CAPA E PROJETO GRÁFICO: Andréia Custódio REVISÃO:
Karina Mota
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ E85 Estudos do discurso : perspectivas teóricas / organização Luciano Amaral Oliveira. - 1. ed. - São Paulo : Párábola Editorial, 2013. 23 cm. (Lingua[gem] ; 52)
Inclui bibliografia ISBN 978-85-7934-068-0 1. Análise do discurso. 2. Linguística. I. Oliveira, Luciano Amaral. II. Série. 13-00769
CDD: 401.41 CDU: 81’42
06/05/2013 06/05/2013
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© do texto: Luciano Amaral Oliveira, 2013. © da edição: Parábola Editorial, São Paulo, agosto de 2013.
SUMÁRIO Introdução ........................................................................................................................... 7 Luciano Amaral Oliveira
Capítulo 1. GRAMSCI ....................................................................................................17 Luciano Amaral Oliveira
Capítulo 2. BAKHTIN ....................................................................................................45 Adriana Pucci Penteado de Faria e Silva
Capítulo 3. ALTHUSSER ................................................................................................ 71 José Otacílio da Silva
Capítulo 4. LACAN .......................................................................................................101 Bethania Mariani e Belmira Magalhães
Capítulo 5. FOUCAULT ...............................................................................................123 Rosa Maria Bueno Fischer
Capítulo 6. BOURDIEU................................................................................................153 José Otacílio da Silva
Capítulo 7. DUCROT....................................................................................................183 Ana Lúcia Tinoco Cabral
Capítulo 8. PÊCHEUX ..................................................................................................209 Sonia Sueli Berti Santos
Capítulo 9. CHARAUDEAU .......................................................................................235 José Otacílio da Silva
Capítulo 10 . MAINGUENEAU .................................................................................261 Alexandre Ferrari Soares, Aparecida Feola Sella e Terezinha Costa-Hübes
Capítulo 11. FAIRCLOUGH .......................................................................................281 Luciano Amaral Oliveira e Marco Antonio Batista Carvalho
Capítulo 12. VAN DIJK .................................................................................................311 Luciano Amaral Oliveira
Referências bibliográficas .............................................................................................337 As Autoras e os Autores ...............................................................................................347
INTRODUÇÃO Luciano Amaral Oliveira
Durante muito tempo, os currículos dos cursos de Letras no Brasil deram pouco ou nenhum espaço aos estudos do discurso. Imperavam, e em algumas universidades ainda imperam, os estudos estruturalistas, que, embora importantes, são claramente insuficientes para o entendimento do uso da língua e, principalmente, para o ensino da leitura e da escrita. Essa dominação estruturalista na academia teve dois efeitos negativos importantes. Um deles é a falta de interesse nos estudos do discurso que ainda se vê em alguns institutos de Letras. Embora isso esteja mudando aos poucos, o currículo de muitos cursos de Letras ainda não apresenta uma disciplina obrigatória voltada para os estudos do discurso (ou apresenta uma disciplina optativa que geralmente não é oferecida). O segundo efeito é a influência negativa que esse
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primeiro efeito tem na formação de muitos professores de português, levando-os a continuarem dando foco quase exclusivo ao ensino da gramática normativa. Ora, os professores de português precisam ter consciência de que o discurso é um fenômeno social e político essencial para a construção e para a desconstrução das relações de poder em qualquer sociedade e, por isso, é um fenômeno que não pode deixar de ser objeto de reflexão na sala de aula, principalmente no que diz respeito ao ensino da leitura e da escrita. Uma evidência desses efeitos foi uma conversa que tive com um estudante há algum tempo. Ele me procurou para conversar sobre algo que o incomodava: ele queria se iniciar nos estudos do discurso, mas um professor, da área da linguística dura, recomendou-lhe que esquecesse aquilo, pois “discurso não é coisa séria”. No incômodo daquele estudante, ecoavam os efeitos negativos da dominação estruturalista nos cursos de Letras. E as palavras daquele professor ecoam em minha cabeça no momento em que escrevo esta introdução: “Discurso não é coisa séria”. É inadmissível (e muito preocupante) que um doutor em Letras considere o discurso algo banal e, mais grave, que diga isso a um estudante. Afinal, até para se ensinarem estruturas sintáticas, as questões discursivas são importantes, por exemplo, para ajudar os estudantes a entenderem por que uma norma linguística