Terapia Manual: Definições, Princípios e Conceitos Básicos. Carlos Ladeira, Ft, MS, MCP
www.terapiamanual.com.br Resumo
Esta é a primeira parte de dois artigos escritos para explicar o uso da terapia manual entre fisioterapeutas Norte Americanos. Terapia manual é uma área da fisioterapia que expandiu imensamente nos últimos 30 anos. A !nternational "ederation of #rt$opedic %anipulati&e T$erap' (!"#%T)* fundada em +,- foi a primeira subdi&is/o da orld 1onfederation for 2$'sical T$erap' (12T).*0 1om a forma4/o da !"#%T5 a prática da terapia manual gan$ou uma enorme popularidade na nossa profiss/o. # con$ecimento dos princ6pios de terap terapia ia manua manuall é muito muito útil útil para para todo todo fisiot fisiotera erapeu peuta ta lidand lidandoo com com disfun disfun47e 47ess múscu músculo8 lo8 esqueléticas. Este artigo introdu9 princ6pios e conceitos de terapia manual: defini47es de termos5 artrocinemática5 congru;ncia articular5 efeitos biomec
# termo terapia manual pode referi8se > diferentes métodos de tratamento na fisioterapia: mobil mobili9a i9a4/ 4/oo e manip manipula ula4/ 4/oo articu articular lar55 55 ?5 ++5 +5 0 massa massagem gem do tecido tecido conec conecti& ti&o5 o5 massagem de fric4/o trans&ersa5- entre outras. %obili9a4/o e manipula4/o articular s/o métodos conser&ati&os de tratamento de dor5 restri4/o de amplitude de mo&imento articular (A@%)5 (A@%)5 e outra outrass disfun disfun47 47es es de mo&im mo&iment entoo do sistem sistemaa múscu músculo8e lo8esqu squelé elétic tico. o. A terap terapia ia manual usada no contexto deste artigo &ai referi8se apenas > mobili9a4/o e a manipula4/o articular. %obili9a4/o e %anipula4/o s/o exerc6cios passi&os acess=rios de amplitude de mo&imento (A@%) executados por terapeutas.5 +?5 0 Existem dois tipos de exerc6cios passi&os que podem ser executados por terapeutas: mo&imentos acess=rios e mo&imentos fisiol=gicos. %o&imentos fisiol=gicos s/o executados quando uma articula4/o é mo&ida dentro dos tr;s planos cardinais cinesiol=gicos (coronal5 sagital5 e trans&erso). #s mo&imentos fisiol=gicos s/o: extens/o5 flex/o5 rota4/o5 adu4/o5 abdu4/o5 prona4/o5 e supina4/o. Note bem que estes últimos últimos pode podem m ser executa executados dos passi&ame passi&amente nte pelo terapeuta terapeuta ou ati&ament ati&amentee pelo pr=prio paciente5 eles também podem podem ser a&aliados com gonimetros. gonimetros. %o&imentos acess=rios acess=rios podem apenas apenas ser execut executad ados os pelo pelo terap terapeut euta. a. #s mo&im mo&iment entos os acess acess=ri =rios os s/o: s/o: aproxi aproxima ma4/o 4/o55 separa4/o5 desli9amento5 desli9amento5 rolamento5 e o girar.5 +?5 05 %o&imentos acess=rios puros n/o podem ser executados ati&amente pelo pr=prio paciente. %o&imentos acess=rios podem ocorrer fora dos planos cardinais cinesiol=gicos. %o&imentos acess=rios n/o podem ser a&alia a&aliados dos com com gon gonim imetr etros5 os5 mas mas pod podem em ser estima estimados dos manua manualme lmente nteBB por por exemp exemplo5 lo5 o mo&i mo&ime ment ntoo manu manual al da t6bi t6biaa no f;mu f;murr fixo fixo dura durant ntee o test testee de Cac$ Cac$ma mann para para test testar ar a integridade do ligamento cru9ado anterior ou a separa4/o manual das &értebras na tra4/o cer& cer&ic ical al para para test testar ar a com compres press/ s/oo de ra69 ra69es es ner& ner&os osas as no pesc pesco4 o4o. o.5 5 +D5 +D5 +5 +5 %o&i %o&ime ment ntos os aces acess= s=ri rios os pode podem m ser ser subd subdi& i&id idid idos os em dois dois tipo tipos: s: comp compos osto to e de ogo ogo articular.5 +? %o&imentos de ogo articular ocorrem geralmente independentemente de mo&imentos fisiol=gicos. %o&imentos de ogo articular ocorrem como resultado de uma for4a for4a exter externa na aplica aplicada da na articu articula4 la4/oB /oB por exemp exemplo5 