SUMÁRIO
Introdução: “Eu e a minha hipocrisia” 1 Estamos em guerra! 2 Abigail e a submissão inteligente 3 Mical e a submissão sem rendição 4 Bate-seba e a submissão danosa 5 Vida de Rainha nos dias de hoje
SUMÁRIO
Introdução: “Eu e a minha hipocrisia” 1 Estamos em guerra! 2 Abigail e a submissão inteligente 3 Mical e a submissão sem rendição 4 Bate-seba e a submissão danosa 5 Vida de Rainha nos dias de hoje
Introdução
“Eu e a minha hipocrisia” hipocrisia”
“Quando o exterior não revela o interior, Deus chama de hipocrisia.”
Hipócritas! Esse povo me honra com lábios, mas seu coração está longe de mim...” As palav palavras ras de Jesus aos farise fariseus us em Mateus 15:8 soaram forte em meu coração naquela manhã ensolarada. Estremeci, principalmente com o que
ouvi depois, da parte do Espírito: “E você é um deles”. “O quê?” – questionei, assustada. “Eu? ipócrita? Com o coração longe de Deus? unca!” Foi assim que comecei a refletir sobre o assunto que me levou a escrever este livro. Eu estava em férias e, num momento tão sublime e tranquilo de estudo da Bíblia, ouvi o Senhor me repreender com essas palavras. Eu estava ali, no meio de um bosque, esperando a presença doce e confortadora de Jesus, porém, foi assim que Ele resolveu se revelar a mim naquele dia. Difícil, num primeiro momento. Mas depois entendi que era necessário. Meu diálogo com o Pai seguiu-se cheio de dúvidas e perguntas. “Como assim Senhor? Sempre te amei, te obedeço, te sirvo... sou uma filha que te agrada, uma esposa submissa!” E foi então que Ele me ensinou algo que mudaria minha vida e meu casamento para sempre: submissão irrestrita não
implica somente em obediência, mas principalmente, em honra incondicional. Particularmente, sempre me achei uma boa esposa - e submissa. Sou daquelas que, se for preciso, deixo a roupa que meu marido irá vestir pronta em cima da cama enquanto ele toma banho para ir a algum compromisso. Cozinho, cuido da casa, auxilio no ministério pastoral. E sempre (ou quase sempre, confesso), sem murmurar. “Sim, sou submissa”, eu pensava. No entanto, quando me falou a respeito do assunto, Deus quis me mostrar o quanto nós, mulheres, somos falhas encarando a submissão apenas como obediência. Veja, por exemplo, o que escreve o autor da Epístola aos Hebreus: “Obedeçam aos seus líderes e submetam-se à autoridade deles.” (Hebreus 13:17) São dois verbos, duas ações diferentes,
numa mesma ordem: obedecer e submeter-se. Isso mostra que obediência é diferente de submissão. A palavra “obedecer” tem o sentido de “fazer algo”, enquanto “submeter” refere-se a “render-se à autoridade”. Seria como dizer que obediência tem a ver com nossa ação diante da ordem de uma autoridade; já submissão tem a ver com a maneira como agimos para com essa autoridade. É por isso que submissão verdadeira não se refere apenas a obedecer, mas honrar. Não é só fazer o que se pediu, o que todos podem ver - mas é a nossa reação interior a uma ordem. Sendo assim, é possível viver em obediência sem estar em submissão. Um perigo. Comecei então a lembrar das tantas vezes em que me achei mais capaz para conduzir uma situação ou critiquei (mesmo que apenas em pensamento) as decisões e convicções do meu esposo. Fui lembrada de quando cometi erros por
não pedir auxílio ou agir impetuosamente, das ocasiões em que o manipulei para que fosse feita a minha vontade e de como minha filha, tão nova ainda, já me viu tantas vezes corrigindo seu pai. Vieram-me lembranças de dias em que não fui uma esposa encorajadora e das vezes em que agi como uma criança mimada que, ao cessar uma atitude desaprovada pela mãe ou pelo pai, pensa algo do ipo “por fora eu não faço, mas por dentro eu continuo fazendo”. Foi vergonhoso pensar em tanta desonra. Toda a narrativa bíblica faz analogia a Cristo e à Igreja como um casamento. O casamento é uma instituição divina que existe desde a criação do mundo: Eva foi a primeira esposa. Assim, a Igreja está para Cristo como Eva estava para Adão e o relacionamento entre Adão e Eva – o casamento – é o espelho do relacionamento que Deus planejou para Cristo e a Igreja.
Pela Palavra revelada sabemos que no casamento é necessário que a esposa viva em submissão ao marido assim como a igreja deve permanecer em submissão a Cristo. Esse modelo de submissão – entre Cristo e a Igreja – é o que devemos seguir. Imagine agora a obediência da igreja a Cristo apenas parcialmente: ou sem amor ou sem honra, apenas na atitude, mas não no coração. Seria insubmissão, porque para Deus não há “meia obediência”, assim como não há “meio pecado”. Além disso, as escrituras nos alertam que o que Deus espera de nós, muito mais do que sacrifícios (que seriam mostrados pelos nossos atos), é um coração quebrantado, que desvenda nosso caráter. Ele sonda e conhece nossos pensamentos e nossos intentos – por isso a atitude exterior precisa refletir o interior para ter validade diante Dele. Quando o exterior não revela o interior, Deus chama de
hipocrisia. Então, pela misericórdia do Pai, enxerguei que obedecer apenas na aparência, exteriormente, com a arrogância de se achar sempre certa, questionando ou discordando, é obedecer parcialmente. É hipocrisia, é pecado. E é ele, o pecado, que faz separação entre nós e Deus (Isaías 59:2). Foi por isso que ouvi aquelas palavras tão duras em meu espírito. Era o Pai me corrigindo, ensinando, amando. Só assim entendi que se desejo obedecer e agradar a Deus de fato, preciso reconhecer, obedecer e honrar as autoridades que Ele colocou sobre mim – e o meu marido é uma delas! Terminei meus estudos naquela semana de coração rendido e grata pela paciência do Senhor em nos ensinar todas as coisas. Acima de tudo Ele é um Pai amoroso que almeja nossa felicidade e sucesso, por isso nunca se cansa de nos mostrar o
caminho! Me arrependi, pedi perdão a Deus e ao meu esposo (que no começo nem entendeu direito o que estava acontecendo, afinal de contas, nunca fui uma má esposa em meus atos para com ele) e desfrutei da Paz verdadeira! Tudo o que Deus me mostrou na Palavra naqueles dias está aqui, portanto, assim como foi comigo, você irá se surpreender com várias mulheres da Bíblia. A partir do segundo capítulo, nosso ponto de partida será o exemplo das três esposas mais conhecidas de Davi: Abigail, Mical e Bate-seba. Há algo a se aprender com suas atitudes perante o marido. Apenas para que você se situe historicamente antes da leitura, na época de Davi a poligamia era aceita por que ter mais esposas significava ter mais filhos para ajudar no trabalho e assegurar a continuidade da linhagem familiar. Ter várias esposas também era comum porque muitos
homens morriam em batalha e as mulheres não poderiam ficar desamparadas. A prática, no entanto, não foi instituída por Deus, e sim, pela sociedade. Nem todos os homens optavam por isso, não era uma obrigação. Mais tarde, já no período do Novo Testamento, percebemos uma mudança cultural, com a desaprovação da poligamia e a instituição de novas leis morais e de conduta para o casamento essas sim, aprovadas e ensinadas por Jesus e seus seguidores. Espero, sinceramente, que você leia este livro de coração aberto ao agir de Deus, disposta a mudar e se aperfeiçoar de acordo com o que a Palavra nos exorta. Leia com a esperança de que nossa recompensa está na Eternidade, mas, também, com a convicção de que obedecer e agradar a Deus através da honra ao marido, aqui e hoje, nos faz experimentar o Céu na Terra!
Descubra a liberdade submissão e seja feliz!
na
verdadeira
Capítulo 1
Estamos em guerra! “Você pode ter aparência de santa, atitudes de santa, comportamento de santa e ainda assim não agradar ao Senhor.”
Se você tivesse que responder agora para que a humanidade foi criada, o que diria? Eu já me fiz essa pergunta algumas vezes e quase sempre
respondia cantarolando uma canção que conheci na minha juventude: “Eu nasci prá Te adorar”. Sem dúvidas, a adoração ao Pai faz parte de nós e o fazemos em cada gesto, com cada pensamento, com palavras e atitudes. Mas vai muito além de cantar, se você imaginava que adorar é apenas isso. É, na verdade, um estilo de vida. Adoramos até mesmo com um simples respirar. Cada vez que manifesto a vida que foi soprada em mim, faço isso em adoração ao Pai. Nossa existência, por si só, adora ao Criador. Mas há um porém. Hoje sei que não posso limitar as intenções de Deus para comigo e entendo que Ele não me fez apenas para isso – embora, repito: faz parte da minha, da nossa essência. Aprender o motivo da nossa existência é o primeiro passo para entender o princípio bíblico da autoridade e submissão. Precisamos saber por que estamos aqui, e para isso, é preciso retornar à criação e recordar em quais circunstâncias fomos
criadas. A narrativa de Gênesis começa com a formação dos céus e da terra e prossegue revelando com detalhes a criação de Deus em sete dias – que como já sabemos, não necessariamente tiveram a duração de 24 horas cada um. Note que o primeiro versículo fala da criação dos céus e da terra, mas o segundo diz que a terra estava “sem forma e vazia e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus pairava sobre as águas”. Alguns estudiosos da Bíblia entendem que a primeira terra – a do versículo 1 – havia sido destruída no julgamento de Lúcifer, conforme a descrição de Isaías 14, que fala de uma desolação otal após a batalha que ocorreu no Céu. Sendo assim, haveria uma primeira e uma segunda criação, com uma lacuna de tempo entre o primeiro e o segundo versículo de Gênesis.
Essa “teoria da lacuna de tempo” aceita um espaço de tempo entre os versículos 1 e 2; o versículo 2, então, daria início à história de uma recriação, (...) com uma descrição detalhada de Seu trabalho criativo, com um interlúdio de coisas inacabadas entre os versículos 1 e 2. (Comentário de Gênesis 1:2 na Bíblia da Mulher – Editora Mundo Cristão)
Partindo dessa teoria e da constatação de que, na história da criação, Satanás aparece em forma de serpente, sem que tenha sido dito antes disso qualquer coisa a seu respeito ou seu surgimento, podemos afirmar que ele já estava na erra quando a humanidade foi criada. Esse é o primeiro ponto a que devemos nos atentar.
Em segundo lugar, precisamos lembrar como fomos criadas. Então disse Deus: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais grandes de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão". Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou." (Gênesis 1: 26, 27)
O Pai nos fez “à sua imagem e semelhança”. No hebraico, essa palavra “homem”, do início do versículo 26, difere do “homem” no final do versículo 27. A primeira citação refere-se à
humanidade; a segunda, ao ser masculino, “macho”. Portanto, nós, mulheres, fomos criadas com as mesmas características dos homens e a mesma capacidade para subjugar. A palavra “imagem” vem do hebraico Tsélem que remete à “sombra, aspectos, figura representativa, aparência, fotografia”. Já “semelhança”, ou, Demuth, no hebraico, tem o sentido de similaridade, porém, num aspecto mais abstrato ou idealístico. Ou seja, fomos feitas para representar Deus – tanto em Sua forma como em Sua essência. Bem por isso, homem e mulher são os únicos seres da criação que receberam poder e habilidade para cumprir um mandato de autoridade que lhes foi dado logo em seguida. O ser humano dominaria sobre todas as coisas e toda a terra estava sujeita ao seu poder de representante do Criador:
"Deus os abençoou, e lhes disse: ‘Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra’." (Gênesis 1:28)
Recebemos tanto do Pai que, em Romanos 8:19, lemos que “o universo todo espera com muita impaciência o momento em que Deus vai revelar o que os seus filhos realmente são”. Isto é, a criação geme pelo dia em que finalmente atuaremos nessa dimensão de poder e autoridade que nos foram dados pelo Pai naquele dia. Podemos nos perguntar então: “Pra que tanto poder? Porque o Senhor nos escolheu como espelho e depositou em nós sua essência?” A
resposta é simples: o Senhor queria representantes legais nessa terra! Isso mesmo: você e eu nascemos para ser a revelação e a presença de Deus neste mundo! Posso imaginar a raiva de Satanás quando o Senhor o afrontou espalhando Sua fotografia viva por todo canto - e ainda com uma autoridade que nenhuma outra criatura teria. Tudo isso constantemente diante dele, que foi expulso da presença de Deus justamente porque buscava esse ipo de poder.
“Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei
semelhante ao Altíssimo.” (Isaías 14: 13 e 14)
Lúcifer queria ser semelhante a Deus, mas somos nós quem o somos; ele queria reinar sobre odas as coisas, mas somos nós quem reinamos! Consegue entender agora porque ele nos odeia anto?
