LÉVI-STRAU LÉVI-STRAUSS, SS, C. Antropologia Estrutural. Tradução de Beatriz Perrone-Moisés. São Pauo! Cosa" #ai$%, &''(. Prefácio
)*,)! +Léi-Strauss "o "erteza não é o rieiro, ne o /ni"o, a su0in1ar o "ar2ter estrutura dos $en3enos so"iais, as sua ori4inaidade este e ser o rieiro a ear isso a sério e da5 tirar, iertur0aeente, todas as "onse6u7n"ias.8 ) Capítulo 1 – História e Etnologia
)9,)! :. :auser ;)<'*= e >. Siiand ;)<'*= e?usera os rin"iais ontos 6ue di$eren"ia a So"ioo4ia da :ist@ria! a rieira ossui u étodo "oaratio, a se4unda u $un"iona. ;)9,&= esde então ode-se dizer 6ue a :ist@ria se antee no ro4raa e tee ro0eas de rin"5io e étodo "oo resoidos. 2 a So"ioo4ia $ores"eu! roduziu-se diersos te?tos so0r so0ree éto étodo do e des" des"riç riçe es, s, ;)(, ;)(,'= '= as as se sere re D "ust "ustaa de ua ua ne4a ne4açã çãoo er erét étua ua da see1ança "o o étodo 1ist@ri"o. )(,&! Mas antes é ne"ess2rio de$inir so0re o 6ue $aareos E dei?eos o tero +so"ioo4ia8 de ado, otando or +etno4ra$ia8 e +etnoo4ia8. Etnografia ! o0seração e an2ise de 4ruos 1uanos toados e sua ese"i$i"idade ;)<,'= isando a restituição de seu odo de ida. Etnologia ! "oara os do"uentos roduzidos ea etno4ra$ia E o 6ue e a5ses an4o-
sa? sa?es es se "1a "1aar aria ia de antropologia antropologia social ;estudo das instituiçes "onsideradas "oo siste sisteas as de reres reresent entaçã ação= o= e antropologia antropologia cultural ;estudo das té"ni"as "onsideradas a seriço da ida so"ia=. Fn6uanto esses estudos não atin4ire u onto onde é oss5e te"er "on"use "on"usess uniersai uniersais, s, "oo 0us"aa 0us"aa urG1ei urG1ei e Siiand, Siiand, não odeos "1aar esse estudo de So"ioo4ia. )<,)! H ro0ea entre as "i7n"ias etno@4i"as e a 1ist@ria é 6ue ou eas toa "oo o0eto os $en3enos e sua orde no teo, de odo 6ue não se "onse4ue tratar da 1ist@ria, ou tra0a1a "o os 1istoriadores, e assi erde a diensão do teo. Etnologia ! se tenta re"onstituir u assado 6ue não se ode atin4ir, Etnografia ! $azer a 1ist@ria de u resente ;&','= se assado. I
) PHUILLH#, . LJHFure de Caude Léi-Strauss. In! Les Temps Modernes, Paris, n. )&K, . )( ;)'-)9*=, )<K.
