A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
Oswald Wirth A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos Sua Filosofia, seu Objetivo, seus Métodos, seus Meios
I “O Aprendiz”
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
“...A Franco-Maçonaria é chamada a refazer o mundo. A tarefa não está acima acima de suas forças, desde que ela se torne aquilo que deve ser.” . !.
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
“...A Franco-Maçonaria é chamada a refazer o mundo. A tarefa não está acima acima de suas forças, desde que ela se torne aquilo que deve ser.” . !.
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
“... A Franco-Maçonaria visa a formar "niciados, ou se#a, homens na mais alta conce$ção da $alavra. Maçom deve, $ois, o$erar so%re si mesmo uma transmutação transmutação semelhante &quela dos alquimistas...” . !.
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
O Livro do Aprendiz
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
Índice da Matria !re"#cio Aos $ovos Iniciados %uest&es 'itualísticas a !ropor aos Ir()os *isitantes 'esu(o Filos+"ico so,re a ist+ria .eral da Franco-Maçonaria /onsideraç&es !reli(inares As Origens Maç0nicas A Arte 1agrada !ri(eiros 2ados ist+ricos O /ristianis(o As Ordens Mon#sticas A Maçonaria Franca Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
As /on"raternidades de 1)o 3o)o /anonizaç&es 45uívocas Os 1#tiros contra a Igre6a A Al5ui(ia A 2ecad7ncia das /orporaç&es A /a,ala Os 'osa-/ruzes A Franco-Maçonaria Moderna 4lias Ash(ole A !ri(eira .rande Lo6a O Livro das /onstituiç&es Os !rincípios Funda(entais da Franco-Maçonaria 48tens)o '#pida da Franco-Maçonaria A Maçonaria Anglo-1a80nica O Início da Maçonaria na França O Tra,alho Maç0nico segundo a /oncepç)o Inglesa A Igualdade Os !ri(eiros .r)os-Mestres /onstituiç)o de u(a Autoridade /entral Os Mestres 4scoceses O !eríodo /rítico A Maçonaria Inici#tica Os 1u,stitutos do .r)o-Mestre A Autono(ia Ili(itada das Lo6as Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
O .rande Oriente da França A .rande Lo6a de /ler(ont A Franco-Maçonaria antes da 'evoluç)o /laude de 1aint-Martin Mes(er /agliostro A Maçonaria de Adoç)o A Iniciaç)o de *oltaire A Igre6a e a Franco-Maçonaria 1uspens)o dos Tra,alhos Maç0nicos O 'ito 4scoc7s A Maçonaria I(perial A 'estauraç)o O 'eino de Luís Filipe A .rande Lo6a $acional de França 'evis)o /onstitucional 2eus e a I(ortalidade da Al(a O !ríncipe Lucien Murat A Marechal Magnan O .eneral Mellinet A Terceira 'ep9,lica O /onvento de Lausanne O .rande Ar5uiteto do :niverso A .rande Lo6a 1i(,+lica 4scocesa Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
A 4ncíclica ;u(anu( .enus< 'evis)o dos 'ituais /ongressos Maç0nicos Internacionais A .rande Lo6a de França
O A(anh) da Franco-Maçonaria A Iniciaç)o Maç0nica Os Tr7s .raus Os Metais A /=(ara de 'e"le8&es O 1al e o 4n8o"re O Testa(ento !reparaç)o do 'ecipiend#rio A !orta do Te(plo !ri(eira *iage( 1egunda *iage( Terceira *iage( O /#lice da A(argura A >ene"ic7ncia A Luz O Avental Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
As Luvas 'estituiç)o dos Metais
/oncepç&es Filos+"icas 'elacionadas ? 'itualística do .rau de Aprendiz As Tradiç&es A 'egeneraç)o A .7nese Individual As !rovas
2everes do Aprendiz Maço( 2everes .erais do Iniciado 2iscriç)o Maç0nica 1egredo Toler=ncia !rocura da *erdade 'ealizaç)o Fraternidade Inici#tica 'espeito ? Lei Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
/atecis(o Interpretativo do .rau de Aprendiz !ri(eiros 4le(entos de Filoso"ia Inici#tica Os Mistrios O 4soteris(o Os $9(eros A :nidade O >in#rio O Tern#rio O %uatern#rio O Te(plo
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
!re"#cio ;Far-(e-)o 6ustiça cin5@enta anos depois de (inha (orte< Fre5@ente(enteB e( seus (o(entos de a"etuoso a,andonoB Oswald Wirth repetia-(e esta "rase 4le (orreu a C de (arço de DCEB h# (enos de vinte anosB e a 6ustiça 6# lhe "oi "eita avia elaB ali#sB cessado de ser-lhe rendidaG 1egura(enteB os 6ovens Franco-Maçons n)o o havia( conhecidoB e seu no(e era aureolado co(o u(a espcie de lenda A (aior parte de suas o,ras estava( "ora do co(rcio e era( vendidas a preços (uito elevados aos raros ad5uirentes 5ue a Fortuna havia "avorecido co( seus dons Falava-se dele de co(o u(a sorte de santo da Franco-Maçonaria eB assi( co(o acontece co( os santosB a hagiogra"ia es(orecia seus traços e seu pensa(ento so, o vu piedoso da "#,ula 5ue ele n)o ad(itiu durante a vidaB eleB 5ue era a pr+pria si(plicidade 2estruindo-se as lendasB o ho(e( n)o ser# (enorB ao (es(o te(po e( 5ue (ais pr+8i(o de n+s 4ste ano de DCH J 5ue vai ver a reediç)o de todos os seus livros inencontr#veis J pode (arcar u(a espcie de renovaç)o da Franco-Maçonaria aut7ntica $)o "ora( precisosB poisB sen)o vinte anos J e n)o cin5@enta J para 5ue o no(e e a o,ra de Oswald Wirth voltasse a ser "a(iliar aos 6ovens 5ue o,edece( ao apelo da vocaç)o inici#tica 4staB da 5ual ele dizia e( u( de seus (ais ,elos pensa(entos e dos (elhores e8pressosK “A vocação iniciática encontra-se entre esses vagabundos espirituais que erram na noite, depois de haverem desertado de sua
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
escola ou de sua igreja, na falta de aí encontrarem sua Verdadeira u!"#$ * *
*
1o, u( inv+lucro carnal 9nicoB e8istira( (uitas e8press&es do espírito de Oswald WirthK Wirth ocultistaB Wirth (agnetizadorB Wirth astr+logoB Wirth her(etistaB Wirth tar+logo !or ocasi)o da reediç)o de livros tratando dessas diversas e8press&esB 5uis o destino 5ue eu "osse cha(ado a reconstituir (eu velho Mestre e( suas "or(a e espírito e8atos 1e( a (enor "a,ulaç)oB (uito si(ples(enteB apoiando (eus escritos so,re docu(entos 5ue ele (e legou B poisB nor(al 5ueB ho6eB eu n)o vos "ale e8clusiva(ente sen)o 5ue do Oswald Wirth Franco-Maço( 2o Franco-Maço( 5ue ele "oi J e co( 5ue " J durante 5uase sessenta anos inteira(ente consagrados ? Orde( 1o, (eus dedosB co(pri(e(-se velhas cartasB velhas pranchas de convocaç)oB velhos diplo(asB velhas condecoraç&es 1o,retudoB releio as linhas 5ue ele (e ditavaB 5uandoB a cada anoB n+s nos encontr#va(os durante (uitos (eses de ver)oB 5uando a noite caia so,re a paisage(B cu6a cal(a e o sil7ncio era( propícios ?s con"iss&es e ?s evocaç&es Oswald WirthB %s &'st(res de l)Art *o'al, 4d 2erv
1
e +arot des magiers du &o'en Age, Tchou J a ranc-&açonnerie rendue
2
intelligible . s/s adeptes Ntr7s volu(esK Apprenti, 0ompagnon, &a1tre2, 4d 2erv /onv( aí acrescentar a reediç)o dos 3ssais de 4ciences maudites, de 1atanislas de .uaitaB 4d /ircle du Livre !recieu8B do 5ual u(a longa introduç)o estuda a vida de Oswald WirthB 5uando secret#rio e a(igo de 1tanislas de .uaita
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
Tanto 5uanto possívelB nesta pri(eira parteB n)o 5uero ser sen)o o eco de suas palavras 4scute(o-lo * *
*
$$$ "5678 Alguns anos se passaram$$$3u estava na nglaterra, onde minhas distraç9es dominicais consistiam principalmente na atenta audição dos pregadores do e:/rcito da salvação$ &as esta ocupação, por edificante que ela seja, não tarda a se mostrar bastante mon;tona$
$ 3ste, de sua profissão de fabricante de m;veis em
3
prov7( de notas 5ue to(ei so, seu ditado 4las s)o o re"le8o t)o preciso 5uanto possível de seu pensa(entoB e (es(o de sua linguage( 3-! Mazaroz Mestre-(arceneiroB "oi u( autor (uito prolí"ico no g7nero socialista-
4
deísta J tal co(o se entendia a palavra ;socialista< no "i( do sculo I J Todas as suas o,ras s)o escritas partindo de u( (açonis(o tal co(o Wirth deveria realçar e e8pri(ir alguns anos (ais tarde Mas a5ueles 5ue tivera( (aior in"lu7ncia so,re Wirth "ora( os seguintesB de"initiva(ente caídos no es5ueci(entoK ranc-&açonnerie, religion sociale, e 4ocialisme &açonnique, )3tat social d/mocratique des paroles du 0hrist, a ranc-&açonnerie, e 4ocialisme &açonnique, %s 4ept umi(res &açonniques$ 2e notar ta(,( a 4cience magn/tique 5ueB talvezB ha6a in"luenciado a carreira de (agnetizador de Wirth
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
se acumularam no fundo de meu espírito, de onde ressurgiram um dia, muito vivas$ @ ainda em ondres que encontro 4ilbermann, preparador no 0oll(ge de rance, mas cujas concepç9es, inteiramente especiais, são para mim o e:emplo do pensamento independente, daquilo que eu chamaria mais tarde de “o despojamento dos metais#$$$ 3stamos então em "567, e eu assisto aos começos da teosofia$ epois, volto .
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
alguma coisa que, de ordinário, varia, ficará decepcionado$ Fão e:iste lá nada de maldoso, e n;s somos, essencialmente, uma associação filantr;pica#$ &eu primeiro entrevistador / um honesto quitandeiro de 0hIlons-sur-&arne que me aconselha, primeiro, a ser paciente$ N segundo, muito s/rio, / um oficial de meu regimento$ 4ábado, HK de janeiro de "55>, sou admitido no seio da fraternidade maçOnica pela oja “a Pienfaisance 0hIlonnaise#, devendo obedi%ncia ao Mrande Nriente de rança$ Qma de minhas primeiras surpresas / a de ver nas 0olunas meu pr;prio 0apitão, do qual que eu ignorava esta qualidade, que deveria me torná-lo tão caro$ , a oja dá-se um novo Venerável, &aurice Ploch, israelita comerciante de carvão, e que, por amor-pr;prio &açOnico, dedica-se a que sua Nficina retome um vigor que at/ então lhe faltara$ 3le trunfa em todos os planos$ 0om ele, começo a visitar as ojas da região, instruindo-me, assim, na diversidade de homens e de pensamentos no interior do meio &açOnico$ 3m "55S, o Mrande Nriente envia uma circular .s ojas, pedindo-lhes para estudar modificaç9es que convinha aportar aos rituais, julgados muito antigos$ 4ou então 4ecretário da oja e,
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
encarregado do relat;rio, concluo, para espanto quase geral, pela manutenção dos velhos rituais, com apenas algumas raras modificaç9es de detalhe e:igidas pela diferença das /pocas$ 3m "55K, meu serviço militar concluído, vou a
*
nesta poca 5ue se produz o evento 5ue vaiB t)o pro"unda(enteB in"luenciar a vida de Oswald WirthB 5ue co( isso per(anecer# (arcada at o "i( de seus dias 4le encontra 1tanislas de .uaitaB o (estre inconteste da 6ove( escola ocultista do "inal do sculo I !ri(eira(enteB este (ani"esta prevenç&es 5uase inatas contra a FrancoMaçonaria !revenç&esB ali#sB naturaisB se considerar(os o (eio social de onde saiu 1tanislas de .uaitaB assi( co(o sua "or(aç)o intelectual “$$$3u lhe felicito muito amavelmente pelo sucesso que voc% obteve, especialmente como &estre de uma greja que / tão inconsciente, neste momento, de seus símbolos, quanto o catolicismo / dos seus ritos$ Tuanto bem voc% poderá fa!er, iniciado como /, na intelig%ncia esot/rica
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
dos emblemas adoniramitas8 @ a vida retornando a um cadáverU não / preciso dissimulá-loU / tamb/m a alma que / preciso devolver ao >ruto
!ositivis(oP porque quem perdeu o sentido da moralidade verdadeira está condenado a perder o cetro da intelig%ncia científica$ N 4spírito não fa! aliança com o /orpo (aterial senão que em favor da al(aB que / um misto$ Voc% / suficientemente cabalista para compreender-meS#$$$
/ontudoB a intelig7ncia de .uaita n)o pode recusar-seB co( sua lealdade ha,itualB a e8plorar os do(ínios 5ue Wirth aca,a de lhe a,rir “$$$ 3u lhe emprestarei, se isso lhe agradar, obras decisivas da
verdadeira e pri(itiva &açonaria, aquele que quase se confunde, para o investigador contemporIneo, com as 4ociedades *0 e de fil;sofos desconhecidosK#$$$#
!ouco a poucoB .uaita a,andona suas prevenç&es 4le reconhece 5ue a MaçonariaB tal co(o a conce,e e apresenta Oswald WirthB est# longe de ser u( instru(ento desprezível no rude tra,alho de "or(aç)o real dos ho(ens “$$$efendendo o simbolismo, que / a base real da &açonaria, voc% reali!a uma obra tão louvável quanto corajosa, e duplamente digna de um discípulo de ?ermesC primeiro, restituindo aos seus rmãos o fio de Ariadne que eles haviam perdido, e graças ao qual os iniciáveis poderão entrar algum dia na santa lu! do 3scocismo integralU segundo, poupando, ao menos, uma blasf%mia estBpida e il;gica .queles que, não possuído o que / preciso para percorrer o caminho que voc% fornece, são, em todo caso, mantidos pelo simbolismo Wque permanece, para eles, letra morta2 na l;gica e na afirmação verbal do espiritualismo
/arta de .uaita a Wirth Nagosto de DQQRS
5
/arta de .uaita a Wirth NDQQQS
6
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
transcendente que / o
$o (es(o (o(entoB Oswald Wirth pu,lica seu pri(eiro “&anual#, o 5ue lhe vale a seguinte apreciaç)o 5ue prova a 5ue ponto
1tanislas de .uaita p0de discernir a verdadeira Maçonaria por tr#s das apar7ncias (uito hu(anas so, as 5uais ela est#B t)o "re5@ente(enteB velada por todos a5ueles 5ue con"unde( o pro"ano e o sagradoB ou (es(oB (ais si(ples(enteB 5ue ignora( o sagrado “4eu ManualB meu caro amigo, / ao mesmo tempo agradável de ler, muito instrutivo e bem pensado$$$ 3is um dos muito raros livros maçOnicos que li com justificado pra!er, e que me dei:aram alguma coisa no espírito5$$$# * *
*
%ual eraB poisB a orige( desse &anual, pri(eiro es,oço da trilogia 5ue deveria se tornar a o,ra (estra de Oswald Wirth no plano (aç0nicoB so, o título geral de “a ranc-&açonnerie *endue ntelligible . ses Adeptes#D
-(e "#cil traçar-lhe ,reve(ente o nasci(ento e a evoluç)oB graças ?s nu(erosas notasB (anuscritos e docu(entos diversos 5ue (e "ora( legados por Oswald Wirth Assi( co(o eu disse (ais aci(aB desde as se(anas 5ue se seguira( ? sua iniciaç)oB ele co(preendeu 5ue os rituais ent)o e( vigor n)o correspondia( (ais a nada de autentica(ente inici#tico 1o, o prete8to de u(a depuraç)o de ,ase cientistaB eles "ora( despo6ados /arta de .uaita a Wirth Nnove(,ro de DQQQS
7
/arta de .uaita a Wirth Ndeze(,ro de DQCES
8
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
da5uilo 5ue constituía sua pr+pria ess7ncia e raz)o de ser 4( deze(,ro de DQQB o .rande Oriente de França enviou a todas a Lo6asB J aí co(preendida a5uela de /h=ilonsB J u(a circularB convidando-as a apresentar suas sugest&es para (odi"icaç&es a sere( "eitas nos rituaisB 6ulgados (uito ;antigos< 4 WirthB 6# secret#rio de sua Lo6aB redigiu u( relat+rio e( sentido e8ata(ente inverso /onvinha 5ue "osse( (antidos os antigos rituaisB ,astando para aí se aportare( algu(as si(pli"icaç&esB tendo por o,6etivo dese(,araç#-los de toda ver,osidade grandilo5@ente pr+pria de 5uase todo sculo I $)o se tratavaB de (odo algu(B de "azer novosB co(o pedia o /onselho da Orde(B (as de retornar ?s (ais antigas tradiç&es inici#ticas e( sua totalidade e e( sua integralidade *ou dei8#-los pensar so,re o e"eito produzido por u( tal relat+rioB 5ue a Lo6a de Wirth "ez i(pri(ir eB depoisB di"undiu a,undante(ente 1egura(enteB a idia "oi lançadaB (as ela ainda n)o ad5uirira o direito de citaç)o no (eio (aç0nico /ha(ado a !arisB Wirth prosseguiu seu tra,alho no seio e graças ao apoio de sua nova Lo6a “+ravail et vrais amis fid(les#$ 4le prepara u( ritual 5ueB depois de usadoB adotadoB i(presso ?s custas da O"icina e colocado ? vendaB ? disposiç)o de todas as Lo6as 5ue o dese6asse( C Aconteci(ento surpreendenteB e 5ue deu no 5ue pensarB co( a Lo6a suportando os custosU 48iste(B poisB Franco-Maçons 5ue interessa( ? Franco-MaçonariaG Forte nesta e8peri7nciaB Wirth cria o grupo de estudos inici#ticos !ela circular datada de D de "evereiro de DQCB a ;.rande Lo6a 1i(,+lica 4scocesa< concede seu apoio (oral ao ;'itual Interpretativo *itual nterpretativo para o Mrau de Aprendi!, u( livrinho DH8E 'edigido para uso
9
das Lo6as 1i(,+licas de todos os 'itos e de todas as O,edi7ncias pelo .rupo Maç0nico de 4studos Inici#ticos
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
do .rau de Aprendiz< e reco(enda-lhe o estudo e( todas as suas O"icinas DV deste es,oço 5ue saiB e( DQCEB a pri(eira ediç)o do “ivre de l)Apprenti#$ :(a segunda ediç)o revista e au(entada "oi pu,licada pela
Lo6a “+ravail e Vrais Amis id(les# e( DCVQ 2epois as ediç&es se sucedera(B todas rapida(ente esgotadasB at ? oitavaB e( DCD * *
*
!oucos 6ovens Maçons conhece( a o,ra de Oswald Wirth MuitosB dentre os antigos 5ue ainda vive(B tivera( suas ,i,liotecas pilhadasB sa5ueadasB durante os anos DCEVEE %uase todas as Lo6as perdera( seus ar5uivos Mas a nostalgia do espírito Xirthiano per(anece %uais s)oB poisB as características deste espírito 5ueB ap+s tantos anosB i(pregna ainda a Maçonaria "rancesaB e torna-a t)o di"erente das Maçonarias estrangeirasG !ara Oswald WirthB a Maçonaria u( organis(o vivo Assi( conce,idaB ela te( u( corpo e u(a al(a $ingu( co(preender# WirthB se n)o co(preender a di"erença 5ue este "az se(pre entre a Maçonaria e o Maçonis(o 4( toda a pri(eira carta 5ue ele (e escreveuB ele co(eçou por colocar-(eB i(ediata(enteB e( "ace desse pro,le(a "unda(entalK “$$$istingamos entre Maçonis(o e Maçonaria 3sta / uma associação de homens que corporificam o &açonismo$ 3ste / uma concepção, uma espiritualidade que desafia toda crítica$ !ossuo os ,ala9stres das reuni&es do “Mrupo &açOnico de 3studos niciáticos#$ 4les
10
poderia( ocasionar estudos (uito curiososB (as 5ue n)o t7( lugar na5uilo 5ue deve serB si(ples(enteB u(a ;introduç)o<
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
N &açonismo, ao qual os &açons não-instruídos viram .s ve!es as costas, visa . felicidade do g%nero humano, reali!ada pelo aperfeiçoamento dos indivíduos$ W+alhe da
*
Trinta e tr7s anos se passara( Oswald Wirth est# (orto h# 5uase vinte 4u (es(o estou no u(,ral da velhice Mas 6a(ais a cadeia "oi ro(pida /resce( as geraç&es de 6ovens Franco-Maçons 5ueB decepcionados co(o n+s todos "ica(os co( a apar%ncia da FrancoMaçonariaB reencontrara(B graças a eleB o Maçonis(o aut7nticoB espírito se(pre vivo da Orde( eterna
/arta de Oswald Wirth a Marius Lepage NH de "evereiro de DCHS
11
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
LavalB D de (arço de DCH Marius L4!A.4
2a criaç)o do ho(e( por ele (es(o nasce o ho(e( aper"eiçoadoB o ilho do ?omem$ O W
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
O Aprendiz Maçom O A$rendiz diante da Pedra Bruta que ele deve desbastar com a ajuda do malho e do cinzel.