lo5 a aproxi aproxima4 ma4/o /o das das articu articula4 la47e 7ess inter&ertebrais do pesco4o quando uma bola de futebol cai sobre a cabe4a de uma pessoa. Esta for4a externa também pode ser executada por um terapeutaB por exemplo5 na articula4/o
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gleno8umeral5 a cabe4a do úmero pode ser passi&amente desli9ada inferiormente na ca&idade glen=ide. F importante que o leitor entenda que o mo&imento de ogo articular pode ser utili9ado tanto para o tratamento quanto para a a&alia4/o. No caso do exemplo acima da articula4/o gleno8umeral5 o mo&imento passi&o pode ser utili9ado tanto para testar a extensibilidade articular na dire4/o caudal5 quanto para tratar um contratura articular nesta mesma dire4/o.5 +?5 05 %o&imentos compostos5 ao contrário de mo&imentos acess=rios de ogo articular5 ocorrem in&oluntariamente como resultado de mo&imentos ati&os executados pelo pr=prio pacienteB por exemplo5 o desli9e inferior da patela no f;mur durante a flex/o de oel$o ou o desli9e da cabe4a do úmero na ca&idade glen=ide durante a abdu4/o de ombro. %o&imentos acess=rios compostos s/o essenciais para mo&imentos fisiol=gicos ocorrerem sem anomalias. Guando a A@% de um mo&imento acess=rio esti&er limitada5 o mo&imento fisiol=gico associado a este mo&imento acess=rio também terá A@% limitada. @a mesma forma5 quando o mo&imento acess=rio ti&er uma A@% excessi&a e a articula4/o n/o ti&er um bom controle muscular5 o mo&imento fisiol=gico da mesma também será disfuncional. Hsando a articula4/o gleno8 umeral como exemplo5 se o desli9e inferior da cabe4a do úmero esti&er limitado5 o mo&imento de abdu4/o do ombro também terá uma restri4/o de A@%. @a mesma forma5 se o desli9e inferior da cabe4a do úmero na ca&idade glen=ide for excessi&o e o paciente n/o ti&er um bom controle muscular5 a articula4/o gleno8umeral pode deslocar8se inferiormente durante um mo&imento de abdu4/o de ombro. Iomente mo&imentos acess=rios limitados requerem alongamento5 os mo&imentos acess=rios excessi&os requerem exerc6cios de estabili9a4/o. Exerc6cios de alongamento com mo&imentos fisiol=gicos tem sido utili9ados tradicionalmente no tratamento de limita4/o de A@% independentemente da causa da contratura articular. 1ontraturas articulares podem ser causadas tanto por músculos quanto por outras estruturas peri8articulares (cápsula5 ligamentos5 tend7es).5 Exerc6cios fisiol=gicos passi&os e ati&os s/o úteis para tratar principalmente limita4/o de A@% causada por encurtamento muscular. Entretanto5 mo&imentos fisiol=gicos muitas &e9es n/o funcionam no tratamento de contraturas geradas por estruturas peri8articulares5 porque estes últimos n/o aplicam um alongamento espec6fico nestas.5 0 1om a introdu4/o de mo&imentos acess=rios na fisioterapia5 o tratamento de articula47es com contraturas geradas por estruturas peri8articulares e&oluiu muito. %o&imentos acess=rios s/o limitados principalmente por estruturas essas estruturas.5 +D5 , 2ortanto5 mo&imentos acess=rios s/o os mais indicados no tratamento de contraturas causadas por estruturas peri8articulares. 1ontudo5 o leitor de&e entender que os mo&imentos fisiol=gicos também fa9em parte do tratamento de contraturas peri8articulares. Apesar de mo&imentos fisiol=gicos n/o serem os exerc6cios passi&os mais espec6ficos para alongar estruturas peri8articulares5 eles podem auxiliar no aumento de A@% acess=ria e ser&em principalmente para manter a A@% readquirida com o uso de mo&imentos acess=rios. Na fisioterapia5 a manipula4/o e a mobili9a4/o geralmente referem8se > diferentes técnicas de terapia manual55 ++5 +?5 5 , apesar do leitor encontrar estes termos com o mesmo significado principalmente na literatura osteopática.? %obili9a4/o refere8se > mo&imentos passi&os acess=rios de ogo articular executados gentilmente em baixa &elocidade pelo terapeuta. Estes últimos podem ser executados ritmicamente numa série de oscila47es+ ou num único mo&imento executado &agarosamente.++ A sua&idade de aplica4/o de mo&imentos de mobili9a4/o permite ao terapeuta austar as técnicas ao conforto dos
