na N a visão vi são desses estudiosos, e studiosos, o processo emocional é mais rápido, menos consciente, mais intuitivo e simplista, enquanto o processo racional caracte riza-se por ser mais lento, mais analítico. A questão central, que deve ser ponderada, é o fato de que ambos partilham os mesmos circuitos neuronais. Sem emoções, a racionalidade falha, pois o indivíduo não consegue decidir. A corrent corr entee comp co mport ortam amen ental tal,, no entanto, não nã o veio ve io para pa ra des de s truir os pressupostos do modelo modelo racional, racional, mas m as para ser apenas um complemento. A contribuição dos modelos matemáticos, racionais, é indiscutível, mas não podemos tomá-los como infalíveis. Por serem construções humanas, os mercados são suscetíveis a interferências de todas as complexas e entrelaça das variáveis que regem o comportamento humano.
Síntese Neste capítulo, você não apenas conheceu a origem e os vários tipos de investimento de capitais, capitais, como também também descobriu d escobriu um método simplificado para o cálculo do custo médio ponderado de capitais, tendo acesso a dois conceitos fundamentais rela cionados a esse assunto: o conceito de custo de oportunidade e o de custo de transação. Com base no pressuposto de que o mercado acionário constitui uma importante fonte de capital para as empresas, você também recebeu noções elementares sobre a dinâmica desse mercado, sob a ótica racionalista e comportamental. Sobre todos esses temas existem estudos aprofundados e muito mais completos. Assim, este capítulo vis v isoo u apen ap enas as intro in trodu duzi zirr a lgu lg u m as noçõ no ções es eleme ele menta ntares res,, com o intuito de dar sentido ao ao demais. Esperam Esp eramos os que essa primeira prime ira aproximação tenha instigado a sua curiosidade.
Questões para revisão i. Com base nos dados abaixo, abaixo, calcule o custo médio ponde pon de rado de capital: Passivo Oneroso: R$ 4.000,00 Patrimônio Líquido: R$ 12.000,00 Investimentos: R$ 16.000,00 Despesas Financeiras: R$ 300,00 Custo de Oportunidade: 16% 2. Cite Cite as principais fontes fontes de de capitais capitais próprios utilizada s pelas empresas. 3. Assinale V para verdadeiro e F para falso: ( ) A literatu literatura ra financeira financ eira denomina deno mina custo de oportunidade o retorno retorno gerado pela opção o pção de investimento que é renunciada pelo investidor. investidor. ( ) A legislação tributária brasileira não permite o cálculo de juros sobre o capital próprio. ( ) A s despesas despe sas financeiras não são são passíveis pass íveis de dedução do Imposto de Renda, uma vez que representam um indicativo de que o negócio não está sendo gerido com eficiênci e ficiência. a. ( ) A s empresas brasileiras, graças a um organiza or ganizado do e eficiente sistema jurídico, sofrem menos o impacto dos custos de transação. ( ) Custos de de transação são os gastos realizados para planejar, adaptar e monitorar as interações entre os agentes, garantindo o cumprimento dos termos contratuais.
4- Assinale a opção incorreta: a) O oportunism oportu nismoo contribui para o aumento dos custos de transação. b) A especificidade dos ativos não interfere interfere nos custos custos de transação. c) Ações Açõe s são títulos negociáveis negociá veis que representam a parcela mínima de uma um a empresa. empresa. d) Em termos históricos, as teorias racion alistas sobre os mercados são mais antigas do que as teorias comportamentais. 5. Enumere Enum ere a segund segu ndaa coluna de de acordo acordo com com a primeira: 1. Eugene Francis Franc is Fama Fam a
2. Julio Fernando Fern ando Lobão Lob ão
3. Disson Dis sonânc ância ia cogniti cog nitiva va
4. Envie En viesam samen ento to da contabilidade mental 5. Enviesamento da disponibilidade
( ) Relacionado Relacio nado com a tendência de se fazer a opção pela informação mais notória ou de mais fácil compreensão. ( ) Estudios Estu diosoo da corrente comportamental. ( ) Pesquis Pes quisado adorr que desenv des envolveu olveu a hipótese dos mercados eficientes (HME). ( ) Tendência Tendên cia do ser huma hu mano no de ignorar as informações informa ções que contrariam suas convicções. ( ) Tendência Tend ência a separa sep ararr os recursos para investimento de acordo com o grau de dificuldade de sua obtençã obtenção. o.
Saiba mais r
Dentre os temas tratados neste capítulo, destacamos, por seu caráter ainda embrionário, as finanças comportamentais. Uma obra essencial para quem pretende aprofundar seus estudos sobre esse tema é: L o b ã o , J. F.
Finanças comportamentais: quando a economia encontra
a psicologia. Lisboa: Conjuntura Actual, 2012.
Conteúdos do capítulo •
Base conceituai dos princípios princípios contá beis.
•
Princípi Princípios os con tábe is - R esoluçã o CFC CFC n. 1.282/2010.
Após o estudo deste capítulo, você será capaz de: 1. com preen der os contexto s geral e espec ífico ífico dos princípios princípios que regem a atividade contábil no Bras Brasil il..
2.1
Base conceituai dos princípios contábeis
As A s inform inf ormaçõ ações es oriu o riunda ndass da prática contábil con tábil relacionam relaci onam-se -se com diversos stakeholders. Como Com o os relatórios contábeis contábeis apresentam dados essenciais sobre as situações econômica, financeira e patrimonial das empresas, é natural que seja assim; governo, bancos, investidores, fornecedores, clientes, funcionários e acionistas são exemplos de stakeholders, em razão do interesse coletivo coletivo no entendimento entendimento da realidade econômico-financeira econômico-financeira das empresas para tomadas de decisões. Alé A lém m da boa bo a técnic téc nicaa contábil con tábil e de d e gestão, gestã o, tem gra g rand ndee im i m po por r tância para os usuários das informações contábeis a unifor midade dos registros, uma vez que estes possibilitam, entre outros aspectos, a comparação entre várias opções de investi mentos, sejam em mercados de capitais, sejam em ativos reais. A títu tí tulo lo de exem ex empl plo, o, im a g ine in e se cada ca da cont co ntad ador or esta es tabb ele el e cesse critérios próprios de contabilização. Nesse caso, mesmo que no longo prazo fosse possível chegar a um denominador
comum, a comparação entre várias opções de investimentos seria impossível. Assim, a observância de alguns princípios básicos tornou-se tornou-se indispensável, indispensá vel, entre outras funcionalidades, para que o governo tribute as empresas a partir de um crité rio universal e a fim de que usuários internos e externos das informações contáb contábeis eis possam u sufruir sufr uir dados produzidos de forma padronizada e que favoreçam um processo efetivo de tomada de decisões.
2.2
Histórico legal e adesão às normas internacionais
Os princípios fundamentais de contabilidade foram socialmente publicado pub licadoss pela Resolução Reso lução n. 750/ 750/199 19933 do Conselho Conselh o Federal Fede ral de Contabilidade Conta bilidade (CFC) (CFC).. No entanto, entanto, ao final da d a última década, as normas norm as de contabilidade contabilidade no Brasil sofreram grandes gr andes modifica m odifica ções, ções, com vistas vista s à adequação aos preceitos estabelecidos estabelecidos pelo International Accountin Acco untingg Standard Stand ard Board Bo ard (Ias (Iasb) b),, entidade sem fins lucrativos com com sede em Londres, a qual vem trabalhando em prol da uniformização das normas contábeis internacio nais. Com a promulgação promu lgação da Lei n. 11.638/ 11.638/200 2007, 7, o Brasil passou pa ssou a observar observa r as normas norma s elaboradas pelo Iasb, Iasb, adequando adeq uando todo o seu arcabouço normativo às regras internacionais. Alin A linha hado do a essas essa s transformaçõ transfor mações, es, o CFC public pu blicou ou a Resolução Resoluç ão n. 1.282/2010; a partir dela, os princípios fundamentais de con tabilidade passa ram a ser denominados, simplesmente, princí princ í pios pios contá contábe beis. is. Segu S egundo ndo essa resolução, são ele eles: s:
a) entidade; b) continuidade; c) oportunidade; d) registro pelo valor original; e) competência; e f) prudência.
A segu se guir, ir, serão ser ão apres ap resen enta tado doss os o s conte c ontextos xtos gera ge rall e esp e spec ecífi ífico co de cada um dos princípios contábeis.
2.2.1
Princípio da entidade
De acordo com o princípio da entidade, toda pessoa, física ou juríd ju rídic ica, a, que m ovim ov imen ente te recu re curs rsos os econô ec onômi micos cos po pode de ser se r consi con si derada uma um a entidade. Didaticamente, Didaticamente, é possíve l afirmar afirm ar que o princípio da entidade consiste em em "não "n ão misturar m isturar as coisas", coisas", ou seja seja,, patrimônio patrim ônio de pessoa pe ssoa física é uma coisa, coisa, e patrimônio de pessoa jurídica outra, completamente distinta. Assim, paga mentos realizados por entidade jurídica devem sair do caixa da empresa, enquanto contas pessoais, dos sócios, devem ser pagas com recursos particulares, provenientes de pró-labore ou de outras fontes. Alé A lém m de prec pr ecei eitu tuar ar a ind i ndep epen endê dênc ncia ia total tota l dos patri pa trim m ônio ôn ioss pertencentes à entidade jurídica em relação àqueles de proprie propri e dade dos seus sócios, a norma norm a ainda traz um alerta importante em se u art. art. 4Q: Parágrafo Parágr afo único. O PATRIMÔNIO PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. verda deira. A soma ou agregação ag regação contábil de de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, ENT IDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil. (CFC, 1993)
Ou seja, igual distinção deve ser feita entre empresas que pertencem a um mesmo m esmo grupo gru po econômico econômico.. Desse modo, cabe a todas as empresas compor demonstrações contábeis indi vid vi d u a liza li zad d as. as . Se, po porr acaso, aca so, u tili ti liza zam m um m esmo esm o ativo at ivo (como instalações, é necessário que as despesas a ele relacionadas (como energia elétrica e IPTU) sejam rateadas na proporção do consumo de cada entidade. A não nã o o b serv se rvân ânci ciaa do prin pr incí cípp io da entid en tidad adee dese de senc ncad adei eiaa implicações fiscais, gerenciais e societárias. Portanto, se os patrimônios de várias entidades forem misturados, ainda que
todos façam parte de um mesmo grupo econômico, todos os controles gerenciais perdem o sentido, tornando impossível a avaliação precisa dos resultados individuais e da evolução patrimonial de cada uma delas. Do ponto de vista vist a fiscal, fiscal, também há implicações importan imp ortan tes, entre as quais citamos o exemplo do Imposto de Renda. A apro ap ropr priaç iação ão incorr inc orreta eta de d espe es pesa sass que não fazem faz em parte pa rte da atividade operacional d a empresa implica redução dos lucros e conseqüente diminuição do imposto a pagar, ou seja, nesse caso, a não observância do princípio da entidade enseja uma fraude fiscal.
2.2.2 Princípio da continuidade Segundo o princípio da continuidade, em qualquer entidade devem ser realizados registros contábeis, levando-se sempre em consideração a presunção de continuidade, o que significa que as empresas são criadas para pa ra existir por tempo indetermi nado. E esse princípio que justifica a norma geral de registrar os ativos (terrenos, instalações, veículos, entre outros) pelo valo va lorr de aquisiçã aqu isição. o. Os ativ a tivos os são s ão adqu ad quiri irido dos, s, v ia de regra, reg ra, para pa ra que sejam sejam utilizado s na atividade operacional da empresa. Se a intenção da entidade fosse revendê-los, até poderia fazer algum sentido registrá-los, por exemplo, pelo valor de mercado. Em casos excepcionais, é possível que disposições contra tuais determinem o prazo de duração de uma entidade, mas essa situação é bastante bastante incomum. Outras circunstâncias, circun stâncias, como a decretação de falência, talvez forneçam indícios de que o prazo de duração de uma entidade não é indeterminado. Em situações específicas, em que o prazo de duração da sociedade pode ser determinado, deixa de fazer sentido a apli cação de algumas normas, como a observância na escritura ção contábil do princípio da competência (abordado adiante). Imagine, por exemplo, a situação de uma sociedade que está
liquidando seus ativos para encerrar suas atividades; assim, necessita fazer o lançamento de uma despesa com seguro. Se houvesse houv esse a presunção de continuidade continuidade,, seria necessário ativar esse gasto, que, em seguida, passaria a ser apropriado propor cionalmente ao período de vigênci vigê nciaa da apólice. Contudo, se há a certeza do encerramento das atividades, o mais coerente é lançar essa despesa integralmente, pelo regime de caixa.
2.2.3 .2.3
Princípio da oportunidade oportu nidade
O princípio da oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação das informações da empresa (entidade) de forma íntegra e tempestiva, possibilitando estabelecer uma base atualizada, oportuna e confiável ao entendimento dos atos atos de gestão das empresas. A inte in tegr gral alid idad adee está es tá asso as soci ciad ad a à conf co nfiab iabili ilida dade de,, isto é, as informações precisam ser confiáveis e representar o mais fiel mente possível a realidade. Já a tempestividade se relaciona com a oportunidade, ou seja, as informações produzidas pela contabilidade devem ser apresentadas apresent adas no tempo certo, certo, a fim de que sirvam de apoio para os gestores no processo de tomada de decisões. O princípio da oportunidade, portanto, preconiza o equilí brio entre esses dois aspectos. Desse modo, não adianta uma informação ser altamente confiável se ela ela não foi apresentada no tempo certo, assim como também não contribui em nada se ela tiver tiver sido produ zida de forma ágil e tempestiva, caso os dados utilizados ut ilizados não retratem de forma fidedigna fide digna a realidade. realidade.
2.2.4 2.2.4 Princípio do registro registr o pelo valor valo r original origi nal Segundo o princípio do registro do valor original, todos os elementos do ativo devem ser registrados na contabilidade pelo fisc al de compra) ou custo original de aquisição (expresso na nota fiscal
pelo custo do processo de fabricação (no caso de uma empresa industrial). É necessária a utilização de algumas bases de mensuração, combinadas e em graus distintos, conforme exposto a seguir. a) Custo histórico: os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ca ixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na data de aquisição. Os passivos são regis trados pelos valores dos recursos rec ursos que foram foram recebidos em troca da obrigação ou pelos valores em caixa ou equiva lentes de caixa, não descontados, os quais seriam neces sários para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis. b) Variação do custo histórico: uma vez integrados ao patri mônio, os ativos e os passivos podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores: • Custo corre corrent nte: e: o valor corrente corrente de um ativo eqüivale ao desembolso necessário para p ara adquiri-lo no mercado na data em que as demonstrações são elaboradas. Mas atenção: se a data de elaboração das demonstrações não coincide com a de aquisição do bem, o parâmetro a ser utilizado utiliza do é o valor do bem usado. Os passivos passiv os são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, descontados, necessários à sua liquidação na data do balanço. • Valor realizável: é o que seria obtido pela venda vend a dos ati vos vo s em cond c ondiçõ ições es norm no rmais ais,, ou o u seja, de form fo rmaa orde o rdenad nada. a. Os passivos são mantidos pelos seus valores de liqui dação, sem desconto, ou seja, pelos valores que serão pagos no curso normal das operações da entidade. • Valor presente: presente: é o valor valo r atual dos itens registrado regist rado s no ativo, que são descontados a uma determinada taxa. O mesmo ocorre com os passivos. Portanto, se
a entidade fosse liquidar todas as suas obrigações no tempo presente, certamente obteria descontos pela antecipação antecipação dos pagamentos. • Valor justo: justo: é o valor pelo qual qua l um ativo pode ser tro cado, ou um passivo liquidado, sem que se favoreça uma das partes. • Atualização Atua lização monetária: a atualização monetária já foi um princípio contábil. Atualmente, ela representa ape nas um critério de atualização do custo histórico, não se caracterizando como uma reavaliação, tampouco representando aumento real de valor. Ela apenas cor rige a desvalorização desvalorizaç ão da d a moeda, mediante a aplicação aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em dado período.
2.2.5 .2.5
Princípio Princíp io da competência
O princípio da competência determina que sejam reconhecidos os efeitos das transações e outros eventos econômico-financeiros nos períodos período s a que se referem, independentemente do seu efetivo recebimento ou pagamento. Os seguintes exemplos nos ajudarão a entender entender esse impor tante princípio da contabilidade: • Imagine uma empresa comercial comercial que realiza vend as à vis v ista ta e a prazo. praz o. Indepen Ind ependen dentem tement entee dos d os per p erío íodo doss em que ocorrem as entradas efetivas de dinheiro, contabilização é feita feita levando-se sempre em consideração a data data de emis em is são das notas fiscais de venda. • O mesmo ocorre ocorre com as despesas. A cada mês transcor transcor rido, a entidade que tem funcionários assume a obriga ção de pagar 1/12 avos de férias, décimo terceiro salário, encargos sociais, entre outras verbas trabalhistas a seus
empregados. O décimo terceiro salário, por exemplo, só é pago nos meses de novembro e dezembro, dezembro, porém essa obrigação é registrada mês a mês. Dessa forma, as con tas passivas são constantemente atualizadas, permitindo aos usuários usuá rios das demonstrações contábeis contábeis condições condições de avaliar avalia r com precisão as situações patrimonial patrimo nial e financeira financeira da entidade. entidade. • O lançamento de despesas despes as com com seguro também pode nos ajudar a compreender a lógica do princípio da compe tência tência.. Quando Q uando uma u ma entidade contrat contrataa um seguro, lança em seu ativo o valor integral da apólice, para, posterior mente, apropriar a cada mês uma fração do montante total. Caso se realizasse o lançamento pelo regime de caixa, o resultado do mês em em que o seguro segu ro foi contratado contratado seria substancialmente alterado, ignorando-se o fato de que o desembolso realizado representaria uma despesa que deveria ser alocada pelo tempo de vigência da apólice. A essê es sên n cia ci a do prin pr incí cípi pioo da com co m petên pe tência cia cons co nsist istee em rela cionar despesas e receitas correlatas. Ou seja, todas as despe
sas realizadas e necessárias à obtenção de uma determinada receita devem, em obediência ao princípio da competência, ser registradas no mesmo período. O confronto de despesas e receitas receitas correlatas correlatas dá um a noção mais precisa do resultado obtido obtido em um determinado período. Como os registros contábeis obedecem ao regime da com petência, torna-se fácil concluir que o resultado apurado em cada exercício tem caráter econômico, e não financeiro. Ou um resultado positivo não representa, necessariamente, necessariamente, dinheiro dinhe iro em caixa de imediato.
2.2. 2.2.66 Princípio da prudência prudên cia Esse princípio consiste, em poucas palavras, em superestimar a possibilidade de prejuízos e subestimar as promessas de lucros.
Se, por exemplo, há uma ação trabalhista em curso, a qual é capaz de provocar uma redução de ativos, o provável pre juíz ju ízoo futu fu turo ro com a p erd er d a d essa es sa ação açã o deve de ve ser p rovi ro visi sion onad adoo na contabilidade. O conservadorismo ou a prudência tam bém é indicado para situações contrárias. A possibilidade da realização de uma receita (duplicatas a receber, por exemplo) deve ser sempre deduzida da expectativa da ocorrência de inadimplência. O princípio da prudência deve ser observado quando o contabilista precisa escolher entre duas alternativas legais de lançamento, ambas com efeito direto sobre o patrimônio. Nesse caso, a prudência recomenda a escolha da alternativa que resulte em menor valor para o ativo ou maior valor para o passivo.
Síntese Seria impossível impo ssível condensar em um único volume volum e o conjunto conjunto de de regras, norm as e legislação que regem o entendimento contábil contábil em todas as suas variáveis acerca da gestão organizacional. Embora em linhas gerais haja um movimento internacional de uniformização, quando se an alisam determinados assuntos de forma particular, p articular, percebe-se p ercebe-se que no Brasil a contabilidade ainda precisa evoluir muito no sentido da desburocratização dos processos. Quando observamos as obrigações atinentes à área fiscal, verificamos a inconstância das normas brasileiras e o número absurdo de obrigações acessórias exigidas pelo fisco; desse modo, percebemos que não é pequena a respon sabilidade dos profissionais que atuam nessa área. Nesse sentido, os princípios contábeis são de extrema rele vânc vâ ncia ia,, po pois is traçam tra çam d iret ir etri rize zess que qu e fac f acili ilitam tam o traba tra balho lho do con tabilista, tornando as informações econômicas e financeiras das empresas comparáveis entre si, o que possibilita a um
determinado investidor com parar as opções de investimentos, investimentos, além de observar as estratégias e a perenidade da organização.
Questões para revisão 1. Comente a seguinte afirmação: afirmação: "A uniformid unifo rmidade ade dos regis reg is tros tem tem grande importância para os usuários das informa ções contábeis". 2. Em quais qua is situações se recomenda recom enda a aplicação do princípio princ ípio da prudência? 3. Princípios contábeis são regras geralmente aceitas aceitas que orien orien tam a atividade ativid ade do contabilista. contabilista. Nesse N esse context contexto, o, a Resolução n. 1.282/2010 do Conselho Federal de Contabilidade, que alterou a redação da Resolução n. 750/1993, dispõe que os efeitos das transações e outros eventos econômico-financeiros sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, referem, inde pendentemente do seu efetivo recebimento recebimento ou pagamento. A qual qu al dos do s prin pr incí cípi pios os contábe con tábeis is disp di spos osto toss nas na s altern alt ernat ativa ivass a seguir o presente conceito se refere? a) Princípio Princíp io da competência. b) Princípio Princ ípio da prudência. prudên cia. c) Princípio Princ ípio do registro reg istro do valor va lor original. origin al. d) Princípio Princíp io da entidade. entidade. e) Princípio Princíp io da continuidade. 4. A R esoluç ão n. 1.282/2010 do C on selho Fed eral de Contabilidade determina que os componentes d : r nio devam ser inicialmente reg istrados pelos v a i: : zo nais das transações, expressos expre ssos em em moeda nacior 2 dos princípios contábeis dispostos nas alternativa.' 1 o presente conceito se refere? a) Princípio Princíp io do registro regist ro do valor valo r original. origin al. b) Princípio Princ ípio da continuidade.
c) Princíp Prin cípio io de caixa. caixa . d) Princípio Princíp io da entidade. e) Princípio Princíp io da competência. 5. Assinale a alternativa incorreta: a) Para a contabilidade, entidades tanto tanto podem ser pessoas físicas como pessoas jurídicas. b) A boa técnica contábil contábil recomenda recome nda a ob observâ servância ncia do princípio da entidade. No entanto, sob o ponto de vist vi staa fiscal, fisc al, é irr i rrel elev evan ante te se as empr em pres esas as ob obse serv rvam am esse princípio. c) Atualmente, os princípios fundam entais de contabilidade são denominados, simplesmente, princípios contá contábe beis. is.
d) Uma das funções do International Accounting Acco unting Standard Board (Iasb) é trabalhar pela uniformização das normas n ormas contábeis contábeis internacionais. internacionais. e) No Brasil, não existe uma um a política de de alinhamento com as normas contábeis internacionais.