O ivro do Aprendiz
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
Aos $ovos Iniciados
N!re"#cio ? ediç)o de DCDS
Tueridos rmãos,
3m vos iniciando em seus mist/rios, a ranco-&açonaria convida-vos a tornar-vos homens de elite, sábios ou pensadores elevados acima da massa dos seres que não pensam$ Fão pensar / consentir em ser dominado, condu!ido, dirigido e tratado, muitas ve!es, como animal de carga$ @ por suas faculdades intelectuais que o homem se distingue do bruto$ = N pensamento torna-o livreC ele lhe dá o imp/rio do mundo$ =
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
A intelectualidade moderna não pode continuar a se debater entre dois ensinamentos que e:cluem um e outro o pensamentoC entre as igrejas baseadas na f/ cega e as escolas que decretam os dogmas de nossas novas crenças científicas$ Tuanto então tudo conspira para poupar aos nossos contemporIneos o trabalho de pensar, / indispensável que uma instituição poderosa reanime a tocha das tradiç9es esquecidas$ 4ão-nos necessários pensadores, e não / nosso ensino universitário que os forma$ N pensador não / o homem que sabe muito$ 3le não tem a mem;ria sobrecarregada de lembranças amontoadas$ @ um espírito livre que não tem necessidade de catequi!ar nem de doutrinar$
O pensador "az-se a si (es(oK ele "ilho de suas o,ras J A Franco-Maçonaria sa,e-oB ela ta(,( evita inculcar dog(as J /ontraria(ente a todas as igre6asB ela n)o se pretende na posse da *erdade 4( MaçonariaB li(ita(o-nos a estar e( guarda contra o erroB a seguirB e8orta-se cada u( a procurar o *erdadeiroB o 3usto e o >elo Y ranco-&açonaria repugnam as frases e as f;rmulas das quais os espíritos vulgares se apoderam, para ataviarem-se de todos os ourop/is de um falso saber$ 3la quer obrigar seus adeptos a pensar e não prop9e, em conseqR%ncia, seu ensinamento, senão velado sob alegorias e símbolos$ 3la convida assim a refletir, a fim de que se nos apliquemos a compreender e adivinhar$ 3sforçai-vos, pois, queridos rmãos, por mostrar-vos adivinhosB no sentido mais elevado da palavra$ V;s não conhecereis, em &açonaria, senão aquilo que houverdes descoberto v;s mesmos$ *igorosamente, deveria ser sup/rfluo di!er-vos mais$ +odavia, dadas as disposiç9es tão pouco meditativas de nossos tempos, &açons
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
e:perientes acreditaram dever vir em au:ílio do pensador comum do espírito atual$ 3les, então, empreenderam tornar A *AF0N-&AZNFA*A F+3M[V3 AN4 43Q4 A3<+N4$ epois de já haverem publicado um *itual nterpretativo para o Mrau de Aprendi!, eles fi!eram aparecer o presente &anual, seguido do V*N N 0N&
da
ranco-&açonaria$
&ostrar-se-ão
profundamente
reconhecidos pelos conselhos e esclarecimentos que se fi!erem chegar . oja +*APA?N 3 V3*A3*N4 A&MN4 @4$ NsXald \*+?$
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
%uest&es 'itualísticas a !ropor aos Ir()os *isitantes %uando u( Maço( se apresenta para to(ar parte nos tra,alhos de u(a Lo6aB ele n)o o,t( a entrada no Te(plo sen)o ap+s haver sido trolhado pelo Ir()o /o,ridor 4ntrandoB ele e8ecuta a (archa e as saudaç&es de costu(eB depois per(anece de p e ? orde( entre as duas colunas at 5ue se6a convidado a to(ar lugar $esse (o(entoB o *ener#vel Mestre poder# colocar ao Ir()o visitante as seguintes 5uest&esB ?s 5uais ele dever# sa,er responderK = &eu rmão, de onde vindesD = a ∴4ão Eoão, Ven∴ &est ∴$ = Tue se fa! na ∴ 4ão EoãoD = 3levam-se templos . virtude e cavam-se masmorras aos vícios$ = Tue tra!eisD = 4aBde, prosperidade e boa acolhida a todos os irmãos$ = Tue vindes fa!er aquiD = Vencer minhas pai:9es, submeter minha vontade aos meus deveres e fa!er novos progressos na &açonaria$ = +omai lugar, meu rmão, e sede bem-vindo ao seio desta oficina que recebe com gratidão o concurso de vossas lu!es$
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
Os autores 5ue t7( estudado a Franco-Maçonaria e( seu esoterismo, ou se6aB e( seu ensina(ento ocultoB (uito t7( insistido so,re
a i(port=ncia da perguntaK e onde vindesD 4la deve ser to(ada pelo pensador no sentido (ais elevado e conduzir assi( ao pro,le(a da orige( das coisas O Aprendiz deve procurar de onde viemos, assi( co(o o /o(panheiro dever# perguntar-se aquilo que somos, e o MestreB para onde vamos$
4ssas tr7s 5uest&es "or(ula( o eterno enig(a 5ue toda ci7ncia e toda "iloso"ia trata( continua(ente de solucionar $ossos es"orços n)o pode( chegar sen)o a soluç&es provis+rias destinadas a apaziguar (o(entanea(ente nossa sede de curiosidade Mas logo co(preende(os a inutilidade das respostas co( as 5uais nos contenta(osB e procura(os se(preB se( acalentar 6a(ais a ilus)o de acreditar 5ue encontra(os 1e(elhante ao lend#rio 6udeu erranteB o espírito hu(ano prossegue se(pre Mas 5uando os ho(ens se agrupa( entre siB seu vínculo social decorre essencial(ente das idias 5ue eles se "aze( do passadoB do presente e do a(anh) das coisas 48isteB poisB o,rigaç)oB para o pensadorB de esclarecer desse ponto de vista aos seus conte(por=neos /o(o dipoB ele deve sa,er responder ?s interrogaç&es da 4s"ingeB a (enos 5ueB J a e8e(plo de erculesB J ele sai,a enganar a "o(e de /r,eroB lançando co( seus pr+prios punhos a terra do solo na tripla garganta do guardi)o dos in"ernos A pergunta e onde vindesD n)o te( unica(ente u( alcance "ilos+"icoK o 'itual a ela respondeB reportando-nos ? hist+ria da FrancoMaçonaria $ossa instituiç)o derivaB co( e"eitoB das confraternidades de
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
4ão Eoão, título 5ue trazia(B na Idade MdiaB as corporaç&es construtivas
?s 5uais deve(os todas as o,ras-de-arte da ar5uitetura ogival Te(-seB al( dissoB dese6ado ver e( 4ão Eoão o Eanus dos latinos 4sse deus de dupla "ace si(,olizava o princípio per(anenteB para 5ue( passado e "uturo n)o "aze( sen)o u( 1ua i(age( deve levar os Maçons a olhar para tr#s ao (es(o te(po e( 5ue para "renteP por5ueB para preparar para a hu(anidade os ca(inhos do progressoB preciso levar e( conta as liç&es da hist+ria
Eanus, segundo u(a (edalha antiga O crescente lunar 5ue do(ina a dupla "ace apro8i(a o deus latino do er(es grego Trata-se da in"lu7ncia "or(adora 5ue se inspira na tradiç)o NhereditariedadeS para engendrar a5uilo 5ue deve nascer
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
'esu(o Filos+"ico so,re a ist+ria .eral da Franco-Maçonaria /onsideraç&es !reli(inares /ertas idias s)o suscetíveis de e8ercer u(a poderosa atraç)o so,re os indivíduos isolados 4las agrupa(-se e torna(-seB assi(B o piv0 intelectual de u(a associaç)o Mas esta n)o sa,eria ser constituída pelo 9nico "ato de u( agrupa(ento desprovido de toda esta,ilidade e de toda coes)o !ara trans"or(ar u(a aglo(eraç)o de individualidades díspares e( u( todo per(anenteB a intervenç)o de u(a lei org=nica instituindo a vida coletiva indispens#vel 4( toda associaç)o precisoB poisB distinguir a id/ia e a forma$ A id/ia o u o espírito age co(o gerador a,stratoK o pai da coletividade da 5ual a mãe est# representada pelo princípio pl#stico 5ue lhe d# sua forma$ 4sses dois ele(entos de geração e de organi!ação est)o representados e( Maçonaria por duas colunasB das 5uais a pri(eira N(asculina-ativaS "az alus)o .quilo que estabelece e funda, en5uanto a segunda N"e(inina-passivaS se relaciona .quilo que consolida e mant/m$ O historiadorB J se ele "or esclarecido pelas luzes da "iloso"iaB J n)o pode "azer a,straç)o desses dois "atores essenciais !ara eleB os anais
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
de nossa instituiç)o re(onta( para al( do ano de DRDRB data de "undaç)o da Franco-Maçonaria (odernaP por5ue as idias 5ue ent)o conseguira( to(ar corpo havia( inspiradoB e( pocas anterioresB nu(erosas tentativas de criaç&es si(ilares :(a coletividade 5ue se "unda n)o sa,eriaB de outra parteB i(provisar sua organizaç)o Todo ser se constitui con"or(e sua espcieB e ele ,ene"icia-se nisso da e8peri7ncia ancestral Todo rec(-nascido se torna assi( o herdeiro de u(a raça antigaB 5ue revive neleB co(o ele (es(o viveu e( toda cadeia de seus antecessores /olocando-se desse ponto de vistaB per(itido assinar ? FrancoMaçonaria u(a orige( das (ais antigasB por5ue ela se relaciona a todas as con"raternidades inici#ticas do passado Todavia essas parece( haver saído das pri(eiras associaç&es de construtoresB co(o se pode 6ulgar de acordo co( as circunst=ncias 5ue dera( nasci(ento ? arte de construir
As Origens Maç0nicas A Franco-Maçonaria n)o se entrega (aisB e( nossos diasB a tra,alhos de construç)o (aterialB (as ela deriva direta(ente de u(a con"raria de talhadores de pedras e de ar5uitetosB cu6as ra(i"icaç&es se estendera(B na Idade MdiaB so,re toda 4uropa ocidental Trans(itindo-se os segredos de sua arteB esses construtores con"or(ava(-se aos antigos usos 4les praticava( ritos inici#ticos 5ue as lendas corporativas "azia( re(ontar ? (ais alta antiguidade
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
2eve(os evitar to(ar ao p da letra essas tradiç&es ing7nuas 4las se prende( ao (ito e esconde(B (uito "re5@ente(enteB u( sentido aleg+rico D Mas
su"iciente re"letir
so,re a
in"lu7ncia e8ercida
pri(itiva(ente pela arte de construirB para "azer-se u(a idia 6usta do papel civilizador 5ue as (ais antigas associaç&es (aç0nicas necessaria(ente dese(penhara( 4ssas associaç&es se constituíra( desde 5ue a ar5uitetura se tornou u(a arte 4las "ora( cha(adasB se( d9vidaB a construir pri(eira(ente os (uros das cidades pri(itivas 4ssas (uralhas de pedras talhadas n)o pudera( ser o,ra sen)o 5ue de tra,alhadores treinados e agrupados e( tri,os /once,e-se de ,o( grado esses artes)os indo de u( lugar para outroB para e8ercere( sua pro"iss)o l# aonde era( cha(ados 4les n)o poderia( dei8ar de ser associados por duas raz&esK pri(eiroB por5ue toda construç)o i(portante n)o sa,eria ser a o,ra de indivíduos isolados eB a seguirB por5ue a pr#tica da arte de construir e8ige u(a iniciaç)o pro"issional B poisB evidente 5ueB desde os te(pos (ais antigosB os (açons "or(ara( agrupa(entos corporativos e 5ueB pela pr+pria "orça dos "atosB dividira(-se e( aprendizesB co(panheiros e (estres %uanto ? sua (iss)o civilizadoraB ela (ani"esta-se nu( duplo ponto de vistaK 2e u(a parteB as cidadesB J protegidas contra os assaltos da ,rutalidade ,#r,ara por s+lidas (uralhasB J tornara(-se "ocos de 2e acordo co( u(a dessas lendasB Ad)o teria sido regular(ente rece,ido Maço(B
12
segundo todos os ritosB ao Or ∴ do !araísoB pelo !ai 4terno u(a (aneira de dizer 5ue a Franco-Maçonaria se(pre e8istiuB sen)o e( ato, ao (enos em pot%ncia de vir a ser, visto 5ue ela responde a u(a necessidade pri(ordial do espírito hu(ano
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
atividade pací"icaB asilos inviol#veis reservados a u(a elite (ais culta 5ue a (ultid)o de "ora 2e outra parteB os (açons dera( o e8e(plo da associaç)o e( vista de u( tra,alho co(u( !ode-seB poisB a"ir(ar 5ue a Ar5uitetura ()e de toda civilizaç)o D e 5ue a 6usto título 5ue os antigos (açons considerava( sua arte co(o a pri(eira e (ais esti(#vel de todas
A Arte 1agrada !ri(itiva(enteB tudo se revestia de u( car#ter religioso Mas a arte de construir eraB (ais particular(enteB i(pregnada de u( car#ter divino Os ho(ens 5ue a ela se entregava( e8ercia( u( sacerd+cio 4les era( sacerdotes ? sua (aneira Talhando pedras e reunindo-se para erguer edi"ícios sagradosB eles acreditava( render u( culto ? divindade Toda construç)o 9til era santaK destruí-la era u( sacrilgioB e as (ais antigas inscriç&es a(eaça( co( a vingança dos deuses todo ho(e( í(pio 5ue atacasse os (onu(entos Os construtores tinha( u(a religi)o pr+pria inteira(ente ,aseada so,re a arte de construir O universo eraB a seus olhosB u( i(enso canteiro de o,rasB onde cada ser era cha(adoB por seus es"orçosB ? edi"icaç)o de u( (onu(ento 9nico Figurava(-se u( tra,alho incessanteB n)o tendo A ,ar,#rie o estado pri(itivo de insegurança 5ue coloca o (ais "raco ? (erc7 do
13
(ais "orte Os citadinos colocara(-se ao a,rigo dos ,#r,arosB entrincheirando-se atr#s de (uralhas instransponíveis :(a vez e( segurançaB eles pudera( civilizar-seB adotando leis protetoras do "raco contra o "orte A ar5uitetura B poisB o "ator pri(ordial de toda real civilizaç)o
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
6a(ais co(eçado e n)o devendo 6a(ais ter(inarB (as e8ecutando-se e( toda parte segundo os dados de u( (es(o plano 2aí ve( a idia da Mrande Nbra visando ? construç)o de u( +emplo idealB realizando cada vez (ais a per"eiç)o 2aíB al( dissoB o uso
tradicional entre os (açons de consagrare( seus tra,alhos . Ml;ria do Mrande Arquiteto do Qniverso$
!ri(eiros 2ados ist+ricos $+s n)o possuí(os sen)o in"or(aç&es prec#rias so,re as (ais antigas corporaç&es construtivas de povos do Oriente Mas singular encontrar na escrita acadiana o triangulo co(o sí(,olo da letra rou 5ue te( o sentido de fa!er, construir$ 1alvo u(a si(ples coincid7nciaB ela B no (íni(oB surpreendenteB e os Maçons entusiastas poder)o ver aí u( indício da alta antiguidade de seu si(,olis(oB por5ue os (onu(entos caldeus dos 5uais se trata( re(onta( a (ais de EVV anos antes de nossa era Os autores desconhecidos dos (ais antigos livros sagrados da /hina n)o ignorava(B ali#sB o valor si(,+lico do co(passo e do es5uadroB insígnias do s#,io 5ue possui os segredos do !ri(eiro /onstrutor e sa,e conduzir-se de (aneira con"or(e ?s suas intenç&es DE $o 4gitoB o sacerd+cio ensinava as ci7ncias e as artes Alguns iniciados era( (ais especial(ente engenheiros e ar5uitetos Os artes)os colocados so, suas ordens n)o tinha( direito a 5ual5uer iniciativa Os escultores e os talhadores de pedras "ora( (uito (ais livres na 1íria 4les aí "or(ava( associaç&es religiosas 5ue percorria( toda ' F .ould A 0oncise ?istor' of reemasonr'$ LondresB DCVB p e E
14
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
Xsia Menor para construir te(plos e( toda parteB segundo a conveni7ncia dos di"erentes cultos assi( 5ueB por volta do ano DVVV antes de 3/B ira(B 'ei de TiroB p0de enviar a 1alo()o os o,reiros necess#rios ? construç)o do te(plo de 3erusal(B do pal#cio real e dos (uros da cidade 4sses (es(os construtores to(ara( parte igual(ente da "undaç)o de !al(ira Mais tardeB a ar5uitetura "oi e8ercida por con"rarias pro"issionais an#logas ?5uelas das 5uais $u(a !o(pílio aper"eiçoou a organizaç)o por volta do ano de RD antes da era crist) O legislador ro(ano constituiu os col/gios de construtores encarregados da e8ecuç)o de todos os tra,alhos p9,licos 4ssas corporaç&es tinha( sua autono(iaB e a lei garantia-lhes in9(eros privilgios /ada u(a delas praticava suas ceri(0nias religiosas particulares apropriadas ? pro"iss)o e8ercida por seus (e(,ros D 48ercia( estes todas as pro"iss&es necess#rias ? ar5uitetura religiosaB civilB (ilitarB naval e hidr#ulica 4ssas con"raternidades la,oriosas di"undira(-se por todo i(prio 4las seguia( a (archa das legi&es ro(anasB para construir pontesB estradasB a5uedutosB "ortalezasB cidadesB te(plosB an"iteatrosB etc 4( toda parte elas contri,uía( para civilizar os povos vencidosB instruindo-os nas artes da paz 4las su,sistira(B "lorescentesB at a invas)o dos ,#r,arosB praticando ritos secretos de car#ter religioso Fora( religi&es santi"icando o tra,alho $o terceiro sculoB Teo"rasto no-las descreve nos seguintes ter(osK ;1egundo as tradiç&es da estatu#ria antigaB os escultores e os talhadores de pedras via6ava( de u( lado a outro da terra co( as "erra(entas necess#rias para tra,alhar o (#r(oreB o (ar"i(B a (adeiraB o !lutarcoB Vida de ?omens lustres, Fuma, DR
15
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
ouro e os outros (etais A (atria in"or(e era-lhes "ornecida para os te(plos 5ue eles elevava( so,re (odelos divinos DH<
O /ristianis(o As religi&es pro"issionais era( con"or(es ao g7nio do politeís(o greco-ro(anoP ta(,(B en5uanto ele reinouB ningu( p0de sonhar e( pedir contas ?s corporaç&es ar5uiteturais de seu ensina(ento religioso particular $)o "oi (ais assi(B 5uando o /ristianis(oB J tornado co( /onstantino religi)o do 4stadoB J pretendeu "undar a unidade do culto e da crença O 1upre(o Ar5uiteto do :niverso a6ustava-seB se( d9vidaB ao (onoteís(o 5ue ele parecia haver precedido Mas esta si(plicidadeB essa onda propícia ?s adaptaç&es contradit+riasB n)o deveria (ais satis"azer ? nova religi)o 5ue "or(ulava dog(as i(periosos e precisosB aos 5uaisB necessaria(enteB era preciso doravante su,(eter-se Fiis ?s suas tradiç&esB os construtores evitara( revoltar-se contra a " o"icialDR Fizera(-se ,atizarB ainda 5ue se reservando adaptar secreta(ente o cristianis(o ?s doutrinas da (eta"ísica ar5uitetural Assi( to(ou nasci(ento u(a heresia ocultaB parente do gnosticis(oB 5ue se a,steve cuidadosa(ente de toda (ani"estaç)o e8terior %uando (uitoB encontra-se u( indício de tal (ani"estaç)o nesta "acilidade singular co( a 5ual os artistas ,izantinos e coptas punha(-se indi"erente(ente a serviçoB pri(eiroB das di"erentes seitas crist)sB depoisB (uçul(anas Teo"rastoB Vida de ApolOnio de +iana$ Traduç)o de /hassangB p V
