O PAINEL DO APRENDIZ-MAÇOM*1
(Painel inserido no Ritual do REAA do G1, do GOB, editado em 1!" ou 1!#, $ermane%endo at& 1!'()
Simbolismo e Interpretação Da mesma maneira que os filósofos egípcios, que para substituírem os Segredos e Mistérios das vistas profanas, ministravam seus ensinamentos através de Símbolos, a Maçonaria, dando continuidade tradição, também encerra sua filosofia e con!ecimento nos símbolos, pelos quais oculta suas "erdades aos não iniciados# $endo no %& 'rau o embasamento da ilosofia Simbólica, que resume a Moral Maç)nica do aperfeiçoamento !umano, compete aos *+ ∴ M∴ a importante tarefa de Desbastar a + ∴ ∴, isto é, desvencil!ar-se dos próprios defeitos e pai./es, que se constitui na +rincipal e "erdadeira 0bra da Sublime Instituição# 1uando, praticamente concluído o trabal!o de aperfeiçoamento moral, simboli2ado pelo desbaste da + ∴ ∴, e terem conseguido, através do esforço, transform3-la em + ∴ +∴ ou +∴ 4∴, apta construção do próprio 5difício Interior, ser3 possível descansar os instrumentos de corte para empun!arem outros instrumentos, condição necess3ria para a ascensão na escala da !ierarquia da Maçonaria, e, principalmente, participar da construção do 5difício 5.terior que é a Sociedade# 6m dos mais antigos símbolos da maçonaria é o painel de lo7a ou quadro (não devemos confundir o painel com a carta constitutiva da lo7a ou ainda com a pranc!eta8# 0 painel de lo7a é a representação de toda uma doutrina que simboli2a a vida e a necessidade de evolução do ser !umano, o verdadeiro desbastar da + ∴ ∴# 9o +ainel da :o7a (do 'rau de *+ ∴M∴8 se condensam todos os símbolos que devem ser con!ecidos para o efetivo trabal!o de um Maçom# 0 con!ecimento profundo de cada um dos símbolos facilitar3 o processo de interpretação e assimilação das instruç/es subsequentes# 0 +ainel da :o7a encerra quase todos os símbolos de um $emplo Maç)nico ali representado# *ntes de iniciarmos a descrição do painel propriamente dito, necess3rio é que caracteri2emos a instituição maç)nica, como um repositório de con!ecimentos
esotéricos e, por conseguinte ocultos, sobretudo onde se cria o ambiente favor3vel evolução '∴*∴D∴6∴, pois e.iste uma série de traços e de refle.os que tornam possível senão distingui-lo, pelo menos sentirmos sua misteriosa apro.imação# Devemos considerar que os símbolos incorporados tradição da Maçonaria Simbólica foram introdu2idos pelos nossos IIr ∴ com um particular propósito de e.pressar um pensamento ou um propósito# 5ste pensamento pode ser muito valioso em nossa geração, porém devemos ter em mente que nen!uma época em especial tem o monopólio do conceito original e profundo, nem os antigos, nem os modernos maçons# 0 ob7etivo imediato é o de estudar os nossos símbolos e sobre eles especular e agregar novos significados, cada ve2 mais profundos# 5m seu livro ;*nInterpretationof0urMasonicS#S#M# ?ard escreve que ao apreciarmos a nature2a podemos perceber que tudo o que nos cerca é algo que Deus est3 a nos ensinar por intermédio de símbolos e alegorias# 0 Sol que se eleva no firmamento e em seu nascente poente est3 uma alegoria de nossa e.ist@ncia mortal, a vida e a morte e, mais ainda, a ressurreição# * semente plantada nos ensina o renascimento e o mais !umilde dos animais tem muita coisa a nos ensinar# $odas as :eis da 9ature2a são Suas :eis, e quanto mais s estudamos mais compreendemos não se tratar de um mero acaso, mas a prova de um profundo e abrangente Intelecto, ao lado do qual o mais s3bio dos !omens não passa de uma centel!a desse con!ecimento# 9outra obra ;:eavesrom'eorgiaMasonar<= publicada sob auspícios da 'rande :o7a da 'eórgia nos 56*, se refere questão do simbolismo, afirmando que é a c!ave de todos os mistérios, de todas as religi/es modernas ou antigas, e de todo o con!ecimento esotérico# +alavras são