Saiba mais Para saber mais sobre os princípios contábeis, consulte: A. W.; S c h i e r , C. U. da C . Contabilidade introdutóri introdutóriaa descomplicada. 5. ed. Curitiba: Juruá, 2012.
A n d r i c h ,
E. G.;
C r u z , J.
Conteúdos do capítulo •
Relatório da adm inistração .
•
Balanço Patrimonial.
•
D em on straçã o do Resu ltado do Exercício Exercício (DRE).
•
De mo nstração do Resultado Ab range nte (DRA).
•
De mo nstração das M utações do Patrimônio Patrimônio Líquido Líquido (DMPL) e Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acu A cu m u la d o s (DLPA). (DLPA).
•
De mo nstração das Origens e Aplicaçõe s de Recursos Recursos (Doar).
•
D em on straçã o do Valor Adicio nad o (DVA).
•
D em on straçã o dos Fluxos de Caixa (DFC (DFC)).
•
Dem onstrações comparativas.
•
Consolidação das dem onstrações contábeis.
•
Dem onstrações contábeis separadas.
•
Notas exp licativas.
•
Parecer do con selho fiscal. fiscal.
•
Relatório do com itê de auditoria.
•
Relatório Relatório dos auditores indep end ente s.
•
Balan ço social.
•
Fatos releva ntes.
Após o estudo deste capítulo, você será capaz de: 1. com preen der o conjunto de informações informações que deve ser divulgado por uma sociedad e ao público público em geral e ao fisco, entendendo não apenas suas estruturas, mas também sua forma de leitura.
3-i
Introdução ao estudo das demonstrações contábeis
A Lei Le i das d as Socie So cieda dade dess An A n ônim ôn im as (Lei n. 6.404/19 6.404/1976) 76) foi o marc m arcoo inicial da revolução contábil brasileira. Com a edição edição das Leis n. 11.638/2007 e n. 11.941/2009, a criação em 2005 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), a produção entre 2008 e 2009 de enorme conjunto de normas aprovadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e, por fim, agora, com a adoção no Brasil das Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb) e conse qüente qüente aplicação aplicação dessas dess as normas norm as em praticamente praticamente todas as orga or ga nizações no Brasil, torna-se cada vez mais im portante o enten dimento do que aqui chamamos chamam os de conjunto de informações informações que uma um a organização organ ização deve dev e divulg div ulgar ar ao público em geral e ao ao fis fisco. co. A contab con tabilid ilidad adee dese de senv nvolv olveu eu-se -se ao longo lo ngo dos sécu sé culos los com o objetivo objetivo de atender atender às necessidades das d as organizações organ izações de admi adm i nistrar seus ativos de forma eficie eficiente nte,, mais ma is do que com vista s
a apoiar o interesse público no que se refere ao controle fiscal. Nesse sentido, a maioria das demonstrações contábeis exigi das pelo governo tem uma um a importância muito mais expressiva expres siva como instrumentos de gestão do que como relatórios relatórios fiscais. Dessa forma, por meio do presente capítulo, buscamos esclarecer qual a função de cada uma das demonstrações que compõem o "pacote" de informações que, reiteramos, devem estar disponíveis ao público em geral e ao fisco.
3.2
Obrigatoriedade de demonstrações demonstrações contábeis e outras informações no Brasil
As A s dem de m onstr on straç açõe õess contáb con tábeis eis e outra ou trass info in form rmaç açõe õess que qu e prec pr eci i sam ser divulgadas compreendem: • relatório relatório de administração; • demonstrações contábeis contábeis;; • notas explicativas; • relatório dos auditores audito res independe indep endentes ntes (se (se houver); • parecer pare cer do conselho conse lho fiscal fisca l (se (se houver); houver); • parecer pare cer do comitê de auditoria aud itoria (se (se houver). houver). No Quadro 3.1, sintetizamos as regras para elaboração e publicação das informações contábeis. Quadro Quad ro 3.1 - Síntese dos relatórios contábeis contábeis Demonstração contábil
MEeEPP ITG1000
PMEs NBCTG 1000
Regra geral
S.A.de capital aberto
BP
Balan alanço ço Pat Patri rimo moni nial al
Obri Obriga gató tórrio
Obrigatório
Obrigatório
Obrigatório
DRE
Demonstração do Resultado do Exercício
Obrigatória
Obrigatória
Obrigatória
Obrigatória
DRA
Demonstração do Resultado Abrangente
Facultativa
Pode ser substituída pela DLPA
Obri brigatória
Obr Obrigatória (continua)
(Quadro 3 .1
Demonstração contábil
-
conclusão)
MEeEPP ITG1000
PMEs NBCTG 1000
Regra geral
S.A.de capital aberto
Facultativa
Facultativa (obrigatória se substituir a DRAou a DMPL)
Facultativ tiva
F a c u l t at i v a
O b r i g a t ó ri a
O b r i g a t ó ri a
DLPA
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados
DMPL
Demonstração das Mutações do Patrimônio Patrimônio Líquido
Facultativa
Pode ser substituída pela DLPA
DFC
Demonstração dos Fluxos de Caixa
Facultativa
Obrigatória
O b r i g a t ó ri a
O b r i g a t ó ri a
NE
Notas expli cativ as
Obrigatória
Obrigatória
O b r i g a t ó ri a
O b r i g a t ó ri a
DVA
Demonstração do Valor Agregado
Fa c u l t a t i v a
Fa c u l t a t i v a
Fa c u l t a t i v a
Obrigatória
3.3
Utilização Utilização das demonstrações contábeis contábeis e a inter-relação com outras informações
As A s demo de monst nstra raçõ ções es contáb con tábeis eis são u tiliz ti lizad adas as para pa ra regi re gist stro ro das da s operações que ocorrem em uma organização. No Balanço Patrimonial e na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) (DRE),, registram regis tram-se -se todas tod as essas essa s operações. O objetivo é que os eventos sejam interpretados de forma clara e objetiva. objetiva. Existem outros relatórios relatórios utilizados pela contabilidade para a divulgação dos eventos (como o relatório de administração), os quais descrevem e explicam as principais características do desempenho e das posições financeira e patrimonial da empresa, destacando suas principais incertezas e variações. A existê exi stênci nciaa de dive d ivers rsoo s tipos tip os de d e demo de monst nstraç rações ões e relatório relat órioss revela a importância da contabilidade na geração de infor mação gerencial. Por isso, o trabalho de análise é uma tarefa árdua, que exige conhecimento da empresa, do contexto em que ela está inserida e, sobretudo, da estrutura e da função dos relatórios por ela produzidos.
Outros relatórios mencionados neste capítulo (Doar, DRA, DLPA, DMPL, DM PL, DFC, NE, N E, DVA) DVA) são, são, na verdade, form as detalha deta lha das de apresentar aspectos do Balanço Patrimonial e da DRE. Torna-se muito mais fácil compreender a função dos diver sos relatórios se se consegu con seguirmo irmoss perceber que a origem de todos eles é o Balanço Patrimonial e a DRE. Assim, quando preci samos compreender melhor as variações ocorridas no patri mônio líquido, decompomos essa parte do balanço em um relatório relatório chamado Demonstração D emonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMP (DMPL) L);; se é necessário entendermos entendermos melhor as va ria ria ções ções ocorridas no Capital C apital Circulante Circulan te Líquido (C (CCL CL), ), voltamos nossa atenção para a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (Doar). Observe na Figura 3.1 alguns exemplos de como os outros relatórios relacionam-se com o Balanço Patrimonial e a DRE. Figura 3.1 3 .1 - Origem de todos os relatórios relatórios Balanço Patrimonial ATIVO DOAR FACULTATIVA DFC
PASSIVO DMPL
i
Circulante : ... •Caixa
Circulante
Realizável L. Prazo Permanente
DVA -<•
|
Exigível L. Prazo Patrimônio Líquido Capital Social •Lucros Acumulados
DLPA
DRE DRE h 1) Receita com Vendas (-) Impostos (-) CMV 2) Lucro Bruto (-) Desp. Comerciais (- ) Desp. Desp. Administrat. Administrat. (-) Desp. Financeiras 3) Lucro Líquido Fonte:
DRA
A n d rich ri ch ; C ru z; M ug n ai n i, 20 12 .
Na seqüência, vamos examinar o que é o relatório da administração para, em seguida, iniciar o estudo do Balanço Patrimonial e da DRE, origem de grande parte dos relatórios contábeis.
3.4
Relatório da administraçã administraçãoo
O relatório da administração não faz parte das demonstrações contábeis, mas a Instrução n. 480/2009 da CVM determinou que ele ele acompanhasse acom panhasse as demonstrações contábei contábeis. s. Embora não haja um modelo padrão, a prática sugere que o relatóri relatórioo da administração ad ministração apresente as seguintes informações: • Divulga Divulgação ção fina financ ncei eira ra:: estimativas utilizada u tilizadass na elaboração elaboração
das demonstrações contábeis e determinação de quais riscos eventuais foram avaliados e compartilhados com o comitê de auditoria. • Demonstr Demonstraçã ação o não finan financei ceira: ra: informações relativas à even
tual mudança m udança na composição acionária, estrutura de con trole e outras; formas form as de remunera rem uneração ção dos dos* adm inistrad inis trado o res, estrutura de governança corporativa, riscos, controles e eventual existência de um código de ética ética empresarial. • Outras Outras info informa rmaçõ ções: es: divulgação de assembleias gerais e
ordinárias, de calendários e meios de divulgação e ali nhamento da organização com boas práticas de gover nança corporativa. O relatório da administração, portanto, é uma importante ferramenta de divulgação (ao mercado) de informações úteis e necessárias sobre governança corporativa.
3.5
Balanço Patrimonial Patrimonial
Apres Ap resen entam tamos os,, a seguir seg uir,, a impo im portâ rtânc ncia ia do Balan B alanço ço Patr P atrimo imonial nial,, para, depois, nos centrarmos nos elementos que o caracterizam.
Segundo Segu ndo Frazzetto Frazzetto (2011) (2011),, "O Balanço Patrimonial é um dos mais importantes im portantes relatórios contábe contábeis. is. Através Atrav és dele é po possível ssível se perceber a situação situação patrimo patri monial nial e financeira de uma entidade. entidade. Trata-se Trata-se de uma demonstração estática. estática. Seus números n úmeros refletem refletem a situação de uma entidade em um momento específico". Como explicam Andrich, Cruz e Mugnaini (2012), "É pos sível demonstrar graficamente a situação patrimonial e finan ceira de qualquer tipo de entidade (pessoa física, jurídica, jurídica, de natureza pública ou privada, com ou sem fins lucrativos)". O Balanço Patrimonial de qualquer entidade pode ser resu mido nesta simples equação: BENS + DIREITOS - OBRIGAÇÕES = PATRIMÔNI PATRIMÔNIO O LÍQUIDO
E claro que, que, pela necessidade necessidad e de apresentar as inform ações de forma mais detalhada, ele foi estruturado, por mera con venção ven ção,, de outra out ra form for m a, sinte sin tetiz tizad adaa no Q uadr ua droo 3.2. Quadro Quad ro 3.2 - Representação simplificada simp lificada do Balanço Patrimonial ATIVO (Apli plicaç cação)
PASSIVO (Origem)
Bens e Direitos
Obrigações
Patrimônio Líquido
Por meio do quadro anterior, podemos perceber que os tamanhos taman hos (ou (ou os valores) valores) do Ativo Ativ o e do Passivo são exatamente exatamente iguais. Por convenção, o lado direito representa a origem dos recursos; o esquerdo, as aplicações. O importante a observar, até até o momento, momento, é o fato fato de o total das origens o rigens (Passivo Exigív Exi gível el + Patrimônio Líquido) ser exatamente igual ao total das aplica ções (Total do Ativo), o que ocorre por uma razão óbvia: a con tabilidade não cria valores. O objetivo é demonstrar de onde se originam os recursos (origem própria ou de terceiros) e onde eles estão sendo aplicados.
Essa igualdade matemática justifica o nome Balanço Patrimonial. A ideia de balanço remete justamente à posição
de equilíbrio de uma balança de pratos, quando origens e recursos se eqüivalem. Do lado esquerdo, temos os elementos do Ativo e, do lado direito, direito, o Passivo Ex igível igíve l e o Patrimônio Patrimônio Líquido. De forma simplificada, podemos dividir o Balanço Patrimonial em dois grandes grupos: 1. Ativo: composto pelos bens e direitos mensuráveis em moeda. Em uma empresa, as contas mais comuns do Ati A tivo vo são: C aixa ai xa,, Banco, Banco , Aplic Ap licaç açõe õess Finan Fin ancei ceira ras, s, Co Cont ntas as a Receber, Estoques, Veículos, Móveis e Utensílios, Instalações, Edificações, entre outras. No Ativo, organizam-se essas contas por ordem de liquidez decrescente, ou seja, as de maior liquidez ou que se convertem mais rapidamente rapidamente em d isponibilidade vêm primeiro. primeiro. 2. Passivo: o Passivo Total, ou simplesmente Passivo, divide-se em: • Passivo Exigível, que que reúne as obrigações assumidas assum idas pela entidade, como: Contas a Pagar, Fornecedores a Pagar, Salários, Impostos e Taxas a Pagar, Financiamentos, entre outras; como no Ativo, essas contas também se organizam por ordem de liquidez decrescente, ou seja, seja, as que se tornam exigíveis ex igíveis mais m ais rapidamente vêm primeiro; • Patrimônio Líquido, que que compreende os recursos recur sos dos dos proprietários investidos na empresa (capital social); esse patrimônio pode aumentar por meio de novos investimentos realizados pelos sócios, da venda de ações (no (no caso das emp e mpresas resas com capital aberto) aberto) e, e, tam tam bém, dos lucros gerados pelo próprio própr io negócio, os quais são reinvestidos no empreendimento.
Na seqüência, aprofundaremos o conhecimento acerca da estrutura dos dois grandes grupos do Balanço Patrimonial (Ativo e Passivo).
3.5.1
Ativo
O grupo do Ativo representa as aplicações de recursos. Todo capital (seja (seja próprio, seja de terceiros terceiros)) demonstrado de monstrado no Passivo está aplicado diretamente no Ativo. Desse modo, "as contas contas do ativo apresentam-se orga nizadas nizad as de acordo com o seu grau de liquidez (capacidade de conversão em moeda)" (Andrich; Cruz; Mugnaini, Mu gnaini, 2012), 2012), sendo dispostas nos seguintes grupos: j
1.
Ativo Circulante; Circulante;
j
:
2. Ativo Ati vo Não Circulante Circul ante (este (este se apresenta subdivid subd ividido ido
•
:
em: em: Ativo Ativ o Realizá Real izável vel a Longo Prazo, Investimentos,
:
•
Imobili Imobilizad zadoo e Intangível). Intangível).
j
Observe, no Quadro 3.3, os grupos do Ativo estruturados no Balanço Patrimonial. Quadro 3.3 - Grupos do Ativo Balanço Balanço Patrimonial ATIVO
PASSIVO
Ativo Circulante Ativo Não Circulante Ativo Realizável a Longo Prazo Investimentos imobilizado Intangível
3.5.1.1 Ativo Circulante "Neste grupo grup o são classificadas classificadas as contas contas disponíveis e realizá veis ve is a curto cu rto praz pr azo, o, ou seja, as contas con tas que repr re pres esen enta tam m bens be ns e direitos conversíveis em moeda dentro do mesmo [...] [ciclo
operacional, operacional, normalmente um ano]" (Andrich; Cruz; Mugnaini, M ugnaini, 2012). Vale ressaltar que há casos em que o ciclo operacional é superior a doze meses. Para facilitar o entendime entendimento, nto, observe algumas contas classificadas nesse grupo: • Bens: Caixa, Bancos, Aplicações Financeiras, Estoques
de Matérias-Primas, Estoques de Produtos Acabados, Estoques de Peças, entre outros. • D ire it o s : Contas a Receber de Clientes (Duplicatas
a Receber, Clientes, Notas Promissórias a Receber), Empréstimos a Receber, entre outros (desde que vençam no ciclo operacional). 3.5.1.2 3.5.1.2 Ativo Não Circulante • Reali Realizáv zável el a Longo Praz Prazo: o: apresenta os direitos cujo prazo
de conversão em moeda seja superior ao ciclo opera cional (normalmente 12 meses). As contas classificadas nesse grupo em geral são as mesmas classificadas no curto prazo, embora seu vencimento se dê após o tér mino do ciclo operacional. Há contas que, mesmo com vencim ven cimen ento to de d e curto cu rto praz p razo, o, são clas c lassif sifica icada dass nesse ne sse grupo gru po,, como Valores a Receber de Diretores e Acionistas. • Inves nvesttimen imenttos: os: trata-se trata-se de de um subgrupo subgru po em que são classi
ficadas as contas que que representam a designação de capital para fins de rendimentos, ou seja, o dinheiro destinado a aplicações com o objetivo de conseguir um rendimento extra. Exemplo: Instrumentos Financeiros, Compra de Imóvel para Locação, Investimento em Outras Empresas. • Imobi mobili liza zado do:: nesse subgrupo, classificam-se as contas que
representam os bens ou os valores valore s permanentes e estáveis do patrimônio. Exemplo: Exemplo: Imóveis, Veículos, Veículos, Máquin M áquinas as e Equipamentos. • Intan ntangí gíve vell: é um subgrupo subgr upo em que se classificam as contas contas
que representam bens e direitos intangíveis. Exemplo:
Fundo de Comércio Adquiri Adq uirido, do, Marcas Marc as e Pate Patente ntes, s, Direitos Sobre Recursos Naturais, Pesquisa e Desenvolvimento.
3.5.2
Passivo
O grupo do Passivo representa a origem dos recursos, ou seja, seja, as fontes fontes de recursos que serão aplicadas d iretamente no Ativo da empresa. Mas como o Passivo é organizado? As A s contas con tas do Pass Pa ssiv ivoo apres ap resen entam tam -se d ispo is post stas as nos seg se g u in in tes grupos: ; :
1. Passivo Passi vo Circulante. Circul ante. 2. Passivo Passi vo Não Circulante. Circulante .
: :
:
3.
Patrimônio Líquido.
:
:
•
Capital Social.
:
j
•
Reservas de Capital. Capital.
:
:
•
Ajustes de Avaliação Avalia ção Patrimonial. Patrimonial.
: :
• •
Reservas Reserva s de Lucros. Ações em Tesouraria.
•
•
Prejuízos Acumulados.
\ : : j
Observe, no Quadro Qua dro 3.4, 3.4, os os grup os do Passivo estruturados no Balanço Patrimonial, os quais serão comentados adiante. Quadro 3.4 - Grupos do Passivo Balanço Patrimonial ATIVO
PASSIVO Passivo Circulante Passivo Não Circulante Patrimônio Líquido
1. Passivo Circulante Classificam-se no grupo as contas que representam obri gações com vencimento a curto prazo, ou seja, no máximo em um ano ou dentro do mesmo ciclo operacional, haja vis v ista ta que exist ex istem em empr em pres esas as com ciclo op oper erac acion ional al m ais longo. Exemplo: Duplicatas a Pagar, Notas Promissórias a Pagar, Salários a Pagar, Energia Elétrica a Pagar. 2. Passivo Não Circulante Nesse grupo se classificam as contas que representam obrigações com vencimento a longo prazo, ou seja, ven cimento superior a um ano ou ao ciclo operacional. Exemplo: Duplicatas a Pagar, Notas Promissórias a Pagar, Energia En ergia Elétrica Elétrica a Pagar. 3. Patrimônio Líquido E o grupo grup o que representa os valores do capital próprio da empresa, sendo a diferença aritmética a soma dos bens e direitos menos as obrigações. O Patrimônio Líquido divide-se nos seguintes grupos: Cap ital Social,Reservas Social,Reservas de Capital, Ajustes de Avaliação Patrimonial, Reservas de Lucros, Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulado Acu mulados. s. • Capi Capita tall Soci Social al:: é composto de capital próprio e capital de
terceiros. É bastante comum as pessoas se referirem ao Patrimônio Líquido como o capital próprio e ao Passivo Exigív Ex igível el como o capital de de terceiros terceiros investido no empreen dimento, sendo essa denominação bastante coerente. Se nos lembrarmos do conceito de Patrimônio Líquido (bens + direitos direitos - obrigaçõ obrigações) es),, perceberemos facilmente facilmente que essa parte do balanço representa os recursos investi dos na sociedade - os quais, efetivamente, efetivamente, pertencem pertencem aos sócios. O restante das origens (isto é, o Passivo Exigível) representa, então, os recursos de terceiros.
| Capital próprio: é todo capital oriundo dos sócios (capital \ : social) ou gerado gerado na empresa empresa (lucro (lucro). ). : pita Ide tercei ros:é todo capital : Ca pita capital oriundo oriundo de fontes exter- ; : nas à empresa, ou seja, qualquer qualquer valor valor pertencente ao patri- • : mônio mônio da empresa classificado no Passivo Circulante Circulante (curto (curto :
| prazo) prazo) ou no Passivo Não Circulante (longo (longo praz prazo) o)..
j
• Rese Reserv rvas as de capi capita tal: l: constituem-se de valores recebidos e
que não transitam pelo resultado, por serem provenientes de transações de capital com os sócios. • Ajustes Ajustes de de avaliaç avaliação ão patrimoni patrimonial: al: é a conta em que é regis
trada a contrapartida de ajustes positivos ou negativos de variação patrimonial. • Rese Reserv rvaa de luc lucro ross: é a conta em que se registra um lucro
obtido pela empresa, o qual permanecerá retido para atender a alguma finalidade específica no futuro. • Ações Ações em tesoura tesourari ria: a: é a conta em que se registra reg istram m as ações
da companhia adquiridas pela própria sociedade. • Prej Prejuí uízo zoss acumul acumulado ados: s: é a conta em que se registram os
prejuízos gerados pela companhia à espera de absorção futura.