16
Os Versos de Nuro de !it#goras co(eça( prescrevendo ao iniciado render
17
e8terior(ente aos deuses i(ortais o culto consagradoB (as guardar interior(ente sua pr+pria convicç)o
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
48terna(ente su,(issas ao a,solutis(o crist)oB as associaç&es construtivas pudera( prosperar so, a gide do I(prio do OrienteB 5uando ent)o desaparecera( no OcidenteB su,(ersas so, as ondas das invas&es ,#r,aras *eio u( período no 5ual se esteve (uito (ais preocupado e( destruir os edi"ícios antigos do 5ue construir novos O /ristianis(oB todaviaB n)o tardou a se i(por aos invasores A ar5uitetura religiosa "oi ent)o recolocada e( honraB e novas escolas de construtores constituíra(-se pouco a pouco 4las dera( nasci(ento ao estilo ro(=nico
As Ordens Mon#sticas 2urante longos sculosB toda a 4uropa ocidental "oi presa da ,rutalidade de guerreiros ignorantes 5ue n)o estre(ecia( sen)o diante dos "antas(as de sua i(aginaç)o grosseira O clero crist)oB aplicando nisso a tradiç)o de todos os sacerd+ciosB conseguiu (uito rapida(ente do(inar esses espíritos propensos aos terrores supersticiosos 4le teve a ousadia de a(eaçar os con5uistadores violentos e( no(e de u( 3uiz celesteB do 5ual o rigor cruel n)o poderia ser a,randado sen)o 5ue pelo "avor de doaç&es piedosas 4ssa "oiB para a Igre6aB a "onte de i(ensas ri5uezas *iu-se ent)o o /ristianis(o cercar-se de u( aparato "austuoso 2epois de haver crescido na a,negaç)o e na po,rezaB ele 5uis seduzir pela (agni"ic7ncia Os te(plos antigosB outrora sa5ueados pela cupidez dos ,#r,aros ou a,atidos pelo "uror iconoclasta dos novos crentesB devera( ser resta,elecidos ? gl+ria do 2eus dos crist)os /o(o n)o se havia 6a(ais cessado inteira(ente de construirB os procedi(entos pro"issionais
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
estava( conservados entre os artes)osP (asB 5uando "oi 5uest)o de construir edi"ícios apropriados ?s e8ig7ncias i(previstas do culto crist)oB "altara(B antes de tudoB ar5uitetos Monges instruídos "ora( cha(ados assi( a estudar a ar5uiteturaB e sua ha,ilidade e( traçar planos n)o tardou a se a"ir(ar Alguns a,adesB e( particular a5ueles da congregaç)o de /lunB desenvolvera( (es(oB a esse respeitoB u( verdadeiro talento 'ivalizando entre siB esses prelados logo n)o (ais se contentara( co( construç&es tecnica(ente grosseirasB para a e8ecuç)o das 5uais eles podia( recorrer a artes)os de ocasi)oB sedent#rios ou n0(ades %uandoB de si(ples (uros de ti6olos ou cascalhosB eles dese6ara( passar aos acopla(entos de pedra talhadaB "oilhes de todo necess#rio "or(ar artistas verdadeirosB so,retudo 5uando a a(,iç)o lhes veio a i(pressionar os espíritos pela ousadia das c9pulas cada vez (ais co(ple8as Os (onges "ora( assi( levados a associar-seB de (odo per(anenteB aos laicos talhadores de pedras 5ueB na 5ualidade de ir()os conversosB portava( o h#,ito e rece,ia( sua su,sist7ncia do convento
A Maçonaria Livre 4ntre os o,reiros su,(etidos ? disciplina (on#sticaB os (elhores dotados n)o "altara( e( assi(ilar conheci(entos su"icientes para per(itir-lhes dirigir eles (es(os os tra,alhos de seus co(panheiros For(ara(-se assi( ar5uitetos laicosB de espírito tanto (ais independenteB 5uanto (ais to(ava( consci7ncia de suas capacidades e de seu talento 1ua autoridade n)o tardou a prevalecer so,re a5uela dos (onges 5ueB pouco a poucoB vira( as con"rarias construtivas se su,traíre( ? sua tutela
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
Associaç&es aut0no(asB J le(,rando e( alguns aspectos os colgios ro(anosB J pudera( assi( se constituir 4sta evoluç)o pareceu realizar-se pri(eiro na Lo(,ardiaB onde as antigas tradiç&esB se(pre per(anecendo vivasB pudera( assi( (ais "acil(ente ser recolocadas e( honra pela inter(ediaç)o de *enezaB pois a in"lu7ncia ,izantina e8erciase poderosa(ente nesta regi)o /erto 5ue a cidade de /o(o per(aneceu por longo te(po o centro para onde a"luía( os artistas preocupados e( se aper"eiçoare( na arte de construir 1ua a(,iç)o era "azer-se iniciar nos segredos dos magistri comacini, título estendido no sculo IB de (aneira geralB a todos os construtores !retende-se 5ueB ? vista de "azere( consagrar sua independ7nciaB as associaç&es ar5uiteturais laicasB unidas entre si pelos laços de u(a estreita solidariedadeB teria( solicitado do papa o (onop+lio e8clusivo para a construç)o de todos os edi"ícios religiosos da cristandade 2ese6ando encora6ar u(a t)o piedosa e(presaB a /orte de 'o(a teria to(ado a con"raternidade (aç0nica so, sua proteç)o especialB declarando 5ue seus (e(,ros deveria( serB e( toda parteB isentos de i(postos e corvias 1eria( essas li,erdades outorgadas por $icolau II e( DRR e con"ir(adas por >enedito II e( DE 5ue teria( valido aos protegidos da 1anta-1 o no(e de franco-&açons"5$ O patronato do 1o,erano !ontí"ice e8plicaria o "avor 5ue a Maçonaria Livre encontrou 6unto a todos os príncipes crist)os $esses te(pos de "ervor religiosoB a5ueles n)o poderia( e8peri(entar sen)o si(patia
pelos
construtores
de
igre6as
5ue
se
espalhava(
progressiva(ente na FrançaB na $or(andiaB na .r)->retanhaB na >orgonhaB depois e( Flandres e ?s (argens do 'enoB penetrando daí e( toda Ale(anha 4( toda parteB essas associaç&es dei8ara( (onu(entos At agoraB a prova docu(ental dessas alegaç&es arriscadas n)o "oi "ornecida
18
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
de u( estilo particularB dito g+tico ouB (ais precisa(enteB ogivalB o,rasde-arte cu6a uni"or(idade de car#ter parece ser o indício de u( acordo internacional (antido durante sculos entre os construtores espalhados so,re toda 4uropa ocidental Foi isso 5ue levou ope a dizerB e( sua ?ist;ria da ArquiteturaC ;Os ar5uitetos de todos os edi"ícios religiosos da
Igre6a latina e8traíra( sua ci7ncia de u(a (es(a escola central 4les o,edecia( ?s leis de u(a (es(a hierar5uiaP eles dirigia(-seB e( suas construç&esB segundo os (es(os princípios de conveni7ncia e de gostoP eles (antinha( con6unta(enteB e( toda parte para onde era( enviadosB u(a correspond7ncia assíduaB de sorte 5ue os (enores aper"eiçoa(entos tornava(-se de i(ediato propriedade do corpo inteiro e u(a nova con5uista da Arte<
As /on"raternidades de 1)o 3o)o Os ar5uitetos da Idade Mdia gostava( de cele,rar os solstícios de (aneira con"or(e aos usos 5ue re(ontava( aos te(pos pag)os (ais recuados A "i( de podere( per(anecer "iis ?s tradiç&es e5uívocas do ponto de vista crist)oB eles escolhera( por patronos os dois 4ão EoãosB cu6as "estas coincidia( co( os pontos solsticiais Te(-se perguntado seB ao a,rigo dessa escolhaB o antigo culto de Eanus n)o reencontrara adeptos (ais ou (enos conscientes 2o (es(o
(odo 5ue a(,os os santos solsticiaisB o deus de dupla "ace presidia ? inauguraç)o da (archa ascendenteB depois descendente do 1olB por5ue ele era o g7nio de todos os co(eçosB tanto dos anosB das estaç&esB 5uanto da vida e da e8ist7ncia e( geral OraB n)o se deve perder de vista 5ue começo se diz initium e( lati( Os iniciados devia(B poisB ver a
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
divindade tutelar da iniciação neste i(ortal preposto guardi)o das portas Wjanua2, das 5uais ele a"astava a5ueles 5ue n)o deveria( entrar :(
,#culo Wbaculum2 eraB para essa "inalidadeB sua insígnia 4le tinhaB al( dissoB u(a chaveB para indicar 5ue lhe pertencia a,rir e "echarB revelar os (istrios aos espíritos de elite ou "rustr#-los ? curiosidade dos pro"anos indignos de conhec7-los 4ti(ologica(enteB Eoão, verdadeB n)o prov( de Eanus, (as do he,reu jeho h)annam 5ue se traduz porK ;A5uele 5ue 3eho "avorece< O (es(o ter(o reaparece e( ?)anni-Paal ou Aní,al 5ue signi"ica ;"avorito de >aal< Mas Eeho e Paal n)o s)o outros sen)o no(es ou títulos do 1ol 4ste era visto pelos "enícios co(o u( astro ardenteB "re5@ente(ente (ortí"eroB do 5ual os e"eitos era( de te(er Os (istagogos de Israel aí via(B ao contr#rioB a i(age( do 2eus-Luz 5ue esclarece as intelig7ncias Eeho h)annam, johannes, jehan ou Eoão torna(-se assi( sin0ni(os de o(e( esclarecido ou ilu(inado ? (aneira dos pro"etas 2o (es(o (odo 5ue os artistas das catedraisB J instruídosB se( d9vidaB e( doutrinas esotricas (uito antigasB J o !ensador verdadeiro ou Iniciado est#B poisB no direito de dizer-se rmão de 4ão Eoão$
O,serve(osB de restoB 5ue 4ão Eoão Patista nos apresentado co(o o precursor i(ediato da Luz redentora do /risto solar 4le a aurora intelectual 5ueB nos espíritosB precede o dia da plena co(preens)o Xspera e rudeB sua voz retu(,ava atravs da esterilidade do desertoB despertando ecos ador(ecidos 1eus acentos vee(entes provocava( as (entalidades re,eldes e preparava(-nas para co(preender as verdades 5ue devia( ser reveladas 1e o violento !recursor se relaciona si(,olica(ente aos alvores p#lidos da (anh)B conv(B e( oposiç)oB representar-se 4ão Eoão, o
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
3vangelista, co(o cercado de toda gl+ria p9rpura do poente 4le
personi"ica a luz crepuscular do anoitecerB a5uela 5ue a,rasa o cuB 5uando o 1ol aca,a de desaparecer so, o horizonte O discípulo pre"erido do Mestre "oiB co( e"eitoB o con"idente de seus ensina(entos secretosB reservados ?s intelig7ncias de elite dos te(pos "uturos O Apocalipse lhe atri,uídoB o 5ualB J so, o prete8to de desvendar os (istrios crist)osB J os (ascara so, enig(as calculados para conduzir os espíritos perspicazes al( das estreitezas do dog(a Ta(,( da escola 6oanina 5ue se t7( prevalecido todas as escolas (ísticas 5ueB so, o vu do esoteris(oB visara( ? e(ancipaç)o do pensa(ento $)o nos es5ueça(osB en"i(B de 5ue o 5uarto 4vangelho co(eça por u( te8to de alto alcance inici#tico so,re o 5ualB por (uito te(poB se prestou o 6ura(ento (aç0nico A doutrina do *er,o "eito carneB 5uer dizerB da 'az)o divina encarnada na u(anidadeB re(ontaB ali#sB atravs de !lat)oB ?s concepç&es de antigos hiero"antes $essas condiç&esB o título de ojas de 4ão Eoão conv(B (elhor 5ue 5ual5uer outroB ?s o"icinas onde as intelig7nciasB ap+s havere( sido preparadas para rece,er a luzB s)o levadas a assi(ilare(-se a ela progressiva(enteB a "i( de a podere( re"letir ao seu redor
/anonizaç&es 45uívocas 1eria te(er#rio a"ir(ar 5ue os dois 1)o 3o)os (arca( unica(ente o si(,olis(o inici#tico Talvez eles corresponda( a personagens 5ue real(ente e8istira( Outros santosB ao contr#rioB n)o goza( de seu privilgio celesteB por5ue "ora( outrora e8traídos do
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
calend#rio pag)o 4( sua Nrigem de todos os 0ultos, 2epuis (uito e8plícito a esse respeitoK ;Os gregosB diz eleB honrava( >aco so, o no(e de 2ionísio ou 2enisK ele era visto co(o a chave e o pri(eiro autor de seus (istriosB assi( co(o 4leutrio 4ste 9lti(o no(e era ta(,( u( epíteto 5ue eles lhe dera(B e 5ue os latinos traduzira( por íber$ /ele,rava(-seB e( sua honraB duas "estas principaisK u(a na pri(avera e outra na estaç)o das vindi(as 4sta 9lti(a era u(a "esta r9stica cele,rada no interior ou nos ca(posP opunha-se ?s "estas da pri(averaB cha(adas "estas da cidade ou Qrbana$ Aí se acrescentou u( dia e( honra a 2e(trioB 'ei da
Maced0niaB 5ue tinha sua corte e( !ellaB perto do .ol"o de Tessal0nicaK >aco era o no(e oriental do (es(o deus As "estas de >aco devia(B poisB ser anunciadas no calend#rio pag)o por essas palavrasK estum ion'sii, 3leutherii, *ustici$ $ossos ,ons antepassados "izera( disso tr7s
santosK 1)o 2enisB 1anto 4leutrio e 1anta '9sticaB seus co(panheiros /ha(ava( o dia precedente esta de em/trio, do 5ual "izera( u( (#rtir tessalonicense Acrescente-se 5ue este "oi Ma8i(ilianoB 5ue o "ez (orrer por conta de seu desespero pela (orte de LaeusB e Laeus u( no(e de >acoB assi( co(o 2e(trio A antevspera "oi reservada ? Festa de 1)o >acoB do 5ual se "ez u( (#rtir do Oriente Assi(B a5ueles 5ue 5uisere( se dar ao tra,alho de ler o calend#rio latino ou a ,ula 5ue guia nossos sacerdotes na co(e(oraç)o dos santos e na cele,raç)o das "estas aí ver)o a R de outu,roK estum sancti emetrii, e a CK estum sanctorum ion'sii, 3leutherii et *ustici$ Assi(B "izera(-se santos de (uitos
epítetosB ou de deno(inaç&es diversas do (es(o 2eusB >acoB 2ionísio ou 2enisB íber ou 3leutheros$ 4sses epítetos tornara(-se outros tantos de co(panheiros
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
;>aco desposa Ye"ir ou o vento suave so, o no(e da nin"a Aura$ Muito ,e( 2ois dias entes da "esta de 2enis ou de >acoB cele,ra-
se a5uela de Aura !l#cida ou Ye"irB so, o no(e de 4anta Aura e de 4ão
2upuis (ostraB al( dissoB co(o a "+r(ula dos dese6os
ainda 1anta *er0nicaB 5ue ve( de Veron 3icon ou cOnica, a verdadeira "ace ou a I(age( de /risto 1)o 'ogadoB 1)o 2onatoB 1anta FloraB 1anta L9ciaB 1anta >i,ianaB 1anta Apolin#riaB 1anta IdaB 1anta Margarida e 1anto ip+lito s)o igual(ente adaptaç&es pag)s
As 1#tiras contra a Igre6a 4( 5ue (edida as re(inisc7ncias da Antiguidade pudera( in"luir so,re o estado de al(a dos construtores (edievaisG A 5uest)o di"ícil de resolverP (as per(anece certo 5ue eles era( ani(ados de u( espírito singular(ente crítico !ri(eira(enteB do ponto de vista religiosoB eles pretendia( n)o depender direta(ente sen)o do !apa eB deste che"eB eles a"ir(ava( o desrespeito (ais "lagrante ? vista da hierar5uia eclesi#stica 1ua aud#cia (uitas vezes (ani"estou-se por caricaturas 5ue eles n)o te(ia( talhar da pr+pria pedra das catedrais :( (onge e u(a religiosa representados na (ais inconveniente das atitudes decora( a Igre6a de 1)o 1e,aldo e( $ure(,ergB e esse assunto esca,roso repete-seB entre outrosB nu(a g#rgula do Museu de /lun e( !aris
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
$a galeria superior da /atedral de 1tras,ourgB u(a prociss)o de ani(ais conduzida por u( urso 5ue carrega a cruz :( lo,o segurando u( círio aceso aí precede a u( porco e a u( carneiro carregados de relí5uiasP todos esses 5uadr9pedes des"ila( piedosa(enteB en5uanto u( asno aparece no altarB cele,rando a (issa 'evestida de orna(entos sacerdotaisB u(a raposa prega e( >raden,ourg diante de u( ,ando de gansos Os e8e(plos dessa natureza a,unda( 4ncontra(-seB e( particularB 6uízos "inais ?s vezes (uito su,versivos no sentido e( 5ueB entre os condenadosB "igura( de (odo corrente personagens trazendo coroas ou (itras O pr+prio !apaB toucado da tiara e cercado de cardeaisB "oi entregue ?s cha(as eternas no p+rtico da /atedral de >erna 4sses indícios leva( a supor 5ue a iniciaç)o con"erida secreta(ente aos (e(,ros das con"raternidades de 1)o 3o)o n)o se re"eria unica(ente aos procedi(entos (ateriais da arte de construir /ertos escultores ir0nicos pudera(B se( d9vidaB ser inspirados por rivalidades 5ueB e( todos os te(posB opusera( as ordens (on#sticas ao clero secularP (as outros traduzira( de (odo (ani"esto o pensa(ento de u( artista singular(ente e(ancipado para a poca
A Al5ui(ia 1e n+s nos perguntar(os de 5ue "onte p0de ser e8traídaB na Idade MdiaB u(a inspiraç)o (ística estranha ou (es(o secreta(ente hostil ? Igre6aB so(os levados a recordar o prestígio do 5ual des"rutava ent)o a ilosofia ?erm/tica$ 1o, o prete8to de procurar a
adeptosB ou se6aB pensadores independentesB aplicava(-seB na realidadeB
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
e( penetrar os segredos da natureza 4les apro"undara( indi"erente(ente as o,ras de todos os "il+so"osB 5uer "osse( gregosB #ra,es ou he,reus 4ste ecletis(o deveria chegar a doutrinas t)o pouco cat+licasB no sentido ordin#rio da palavraB 5ue se tornou i(prudente e8p0-las de outro (odo a n)o ser so, o vu de alegorias e de sí(,olos A trans(utaç)o do chu(,o e( ouro tornou-se assi( o te(a de dissertaç&es (uito s#,iasB onde a (eta"ísica religiosa tinha (uito (ais lugar 5ue a (etalurgia ou a 5uí(ica A Mrande Nbra visava a realizar a "elicidade do g7nero hu(ano graças a u(a re"or(a progressiva dos costu(es e das crenças A leitura atenta dos tratados de al5ui(ia posteriores ? 'enascença n)o pode dei8ar su,sistir nenhu(a d9vida a esse respeitoB por5ue o estilo dos discípulos de er(es tornou-se (enos enig(#ticoB 5uando di(inuiu para eles o perigo de e8pressare(-se livre(ente A antiga ar5uitetura sagrada eraB ali#sB essencial(ente si(,+lica 2esde o plano de con6unto de u( edi"ício at os (enores orna(entos de detalheB tudo devia ser ordenado segundo certos n9(eros (ísticos e de acordo co( as regras de u(a geo(etria especial conhecida apenas dos iniciados As "iguras geo(tricas dera( lugarB co( e"eitoB a interpretaç&es so,re as 5uais se en8ertava u(a doutrina secreta 5ue pretendia "ornecer a chave de todos os (istrios OraB os construtores de catedrais provara(B por suas o,rasB 5ue eles era( instruídos nessas tradiç&es "ilos+"icas das 5uais os al5ui(istas era( si(ultanea(ente detentores $)o se sa,eria deter(inar e( 5ue (edida uns o,tivera( de outros seus conheci(entos inici#ticos 1e(pre "oi 5ue o er(etis(o "re5@ente(ente inspirou os talhadores de pedras na escolha de seus (otivos orna(entais Os Al5ui(istasB de outra parteB n)o ignorava( o sentido 5ue os (açons atri,uía( ?s suas "erra(entas