inadequadas para transmitir as verdades espirituais, pois todas as palavras t@m origem material e, consequentemente, um significado material# * Maçonaria não emprega palavras para transmitir as mais profundas verdades espirituais, ela utili2a símbolos# 5stude os símbolos da Maçonaria e escave fundo no entul!o do $emp ∴ para encontrar as grandes verdades ali enterradasA os resultados recompensarão o esforço# +orém, o estudo dos símbolos, sem a aplicação pr3tica em sua vida, não passar3 de um mero e.ercício intelectualB e se voc@ tentar, simplesmente entend@-los sem vivenci3-los, o resultado era mais problemas do que proveitos# $ão logo ten!a aprendido o significado de um símbolo, voc@ deve torn3-lo parte de sua vida# aça com que se7a o guia de seu coração, sorva-o como a 3gua mais pura das fontes, alimente a sua alma com ele e, assim, voc@ !aver3 de crescer em con!ecimento de ainda maior profundidade, enquanto sua alma se elevar3, ainda mais, c!egando mais pró.ima das estrelas e da sabedoria divina que eles encerram#
* sabedoria é um crescimento da alma, e a recompensa do trabal!o e do esforço, que não pode ser adquirido se não pelo seu igual valor em sacrifício# 4ada ve2 que voc@ progride, ao ol!ar par tr3s, perceber3 ter passado pelo altar os sacrifícios, algo que representou o trabal!o de suas mãos e de seu coração# Simboli2ando que, por meio do trabal!o, retribuir3 aos seus Irmãos e a Cumanidade os benefícios que recebeu gratuitamente# 0 desígnio da Maçonaria é, em suma, o de tornar o !omem mais s3bio e mel!or, e consequentemente, mais feli2# * sabedoria é intil a menos que se pon!a em pr3tica# Se voc@ não estiver disposto a vivenciar a Maçonaria, não procure con!ecer os seus grandes mistérios# 5sse con!ecimento tra2 em si a responsabilidade do uso e da obedi@nciaB é impossível esquivar-se dessa responsabilidade#
M PO+O DE I./RIA 1uando da formação da Maçonaria 5speculativa, os Maçons se reuniam em 3trios de Igre7as e em $abernas, não possuindo templos como os con!ecemos !o7e# +ara poderem trabal!ar, representavam o $emplo com um +ainel ou $apete que era estendido no c!ão e a :o7a era composta# 9o +ainel, concentravam todos os símbolos necess3rios para o trabal!o maç)nico, com a facilidade de poderem constituir uma :o7a em qualquer lugar, desde que preservados do ol!ar profano# +or outro lado, precisamos considerar que a Maçonaria foi perseguida em praticamente toda sua !istória especulativa, tanto por Eeis quanto (e principalmente8 pela Igre7a 4atólica# Muitos IIr ∴ Morreram na fogueira da Inquisição e, posteriormente, nas mãos de monarquistas e absolutistas do "el!o e 9ovo Mundo# +or isso era mister de manter a identidade oculta, trabal!ar em :o7as sem acesso profano e não ter endereço fi.o# Daí a importFncia do +ainel# 5ra o que poderíamos c!amar (com as devidas reservas e v@nias8 uma ;:o7a "irtual=# +osteriormente, e, principalmente, após a Eevolução rancesa e a onda Eepublicana, que varreu todos os recantos da $erra, somados queda do prestígio e preponderFncia da Igre7a sobre o 5stado, os $emplos passaram a ser construídos e o +ainel passou a ser um acessório de grande simbologia pelo que ele representou na época das perseguiç/es, bem como pelo que representa !o7e na ilosofia Maç)nica# 4omo 73 dissemos, o +ainel da :o7a concentra todos os símbolos relativos ao 'rau de *+∴M∴ que devemos con!ecer para a *rte Eeal# +or outro lado, também afirmamos que neste +ainel se condensam quase todos os símbolos e alegorias presentes e dispersos num $emplo Maç)nico#
