15-24 h: - esfriamento cadavérico alcança ponto máximo, com temperatura cadavérica igualada à do ambiente (crianças se faz em torno de 20 hor as, adultos em torno de 24 a 26 horas; em geral, se faz na proporção de 1,5 graus centígrados por hora (diferença de 5 a 6 graus centígrados entre temperatura retal e axilar é diagnóstico de morte)
18-24 h: - mancha verde abdominal estabelecida; 24 h: - opacificação das córneas (no caso de cadáveres com olhos fechados);
2 dias: início do desaparecimento da rigidez cadavérica;
3 dias: desaparecimento total da rigidez cadavérica/70% do abdome atingido pela mancha verde indicativa do processo inicial de putrefação;
4 dias: mancha verde ocupa toda a extensão do abdome;
Fato curioso e sempre questionado: possibilidade de crescimento de pêlos e unhas no cadáver.
Velocidade do crescimento barba=21 micra por hora (Não é método confiável. Condições de óbito pode confundir. Fácies hipocrática (máscara da morte) – perda do tônus muscular da face: Características: Fronte enrugada e árida; olhos fundos; nariz afilado com orla escura; têmporas deprimidas, vazias e enrugadas; orelhas repuxadas para cima; lábios caídos; maçãs deprimidas; queixo enrugado e seco; pele seca e lívida; cílios e pelos do nariz e das orelhas semeados por poeira brancacenta; semblante carregado e desconhecido.
CRONOTANATOGNOSE
Folhas e pequenos galhos fortemente presos na mão cerrada de um afogado, Cadáver encontrado em rigor mortis, indica que o indivíduo estava vivo ao cair na apresentando livores água e que sofreu espasmo cadavérico ou Art. 164. Os cadáveres serão sempre instantâneo “rigor mortis” fotografados na posição em que forem em vítima de afogamento. encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no local do crime.
baixo: Livor de hipóstase de cadáver que permaneceu em decúbito ventral parecem na parte de maior declive do corpo. Tornam-se bastantes visíveis de uma a três horas após a orte. De 8 a 12 horas após a morte já estão fixas. ão sinais certos de morte.
Art. 162. A autópsia será feita pelo menos 6 (seis) horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto. Parágrafo único: Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante
Coloração verde do quadrante abdominal inferior direito (região inguinal direita) característica da decomposição pós-mortem primeiro período da putrefação em cadáveres - periodo colorimétrico. Mancha verde abdominal se forma completamente perto da 20h após a morte e o período gasoso se inicia após alguns dias de óbito.
Circulação póstuma de Brouardel: cadáver com 72 horas em evolução; Gases fazem pressão sobre o sangue que foge para a periferia. Destacamento epiderme, esboça na derme o desenho vascular. Início da fase gasosa: Epiderme descolada pela grande produção de líquidos que migram para a superfície e formam bolhas de tamanho variado;
C
Do interior do corpo vão surgindo gases de putrefação
Circulação cadavérica: etapa enfisematosa da putrefação
Sinal de Stenon-Luis no cadáver: a superfície do globo é recoberta por um fino véu – a tela viscosa – resultante da evaporação do líquido do globo ocular, de mistura com detritos epiteliais e finíssimos grânulos de poeira.
Ambientes quentes e secos, processo mumificação pode ocorrer
Autólise, putrefação e atividade animal, contribuem para as últimas perdas de tecidos Constatada pela acidez das células Na polpa do baço ou do fígado pode ser observada meia hora após a morte, sendo clara 2 horas após
Eventualmente, após inicial ruína da decomposição, o corpo continua a perder tecido mole e o processo de esqueletização começa
Fase de coloração em evolução: cadáver com 72 horas de evolução
Fauna Cadavérica Primeira esquadra: - moscas ou dípteros; Familia Muscídeos: quase 4.000 especies; Somente quatro são encontradas em cadáver recente; Duas pertencem gênero Mosca; Duas seguintes: gêneros Calliphora e Anthomya (semelhantes a moscas domésticas); Diferenciam-se pelo tamanho e cor : Calliphora = “mosca azul da carne”, pela cor azul e gosto pela carne fresca e no
ie Lucilia (varejeira); detecta cadáver pelo odor de decomposição pode chegar a um minuto ao cadáver após a e colocar até 300 ovos. em decomposição alimento para larvas (larvas de mosca);eclodem dos ovos em 24 horas. m de comprimento ovos colocados em manchas ao redor de orifícios úmidos, como o nariz, orelhas e olhos, como feridas abertas.