3.6
Demonstração Demonstração do Resultado Resultado do Exercício Exercício (DRE)
A Demo De mons nstra tração ção do Resu Re sulta ltado do do Exerc Ex ercício ício (DRE) é um dos principais principa is relatórios relatórios contábeis. contábeis. Essa demonstração é obrigató ria, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 26, apro vado va do pela pe la D elibe eli bera raçã çãoo C V M 676/2 67 6/2011 011 e pela pe la Reso Re soluç lução ão C FC n. 1.376/2011, e objetiva mostrar o resultado da empresa após o encerramento encerramento de cada exercíc exercício. io. Dessa Dess a forma, a DRE agrup ag rupaa somente as contas de resultado, demonstrando, por meio de sua estrutura, o lucro ou o prejuízo do exercício.
Convém lembrar que o resultado é sempre uma informação de caráter econômico. econômico. Por isso, receitas, custos e des pesas pesa s con frontados frontado s para a obtenção obtenção do lucro ou do prejuízo preju ízo do exercício são lançados sempre de acordo com o regime de competência, isto é, independentemente de terem sido de fato recebidos ou pagos. Para exemplificar, podemos citar o caso das vendas a prazo realizadas em um determinado mês. Mesmo que elas sejam recebidas no mês seguinte, devem ser apropriadas na data em que efetivamente ocorreram (princípio (princípio da competên cia - Resolução CRC CR C n. 1.282/2 1.282/2010 010). ). E possível, então, chegar a um conceito geral de DRE: j É um relatório relatório contáb contábil, il, de caráter caráter obrigatório, obrigatório, elaborado elaborado de : : acordo com o regime regi me de competência, que, por meio do do concon- • : fronto entre receitas, custos e despesas, despe sas, demonstra demonstr a o lucro ou o : | prejuízo de um determinado determinado período. período.
j
Trata-se Trata-se,, portanto, de um resumo das receitas e despesas despe sas da empresa durante um período determinado. Dessa forma, as despesas despe sas e os custos são subtraídos das receitas receitas,, chegando-se a um resultado final positivo (lucro) ou negativo (prejuízo), conforme observamos a seguir. : (+) Rece Receit itas as : (-) Custos Cust os : (-) Desp Despesas esas : (=) Lucro Lucr o ou prejuí pre juízo zo do exercício exercício
\ : j :
1. Receitas: trata-se do ingresso bruto de benefícios ocorri dos durante o período das atividades ordinárias da enti dade que resultam no aumento do patrimônio líquido, excetuando-se contribuições dos proprietários. 2. Custos: são os gastos relativos à aquisição ou produção de um bem destinado à venda ou ainda relacionado ao serviço prestado. prestado.
3. Despesas: são os gastos relativos à manutenção das ati vid v idad ades es da entid en tidad adee e que qu e não nã o repres rep resen entem tem ou não nã o são classificados como custos. 4. Lucro ou prejuízo do exercício: trata-se do resultado da seguinte equação: equação: Lucro Luc ro ou prejuízo prejuízo do exercíci exercício o = receitas receitas - custos custos - despesas
Reitera-se, assim, que consideramos lucro se o resultado for positivo, ou seja, se as receitas forem maiores do que a totalidade de custos e despesas, e consideramos prejuízo se o resultado for negativo, ou seja, se as receitas forem menores do que a totalidade de custos e despesas. A DRE DR E é aprese ap resenta ntada da por meio de uma u ma estru est rutur turaa verti ve rtical cal de forma dedutiva, o que possibilita a percepção de várias infor mações gerenciais. geren ciais. O art. 187 da Lei L ei n. 6.40 6.404/ 4/19 1976 76 determina que a DRE seja iniciada com o valor da receita bruta, da qual, pos teriormente, serão subtraídas as deduções de vendas, os abati mentos e os impostos, chegando-se chegan do-se à receita receita líquida. As A s normas nor mas internacionais (Pronunciamento Técnico CPC 30) determinam que a divulgaçã divu lgaçãoo seja iniciada pela receita receita líquida. Na apresenta ap resenta ção, ção, ainda segund s egundoo as normas internacionais, internacionais, uma u ma reconciliação reconciliação entre receita bruta e receita líquida deve ser evidenciada nas notas explicativas. explicativas. A Tabela Tabela 3.1 3. 1 apresenta um modelo de DRE. Tabela Tabela 3.1 - Demonstração do Resultado do Exercício Exercício simplificada Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 1
R e c e it a B r u t a ( 1 . 1 + 1 . 2 )
16.000
1.1
Venda de Mercadorias
8.000
1.2
Venda de Serviços
8.000 (continua)
(Tabela 3 .1
-
conclusão)
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) -2.000
Deduções de Venda (2.1+2.2)
2
2.1
Ab atim entos/D escontos
-1 .0 0 0
2.2
Impostos
- 1.0 0 0
3
Receita Líquida (1-2)
14*000
4
Custo (4.1+4.1)
-4.000
4. 1
Custo das Mercadorias Vendidas
-2.000
4.2
Custo dos Serviços Prestados
-2.000
5
Lucro Bruto/Margem Bruta (3-4)
10.000
6
Despesas Operacionais (6.1+6.2+6.3+6.4)
-2.000
6.1
Despesas com Vendas
-8 0 0
6.2
Despesas Ad Adm in istra tivas
-3 0 0
6.3 6.3
Despesas (Receitas) Financeiras
-400
6.4
Outras Despesas/Receitas Operacionais
-500
7
Resultado da Equivalência Patrimonial
-500
8
Resultado Antes das das Despesas/Receitas D espesas/Receitas Financeiras (5+6+7)
7.500
9
Outras Despesas/Receitas Financeiras
10
Resultado Líquido Antes dos Tributos sobre 0 Lucro (8+9)
8.000
11
Tributos so bre 0 Lucro
-900
12
Lucro (Prejuízo) do Exercício (10-11)
7.100
500
Vamo Va moss conhecer, conh ecer, a segu seg u ir, a descr de scriçã içãoo do que está est á contido con tido na DRE: 1. Venda de Mercadorias e Serviços: montante obtido na venda de mercadorias produzidas/adquiridas ou na venda de serviços prestados. 2. Custo das Mercadorias Vendidas/Serviços Prestados: soma dos valores referentes ao custo das mercadorias que já foram vendidas vend idas ou dos serviços prestados. prestados. 3. Despesas Operacionais: soma dos valores referentes às despesas operacionais que ocorreram ou foram pagas
em decorrência do esforço para administrar a empresa. As A s desp de spes esas as op oper erac acio iona nais is po pode dem m ser: • de vendas: representam os gastos no esforço para gerar vend ve ndas as.. Exemp Exe mplo: lo: m arke ar ketin ting, g, distr di stribu ibuiçã ição, o, pess pe ssoa oall de vend ve ndas as,, prop pr opag agan anda da,, publ pu blicid icidad ade, e, garan ga rantia tia.. • administrativas: adm inistrativas: representam os valores gastos na ges ges tão da empresa. Exemplo: Exemplo: salários do pessoal pes soal da adm i nistração, despesas legais e judiciais, despesas com o material de expediente para a administração. • despesas despe sas (re (rece ceit itas) as) financeiras: representam as desp e sas deduzid de duzidas as das receitas financeiras. financeiras. Exemplo: recei tas e despesas financeiras e variações monetárias de obrigações e créditos. 4. Outras Despesas/Receitas Operacionais: representam o valo va lorr d as receit rec eitas as não nã o op oper erac acion ionai ais, s, ou seja, os v alo al o res re s que correspondem às receitas receitas que não têm relação direta com a atividade fim da empresa. Assim como as outras despesas, as receitas abrangem um número reduzido de contas, como as receitas referentes à comercialização de bens do Ativo Permanente. Exemplo: ganho na venda de imobilizado. 5. Resultado de Equivalência Patrimonia Patrimonial:l: representa o reconheci mento de lucros (ou prejuízos) nas coligadas coligad as ou controladas. 6. Outras Despesas/Receitas Financeiras: representam as despesas/receitas oriundas de transações financeiras. Exemplo: juros de empréstimos, financiamentos, descon tos concedidos a client clientes, es, despesa de spesass bancárias, descontos obtidos, juros recebidos, variação cambial e monetária, PIS e Cofins sobre operação financeira. 7. Tributos sobre o Lucro: representam o montante de tribu tação. Exemplo: Imposto de Renda e Contribuição Social. 8. Lucro (Prejuízo) Líquido do Período: representam os valores do efetivo lucro ou prejuí p rejuízo zo líquido líqu ido do exercício. exercício. Trata-se do
resultado final fina l do exercício e demonstra demonstra se a empresa obteve obteve lucro ou prejuízo. Relaciona todas as contas de resultado que ocorreram no exercício exercício,, sejam s ejam elas operacionais ou não. não. Em caso de lucro, lucro, esse valor representa o lucro deduzido do Imposto de Renda e da Contribuição Social devida.
3.7 3.7
Demonstração do Resultado Resultado Abrangente (DRA)
Obrigatória a partir do Pronunciamento Técnico Técnico CPC 26 (Ri) (Ri) Apr A pres esen enta taçã çãoo d as D emon em onstr straç açõe õess Co Cont ntáb ábeis eis,, apro ap rova vado do pela pe la Deliberação CVM 676/2011 e pela Resolução CFC n. 1.376/2011, a Demonstração do Resultado Abrangente (DRA) (DRA) objetiva, objetiva, prin prin cipalmente, cipalmente, demonstrar as mutações que afetam a fetam o patrimônio líquido, mas que não foram ou que ainda ain da serão reconhecidas reconh ecidas no resultado do exercício por meio da DRE, ou seja, transações transaçõe s não derivadas de operações com os sócios proprietários. Pela norma tiva internacional (IFRS (IFRS), ), a D RA pode ser integrada à estrutura da DRE, o que, no entanto, a legislação brasileira (conforme o Pronunciamento Técnico ÇPC 26) não permite, destacando a obrigatoriedade da sua apresentação em separado da DRE. Como uma forma de melhor demonstrar o resultado do exercício, a DRA abrange alguns itens complementares, cujo ponto de partida é o último item da DRE, conforme descrição apresentada na Tabela 3.2. Tabela Tabela 3.2 3.2 - Demonstração do Resultado Abrangente Abrangen te simplificada Demonstração do Resultado Abrangente (DRA) 7.100
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO (DRE)
500
(+/-) OUTROS RESULTADOS ABRANGENTES Variações na Reserva de Reavaliação
100
Ganhos/Perdas Atuariais em Planos de Pensão
100 (continua)
(Tabela
3.2
-
conclusão)
Demonstração do R esultado Abrangente (DRA (DRA)) Ganhos/Perdas Derivados de Conversão Conversão de Demonstrações no Exterior
100
Ganhos/Perdas na Remensuração de Ativos Financeiros
100
Ganhos/Perdas de Hedge
100
RESULTADO ABRANGENTE DO PERÍODO
7.600
Em sua estrutura, é possível observar uma série série de resulta dos denominados abrangentes, entre eles: a) variação na reserva de reavaliação (conforme Pronun ciamentos Técnicos CPC 04 e 27); b) ganhos/perdas ga nhos/perdas atuariais atuaria is em planos de pensão (confor (conforme me Pronunciamento Técnico CPC 33); c) ganhos/perdas ganhos/perd as derivados derivad os de conversão conversão de demonstrações no exterior (conforme Pronunciamento Técnico CPC 02); d) ganhos/perdas na remensuração de ativos financeiros (conforme Pronunciamento Técnico CPC 38); e) ganhos/perdas de hedge (conforme Pronunciamento Técnico C P C 38); 38); ganhos ou perdas com ativos financei ros disponíveis para venda (conforme Pronunciamento Técnico Técnico CPC 38); 38); e ganhos ganho s ou p erdas atuariais atuaria is (confor (conforme me Pronunciamento Técnico CPC 33).
3.8 3.8
Demonstração das das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) e Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA)
De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, ambas as demonstrações podem ser utilizadas, sendo a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) mais completa do que a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA). Se a DMPL for utilizada, fica a empresa dispensada da
elaboração da DLPA. Com C om o Pronunciamento Técnico Técnico CPC CP C 26 (Ri) - Apresentação Apresen tação das da s Demonstrações Contábeis, Contábeis, definiu-se a utilização utilização apenas ap enas da DMPL. DM PL. Os motivos da não utilização da DLPA são óbvios, pois a conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados, objeto principal da referida demonstração, também é classificada classificada no grup o do Patrimônio Líquido. Dessa forma, se estivermos analisando todo o grupo, verificaremos, também, os lucros ou os os prejuízos prejuízo s acumulados. Podemos afirmar, portanto, que a DMPL é muito mais complexa e completa completa do que a DLPA. Na DMPL, evidenciam-se as mutações ou alterações do patrimônio líquido, como novas integralizações de capital, resultado do exercício, exercício, ajustes ajustes de exercícios anteriores, anteriores, divid d ividen en dos, dos, ajuste ajuste de avaliação patrimonial, patrimo nial, incorporações de reservas reserva s ao capital capital,, transferências de lucros acum ulados ulado s para reservas, reserva s, entre outras. Na coluna de lucros acumulados, é evidenciada a destinação do lucro. O Quadro 3.5 traz um exemplo extraído do anexo retificado do Pronunciamento Técnico CPC 26 (Ri). • Quadro Quad ro 3.5 3.5 - Demonstração das da s Mutações do Patrimônio Líquido
o=3 O- E O <5
t o
.tio . u'O fUD
-Ç5
t o
"5 0 3 > ET
to
OI O CO
-Q
<
Oo
'E
Eg +r=a cO
o -o ■S..? a.-: .y na
CL. V J
Saldos iniciais Aumento de C apital Gastos com Emissão de Ações Opções Outorgadas Reconhecidas Ações em Tesouraria Adquiridas Ações em Tesouraria Vendidas (continua)
(Quadro
00
conclusão)
< O
c o
"
1/1 03 "m > ai o co t i » o=3 CaC
-
ioc= -Oo2
o
« £ O £ <5 O _í _roí C a » .ti >0 o_ u r ru <
3.5
o “o vg-
Transação de Capital com os Sócios Lucro Líquido do Período Ajustes Instrumentos Financeiros Tributos s/ Ajustes Instr. Financeiros Eq. Patrim. s/ Ganhos Abrang. de Coligadas Ajustes de Converção do Período Trib. s/ Ajustes de Conv. do Período
Outros Resultados Abrangentes Reclassific. Reclassific. p/ Res. Res. - Aj. Instrum. Financ.
Resultado Abrangente Total Constituição de Reservas Realização da Reserva de Reavaliação Trib. sobre Real. da Res. de Reavaliação
Saldos Finais Fonte:
3.9
CPC,
2011.
Demonstração das Origens e Aplicações Aplicações de Recursos (Doar)
A utiliz ut ilizaç ação ão da Dem D emon onstr straçã açãoo dos Fluxo Flu xoss de C a ixa ix a (DFC) p a s sou a compor a relação de demonstrações obrigatórias, o que acabou tornando a Demosntração das Origens Aplicações de Recursos (Doar) facultativa a partir da Lei n. 11.638/2007.
A D oar oa r tem como prin pr inci cipa pall ob objet jetivo ivo anal an alis isar ar a liqui liq uide dezz de curto prazo de uma empresa, contribuindo na avaliação das vari va riaç açõõ es da capa ca paci cida dade de de paga pa gam m ento en to dentro de ntro desse de sse perío pe ríodo do.. Registra de onde vêm os recursos (origem) e onde eles são aplicados (aplicações). E possível que recursos tenham como origem as operações da própria empresa, obtidos com os sócios ou ainda empres tados de terceiros. Já as aplicações podem ser efetuadas em distribuição de dividendos, aquisição de imobilizados imo bilizados e intan intan gíveis e devolução de empréstimos empréstim os de terceiros terceiros.. A Doar Do ar divi di vide de-s -see em e m qua q uatro tro parte pa rtes: s: 1) orig o rigens ens;; 2) aplica ap licaçõe ções; s; 3) aumento ou diminuição do Capital Circulante Líquido (CCL); e 4) variação varia ção do CCL. C CL. Apres A presenta entamo moss no Quadro Quad ro 3.6 3.6 a estrutura estrut ura dessa demonstração. demonstração. Quadro Quad ro 3.6 3.6 - Demonstração das da s Origens e Aplicações Aplicaçõ es de Recursos DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS (Doar) 1. ORIGENS das Operações Lucro Líquido do Exercício (+) Despesas de Depreciação, Amortização e Exaustão (-) Receita de Vendas a Longo Prazo (+) Juros do Passivo Exigível a Longo Prazo (+-) Ganhos ou Perdas por Equivalência Patrimonial (+-) Lucros ou Prejuízos na Venda de Ativo Permanente (=) Lucro Líquido Ajustado
Dos Acionistas Integralização de Capital
De Terceiros Empréstimos Venda de Ativo Permanente
2. APLICAÇÕES Aquisição de Ativo Permanente Pagamentos de Financiamentos a Longo Prazo Dividendos Distribuídos Distribuídos
(Quadro
3.6 - conclusão)
DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS (Doar) 3. AUMENTO/DIMINUIÇÃO DO CCL (Origens (Origens - Aplicações Aplicações)) 4. VARIAÇÃO DO CCL Discriminação
Saldo inicial
S a l d o f in a l
V a r ia ç ã o
Ativo Circulante (-) Passivo Circulante Capital Circulante Líquido
3.10 3.10 Demonstração Demonstração do Valor Adicionado Adicionado (DVA) A Dem De m onstr on straç ação ão do Valor Valo r Adic Ad icio iona nado do (DVA) (DVA) consis con siste te em um relatório contábil elaborado e publicado, obrigatoriamente, pelas empresas de capital aberto (sociedades anônimas). De forma simplificada, podemos afirmar que a DVA objetiva demonstrar quanto a empresa gerou e distribuiu de riqueza em um determinado período. período. Muito embora seja elaborada a partir de relatórios contábeis (sobretudo da DRE), a DVA distingue-se dos outros relatórios e, ao mesmo tempo, complementa-os, apresentando infor mações detalhadas sobre a forma de distribuição aos vários agentes econômicos (governo, trabalhadores, acionistas etc.) das riquezas p roduzidas roduzid as pela entidade. entidade. Essa demonstração passou a ser obrigatória a partir da Lei n. 11.63 11.638/20 8/2007; 07; anteriorment anteriormente, e, a sua divu d ivulga lgação ção era incentivada apenas pela CVM e pelo CFC. Observe Obse rve a estrutura da DVA no Quadro Quad ro 3.7 3.7 e perceba como como a destinação do valor adicionado pela entidade é claramente identificada no item 3.5.
& Quadro 3.7 3.7 - Demonstração do Valor Valor Adicionado Demonstração do Valor Adicionado (DVA (DVA)) - Empresas Empresas em geral DESCRIÇÃO 1. RECEITA 1.1) Vendas de Mercadorias, Produtos e Serviços 1.2) Outras Receitas 1.3) Receitas Relativas à Construção de Ativos Próprios 1.4) Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Liquida ção Duvidosa - Reversão Reversão (Constituição) (Constituição) 2. INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (incluem os valores valores dos impostos - ICMS, ICMS, IPI IPI e Cofins) 2.1) Custos dos Produtos, das Mercadorias e dos Serviços Vendidos 2.2) Materiais, Energia, Serviços de Terceiros e Outros 2.3) 2.3) Perda/Recuperação Perda/Recup eração de Valores Ativos 2.4) Outras (especificar) 3. VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2) 4. DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO 5. VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3-4) 6.
VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA 6.1) Resultado de Equivalência Patrimonial 6.2) Receitas Financeiras 6.3) Outras 7. VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+ 6) 8.
DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO (*) 8.1) Pessoal 8.1.1) Remuneração Direta 8.1.2) Benefícios 8.1.3) FGTS 8.2) Impostos, Taxas e Contribuições 8.2.1) Federais 8.2.2) Estaduais 8.2.3) Municipais
Em milhares de reais 20x1
Em milhares de reais 20x0
(Quadro
3.7
-
conclusão)
Demonstração do Valor Adicionado (DVA (DVA)) - Empresas em geral geral 8.3) Remuneração de Capitas de Terceiros 8.3.1) Juros 8.3.2) Aluguéis 8.3.3) Outras 8.4) Remuneração de Capitais de Terceiros 8.4.1) Juros sobre 0 Capital Próprio 8.4.2) 8.4.2) Dividendos Dividend os 8.4.3) Lucros Retidos/Prejuízo do Exercício 8.4.4) Participação dos Não Controlados nos Lucros Retidos (só para consolidação) (*) 0 total do item 8 deve ser exatamente igual ao do item 7. Fonte:
3 .11 .1 1
CPC,
2011.