"amos entender um pouco cada um desses símbolosB %# 0 $5M+:0 - 0 quadril3tero que comp/e o +ainel representa o $emplo Maç)nico# 0 $emplo Maç)nico, por sua ve2, é inspirado no $emplo de Salomão (que por sua ve2 foi inspirado no $abern3culo8, no formato (quadrilongo8, na sua estrutura (3trio, santo e santo dos santos8, e na sua orientação (:este a 0este8# * forma arquitet)nica éB a8 4omprimentoB Do 0riente ao 0cidente (:este a 0este8A b8 :arguraB De 9orte a SulA c8 +rofundidadeB Superfície ao 4entro da $erraA d8 *lturaB Da $erra ao G@nite (4éu8 H# *S 40:69*S - *s :o7as são sustentadas por tr@s colunasB Sabedoria, orça e ele2a# 0bservamos em primeiro plano as tr@s colunas mestras dispostas de maneira a formar um triFngulo, símbolo m3.imo da perfeição e do equilíbrio, representando, por conseguinte os tr@s mundos inteligíveis, que correspondem pela analogiaB 0 mundo físico ou natural representado pela coluna da forçaA o mundo espiritual ou metafísico, simboli2ado pela coluna da bele2a e o mundo divino ou religioso, e.presso pela coluna da sabedoria, qualificando a onipot@ncia e onisci@ncia e a onipresença do 'rande *rquiteto do 6niverso, que constitui a tela de fundo de toda a meditação porque tudo est3 ligado e unido num mesmo todo# a8 * Sabedoria orientado o ;camin!o da vida= b8 * orça para ;animar e sustentar= nas dificuldades, e c8 * ele2a para ;adornar= as aç/es, o car3ter e o espírito# $ambém as tr@s colunas representamB S*:0M0, pela sabedoria em construir, completar e dedicar o $emplo de >erusalém a serviço de DeusA CIE*M, Eei de $iro, pela orça que deu aos trabal!os do $emplo, fornecendo !omens e materiais, eA CIE*M-*I, pelo primoroso trabal!o de coordenação e direção das obras# 5ssas colunas 73 estiveram sobre os tronos do vener3vel e dos vigilantes, pr3tica que não est3 mais em uso atualmente# Atualmente o Painel apresenta apenas 02 colunas, “B” e “J”. Segue trecho de
Moral e Dogmas, com adaptações: “Você ingressou na Loja entre duas colunas. Elas representam as duas que estaam no p!rtico do "emplo, em cada lado da entrada oriental. Esses pilares, de #ron$e, de quatro dedos de espessura, tinham, de acordo com o melhor que sa#emos % est& no 'rimeiro e no Segundo Liro dos (eis, con)irmado por *eremias % de$oito c+#itos de
altura, com um capitel de cinco c+#itos de altura. largura de cada uma era de quatro c+#itos de di-metro. m c+#ito tem /0 cm e meio. 1sto 2, cada coluna tinha um pouco mais de trinta p2s e oito polegadas de altura, cada capitel um pouco mais de oito p2s e seis polegadas de altura, e o di-metro seis p2s e de$ polegadas. 3s capit2is estaam adornados com rom4s de #ron$e, co#ertas com rede de #ron$e e ornamentadas com tranças de #ron$e5 e parece que imitaam a )orma do recipiente das sementes do l!tus ou l6rio eg6pcio, um s6m#olo sagrado para os hindus e eg6pcios. 3 pilar ou coluna da direita, ou do sul, era chamada, como a palara he#raica 2 reprodu$ida em nossa traduç4o da 76#lia, JACHIN 5 e o da esquerda, BOAZ . 8ossos tradutores di$em que a segunda palara signi)ica 9 Nele está a força. Essas colunas eram imitações, )eitas por ;arth, na cidade de "iro. palara 7oa$ 2 ? u >5 7aa$ ? u signi)ica Forte , Força , Poder , Refúgio , Fonte de Poder , um Forte. 3 # como pre)i@o signi)ica com ou em , e d& A palara a )orça do ger+ndio latino roorando % Fortalecendo. J# * *K*D* 45:5S$5 L representada no $eto das :o7as e no +ainel, com suas variadas nuances de cores, sendo que o camin!o para o 4éu Infinito é representado pela 5scada e.istente no +ainel, con!ecida como 5scada de >acó# $ambém representa a :u2 e as $revas, ou o camin!o do con!ecimento !umano e da sabedoria, da escuridão lu2# 0 céu é a imagem do infinito, as estrelas representam a idéia Divina que nos descobrem o mundo da realidade e da verdade, porque a perfeição é infinita, representada pelo sol que nasce no 0riente, fonte natural de lu2 e da sabedoria e do princípio criadorA # * 5S4*D* D5 >*4K L * escada com seus mltiplos degraus, cada um representativo das virtudes e evolução e.igida a um Maçom nos seu camin!o a perfeição# Suportada pelo livro