&',)! Eolucionismo ! sendo a so"iedade o"identa é a e?ressão ais aançada da eoução das so"iedades 1uanas, os outros 4ruos +riitios8 são +so0reientes8 do ro"esso de eoução. Ao "assi$i"aros esses 4ruos, odeos ter ua noção das etaas de eoução até o n5e da Furoa Moderna. Fntretanto, a es"o1a do "ritério de$ine a série. F.4., en6uanto os es6ui@s são @tios té"ni"os, os austraianos são éssios, as 0ons e etnoo4ia 6ua eouiu aisN H neoeolucionismo de Lesie O1ite ;)<*, )<, )<9=, 6ue "assi$i"a as so"iedades or n5e édio de ener4ia dison5e or "ada e0ro, tenta ai"ar u idea o"identa de u er5odo ese"5$i"o a so"iedades onde ;&),'= ne se sa0e "oo aaiar esse "ritério ou ee de nada iorta ai. &),)! H r@?io asso seria re"ortar eeentos isoados e esta0ee"er reaçes de $iiação e di$eren"iação ro4ressias entre eeentos do eso tio e "uturas di$erentes. ;&),&= U ar"o e $e"1a ou a or4anização de u n/ero e dezenas, or e?eo, te de ser estudados e sua distri0uição esa"ia da esa $ora 6ue os 0i@o4os estuda a disersão de aniais no esaço ;T%or )(9), . )! 9=. ;&),*= Fntretanto, isso ea e "onta a rerodução! u "aao ai reroduzir u "aao, 6ue durante u teo ode 4erar duas ou ais esé"ies di$erentes 6ue ossue u eso an"estra. Fntretanto, u ar"o e $e"1a não se reroduz e outro ar"o e $e"1a id7nti"o a ee. !ois instrumentos diferentes mas de forma semel"ante sempre possuem entre si uma descontinuidade radical# pois um n$o proem do outro# mas de outro sistema de representa%$o . U atar de ua "utura ode ser usado ara
r2ti"as totaente di$erentes do atar de outra "utura eQou or otios di$erentes. &&,&! Assi, se T%or ;)(K! *= a$ira 6ue ao se o0serar 2rias ezes u eeento i4ado ao outro, "oo u 5ã se i4a ao eta, não é ne"ess2rio sa0er da 1ist@ria deta1ada dee ara dizer 6ue sua i4ação re"orrente esta0ee"e ua re4ra. ;&&,*= Fntretanto, os etn@o4os não te "erteza 6uanto o 6ue deterina a4u $en3eno, ne se é oss5e a$irar 6ue a4o 6ue se aresenta suer$i"iaente "oo 5ã é de $ato u 5ã. #esse onto a 1ist@ria deta1ada diinui as d/idas 6uanto a isso. Toeos o e?eo do tote! se esta0ee"eros ua ei eoutia 6ue te "oo $ina u tote "o ;&*,'= todas as "ara"ter5sti"as, tais "asos seria ese"iais e deasia ara "on"e0ere ua ei 4era da eoução rei4iosa e sem a "istória detal"ada de cada elemento & impossíel di'er se todos os elementos ali presentes s$o "eran%as de um estilo anterior ou inoa%(es )ue correspondem a uma tend*ncia "umana geral E "oo a tend7n"ia 1uana de "on"e0er so0 $ora de 4ruos "onuntos 6ue
"oe seu unierso ;"$. urG1ei e Mauss )<')-)<'&=.
&*,)! 2 os difusionistas oera de aneira di$erente! toa eeentos ese"5$i"os de diersos indi5duos 1ist@ri"os
deineados
or
"oaratistas
ara "oor u
seudoindi5duo, usti$i"ando isso atraés de i4açes esa"iais e teorais entre esses eeentos. Fssas "oosiçes 1iotéti"as, entretanto, nun"a serão "orro0oradas or testeun1os. ;&,'= A4o isto nos tra0a1os de Loie ;)<)*=, Sier ;)<&)= e roe0er ;)<)=. Tudo 0e $oruar 1i@teses, as estudos assi n$o nos di'em nada so+re os processos conscientes e inconscientes# tradu'idos em e,peri*ncias concretas atra&s dos )uais os "omens adotaram uma institui%$o , sea or inenção, trans$oração ou adoção.
Fssa 0us"a é u dos o0etios da etno4ra$ia, assi "oo da 1ist@ria. &,&! Boas ;)<*K! )*9-)= ua ez aditiu 6ue o 6ue os so"i@o4os $aze ode ser reduzidas a ua re"onstrução, in"usie so0re a 1ist@ria dos oos riitios. uando 1e $oi er4untado so0re a 1ist@ria da trans$oração de seu o0eto de estudo, ;&,'= ee resondeu 6ue não 1aia dados ara e?i"ar ou traçar as trans$oraçes 1ist@ri"as. Re"on1e"idas essas iitaçes, é oss5e esta0ee"er u étodo iniaente e$i"az! o estudo detal"ado dos costumes e de seu lugar na cultura glo+al de uma tri+o# -unto com sua distri+ui%$o espacial nas tri+os i'in"as# nos permite determinar causas "istóricas )ue condu'iram . sua forma%$o e os processos psí)uicos )ue os tornaram possíeis ;id. )<(KW in )<'!