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
O *ebis, a coisa dupla unindo os dois se8osB na realidadeB a al(a espiritual dotada de raz)o N1olS e de i(aginaç)o NLuaS O princípio inteligente do(ina a ani(alidade representada pelo drag)o das atraç&es ele(entares
$ada (ais signi"icativoB a esse respeitoB 5ue u(a gravura do tratado intitulado N A!oto, ou o meio de fa!er o ouro oculto dos fil;sofos, do rmão Pasile Valentin"7$ *7-se aí u( personage( de duas ca,eçasB do 5ual a ()o direita segura u( co(passo e a es5uerdaB u( es5uadro o andr+gino al5uí(icoB unindo a energia criadora (asculina ? receptividade "e(ininaB associandoB e( outros ter(osB o 4n8o"re ao Merc9rioB ou o ardor e(preendedor da coluna 3 ∴? esta,ilidade ponderada da coluna > ∴ 4le est# de p so,re o drag)o si(,olizando o 5uatern#rio dos ele(entosB dos 5uais o iniciado deve triun"ar no decorrer de suas provas
A 2ecad7ncia das /orporaç&es
!u,licado logo depois de as o!e 0haves da ilosofia tratando da verdadeira
19
medicina metálica$ !arisB !ierre MoetB DHC
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
Tornado-se rica e poderosaB a Igre6a devia necessaria(ente corro(per-se *eio u( te(po no 5ual o alto cleroB J entregue a todas as intrigas da políticaB J e8i,ia o lu8o (ais insolente e n)o se dava ao (enor tra,alho de dissi(ular a corrupç)o de seus costu(es Os "iis escandalizara(-se co( isso 1eu antigo "ervor deu lugar ? d9vidaB e nu(erosas heresias pudera( enraizar-se nos espíritos 4ssa "oi a aurora do sonho intelectual 5ue se preparava O novo clar)o de al(a teve sua repercuss)o so,re a ar5uitetura religiosa Os doadores tornara(-se raros Z "orça de construir igre6as J e elas e8istia(B ali#sB e( toda parte J os (e(,ros das con"raternidades de 1)o 3o)o encontrava(B cada vez (enosB o e(prego de seus talentos 4les era(B de restoB especialistas no estilo dito ;g+tico
A /a,ala $e( tudo devia estar perdido :(a trans"or(aç)o ela,orava-seB provocando pri(eiro u( (ovi(ento intelectual do (ais alto interesse 4n5uanto 5uerelas de dog(a dividia( os espíritosB intelig7ncias de elite 5uisera( apro"undar i(parcial(ente as 5uest&es religiosas Foise assi( levado a estudar (ais especial(ente a (eta"ísica religiosa dos 6udeus 4stes se pretendia( na posse de u(a doutrina secreta re(ontando at Moiss 4raB a seus olhosB a tradiç)o por e8cel7nciaB dita Tabbalah e(
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
he,reu Tratava(-seB na realidadeB de concepç&es derivadasB e( ,oa parteB do .nosticis(o ale8andrinoB e to(adas de e(prsti(oB assi(B ao patri(0nio da antiga iniciaç)o 1ua característica era "azer ressaltar a concord=ncia "unda(ental das religi&es 4sses sonhos (ísticos tivera( por e"eito pr#tico sugerir a idia de u(a "iloso"ia reunindo indistinta(ente os "iis de todos os cultosB se( o,rig#-los a renegar suas crenças particulares *igorosos pensadores e( co(unh)o de vontade uns co( os outrosB tendo aplicado toda sua energia cere,ral a especulaç&es dessa sorteB daí resultou "inal(ente u(a tens)o particular na at(os"era (ental do sculo *II
Os 'osacrucianistas O e8cesso do (al cha(a o re(dio As devastaç&es do "anatis(o cego devia( conduzir ao sonho de u(a regeneraç)o universal pelo a(or e pela ci7ncia !or volta de DHVEB u(a associaç)o secreta V 5uis rele(,rar ao /ristianis(o a intelig7ncia de seus (istrios e ensinar ao (undo as leis da "raternidade Os a"iliados havia( escolhido por e(,le(a u(a rosa "i8ada so,re u(a cruzB e reconhecia(-se a lenda de u( certo /hristian 'osen[reuzB do 5ual pretendia( prosseguir a o,ra Fizera( (uito "alar deles eB ainda 5ue se perdendo nas nuvens do er(etis(o e da Teoso"iaB A orde( dos rosacrucianistas n)o "oi 6a(ais organizada co(o corpo /onsiderava-se
20
algu( co(o lhe pertencendo pelo 9nico "ato de esse algu( possuir certos conheci(entos Os Ir()os 'osacrucianistas n)o se reunia( para deli,erar ou tra,alhar e( co(u( 4les contentava(-se e( (anter relaç&es epistolares e e( co(unicare( entre si o "ruto de seus estudos
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
eles n)o conseguira( (enos surpreender as i(aginaç&es e se(ear os ger(es cu6a eclos)o n)o devia se "azer esperar
A Franco-Maçonaria Moderna A concepç)o de u( ideal N/oluna 3 ∴S per(anece estril en5uanto "alte( os (eios pr#ticos de realizaç)o N/oluna > ∴S As aspiraç&es generosas dos "il+so"os n)o poderia( ser colocadas e( aç)o se( a a6uda de u(a organizaç)o positiva O espírito ou a al(a nada podeB se n)o disp&e de u( corpo co(o instru(ento de aç)o OraB na poca na 5ualB graças aos rosacrucianistas e a outros (ísticosB u(a entidade espiritual planavaB de 5ual5uer sorteB no arB ansiosa por encarnar-seB u( organis(o propício veio a o"erecer-se a ela $)o possuindo (ais raz)o de serB as antigas con"raternidades (aç0nicas estava( e( toda parte dissolvidasB salvo na .r)->retanha e na IrlandaB onde se(pre reinou u( espírito "avor#vel ? so,reviv7ncia de toda tradiç)o antiga e respeit#vel !ela "orça de u( h#,ito passado aos costu(esB as associaç&es de &açons livres e aceitos su,sistia(B poisB ainda no sculo *IIB e( diversos centros dos tr7s reinos insulares 4ra ent)o de notoriedade p9,lica 5ue os reemasons se reconhecia( entre si por certos sinais e 5ue era( o,rigados por 6ura(ento a guardare( segredos 1a,ia-se igual(ente 5ueB e( todas as circunst=ncias da vidaB eles era( o,rigados a prestar assist7ncia recíproca A partir de sua decad7ncia do ponto de vista do e8ercício da arte de construirB a pr#tica da solidariedade tornou-seB co( e"eitoB o o,6etivo essencial dessas con"raternidades 2i"undiu-se ent)o a (oda de "azer-se aceitar a título de (e(,ro honor#rioB e as lo6as (aç0nicas (ostrara(-se t)o acolhedoras
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
aos gentlemen 5ue n)o (ane6ava( pro"issional(ente a trolhaB 5ue os pro"issionais do o"ício se desinteressara( cada vez (ais de u(a instituiç)o 5ue n)o respondia e( nada ?s suas necessidades pr#ticas Os (açons aceitos tornara(-se assi( pouco a pouco t)o nu(erosos 5uanto os Maçons livres, e, no início do sculo *IIIB eles era( "ranca(ente a (aioria $esse (o(entoB "oi to(ada u(a resoluç)o de e8tre(a i(port=ncia 4le teve por e"eito "azer renunciar ?s antigas e(presas (ateriais da velha (açonaria pro"issional designada co(o operativa e( oposiç)o a u(a nova MaçonariaB pura(ente "ilos+"icaB dita especulativa$ Assi( nasceu a &açonaria moderna, 5ue to(ou de e(prsti(o aos construtores da Idade Mdia u( con6unto de "or(as aleg+ricas e de sí(,olos engenhososB regras de ,oa disciplina e tradiç&es de "raternal solidariedadeB a "i( de aplicar tudo ao ensina(ento de u(a ar5uitetura socialB es"orçando-se por construir a "elicidade hu(anaB tra,alhando para o aper"eiçoa(ento intelectual e (oral dos indivíduos
4lias Ash(ole A Maçonaria (oderna respondia a u(a necessidade sentida e( toda 4uropa pelos (ais no,res espíritos 4la deviaB poisB di"undir-se co( u(a rapidez 5ue parecia dever-se a u( prodígio Ta(,(B 5uando (ais tarde se 5uis re(ontar ? sua "onteB n)o "oi possível de"ender-se da idia de 5ueB se(elhante ? MinervaB surgindo inteira(ente ar(ada do cre,ro de 39piterB a concepç)o (aç0nica devera ter sido a(adurecida por algu( pensador de g7nio
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
A "i( de desco,rir o "undador de u(a t)o (aravilhosa instituiç)oB os Maçons ingleses do sculo *II "ora( passados e( revista 2esco,riu-se 5ueB a DH de outu,ro de DHECB u( s#,io anti5u#rioB adepto do her(etis(o e de conheci(entos secretos ent)o e( vogaB "oi rece,ido Maço( e( WarringtonB pe5uena cidade do condado de Lancastre $)o "oi preciso (ais para erigir 3lias Ashmole J este no(e do personage( J e( her+i da lenda -lhe atri,uído todo o (rito da re"or(a realizada 1egundo o Ir ∴ 'agon e outros historiadores seria eleB o 'osacrucianistaB 5ue( teria i(pri(ido u( car#ter inici#tico aos rituais o,reiros pri(itivos D Isso n)o verdade A in"lu7ncia 5ue esse a(ador de ci7ncias ocultas e8erceu so,re a Franco-Maçonaria per(anece nula *erdadeira(ente decepcionado pela natureza dos ;(istrios< 5ue lhe "ora( revelados 5uando de sua iniciaç)oB ele n)o reapareceu e( lo6a sen)o ao ca,o de D anosB e( DD de (arço de DHQB pela segunda e 9lti(a vez e( sua vidaB co(o teste(unha seu di#rioB 5ue ele 6a(ais dei8ou de (anterB diaria(enteB co( escrupulosa (in9cia
A !ri(eira .rande Lo6a /ontraria(ente ?5uilo 5ueB e( ,oa l+gicaB era per(itido suporB os docu(entos positivos (ostra(-nos a organizaç)o da Maçonaria (oderna nascendo inconsciente(ente As (aiores coisas pode(B co( e"eitoB ser cha(adas ? e8ist7ncia por individualidades 5ue n)o t7( nenhu(a suspeita do alcance de seus atos 4sse "oi o caso dos Maçons londrinos 5ueB a E de 6unho de DRDRB se reunira( para cele,rar a "esta tradicional de 1)o 3o)o >atista 4les 4ssa asserç)o te(er#riaB reconhecida depois ine8ataB "oi reproduzida na p#gina da
21
pri(eira ediç)o NDQCES do ivro do Aprendi!$
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
era( (e(,ros de 5uatro lo6as t)o pouco pr+speras 5ueB para n)o se desagregare( inteira(enteB decidira( per(anecer unidas so, a autoridade de o"iciais especiais OraB cada u(a das lo6asB sendo presidida por u( &estreHH, deu-se o título de Mrão-&estre ao presidente do novo agrupa(ento 5ueB ele (es(oB se 5uali"ica co(o Mrande oja$ Ainda duvidoso 5ue esses no(es ha6a( sido adotados desde DRDRB a principal preocupaç)o devendo (uito ,e( serB neste anoB reunir-se nova(ente e( n9(ero su"iciente no pr+8i(o solstício de ver)o O pri(eiro .r)o-Mestre "oi Anton' 4a'er, ho(e( o,scuroB de condiç)o ,astante (odesta 4le "ora escolhido na "alta de (elhorP ta(,( se apressou e( dar-se-lhe co(o sucessor Meorge
22
&aster2 ou designava(-no co(o &aster en chaire W&eister vom 4tuhl ou 4tuhlmeister e( ale()oS $ascido e( La 'ochelleB a D de (arço de DHQB "ilho de u( pastor calvinista 5ue
23
devera re"ugiar-se na Inglaterra ap+s a revogaç)o do dito de $antes NDHQS
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
O Livro das /onstituiç&es As
(odi"icaç&es
aportadas
ao
regi(e
das
antigas
con"raternidades construtivas dera( lugar ? pro(ulgaç)o de u( novo c+digo da lei (aç0nica 1ua redaç)o "oi con"iada ao Ir ∴Eames Anderson, cu6a o,ra intitulada +he Poo] of 0onstitutions of the reemasons, containing the histor', charges and regulations of that most ancient and right Xorshipful fraternit'$
Ali est# ditoB ;no 5ue concerne a 2eus e ? religi)o
24
u( "eudo
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
;O Maço( u( indivíduo pací"ico su6eito aos poderes civis e( 5ual5uer lugar onde resida ou tra,alheP ele n)o deve 6a(ais estar i(plicado e( co(pl0s ou conspiraç&es contra a paz e a prosperidade da naç)oB ne( se co(portar incorreta(ente ? vista de (agistrados su,alternosB por5ue a guerraB o derra(a(ento de sangue e as insurreiç&es t7( sidoB e( todos os te(posB "unestas ? Maçonaria< ;1e algu( Ir()o vier a insurgir-se contra o 4stadoB preciso evitar "avorecer sua re,eli)oB e se(pre t7-lo e( piedadeB co(o a u( in"eliz 1e eleB ali#sB n)o "or culpado de nenhu( cri(eB a leal /on"raternidadeB J ainda 5ue o,rigada a des(entir sua re,eli)oB a "i( de n)o atrair so(,ras ao governo esta,elecido ne( lhe "ornecer u( (otivo de descon"iança políticaB J n)o sa,eria e8puls#-lo da Lo6aB u(a vez 5ue suas relaç&es co( ele per(anece( indissol9veis< O artigo *IB 5ue trata ;da conduta e( Lo6a
Os !rincípios Funda(entais da FrancoMaçonaria
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
Z luz dos e8tratos precedentesB a Franco-Maçonaria (oderna aparece-nos co(o u(a associaç)o de ho(ens escolhidosB cu6a (oralidade p0de ser aprovadaB de sorte 5ueB sentindo-se per"eita(ente seguros uns dos outrosB podia( praticar entre si u(a "raternidade sincera e se( reserva 4sses ho(ensB reconhecidos ,onsB leais e pro,osB s)o o,rigados a evitar co( o (aior cuidado tudo a5uilo 5ue os arriscaria a dividire(-se -lhes especial(ente interdito ocasionar litígios 5uanto ?s suas convicç&es ínti(asB tanto religiosas 5uanto políticasB sua virtude característica devendo serB e( todas as coisasB a TOL4']$/IA OraB para ser toleranteB indispens#vel ad5uirir idias a(plas e elevar-se aci(a da estreiteza de todos os preconceitos A FrancoMaçonaria es"orça-seB e( conse5@7nciaB por e(ancipar os espíritosP aplica-seB e( particularB a li,ert#-los dos erros 5ue sustenta( a descon"iança e o +dio entre os ho(ens 4stesB a seus olhosB n)o deve( ser considerados sen)o e( raz)o do valor e"etivo 5ue o,t7( de suas 5ualidades intelectuais e (oraisB 5ual5uer outra distinç)o de crençaB de raçaB de nacionalidadeB de "ortunaB de classe ou de posiç)o social devendo eclipsar-se no seio das reuni&es (aç0nicas
48tens)o '#pida da Franco-Maçonaria O c+digo (aç0nico redigido e i(presso por orde( da .rande Lo6a da Inglaterra rece,eu a aprovaç)o solene desta a DR de 6aneiro de DR 2esde ent)oB "oi se(pre considerado co(o o docu(ento 5ue deter(ina as nor(as características da Franco-Maçonaria (oderna 1ua i(port=ncia B poisB capitalB 6# 5ue toda organizaç)o 5ue se a"astasse dos
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
princípios dos 5uais ele "oi inspirado dei8ariaB por este (es(o "atoB de ser maçOnica$
O livro de Anderson per(itiuB ali#sB "azer conhecer ao longe a nova con"raternidade 5ue respondia ?s aspiraç&es ao (es(o te(po as (ais no,res e as (ais generosas 4la n)o tardou a e8ercer u(a verdadeira "ascinaç)o so,re 5uantidade de espíritos de elite *ira(-se para aí a"luirB e(
particularB
os
pensadores
apai8onados
pela
doutrina
do
?umanitarismo$ $)o era uma forma, uma organi!ação 5ue se o"erecia
espontanea(enteB para revestir de u( corpo tangível as concepç&esB at ent)o ne,ulosasB dos "il+so"osG %uando ent)o o sectaris(o e a intoler=ncia vinha( de colocar a 4uropa e( "ogo e sangueB devia-se alta(ente apreciarB al( do (aisB a a(plitude de vistasB das 5uais os "ranco-(açons "azia( prova e( (atria de religi)o e de dog(atis(oB n)o (enos 5ue e( relaç)o ?s dissens&es políticas Z pureza de princípios e ? elevaç)o de tend7ncias associava(-seB en"i(B certos pendores de (istrio e de i(penetra,ilidadeB cu6a seduç)o n)o "oi (enos poderosa $essas condiç&esB as Lo6as (ultiplicara(-se (uito rapida(enteB pri(eiro na InglaterraB na 4sc+cia e na IrlandaB depois so,re o continenteB para ganhar "inal(ente at os con"ins do (undo civilizado $o inícioB verdadeB as Lo6as n)o se "undava( se(pre e( virtude de poderes "or(ais e(anados da pri(eira .rande Lo6a Todo Mestre Maço( regular(ente iniciado na Inglaterra acreditava-se no direito de propagar no estrangeiro a luz (aç0nica !ara esse e"eitoB cercava-seB tanto 5uanto possívelB de alguns outros Maçons e realizava co( eles recepç&es segundo as "or(as ritualísticas A rigorB ele iniciavaB co( sua autoridade privadaB u( pro"ano 5ue 6ulgasse digno desse "avorP e( seguidaB a(,os procedia( ? iniciaç)o de u( novo adeptoB de (aneira a constituir u(a lo6a simples, destinada a tornar-se pri(eiro justa, pela
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
ad6unç)o de dois novos (e(,rosB eB "inal(enteB perfeita, 5uandoB por seu e"etivoB ela atingia ou ultrapassava o n9(ero de sete :(a Lo6a podiaB ali#sB (anter-se e( n)o i(porta 5ue local conveniente(ente "echado e ao a,rigo de 5ual5uer indiscriç)o /ertas "iguras traçadas co( giz so,re o assoalho era( su"icientes para trans"or(ar 5ual5uer local e( santu#rio /once,e-se 5ue Lo6as t)o "acil(ente cha(adas ? e8ist7ncia houvesse( podido desaparecer co( igual "acilidade se( dei8ar traços docu(entais de sua atividade Ta(,( a hist+ria da introduç)o da Franco-Maçonaria
e(
di"erentes
países
encontra-seB
o
(ais
"re5@ente(enteB envolvida nu(a pro"unda o,scuridade 4st#-se reduzidoB (uitas vezesB a narrativas e5uívocasB das 5uais i(possível controlar a e8atid)o
