Fich Ficham amen ento to Texto exto 5 Maté Matéri ria: a: Meto Metodo dolog logia ia II Data: Data: 19-0919-09-201 2011 1 Texto: T. Bezerra de Meneses, Ulpiano – A história, cativa da memória? Palavras-Chave: Memória, História, Nacional, Ideologia, Coletiva, Social •
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A emergência emergência de uma consciência voltada a preservação da memória é salutar pois facilita o acesso ao conhecimento de fenômenos relevantes à análise da apreensão histórica É necessário depurar a memória de uma série de traços que lhe são vulgarmente atribuídos 5 problemas-chave: 1-) a resgatabilidade da memória, 2-) o peso do passado, 3-) a memória indivisível, 4-) a marginalização do esquecimento e 5-) a administração da memória Para Ulpiano a memória é um processo permanente de construção e reconstrução, é um trabalho, e tem um caráter fluido e mutável A memória comporta contínuas reestruturações de eventos passados, devido as contingências do presente se integrarem às dimensões dessa narrativa Portanto, ela é composta de uma heterogeneidade heterogeneidade que torna seu resgate (problema 1) praticamente impossível impossível A memória, sendo um processo subordinado à dinâmica social torna impossível a ideia de construção de um passado por meio dela, ou de um “armazém” do passado Limite do compromisso da memória com o presente está na memória hábito de Bergson O objeto toma novo se tido, se recicla, ao ser recuperado na contemporaneidade: “O presente pode inverter radicalmente o valor original de um objeto objeto passado” A memória não dá conta do passado, por ele ter múltiplas dimensões e desdobramentos Somente a história e a consciência histórica podem introduzir a necessária descontinuidade entre passado e presente – O passado é um país estrangeiro de David Lowenthal Ação do presente na memória(“A memória é filha do presente”): expansão da memória no campo da cultura material, coleções e museus: levará a um acumulo oneroso de documentação, documentação, devido ao descompromisso com qualquer problemática delineada nessas pesquisas: reflete o que o presente presente considera como como memória Memória compartilhada(condividida): compartilhada(condividida): interessa as ciências sociais pois apresenta a interação social da memória Memória coletiva: sustenta redes de inter-relações estruturadas, assegurando a essas coesão e solidariedade, sendo relevante nas épocas de crise e, para se manter, necessita ser reavivada constantemente Memória nacional: criada principalmente pelo estado e pelas camadas dominantes. É ideológica: busca unificar e harmonizar a sociedade, suprimindo o conflito. “É o caldo da cultura, para a formulação das ideologias e da identidade nacional” Falta de estudos do fenômeno de apropriação da memória alheia: esse problema de apropriação da memória individual transforma-se num dos aspectos críticos do domínio do patrimônio cultural A memória se instala em situações que são narráveis e em que a contingência material seja compensada pela invenção da narrativa A memória depende do mecanismo de descarte, do esquecimento Falta de estudos sobre a amnésia social(a memória esquecida): é expulsa pela dinâmica social, sendo vítima do processo de retificação Escola de Frankfurt, legado: crítica à memória oficial(nacional) Memória “damnatio”: frequentemente utilizada pelos regimes totalitários para “apagar” a memória do passado, que ameace o equilíbrio e a harmonização da sociedade Ocultações e dissimulações: exemplo do modernismo, movimentos vanguardistas em geral “Dicibilidade” da memória: a conveniência de certas rememorações – Michael Pollak: analisa as dificuldades e bloqueios, o valor das lembranças compartilhadas e das remediadas Risco da retificação da memória: acaba reduzindo-a a certos vetores objetivos apenas
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Problema: ausência de estudos dos suportes da memória sistematicamente Suportes da memória: a linguagem, o corpo, as cerimônias, os objetos e etc.. Impossibilidade de analisar tais fenômenos apenas instrumentalmente, pois eles correspondem a mudanças substantivas e generalizadas da memória Sem a investigação dos agentes ativos e passivos da memória e seus papéis sociais o estudo da memória fica debilitado Somente a antropologia, para Ulpiano, preocupou-se com o estudo desses agentes P. Nora(visão cética): o lugar da memória é um conceito capaz de amplo alcance operacional, pois pode articular as práticas, os agentes e os referenciais e os conteúdos da memória. Nora diz que a nossa sociedade forja os lugares da memória porque já não existem mais os meios onde ela era vivenciada a-) Fetichização da memória a transforma em instrumento de legitimação e em mercadoria b-) Emergência de uma consciência política como resposta a alienação provocada pela expropriação da memória Diferença entre memória e história: 1-) Memória: é a formação de imagem necessária para a identidade individual, coletiva e nacional. 2-) História: é forma intelectual de conhecimento, uma operação cognitiva O estudo da memória deve, para o autor, ser conduzido no domínio das representações sociais As condições atuais de gestão da memória contaminaram a história, portanto é necessário fixar balizas claras para evitar a substituição da história pela memória: A memória deve ser tratada como objeto da história