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Produção Musical
Aula 1 Apresentação do Curso Objetivos da aula: 1 - Apresentação do curso e seu formato Live) 2 - Apresentação da plataforma de ensino (Ableton Live) figura do produtor produtor musical e seu trabalho 3 - Apresentação da figura 4 - Primeiros passos para montar seu home studio
Introdução Seja bem vindo ao curso de Produção Musical da AIMEC. A partir de agora, você vai conhecer o empolgante mundo da produção musical e entender quais são as habilidades necessárias para se tornar um bom produtor, seja por hobbie ou no desenvolvimento de uma nova profissão.
1 - Apresentação do curso e seu formato Este curso foi cuidadosamente formatado por profissionais experientes no mercado e, também, no ensino da profissão. profis são. A AIMEC, desde 2004, é sinônimo de excelência no ensino de discotecage m e Produção Musical. A partir de agora você passa a fazer parte de um time vencedor. Para ter um melhor aproveitamento do curso é fundamental que você saiba como potencializar seu aprendizado. A dedicação, paciência e, principalmente, a sua vontade em aprender, podem fazer com que você saia daqui com plenas condições de começar a desenvolver uma carreira de sucesso. Lembre-se que “a posse de qualquer coisa começa na mente”, e é esse pensamento que pode levá-lo a conquistar um lugar ao sol no concorrido mercado da produção musical. Leve os assuntos abordados para casa, estude, procure referências, pratique, traga suas dúvidas para a sala de aula, pois somente assim você poderá aproveitar ao máximo a experiência de seus professores. Lembre-se que a qualidade do trabalho de um produtor é diretamente proporcional às horas de trabalho no estúdio. Não existe fórmula mágica para se fazer música de qualidade, o único caminho é a prática e a determinação no desenvolvimento de seus conhecimentos.
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Objetivo:
O principal objetivo do Curso de Produção Musical da AIMEC é: Formar produtores musicais profissionais. Nosso curso é formatado para cumprir este objetivo através de 5 pilares que norteiam nossa metodologia.
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Direção:
Trazer a fundamentação necessária para despertar o senso crítico, espírito analítico e poder de percepção que vão fazer a diferença em seu trabalho.
Nossa instituição já tem centenas de alunos que atingiram grande sucesso, apresentaremos o caminho que pode levá-lo nesta direção.
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Base:
Proporcionar ao aluno uma experiência de aprendizado diferenciada, não esquecendo da importância do desenvolvimento de uma percepção rítmica e musical apurada para uma aplicação eficiente das técnicas de produção musical.
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Linguagem:
Desenvolver a consciência de que o trabalho do produtor não se resume apenas em dominar um software de produção (Digital Audio Workstation: DAW). esclarecendo a necessidade de criar uma identidade musical, trabalhar nas áreas de marketing, relações públicas, desenvolvimento de projetos, selos, criação de conteúdo online, etc.
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Crescimento:
O aluno desenvolve seu aprendizado por núcleos menores de aptidões que vão, com o passar das aulas, se tornando mais desafiadores. Isso fará com que o seu desenvo lvimento seja constante e profundo. Mostrar o caminho para que o aluno tenha a sua chance no mercado de trabalho.
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Desafio:
Transformar esse período da vida de nossos alunos em uma experiência de aprendizado com diversão. No processo, você vai receber diversas gratificações por tarefas desenvolvidas com sucesso.
Conceitos abordados: Neste curso vamos abordar os principais temas e itens que fazem parte da complexa arte de fazer música. Utilizando os conhecimentos adquiridos no curso, o aluno aprende como criar, produzir, compor, masterizar e lançar suas músicas com qualidade profissional no mercado nacional e internacional. O aluno também estará apto a suprir satisfatoriamente o mercado em áreas de trabalho como áudio para publicidade, rádio, cinema, vinhetas, engenharia de estúdio, produção de outros artistas/ bandas ou qualquer tipo de trilha musical. A desenvoltura na criação está intimamente ligada à prática e, quanto mais você praticar, mais fácil será produzir e alcançar a qualidade que você procura em seus trabalhos. Não podemos esquecer que a criatividade é um fator de suma importância para a produção de boas músicas e, por isso, ela será aguça da por meio de exercícios no decorrer do curso. Para tanto, vamos trabalhar dentro de uma fórmula básica de produção. A idéia é estruturar sua produção, criar alicerces que sustentem seu edifício, andar por andar, passo a passo. No entan-
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Produção Musical
Aula 1 Apresentação do Curso Objetivos da aula: 1 - Apresentação do curso e seu formato Live) 2 - Apresentação da plataforma de ensino (Ableton Live) figura do produtor produtor musical e seu trabalho 3 - Apresentação da figura 4 - Primeiros passos para montar seu home studio
Introdução Seja bem vindo ao curso de Produção Musical da AIMEC. A partir de agora, você vai conhecer o empolgante mundo da produção musical e entender quais são as habilidades necessárias para se tornar um bom produtor, seja por hobbie ou no desenvolvimento de uma nova profissão.
1 - Apresentação do curso e seu formato Este curso foi cuidadosamente formatado por profissionais experientes no mercado e, também, no ensino da profissão. profis são. A AIMEC, desde 2004, é sinônimo de excelência no ensino de discotecage m e Produção Musical. A partir de agora você passa a fazer parte de um time vencedor. Para ter um melhor aproveitamento do curso é fundamental que você saiba como potencializar seu aprendizado. A dedicação, paciência e, principalmente, a sua vontade em aprender, podem fazer com que você saia daqui com plenas condições de começar a desenvolver uma carreira de sucesso. Lembre-se que “a posse de qualquer coisa começa na mente”, e é esse pensamento que pode levá-lo a conquistar um lugar ao sol no concorrido mercado da produção musical. Leve os assuntos abordados para casa, estude, procure referências, pratique, traga suas dúvidas para a sala de aula, pois somente assim você poderá aproveitar ao máximo a experiência de seus professores. Lembre-se que a qualidade do trabalho de um produtor é diretamente proporcional às horas de trabalho no estúdio. Não existe fórmula mágica para se fazer música de qualidade, o único caminho é a prática e a determinação no desenvolvimento de seus conhecimentos.
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Objetivo:
O principal objetivo do Curso de Produção Musical da AIMEC é: Formar produtores musicais profissionais. Nosso curso é formatado para cumprir este objetivo através de 5 pilares que norteiam nossa metodologia.
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Direção:
Trazer a fundamentação necessária para despertar o senso crítico, espírito analítico e poder de percepção que vão fazer a diferença em seu trabalho.
Nossa instituição já tem centenas de alunos que atingiram grande sucesso, apresentaremos o caminho que pode levá-lo nesta direção.
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Base:
Proporcionar ao aluno uma experiência de aprendizado diferenciada, não esquecendo da importância do desenvolvimento de uma percepção rítmica e musical apurada para uma aplicação eficiente das técnicas de produção musical.
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Linguagem:
Desenvolver a consciência de que o trabalho do produtor não se resume apenas em dominar um software de produção (Digital Audio Workstation: DAW). esclarecendo a necessidade de criar uma identidade musical, trabalhar nas áreas de marketing, relações públicas, desenvolvimento de projetos, selos, criação de conteúdo online, etc.
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Crescimento:
O aluno desenvolve seu aprendizado por núcleos menores de aptidões que vão, com o passar das aulas, se tornando mais desafiadores. Isso fará com que o seu desenvo lvimento seja constante e profundo. Mostrar o caminho para que o aluno tenha a sua chance no mercado de trabalho.
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Desafio:
Transformar esse período da vida de nossos alunos em uma experiência de aprendizado com diversão. No processo, você vai receber diversas gratificações por tarefas desenvolvidas com sucesso.
Conceitos abordados: Neste curso vamos abordar os principais temas e itens que fazem parte da complexa arte de fazer música. Utilizando os conhecimentos adquiridos no curso, o aluno aprende como criar, produzir, compor, masterizar e lançar suas músicas com qualidade profissional no mercado nacional e internacional. O aluno também estará apto a suprir satisfatoriamente o mercado em áreas de trabalho como áudio para publicidade, rádio, cinema, vinhetas, engenharia de estúdio, produção de outros artistas/ bandas ou qualquer tipo de trilha musical. A desenvoltura na criação está intimamente ligada à prática e, quanto mais você praticar, mais fácil será produzir e alcançar a qualidade que você procura em seus trabalhos. Não podemos esquecer que a criatividade é um fator de suma importância para a produção de boas músicas e, por isso, ela será aguça da por meio de exercícios no decorrer do curso. Para tanto, vamos trabalhar dentro de uma fórmula básica de produção. A idéia é estruturar sua produção, criar alicerces que sustentem seu edifício, andar por andar, passo a passo. No entan-
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to, iremos encorajar você a quebrar essas regras para que coloque toda sua personalidade e criatividade em seus projetos.
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Os principais conceitos abordados serão: Fundamentos de áudio É de suma importância que antes mesmo de pôr p ôr a mão na massa você tenha um bom entendimento sobre a ciência do som. Neste tópico você descobrirá como as ondas sonoras se comportam, quais são suas principais características e como elas podem ser medidas e representadas. Além disso, você receberá o treinamento necessário para entender o que são as frequências, como o ouvido humano consegue identificá-las e como elas podem ser manipuladas.
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Teoria musical Conceitos básicos de teoria musical para a construção correta dos elementos formadores da música.
relho de som da sua casa). Aqui você vai vai aprender a evitar os erros mais comuns desta arte.
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Compressão Diminui a diferença de dinâmica de uma determinada amostra de áudio, trazendo os sons com volumes mais baixos da sua música para cima e não deixando que os picos extrapolem o zero dB, ou seja, evitando a distorção.
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Delay É um dos efeitos mais utilizados na música, tanto para criar uma ambiência quanto para trabalhar no groove ou preencher espaços vazios. Você aprenderá a manipular diversos efeitos de Delay que poderão aumentar seu arsenal sônico: Simple Delay, Filter D elay, Ping Pong Delay, Ressonator, etc.
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Montar uma bateria Criando padrões próprios de bateria vo cê tem um controle muito maior sobre o groove e as viradas das músicas. Como criar linhas de baixo e sintetizadores: Você entenderá como criar qualquer som que esteja na sua imaginação: desde efeitos, sons sintéticos, passando por instrumentos tradicionais e até mesmo baixos mais encorpados. Como trabalhar com amostras de áudio (samples) O Ableton introduziu o conceito de áudio elástico no mercado, com isso a utilização de amostras de áudio ficou muito mais fácil e rápida. Você entenderá como utilizar amostras de áudio pré gravadas a fim de criar seus próprios sons. Como criar seus arranjos Um dos mais importantes passos na criação de uma música é o arranjo. É nele que você vai dar dinâmica a sua s ua música, definir como e quando cada instrumento irá tocar, criar as viradas, posicionar os temas e frases musicais no decorrer da linha do tempo, etc. Como utilizar a tela de cenas do Ableton Live A tela de cenas é o local ideal para criar apresentações ao vivo ou disparar elementos musicais de forma aleatória a fim de criar uma dinâmica diferenciada em suas músicas. Como mixar profissionalmente Esta fase vai tratar cada elemento a fim de otimizar a mistura dos mesmos. É o passo que antecede a masterização e engloba os processos de equalização, compressão, ambiência, panorâmica, aplicação de efeitos e equilíbrio de volumes.
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Equalização Esse é um dos processos mais simples de s e ter noção de como funciona (você já deve ter usado um equalizador ao menos no apa-
Reverb O Reverb é aplicado para criar ambiência na sua música. O reverb é utilizado em praticamente todos os elementos da música a fim de trazer um timbre mais natural para os ouvintes. Efeitos de modulação Chorus, Flanger, Phaser e outros efeitos de modulação ajudam a dar vida às suas tracks. Automação Outra ferramenta fundamental para a criação de músicas com dinâmica, a automação, é o que lhe permitirá gerar movimento e expectativa dentro de sua track. Você poderá utilizar esta técnica para movimentar qualquer tipo de parâmetro de seus instrumentos e processadores de efeitos. Como criar um Live PA Atua At ualm lmen ente te,, a per perfo form rmanc ance e ao vi vivo vo te tem m se mo most strad rado o um uma a das me melh lhoores fontes de renda para produtores musicais profissionais. Um bom live PA pode te levar dos estúdios para os palcos em um piscar de olhos. Reedits O DAW Ableton Live proporciona grande facilidade de trabalhar com arquivos de áudio. Por isso ele é a ferramenta perfeita para produtores e DJs criarem re-edits e mash-ups em segundos. Masterização Este é o ultimo processo de sua produção, preparando s ua música para soar bem em qualquer soundsystem, mesmo ao lado de músicas de outros produtores profissionais.
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Como se inserir no mercado de trabalho Seja produzindo as suas próprias músicas, fazendo seu live P.A., lan-
çando em uma gravadora fonográfica (selo) ou trabalhando no mercado de áudio para publicidade, cinema, rádio e TV, se suas músicas tiverem qualidade você saberá como ser absorvido pelo mercado de trabalho.
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Produção Musical
A ordem das aulas
Ableton teve a chance de aprender com os acertos e erros do pasLembramos que nossas aulas estão distribuídas em um crono- sado cometidos por outras empresas do segmento. Isso permitiu grama cuidadosamente elaborado por profissionais que, juntos, criar um software inovador, maleável e de fácil utilização. somam quase 100 anos de experiência no mercado de trabalho. No início ele permitia apenas a criação de canais de áudio, mas A ordem dos assuntos abordados é a seguinte: como ele trabalhava muito bem com esse formato de arquivo aca Aula Inaugural, Objetivos, visão geral bou chamando a atenção de produtores musicais e DJs que esta Fundamentos de Áudio vam procurando uma maneira rápida de compor e produzir. Introdução à Teoria Musical Atualmente, na sua versão 8, o Ableton Live conta com todas as Acelerando seu workflow características necessárias para a produção musical profissional: Warp Rapidez para construir uma idéia musical Percepção Rítmica Facilidade de manuseio / interface intuitiva Bateria Duas maneiras de produzir (tela de cenas e de arranjo) Samples e Samplers O conceito do áudio elástico introduzido pelo Ableton Live foi Técnicas de Estudio revolucionário Teoria Musical I Software disponível nas plataformas Windows e Mac. Montar o Baixo (MIDI) Sintetizadores I e Automação 3 - Apresentação da figura do Timbragem produtor musical e seu trabalho Arranjo I O Produtor Musical Teoria Musical II O produtor musical é o profissional que pode ser responsável Prova pela composição de músicas, criação de arranjos, domínio da en Correção da prova I e dúvidas genharia da gravação, coordenação de sessões de estúdio, trei Composição usando Samples namento e direcionamento de músicos, mixagem e até mesmo Arranjos II masterização de uma música. Viradas e Fills Através de todas estas atribuições os produtores musicais de Rack de Efeitos sempenham um papel muito influente não apenas em carreiras Samples e Samplers II e Remix individuais, mas também no curso da música em geral. Mixagem I Hoje em dia, com a diminuição dos custos e aumento do número de Compressão fabricantes, marcas, modelos e tipos de ferramentas utilizadas pelo Equalização produtor, há cada vez mais home-studios e produtores caseiros. Efeitos de ambiência Muitos artistas que buscam um maior controle sobre o processo Mixagem II de produção de suas músicas tornaram-se produtores musicais Masterização para suprir esta necessidade. Video no Ableton Live e Mercado Existem vários tipos de produtores. Logo abaixo você encontra Live P.A. uma lista com algumas áreas de atuação do produtor musical e Live P.A. II suas respectivas atribuições. Revisão Final
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2 - Apresentação da plataforma de ensino (Ableton Live) É válido lembrar que utilizaremos o Ableton Live como plataforma de ensino no decorrer do curso. Isso se deve a motivos pedagógicos, pois este programa é utilizado por boa parte dos produtores profissionais mundo afora e permite expressar suas idéias de maneira rápida e dinâmica, sem rodeios, devido à uma interface extremamente intuitiva e de fácil manuseio. Exemplo de alguns produtores que utilizam o Ableton Live: Skrillex, Kaskade, Sasha, Chris Lake, Lak e, Armin Van Buuren, Daft Punk, Deadmau5, Hot Chip, Richie Hawtin, Wehbba, etc. O DAW (Digital Audio Workstation) Ableton Live é um software relativamente novo no universo de produção musical. Com isso, a
Produtor musical
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Produção Musical
Você já sabe qual é o trabalho do produtor musical. O detalhe é que existem, no mínimo, dois tipos de produtores: Aqueles que fazem suas próprias músicas e; Aqueles que fazem músicas para outros artistas. Um dos maiores vencedores do Grammy, Quincy Jones, é um ótimo exemplo de produtor musical. Ele é empresário, músico, arranjador e, também, produtor musical (um dos mais premiados da história).
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Remixer
Este é o profissional que conhece todas as minúcias técnicas dos softwares e hardwares do estúdio. Dentre as principais atividades de um engenheiro de audio estão gravação, mixagem e masterização de projetos de outros produtores. Eles complementam o trabalho fazendo a parte técnica da engenharia de audio de um trabalho já criado por outro produtor. Uma das áreas mais requisitas atualmente para engenheiros de audio é a mixagem 5.1 para cinema, que engloba música, diálgos e sound design. Geralmente ele é especialista em síntese (processo de criar sons a partir de um sintetizador) e é pago para traduzir as idéias do artista e trazê-las para a realidade através do uso de um DAW e/ ou estúdio profissional. Ele realiza todo o trabalho técnico do processo de produção de uma música e, geralmente, é pago por hora de estúdio.