A Maçonaria Anglo-1a80nica 2esde 5ue u( grande senhor "icou ? testa da .rande Lo6a da InglaterraB a prosperidade da instituiç)o encontrou-se i(ediata(ente assegurada 2oze Lo6as so(ente havia( to(ado parteB e( E de 6unho de DRDB da eleiç)o do 2u5ue de Montagu OraB tr7s (eses depoisB havia dezesseisB depoisB vinte ao "inal do anoP e( DRB 5uarenta e nove lo6as estava( representadas na .rande Lo6a O 5ue "ezB so,retudoB daí e( dianteB procurar a iniciaç)o (aç0nica 5ue ela con"eriaB de 5ual5uer sorteB u( ,rev7 de respeita,ilidade O p9,lico ingl7s (ani"estavaB todaviaB algu(a descon"iança ? vista de u(a sociedade e( (uito indi"erente e( (atria
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
de religi)o A "i( de tran5@iliz#-laB os reemasons n)o tardara( a (ani"estarB e( todas as coisasB u(a escrupulosa ortodo8ia anglicana Todo u( (ovi(ento se desenhou nesse país ap+s DRB nu(erosos espíritos ti(oratos escandalizara(-se co( as inovaç&es consagradas pelo ivro das 0onstituiç9es$ 4ste tinhaB a seus olhosB o (uito grave de"eito de n)o tornar nenhu(a crença o,rigat+riaB 5uando ent)oB tradicional(enteB todo Maço( tinha o i(perioso dever de ser ;"iel a 2eus e ? 1anta Igre6a< /iu(entas de sua autono(iaB (uitas lo6as se recusara(B al( do (aisB a reconhecer ? .rande Lo6a de Londres u(a autoridade 5ue elas pretendia( usurpada !or (otivos dessa orde(B e so, outros prete8tosB produzira(-seB no seio da Maçonaria inglesaB u(a srie de cis&es 5ue tivera( por conse5@7nciaB a partir de DRDB opor u(a ? outra duas .randes Lo6as ini(igas A (ais recente dessas .randes Lo6as n)o "oi pratica(ente constituída sen)o e( DR /o(o seus adeptos vangloriava(-se de per(anecer ligados aos antigos usosB intitulara(-se &açons Antigos, e( oposiç)o aos &açons &odernosB cu6a .rande Lo6a eraB todaviaB a (ais antigaB pois 5ue re(ontava a DRDR Foi isso 5ue os historiadores cha(ara( de o Mrande 0isma$ A /onstituiç)o dos Antigos tornava o,rigat+ria a crença e( 2eus 1eu ritual trans,ordava de preces e (ultiplicava as citaç&es ,í,licas tanto 5uanto as "+r(ulas piedosas 4le co(portavaB ali#sB u( grau suple(entarB a5uele do *eal Arco$
$essas condiç&esB sendo dado o espírito reinante entre os anglosa8&esB a concorr7ncia dos Antigos deveria a"ir(ar-se desastrosa para os &odernos$ A "i( de n)o se desacreditare( inteira(ente e( seu pr+prio
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
paísB estes devera( cederB capitulando pouco a pouco so,re a (aior parte dos princípios 5ueB no inícioB havia( seduzido a elite dos pensadores de toda a 4uropa 2e reaç)o e( reaç)oB os &odernos chegara(B "inal(enteB a n)o (ais se di"erenciare( dos Antigos sen)o 5ue por nuanças ritualísticas Aí n)o havia (ais do 5ue "azer seria(ente o,st#culo ? "us)o das duas .randes Lo6as inglesas 5ueB e( DQDB se entendera( para constituir e( con6unto a Mrande oja Qnida da nglaterra$
O Início da Maçonaria na França possível 5ue re"ugiados ingleses se houvesse( entregadoB na FrançaB a tra,alhos (aç0nicos pouco depois de DHECB data da condenaç)o ? (orte e da e8ecuç)o de /arlos I 4ntre a5ueles dentre eles 5ue "re5@entava( a corte de 1aint-.er(ainB ou entre os o"iciais de regi(entos irlandeses a serviço do 'ei de FrançaB e8istira(B (uito provavel(enteB &açons aceitos$ 'eunia(-seB ?s vezesB nas "or(as consagradasB para estare( ;e( lo6aordB 5ue se entregou ?s (ais
25
(inuciosas pes5uisas hist+ricasB pretende possuir as provasB (as n)o as pu,licou
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
Or∴ de Mons reivindica(B a esse respeitoB a prioridadeB u(a e outra se pretendendo "undadas e( virtude de constituiç&es e8pedidas pelo 2u5ue de Montagu e( DRD In"eliz(enteB os processos ver,ais da .rande Lo6a da Inglaterra n)o "aze( (enç)o a nenhu(a criaç)o se(elhante !ara !arisB "az-se re(ontar as pri(eiras reuni&es (aç0nicas a DR :( grupo de inglesesB ? testa dos 5uais se encontrava /harles 'adcl""eB tornado Lord 2erwentwater ap+s a decapitaç)o de seu ir()o (ais velhoHB o cavaleiro Maclean Ndo 5ual os "ranceses "izera( Mas[elneS e François eguertB cadete do regi(ento de 2illonB parece( haver adotado o costu(eB e( torno dessa pocaB de reunir-se ? rua de >oucheriesB na casa de u( co(erciante ingl7s cha(ado ureB so, a insígnia ; ouis d)Argent#$ 4sta Lo6a n)o p0de se constituir sen)o 5ue de motu proprio, ou se6aB e( virtude unica(ente dos direitos 5ue seus
"undadores acreditava( possuir por sua iniciaç)o 4la n)o teve a intenç)oB provavel(ente (es(oB de dar-seB desde o inícioB u( título distintivoP ela pareceB todaviaB haver sido colocada so, o patronato de 1)o To(#s de /anter,ur /o(postaB so,retudoB de re"ugiados 6aco,itasB esta Lo6a n)o se relacionava e( nada ? .rande Lo6a de LondresB cu6a autoridade central tendia a se esta,elecer Alguns Maçons "ranceses aí vira( u(a in"erioridadeP ta(,( eles "undara(B a R de (aio de DRCB u(a nova Lo6aB da 5ual Andr-François Le,reton se tornou o pri(eiro *ener#vel Mestre 4ssa "oi a Lo6a 4ant-+homas au ouis d)Argent 5ue se reunia ? rua de la Poucherie, ;Z la *ille de Tonnerre
26
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
4ssa Lo6a "oi visitada e( DR por 2asaguliers e pelo 2u5ue de 'ich(ond 5ue dirigira( seus tra,alhos e( (eio a u(a ,rilhante assist7nciaB co(portando Montes5uieu e o /onde de WaldegraveB e(,ai8ador da Inglaterra 2essa Lo6aB destaca-seB a D^ de deze(,ro de DRCB u(a outra Lo6a 5ue to(ou pri(eiro o no(e de seu "undadorB o lapid#rio ingl7s /oastownB dito /oustaudB para intitular-se (ais tarde Lo6a des Arts 4ainte-&arguerite
:(a 5uarta Lo6a "oi en"i( constituída e( DRB ? rua de >ussB na casa de u( co(erciante cha(ado Landelle 4ssa se tornou a oja d)Aumont, 5uando o du5ue deste no(e se "ez rece,er
O Tra,alho Maç0nico segundo a /oncepç)o Inglesa Os Maçons ingleses 6a(ais e8peri(entara( a necessidade de i(pri(ir aos seus tra,alhos u( car#ter particular(ente "ilos+"ico 1u,levando discuss&es no seio das Lo6asB eles teria( receado in"ringir este espírito de "raternidade 5ue a Franco-Maçonaria te( por (iss)o essencial propagar e (anter 4les acreditara( se(pre 5ue era preciso contentar-seB e( Lo6aB co( praticar o ritual e nada (ais Ta(,(B no decorrer de suas reuni&esB li(itava(-se a proceder escrupulosa(enteB segundo todas as "+r(ulasB ?s recepç&es previstas /o(o est# aíB todaviaB u(a ocupaç)o (on+tonaB "re5@ente(ente "astigiosa e se(pre (uito #ridaB co(pensava(-se a cada vez co( u( "esti( 5ue considerava( honesta(ente (erecidoB tanto 5ue era realizado co( ceri(0nias
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
ritualísticasB a disciplina (ais per"eita sendo o,servadaK cada u( (antinha-se direitoB solene e dignoB se( per(itir-se trocar a (enor palavra co( seu vizinho MasB 5uando os o,reiros s)o cha(ados a passar do tra,alho ? recreaç)oB e 5uandoB "echados no te(ploB os tra,alhos s)o reto(ados so, u(a outra "or(aB ao redor da (esa de ,an5ueteB ent)oB todo constrangi(ento desapareceB a (ais "ranca cortesia se esta,elece entre os convivas e co( o copo na ()o 5ue a "raternidade se (ani"esta verdadeira(ente e8pansiva Foi por5ue as Lo6as parisienses n)o conhecera( pri(eiro outro (odo de tra,alhoB 5ue elas se reunia( invariavel(ente e( restaurantes ouve 5ue( procurasse e8plorar a situaç)oB "azendo-se rece,er Maço( e (es(o ad5uirindo o direito de (anter Lo6as OraB o *ener#vel Mestre 5ue vendia co(ida e ,e,ida tinha u( interesse natural e( preocupar-seB so,retudoB co( seus interesses co(erciais 1o, sua direç)oB os tra,alhos (aç0nicos arriscava(-se (uito a perder o car#ter de dignidade 5ue lhes conv( Isso levouB por conseguinteB a graves a,usos /ertas Lo6as dera( lugarB co( e"eitoB a críticas in"eliz(ente (uito 6usti"icadas Ad(itia-se n)o i(porta 5ue candidatoB contanto 5ue ele estivesse e( condiç&es de su,vencionar os custos da iniciaç)oP depoisB os ;tra,alhos de (astigaç)o< tornara(-se a,erta(ente a coisa essencialB a instruç)o (aç0nica concentrando-se co( predileç)o so,re esse voca,ul#rio grotesco e de (odo algu( inici#ticoB do 5ual se persiste ?s vezes e( "azer uso nos #gapes ou ,an5uetes da orde(
A Igualdade
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
$)o se eraB entretantoB rece,ido Maço(B (es(o e( Lo6as e5uívocasB apenas pelo prazer de andar e( p=ndega O 5ue "ascinava aci(a de tudo na instituiç)o era a pratica da igualdade$ 1a,ia-se 5ueB so, a gide no nível (aç0nicoB os grandes senhores con"raternizava( se( reserva co( o 5ue se cha(ava ent)o de pessoas co(uns $o seio das Lo6asB encontrava-seB poisB realizado o ideal de u(a vida (ais per"eita As castas aí se eclipsava(B o indivíduo n)o sendo (ais apreciado sen)o en5uanto o(e(B 5uer dizerB e( raz)o de seu valor realB a,straç)o "eita de suas condiç&es de nasci(ento A Franco-Maçonaria veio assi( a o"erecer u( e8celente caldo de cultura ao "er(ento das idias revolucion#rias O governo de Luiz * n)o devia enganar-se co( isso 4le n)o se i(pressionaraB en5uanto estrangeiros apenas se reunia( (ais ou (enos (isteriosa(ente entre si %uando personagens da alta no,reza "rancesa 6untara(-se a elesB n)o se pensou ainda e( descon"iar MasB desde 5ue "oi reconhecido 5ue ca(p0nios se associava(B so, a co,ertura da MaçonariaB ?s pessoas de condiç)oB a autoridade viu co(o particular(ente suspeito o (istrio co( o 5ual os Maçons se o,stinava( e( cercar-se 2aí e( dianteB as Lo6as "ora( vigiadas pela polícia 5ue "oi levada a to(arB a respeito delasB u(a srie de (edidas rigorosas 2e nada adiantouK o (ovi(ento havia se lançado As interdiç&es o"iciaisB as pris&es ,rutaisB as (ultas in"ligidas aos ca,areteiros 5ue rece,ia( Maçons n)o "izera( sen)o ,arulho e propaganda 4stava-se pronto a redo,rar as precauç&es Os espíritos críticos considerara(B ali#sB tentador a"rontar 5ual5uer perigo e to(ar o ru(o dos conspiradores
Os !ri(eiros .r)o-Mestres Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
!or volta do "inal de DRHB os (e(,ros das 5uatro Lo6as parisiensesB reunidos e( n9(ero de sessentaB procedera(B pela pri(eira vezB ? eleiç)o de u( .r)o-Mestre O escrutínio designou 0harles *adcl'ffe, 0onde de erXentXater, par da Inglaterra 5ue sucedeu ao
cavaleiro escoc7s Eacques ?ector &aclean, o 5ualB desde h# (uitos anosB e8ercia o o"ício de .r)o-MestreB provavel(ente na sua 5ualidade de (ais antigo Mestre de Lo6a R !reparando-se para dei8ar a França QB o novo .r)o-Mestre convocouB para E de 6unho de DRQB u(a asse(,lia tendo por (iss)o escolher-lhe u( sucessor Ficara entendido 5ue o .r)o-Mestrado seria con"iado daí e( diante a u( "ranc7s eleito ad vitam$ Tendo sito in"or(adoB o 'ei a(eaçou co( a >astilha a5uele de seus s9ditos 5ue se per(itisse aceitar esse posto ouis de
o no(e de uque d)@pernon, tendo sido eleitoB n)o se dei8ou (enos
por erro 5ue os historiadores t7( dadoB at a5uiB o no(e de ;Lord arnouester<
27
co(o sendo a5uele do eleito e( DRH O $o,ili#rio ,rit=nico ignora esse personage( 2ocu(entos conservados nos ar5uivos da .rande Lo6a da 1ucia esta,elece(B ao contr#rioB 5ueB e( DRB Maclean assinouB e( !arisB peças na 5ualidade de .r)o-MestreB e 5ueB no ano seguinteB a R de outu,ro de DRHB seu sucessor assinavaK 2erwentwater Tais "atos s)o con"ir(ados por u( escrito aparecido e( DRREB e( Franc"ort e e( Leipzig so, o títuloK er sich selbst vertheidigende reimaurer$ 1up&e-se 5ue Lord 2erwentwater "oi para 'o(a 6unto do pretendente /harles-
28
4douardB co( 5ue( dese(,arcou na 4sc+cia e( R de 6unho de DRE Feito prisioneiro ap+s a ,atalha de /ulloden NR de a,ril de DREHSB desastrosa para a causa dos 1tuartsB ele "oi decapitado a Q de deze(,ro de DREHB partilhando assi( da sorte de seu ir()o (ais velho
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
procla(ar ;.r)o-Mestre .eral e !erptuo dos Maçons do 'eino de França< Luis * n)o acreditou dever proceder cruel(ente contra esse !ar de França 4( revancheB o Lugar-Tenente de !olícia rault 5uis prenderB e( u(a reuni)o de Franco-Maçons 5ue ele presidiaB o 2u5ue d\Antin 4ste se dirigiu se( hesitar ao che"e de polícia eB espada e( punhoB inti(ou-o a retirar-se Tal incidente serviu grande(ente ? propaganda (aç0nica 4sse .r)o-Mestre enrgico deveriaB in"eliz(enteB (orrer co( a idade de H anos a C de deze(,ro de DRE 4le "oi (uito (ais la(entado 5ue seu sucessorB ouis de Purbon-0ond/, 0onde de 0lermont, príncipe de sangue 5ue n)o se aplicou e( seguir-lhe os passos
/onstituiç)o de u(a Autoridade /entral A asse(,lia 5ueB a DD de deze(,ro de DREB con"iou o gr)o(estrado ao /onde de /ler(ont teve a a(,iç)o de su,(eter todas as Lo6as "rancesas a u(a autoridade central ligada ? .rande Lo6a da Inglaterra Assi( "oi ent)o adotado o título de Mrande oja nglesa de rança, se( 5ue u(a carta da .rande Lo6a provincial houvesse sido
o,tida de Londres Tratava-se (enos de su,ornar o poder (aç0nico reconhecido co(o regular 5ue de (arcar a ades)o aos (es(os princípios e a adoç)o de u( (odo de tra,alho id7ntico 2ois "atos s)oB desse ponto de vistaB característicos !ri(eiroB a pro(ulgaç)o de Nrdenanças gerais destinadas a servir de regra a todas as Lo6as do reino OraB este pri(eiro c+digo (aç0nico "ranc7s reproduziuB
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
adaptan adaptando-o do-oss ?s circuns circunst=n t=ncias ciasBB as principa principais is disposiç disposiç&es &es do ivro das 0onstituiç9es do Ir∴ Anderson
:( artigo especial estipulaB al( do (aisB 5ue a .rande Lo6a n)o reconhecia nenhu( grau a"ora a5ueles de AprendizB de /o(panheiro e de MestreB entendendo assi( repudiar as novidades 5ue aca,ava( de surgir
Os Mestres 4scoceses 4( D de (arço (arço de DRRB DRRB o cava cavale leir iroo Andr/-&ichel *amsa', 5uali"icado ;.rande Orador da Orde(
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
conce,era( se inspirara( visivel(ente e( idias divulgadas no "a(oso discurso de DRR /o(parando a Maçonaria ? /avalaria religiosaB 'a(sa "izera corresponder os Aprendizes aos $oviçosB os /o(panheiros aos !ro"essos e os Mestres aos !er"eitos :sou :sou-se -se o te8toB te8toB (ais (ais tarde tardeBB para para co(, co(,ina inarr u(a u(a Ma Maçon çonari ariaa pri(eiro e( seis grausB depoisB e( sete ou noveB a seguir e( vinte e cinco eB "inal(enteB e( trinta e tr7s graus $a orige orige(B (B todav todavia iaBB n)o n)o se vira( vira( surgi surgirr sen)o sen)o 5ue Mestre Mestress 4sco 4scoce cese sesB sB cu6a cu6ass inte intenç nç&e &ess era( era(BB se( se( d9vi d9vida daBB as (ais (ais louv louv#v #vei eis s !rop !ropun unha ha((-se seBB co( co( e"ei e"eito toBB a re"o re"or( r(ar ar a Ma Maço çona nari riaa i(po i(port rtad adaa da InglaterraB to(ando por (odelo a Maçonaria da 4sc+cia 5ueB co( " nas a"ir(aç&es de 'a(saB eles acreditava( (ais antiga e (elhor organizada 4sses re"or(adores n)o parece( haver i(ediata(ente constituído u( 5uarto grauP (asB co(o eles pretendia( certas prerrogativas prerrogativas e( Lo6aB a .rande Lo6a Inglesa de França acreditou dever opor-lhes o seguinte te8toB 5ue "or(a o artigo V das Ordenanças .erais decididas a DD de deze(,ro de DREK ;av ;avend endoo o,se o,serva rvadoB doB desde desde h# pouco poucoBB 5ue 5ue algun algunss ir()os ir()os se apresenta( so, o título de &estres 3scoceses e reivindica(B e( certas Lo6as Lo6asBB direit direitos os e privi privilg lgio ioss dos dos 5uais 5uais n)o e8ist e8istee nenhu nenhu( ( traço traço nos nos ar5uivos e usos de todas as Lo6as esta,elecidas so,re a super"ície do glo,oB a .rande Lo6aB a "i( de (anter a uni)o e a har(onia 5ue deve( reinar entre todos os Franco-MaçonsB decide 5ue todos esses Mestres 4scocesesB a (enos 5ue se6a( o"iciais da .rande Lo6a ou de 5ual5uer outra Lo6a particularB deve( ser considerados pelos ir()os iguais aos outros aprendizes ou co(panheirosB cu6as insígnias eles dever)o portar se( 5ual5uer outro sinal de distinç)o<
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
O !eríodo /rítico Os a,uso a,usoss aos aos 5uais 5uais os Mestre Mestress 4scoc 4scocese esess se propu propunha nha( ( a re(ediar re(ediar provinh provinha(B a(B so,retu so,retudoB doB do recruta( recruta(ento ento de"eituo de"eituoso so de certas certas Lo6as Lo6as Ad(itia Ad(itia(-se (-se (uito (uito "acil(en "acil(ente te espírit espíritos os "rívolos "rívolos ou grosseir grosseirosB osB incapazes de co(preender a Franco-Maçonaria e de (ostrar-se dignos dela dela A5ue A5uele less dent dentre re os Ma Maço çons ns 5ue 5ue se cons consid ider erav ava( a( co(o co(o (ais (ais re"inad re"inados os e8peri(e e8peri(entar ntara(B a(B ent)oB ent)oB a necessid necessidade ade de distingu distinguir-s ir-see dos outros e de reunir-se ? parte /onciliados e( (uito grande n9(eroB resolvera( procurar apoderar-se gradual(ente da direç)o das Lo6asB a "i( de aí aplicare( seus pro6etos de re"or(a 4sta 4sta cons conspi pira raç) ç)oo n)o n)o "oi "oi do gost gostoo dos dos Me Mest stre ress de Lo6a Lo6ass parisienses reunidos na .rande Lo6a Assi(B seu pri(eiro cuidado "oi o de se declarare( ;perptuos e ina(ovíveisB de (edo 5ue a ad(inistraç)o gera gerall da Orde Orde(B (B con" con"ia iada da ? .ran .rande de Lo6a Lo6a de !ari !arisB sB e( (uda (udand ndoo "re5@ente(ente de ()osB n)o se tornasse (uito incerta e (uito vacilante< /onstituído so, t)o deplor#veis auspíciosB ao poder central da Maçonaria "rancesa deveriaB necessaria(enteB "altar autoridade 4le teve contra si a organ organiza izaç) ç)oo nasce nascent ntee dos Mestr Mestres es 4sco 4scoces ceses es 5ueB 5ueB ? Maç Maçon onari ariaa dita dita ;inglesa