&9K=. ;&,)= Fssa es6uisa dee de deterinar ua 2rea e6uena e "o $ronteiras 0e de$inidas, e não e?trao2-a. Isso eita 6ue i4ueos instituiçes e r2ti"as an2o4as de tri0os distantes e deasia ua da outra. F ua e6uena 2rea é ais $2"i identi$i"ar $en3enos 6ue, "oo u todo, dão aior ro0a0iidade de se traçar o "ontato e a assa4e de "ertos eeentos atraés do teo. &9,)! Para /oas, e etnoo4ia, +as roas da udança s@ ode ser o0tidas or étodos indiretos8, ou sea, assi "oo a $ioo4ia "oarada, as mudan%as etnológicas só podem ser perce+idas ao estudarmos fen0menos estáticos e sua distri+ui%$o ;)<&'! *))-&&=.
;&9,)= Fntretanto, é ne"ess2rio re"on1e"er o "ar2ter arado?a de seu ensaento. Sendo $orado e 4eo4ra$ia e $5si"a, ee sere de$ine ara suas es6uisas etno@4i"as ;&(,'= u o0eto "ient5$i"o e u a"an"e uniersa, ee 0us"aa + determinar as rela%(es entre o mundo o+-etio e o mundo su+-etio do "omem e como ele parece em sociedades diferentes 8 ;Benedi"t )<*! &9=. U dos aiores ro0eas en"ontrados or Boas nessa
0us"a era a in$inita diersidade de ro"essos 1ist@ri"os eos 6uais o 1oe se "onstitui.
Lo4o o "on1e"iento dos $atos so"iais s@ ode ser "on1e"ido atraés da 1ist@ria do oo, a4o 6ue na aioria das ezes é ioss5e de se $azer. &<,)! Assi, 12 a6uees 6ue tenta diminuir a rigorosidade de /oas em rela%$o aos materiais )ue poderiam ser usados para estudar a "istória de um poo ;roe0er )<*!
*<-K<= e a6uees, "oo os da es"oa de MainosGi, 6ue de"ide a0andonar de ez as tentatias de se $azer ua re"onstituição 1ist@ri"a. Fstes /tios assue 6ue o estudo aprofundado# no presente# da "utura, des"reendo instituiçes e reaçes $un"ionais, e os
ro"essos dinXi"os eos 6uais "ada indi5duo a4e e sua r@ria "utura e o inerso pode ad)uirir sentido sem o con"ecimento "istórico do surgimento das formas atuais ;Boas
)<*K=. II
*',)! rgani'a%$o dualista ! estrutura so"ia "ara"teriza ea diisão do 4ruo so"ia e duas etades, "o seus e0ros assuindo reaçes de ro?iidade ou 1ostiidade E 4eraente ua istura dos dois. Fssas etades t7 di$erentes resonsa0iidades ;o5ti"as, rei4iosas, esortias, et".= e di$erentes re6uisitos de $iiação ;4eraente aterna=. F ua so"iedade ode 1aer diersas etades "o $unçes di$erentes, 6ue se entre"orta e se so0ree. *',&! #o ra"io"5nio eou"ionista, ea seria ua etaa da eoução da so"iedade. Para roar isso, deer-se-ia en"ontrar instituiçes 6ue indi6ue 1eranças dessa or4anização na atuaidade, o"aizando-a e u onto no assado 6ue seria ioss5e de roar. #o di$usionista, es"o1er-se-ia ua das etades ;4eraente a ais ri"a e ais "oe?a= ;*),'= e ea seria ro"urada onde ais est2 "ara sua resença, sendo todas as outras $oras dessa or4anização deriados dessa. Em am+os os casos# se escol"e uma das partes ar+itrariamente e dela se fa' deriar todos os outros casos .