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pacientes. %o&imentos de mobili9a4/o s/o executados sobre o controle dos pacientes. #u sea5 se o paciente n/o gostar da aplica4/o dos mesmos5 ele pode contrair os músculos para estabili9ar a articula4/o e impedir que os mo&imentos acess=rios ocorram. %anipula4/o referi8se > execu4/o de mo&imentos acess=rios de ogo articular executados em alta &elocidade. A alta &elocidade de aplica4/o de técnicas de manipula4/o n/o permite que o paciente ten$a controle da execu4/o das mesmas. 2or causa da alta &elocidade das técnicas de manipula4/o5 o uso destas está associado > certos efeitos colaterais (rompimento de &asos sangJ6neos5 les/o ner&osa5 entre outros). 2ortanto5 somente terapeutas $abilidosos e com anos de experi;ncia cl6nica de&eriam executar a manipula4/o articular.D5 -5 +5 0 %obili9a4/o e manipula4/o também podem ser diferenciadas de acordo com a A@% acess=ria onde elas s/o executadas. Esta última diferencia4/o pode ser entendida mel$or quando técnicas de mo&imentos acess=rios s/o subdi&ididas em n6&eis de oscila47es como descrito abaixo. %aitland50 um fisioterapeuta australiano5 subdi&idiu técnicas de terapia manual em cinco n6&eis. Estes n6&eis s/o utili9ados por terapeutas para estimar a intensidade de aplica4/o das técnicas. A estima4/o dos n6&eis le&a em considera4/o o local dentro da A@% onde a técnica é aplicada e a profundidade de penetra4/o do mo&imento dentro da A@%. Estes n6&eis podem ser austados para ser utili9ados na A@% existente na articula4/o. #u sea5 qualquer n6&el de aplica4/o pode ser utili9ado independentemente da quantidade de A@% existente na articula4/o. # mo&imento de n6&el ! é executado no in6cio da A@% acess=ria existente na articula4/o. Este último n/o é executado até o limite patol=gico ou anatmico articular e apenas penetra nos primeiros DK da A@% existente na articula4/o. # mo&imento de n6&el !! é executado do in6cio ao meio da A@% acess=ria existente na articula4/o. Este último também n/o c$ega na barreira anatmica ou patol=gica de A@% articular. # mo&imento de n6&el !!! é executado do meio ao final da A@% existente na articula4/o. Este último c$ega ao limite anatmico ou patol=gico articular e gera uma tens/o biomec
A artrocinemática é a área da cinemática que in&estiga os mo&imentos acess=rios que ocorrem entre superf6cies articulares durante mo&imentos fisiol=gicos.5 +M5 +- 2or causa da terapia manual5 fisioterapeutas est/o particularmente interessados em dois mo&imentos artrocinemáticos: o desli9e e o rolar.5 +D @urante quase todo mo&imento fisiol=gico5 existe um rolar e um desli9e ocorrendo simultaneamente entre duas superf6cies articulares.+D5 +M 1om uma superf6cie articular fixa e a outra superf6cie articular mo&endo5 o rolar sempre ocorre na dire4/o da diafase do osso em mo&imento. 2or exemplo5 na abdu4/o da articula4/o gleno8umeral com a ca&idade glen=ide fixa5 a superf6cie articular da cabe4a do úmero rola superiormente5 ou sea na mesma dire4/o que a diafase do úmero mo&e. Este rolar da cabe4a do úmero é simultaneamente acompan$ado por um desli9e inferior da mesma superf6cie articular na ca&idade glen=ide. Este desli9e inferior da superf6cie articular auda em parte a