Somos parte de uma guerra. O autor de Gênesis termina o resumo da criação de Deus declarando que “Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o Seu exército.” (Gên. 2:1). A igreja dos nossos dias tem se despertado para essa realidade e em lugar de colocar-se apenas como um hospital para curar os doentes, tem se posicionado como uma tropa, o exército do Reino dos Céus. De
acordo com essa mentalidade, igreja é, sim, lugar de cura, mas com um propósito maior: arregimentar, ratar e treinar soldados que guerreiem sem medo e representem com dignidade e força a pátria celestial e Aquele que é Eterno. Então, não estamos aqui somente para adorar a Deus, mas para representá-Lo e lutar por Ele e com Ele! Há um propósito grandioso na nossa existência, e é importante não se esquecer disso. Mas voltemos a Gênesis. Seria muito bom se a história terminasse aí, com o ser humano dotado de poderes divinos para representar Seu Pai de maneira plena e eficaz enquanto Lúcifer nada mais poderia fazer a não ser contemplar a grandeza e a soberania de Deus em nós. Mas havia uma ordenança - e o homem não a cumpriu.
“E plantou o SENHOR Deus um
jardim no Éden, na direção do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado. Do solo fez brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal. (...) E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás”. (Gênesis 2: 8– 9; 16-17)
Ao saber, por experiência própria, que Deus não tolera a rebelião, Lúcifer enganou Eva e a
levou a cometer o mesmo pecado que ele havia cometido: não se contentar com seus atributos dados graciosamente pelo Criador e querer ser igual a Deus, o único capaz de julgar todas as coisas e estabelecer Justiça. Mesmo com todo poder e domínio sobre a criação terrena que lhe fora dado, a mulher quis mais. Desejou ser também “conhecedora do bem e do mal”. E com seu poder de influência, levou Adão a trilhar o mesmo caminho e cair na mesma armadilha. Eva poderia ter escolhido o fruto da árvore da Vida, mas, preferiu aquele que lhe parecia melhor, o que lhe daria poder para decidir o certo e o errado. Um fruto perigoso, que trouxe julgamento e retirou a cobertura e proteção daquele que verdadeiramente sabe todas as coisas. Bastou provar do fruto, Adão e Eva se envergonharam por estarem descobertos. “ E chamou o SENHOR Deus ao
homem e lhe perguntou: Onde estás? Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi.” (Gênesis 3: 9 -10)
Deus fez o homem e a mulher coroados de glória (Salmos 8:5); eles estavam vestidos com a Glória de Deus. Naqueles dias o Senhor passeava pelo jardim diariamente e Sua voz e Sua presença eram a proteção e tudo de que o homem e a mulher precisavam. Não era necessário ter conhecimento para julgar o certo e o errado, pois o próprio Deus estava ali para defendê-los. Homem e mulher estavam diante da Árvore da Vida, que é o grande prêmio dos vencedores (Apocalipse 2:7). Mas, a partir de então, expulsos do jardim, o homem e a mulher perderam todos esses privilégios: ficaram
sem glória, sem proteção e distantes da Vida Eterna. O Apóstolo Paulo fala sobre isso na carta aos Romanos:
“Porque todos pecaram e estão destituídos da Glória de Deus.” (Romanos 3:23)
Agora analise comigo: desde o início, Deus opera através da autoridade e submissão. Aqueles que lhe desobedeceram provaram de sua ira. Também, desde o início da história que conhecemos, Lúcifer se mostrou rebelde e não disposto a se sujeitar a essa autoridade divina. Então, assim como a essência de Deus passa pela obediência, a de Satanás passa pela rebelião - e essa em sido sua maior arma nessa guerra: convencer os
filhos, aqueles que foram criados com tanto esmero e privilégios, a se rebelarem contra o Criador. Ele quer afrontar o Pai e nos iludir, nos fazendo ser menos do que podemos ser. Talvez você imagine que rebelião contra Deus é apenas voltar-se descaradamente contra Ele ou promover uma guerra religiosa. Mas não se deixe enganar com as sutilezas de Satanás. Ferir os princípios da Palavra, por menores que forem, já demonstra rebeldia. Hebreus 11:6 diz que “sem fé, é impossível agradar a Deus”, e na perspectiva do Evangelho, Fé não é apenas crença, mas, principalmente, obediência. Enquanto você desobedece aos princípios e ordens do Reino que já foram revelados na Palavra, você pode ter aparência de santa, atitudes de santa, comportamento de santa e ainda assim não agradar ao Senhor. Está em rebelião.
O fruto proibido Em qualquer âmbito, a desobediência nasce de um questionamento à autoridade. Quando você desobedece ao Senhor, está dizendo que não concorda com Ele e por isso fará as coisas do seu eito. No mundo natural é a mesma coisa, ninguém desobedece ou questiona a algo que considera bom ou correto. Questionamos e chegamos à desobediência porque queremos fazer de outra maneira – à nossa maneira. O que produz tudo isso em nós? O orgulho. Ele é a raiz dessa árvore tão enganadora. Então, se você é uma mulher questionadora e desobediente às autoridades, examine-se. O orgulho pode estar frutificando em você.
Você saberá se isto está acontecendo ao avaliar suas atitudes para com as pessoas que lhe
dão ordens. Toda desonra, através de palavras críticas ou desobediência, mostra o que seu interior acredita: que você é quem sabe o que precisa ser feito, que aquela decisão é a errada ou que o caminho é outro. Muitas vezes agi assim e tristemente preciso confessar que achava uma virtude “não engolir” qualquer ordem ou posicionamento das autoridades. Eu me achava muito inteligente, espiritual e capaz de discernir. Sem saber, eu me orgulhava do meu orgulho. Mas note que o considerar bom ou mau, certo ou errado, irá sempre depender de um juízo pessoal. Por isso, cada atitude questionadora, orgulhosa e de insubmissão revela a presença do fruto proibido na nossa vida. Sim, aquele que Eva comeu e deu a Adão. Esse é o fruto que transforma filhos e filhas de Deus em pessoas julgadoras e autossuficientes. O fruto que nos faz achar que podemos fazer escolhas sozinhas porque já sabemos
o que é bom ou ruim; o fruto que nos faz questionar as autoridades – afinal de contas, pensamos ter agora conhecimento suficiente para isso. O detalhe, porém, é que, junto à ordem de não provar o fruto daquela árvore, o Senhor deu um aviso importante: “...no dia em que dela comeres, certamente morrerás”. Adão e Eva perderam a vida eterna ao fazer a escolha pelo conhecimento do bem e do mal. Foram expulsos do paraíso justamente para não erem mais acesso à Árvore da Vida (Gênesis 3:22). A boa notícia é que, para nós, esse caminho à Eternidade foi resgatado através de Jesus. O apóstolo Paulo, refletindo sobre isso, nos lembra de que a obra de Cristo foi maior. Ele venceu!
“O pecado deste único homem, Adão, fez com que a morte reinasse sobre
todos, porém todos quantos receberam o presente divino de perdão e absolvição reinarão em vida, por causa deste único homem, Jesus Cristo.” (Romanos 5:17) Então, pela graça e misericórdia do Pai, podemos hoje escolher permanecer junto à Árvore da Vida e garantir nossa eternidade. Mas não se engane. Até que venha o dia do Juízo Final, a batalha não termina: a serpente continuará espalhando o veneno da rebelião. E é por causa disso que, assim como Eva, muitos são enganados e, ao provar do fruto errado, desprezam o poder que nos foi re-outorgado na morte e ressurreição de Cristo. O resultado é um exército ferido que, por insubmissão, destroi a si mesmo. Certa vez, após expulsar o demônio de um homem mudo que voltou a falar, Jesus percebeu as
dúvidas que pairavam no ar. Alguns questionavam o milagre da cura e fomentavam uma rebelião, dizendo que era por meio de Satanás que Ele fazia aquilo. A resposta do Mestre foi abrangente: “Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: ‘Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado, e uma casa dividida contra si mesma cairá. Aquele que não está comigo é contra mim, e aquele que comigo não ajunta, espalha’.” (Lucas 11:17 e 23)
Jesus estava dizendo que um exército que atira contra ele próprio está condenado à destruição. Que uma casa ou um reino não podem ter pessoas lutando de lados opostos. E para que isso não aconteça, sempre será necessário que um mande e o
outro, simplesmente, obedeça.
Autoridade no Reino Não é muito fácil aceitar o princípio da obediência com honra às autoridades quando se vive numa democracia, como nós, cristãos ocidentais, vivemos. O regime da Democracia tem como característica primeira o direito do povo de escolher e controlar o governo de uma nação. Pelo menos na eoria, é um governo “do povo, pelo povo e para o povo”. A maioria de nós ama a Democracia. Enquanto escrevo este livro, por exemplo, estamos em dias de escolher o próximo presidente do Brasil, e, é incrível como nos movimentamos em discussões saudáveis (com exceção de alguns intolerantes) e até engraçadas. Não poucas vezes eu mesma pensei comigo ou postei numa rede social: “Viva a Democracia!” O problema é que somos e apregoamos
aquilo em que acreditamos. No caso da Democracia, a estendemos para outros setores da sociedade e até para a Igreja e os lares, e, por causa disso, ninguém oma a decisão sozinho: o que prevalece é a vontade da maioria. Achamos que podemos discutir e tentar convencer o outro daquilo que julgamos ser o melhor. Algumas vezes isso é bom e saudável, outras não. Na vida espiritual, é um desastre. Jesus veio pregar um Reino, não uma Democracia. No Reino, a autoridade do Rei é absoluta e sua vontade prevalece. Ninguém deve questioná-lo sem consentimento, apenas obedecer-lhe. O governo democrático pode ser muito bom para uma nação, mas não para uma igreja ou família. Está fora do planejado por Deus para essas instituições. As leis de Deus, o nosso Soberano, são irrevogáveis e inquestionáveis. Não há relativismo, e o que Ele decide que é melhor, assim o é. Não há como fugir ou ignorar essa verdade.
Com isso em mente, observe o que dizem as Escrituras sobre as autoridades:
“... O Altíssimo domina sobre os reinos dos homens e os dá a quem quer.” (Daniel 4:32) “Não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por Ele estabelecidas.” (Romanos 13:1)
Fiz questão de escolher um texto do Antigo e outro do Novo Testamento para que não fiquem dúvidas de que isso não é coisa do passado, mas vale para hoje, para a era da Graça. Na passagem de Daniel, o rei Nabucodonosor perdeu sua autoridade real porque Deus queria mostrar que Ele, o próprio
Deus, coloca e tira essa autoridade da maneira e no empo que lhe aprouver. Já na carta aos romanos o Apóstolo Paulo está discorrendo sobre submissão e enfatiza que toda autoridade está a serviço de Deus. Espere um pouco. Toda autoridade? Até as más? Isso mesmo. Mas, como é difícil aceitar tal coisa, questionamos essas palavras do apóstolo - elas nos parecem loucura – e procuramos uma maneira de interpretá-las ao nosso favor de modo que não enhamos que nos sujeitar aqueles a quem julgamos serem maus. No entanto, Jesus deu uma orientação importante aos seus discípulos sobre esse assunto. Numa conversa, narrada em Mateus 23, Ele os encoraja a obedecer às autoridades, mesmo as erradas. “Obedeçam mas não os imitem”, foi o que o Mestre ensinou. “Então, Jesus disse à multidão e aos seus discípulos: ‘Os mestres da lei e os fariseus se assentam na cadeira de
Moisés. Obedeçam-lhes e façam tudo o que eles lhes dizem. Mas não façam o que eles fazem’.” (Mateus 23:1-3) O fato é que não somos desse mundo, e, na nossa Pátria, o Céu, essas são as regras: obedecer e honrar às autoridades, inclusive as terrenas, boas ou más. Não por causa delas, mas por causa do Deus a quem amamos, servimos e representamos. Preste atenção no que mais diz a Bíblia: “Por causa do Senhor, sujeitem-se a toda autoridade constituída entre os homens; seja ao rei, como autoridade suprema, seja aos governantes, como por ele enviados para punir os que praticam o mal e honrar os que praticam o bem. Pois é da vontade de Deus que, praticando o bem, vocês silenciem a ignorância dos insensatos. Vivam
como pessoas livres, mas não usem a liberdade como desculpa para fazer o mal; vivam como servos de Deus. Tratem a todos com o devido respeito: amem os irmãos, temam a Deus e honrem o rei. Escravos, sujeitem-se a seus senhores com todo o respeito, não apenas aos bons e amáveis, mas também aos maus. Porque é louvável que, por motivo de sua consciência para com Deus, alguém suporte aflições sofrendo injustamente. Pois que vantagem há em suportar açoites recebidos por terem cometido o mal? Mas se vocês suportam o sofrimento por terem feito o bem, isso é louvável diante de Deus. Para isso vocês foram chamados, pois também Cristo sofreu no lugar de vocês, deixando-lhes
exemplo, para que sigam os seus passos.” (I Pedro 2:13 a 21)
Sujeitar-se a quem é mau, sofrer por fazer o bem. Como você pode notar, viver o Evangelho é mesmo remar contra a maré. É ir não apenas contra o sistema desse mundo, mas contra os próprios limites humanos. Não se trata de você, não se trata de mim, do que nós gostamos, aprovamos, merecemos ou conseguimos. Se trata Dele. Nada faz sentido longe Dele. Nada pode ser feito sem Sua presença Santa. Aquele que está em Cristo tem uma natureza divina – e é isso que nos difere da multidão e nos capacita a viver a plenitude do amor e da honra incondicionais. No meu trabalho como jornalista entrevistei certa vez o renomado psiquiatra e escritor Augusto Cury. Na época ele havia acabado de produzir a
série “Análise da Inteligência de Cristo”, coleção que o levou à conversão do Ateísmo para o Cristianismo. Ele explicou-me o porquê dessa guinada surpreendente em sua vida, eis aqui algumas de suas respostas: “Dificilmente alguém foi um ateu como eu fui. Creio que fui mais longe no meu ateísmo do que Marx e Nietzsche. Nietzsche. Porém, duas coisas mudaram meu pensamento e causaram uma revolução na minha vida. Primeiro, ao estudar sua personalidade (de Cristo) e o funcionamento funcionamento da mente humana, descobri que Ele tem fenômenos que ultrapassam os limites da lógica. Compreendi que só a existência de um Deus fantástico fantástico poderia explicar explicar o anfiteatro da nossa inteligência.