abstrata e idealizada é legitimada em detrimento de normas linguísticas reais usadas por milhões de brasileiros. Felizmente, apesar da resistência de professores que temem pela perda do espaço das disciplinas da linguística dura, mais e mais professores de português em formação e os que já são formados, como aquele estudante incomodado, vêm percebendo a importância de não apenas se aprofundarem nos estudos do discurso, mas também de incluírem reflexões sobre o discurso nas suas aulas da educação básica. E por que eles vêm percebendo isso? Porque, em uma era dominada pelas tecnologias da informação, pelo poder da palavra, pela manipulação midiática da palavra, fica cada vez mais evidente que discurso é coisa séria. Muito séria. Tão séria que ocupou o tempo de pensadores
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importantes como Gramsci, Bakhtin, Foucault, Lacan, Fairclough e Pêcheux. Tão séria que mobiliza as elites econômicas e políticas para controlarem o acesso ao discurso público. Tão séria que os Estados totalitários sempre lançam mão da censura. Enfim, tão séria que este livro não poderia deixar de ser vislumbrado, escrito e oferecido à comunidade acadêmica. Estudos do discurso (perspectivas teóricas) foi elaborado com um público-alvo bem claro na cabeça das autoras e dos autores dos textos que o compõem: os estudantes de Letras, graduandos e pós-graduandos, que desejam ter um embasamento teórico mínimo para se aprofundarem nos estudos do discurso e para analisarem textos a partir de perspectivas distintas. Este livro apresenta fontes importantes nas quais estudiosos do discurso têm bebido. A ideia é dar a você, leitora ou leitor, a oportunidade de conhecer um pouco dessas fontes não apenas para que possa nelas mergulhar mais fundo posteriormente, mas também para que compreenda melhor o pensamento de teóricos que se debruçaram sobre fenômenos do discurso. Para isso, as autoras e os autores dos textos aqui presentes tiveram o cuidado de usar a linguagem mais clara e amigável possível para explicitar conceitos densos e complexos com exemplos explicativos. Esta obra tem três objetivos: o primeiro é reunir, em um único volume, textos sobre as perspectivas teóricas mais importantes relacionadas aos estudos do discurso. Você quer saber como Foucault ou Ducrot ou Althusser ou Bourdieu, por exemplo, contribuíram para os estudos do discurso? Então, aqui há textos que vão fornecer informações e reflexões importantes sobre as contribuições desses e de outros oito teóricos. Nesse sentido, esta obra é única no mercado editorial brasileiro, pois o que vemos geralmente são livros voltados apenas para a análise do discurso de linha francesa e, em uma escala bem menor, livros voltados apenas para os estudos críticos do discurso. E esses livros naturalmente não têm o objetivo de oferecer mais informações sobre as fontes em que Pêcheux, Charaudeau, Maingueneau, Fairclough e van Dijk beberam. O segundo objetivo é o de
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deixar claro um fato importante: os estudos do discurso, para serem considerados estudos do discurso, não podem deixar de entender que discurso é, antes de tudo, um fenômeno político. Nenhum teórico pratica análise do discurso de maneira apolítica. Ora, este livro é politicamente motivado, tanto em termos das micropolíticas que regem o universo acadêmico e que, por exemplo, reduzem, ao mínimo, o espaço dos estudos do discurso no currículo dos cursos de Letras, quanto em termos das políticas que regem o universo social de um país como o nosso e que condicionam os jogos político-partidários, os jogos identitários e o jogo da luta de classes. O terceiro objetivo é inquietar você, provocar você com questões fundamentais para a produção de sentidos. Afinal, o sujeito é assujeitado mesmo, como defendem alguns teóricos, ou o sujeito tem autonomia, ainda que relativa, para pensar e realizar suas ações na sociedade? Será que a ideia de inconsciente procede ou sempre produzimos sentidos de forma consciente? Existem significados ocultos nas entrelinhas textuais? Se houver significados ocultos nas entrelinhas, como se explica que algumas pessoas não os notem? As relações entre estrutura econômica e superestruturas ideológicas são ou não relevantes para a produção do discurso? O ensino de línguas sem a problematização de questões discursivas é eficiente? Religião e política não se discutem mesmo ou elas devem ser debatidas em sala de aula? Piadas, músicas e provérbios que expressam ideias racistas, homofóbicas, indigenofóbicas e sexistas são apenas brincadeirinhas ou contribuem para naturalizar relações desiguais de poder? O livro foi organizado seguindo uma lógica simples. Os sete primeiros textos são dedicados a teóricos que contribuíram indiretamente para os estudos do discurso. Digo “indiretamente” porque eles não são classificados como estudiosos do discurso — quatro são classificados como filósofos, um como sociólogo, um como psicanalista e o outro como semanticista. Os últimos textos são dedicados a cinco estudiosos do discurso. O título de cada capítulo leva o nome do teórico nele abordado.