Áudio para publicidade
Este tipo de produtor é muito requisitado no mercado da música eletrônica. Ele é especialista em criar novas versões a partir de músicas que foram feitas por outros produtores. A realização deste processo ganha o nome de “remix”, pois consiste em criar uma nova mixagem para a música original, podendo o remixer criar novos elementos, efeitos e dinâmicas para a música. Muitas vezes, bandas contratam remixers para trazer suas músicas para um novo mercado e universo musical. Bons exemplos disso são bandas que se tornaram conhecidas pelos DJs através de remixes como Snow Patrol e Kings of Lion.
Engenheiro de áudio
Quem não se lembra daquela música composta para a propaganda do Big Mac? A letra era a própria receita do hambúrguer e até hoje essa tri-lha é considerada uma obra prima da área. No mercado existem inúmeras produtoras de áudio especializadas em criar jingles, trilhas, spots e vinhetas para publicidade. Para trabalhar em uma dessas produtoras, ou mesmo ser um autônomo, é muito importante que esse tipo de produtor tenha um perfil criativo e consiga trabalhar com qualquer estilo musical. Lembrando que produtoras de audio possuem cargos de criação (geralmente com musicos contratados) e cargos de operadores de audio, que gravam, mixam e finalizam os trabalho. Normalmente o produtor recebe um briefing do cliente antes de começar a trabalhar. Este material contém uma idéia do conceito do produto anunciado, a aplicação que este áudio terá, o conceito que a música deve ter, as emoções que deve passar, sua duração, que tipo de imagem será usada na campanha (se for para vídeos), etc. Para realizar este tipo de trabalho com excelência também é importante que o profissional tenha uma boa sensibilidade conceitual e não tenha problemas em trabalhar sob pressão, pois há prazo de entrega (geralmente bem curtos) para todas músicas.
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Áudio para cinema
Uma grande referência desta área é o grupo americano Blue Man Group. Eles conseguiram incluir elementos do teatro, da comédia, dos concertos de música, e da tecnologia em suas apresentações. Além disso eles também criaram instrumentos pró prios para utilização em seus shows. Outros artistas famosos por seus live P.A.s: Kraftwerk, Justice, LCD Soundsystem, Hot Chip, Chemichal Brothers, Daft Punk, Crystal Method, The Prodigy e Gui Boratto.
Donos de selos fonográficos
Esse tipo de produtor cria trilhas musicais para aplicação no cinema. Ele deve ser criativo e entender de que maneira é possível amplificar os climas sugeridos pelo cineasta, roteirista ou diretor. Como você deve imaginar, o produtor de áudio para cinema tem um papel fundamental no processo de emocionar as pessoas através de um filme. No cinema o som tem um papel tão importante quanto o vídeo na criação dos climas no desenrolar de uma história. O maior ícone desta área é o lendário John Williams. Com 47 indicações ao oscar, Williams é responsável pelas trilhas mais famosas do cinema como: Star Wars, Indiana Jones, Super Man, Tubarão, E.T., A Lista de Schindler, etc., além de ser autor do tema oficial dos Jogos Olímpicos. Curiosidade: A trilha de Stars Wars é a música não popular mais executada da história e também considerada a melhor de todos os tempos.
Live P.A.
O produtor musical pode ser dono de um selo fonográfico por dois motivos: 1 - Ter autonomia sobre seu trabalho, eliminando o intermédio de empresários, selos e gravadoras. 2 - Tornar-se empresário e expandir suas fontes de renda. Ter um selo para expor seu próprio trabalho é uma ótima alternativa para mostrá-lo a outras pessoas. Para isso é necessário lidar com uma certa burocracia e ser uma pessoa muito bem organizada. Muito artistas só conseguiram lançar suas primeiras músicas através do lançamento do seu próprio selo. Um grande exemplo disso é o inglês Richie Hawtin, que tentou vender suas músicas para vários selos e não conseguiu. Foi somente quando ele construiu seu selo que suas músicas começaram a ser ouvidas mundo afora.
4 - Primeiros passos para montar seu home studio Como eu monto o meu Home Studio? Uma boa dica para começar é evitar grandes investimentos em um primeiro momento. A melhor maneira de montar um home studio preparado para suprir suas necessidades é saber quais são essas necessidades. É sempre indicado que o aluno comece a produzir e praticar para descobrir, de acordo com as necessidades geradas neste processo, que tipo de equipamento será o mais adequado no seu caso.
Qual é o set-up ideal para a produção musical?
Esse tipo de produtor sobe aos palcos para mostrar seu trabalho ao vivo. Essa é uma excelente forma de começar a capitalizar através do exercício da profissão de produtor musical. Para ter sucesso é importante acompanhar as tendências musicais do mercado. A criatividade também é fundamental, já que os recursos utilizados para criar suas apresentações não se limitam ao áudio.
Há alguns anos atrás o investimento para montar um estúdio de produção musical era altíssimo. Os computadores da época não conseguiam processar nem mesmo um único canal de áudio, ficando restrito a mandar informações MIDI para os sintetizadores e samplers que, por sua vez, reproduziam o som em um mixer que o enviava para as caixas. Pense que para cada efeito era preciso um novo hardware. Hoje em dia, trabalhando em um estúdio virtual, você pode colocar quantos efeitos você quiser tendo como limite apenas o processamento do seu PC. Imagine a quantidade de cabos que precisa-
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vam ser utilizados (alguns custam uma fortuna). O pior de tudo é que as músicas teriam que ser produzidas em um único dia pois, quando você desligava os equipamentos nada ficava salvo (e muitas vezes o engenheiro de som teria o utro cliente no dia seguinte). Nos dias de hoje, os computadores dobram de velocidade a cada 18 meses. Está cada vez mais fácil e barato de construir um es túdio virtual que não vai perder em nada para a qualidade de um estúdio analógico. As revistas de áudio (Future Music, Computer Music, etc), mudaram o foco. No começo só existiam anúncios de hardwares, e hoje em dia, eles quase só falam em softwares. Na verdade, a discussão sobre o que é melhor, hardware ou software, é antiga e divide boa parte dos produtores. O nosso ob jetivo principal neste curso é criar um ambiente onde você possa produzir as suas músicas com qualidade e baixo custo. O set up ideal para você começar a produzir poderá ser montado com o PC que você tem em casa, a placa de som on-board (que já vem no PC) e um mini system, as caixinhas de computador ou um headphone para monitorar o som. Problemas de monitoração de som normalmente são causados pela acústica da sala. (Não precisa correr comprar folhas de sonex!) A cama, o armário, cortinas, sofá, tudo isso vai ajudar a melhorar a acústica da sua sala, converse com o seu professor. O mais importante de tudo é você trazer os seus primeiros rascunhos produzidos em casa, para a apreciação do professor, assim ele vai poder escutar na sala de aula e dar algumas dicas de como melhorar a qualidade final e acústica de sua obra. Se você é produtor iniciante e não é músico, não indicamos fazer qualquer investimento agora.
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Você só vai precisar de: Computador: Muito provavelmente o CPU que você já usa deve servir; Placa de som: a placa de som on-board (que vem com o computador), também serve para os primeiro experimentos; Monitores de referência: use o equipamento que você tem em casa, por exemplo: caixinha de computador, som 3 em 1 ou potência e caixas que estavam encostadas em algum canto.
Quando eu devo começar a investir? Não saia por aí comprando qualquer equipamento que você achou legal em alguma propaganda ou na casa de um amigo. Vá adquirindo novas ferramentas lentamente, de acordo com as necessidades que você já sabe que tem. Lembre-se de só fazer isso depois de conhecer a fundo suas ferramentas atuais. Você já comprou algum periférico e depois se arrependeu?
Exercício: Analise os seus futuros investimentos em relação ao seu perfil.
Como eu faço a instalação do Ableton Live? Não vamos poder cobrir em detalhes todos os aspectos que en volvem a instalação do Live no seu computador, mas essa é uma tarefa essencial para você desenvolver os assuntos apresentados em sala de aula (consulte o seu professor). SETUP HARDWARE Computador As especificações básicas do seu computador devem ser as melhores possíveis, caso você queira gravar e tocar (play-back) arquivos de áudio como parte de sua música. Recomendamos pelo menos 1024Mb de memória RAM, um disco rígido rápido de 7200 RPM com espaço de sobra (pelo menos 40 Gb) e um processador Pentium IV ou Athlon XP (PC). É claro que computadores inferiores a isso também poderão ser utilizados, porém apresentarão algumas limitações. Como iremos trabalhar com um programa (D.A.W.) o qual irá apresentar muitas informações na tela, o ideal é utilizarmos um monitor grande, preferencialmente de 17 polegadas, com uma resolução alta. Para isso, uma boa placa de vídeo também ajuda, com pelo menos 64Mb. Para podermos utilizar o que há de mais moderno em termos de programas, será necessário que sua máquina esteja com seu sistema operacional otimizado. Tenha certeza de manter sua máquina o mais simples possível, sem muitos programas adicionais e os drivers utilizados atualizados (a internet também deixa a máquina mais lenta).
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Se você é produtor iniciante, mas é músico indicamos fazer alguns pequenos investimentos: Para gravar instrumentos acústicos, você vai precisar de uma placa de som e para gravar padrões de MIDI você vai precisar de uma controladora MIDI.
Interface de Áudio
Placa de som: se você toca um instrumento acústico, é importante comprar uma placa de som para gravar áudio com qualidade, neste caso você não precisa de uma placa com várias entradas, apenas 2 entradas e 2 saídas já está ótimo; Controladora Midi: Um teclado é o ideal para gravar padrões MIDI, existem diversos modelos no mercado, 2 oitavas servem para a maioria das variações;
As interfaces de áudio podem atuar com três funções distintas: Disponibilizar uma ou mais saída(s) de sinal de áudio (output) para qualquer som gerado pelo seu computador; Disponibilizar (caso existente) uma ou mais entrada(s) de sinal de áudio (input) para qualquer som gerado pelo seu computador; Disponibilizar (caso existente) uma interface MIDI básica (In/Out); Caso ela esteja equipada com um sintetizador “on-board”, ela irá suprir-lhe com as mais variadas paletas de sons que poderão
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Infelizmente os PCs não vêm com uma placa on-board de qualidade (diferente dos Macs). A qualidade da reprodução é razoável, mas apresenta problema na gravação de áudio. Se este for o seu objetivo, procure o melhor modelo de acordo com as suas necessidades.
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ser acionados pelo seu D.A.W. ou qualquer outro programa. Placas de som também servem para gravar instrumentos de fora do seu computador, como uma guitarra, por exemplo. Os sons serão gravados internamente em seu Mac ou PC com o .aiff ou .wav (wave) respectivamente, para poderem ser tocadas a qualquer momento. Duas ou mais pistas como estas, tocadas ao mesmo tempo, e seu computador estará atuando como um gravador multipistas. Um problema que as placas on-board tinham era a falta de um driver de áudio, que foi desenvolvido pela Steinberg chamado ASIO. Você poderá utilizar o software ‘asio4all’ que foi desenvolvido há poucos anos e consegue imitar o ASIO atuando na sua placa onboard. Contudo, o Asio4all não funciona em alguns tipos de laptop. A boa notícia é que a Ableton desenvolveu uma espécie de ASIO interno que trabalha reduzindo a latência (tempo de resposta do programa) muito bem.
Teclado MIDI Para muitos compositores o teclado tradicional de piano é a melhor maneira para criação de ritmos, melodias e harmonias. Disponíveis no mercado nos mais variados modelos, são facilmente conectados ao computador. Por outro lado, o Ableton Live possibilita o uso do teclado do seu computador c omo um teclado de piano para suprir esta necessidade. Existem também controladores MIDI já com placas de som embutidos, é o caso do Oxygen, Ozonic e do Edirol existentes no mercado.
Monitores de som Você pode trocar suas pequenas caixas acústicas por um sistema com sub woofer. Muitos irão usar seu próprio HI-FI como monitoramento - o que não é mais apropriado, porém o mais prático. O ideal é investir em monitores de referência profissionais de baixo custo como os Yamaha HS 80 ou M-Audio Bx8a.
Mixers, Sintetizadores e Racks de efeitos Estes hardwares são cada vez mais raros no estúdio. Muitas dessas funções foram transferidas para softwares, que em computadores potentes conseguem rodar com facilidade. Não gostaríamos de ensinar para você na AIMEC como fazer músicas em sintetizadores como Acesses Vírus e mesas de som Alen Heath de 32 canais, porque quando você praticar em casa terá somente o seu PC e os softwares.
SOFTWARE Programas de computadores serão a alma da sua máquina, capacitando-o em várias tarefas. DAW – Digital Audio Workstation (neste curso o utilizado é o Ableton Live) Independentemente das idéias musicais que você tem, elas poderão ser gravadas e arranjadas no seu computador com a ajuda
de um DAW. Essencialmente, ele é a base de toda a gravação via “software” em um estúdio virtual incluindo efeitos, instrumentos, além de compreensiva capacidade de mixagem e masterização. Os instrumentos virtuais e os efeitos são chamados de plug-ins e apesar do seu DAW vir com alguns destes para você se familiarizar, existem várias empresas produzindo plug-ins para utilização em conjuntos com seu seqüenciador. Existem basicamente dois tipos de sequenciadores: os instantâneos, como Garage Band, que lhe permitem apenas adicionar sons préexistentes e pré-programados como loops e tocá-los juntos posteriormente; e os tradicionais e muito mais poderosos, como Ableton Live, Pro Tools, Logic, Cubase, Sonar, entre outros DAWs profissionais. Na questão de preços, os primeiros custam algo em torno de 50 dólares no exterior, enquanto os outros de 200 a 900 dólares.
Plug-ins e Instrumentos Virtuais Eles são geralmente apresentados em cinco formatos diferentes: VST, Direct X, TDM, MAS e Áudio Units. MAS é usado no super sistema Pro Tools, enquanto os outros são formatos da Steinberg (VST), Microsoft (DirectX), Motu (TDM) e Apple (AudioUnits). Além de soarem com extrema qualidade, instrumentos virtuais possuem a vantagem de serem muito mais baratos e integrarem muito melhor que um hardware dedicado a uma determinada função (Além do espaço físico em seu estúdio, que você provavelmente irá precisar). Mas não se engane, o debate entre hardware e software é eterno e caberá a você fazer a escolha do que lhe é mais cômodo e útil. Atualmente existem no mercado mais sintetizadores virtuais do que qualquer outro tipo de instrumento. Enquanto pequenas empresas baseadas na internet como JX, Linplug e Muon são conhecidas por seus produtos baratos com sons originais, as grandes corporações como Steinberg, Emagic e Native instruments, são focadas em emulações de equipamentos clássicos, como o Pro53, B4, FM7, Fender Rhodes e Minimoog. E com certeza essas emulações são muito boas e excelentes, com sons extremamente convincentes a um preço muito mais acessível e com uma integração muito mais eficiente ao seu sistema.
Samplers Atualmente os samplers representam uma boa fatia do mercado virtual. O primeiro lançamento de impacto foi o extraordinário EXS24, que rodava apenas no Logic. Hoje existem vários, como o Halion 2 da Steinberg, o Kontakt da Native Intruments, o Mach 5 da MOTU e a série consagrada da spectrasonics que contém montros como Trillian e Omnisphere. Alguns ainda preferem usar hardware samplers, por acharem seu som mais característico e clássico. Exemplos de hardware samplers seriam o AKAI S3000/3200 e o Yamaha A3000 muitos utilizados alguns anos atrás, mas agora são peças de museu. O Ableton Live tem três samplers nativos: o ‘Impulse’ (especializado em bateria), ‘Simpler’ (sampler simples) e o potente e completo ‘Sampler’.
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Produção Musical
Outros Instrumentos No momento existem diversos tipos de instrumentos virtuais, para os mais diversos gostos. Delay Lama emula um monge tibetano, FX Expansion Myteron um Theremin, entre outros exemplos curiosos. Existem também módulos de som impressionantes, como Stylus, Stylus Remix ou Sampletank. O Ableton Live tem como um dos seus devices nativos, o sintetizador de FM Operator.
ANOTAÇÕES: ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________
Efeitos
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Eles foram os primeiros a aparecer e representam a grande revolução em softwares. Existem centenas deles disponíveis como freeware (grátis na internet). Reverbs, Delays, Phasers, Compressores, Equalizadores, Vocoders. São emulações de clássicos, dos básicos aos mais complexos e inesperados para o processo de criação. Nomes para você procurar, incluem: Waves, TC Works, Native Instruments, Fxpansion, PSP, Steinberg e Prosoniq.
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DICA IMPORTANTE Como eu devo posicionar os monitores? As caixas devem ser dispostas a fim de formar um triângulo eqüilátero entre os monitores e o produtor. Use preferencialmente as caixas de pé, mas observe, pois algumas caixas trabalham melhores deitadas. Se optar por deitadas, tome cuidado para encontrar o ponto de melhor referência. Tente deixar as caixas na altura de seus ouvidos e procure deixar o centro do grave e do agudo também na linha dos ouvidos.