Depois, ao estudar as reações, reações, os pensamentos e as entreli entrelinhas nhas das ideias de Jesus Cristo descritas nas suas quatro quatro biografias, os evangelhos, evangelhos, fiquei fiquei perplexo. perplexo. Compreendi Compreendi que era impossível que ele fosse fruto de uma ficção. ficção. Por exemplo, exemplo, quando Judas o traiu, no ato da traição ele o chamou de amigo. Nunca na história uma pessoa traída chamou seu traidor de amigo. A conclusão é que nenhum autor poderia construir uma personalidade como a dele, dele, pois ela é inimaginável, ultrapassa os limites da previsib previsibilid ilidade ade psicológica.” psicológica.” Vê? Se ser cristão é ser como Jesus, então é fazer o que ninguém faria! Com a mente humana não conseguimos imaginar isso, mas com a mente de Cristo sim! E nós a temos:
"Quem conheceu a mente do Senhor para que possa instruí-lo? Nós, porém, temos a mente de Cristo.” (I Coríntios 2:16)
Bem por isso, somos capazes de compreender o que vem do Espírito. Diferente de quem não tem.
“Quem não tem o Espírito não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus, pois lhe são loucura; e não é capaz de entendê-las, porque elas são discernidas espiritualmente.” espiritualmente.” (I Coríntios 2:14)
Em se tratando de submissão no Reino de Deus, você obedece a alguém não pelo que essa pessoa é, mas pela autoridade que foi designada a ela. Por submissão à Palavra de Deus e em submissão ao próprio Deus, que é quem coloca as autoridades em nosso caminho. No casamento, ser submissa a um marido que não é exatamente como sonhamos é viver o amor sacrificial que Cristo viveu por nós. Encare a submissão ao seu marido imperfeito (e tenho aqui uma notícia surpreendente: odos são!) como a oportunidade que Deus te dá para se tornar mais parecida com Jesus! Nos próximos capítulos vamos analisar algumas atitudes das esposas do rei Davi para aprender como ser submissa de fato e ver mais a fundo em quais circunstâncias obedecemos sem ser submissas e somos submissas sem obedecer – mas, desde já, aviso: essas últimas são exceções, e não a regra.
Por hora, o que precisa ficar gravado em nossa mente e coração é que a obediência em todos os níveis – ao marido, ao patrão, as autoridades governamentais e espirituais - nos torna melhor, nos faz crescer no Reino e nos aproxima do Pai porque nos leva a ser como Cristo foi. Então, quando for entada a julgar, apenas obedeça. Quando for insubmissa, se arrependa. Não é fácil, mas vale à pena. Lembre-se: é uma guerra, e para ser vitoriosa, você precisa permanecer fiel e do lado certo.
Capítulo 2
Abigail e a submissão inteligente “Você pode ser obediente sem ser submissa. E pode ser submissa sem necessariamente obedecer.”
Abigail era uma mulher bonita e rica. Tinha servos ao seu dispor e além de tudo, era inteligente. Uma mulher agradável, diz a Palavra. Porém, Abigail era esposa de um homem chamado Nabal cujo significado do nome já revelava sua essência: cão. A Bíblia diz que Nabal era rude e, ao contrário da esposa, insensato. Certa vez, enquanto preparava junto com suas servas o banquete da tosquia de ovelhas – uma
festa comum naquela época e tão aguardada quanto a colheita – Abigail foi surpreendida por um homem assustado. Talvez por ser conhecedor do bom senso da patroa, o servo chegou a ela com um pedido de socorro. Ele havia presenciado o insulto de seu patrão a Davi, o futuro rei, e ficou com medo. Naquela época Davi fugia de Saul, que tentava matá-lo. Davi tinha um exército próprio de homens que o queriam no poder e todos sabiam quem ele era. Meses antes, quando acampando na região do Carmelo, Davi e seus aliados acolheram os servos de Nabal. Ao serem acolhidos, estes foram alimentados e protegidos, como regia o costume da época. Agora, estando perto da propriedade de Nabal e sabendo da festa, Davi fez o que a tradição mandava e pediu uma retribuição – alimento para ele e seus homens – o que Nabal lhe negou, com ironia.
Para se ter uma idéia da gravidade do insulto que isso representou, as leis morais da época previam pena de morte para a desonra. Os jovens que zombaram do profeta Eliseu foram estraçalhados por duas ursas (II Reis 2: 23 a 25). Os guerreiros, em especial, davam um valor enorme à reputação pessoal e foi por isso que Davi decidiu matar Nabal e seus homens pela atitude de afronta. Quando soube do ocorrido e da séria ameaça que isso significava, Abigail rapidamente tomou as rédeas do comando da casa. Pegou duzentos pães (a festa que ela estava preparando era grande, então havia de prontidão quantidade suficiente para alimentar Davi e seus cerca de 600 homens), duas vasilhas grandes contendo vinho, cinco ovelhas já preparadas, uma boa quantidade de trigo torrado, cem cachos de uva-passa, duzentos bolos de figo, colocou sobre jumentos e saiu guiada pelos servos ao encontro de Davi e sua tropa. Tudo isso sem que
seu marido sequer desconfiasse. A essa altura dos acontecimentos você pode se perguntar se Abigail não foi insubmissa ao marido – afinal de contas, estava fazendo o oposto do que ele havia decidido e ainda sem seu consentimento. Mas para responder a essa questão precisamos ver o desfecho da história. Ao chegar perante Davi, que já estava a caminho da propriedade de Nabal para atacá-lo, Abigail prostrou-se com o rosto em terra. Era um sinal de rendição e honra. Ela assumiu a culpa pela atitude do marido e clamou por misericórdia. Fez isso com respeito, lembrando Davi que ele era o escolhido do Senhor para reinar, que tinha promessas e que o próprio Deus haveria de aniquilar seus inimigos, por isso, não valeria a pena a vingança e a culpa que seria carregada pelo resto da vida. Abigail impediu Davi de fazer justamente aquilo que fazia de Saul, seu principal adversário,
um opressor. Ela o livrou de cometer um grave erro – embora houvesse justificativa humana e cultural para tal. Que mulher sábia foi Abigail! Sim, ela soube exercer a submissão com inteligência! Submeter-se nem sempre implica obediência irrestrita, mas principalmente, honra. Você pode ser obediente sem ser submissa. E pode ser submissa sem necessariamente obedecer. Voltemos à questão da autoridade e submissão para entender isso melhor. O texto que lemos em I Pedro 2:13 a 21 sobre a obediência irrestrita às autoridades, sejam elas boas ou más, continua no capítulo 3. Agora há uma ordem clara para o relacionamento conjugal nos mesmos moldes do que foi escrito anteriormente.
“Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio marido, para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa.” (I Pedro 3:1)
A palavra “igualmente” se refere às ordens que foram dadas no capítulo 2 – aquelas, da submissão incondicional. Bem por isso, o autor deixa claro que não está falando apenas com as mulheres que têm maridos tementes a Deus, mas ambém com aquelas cujos esposos ainda não caminham de acordo com a Palavra. E ainda hoje há maridos assim, dentro e fora da igreja. O significado de “submissa” é “estar sujeita a uma autoridade”, porém, o “sujeitar-se” tem um sentido amplo de não apenas ceder, mas também
“cooperar”. Cooperar significa oferecer seus esforços para que tudo vá bem. Como já vimos no capítulo primeiro, as autoridades são designadas por Deus. Embora todos enham sido criados com as mesmas características de imagem e semelhança do Pai, Ele mesmo estabelece diferentes papéis e níveis de autoridade no Seu reino. No que diz respeito à igreja, esse nível de autoridade é designado a partir do ofício ministerial: “E ele mesmo designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos, para o desempenho do seu serviço.” (Efésios 4:11 e 12)
A autoridade que Jesus recebeu do Pai (Mateus 28:18) flui através dos ofícios instituídos – e não dos dons ministeriais. Isto significa que você pode ter até mais dons de que seu Pastor, mas ainda assim, ele está numa posição de autoridade acima de você. E no casamento? O princípio é o mesmo. "Mulheres, sujeitem-se a seus maridos, como ao Senhor, pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador. Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam em tudo sujeitas a seus maridos.” (Efésios 5: 22 a 24)
A hierarquia de autoridade num lar tem no opo o próprio Deus, em seguida, o homem, e, logo
depois, a mulher. O princípio de desígnio através do ofício permanece. A ordem foi dada a partir do papel – marido e esposa – e não de acordo com os dons de cada um. Ou seja, você pode ser (ou se achar) mais “espiritual” do que seu marido - mas isso não lhe garante mais autoridade que ele no casamento. Aliás, muitas esposas erram exatamente nesse ponto: acham que por passarem mais tempo em oração ou serem mais ativas no ministério, têm o direito de se opor, desobedecer, corrigir ou desonrar o esposo. E o comportamento se agrava quando o marido não é cristão: muitas ficam em dúvida se devem ser submissas a um homem que não é emente a Deus. Lembremos, porém, das palavras de Jesus aos discípulos sobre os fariseus: “sujeitem-se, mas não os imitem”. Jesus estava ensinando que você pode honrar e ainda assim não fazer aquilo que a autoridade pede se o pedido contrariar uma ordem
superior do cabeça dessa hierarquia de autoridade, Cristo. Foi assim com Daniel e seus amigos diante do Rei Nabucodonosor. Eles não obedeceram às ordens que violavam os mandamentos de Deus, mas, não tiveram atitudes de desonra para com a autoridade real. E foi assim, também, que Abigail agiu. Abigail agiu com amor, sabedoria e renúncia. Davi iria atacar apenas os homens e ela não seria morta. Mesmo assim, essa esposa preferiu desacatar uma ordem do marido para salvá-lo. Ela poderia simplesmente ter aproveitado a oportunidade para livrar-se do marido “cão”. Podia ver isso como um favor do Senhor para transformar sua história de sofrimento e luta. Ou quem sabe, rogar apenas pela vida dos servos inocentes. Mas não foi isso que Abigail fez. Ela salvou toda sua família (inclusive o marido) e seus empregados. E salvou o próprio Davi de cair na armadilha da
vingança. Abigail escolheu o amor incondicional – aquele que protege quem se escolheu amar, mesmo que essa pessoa não mereça. Ela não foi egoísta e foi uma esposa cooperadora. Mesmo assim, o comportamento desafiador de Abigail diante da decisão de Nabal se encaixa na exceção, e não na regra. Você e eu não podemos correr o risco de julgar as determinações do nosso marido. Nunca se esqueça que a desobediência a uma autoridade só é permitida pelo Senhor se a ordem for uma clara violação das leis de Deus. Veja o que aconteceu, por exemplo, com Pedro e os Apóstolos perante o Sinédrio:
“Trouxeram-nos, apresentando-os ao Sinédrio. E o sumo sacerdote interrogou-os, dizendo: Expressamente vos ordenamos que
não ensinásseis nesse nome; contudo, enchestes Jerusalém de vossa doutrina. (...) Então, Pedro e os demais apóstolos afirmaram: Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens.” (Atos 5: 27 e 28)
No caso de Abigail, ela era uma esposa sábia que tinha conhecimento de que Davi era o ungido do Senhor. Não coube a ela julgar a decisão do marido, mas sim, ter o discernimento de que seu comportamento estava em desacordo com a vontade do Pai. Fica evidente que foi uma atitude desesperada, mas, uma decisão tomada em temor ao Senhor, com muito bom senso. Assim, e só assim, você poderia agir diferente de uma decisão do cabeça da sua casa: quando ferir os princípios de Deus e seus mandamentos, atraindo a morte para o
seu lar. Não é para sair por aí achando que pode ir contra tudo o que seu marido decide simplesmente por concluir que ele está tomando as decisões erradas – e isso só porque elas são diferentes das suas. Não é assim que funciona. Lembre-se de não dar lugar ao orgulho e àquela arrogância de se considerar mais sábia ou capaz. Abigail desobedeceu sem desonrar e por algumas horas tomou as rédeas da casa, mas isso não deve ser uma prática na vida das esposas. O melhor é sempre obedecer e entregar as rédeas ao marido. E sabe por que? Porque mulher com as rédeas nas mãos se sente escrava. É um peso assumir o papel do outro. Já homem com as rédeas nas mãos se sente rei , faz parte da masculinidade a necessidade de reconhecimento e governo. Deixe então as rédeas com seu marido, porque só quando ele se sentir rei você será uma rainha. Já vi muitas esposas que se julgam melhores