*),)! eer5aos, então, tratar de "ada "aso e sua indiiduaidadeN Ver5aos 6ue as funções
atri0u5das a "ada etade não "oin"ide e 6ue eas teria ori4ens ais diersas
;Loie )<'=. Fntretanto, estar5aos estendendo o ra"io"5nio ara a so"iedade "oo u todo, não aenas suas instituiçes o 6ue uda e nos erite o"aiza-as e sua etaa de eouçãoW. A etno4ra$ia e a etnoo4ia ;*&,'= assaria a ser aenas ua 1ist@ria se do"uentos es"ritos, ener4on1ada de assuir seu noe.
*&,)! Malino2s3i e sua escola# ao ne4are 6ue 6ua6uer 1ist@ria na etnoo4ia não aia a ena de ser estudada, adotara o "onse1o de Boas ;)(<=! ao inés de $azer u estudo etno@4i"o da reação entre instituiçes, "renças e r2ti"as, $az-se 0oa etno4ra$ia, ou sea, estuda-se a reação entre indi5duos e o 4ruo e entre indi5duos dentro do 4ruo. ;**,'= 4ec"a5se para )ual)uer dado "istórico )ue possa estragar a intui%$o do etnólogo )ue ai a campo reali'ar um diálogo atemporal com sua tri+o isando a o+ten%$o de erdades eternas so+re a nature'a e fun%$o das institui%(es sociais .
**,)! Por ais 6ue os e1ores tra0a1os sea a6uees dedi"ados a ua /ni"a "ounidade, 6ue nos iede de reaizar a$iraçes so0re outra, & um erro acreditar )ue nos limitamos unicamente ao momento presente dessa comunidade6 tudo & "istória . ;*,'= Coo
aaiar a iortXn"ia dos aeritios na >rança se "onsiderar o "ostue ediea de se are"iar in1os densos e aroadosN Como aaliar um costume moderno sem nele identificar estígios de formas anteriores N
*,)! H tra0a1o do etn@4ra$o é des"reer as di$erenças 6ue aare"e no odo "oo 4eneraizaçes uniersais se ani$esta nas diersas so"iedades, e o do etn@o4o, de e?i"aas. ;*K,)= Se e2sseos e "onta aenas as 4eneraizaçes, não 12 otios ara estudar, or e?eo, as "eri3nias de "asaento e ua tri0o on45n6ua, ua ez 6ue o 6ue iorta é 6ue eas são e?resses /0i"as e re"on1e"idas "oetiaente do in4resso de dois indi5duos na "ate4oria de +"asados8 ;MainosGi )<*! (-<=. )ue interessa ao etnólogo n$o & a uniersalidade# )ue deeria ser comproada apenas com um estudo minucioso da "istória de )ual)uer institui%$o . Ele trata das diferenças # e se ater apenas .s semel"an%as inutili'a a ci*ncia a )ual se prop(e .