Fauna cadavérica
Estudo em relação ao cadáver exposto ao ar livre auxilia na determinação da tanatocronognose: 1ª legião – aparece entre o 8º a 15º dia, dando início à destruição cadavérica até a formação dos ácidos graxos;
1ª Legião: Musca domestica Muscina stabulans Caliphora vomitoria
2ª Legião Surge com o odor cadavérico e permanece, conforme e temperatura do meio ambiente, cerca de 15 a 20 dias; Formam a 2ª Legião: Lucilia coesar Sarcophaga carnaria
Sarcophaga arvensis Cynomya mortuorum
Caliphora vomitoria
3ª Legião
Aparece 3 a 6 meses após a morte, com a fermentação ácida das substâncias graxas do corpo, desenvolvendo-se num período de 20 a 30 dias: Formam a 3ª Legião: Dermester lardarius Dermester frischi e undulatus Aglossa pinguinalis
Algidez cadavérica = resfriamento do corpo. Em regra, 0,5 ºC nas primeiras 3 horas e 1c por hora, após três horas, até equilíbrio com o meio (20 horas em temperatura de 20 a 30 ºC para crianças e idosos e 24 a 26 horas para adulto de compleição média).
FATÔRES INTRÍNSECOS QUE INFLUENCIAM O RESFRIAMENTO DO CORPO
Idade Constituição Causa mortis
FATÔRES EXTRÍNSICOS QUE INFLUENCIAM O RESFRIAMENTO DO CORPO Vestes Umidade Arejamento Proteção do meio ambiente
Mancha verde: óbito em 48 horas Aparece em cerca de 18 a 24 horas após a morte (H. Hércules), 16 a 20 horas (Odon Maranhão) 20 a 24 horas (França), no período do verão; Pode só aparecer depois de 36 a 48 horas no inverno, desde que o corpo não fique sob a ação direta do sol ou não esteja agasalhado.
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Insetos ajudam a desvendar homicídios
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Os insetos funcionam como um cronômetro
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- Vocês acharam o corpo em uma floresta?
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- Não. Em um descampado.
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- O homicídio não ocorreu lá. Tudo indica que foi dentro de uma mata fechada.
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Um assassino, no interior de Minas Gerais, arrancara dedos, dentes, olhos, orelhas e nariz do cadáver;
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Sem conseguir identificar a vítima, os policiais utilizaram a pista de um Biólogo para procurar o criminoso nas cidades vizinhas: as larvas pertenciam a espécies da mata e não havia florestas no município onde o corpo foi encontrado;
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"As larvas de moscas já têm 2 centímetros", observou. "Isso significa que a morte ocorreu há 10 ou 12 horas; Graças ao seu aguçado olfato, as primeiras moscas chegam poucos minutos após a morte. Normalmente, depositam os ovos em locais protegidos, como os ouvidos, o nariz ou a boca. O tempo de desenvolvimento das larvas depende da espécie do inseto e da temperatura.
