Partindo da sugestão de que a Antropologia se tem vindo a desfazer, Sherry Ortner propõe-se fazer uma resenha histórica da eoria eoria Antropológica das d!cadas de "#, $# e %# do s!c& '', partindo das rela(ões entre as v)rias a*ordagens teóricas ao longo do tempo para chegar ao conceito de pr)tica , mote da Antropologia dos anos %# +d!cada em que a autora escreve, sempre de um ponto de vista pessoal& a d!cada d!cada de "#, de acordo acordo com Ortner, Ortner, a An Antropo tropologia logia sofreu sofreu uma s!rie de revolu(ões com com*ates vis-.-vis + sic entre escolas teóricas, das quais terão surgido / movimentos0 Antropologia Sim*ólica, 1cologia 2ultural e 1struturalismo& A An Antropo tropologia logia Sim*ólica Sim*ólica teve duas variantes variantes principai principais, s, uma advo advogada gada por 2lifford 3eertz so* influ4ncia de 5a6 7e*er e centrada no conceito de cultura, e a outra esta*elecida por 8ictor urner, influenciado por 9 mile :ur;heim e centrada . volta do conceito de sociedade& 3eertz punha o foco nos sectividade que at! aqui não tinha, muito em*ora 3eertz não estivesse interessado em catalogar as variedades de tipos sim*ólicos n em em como as vias em que os s< m*olos actuam no processo social& social& A Antropologia Antropologia geertziana questionava questionava como os suntos *)sicos *)sicos de oposi(ões oposi(ões su*>acentes su*>acentes a algum fenómeno fenómeno cultural comple6o e mostrar as maneiras em que esse fenómeno ! tanto uma e6pressão desses contrastes e uma recria(ão deles& A sua contri*ui(ão mais duradoura foi a percep(ão de que o que aparenta ser ao acaso pode ter na verdade uma profunda unidad unidadee e sistem sistemati aticid cidade ade +uma +uma vez que todas todas as cultur culturas as inatam inatamen ente te classi classific ficam am,, mesmo que não ha>a um esquema universal de classifica(ão& Para @!vi-Strauss, se as estruturas munto com a Antropologia Sim*ólica, o que para a autora não era verdade& ) os antropólogos *rit?nicos aplicavam an)lises estruturais a sociedades e cosmologias particulares& O 1struturali 1struturalismo smo foi confrontad confrontadoo com uma forte reac(ão reac(ão contra contra no ineit su>eitoo intencional no processo social e cultural e de qualquer impacto significativo da Bistória
so*re a estrutura0 os especialistas passavam a estar mais interessados em modelos nos quais tanto os agentes como os eventos tivessem um papel activo& 2ontinuando para os anos $#, diz Ortner que nessa d!cada a Antropologia esteve muito mais ligada a eventos do mundo real, não em concord?ncia com os mesmos, mas e6actamente porque tudo o que era parte da ordem em vigor era questionado e criticado, usando-se 5ar6 como s) tinha sido tocado pelo sistema capitalista mundial e que a Bistória vem de fora da sociedade em estudo +esquecendo a Bistória dessa sociedade& Ortner verifica que a Antropologia na d!cada de $# não era acerca de pessoas reais que faziam coisas reais mas so*re a ac(ão humana estruturada ou sistematicamente determinada, em claro contraste com a d!cada seguinte& :e facto, segundo a autora, os pontos centrais da Antropologia Social na d!cada de %# do s!culo '' são a pr)tica e o praticante& Dm dos primeiros conte6tos nos quais uma a*ordagem da pr)tica se desenvolveu foi o da Antropologia Eeminista, em*ora o conceito tenha e6trapolado o campo da Antropologia& 2omo a a*ordagem da pr)tica ! diversa, a autora +que escreve este te6to ainda a d!cada vai a meio, como foi dito no ina, a teoria da pr)tica pretende e6plicar a g!nese, reprodu(ão e mudan(a da forma e do significado de um determinado todo socialKcultural& O que ! a pr)ticaH a verdade ! tudo o que as pessoas fazem, mas particularmente de um ?ngulo poleitos são os seus próprios interesses, eles actuam para o*ter o que querem, que ! o que ! material e politicamente =til para eles mesmos& 1sta teoria ! essencialmente racional e v4 as ac(ões como sendo de curto prazo e não pro>ectos a longo prazo, pelo que outra teoria, mais sistem)tica, e6plica que os su>eitos, ao inv!s, agem para resolver pro*lemas que lhes são colocados pela comple6idade das situa(ões& a verdade, segundo a autora, os su>eitos que actuam são motivados tanto pela procura de um ideal próprio como pela resolu(ão de pro*lemas& A visão de como o sistema afecta a pr)tica mudou da visão Icultura guia o comportamentoJ para uma visão Icultura restringe o comportamentoJ0 uma vez que h) só uma realidade constitueitos estão inclusos nela, o sistema como um todo e6clui configura(ões alternativas& A pr)tica reproduz o sistema por socializa(ão ou por ritual ou, segundo a a*ordagem da nova pr)tica, nas rotinas do dia-a-dia& Acerca de como o sistema pode ser alterado pela pr)tica a autora faz a
oposi(ão entre 5ar6 e Sahlins, >) que este enfatiza a import?ncia das altera(ões de significado das rela(ões, unindo mecanismos de reprodu(ão e transforma(ão& Dma Os produtos das ac(ões dos su>eitos raramente são aquilo que estes pretendiam que fossem& 1m conclusão, a autora mais uma vez su*linha o car)cter pessoal da visão so*re a eoria Antropológica e6posta neste te6to, que se centra na dicotomia entre Bistória e pr)tica, considerando esta como palavra-chave da Antropologia da d!cada de %#, e sugerindo uma reapro6ima(ão entre a Antropologia e a Bistória, uma vez que a perspectiva da pr)tica não ! perfeita nem um ponto final na discussão&
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