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O primeiro capítulo, Gramsci, é dedicado ao filósofo marxista italiano que, mesmo encarcerado por Mussolini durante anos até quase a sua morte, realizou reflexões profundas e argutas sobre as relações de poder na sociedade capitalista, essenciais para a produção do discurso. Nesse texto, Luciano Amaral Oliveira aborda os conceitos de hegemonia e de bloco histórico, comentando as relações em que se enredam a sociedade civil e a sociedade política a partir da concepção de mundo adotada por esse teórico: a filosofia da práxis. Bastante estudado na área de educação, Gramsci é curiosamente esquecido (ou, o que é mais provável, solenemente ignorado) na área de Letras. Mas o pensamento gramsciano influenciou diretamente os estudiosos críticos do discurso e indiretamente os analistas do discurso de orientação francesa. Por isso, ele não poderia ficar de fora deste livro. Em Bakhtin, o segundo capítulo, Adriana Pucci Penteado de Faria e Silva explicita o pensamento desse importante filósofo russo, que, em meio à efervescência política da União Soviética da primeira metade do século XX, formou, em torno de seu trabalho, grupos de pesquisadores que constituíram aquilo que hoje é conhecido como o Círculo de Bakhtin. Esse filósofo nos mostrou que uma concepção dialógica da linguagem é imprescindível para compreendermos os fenômenos discursivos. Afinal, conceber a língua dialogicamente é não dissociá-la dos parceiros discursivos, isto é, dos sujeitos sócio-histórico-ideológicos que nela se instauram, o que já aponta para a importância do pensamento bakhtiniano para a virada pragmática que ocorreu na linguística na segunda metade do século XX e que impulsionou os estudos do discurso. O conceito de enunciado concreto é apresentado neste capítulo, assim como o de gêneros discursi vos, que inspirou a criação do conceito de gêneros textuais, essencial para o ensino da leitura e da escrita. Althusser é o terceiro capítulo, intitulado a partir do nome do filósofo francês que foi fundamental para a análise do discurso de orientação francesa. Como José Otacílio da Silva explicita nesse tex-
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to, a reflexão althusseriana sobre as relações de poder, influenciada que foi pelo pensamento gramsciano, deixou um legado de conceitos teóricos basilares para a construção do arcabouço teórico de Michel Pêcheux, assumidamente um seguidor do filósofo francês. Dentre esses conceitos, destacam-se a noção de sobredeterminação, de interpelação ideológica e de aparelhos ideológicos de Estado. Inevitavelmente uma discussão sobre o sujeito do discurso e sobre seu suposto assujeitamento é feita nesse texto. Lacan, importante psicanalista, herdeiro transgressor do pensamento freudiano, empresta seu nome ao capítulo quatro. Sua contribuição para os estudos do discurso é apresentada por Bethania Mariani e Belmira Magalhães. As autoras nos mostram os pontos de aproximação e de afastamento entre o pensamento de Lacan e o algoritmo fundador da linguística saussuriana, problematizando a questão da produção dos sentidos por um sujeito cindido, tomado pelo inconsciente, conceito tão caro à psicanálise. São os ecos do inconsciente que ouvimos sussurrar nas ideias de teóricos como Pêcheux, que tratam do discurso como efeito de sentidos. No quinto capítulo, Foucault , Rosa Maria Bueno Fischer nos apresenta o pensamento desse importante e complexo filósofo francês, que não vê o discurso como um mero reflexo ou uma mera expressão de algo, mas como prática, como acontecimento, como luta — uma luta travada na constituição dos saberes e dos sujeitos. Daí a autora abordar o perigo da palavra e problematizar a posição a ser ocupada pelo sujeito do discurso. Além disso, ela não apenas discute a relevância do enunciado, mas também a sua materialidade e a sua inexorável correlação com outros enunciados, já que um enunciado nunca ocorre isoladamente. A autora reforça a insistência de Foucault em considerar as práticas discursivas e não discursivas nas suas análises, evidenciando a importância das relações de poder para os estudos do discurso. Bourdieu é o sexto capítulo. Nele, José Otacílio da Silva apresenta conceitos elaborados por esse sociólogo francês, que problematiza