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manter a cabe4a do úmero na ca&idade glen=ide e pre&ine um excesso de tens/o nas estruturas peri8articulares da articula4/o gleno8umeral. Ao contrário do rolar5 o desli9e entre superf6cies articulares n/o ocorre sempre na mesma dire4/o da diafase do osso em mo&imento. A dire4/o do desli9e &ai depender no formato da superf6cie articular: cnca&a ou con&exa. Ie a superf6cie articular em mo&imento for con&exa5 o desli9e &ai sempre ocorrer na dire4/o oposta de mo&imento da diáfise do osso. Ie a superf6cie em mo&imento for cnca&a5 o desli9e &ai sempre ocorrer na dire4/o de mo&imento da diáfise do osso5 +D5 +M 2r exemplo na articula4/o tibio8femural5 com o f;mur fixo e a t6bia mo&endo5 o desli9e da t6bia ocorreria na dire4/o de mo&imento de sua diáfise. Assim5 na extens/o de oel$o com o f;mur fixo5 o desli9e da t6bia ocorreria anteriormente na mesma dire4/o que a diáfise da mesma estaria mo&endo. Entretanto5 se o f;mur fosse o osso em mo&imento e a t6bia esti&esse fixa5 a superf6cie articular do f;mur desli9aria posteriormente e a diáfise do mesmo mo&eria na dire4/o oposta (anteriormente). A rela4/o entre o formato das superf6cies articulares e a dire4/o de mo&imentos é muito importante5 porque5 a dire4/o das técnicas de mobili9a4/o com mo&imentos acess=rios de desli9e é baseada nesta rela4/o. "isioterapeutas de&em entender a regra artrocinemática do con&exo &s. cnca&o para praticar terapia manual. Guase toda articula4/o sino&ial tem uma superf6cie articular cnca&a e a outra con&exa. %esmo nas articula47es com superf6cies articulares quase planas5 a cartilagem molda a superf6cie articular em cnca&a ou con&exa.5 +D A superf6cie articular con&exa tem mais cartilagem no seu centro e a cnca&a tem mais cartilagem na periferia. Guando ambas as superf6cies s/o planas5 a superf6cie com área maior é considerada cnca&a.5 +D5 +M Em todo mo&imento fisiol=gico com a superf6cie articular cnca&a fixa5 o desli9e ocorre na dire4/o oposta da dire4/o de mo&imento da diáfise do osso5 porque o eixo de rota4/o articular está sempre fixo na superf6cie con&exa. Guando a superf6cie con&exa esti&er fixa e a superf6cie cnca&a mo&endo5 a dire4/o de mo&imento de desli9e é a mesma da diáfise do osso5 no&amente5 porque o eixo de rota4/o articular está sempre fixo na superf6cie con&exa. Terapia manual com mo&imentos de desli9e seguem esta regra artrocinemática descrita neste parágrafo. "isioterapeutas também de&em entender os conceitos artrocinemáticos de aproxima4/o e separa4/o para praticar a terapia manual.5 +M %o&imentos fisiol=gicos requerem uma certa aproxima4/o e separa4/o entre superf6cies articulares. Guando uma superf6cie articular rola sobre a outra5 uma separa4/o ocorre entre as superf6cies na dire4/o oposta do rolar5 enquanto5 uma aproxima4/o ocorre simultaneamente na dire4/o do rolar. A aproxima4/o e a separa4/o entre superf6cies articulares diminuem e aumentam o espa4o intra 8 articular respecti&amente. Esta altera4/o do espa4o intra8articular durante mo&imentos de separa4/o e aproxima4/o é importante para que mo&imentos fisiol=gicos ocorram sem anomalias. estri47es patol=gicas de separa4/o articular (causada por contratura capsular ou corpos estran$os intra8articulares) geralmente interferem na execu4/o (ati&a e passi&a) de mo&imentos fisiol=gicos.M5 0 Técnicas de terapia manual que usam mo&imentos de separa4/o podem ser utili9adas para tratar diminui4/o de espa4o intra8articular. Estas últimas técnicas s/o também c$amadas distra4/o e tra4/o longitudinal manual.-5 + 1omo regra5 qualquer mo&imento acess=rio limitado pode ser tratado com técnicas de separa4/o (tra4/o manual).+ 2rinc6pios artrocinemáticos de separa4/o e mobili9a4/o audam terapeutas a planear e executar técnicas de terapia manual. A maioria das técnicas de terapia manual utili9am mo&imentos de separa4/o eOou desli9amento. # rolar5 o girar5 e a aproxima4/o s/o mais raramente utili9ados como técnicas de tratamento. # desli9e articular usado na terapia manual é baseado no formato da superf6cie
