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Educação Física Adaptada É um termo que designa um programa individualizado de práticas físicas e/ou sociais que visam suprir as necessidades especiais dos indivíduos. Vem com o intuito de ajustar uma atividade à dificuldade, limitação do praticante. De acordo com a IDEA (lei norte-americana que trata da educação física adaptada) a educação física adaptada tem de ser aplicada não somente em pessoas ou crianças que já tenham deficiências diagnosticadas, mas também naquelas que por ventura, pelo ambiente em que vivem o qualquer outro fator, possam vir a desenvolver um atraso nos seus aspectos físicos, cognitivo, comunicativo, social ou emocional. Os obj objeti etivos vos não são mu muito ito dif difere erente ntess da edu educaç cação ão fís física ica norma normalme lmente nte aplicada. Eles visam o desenvolvimento afetivo, cognitivo e psicomotor, porém, todos estes em detrimento de apenas um: a auto-realização do aluno. Muitos defendem (inclusive a lei, tanto norte-americana que é a base do livro, quanto a brasileira) que o estado, na figura da escola, deve garantir a educação especial aos portadores de deficiência. A sua inclusão entre os demais torna-o mais afetivo e sociável. Porém ai vem um desafio, criar métodos que desenvolvam todos os alunos dentro de suas limitações, não atrasando o desempenho de um e não passando por cima da capacidade do outro. Neste caso, o professor de Educação Física tem de estar bem preparado para lidar com essas situações, não bastando some so ment ntee su suaa fo form rmaç ação ão ac acad adêm êmic ica. a. Para Para isso isso o es esta tado do de deve veri riaa ca capa paci citá tá-l -loo a trabalhar nessa situação, e não apenas se fazer cumprir a lei de qualquer forma.
Planejamento Não há uma fórmula específica para a elaboração de um plano de educação adaptada, porém existem fatores que podem ser de grande importância como: o propós propósito ito,, me metas tas,, con conteú teúdo, do, obj objeti etivos vos.. Estes Estes dev devem em ter o grande grande propós propósito ito de alcançar o objetivo final, que é igual para todos (deficientes ou não), no caso a autoreal realiz izaç ação ão.. Ou Outr troo fa fato torr im impo port rtan ante te a se serr leva levado do em co cont nta, a, e o prim primei eiro ro a se ser r diagnosticado, é o tipo de necessidade especial que o aluno necessita, para depois disso avaliar quais movimentos podem ser feitos.
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O planejamento deve primar pela inclusão, fazendo com que os colegas tenham conhecimento da limitação do companheiro e o respeitem. Para um planejamento mais abrangente, por exemplo em uma rede estadual de en ensi sino no,, há vá vári rios os po pont ntos os cruc crucia iais is a se sere rem m leva levado doss em co cons nsid ider eraç ação ão.. Os responsáveis deverão analisar e instruir o responsável pela subseção a analisar os seguintes fatores: locais da prática, o tempo e o horário, orçamento, tamanho da classe, recursos humanos – que seriam os profissionais encarregados da instrução das aulas, normalmente o professor de Educação Física – as atividades e todos os seus pormenores. Uma grande ferramenta para o processo de melhora da auto-estima desses indivíduos, é através do esporte adaptado. Para eles é um grande desafio que gera prazer em competir, eles se sentem importantes para suas equipes. Existem ainda métodos mais específicos para a melhora desse aluno com deficiência; os chamados programas individualizados. Consistem numa avaliação, primeiramente, diagnóstica para saber em que nível este indivíduo se encontra. Com esses resultados, obtidos através de testes específicos em cada capacidade física poss po ssív ível el,, sã sãoo traç traçad adas as me meta tas, s, (ger (geral alme ment ntee pa para ra um an ano) o) ativ ativid idad ades es a se sere rem m praticadas e capacidades físicas a serem desenvolvidas e melhoradas. Dent De ntre re es este tess te test stes es te temo moss o de refle reflexo xoss e reaç reaçõe õess em qu quee os alun alunos os apresentam distúrbios devido a patologias neurológicas, a mais comum a paralisia cerebral. Alguns reflexos e reações indicam que o indivíduo está com um atraso na capa ca paci cida dade de mo moto tora ra ou ne neur ural al,, já qu quee os refle reflexo xoss prim primititiv ivos os su surg rgem em an ante tess do nascimento e somem no decorrer dos primeiros meses de idade. Se estes reflexos primit primitivo ivoss perman permanece ecem m alé além m do tem tempo po previs previsto, to, fica fica evi eviden dencia ciado do um proble problema ma neurológico. O teste mais usado nesses casos é o de Milani-Comparetti. Temos também o teste de movimentos rudimentares, que são os primeiros movimentos voluntários feitos pelo ser humano. Agarrar, sentar, rastejar, engatinhar são alguns deles. Usa como comparação os movimentos que as crianças conseguem fazer em determinada faixa etária. O teste de movimentos fundamentais (correr, arremessar, agarrar, pular etc) e de de dese senv nvol olvi vime ment ntoo mo moto torr gros grosso so e fin fino, o, se segu guem em a me mesm smaa idéi idéia, a, ou se seja, ja, a comp co mpar araç ação ão co com m te test stes es fe feititos os em de dete term rmin inad adaa idad idadee biol biológ ógic ica, a, ou o qu quee um indiví ind ivídu duoo con consid sidera erado do normal normal con conseg segue ue faz fazer er naq naquel uelaa ida idade. de. A partir partir daí são calculados os déficits.