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Produção Musical
Aula 2 Fundamentos de Áudio
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Objetivos da aula: Fundamentos de áudio básico Características do som Espectro de frequências Analógico / Digital Áudio e MIDI
A grandeza que utilizamos para medir esse intervalo é chamada de Hz (Hertz). Uma onda que se repete 300 vezes por segundo, possui 300hz. Da mesma forma, uma onda que se repete 4500 vezes por segundo, possui 4500hz. É muito comum utilizarmos a nomenclatura da frequência em Khz (Kilo Hertz). Cada Khz é equivalente à 1.000 (mil) Hz. Ou seja, podemos nos referir à uma onda com 5.700 Hz como uma onda de 5.7Khz.
Introdução Hoje em dia, a produção musical se apóia tanto na tecnologia quanto na musicalidade. Por isso é de suma importância que antes de começar a produzir suas próprias músicas você entenda um pouco mais sobre a tecnologia utilizada neste proce sso e, também, sobre como o som se comporta. Você tentaria consertar um carro sem ter um bom conhecimento de mecânica?
1. Fundamentos de Áudio Básico Vamos começar nossa aula através do estudo dos fundamentos mais básicos do áudio. Dividimos em alguns tópicos os principais fundamentos que você deve compreender antes de seguir em frente:
1.1 - Som O som é uma onda mecânica tridimensional de pressão que pode ser transmitida através de qualquer tipo de matéria seja ela líquida, sólida ou gasosa. Toda vez que um objeto vibra, as moléculas de ar ao seu redor também vibram, em todas as direções, criando uma série de ondas sonoras. Essas ondas, por sua vez, vibram o tímpano humano fazendo com que o cérebro as interprete como sons. Você já deve ter visto como a água se comporta ao jogarmos uma pedra sobre uma piscina ou lago. N o momento em que a pedra entra em contato com a água, percebemos que uma série de ondas se espalha em todas as direções. Isso é praticamente idêntico à maneira como o som se comporta, sendo cada onda de água semelhante às vibrações das partículas de ar.
Exercício: Quantos ciclos você pode encontrar na figura acima? Quanto menor a frequência, mais grave o som. Quanto maior, mais agudo o som.
1.2 - Amplitude (intensidade/nível de sinal/loudness) A amplitude é o volume do som. Ela representa amplitude da ondulação da onda sonora. É a amplitude que define se um som é mais forte ou mais fraco. Por exemplo, quando tocamos a corda de um violão com força, ela possui uma maior amplitude, pois irá se movimentar mais em relação ao ponto inicial, isso gera um som com maior volume. O inverso também é verdadeiro. A amplitude é medida em dB (decibéis). Quanto maior o número de dB, mais alto o volume e vice-versa.
Exercício:
1.3 Frequência
Qual das duas imagens representa um som mais agudo, a da esquerda ou a da direita?
A frequência é a quantidade de ciclos completados por uma onda sonora dentro do intervalo de um segundo. Pode-se entender por ciclo o intervalo que contém um pico e um vale na dinâmica desta onda.
Produção Musical
2 - Características do som Podemos encontrar algumas características básicas em todos os tipos de som. As mais importantes são as seguintes:
2.1 - Altura (Frequência) É a propriedade utilizada para determinar se o som é mais grave, médio ou agudo. Altura, para os produtores musicais, será sempre representada em Hz, ou seja, é igual à frequência.
2.2 - Intensidade (Volume) É a propriedade que determina se o som é mais forte ou mais fraco. Como você pode perceber, intensidade é igual à amplitude e, como não poderia deixar de ser, é medida em dB.
2.3 - Duração A partir do momento em que a corda de um violão é tocada, ela começa a vibrar dissipando energia em forma de som. Essa vibração pode ser interrompida através das mãos do músico ou não. Se o músico toca a corda e logo após interrompe sua vibração, ele está gerando um som de curta duração. Se ele toca a mesma corda e deixa que ela continue vibrando até dissipar toda a energia, ele está gerando um som de longa duração. Em outras palavras, duração é o tempo em que uma onda sonora audível continua se perpetuando no espaço.
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Decay:
O decay é outro parâmetro de tempo e ele entra em ação assim que termina o attack. Ele determina a velocidade que leva para o som sair do pico do attack até seu nível de sustentação.
Sustain (nível de sustentação):
O sustain não é um parâmetro de tempo, ele pode ser infinito. Ele determina qual é o nível de volume que o som mantém enquanto uma nota está sendo executada;
Release:
Outro parâmetro de tempo que, por sua vez, determina a velocidade que o som leva para se dissipar depois que a nota deixa de ser executada. Logo abaixo você pode encontrar um gráfico exemplificando graficamente cada uma dessas características.
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2.4 - Dinâmica São as variações de amplitude (volume) no decorrer da onda ou da música.
2.5 - Timbre O timbre é a qualidade que permite reconhecer a diferença entre dois sons semelhantes na duração, na intensidade e também na altura. É pelo timbre que reconhecemos os sons dos diversos tipos de instrumentos. O timbre está relacionado à série harmônica produzida pela fonte sonora.
2.7 - Envelope ADSR Quando um som é gerado, a altura e o conteúdo da onda variam no decorrer do tempo. A maneira que essa variação se dá varia de instrumento para instrumento. Essas variações têm uma grande importância nas características de qualquer som ou instrumento. Costumamos dividir a maneira como um som se desenvolve em relação ao tempo em 4 estágios:
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Attack:
É um parâmetro de tempo que define a velocidade que o som leva para atingir seu ápice. O attack entra em ação assim que você toca uma nota, é o primeiro estágio do som. Níveis mais altos de attack farão que o som seja apresentado lentamente, enquanto níveis baixos podem fazer com que o som já comece a partir de seu ápice.
3. Espectro de frequências O espectro de frequências audíveis pelo ser humano situa-se entre 20Hz e 20KHz. Você já deve ter ouvido falar que alguns animais conseguem ouvir sons que nós, humanos, não conseguimos. É o caso dos cachorros, que conseguem captar sons acima de 20KHz e dos elefantes, que captam sons abaixo de 20Hz. O que você deve entender é que cada faixa de frequência possui uma característica peculiar, permitindo que um ouvido treinado consiga distinguir, aproximadamente, em que frequência um determinado instrumento está tocando.
Bandas de Frequência Como você já sabe, o ouvido humano consegue perceber uma faixa de freqüências que vai de 20Hz a 20kHz (20.000Hz). Dentro dessa faixa de som temos o costume de dividir algumas regiões (bandas) para melhor localizar certos aspectos sonoros e definir mais facilmente essas bandas sem precisar fazer uso de números. Geralmente são definidas cinco bandas básicas de frequências:
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Sub-Graves Nessa região predomina a profundidade e a fundação do som. Podemos entender somo sendo o chão de uma música.
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Graves Nessa região temos a base e a densidade do som. O peso dos graves de uma música se encontra nessa região.
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Médios Graves Essa região concentra as frequências que dão o corpo e a força do som. Também podemos incluir boa parte da pegada de uma música nessa banda.
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Médias Altas Quando falamos de presença é essa faixa de frequências que estamos definindo. Juntamente com a presença, boa parte da projeção de uma música encontra-se aqui.
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Altas E finalmente na banda de freqüências altas temos o brilho e o “ar” (respiro) do som. Sem essa faixa de frequências uma música iria soar abafada ou fosca. O gráfico abaixo demonstra as bandas de freqüência acima. Esse tipo de gráfico é chamado de Espectro do som ou Resposta de Freqüência de um som, o que é basicamente mostrar as amplitudes (Eixo vertical) e as freqüências (Eixo horizontal) que existem em um determinado som que está tocando. Os números de amplitudes são medidos em dB (decibéis) e as freqüências medidas em Hz (Hertz). Ou seja, de acordo com o gráfico abaixo, a banda de freqüências Médias Baixas, ou Médios Graves, vai de 250Hz a aproximadamente 2000Hz.
4. Analógico / Digital Existem dois tipos de sistemas utilizados para gerar e processar o som:
4.1. Analógico: É um sistema que consiste na transmissão e manipulação de sinais elétricos contínuos. Através de uma interface analógica, ou seja, um equipamento desenhado para manipular oscilações na voltagem ou corrente elétrica, esses sinais podem ser gerados, lidos ou interpretados. A captação analógica de um sinal se dá através de microfones. Esses microfones possuem uma membrana que capta a movimentação do ar e a transforma em sinais elétricos. Esses sinais elétricos podem ser processados e são reproduzidos através de um alto falante, que funciona da maneira inversa ao microfone, transformando eletricidade em movimentação do diafragma, gerando som mecânico.
4.1.2 - Transiente O transiente é a representação gráfica do som. Falando mais precisamente, ele é a imagem do impulso elétrico responsável pela movimentação das caixas de som. Através do transient é fácil perceber várias características do som como frequência, amplitude e duração.
Digital:
Frequências dos instrumentos A maioria dos instrumentos situa-se dentro de uma faixa específica de frequências. Vamos dar uma breve olhada em um gráfico para que você possa entender um pouco melhor.
O som digital é resultado do processo de informações binárias, como qualquer outro tipo de informação digital. Ele funciona através da geração, leitura ou interpretação de pacotes de informação (bytes) por chips e processadores informatizados. Esse tipo de informação traz à realidade um sistema de som cristalino e livre dos ruídos das fitas analógicas. Para ser reproduzido, os dispositivos digitais convertem as informações em pulsos elétricos, que são lidos pelos alto falantes da mesma maneira que acontece com o áudio analógico.
A discussão: Analógico vs. Digital A dis cus são entre os entusi astas de ambos os formatos, analógico e digital, é infinita. Algumas pessoas dizem que o som analógico consegue trazer um calor e uma textura que o digital não consegue, devido ao processamento de sinal elétrico, dos componentes e diversas variáveis no processo. Outros dizem que o formato digital é mais econômico, rico e cristalino, apontando que fatores como desgaste das peças e variação da tensão na fonte dos equipamentos analógicos podem deteriorar o som.
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Produção Musical
Já existem no mercado diversos softwares capazes de recr iar o calor e textura de equipamentos analógicos. Esses softwares estão ficando cada vez mais comuns e seus preços estão caindo. Não cabe a nós entrar nessa discussão, cabe a você decidir quais os melhores investimentos a fazer baseado nas características do som que procura. A dica aqui é pesquisar muito, visitar fóruns, ler artigos e reviews na internet antes de comprar qualquer tipo de equipamento.
5 - Áudio e MIDI Áudio e MIDI são alguns dos conceitos mais básicos que um produtor deve dominar. Basicamente, áudio e MIDI são duas linguagens utilizadas para fazer e reproduzir música.
de canal, ele apenas envia sinais que indicam que seu televisor deve cumprir essas tarefas. Hoje em dia, sinais MIDI podem vir de diversos tipos de controladores e servem para controlar diversos parâmetros como teclados, cordas, faders, botões (knobs), pads, etc. Basicamente, o MIDI vai ser utilizado para controlar parâmetros e disparar notas em sintetizadores, processadores de efeitos e qualquer outro tipo de dispositivo analógico ou digital que suporte esta linguagem (todos os dispositivos profissionais suportam o MIDI). Abaixo você encontra alguns exemplos de controladores MIDI modernos com diferentes tipos de controles.
Áudio Áudio é basicamente uma representação de som que, geralmente, é uma oscilação de voltagem. Essas oscilações representam frequências dentro do espectro audível humano (20Hz a 20KHz). Sinais de áudio podem ser sintetizados diretamente, gerados através de instrumentos acústicos ou elétricos, recriados a partir de uma fita, disco ou HD ou ainda gravados a partir da captação de microfones. Um alto falatante ou fone de ouvido consegue converter um sinal elétrico em som. Para o produtor, o áudio é o resultado de uma gravação em uma fita analógica ou em um arquivo de áudio digital (geralmente .aiff ou .wav). O áudio ainda pode ser manipulado à medida em que é criado. Exemplo disso é o tratamento de áudio sobre um instrumento virtual que esteja tocando em tempo real. Todo tipo de som que ouvimos saindo de nosso computador é resultado da reprodução de um arquivo de áudio.
Native Instruments Maschine
Vestax VCM 600
MIDI MIDI é a abreviação de Musical Instrument Digital Interface. Como o próprio nome já diz, MIDI é uma interface digital para instrumentos musicais, ou seja, uma linguagem que permite controlar diferentes instrumentos a partir de uma única interface. Esta linguagem permite que diferentes instrumentos, de diferentes fabricantes, possam ser controlados a partir de um único teclado ou controlador. O MIDI surgiu em 1983 e consistia em uma linguagem de sinais enviados de um teclado para outros sintetizadores. O papel do teclado era apenas informar a nota, por quanto tempo e com que intensidade que o sintetizador deveria reproduzir. Isso trouxe à tona uma nova realidade, pois os sintetizadores puderam diminuir de tamanho, eliminando a necessidade de se ter um teclado em cada um deles. Ao invés de máquinas com mais de um metro de comprimento, os sintetizadores puderam se transformar em pequenas caixas contendo apenas os circ uitos necessários para gerar o som. O MIDI, por si só, nã o gera som. Ele apenas dispara sinais para que os instrumentos façam esse trabalho. Para entender melhor, o MIDI funciona como a tecnologia de infra-vermelho do controle remoto de sua televisão. O controle, por si só, não faz com que seu aparelho de TV ligue, desligue ou mude
M-Audio Oxygen 8
Para DJs: Native Instruments Traktor Kontrol S4
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Produção Musical
A utilização Um bom produtor musical deverá estar familiarizado com o trabalho sobre áudio e MIDI para desempenhar um trabalho satisfatório. Através do domínio dessas duas linguagens v ocê poderá ter acesso à todo tipo de modificação nos sons que você quer gerar ou manipular. Nos DAWs existem dois tipos de canais: áudio e MIDI.
Nos canais de áudio, o produtor irá manipular samples e amostras de áudio. Nos canais MIDI, irá trabalhar com sintetizadores e instrumentos virtuais. Todos os programas desenhados para produção musical possuem representação gráfica para os padrões MIDI, ou seja, você não precisa de um controlador para tirar sons dos instrumentos virtuais, você pode desenhar com o mouse os padrões de seu interesse.
Aula 2 Introdução à teoria musical
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Objetivos: Conhecer os elementos formadores da música Entender o que é o Grid Notação Musical Introdução ao sistema tonal
Introdução: A função do produtor é primar pela qualidade do resultado final em suas músicas. O êxito desta tarefa depende do desenvolvimento de algumas habilidades para conduzir a produção de forma consciente e, só então, chegar ao resultado desejado. A primeira habilidade que um produtor musical precisa desenvolver é ouvir músicas analiticamente. Educar o ouvido para identificar os elementos formadores da música é essencial para entender o conjunto de sensações despertadas no ouvinte. O movimento melódico, as progressões harmônicas, o encadeamento rítmico, os instrumentos escolhidos, o arranjo musical e o tom escolhido para a composição são exemplos de fatores que auxiliam induzir o ouvinte às sensações que ele pretende causar. A segunda habilidade é entender a lógica que rege o funcionamento destes elementos. O sistema tonal e a lógica rítmica precisam estar esclarecidos para que você tenha um resultado satisfatório na hora de criar seus elementos musicais. A terceira é conhecer e dominar a sua ferramenta de trabalho. Assim como o músico deve dominar o seu instrumento para obter uma boa sonoridade, o produtor musical deve ter o domínio do DAW escolhido para operá-lo fluentemente e chegar ao resultado almejado.
1. Os Elementos Formadores da Música A música é a arte dos ritmos e dos sons. Para que serve a música? A finalidade é evocar sentimentos, traduzir impressões, transmitir mensagens, expressar opiniões e até mesmo contar histórias. Estas três últimas são exemplos de finalidades exclusivamente de músicas cantadas, pois para atingir o seu objetivo precisam do uso da palavra. Já a música instrumental (jazz, peças eruditas instrumentais, etc.) e a música eletrônica sem vocal trabalham em níveis mais sutis de emoção, anteriores à palavra. A s ubjetividade destas últimas modalidades musicais proporcionam ao ouvinte maior liberdade de interpretação, pois não apresentam um elemento literal no arranjo. Podemos apontar três elementos fundamentais que compõem a música. Melodia Harmonia Ritmo
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1.1. Melodia (horizontal) Quando você cantarola uma música, (seja a sua introdução, o solo, refrão, etc.) está cantando uma melodia. A melodia é o elemento responsável pela identidade da música. Resultante da combinação de notas (som) e pausas (ausências de som) sucessivas (horizontalmente para a direita), a criação deste elemento geralmente é o ponto de partida de uma composição.
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Produção Musical
Instrumentos melódicos ou monofônicos são aqueles que podem emitir apenas uma nota por vez, como por exemplo a voz e os instrumentos de sopro (Saxofone, flauta, clarinete, oboé, etc.). Contudo, vale a pena lembrar que instrumentos como o piano e o violão (que podem emitir mais de uma nota simultaneamente) também podem ser usados para executar melodias.
1.1.1 Notas Musicais Para visualizar o que vamos falar, o melhor referencial é o teclado do piano. Ele é constituído de oitavas, que por sua vez são formadas por 12 notas com a distância de 1 semitom (1 st) entre elas. Logo, podemos concluir que 1 semitom é o menor intervalo possível entre duas notas musicais, e que uma oitava é a menor distância entre duas notas de nomes iguais.