Demonstra Demonstração ção dos Fluxos de Caixa Caixa (DFC)
"O controle controle dos fluxos fluxos de caixa é uma tarefa necessária e ind is pensável pensáv el para todas as empresas, das mais m ais elementares elementares às mais complexas" (Andrich; (Andrich; Cruz; Mugnaini, Mug naini, 2012). 2012). Mesmo empresas bem estruturadas, que operam com boa margem de lucro lucro e não sofrem problemas de inadimplência, apresentarão problemas se não souberem planejar bem suas entradas e saídas de caixa. O descompasso entre pagamentos e recebimentos e a falta de controle dos recursos investidos em estoque pode forçar a empresa a buscar busca r o mercado mercado financeiro como como alternativa para a liquidação de suas obrigações. Em geral, decisões dessa natu reza vão lentamen lentamente te corroendo os lucros gerados pela atividade operacional, até comprometer o patrimônio da sociedade. Daí decorre a importância da administração financeira em qual quer entidade. (Andrich; Cruz; Mugnaini, 2012) Embora outros relatórios contábeis, como o próprio Balanço Patrimonial, deem conta de traduzir a situação financeira de uma determinada entidade, nenhum é tão eficiente para monitorar as variações ocorridas nas disponibilidades como
o a Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC). O Balanço Patrimonial, como visto anteriormente, é apenas um retrato estático da empresa, o qual, embora revele a situação finan ceira da entidad entidade, e, não demonstra de maneira clara quais qu ais foram os eventos que contribuíram para a construção do cenário observado. A Lei Le i das da s Socie So cieda dade dess po porr Açõe Aç õess dete de term rmin inaa que a DFC D FC seja publicação de caráter obrigatório para as empresas de capital aberto, e o CFC a tornou obrigatória para as demais sociedades. Elaborada a partir pa rtir do Balanço Patrimonial e da DRE, a DFC é apresentada por dois métodos, direto e indireto; a estrutura básica de ambos compreende três partes: a) atividades operacionais; b) atividades de investimento; c) atividades de financiamento. Destacamos, no entanto, que apenas na seção Atividades Operacionais há diferença entre a DFC apresentada pelo método direto e indireto; no direto, destacam-se as entradas e saídas brutas de dinheiro dos principais componentes das atividades operacionais. Com base no modelo resumido no Quadro 3.8, temos uma ideia da estrutura da DFC elaborada por meio da aplicação do método direto. Quadro Quad ro 3.8 3.8 - Demonstração dos Fluxos de Caixa pelo método direto a. PELO MÉTODO DIRETO Companhia x Demonstração dos Fluxos de Caixa, ano Xi
Atividades Operacionais Recebimento de Clientes Recebimento de Juros Duplicatas Descontadas Pagamentos •A Fornecedores de Mercadorias •De Impostos •De Salários •De Juros •Despesas Pagas Antecipadamente
(Quadro 3.8 - conclusão conclusão))
a. PELO MÉTODO DIRETO Companhia x Demonstração dos Fluxos de Caixa, ano Xi
Caixa Líquido Consumido nas Atividades Operacionais Atividades de Financiamento Aumento de Capital Empréstimos de Curto Prazo Pagamentos de Dividendos
Caixa Líquido Consumido nas Atividades de Financiamento Aumento Líquido no Caixa e Equivalente de Caixa Saldo de Caixa + Equivalente de Caixa em Xo Saldo de caixa + Equivalente de Caixa em Xi Fonte:
Iudícibus,
2010.
Pelo método indireto, é efetuada na seção Atividades Operacionais uma conciliação entre o lucro líquido e o caixa gerado pelas operações, motivo pelo qual esse método é tam bém conhecido como método da conciliação. Observe O bserve no Quadro 3.9 um modelo resumido do método indireto. Quadro 3.9 3.9 - Demonstração Demonstração dos Fluxos de C aixa pelo método indireto b. PELO MÉTODO INDIRETO Companhia x Demonstração dos Fluxos de Caixa, ano Xi
Atividades Operacionais Lucro Líquido Mais: Depreciação Menos: Lucro na Venda de Imobilizado Lucro Ajustado Aumento em Duplicatas a Receber Aumento em PECLD Aumento em Duplicatas Descontadas Aumento em Estoques Aumento em Despesas Pagas Antecipadamente Aumento em Fornecedores Redução em Provisão para IR a Pagar Redução em Salários a Pagar
Caixa Líquido Consumido nas Atividades Operacionais Atividades de Investimento Investimento Recebimento pela Venda de Imobilizado Pagamento pela Compra de Imobilizado
Caixa Líquido Consumido nas Atividades de Financiamento Aumento Líquido no Caixa e Equivalente de Caixa Saldo de Caixa + Equivalente de Caixa em Xo Saldo de Caixa Caixa + Equivalente de Caixa em Xi Fonte:
Iudícibus,
2010.
A u tili ti lizz a ção çã o de qua qu a lqu lq u er um dos do s m étod ét odos os apre ap rese sent ntad adoo s anteriormente leva, obviamente, ao mesmo resultado. "Seja qual for a escolha, o mais importante é aproveitar a DFC para perceber com clareza os eventos que contribuíram para a varia var ia ção dos recursos disponíveis na empresa" (Andrich; Cruz; Mugnaini, 2012).
3.12 3.12 Demonstrações Demonstrações comparativas A L ei das da s Socie So cieda dade dess po porr A ções çõ es tornou tor nou ob obrig rigató atória ria a comp co mpa a ração entre demonstrações contábeis de diferentes períodos. Essa obrigatoriedade regulamentou algo que já se fazia há muito tempo no no meio contábil contábil - a comparação de mês atual com mês anterior, mês atual com mesmo mês do ano anterior, o que se aplica também para trimestres ou comparações de outros períodos semelhantes. Qualquer ajuste que afete a comparação de dois períodos precisa ser devidamente esclarecido. Nesse caso, três balanços patrimoniais devem ser apresentados, relativos: a) ao término do período corrente; b) ao término do período anterior; c) ao início do mais antigo período comparativo apresentado, se afetado.
3.13
Consolidação das demonstrações demonstrações contábeis
Empresas Emp resas de capital aberto aberto que tenham controle controle acionário em outras empresas precisam apresentar demonstrações contábeis contábeis consolidadas da investidora com suas controladas. Já de acor ac ordo do com as n orm or m as inte in tern rnac acio iona nais is,, sem se m pre pr e que qu e houver investimento, a consolidação é obrigatória, o que foi seguido também pela CPC, pela C VM e pelo pelo CFC no Brasil Brasil..
3.14 3.1 4 Demonstrações Demonstrações contábeis contábeis separad separadas as O Pronunciamento Técnico CPC 35 (R2) criou essa novidade no Brasil, seguindo o padrão internacional de contabilidade. Aplica Apl ica-se se tal conceito quando quan do um a empres em presaa investe inve ste em outra o utra apenas como oportunidade de negócio, ou seja, quando investe, por exemplo, em uma carteira ou em um portfólio de investi mentos, o que é diferente de investir em outra empresa como um complemento do seu negócio (por exemplo, a criação de outra empresa que atuará no processo logístico ou com servi ços compartilhados). No caso do investimento como oportunidade de negócio, como citado inicialmente, é mais lógico manter as demonstra ções separadas, reconhecendo-se na investida o investimento investimento ao valor justo ou ao valor de mercado.
3.15
Notas explicativas
A avali av aliaç ação ão da empr em pres esaa por veze ve zess fica lim itada ita da se são ob obser ser vad v adas as soment som entee as dem de m onstr on straç açõe õess contáb con tábeis eis relac re lacio iona nada dass ao agora, agora, razão pela qual existem notas explicativas - que, que, como o próprio nome sugere, são informações apresentadas em notas e quadros analíticos que visam esclarecer a situaçã situaçãoo patrimonial patrimon ial e o resultado do exercício. As A s nota no tass e xp lica li ca tiva ti vass d ivu iv u lga lg a m info in form rm açõ aç õ es rela re lati tiva vass à base de preparação das demonstrações contábeis, às práticas contábeis adotadas, aos critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, às informações sobre ajustes de exercícios ante riores, às reavaliações, ao detalhamento das dívidas de longo prazo, aos critérios utilizados nas provisões contábeis, entre outros aspectos.
3-i6 Parecer do conselho fiscal fiscal O parecer do conselho fiscal, apesar de não obrigatório de acordo com a legislação brasileira, é uma boa prática de gover go ver nança corporativa. O conselho fiscal, fiscal, de forma independente, é o responsável por fiscalizar os atos legais e estatutários da empresa.
3.17 .1 7 Relatório do comitê comitê de auditoria auditoria Da mesma forma que o parecer do conselho fiscal, a legisla ção brasileira não obriga a instituição a publicar o relatório do comit comitêê de auditoria auditoria - uma um a obrigatoriedade apen as para empresas com capital aberto nos Estados Unidos da América ou em casos exigidos por algum a lgum órgão regulador, como ocorre ocorre com o Banco Central do Brasil, por exemplo. A divu di vulga lgaçã çãoo desse d esse relatório rel atório é, portanto, facu f acultativ ltativa, a, mas m as não há dúvida d úvida de que representa representa uma boa prática prática de governança corporativa corpora tiva a ser adotada em empresas empre sas de capital aberto aberto..
3.18 Relatório Relatório dos auditores independentes A Lei Le i das da s Socie So cieda dade dess A n ô n ima im a s dete de term rmin inaa que com co m panh pa nhia iass abertas sejam auditadas por auditores independentes registra dos na CVM. A Lei n. 11.638/2007 11.638/2007 estendeu essa obrigatoriedade obrigatoried ade também para empresas de capital fechado que mantenham ativos ou receita bruta anual superior a determinado mon tante tante estipulado nessa lei. lei. Instituições subo rdinadas rdinad as ao Banco Central do Brasil, à Agência Nacional de Energia Elétrica e à Superintendência Superintendência de Seguros Privados P rivados também se enquadram enquadram nessa exigência. Mesmo com a ausência de obrigatoriedade em alguns seto res, res, já se se observa ob serva um aumento na utilização de auditores inde pendentes e de auditores internos nas empresas brasileiras.
O parecer do primeiro é frequentemente solicitado em transa ções de empréstimos, em relações comerciais e em concessão de linhas de crédito em empresas de grande porte, principalmente multinacionais que seguem padrões globais de governança corporativa. O auditor interno também vem ganhando des taque com o avanço dos padrões de governança corporativa, o que já é uma tendência internacional, contribuindo para aumentar o grau de atração de capital estrangeiro ao mercado brasileiro.
3.19 Balanço Social O Balanço Balanço Social, que não representa uma um a demonstração contá contá bil obrigatória, obrigatória, objetiva apresentar as relações da empresa com o meio em que ela está inserida. Há quatro tipos ou vertentes, assim classificadas: classificadas: a) Balanço Balanç o Ambiental: nele são apresentados apresen tados todos os gastos relacionados a questões ambientais. b) Balanço de Recursos Humanos: são apresentados todos os gastos e informações relacionados aos recursos hum a nos da empresa. c) Demonstração do Valor Adicionado: apresenta o que a empresa agrega de riqueza e de que forma a distribuiu à economia local. d) Benefícios e Contribuições Sociais: relacionam-se nesse demonstrativo contribuições a entidades assistenciais e filantrópicas, preservação de bens culturais, educação de necessitados necessitad os etc. etc.
3.20 Fatos relevant relevantes es A Instru Ins truçã çãoo C V M 358/200 358/2002, 2, base ba sead adaa no art. 157, pará pa rágr graf afoo i Q, da Lei das Sociedades por Ações, determina os procedimen tos para d ivulgaç ivu lgação ão dos do s fatos relevantes. O parágra pará grafo fo 2Qdess 2Qdessaa
instrução considera relevante "qualquer decisão de acionista controlad controlador, or, deliberação da assembleia gera l ou dos órgãos de administração da companhia com panhia aberta, aberta, ou qualquer outro ato ato ou fato de caráter político-administrativo, técnico, negociai ou econômico-financeiro ocorrido". Essa instrução aborda, em seus art. 16 e 17, os procedimentos relativos à divulgação de informações confidenciais.
Síntese A ediçã ed içãoo da L ei das da s S.A. S.A . (Lei (Le i n. 6.404/19 6.404/1976) 76),, a criaç cri ação ão da Lei Le i n. 11.638/2007 e da Lei n. 11.941/2009, a promulgação em 2005 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), a produção, entre 2008 e 2009, de enorme conjunto de normas aprovadas pela Comissão Co missão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e, por fim, a adoção no Brasil das Norm N ormas as Internacionais de Contabilidade (Ias (Iasb) b) e sua con seqüente aplicação em praticamente todas as organizações no Brasil foram responsáveis por uma revolução na prática contábil. Adici Ad icion onalm almen ente te ao cum c umpr prim iment entoo da d a legis le gislaç lação ão citada, citad a, é irre irr e futável a evolução no Brasil de boas práticas de governança corporativa, segu indo exemplo de outros países já mais desen volv vo lvid idoo s nesse ne sse quesito. quesito . A aplica ap licação ção da legi l egislaç slação ão,, em e m conjun c onjunto to com a evolução da governança corporativa, tem contribuído para o desenvolvimento do país com a redução da corrupção e da sonegação de impostos. Percebe-se, nesse sentido, um aumento do grau de atratividade de capitais e de investimen tos internacionais. É necessário, por fim, enfatizar o fato de que a evolução contábil das últimas últim as décadas dé cadas contribuiu para a geração de um ambiente de alta complexidade, que hoje vem sendo enfren tado pelos profissionais p rofissionais de contabilidade com muito muito cuidado. A tran tr ansp spar arên ênci ciaa é fund fu ndam amen enta tal;l; nesse ne sse contexto, a div d ivu u lgaç lg ação ão
de informações informaçõ es contábeis, abordada neste capítulo, é condição fundamental para o desenvolvimento da contabilidade.
Questões para revisão 1. Quais Qu ais são as demonstrações demon strações contábeis de caráter obrigatório para as sociedades anônimas anônim as de capital capital aberto aberto?? 2. Qual é o objetivo da Demonstração do Resultado do Exer cício (DRE)? 3. Assinale a alternativa
incorreta:
a) Como regra regr a geral, as empresa em presass não são obrigad obr igadas as a publicar suas demonstrações financeiras. b) A s sociedades socied ades de capital aberto devem elaborar elabo rar o Balanço Patrimonial ao final de cada exercício social. c) As empresas empre sas em geral podem optar por elaborar a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) ou a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acu A cum m ulad ul ados os (DLPA). d) O Patrimônio Patrimô nio Líquido Líquid o é o resultado resulta do da diferença entre Ativo e Passivo. 4. A Demonstração D emonstração do Fluxo de de Caixa Caix a (DFC) (DFC) está está estruturada em: a) método métod o direto diret o e indireto. b) atividades ativid ades operacionais, investimento investim ento e financiamento. c) ativo, passiv pa ssivoo e patrimônio patrim ônio líquido. líquido. d) receitas, receitas, custos e despesas. despe sas.
5. Quais Qua is são as informações informaçõ es contábeis contábeis que, que, apesar de não exi gidas gida s pela legislação brasileira, são recomendadas como boa prática de governança corporativa? a) Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). b) Notas Not as explicativas explica tivas e. e. Demonstraç Dem onstração ão das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL). c) Parecer do Conselho Con selho Fiscal Fisca l e Relatório do Comitê de Audit Au ditor oria. ia. d) Parecer dos Auditores Aud itores Independentes Indepen dentes e notas explicativas.
Saiba mais Para saber mais sobre o conjunto de informações que uma sociedade por ações deve divulgar, consulte: E. G.; C r u z , J. A . W.; W.; M u g n a i n i , A . Análise das demonstrações financeiras: teoria e prática. 3. ed. Curitiba: Juruá, 2012.
A n d r
ic h
,
J. A . W.; W.; S c h i e r , C. U. da C . Contabilidade introdutória descomplicada. 5. ed. Curitiba: Juruá, 2012.
A n d r
ic h
,
E. G.;
Cr
u z,
S. de. et al. Manual de contabilidade societária. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2013. Iu d í c i b u s ,
Conteúdos do capítulo •
índices de liquidez.
•
índices índices de endivida m ento.
•
índices de rentabilidad e.
•
Posicionam ento de atividade.
Após o estudo deste capítulo, você será capaz de: 1. avaliar avaliar a capac idade de pag am ento de uma entidade entidade no curto e no longo prazo; 2. avaliar a viabilidade econôm ica de uma entidade confrontando seus indicadores de endividamen to e de rentabilidade; 3. medir o grau de eficiência eficiência operacion al na ge stão dos recebíveis e das obrigações, bem com o na administração dos estoques.
4-i
Contexto geral
Análise das das demon demonstr straçõ ações es financeiras ou, simplesmente, análise de balanços são os títulos mais comuns das obras de cunho
didático que enfocam o estudo, a interpretação e a análise dos relatórios produzidos pela contabilidade. Embora sejam terminologias predominantes, nenhuma delas traduz com fidelidade a amplitude e a importância do trabalho de análise. As A s demo de mons nstra traçõe çõess contábe con tábeis is repr re prese esent ntam am muito mu ito m ais ai s do que meros relatórios financeiros e também não se reduzem a um simples Balanço Patrimonial. Além dos aspectos financeiros, os relatórios relatórios contábeis contábeis oferecem informações valios v aliosas as sobre as situações econômica, patrimonial e societária das sociedades. Conhecer os fundamentos da análise é um pré-requisito indispensável a gestores de todos os segmentos econômicos. A inca in capp acid ac idad adee de extr ex trai airr info in form rm a ções çõ es útei út eiss dos do s rela re lató tório rioss contábeis contábeis é uma um a limitação que não pode ser compensada por nenhum outro atributo. Como a contabilidade é a linguagem
do mundo dos negócios, mesmo aqueles que não dominam os seus fundam entos - e que que,, portanto, portanto, não são capazes de pro duzir duz ir relatórios relatórios contábeis contábeis - precisam aprender a analisá-los. analisá-los. São numerosas as possibilidades de análise e a quantidade de indicadores utilizados pelo mercado para a avaliação das empresas. Como esta obra tem um caráter introdutório, apre sentaremos os mais recorrentes recorrentes,, dividindodividin do-os os em três grupo gru poss elementares, a saber: 1.
índices índ ices de liquide liqu idezz
para uma análise financeira;
2.
índices índ ices de en d ivida ivi dam m en to
para uma análise patrimonial e
da estrutura estrutu ra de capitais; capitais; 3.
para uma avalia ção da perform operac ional e do resultado econômico. econômico. performance ance operacional indicadores de atividade e rentabilidade
Figura 4.1 - Grupos Grupo s elementares elementares de indicador indicadores es
Liquidez
Endividamento
Ativid At ivid ade ad e e ren tabili tab ilida dade de
Ant A ntes es de passa pa ssarm rm os à anál an ális isee desse de sse tripé, trip é, convém con vém lembra lem brarr que a análise de balanço, em uma perspectiva ampla, só faz sentido se for tomado mais de um exercício social. Os núme ros obtidos, a partir da aplicação das fórmulas que veremos a seguir, têm maiores chances de retratar a real situação da entidade observada se comparados com uma série histórica. Também é importante a comparação com empresas emp resas do mesmo segmento e mesmo com empresas de outros setores.
4.2
índices índices de liquidez liquidez
Os índices de liquidez objetivam avaliar e demonstrar a capaci dade de pagamento da empresa empres a no curto, curto, médio ou longo prazo. prazo. A aval av aliaç iação ão de liqui liq uide dezz é real re aliz izad adaa com base ba se nas na s info in form rm a ções constantes no Balanço Patrimonial; para cada tipo de liqui dez calculada são utilizadas informações diferentes. Confrontando-se algum as contas contas e grupo s patrimoniais, é possível avaliar a capacidade de pagamento da empresa em vári vá rios os período perí odos, s, aspecto aspe cto que pod p odee ser men m ensu surad radoo pelo p eloss seg s egui uin n tes índices de liquidez: 1. liquidez corrente; 2. liquidez seca; 3. liquidez imediata; 4. liquidez geral. No entanto entanto,, para se analisar analisa r a capacidade de pagamento da empresa por meio dos índices de liquidez, é necessário que retomemos os grupos do Ativo e do Passivo utilizados no cál culo desses d esses índices, reiterando-se algun alg unss conce conceit itos: os: •
Ativo Circulante: Circulante:
nesse grupo são classificadas as contas
disponív disp oníveis eis e realizáveis realizáve is a curto prazo, ou seja, seja, as contas contas que representam bens e direitos conversíveis em moeda dentro do mesmo exercício social (com vencimentos no próprio ano). •
Ativo Não Circulante: Circulante:
são as contas que representam obri
gações com vencimento a longo prazo, ou seja, superior a 12 meses. •
são os direitos cuja velocidade de conversão em moeda é superior a 12 meses. As contas contas Realizável Realizável a Long o Prazo: Prazo:
classificadas nesse grupo têm seu vencimento (conversão em moeda) após o término do exercício seguinte.
•
são as contas que representam obriga ções com vencimento a curto prazo, ou seja, com venci Passivo Circulante:
mento em até 12 meses. •
Passivo Não Circulante: Circulante:
são as contas que representam obri
gações com vencimento a longo prazo, ou seja, superior a 12 meses. Apr A pres esen enta tam m os, os , a segu se guir, ir, o contexto conte xto gera ge rall de cada cad a um dos cinco índices apresentados anteriormente.
4.2.1
índice de liquidez liquid ez corrente corrente
"O índice de liquidez corrente demonstra a capacidade da empresa em cumprir com suas obrigações no curto prazo" (Andrich; Cruz; Mugnani, 2012). A resulta res ultante nte do cálculo cálc ulo da liqu li quide idezz corrente corr ente apresen ap resenta-s ta-see em reais. Considera-se tal índice bom quando o resultado obtido obtido é superior a R$ 1,00. Observe: •
Liquidez corrente maior maior que R$ R$ i,oo: significa que a empresa
possui mais de R$ 1,00 1,00 em seu Ativo Circulante para cada R$ 1,00 de dívida de curto prazo. •
Liquidez corrente igual igual a R$ 1,00:
significa que, para cada
R $ 1,00 de de obrigações, obrigações, a empresa apresenta um valor
igual
a R$ 1,00 disponível no curto prazo, não havendo sobra de ativos nem obrigações a serem pagas. •
Liquidez corrente menor que R$ i,oo:
significa que, para
cada R$ 1,00 de de obrigações, obrigações, a empresa apresenta um valor valo r menor
do que R$ 1,00 disponível no curto prazo.