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Muito importante nesses testes é saber se o indivíduo está tomando alguma medicação, e que remédios são esses, já que a maioria das substâncias como os estimulantes, antidepressivos, neurolépticos têm como efeitos colaterais ataxia, sonolência, insônia, fraqueza, aumento da PA, lentidão mental entre outros.
INDIVÍDUOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS Retardo Mental É um grupo heterogêneo de desordens mentais com casas variadas. Caracteriza-se por limitações cognitivas e funcionais nas habilidades mais essenciais como atividades do cotidiano. Para seu diagnóstico adota-se o princípio de: o indivíduo ter uma intelectualidade acentuadamente abaixo da média, concominantemente com duas ou mais limitações das seguintes atividades: comunicação, cuidados pessoais, competências domésticas, habilidades sociais, utilização dos recursos comunitários, autonomia, saúde e segurança, habilidades funcionais para a escola, o trabalho e o lazer. Até 1992 o retardo mental era classificado em quatro níveis que dependiam de escores obtidos nos testes de QI. A partir daí a Associação Americana de Retardo Mental diminuiu para dois níveis: leve e severo, e os testes agora são baseados em nas dez limitações funcionais citadas no parágrafo anterior. As causas mais conhecidas são; a síndrome alcoólica fetal e distúrbios
relacionados aos cromossomos X. Esses distúrbios são causados por um defeito em um gene sexual recessivo. Ocorrem duas vezes mais em homens do que mulheres, pois eles herdam um cromossomo X e um Y, enquanto a mulher herda dois X sendo que o X dominante normal se opõe ao defeituoso, então ela será clinicamente normal, mas ainda assim ela corre o risco de passar esse gene defeituoso à metade de seus descendentes ao passo que os homens transmitirão a todas suas filhas mulheres que serão portadoras do gene defeituoso, mas não aos filhos homens que estarão livres dessa patologia (por parte de pai). A síndrome de down é a mais conhecida condição genética associada ao retardo mental. Sua causa mais comum é a trissomia 21, assim chamada pela presença extra de um cromossomo 21, isso faz com que o total fique em 47 em vez dos 46 normais (23 de cada genitor).
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Existem mais de 80 características clínicas associadas a essa síndrome. As principais são: baixa estatura, boca pequena, lábios finos, cabeça pequena, falta de equilíbrio, hipotonia, língua protusa e fissurada, obesidade de leve a moderada, olhos inclinados para cima e para fora, pescoço curto e orelhas com implantação baixa, sistema respiratório e cardiovascular subdesenvolvidos, visão e audição limitadas. Por esse conjunto de características elas tendem a apresentar outros problemas de saúde, 40% desenvolvem doenças cardíacas e congênitas e correm maiores riscos de terem leucemia. As atividades físicas para essa população devem ser rigorosamente planejadas. Primeiramente deve-se ter uma liberação médica. Deve-se evitar hiperflexões, pois podem provocar hérnias, distenções, entorses. Devem ser realizados trabalhos para fortalecimento da musculatura em torno das articulações para evitar os efeitos da hipermobilidade articular. Enfim, todas as atividades devem levar em conta suas características fisiológicas.
DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM E DÉFICITS DE ATENÇÃO Um distúrbio de aprendizagem (DA) refere-se a uma grande diferença entre o potencial de aprendizado e o que realmente o indivíduo aprende, e não está relacionado ao retardo mental, distúrbio emocional ou ao ambiente. Deve-se então, a um distúrbio em um ou mais processos psicológicos envolvidos na compreensão ou no uso da linguagem afetando o desempenho escolar. O distúrbio de déficit de atenção/hiperatividade (DDAA) se caracteriza por desatenção, impulsividade, superatividade, superexcitação. Eles tem bastante dificuldade de controlar os movimentos corporais Especificamente na de Educação Física tanto os alunos com DA e DDAA têm déficit em habilidades motoras que envolvem equilíbrio, coordenação viso-motora, e coordenação bilateral (Bruininks e Bruininks, 1997; Haubenstricker, 1983). Alunos com DDAA têm grandes problemas com disciplina Um planejamento de aulas ótimo para esses tipos de alunos é o das abordagens multissensoriais. Consiste em usar três ou mais canais sensoriais no processo de ensino-aprendizagem como o visual, auditivo, cinestésico e tátil. Por exemplo o professor em vez de explicar a atividade, ele á demonstra para esse aluno e o manipula fisicamente durante o exercício.
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DISTÚRBIOS COMPORTAMENTAIS São distúrbios relacionados com a forma de agir do aluno, que se comporta de maneira inesperada, estrapolando os níveis de condutas considerados normais na sociedade. A causa identificada por estudiosos passa por quatro fatores: biológico, cultural, familiar, escolar. Como
fatores
biológicos
podem
contribuir:
anomalias
genéticas,
temperamento difícil, dano ou disfunção cerebral, deficiências nutricionais. No âmbito familiar: relações hostis, divórcio, ausência do pai ou da mãe. Na escola: insensibilidade com a individualidade, expectativas inadequadas, ensino de atividades irrelevantes. E na cultura: conflito entre valores e padrões da sociedade, falta de perspectiva multicultural, abuso de drogas entre outros vários. Para o tratamento, compreensão e educação de alunos com esses distúrbios são usados as abordagens: psicodinâmica que se concentra na melhora da função psicológica; psicoeducacional que enfatiza a conscientização dos alunos quanto ao seu sentimento; ecológica amenizando o distúrbio no ambiente do aluno entre outros.