que os maridos para solucionar os problemas ou omar decisões. Só que a maioria delas pensa que está agindo como Abigail quando na verdade está se posicionando feito Jezabel. Permita-me lembrar-lhe de quem foi Jezabel e os perigos de se parecer com ela. “Jezabéis” de hoje Entre as mulheres da Bíblia, Jezabel foi a mais perversa e abominável. De origem fenícia, casou-se com Acabe, o Rei de Israel, e introduziu no meio do povo de Deus a adoração a Baal. Sua história está contada nos livros de I e II Reis – inclusive sua morte, conforme havia sido profetizada. Porém, o nome de Jezabel reaparece em Apocalipse, no julgamento da Igreja de Tiatira. Naquela cidade, a promiscuidade, a perversão sexual e a idolatria eram tão fortes que haviam contaminado a Igreja e, por isso, o Senhor os repreende pela tolerância à Jezabel. Nessa
perspectiva, Jezabel não é mais citada apenas como uma mulher – como a rainha fenícia – mas como uma estrutura infernal. É mais que um espírito demoníaco, é um principado que, de acordo com os ensinamentos bíblicos, está dentro de uma hierarquia e tem sob seu comando potestades, governadores e hostes de iniquidade. A Jezabel humana, esposa de Acabe, era uma cruel perseguidora do profeta Elias. Ela queria calar sua voz a qualquer custo. Muitas mulheres pagãs se casaram com israelitas e trouxeram seu paganismo para Israel, mas nenhuma foi tão atuante como Jezabel no trabalho de plantar a idolatria entre o povo de Deus. Ao ler a história de Jezabel, vemos uma esposa que tinha um grande poder de influência e manipulação. Ela não só dava ordens ao marido, o rei Acabe, mas também tinha centenas de sacerdotes pagãos sob seu controle. A rainha má ainda
acreditava que o rei tinha o direito e a liberdade de possuir o que quisesse e foi por isso que, quando Nabote se negou a vender sua vinha a Acabe – que aborreceu-se por conta disso - ela interferiu mais uma vez. Inteligente e astuta, Jezabel arquitetou um plano para que Nabote fosse morto e o rei pudesse apossar-se de suas terras legalmente. Ao compararmos as atitudes de Abigail e Jezabel, percebemos que as duas usaram de sua inteligência e influência para fazer o que julgavam ser o melhor para seus maridos. Mas há uma distância enorme entre uma atitude e outra. Primeiro, porque Abigail estava comprometida com o Senhor, enquanto Jezabel era comprometida com seus deuses e suas vontades. Segundo, porque Abigail impediu um assassinato, enquanto Jezabel o promoveu descaradamente. Ao que parece as duas utilizaram-se da máxima “o fim justifica os meios”, mas, uma, guiada por sua humildade e pelo Senhor;
a outra, por sua arrogância e planos demoníacos. A mulher Jezabel, diferente de Abigail, é aquela movida por seus próprios interesses. Ela assume o comando da casa e toma as decisões no lugar do marido porque o considera incompetente para a função. Abigail tomou as rédeas para salvar sua casa. Jezabel tomou as rédeas porque não aceitava ser contrariada. A pergunta que você deve se fazer toda vez que for tentada a tomar uma decisão no lugar de seu marido é qual o propósito e a motivação por trás disso. Se o seu marido tem se portado como um Acabe – aquele marido insosso e sem iniciativa - talvez seja porque você tem agido como uma Jezabel. Ela era intimidadora e, com isso, ornou seu marido impotente. Conheci uma esposa que tentava ser Abigail mas só dava lugar a Jezabel. Ela tinha um emprego melhor que o do marido, com um salário maior. Por
sua personalidade e temperamento, ocupava lugar de liderança no trabalho e na igreja, enquanto o marido, não se destacava em nada. Era muito fácil ultrapassar a linha de esposa sensata e ajudadora para mulher manipuladora, mandona e intimidadora. Embora muitas vezes ela tivesse razão em suas queixas e preocupações, suas reações é que sempre foram determinantes para que ela escolhesse ser como Abigail ou como Jezabel. Uma mulher que posiciona-se como Jezabel acredita que por seus dons ministeriais ou seu poder de influência tem mais autoridade que o marido. Ela se julga mais inteligente e capaz, por isso toma decisões sem sequer consultá-lo. É independente e não aceita ser submissa. E não se engane: há muitas esposas assim, inclusive dentro das nossas igrejas. Mesmo que elas não admitam. Em contrapartida, agir como Abigail é omar uma decisão em nome da paz, sem desonrar a
figura do esposo. É buscar sabedoria do alto para solucionar um problema. Mas é, principalmente, prostrar-se perante a figura do Rei clamando por misericórdia e salvação para sua casa. Aí está o segredo de fato: nosso Rei maior é Jesus, e é a Ele que precisamos pedir auxílio quando entendemos que nosso marido está no caminho errado. Lembrese de que Deus é o cabeça do homem, então vá a Ele pedir socorro e clemência. Confiar em Deus quando não se pode confiar no marido é uma atitude de Fé . Entregar a Ele o comando e acreditar que o Cabeça irá dirigir as decisões do seu marido é ser obediente. E quando se trata do Senhor, nossa obediência é uma porta aberta para que Ele opere! Mas é preciso lembrar que com o Senhor não há meio termo. Ou você obedece integralmente, ou está em desobediência. Não adianta justificar seu erro com uma boa intenção.
“Qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos.” (Tiago 2:10)
O fim de Jezabel soa tão cruel quanto ela era: acabou jogada de uma janela do palácio e após sua morte, foi comida por cães. Já o de Abigail foi glorioso: seu marido morreu dez dias após ela ter se encontrado com Davi, que quando soube do acontecimento, a levou para ser sua esposa . Jezabel passou de esposa do rei a alimento de cães. Abigail passou de esposa do cão à mulher do rei! No livro de Deuteronômio há uma promessa para aqueles que cumprirem os mandamentos da lei de Deus, e essas promessas se
estendem a nós, pois os compromissos do Senhor para com seu povo não têm prazo de validade. “Se vocês obedecerem fielmente ao Senhor, ao seu Deus, e seguirem todos os seus mandamentos que hoje lhes dou, o Senhor, o seu Deus, os colocará muito acima de todas as nações da terra.” (Deuteronômio 28:1)
Então, use sua inteligência e simplesmente obedeça! Se o Pai lhe presenteou com um homem, assuma seu papel de esposa: uma mulher sensata e obediente a Deus e ao marido, que é quem Deus escolheu para ser o cabeça do lar. Pode parecer retrógrado e até impossível, mas acredite: sua obediência será a possibilidade da
ação de Deus! Uma mulher que honra sempre será honrada!
Capítulo 3
Mical e a submissão sem rendição “Casamento é uma aliança para toda vida, não importa o que aconteça no meio do caminho.”
Mical era filha de Saul e foi a primeira esposa de Davi. Ela o amava. Não sabemos como exatamente eles se conheceram, mas, em I Samuel 18 a Bíblia nos conta que Saul, sabendo do amor de
Mical por Davi, a ofereceu em casamento em troca da morte de 100 filisteus (na verdade o plano do rei era que Davi fosse morto nessa empreitada). Davi ficou tão animado com a possibilidade que cumpriu a determinação com louvor: matou não apenas 100, mas 200 filisteus – e fez isso antes do prazo dado pelo rei. Então, com esse ato de bravura, tornou-se genro de Saul. Nos relatos históricos, percebemos que o amor de Mical por Davi foi se esfriando com o passar do tempo. Tudo começou quando Davi precisou abandonar o lugar onde o casal vivia para não ser morto pelo rei. Embora o tenha ajudado na fuga, ela não foi com ele. Difícil julgar a decisão de Mical nesse episódio, mas, talvez ela não estivesse disposta a deixar o conforto do palácio para correr riscos numa fuga pelo deserto. A apaixonada filha do rei preferiu sacrificar seu casamento. Davi ficou sete anos longe até que pudesse
voltar e assumir o trono depois da morte de Saul e seus descendentes. Nesse período de lutas, ele encontrou auxílio nos braços de outras mulheres e omou outras esposas para si. Mas sua primeira aliança era com Mical, ela era a primeira esposa, aquela a quem Davi amou, a mais importante. Se quisesse e agisse com sabedoria, Mical poderia usufruir das bênçãos decorrentes disso. Na narrativa Bíblica de 2º Samuel, no entanto, conhecemos uma Mical não mais apaixonada pelo seu marido. Uma Mical que despreza a alegria e a benção de Davi. “Aconteceu que, entrando a arca do Senhor na cidade de Davi, Mical, filha de Saul, observava de uma janela. E, ao ver o rei Davi dançando e comemorando perante o Senhor, ela o desprezou em seu coração. (...) Voltando Davi para casa para
abençoar sua família, Mical lhe disse: ‘Como o rei de Israel se destacou hoje, tirando o manto na frente das escravas de seus servos, como um homem vulgar!’ Mas Davi disse a Mical: ‘Foi perante o Senhor que eu dancei, perante aquele que me escolheu em lugar de seu pai ou de qualquer outro da família dele, quando me designou soberano sobre o povo do Senhor, sobre Israel; perante o Senhor celebrarei e me rebaixarei ainda mais, e me humilharei aos meus próprios olhos. Mas serei honrado por essas escravas que você mencionou’. E até o dia de sua morte, Mical, filha de Saul, jamais teve filhos.” (2 Samuel 6:16, 20 -23)
Pouco depois desse episódio, Davi comete o adultério com Bate-Seba e foi dela o filho herdeiro do trono, Salomão. Já Mical não teve a benção de ser mãe. Por que será que esta mulher, que um dia amou seu marido e o ajudou num momento tão importante de sua vida acabou assim? É bem provável que Mical tivesse muitas feridas em seu coração. Lembre-se que ela não era apenas a figurante de uma história. A Bíblia não é um livro de fábulas. Ela era real, gente como a gente, uma mulher como você e eu. Agora imagine: Mical foi usada por seu pai para montar uma armadilha contra o homem a quem amava. Depois, quando ele fugiu e ela não foi junto, acabou entregue como esposa para outro, mas, passados sete anos, foi tirada à força desse novo marido para ficar outra vez com Davi. Emoções feridas tiraram o brilho de Mical. E mais do que isso: trouxeram cegueira espiritual.
Sim, porque ela já não conseguia enxergar Davi como um homem escolhido por Deus para reinar e não compreendia a alegria da presença do Senhor. Mical se isolou. Ela tinha todo direito de estar ao lado do rei, seu marido, celebrando com ele. A presença do Senhor era manifesta naquele lugar e havia júbilo no meio do povo. Era o avivamento! Mas Mical simplesmente o desprezou. A atitude de Mical nos lembra outras mulheres que preferem apenas olhar pela janela ao invés de participar da festa. Mulheres que desprezam o poder de Deus e desistem do seu casamento ou de seus sonhos. São submissas, mas, pela metade, porque cumprem as ordens, mas não se rendem com o coração - quando é lá, na verdade, que o Senhor está olhando para nos recompensar. Algumas permanecem casadas e até obedientes, mas interiormente estão destruídas ou não conseguem enxergar o marido como uma autoridade digna de
honra. Tornam-se, assim, como os fariseus e religiosos, tão combatidos por Jesus, por aparentar ser o que não eram. Podem até serem vítimas, mas acabam caindo em sua própria armadilha. Algumas dessas mulheres deixam a amargura e a falta de perdão por algo que aconteceu no passado dominar o coração. Isso as faz insensíveis ao agir de Deus. Elas se tornam tão críticas que não conseguem enxergar o amor do Pai nas pequenas coisas que as rodeiam. São esposas que acabam desprezando a benção e o propósito que Deus tem para cada uma de nós e, por causa disso, morrem estéreis, sem colher os frutos e as flores de uma vida bem sucedida - que é prometida no Salmo 1 para aqueles que estão plantados junto às correntes de águas que são o próprio Deus. E quando falo de esterilidade não me refiro apenas a filhos, mas, ao seu legado. A falta de perdão é uma prisão e te impede
de avançar. Enquanto você não perdoar o próximo, ambém não recebe o perdão de Deus - que é gratuito e está sempre à disposição, mas, não é incondicional como o Seu amor. É a Palavra quem diz isso.
“E, quando estiverem orando, se tiverem alguma coisa contra alguém, perdoem-no, para que também o Pai celestial perdoe os seus pecados. Mas, se vocês não perdoarem, também o seu Pai que está nos céus não perdoará os seus pecados". (Marcos 11:25 e 26)
Não é fácil perdoar, mas, é uma decisão que traz cura, libertação e salvação. O perdão é
ransformador. Já vi mulheres depressivas serem curadas depois de perdoarem aos outros e a si mesmas.