da lei fica a escada de >acó, cu7o cimo toca os céus, descrita com propriedade no livro de '@nesis - 4apítulo HN, versículo %0 a %J, onde >acó viu an7os que desciam e subiam por ela e >eov3 disse-l!eB O5u sou >eov3, Deus de teu +ai *braão e de lsaacO#O* terra em que est3s deitado, a darei a ti e tua posteridadeA a tua posteridade ser3 como o pó da terra e se dilatar3 para o 0cidente e para o 0riente, para o 9orte e para o Sul# +or ti e por tua descend@ncia serão benditas todas as famílias da terraO#O5is que estou contigo e te guardarei por onde quer que v3 e te recondu2irei para esta terraA porque não te abandonarei até ter 5u cumprido aquilo de que te !ei faladoO# * interpretação da escada de >acó é que este é o nico camin!o para atingirmos o @.tase total, a plenitude, entretanto, deveu mais uma ve2 superar os obst3culos que
encontramos em nossa ascensão, pela fé renovadora, simboli2ada e identificada pela 4ru2# * Fncora aqui não representa tão somente a esperança, todavia sua colocação nos degraus da escada de >acó significa o elemento que deve ser ultrapassado, pois a Fncora tem a finalidade precípua de nos fi.ar matéria# $ambém representa a 5sperança no *perfeiçoamento Moral# 0 c3lice representa a provação, o 7uí2o final, transposto este obst3culo, atingimos a lu2 maior, a estrela de sete pontas ou dos magos conforme o arcano P"III do livro de $!ot# 5sses símbolos 73 não estão presentes no painel, mas continuam figurando importantes instrumentos de estudo#
ORNAMEN.O0 Q# +*"IM59$0 M0S*I40 - *s colunas pro7etadas dentro do painel mostram-nos ainda seu apoio no pavimento de mosaico, que é a personificação da dualidade ou pares opostos, como dia e noite, a dor e o pra2er, a !onra e a calnia, o @.ito e a desilusão, pois é na dualidade que repousam todos os camin!os de nossa e.ist@ncia, porquanto são os dias dos !omens que fa2em o 7ulgamento de sua própria conduta# Mas apesar dos antagonismos, representados pelas pedras brancas e pretas, em tudo reside uma Carmonia (pelos quadrados perfeitos8# R# * 0E:* D59$5*D* - Mostra-nos o princípio de atração universal, simboli2a o amor entre os IIr ∴# # +*E*M59$0S N# 0 :∴ da :∴ - 0 : da : é o símbolo m3.imo da elevação de nossos pensamentos, por meio do qual con!ecemos a verdade, que é o propósito de toda e.peri@ncia# *inda representa o 4ódigo Moral que deve ser seguido e respeitado, a ilosofia que deve ser adotada e a é que governa e anima o serA T# 0 40M+∴ 5 0 5S1 ∴ - São a base do simbolismo maç)nico e estão presentes em todos os graus simbólicos# ormam uma combinação que nos lembra o !e.agrama, que é a c!ave m3gica para todo ritual místico# 5m lo7a estão postados sobre o : da : representando assim o princípio criador e a própria criação, manuseada pelo '*D6, o esquadro simboli2a a retidão e o sentido nico que devemos tomar em nossas vidas, pois representa o equilíbrio resultando da união do ativo com o passivo, um equilíbrio de nossas aç/es sobre a matéria e sobre nós mesmos# >3 o compasso é o símbolo da dualidade (dois braços8 e da união (a cabeça do compasso8, e também da medida certa e do ;relativo=, pois além de traçarmos círculos relativos a sua abertura, podemos medir
através dele, e com ele o '*D6 traçou o plano da criação com todo o seu con!ecimento, por este ser infinito, a abertura do compasso é total, em nossos trabal!os o compasso se mantém aberto em QU demonstrando a nossa limitação em relação ao g#Ba#Bd#Bu#B e a limitação do domínio do espírito sobre a matéria# De forma mais ob7etiva o esquadro representa a matéria, e o compasso o espírito, e como em nosso grau a matéria domina o espírito, temos o esquadro posto acima do compasso no *ltar dos >ur ∴ sempre estarão entrecru2ados, lembrando o Selo de Salomão (o !e.agrama8, evocando em nossas reuni/es uma idéia do infinito#