AUTISMO É uma deficiência que afeta a comunicação verbal e não-verbal, bem como a interação social. Ocorre principalmente antes dos 3 anos de vida e prejudica o desempenho educacional. As principais características são: comprometimento grave da capacidade de socialização e comunicação com os colegas, poucos interesses, comportamentos de auto-estimulação e auto-lesão. Na área de socialização está seu principal problema. Não costumam fazer amizades, não são recíprocos a um cumprimento, abraço, seu rosto não demonstra expressões, são indiferentes à presença de ouros indivíduos. Na comunicação são incapazes de iniciar uma conversa ou sustentar um diálogo, usam um linguajar repetitivo, estereotipado. O comportamento é compulsivo, são obstinados por uma rotina, costumam fazer movimentos motores bizarros como auto-estimulação, comportamentos de auto-lesão como socar, arranhar, enfiar o dedo no olho, balançar violentamente a cabeça.
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As causas são pouco conhecidas. Muitos estudiosos concordam que alterações estruturais e neuroquímicas do sistema nervoso central sejam as causas principais. Outros acreditam que a esclerose tuberosa, síndrome da rubéola congênita, fenilcetonúria, síndrome do X frágil e infecções virais possam estar ligadas ao autismo. De acordo com especialistas o mau desenvolvimento e atraso motor de alunos com distúrbios de comportamento (que incluem autistas) deve-se aos vários fatores relacionados com seus distúrbios e não á uma incapacidade nata deles de movimentar-se. Como o autismo se dá aproximadamente aos 3 anos de idade, os portadores não chegam a automatizar as habilidades motoras básicas que segundo vários autores ocorre a partir dos cinco ou seis anos. Portanto é importante um trabalho consistente com relação a essas habilidades e por um longo tempo. Várias pesquisas confirmaram que o exercício físico funciona como um atenuante dos comportamentos anormais desses indivíduos. Um bom planejamento contendo esportes adaptados, jogos individuais, desenvolvimento de e melhora na eficiência das habilidades motoras básicas do cotidiano; mostra-se uma ótima ferramenta para a melhora da qualidade de vida dessas pessoas.
DEFICIÊNCIA VISUAL E SURDEZ A deficiência visual é definida como um comprometimento da visão. Inclui-se a cegueira total e parcial. Há inúmeras causas como: degeneração macular, retinoblastoma que é um tipo de câncer que geralmente leva a remoção do olho, rubéola durante a gravidez (no caso o embrião ficará com o problema), albinismo, glaucoma, catarata entre vários outros. A falta de visão não interfere diretamente nas características físicas do indivíduo, a não ser no olho. No entanto, pode comprometer sua aptidão devido a falta de estímulo decorrente da dificuldade ou impossibilidade de enxergar. Erros comuns ocorrem frequentemente quando uma pessoa fica cega ou com baixa visão. Por exemplo, a super-proteção dos pais, que muitas vezes impedem os filhos de praticarem atividades físicas não se dando conta que estão os tornando mais dependes e que isso os deprime muito. Um bom planejamento de Educação Física para esse tipo de aluno passa por uma avaliação diagnóstica tanto de um oculista para saber o grau de deficiência,
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quanto do professor para saber qual seu grau de habilidade e capacidade motora. Deve-se criar situações onde ele aprimore seus outros sentidos como o tato, a audição, olfato para que ele se torne mais independente. Estas situações também tem de o deixar seguro para explorar ao máximo seu potencial O termo surdez designa uma perda auditiva em que a audição é insuficiente para compreender as informações auditivas,com ou sem uso de aparelhos. Na sua maioria, a surdez vem de nascença (aproximadamente 2/3). Os graus de perda auditiva se dividem em ligeira, leve, moderada, severa e profunda. As características físicas e aptidões de um surdo são normais, porém ele poderá ter um atraso nas habilidades motoras por falta de estímulos ou pela não compreensão das atividades. A maioria dos surdos apresentam problemas com equilíbrio, já que o sistema vestibular fica bem próximo ao ouvido interno onde ocorre a patologia. Nas aulas, ao se explicar uma tarefa, deve-se levar em consideração o grau de surdez do indivíduo e usar técnicas que o ajudem a compreender melhor, como: sempre explicar de frente para esse aluno, isso facilidade uma leitura labial; demonstrar a atividade ou pedir que um colega demonstre a ele; usar sinais de fácil entendimento ou se for o caso e o professor tiver conhecimento, usar a linguagem de sinais; nunca ficar de costas para esses alunos e todos os métodos que facilitem a compreensão.