Ao contrário do que muitas pensam, o perdão não é um sentimento, mas sim, uma escolha. Você escolhe fazer isso e libera a palavra. O sentimento vem depois, gradativamente. Quem já viveu o processo de perdoar é testemunha de que chegará um dia quando será possível lembrar-se da dor, mas não senti-la. É divino e sobrenatural. Busque a cura para suas feridas e emoções. Perdoe a quem te fez mal e perdoe a si mesma. Confesse seus pecados a Deus para ser perdoada e a alguém de sua confiança - seu marido, seu pastor, um líder cristão - para ser curada. Esse, aliás, é um princípio deixado de lado por muitos cristãos e a falta da prática dele é a razão de tantas pessoas
doentes na alma, mesmo após receberem o perdão de Deus.
“Confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados.” (Tiago 5:16)
Sem essa cura e a libertação do passado, você jamais terá um casamento pleno. Aliás, jamais erá uma vida plena. Não dá para acordar disposta e pronta a viver uma nova história se os fantasmas do que passou forem seus companheiros diários. Não os alimente, fuja daquilo que traz lembranças nocivas. Não sinta saudades nem dor por algo que não volta mais. Esforce-se para fazer o presente e o futuro valerem à pena.
“Mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” (Filipenses 3: 13 e 14)
Mical ficou na janela quando poderia estar na festa. Mas Deus não nos criou para que apenas admiremos a obra Dele na vida de outras pessoas. É preciso sair da janela, parar de apenas contemplar a vista e dar alguns passos até aquilo que Ele nos preparou. Não se contente com pouco, não se conforme com o medíocre. Ele tem mais, muito mais! Sempre!
Ninguém pode dar aquilo que não tem, então, para dar amor ao seu esposo e até ao Pai, ame primeiro a si mesma e não se deixe dominar com pensamentos negativos, sentimentos de inferioridade ou recordações que lhe fazem mal. Lembre-se: você é a filha do Rei! Prossiga nessa dimensão! Jamais esqueça ou ignore sua identidade real!
Maria Madalena Maria Madalena, que tem alguns episódios de sua vida retratados nos Evangelhos, é o exemplo de alguém que foi verdadeiramente curada. Ela foi ransformada radicalmente. Uma mulher que fora possuída por demônios e viveu a maravilhosa graça da libertação. O passado tortuoso e provavelmente impuro de Madalena não foi empecilho para que ela desfrutasse do amor e dons de Deus. As coisas não devem ter sido fáceis para essa mulher, mas o que a Bíblia nos permite saber sobre ela demonstra sua imensa alegria por ter sido salva. Talvez aqueles que estavam ao seu redor duvidassem de sua transformação de vida, mas, mesmo assim, ela não desanimou, não ficou amargurada, não deu lugar ao peso da culpa. Reconheceu e recebeu o amor de Deus e o amou ambém. Madalena adorou e demonstrou sua
gratidão a Jesus até mesmo após sua morte. Quando Ele foi crucificado, ela mostrou seus sentimentos estando junto à cruz. Quando foi sepultado, ela revelou seu coração grato. E após a ressurreição, acabou por receber um "prêmio" por tanta dedicação: foi para Madalena que Jesus ressuscitado apareceu primeiro e lhe deu maravilhosa revelação. Quer ser "premiada" por Deus? Então siga o exemplo dessa mulher! Primeiro, ela se deixou ser curada; depois, passou a servir a Jesus intensamente. São dois passos importantes. O terceiro é perseverar: mesmo passando por circunstâncias contrárias àquilo que esperava de Seu mestre afinal, ele parecia ter morrido - ela não desanimou. Mas será que você também teria fé e paciência ou ogaria tudo para o alto, se sentido traída e enganada? Será que você é transformada o suficiente para não ser levada pelas circunstâncias e sim pela sua convicção do poder e do favor de
Deus? Às vezes somos tentadas a imaginar que Deus precisa fazer mais por nós. Afinal, são tantas responsabilidades como mulher... Como crer que Deus está me dando de seu Fruto do Espírito se continuo impaciente e estressada? Como confiar em uma vida nova se a situação em casa é a pior possível? Mas as promessas do Eterno são muito claras, tanto ao garantir as bençãos como no que diz respeito à transformação de vidas, e essa ransformação é que, de fato, fará diferença nos nossos relacionamentos. Ninguém pode ser "meio" ransformado. Quem recebe o Espírito Santo, recebe Seu Fruto - alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gálatas 5:22 e 23). Quem pede sabedoria, ganha. E quem se livra das marcas do "velho homem" passa a ser vaso de honra para o Senhor.
“Se alguém se purificar dessas coisas, será vaso para honra, santificado, útil para o Senhor e preparado para toda boa obra.” (2 Timóteo 2:21) O que falta a muitas mulheres é ser cheia do Espírito Santo e da atuação plena Dele em sua vida, guiando, sarando, orientando, transformando. Por isso são tão infelizes, rancorosas e malhumoradas. Por isso não veem no marido um porto seguro e no lar, um arraial de bênçãos. Por isso não conseguem ser gratas e só reclamam. Se você está nessa condição, corra atrás da sua cura. Humilhe-se, quebrante-se, clame, busque, peça ajuda, faça o que for preciso - porque só uma mulher assim, transformada, se encaixa perfeitamente nos planos do Altíssimo para o casamento.
Os erros visíveis de Mical Voltemos à Mical. Olhando para a história, percebemos que o início de sua decadência foi quando ela não acompanhou o marido naquela fuga. Nosso Deus é um Deus que honra e valoriza as alianças que temos com Ele e que foram feitas diante Dele, mas Mical e Davi não levaram isso em consideração ao fazerem essa escolha. Casamento é uma aliança para toda vida, não importa o que aconteça no meio do caminho. Se você é uma mulher que não está disposta a abrir mão do seu conforto e do “palácio” para seguir seu esposo, nunca conseguirá desfrutar das bênçãos decorrentes da aliança; sim, porque o casamento é um espelho da aliança de Deus para com seu povo – um pacto inviolável, que independe da humanidade, dos nossos pecados ou nossas vontades, mas que exige renúncia. Na carta aos Gálatas 3:17, o apóstolo Paulo
enfatiza que nada, “nem a lei, poderá invalidar a aliança previamente estabelecida por Deus de modo que venha anular a promessa”. Se as alianças de Deus são eternas, um casamento, ao receber a benção do Senhor, também estabelece um pacto permanente, e por isso, não importa se, anos depois, um dos cônjuges “descobrir” (ou achar) que se casou com a pessoa errada: se houve a benção de Deus, nada poderá invalidar essa aliança. A melhor notícia, porém, é que, da mesma forma, nada ambém poderá anular as promessas de bençãos decorrentes dessa aliança. Creia nisso, busque isso. Todo casamento que tem a benção do Pai esta marcado para a alcançar a felicidade. Descubra o caminho. Talvez você imagine que violar a aliança é apenas divorciar-se. Mas não é. A união que você em com seu marido é tão única e íntima que ela é manchada e deturpada cada vez que você toma
decisões sem renunciar pelo bem da outra parte, ou seja, cada vez que você age movida pelo seu orgulho e egoísmo, sem levar em conta as necessidades pessoais, ministeriais, profissionais e emocionais dele. Pense como a vida de Mical poderia ter sido diferente se ela abrisse mão do palácio e das suas necessidades materiais para construir um casamento sólido. É bem verdade que ela viveria anos de lutas e provações - mas depois iria reinar com alegria e com muita história para contar! Nunca deixe seu marido sozinho no deserto, como Mical fez. Nunca o faça enfrentar o inimigo sem seu apoio. Você não precisará ir à frente de batalha, mas só o fato dele saber que você está ali será confortador. As noites no deserto são frias e ele precisará do seu colo; os dias são quentes e sua presença atrairá o refrigério necessário. Dias desses conversei com uma amiga que
me testemunhou como ela e o marido superaram um momento de grave crise financeira. Foi uma experiência dolorosa que afetou o relacionamento conjugal. O que me chamou a atenção foi que ela contou que, por várias vezes, sentiu raiva, ofendeu o marido e pensou em desistir de tudo porque achava que não merecia ir para o deserto com ele – e de fato, a crise era consequência de algumas escolhas dele, não dela. Foi aí que, um dia, ela o viu chorando escondido num cômodo da casa e percebeu o quanto o marido precisava de seu apoio e não de suas críticas ou ameaças de abandono. Lembra dos votos no dia do seu casamento? “Na alegria e na tristeza, na saúde ou na doença, na riqueza ou na pobreza”. Pois então, faça valer suas palavras. Há um homem ao seu lado que precisa de você para atravessar o deserto, seja ele qual for: uma crise, o desemprego, uma mudança, um desafio...
Já vi pastores deixarem de ir para onde Deus os mandou porque a esposa não quis. Também sei de mulheres que simplesmente decidiram não acompanhar o marido em sua jornada profissional por não abrirem mão do seu bom emprego ou de uma “cidade grande”. A inversão de valores chega ao ponto das pessoas se assustarem por você deixar a estabilidade financeira, mas acharem “normal” abdicar da vida a dois. Tempos atrás acompanhei um casal que enfrentou a oposição da família porque a esposa decidiu renunciar a um excelente concurso público federal para ir morar em outro país junto ao seu esposo, que foi transferido para uma filial da multinacional onde trabalhava. Alguns familiares achavam que ela não devia deixar o emprego – poderia bem ficar “apenas alguns anos” vivendo sem o marido, quem sabe o encontrando nas férias. Seria um esforço para garantir um excelente futuro
financeiro. O que as pessoas não pensam nessa hora é que dinheiro não paga um bom casamento nem compra uma família alicerçada na Rocha que é Cristo. Parafraseando o mestre Jesus em Mateus 16:26, “que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua família?” Casamento precisa ser regado e cuidado diariamente. Casal feliz é casal satisfeito sexualmente e emocionalmente. Casamento à luz da Palavra é relacionamento de apoio mútuo. Não dá para viver isso se um dos cônjuges morar distante não é mesmo? Não podemos nos conformar com esses relacionamentos modernos em que casais decidem dormir em quartos separados ou morar em casas diferentes, em alguns casos, a quilômetros de distância. Espero sinceramente que você não esteja numa situação assim, e, se estiver, que seja por uma boa razão que não inclua salários mais altos – por que isso seria o mesmo que dizer que você está
colocando seu sucesso profissional acima da família. O próprio Jesus já disse: “onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração” (Mateus 6:21). Eu teria um futuro promissor como ornalista. Isso era o que alguns dos meus professores alegavam na tentativa de me convencer a não me casar tão cedo, como lhes parecia. Eles sabiam que meu futuro marido era pastor e diziam que isso poderia atrapalhar minha carreira, principalmente porque eu dizia que a prioridade seria o ministério dele e eu iria para onde ele fosse. Mas, naquela época, eu fiz apenas um pedido ao Senhor: que eu experimentasse, na prática, o que é ser jornalista. Eu amei o curso que escolhi e queria apenas atuar, nem que fosse uma única vez, na minha profissão. O resultado foi que Deus honrou minha atitude de submissão ao meu esposo, seu ministério e nossa aliança.
Durante os anos em que ele pastoreou como auxiliar no Paraná, trabalhei em todas as áreas possíveis do jornalismo: fui repórter de TV e rádio, apresentadora de Telejornal, assessora de imprensa, editora e diretora de Jornalismo, atuando na mídia online, revista e jornal. O sobrenatural disso é que desde o primeiro emprego fui sempre convidada a rabalhar – isso mesmo, nunca precisei “correr atrás” ou enviar um currículo sequer. Sem dúvidas, foi a mão do Senhor! Quando larguei a vida profissional para me dedicar ao ministério e à educação da minha filha, o fiz realizada e de coração grato. Viemos então para o interior do Mato Grosso do Sul e, até hoje, algumas pessoas nos perguntam por que não pastoreamos num grande centro. Nossa resposta não muda: o melhor lugar para se estar, sempre, é no centro da vontade de Deus! Aqui o Senhor nos plantou, aqui frutificamos, aqui somos felizes! E
será assim até quando Ele quiser! As vezes olho para alguns casais que optaram pelo dinheiro, conforto ou estabilidade e imagino o quanto poderiam estar “reinando” se ivessem escolhido o caminho da obediência. Não conheço ninguém que, tendo escolhido fazer a vontade de Deus e permanecer firme na aliança com Ele, com o ministério e com o casamento, tenha se dado mal no final. Pelo contrário. Sou prova de que você pode até trilhar pelo deserto, mas a terra prometida que te aguarda é indiscutivelmente um lugar onde emana leite e mel! Não faça como Mical. Não deixe seu marido por nada! O prazer do dinheiro, conforto, estabilidade e carreira não se compara ao prazer de um casamento bem sucedido. Tenha com ele uma aliança verdadeira, como a de Rute a Noemi:
"Não insistas comigo que te deixe e não te acompanhe. Aonde fores irei, onde ficares ficarei! O teu povo será o meu povo e o teu Deus será o meu Deus! Onde morreres morrerei, e ali serei sepultada. Que o Senhor me castigue com todo o rigor, se outra coisa que não a morte me separar de ti!" (Rute 1:16 -17)
Mical também agiu errado ao criticar seu esposo pelo comportamento . Você se torna crítica quando é uma mulher preocupada apenas com “o que os outros vão falar”. Talvez, Mical, por ser filha de Saul, conhecia muito bem os protocolos reais e aprendeu desde cedo como o rei e a rainha deveriam agir
diante de uma multidão – e bem por isso, não gostou do que Davi fez ao dançar no meio do povo. Mas não se limite aos protocolos. Quebre paradigmas, pré-conceitos, esteja pronta ao novo de Deus! Não seja religiosa e chata. Aprenda a se divertir e ser divertida! A sua casa não precisa ser como a da sua vizinha; nem seus filhos, nem seu esposo. Outro lembrete importante: não se torne a mãe do seu marido – aquela que foi designada para ensiná-lo e corrigi-lo. Ela sim precisou exercer o papel de educadora na vida dele, não você! É claro que até o fim das nossas vidas estaremos sempre aprendendo algo novo, mas peça sabedoria a Deus para, quando precisar, ensinar como esposa, nunca como mãe. Nada contra minha amada sogra, mas eu, sinceramente, não quero que meu marido olhe para mim e me veja como mãe dele. Você quer? Uma esposa sábia é submissa e transforma
aqueles à sua volta influenciando, não dando ordens. Esse é um dos grandes trunfos do papel da mulher!