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articular: cnca&a ou con&exa. 2or exemplo5 se a articula4/o gleno8umeral apresenta8se com uma restri4/o de abdu4/o com contratura de tecidos peri8articulares5 o terapeuta de&eria desli9ar a cabe4a do úmero (a superf6cie con&exa) inferiormente na ca&idade glen=ide fixa (a superf6cie cnca&a). Em outras pala&ras5 na dire4/o oposta de abdu4/o.+5 +D5 Iimilarmente5 se o terapeuta quisesse tratar a extens/o da articula4/o tibia8femural com contratura de tecidos peri8articulares5 o f;mur poderia ser fixado (superf6cie con&exa) e a t6bia (superf6cie cnca&a) poderia ser desli9ada anteriormente5 em outras pala&ras5 a superf6cie proximal da t6bia seria mobili9ada anteriormente na mesma dire4/o de mo&imento da sua diáfise.++5 +5 + Hma combina4/o de técnicas de desli9e e separa4/o podem ser utili9adas no tratamento de contraturas de tecidos peri8articulares. A combina4/o de técnicas é geralmente utili9ada para pacientes que podem tolerar uma terapia mais agressi&a5 porque esta combina4/o alonga os tecidos peri8articulares mais &igorosamente do que quando tais técnicas s/o usadas indi&idualmente. . A import!ncia de diferentes tipos de articulaç"es sino#iais na terapia manual
"isioterapeutas de&em entender cada tipo de articula4/o sino&ial que eles pretendem aplicar técnicas de mobili9a4/o e manipula4/o5 porque cada articula4/o sino&ial pode requerer uma técnica diferente de tratamento. # con$ecimento anatmico das superf6cies articulares de cada articula4/o sino&ial é importante5 porque estas superf6cies guiam mo&imentos fisiol=gicos e acess=rios. !nfeli9mente5 a classifica4/o tradicional anatmica de articula47es (plana5 ginglimoide5 condiloide5 troclear5 e esferoidal) n/o descre&e com detal$es as superf6cies de articula47es sino&iais.- Esta classifica4/o tradicional também n/o auda a analise de mo&imentos articulares. F claro5 mesmo para uma pessoa com pouco con$ecimento anatmico5 que a cabe4a do úmero ou do f;mur n/o s/o esferas e portanto n/o fa9em parte de uma articula4/o pura esferoideB ou a articula4/o ulna8umeral n/o permite um mo&imento puro ginglimoide de flex/o e extens/o5 mas um mo&imento $elicoidal en&ol&endo uma rota4/o. 2ortanto5 para o fisioterapeuta5 a articula4/o sino&ial pode ser mais praticamente classificada em simples5 composta5 e complexa.5 +M A articula4/o simples tem apenas uma ca&idade intra8articular e apenas uma cápsula: as articula47es interfalangeais. A articula4/o composta tem mais de duas superf6cies articulares en&ol&idas por apenas uma cápsula: o coto&elo5 o torno9elo5 entre outras.+M A articula4/o complexa é uma articula4/o composta com menisco ou outra estrutura fibrocartilaginosa (o oel$o5 o pun$o5 as articula47es &ertebrais5 e a articula4/o temporo 8mandibular).+M Esta classifica4/o articular permite o terapeuta planear o número de superf6cies articulares que podem requerer mobili9a4/o antes dos mo&imentos fisiol=gicos com contraturas peri8 articulares serem restaurados. Ie o terapeuta esti&er lidando com uma articula4/o simples5 somente duas superf6cies articulares &/o requerer a&alia4/o e mobili9a4/o. Entretanto5 se o terapeuta esti&er tratando um articula4/o composta5 ele terá que a&aliar todos os mo&imentos acess=rios daquela articula4/o antes de planear sua mobili9a4/o. 2or exemplo5 no torno9elo com restri4/o de flex/o dorsal e contratura peri8articular5 o terapeuta teria que a&aliar e tal&e9 mobili9ar todas as superf6cies articulares da articula4/o (as superf6cies tibio8fibulares5 talo8 crurais e subtalares) antes de restaurar o mo&imento fisiol=gico citado acima.5 A classifica4/o de articula47es em simples5 composta5 e complexa também auda o fisioterapeuta na sele4/o do tipo de técnica utili9ada no tratamento: separa4/o ou desli9e. 2or exemplo5 articula47es complexas comumente tem restri4/o de A@% geradas por corpos estran$osD ou membranas sino&iais dobradas0 causando um bloqueio interno do espa4o