PARALISIA CEREBRAL, ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL E TRAUMATISMO CRÂNIO-ENCEFÁLICO A paralisia cerebral é um grupo de sintomas incapacitantes permanentes, resultante de danos em áreas do cérebro responsáveis pelo movimento. De acordo com o local de paralisia, os indivíduos são classificados em monoplégicos: comprometimento de qualquer parte do corpo; diplégicos: comprometimento de ambos os membros inferiores, e menos acentuados nos superiores; hemiplégico: paralisia de um lado do corpo; paraplégico: comprometimento dos membros inferiores; triplégicos: de três membros e quadriplégicos ou tetraplégicos: comprometimento total do corpo. Esses indivíduos possuem várias características anormais como a epasticidade, que é caracterizada por hipertonicidade principalmente dos flexores e rotadores internos, que podem levar a contratura e deformidades ósseas. Essa
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patologia está associada ao reflexo miotático hiperativo. A atetose também pode ocorrer nesses indivíduos. Ela é caracterizada pelo dano aos gânglios basais que passam a mandar impulsos motores muito além do normal, o que ocasiona os movimentos descoordenados e involuntários. Já a ataxia os causa a perda do equilíbrio e da coordenação pelo comprometimento do cerebelo. A PC não é considerada uma doença. Seu controle deve se dar na diminuição dos sintomas, que na sua maioria são motores. Deve-se explorar o máximo de seu potencial para melhora sua qualidade de vida O termo AVC significa acidente vascular cerebral e designa um dano ou uma necrose de tecido cerebral devido a má circulação sanguínea. Essa falta de sangue no cérebro se deve principalmente ao estreitamento de uma artéria ou de um coágulo ou de placas de gordura que obstruem a artéria e interrompem parcial ou totalmente o fluxo de sangue. Dependendo do tempo, da intensidade e da localização, a pessoa pode apresentar vários problemas subseqüentes desde a perda da fala, memória ou até mesmo vir a óbito. Existem fatores de risco que são evidenciados nos AVCs, como a hipertensão, diabetes mellitus, fumo, abuso de drogas, obesidade, abuso de ácool. As pessoas que sofreram AVC tem expectativa de retomar algumas capacidades motoras e cognitivas, já as com PC isso é irreversível. O termo traumatismo crânio-encefálico designa uma lesão cerebral que afeta as funções físicas, cognitivas, sociais, comportamentais e emocional. Os comprometimentos físicos envolvem a falta de coordenação, dificuldade para planejar e estabelecer sequência de movimentos, dores de cabeça, espasticidade muscular, distúrbios da fala. Ocorrem em função de acidentes de trânsito, no esporte, em brincadeiras, por maus-tratos, quedas. Pode ser aberta ou fechada. A aberta é quando indivíduo sofre um trauma, uma pancada na cabeça e esta fica com um corte exposto, e a fechada é quando a cabeça é sacudida violentamente (ocorre principalmente em acidentes automobilísticos) e as fibras nervosas do cérebro se rompem em decorrência disso, fibras essas que enviam mensagens a outras áreas do SNC e ao resto do corpo. O planejamento para atividade física desse indivíduo implica primeiramente em saber suas possibilidades junto aos médicos. A parti daí deve-se criar um ambiente em que ele se sinta seguro para desenvolver suas habilidades. No caso do indivíduo ter sofrido o TCE após a aprendizagem e aperfeiçoamento das habilidades
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motoras básicas, o planejamento deve enfatizar muito a recreação e a socialização, já que a criança nunca mais voltará a desempenhar a mesma qualidade de movimento realizada antes do trauma.
AMPUTAÇÕES e NANISMO O termo amputação designa a perda de um membro inteiro, ou de um segmento. Pode ser adquirida (por doença, acidente) ou congênita (má formação do feto). As amputações podem ser classificadas de acordo com o local e o nível de ausência do movimento. De acordo com a organização mundial de esportes para portadores de deficiência as amputações classificam-se em: classe A1: bilateral acima do joelho. A2: unilateral acima do joelho. A3: bilateral abaixo do joelho. A4: unilateral abaixo do joelho. A5: bilateral acima do cotovelo. A6: unilateral acima do cotovelo. A7: bilateral abaixo do cotovelo. A8: unilateral abaixo do cotovelo. A9: amputações combinadas de membros superiores e inferiores. As aulas de educação física devem proporcionar ao amputado ambiente para que ele adquira e mantenha sua habilidade motora grosseira. O nanismo é uma condição na qual a pessoa possui baixa estatura. Geralmente inferior a 1,52m. Pode ocorrer devido a falha de conversão de cartilagem em osso durante o crescimento ou devido uma irregularidade na glândula pituitária. Com exceção da baixa estatura, eles são considerados normais. A classificação possui duas categorias: proporcional, quando os membros são curtos mas proporcionais ao resto do corpo, e desproporcionais onde geralmente
os
membros são curtos, torso normal e cabeça grande. Na educação física devem ter o mesmo tratamento, com relação a plano de ensino, que os demais. As suas capacidades cognitivas são iguais as dos colegas de mesma idade.
ALUNOS COM OUTROS PROBLEMAS DE SAÚDE O nosso objetivo é dar algumas instruções, para que os professores possam ajudar os alunos portadores de diversos problemas e deficiências a participarem das aulas de educação física com segurança. Foi feito alguns conceitos básicos para
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modificar e implementar alguns programas de ensino, individualizado e especifico para a alunos com deficiência com atividades especificas de educação física DIABETES MELLITUS
O diabetes millitus, é uma doença crônica que é provocada por falta de insulina e também por distúrbios no metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras. Uma porcentagem especifica que foi avaliada dos casos de diabetes, acontecem com crianças em idade escolar. O diabetes millitus insulino-dependente em alguns casos esta relacionado a uma origem viral, também foram associadas causas hereditárias, ou genéticas a esse tipo de diabetes. Uma reação auto-imune, na qual esse vírus pode afetar as células corporais, fazendo com que esse sistema imune não mais o reconheça como parte do corpo. Vários fatores parecem aumentar a probabilidade de contrair essa doença: •
Estresse emocional;
•
Medicações (como os corticosteróide)
•
Obesidade
•
Anticoncepcionais orais
•
Gravidez
TIPOS DE DIABETES
Existem dois tipos de diabetes, (DMID) também conhecido como diabetes propenso à cetose ou juvenil, e diabetes mellitus não insulino-dependente (DMNID) também conhecido como diabetes da maturidade ou resistente à cetose. O tratamento do diabetes millitus não insulino-dependente, por sua vez, pode consistir apenas da dieta isolada ou em conjunto com a insulina ou agentes hiperglicêmicos. Já que a maioria dos diabéticos em idade escolar, é insulino-dependente, ala é um distúrbio auto-imune, e possa ser viral ou genético, no qual as células pancreáticas se degeneram com o passar do tempo, e consequentemente, a produção de insulina diminui. A interferência na ação da insulina em nível celular, o defeito no armazenamento de açúcar no fígado, a produção excessiva de açúcar
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nesse órgão e a menor utilização do açúcar em nível tissular são complicações relacionados à doença.