“A mulher sábia edifica a sua casa, mas com as próprias mãos a insensata derruba a sua.” (Provérbios 14:1)
Essa é uma verdade que nenhuma esposa deve esquecer. Seu papel de auxiliadora faz de você parte fundamental na edificação do lar. Você não é responsável apenas por manter a casa limpa e organizada, mas também os corações que ali habitam. Você não deve se preocupar apenas com a comida que põe à mesa, mas também com o alimento da alma de seu marido e filhos. É a esposa que deve promover a paz e criar um ambiente de
amor, sendo submissa. Como fazer isso? Com sua poderosa influência! Pense comigo: se ao chegar do rabalho seu marido reclamar de algo e você inflamar a conversa com negativismo e mais problemas, que tipo de jantar vocês terão? Mas e se, em vez disso, você, com carinho, carregá-lo emocionalmente para um lugar de descanso através de palavras de encorajamento e fortalecimento? Seja sensível e aprenda a ser uma esposa que controla não as atitudes do marido, mas as suas próprias. Cuide das palavras que saem da sua boca – principalmente quando estiver contrariada. Quando você for cheia e guiada pelo Espírito Santo, suas conversas, seus atos e sua influência irão refletir a glória de Deus e ajudar a família a enxergar os planos do Senhor. Não será preciso broncas, discussões e nem apontar insistentemente o caminho para ninguém, porque o próprio Deus fará isso e todos poderão ver
claramente. Aceite e cumpra a submissão por inteiro. Só assim você viverá a plenitude do que nasceu para ser: filha e esposa do Rei!
Capítulo 4
Bate-Seba e a submissão danosa “Uma esposa auxiliadora e submissa não se deixa levar por manipulação e nem por paixão.”
Bate-Seba tornou-se esposa de Davi após um episódio constrangedor na vida desse rei tão emente a Deus. A história conta em 2 Samuel 11:1
a 27 que Davi encantou-se por essa linda mulher quando de uma janela do palácio a viu tomando banho. Em lugar de vencer a tentação, ele tirou proveito de sua autoridade real e mandou trazê-la para seus aposentos a fim de deitar-se com ela – e fez isso mesmo após ter sido alertado de que ela era casada com um de seus guerreiros, o heteu Urias. O adultério entre Davi e Bate-Seba ficou na história, porém, pelo desfecho. As consequências para os dois foram, a princípio, desastrosas. BateSeba engravidou e Davi bolou um plano simples: raria o marido dela de volta da guerra por alguns dias para que, se deitando com a esposa, a gravidez não gerasse desconfiança de uma infidelidade conjugal. O problema é que Urias voltou ao Palácio a pedido do rei, mas, não foi para casa. Logo, não eve relações sexuais com a esposa. Desesperado, Davi tentou encobrir um pecado com outro: mais uma vez forjou um plano,
que agora, obteve sucesso e levou Urias à morte no campo de batalha. O rei, então, esperou passar o empo de luto da viúva e mandou buscá-la para ser mais uma de suas esposas. Poderia ser o final da história, aparentemente, sem danos ao casal adúltero. Mas chego a me perguntar como foi que o sensível Davi não imaginou que seria repreendido pelo Senhor, com quem ele sempre teve tanta intimidade e a quem demonstrava tanto temor. O pecado pode mesmo cegar o mais visionário e fiel dos filhos e o levar para longe dos propósitos eternos. É evidente que a repreensão aconteceu. Da boca do profeta Natã, Davi ouviu a admoestação do Pai. Arrependeu-se profundamente e foi perdoado, mas, mesmo assim, viu e chorou a morte do filho que Bate-Seba gerou – morte anunciada pelo profeta não como um “castigo”, mas uma maneira do Senhor cessar a blasfêmia contra Seu nome.
A respeito de Bate-Seba, no episódio da raição, não sabemos muita coisa. Não podemos afirmar que ela fora forçada a ter uma relação sexual com Davi, embora essa opção seja facilmente aceita, á que ele era o rei, gozava de plenos poderes e mandou buscá-la. Mas confesso que me estranha o fato de Urias, o marido traído, não querer estar com ela após ter passado dias (ou talvez meses) na guerra. Mesmo com a autorização do rei para voltar à sua casa, ele preferiu dormir no Palácio. Que tipo de esposa seria então Bate-Seba? Não uma que deixa o marido com saudades, isso sabemos. De qualquer maneira, fica claro que Deus desaprovou a atitude tanto de Davi quanto dela, pois, embora o rei tenha sido exortado com maior rigor, Bate-Seba também sofreu a perda de um filho – o que é pior do que qualquer castigo. Em se tratando de submissão, a história de Bate-Seba nos exorta a jamais colocarmos a
obediência aos homens acima das leis de Deus. Você não deve fazer algo que fere os princípios da Palavra apenas porque uma autoridade mandou. Lembra-se de Abigail? Ela desobedeceu a uma ordem do marido, mas, mesmo assim, manteve atitude de honra para com ele e para com o Senhor. As diferenças entre ela e Bate-Seba são claras: enquanto a primeira desobedeceu, mas, manteve a honra, a outra obedeceu, mas, provocou desonra ao marido e a Deus. Abigail foi inteligente e ousada para mostrar a Davi que ele estava agindo errado - faltou a mesma sabedoria e coragem para Bate-Seba. BateSeba chamou a atenção do rei apenas por suas curvas atraentes e isso o levou ao pecado. Já Abigail o atraiu com sua sensatez e isso o livrou de pecar . É por isso que Bate-Seba se encaixa como exemplo de mulher que cometeu uma falha grave ao exercer influência e submissão danosa, enquanto Abigail
ficou lembrada também por sua influência, mas com submissão inteligente. Talvez seja hora de algumas mulheres se preocuparem mais em atrair com o caráter do que com o corpo. Na prática, a atitude de submissão se torna danosa e fere os princípios do Evangelho quando você obedece sem avaliar as consequências de seus atos perante o Senhor. Pedidos ilegais, imorais ou que blasfemam contra Deus e Seu Reino, feitos por quem quer que seja, não devem nunca ser acatados. Quer um exemplo bíblico de uma esposa que pecou agindo assim? Safira.
Ananias e Safira Ananias e Safira formavam um casal que aparece na história da igreja primitiva em Atos dos Apóstolos com um final trágico. A Bíblia conta que os dois tramaram uma mentira para enganar os apóstolos ao vender uma propriedade: retiveram
uma parte do dinheiro, mas, disseram a Pedro, na congregação, que aquilo era tudo o que possuíam. Por conta disso, caíram mortos ali mesmo. A doação e repartição de bens na igreja era uma atitude voluntária, por isso, o pecado de Ananias e Safira não foi reter o dinheiro, e sim, mentir sobre ele. Não sabemos de quem foi a ideia, mas Safira chegou à congregação cerca de três horas após o marido e tinha ainda alguma chance de sobreviver, caso não partilhasse da mesma mentira. Pedro perguntou a ela se a oferta era o valor da propriedade e ela respondeu que sim. Provavelmente achou por bem falar o combinado com o marido. Só que essa foi uma atitude de submissão que não apenas lhe provocou danos, mas morte.
“Então Pedro lhe disse: ‘Por que
vocês entraram em acordo para tentar o Espírito do Senhor? Veja! Estão à porta os pés dos que sepultaram seu marido, e eles a levarão também’." (Atos 5: 9)
Mesmo sendo a mentira o principal causador do juízo de Deus nesse caso, não foi apenas ela que levou esse casal à destruição. Essa mentira era fruto da sua religiosidade. Se contextualizada, a história de Ananias e Safira revela uma família que frequentava a igreja e havia se moldado ao padrão “crentês” da época: eles levariam o “dízimo”, mas não o integral; seriam fiéis, mas apenas de aparência. Eram, na verdade, religiosos – como os fariseus, que se preocupavam apenas em parecer santos - e incapazes de perceber que poderiam enganar aos seus líderes, mas nunca
ao Espírito Santo. E tudo isso faziam em concordância, marido e esposa juntos. O alerta vem por conta da época em que esse fato aconteceu: foi na era da Graça, após a ascensão de Jesus e a descida do Espírito Santo, ou seja, poderia acontecer com qualquer uma de nós. Quando você conhece a Palavra de Deus, mas, não a cumpre, por qualquer motivo (no caso do nosso objeto de estudo, por submissão a uma autoridade) e vive um Cristianismo de falsidades e engano, você corre sérios riscos. Uma esposa auxiliadora e verdadeiramente submissa não se deixa levar por manipulação e nem por paixão momentânea. Ao contrário, ela exerce sabedoria e em amor, mostra ao marido o caminho da redenção. Ela coloca a submissão a Deus antes da submissão aos homens. Se o seu marido – em especial aquele que ainda não conhece ao Senhor – algumas vezes lhe
pede sacrifícios desagradáveis aos olhos de Deus, não o desonre discutindo, brigando, xingando ou humilhando-o, mas também não o obedeça. Certa vez uma esposa me procurou apavorada porque o marido, não cristão, resolvera se utilizar da pornografia para “esquentar a relação”. Ele queria fazer sexo assistindo um filme pornô. Ela não sabia se deveria acatar a decisão para ser submissa, mesmo sendo conhecedora dos perigos espirituais da pornografia, mas, nesse caso, é evidente que ela estaria pecando se aceitasse tal imposição. Na época meu conselho foi que ela conversasse com ele sobre o assunto e descobrisse meios puros para atraí-lo sexualmente. Se o marido deseja “animar” a relação, cabe à esposa mostrar-lhe do que ela é capaz, mas sem dar lugar ao pecado! Creio que o Espírito Santo poderá lhe orientar como agir em situações assim se você pedir. Não pense que, só por se tratar de algo íntimo ou
pessoal, Ele não irá responder. Pelo contrário. Converse com Ele, peça socorro e receba a direção. Afinal de contas, é promessa:
“Mas o Conselheiro, o Espírito Santo, que o Pai enviará, lhes ensinará todas as coisas.” (João 14:26)
Imagine submissão como a raiz de uma árvore ligada às inclinações do coração, e a obediência, o fruto aparente dessa árvore. A submissão deve ser incondicional e nutrida pelo Espírito, mas o fruto depende de vários outros fatores, internos e externos. O que vemos hoje em dia é uma deturpação desse princípio bíblico, e é por causa disso que
muitas mulheres têm aversão à palavra “submissão”. Acham que esposa submissa é só esposa obediente, escrava e vítima de um homem, mesmo que ele seja opressor, sem escrúpulos ou mau-caráter. Mas isso não é verdade. Mulher que sofre violência e abuso físico ou emocional em nome da submissão está equivocada e longe de viver a Palavra. Não é esse o projeto de Deus, que fez homem e mulher com as mesmas características e direitos – o que muda são os deveres de cada um. Para o Pai, maridos e esposas têm sim o mesmo valor. Bem por isso, a ordem de submissão da mulher no casamento vem acompanhada de um mandamento de amor da parte do marido:
“E vocês, maridos, mostrem pelas suas esposas o mesmo tipo de amor que Cristo mostrou pela igreja
quando morreu por ela, para fazê-la santa e pura, lavada pelo batismo batismo e pela palavra de Deus; a fim de que Ele pudesse dá-la a Si mesmo como uma igreja gloriosa sem uma única mancha, ou ruga, ou qualquer outro defeito, mas sim santa e sem nenhuma imperfeição. É assim que os maridos devem tratar suas esposas, as amando como partes de si próprios. Porque Porque uma vez que um homem e sua mulher são agora um só, o homem está realmente fazendo um favor a si mesmo, e amando a si mesmo, quando ama sua esposa! Ninguém odeia seu próprio corpo, mas cuida dele com todo o amor, tal como Cristo cuida do seu corpo, a igreja do qual nós todos somos membros. (Que o
marido e a esposa são um só corpo prova-se prova-se pela Escritura que diz: "Um homem deve deixar seu pai e sua mãe quando se casa, a fim de que possa estar perfeitamente unido à sua esposa, e os dois serão um só"). Eu sei que isto é difícil difícil de compreender compreender,, porém é uma ilustração do modo pelo qual somos membros do corpo de Cristo. Portanto, eu torno a dizer; um homem deve amar sua esposa como parte de si próprio; e a esposa deve cuidar de respeitar profundamente o marido obedecendo, elogiando-o e honrando-o.” (Efésios 5:25 a 33)
Ser submissa não é fácil? Imagine então
amar como Cristo amou a Igreja! Se você, esposa, deve estar disposta a honrar incondicionalmente, seu marido, por sua vez, deve estar pronto a amar incondicionalmente e morrer por você se for necessário! Esse é o plano perfeito do Criador! “Mas e se meu marido não me ama assim?” – assim?” – voc vocêê pode me pergunt perguntar ar.. Minha Minha respost respostaa será franca e rápida: ore por ele e conquiste-o! Exercendo a submissão em amor, com paciência e entrega total – inclusive a Deus – você poderá sim ver esse quadro mudado. Nenhum marido resiste a uma esposa de valor inestimável (lembre-se: não apenas ‘corpo’ ‘corpo’ ). ).