OIA 2I3A %V# * +E*94C5$* D* :0>* L Simbolicamente e.prime que os Mestres guiam os *+∴M∴ no trabal!o indicado, traçando o camin!o a ser seguido para seu próprio aperfeiçoamento, que possibilitar3, consequentemente, o progresso na *rte Eeal# $ambém serve para nos recordar que devemos nos empen!ar na busca de con!ecimentos elevados, para que no futuro saibamos através dela traçar nossos planos de trabal!o quando c!egarmos ao grau de m#B esta pranc!a cont@m a base do alfabeto maç)nico e este ensinamento vir3 a nós em outros momentos, pois ainda somos ap#B e não dominamos o con!ecimento suficiente para nos e.pressarmos através da escritaA %%# * +∴ ∴ - W o ob7eto sobre o qual o *+ ∴ M∴ deve trabal!ar, representa a alma imperfeita que deve ser tal!ada com os instrumentos certos e assim c!egar a + ∴ 4∴, ou se7a, a obra prima de um o *+ ∴ M∴#:embremos nossa cer#B de Inic#B onde o então neófito é condu2ido para aprender a trabal!ar na p#B b#B e é ensinado pelo %U vig# ∴ W o símbolo base do grau de *+ ∴ M∴A %H# * +∴ 4∴ - é a obra prima do ap#B e representa o resultado de seus esforços após um trabal!o bem feito sobre a p#B b#B estas pp#B cc#B que a oficina produ2 serve para construirmos nossa principal obra, o templo interior, ou o verdadeiro $emplo de Salomão# Eepresenta o saber do !omem, enquanto aplicou a +iedade e a "irtude, ambas perfeitamente verific3veis pelo 5sq ∴ da +alavra Divina e pelo 4omp ∴ da 4onsci@ncia esclarecidaA
M/4EI %J# 0 5sq ∴ L Símbolo maior da fraternidade representa a ação do !omem sobre a matéria e principalmente a ação do !omem sobre si mesmo# X o símbolo de retidão ao que o !omem deve se su7eitar em suas aç/es e a "irtude que deve retificar os coraç/es# 5st3 presente na 7óia do " ∴M∴ significando que este deve agir no sentido do emA %# 0 9∴ L W o símbolo da igualdade e base do Direito 9atural# 9ão pode implicar no nivelamento dos valores, mas sim lembrando o dever de serem consideradas as coisas com a mesma e igualit3ria serenidade# W a 7óia do %& "ig ∴ que é o respons3vel pela perfeita igualdade que deve reinar na :o7aA
%Q# 0 +E6M∴ L que por tradição também é c!amado de +erpendicular, ainda representa a Irrestrita e $otal :iberdade do !omem# Simboli2a a Eetidão que deve presidir a conduta de todos os integrantes dentro e fora da :o7a, pois esta conduta permite a vida plena de 'raça e ele2a# W a >óia do H&"ig#
O.RO IMBOLO %R# 0 M*Y0 (M*:C08 5 0 4I9G5: - são os instrumentos certos que o *+ ∴M∴ deve desbastar a p#B b#B o mal!o é o elemento ativo e representa a força empregada em nossas aç/es, 73 o cin2el é o elemento passivo e é o meio pelo qual se busca a bele2a e a perfeição em nossas obras# *mbos devem ser usados con7untamente pois através da força na medida correta aplicada pelo mal!o sobre o cin2el iremos transformar a massa disforme em uma bela escultura com seus Fngulos perfeitos e retos# +orém se a força for aplicada de forma demasiada, podemos destruir a peça a ser trabal!ada, e se for insuficiente, nunca atingiremos o nosso ob7etivo# +ortanto a maior lição que podemos receber destes símbolos é a medida correta que devemos empregar nossos esforços ou nossa força, em todos os sentidos, para atingirmos nossos ob7etivos com perfeição e bele2aA %# 0 +09$0 D59$E0 D0 4ZE46:0 - 0s corpos celestes foram a base sobre a qual se inspiraram os s3bios da *ntiguidade para definir as primeiras formas geométricas# *ssim, os símbolos mais antigos das tradiç/es esotéricas são o 4írculo, o +onto e as demais figuras planas# 4omo conseq[@ncia, todas as 4osmogonias se desenvolveram tendo como base o 4írculo, o +onto, o $riFngulo, o 1uadrado e, na seq[@ncia, até ao nmero noveA tudo sinteti2ado no de2, formado pelo 4írculo e pela primeira unidade, ou ponto, constituindo a Década Mística de +it3goras# 9ão seria possível conceituar uma divindade