EDUCAÇAO FISÍCA E O ALUNO DIABÉTICO
A observação de certos procedimentos e protocolos, deve garantir ma participação bem sucedida nas atividades de educação física por partes dos alunos diabéticos. Tanto o aluno como o professor e educação física deverem estar cientes da inter-relação entre dieta, ingestão de insulina e exercícios físicos. Uma questão muito importante também é a interação entre a interação e a dosagem de insulina, a intensidade da atividade e a quantidade necessária de insulina são inversamente proporcionais: um alto nível de atividade requer a redução na dosagem de insulina. O professor de educação física deve notificar ao aluno diabético qualquer alteração planejada quanto ao tipo ou à intensidade da atividade. O aluno terá de fazer, com antecedência, os ajustes adequadas na dosagem de insulina e/ou dieta. O aluno diabético procura manter os três fatores constantes: exercícios usam de insulina e dieta. Esse aluno deve monitorar constantemente a sua glicemia. O professor deve proporcionar tempo e privacidade para que o exame seja feito. O monitoramento atento permite que os diabéticos verifiquem se o problema esta sendo bem controlado, alem de ser essencial para a participação segura na educação física atleta. Há alguns fatores que tanto o aluno quanto o professor de educação física devem levar em consideração. O aluno envolvido num programa de treinamento o exercício intenso deve aumentar a ingestão de alimentos em vez de alterar a dosagem de insulina, a ejeção maciça de carboidratos não é apropriada para diabéticos: eles devem ingerir os carboidratos durante os exercícios, pois não tem a capacidade de armazenar glicogênio. À medida que os diabéticos envelhecem, os problemas circulatórios podem vim a ser uma grande preocupação. Atualmente, os médicos reconhecem os grandes benefícios que a participação em todos os tipos de atividades físicas. CRISES CONVULSIVAS
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Crises, distúrbios convulsivos e epilepsia são termos usados para descrever um problema no cérebro que se caracteriza por crises recorrentes, estima-se que as crises convulsivas ocorrem em 650de cada 100 mil pessoas na população e geral. As possíveis causas da epilepsia são: trauma grave no parto, abuso de drogas malformação congênita do cérebro e traumatismo craniano. TIPOS
Os distúrbios convulsivos: generalizadas não-convulsivas
e convulsivas
generalizadas. Outro sistema classifica as crises como grandes mal e pequeno mal. As crises parciais se originam em uma área localizada do cérebro, e geralmente têm sintomas específicos.Os termos tradicionais “crise psicomotora”. A crise pode começar em um dedo, estender-se a mão e, por fim, afetar o restante do braço. Às vezes, uma crise parcial desse tipo se torna uma crise tônico-clônica generalizada. A crise parcial complexa pode ter tipos diferentes de sintomas, mas,de modo geral, evidencia-se um comportamento desproporcionado. A pessoa ode apresentar um olhar vidrado, falar de modo ininteligível, vagar sem rumo e, emitir ruídos estranhos. As crises mioclônicas, atônicas, tônico-clônicas generalizadas e dez ausência são formas de crises generalizadas e de ausência freqüentemente encontradas em crianças, duram em geral de um a dez segundos. O professor pode pensar, erroneamente, que essa alteração de consciência é um devaneio
ou falta de
atenção. Esse tipo de crise raramente ocorre durante o exercício. Em muitas pessoas, essa crise é precedida por um aviso, como uma sensação de devaneio, distúrbio visual, náusea ou sensações olfativas. Os fatores a seguir parecem promover a ocorrência das crises: Aumento na alcalinidade sanguínea Constipação Consumo de álcool Estresse psicológico
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Hiperventilação Luzes piscantes a uma determinada velocidade Período menstrual Caso ocorra uma crise, é importante relata-la por escrito, em detalhes. Essa informação é importante para relato de incidentes no sistema escolar, e também propicia dados para que o medico avalie a gravidade e a duração de crise o individuo, ajustando as dosagens da droga se for necessário.
Educação física e Alunos com distúrbios convulsivos A participação de alunos com distúrbios convulsivos hoje em dia é muito mais aplicadas. Pois eles podem participar de varias atividade. Ate mesmo as que têm contatos com outros participantes. Já antigamente não podiam nem participar de atividades em que existisse contato eles podiam joga golfe, boliche e croquet com segurança.Os professores podem ajudar esses alunos a se envolverem de forma mais ativa no esporte e na atividade física. A segurança do aluno é uma grande preocupação do professor. Embora os alunos portadores de distúrbios convulsivos possam participar da maior parte das atividades, certa precaução deve ser tomada. Se caso as crises não estiverem controladas ou apresentarem efeitos colaterais representarem risco, algumas modalidades devem ser modificada ou ate ser excluídas do programa do aluno.
ASMA O aluno asmático pode ter receio de participar da aula de educação física. O professor deve sempre esta ciente que esses alunos devem ter um cuidado especial e orientar-se sobre esses alunos.