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
,ru(as do norte da .r)->retanhaB utopias conce,idas e( contraste co( a5uilo 5ue havia so, seus olhos As i(aginaç&es u(a vez lançadas nessa viaB encontrara(-seB por conseguinteB "antasistas ,astante pouco escrupulosos para escorar suas asserç&es enganosas e( docu(entos "or6ados e( todas as peças ouB no (íni(oB escandalosa(ente antedatados $a aus7ncia de toda autoridade regul regulari arizad zador oraa recon reconhec hecid idaB aB cada cada u( 5uisB 5uisB "inal "inal(e (ente nteBB coloc colocarar-se se a re"or(ar ou aper"eiçoar a Maçonaria a seu (odo Foi ent)o 5ue se vira( surgir de toda parte as organizaç&es (ais variadasB intitulando-seK Lo6as M)esB /apítulosB Are+pagosB /onsist+rios e /onselhos de toda sorte Os Maçons n)o (ais se agrupava( sen)o 5ue a "avor de u( novo siste(a de altos graus O (ais recente destes siste(as 5ueriaB natural(enteB "azer-se se(pre passar por (ais antigo e (ais ilustre 5ue todos os outros Lendas "alaciosas "ora( assi( acreditadasB e inventara(-se graus co( títulos cada vez (ais lison6eiros para a vaidade da5ueles 5ue os procurava(
A Maçonaria Inici#tica A e8u,er=ncia vital 5ue se (ani"estou no seio da Maçonaria "rancesa do sculo *III n)o deveria se traduzir unica(ente por e"eitos deplor#veis 'eduzida ? aridez de sua "or(a inglesaB a Maçonaria n)o podia convir e( nada ao g7nio latino A palavra iniciação i(plicaB para n+sB ,e( outra coisa 5ue a si(ples revelaç)o de ;(istrios< 5ue per(ite( aos Fran Franco co-M -Maç açon onss se reco reconh nhec ecer ere( e( entr entree si si 4la 4la evoc evocaa u( pass passad adoo presti prestigio gioso so e solic solicita ita do Maç Maço( o( (ode (oderno rno a reali realiza zaç)o ç)o do ideal ideal do Iniciado antigo
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
!recisa(ente u( acad7(ico versado do estudo da AntiguidadeB o A,ade TerrasonB "izera aparecerB e( DRQB u( ro(ance "ilos+"ico intitulado 4/thos, 5ue teve nu(erosas ediç&es 4ssa narrativa inspirada nas Aventuras de +el%maco, de FenelonB tinha por her+i u( príncipe egípcioB cu6a educaç)o co(pletou-se so, a grande pir=(ide L#B e( santu#rios secretos plane6ados a prop+sitoB todo aspirante ? supre(a sa,edoria deveriaB ao dizer do autorB so"rer as provas (ais aterrorizadoras /o(parando essa encenaç)o dra(#tica J eB ali#sB per"eita(ente i(agin#ria J ao ceri(onial de recepç)o e( uso na Franco-MaçonariaB "oi-se levado a ver nesta apenas u(a p#lida re(inisc7ncia dos antigos (istrios 'e"or(adores ocupara(-seB por conse5@7nciaB e( i(pri(ir ao ritual (aç0nico u( car#ter (ais con"or(e ?s tradiç&es inici#ticas 4le deveria visar a "or(ar real(ente IniciadosB ou se6aB ho(ens superioresB pensadores independentes li,erados de preconceitos vulgaresB s#,ios instruídos na5uilo 5ue n)o est# ao alcance de cada u( 1o, o i(prio dessas preocupaç&esB o ritual "ranc7s dos tr7s pri(eiros graus "oi progressiva(ente trans"or(ado e( u(a verdadeira o,ra-pri(a de esoteris(o !ara 5ue( sa,e co(preend7-loB ele ensina a con5uistar real(ente a Luz $enhu( dos detalhes do ceri(onial 5ue ele prev7 ar,itr#rioP tudo aí se at( e( con6unto logica(ente coordenadoB e cada parte d# lugar a interpretaç&es do (ais alto interesse $)o se sa,eria dizer o (es(o da ritualística dos graus ditos superioresB 5ue trae( "re5@ente(enteB da parte de seus autoresB u(a ignor=ncia deplor#vel e( (atria de si(,olis(o !or (al vindos 5ue eles pudera( serB esses graus n)o apresentara( (enos u(a certa utilidade pr#tica 4( con"erindo aos ple,eus títulos po(posos de cavaleiros e de príncipesB eles realizara(B a seu (odoB a igualdade de condiç&es sociais
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
nu(a poca na 5ual i(portava (enos re,ai8ar a no,reza do 5ue se elevar at ela
Os 1u,stitutos do .r)o-Mestre 1e o /onde de /ler(ont houvesse dese6ado dese(penhar de coraç)o suas "unç&es de .r)o-MestreB ele teria conseguido evitar a (aior parte das desordens 5ue devera( co(pro(eter a unidade da Maçonaria "rancesa .randes esperanças estava( depositadas nesse príncipe de sangueB cu6a eleiç)oB con"ir(ada co( solicitude pelas Lo6as da provínciaB parecia a todos co(o cheia de pro(essas %ue penaU $)o se deveria tardar e( reconhecer 5ue a escolha do .r)o-Mestre recaíra so,re u( cortes)oB e n)o so,re u( verdadeiro Maço( 1a,endo a Maçonaria (alvista e( alto grauB o /onde de /ler(ont (uito evitou to(ar seu partido Longe de "azer uso de sua credi,ilidade para de"end7-la contra u( redo,ra(ento de ri8as policiaisB ele n)o dese6ouB desde o inícioB sen)o "urtar-se aos deveres do cargo 5ue havia aceitado C 1o, o prete8to do co(ando 5ueB se( o (enor talento (ilitarB ele e8ercia no e8rcitoB seu pri(eiro cuidado "oi o de trans(itir seus poderes de .r)o-Mestre a u( su,stituto /o(o talB "igurou pri(eira(ente u( ,an5ueiro cha(ado >aure 5ueB (ais ti(oratoB se( d9vidaB 5ue o /onde de /ler(ontB a,steve-se co(pleta(ente de agir co(o .r)o-Mestre /o(o ele chegou at a dispensar-se de reunir a .rande Lo6aB "ez-se co(preender ao /onde de /ler(ont a necessidade de escolher-se u( (andat#rio (ais ativo Foi O /onde de /ler(ont n)o ousou portar o título de .r)o-Mestre sen)o 5uandoB a partir
29
de DRERB o 'eiB se( d9vida por zo(,ariaB dignou-se lhe per(itir 5ue o "izesse
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
ent)o 5ue o pro"essor de dança LacorneB u( intrigante suspeito de co(plac7ncias vergonhosasB chegou a "azer-se no(ear substituto particular do Mrão-&estre, título 5ue colocou ? sua (erc7 toda a
ad(inistraç)o (aç0nica 4ssa escolhaB considerada escandalosaB su,levou protestos vee(entes ouve cis)o no seio da .rande Lo6aB da 5ual a (aioria recusou reunir-se so, a presid7ncia de Lacorne A anar5uia tornou-se ent)o co(pletaB se( 5ue o /onde de /ler(ont tentasse re(edi#-la 4( DRHB todaviaB a con"us)o tendo sido levada ao seu c9(uloB as (ais srias representaç&es s)o "eitas ao /onde de /ler(ont 4ste decideB ent)oB revogar Lacorne e no(ear o Ir()o /haillon de 3onville seu substituto geral$ 2aí resulta u(a trgua 5ue apro8i(a (o(entanea(ente
as "acç&es rivais Mas a har(onia n)o possívelK desacordos eleva(-seB cada vez (ais agudos /hega-se ?s in69rias e (es(o aos golpes %uandoB a E de "evereiro de DRHRB a .rande Lo6a se re9ne para cele,rar a "esta da Orde(B u( tu(ulto se produz e degenera e( pugilato O lugar-tenente de polícia 1artinesB tendo sido in"or(adoB ordena ent)o ? .rande Lo6a suspender suas sess&es
A Autono(ia Ili(itada das Lo6as $a aus7ncia de todo poder reguladorB a Franco-Maçonaria "rancesa n)o persistiu (enos e( desdo,rar suas potencialidades latentesB ,oas ou (#s A .rande Lo6a n)o houvera 6a(ais e8ercidoB ali#sB sen)o 5ue u(a apar7ncia de autoridade 4( DRB ela renunciara a dizer-se ;inglesa
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
4ssa (udança de título coincidiu co( u(a revis)o dos estatutos da Orde( O te8to 5ue "oi ent)o adotado estipulavaB no artigo B 5ue apenas os Mestres de Lo6a e os 4scoceses teria( o direito de per(anecer a co,erto Os Mestres 4scoceses rece,era(B al( dissoB a (iss)o de inspecionar os tra,alhos das Lo6as e de resta,elecer a orde(B surgindo a oportunidade Nartigo ES 4is aíB e( relaç)o aos ;4scoceses
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
ocupar sen)o de si (es(as /ada u(a praticava o rito 5ue acreditava dever adotarB eB se tantas Lo6as se (ultiplicara( ent)o se dizendo ;escocesas
O .rande Oriente de França /o( a (orte do /onde de /ler(ontB so,revinda a DH de 6unho de DRRDB a .rande Lo6aB at ent)o ador(ecidaB "oi convocada e( vista de proceder ? eleiç)o de u( novo .r)o-Mestre 1ua Alteza 1ereníssi(a ouis-
tarde o no(e de
poderia ser (ais ,e( inspirada /heio de zelo e de ardorB o ad(inistrador geral co(preendeu 5ue lhe incu(,ia agrupar e( 9nico "ei8e todas as "orças (aç0nicas do reino A anar5uia havendo atingido seu paro8is(oB a *er e( 2arutB *echerches sur le *ite @cossais N!es5uisas so,re o 'ito 4scoc7sS, p
30
DEB a carta pela 5ual ele repudia suas "unç&es
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
necessidade
de u(a
autoridade central
coordenadora
"azia-se
poderosa(ente sentir 'esolvido a constituir esta autoridadeB o 2u5ue de Lu8e(,ourg dese6ou pri(eiro provocar re"or(as no seio da .rande Lo6aP (as n)o tardou e( convencer-se de 5ue n)o havia nada a esperar por esse lado Os Mestres de Lo6as ina(ovíveis considerava(-se co(o detentores de "eudos e n)o ad(itia( 5ue seus direitos "osse( 5uestionados /ercando-se
ent)o
dos
(ais
co(petentes
MaçonsB
o
ad(inistrador geral ela,orou e( con6unto co( eles u( plano co(pleto de reorganizaç)oP depoisB 5uando tudo estava prontoB ele to(ou u(a iniciativa se( precedentesB convidando as Lo6as da província a "azere(se representar e( !aris por deputadosB os 5uaisB e( con6unto co( os representantes das Lo6as da capitalB deveria( deli,erar so,re o pro6eto de re"or(a e to(arB de u(a (aneira geralB (edidas de interesse co(u( A asse(,lia 5ueB e( raz)o desta convocaç)oB reuniu-se e( !aris no início de DRRB to(ou o titulo de Mrande oja Facional$ /onsiderouse co(o investida de plenos poderes para a organizaç)oB e( FrançaB de u( governo (aç0nico ,aseado no regi(e representativoB a lei (aç0nica devendo serB doravanteB a e8press)o da vontade geral FicouB poisB decidido 5ue cada Lo6a seria representada de (aneira per(anente 6unto ? nova autoridade centralB cha(ada Mrande Nriente de rança$ 4stipulouseB al( do (aisB 5ue os o"iciais das o"icinas n)o seria( eleitos sen)o por u( anoB o 5ue p0s "i( ao privilgio do Mestre de Lo6aB intitulado depois Veneráveis &estrea, ou si(ples(ente Veneráveis$
A diversidade dos ritos sendo ad(itidaB o .rande Oriente n)o visava a realizar a uni"or(idade no seio da Maçonaria "rancesa Li(itavase a constituir u(a centralizaç)o essencial(ente ad(inistrativa 5ueB (es(o "ederando as Lo6asB per(itia-lhes continuar ligadas aos (9ltiplos corpos (aç0nicos precedente(ente esta,elecidos A autoridade central
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
rece,euB todaviaB a (iss)o de veri"icar os poderes de todos esses agrupa(entosB a "i( de deter(inar nitida(ente os direitos de cada u( Todos os Maçons 5ueB e( raz)o desta veri"icaç)o geralB "ora( reconhecidos co(o regularesB rece,era( a co(unicaç)oB a partir de DRRRB de u(a dupla palavra de reconheci(entoB renovada a cada seis (eses 4sta (edida per(aneceu particular ? Maçonaria "rancesaB o e(prego das palavras se(estrais n)o se di"undindo no estrangeiroB onde o ;telha(ento< continuou a e"etuar-se e( toda sua antiga a(plitude
A .rande Lo6a de /ler(ont As re"or(as provocadas pelo 2u5ue de Lu8e(,ourg "erira( diversas susceti,ilidades O .rande Oriente su,stituíra-se ? .rande Lo6a por u(a espcie de golpe de 4stadoB cu6a legalidade podia ser contestada Os descontentes entrincheirara(-seB poisB atr#s de direitos pretendidos i(prescritíveisB para recusare( aderir ? nova orde( de coisas ouve assi( e( França duas autoridades (aç0nicas rivaisB su,sistindo u(a ao lado da outra e( (uito (# intelig7ncia 1e(pre a se denunciare( reciproca(ente
co(o
irregularesB
elas
n)o
tinha(
(enos
si(ultanea(enteB todas as duasB ? sua ca,eçaB o 2u5ue de /hartresB e( sua 5ualidade de .r)o-Mestre de todas as Lo6as regulares de França Os advers#rios do .rande Oriente "or(ava( a5uilo 5ue se cha(a co(u(ente de a Mrande oja de 0lermont, a 5ual se designava a ela (es(a co(o o Antigo e ^nico Mrande Nriente de rança$
A Franco-Maçonaria antes da 'evoluç)o Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
2e DRR a DRQCB a Maçonaria to(ou e( França u(a i(ensa i(port=ncia 4la estava ent)o e( voga 4ra de ,o(-to( "azer parte dela 1eus (istrios e8citava( a curiosidade geralB tanto (ais 5uanto se lhe pedia a chave de todos os enig(as As novas idias parecia( n)o poder (elhor se acreditar sen)o 5ue pelo "avor das "+r(ulas (aç0nicas Foi assi( 5ue a Maçonaria serviu ?s propagandas (ais diversas As iniciaç&es secretas con"eria( u( incitante ?s (ais #rduas a,straç&es "ilos+"icasP elas o,rigava( a re"letir so,re pro,le(as cientí"icosB 5uando n)o con"eria( u( ensina(ento veladoB (as tanto (ais te(ível e( (atria política A in"lu7ncia 5ue as Lo6as e8ercera( so, esse 9lti(o aspecto "oi trazida ? luz por Louis >lanc nos seguintes ter(osK ;I(portaB diz eleB introduzir o leitor na (ina 5ue cavara( ent)o so, os tronosB so, os altaresB revolucion#rios (uito (ais pro"undos e ativos 5ue os 4nciclopedistas< D 2epois ele (ostra co(o a 5ueda do antigo regi(e "oi preparada pelas Lo6asB se( 5ueB todaviaB houvesse co(pl0 de sua parte Os Maçons da poca n)o era( ne( conspiradores ne( energ9(enos se consu(indo e( v)s declaraç&es contra os a,usosB dos 5uais havia do 5ue se 5uei8ar 4ra( unica(ente ho(ens sinceros 5ue se contentava( e( p0r e( pr#tica nas Lo6as as idias de Li,erdadeB de Igualdade e de Fraternidade Mas a Franco-Maçonaria apresentavaB e( seus usosB a i(age( de u(a sociedade "undada so,re princípios contr#rios ?5ueles do (eio a(,ienteK ;$as Lo6as (aç0nicasB as pretens&es do orgulho heredit#rio estava( proscritasB e os privilgios de nasci(entoB eli(inados $a cImara de refle:9es, o pro"ano lia esta inscriç)o característicaK _se te ?istoire de la */volution française NLes 'volutionnaires Msti5uesSB p R
31
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
atns ?s distinç&es hu(anasB saiK n)o se as reconhece a5uiU\ !elo discurso do OradorB o recipiend#rio aprendia 5ue o o,6etivo da Franco-Maçonaria era apagar as distinç&es de corB de classeB de p#triaP ani5uilar o "anatis(oP e8tirpar os +dios nacionaisP e eis aí a5uilo 5ue se e8pri(ia so, a alegoria de u( te(plo i(aterial elevado ao .rande Ar5uiteto do :niverso pelos s#,ios de diversos cli(asB te(plo augusto cu6as colunasB sí(,olos de "orça e de sa,edoriaB era( coroadas co( ro()s da a(izade< ;Assi(B pelo 9nico "ato das ,ases constitutivas de sua e8ist7nciaB a Franco-Maçonaria tendia a desacreditar as instituiç&es e as idias do (undo e8terior 5ue a envolvia verdade 5ue as instruç&es (aç0nicas apontava( su,(iss)o ?s leisB o,servaç)o das "or(as e usos ad(itidos pela sociedade e8teriorB respeito aos so,eranos verdade 5ueB reunidos ? (esaB os Maçons ,e,ia( ao rei nos 4stados (on#r5uicosB e ao (agistrado supre(o nas rep9,licas Mas se(elhantes reservasB co(andadas pela prud7ncia de u(a associaç)o 5ue a(eaçava( tantos governos suspeitososB n)o era( su"icientes para anular as in"lu7ncias natural(ente revolucion#riasB ainda 5ueB e( geralB pací"icasB da FrancoMaçonaria A5ueles 5ue dela "azia( parte continuava( ,e( a serB na sociedade pro"anaB ricos ou po,resB no,res ou ple,eusP (asB no seio das Lo6asB te(plo a,erto ? pr#tica de u(a vida superiorB ricosB po,resB no,res ou ple,eus devia( reconhecer-se iguais e cha(ar-se de ir()os 4stava aí u(a den9ncia indiretaB realB todaviaB e contínuaB das ini5@idadesB das (isrias da orde( socialP estava aí u(a propaganda e( aç)oB u(a e8ortaç)o viva<
/laude de 1aint-Martin Louis >lancB loc$ cit$
32
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
!or volta de DRVB &artine! ordeau8B e( ToulouseB e( Lon e e( !aris Aí se entregava( a pr#ticas de teurgia Os adeptos pretendia( apro"undar a ci7ncia das al(as e ad5uirir "aculdades e8traordin#rias O (ais cle,re dentre eles "oi ouis-0laude de 4aint-&artin, dito o il;sofo desconhecido, 5ue se tornouB no "inal do sculo *IIIB a che"e da escola (ística "rancesa 1uas o,ras tivera( i(ensa repercuss)oB so,retudo a pri(eira intituladaK os 3rros e da Verdade, ou Ns ?omens 0hamados ao
pensador re"inado "oi consider#vel -lhe devida a divisaK Li,erdadeB IgualdadeB FraternidadeB co(o o de(onstra Louis >lanc e( sua ?ist;ria da *evolução, no capítulo dos ;'evolucion#rios Místicos<
Mes(er A partir de DRRQB u( (dico austríaco atraiu a atenç)o dos s#,ios "ranceses so,re u( agente terap7utico 5ue ele acreditava haver desco,erto na5uilo 5ue cha(ava de o (agnetis(o ani(al 'e6eitado pri(eiro co( desprezoB ele conseguiu convencer d\4slonB o (dico do /onde d\Artois 1uas teorias (agnticas "ora( ent)o trazidas ? luz e 6usti"icadas por curas surpreendentes 2\4slon e Mes(erB seu iniciadorB era( Maçons eB a "i( de n)o ensinare( seus segredos sen)o a ho(ens escolhidosB reconhecidos
!#ginas EH e ER
33
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