lógica, universal e absoluta, sem a e.ist@ncia do +onto dentro do 4írculo# 9os primórdios da Cumanidade, o Ser Supremo, o 4riador, não tin!a nome nem símbolo algum que o representasse# 0 mesmo não acontecia em relação Sua primeira manifestação, a 4riação, o 6niverso, cu7o símbolo 73 então era o 4írculo com o +onto 4entral# 5ste também era o símbolo do $empo 5terno e do 5spaço sem :imites# 0 Go!ar, o :ivro do Eesplendor, ensina que o +onto 0riginal e Indivisível se dilatou e, por meio de um movimento constante, se e.pandiu e deu vida e forma ao 6niverso# * Divindade se e.pande de maneira ilimitada, e enc!e continuamente o 6niverso com suas obras# 9a India, os "edas ensinam que Deus é um 4írculo, cu7o centro est3 em toda a parte e cu7a circunfer@ncia não est3 em parte alguma#
*ssim, o 4írculo no qual o seu +onto 4entral se e.pandiu e desdobrou, é o símbolo esotérico da diferenciação e da geração# 0 4írculo com o +onto no centro também se relaciona com a fórmula alquímica "I$EI0: ("isita Interiora$erraeEectificandoqueInvenies0ccultum :apidem8# 9esta acepção, retificar significa corrigir os erros inerentes nature2a do ser !umano# * descida ao interior da $erra simboli2a a morte do profano e o nascimento do Iniciado que, pela meditação e pela auto-an3lise, aspira ao aperfeiçoamento moral e espiritual# 4olocado no interior de $erra, isto é, recol!ido ao íntimo de seu coração, o seu Sanctum Santorum, o Iniciado busca as cristalinas fontes do *mor e da Sabedoria que o levarão posse da +edra +olida, a alme7ada +edra ilosofal# 9os Mistérios de 4eres, em 5leusis, o recipiend3rio representava o grão do cereal semeado, enterrado no solo, que deve atingir o estado de putrefação para dar nascimento planta encerrada em seu germe# Do mesmo modo, o profano é submetido +rova da $erra, visando o desenvolvimento das suas energias potenciais na busca do 5u Superior, o 'rande *rquiteto do 6niverso# 0 $emplo Maç)nico, assim como tudo o que est3 em seu interior, representa a universalidade da nossa Instituição# *ssim como o $emplo, o 4írculo com +onto no 4entro também vai da superfície ao centro da $erra# +or isso mesmo, ao passar pela +rova da $erra, o profano morre e o Iniciado renasce dentro do símbolo inici3tico da geração, o 4írculo com o +onto, cu7os limites, os da "irtude e do *mor ao +ró.imo, o maçom 7amais deve transpor# Sendo limitado ao 9orte e ao Sul por duas retas paralelas e perpendiculares, que representam Moisés e Salomão, este símbolo indica que o maçom deve pautar suas aç/es segundo as virtudes que estes dois grandes iniciados representam# 0 4írculo com o +onto é também tangenciado no seu topo pelo :ivro da :ei, indicando que a via ascencional para Deus só e.iste pela obedi@ncia aos princípios e aos ensinamentos nele contidos# 0 progresso moral e espiritual só pode ser alcançado pela pratica do *mor ao +ró.imo e pela submissão da nossa vontade aos nossos deveres# *ssim procedendo, reuniremos as condiç/es para subir os degraus de 5scada de >acó e alcançar a dese7ada união com o 5u Supremo, o 'rande *rquiteto do 6niverso# %N# 0 S0: 5 * :6*B 5stes símbolos lembram que a lo7a é uma viva representação do universo e como tal esta duas lu2es deveriam estar sem dvida alguma representadas em nosso simbolismo# 0 sol e a lua estão presentes em quase todas as doutrinas místicas, muitas ve2es, representam o equilíbrio dos opostos, o sol tem a sua potencialidade