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Desses alunos que sofrem de asma, existem a asma alérgica ou extrínseca que ocorre por alergia, e quase sempre de substância nocivas como pó,pólen,resto de pele de animais,esporos de fungos e certas drogas. È fácil perceber quando um aluno esta sofrendo uma crise asmática pelos seguintes sinais,chiado, falta de ar, e tosse ate a ausência da respiração. Os professores devem estar cientes de um problema conhecido como asma induzida pelo exercício (AIE)ou bronco pasmo induzido pelo exercício (BIE). O exercício de alta intensidade ou duração parece precipitar a contração muscular dos tubos brônquicos, fato que provoca ataque de asma. De acordo com hipótese normalmente aceita durante o exercício as vias aéreas intratorácicas são resfriadas pelo ar que não foi totalmente aquecido. Os fatores a seguir influenciam a ocorrência da BIE: Condição o ar Exercício intervalo X exercício continuo Falta de aquecimento Intensidade de exercício Uso de medicação no exercício
Medicação e Asma Hoje em dia a medicação ajuda muito os asmáticos a evitarem o BIE assim permitindo que essas pessoas também participem das aulas de educação física e esportes
Educação física para alunos asmáticos Os professores que pretendem integrar esse tipo de alunos em suas aulas devem seguir algumas diretrizes: >Converse com o aluno respeito da opinião dele sobre exercício e, coletividade, estabeleça as metas da educação física. >Oriente que faça aquecimento no inicio de cada aula, antes das atividades vigorosas. >As aulas devem ter de trinta a quarenta minutos. No inicio o aluno fisicamente inapto deve fazer aulas mais curtas e ter descansos intercalados.
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>Os alunos asmáticos devem fazer atividades físicas de quatro a cinco vezes por semana > apos cada termino de exercício deve-se parar devagar, jamais parar bruscamente sempre andar ate que seus batimentos cardíacos tornem ao normal. >É aconselhável
a esses alunos exercícios que fortaleçam os músculos do
abdômen, do tronco e dos ombros. Eles podem optar por ginástica artística. >Atividades aquáticas podem ajudar muito se for em ambiente quente e úmido, promove o controle respiratório e envolvem vários grupos de músculos. >e bom que o atleta estabeleça seu próprio ritmo e é bom reduzir os exercícios quando o chiado estiver presente.
Câncer Cerca de 135 mil norte americano morem de câncer a cada ano superado apenas por doenças cardiovascular. E apesar do câncer estar ligado à velhice o câncer esta associado a muitas mortes de crianças e adolescentes. Nessa faixa etária perde somente para acidentes.
Tipos Geralmente o câncer é classificado de acordo com o tecido que e afetado. Tumores malignos de tecido conjuntivo, muscular ou ósseo são denominados sarcomas; já os neoplasmas do tecido epitelial que reveste superfícies, delineia as cavidades e constitui as glândulas são conhecidas como carcinomas.Na idade escolar ocorre os seguintes tipos de câncer com mais freqüência, a leucemia e os tumores do sistema nervoso central. Já os tumores ósseos são mais comuns em crianças que em adultos: as idades mais afetadas são entre 15 e 19 anos. O tratamento envolve, um ou mais das seguintes abordagens terapêuticas: cirurgia, radiação ou quimioterapia. A cirurgia é feita para retirar um tumor volumoso, aliviar a dor, corrigir obstruções e reduzir a pressão sobre as estruturas circundantes.
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Radiação para impedir a multiplicação celular e destruir as células cancerosas. Quimioterapia emprega vários tipos de drogas para inibir o crescimento do tumor e impedir a metástase. EDUCAÇAO FISICA PARA ALUNOS COM CANCER
A participação deste tipo de aluno em atividades de educação física depende dos seguintes fatores: o estado de saúde, a importância da atividade física na opinião do oncologista, o tipo de apoio que os pais oferecem e a disposição do professor para trabalhar com esses tipo alunos. O exercício é promissor como técnico de manutenção ou recuperação de pacientes com câncer. Embora as atividades físicas sejam benéficas, as necessidades dos alunos devem ser trabalhadas individualmente. O tipo de câncer, ser estado e a condição geral do aluno determinam a extensão e a intensidade do programa. O fato de estar incluído na educação física e de ter sucesso nesse ambiente pode melhorar muito a imagem do aluno. Para ajudar a diminuir a inibição, o professor pode permitir que o aluno use um boné ou outro tipo de cobertura na cabeça durante a aula, caso o tratamento medico tenha provocado queda de cabelo. O aluno portador de leucemia possa se beneficiar com as modificações programáticas recomendadas para o aluno portador de anemia ou problema cardiovascular. Um aluno com tumor no sistema nervoso central pode precisar das mesmas adaptações que o portador de paralisia cerebral ou distrofia muscular. DOENÇAS CARDIOVASCULARES
O sistema cardiovascular que abrange o coração, as artérias as veias e o sistema linfático, pode ser considerado como sistema de transporte do corpo, responsável pela vida. O aluno portador de doença cardiovascular pode estar protegido pela IDEA. Os alunos portadores de doenças cardiovasculares podem participar das aulas de educação física normalmente, mas é claro que com as prescrições medicas. Com algumas recomendações de problemas cardiovasculares normalmente encontrados em crianças com idade escolar ou da pré-escola, alem de
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procedimentos e técnicas para a prestação de serviços de educação física destinados a esses alunos. EUDUCAÇAO FISICA E ALUNOS COM DITURBIOS CARDIOVASCULARES
O segredo de integração dos alunos com problemas cardiovasculares à educação física é determinar o nível adequado de intensidade. O aluno afetado que freqüenta a escola deve participar de algum tipo de programa de educação física, esse nível de intensidade, pelo menos no inicio deve se basear na recomendação medica. O exercício dinâmico envolve alterações no comprimento muscular e no movimento das articulações, contrações rítmicas. Essas atividades a um aumento de consumo de oxigênio, debito cardíaco e freqüência cardíaca. O exercício estático envolve desenvolvimento de uma força muscular relativamente intensa, nessas atividades ocorrem aumentos nas pressões sistólica e diastólica e arterial. EDUCAÇAO FISICA PARA ALUNOS ANEMICOS
Muitas das causas apresentadas
na seção que trata de doenças
cardiovasculares se aplicam ao aluno portador de qualquer tipo de anemia. O professor de educação física pode ser o primeiro a suspeitar que o aluno seja anêmico, ao observar letargia, com falta ou perda de força ou resistência, irritabilidade e cansaço precoce. Em todas as atividades, os níveis de intensidade devem ser condizentes com o estado fisiológico do aluno. O medico deve orientar em relação ao nível de intensidade dos esforços de aptidão física e o professor deve selecionar atividades físicas e motoras adequadas. EDUCAÇAO FISICA PARA ALUNOS
O aluno hemofílico pode usufruir dos benefícios físicos e sociais da participação na educação física, desde que se tomem as devidas precauções e as modificações adequadas sejam feitas. O médico pode solicitar que o professor de educação física observe sinais de hemorragia interna grave, como dor forte ou inchaço nos músculos e articulações rigidez articular e dor abdominal, esse aluno nunca deve tomar aspirina, pois essa droga da tendência ao sangramento.