Capítulo 5
Vida de Rainha nos dias de hoje “Desfrute da realeza que o Pai e seu marido têm para lhe oferecer!”
Como você deve ter percebido e foi citado na introdução, ao nos referirmos a três esposas de Davi o fazemos porque na civilização antiga a poligamia era aceita. As famílias eram organizadas
em tribos e, sob o regime do patriarcado, os homens inham domínio total sobre as mulheres. Mas as consequências eram desastrosas e em várias histórias da Bíblia notamos isso claramente. Ana e Penina, por exemplo, as duas esposas de Elcana (pai de Samuel), viviam em guerra. Mais tarde esse tipo de comportamento foi proibido e duramente repreendido pelo Senhor. Hoje, o homem deve ser marido de apenas uma mulher, e esta, por sua vez, esposa de um só homem.
“O casamento deve ser honrado por todos; o leito conjugal, conservado puro; pois Deus julgará os imorais e os adúlteros.” (Hebreus 13:4)
Começo esse capítulo final falando mais uma vez sobre isso para que você perceba, se ainda não o fez, o quão privilegiada é: entre tantas mulheres da face da Terra, você foi a escolhida para auxiliar e cuidar desse homem que se casou por vontade própria! Talvez você se mantenha indiferente a essa verdade, mas ela é fundamental para que você aceite seu papel e o cumpra em amor. Eu sei que seu casamento pode não estar lá essas coisas, pode estar cambaleando ou até morrendo, mas acredite: ao se tornar uma esposa submissa, você receberá honra do Senhor. A Palavra de Deus é muito clara quanto à lei da semeadura e colheita, então, quanto mais você honrar, mais será honrada. Há alguns anos atrás, uma amiga me contou um fato estarrecedor envolvendo o tema submissão. Ela estava num casamento e naquele momento dos votos em que os noivos fazem as promessas de
cumplicidade, a noiva, repetindo ao seu "quase" marido as palavras ditadas pelo pastor, negou-se a dizer “prometo ser submissa”. “Fiel sim, mas submissa, nunca" foi o que ela disse em alto e bom om. Quer mais? Esse era o casamento de um pastor - e só estou contando esse detalhe para que você perceba a urgência em refletirmos sobre o assunto e arrancarmos de nós e das nossas igrejas os falsos conceitos impostos pelo mundo. A submissão, na verdade, valoriza nosso papel como mulher e deve ser traduzida como um ato de amor. É uma prova que a esposa está valorizando seu companheiro, que o respeita, confia nele e sente necessidade de tê-lo por perto. É seu agradecimento por ter sido escolhida como aquela a quem ele quer servir por todos os dias da sua vida. Isso mesmo, você não leu errado! Não é apenas a esposa que serve ao marido; no plano da submissão, o homem deverá prover tudo o que for necessário
para o bem estar da mulher, suprindo, com Cristo e em Cristo, cada uma das suas necessidades. Uma das passagens bíblicas de que mais gosto está em Êxodo. Ali vemos o povo de Israel, sob o comando de Josué, lutando contra Amaleque. Moisés e seus companheiros Arão e Hur subiram ao cume do outeiro – ficaram na intercessão - e quando Moisés levantava seus braços, Israel prevalecia; quando os abaixava, prevalecia Amaleque. Imagine que essa batalha não durou apenas cinco ou dez minutos e os braços de Moisés começaram a ficar cansados. Mas veja o que diz a Palavra:
“Porém as mãos de Moisés eram pesadas, por isso tomaram uma pedra, e a puseram debaixo dele, para assentar-se sobre ela; e Arão e Hur sustentaram as suas mãos, um de um
lado e o outro do outro; assim ficaram as suas mãos firmes até que o sol se pôs.” (Êxodo 17:12)
Desde a primeira vez que entendi esse exto, disse ao meu esposo que ele é o Moisés dentro do meu lar e eu quero ser aquela que sustenta suas mãos em todas as pelejas, com obediência, honra e respeito. Quando eu conseguir ser assim, estarei, de fato, sendo sua auxiliadora. E será um privilégio ser usada por Deus dessa forma.
Submissão na rotina da casa Nunca concordei com algumas amigas que exigem que o marido lave suas próprias meias ou roupas íntimas e divida com elas todo o serviço da
casa. É claro que gosto de ter meu marido ajudando a limpar os banheiros ou a louça suja, mas nunca cobrei isso dele. Ele o faz simplesmente por prazer, para me ajudar e demonstrar seu amor por mim mas se não fizesse isso, meu amor e admiração por ele em nada diminuiriam. Afinal, a obrigação do cuidado da casa é minha, não dele. Ele é o provedor. O problema é que hoje as mulheres trilham caminhos diferentes dos originais da criação e querem interferir no projeto do grande Arquiteto. Algumas estão convencidas de que “se eu trabalho e cuido da casa, meu marido também precisa fazer isso”. Não querida, ele não precisa. Ele pode fazer (e eu torço para que faça!) – mas se não o fizer, você não tem o direito de obrigá-lo. Da mesma forma, você pode ajudar no sustento financeiro da família – mas se não o fizer, ele não pode cobrá-la porque essa ordem foi dada a ele, não a você. A esposa pode sim ser uma excelente
profissional, mas sua prioridade sempre deverá ser o lar. Com funcionárias domésticas ou não, cabe à mulher o bom andamento da casa – seja dando ordens às empregadas, seja fazendo o que precisa ser feito. Nosso exemplo de esposa virtuosa, em Provérbios 31, fala sobre isso. Ela ajudava no sustento da família e era boa em negócios, mas ambém dirigia com sabedoria sua casa – tanto que seus filhos e marido reconheciam e a louvavam por isso. Ela era uma mulher que acordava cedo e dormia tarde, sua lâmpada não se apagava. Trabalhava bastante. É um preço a ser pago. Nos dias atuais, algumas mulheres acreditam que ser uma profissional bem sucedida é mais importante do que ser mãe e esposa. As feministas fizeram valer a máxima de que o trabalho dentro de casa é decadente e humilhante. Mas gosto de uma frase atribuída ao pensador britânico Gilbert Keith Chesterton sobre esse assunto: “O Feminismo
trouxe a confusa idéia de que as mulheres são livres quando servem seus patrões, mas escravas quando servem seus maridos”. Muitas mulheres da década de 60, época em que o Feminismo avançou e ganhou espaço, reavaliaram seus conceitos de liberdade. Elas provaram as consequências amargas de valorizar princípios que deturpam o casamento e a vida em família. Uma das porta-vozes desse grupo é a escritora norte-americana Camille Paglia. “Ao riorizarem o sucesso profissional, as mulheres da minha geração deram de cara com a parede e em breve verão que as felizes de verdade não são as ricas e bem-sucedidas, mas as que, em vez de correr atrás do sucesso, se dedicaram a construir randes famílias”, lamentou em entrevista à revista Veja. Quero deixar claro que sou a favor da mulher estudar e ser reconhecida profissionalmente.
Estou conduzindo minha filha de forma que um dia ela venha cursar uma Universidade e ter uma profissão. Mas sou contra isso se tornar seu maior propósito na vida e estar no topo de suas prioridades, acima dos cuidados com a família e da vontade de Deus. Também sou contra a profissão se ornar medida de valor, como se uma boa profissional fosse melhor do que aquela esposa e mãe que não estudou ou abriu mão da carreira. A segunda não tem menos valor do que a primeira, pelo contrário, considero-a privilegiada! Ocupar-se apenas com os afazeres do lar e a educação dos filhos não é para qualquer uma. Tem que ser guerreira, sábia, de mente saudável e coração rendido somente ao Senhor, não às coisas deste mundo. Se você abriu mão de um emprego porque ele estava tirando o tempo com seus filhos, parabéns. Você colherá os frutos, e eles serão
eternos! Se tiver filhos pequenos e ainda não fez isso, reavalie suas prioridades: seu salário é mesmo necessário para o sustento da casa ou você está deixando seus filhos sob os cuidados de outras pessoas apenas porque educá-los é um trabalho desgastante? O dinheiro que você ganha vale deixar que pessoas estranhas (que você pode nem saber como foram criadas, os traumas e os problemas que êm) os eduquem, ou você só precisa dele para comprar roupas novas e um sofá a cada final de ano? Os filhos são a herança do Senhor para nós. Você cuidaria bem – e pessoalmente - de um tesouro que lhe fosse confiado, não cuidaria? Por favor, não encare isso como um ulgamento ou afronta da minha parte. É apenas uma constatação que fiz ao longo de todos esses anos pastoreando famílias. Vejo mulheres que rabalham fora, de fato, por necessidade, e oro para que o Senhor as supra em todas as áreas, lhes dando
graça para cumprir fielmente os diversos papéis assumidos, como a mulher virtuosa de Provérbios 31. Que ela consiga chegar em casa após um dia inteiro de trabalho e ainda assim esteja disposta a ter um tempo prazeroso e de qualidade com os filhos e o esposo, sem que isso seja um peso rotineiro. Que ela não se esqueça da importância que tem na vida familiar e da diferença que faz no ambiente do lar. Sim, conheço mulheres assim. Mas são poucas. Infelizmente, a maioria trabalha apenas por vontade de realização, status ou capricho. Essas esposas chegam em casa cansadas e estressadas, e o resultado é que, por conta disso, deixam de lado os cuidados com o marido, os filhos e a organização do lar. Nessa difícil jornada, dão lugar à preguiça e permitem que o cansaço interfira nos relacionamentos, contaminando de forma negativa a comunicação com aqueles que estão próximo e até mesmo a rotina sexual com o marido, tornando o
casamento vazio e vulnerável aos ataques do inimigo. Sim, é um fardo muito pesado assumir um papel que não era para ser o seu. Então, hoje, se uma mãe de criança ou adolescente me pergunta se deve abrir mão da profissão para cuidar deles e eu vejo que ela pode fazer isso, eu digo que sim, ela deve renunciar a um período do seu dia. Note que, a não ser que Deus seja claro em lhe pedir o contrário, não acho que seja necessário abandonar a carreira: trabalhe meio período, principalmente quando os filhos já estão em idade escolar. Eu creio que você pode estar ali naquele ambiente de trabalho para ser uma boa representante do Reino de Deus, e o mundo precisa disso. Mas que tal trabalhar menos e se realizar como mãe e esposa – a maior de todas as realizações? Se você é esposa, mãe e exerce uma profissão, mantenha-se na dependência do Espírito e
ore sempre. O Pai é o maior interessado em lhe garantir uma vida abundante e vitoriosa em todas as áreas, então, Ele mesmo irá dirigir seus passos e mostrar cada decisão a ser tomada, seja em casa ou no trabalho. Conheço mulheres que deixaram a profissão para se dedicar ao lar, e nenhuma delas se arrependeu ou ficou frustrada. Conheço outras que não receberam a direção para deixar o emprego e conciliam vida familiar e profissional com excelência, sem peso e sem culpa. Deus é quem te conhece e sabe o que é melhor para você. Ele ambém tem planos para sua vida – e talvez você ainda nem imagine quais são. Por isso, o importante é ter coragem de entregar tudo a Ele e obedecer, seja qual for a ordem. Você irá se surpreender. Por outro lado, a mulher que não exerce uma profissão também precisa cuidar de suas prioridades. Não adianta estar em casa mas não se fazer presente. Com a televisão, o avanço da internet
e a febre das redes sociais, é muito fácil dedicar mais empo aos amigos ou às futilidades do que ao que de fato é importante. Dê atenção, valorize e priorize seu tempo em família. Aproveite cada oportunidade que Deus te dá para ministrar e abençoar seus filhos e marido. Encha sua mente e seu coração de coisas boas para que você possa possa dist distri ribui buirr isso sso aos que te cercam. Leia a Bíblia, ore, tenha comunhão com Deus e seja íntima do Espírito Santo. Isso também fará de você uma mulher que sabe viver em contentamento e realização com a vida que escolheu – afinal afinal de contas, contas, não adianta adianta abdicar abdicar da carrei carreira e descarregar a frustração nos filhos e esposo. A verdade é que quando a mulher descobre seu papel, gradativamente, dia após dia, encontra nele prazer. E meu maior desejo é que você, mulher, realmente descubra isso. É que só assim entendemos nossa importância e poder para dar vida onde tudo parece parece morto.