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intra8articular. 2ara estas últimas disfun47es cl6nicas5 as técnicas de terapia manual geralmente en&ol&em uma separa4/o de superf6cies articulares e n/o apenas um desli9e puro5 porque a separa4/o aumenta o espa4o intra8articular e pode permitir que o bloqueio interno articular se resol&a.M5 + Ao contrário de articula47es complexas5 articula47es simples e compostas podem ser tratadas efeti&amente apenas com técnicas de desli9e5 se o terapeuta assim desear. @e acordo com os ensinamentos de %ac1onaill e Pamaian+M sobre anatomia de superf6cies articulares5 as articula47es sino&iais também podem ser classificadas em:5 +M (a) #&al (a articula4/o gleno8umeral e a acetabulo8femural) com uma superf6cie con&exa o&al em todas as dire47es quase encaixada em outra superf6cie cnca&a em todas as dire47es. Ela t;m tr;s eixos mec
(. &on)ru*ncia entre superf%cies articulares e sua import!ncia na terapia manual
A congru;ncia de superf6cies articulares é outro fator importante na aplica4/o de técnicas de terapia manual. A congru;ncia articular depende do local ou posi4/o de repouso é denominada posi4/o articular selada.+D5 +M Na posi4/o selada5 a articula4/o t;m
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quase todos os pontos da superf6cie articular cnca&a em contado com a superf6cie articular con&exa. Nesta última posi4/o5 a articula4/o possui o menor espa4o intra8articular poss6&el e as estruturas peri8articulares est/o o mais tensionado poss6&el.+D5 +M Numa articula4/o sem disfun47es5 a posi4/o selada n/o permite A@% acess=ria. 1ada articula4/o sino&ial t;m um posi4/o única de repouso e uma posi4/o única selada.5 +A posi4/o articular selada n/o é indicada para aplica4/o de mobili9a4/o ou manipula4/o. A aplica4/o de técnicas de terapia manual na posi4/o selada pode ser muito dolorosa5 principalmente numa articula4/o com edema. Além do mais5 está última é uma posi4/o que biomecanicamente n/o permite mo&imentos acess=rios. A presen4a de mo&imentos acess=rios na posi4/o selada pode estar associada com uma instabilidade articular. A presen4a de mo&imento acess=rio na posi4/o selada é uma contra8indica4/o para técnicas de terapia manual na dire4/o do mo&imento acess=rio obser&ado. Em algumas articula47es (oel$o5 coto&elo5 entre outras) a posi4/o selada pode ser utili9ada para testar instabilidade articular (integridade capsuloOligamentar). Exemplos de posi47es seladas s/o a articula4/o tibio8femural em 9ero grau de extens/o e flex/o5 a articula4/o talocrural nos últimos graus de flex/o dorsal5 e as articula47es interfalangeais em 9ero grau de flex/o e extens/o.+M5 0 "isioterapeutas de&em saber a posi4/o selada de toda articula4/o que eles pretendem mobili9ar e manipular. Hm lista detal$ada de articula47es com suas respecti&as posi47es seladas pode ser encontrada na literatura.+Técnicas de terapia manual de&em ser aplicadas apenas em posi47es articulares relaxadas. A posi4/o de repouso articular é geralmente o local onde as primeiras tentati&as de aplica4/o de terapia manual de&em iniciar5 principalmente numa articula4/o com um edema se&ero ou uma inflama4/o aguda. Terapia manual geralmente come4a com técnicas de mobili9a4/o e n/o manipula4/o5 de&ido > rigorosidade da última. # in6cio da terapia manual na posi4/o de repouso t;m mais c$ances para n/o agra&ar os sintomas de um paciente5 porque5 o contato entre as superf6cies articulares nesta posi4/o é o menor poss6&el e portanto5 esta posi4/o gera a menor fric4/o poss6&el entre superf6cies cartilaginosas. Além do mais5 na posi4/o de repouso a cápsula geralmente está num estado de relaxamento global5 o que permite o terapeuta direcionar a técnica para aumentar o mo&imento acess=rio na dire4/o de maior limita4/o de A@%.. # pequeno contanto entre as superf6cies articulares na posi4/o de repouso também permite um lubrifica4/o excelente para o uso do desli9e articular.