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Atividades que melhoram a aptidão física do aluno devem fazer parte do currículo. A natação é uma excelente atividade para melhorar a resistência cardiorespiratória, força e resistência muscular, sem submeter o aluno a um possível trauma. EDUCAÇAO FISICA E ALUNOS COM AIDS
Com essa doença, o medico desempenha um papel fundamental de determinar a colocação da criança no ambiente escolar e na aula de educação física. A natureza do programa de educação física para alunos com AIDS depende das capacidades físicas e habilidades motoras de cada um. As crianças com AIDS manifestam alguns sintomas: infecções oportunistas, doença pulmonar crônica, falta de crescimento e encefalopatia. Os comprometimentos cognitivos são mais evidentes em crianças portadoras de AIDS do que os jovens que apresentam ARC. Apesar de exigir praticas adequada de higiene, a AIDS requer menos adaptações e modificações do que outros tipos de deficiências. Os alunos portadores do HIV podem participar das aulas de educação física com sucesso e frequentemente praticarem esportes competitivos.
ALUNOS NÃO-PORTADORES DE DEFICIENCIA E EDUCAÇAO FISICA ADAPTADA LESOES POR ATIVIDADES
Os alunos podem sofrer lesões ligadas à atividade física ou a esportes em diversos ambientes. Se ocorrer uma lesão na aula de educação física deve-se administrar assistência imediata. O professor deve dar os primeiros atendimentos, e depois orientar ao aluno a procurar um medico, mas se o caso for de mais gravidade deve ser chamada ambulância e levar para o hospital imediatamente, embora o professor de educação física não seja um fisioterapeuta ele pode prestar assistência de grande importância para o aluno lesionado. Se o aluno estiver tendo sucesso em sua recuperação, a aula de educação física pode ser uma oportunidade de fazer exercícios ou atividades que ajudam no problema.
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TPOS DE EXECICIOS
Os exercícios de cadeia cinética aberta e de cadeia cinética fechada são bastante usados para descrever atividades de membros inferiores. Esses dois tipos são utilizados nos programas de reabilitação e aptidão física, as implementados a fim de desenvolver força e flexibilidade. Os exercícios de posição sentados ou em decúbito dorsal em uma bancada, servem para fortalecer os quadríceps ou posteriores da coxa, os exemplos de cadeia cinética aberta. a flexão de joelho a meia profundidade é um exemplo de cadeia cinética fechada. Mas a grande pergunta ainda é: qual será o melhor tipo de exercício? Tanto os exercício de cadeia cinética aberta com os exercícios de cadeia cinética fechada devem fazer patê do programa de reabilitação e aptidão física DISTURBIOS DE LONGO PRAZO FRATURAS
Distúrbios de longo prazo são problemas se saúde que duram, mas de trinta dias, como pó exemplo, um entorse no tornozelo mais grave, só trinta dias pode não ser suficientes para a sua recuperação. Em alguns desses distúrbios e longo prazo, pode ser integrada as aulas de educação física para sua melhor reabilitação. Já em casos de fraturas, os ossos dos membros superiores e inferiores podem sofrer fraturas com mas freqüência em atividades. Um aluno com algum tipo de fratura, significa dois desafios para os professores e educação física; desenvolver um programa especifico para o aluno engessado e presta assistência após a retirada do gesso, para
que o aluno tenha uma boa reabilitação de volta as
atividades de educação física normais. Os exercícios que envolvem as articulações em cima ou abaixo do gesso, o professor precisa ter uma orientação medica desse aluno antes de aplicar-lhe as atividades. A participação desses alunos na aula de educação física seria muito importante para ele. Quando as atividades curriculares da escola impossibilitam a participação dos alunos com fratura, o foco de desenvolvimento do aluno na aula de educação física deve ser a aptidão física dos três membros restantes. Após a
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remoção do gesso,os professores devem implantar ao aluno as atividades mias normais da aula possíveis, é de sua importância principalmente para alunos de classe baixas que muitas vezes não tem acesso uma orientação medica adequada. PROBLEMAS DE CONTROLE DE PESO
Existem dois problemas de controle de peso; sobrepeso e subpeso, e ambos apresentam graves riscos a saúde dos alunos, A bulimia e a anorexia são doenças relacionadas ao problema de subpeso, a bulimia leva a pessoa a comer sem medidas, e logo depois a provocar vômitos, para não engordar, já na anorexia, elas evitam comida, por mais que estejam com fome, essa doença leva-as a acreditarem que seu estomago não precisa de alimentos. O professor de educação física pode ser um dos primeiro a reconhecer esses problemas no aluno. Alguns dos sintomas são: amenorréia, pele e cabelos secos, pés e mãos fria e descorada, tontura e dificuldade de concentração. As metas do tratamento voltado para o ganho de peso, tem características simples mas de difícil execução . o internamento em unidade medica ou em clinicas psiquiatra, desses alunos que apresentam esse tipo de problema talvez seja necessária, para começar o tratamento. Esse tratamento consiste em modificação de comportamento, suplementos de vitaminas e minerais para sua fortificação, dieta adequada e psicoterapia para o aluno, que também é importante para seus familiares. Os esportes individuais ou em duplas , que tem intensidade adequada são bons para facilitar a integração social. A melhora da auto-estima deve ser prioridade nos casos de bulimia e anorexia. EDUCAÇAO FISICA E O ALUNO COM PROBLEMAS DE SOBREPESO