*K,&! A tese de Malino2s3i est2 onti1ada ea ideia de 6ue a o+sera%$o empírica de uma sociedade )ual)uer permite c"egar a motia%(es uniersais . ;*9,)= Ua deas é, or
e?eo, a da a4ia! utiizada e +toda atiidade ou ereendiento iortante, "uo desena"e o 1oe não ode "ontroar8 ;)<&
tro0riandenses, onde er5aos 6ue a $i0ra e4eta te a si0oo4ia da udança de estado ;Boas )<( Yriaue )<*(, )<9=. Hutro e?eo! "oo o deseo natura de todo 1oe e ter u ar s@ seu e de $i1os r@rios, o 6ue e?i"aria a ontade as"uina de se "asar entre os eanésios ;)<&<, . )! ()=, $un"iona se o 1oe re"usa naturaente 6ua6uer resonsa0iidade ea roe, a enos 6ue sea o0ri4ado ea so"iedade ;)<&9! &'=N *<,)! Tais estudos roduze, se4undo Boas ;)<*K=, +re$e?os de nossas r@rias so"iedades8, de nossas "ate4orias e ro0eas, taez ea superestima%$o do funcionalismo# m&todo originalmente "istórico . ;','= Para os etn@o4os, a "oaração ode surir, e "erta
edida, a aus7n"ia de do"uentos es"ritos. III
',)! uais as di$erenças entre o étodo etno4r2$i"o e a 1ist@riaN A$ina de "ontas, a0as estuda so"iedades outras, or ais 6ue o distan"iaento da rieira sea 4eo4r2$i"o e da se4unda teora. uais seus o0etiosN #ão oder5aos dizer 6ue é re"onstituir o 6ue a"onte"eu ou a"onte"e nas so"iedades estudadas, ois a reoução de )9(< não $oi a esa ara u sans-"uote e ara u aristo"rata, assi "oo u estudo etno4r2$i"o não trans$ora o eitor e ind54ena. A /ni"a "oisa 6ue se ode edir de a0as é 6ue e,pandam a e,peri*ncia particular para dimens(es de uma e,peri*ncia mais geral# se tornando# assim# mais acessíel a indiíduos de outros lugares e tempos .
),)! #oraente se diz 6ue 1ist@ria "ure seus o0etios atraés da "r5ti"a de do"uentos de autores ariados, en6uanto 6ue a da etnoo4ia de u s@. Fntretanto, a etno4ra$ia ossui 2rios e?eos de oos estudados or diersos inesti4adores e "o erse"tias 2rias, e os 1istoriadores não se 0aseia e etn@4ra$os aadores, indi5duos a$astados de seus so"iaente de seus o0etos de estudo e 6ue nesse "onte?to es"reera seus do"uentosN #ão estar5aos e1or se :er@doto se reo"uasse "o a o0seração o0etia. &,)! etnógrafo dee col"er os fatos e apresenta5los com rigores semel"antes aos dos "istoriadores . E & deer dos "istoriadores e etnólogos utili'ar esses tra+al"os , o rieiro
6uando as o0seraçes são es"aonadas e u er5odo de teo 6ue o erita. ;&,&= A di$erença não é de o0eto ;a0os ossue a ida so"ia "oo o0etio= ne de o0etio ;a "oreensão do 1oe=, as na dosa4e dos ro"edientos de es6uisa, na es"o1a de erse"tias "oeentares! a "istória tem como dados e,press(es conscientes# en)uanto )ue a etnologia as condi%(es inconscientes da ida social .
*,)! T%or ;)(9), . )!)=, ao de$inir a etnoo4ia "oo o +estudo da "utura ou "iiização8, in"uindo nisso +"on1e"ientos, "renças, artes, ora direito, "ostues e todas as atides ad6uiridas eo 1oe en6uanto e0ro da so"iedade8 se4ue u ou"o nesse "ain1o, ois até 1oe não 0us"aos usti$i"atias ra"ionais ara in/eros "ostues 6ue rati"aos "otidianaente ;odos a esa, estu2rio, 120itos so"iais, et".=. ,)! Ca0e a 4ran' /oas o "rédito da de$inição da nature'a inconsciente dos fen0menos culturais , assi "oo a in4ua4e de a4ué era ra"ionaente des"on1e"ida até 6ue se inentasse ua 4ra2ti"a. Fntretanto, 12 ua di$erença entre a etnoo4ia e a in4u5sti"a! en6uanto 6ue a in4u5sti"a ossui $en3enos 6ue nun"a se torna "ons"ientes, ;,'= a etnoo4ia si, e essa "ons"i7n"ia 4era interetaçes se"und2rias ;Boas )<)), arte )! K9=. ;K,)= Fn6uanto u in4uista ode e?trair a ess7n"ia $onéti"a de ua aara e "oarar "o a ess7n"ia de outras, u etn@o4o não ode retirar a ess7n"ia de ua instituição e "oar2-a "o outras ;Boas )<)), arte )! 9'-9)=. ;9,'= Fntretanto, & o suficiente atingir a estrutura inconsciente do pensamento# )ue imp(es formas e conte7do# com o o+-etio de encontrar um princípio de interpreta%$o álido para outras institui%(es e outros costumes .