incapazes de "azer (au uso delesB instituíra( u(a Maçonaria ad hoc, praticando o rito dito da ?armonia Qniversal$
/agliostro $enhu( ho(e( teve o do( de (aravilhar tanto seus conte(por=neos co(o 3oseph >alsa(oB (ais conhecido so, o no(e de /onde de /agliostro Ap+s haver causado ad(iraç)o nas principais cidades da 4uropaB esse prestigioso siciliano veio a asso(,rar !aris e( DRQ 4le "oi acolhido co( solicitude pela Lo6a es
A Maçonaria de Adoç)o Os Maçons "ranceses dese6ava(B desde DRVB "azer a (ulher participar dos tra,alhos (aç0nicos 2iversas associaç&es "ora( criadas para essa "inalidade de DREV a DRVB so, o título de /licitaires, Nrdem dos 0avaleiros e 0avaleiras da _ncora, Nrdem dos 0avaleiros e Finfas da *osa, Nrdem das amas 3scocesas do Asilo do &onte +habor, Nrdem da
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
Mas todas essas criaç&es n)o se relacionava( sen)o 5ue (uito vaga(ente ? Franco-Maçonaria 5ue s+ concedeu seu patronato o"icial e( DRRE ? &açonaria das 4enhoras$ 2iversas ojas de Adoção "ora( "undadas ent)o 4ntre elasB distinguiu-se a Lo6a A 0andura, da 5ual as "estas ,rilhantes atraíra( os (ais ilustres not#veis da /orte N2u5uesa de /hartresB 2u5uesa de >our,onB !rincesa de La(,alleB etcS
A Iniciaç)o de *oltaire A Lo6a $ove-Ir()s procedeuB e( DRRQB ? recepç)o de *oltaireB apresentado por Fran[lin e /ourt de .e,elin Foi u( triun"o para a Maçonaria A sess)o "oi presidida por Lalande 5ue agrupara e( torno de si os (ais distintos Maçons da poca 2entre a5ueles cu6os no(es per(anecera( cle,res conv( citar elvtiusB >aillB Mira,eauB .aratB >rissotB /a(ille 2es(oulins e /ondorcetB depois /ha("ortB 2antonB 2on .erleB 'a,aut-1aint-tienneB !tion e o c0nego regular de 1anta.enoveva !ingrB (e(,ro da Acade(ia de /i7ncias
A Igre6a e a Franco-Maçonaria A Maçonaria "rancesa do sculo *III n)o era de (odo algu( hostil ao /atolicis(o 4la n)o discutia nenhu(a 5uest)o de dog(aB dei8ando a cada u( suas crenças e n)o pedindo sen)o respeito a tudo a5uilo 5ueB so, u(a "or(a 5ual5uerB relacionava-se ao serviço divino Todo sacerdote aparecia-lhe co(o iniciadoB a ordenaç)o correspondendoB segundo as idias da pocaB ? supre(a iniciaç)o Assi(B os (e(,ros do cleroB tanto secular 5uanto regularB era( acolhidos nas Lo6as co(
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
solicitude A eles era( con"eridos de i(ediato os (ais altos grausB se( constrang7-los ?s provas tradicionaisB e issoB (uito "re5@ente(enteB a título gratuitoB por si(ples apresentaç)oB toda investigaç)o prvia sendo 6ulgada supr"lua $essas condiç&esB (ais de u( eclesi#stico acu(ulou as dignidades da Igre6a co( a5uelas da Franco-MaçonariaB e achava-se isso (uito naturalU 4( duas ocasi&es 6#B o !apadoB todaviaB lançara o an#te(a contra os Franco-Maçons O ru(or p9,lico haviaB co( e"eitoB reveladoB ao !apa /le(ente IIB a e8ist7ncia de certas sociedades de iberi &uratori ou de ranco &açons$ Fora relatado a 1ua 1antidade 5ueB ;nessas associaç&esB ho(ens
de todas as religi&es e de todas as seitasB atentos e( (anter u(a apar7ncia de honestidade naturalB ligava(-se entre si por u( pacto t)o estreito 5uanto i(penetr#vel 1u,(etendo-se a leis e estatutos "eitos por eles (es(osB o,rigava(-seB al( do (aisB por u( 6ura(ento rigoroso prestado so,re a >í,lia e so, as (ais severas penasB a (anter escondidasB por u( segredo inviol#velB as pr#ticas secretas de sua sociedade< O 1o,erano !ontí"iceB conce,endo as (ais vivas in5uietudes e apelando ?s luzes de (uitos cardeaisB reuniu-os co( urg7ncia e( 'o(a a de 6unho de DRR $)o se negligenciou e( convocarB nesta ocasi)oB o In5uisidor do 1anto O"ício de Florença 5ue cola,orou e( (uitoB se( d9vidaB na redaç)o da ,ula n eminenti Apostolatus 4pecula de Q de a,ril de DRQ /le(ente II parte do princípio 5ueB se as associaç&es (aç0nicas ;n)o "azia( o (alB elas n)o teria( por 5ue ter avers)o ? luz< 4le repassa a seguir e( seu espírito ;os grandes (ales 5ue resulta( ordinaria(ente dessas espcies de sociedades ou conventículosB n)o apenas para a tran5@ilidade dos 4stadosB (as ainda para a salvaç)o das al(as Ta(,(B diz eleB considerando o 5uanto essas sociedades est)o e( desacordoB tanto
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
co( as leis civis 5uanto co( as can0nicasB e instruído pela palavra divina a velar dia e noiteB co(o "iel e prudente servidor da "a(ília do 1enhorB para i(pedir esses ho(ens de introduzir-se na casa co(o ,andidos e devastar a vinha co(o raposasB 5uer dizerB perverter os ho(ens de coraç&es si(plesB eB a "avor das trevasB (arcar co( seus traços as al(as purasP para "echar a via t)o a(pla 5ue daí se poderia a,rir ?s ini5@idades 5ue se co(eteria( i(pune(enteB e por outras causas 6ustas e racionais de n+s conhecidasB na opini)o de (uitos de nossos *ener#veis Ir()os os /ardeais da 1anta Igre6a 'o(anaB e de nosso pleno poder apost+licoB n+s resolve(os condenar e proi,ir essas ditas sociedades cha(adas de iberi &uratori ou de ranco-&açonsB ou cha(adas por 5ual5uer outro no(eB
co(o condena(o-las e proi,i(o-las por nossa presente constituiç)oB 5ue per(anecer# v#lida ? perpetuidade< O !apa interditou a seguirB aos "iisB toda espcie de relaç)o co( a Franco-MaçonariaB so, pena de e8co(unh)o ;pela 5ual ningu(B e8ceto e( artigo de (orteB poder# rece,er a ,enç)o da a,solviç)o de 5ue( n)o se6a outro sen)o n+s (es(os ou o !ontí"ice 'o(ano ent)o e8istente< !ara ter(inarB "oi prescrito ao clero "azer uso de seus poderes contra os transgressoresB co(o "orte(ente suspeitos de heresia 4les deveria( ser punidos co( as penas 5ue (erecesse( eB 5uando preciso "osseB n)o se deveria hesitar e( re5uerer a intervenç)o do ,raço secular 4sta ,ula deveria restar se( e"eito e( FrançaB os (agistrados do !arla(ento de !aris havendo recusado seu registro 4la n)o "oiB poisB 6a(ais legal(ente pro(ulgada nos estados de 1ua Ma6estade (uito crist)B n)o (ais 5ue a /onstituiç)o apost+lica enedito I*B surgida e( DRD Os Maçons "ranceses pudera( assi( acreditar 5ue as interdiç&es ponti"icais n)o lhes dizia( respeito
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
1uspens)o dos Tra,alhos Maç0nicos $o decorrer da tor(enta revolucion#riaB 5uase todas as Lo6as dei8ara( de se reunir Acreditava-se ent)o 5ue o ideal da FrancoMaçonaria iria se realizar na sociedade pro"anaB e (ais de u( FrancoMaço( esti(avaB co( o cidad)o !hilippe-guaitB ;5ue n)o deveria e8istir nenhu( (istrio ne( 5ual5uer asse(,lia secreta e( u(a 'ep9,licaB so,retudoB no início de seu esta,eleci(ento< E Os te(pos n)o estava(B ali#sB para estudos tran5@ilos A luta 5ue in"la(ava os espíritos oponha-se ? procura cla(a e desinteressada da *erdade $essas condiç&esB os clu,es políticosB ,arulhentos e apai8onadosB respondia( in"inita(ente (elhor ?s necessidades dos ho(ens de aç)o 5ue as Lo6asB reservadas ao recolhi(ento "ilos+"ico e ? toler=ncia hu(anit#ria 1alvo (uito raras e8ceç&esB todas as O"icinas (aç0nicas dei8ara(B poisB de "uncionar a partir de DRC O regi(e do Terror "ez ador(ecer o .rande Oriente de FrançaB ao (es(o te(po e( 5ue todos os corpos rivais 5ueB a diversos títulosB pretendia( o governo das Lo6as 4( deze(,ro de DRCB 'oettier de MontaleauB u( Maço( cora6oso e solícitoB prop0s-se a despertar as Lo6as do .rande Oriente 5ueB e( n9(ero de dezoitoB respondera( ao seu apelo 1eu e8e(plo "oi seguido por algu(as O"icinas da antiga .rande Lo6a de /ler(ont 5ueB (uito "racas para constituíre( u(a !ot7ncia (aç0nica aut0no(aB aceitara(B e( DRCCB "undir-se co( o .rande Oriente 4ste se tornou
/arta endereçada pelo .r)o-Mestre ao 1ecret#rio do .rande Oriente a de 6aneiro de
34
DRC N2arutB *echerches sur le *ite @cossais, p DES
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
assi( transitoria(ente o 9nico poder ad(inistrativo da Maçonaria "rancesa
O 'ito 4scoc7s A unidade deveria ser ro(pida a partir de DQVD pelo Ir ∴0laude Antoine +hor', 5ue se es"orçou para reorganizar o antigo *ito 3scoc%s ilos;fico, co(portando dez graus ND Aprendiz J /o(panheiro J
Mestre J E Mestre !er"eito J /avaleiro 4leito Fil+so"o J H .rande 4scoc7s J R /avaleiro do 1ol J Q /avaleiro do Anel Lu(inoso J C /avaleiro da Xguia >ranca e $egra J DV .rande Inspetor /o(endadorS
4sse
corpoB
5ue
se endereçava
(ais
particular(ente aos apai8onados da al5ui(ia e do (isticis(oB (anteve-se at DQH 4le teve sua i(port=nciaB pois 5ue R Lo6as tra,alhara( so, seus auspíciosP todaviaB u( outro ;'ito 4scoc7s< estava destinado a suplant#-lo 4( de sete(,ro de DQVEB o Ir ∴de Mrasse-+ill' conseguiuB co( e"eitoB constituir u( 1upre(o /onselho para a França de 1o,eranos .randes Inspetores .erais do ^ e 9lti(o grau do 'ito 4scoc7s Antigo e Aceito Tratava-se de u(a novidade i(portada de /harleston N4stados :nidosSB onde oito graus suple(entares "ora( acrescidos aos vinte e cinco do antigo 'ito de !er"eiç)oB propagado na A(rica e( virtude de u(a patente e8pedidaB e( R de agosto de DRHDB ao Ir ∴ tienne Morin pelo /onselho dos I(peradores do Oriente e Ocidente !ara acreditar a inovaç)oB seus autores n)o te(era( atri,uí-la a Frederico IIB 'ei da !r9ssiaB a 5ue( o pretendente /harles-douard 1tuart passava por haver legado outrora a supre(a direç)o da Maçonaria
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
4scocesa A"ir(ava-se a esse respeito 5ueB a D^ de (aio de DRQHB o (onarca prussiano teria revestido co( sua assinatura as .randes /onstituiç&es 5ue apresentava( os graus escoceses Os Maçons ale()es de(onstrara( depois ? saciedade o car#ter ap+cri"o desse docu(entoB cu6o originalB de restoB 6a(ais p0de ser produzido Iniciado e( >runswic[B e( D de agosto de DRQB antes de sua su,ida ao tronoB o grande Frederico n)o (ais se ocupou de Maçonaria sen)o 5ue a partir de DREE 4le 6a(ais possuiu (ais 5ue os tr7s pri(eiros graus e sa,e-seB atual(enteB 5ue ele censurava a co(ple8idade dos altos graus 4ntretantoB ignorava-se tudo isso e( DQVEB e a nova hierar5uia de graus "oi aceita co( solicitude 4is sua no(enclaturaK D Aprendiz J /o(panheiro J Mestre J E Mestre 1ecreto J Mestre !er"eito J H 1ecret#rio Ínti(o J R !re,oste ou 3uiz J Q Intendente de /onstruç&es J C Mestre 4leito dos $ove J DV Ilustre 4leito dos %uinze J DD 1u,li(e /avaleiro 4leito N/he"e das 2oze Tri,osS J D .r)o-Mestre Ar5uiteto J D 'eal Arco J DE .rande 4leitoB !er"eito e 1u,li(e Maço( NAntigo Mestre !er"eito dito da !er"eiç)o ou .rande 4scoc7s da A,+,ada 1agrada de 3a(es *IS J D /avaleiro do Oriente ou da 4spada J DH !ríncipe de 3erusal( J DR /avaleiro do Oriente e do Ocidente J DQ 'osa-/ruz J DC .rande !ontí"ice ou 1u,li(e 4scoc7s da 3erusal( /eleste J V *ener#vel .r)o-Mestre de Todas as Lo6as 'egulares NantigoK .rande !atriarca $oa5uitaS J D $oa5uita Nou /avaleiro !russianoP antigoK .r)o-Mestre da /have da MaçonariaS J /avaleiro do 'eal Machado N!ríncipe do Lí,anoS J /he"e do Ta,ern#culo` J E !ríncipe do Ta,ern#culo` J /avaleiro da 1erpente de >ronze` J H Trinit#rio 4scoc7s N!ríncipe da .raçaS` J R .rande /o(endador do Te(plo` J Q /avaleiro do 1ol Nantigo ^K 1o,erano !ríncipe AdeptoS J C .rande
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
4scoc7s de 1anto Andr` J V /avaleiro adosch Nantigo E^K Ilustre /avaleiro /o(endador da Xguia >ranca e $egraS J D .rande Inspetor In5uisidor /o(endador` J 1u,li(e !ríncipe do 'eal 1egredo Nantigo ^S J 1o,erano .rande Inspetor .eral` N` graus novosS /o(o o .rande Oriente praticava ent)oB so, o no(e de ;rito "ranc7s
TornadoB e( DQDEB 4upremo 0onselho dos *itos, e depois Mrande 0ol/gio dos *itos,
35
1upre(o /onselho dos .randes Inspetores .eraisB ^ e 9lti(o grau do 'ito 4scoc7s Antigo e Aceito para a França e todas as possess&es "rancesas
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
A Maçonaria I(perial Ap+s a 'evoluç)oB A Franco-Maçonaria "icou su,(etida e( todos os paísesB a u( regi(e de estreita vigil=ncia !ara "azer-se tolerarB os Maçons devera( protestarB nas diversas (onar5uiasB sua a"eiç)o ao so,erano 4( FrançaB o !ri(eiro /0nsul esteve a ponto de supri(ir a sociedade dos Franco-Maçons As representaç&es dos IIr ∴MassnaB eller(ann e /a(,acrs decidira(-noB todaviaB a respeitar u(a associaç)o 5ue n)o seria de recearB a n)o ser 5ue se a o,rigasse a esconder-se Tornado i(peradorB >onaparte 6ulgouB poisB (ais político autorizar seu ir()o 3os a rece,er a alta direç)o da Orde(B aceitando o .r)o-Mestrado 5ue lhe "oi o"erecido 4ntretantoB /a(,acrs e Murat deveria( ser seus ad6untosB ? vista de e8ercere( u(a estreita vigil=ncia e( ,ene"ício do governo A Maçonaria tornou-se assi(B de 5ual5uer sorteB u(a instituiç)o o"icial Invadida por u(a (ultid)o de dignit#rios do I(prioB ela deveu a,ster-se de tudo a5uilo 5ue poderia contri,uir para a e(ancipar os espíritos $)o lhe era per(itido viverB salvo so, a condiç)o de e8i,irB e( todas as circunst=nciasB a (ais ,ai8a adulaç)o ao despotis(o 4ste regi(e levou ao seu apogeu a prosperidade (aterial do .rande Oriente 5ueB e( DQDEB contava co( CV Lo6asB dentre as 5uais RB (ilitares /ontraria(ente
a
toda
e8pectativaB
essas
9lti(asB
J
"re5@ente(ente (uito independentesB J "izera(-seB no estrangeiroB propagadoras dos princípios da 'evoluç)o O"iciais repu,licanos pudera( (es(o conspirar so, a co,ertura de "+r(ulas (aç0nicas
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
especiais Foi assi( 5ue u(a certa Nrdem do eão interveio na tentativa do .eneral Malet 5ueB e( DQDB tentou derru,ar o I(prio A Maçonaria de adoç)oB prete8to a ,rilhantes "estas ,ene"icentesB "acilitou as aspiraç&es da I(peratriz 3ose"ina
A 'estauraç)o As (udanças din#sticas de DQDE e DQD encontrara( a Maçonaria "rancesa e( deplor#vel postura 2epois de haver incensado o I(prio co( toda 7n"ase de u(a sinceridade e5uívocaB acreditou-se dever ,a6ular Luis *III por adulaç&es elevadas ao (es(o diapas)o %uando dos /e( 2iasB deveu dar (eia-voltaB pronta a e8agerar acla(aç&es "renticas e( "avor do segundo retorno do rei legíti(oU /ruis hu(ilhaç&es "izera( assi( e8piar a Franco-Maçonaria a "alta 5ue ela havia co(etido ao sair de sua es"era $)o lhe ca,ia (ais "elicitar 5ue censurar governos so, a autoridade dos 5uais seus adeptos se encontrava( colocadosB pois 5ue ela constrange todos a respeitarB J se(pre e e( toda parteB J a orde( esta,elecidaB 5ual5uer 5ue ela se6a Toda (ani"estaç)o política lhe B e( conse5@7nciaB interditaB n)o (enos por sua dignidadeB do 5ue pela consci7ncia de sua alta (iss)o educativa e "ilos+"ica 1eria in6ustoB todaviaB (ostrar-se (uito severo ? vista das palin+diasB ?s 5uaisB visto a e8cepcional di"iculdade dos te(posB era i(possível escapar A Igre6aB ent)o todo-poderosaB vinhaB co( e"eitoB alinhar-se contra a Franco-Maçonaria 5ue o clero denunciava ao +dio de todos os a(igos do trono e do altar O !apa !io *II vinha de lançar sua ,ula 3cclesiam a Eesu 0hristo, de D de sete(,ro de DQD 4la era (ais especial(ente dirigida contra os /ar,on#riosB cu6a sociedade eraB J
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
segundo o !apaB J ;u(a i(itaç)oB sen)o u( re,ento da FrancoMaçonaria< J ;A pro(iscuidade de ho(ens de todas as religi&es e todas as seitas< era u( agravo capital aos olhos da Igre6aB 5ue te(ia igual(ente ver ;dar a cada u(B pela propagaç)o da indi"erençaB e( (atria de religi)oB toda licença para criar u(a religi)o ? sua "antasia e segundo suas opini&esB siste(a 5ueB talvezB n)o se pudesse i(aginar (ais perigoso< %uanto ? /onstituiç)o Apost+lica Tuo Mraviora, de Le)o IIB aparecida a D de (arço de DQB li(itou-se ela a reproduzir as precedentes condenaç&esB estendendo-as a todas as sociedades secretasB presentes e "uturasB 5ue conce,eria( pro6etos hostis ? Igre6a e aos so,eranos civis Os 6ura(entos prestados pelos espi&es s)o declarados nulosB e( virtude da decis)o do III /oncílio de Latr)o 5ue declara 5ue ;n)o se deve( cha(ar 6ura(entosB (asB antesB per69riosB todas as o,rigaç&es contr#rias ao ,e( da Igre6a e ?s instituiç&es dos 1antos !adres< $ada eraB ali#sB t)o tocante 5uanto a a"eiç)o do !apa pelos ;!ríncipes /at+licos
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
associadosB 5uanto a reserva de censuras nas 5uais eles houvesse( incorridoB
de
sorte
5ue
todo
con"essor
regular
pudesseB
(o(entanea(enteB a,solv7-los /ontraria(ente ?5uelas do sculo *IIIB as novas e8co(unh&es tivera(B e( FrançaB seu pleno e"eito $)o havia (ais corpo 6urídico para recusar-lhes o registro eB graças ? concordata de DQVDB o !apa e8ercia doravante u( poder 5ue n)o lhe havia sido 6a(ais concedido pela antiga (onar5uia