An A n tes te s de a n a lis li s a r m o s a c a paci pa cid d ade ad e de p agam ag am ento en to da empresa no curto prazo por meio desse índice, é necessário que conheçamos su as limitações: limitações: 1. Uma das princ ipais limitações da avaliação avaliação da liqui dez corrente é a falta de informações sobre os prazos de
venc ve ncim imen ento to dos rece re cebí bíve veis is e das da s ob obrig rigaç açõe õess no perío pe ríodo do corrente corrente (12 meses). meses). O balanço não expressa, ex pressa, por exemplo, se o prazo médio de recebimento recebimento é igual igua l ao prazo médio m édio de pagamento ou se pelo menos se aproxima aproxim a deste. deste. E pos pos sível, por exemplo, que as duplicatas a receber estejam program prog ramad adas as para p ara pagamen pag amento to em 30 30/60/90 dias, enquanto as obrigações, obrigações, no no passivo, sejam exig idas em no máxim o 30 dias. 2. Outra importante limitação é a consideração dos esto ques no cálculo da liquidez corrente, pois eles podem comprometer comprometer a validade valida de da análise no curto prazo. prazo. Além de não representarem recursos que podem ser converti dos em moeda de forma imediata, o saldo da conta dos estoques pode não refletir a realidade, tendo em vista a probabilidade da existência de produtos obsoletos ou com com validade validad e expirada. 3. Por fim, outra importante limitação limitaçã o é a consideração consideraç ão da totalidade dos recebíveis no cálculo da liquidez corrente, sugerindo que 100% dos títulos serão recebidos, desconsiderando-se a taxa média de inadimplência. Balanços que observam observa m a boa técnica contábil contábil sempre sempre apresentam ap resentam uma estimativa de perda de seus recebíveis. Vejam Vej amos, os, a segu se guir, ir, um exemp exe mplo lo prático prát ico do cálc cá lcul uloo da liq li q ui ui dez corrente: l_ç_ l_ ç_
Ativo Circulante Circulante Passivo Circulante
l_ç l_ç _ 64.000, 64.0 00,00 00 60.000,00 LC = R$ 1,07
Tabela 4.1 - Cálculo de Ativo e Passivo para liquidez corrente ATIVO CIRCULANTE Caixa Banco Contas a Receber Estoques Despesas Antecipadas Tributos a Recuperar
TOTAL An ális ál ise: e:
PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE C IRCULANTE 12.000,00 21.000,00 6.000,00 22.000,00 1.000,00 2.000,00
6 4 . 00 0 ,0 0
Duplicatas a Pagar Notas Promissórias A/P Fornecedores Salários a Pagar Contas Diversas a Pagar Financiamentos
TOTAL
6.000,00 4.000,00 22.000,00 11.000,00 5.000,00 12.000,00
60.000,00
relacionando o Ativo Circulante com o Passivo
Circulante, obtemos o valor de R$ 1,07 de disponibilidades (recebíveis, estoques, créditos tributários e despesas antecipa das) para cada R$ 1,00 de obrigações a curto prazo, significando que a empresa pode pod e quitar todas as suas obrigações, obrigações, obtendo obtendo uma sobra de R$ 0,07 para cada R$ 1,00 de dívida.
4.2.2 4.2.2 índice de liquidez liqui dez seca A liqui liq uide dezz seca prop pr opor orcio ciona na um a v isã is ã o muito mu ito mais ma is cons co nser erva va dora da situação financeira da empresa. Assim como a liqui dez corrente, corrente, abordada abor dada no tópico anterior, anterior, ela confronta Ativo A tivo Circulante com Passivo Circulant C irculante, e, porém desconsidera desconsidera o valor das contas, dos estoques e das despesas antecipadas (aluguéis, seguros etc.). Ou seja, ela exclui uma fonte de incerteza, que é o estoqu estoque, e, e elimina as despesas des pesas antecipadas, que representam direitos direitos que não serão mais m ais convertidos em moeda. A liqui liq uide dezz seca sec a também tam bém apres ap resen enta ta seu se u result res ultad adoo em
reais.
Assi As sim m , sempr sem pree que a empr em pres esaa apres ap resen entar tar um a liqui liq uide dezz seca sec a maior do que R$ 1,00, estaremos diante de um bom índice. Observe: •
significa que, para cada R$ 1,00 de obrigações, a empresa apresenta um valor maior Liquidez seca maior maior que R$ R$ 1,00:
do que R$ 1,00 disponível no curto prazo, excluindo-se os estoques e as despesas antecipadas. •
Liquidez seca igual igual a R$ 1,00:
significa que, que, para cada R$ R $ 1,00 1,00
de obrigações, a empresa apresenta um valor igual a R$ 1,00 no curto prazo para o pagamento das suas obri gações, excluindo-se os estoques e as despesas antecipa das. Nesse Ne sse caso, a empresa não apresenta sobra de valores. significa que, para cada R$ 1,00 de obrigações, a empresa apresenta um valor
•
Liquidez Liquidez seca menor que R$ R$ i,oo: i,oo:
menor do
que R$ 1,00 no curto prazo para pagamento pag amento das
suas obrigações, excluindo-se os estoques e as despesas antecipadas. Assim, o índice mostra que a empresa não consegue quitar suas obrigações de curto prazo. A liqui liq uide dezz seca s eca também tam bém aprese ap resenta nta limitaç lim itações ões,, apr a prese esent ntad adas as a seguir: 1. Assim como na liquidez corrente, a liquidez seca apre senta como limitação a impossibilidade de mensuração dos vencimentos dos recebíveis e das obrigações no período corrente (12 meses). 2. Outra limitação está na consideração da totalidade totalid ade dos recebíveis, sugerindo que 100% dos títulos serão rece bidos - negligencia-se, nesse caso, caso, a taxa média de inadimplência. Acom Ac ompa panh nhem emos os um exemp exe mplo lo práti p rático co do d o cálcu cá lculo lo da liqu li quid idez ez seca: ^
Ativo Circulante Circulante - Estoques - Despesas Antecipadas Antecipada s Passivo Circulante
LS =
77.000,00 -12.000,00 -1.000,00
LS = R$ 1,07
60.000,00
Tabela Tabela 4.2 4.2 - Cálculo de Ativo e Passivo para liquidez seca ATIVO CIRCULANTE
PASSIVO CIRCULANTE
Caixa Banco Contas a Receber Estoques Despesas Antecipadas Tributos a Recuperar
18.000,00 24.000, 00,00 17.000,00 12.000,00 1.000,00 5.000,00
D up licatas a Pagar Notas Pr Promiss missó órias A/P A/P Fornecedores Salários a Pagar Contas Diversas a Pagar Financiamentos
TOTAL
77.000,00
TOTAL
Anális Aná lise: e:
6.000,00 4.000,00 22.000,00 11.000,00 5.000,00 12.000,00
60.000,00
relacionando o Ativo Circulante (menos Estoques
e Despesas Antecipadas) com o Passivo Circulante, obtemos o valor de R$ 1,07 de disponibilidades para cada R$ 1,00 de obrigações a curto prazo, significando que a empresa pode quitar todas as suas obrigações, havendo, ainda, uma sobra de R$ 0,07 para cada R$ 1,00 de dívida.
4.2 4.2.3
índice índic e de liquidez liqui dez imediata imed iata
O índice índice de liquidez imediata confronta as disponibilidades disponib ilidades da empresa (Caixa + Bancos + Aplicações Financeiras) com todas as obrigações a curto prazo (Passivo Circulante). Ass A ssim im como os dem de m ais índice índ icess de liquid liq uidez, ez, a liqui liq uide dezz ime im e diata também apresenta seu resultado em reais. Liquidez ime diata superior a R$ 1,00, nesse sentido, revela uma ótima situa ção financeira, pois demonstra que a empresa possui recursos em caixa dispo níveis para a quitação quitação de suas dívida d ívidass de curto curto prazo. Observe: •
Liquidez Liquidez imediata maior maior do que R$ 1,00:
significa que, para
cada R$ 1,00 de obrigações, a empresa possui um valor superior a
R$ 1,00 em suas disponibilidades (caixa, banco
e aplicações financeiras). •
Liquidez imediata igual igual a R$ 1,00:
significa que, para cada
R$ 1,00 1,00 de obriga obrigações, ções, a empresa empresa possui po ssui um valor v alor R$ 1,00 em suas disponibilidades.
igual
a
• Liquidez Liquidez imediat imediataa menor do que R$ R$ i,oo: i,oo: significa que, que, para p ara
cada R$ 1,00 de obrigações, a empresa possui um valor menor do que R$ 1,00 em suas disponibilidades. A liqui liq uide dezz imed im ediat iata, a, como as ante a nterior riores, es, també tam bém m apres ap resent entaa limitações. Assim, a análise do Passivo Circulante permite que conheçamos a composição de nossas obrigações de curto prazo, mas não a distribuição dos vencimentos ao longo dos 12 meses que compõem com põem o exercício exercício social. Portanto Portanto,, é possível po ssível que um índice de liquidez imediata baixo seja recuperado ao longo desse período com os recursos gerados pela atividade operacional da empresa. Vejamos Veja mos,, então, um exemp exe mplo lo prático prá tico do cálcu cá lculo lo da liqui liq uide dezz imediata: :
Ativo Circulante LI = ----------------------------------Passivo Circulante
:
LI = ----------------------------------- --------
21.000,00 + 25.000,00 38.000,0 38.0 00,00 0
: :
LI = R$ 1,21
Tabela Tabela 4.3 4.3 - Cálculo de Ativo e Passivo para liquidez imediata ATIVO CIRCULANTE Caixa Banco Contas a Receber Estoques Despesas Antecipadas Tributos a Recuperar
TOTAL
PASSIVO CIRCULANTE 21.000,00 25.000,00 5.000,00 15.000,00 4 .000,00 3.000,00
73*000,00
Duplicata s a Pagar Notas Promissórias A /P Fornecedores Salários a Pagar Contas Diversas a Pagar Financiamentos
TOTAL
6.000,00 4.000,00 6.000,00 11.000,00 3.000,00 8.000,00
38.000,00
Análise: relacionando as disponibilidades com o Passivo
Circulante, obtemos o valor de R$ 1,21 para cada R$ 1,00 de obrigações. Isso quer dizer que a empresa pode quitar todas as
suas obrigações imediatamente, obtendo uma sobra de R$ 0,21 para cada R$ 1,00 de dívida.
4.2.4 4.2.4 índice de liquidez liquid ez geral O índice de liquidez geral evidencia a capacidade de paga mento da empresa no curto, médio e longo prazo. Entretanto, a análise desse índice merece bastante cuidado, cuidado, pois po is seu resul r esul tando impossibilita a compreensão de prazos de liquidação dos passivos e de recebimento dos ativos. O índice de liquidez geral relaciona os valores constantes no Ativo Circulante e no Realizável a Longo Prazo, em con fronto com os valores do Passivo Circulante e do Exigível a Longo Prazo. A liqui liq uide dezz gera ge rall també tam bém m exp ex p ress re ssaa seu se u resul res ulta tado do em
reais;
assim, sempre que a empresa apresentar uma liquidez geral maior do que R$ 1,00, 1,00, normalmente podemos dizer que se trata de um bom índice (Andrich; Cruz; Mugnani, 2012). Veja a segu se guir: ir: •
significa que, para cada R$ 1,00 de obrigações, no curto, médio ou longo prazo, Liquidez geral maior maior que R$ R$ 1,00:
a empresa apresenta um valor
maior
do que R$ 1,00 de
disponibilidades (estoques, créditos de tributos ou recebíveis a curto e longo prazos) para pagá-las. •
Liquidez geral igual igual a R$ 1,00:
significa que, para cada
R$ 1,00 de obrigações a curto, médio ou longo prazo, a empresa apresenta apresenta um valor igual a R$ 1,00 de ativos, no mesmo período, para efetuar os pagamentos. •
Liquidez geral menor que R$ 1,00:
significa que, que, para par a cada
R$ 1,00 de obrigações, no curto, médio ou longo prazo, a empresa apresenta apresenta um valor menor do que R$ 1,00 de disponibilidades no curto ou longo prazo para pagá-las. As A s limitaçõ lim itações es da liquid li quidez ez gera g erall podem pod em ser se r assim ass im sintetiza s intetizadas: das:
1. Conforme Conform e citado citado anteriormen anteriormente, te, a principal principa l limitação limitação do índic índ icee de liqu liq u idez id ez gera ge rall é a imp im p ossi os sibb ilid ili d ade ad e de m ensu en su-ração dos vencimentos de seus ativos e passivos, princi palmente no longo longo prazo - período acima de 12 meses. meses. 2. No índice de liquidez geral, assim como no índice de liquidez liquid ez corrente, os estoques são considerados considera dos no cálculo. cálculo. Isso pode diminuir a realidade e a validade da análise no curto prazo, pois os estoques, estoques, embora mensurados mensura dos em valo va lore res, s, não nã o rep r epre rese sent ntam am efetiv efe tivam amen ente te recu re curso rsoss d ispo is po ní ní veis ve is de imed im ediat iatoo para pa ra a quitaç qui tação ão das da s ob obrig rigaç ações ões.. Outro Ou tro fator relevante é a subavaliação do valor dos estoques, que podem ser obsoletos obsoletos.. 3. Com relação aos recebíveis recebíveis,, a consideração consideração da totalidade dos recebíveis no cálculo da liquidez geral sugere que 100% dos títulos serão recebidos, desconsiderando-se a taxa média de inadimplência. Sigamos o exemplo prático do cálculo da liquidez geral: :
Ativo Circulante + Ativo não Circulante LG = ------------------------------------------------------------------------------- ---------------------------------- --------------------Passivo Circulante + Passivo não Circulante
:
LG = ------------- -------------------- --------
48.000.00 48.000.00 +12.00 0,00
46.000.00 +10.000,00
: :
LS = R$ 1,07
Tabela Tabela 4.4 4.4 - Cálculo Cálcu lo de Ativo e Passivo para liqu idez geral ATIVO CIRCULANTE Caixa Banco Contas a Receber Estoques Despesas Ante cip adas Tributo s a Recuperar
ATIVO NÃO CIRC CIRCUL ULAN ANTE TE Contas a Receber
48.000 000,00
PASSIVO CIRCULANTE
46.000,00
2.000,00 3.000,00 13.000,00 23.000,00 4.000,00 3.000,00
Duplicatas a Pagar Notas Promis missórias A/P A/P Fornecedores Salários a Pagar Contas Di Diversas a Pagar Financiam ento s
14.000,00 4.000,00 6.000,00 11.000,00 3.000,00 8.000,00
12.0 12.000 00,0 ,000 12.000,00
PASS PASSIV IVO O NÃ NÃO CIRC CIRCUL ULAN ANTE TE Financiam ento s
10.000 10.000,0 ,000 10.000,00
Análise: relacionando o Ativo Circulante e o Ativo Não
Circulante com o Passivo Circulante e o Passivo Passivo Não N ão Circulante, podemos perceber a proporção de R$ 1,07 de ativos para cada R$ 1,00 de obrigações. Assim, a empresa apresenta uma boa capacidade de pagamento de sua s obrigações no curto, curto, médio ou longo prazo, obtendo uma sobra de R$ 0,07 0,07 para cada R$ R $ 1,00 de dívida.
4.3
índices índices de endividamento endividamento
Os índices de endividamento objetivam mostrar a propor ção da utilização de capitais próprios e de capitais de tercei ros em uma entidade. O capital próprio é representado pelo Patrimônio Líquido e o Capital de Terceiros pelo Passivo Circulante somado ao Passivo Não Circulante. Figura 4.2 4.2 - Capital próprio p róprio e capital de terceiros terceiros Capital próprio
Capital de terceiros
Patrimônio Líquido
Passivo Circulante + Passivo Não Circulante
1. Capital próprio: é o capital investido pelos sócios (capital social), gerado pela atividade operacional da empresa (lucro) ou por reavaliações de ativos (reservas de reavaliação). 2. Capital de terceiros: terceiros: é todo capital oriundo de fontes exter nas à empresa, ou seja, qualquer valor pertencente ao patrimônio da empresa classificado no Passivo Circulante Circu lante (curto (curto prazo) prazo) ou no Passivo Pas sivo Não N ão Circulan C irculante te (longo (longo prazo). prazo). O Quadro 4.1 reitera reitera a síntese síntese do Balanço Patrimonial.
Quadro 4.1 - Principais grupos gru pos do Balanço Patrimonial Patrimonial BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO CIRCULANTE ATIVO NÂO CIRCULANTE
PASSIVO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO
A avali av aliaç ação ão de end e ndivi ivida dam m ento en to po pode de ser real re aliz izad adaa com c om base ba se nas informações constantes no Balanço Patrimonial. Por meio do confronto dos grupos patrimoniais do Passivo, podem ser mensurados os seguintes índices de endividamento: 1. grau de de endividamento; 2. índice de participaç ão de capital de terceiros; 3. composição do endividamento. Ante An tess de anal an alis isaa r a capa ca pacid cidad adee de paga pa game mento nto da empr em pres esaa por meio dos índices de endividamento, é necessário entender os grupos do Passivo utilizados nesse cálculo, os quais foram apresentados no Quadro 4.1: • Pass Passiv ivo o Circu Circula lante nte:: são as contas que representam obriga
ções com vencimento a curto prazo, ou seja, com venci mento em até 12 meses. • Pass Passiv ivo o Não Não Circu Circula lante nte:: são as contas que representam
obrigações com vencimento a longo prazo, ou seja, com venc ve ncim imen ento to supe su perio riorr a 12 meses. mese s. • Patr Patrim imôni ônio o Líqui Líquido: do: é a parcela do capital pertencente aos
acionistas ou sócios. Apre Ap rese sent ntam amos os,, a segui seg uir, r, o contexto conte xto gera ge rall de cada ca da u m dos índic índ ices es apres ap resent entado ados. s.
4.3.1
Grau de endivida endi vidamen mento to (G (GE E)
O grau de endividamento mostra a dependência da empresa em relação ao capital de terceiros, por meio da d a relação entre o Exigível Total e o Patrimônio Líquido. Veja:
^
Exi Exigíve gívell Total Patrimônio Líquido
O Exigível Total representa a soma do Passivo Circulante com o Passivo Não Circulante. A resultante do cálculo do grau de endividamento é um valor em reais. Um índice superior a R$ i,oo sugere uma dependência de capitais de terceiros. Como qualquer índice, o grau de endividamento obtido mediante o uso da fórm ula mencionada apresenta limitações. limitações. Ele sugere apenas a relação relação de R$ 1,00 de capital capital próprio para cada valor X de capital de terceiros. Não fornece, no entanto, outras informações sobre a empresa para que seja possível diagnosticar se o grau de dependência de capitais de tercei ros compromete a continuidade do negócio. negócio. Mesmo empresas com alto alto grau de dependência de capitais capitais externos podem ser lucrativas, dependendo da margem de lucro que obtêm em suas operações, da composição das dívida d ívidass e do prazo de que dispõem para quitá-las. Praticando o grau de endividam ento
Para elaborar uma correta análise do grau de endividamento, é preciso, primeiramente, identificar os valores no Balanço Patrimonial. Observe o exemplo prático a seguir, a partir da Tabela 4.5, com posterior análise. Tabela Tabela 4.5 4.5 - Balanço Patrimonial BALANÇO PATRIMONIAL AC -14.000,00 ANC = 14.000,00
PC = 12.000,00 PNC = 6.000,00 PL = 10.000,00
GE = Exigíve Ex igívell Total Total / Patrimônio Líquido GE = 18.000,00/10.000,00
Análise: relacionando o Exigível Total com o Patrimônio
Líquido, obtemos o valor valo r de R$ 1,80 de capital de de terceiros para cada R$ 1,00 de capital próprio. Isso significa que a empresa tem uma predom pr edominância inância de origens de terceiros terceiros em em sua estru tura de capitais.
4.3. 4.3.22
índice índi ce de participa parti cipação ção de capital de terceiros (IPCT)
O índice de participação de capital de terceiros possibilita a observação observa ção do percentual pe rcentual de capital total que que é financiado pelo capital de terceiros, ou seja, de que proporção do capital total a empresa tem somente a posse e não a propriedade. Veja na fórmula a seguir: IPCT =
Exigível Total Ativo Total
Esse índice apresenta seu resultado em porcentagem (%). Ass A ssim im,, quanto qua nto maio ma iorr o quociente, quocie nte, maior ma ior a partic pa rticip ipaç ação ão de capi c api tais de terceiros na empresa. O IPCT apenas identifica a proporção de capitais de tercei ros investidos na sociedade. Em muitas situações, no entanto, uma proporção maior de capitais de terceiros não significa, necessariamente, que o negócio é inviável. Dependendo do retorno proporcionado, o custo dos investimentos realizados por terceiros pode ser tranquilamente absorvido ab sorvido pelo negócio, negócio, proporcionando, ainda, uma boa margem de lucro. Praticando o índice de participação de capital de terceiros
Para elaborar uma correta análise do índice de participação de capitais de terceiros, é necessário, primeiramente, identifi car os valores no Balanço Patrimonial, conforme a Tabela 4.6.
Tabela 4.6 - Balanço Balanç o Patrimonial Patrimo nial BALANÇO PATRIMONIAL PC = 12.300,00
AC - 8.200,00 8.200,00
PNC = 6.000,00
ANC = 20.300,00
PL = 10.200,00
IPCT = Exigível Total / Ativo Total IPCT = (12.300,00 + 6.000,00) / 28.500,00 IPCT = 0,64 IPCT em percentual = (0,64 • 100) = 64% Análise: relacionando o Exigível Total com o total do Ativo,
obtemos o percentual de 64% de capital de terceiros na sua estrutura estru tura de capitais, sendo o restante (100% (100% - 64%) correspon corresp on dente ao capital próprio (36%).
4.3.3 .3.3
Composi Composição ção do endivi endividam dament entoo (C (CE) E)
Com a finalidade de verificar a composição do endividamento, este índice demonstra o percentual de capitais de terceiros que se encontra no curto prazo pra zo (Passivo Circulante). Veja a fórmula: fórmula: Passivo Circulante Exigível Total
Ass A ssim im como o índic ín dicee de part p artici icipa paçã çãoo de cap c apital ital de terceiro te rceiros, s, a composição do endividamento apresenta seu resultado em porcentagem (%). Quanto maior o quociente, maior a concentra ção de capitais de terceiros no curto prazo (Passivo Circulante). Ass A ssim im como os outros out ros índice índ icess utiliz ut ilizad ados os para pa ra a análi an álise se do endividamento, o índice que mede a composição do endivida mento, mento, especificamente, especificamente, também tam bém apresenta apresen ta limitações. Ele iden tifica tifica o percentual do endividamento endividame nto no curto prazo pra zo (12 meses) meses) e no longo prazo (acima de 12 meses), mas não possibilita o conheciment conhecimentoo da distribuição das dívidas dívid as nesses períodos. períodos.