Destas 12 notas, 7 são denominadas “naturais” e conhecidas por quase todas as pessoas: dó, ré, mi fá, sol, lá e si. Elas correspondem às teclas brancas do piano. As 5 notas restantes são as teclas pretas do piano, que tem o seu nome composto por uma nota “natural” seguida de um sinal de alteração. Mas o que é um sinal de alteração?
OBS 3: Note que na figura acima não temos as notas E# e B#, porque imediatamente à direita das notas mi e si estão respectivamente as notas Fá e Dó (teclas brancas).
1.2. Harmonia (vertical) Para você entender o que é a harmonia de uma música, basta lembrar de um músico tocando violão para "acompanhar" um cantor. Este "acompanhamento" feito no violão é uma sequência de acordes que constitui a harmonia da música. O estudo de notas combinadas simultâneamente formando acordes (verticalmente, lidas de baixo para cima) e o relacionamento entre eles também leva o nome de harmonia. Ligada diretamente com a melodia, proporciona ou reforça o sentido dela no decorrer da música. Um bom conhecimento de harmonia traz grandes vantagens na criação de melodias e arranjos musicais. Instrumentos harmônicos ou polifônicos são todos aqueles que podem emitir mais de uma nota simultaneamente (Piano, Violão, Órgão, Harpa, etc.).
1.1.2 Sinais de Alteração Os sinais de alteração servem para dar nome às 5 notas restantes (teclas pretas do piano) ou modificar a entonação das notas "naturais". Os dois principais são: sustenido ( ): indica que a nota representada se encontra um semitom (st) acima (à direita) da nota que ele acompanha. bemol ( ): indica que a nota representada se encontra um semitom (st) abaixo (à esquerda) da nota que ele acompanha.
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OBS 1: O exemplo acima é um caso de enarmonia: notas diferentes que representam o mesmo som. OBS 2: Nos DAWs como o Ableton Live é utilizado apenas o sinal de alteração denominado sustenido (#). Ele indica que a nota junto a ele será alterada um semitom (1st) acima, ou seja, a nota imediatamente à sua direita.
1.3. Ritmo Quando você leu a palavra ritmo no título deste tópico, que pensamento te ocorreu de imediato? Provavelmente foi referente à instrumentos de percussão (bateria, pandeiro, congas, etc.), gêneros e/ou estilos musicais ou você escutou internamente um padrão rítmico tocado por instrumentos de percussão. O ritmo é a relação das durações dos s ons e pausas que variam entre o longo e o breve. Isto o torna elemento primordial e mais primitivo dentre os três elementos fundamentais, pois está presente nos outros dois. Pense em um riff de guitarra, numa levada de piano ou na melodia de uma música que você conheça muito bem e faça o seguinte exercício:
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cantarole este elemento “batucando” cada uma de suas notas em uma mesa, junto com a voz; abaixe o volume da sua voz até ela sumir; preste atenção apenas no som das notas que estão sendo batucadas. Esta é a parte rítmica do elemento que você escolheu. Como você cantarolou, era uma melodia. (mesmo no caso do riff de guitarra e da levada de piano que geralmente são elementos harmônicos. O que você cantou é a melodia, pois sua voz é um instrumento melódico). Instrumentos rítmicos são aqueles que não tem função tonal, apenas rítmica. Como por exemplo a bateria, pandeiro, tamborim, etc.
Para entender este conceito, antes você precisa entender o que é um compasso (BAR). Ele é equivalente ao compasso da música, o numerador (número superior da fração) que indica o Grid.
2.1. Compasso (BAR) O compasso é a unidade formadora da música, onde as idéias musicais (rítmicas, harmônicas e melódicas) são escritas. Tratase de um espaço limitado de tempo determinado por sua ‘fórmula de compasso’ (figura abaixo). Neste curso trabalharemos com o compasso quaternário (4/4) formado por 4 tempos), pois é o compasso mais usado na música popular.
Existem dois Grids no Ableton Live, que atuam de forma independente entre si: no Track Display (tela de arranjo)
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1.3.2. BPM A sigla BPM significa Batidas Por Minuto e determina a velocidade da música (andamento). No Ableton Live o BPM do projeto se encontra no canto esquerdo superior da tela e pode ser ajustado com um click (botão esquerdo do mouse) sobre ele seguido da digitação do valor desejado, ou depois do click, pressionar as teclas "up" e "down" do teclado para aumentar ou diminuir o seu valor, respectivamente. Ligando o metrônomo (encontrado também no canto superior esquerdo da tela) e acionando o "play" (barra de espaço), você pode escutar o BPM vigente no projeto. O intervalo entre dois beats do metrônomo é denominado “tempo”.
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no Sample display/Note Editor (janela inferior).
2. Grid A palavra Grid em inglês significa "grade". Nos DAWs esta palavra significa a forma como está dividida a área onde se encontram os elementos musicais, ou seja, qual é a proporção da "grade” vigente. O Grid atuante no projeto é representado por uma fração localizada no canto inferior esquerdo.
Compasso/ quantidade de partes que ele está dividido
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Quando criamos um clip de MIDI no Ableton Live, este vem automaticamente no formato da figura abaixo: 1 BAR subdividido em 16 partes iguais. Como ainda não há nenhuma nota “desenhada”, concluímos que ele está preenchido com 16 pausas (ausência de som) com 1/16 de duração cada, pois temos 16 partes.
No Ableton Live podemos alterar o Grid clicando no BAR e pressionando Ctrl+1 (para dividir por 2) ou Ctrl+2 (para multiplicar por 2). Usando a figura acima como exemplo, se pressionarmos Ctrl+2, teremos o grid em 1/8. Logo teremos 8 pausas de 1/8 de duração cada.
Já com intervalos maiores de tempo visualizados na tela, que c onsequentemente compreendem mais compassos, teremos situações em que o grid terá em sua representação o denominador (número inferior da fração) de valor 1. Isto vai implicar em um Grid com 1 ou mais BARs compreendidos em suas divisões, pois aponta que o compasso não está dividido. Na figura abaixo temos o Grid ajustado em 1/1, o que determina o espaço de um compasso (BAR) entre as suas barras.
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3. Notação Musical É a representação gráfica da música.
3.2. Pentagrama ou Pauta É o conjunto de cinco linhas horizontais e quatro espaços paralelos, equidistantes entre si. As linhas são contadas de baixo pra cima e é sobre ou entre elas que escrevemos as notas musicais. Existem também as linhas e espaços suplementares, que são linhas e espaços auxiliares que colocamos no ato da composição para que se possam anotar todas as alturas já que a pauta (de cinco linhas) não é grande o suficiente.
A=Lá B=Si C=Dó D=Ré E=Mi F=Fá G=Sol
3.3 Representação das notas no Note Editor (DAWs) No Ableton Live e demais DAWs, as as notas musicais são representadas com uma letra (cifra) associada a um número. Este número é relacionado à oitava em que a nota em questão se encontra.
4. Escalas As notas são as representações dos sons por meio de pequenas elipses (“bolinhas”) escritas na pauta.
OBS: Este tipo de notação não será abordada no curso, uma vez que não se emprega ao DAW que está s endo utilizado. Para editar partituras existem softwares especializados como 'Sibelius', 'Finale', 'Encore', etc. Contudo, você pode fazer os seus arranjos no Ableton Live e 'exportar' o MIDI dos instrumentos (botao direito do mouse > export MIDI Clip) para serem usados (importados) nos softwares citados com o intuito de gerar as respectivas partituras.
3.3. Cifras - A Simbologia dos Acordes Cifra é a simbologia mais usada internacionalmente, a qual representa a nomenclatura dos acordes através de letras, números e sinais.
Do latim “scala”, que significa escada, é uma série de notas que obedecem a um padrão de tons (2st) e semitons dentro de uma oitava. O nome Oitava tem a ver com a sequência das oito notas da escala maior (Ex: escala de Dó maior: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó) a que se chama igualmente "uma oitava". É o intervalo entre uma nota musical e outra com a metade ou o dobro de sua frequência. Ex: C3 ao C4
4.1. Escala Cromática A escala cromática é constituída pelas 12 notas da oitava.
Produção Musical
4.2. Escala Diatônica As escalas diatônicas são formadas por 7 notas da oitava. Para isto ela terá as suas notas dispostas em distâncias de 2 st (1 tom) e 1st entre si, de acordo com o modo vigente.
4.2.1. Nota Tônica Chamamos de Tônica a nota que dá o nome à escala. Ela é a nota mais importante entre as suas componentes. Exemplo: escala de Sol Maior (G) nota tônica: G
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4.2.2. Escala Maior Usa-se a escala de Dó MAIOR (C) como escala modelo do modo maior, por utilizar apenas as teclas brancas. Exemplo: Escala de Dó Maior (C)
Usa-se a escala modelo de Dó maior para construir todas as outras escalas maiores.
4.2.3. Escala Menor Natural Usa-se a escala de Lá menor (Am) como escala modelo do modo menor, também por utilizar apenas as teclas brancas. Exemplo: Escala de Lá menor (Am)
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Aula 4 Percepção Rítmica
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Objetivos: Entender a composição do “Position” Despertar a sensibilidade acerca da lógica rítmica. O que são quiálteras (tripplet)
Introdução: A música é composta de três principais elementos: melodia, harmonia e ritmo. Diferente do que a maioria das pessoas imagina, os dois primeiros são dotados de características rítmicas (e não só o último) sendo necessária coerência no encadeamento entre elas para um resultado sonoro de qualidade. A rítmica de uma música é a forma que os elementos musicais conversam (instrumentos melódicos, harmônicos e rítmicos). Um bom encadeamento rítmico garante o funcionamento da música. Quando bem feita, torna a música agradável aos ouvidos, pois confere clareza ao arranjo. Quando mal feita, gera desconforto aos ouvidos e, consequentemente, o fracasso do arranjo. A rítmica é formada por uma sequência organizada de acontecimentos que têm duração própria, em um intervalo pré-determinado de tempo. Este intervalo nós chamamos de compasso (BAR), e os acontecimentos – de figuras rítmicas. Estas são organizadas entre si com o intuito de transmitir uma ideia rítmica e preencher por completo o compasso. As figuras rítmicas podem ser figuras de som ou pausas (ausências de som). Por se tratar de um estudo de percepção, utilizaremos o corpo como principal ferramenta de estudo. Passos, palmas e voz serão nossos recursos principais. Além disso, iremos trabalhar a percepção através de exemplos musicais e exercícios de treinamento auditivo.
Follow Action e Loop Position (clip view)
Position na tela de arranjo (arrengement vew) Repare que a posição é formada por 3 dígitos:
1. Position Entender como é composto o 'position' é fundamental para você ter agilidade em todo o processo de produção. Seja na composição dos elementos musicais, na concepção dos arranjos, ajuste de loops e em tantas outras etapas e ajustes de funções do DAW. Como o nome já diz, ele aponta a posição da nota dentro do arranjo (arrangement position), de um loop (loop position) ou determina um período dentro de uma função do DAW (ex: Launch Follow Action)
Arrengement position (barra global)
1 - O primeiro (da esquerda para a direita) aponta o número do compasso (1/1) 2 - O segundo aponta em qual tempo deste compasso (1/4) 3 - O terceiro aponta em qual quarto deste tempo (1/16) OBS: a leitura da posição é mais facilmente entendida quando feita da esquerda para a direita. EX: posição 2.4.3 Terceiro quarto do quarto tempo do segundo compasso.
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Produção Musical
1.1 EXERCÍCIO Circule na figura abaixo a representação do terceiro tempo do segundo compasso:
2. Despertar a sensibilidade acerca da lógica rítmica
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2.1.2. Mínima 1/2 (2 tempos)
Lógica Rítmica Ao contrário do que muitas pessoas imaginam da música, tratase de uma estrutura exata que obedece aos princípios da matemática simples (aprendida no ensino fundamental), sem maiores segredos. Basicamente, temos na lógica rítmica uma figura que ocupa todo o BAR e que, se dividida por dois, gera outra figura rítmica. Esta ao ser dividida por dois gera outra figura, e assim por diante. Este processo gera um grupo de figuras rítmicas múltiplas de dois, o que facilita em muito a construção de frases rítmicas. Como você já viu, no Ableton Live podemos visualizar isto no Grid, clicando no BAR e pressionando Ctrl+1 (para dividir por 2) ou Ctrl+2 (para multiplicar por 2).
2.1 FIGURAS RÍTMICAS INTEIRAS As figuras rítmicas inteiras são aquelas que não fracionam o tempo. Em outras palavras, são figuras com duração igual ou maior que um beat (BPM).
A coluna 'relação numérica' é o ajuste do Grid que encontramos nos DAWs. Na coluna 'nome' encontra-se a nomenclatura utilizada no ensino tradicional de música.
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2.1.1. Semibreve 1/1(4 tempos)
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2.1.3. Semínima 1/4 (1 tempo)
OBS: A semínima (1/4) é o segundo dígito da representação do 'position'
2.1.4. EXERCÍCIOS DE PERCEPÇÃO (Ligue o metrônomo em 130 BPM)
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1/1 Fazer a marcação de tempo com os pés (passos). Contar (alto) de um a quatro junto com a marcação do tempo. Marcar o tempo forte (primeiro tempo do BAR) batendo uma palma. 1/2 Fazer a marcação de tempo com os pés (passos). Contar (alto) de um a quatro junto com a marcação do tempo. Marcar o tempo forte e o tempo 3 do BAR, batendo uma palma em cada.
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1/4 Fazer a marcação de tempo com os pés (passos). Contar (alto) de um a quatro junto com a marcação do tempo. Marcar todos os tempos do compasso batendo uma palma.
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2.2 FIGURAS RÍTMICAS FRACIONADAS
2.2.4. FUNK NOTES
Trata-se de figuras que seccionam o tempo em duas, quatro, oito partes ou mais. Na música eletrônica as encontramos tradicionalmente no close hat e no open hat. Em outras palavras, tem a duração menor do que 1 beat (BPM)
O close hat geralmente utiliza a figura 1/16, que pode ser considerada a célula base da música. Esta é a maior responsável pelo swing das frases, pois podem lhe atribuir um caráter assimétrico encontrado em ritmos afro-americanos (funk, samba, baião, salsa, etc.). Elas se encontram no segundo (primeira funk note) e quarto quartos do tempo. Position: X . Y . 2 e X . Y . 4
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2.2.1. Colcheia 1/8 (meio tempo)
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2.2.2. Semicolcheia 1/16 (1 quarto de tempo)
OBS: A semicolcheia (1/16) é o terceiro dígito da representação do 'position'
2.2.3. CONTRATEMPO Na linguagem popular, dizemos que uma pessoa tem um contratempo quando se defronta com uma situação fora da normalidade. Na música podemos dizer que é algo parecido, é algo como uma ausência de “chão”. O contra-tempo é o oposto da "cabeça" do tempo, marca a segunda metade dele. Position: X . Y . 3 Exemplo do efeito da funk note em um ritmo (Funk Carioca)
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Produção Musical
2.2.4. EXERCÍCIOS DE PERCEPÇÃO (Ligue o metrônomo em 80 BPM)
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1/8 (contratempo) Fazer a marcação de tempo com os pés (passos). Contar (alto) de um a quatro junto com a marcação do tempo, adicionando entre os números a letra 'e' (vai ficar: 1 e 2 e 3 e 4 e) Marcar o contratempo batendo uma palma (junto com a letra 'e'da contagem).
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1/16 (célula básica) Fazer a marcação de tempo com os pés (passos). Marcar o tempo forte (primeiro tempo do BAR) batendo uma palma. Contar (alto) de um a quatro dentro de cada tempo.
OBS: para conseguir contar os quartos do tempos podemos usar as sílabas do konokol (arte indiana da performance com percussão vocal) - TA (X.Y.1) - KA (X.Y.2) - DI (X.Y.3) - MI (X.Y.4)
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1/16 (funk notes) Fazer a marcação de tempo com os pés (passos). Contar (alto) de um a quatro junto com a marcação do tempo, adicionando entre os números a letra 'e' (vai ficar: 1 e 2 e 3 e 4 e) Marcar a primeira funk note batendo uma palma (entre o beat e a letra 'e') Marcar a segunda funk note batendo uma palma (entre a letra 'e' e o beat)
3. QUIÁLTERAS As quiálteras são exceções dentro da lógica rítmica. Elas alteram o número de figuras disponíveis dentro do BAR. Dentro do Ableton Live temos disponível uma quiáltera chamada tercina ou triplet, que aumenta par a 3 onde estavam disponíveis duas figuras rítmicas. O efeito causado é a de um pequeno retardo ou uma leve aceleração (depende do contexto utilizado). Ex: Para ativar esta função, temos de selecionar o BAR e pressionar Ctrl+3. Aparecerá ao lado da relação numérica a letra T, avisando que a função triplet está ativada.
3.1 EXERCÍCIOS DE PERCEPÇÃO (Ligue o metrônomo em 80 BPM)
.. 1/8T .. 1/4T
Fazer a marcação do tempo no Ableton Live, colocando o Kick nos tempos 1, 2, 3 e 4 Contar com palmas e voz até três a cada dois tempos.
Fazer a marcação do tempo no Ableton Live, colocando o Kick nos tempos 1, 2, 3 e 4 Contar com palmas e voz até três entre os beats do metrônomo.