Muitas vezes olhei para meu esposo e vi sua necessidade de transformação em uma ou outra atitude, mas antes de compreender o poder da submissão, tentei fazer com que ele mudasse à minha maneira. Mesmo com uma boa intenção no coração, eu agia errado. Primeiro, por acreditar que meu ponto de vista era o ideal; segundo, por não deixar que o Espírito Santo agisse em Seu tempo e da Sua forma. O resultado era sempre discussão e muita insatisfação. Mas ao exercer submissão incondicional, obedecendo com inteligência, amor e honra, pude ver nele uma mudança genuína naquilo que precisava ser consertado. E o melhor: tive empo de olhar para mim e ver que nem tudo aquilo que eu considerava errado era problema nele, mas em mim. Uma mulher que entende a submissão, que é sábia, compassiva e cumpre os propósitos de Deus, é mais feliz. Logo, sua família também será.
Seus filhos, marido e amigos podem chegar em casa com saudades daquele sorriso contagiante e do perfume inig nigualáv ualável el que a feli felicidade cidade traz ao ambiente. Um perfume que nem o melhor produto de limpeza deixará no ar.
Mulheres Mulheres transf transforma ormadas das Para ser uma mulher assim, que exala um bom perfume e não semei semeiaa amarg amargura, ura, precisa precisamos mos ser transformadas a cada dia, “de glória em glória”, como escreveu Paulo na sua segunda carta aos Coríntios (3:18). É isso que peço todas as manhãs. Olho para o meu esposo e oro para que seja mais um dia agradável entre nós. Peço a Deus que nos ajude a vencer as tentações, os desejos maldosos da carne e que eu seja melhor e mais submissa do que fui no dia anterior. Isso não me faz parar de errar, mas com certeza, diminui minhas falhas.
Além das esposas de Davi, a esposa virtuosa de Provérbios 31 e as demais que foram citadas neste livro, Deus deixou na Bíblia vários outros exemplos de mulheres que não foram perfeitas, mas bem podem ser aquelas que gostaríamos de ser. Mulheres que erraram, mas aprenderam com seus erros. Entre elas, Sara, para mim, é uma grande inspiração.
Sara, apesar de suas falhas – ela duvidou do poder do Senhor em alguns momentos da vida ficou registrada na galeria dos heróis da fé do Novo Testamento. É que por sua obediência ao marido, Abraão, permitiu que ele fosse obediente a Deus. Ela o ajudou a ser um bom homem. Apesar dos fracassos, era uma mulher submissa que também sabia vencer. Quantas mulheres você conhece que
duvidam da capacidade do marido para chefiar o lar? Talvez muitas. Algumas de nós, infelizmente, com o passar dos anos, começam a desacreditar do cônjuge. "Ele nunca fez nada certo", pode ser sua ustificativa para estar sempre à frente das decisões. Mas deixe-o tomar seu lugar de direito. Honre seu esposo e Deus também a honrará. Creia com fé que o Senhor está dirigindo seu lar e vai usar seu esposo nessa caminhada. Você não quer um marido abençoado? Pois então, deixe-o ser! Uma esposa submissa, além de ser como um braço de confiança para o cônjuge, compartilha das bênçãos provenientes da fé. Experimente! Antes de receber a promessa do nascimento de seu filho, Isaque, Sara se chamava Sarai. Sarai quer dizer contenciosa, que entre outras coisas, revela uma pessoa dúbia, que gosta de provocar discórdias. Porém, quando deixou sua casa e partiu para a nova terra, ela passou a ser chamada de Sara
- "princesa". Em pleno deserto esta mulher foi ransformada e aprendeu a viver pela fé. Então, se hoje sua relação conjugal parece seca, sem um oásis à vista, apenas se entregue nos braços do Pai. Deixeo transformar sua vida e matar sua sede. Deixe-o fazer com que você se torne uma princesa também!
Maria, a irmã de Marta, é outro bom exemplo. Mesmo não estando casada, ela deixou um modelo de relacionamento que vale tanto para a vida conjugal como para qualquer outra forma de boa convivência humana. Felicíssima com Jesus, que havia ressuscitado seu irmão, Lázaro, Maria precisava agradecê-lo. Mas não encontrou palavras. Trouxe então, o que tinha de mais valioso: seu vaso de um caro perfume, que naquela época, era reservado para o dia do sepultamento. Derramou-o todo aos
pés de Jesus, numa atitude tola aos olhos humanos. Mas fez isso num gesto de extrema gratidão. Ela era realmente amável, e para expressar seu amor, privou-se do que tinha de melhor. Maria nos ensinou que é possível agradecer sem amar, mas nunca amar sem agradecer. E mais: que devemos fazer isso enquanto as pessoas estão vivas, não depois de mortas, num funeral. Muitas mulheres passam pela vida amarguradas porque exigem do marido mais do que o necessário. Elas não sabem reconhecer o valor de um pequeno gesto de carinho e em lugar de serem gratas, estão sempre querendo mais. Uma pastora contou certa vez que era muito perfeccionista e cobrava atenção demasiada do marido. Sempre dera muito valor a presentes materiais e esperava que o esposo compreendesse isso. Certa vez, para surpreendê-la, após participar de um Congresso de Homens, ele chegou em casa
com um buquê de rosas. O problema é que era "apenas" meia dúzia. Assim que essa mulher abriu a porta e o viu carregando as flores, sua primeira reação foi contestar: "Já que queria fazer uma surpresa porque não comprou logo um buquê de uma dúzia?" Talvez você nunca tenha feito isso mas está sempre insatisfeita. Imagina que deveria ter se casado com alguém "mais rico" ou com aquele antigo namorado "que era bem mais carinhoso". Mas pare um pouco e comece a olhar as coisas ao seu redor. Preste atenção nas demonstrações de amor de seu cônjuge, ainda que elas não venham da forma como você queria ou sonhava e valorize-as. Mais do que isso, se você sente que faltam atitudes de amor, comece a tê-las com seu marido. Não há melhor forma de mostrar o que queremos receber senão dando primeiro. Plantar para colher – jamais se esqueça
disso.
Treinamento de Rainha – dicas práticas Para reinar em seu lar você precisa deixar que seu marido assuma o lugar de rei, chefe, autoridade máxima! Lembre-se de que a esposa do rei é rainha! Há algumas atitudes importantes nesse processo, e todas elas têm como objetivo suprir as maiores necessidades dele como homem: sentir-se necessário e respeitado. Seu marido precisa notar que é importante na sua vida, que faz falta, que tem valor. Parece bobagem, mas não é. Diferente da mulher, que foi criada com a necessidade de sentir-se protegida, cuidada e amada, o homem foi programado na criação para ser o cabeça, o chefe, o responsável pela provisão – e quando falo provisão incluo as emocionais, não apenas as finanças do lar. Sendo
assim, ela só precisa ter a certeza de que é essencial ali. O plano de Deus é perfeito e nele todas as peças se encaixam. Um supre o outro, sempre. A esposa que de fato honra o marido age de acordo com essa verdade. Embora tenhamos aprendido que boas atitudes não bastam, pois elas podem mascarar a falta de respeito e insubmissão que estão em nosso coração, a honra sempre será notória, nos pequenos e grandes gestos. Quer fazer com que seu marido se sinta necessário, honrado e respeitado? Comece acatando as decisões dele sem discutir . É difícil, eu sei. Mas não impossível para uma mulher controlada pelo Espírito Santo. Você pode e deve opinar nos assuntos referentes à família - a sabedoria da esposa precisa ser levada em conta e valorizada. Mas no caso de divergências de opinião, a mulher precisa estar pronta caso a opção do cabeça não seja a que ela propõe. Há maneiras respeitosas de
argumentar. Em segundo lugar, seja uma esposa encorajadora. Em vez de ser negativa, dê crédito às decisões, atitudes e planos do seu marido. Até mesmo as mudanças necessárias podem ocorrer com palavras positivas em lugar de cobranças ou desencorajamento. Elogie mais para receber mais . Vou lhe dar um exemplo prático. Há algum tempo ministrei sobre esse assunto no Curso Mulher Rara e, entre tantos estemunhos que recebi, um representa muito bem o que quero dizer. Uma jovem esposa me contou que odos os dias saía cedo para trabalhar e voltava já na hora do almoço – ela trabalhava meio período então chegava em casa por volta das 12h30. O marido, um prestador de serviços, não cumpria um horário fixo e geralmente trabalhava de manhã em casa, ou, quando saia, retornava para o almoço por volta das 11h. A questão é que o marido sabe cozinhar muito
bem e algumas vezes a esposa se chateava ao chegar e encontrá-lo no sofá, sem ter se preocupado em dar início aos preparativos do almoço. “Eu queria que ele pelo menos colocasse o arroz no fogo”, contou. Ao ouvir a dica do encorajamento e das palavras positivas, no entanto, ela parou de cobrá-lo por isso. Em contrapartida, na primeira oportunidade que eve – quando ele finalmente fez o arroz – ela o elogiou. Agradeceu e disse que nunca comera um arroz como o dele. “Eu amo quando você faz o arroz”, finalizou. Pronto. A partir daí, todos os dias ela chegava e encontrava o arroz quentinho e fresco na panela! Outra mudança que precisa acontecer em muitos lares diz respeito ao trato entre marido e esposa, em especial, junto aos familiares e amigos. Ensine seus filhos que o pai deles está no comando e nunca lhe falte com respeito na frente de outras pessoas. As crianças aprendem mais com
nosso comportamento do que com nossas palavras. Se as meninas virem na mãe uma esposa reclamadora, autoritária e que desonra o marido, amais aprenderão o valor de uma esposa submissa. Os meninos que convivem com pais assim, por sua vez, são sérios concorrentes a se tornarem um “marido Acabe”, aquele passivo e intimidado perante o autoritarismo e insubmissão da esposa. Esse tipo de comportamento maléfico não parte apenas de uma esposa agressiva ou assumidamente impaciente. Não se engane. Você pode ser cheia das boas intenções e ainda assim agir errado. Não confunda a ordem divina de auxiliar com corrigir . Vou lhe contar outra história real para ilustrar isso. Estávamos num grupo de amigos na casa de uma família quando, na hora do almoço, uma filha de 8 anos começou a chamar a atenção do pai que estava repetindo o prato pela segunda vez. É que ele
estava, na época, fazendo regime para emagrecer e, a filha, então, tratou de lembra-lo disso na frente de odos. Ela o chamou a atenção em alta voz várias vezes enquanto ele fazia o prato, inclusive com o famoso “olha mãe”! Quem estava perto se constrangeu com aquilo, e eu, particularmente, abri meus olhos para essa realidade: as filhas reproduzem as atitudes da mãe. Entenda que o propósito pode ser digno, mas a maneira de colocá-lo em prática, nesse caso, traz desonra. Uma criança corrigindo o pai e, ainda por cima, publicamente? Eu poderia lhe dar vários exemplos diferentes, porque infelizmente, é comum vermos filhos repetindo no trato com o pai ou outras autoridades o comportamento insubmisso e autoritário da mãe. Eu mesma já vivi situações semelhantes, então, quando percebi o que estava acontecendo, expliquei à minha filha que o pai dela é o cabeça e pode fazer o que quiser dentro de casa
se isso não for imoral, ilegal e não ferir nossos princípios cristãos. A partir daí, busquei controlar minha língua e ser menos impetuosa nas reações para com meu marido. E é aqui que chegamos à última dica prática para você que deseja honrar seu homem de maneira plena: estabeleça limites entre seus direitos e deveres de esposa. Sim, há direitos para ambos no casamento. Mas também há deveres. Seus direitos terminam onde começam os dele e seus deveres começam onde terminam os dele. O marido não pode chegar em casa e não ter liberdade dentro dela. Não determine que tudo precisa ser do seu jeito, não crie discussões por que um sapato foi deixado fora do lugar. Se for necessário ordem, converse com a família, peça ajuda. Mas exija menos das pessoas e de você. Priorize e valorize o que de fato tem valor. Certa vez li uma frase numa plaquinha decorativa que nunca mais esqueci: “Esta casa é limpa para ser saudável
e bagunçada para ser feliz”. Em suma, para ser uma mulher segundo o coração do Pai, uma verdadeira rainha que agrada não somente ao “rei” do lar, mas também ao Rei Eterno, é preciso entregar tudo ao Senhor – e isso inclui deixar o governo da família para o marido . Como já vimos, ser submissa é uma atitude de fé, coragem e amor. Meu desejo é cada vez ver mais mulheres submissas, curadas, sábias, tementes a Deus e felizes no casamento. Mulheres que agem com a inteligência e o discernimento de Abigail, mas nunca com o desprezo e a amargura de Mical ou com a olice e insensatez de Bate-Seba. Aprenda a desfrutar da realeza que o Pai e seu marido têm para lhe oferecer. Há uma vida de rainha te esperando logo ali!
FIM
Referências Bibliográficas Bevere, John. “Debaixo de suas asas” - a promessa de proteção debaixo de Sua autoridade. Editora Dynamus.
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