Praticando a composição do endividamento
Como fizemos com os índices anteriores, buscamos os valores no Balanço Patrimonial, conforme demonstrado na Tabela 4.7. Tabela Tabela 4.7 4.7 - Balanço Patrimonial BALANÇO PATRIMONIAL AC = 8.200,00
PC = 12.300,00 PNC = 6.000,00
ANC = 20.300,00
PL = 10.200,00
CE = Passivo Circulante C irculante / Exigível Exigív el Total Total CE = 12.300,00 / (12.300,00 + 6.000,00) CE = 12.300,00 / 18.300,00 CE = 0,67 CE em percentual = (0,67 • 100) = 67% Análise: relacionando o Passivo Circulante com o Passivo
Não Circulante, obtemos um percentual de concentração de 67% do seu endividamento no curto prazo (com vencimento em até 12 1 2 meses) meses),, sendo o restante (100% (100% - 67% 67%) correspondente corresponde nte a vencimentos vencim entos no longo praz p razoo (33 (33%).
Exercícios resolvidos
1. Em que situações a utilização de capitais de terceiros terceiros pode ser considerada benéfica para a empresa? Resposta: Em regra, uma porcentagem elevada de capitais
de terceiros em relação ao total de fundos disponíveis pode trazer problemas para a empresa, na medida em que esses investimentos provocam aumento das despesas financeiras. No entanto, essa não é uma regra geral, aplicável a todas as empresas. Se a taxa de retorno obtida pela aplicação desses recursos for superior à taxa de despesas financeiras sobre o endividamento, a utilização desses capitais poderá ser um
bom negócio. O único cuidado que se deve tomar é evitar que o vencimento desses empréstimos comprometa o fluxo de caixa da d a empresa. 2. Com base no Balanço Patrimonia Pa trimoniall demonstrado na Tabela 4.8 4.8,, responda às seguintes perguntas: a) Do endividamento total qual a proporção que vence vence no curto prazo? b) Qual Qu al a proporçã pro porçãoo que vence no longo prazo? c) Dos recursos totais investidos no no Ativo que percentual está sendo financiado por capitais c apitais de terceiros? Tabela Tabela 4.8 4.8 - Balanço Patrimonial Pa trimonial BALANÇO PATRIMONIAL AC - 8.200 8.200,00 ,00 ANC = 13.000,00
PC = 14.000,00 PNC = 2.000,00 PL = 5.200,00
a)
CE = Passivo Circulante Circ ulante / Exigív el Total Total CE = 14.000,00 / (14.000,00 + 2.000,00) CE = 0,87 = 87% Resposta: Do endividamento total 87% vencem no curto
prazo. b)
(100% -87%) = 13% Resposta: Do endividamento total 13% vencem no longo
prazo. c)
IPCT = Exigível Total/Ativo Total IPCT = 16.000,00 / 21.200,00 IPCT = 0,75 = 75%
Resposta: Dos recursos recurso s aplicados no Ativo Ativ o 75% são financ financia ia
dos por capitais de terceiros.
4.4
índices índices de rentabilidade
Os índices de rentabilidade objetivam identificar o retorno obtido pela empresa sobre o capital investido, seja ele próprio, seja de terceiros terceiros.. Como Com o vim os anteriormente, anteriormente, o capital próprio é representado pelo Patrimônio Líquido, e o capital de terceiros pelo Passivo Circulante somado ao Passivo Não Circulante. A aval av aliaç iação ão de ren r enta tabil bilida idade de é real re aliz izad adaa com base b ase nas na s info in for r mações constantes no Balanço Patrimonial e na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).
Por meio do confronto das contas patrimoniais e de resultado, podem ser mensurados mensura dos os seguintes seguinte s índices de rentabili rentabilidade: dade: • retorno sobre o investimento; • retorno sobre o patrimônio líquido. líquido. Ante An tess de an alis al isar ar a ren r entab tabilid ilidad ade, e, no entanto, entant o, é impo im porta rtante nte conhecer os grupos e contas que compõem o cálculo: • Ativ Ativo o Tota Totall: compreende todas as aplicações (bens e direi
tos) da empresa. Divide-se em: Ativo Circulante e Ativo Não Circulante. • Luc ucro ro Líqu Líquid ido: o: é o resultado líquido ap urado por meio da
DRE. Trata-se da Receita Operacional Bruta deduzida dos impostos indiretos, do custo custo da mercadoria vend ida ou dos serviços prestados, das despesas operacionais e dos impostos diretos (Imposto de Renda e Contribuição Social). • Patr Patrim imôni ônio o Líqui Líquido: do: trata-se do valor contábil c ontábil pertencente pertencente
aos acionistas ou sócios, sendo composto pelas seguin tes contas: Capital Social; Reservas de Capital; Reservas
de Lucros; Ajustes de Avaliação Patrimonial e Prejuízos Acum Ac um ulad ul ados os.. Observe, agora, como se calcula cada um dos índices de rentabilidade anteriormente anteriormente mencionados.
4.4.1
Retorno sobre o investimento investim ento
O chamado retorno sobre investimento (Return On Investment ROI) ROI) tem tem como como principal princip al finalidade finalidad e demonstrar d emonstrar o desempenho do capital investido inves tido (próprio e de terceiro terceiros). s). Para isso, relaciona o Lucro Líquido com o Ativo Total. Veja a fór f órmu mula: la: PQI PQI _ Lucro Líquido Líqui do Ativo Total
A resu re sulta ltant ntee do cálc cá lcu u lo do reto re torn rnoo sobr so bree o inve in vest stim imen ento to apresenta-se em reais. Ass A ssim im,, um índice índ ice maior do que R$ 1,00 indica um retorno sobre o investimento investimento sup erior a 100%. 100%. Para elaborar uma correta análise do retorno sobre sobre o inves timento, é necessário, primeiramente, identificar os valores no Balanço Patrimonial e na DRE, como demonstrado na Tabela Tab ela 4.9. 4.9. Tabela Tabela 4.9 4.9 - Balanço Patrimonial BALANÇO PATRIMONIAL AC = 8.200/00 ANC = 20.000,00
PC = 14.000,00
RECEITAS = 12.000,00
PNC = 10.000,00
DESPESAS DESPESAS = 10.800,00 10.80 0,00
PL = 4.200,00
LUCRO LÍQUIDO = 1.200,00
ROI = Lucro Líquido / Ativo Total ROI = 1.200,00 / 28.200,00 ROI = R$ 0,04
DRE
Análise: relacionando o Lucro Líquido com o Ativo Total,
obtemos um retorno de R$ 0,04 0,04 para par a cada R$ R $ 1,00 investido, ou seja, a empresa apresenta um retorno médio de 4% sobre seu capital total investido (capital próprio e capital de terceiros).
4.4. 4.4.22 Retorno sobre o patrimônio patri mônio líquido líquid o O chamado retorno sobre 0 patrimônio liquido (Return On Equity ROE) tem como principal objetivo demonstrar o retorno aufe rido pelo acionista sobre o capital investido (patrimônio líquido líquido), ), relacionando o Lucro Líquido Líqu ido com o Patrimônio Líquido. Veja a fórm fó rmula ula:: _
Lucro Líquido Patrimônio Líquido
A resu re sult ltaa nte nt e do cálc cá lcu u lo do reto re torn rnoo sobr so bree o patr pa trim im ô nio ni o líquido apresenta-se em reais. Ass A ssim im,, um índice índ ice maior do que 1 indica um retorno sobre o patrimônio líquido acima de 100%. Novamente, buscamos nossos dados no Balanço Patrimonial e na DRE. Observe, para isso, a Tabela 4.10. Tabela Tabela 4.10 4.10 - Balanço Patrimonial Pa trimonial BALANÇO PATRIMONIAL AC = 8.200,00 8.200 ,00 ANC = 20.000,00
PC = 14.000,00 14.00 0,00 -----------------------------------PNC PNC = 4.000,00 PL = 10.200,00 10.20 0,00
DRE RECEITAS RECEITAS = 12.000,00 12.00 0,00 DESPESAS DESPESAS = 10.800,00 LUCRO LÍQUIDO LÍQUIDO = 1.200,00 1.200 ,00
ROE = Lucro Líquido L íquido / Patrimônio Líquido Líquid o ROE = 1.200,00 / 10.200,00 ROE = R$ 0,11 Análise: relacionando o Lucro Líquido com o Patrimônio
Líquido, obtemos um retorno de R$ 0,11 para cada R$ 1,00 de
capital próprio da empresa, ou seja, a empresa apresenta um retorno retorno médio de 11% 11 % sobre o capital próprio investido. investido.
4.5
índices índices de ativid atividade ade
Por meio meio da análise a nálise de apenas dois relatórios contábeis contábeis (Balanço (Balanço Patrimonial e DRE) e da aplicação de algumas fórmulas bem simples, podemos medir o grau de eficiência da empresa na administração adm inistração de seus prazos de recebi recebimento mento,, de pagamento e de giro dos estoques. Para realizarmos esses cálculos, consideremos como base dois balanços sucessivos, dos quais extrairemos as seguintes informações: • prazo médio de duplicatas duplicata s a receber, receber, calculado calculad o a partir part ir do saldo médio da conta Clientes; • prazo médio de fornecedores, fornecedores, por meio do saldo médio da conta Fornecedores; • média dos estoques, estoques, utilizando o mesmo crit critéri ério. o. Podemos extrair da DRE o custo da mercadoria vendida (CMV), tomando o cuidado de sempre utilizar o valor que corresponde ao último período. Ou seja, se hipoteticamente estamos trabalhando trabalhand o com balanços dos meses de março e abril abril,, devemos utilizar o CMV de abril. Também utilizaremos o valor das compras do período. Se não dispusermos dessa informação em algum relatório geren cial, cial, poderemos calculá-la por meio meio da fórm ula do CMV: CMV = El + C-EF
em que: • CM V = custo da mercadoria vendida; • EI = estoque inicial; • C = compras; • FF =
s tn tn n n
f i n ^l ^l
Na seqüênci seqüência, a, apresentamos um resum o das fórmulas que serão utilizadas: PMR PM R = prazo médio de recebimento recebimento PMP = prazo médio de pagamento RE = rotação dos estoques pMR pMR _ (Média de Duplicat Dupli catas as a Receber • 3 ° dias) Receita Operacional Bruta _ (Média de Fornecedores a Pagar- 30 dias) Compras do Exercício (Média de Estoques • 30 dias) RE — ------------------------------------------------------------------------------------------------------------Custo das Mercadorias Vendidas
•
;
Ap A p ó s aplic ap licar arm m os essa es sass fórm fór m ulas ul as,, po pode demo mos, s, finalm fina lment ente, e, cal ca l cular o posicionamento de atividade, que nada mais é do que o quociente entre o ciclo operacional (PMR + RE) e o prazo médio de pagamento dos fornecedores (PMP). Veja a fórmula: RE + PMR PA = -----------------PMP PMP
O posicionamento de atividade ideal deve, sempre que po pos s sível, ser igual ou inferior a 1. Quando esse índice apresenta resultado resulta do superior, certamente há conflitos conflitos na compatibilização compatibilizaçã o dos prazos, significando sign ificando que a empresa empre sa tem problemas problemas no giro de estoques ou não está conseguindo negociar adequadamente adequadam ente seus prazos de recebimento e pagamento. A princípio, isso parece um pouco complicado, mas na prática é bastante sim ples. Veja um exemplo no exercício exercício resolvido a seguir.
Ex er cí cí ci
v i do do
i. Com base nas informações informaçõe s extraídas extraída s do do Balanço Patrimonial e da DRE da empresa Alimentos S/A, calcule: • a rotação dos estoques (RE) (RE);; • o prazo médio de recebimento das duplicatas (PM (PMR) R);; • o prazo médio de pagamento pagam ento dos dos fornecedores (PMP (PMP); ); • o posicionam posicio namento ento de ativida ativ idade de (PA (PA). Dados extraídos do Balanço e da DRE Conta Clientes Estoques Fornecedores Compras CMV Receita Oper. Bruta
Março
Abril
180.000 96.000 164.000
150.000 117.000 114.000 113.000 131.000 145.000
Resposta: Ante An tess de apr a pres esen entar tar os cálc c álculo ulos, s, é import imp ortan ante te lem l em
brar que estamos trabalh ando com balanços mensais; m ensais; por isso, isso, as médias são multiplicadas por 30. RE = (Média de Estoques • 30 dias) / Custo das Mercadorias Vend Ve ndid idas as RE = {[(96.000 + ii7.ooo)/2] • 30} / 131.000 RE = 24,39 ou 24 dias PMR = (Média de Duplicatas a Receber • 30 dias) / Receita Operacional Bruta PMR = {[(180.000 + 150.000/2] • 30} / 145.000 PMR PM R = 34,13 ou 34 dias PMP = (Média de Fornecedores a Pagar • 30 dias) / Compras do Exercício PMP = {[(164.000 + 114.000/2] • 30} / 113.000 PMP = 36,90 ou 37 dias Com base nos resultados encontrados, podemos concluir que o ciclo operacional da empresa Alimentos S/A é superior
ao prazo concedido por seus fornecedores para o pagamento das duplicatas. Veja: Ciclo operacional = RE + PMR Ciclo operacional = 24 + 34 = 58 dias PMP PM P = 37 dias Como conseqüência, temos um posicionamento de atividade bem superior a 1, indicando que há problemas na compatibilização de prazos: PA = (RE + PMR)/PMP PA = (24+ 34 )/3 7 PA = 1,56 Veja no gráfico grá fico:: RE-24 DIAS P M P - 3 6 DIAS
PMR-34 DIAS 22 DIAS
Nesse caso, caso, a empresa poderia pod eria agir a gir em três frentes, frentes, ou seja: seja: 1. tentar acelerar o giro de seus estoques; estoques; 2. reduz red uzir ir os prazos pra zos concedidos concedid os aos seus seu s clien clientes; tes; 3. ampliar amp liar os prazos prazo s de pagamento com seus fornecedores. fornecedores.
Síntese São inúmeras as possibilidades possibilidade s de análise oferecidas pelos dois principais princip ais relatórios produzido prod uzidoss pela contabilidade, contabilidade, o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). Procuramos destacar, neste capítulo, alguns indicadores essen ciais, capazes de oferecer elementos indispensáveis à análise de qualquer entidade, com enfoque nos aspectos financeiros (índices de liquidez), patrimonial (índices de endividamento), de resultado (índices (índices de rentabilidade) e de eficiência operacio operacio nal (índices de atividade). A aplicação desses índices resume
bem a situação de qualquer empreendimento, sendo de grande utilidade para analistas internos e externos.
Questões para revisão i. Com base nos dados apresentados, apresentados, calcule o índice de liqui dez corrente das emp resas A, B, C e D, indicando qual qua l delas apresenta o maior risco de descumprimento de suas obri gações de curto prazo. Empresa A: AC = 60.000,00; PC = 55.000,00 Empresa B: AC = 44.000,00; PC = 50.000,00 Empresa C: AC = 57.000,00; PC = 22.000,00 Empresa D: AC = 47.000,00; PC = 47.000,00 2. Calcule Calcu le o grau de endividamento do balanço representado a seguir: BALANÇO PATRIMONIAL AC -
8 .200,00
ANC = 20.000,00
PC = 14.000,00 PNC = 4.000,00 PL = 10.200,00
3. Assinale V para verdadeiro e F para falso: ( ) O índice de participação partic ipação de capital de terceiros possibilita a observaçã o do percentual pe rcentual do capital total total que é financiado pelo capital de terceiros. ( ) O índice de participação participaçã o de capital de terceiros é expresso em reais. ( ) A composição com posição do do endividamento pode ser obtida obtida por meio do quociente quociente do Passivo Circulante pelo Exigível Ex igível Tota Total. l.
( ) Os índices de rentabilidade rentabilidad e têm o objetivo de identificar identificar o retorno obtido pela empresa em presa sobre o capital investido. ( ) A resultante res ultante do cálculo do retorno sobre o investimento apresenta-se em reais. reais. 4. Com base nos dados a seguir, calcule o custo das mercado mercad o rias vendidas e assinale a resposta correta: Compras do período: 13.000,00 Estoque final: 7.000,00 Estoque inicial: 4.000,00 a) 4.000,00 b) 7.000,00 c) 7.300,00 d) 10.000,00 e) 13.000,00 3. Com base nos dados a seguir, calcule prazo médio de rota ção dos estoques: Estoque em junho de 2014: R$ 98.000,00 Estoque em julho de 2014: R$ 115.000,00 Custo das Mercadorias Vendidas em julho de 2014: R$ 144.000,00 a) 100 dias dia s b) 22 dias dia s c) 2 1 dias dia s d) 3 dias e) 44 dias di as
Saiba mais Para saber mais sobre análise de balanços, consulte também: A s s a f N
et o
, A.
Estrutura e análise de balanços:
um enfoque
econômico-financeiro. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
Iudícibus,
S. de. Análise de balanços.
10. ed.
São Paulo: Atlas,
2013.
-tia
• •
:
:
:
:
:
:
:
t
:
:
:
Conteúdos do capítulo •
Análise Análise de investimentos.
•
M étodo de análise de investimentos multi-índi multi-índice. ce.
•
Retorno sobre investimento.
•
Risco Risco sobre investimento.
Após o estudo deste capítulo, você será capaz de: 1. com preen der as especificidades da análise análise de investimentos investimentos em ativos ativos reais reais por meio da m etodologia multi-índice.
5-i
Análi Análise se de investimentos investimentos em ativos reais
Para uma empresa, um investimento define-se como um desembolso desembo lso com com vistas vista s a gerar um fluxo de benefícios futuros, usualmente usualm ente superior supe rior a um ano. Atualmente, as técnicas de aná lise de investimentos estão sendo utilizadas para a avaliação de empresas, de unidades de negócios e para investimentos de longo ou curto prazo. O
presente capítulo tem o objetivo objetivo de apresentar a metodo
logia multi-índice. Examinaremos o contexto geral desse tema no tópico a seguir.
5.2
Metodologia multi-índice
Segun Seg undo do Clemente e Souza Sou za (2008), a metodologia metodolo gia multi-índice procura embasar o processo decisório quanto à aceitação ou rejeição de certo projeto de investimento por p or meio da utilização utiliza ção de vários indicadores, que se dividem em dois grupos:
1. O primeiro grupo, composto pelos indicadores indicadores VP, VP, VPL, VP V P L a, IBC e Roia, Ro ia, é u tiliz ti lizad adoo para pa ra a v alia al iarr a perc pe rcep epçã çãoo do retorno. 2. O segundo, composto por TMA/TIR, Pay-back/N, GCR, risco de gestão e risco de negóci negócio, o, é utilizado para melho m elho rar a percepção de risco. j RETORNO :
Valor Present Presentee (VP)
:
:
Valor Presente Líquid Líq uidoo (VPL) (VPL)
:
•
Valor Presente Líquido Líqui do Anualiz Anu alizado ado (VPLa) (VPLa)
\
:
índice índice Benefício/Custo Benefício/Cus to (IBC) (IBC)
:
:
Retorno Adicio Adi cional nal sobre Investimento Investimento (Roia) (Roia)
:
: RISCO
i j
Taxa Intern Internaa de Retorno Retorno (TIR) (TIR) índice índice TMA/TIR
; j
:
Payback
:
i
índice Payback /N /N
j
: :
Grau de Comprometimento Comprometimento da Receita (GCR) (GCR) Risco de Gestão
: :
•
Risco Ris co de Negócio Negóc io
j
Segundo Segu ndo Clemente e Souza So uza (2008), a essência da metodologia me todologia multi-índice consiste em: • não incorporar incorpo rar o prêmio pelo risco como um spread sobre sobre a Taxa Mínima de Atratividade (TMA); • express exp ressar ar a rentabilidade do projeto por meio meio do do Roia como um retorno adicional além do que seria auferido pela aplicação do capital em títulos de baixo risco; • utilizar utiliza r a análise ambiental ambiental para aprofundar aprofund ar a avaliação sobre os riscos envolvidos; • confrontar os ganhos ganh os esperados com com a percepção dos riscos de cada projeto.
Nesse sentido, antes de estudar a forma operacional da metodologia multi-índice, é necessário compreender o con ceito de TMA. A TMA é uma taxa de juros de referência, que representa o mínimo que um investidor está disposto a ganhar em um determinado projeto de investimento. A TMA é sempre um dado subjetivo, uma vez que cada investidor encontra-se em um cenário diferente e apresenta opções de investimentos e expectativas de retornos também distintos. O concei conceito to de riqueza gerada gera da deve considerar apenas ap enas o que será obtido além da aplicação do capital na TMA. A esti es tim m ativa at iva da T M A po pode de ser a taxa ta xa de juro ju ross segu se gu ra pra pr a ticada no mercado. mercado. Veja algu ns exemplos: exemplos: 1. Taxa Referencial (TR); 2. Taxa de Juros Juro s de Longo Lon go Prazo Praz o (TJLP); (TJLP); 3. Taxa do Sistema Especial de Liquidação Liquidaç ão e Custódia (Sel (Selic ic). ). A defin de finiçã içãoo da d a TM T M A impl im plic icaa a com c ompa paraç ração ão com inve in vest stim imen en tos que apresentam o mesmo grau de risco. Não faz sentido, por exemplo, que um investidor investid or estabeleça como como remuneração mínim a o retorno obtido obtido por outro tipo de negócio bem mais lucrativo, considerando-se que o risco envolvido será, igual mente, muito superior. No Brasil, sabe-se que essa taxa seria próxima dos rendimentos da caderneta de poupança. A segu se guir, ir, aprese apr esenta ntarem remos os as form fo rmas as de cálcu cá lculo lo dos d os ind i ndic icad ado o res necessários para pa ra avaliação do investime investimento, nto, acompanhados acompanh ados de suas interpretações.