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Aula 5 Ableton Live Essentials
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Objetivos da aula
e interface do Ableton, as funções que diferenciam o Ableton Live de outros softwares de produção, introdução a edição de áudio, exportar o resultado da sua produção e também salvar o projeto.
Demonstrar o layout e interface do Ableton Como acessar o menu de preferences Como usar as funções de transporte (play, pause e rec) 1. Layout e interface do Ableton Como fazer a configuração da placa de som para usar o Live; Apresentar as funções que diferenciam o Ableton Live de ouEsse conjunto de informações vai facilitar sua navegação dentro tros softwares de produção do Ableton Live, isso pode economizar muito do seu tempo. O Introdução a edição de áudio Ableton é software muito dinâmico tanto em relação ao trabalho Como exportar o resultado da sua produção e também salvar com áudio e aplicação de efeitos quanto na possibilidade de criar o projeto) Como interpretar e navegar nas pastas dos projetos instrumetos complexos. Muita dessa dinâmica que pode ser aplicada ao áudio também está presente na sua interface. Com alguns cliques você consegue transformar completamente Introdução Essa aula tem como objetivo apresentar os conceitos que dife- a interface do programa, seja para facilitar a visualização de algum renciam o Ableton Live de outras DAWs e as suas principais fun- elemento, ou para realizar alguma tarefa específica. ções, com esse conhecimento vai ser muito mais fácil para aprender a produzir nesta ferramenta revolucionária. Interface do Live Antes de começar a aprender sobre o software, é legal saber um No Ableton você pode movimentar e fechar muitas das janelas, pouco da história da empresa. com isso fica mais fácil de focar na tarefa que você quer/precisa O que é o Ableton e qual empresa produz o software? (fonte: desempenhar no momento. Para movimentar o layout, você pode www.ableton.com) apertar no símbolo que parece um triângulo e também na divisão Por que? A empresa começou para poder realizar a visão pesso- entre as seções. al de produção musical com computadores dos fundadores. Eles agora trabalham com um time excepcional de pessoas, e também de podem interagir com a comunidade de usuários enorme. Quem faz o software? A Ableton é formada por 130 desenvolvedores de softwares, gerentes e especialistas em produto e venda. A empresa é dirigida pelo Gerhard Behles (CEO) e Bernd Roggendorft (CTO) - ambos fundadores da empresa e o Jan Bohl (COO/CFO). A maioria dos funcionários da empresa são também ativos em produção musical, performance e discotecagem. O que a empresa faz? Um software para criação, produção e Exercício: performance musical. O principal produto é o Live. Ele introduziu Experimente navegar pelo DAW (Digital Audio Workstation) e uma nova forma de fazer música com computadores no estúdio e liste todas as janelas que podem ser abertas e fechadas: ao vivo. Live sempre recebeu uma excelente resposta da mídia __________________________________________________ internacional e de diversos artistas. Atualmente, o software conta __________________________________________________ com centenas de milhares de usuários e este número continua __________________________________________________ crescendo rápido. __________________________________________________ Quando a Ableton foi fundada? A empresa foi fundada em __________________________________________________ 1999. O Live foi lançado no mercado no fim de 2001. Ableton Inc., __________________________________________________ a subsidiária norte americana, foi incorporada em 2006. Onde? O quartel general da Ableton fica em Berlin - Alemanha, ele está localizado no centro do "Mite" District, próximo a muitos clubes e casas noturnas. Ableton Inc. está em Nova York, no Chelsea Aumente e diminua o tamanho das janelas Também é possível aumentar a diminuir basicamente qualquer District (em Manhattan), também próximo a muitos clubes. janela do programa. Para fazer isso, você só precisa mover o mouse para uma das divisões, clicar com o botão esquerdo e mover a Conceitos importantes: Nesta aula vamos desenvolver uma série de conceitos que vão janela. Se ao colocar o mouse em cima de uma divisão ele não se permitir que você entenda como funciona a estrutura do Ableton transformar no símbolo [ | ], significa que aquela janela não pode Live, você vai aprender sobre configurações de placa de som, layout ser movimentada.
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Exercício: Quais janelas podem ser movimentadas no Ableton Live?
Info View
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Freezar Canais; Selecionar opções de baixo uso de CPU nos efeitos e instrumentos; Aumentar o buffer size (vai também aumentar a latência); Usar placas DSP que processem os efeitos fora do seu computador; Comprar mais memória RAM; Comprar um computador com melhor processador.
Hard Disk Overload Indicator Indicador de sobrecarregamento de disco rígido
O info view é uma janela especial no canto inferior direito da interface do software. Para abrir / fechar essa janela você precisa apertar no triângulo no canto inferior esquerdo da interface.
Essa luz se acende quando o Ableton não está conseg uindo ler todos os áudios do projeto em tempo real, isso acontece quando você está trabalhando com muitos canais ou faz uma mudanças muito abrupta na posição da música. Se isso acontecer você ouvir pequenos estalos e paradas no som.
Browser/navegação e pastas de navegação/atalhos/pesquisa O Ableton Live tem uma particularidade bem interesante que acaba agilizando muto o processo de criação, ele tem diversos browsers que permite que você com grande faclidade acesse diferentes pasta do seu HD ou pastas especiais, com intrumentos e efeitos.
O info view dá informações básicas e avançadas sobre todas as funções do software, elas podem ser de grande ajuda quando você tem alguma dúvida. Ele também fornece o nome de cada função. Saber os nomes das funções em inglês pod e facilitar e muito o seu entendimento delas.
Medidor de consumo de CPU CPU LoadMETER
O Ableton Live tem uma ferramenta que mede a quantidade de CPU que está sendo gasto pelo software, quanto mais canais e efeitos você tiver esse número tende a crescer. Existem diversas formas de contornar esse problema: Diminuir o uso de plug-ins com muito processamento; Transformar canais com plug-ins em canais de áudio com o efeito consolidado;
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O Browser fica no lado esquedo na parte de cima da interface. Ela tem 7 botões diferentes.
Show / Hide Browser: esse botão permite abrir e fechar o browser Live Devices Browser: acessa os instrumentos e efeitos de áudio e MIDI nativos do Ableton Live Plug-In Device Browser: acessa os instrumentos e efeitos desenvolvidos por outros fabricantes e que estão instalados no computador File Browsers 1 / 2 / 3: Cada um desses browsers pode ser usado para apontar locais diferentes no seu HD, isso agiliza o processo, pois você não precisa ficar toda hora apontando para uma pasta. Hot Swap Browser: é uma ferramenta para você substituir samples perdidos ou que você não quer mais
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Produção Musical
Como pesquisar no seu HD: Ao apontar uma pasta nos Flie Browsers, você também pode fazer uma busca no seu computador, isso pode ser muito bom se você quer encontrar uma amostra de baixa ou de um certo tom.
Mixer do Ableton Live Na tela Session View (confira imagem acima) você também tem o mixer de canais do Ableton Live, es sa é a ferramenta onde você vai poder: Controlar o volume de cada canal Ligar e desligar os canais Solar canais (ouvir apenas 1 canal ou um grupo de canais)
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O mixer é uma peça fundamental do processo de produção, sem ele seria impossível controlar diversos canais em uma mesmo pro jeto. Nós não vamos entrar agora na parte de inserção de efeitos e nem em técnicas de mixagens, esse seu primeiro contato é apenas uma apresentação das ferramentas essenciais.
Controle o volume de cada canal Em cada canal de áudio e também em canais de MIDI com um instrumentos conectado, você tem um fader que controla o volume, se ele estiver como na imagem ao lado o volume vai ser em 0Db, essa mudança de volume pode variar de -inf DB (zero) até + 6db
É possível aumentar o tamanho do fader de volume, isso facilita para fazer ajustes mais precisos. Para extender o mixer, você precisa posicionar o mouse entre o fim do fader e o começo da seção de sends.
Controles do Mixer
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No mixer, além de controlar o volume você pode: Ligar e desligar os canais Solar canais (ouvir apenas 1 canal ou um grupo de canais)
Ligar e desligar os canais Em cada canal, seja ele áudio ou MIDI você tem a sua disposição um controle de volume, se o botão estiver amarelo, isso significa que o canal está ligado e o sinal de áudio está sendo enviado para o canal de master (ou outro de sua escolha) e que nos c anais de MIDI sem instrumentos o sinal de MIDI está passando por ele.
Ao apertar no botão amarelo com o número do canal, ele fica transparente e qualquer sinal de áudio e MIDI deixa de ser enviado.
Solar canais (ouvir apenas 1 canal ou um grupo de canais)
Quando você começar a trabalhar c om projetos com muitos canais, vai ser bem comum você querer solar (deixar tocando sozinho) um canal ou conjuno de canais. Para ouvir apenas um canal, você deve, apertar o botão "S" do canal (fica logo embaixo dos botões de ligar e desligar os canais).
No projeto acima, o canal dois está solado, fica fácil de perceber que as luzes de ligar e desligar os canis desligaram e o botão de "S" do canal 2 está selecionado. Se você apertar em um botão de "S" de um outro canal, ele vai ficar solado.
Se você quiser solar mais de um canal ao mesmo tempo, pressione "Command" no MAC e "Control" no Windows, antes de selecionar os outros canais que você quer ouvir.
Nos canais de MIDI que não tem instrumento, não tem controle de volume, isso acontece pois neste canais não tem saída de áudio e sim de MIDI.
No exemplo acima agora você só vai ouvir o sinal dos canais 3 e 4.
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BPM do projeto (andamento do projeto)
2. Como acessar o menu de preferences No menu de preferences, você tem o controle de uma variedade enorme de funções e parâmetros a serem explorados, é muito importante que você conheça todas essas variáveis e como personalizar elas. Para fins didáticos, vamos apresentar essas funções aos poucos (você vai aprender quando realmente sentir necessidade). Antes de começar a desvendar essas funções, você precisa aprender a acessar as preferences. Para acessas as Preferences, você pode seguir o seguinte caminho: MAC:
No canto superior esquerdo, é possível configurar diversas funções que controlam o andamento do projeto.
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TAP Tempo: ao aperta esse botão seguidas vezes, você consegue definir a velocidade do projeto em relação a velocidade das batidas. Esssa função também pode ser usada como uma contagem para uma banda entrar no tempo, ao apertar o botão 5 vezes com o projeto parado ele vai começar a tocar no tempo estipulado na quinta batida. Tempo: é tempo do projeto. Como o áudio é elástico (através da utilização do warp) a mudança não tira os sons do tempo. Cada estilo de música tem o seu andamento médio. Tempo Nudge Down / Up: ferramenta que permite ao artista fazer pequnos ajustes na velocidade, que depois retornam para a velocidade inicial estipulada pelo Tempo. Essa função é muito usada por artistas que querem manter a sincronia do Ableton Live com outra fonte sonora, como por exemplo outro computador rodando o Live ou um CDJ. Time Signature Numerator: é a assinatura de tempo, para a maioria dos gêneros o 4/4 é o usado Metronomo: clique aqui para ligar e desligar o metronomo, o volume do metronome pode ser controlado no Preview Cue / Volume no canal de Master (mixer).
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Vá à aba Live Selecione a opção - Preferences Atalho: Command + "," no MAC
Windows:
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Exercício: - Qual a velocidade que você quer produzir as suas músicas? - Teste a velocidade ouvindo o metrônomo e controle o volume o metronome.
Vá à aba Options Clique em preferences Atalho: Ctrl + “,”
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Essa ação vai abrir as preferences, essa janela é assim:
Resultado com o Zoom de +200%:
Resultado com o Zoom de -50%:
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Nos Preferences você tem as sub abas: Look / Feel: Aqui você pode mudar a língua usada, cores de fundo e as janelas de plug-ins; Audio: Configuração de áudio e de placa de som MIDI / Sync: Aqui você conecta as superfícies de controle, interfaces de MIDI e outras conexões MIDI File / Folder: Todas as funções que necessitam conexões com pastas e arquivos Record / Warp / Launch: Funções de gravação, warp e launch; CPU: Funções de controle do uso de CPU User Account Licenses: Licenças de uso do sofware Library: Ligação com a biblioteca do programa
Zoom na Interface Aproveite que agora você já sabe o caminho para mudar pelo menos um parâmetro do seu Live. O software permite que você não apenas abra ou feche alguma aba, você também pode aumentar e diminuir proporcionalmente o tamanho da interface. Vá em Preferences Look Feel Mude o Zoom Display
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O nível de Zoom algumas vezes se transforma em uma questão de gosto mas, na maioria das vezes, essa função pode ser usada para corrigir problemas com monitores pequenos ou a grande distância entre o usuário e a tela.
Exercício: Selecione o seu Zoom preferido.
3. Como usar as funções de transporte (play, pause e rec) O Ableton Live permite que você manipule as funções de transporte (play ,pause e rec) de diversas maneiras, tanto com o teclado do computador quanto com o mouse.
Ligar o Play / Pause Você pode acionar o play e pause usando o mouse diretamente na barra de navegação, essas funções também podem ser acionadas com o botão de espaço (se o programa estiver parado e ele vai começar a tocar e vice-versa).
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Produção Musical
Posicionamento do ponto de início da reprodução Você pode direcionar o início da reprodução clicando em qualquer parte do arranjo (mais detalhes sobre essa tela nesta aula), para isso é só clicar em algum ponto da tela, vai aparecer um marcador piscando igual a imagem acima, ao apertar na barra de navegação ou na tecla de espaço a reprodução vai partir dai. Se você quiser voltar o início do projeto (posição 1.1.1) pressione duas vezes no botão de stop. Ao reiniciar a reprodução, a música vai sempre tocar no ponto que foi determinado anteriormente, se você quiser que a reprodução continue do ponto que parou, pressione Shift antes de dar o play.
Scrub Area
Se nas preferences a função Permanent Scrub Area (aba Look Feel), estiver ligada, ao passar com o mouse na áre a em cima dos canais da tela de arranjo, você vai ver um símbolo de auto-falante, ao clicar em qualquer ponto a reprodução vai iniciar deste ponto (se a música estiver tocando, esse novo ponto vai ser acessado seguindo a regra definida pelo Quantization Menu - mais sobre isso ainda nesta aula). Se a função estiver desligada, ao passar o mouse neste área você vai ver o símbolo de um loop (pois a função zoom vai estar ativada).
4.1 Tipo de Driver (Driver Type) 4.2 Configuração de entrada e saída de áudio 4.3 Configuração de quantidade de entradas e saídas 4.4 Real-Time sample-rate conversion 4.5 Latência e Test Tone 4.6 Patch-bay e conexões de saída de áudio
4.1 Tipo de Driver (Driver Type)
Essa é a primeira configuração que você deve fazer, o Driver é u m pequeno software que ajuda a placa de som rodar no seu computador, geralmente vem em um CD junto com a sua placa de som ou já instalado na máquina (caso você esteja usando a placa on-board).
Qual driver eu seleciono? MAC: A maioria das placas de som que rodam no MAC usam o driver CoreAudio, esse driver foi criado pela Apple e usado também nas placas on-board que vem no computador. Windows: No windows existe uma grande quantidade de drivers diferentes. O recomendado é usar o Driver que foi produzido para sua placa.
4.2 Configuração de entrada e saída de áudio:
Ajuste numérico
Uma outra forma de controlar o local de inicío da reprodução é fazendo o ajuste numérico na barra de navegação (os ajustes são em bares, beats e tempos de 1/16), para modificar esses valores você pode: Arrastar para cima e para baixo qualquer um destes campos Clique e digite qualquer número que você desejar Selecione o campo e use as setas para cima e para baixo para aumentar e diminuir os valores.
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4. Como conectar a sua placa de som e usar o Test Tone Um dos pontos mais importantes e menos valorizados da produção musical é a configuração da placa de som. De nada vai adiantar você ter o melhor computador com a melhor placa de som se eles não trabalharem bem em conjunto.
Depois que você fez a configuração do Drive Type chegou a hora de configurar a quantidade de entradas e saídas que você quer usar. Para acessar os menus de configuração de entrada e saída clique em: Input Config: Vai abrir o menu com todas as entradas de áudio disponíveis Output Config: Vai abrir o menu com todas as saídas de áudio disponíveis A Quantidade de entradas e saídas diaponíveis neste menu vai depender da quantidade de entradas e saídas de sua placa de som. Em ambos os menus você tem a possibilidade de usar canais em estéreo e mono: Canais em mono: Para habilitar canais em mono, você precisar selecionar as opções do lado esquerdo do menu, exemplo: "1 (mono) & 2 (mono) ", ao selecionar essa opção você deixou liberado para configuração no Ableton tanto a entrada 1 quanto a e ntrada 2 da sua placa de som. Esse tipo de canal é usados para grava-
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Produção Musical
ção de instrumentos que não sejam estéreo, e também como uma forma de unir dois canais de estéreo em mono. Canais em estéreo: Esses canais são habilitados ao clicar em uma das opções do lado direito, exemplo: "1 / 2 Sterero", essa configuração vai liberar uma saída ou entrada em estéreo. Esse é o usado tanto para ouvir a sua produção nas caixas quanto para gravar instrumentos acústicos ou outros sons em estéreo.