+?5 +D Ap=s as primeiras tentati&as de mobili9a47es5 as técnicas de terapia manual podem ser utili9adas fora da posi4/o de repouso articular5 sempre respeitando os sintomas do paciente. Esta última progress/o aumenta o alongamento e a tens/o nas estruturas peri8articulares5 o que é mais apropriado para articula47es com condi47es subagudas e crnicas. "isioterapeutas de&em saber a posi4/o de repouso de toda articula4/o que eles pretendem mobili9ar. Exemplos de articula47es em posi4/o de repouso s/o a articula4/o tibio8femural em 300 de flex/o5 a articula4/o gleno8umeral em 300 de abdu4/o e flex/o5 a articula4/o femuro8patelar com o oel$o em 9ero grau de flex/o eOou extens/o.+-5 + Hma lista detal$ada das posi47es de repouso para articula47es sino&iais está publicada na literatura.++. s efeitos biomec!nicos da terapia manual
#s efeitos da terapia manual s/o similares aos mesmos da máquina de mo&imento continuo passi&o utili9ada ap=s cirurgias de oel$o. #s obeti&os deste artigo n/o incluem a discuss/o detal$ada de efeitos biomec
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conecti&os macios (músculo5 cápsula5 ligamentos5 tend7es)5 (b) pre&enir o deposito de infiltrados fibroadiposos que geram ader;ncias intra8articulares5 (c) promo&er uma lubrifica4/o intra8articular e pre&enir um fibrila4/o cartilaginosa5 e (d) reposicionar corpos estran$os intra8articulares (incluindo tecido fibrocartilaginoso e membrana sino&ial) que bloqueiam mo&imentos acess=rios5 +085 Em outras pala&ras5 o obeti&o mec repeti4/o de ati&idades f6sicas5 é mais dif6cil moldar o tecido conecti&o porque o mesmo á está maduro., # tratamento de contraturas de tecido conecti&o maduro as &e9es requer uma manipula4/o articular (técnica de n6&el L). Em casos de contraturas crnicas gra&es principalmente de articula47es periféricas5 esta última técnica pode ser executada por cirurgi7es sobre anestesia.0 A perda de mo&imento acess=rio também pode ocorrer repentinamente. A perda repentina de mo&imento acess=rio é muitas &e9es associada com o bloqueio intra8articular de mo&imento acess=rio gerado por corpos estran$osM eOou membrana sino&ial dobrada.0 Esta perda repentina de mo&imento acess=rio pode ser associada a um mo&imento articular de rota4/oOflex/o articular (coluna &ertebral) ou pode também ser insidiosaB por exemplo5 a lombalgia ou cer&icalgia aguda com um des&io funcional lateral da coluna5 onde o paciente n/o é capa9 de endireitar sua coluna de&ido ao bloqueio intra8articular. A perda repentina de A@% associada ao bloqueio intra8articular é mais comum nas articula47es sino&iais complexas. Estes bloqueios intra8articulares podem ser eficientemente tratados por um terapeuta manual $abilidoso.?5 M5 +5 0 -. s efeitos neurofisiol)icos da terapia manual
#s efeitos neurofisiol=gicos da terapia manual s/o utili9ados no tratamento de dor articular e tens/o muscular. "isioterapeutas de&em entender a fun4/o de receptores ner&osos articularesD5 3 e a teoria da comporta de dor+, para compreender o uso da terapia manual no tratamento da dor e tens/o muscular.
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Existem &ários tipos de receptores ner&osos encontrados no tecido peri8articular e muscular.D5 3 Entre estes receptores ner&osos5 existem receptores mec
A primeira parte deste artigo definiu e descre&eu cientificamente os princ6pios básicos de terapia manual usados por fisioterapeutas na América do Norte. A racionali9a4/o da terapia manual permitiu sua di&ulga4/o na comunidade médica ortodoxa. A utili9a4/o da terapia manual data8se da Rrécia Antiga e apesar de ter sido abandonada pela comunidade médica dos Iéculos SL!!! e S!S5M5 0 sua prática renasceu principalmente nas últimas décadas e atualmente fa9 parte importante da medicina contempor
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