5.3
Anál Anális isee do retorno retorno
Reiteramos, conforme observado anteriormente, que a aná lise do retorno retorno por meio da metodologia metod ologia multi-índice prevê a mensuração de alguns indicadores, a saber:
• Valor Presente; • Valor Presente Líquido; • Valor Valor Presente Presente Líquido Anualizado; • índice índ ice de Benefício/Custo; • Retorno Adiciona Ad icionall sobre o Investimento. Investimento. Vale ressa re ssalta ltarr que, além alé m de esse es sess índice índ icess apres ap resen entar tarem em um conjunto conjunto de evidências evidênc ias para análise de retorno retorno de um proje projeto, to, eles ainda servem como base de cálculo para os indicadores indicador es de análise de riscos. Observe, a seguir, o contexto geral de cada um dos indicadores sugeridos pela presente análise, seguido das formas de cálculo cálculo por meio meio da calculadora calculadora HP12C, HP12C , H P17C e pelo Excel.
5.3.1
Valor Presente (VP) (VP)
O Valor Presente (VP) corresponde correspon de à concentração de todos os valo va lore ress espe es pera rado doss de um u m fluxo flu xo de caix ca ixaa na n a data da ta zero, apre ap rese sen n tando a perspectiva perspec tiva de geração de caixa com base em projeções de fluxos de caixa durante determinado período. Assim, o VP é calculado por meio da seguinte equação: VPt= Somatório dos VPj
:
e VPj = (CFj (CFj / (1 + TMA))j TMA))j
em que: • VPt= VP t= Valor Presente Tota Total;l; • VPj = Valor Presente por Período; • CFj CFj = fluxo de caixa cai xa esperado. esperado. • TM A = taxa. taxa.
:
Por qualquer um dos métodos de cálculo, cálculo, o VP apresenta a perspectiva do total de caixa gerado pelo projeto na data de hoje hoje,, sendo necessária ne cessária sua su a complementação complementação para a mensuração m ensuração de desempenho do projeto.
5.3.2 5.3.2
Valor Presente Líquid Líq uidoo (VPL) (VPL)
O Valor Presente Líquido (VPL) corresponde à concentração de todos os valores esperados de um fluxo de caixa na data zero em confronto com o investimento inicial, represen tando o ganho líquido do projeto em relação à TMA utilizada. Veja, a seguir, a equação do VPL: (1) VPL = VPt-Investimento Inicial
:
ou
:
(2) VPL = - C F 0 + 1 (CFj / (1 + TMA))
em que: • (1) (1) VPt VP t= Valor Presente Pres ente Total; • (2) CF0= CF0 = valor va lor do investim ento inicial; • Investimento inicial = CFj CFj = Fluxo de caixa esperado; esperado; • T M A = taxa (% (%); • j = período perío do do fluxo de caixa. O resultado resultado do VP L indica se o projeto projeto consegue recuperar recup erar o investimento inicial, além de evidencia evide nciarr se ele ele também remu remu nera a mesma perspectiva que teria sido ganha se o capital fosse aplicado na TM A e se se ainda gerasse riqu ezas em valores monetários (de hoje), ajudando a decidir sobre um investi mento. Vale, portanto, a seguinte regra geral de análise: : VPL > 0 : Projeto Projeto contínuo a ser analisado ; VPL < 0: Projeto rejeitado rejeit ado
Entre algumas observações prudentes acerca do VPL, Goleman (2009) salienta a importância de utilizá-lo como uma ferramenta fundamental de análise, porém não como a única, pois vários fatores intangíveis cerceiam os investimen tos, tos, sendo necessária, portanto, a observân obse rvância cia de vários vário s outros fatores fatores complementares, entre entre eles a dinâmica das taxas taxa s prati cadas pelo mercado e a projeção projeção de geração geração de caixa utilizada ut ilizada para o cálculo. cálculo.
5.3.3 .3.3
Valor Presente Líquido Líqui do Anua An ualiz lizad adoo (VPLa) (VPLa)
O Valor Valor Presen Presente te Líquido A nualizado nua lizado (VPLa) (VPLa) é uma variação do Valor Presente Líquido. Ele facilita a comparação de sua resultante com outros indicadores contábeis (mensurados ao ano). Enquanto o VPL concentra todos os valores do fluxo de caixa na data zero, no VPLa VP La o fluxo fluxo de caixa do projeto de inves timento timento é transformado transform ado em uma série uniforme, ou seja, seja, ele é a distribuição do ganho líquido do projeto em relação à TMA em parcelas igualmente distribuídas no período do projeto. R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
j =Tf j =2 f j =3 t j =4 f j =5 t J' =6 t j =7 t Í=8 t Í=9 f j =1° f N = 10
O VPLa é representado pela equação descrita a seguir: VPLa = VPL *( i - (H-i)N/ (H-i)N/
- 1)
em que: • VPL VP L = Valor Presente Líquido; • i = T M A (% (%); • N = período per íodo do projeto. projeto. É importante salientar que a resultante do VPLa objetiva apresentar o resultado econômico de determinado projeto em um determinado período. Nesse caso, podemos utilizar
qualquer qua lquer periodicid perio dicidade ade (mês (mês,, bimestre, ano, entre outros outros). ). Por fim, sua análise preconiza a observância da seguinte regra: j VPLa > 0: Projeto continua cont inua a ser analisad ana lisado o : ; VPLa < 0: Projeto rejeitado
5.3.4 5.3.4 índice índ ice Benefício/Cust Benefício/Custoo (IBC) (IBC) O índice Benefício/Custo (IBC) é a medida utilizada para men surar o quanto quanto se espera auferir de ganho por po r unidade de capi tal investido (R$) no projeto. Seu resultado, assim como nos demais índices observados até agora (VP, VPL e VPLa), apresenta-se em valores monetários (R$). Sua base de cálculo rela ciona a divisã d ivisãoo do Valor Presente Total (VP (VPt) t) e os investimentos necessários necessário s para realizá-lo (investiment (investimentoo inicial) inicial).. Partindo Pa rtindo da premissa de que todo valor gerado no projeto é reinvestido pela TMA, o IBC pode ser calculado pela seguinte equação:
Investimento Inicial
em que: • VPt VP t = Valor Presente do Fluxo de Benefícios; • Investimento inicial. A anál an ális isee de tal índice índ ice segu se guee a seg s egu u inte in te regra: reg ra: IBC > 1: Projeto continua a ser analisado IBC < 1: Projeto rejeitado
5.3.5 .3.5
Retorno Adicio Adi ciona nall sobre Investimento Investime nto (Roi (Roia) a)
O Retorno Adicional sobre Investimento (Roia) é oriundo da aparente disfunção do cálculo do IBC, pois não permite
a comparação entre o retorno do projeto projeto com a TM A - afinal, o IBC apresenta os recursos liberados ao longo longo do período do projeto projeto e a TMA TM A apresenta-se referenciada referenciada a um determinado período (ao mês, ao ano, entre outros). Portanto, o Roia destina-se a informar o ganho percentual equivalente a determi nado período de tempo, tempo, podendo, dessa dess a forma, ser comparado à TMA do mesmo período de tempo. Nesse sentido, Clemente e Souza (2009) salientam que o Roia é a melhor estimativa de rentabilidade para um projeto de investimento, pois propõe a relação percentual da riqueza gerada por um investimento em determinado período de tempo, devendo responder ao seguinte questionamento: questionamento: Qual a taxa no período equivalente ao IBC? O Roia pode ser calculado pela seguinte equação: ROIA = IBC = 1 (1 + ip)N
em que: • IBC = índice Benefício/Custo; • ip= Taxa equivalente para cada período; período; • N = Total de períodos perío dos do projeto. projeto. Assi As sim m , temos tem os a segu se guin inte te repre rep resen sentaç tação ão gráfica grá fica:: IBC
Vale obs o bser erva varr que qu e a resul re sultan tante te do d o Roia R oia obje o bjetiv tivaa apres ap resen entar tar a taxa de retorno retorno de um projeto por período, período, em qualquer qualqu er perio per io dicidade (mês, bimestre, ano, entre outros), e é apresentada em
percentual, evidenciando a comparação da taxa de retorno adicional apresentada com a TMA estabelecida na base de cálculo do IBC (utilizado no cálculo). Por fim, fim, entre as principais princ ipais contribuições do cálculo do Roia, destacamos a percepção de geração de valor do empreendi mento mento acima da TM A como como uma importante variável de aná lise do gestor, cabendo, porém, ainda, a análise dos indicadores de riscos da presente metodologia.
5.4 5.4
Anális Aná lisee de risco
Ap A p ó s a abor ab orda dage gem m de retorno reto rno da meto me todo dolog logia ia multi-ín mu lti-índice dice,, é necessário gerar os indicadores de análise de risco, para que juntos junt os seja possí po ssível vel perceb pe rceber er a viabili viab ilida dade de finan f inanceir ceiraa do projeto com base no perfil do investidor. Nesse sentido, vale destacar os indicadores utilizados na abordagem de risco, a saber: • Taxa Interna de Retorno; • índice TMA/TIR; • Payback ; • Período de Recup eração do Investimento por Período (Payback/N ); • Grau do Comprometimento da Receita Receita;; • Risco de Gestão; • Risco do Negócio. Vale também tam bém ressa re ssalta ltarr que os indi in dica cado dore ress de risco, em geral, gera l, são oriundos das resultantes dos indicadores de retorno; por tanto, para o completo entendimento da análise de risco, é necessário antes a compreensão da análise a nálise de retorno, retorno, a fim fim de que, finalmente, seja possível avaliar a viabilidade financeira de um projeto. Observe, a seguir, o contexto geral de cada um dos indicadores sugeridos pela análise de risco; em seguida,
apresentaremos a análise integrada de risco e retorno aplicada a um caso empresarial.
5.4.1
Taxa Interna de Retorno (TIR (TIR))
Tecnicamente, a Taxa Intena de Retorno (TIR) mede a taxa de juros que iguala os fluxos de caixa com o custo do pro jeto, po poss ssib ibilit ilitan ando do a m ensu en sura raçã çãoo real re al de viab vi abili ilida dade de de um empreendim empr eendimento ento (Goleman et al., al., 20 2009). A TIR T IR torna o VP L de um fluxo de caixa igual a zero. No entanto, vale ressaltar que, diferentemente do VPL, que reinveste as entradas de caixa pelo custo de capital, a TIR reinveste as entradas de caixa pela própria TIR (Souza, 2008). A TIR TI R tanto pod p odee ser s er usad us adaa par p araa an a n alis al isar ar a dimen dim ensão são retorno como como também a dimensão dimen são risco. Na N a dimensão dim ensão retorno, retorno, ela pode ser interpretada como um limite superior para a rentabili dade de um projeto de investimento. Contudo, essa informa ção só é relevante se para o projeto em análise não se souber o valor da TMA. Caso a TMA seja conhecida, a estimativa da rentabilidade pode ser calculada (Roia) e a TIR não melhora a informação disponível. Camargo (2008) complementa ao observar que um VPL positivo nos coloca diante de um inves timento timento que apresenta remuneração remuneração acima da TM A (proposta (proposta para o proje projeto to). ). Considerando Conside rando tais afirmações, podemos podemo s tirar a seguinte conclusão: : VPL = positivo: positi vo: TIR é maior do que a TMA : VPL = negativ neg ativo: o: TIR é menor que a TMA j VPL = nulo (0): TIR é igual à TMA
Nesse caso, a TIR pode ser interpretada como um limite superior para a variabilidade da TMA. Isso decorre do fato de o VPL VP L (ganh (ganho) o) decrescer à medida me dida que a TM A se aproxim a da TIR. Se a TMA for igual à TIR, então o ganho do projeto
será igual a zero. Se a TMA for maior do que a TIR, então a empresa estará em melhor situação se não investir no projeto. Por fim, fim, ao relacionarmos relacionarmos a TIR com com a TM A na perspectiva persp ectiva do VPL, devemos tomar alguns algu ns cuidados, entre eles eles (confor (conforme me já observ obs ervado ado)) cons co nside idera rarr que o V P L pres pr essu supõ põee que os fluxo flu xoss gerados pelo investimento estarão sendo investidos em uma taxa equivalente à TMA, enquanto os cálculos da TIR pressu põem a aplicação dos fluxos intermediários em taxas equiva lentes lentes à TIR. TIR. Assim As sim,, a TIR somente somente pode ser considerada como uma abordagem real de rentabilidade caso os fluxos inter mediários se apliquem à mesma taxa (TIR) (Camargo, 2008). Enfim, ao estabelecer uma perspectiva de tomada de decisão com base na TIR, vale va le a seguinte regra: regra: : TIR > TMA: Projeto continua continu a ; TIR < TMA: Projeto rejeitado rejeit ado
5.4.2 5.4.2 índice TMA/T TM A/TIR IR Com relação à TMA, TM A, caso permaneça inferior à TIR, a expecta tiva é a de que haja maior ganho investindo em determinado projeto projeto de investimento do que mantendo o dinheiro aplicado à TMA. TM A. Assim, A ssim, a proximidade proxim idade ou distância entre entre a TIR e a TM A pode representar o risco do projeto.
5.4 5.4.3
Período de Recuperação Recupe ração do Investimento (Payback)
O Payback representa representa o tempo de retorno de um investimento, ou seja, é o número de períodos necessários para que o fluxo de benefícios supere o capital investido. O Payback pode pode ser calculado em sua origem simples (sem considerar o valor do dinheiro no tempo) e em sua forma descontada (considerando-se o valor do dinheiro no temp tempo) o).. Em sua forma form a original,
o Payback representa uma análise de risco, possibilitando a percepção em tempo real da recuperação do capital investido em determinado investimento, considerando-se que o risco do empreendimento aumenta à medida que o Payback aproxima-se aproxima-se do prazo final do investimento. Em geral, o Payback observa observa a seguinte regra: regra: : Payback < Tempo Tempo Máximo Determinado: Projeto continua a ser : analisado j Payback > Tempo Tempo Máximo Determinado: Projeto rejeitado
Desse modo, segundo a regra estabelecida para análise do Payback , a principal evidência é que não existe quantificação unificada unificad a do tempo tempo máximo máxim o determinado determinad o - este é estabelecido estabelecido de acordo com o investimento pretendido. Camargo (2008) salienta que, para encontrar o Payback, é necessário somar os valores dos fluxos de caixa positivos até que estes estes apresentem valor valo r igual igu al ao fluxo negativo negat ivo (dos (dos desem desem bolsos bol sos), ), resultando em uma diferença nula.
5.4.4 5.4.4 Período de Recuperação Recuper ação do Investimento Investiment o por Período {Payback/N) O índice de Payback/N representa representa o tempo necessário para a recuperação do investimento, podendo, ainda, ser interpre tado como como uma medida de risco. risco. Nesse sentido, sentido, quanto maior o período de tempo para se recuperar um capital investido, maior o risco do projeto de investimento. Portant Portanto, o, para utiliza u tilizarr o Payback como como medida medid a de risco, reco menda-se o uso do índice Payback/N , o qual, medido em um a escala de o a 1, tem a vantagem de permitir comparabilidade entre projetos distintos.
54*5
Grau de Comprometimento da Receita (GC (GCR) R)
O ponto ponto de equilíbrio operacional corresponde à quantidade mínima mín ima a ser produz pro duzida ida e vendida, em certo certo período, para que seja viável cobrir todos os custos operacionais do empreendi mento. Nesse momento, a empresa não apresenta estado de lucro nem sequer seq uer prejuízo preju ízo em suas su as operações (Cl (Cleme emente; nte; Souza, 2007). Ao relacionarmos o ponto de equilíbrio operacional com o nível máximo de atividade (capacidade produtiva), a proxi midade entre o ponto de equilíbrio e a capacidade máxima é denominada Grau de Comprometimento da Receita (GCR), que pode ser interpretado como medida de risco operacional. operacional. O GC R observa a seguinte fórmula: fórmula: GCR = Receita de equilíbrio / Receita no nível máximo de atividade
Caso determinada empresa apresente a situação de lucro em níveis próximos da capacidade instalada, terá teria uma observância de risco elevada. Nesse sentido, vale destacar a forma de mensuração da receita de equilíbrio, que é obtida por meio da seguinte fórmula: Receita de equilíbrio equil íbrio = Custos e Despesas Fixas F ixas/i/i - (Custo (Custo e Despesas Variáveis / Receita no Nível Máximo de Atividade)
Por fim, a resultante do GCR é apresentada entre o e 1, obser van va n do-s do -see a segu se guin inte te regra: regr a: : GCR próximo de 0: pouca relevância relevân cia do risco : GCR próximo de 1: risco em grau elevado elev ado
54*6
Risco de gestão
Segundo Clemente e Souza (2008), o risco de gestão está asso ciado ao grau de conhecimento e de competência do grupo gestor em em projetos similares. Os autores destacam que o conhe cimento e a experiência acumulados sobre o processo produ tivo e o de comercialização, os canais de distribuição e, prin cipalmente, cipalmente, a condução condução de negociações au xiliam na gestão do empreendimento em períodos desfavoráveis. As competências e habilidades sugeridas na presente análise são inferidas na escala de o a 1, por meio da coleta de opiniões de especialistas. Nesse contexto, os autores sugerem a análise dos aspectos a seguir pontuados: :
• econômicos;
:
; : :
• indústria indú stria ou segmento; segmento; • processo process o produtivo; • negociação;
: • :
•
• estratégia estratégiass de comercialização. comercialização. \
Vale ress re ssalt altar ar que qu e os aspe as pecto ctoss apres ap resen enta tado doss são aplic ap licad ados os às principais áreas funcionais da empresa, cuja escolha deve observar a estrutura da organização analisada. Apó A póss a quan qu antif tifica icaçã çãoo e a aval av aliaç iação ão de cada cad a uma um a das da s área ár eass funcionais, deve-se calcular a média e diminuir de 1; assim, o resultado obtido corresponderá ao risco de gestão percebido.
5.4.7 5.4.7 Risco Ris co de negócio negócio Segundo Segu ndo Clemente e Souza So uza (2008), o risco risco de negócio está a sso sso ciado a fatores conjunturais, não controláveis, que afetam o ambiente ambiente do empreendimento - por exemplo, exemplo, o grau de con corrência, as barreiras à entrada e à saída, as tendências da economia e do setor de atividade.
Alg A lgu u m a s info in form rmaç açõe õess são cons co nside idera rada dass relev rel evan ante tess para pa ra a avaliação desse tipo de risco, sendo derivadas das observações de especialistas e da resultante de algumas das principais for mas de análise, entre as quais se destacam: • análise PEST; PEST; • 5 Forças de Porter; Porter; • análise an álise SW SWOT OT.. Ass A ssim im como na anál an ális isee de Risco Ri sco de Gestão Ge stão,, a m ensu en sura raçã çãoo do Risco de Negócio Negóc io apresenta ap resentada da por Clemente Clem ente e Souza Sou za (2008) precede a utilização de uma escala de o a 1, em que o indica ausência de risco e 1 indica risco máximo.
Síntese Minimizar os riscos inerentes a investimentos de capital em qualquer empreendimento é a meta de qualquer investidor. Neste capítulo, capítulo, vim os não só que a análise de um investimento compreende a percepção de retorno e risco, mas também que o entendimento entendimento dessas va riáveis riáv eis por meio de um método ade quado pode levar um gestor a uma decisão mais assertiva. Diante do exposto, o método multi-índice apresenta-se como uma importante alternativa técnica de análise de ativos reais, por meio de seus indicadores subdivididos em dois grupos indicadores associados à rentabilidade do projeto e indicadores associados ao risco -, os quais, juntos, auxiliam na percep ção do comportamento com portamento esperad es peradoo entre risco e retorno, ou seja, seja, maiores riscos ensejam um aumento no retorno esperado.
Questões para revisão 1. Para operacionalizar operac ionalizar o Retorno Adiciona Adic ionall sobre Investimento (Roi (Roia) a),, é fundamen funda mental tal identificar as informações informaçõ es necessárias neces sárias
para o cálculo. cálculo. N esse sentido, sentido, descreva a equação do Roia e os itens exigidos para seus efetivos cálculos. 2. O que é o Risco de Gestão? 3. Sobre o Valor Presente Líquido Líqu ido (VPL), (VPL), é correto afirmar: a) E a técnica técnica mais difund difu ndida ida para se medir me dir a viabilidade de um investimento. b) Consiste Con siste em descontar um fluxo de caixa caix a esperado, trazendo todos os va lores ao tempo presente presente.. c) VPL VP L positivo significa que o investimento é viável. d) Para se achar o VPL, VPL , é necessário de duzir duz ir dos valores descontados o investimento inicial. e) Todas as alternativas alterna tivas anteriores estão corretas. 4. Estudos de viabilidade viab ilidade financeira são são realizados com uma um a frequência bem maior do que as pessoas imaginam. Não são apenas os grandes investimentos em ativos fixos que exigem análises dessa natureza. Decisões simples, do coti diano (como a opção por realizar uma compra à vista ou a prazo) prazo) deveriam sempre ser precedidas desse tipo de análise. Quando a operação envolve prazos, não se pode desprezar o valor valo r do dinheiro din heiro no tempo. Diante desse des se contexto, contexto, qual é o nome dado à remuneração mínim a dos capitais investidos em um empreendimento cujo objetivo é descontar os valo res dos caixas projetados, projetados, trazendo-os a valores presentes? a) Taxa M ínima ínim a de de Atratividade. b) Taxa Média de Mercado. c) Taxa Interna de Retorno. d) Taxa Básica de Juros. e) Taxa de Câmbio. Câm bio.