30 Como eu descubro o Buffer Size ideal para o meu computador?
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Quantas entradas e saídas eu deixo ativadas? A quantidade de entradas e saídas é sempre proporcional a quantidade de canais que a sua placa de som tem. Mesmo que a sua placa tenha 10 entradas e 10 saídas ou mais, não significa que você deve deixar essas conexões liberadas. Cada saída ou entrada a mais vai gastar mais processamento, por isso só deixe habilitada as conexões que estão sendo usadas no momento.
4.4 Real-Time sample-rate conversion
Essa é uma configuração que controla a qualidade do áudio gravado dentro do Ableton Live, ele pode variar de 4 4.100 a 192.000. Esse áudio pode provir de qualquer fonte analógica ou digital que você conecte na sua placa de som. A qualidade de 44.100 é a qualidade do CD, se você não for trabalhar com áudio para cinema ou qualquer outra aplicação em alta definição deixe o sample rate em 44100.
A função de Test Tone serve para gerar uma onde senoidal na frequência que você escolher. Isso pode ser usado para afinar violões, guitarras e outros instrumentos que nec essitem esse tipo de ajuste. Essa função também serve para testar o buffer size mínimo que o seu computador suporta.
Para fazer o Test Tone, siga os segiuntes passos: 1. Em Preferences, Audio, Test Tone, mude o CPU Usage Simulator para 80%, isso significa que quando você for usar o teste ele vai simular um uso de 80% do seu CPU;
2. Pressione o botão de on / off do Test Tone (cuidado com o volume), você deve ouvir um som simples que é característico de ondas senoidais; 3. O medidor de processamento do Ableton Live deve ficar agora em 80%
4.5 Latência e Test Tone Para trabalhar melhor com pesadas cargas de informação (softwares de produção musical geram isso), os drivers de placa de som trabalham com uma especie de memória temporária (buffer) que permite que as tarefas sejam realizadas sem causar clips no áudio. O tamanho do buffer é proporcional à quantidade de processamento que o seu computador vai comportar. Se ele for grande, a quantidade de informação processada pode ser grande, mas também o tempo de resposta vai ser maior. Se o buffer size for pequeno, a velocidade de resposta do software vai ser mais rápida, mas a quantidade de material que ele consegue processar também cai. Para gravar instrumentos e informações MIDI é interessante baixar o buffer size, para também baixar o atraso (latência) da gravação. Se no meio do desenvolvimento da música o seu computador começar a clipar (fazer ruídos no som), é a hora de você aumentar o buffer size.
4. Diminua o valor do Buffer Size (não esqueça de apertar no apply)
5. Cada vez que você reduzir essa valor você também está reduzindo a latência, continue diminuindo até você chegar a um ponto onde o som gerado pelo Ableton fique distorcido (é acima desse ponto que você precisa colocar o Buffer Size). Dica: Sempre monitore o medidor de processamento, nele você pode perceber quais plug-ins carregam mais o processamento e quando você está chegando ao limite da máquina. Se eu colocar o buffer size em uma posição e ele rodar o teste sem causar distorção, o que isso significa? Significa que o seu computador vai conseguir processar instrumentos, processadores de áudio e efeitos até 80% sem clipar ou causar outros ruídos indesejáveis.
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Produção Musical
Exercício: 1 - Configure as entradas e saídas da sua placa de som, em relação a sua necessidade. 2 - Configure com o test tone para o Buffer Size mínimo suportável pela sua máquina.
4.6 Patch-bay e conexões de saída de áudio Esta aula não tem por objetivo demonstrar todas as funções do patch-bay, mas sim de apresentar alguns conceitos que vão permitir que você controle melhor as saídas de aú dio do Ableton Live. O Patch Bay é uma ferramenta que permite aos usuários do Ableton, fazer conexões entre os canais do software (internamente) e também ajustar entradas e saídas de áudio. Para abrir o patch-bay aperte no botão "I-O" que fica no lado direto da interface.
As conexões entre os canais podem ser feitas de diversas formas e esses conceitos vão ser desenvolvidos melhor nas próximas aulas. Nessa aula vamos nos concentrar nas funções relacionadas ao canal Master. Nesta aula vamos explorar apenas a conexões do canal de master (que é onde todos os outros canais são reunidos). Cue Out: É a saída do preview de áudio (para você escutar samples e músicas que você quiser inserir no projeto). Se o Cue Out for diferente do Master Out (você vai precisar de uma placa com pelo menos duas saídas em estéreo para isso), os botões de solo se transformam em botões de Cue (ao pressionar eles o som vai ser direcionado para saída de Cue). Com isso é possível fazer uma monitoração parecida a usada pelos DJs para tocar as suas músicas; Master Out: É a saída do Master, ele pode ser direcionado para outra saída se estiver disponível; Botão do heaphone com volume: ele controla o volume do preview de novos samples e música que você quer inserir e também o Cue das músicas.
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Preview de samples Tanto os canais de áudio e MIDI tem configurações similares.
Audio From / MIDI From: Entrada de áudio e de MIDI Audio to / MIDI to: Saída de áudio e de MIDI.
Para você selecionar com mais facilidades os samples, ligue a função preview pressionando o símbolo do Headphone no Browser (ele vai ficar azul). Agora, a cada novo clique em uma amostra de áudio, o Ableton vai tocar um preview (se for loop já vai estar no tempo do projeto). O volume é controlado no patch-bay.
Produção Musical
5. Apresentar as funções que diferenciam o Ableton Live de outros softwares de produção O Ableton Live é um software inovador, muitas das novas funções que você encontra em sequenciadores como Logic, Cubase e FL Studio já existiam no Ableton há mais de 10 anos. Nesta seção você vai conhecer 3 delas: Clips Tela de Cenas versus Tela de Arranjo Warp (vamos ver em detalhes na aula 8)
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32 O samples One Shot podem ser usados no Impulse (que é o sampler do Ableton Live especializado em bateria), confira mais detalhes na próxima aula. Neste caso, você trabalha com samples que não precisam de mudança de tom como, por exemplo, sons de peças de bateria (kick, snare, open hat, close hat) e de instrumentos de percussão.
5.1 Clips: Os blocos musicais básicos dentro do Ableton são chamados de clips. O clip é um pedaço de material musical: uma melodia, um padrão de bateria um linha de baixo ou uma música inteira. O Live permite que você grave e altere os clips de forma não destrutiva, isso significa que os arquivos originais ficam intocados (isso é bom por que não vai poder destruir acidentalmente nenhum arquivos). Os clips podem ser usados em dois ambientes do Live. A tela de arranjo é um sequenciador de time-line e todas as amostras colocadas nesta parte do software vão tocar quando a linha (time-line) passar. Este tipo de sample pode ser utilizado na tela de arranjo do A Session view é uma base de lançamento de clips em tempo real. Todo clip na session view tem o seu próprio botão de play que Ableton Live como na figura anterior. permite sua audição a qualquer hora e a qualquer ordem, sempre O ideal para samples de bateria é ser alojado em um sampler sincronizado com a música. Cada clip reage de forma diferente por especializado para essa função. O Ableton tem o Impulse como controle de uma série de parâmetros. uma ótimo opção. Nos canais de MIDI você pode criar clips de MIDI vazios (que podem ser preenchidos com o padrão que você quiser), para os canais de áudio você vai precisar arrastar a amostra do seu browser ou gravar o áudio internamente.
TIPOS DE SAMPLES Para você aprender sobre clips é importante você também aprender sobre tipos de amostras de áudio e como eles são interpretados de forma diferente pelo Live.
3.1. Sample de “One Shot” (percussão e bateria) One Shot no inglês significa “um tiro”. Como você vê na imagem, ele é apenas uma única batida de uma bateria ou som. Quando você adiciona um sample desses em um canal de áudio, o Ableton automaticamente reconhece que este é um sample de one shot e deixa-o com as funções warp e loop desligadas. Isso significa que este sample vai tocar em seu BPM original uma única vez. Com um sample de kick você até conseguirá deixálo tocando em loop, mas com qualquer outro som você vai ter dificuldades para montar um padrão na tela de cenas. Por outro lado, na tela de arranjo você pode montar esses samples em qualquer padrão (ou quase, pois você não pode sobrepor nenhum áudio).
Cada um dos samples pode ser colocado em uma das células (o impulse tem oito dessas células). Você pode então montar o seu padrão usando um clip de MIDI
Assim, além de você ter total controle do seu padrão, você tem controle sobre os volumes e também sobre os parâmetros do Impulse, que podem ser mudados em cada célula ou até no kit inteiro.
3.2. One Shot tonal (baixo, guitarra, synth, etc) Essas amostras também são reconhecidas como amostras de One Shot (por isso vem com as funções de warp e loop desligadas. Neste tipo de amostra, deve-se utilizar o Simpler ou o Sampler, pois você vai querer tocar o seu instrumento em uma escala e não apenas em uma única nota. Nesta aula, utilizaremos o Simpler, que aloja o sample original na tecla C3 e a estende por todo o teclado do piano, transpondo sucessivamente de semitom em
33
Produção Musical
semitom, tanto à direita (cada vez mais agudo) quanto à esquerda (cada vez mais grave) do C3.
3.3. Sample de Loop Quando você carrega um sample de loop (formado por uma linha musical de 4 ou mais tempos) no Ableton Live, ele vem automaticamente com as funções Loop e Warp ligadas. Esta coloca o loop sincronizado com o tempo do projeto. Isso facilita a criação de músicas com esse tipo de amostra (vamos ver mais detalhes sobre isso na aula 8)
6. Warp: O Ableton Live tem uma forma inovadora e diferente de traballhar com gravações digitais de áudio. Essas gravações podem ser compostas por você, mas muitas empresas também vendem esses arquivos para que produtores musicais produzam as suas músicas. O Warp funciona como a ferramenta de sincronização dessas amostras de áudio. Vamos ver em detalhes o warp na aula 8.
Botão de Play Em cada clip de áudio e MIDI você tem um botão de play, ao pressionar ele o som vai começar a tocar obedecendo a r egra definida pelo Quantization Menu.
No canal de Master, você tem uma ferramenta que permite disparar não apenas um clip, mas sim todos os clips que estiverem naquela linha (chamamos essa linha de cenas).
Quantization Menu
Session View versus Arrangement View :
Session View do Ableton Live
Arrangement View do Ableton Live Não é exagero dizer que o Ableton Live tem dois sequenciadores em 1, na tela Session View é possível criar diversas cenas (combinações de clips) que podem ser ser testados antes de serem gravados no Arrangement View, nesta última tela que você vai montar a sua composição. As duas telas são independentes mas podem e devem ser usadas em conjunto. O Ableton Live ficou famoso por ser não apenas uma ferramenta de produção musical, mas também de performance ao vivo.
Neste menu é possível selecionar, a quantização do início de reprodução de qualquer clip de áudio e MDI. Ao pressionar o botão de play de um clip, o clip pode esperar diferentes tempos para começar a sua reprodução (esse tipo de disparo garante que o clip não vai ser tocado fora do tempo em relação ao resto do projeto). Só a primeira opção que o None, garante que o som vai sair imediatamento o resto vai precisar esperar o ciclo de tempo (as medidas são em relação a contagem de bar).
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Produção Musical
Botão de Stop
Exercício: 1 - Descubra o que é como funciona o Quantization Menu (qual regra ele obedece?)
2 - Descubra como os botões de play e stop funcionam 3 - Descubra como disparar cenas (conjunto de clipes que ficam em uma mesma linha).
4 - Experimente montar um DJ set no Ableton Live c om o projeto: Library/Lessons/Sets, Djing With Live.Als. Ideia aqui é você testar diferentes velocidades do projeto, diferentes cofingurações Cada slot vazio de um canal ou o botão acima do mixer em forma de quadrado, quando pressionados seguem a regra do quantization menu e param a sua reprodução.
de áudio Quantization Menu.
5 - Grave a sua performance ao vivo na Arrangment View
EXERCICIO MIDI/DEVICE VIEW Quando você começar a disparar clips de áudio e MIDI um erro bem comum é confundir o editor do áudio e MIDI com o editor de efeitos e instrumentos.
Como funciona com os canais de áudio? - Ao clicar em um clipe de áudio
Gravação na tela de Arranjo Quando você achar uma combinação interessante de clips é possível gravar na tela de arranjo, pressione o botão de Rec da interface.
Agora toda mudança de clip ou de parâmetro que você fizer nesta tela vai ser gravada na outra.
- Você vai abrir um editor, que permite manipular diversos parâmetros de como esse arquivos é reproduzido. - Nas próximas aulas, você vai ter tempo para compreender todas as formas de obter melhores resultados na qualidade da reprodução.
- Ao clicar no título de um canal de áudio
- Você abre um editor de efeitos que estão sendo aplicados nesta áudio
- No exemplo canal do exemplo acima ele tem um equializador e uma distorção conectadas.
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Produção Musical
Como funciona com os canais de MIDI?
Zoom
- Ao clicar em um clipe de MIDI
Como você já deve ter percebido, muitas vezes a tela fica pequena ou grande pela quantidade de informações. Para controlar isso o Ableton tem uma ferramenta de Zoom. Você tem dois locais onde você vai usar muito esse tipo de ferramenta.
- Você vai abrir um editor, que permite manipular os padrões MIDI, tamanho do clip e muitos outros parâmetros.
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Loops de áudio e MIDI: Coloque o cursor na parte de cima do clip, vai aparecer a ferramenta de zoom, ao clicar com o botão esquerdo e arrastar para baixo você vai se aproximar do ponto selecionado, ao arrastar para longe o zoom vai diminuir. A mesma ferramenta pode ser usada para mudar a posição da visualização. Arrangement View: Funciona da mesma forma que o Zoom para loops, mas para usar ele você deve posicionar o cursor na parte de cima da tela de arranjo (no local cor reto o cursor se transforma em uma lupa).
. - Ao clicar no título de um canal de MIDI
- Você abre um editor do instrumento e dos efeitos neste canal
- No exemplo canal do exemplo acima ele tem um um Rack de instrumentos que dentro tem um Impulse (sampler nativo especializado em bateria) e os efeitos de delay e compressão.
De volta ao arranjo - BACK TO ARRANGEMENT
Exercício: Experimente usar a ferramenta de zoom em um loop de áudio e também na tela de arranjo.
7. Edição de Áudio na tela de arranjo Na tela de arranjo você pode editar o áudio (e também MIDI) de forma fácil e rápida.
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Como eu deleto algum trecho? Selecione a área que você quer deletar
Quando você começar a usar as duas telas para fazer sequenciamento, ao disparar um clipe na tela session view os clipes que estão na tela de arranjo no canal que teve o clipe disparado vão parar de tocar, quando você quiser retornar para o arranjo pressione o botão vermelho na barra de transporte.
Feramenta de Loop na tela de arranjo Agora que você gravou o resultado do seu DJ set na tela de arranjo é a hora de editar ele (qualquer erro que você cometeu). Para facilitar, você pode criar um loop em algum local, a melhor forma de fazer um isso, é selecionar a parte desejada e presssionar Control + L (Windows) ou Command + L (MAC). Com isso a ferramenta de loop vai ser colocada na posição e ela também já vai estar habilitada. Você também pode fazer os loops manualmente, movimentando a ferramenta de loop e acionando a função Loop.
Exercício: Experimente a função de loop de forma manual e pelo atalho, qual você prefere?
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Pressione delete
Produção Musical
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Como eu faço para dividir um clip? Selecione o ponto que você quer cortar:
Com eu faço para juntar dois clipes? Selecione os dois clips e pressione Control + J (Windows) ou Command + J (MAC) Resultado dos dois clips juntos:
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Áudio e MIDI:
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Pressione Control + E (Windows) ou Commando + E (MAC):
Até agora nós só trabalhamos com samples de áudio, mas o Ableton também tem outra fonte de áudio que são os instrumentos virtuais, estes instrumentos são controlados por MIDI. O que é o MIDI? Como nós estamos nos comunicando em português (e acredito que estamos nos entendendo), o MIDI é a forma de comunicação entre sequenciadores e os instrumentos. O MIDI não tem som algum, ele gera apenas informações que são processadas nos sintetizadores para gerar som.
Exercício: Aprenda a criar uma nota sine wave no Operator e como exportar o resultado.
8 - Como exportar o resultado da sua produção e também salvar o projeto e como interpretar e navegar nas pastas dos projetos:
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Como eu faço para aumentar e diminuir o tamanho de um clip? Pegue no canto do clipe e arraste para o lado (o resultado vai ser esse)
Quais são os formatos de arquivos do Ableton: O Ableton, para as suas múltiplas funções, trabalha com diversos tipos de arquivos gerados por ele, os principais são: .als - é o formato dos projetos do Ableton .asd - para cada arquivo de áudio usado no software, ele gera essa arquivo .asd, é nesse arquivo que o Live grava informações sobre o clip (com isso ele não destrói o som original).
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Como exportar o resultado de uma produção ou frase musical? Você pode exportar o trabalho tanto da Session View quanto o Arrangement View, sem essa função a sua música vai ficar presa dentro do software e não vai poder ser ouvida pela maioria dos usuários.
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Produção Musical
Como exportar o áudio da Session View: Para exportar você vai precisar deixar alguns clips tocando. 1 - Vá em File, Export Audio / Video (MAC e Windows)
2 - Vá em File, Export Audio / Video (MAC) 3 - Certifique-se de que o tamanho do arquivo a ser exportado é o que você quer.