Um programa bem elaborado, de educação física para alunos obesos pode contribuir para um gasto calórico maior, mas a certos problemas e certas limitações que o profissional deve levar em consideração para elaborar suas aulas. Há barreiras ligadas aos exercícios, que o professor de educação física tem que superar, algumas delas são:
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Falta de motivação Dificuldade de acesso aos locais ou equipamentos Experiência negativa anterior Peso Falta de equilíbrio Ansiedade desconforto e dor O profissional de educação física pode proporcionar experiências e dar conselhos que ajudam o aluno a lidar com essas barreiras, afinal de contas as aulas de educação física são fundamentais para controle do peso. As aulas de educação física devem ser ministradas com um desenvolvimento que proporcione experiências de sucesso para os alunos obesos. Todas as experiências curriculares devem estar voltadas a ajudar os alunos obesos a desenvolver uma atitude positiva em relação a si mesmo e a atividade física.
CONCLUSÃO DO GRUPO
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O livro traz uma abordagem básica das principais características das deficiências mais encontradas hoje em dia nas escolas. Mostra, inicialmente, o mecanismo básico da doença, distúrbio, síndrome ou deficiência; essas informações são interessantes na hora do planejamento de atividades para esses alunos especiais, já que, sabendo como é sua deficiência, é possível ter uma noção mais exata de exercícios que melhor desenvolvem suas habilidades e até mesmo daqueles contra-indicados. Para cada deficiência, o plano de ensino e a abordagem pedagógica devem ser diferentes. Não existem planos de ensino já pré-determinados para cada um. Quem deve fazê-lo é o profissional que irá desenvolver este indivíduo. Por outro lado existem fatores importantes que devem ser levados em conta na hora de planejar uma atividade. O primeiro é saber qual é a necessidade especial do aluno, por conseqüência elaborar atividades cujo ele possa desenvolver com o restante da turma mesmo que de forma menos eficiente, pois o importante é integrá-lo entre os colegas para que melhore sua auto-estima. Para tanto, é preciso que os colegas também saibam das dificuldades deste deficiente para que o respeitem e saibam ser tolerantes. Depois de verificada as necessidades especiais do indivíduo, é preciso traçar objetivos quanto a sua evolução. As metas são de grande importância para se ter uma base do processo de desenvolvimento, isso proporciona saber a que velocidade esse aluno especial pode se desenvolver e por consequência adaptar os próximos planos de acordo com as metas que foram atingidas ou não. Outro fator de importância é saber se o indivíduo necessita de um plano de desenvolvimento individualizado fora do contexto escolar. Muitas vezes, apenas as aulas normais curriculares de educação física não são suficientes para o desenvolvimento das crianças consideradas normais, quanto mais das deficientes. Porém, os indivíduos escolares sem deficiência ainda tem o brincar fora do horário de aula, como aliado no seu desenvolvimento físico e cognitivo; já os deficientes já têm maior dificuldade de desenvolver atividades sem auxílio de um adulto. Portanto, nesses casos, seria de grande importância um plano de ensino individual fora do horário normal de aula para desenvolver melhor as habilidades físicas deste aluno, ficando as aulas de educação física normais, responsável pela socialização e inclusão deste aluno.
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Essas abordagens de planejamento são um tanto quanto globais, pois como dito no início cabe ao responsável que irá desenvolver o indivíduo (em muitos casos o professor de educação física) o papel de informar-se sobre as dificuldades e limitações do indivíduo, para depois traçar um objetivo e metas. Para cada deficiência, síndrome, ou qualquer outra limitação até mesmo a hiperatividade, é necessário uma abordagem diferente por parte do professor. Este livro mostra vários tipos dessas abordagens para cada deficiência encontrada. Para quem irá trabalhar com educação especial, em escolas ou centros específicos este é uma ótima base para se iniciar as atividades. Com tudo isso, vemos que a educação física especial deve ser tratada não só como educação de indivíduos deficientes físicos, mas também deve englobar pessoas com deficiências cognitivas, afetivas e todos os demais com algum tipo de limitação ou dificuldade.