5- Para um projeto ou investimento ser considerado viáve viá vell ssob ob uma perspectiva financeira, o retorno obtido por meio da aplicação de uma determinada taxa de desconto deve, no mínimo, ser superior ao rendimento de uma aplicação de baixo risco. risco. Isso deve ser observado observa do se os capitais investidos forem próprios; se forem de terceiros, esse retorno deverá minimamente cobrir o custo de capital. Nesse sentido, há diversas técnicas de análise de investimento que podem ser utilizadas utilizad as para m edir a viabilidade viabilidad e de um investiment investimento. o. Dentre elas, a mais utilizada e difundida consiste, basica mente, mente, em descontar um fluxo de caixa caix a esperado, trazendo todos os valore s ao tempo presente. presente. Ass A ssin in a le a alte al tern rnaa tiva ti va que qu e corr co rres espo pon n de à técn té cnica ica de a n á lise de investimentos retratada no conceito apresentado anteriormente: a) Valor Presente Líquido Líqu ido (VPL). (VPL). b) Taxa Básica de Juros. c) Valor Adicionado Adicio nado.. d) Valor Abrangente. e) Método Métod o de Custeio Direto. Direto.
Saiba mais Se você deseja aprofundar seus conhecimentos sobre análise de investimentos, consulte: C l e m e n t e , A.; S o u z a , A.
Decisões financeiras e análise de
investimentos. São Paulo: Atlas, 2008. C l e m e n t e , A.; S o u z a , A.
Gestão de custos. São Paulo: Atlas, 2007.
z
competitivo, é necessário 7 um mercado cada vez m ais competitivo, compreender com profundidade todas as ferramentas dispo
níveis para que as organizações se tornem perenes e susten táveis. Nesse sentido, cada vez mais as empresas procuram aprofundar suas tecnologias e suas estruturas em busca da flexibilidade na gestão e na execução dos planos estratégicos. estratégicos. Tal desejo torna deliberada e urgente a busca por conhe cimentos que possibilitem não apenas "sair na frente", mas também estabelecer uma possibilidade de vantagem compe titiva "permanente". Nesse contexto, a compreensão dos principais conceitos e práticas de finanças corporativas surge como um diferen cial, pois é comum a aplicação equivocada de conceitos e ferramentas, implicando, desse modo, perda de efetividade da aplicação dos recursos de uma empresa.
Assim As sim,, o alinh al inham ament entoo entre os anseio an seioss organ or ganiza izacio ciona nais, is, suas sua s estratégias e decisões financeiras deve ocorrer em sua pleni tude, de modo a promover a percepção real de perenidade e sustentabilidade organizacional, contemplada pela análise qualificada dos valore s gerados e aplicados pela empresa, pre conizando as fundamentações teórica e prática das decisões financeiras, financeiras, pautadas em princípios e valores essenciais a qual qu al quer organização. Embora a área financeira esteja pautada por questões apa rentemen rente mente te simples sim ples,, tais tai s como MQual Qu al é o retorno reto rno de d e deter det er minado investimento?" ou "Qual é o risco em investir?", sua prática é de extrema complexidade. Isso ocorre, em geral, em virt vi rtu u d e da falta fal ta de crític crí ticas as po porr par p arte te dos gestor ges tores, es, que muita mu itass veze ve zess não ques qu estio tiona nam m se as base ba sess técni té cnica cass e m orai or aiss fund fu ndan an-tes da gestão financeira e, principalmente, se os métodos de análise aná lise adotados correspondem à fon fonte te de informa informação ção para pa ra o objetivo pretendido, seja investir em mercado de capitais, seja investir em ativos reais. reais. Por fim, o alinhamento técnico das definições basilares, os princípios contábeis, o pleno entendimento da estrutura das demonstrações financeiras e suas respectivas formas de análise, além da análise an álise de investimentos sob a ótica ótica de retorno retorno e risco, risco, demonstrados demo nstrados no presente presente livro, pod em ser considera dos os fatores essenciais para uma gestão financeira tecnica mente mente efetiva, moralmente adequada adequ ada e, em especial, pau tada em valores, cujo principal objetivo seja proporcionar a uma empresa e a todos todos os seus stakeholders a perenidade e a susten tabilidade financeira que tanto tanto desejam. desejam.
E. G.; C r u z , J. A . W.; W.; M u g n a i n i , A. Análise das demonstrações financeira fi nanceiras: s: teoria e prática. Curitiba: Juruá, 2012.
A n d r i c h ,
E. G.; C r u z , J. A . W.; W.; S c h i e r , C. U. C . d a . Contabilidade introdutória descomplicada. 5. ed. Curitiba: Juruá, 2012.
A n d r i c h ,
P.; B a l e s t r i n , A. A perspectiva dos custos custos de de transaç transação ão na formação de redes de cooperação. Revista de Administração de Empresas Eletrônica, v. v. 6, 6, n. n. 1, art. art. 7, 7, jan./j jan./jun un.. 200 2007. Disponível em:
. >. Acesso em: 3 set. 2014.
A r b a g e , A.
A s s a f N e t o , A.
Estrutura e análise de balanços: um enfoque
econômico-financeiro. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2008. B r a s i l . Lei
n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 dez. 1976. Disponível em: . planalt0.g0v.br/ccivil_03/leis/l6404c0ns0l.htm >. Acesso em: 3 set. 2014. B r a s i l . Ministério
da Fazenda. Receita Federal do Brasil. Juros sobre o capital social (remuneração do capital próprio). Disponível em: . pergresp2005/pr454a459.htm >. Acesso em: 2 set. 2013.
B r a s i l . Ministério Ministér io
da Fazenda. Receita Receita Federal do Brasil. Lei n. 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 28 dez. 2007. Disponível em: . planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm >. Acesso em: 3 set. 2014.
____ . Lei n. 11.941, de 27 de maio de 2009. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 28 maio. 2009. Disponível em: . Acesso em em: 3 set. set. 2014. 2014. C a m a r g o , C.
Análise de investimentos e demonstrativos financeiros.
Curitiba: Ibpex, 2008. C a r v a l h o J. L. C. C. de; Ozon,
R. T. Análise das transações e das
estruturas de governança na cadeia do feijão da região de União da Vitória (PR). In: C o n g r e s s o d a S o c ie ie d a d e B r a s i l e i r a d e E co co n o m i a , A d m i n i s t r a ç ã o
e
Sociologia Rural, 42., 2004, Cuiabá. Anais...
C u i a b á : S o b e r , 20 20 04 0 4 . D i s p o n í v e l e m : . A c e s s o e m : 1 6 s e t . 2 0 1 3 .
CFC - Conselho Conselh o Federal de Contabilidade. Resolução Resoluç ão n. n. 750, 750, de 29 de dezembro de 1993. Diário Oficial da União, Brasíli Brasília, a, DF, DF, i Qjan. 1994. Disponível em: . >. Acesso em: 3 set. 2014.
____ . Resolução n. 1.282, de 28 de maio de 2010. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2 jun. 2010. Disponível em: . htm+&cd=i&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br >. Acesso em: 3 set. 2014. ____ . Resolução n. 1.376, de 8 de dezembro de 2011. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 dez. 2011. Disponível em: >. Acesso em em: 3 set. set. 2014. 2014. C l e m e n t e , A.; S o u z a , A.
Decisões financeiras e análise de
investimentos. S ã o Paulo: Atlas, 2008.
____ . Gestão de custos. São Paulo: Atlas, 2007.
- Comitê de de Pronunciamentos Contábeis. Contábeis. IASB: IAS i Parecer Técnico n. 26: Apresentação das Demonstrações Contábeis. 2011. Disponível em: >. Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=57 Acesso em em: 3 ago. ago. 2014. 2014. Cpc
E l d e r , A.
Como se transformar em um operador e investidor de
sucesso: entenda a psicologia do mercado financeiro, técnicas
poderosas de negociação, gestão lucrativa de investimentos. Rio de Janeiro: Janeiro: Elsevier, Elsevier, 200 2004. J.; P o n d é , J. L.; P o s s a s , F a g u n d e s , J.;
M. Custos de transação e políticas conom ia Cont on t empor emp orâ ânea de defesa da concorrência. Economia , Rio de Janeiro> n. 2, p. 115-135,1997.
H. F. Oliver Williamson e a construção retórica da economia dos custos de transação. In: G a l a , P. J. P.; R e g o , J. A história do pensamento econômico como teoria e retórica. São Paulo: Editora 34, 2003. F e r n á n d e z , R . G .;.; P e s s a l i ,
G. N. A contribuição da contabilidade gerencial para as
Frazzetto,
tomadas de decisões de uma empresa do setor metalúrgico da região de Criciúma/SC. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em
Ciências Ciência s Contábe Contábeis) is) - Universi Un iversidade dade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, 2011. Disponível em: . pdf?sequence=i >. Acesso em: 20 mai. 2014. Goleman,
D. et al. Finanças e contabilidade. São Paulo: Campus,
2009. M. Investimentos: como administrar melhor seu dinheiro. São Paulo: Fundamento Educacional, 2007.
H a l fe fe l d ,
Iudícibus,
S. de. Análise de balanços.
Iudícibus,
S. de et al. Manual de contabilidade societária. São Paulo:
10.
ed. São Paulo: Atlas, 2013.
Atlas, Atlas, 2 0 1 0 . L i m a , L . A. O. O. Auge e declínio declínio da hipótes hipótesee dos merca mercados dos efic eficien ientes tes..
v. 23, 23, n. 4, 4, p. p. 28-4 28-422, out./ out./de dez. z. 20 2003. Revista de Economia Política, v. Disponível em: . >. Acesso em: 3 set. 2014. L o b ã o , J. F. F.
Finanças comportame c omportamentais: ntais: quando a economia encontra
a psicologia. Lisboa: Conjuntura Actual, 2012.
- The Official Officia l Web Web Site Site of the Nobel Prize. 2014. Disponível em: . >. Acesso em: 3 set. 2013. N
o b el el
Pr
iz e
M. R. G. As hipóteses dos mercados eficientes. São Paulo: Atlas, Atlas, 200 2009. Ol
iv e ir a
,
M. S. Utilização do EVA como ferramenta de gestão: um caso prático de implementação no setor de construção pesada. Monografia Monografia (Graduação em Administração) Administr ação) - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, 2002. Disponível em: . >. Acesso em: 20 maio 2014. Pa n c h e r ,
SÁ, G. T. de. Administração de investimentos: teoria de carteiras e gerenciamento do risco. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999. S o u z a , A.; C l e m e n t e , A.
Decisões financeiras e análise de
investimentos: fundamentos, técnicas e aplicações. 6. ed. São Paulo:
Atlas, Atlas, 200 2008.
Capítulo 1 Questões para revisão 1.
Propor Pro porção ção de capital capita l de terceiros terc eiros = W i = 4.000 4.000 / 16.000 16.000 = 25% Proporção de capital próprio = W2 = 12.000 / 16.000 = 75% Ki = Despesas Financeiras / Passivo Oneroso = 300 / 4.000 = 7/5% CMPC = Wi • Ki • W2 • Ke = (0,25 • 7,5%) + (0,75 • 16%)
CMPC = 1,8% + 12,0% = 13,8% 2. Recursos Rec ursos dos sócios e dos acionistas, acionistas, reservas reserva s de de capitais, capitais, reservas de lucros e vendas de ativos. 3. V - F - F - F - V 4. b 5. 5 - 2 - 1 - 3 - 4
Capítulo 2 Questões para revisão 1. Para os diversos diverso s usuários usu ários das informações informaçõ es contábeis contábeis (governo, bancos, investidores, fornecedores, clientes, funcionários, entre outros), é de vital importância que os relatórios sejam elaborados sempre de acordo com o mesmo padrão. A uniformização dos procedimentos permite a comparação entre as várias empresas e garante o cumprimento da legislação fiscal e a fidedignidade das informações econômico-financeiras e patrimoniais divulgadas. Além disso, disso, a produção produção de dados padroni zados permite que análises de longos períodos sejam realizadas sem distorções. Por isso, é importante que mudanças de critérios, quando significativas, sejam registradas com destaque em notas explicativas. 2. O princípio da prudência prudên cia deve ser observado observa do quando o contabilista precisa escolher, entre duas alternativas legais de lançamento, ambas com efeito direto sobre o patrimônio, aquela que resulte em maior valo r para o Ati A tivo vo e meno m enorr valo va lorr para pa ra o Pass P assivo ivo.. 3- a 4. a 5- e
Capítulo 3 Questões para revisão 1.
Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), Demonstração do Resultado Abra Ab rang ngen ente te (DRA), Demo De mons nstra tração ção das da s Mutaç Mu taçõe õess do Patrimônio Líquido (DMPL), Demonstração dos Fluxos de Caixa Ca ixa (DFC (DFC), ), notas notas explicativas, D emonstração do Valor Valo r Adi A dicio ciona nado do (DVA (DVA). ).
2. Objetiva mostrar o resultado da empresa emp resa após o encer ramento de cada exercício. Dessa forma, a DRE agrupa somente as contas de resultado, demonstrando, por meio de sua estrutura, o lucro ou o prejuízo do exercício. 3. a 4. b 5- c
Capítulo 4 Questões para revisão 1.
Empre Em presa sa A: LC = 60.00 60.000, 0,00 00 / 55.000 55.000,00 ,00 = R $ 1,09 Empresa B: LC = 44.000,00 / 50.000,00 = R$ 0,88 Empresa C: LC = 57.000,00 / 22.000,00 = R$ 2,59 Empresa D: LC = 47.000,00 / 47.000,00 = R$ 1,00 A empr em presa esa B é a que apres ap resen ento tou u menor men or índice índ ice de liquidez corrente. Portanto, em teoria, é a que mais chances tem de descumprir suas obrigações de curto
prazo. 2. GE = Exigível Exig ível Total Total / Patrimônio Líquido GE = 18.000,00 / 10.200,00 GE = R$ 1,76 3. V - F - V - V - V 4. CM V = EI + C - EF C M V = 4.000,00 4.000,00 + 13.000,00 - 7.00 7.000,0 0,000 CMV = 10.000,00 Resposta correta: d 5. RE = (média de estoque esto quess • 30 dias) / custo das mercad mer cado o rias vendidas RE = {[(98.000 + 115.000) / 2] • 30} / 144.000 RE = 22,18 ou 22 dias Resposta correta: correta: b
Capítulo 5 Questões para revisão i.
Para identificar a equação equaç ão do índice índic e Benefício/Custo (IBC) (IBC) e seus elementos, observe, a seguir, o estudo de caso: Com um IBC de R$ 1,21, ou 21% de benefício ao final do período integral do projeto, projeto, a empresa Verdão decidiu fazer a comparação do retorno do projeto com a Taxa Mínima de Atratividade (TMA) estabelecida (12% a.a.). Para isso, tornou-se necessário calcular o Roia. Fórmula:
Roia = IBC = 1 (1 + ip )N Itens da fórmula:
IBC = R$ 1,21 1,2 1 N = 2 anos Calculando: Manual
Pela HP12C
1,21 = 1 (1 +
1; CHS; PV; 2; N; 1,21; FV; 0; PMT; i; = 0,10
ip)2 ip = RAIZ (i,2i)2—1 ip = 1,10 - 1 ip = 0,10 ou 10%
TAXA X^ X ^ f* f* =TAXA(2 í; í;-1;89) B C E F 0 : A 1 jPERÍODOVALOR F 2 0 -14000 TAVA ..... _ . . 3 10000 ! Nper \l 4 2 10000 Pgto j 5 vp vp j-i 6 VP 16.900,51 [ 7 VPL Vf |0 9| 2.900,51 51 ! 8 V Pia í 1.716, 23i I Tipo | m .....
9 10 11
isc
1
H
............. ...... ..................... .............................
.....
.......................
...
J .
.
......... .......
K ..... .
.............
'jj - 2 - número âá - *i &
«
5 sl sl "
±
J
1,21 1,21
f«imero
^
|
--------
j !
-
.............
0,1 Retorna a taxa t axa de juros por período emumenxxéstímo ou investimento. investimento. Por exemplo, exemplo, use 6%/4 para pagamentos trimestrais a uma taxa de 6% TPA. TPA.
Vf últim é o valor futuro, ou um saldo emdinheiro emdinheiro que se deseja dese ja atingir após o último pagamento pagamento ter sido efetuado. Quando Quando não especificado, utf ca
12 13
V f - 0 .
14
15
G
Resultado da fórmula ■ 0,1
16 17
I
|
Cancelar
|
Analisando:
Com base no IBC de R$ 1,21, percebe-se uma rentabi lidade real de 20,72% após dois anos de projeto, o que eqüivale a um Roia de 10% a.a., além da TMA (12% a.a.). IBC = 1,21
2. O risco de gestão está diretamente diretam ente associado assoc iado ao ao grau gra u de conhecimento conhecimento e de competência competência do grup gr upoo gestor em projetos similares. Nesse sentido, vale ressaltar que o conhecimento e a experiência acumulados sobre o processo produtivo e o de comercialização, os canais de distribuição e, principalmente, a condução de nego ciações auxiliam na gestão do empreendimento em períodos desfavoráveis. As competências e habilidades sugeridas na presente análise são inferidas na escala de o a 1, por meio da coleta de opiniões de especialistas. 3. e 4. a 5. a
'£s
'tyfr
Emir Guimarães Andrich
Mestre em Educação pela Universidade Federal do Paraná UFPR (2005) e graduado em Ciências Contábeis pelo Centro Un iversitário iversitá rio Franciscano Fran ciscano do Paraná - Unifae Un ifae (20 (2005), com desempenho acadêmico reconhecido e certificado por essa instituição e pelo Conselho Regional de Contabilidade do Paraná. Já atuou de forma independente na área contábil e como professor de nível superior da rede privada para os cur sos de Administração e Ciências Contábeis. Atualmente tra balha balh a como gestor do segmento varejista. É coautor coautor dos livros Contabilidade introdutória descomplicada, Análise das demonstrações financeiras, Contabilid Contabilidade ade e finanças e Gestão financeira moderna.
Também tem formação na área de Ciências Humanas, tendo concluído pela UFPR os cursos de graduação em História (1995) e de especialização em Sociologia Política (2004). Nessa área, atuou também como pesquisador, publicando em coautoria pelo Inep-MEC, no ano de 2006, o Censo da Educação Superior do Paraná.
Rene Rene Guimarães Guim arães Andrich
Mestre em Administração pela Pontifícia Universidade Católica Católica do Paraná - PUCPR, pós-graduad pó s-graduadoo em Controladoria pela Fundação Getulio Vargas - FG FGV, V, graduado em Ciências Contábeis pela Unifae Centro Universitário. Tem vasta expe riência na área de auditoria e é profissional certificado com o Certified Internai Auditor - CIA, CIA , o Certification Certification in Control Self-Assessment Self-Assessment - CC CCSA SA e o Certificat Certification ion in Risk Management Assu As sura ranc ncee - CRM CR M A. Atualm Atu almente ente gerencia gerenc ia na região regiã o da Améric Am éricaa Latina a área de Auditoria Interna de multinacional sueca. É membro do Conselho de Administração do Instituto dos Audit Au ditor ores es Inter I nternos nos do Brasi Br asill - IIA II A Brasil B rasil.. Fun F undo dou u e atual at ualmen mente te coordena o Grupo de Auditores Internos Internos do Paraná - Gaip. É professor das disciplinas de Auditoria, Riscos, Governança Corporativa e Controladoria e palestrante habitual em semi nários, conferências e congressos. June Alisson Westarb Cruz
Doutor em Administração Estratégica pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR, mestre em Ad A d m inis in istr traç açãã o Estr Es trat atég égic icaa p ela el a PUC PU C P R , p ó s -gra -g rad d u ad o em Contabilidade Contabilidade e Finanças pela Universidade Federal do Paraná UFPR, pós-graduado (extensão) em Docência Universitária pela Fundação Fundação Getulio Vargas - FGV e graduado em Ciências Ciências Contábeis pela Unifae Centro Universitário. Ex-oficial de Intendência do Exército Brasileiro, atualmente exerce os cargos de professor do Programa de Mestrado e Doutorado em Administração (PPAD) e do Mestrado Profissional em Cooperativas (PPGCOOP) da PUCPR. É também gestor de Planejamento, Controle e Projetos da Rede Marista de Solidariedade. É autor dos livros Análise de dem demon onstr straçõ ações es finan fin an ceiras, Contabilidade introdutória descomplicada, Contabilidade e finanças, A união união faz a força, Tribut Tributos os no Brasil, Incrementando Incrementando a estratégia: uma abordagem do Balanced Scorecard, Gestão de
custos custos:: perspectivas pers pectivas efuncionalidad func ionalidades, es, Formação Formação de preço de vendas, Planejamento estratégico orçamentário, Planejamento orçamentário na Administração Pública, Gestão financeira e Finanças pessoais,
bem como organizador da obra Redes sociais e organizacionais. Roberto Roberto Ari Ari Guindan Gu indanii
Graduado em Adm inistração de Empresas pela Universidade do Oeste de Santa Cata rina - Unoesc (2001 2001), ), mestre em Ad A d m inis in istr traç ação ão pela pe la U nive ni vers rsid idad adee Fed F eder eral al de Santa San ta C atar at arin inaa UFSC (2004) e doutor em Energia na Agricultura pela Universidade Univers idade Estadual Estadua l Paulista - Unesp (2009). Atualmente Atualm ente é professor da Instituto Instituto Federal do Paraná - IFPR e do Programa de Mestrado em Governança e Sustentabilidade do Instituto Superior Supe rior de Ad m inistraçã o e Economia - Isae. Isae. E autor autor dos Administração e plan planejam ejamento ento estr estrat atég égico ico,, Finanças Finanças pesso pessoai ais, s, livros Administração Planejamento estratégico orçamentário, Incrementando a estratégia: uma abordagem de Balanced Scorecard, bem como organizador
das obras Coletânea ambiental: ferramentas e cases sustentáveis e Gestão ambiental no agronegócio.
Diante úe um mercaflo c a d a u e z m a i s a g re s s iu D G de OBman OBmandaS daS SDCiaiS cada uez ma is com nien as, o e n t e o d i m e n t o d n s métodos, d a s teorias e d a s técnicas r e i a c i n n a d n s à s finanças corporatiuas t o r n a - s e u m i m p o r t a n t e d i fe r e n c ia l competitiuo. considerando esse contento, o e s t a o u ra o s a u t o r e s a d o r d a m conceitos ohjetiuos e práticos a c e r c a d a s t i n a n c a s corporatiuas, além de ena m ioar o s p r i o c í p i o s e a s te o r i a s q oe e m o a s a m os p r o c e ss o s financeiros.
^ 8 * intersaberes