No exemplo a cima a exportação vai ser do 1.1.1 até 193.1.1 4 - Pressione ok e selecione o nome do arquivo e onde você quer gravar ele. Fazendo ambos os processos você vai ter um arquivo de áudio .wav pronto para ser enviado para amigos, colegas de classe e fãs (se você quiser exportar arquivos grandes é melhor transformar esse arquivos em um MP3 320 kbps).
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Como salvar um projeto do Ableton: Para salvar um projeto do Ableton é bem simples. 1 - Vá em File, Save Live Set;
2 - No menu que vai abrir selecione o tamanho do som que você quer exportar, o som pode ser de diferentes tamanhos pela divisão de Bars, Beats e 16th (selecione no Lenght). 3 - Pressione ok e selecione o nome do arquivo e onde você quer gravar ele.
2 - Vai abrir um menu em que você deve escolher a pasta e o nome do projeto.
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Como exportar o áudio do Arrangement View: Para exportar você vai precisar deixar alguns clipes arranjados nesta tela. 1 - Selecione com o mouse a área que você quer exportar (área em amerelo)
O Ableton automaticamente vai criar uma série de pastas e arquivos:
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Arquivos .als - é o projeto do Ableton Pasta Samples: onde vão ficar os samples importados e também processados no projeto Ableton Project info - pasta com as informações do projeto.
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Produção Musical
Aula 6 Introdução a Samplers
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Objetivos: Aprender o que é sample Fundamentos do sampler Histórico da evolução dos samplers Aprender a mecânica básica de um sampler Como os samples de bateria e percussão podem ser usados na produção de uma música Funções do impulse
1. O que é sample A palavra sample vem do inglês, significa “amostra”. Um sample de áudio é uma “amostra” digital de um som do mundo real. Esse termo surgiu também pelo fato do som digital ser definido pela quantidade de amostras por segundo, que é o sample rate (taxa de amostragem) de um arquivo digital. Os samples de áudio são o ponto inicial para boa parte dos produtores musicais. Essas amostras podem ser coletadas de diversas formas (gravações de voz e outros instrumentos, obtido de graça na internet, via pacotes vendidos pela internet e até aquela coleção de discos (vinyl/CD) na sua casa.
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Pontos importantes a serem observados: Qualidade ideal? quanto melhor for a qualidade das suas amostras de áudio, melhor vai ser a qualidade das suas produções. A maioria dos pacotes de samples a venda no mercado são em formato .wav 16 bits / 44.100hz, amostras em mp3 320 também pode ser usadas, mas abaixo disso pode afetar a qualidade final das suas músicas. Onde conseguir? Existem diversos sites que vendem estes pacotes já prontos para produção e royaltie free (não precisa pagar direitos autorais para comercializar músicas com este conteúdo), recomendamos: www.loopmasters.com/ e www.vengeancesound.com, existem também diversos locais que você consegue encontrar amostras grátis. www.freesound.org/ por exemplo.
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Os samples são uma parte importante das ferramentas de produção, por isso mantenha-se em um processo constante de busca. Na internet, existem diversos loops em áudio em altíssima qualidade, e o melhor de tudo, muitos são de graça. Utilize os loops sempre nos formatos .wav ou .aiff. Os arquivos mp3 têm qualidade inferior, e isso com certeza irá fazer a diferença na qualidade final da sua produção. Nos sites citados abaixo você poderá obter uma porção de loops de graça: www.looperman.com (loops variados) www.proloops.com (loops com direitos autorais sem domínio) www.freeloops.com (loops de graça) www.tapegerm.com/freeloops (loops diversos) www.acidplanet.com (loops para serem utilizados no Acid) www.samplemagic.com(Samples classificados por estilos musicais) www.dailywav.com (Samples de filmes) www.drummachine.com(Samples de todas as baterias eletrônicas)
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www.samplearena.com (Samples variados) www.acidplanet.com (Samples de loops variados)
Como montar bancos de sons: É de extrema importância que você mantenha um banco musical em seu HD. Crie pastas de samples das mais variadas possíveis. Loops, percussão, bateria, efeitos, teclados, guitarras, vocais acapella, sons dos mais diversos que você possa achar. Lembrese que se em determinado momento você pode não gostar de um som, porém, guarde-o e quem sabe algum dia ele servirá para algo. Organize seus samples em uma pasta raiz (C:/Samples) e crie diretórios bem organizados. Você pode listar por empresa, por estilo, por tipo de sample (efx, bateria, one-shots, loops, instrumentos, etc.)
Para montar bancos de som em qualquer sampler do Ableton Live é muito simples: Monte os samples no sampler de sua preferência Monte um arquivo de MIDI Faça um drag’n drop do clip de MIDI que você criou diretamente no seu browser Não se esqueça de renomear e organizar em pastas que você vai armazenar os seus presets.
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2. O que é sampler O sampler é um tocador de amostras (samples), com ele é possível disparar, modificar e arranjar amostras de áudio de diversas maneiras. Tanto amostras de one-shot quanto loops e músicas inteiras podem ser manipulados através deste tipo de equipamento.
Para que serve o sample/sampler O sample surgiu para suprir a necessidade de reaproveitamento do material musical já produzido anteriormente. Já o sampler é a ferramenta de estúdio que permite ao músico tocar um piano raríssimo sem ter de fato o instrumento original, já que a gravação de cada uma das notas desse piano pode ser reproduzida através de um sampler. O sampler também é capaz de reaprov eitar um riff de guitarra ou qualquer segmento de uma música. O processo de gravar sons de um instrumento tradicional para depois executá-los através de teclados eletrônicos chegou a parecer um tanto antimusical e antiético na opinião de produtores puristas de diversos gêneros musicais. Na realidade, ainda há quem discuta a importância do sample. No entanto, temos muitos recursos disponíveis nos samplers que nos permitem modificar os arquivos originais a ponto de ficarem irreconhecíveis e torná-los exclusivos do nosso banco de sons.
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Produção Musical
3. Histórico da evolução dos samplers
4 - Fundamentos do sampler
O mais versátil instrumento já inventado vem promovendo não uma, mas várias revoluções na história da música moderna. Antes de conhecermos as funções dos samplers, é legal que você conheça a sua história.
Em um sampler você pode colocar qualquer tipo de amostra de áudio, mas as que funcionam melhor são as one-shot, é por isso que elas vão ser utilizadas nos primeiros exercícios.
HARDWARE
AKAIS3000 XL
SAMPLERS
AKAIS5000
3.1. Quadro de evolução dos samplers Marcos importantes na história da síntese,seqüenciadores e produção musical (Sintetizadores / Seqüenciadores áudio/MIDI/Samplers). 1855 - O francês Leon Scott inventa o primeiro dispositivo gravador de sons. Não consegue inventar o reprodutor necessário. 1890 - Começam a ser comercializadas as primeiras gravações de música. 1893 - Berliner lança o ‘Gramophone’ que usa discos de ebonita (goma endurecida). 1963 - Mellotron: dinossauro reprodutor de samples. Marcou o rock progressivo. 1979 - Linn LM-1: Primeira caixa de ritmos digital com samples em memória ROM. (ROM a 27kHz/8 bits). 1981 - E-MU Emulator 1 sampler (5 segundos a 25kHz) 1983 - Kurvweill K250 sampler workstation com sons e sampling (40 segundos a 50kHz) 1984 - Ensoniq Mirage: Primeiro sampler ‘barato’, mas rudimentar 1986 - Akai lança o S900, o primeiro sampler em rack acessível (4 segundos a 33kHz/12 bits). Synclavier PSMT (150 segundos a 100kHz/16bit) Akai lança o S1000 (360 segundos a 44kHz/16 bits).
1987 - Michael Jackson edita o album BAD. Marco na produção musical baseada em samples (Akai S1000). Amiga 500: Sound-Tracker, o primeiro seqüenciador baseado em samples. 1988 - Akai lança MPC60 (caixa de ritmos de sampling que marcou o RAP) e o Akai S1000. 1989 - E-MU Proteus (primeiro sampler em formato rack barato). 1995 - E-MU EIV: primeiro sampler a 48kHz com 128 vozes de polifonia. 1997 - Akai lança o MPC2000. 1999 - Nemesys GigaSampler: O mais potente s ampler virtual até à data (16 bit). 2000 - Roland VP-9000 introduz a tecnologia Variphrase. 2002 - Native Instruments Kontakt (sampler virtual)
3.2. Diferenças entre Sampler Virtual e Hardware Com o sampler virtual você grava o som através do computador e o edita com seu software de gravação/edição preferido. Com o hardware, existe a possibilidade de utilizar o próprio sampler para gravar o sample, utilizando assim os seus conversores analógico/digital, ou então utilizar o software de edição preferido e enviar o sample por MIDI dump ou por USB nos modelos mais recentes (muito mais rápido).
Dica: Você está com dúvida no assunto descrito acima? Consulte a aula 5 para fazer uma revisão. Para operar um sampler você precisa conhecer duas das suas principais funções, com esse conhecimento, você vai ter facilidade com qualquer sampler, de qualquer marca. Key Range: Os samplers tem o poder de reproduzir as amostras e também de modificar o tom delas a fim de emular as escalas em um instrumento original. O que acontece é que, a partir de uma única nota, você pode construir uma escala ou melodia inteira de um determinada instrumento. Como essa modificação de pitch/transposition vai reduzindo a qualidade da amostra (quanto maior a modificação maior a perda de qualidade), é necessário definir um alc ance (range) para as notas que vão tocar (por isso que para reproduzir um instrumento com qualidade vão ser necessárias várias amostras). Root Key: É a nota raiz para a amostra que você está usando. No caso de uma amostra de bateria, geralmente a raiz não é modificada, pois essas amostras não tem um tom definido. Se você for usar um one-shot de baixo, vai ser necessário selecionar a nota em que ele foi criado, caso contrário as notas que você vai tocar vão ficar fora do tom.
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Se o baixo foi criado em mi e a Root Key está em dó, a transposição dos tons criada pelo sampler vai dar errado, pois ele está calculando como modificar um dó para gerar as outras notas. Trazendo a Root Key para o mi, o sampler estará transpondo o sample de maneira correta e você não vai sair do tom.
Como usar sampler de bateria e percussão:
Neste caso, as amostras vão ser tocadas em seu tom original (diferente do que você quer fazer com shots mais musicais. Por isso o Key Range está fechado em cima do sample e o Root Key é o mesmo da nota. Com isso você só vai poder tocar o kick no C3 (seu tom original) e o snare no C#3 (seu tom original) e assim por diante.
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Produção Musical
Como usar com samples de one shot musicais:
Partes de uma bateria
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Vamos trabalhar basicamente com: Kick: bumbo Snare: caixa Open: chimbal aberto Close: chimbal fechado Percussão
Loops clássicos de bateria Na imagem acima, dois shots de baixo foram montados no Sampler (um dos samplers nativos do Ableton), a nota que as amostras foram gravadas são o dó (C2 para a primeira e C3 para a segunda). É por isso que o Root Key deles são essas respectivas notas. Como a qualidade vai diminir com a quantidade de tranposições, o Key Range foi só de apenas 12 semi-tons próximos ao Root Key.
Existe uma numeração para cada som da nossa bateria. O 1; 1,2; 1,3 e 1,4 são os tempos fortes. Os números restantes são os tempos fracos. Na maioria das produções musicais eletrônicas trabalhamos com o Kick marcando todos os tempos fortes. O open é a resposta para o kick que sempre aparece como espelho exatamente no contra tempo do kick. Abaixo, temos dois loops clássicos de um bar cada.
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O Ableton Live conta com 4 samplers nativos: Impulse (para baterias) Simpler (sampler simples) Sampler (sampler completo com modulações complexas) Drum Racks (perfeito para grande quantidade de amostras de bateria e percussão). Nesta aula nós vamos explorar mais a fundo o Impulse.
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5.1. Montar um loop clássico de bateria no Ableton
Primeiro vamos adicionar cinco canais MIDI (ctrl + shift + t) no nosso novo projeto e apagar o canal de áudio, pois não vamos 5. Como os samples de bateria e percussão utilizá-lo no momento. podem ser usados na produção de uma música Agora vamos adicionar (dois click’s no botão esquerdo do mouse) Impulse: ou arrastar um Impulse para cada canal MIDI. O impulse é um sampler do Ableton Live especializado em bate Agora vamos selecionar o ‘1 Impulse’ e pressionar ‘ctrl r’ para ria, como nós sabemos disso? renomear como kick. Depois de renomear o kick é preciso apenas presObservando o layout desse instrumento, você consegue descobrir? sionar a tecla ‘tab’ para pular para o próximo canal a ser renomeado. Lembre-se de respeitar a seguinte ordem: canal 1: kick, 2: snare, 3: open, 4: close e 5: perc. Agora vamos para a pasta disponibilizada no desktop do noss o computador, para escolher nossos samples (amostras de som). Primeiro vamos selecionar o canal do kick e arrastar o sample ‘kick’ da pasta KIT DRUM para o primeiro slot do Impulse. Vamos fazer o mesmo com os outros canais, primeiro selecionar o canal para depois arrastar o sample para o primeiro slot de Impulse é um instrumento nativo do Ableton Live cada Impulse: snare, open, close e percussão. Ele é um sampler especializado em bateria, principalmente por Para montar nossa percussão vamos usar os s amples que vem que ele é um sampler que não permite ao usuário modificar o seu na ‘Library’ do próprio Ableton. Primeiro vamos clicar com o botão Root Key e Key Range, eles são sempre fixos. esquerdo do mouse no ‘Bookmarks’ e escolher a opção Library. Você pode colocar até 8 amostras de aúdio. Elas vão tocar ape Depois o caminho é o seguinte: Samples – Waveforms – Drums nas nas teclas. C3, D3, E3, F3, G3, A3, B3 e C4. – Percussion. Dentro desta pasta podemos escolher o sample que Para usar o Impulse para montar uma bateria você vai precisar nos agrada e arrastá-lo para o Impulse no canal da percussão. das amostras e também montar um padrão MIDI. Para a percussão vamos escolher dois samples diferentes e usar os dois primeiros slots do Impulse.
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Produção Musical
Agora chegou a hora de criar a rítmica da nossa bateria, para isso vamos dar dois cliques com o botão esquerdo do mouse no primeiro ‘Clip Slot’ de cada canal. Veja abaixo:
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Repare que para cada ‘Clip’ criado também foi criado um MIDI Note Editor. Cada Clip tem exatamente o tamanho de um c ompasso que chamaremos de ‘BAR’. Agora vamos criar um ‘Loop Clássico de house exatamente como ensinamos no início desta aula. Para facilitar vamos mudar para opção ‘Draw Mode’.
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Agora chegou a hora de ouvir como está soando todos os canais ao mesmo tempo, para isso vamos clicar na cena 1 que fica no canto superior direito da nossa tela (Master Track).
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Repare que todos os canais estão clipando (em vermelho)
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No canal 1, o kick vai ser ‘pintado’ no 1 – 1.2 – 1.3 e 1.4, exatamente na sua linha dentro do MIDI Editor.
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No canal 2, o snare vai ser ‘pintado’ no 1.2 e 1.4, exatamente na sua linha dentro do MIDI Editor.
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Esses clipes digitais não podem acontecer. Toda vez que isso acontece, o som começa a distorcer e perder definiçãp. Vamos arrumar canal por canal. O procedimento é sempre o mesmo, dê dois c licks com o botão esquerdo do mouse em cima do canal kick (os clicks têm que ser exatamente onde está escrito o título kick: Track Title Bar), assim poderemos ver o Impulse onde o sample do kick foi colocado. Repare a saída de som do Impulse como está vermelha. Para arrumar vamos mexer no volume individual do slots, dentro do próprio Impulse, acompanhe:
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No canal 3, o open vai ser ‘pintado’ no 1.1.3 – 1.2.3 – 1.3.3 e 1.4.3, exatamente na sua linha dentro do MIDI Editor. Repare que o open é o espelho do kick.
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No canal 4, o close vai ser ‘pintado’ em todos os 16 tempos dentro do bar, exatamente na sua linha dentro do MIDI Editor.
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No canal 5, não vamos estipular regras, cada um vai escolher o lugar que quiser ‘pintar’, exatamente nas suas linhas dentro do MIDI Editor.
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Nesse caso vai ser preciso diminuir bem pouco o volume para evitarmos o clip digital indesejado. Agora acompanhe no canal 1 (do kick) como não está mais vermelho; e como todos os outros ainda estão. Devemos fazer o mesmo procedimento, canal por canal.
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Produção Musical
Na percussão, como estamos trabalhando com dois samples, temos que primeiro solar o primeiro sample (slots 1) para arrumar seu volume:
Funções do Impulse: Os parâmetros que irão agir em todos os slots estão localizados no canto direito do pluguin: Volume: Volume global Time: aumenta e diminui o tempo de reprodução das amosras Transp: Transpose: sobe e desce em Semitons +- 48st
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Funções que agirão independentes em cada slot:
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E fazer o mesmo com o sample no slots dois:
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Agora que arrumamos os clipes digitais (em vermelho) sua bateria tem que estar assim, todos os volumes no máximo e nenhum canal clipando.