benéfica e a lua muitas ve2es representa o oposto, o sol é de uma vibração positiva e a lua negativa, o sol corresponde ao elemento fogo e a lua a 3gua, entre inmeras outras formas de interpretação destes poderosos símbolos# +orém em nosso ritual é clara e ob7etiva a manifestação do período que uma lo7a deve trabal!ar, do m ∴ d ∴ m∴ n ∴, e assim o sol simboli2a o 2@nite e a lua simboli2a o nadir# Segue trecho de Moral e Dogmas: 93 Sol 2 o s6m#olo antigo da geraç4o de ida e do poder da Diindade. 'ara os antigos, a lu$ era a causa da ida5 e Deus era a )onte de tudo de onde a lu$ )lu6a5 a essência da Lu$, o =ogo 1nis6el, desenoleuBse como Chama, mani)esta como lu$ e esplendor. 3 Sol era a Sua mani)estaç4o e imagem is6el5 e os Sa#eanos, ao adorar o DeusBSol, pareciam adorar o Sol, no qual iam a mani)estaç4o da Diindade. Lua era o s6m#olo da capacidade passia da nature$a de procriar, a )êmea, da qual o poder e energia geradora de ida era o macho. Era o s6m#olo de !"I" , A"#AR#$ , e %R#$&I" ou 'IANA. 3s 9Mestres da Vida eram a Diindade Superior, acima de am#os, e mani)estos atra2s de am#os5 Z$(" , o =ilho de Saturno, tornaBse (ei dos Deuses5 H)R(" , )ilho de O"!RI" e !"I" , tornase o Mestre da Vida5 'ION("O ou BACO , tal como Mitra, tornaBse o autor da Lu$, da Vida e da Verdade. 3s Mestres da Lu$ e da Vida, o Sol e a Lua, s4o sim#oli$ados em todas as Lojas pelo Mestre e pelos Vigilantes5 e isto torna deer do Mestre proer lu$ para os 1rm4os, por si pr!prio, e atra2s dos Vigilantes, que s4o seus ministros. 9*osso sol , di$ 1sa6as a *erusal2m, 9 n+o mais se ,orá e a lua tam-m n+o se erguerá. ,or /ue o "en0or será 1ossa lu2 eterna3 e os dias de suas lamentaç4es 0a1er+o terminado5 *osso ,o1o todo tam-m será 1irtuoso. ele 0erdará a terra ,ara sem,re . assim um poo lire. 8ossos ancestrais do norte adoraam uma Diindade triBuna % O'IN , o 'ai todoB poderoso, FR$A , sua mulher, em#lema da mat2ria uniersal, e #HOR , seu )ilho, o mediador. Mas acima deles estaa o Deus Supremo, 9 o autor de tudo o /ue e6istia3 o $terno3 o Antigo3 o "er *i1o e #err71el3 o Buscador de coisas ocultas3 o "er /ue nunca muda. 8o "emplo de Elêusis um santu&rio iluminado por apenas uma janela no teto, e que representa o niersoF, estaam representadas as imagens do Sol, da Lua e de Merc+rio. 9O "ol e a 8ua, di$ o erudito 1r.G. '$8A(NA9 , 9re,resentam os dois grandes ,rinc7,ios de todas as geraç4es3 o ati1o e o ,assi1o3 o mac0o e a f:mea5 O "ol re,resenta a 1erdadeira lu25 $le derrama seus raios fecundos sore a 8ua. amos 1oltam suas lu2es sore seu fruto3 a $strela Flame;ante3 ou Hilátero3 no centro do /ual está a letra geradora da Caala3 /ue di2em ter criado a $strela . (5.traído Moral e Dogma de *lbert +i\e, $radução de :adislau uc!s8 %T# *s tr@s 7anelasB *S $E]S >*95:*S que figuram no +ainel do *prendi2 representam as $r@s +ortas do $emplo de Salomão, e estão assim situadasB a primeira no 0riente, a segunda no Meio-Dia e a terceira no 0cidente# 9ota-se, portanto, que nen!uma >anela se abre para o 9orte# 0s Maçons sempre construíram os $emplos com a entrada para o 0cidente, de modo que as 7anelas seguem a marc!a do Sol# 5 como o Sol
não passa pelo 9orte, não e.iste 7anela ali# * >anela do 0riente tra2 a doçura da aurora, sua renovação de atividadeA a do Meio-Dia, a força e o calorA a do 0cidente d3 uma lu2 que, medida que se torna mais fraca, convida ao repouso# !ttpB^^___#cin2eleditora#com#br^palavra`maconica^noticias`e.ibe#p!pidM7\. HV# * 4orda de N% nósB Segundo RIZZAR! A "A#I$!, tal ornamento est% presente em todos os templos ma&'nicos ()*. Segundo J!S+ "AS-A$I, por/m, ela “no / ornamento presente em todos os ritos” (2*. Para J1I! "-ZAR PIR-S (*, a "orda “poder% ser natural ou esculpida nas paredes, mas os n3s de4ero ser e56idistantes e, sempre em n7mero de oitenta e um”, 8uscando preser4ar seu sim8olismo. A "orda de 9) $3s de4e circundar todo o templo, no alto das paredes, :unto ao teto e acima das colunas ;odiacais (nos ritos 5ue as possuem*. ! n3 central de4e se pelas paredes do $orte e do Sul, com 5uarenta n3s de cada lado. !s e?tremos da "orda terminam em am8os os lados da porta ocidental, em duas 8orlas, representando a Justi&a (ou -56idade*
e
a
Prud@ncia
(ou
#odera&o*
(*.