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Caso de uma garota encontrada morta em um canavial no interior de São PaulO; O cadáver já não permitia uma estimativa precisa do momento do crime; O médico-legista levantou a hipótese de que o crime havia acontecido no fim de semana anterior. O palpite inocentava o namorado da vítima, que possuía um álibi para o período. A equipe da Unicamp contestou: os insetos mostravam que o crime ocorrera dias depois, durante a semana. "Devolvemos o namorado à cena do crime", afirma o pesquisador. O rapaz acabou confessando o assassinato. Funções matemáticas permitem, com base na espécie, na temperatura ambiente e no peso das larvas, determinar sua idade. "Chegando lá, vi que os insetos contavam uma história com muita clareza", afirmou o Entomologista. Policiais procuravam uma jovem desaparecida. Acompanhando de longe a investigação, o assassino percebeu que chegavam cada vez mais perto do corpo e resolveu escondê-lo em outro lugar.; O entomologista não teve dúvidas ao ver um local repleto de pupas de moscas Chrysomya, as primeiras a colonizar o corpo: era o local do crime; Tudo indicava que o assassino não havia conseguido realizar seu intento de transladar o cadáver e o deixou pelo caminho; Larvas de besouros, que só iniciam seu trabalho mais tarde, foram achadas onde o corpo havia sido deixado, possibilitando estimar quando o criminoso retornou ao local do crime para escondê-lo. Fonte: G1 / O Estado de S. Paulo - Out/2010
Fenômenos abióticos sucessivos ou tardios – ocorrem com o passar do tempo. São os sinais de certeza de morte. - desidratação: Perda de peso devida à perda e água, que é da ordem de 8,0 g/kilo de peso por dia, em fetos e recém-nascidos, e de 10,0 e 18,0 g/kilo de peso por dia, em adultos. - resfriamento cadavérico: A perda de calor do corpo se dá por: convecção, radiação, condução e evaporação. A queda da temperatura do corpo é da ordem de 0,8 a 1,0 ºC por hora, nas primeiras doze horas, e de 0,3 a 0,5 ºC por hora, nas doze horas seguintes. Na prática admite que o esfriamento se faz de maneira mais célere, em uma média de 1,5 ºC por hora.
- rigidez cadavérica: Substitui a flacidez inicial e começa a instalar-se entre 30 minutos e 6 horas após o óbito. Trata-se de um processo progressivo que segue uma marcha descendente: pelos músculos da cabeça, e estende-se para os membros superiores, cerca de 4 horas; após para o tronco, cerca de 6 horas; e finalmente para os membros inferiores, cerca de 8 horas. O processo inverso - resolução da rigidez ocorre entre as 24 e 36 horas seguintes ao óbito, em média.
- putrefação: destruição dos tecidos por ação das bactérias. A principal fonte de bactérias é o aparelho digestivo, e sua ação é acelerada pelo calor. Inicia-se com uma mancha verde, em torno de 18 a 24 horas, dura em torno de 7 dias. Por 30 dias se inicia-se o período de criação de gases, que modificam a forma externa do corpo. Após, vem o período coliquativo, quando os tecidos vão se desintegrando, onde vão aparecendo larvas e insetos. Se inicia a mais ou menos 3 semanas após a morte, termina com a esquelitização do cadáver.
- maceração: putrefação que ocorre dentro da água. É o processo de transformação destrutiva em que ocorre o amolecimento dos tecidos e órgãos quando os mesmos ficam submersos em um meio líquido e nele se embebem. Ocorre muito no líquido amniótico.
Fenômenos conservativos: aqueles que preservam os cadáveres ao invés de destruí-los. - mumificação: processo conservativo natural que ocorre quando temos clima quente e seco com solo arejado. Como decorrência da perda de água, a pele fica coriácea, se retrai, enruga e endurece, adquirindo uma coloração terrosa, entre marrom e preto. A perda da água de constituição, faz com que o corpo diminua notavelmente o ser peso, chegando a atingir valores da ordem de 10 a 5 kg, ao todo.
- saponificação: o tecido do cadáver transforma-se em adipocera. É necessário clima úmido, solo argiloso e impermeável ao ar atmosférico. Parece cera ou manteiga. Conserva suas formas bem definidas.
Exumação: desenterrar o cadáver para esclarecer algum fato que interessa à Justiça e passou despercebido. Necessita de autoridade polícial, famíliar, perito e administrador do cemitério. Fotografa tudo primeiro, antes de cada passo a ser tomado.
Embalsamamento: conservar o cadáver em substâncias balsâmicas. Necessita de autorização polícial e sanitária. Necessário fazer uma ata na polícia, na secretaria de saúde, na instituição que fez o procedimento e na família. Necessita de supervisão médica. O transporte do cadáver só pode ser feito até 24 horas entre o falecimento e o sepultamento. Se necessitar de 72 horas faz uma simples formolização. Quando o prazo ainda é maior, necessita um embalsamamento ainda melhor em caixão de zinco lacrado.