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Start: Determina o start point, ponto de início da reprodução do sample (em milisegundos) Soft: Cria um fade in no início (faz o volume da amostra começar de forma mais suave até subir. Transpose: faz a transposição de amostras de aúdio, pode subir e descer em Semitons +- 48st Stretch: Time stretch +- 100% negativo irá encurtar e positivo esticar o sample Drive: aplica distorção ao slot Filter: adiciona diferentes tipos de Filtros com (HighPass, LowPass, BandPass, Notch)
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Decay Trigger: em Trigger será o tempo selecionado
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Só agora podemos mexer nos volumes de cada canal (Track Volume) para deixarmos a mixagem como gostamos. Vamos deixar o kick no máximo e abaixar os outros a gosto. Está pronta nossa bateria e percussão e soando muito bem!
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Decay Gate: Por quanto tempo o sample irá tocar.
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Pan: Panorama Volume: Volume
No canto inferior direito está a função SOLO e MUTE para agir no canal selecionado.
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Produção Musical
Aula 7 Teoria Musical I
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Objetivos: Como funciona o Simpler Tonalidade Escalas Musicais Construir uma linha de baixo com o Simpler
Introdução O entendimento do sistema tonal é imprescindível para a composição de frases dentro do tom escolhido. Sabendo quais são as notas que fazem parte dele, você passa de 12 notas possíveis (escala cromática) para 7 notas (escala diatônica) disponíveis para a construção dos elementos musicais.
1. Montando um instrumento monofônico no Simpler
2.Tonalidade Tonalidade é o conjunto de sons que se relacionam com uma nota tônica. A Tônica é a nota de resolução principal na escala, sendo o centro tonal e melódico da tonalidade. É a primeira nota da escala (Primeiro grau) e dará seu nome a esta.
3. Escalas Musicais Escala, do latim “scala” (escada), é o conjunto de notas organizadas em ordem gradual. São séries de notas s ucessivas separadas por tons (2st) e semitons (st), podendo ser ascendente ou descendente (movimento melódico).
3.1. Graus da escala Musical
Lembra que é um instrumento monofônico ou melódico? É um instrumento capaz de emitir apenas um som por vez, como instrumentos de sopro, a voz e alguns sintetizadores. O Simpler, assim como outros samplers (como o Sampler e o Kontakt da Native Instruments) tem uma função chamada 'voices' que permite você ajustar quantas 'vozes' ele poderá emitir simultaneamente (de 1 a 32 vozes). Em outras palavras, esta função determina a polifonia do instrumento que você está construindo. Ela se encontra no canto inferior da interface do Simpler.
Os graus são números em algarismos romanos que representam a posição e o nome dado a cada nota da escala. Cada grau recebe um nome que significa sua função dentro da escala. • I. (primeiro grau) – Tônica • II. (segundo grau) – Supertônica • III. (terceiro grau) – Mediante • IV. (quarto grau) – Subdominante • V. (quinto grau) – Dominante • VI. (sexto grau) – Superdominante • VII. (sétimo grau) – Sensível • VIII. (sétimo grau) – Tônica (oitavada)
1.1 Como funciona o Simpler:
3.2. Formação de escalas musicais Existem muitos tipos de escalas, porém iremos abordar as maiores e menores.
3.2.1 Escala Maior Como já diz o nome o Simpler é um sampler que é simples: Sampler + Simple = Simpler. Ele é considerado um sampler simples por três motivos: Root Key é fixo: isso significa que a nota raiz está sempre fixa, no caso do Simpler, ela é sempre fixa na nota C3. Key Range é fixo: isso significa que o alcance da notas (distância da nota raiz) é fixa. Neste caso o alcance são todas as notas do teclado. Quantidade de amostras: o Simpler só trabalha com 1 amostra por vez, isso reduz a quantidade de possibilidades, mas não impede seu uso. Agora vamos importar um sample one shot tonal para o sampler, fazendo um 'drag'n drop' do browser do Ableton Live. Para facilitar vamos escolher uma amostra da nota C, visto que o "Root Sample" se alojará na tecla C3.
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É uma escala diatônica (7 notas) do modo maior. Nas escalas maiores os intervalos de 1 semitom se encontram entre os III e IV graus, e entre os VII e VIII graus. I II III IV V VI VII VIII (graus) 2st 2st 1st 2st 2st 2st 1st (intervalo entre eles)
OBS: A escala de Dó maior (C) pode ser utilizada como modelo para construir todas as outras escalas maiores.
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Produção Musical
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Exercício: escreva a escala de Dó maior (C) em um clip de MIDI ; selecione todas as teclas com o mouse; transporte para o tom de Mi maior (E), colocando a nota tônica sobre a nota E3.
3.2.2. Escala Menor Natural É uma escala diatônica (7 notas) do modo menor. Ela tem os III, VI e VII menores (decrescidos de 1 st) que agora vem antecedidos por um bemol ( )na sua representação. Nas escalas maiores os intervalos de 1 semitom se encontram entre os II e III graus, e entre os V e VI graus. I II III IV V VI VII VIII (graus) 2st 1st 2st 2st 1st 2st 2st (intervalo entre eles)
3.2.2.1. Escala Relativa Menor É a escala menor que usa as mesmas 7 notas da a escala maior da qual é relativa, mas tem o sexto grau desta como nota tônica. Por isso, a escala de Lá menor (Am) pode ser utilizada como modelo para construir todas as outras escalas menores (pois é a relativa menor de Dó Maior).
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Exercício: escreva a escala de Lá menor (Am) em um clip de MIDI ; selecione todas as teclas com o mouse; transporte para o tom de Dó menor (Cm), colocando a nota tônica sobre a nota C3.
4. Construir uma linha de baixo com o Simpler Responda uma pergunta: o baixo é um elemento melódico ou harmônico? Se você pensar nos conceitos trabalhados na aula 3, irá responder que ele é um elemento melódico. Isso porque ele costuma executar intervalos melódicos (uma nota por vez) e não harmônicos (duas ou mais notas simultâneas). Contudo, por ser o elemento tonal mais grave da música, responsável pela nota fundamental (nota mais grave de um acorde) que tem um papel importante na definição da harmonia (a primeira a ser lida).
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Exercícios: Construa uma linha de baixo em Dó maior (C) optando apenas entre os I, II, IV e V graus. Duplique esta cena e transponha o baixo para o tom de Ré Maior (D). Construa uma linha de baixo em Lá menor (Am) utilizando apenas os I, V e VII graus. Duplique esta cena e transponha o baixo para o tom de Dó menor (Cm).
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Produção Musical
Aula 8 Sampler
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Objetivos desta aula: Principais funções do Sampler Como funciona o Sampler Como “transformar” áudio em MIDI Como transformar MIDI em áudio
Como eu abro o Sampler? O Sampler como você já deve saber é u m instrumento MIDI, por isso ele deve ser conectado em um canal de MIDI. Você encontra o Sampler na aba Live Devices do Browser.
Introdução: Nas aulas anteriores você conheceu as duas principais funções de um sampler, que são o Root Key e o Key Range/ Você também já deve estar estar apto a usar com facilidade e expressão o Impulse e Simpler (ambos samplers nativos do Ableton). Hoje você vai aprender como usar o Sampler que é o mais poderoso e completo sampler do Live. O Sampler, diferente dos dois últimos samplers estudados, permite que você selecione tanto o Root Key quanto o Key Range de forma livre, isso vai te dar muito mais liberdade para usar diferentes tipos de amostras em qualquer situação.
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1. Revisão:
O que é Root Key? Você tem 3 formas de abrir o Sampler, você consegue descobrir? O que é Key Range? Como abrir o sampler: Como devem ser usadas amostras de bateria / percussão? __________________________________________________________________________ Qual é a diferença entre usar amostras de bateria e amostras __________________________________________________________________________ com tom? Por que o Impulse pode ser considerado como um sampler __________________________________________________________________________ especializado em bateria? 3. Funções do Sampler Qual é o padrão básico de House? O Sampler tem suas funções organizadas em abas, como você Como usar um sample de one-shot no Simpler? pode perceber na figura abaixo: Quais padrões de baixo podem funcionar com sucesso?
OBS: O Ableton Live tem um instrumento nativo chamado Sampler. Para não gerar confusão, iniciaremos a grafia deste sempre com letra maiúscula. Já quando estiver grafado “sampler”, estaremos nos referindo aos conceitos relacionados a este dispositivo.
2. Como funciona o Sampler? O Sampler é o sampler nativo do Ableton Live mais completo, ele pode ser usado com uma infinidade de amostras ao mesmo tempo que podem ser combinadas de dezenas de formas diferentes. Nele você não tem também a limitação de configuração do Key Note e Key Range, por isso ele pode ser usado com sucesso em todo tipo de aplicação:
Dica: Ao clicar com o botão direto no Sampler é possível tranformar ele em um Simpler, o processo inverso também pode ser feito, isso é interessante quando você quer ter mais ou menos opção de configuração (dica: o Sampler gasta muito mais processamento que o Simpler).
3.1 Sample Esta aba se assemelha à interface do Simpler.
Aqui você tem a visão do formato da onda do sample, e muitas ferramentas importantes para moldar a forma e reprodução estão aqui. Reverse - On / Off - Quando ligado toca a amostra selecionada ao contrário (de trás para frente); Snap - On / Off - Quando ligado força o programa a proc urar de silêncio para o fechamento de loops de repro dução, isso pode evitar cliques e outros ruídos indesejáveis
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Sample - no display você tem o nome de sample carregado e no botão ao lado, você pode localizar o arquivo no seu HD ou substituir ele por outro. Root Key - é um grande diferencial do Sampler. Com ela podemos escolher em qual nota queremos alojar o nosso sample, com o pitch original. Entre suas aplicações temos o caso de samples one shot de instrumentos melódicos e harmônicos (saxofone, guitarra, etc), pois nem sempre podemos ter a sorte de encontrá-los soando a nota dó (C), como precisa ser no simpler Detune - faz uma mudança de tom do sample em micro-tons; Scale - determina quanto o pitch do sample será alterado de acordo com a distäncia de sua root key e a nota MIDI de entrada (tocada); Volume - modifica o volume do sample; Pan - modifica o pan do sample Sample Star e Sample End - controlam o começo e o fim da área de reprodução da amostra Sustain mode - no modo padrão ->| o som toca e para no fim, no ->| / ->|, ele toca até o fim de e volta a tocar em loop apartir do começo, no ->| / |<- ao chegar ao fim ele retornar em reverse. Quando você seleciona os dois modos que deixam o sample em loop, você também a sua disposição as funções de sample star, sample end, crossfade e detune que vão ajudar a moldar o loop de sutentação Release mode - parecido com o sustain mode, ele pode estar desligado, ->| permite inicial o release deste ponto, ->| / ->| cria um loop de sustentação que reinicia iniciando a amostra, ->| / |<- quanto a amostra chega ao fim ela entra em loop tocando o loop me reverse para depois normal, a sua disposição as funções de sample star, sample end, crossfade e detune que vão ajudar a moldar o loop de sutentação do release. Interpol - é a quantidade de CPU que vai ser us ado para fazer o transpose dos samples, quanto maior quantidade de CPU melhor a qualidade RAM - carrega os sample na memória RAM ao invés de ler do disco rígido.
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3.2 Filter/Global Nesta segunda aba você tem controles de filtro, envelope do filtro, ADSR e outras funções. Filter: clique nessa opção para ligar o filtro Type: selecione o tipo de filtro o M12DB, M24DB e SVF são passíveis de serem aplicados o parâmetro Morph (que vai fazer o filtro mudar o seu corte em tempo real), LP24, BP24, HP24 são filtros de passa alta, passa banda e passa alta tradicionais Freq.: é a frequência de corte do filtro; Re.: é a quantidade de ressonância aplicada na frequência de corte Morph: quando o os filtros M12DB, M24DB e SVF você pode
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mudar o tipo de filtro através desse parâmetro; Vel: ao aumentar esse parâmetro você aumentar quanto do filtro vai responder ao estímulo do velocity Key: controla o estímulo feito pelo pitch das notas MIDI
Envelope de filtro
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Para ligar o envelope de filtro aperte no botão F. Env.. Amount - define a quantidade de envelope que está sendo inserido no filtro Initial - define a frequência inicial do envelope do filtro Peak - define a frequência de pico do envelope do filtro Sustain - define a frequência de sustentação do envelope do filtro End - define a frequência do release Loop - define a forma e se o envelope do filtro vai tocar em loop ou não Attack - tempo que o envelope de filtro vai demorar para chegar ao seu pico Decay - tempo que o envelope vai mudar do pico para a parte de sustain Release - tempo do release Time < Vel - sensibilidade do envelope em relação ao velocity Time - tempo e repetição do evenlope de filtro, só funciona quando na aba loop está selecionado outro parâmetro que não None
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Envelope Global Volume - volume global do sampler Vol < Vel - define a quantidade de envelope que está sendo no sample Initial - valor inicial do envelope Peak - define o valor de pico do envelope Sustain - define o valor de volume (dB) do sustain Loop - define a forma e se o envelope de volume aplicado ao filtro vai tocar em loop ou não Attack - tempo que o envelope vai demorar para chegar ao seu pico Decay - tempo que o envelope vai mudar do pico para o volume de sustain Release - tempo do release Time < Vel - sensibilidade do envelope em relação ao velocity Time - tempo e repetição do envelope de filtro, só funciona quando na aba loop está selecionado outro parâmetro que não “ None” Global Pan: pan de todo o Sampler Pan
3.3 Zone Por aparecer acima da vista Track, ela pode continuar aberta junto com quaisquer uma das outras abas. No lado esquerdo da área do teclado é aonde serão alojados os samples a serem utilizados.
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Esta tela traz outro grande diferencial do Sampler: a função Key Zone. Com ela você pode delimitar a área de atuação (região do teclado) do seu sample.
Perceba que dentro da região delimitada temos a letra R. Ela indica onde está alojado o sample original (no caso em C3), ou seja, onde é a Root Key do sample em questão. Contudo, saiba que a Root key não precisa estar nece ssariamente dentro da área de atuação (Key Zone).
3.3.1 Multisample Multisampling é uma técnica para capturar de forma precisa a complexidade de instrumentos que produzem alterações dinâmicas em seus timbres. (Exemplo: piano) Para isso captura-se o instrumento em diferentes alturas tonais e em diferentes ênfases (tocado s uavemente, moderadamente, forte, etc.) O multisample resultante é uma coleção de todos esses samples, gravados um a um. O Sampler foi desenvolvido para nos permitir a utilização da técnica de multisampling ao nível que desejarmos: carregar e tocar presets de multisampler (como os da Essencial Instrument Collection da Ableton), importar multisamples de outros fabricantes ou criar nossos próprios multisamples do zero. Podemos também utilizar esta função para alojar inúmeros samples que, por exemplo, podemos querer disparar em uma apresentação ao vivo ou fazer algo inusitado como brincar ritmicamente com samples de diferentes fontes.
5. Como “transformar” áudio em MIDI Você já deve ter feito isso diversas vezes durante o curso, é só colocar uma amostra de áudio e em sampler (one shoot), com isso fica mais fácil para você criar padrões e também usar as funções do sampler para moficar o tom e outros parâmetros.
Como transformar loops de áudio em MIDI? Se você pegar uma amostra em Loop também é possivel pasar ela para MIDI, essa função é chamada de "Slice to a new MIDI Track". Confira um passo a passo de como fazer isso:
4. Slice to Single Sampler Na ferramenta Slice to New MIDI track (samples e samplers I) você encontra na sessão Slicing Preset a opção Slice to single Sampler. Esta vai fazer com que as suas “fatias” de som sejam encaminhadas para um único sample, cada uma para uma nota do teclado.
Você pode carregar direto em um canal de áudio ou criar samples de one shot (selecionando com o editor do Ableton Live), que podem ser diretamente carregados no Impulse. O Ableton Live conta também com uma ferramenta muito poderosa, que é encontrada no menu que aparece ao pressionar o botão direito do mouse sobre o loop contido no clip slot: Slice to new MIDI Track
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Ao selecionar esta opção, irá aparecer uma nova janela:
Se desativar a função Fold, terá então o nome das notas.
Ligue a função loop e experimente mudar a ordem das notas, apagar, duplicar, enfim, faça este loop ficar com um formato exclusivo seu.
Na sessão Create one slice per seleciona-se o modo que as fatias irão ser divididas. Iremos inicialmente experimentar a opção BAR.
Já na sessão Slicing Preset, vamos manter na opção Built-in (Default) que irá alojar cada fatia do loop em um Simpler exclusivo para ela. Automaticamente será criado um novo canal MIDI, que terá todos estes Simplers agrupados em um único rack, com seus parâmetros sincronizados nos Macros do rack.
Desta maneira transformamos um loop de áudio em uma seqüência MIDI, estando as fatias alojadas nas teclas do piano (desde a tecla C1, ascendentemente de semitom em semitom). No entanto você pode perceber que a opção Fold vem ligada automaticamente, mostrando somente as teclas estão sendo utilizadas nomeadas como Slice.
Pressione a tecla F12, acione a tecla Show/Hide Macro Controls e perceba que os parâmetros que mexemos anteriormente no simpler (no exercício “synth do galo”) e o envelope ADSR estão disponíveis para você modificar o som do seu novo loop.
PS: este preset também pode ser salvo utilizando a opção Save Preset Repita o procedimento utilizando a opção 1/8 Note na sessão Create one slice per.
Por último iremos utilizar a opção Warp Markers na sessão Create one slice per.