9,)! Coo atin4ir essa estrutura in"ons"ienteN 8e tomarmos as estruturas como sincr0nicas# deemos recorrer . "istória9 Ao mostrar como elas mudaram# ela nos permite e,trair uma estrutura su+-acente a m7ltiplas formula%(es )ue permanecem no tempo. ;(,'= Se não 6uiseros esta0ee"er ua an2ise duaista ara edir o
desenoiento de ua so"iedade e onde essa estrutura sur4iu rieira e uni"aente, deemos analisar cada sociedade para encontrar um es)uema 7nico# sempre presente e agindo em lugares e tempos diferentes . :$o poderíamos +uscar um modelo particular da institui%$o;# mas rela%(es de correla%$o e oposi%$o# com d7idas inconscientes# e por isso presentes tam+&m entre a)ueles )ue -amais con"eceram tal institui%$o .
<,'! F todos os "asos de udança dos e0ros de ua so"iedade "o a eran7n"ia de seus sisteas so"iais 12 a4o 6ue se anté e 6ue a 1ist@ria ostra "oo ro4ressia, $itrando o 6ue "1aar5aos de conte7do le,ical de institui%(es e costumes , aenas os eeentos estruturais. & Mestrado! esse ro"esso o"orreu "o a 1onra nos anos )
<,)! A etnoo4ia não ode se anter i4norante aos desenoientos 1ist@ri"os ou Ds e?resses "ons"ientes dos $en3enos so"iais, ;','= as atin4ir "o ais 7n$ase o inent2rio de ossi0iidades in"ons"ientes, "ua reação de "oati0iidade e de in"oati0iidade "o outras e?resses in"ons"iente deterina seu desenoiento no teo, 6ue nun"a é ar0itr2rio. +Hs 1oens $aze a r@ria 1ist@ria, as não sa0e 6ue a $aze8 ;Mar?=. ',)! Hs 1istoriadores 0us"a os $en3enos so"iais "ons"iente or6ue ees se en"arna nos eentos e no odo "oo os indi5duos ensaa e iia. Fntretanto, ara e?i"ar o 6ue aare"eu aos 1oens "oo "onse6u7n"ia de seus atos, ees sa0e 6ue dee ro"urar ta0é o in"ons"iente. ),)! É ine?ato a$irar 6ue 1istoriadores e etn@o4os "ain1a e direçes oostos 6uanto ao estudo dos "onte/dos "ons"ientes e in"ons"ientes, é o deso"aento 6ue e$etua 6ue é di$erente! 1istoriadores assa do e?5"ito ao i5"ito, etn@o4os do arti"uar ara o uniersa. Hs etn@o4os 0us"a u in"ons"iente 4oernante atraés do "ons"iente 4oernado. Hs 1istoriadores aança e ar"1a ré, o1ando ara atiidades "on"retas e $i?as. &,)! A aus7n"ia de do"uentos es"ritos e "ertas so"iedades otiou os etn@o4os a desenoer té"ni"as ara estudar atiidades 6ue erane"e ier$eitaente "ons"ientes e todos os n5eis 6ue se e?ressa. i$i"udade 6ue ode ser e1orada atraés da 1ist@ria ora. Hs etn@o4os estuda so"iedades es"ritoras, as não estão interessados no 6ue eas es"ree, as e "oisas 6ue 1oens nun"a "onsidera "oo"ar no ae.