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questões discursivas a partir de uma metáfora econômica: o mercado linguístico. Seu conceito de poder simbólico mostra a importância que o controle do acesso ao discurso público tem para as sociedades contemporâneas, mercados linguísticos por excelência, nos quais o principal instrumento de poder é a palavra, embora as elites não abram mão do poder de polícia. Nesse texto, os conceitos de habitus e de campo são abordados, revelando uma aproximação entre fenômenos sociocognitivos e a produção do discurso político. Ducrot é o título do sétimo capítulo, dedicado a esse semanticista francês que se ocupou de interessantes fenômenos discursivos durante suas reflexões sobre a produção de sentidos nos atos linguísticos. Ana Lúcia Tinoco Cabral apresenta a teoria da argumentação na língua e a teoria dos topoi, importantes para bem entender os labirintos da argumentação, prática discursiva essencial para a comunicação contemporânea. Para isso, a autora não poderia deixar de apresentar aos leitores os conceitos de enunciação, enunciado, topos, implícitos na linguagem e polifonia. No oitavo capítulo, Pêcheux, Sonia Sueli Berti Santos traça um breve percurso histórico de Pêcheux para situar o pensamento do criador da análise do discurso de linha francesa diante da conjuntura social, política e teórica da sua época. As três fases da análise do discurso são apresentadas, mostrando-se as reconfigurações que esse teórico francês impôs ao seu pensamento, influenciado que foi pela teoria althusseriana. Nesse texto, a autora aborda conceitos teóricos importantes como formação discursiva, formação ideológica, interdiscurso, intradiscurso, já-dito, forma-sujeito e memória discursiva. O discurso político tem sido objeto de estudo desde a Antiguidade Clássica. Inevitavelmente, algum teórico contemporâneo acabaria por adotar o discurso político como objeto de sua investigação. Isso fica evidenciado em Charaudeau, o nono capítulo. Nele, José Otacílio da Silva apresenta noções fundamentais que foram elaboradas e reelaboradas pelo teórico francês para o entendimento da produção do discurso político, como os conceitos de instância cidadã, ins-
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tância política e contrato de comunicação, que faz ecoar as máximas conversacionais de Paul Grice. Naturalmente, não poderia faltar uma discussão acerca das estratégias de ethos, pathos e logos. Em Maingueneau, capítulo dez, Alexandre Soares Ferrari, Aparecida Feola Sella e Terezinha da Conceição Costa-Hübes apresentam uma breve trajetória da análise do discurso para situar o pensamento desse estudioso francês. Eles destacam a importância que as condições de produção do discurso e que a relação entre a linguagem e a exterioridade possuem para a análise do discurso. Os conceitos de formação discursiva e de interdiscursividade são abordados, evidenciando a influência foulcaultiana e pecheuxtiana no pensamento de Maingueneau. A análise crítica do discurso, ainda com pouco espaço nos cursos de Letras no Brasil, não poderia ficar de fora desta coletânea. Assim, em Fairclough, décimo primeiro capítulo, Luciano Amaral Oliveira e Marco Antonio Batista de Carvalho apresentam o modelo tridimensional de análise do discurso proposto por esse estudioso britânico, que concebe como dialéticas as relações entre o discurso e as práticas sociais. Nesse texto, são discutidas algumas críticas feitas ao pensamento faircloughiano, que não escapa ao escrutínio de alguns teóricos, principalmente de linguistas aplicados. No capítulo que encerra esta coletânea, van Dijk , Luciano Amaral Oliveira apresenta as reflexões que o teórico holandês faz sobre a ponte cognitiva que ele considera necessária para a articulação entre as estruturas discursivas e as estruturas sociais. Sob a perspectiva dos estudos críticos, são apresentados os procedimentos metodológicos propostos por van Dijk para a realização da análise do discurso. São procedimentos simples e, por isso, amigavelmente operacionais e úteis para professores de português auxiliarem seus alunos no processo de desenvolvimento da sua competência leitora e da sua competência redacional. Antes de encerrar esta apresentação, gostaria de agradecer imensamente às autoras e aos autores que contribuíram para esta coletânea
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se tornar realidade. Agradeço a Teun van Dijk pelos esclarecimentos e comentários valiosos, a Marco Antonio pelas conversas ao longo do processo de organização e a Marcos Marcionilo pela sugestão de inclusão do texto sobre a contribuição de Lacan. Um agradecimento especial vai para Otacílio, que me incentivou a organizar este livro discutindo comigo a sua estruturação e o pensamento gramsciano, e que me fez refletir mais sobre a questão do inconsciente e sobre o assujeitamento do sujeito. Que os leitores não apenas encontrem aqui informações que se jam úteis para os seus estudos e para a sua prática docente, mas que também se sintam provocados a refletir sobre as importantes questões levantadas em cada um dos capítulos desta coletânea. Salvador, julho de 2013.