!s n7meros relacionados "orda de 9) $3s merecem especial aten&o. ! n7mero 9) / o 5uadrado de C, 5ue por sua 4e; / o 5uadrado de , n7mero repleto de signi eram os eram os Fomens 5ue apareceram a A8rao H @nesis, )9,2K > os dias de :e:um dos :udeus desterrados H -ster, , )K > as nega&Des de Pedro H #ateus, 2, K > as 4irtudes teologais (L/, -speran&a e Amor* H I "or=ntios, ), ). ! n7mero 0 (5uarenta n3s de cada lado da "orda, a8straindo>se o n3 central* / n7mero sim83lico de penit@ncia e e?pectati4a. Por e?emploE > 0 Goram os dias do dil74io H @nesis, M, )2K > 0 Goram os dias de #ois/s no monte Sinai H N?odo, ,29K > 0 dias durou o :e:um de Jesus H #ateus, , 2K > 0 dias Jesus este4e na erra ap3s sua ressurrei&o (Atos, ), *K ! ) ($3 "entral* / a unidade indi4is=4el, s=m8olo de eus, princ=pio e Gundamento do Oni4erso. "onsoante J!S+ "AS-A$I, “esotericamente, ela sim8oli;a a unio Graternal e espiritual entre todos os ma&ons do mundoK representa, tam8/m, a comunFo de id/ias e de o8:eti4os da #a&onaria, 5ue, e4identemente, de4em ser os mesmos, em 5ual5uer parte do planeta” (*. Para o mesmo autor, a “a8ertura da "orda, na porta de entrada do templo, mostra 5ue a #a&onaria / dinQmica e progressista, estando, portanto, sempre a8erta s no4as id/ias, 5ue possam contri8uir para a e4olu&o do Fomem e para o progresso racional da
Fumanidade” (*. J% para RIZZAR! A "A#I$!, a "orda tem a la no conduto geral aos demais irmos num ato
de
Graternidade”
(9*.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
e4ei longo tempo para perce8er 5ue e?iste uma diGeren&a entre “entender” ou “aprender” algo e “sentir” algo. ! 5ue descre4i at/ a5ui / o 5ue aprendi so8re a "orda de 9) $3s. #as gostaria de di;er tam8/m o 5ue sinto 5uando Fo:e 4e:o a "orda. Para mim, a "orda pode representar a Fumanidade toda. - cada n3 representa um ma&om, 5ue est% tam8/m na Fumanidade. ! n3 marca a e?ist@ncia de ma&ons. ! n3 / um la&o 5ue se
AE.RE.E.SE. u; da Ac%cia H $ 29 H !rE. de Jaragu% do Sul (S"*, Brasil NOTAS: (1) "A#I$!, Ri;;ardo da. icion%rio ma&'nico. #adrasE So Paulo, 200. p. ))C. (2) "AS-A$I, Jos/. icion%rio -timol3gico #a&'nico. )T ed. -ditora #a&'nica A rolFaE
)CC0. n 9, p. )2. (3) "onGorme tra8alFo dispon=4el em UUU.poralmaconico.com.8r, consultado em )2V0V0M. (4) "AS-A$I, Jos/. icion%rio -timol3gico #a&'nico. )T ed. -ditora #a&'nica A rolFaE
)CC0. n 9, p. )2. -stas signi
)CC0. n 9, p. )2. (6) "AS-A$I, Jos/. icion%rio -timol3gico #a&'nico. )T ed. -ditora #a&'nica A rolFaE
)CC0. n 9, p. )2. () "A#I$!, Ri;;ardo da. icion%rio ma&'nico. #adrasE So Paulo, 200. p. ))C. (!) "A#I$!, Ri;;ardo da. icion%rio ma&'nico. #adrasE So Paulo, 200. p. ))C. REFER"NCIAS:
> Ritual do RE.-E.AE.AE. editado pelo !B em 200) > "AS-A$I, Jos/. icion%rio -timol3gico #a&'nico. )T ed. -ditora #a&'nica A rolFaE )CC0. n9 > "A#I$!, Ri;;ardo da. icion%rio ma&'nico. #adrasE So Paulo, 200 > PIR-S, J7lio "e;ar. A corda de 9) n3s. ispon=4el emE UUU.poralmaconico.com.8rV. Acesso
em )2V0V200M. Actuali;ado em ( Segunda, ) JunFo 200C )9 EC *
!ttpB^^___#maconaria#net^portal^inde.#p!poptioncom`contentvie_articleidHVJ % - $e.to base de :uis 'enaro :aderec!eigoli com adaptaç/es e inclus/es#