O 'einado de Louis-!hilippe A Franco-Maçonaria n)o havia conspirado contra o governo de /arlos B (as ela (ostrara-se "avor#vel ?s idias li,erais 5ue prevalecera( e( DQV A (onar5uia constitucional "ez dela u( cri(e e (ostrou-se (ais in5uietante 5ue o regi(e precedente /ondenados desde ent)o a u(a reserva e8tre(aB os Maçons "ora( desviados de todo tra,alho srio A política sendo-lhes interditaB esta se tra(ava "ora das Lo6asB nas ;vendas< dos /ar,on#rios ou so, a co,ertura de conventículos (ais secretos ainda As novas idiasB das 5uais 1aint-1i(on e Fourier se "izera( ap+stolosB discutia(-seB ali#sB "ora da Franco-MaçonariaB 5ue se (ostrava descon"iada a seu respeito $essas condiç&esB os te(plos (aç0nicos n)o retinira( (ais 5ue ecos de 5uerelas "astigiosasB renovando-se se( cessar entre .rande Oriente e 1upre(o /onselho avia aí co( 5ue repelir diversos IIr ∴5ueB retirando-seB o,rigara( suas Lo6as a ador(ecer ouveB entretantoB tentativas de "us)o de ritosB pri(eiro e( DQDC e DQHB depois e( DQ e e( DQED 1e n)o chegara( a se unirB aca,ara(B
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
todaviaB por se tolerare( reciproca(enteB e a viver e( ,oa intelig7ncia A DV de deze(,ro de DQVB as duas pot7ncias rivais o"erecera(B e( co(u(B u(a "esta ,rilhante ao .eneral La"aette :( despertar da atividade (aç0nica pareceu (ani"estar-se e( DQEVB pela "undaç)o de u(a casa de socorros e( "avor de Maçons desventurados O .rande Oriente tentouB a seguirB socorrer do torpor as Lo6asB pu,licando u( ,oleti( tri(estral de seus tra,alhos NDQES Maçons instruídos encontrara(-se assi( encora6ados a pu,licar o,ras so,re a Franco-Maçonaria Fora( levados a (alB por5ueB i(pressionada co( divulgaç&es declaradas ilícitasB a autoridade (aç0nica p0s-se a (altratarB da (aneira (ais desastrosaB pri(eiro o Ir ∴ *agon, *ener#vel da Lo6a ;Les Trinosophes
"eito i(pri(irB se( per(iss)oB u(a ?ist;ria
Mais tardeB o .rande Oriente ,astante (al inspirado para entravar a "eliz iniciativa das Lo6as da provínciaB 5ue se reunira( e( /ongresso e( La 'ochelleB e( 'oche"ort e e( 1tras,ourg NDQEHSB depois e( 1aintes e e( Toulouse NDQERS
A .rande Lo6a $acional de França O triun"o da de(ocracia e( DQEQ devia ter sua repercuss)o 6unto ? Franco-Maçonaria 1ete Lo6as "urtara(-se ? tutela do 1upre(o /onselhoB para constituíre(-se e( con"ederaç)o independente regida por u(a Mrande oja Facional de rança$
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
A nova !ot7ncia (aç0nica procla(a a so,erania das Lo6asB cu6a autono(ia ela garante *isa ? "us)o de ritos e declara a,olidos os graus superioresB dos 5uais ela coloca o ritual ? disposiç)o dos Mestres 4sses procedi(entos revolucion#rios n)o agrada( ne( ao .rande Oriente ne( ao 1upre(o /onselhoB 5ue se recusa( a reconhecer a .rande Lo6a $acional 4staB e( revancheB consegue travar relaç&es seguidas co( a Maçonaria estrangeira Mas a nova organizaç)o era (uito de(ocr#tica 4la desagradou ? políciaB 5ue pronuncia a dissoluç)o da .rande Lo6a 4ra preciso inclinarse eB ap+s reunir-se u(a 9lti(a vez e( D de 6aneiro de DQDB separa-seB n)o se( haver erguido u( ato de enrgico protesto
'evis)o /onstitucional O pri(eiro c+digo (aç0nico regular do .rande Oriente data de DQH Antes desta pocaB a con"ederaç)o n)o era regida sen)o 5ue por estatutos re(ontando a DRR e pela srie de decretosB "re5@ente(ente contradit+riosB acolhidos por asse(,lias sucessivas :(a revis)o dos estatutos adotados e( DQH teve lugar e( DQCP (asB e( DQERB "oi colocado e( estudo u( re(ane6o (ais pro"undo da lei (aç0nica /hegou-se assi( a u( pro6eto de constituiç)o ela,orado por u(a co(iss)o especial 4sse tra,alho "oi su,(etidoB e( DQECB ? sanç)o dos representantes de todas as Lo6as de FrançaB se( distinç)o de rito Todos os Maçons regulares havia(B ao (enosB sido convidados a cooperar para co( esta re"or(aB (asB de "atoB 5uase unica(ente as O"icinas do .rande Oriente enviara( delegados
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
A nova constituiç)o per(itia ?s Lo6as e8ercere( u( controle per(anente so,re os atos da ad(inistraç)o central !ara esse e"eitoB os (andat#rios de todas as o"icinas da con"ederaç)o reunia(-se a cada ano durante u(a se(anaB e( Asse(,lia .eral ou /onventoB co( (iss)o de cotar as (edidas de interesse co(u(B de proceder ? eleiç)o de ad(inistradores da Orde(B de sancionar a gest)o "inanceiraB etc
2eus e a I(ortalidade da Al(a Mes(o declarando 5ue a Franco-Maçonaria v7 a li,erdade de consci7ncia co(o u( direito pr+prio a cada ho(e(B e n)o e8clui ningu( e( raz)o de suas crençasB os constituintes de DQEC acreditara( dever procla(ar co(o princípio "unda(ental da F ∴M∴ a crença e( 2eus e na i(ortalidade da al(a 4ssas declaraç&es constitucionais "ora(B a seguirB 6ulgadas contradit+rias
O !ríncipe Lucien Murat 4( DQEQB o .rande Oriente a,andonou a reserva estrita 5ue a F∴M∴ deve se i(por e( (atria política :(a delegaç)o o"icial havia e8pressado suas "elicitaç&es aos (e(,ros do governo provis+rio 4sse precedente levou ?s (ais hu(ilhantes atitudesB 5uando se produziu o golpe de 4stado O .r)o-MestradoB vacante desde DQDEB deveu ent)o ser resta,elecido e( ,ene"ício do príncipe Lucien Murat 5ueB i(posto pelo governoB "oi eleito e( VC de 6aneiro de DQ
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
4sse pri(o do I(perador 5uis governar co(o dspota A "i( de paralisar a aç)o da F ∴M∴B ele suscitou di"iculdades "inanceiras pela a5uisiç)o do hotel da 'ua /adetP depoisB e( DQHVB ele n)o hesitou e( "azer intervir a políciaB para assegurar sua reeleiç)o $o votoB todaviaB "oi o !ríncipe $apole)o 5ue( o,teve a (aioria Mas u(a orde( i(perial o,rigou os dois príncipes a declinare( a candidatura O .r)o-Mestrado per(aneceuB por conseguinteB se( titular at DD de 6aneiro de DQHB data de u( decreto do I(perador no(eando ele (es(o o Marechal Magnan .r)o-Mestre do .rande Oriente
O Marechal Magnan /olocando ? testa da Maçonaria u( de seus c9(plices no golpe de 4stadoB o I(perador n)o tinha precisa(ente e( vista "avorecer os tra,alhos si(,+licos O novo .r)o-Mestre aportou ?s suas "unç&es u(a ,rutalidade digna de u( her+i de guerra civil 4le inti(ou o 1upre(o /onselho do 'ito 4scoc7s a unir-seB 5uerendo ou n)oB ao .rande Oriente Mas os Maçons 4scoceses n)o se (ostrara( acessíveis a nenhu(a inti(idaç)o 4les tinha( ? sua ca,eça o acad7(ico Viennet, 5ue respondeu ?s i(posiç&es ar,itr#rias da criatura do I(perador pela seguinte cartaK
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
V;s me intimais pela terceira ve! a reconhecer vossa autoridade maçOnica, e esta Bltima intimação veio acompanhada de um decreto que pretende dissolver o 4upremo 0onselho do *ito 3scoc%s Antigo e Aceito$ 3u vos declaro que não me renderei ao vosso apelo, e que tenho vossa decisão por não-e:istente$ N decreto imperial que vos nomeia Mrão-&estre do Mrande Nriente de rança, ou seja, de um rito maçOnico que e:iste apenas desde "66H, não vos submete . antiga &açonaria, que data de "6HG$ V;s não sois, em uma palavra, como pretendeis, Mrão-&estre da Nrdem &açOnica em rança, e v;s não tendes nenhum poder a e:ercer em relação do 4upremo 0onselho que tenho a honra de presidirC a independ%ncia das ojas de minha obedi%ncia foi abertamente tolerada, mesmo depois do decreto onde vos sustentais sem ter direito a tanto$ N mperador unicamente tem o poder de dispor de n;sU se 4ua &ajestade acredita poder nos dissolver, submeter-me-ei sem protestoU mas como nenhuma lei nos obriga a ser maçons contra nossa vontade, permitir-me-ei subtrair-me, por minha conta, a vossa dominação$ Vosso, etc$ AssinadoC V3FF3+$
4sta atitude enrgica atraiu e( direç)o ao 4scocis(o os espíritos hostis ao I(prioB e o 1upre(o /onselhoB a despeito de sua organizaç)o pouco de(ocr#ticaB tornou-se desde ent)o u( centro de protestos repu,licanos O "racasso do Marechal Magnan "ez-lhe conce,er u(a (ais alta idia da F ∴M∴ Instruído pouco a pouco por seus conselheirosB tornou-se
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
"inal(ente u( Maço( sinceroB cu6o zelo produziu os (ais "elizes resultados 4s"orçou-se ele por reparar todo o (al devido ? i(portuna intervenç)o de Murat As "inanças do .rande Oriente "ora( reorganizadas 2epoisB co(o os poderes do .r)o-Mestrado havia( sido estendidos de u(a (aneira a,usivaB o (arechal "ez-se pro(otor de u(a revis)o constitucional 5ue restituiu ? Asse(,lia .eral do .rande Oriente o e8ercício integral do poder legislativo 4le o,teveB al( dissoB do I(peradorB o direito para o .rande Oriente de no(ear nova(ente seu .r)o-Mestre 4n"i(B sua (udança de atitude "oi t)o co(pleta 5ueB 5uando de sua (orteB so,revinda e( DQHQB ele havia ad5uirido direito ao reconheci(ento dos Maçons
O .eneral Mellinet 2urante os 9lti(os anos do I(prioB o .rande Oriente teve ? sua testa o .eneral MellinetB velho (aço(B pro"unda(ente devotado ? F∴M∴ 5ue ele serviu tanto co( ,enevol7ncia 5uanto co( "ir(eza A Maçonaria "rancesa estava ent)o no apogeu de seu prestígio O an#te(a "ul(inado contra ela e( (uitas ocasi&es pelo i(petuoso !io I valera-lhe as si(patias de todos os espíritos esclarecidosB aos 5uais o 4'llabus revoltara
O .rande Oriente ha,ituara-se a intervir 6unto a di"erentes pot7ncias (aç0nicas cada vez 5ue u( princípio hu(anit#rio parecesse ignorado 4le insistiuB 6unto ? Maçonaria prussianaB para 5ue esta anulasse as decis&es to(adas ? vista de israelitas por ela declarados inad(issíveis na F∴M∴ Tentativas "ora( "eitasB al( do (aisB para levar as Lo6as a(ericanas a n)o recusare( a iniciaç)o aos ho(ens de cor 4n"i(B o
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
.rande Oriente a"ir(ava-seB no e8teriorB co( u(a autoridade digna da naç)o "rancesaB 5ue se regozi6ava co( a (iss)o cavalheiresca 5ue ela se havia atri,uído As Lo6asB de outra parteB entregava(-se a estudos 5ue tivera(B no interiorB u(a repercuss)o consider#vel 4n5uanto o Ir ∴ &assol preconizava a &oral ndependente, 5uest&es de "iloso"ia ou de econo(ia social e política era( e( toda parte discutidas co( grande li,erdade
A Terceira 'ep9,lica 4( DQRVB o Ir∴ >a,aud-Lari,ire n)o aceitou o .r)o-Mestrado sen)o para preparar a supress)o desta dignidade Os tra,alhos (aç0nicos "ora( interro(pidos pela guerra "ranco-ale() 2ez Lo6as parisienses reunira(-seB todaviaB e( sete(,ro de DQRVB co( a intenç)o de encarregar u(a deputaç)o de ir ter 6unto ao 'ei da !r9ssiaB co( a "inalidade de apelar ao seu coraç)o de Franco-Maço( Tratava-se de conseguir 5ue suas tropas poupasse( (ulheresB velhos e criançasB se(pre respeitando a propriedade individualB a,stendo-se de ,o(,ardeios desu(anos co(o a5uele de 1tras,ourg 1o,ree8citada por discuss&es vee(entesB a reuni)o votou u( (ani"estoB declarando o rei e o príncipe real da !r9ssia ;(onstros de "ace hu(ana
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
pací"ica 5ue chegou at $eullB de onde u(a delegaç)o "oi para *ersalhes se( encontrarB 6unto ao governoB o espírito de conciliaç)o dese6ado A autoridade ale() havendo e8igidoB J depois da ane8aç)o da Als#cia-LorenaB J 5ue as Lo6as da regi)o ro(pesse( 5ual5uer relaç)o co( o .rande Oriente de FrançaB essas o"icinas pre"erira( cessar seus tra,alhos e dissolvere(-se 1eus (e(,ros "undara( e( !aris a L∴ Alsace-orraine, e o .rande Oriente ro(peu todas as relaç&es co( as pot7ncias (aç0nicas do I(prio Ale()o Ap+s os desastres 5ue atingira( t)o cruel(ente sua p#triaB os Maçons "ranceses n)o dese6ava( (ais 5ue o resta,eleci(ento de seu país 4( presença da cat#stro"e trazida pelo regi(e cesarianoB todos os seus es"orços visara(B daí e( dianteB ao triun"o da de(ocracia A causa da F∴M∴ "oi identi"icada ?5uela da 'ep9,lica eB se as lutas eleitorais pudera( ?s vezes ter grande lugar nas preocupaç&es das Lo6asB "oi por5ue o estandarte (aç0nico havia reunido todos os a(igos do progresso 5ue se entendera( para "rustrar as ciladas da reaç)o e do clericalis(o
O /onvento de Lausanne A Maçonaria 4scocesaB J 5ue se "izera (uito pre6udicial por suas lendas (al "unda(entadas e por sua hierar5uia pretensiosaB J 5uisB e( DQRB dar-se u(a organizaç)o internacional Todos os 1upre(os /onselhos "izera(-seB para este e"eitoB representar e( LausanneB onde se preparara( as .randes /onstituiç&es 5ue deveria( reger o con6unto dos Maçons 4scoceses
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
O .rande Ar5uiteto do :niverso A Asse(,lia .eral do .rande Oriente tivera "re5@ente(ente 5ue discutir o artigo D^ da /onstituiç)o Ficou reconhecidoB e( DQRHB 5ue a F∴M∴ deve se a,ster de toda a"ir(aç)o dog(#tica /onsultadas so,re a (anutenç)o do par#gra"o estipulando 5ue a F ∴M∴te( por princípios a e8ist7ncia de 2eus e a i(ortalidade da al(aB as Lo6as assinara( aos seus (andat#rios a (iss)o de votar pela supress)o desse te8to desastroso O /onvento de DQRR (odi"icouB poisB a /onstituiç)o no sentido re5uerido 4sta decis)o acarretou o a,andono da "+r(ula ;Z .l+ria do .rande Ar5uiteto do :niverso< 5ueB tradicional(enteB colocava-se ? ca,eça de todos os docu(entos (aç0nicos Algu(as o"icinas 5uisera( "azer ressaltarB (ais tardeB 5ue o voto do /onvento de DQRR n)o i(plicavaB necessaria(enteB nesta (edida O dog(a devia ser a"astadoB (as u(a "+r(ula essencial(ente si(,+lica n)o deveria desagradar a ningu(B pois 5ue cada u( per(anecia livre para interpret#-la segundo suas convicç&es pessoais Mas u(a asse(,lia 5ue n)o teve sen)o alguns dias diante dela para pronunciar-se so,re u( t)o grande n9(ero de 5uest&es n)o poderia aportar ao seu e8a(e ne( o cuidado ne( a co(pet7ncia dese6#veis O si(,olis(o (aç0nico restavaB poisB (utilado $o estrangeiroB to(ou-se o "ato co(o prete8to para ro(per co( o .rande Oriente de França A .rande Lo6a da Inglaterra poderia cederB co( issoB a velhos rancores contra u(a !ot7ncia (aç0nica 5ueB por u( (o(entoB eclipsara seu prestígio 2o (es(o (odoB a Maçonaria sueca deveriaB al( do (aisB ver co( (aus olhos a propaganda repu,licana dos
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
Maçons "ranceses %uanto ?s diversas Lo6as dos 4stados :nidosB elas "ora( inspiradasB tanto por seus senti(entos pietistasB 5uanto por sua ani(osidade contra u(a !ot7ncia 5ue 5uis lhes i(por a "raternidade para co( os negros J Os clericais n)o "altara(B natural(enteB e( ,radarB nesta ocasi)oB contra o ateís(o da F ∴M∴
A .rande Lo6a 1i(,+lica 4scocesa 4( DQHQB DQR e DQRCB O 1upre(o /onselho e8cluíra u( certo n9(ero de O"icinas e de Maçons 5ue se insurgira( contra sua autoridade $a se5@7ncia dessas (edidas disciplinaresB doze Lo6asB víti(as de sua si(patia pelas idias de progresso e de e(ancipaç)o (aç0nicaB constituíra( u(a aliança aut0no(a so, o no(e de Mrande oja 4imb;lica 3scocesa$
A nova !ot7ncia (aç0nica "oi logo reconhecida pelo .rande Oriente eB (ais tardeB pelo 1upre(o /onselho $)o praticava sen)o os tr7s pri(eiros grausB ela reivindicandoB para as Lo6asB o direito de ad(inistrare(-se a elas (es(asB ,aseando-seB essencial(enteB so,re o princípioK N &açom livre em sua oja livre$
A 4ncíclica ;u(anu( .enus< 4( sua e8ortaç)o soleneB J ;Multíplices inter
pretendera(
e8ter(inar ;esta
sociedade
perversa
vulgar(ente cha(ada Maçonaria< Mas ele constataB co( o coraç)o
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
a"litoK ;4sses es"orços da 1ede Apost+lica n)o tivera( o sucesso 5ue se deveria esperar A seita (aç0nica n)o "oi ne( vencidaB ne( a,atidaK ao contr#rioB desenvolveu-se de tal (odo 5ueB nesses dias t)o di"íceisB (ostra-se e( toda parte co( i(punidade e ergue a ca,eça co( (ais insol7ncia 5ue nunca< 2aíB novo an#te(aB co( o 5ual a Maçonaria n)o se sentiu piorB ao contr#rio MasB co(o o !apado n)o pudesse se resolver a reconhecer a inanidade de suas "ul(inaç&esB vere(os surgirB a V de a,ril de DQQEB u(a (uito longa instruç)o de 1ua 1antidade Le)o III O !apa to(ou ? parteB da Franco-MaçonariaB o 5ue cha(a de ;naturalis(o
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
'evis)o dos 'ituais As "+r(ulas tradicionais da F ∴M∴ havia( cessado de ser co(preendidas por u( grande n9(ero de Maçons A iniciaç)o real estava perdida 'ecla(ava(-seB por conseguinteB re"or(as tendendo a tudo si(pli"icarB so, o prete8to de se colocar e( har(onia co( o progresso J eB in"eliz(enteB ta(,( co( a ignor=ncia J do sculo O .rande /olgio dos 'itos do .rande Oriente de França acreditou dar satis"aç)o a todas as e8ig7nciasB pu,licando u( ritual inspirado nos dese6os "or(ulados pelas O"icinas NDQQHS Mas o novo ceri(onial n)o "oi do gosto dos Maçons instruídos 5ue o 6ulgara( desprovido de todo alcance esotrico $a sua opini)oB (uitas Lo6as recusara(-se a renunciar aos antigos usos OutrasB ao contr#rioB a,andonara( toda espcie de si(,olis(o 2aí resultou u(a "alta a,soluta de ho(ogeneidadeB contra a 5ual convinha reagir
/ongressos Maç0nicos Internacionais A 48posiç)o :niversal de DQQC devia reunir e( !aris u( grande n9(ero de Maçons estrangeiros O .rande Oriente 5uis aproveitar-se dissoB para convocar u( congresso (aç0nico internacionalB per(itindo ? Maçonaria "rancesa 6usti"icar-se das acusaç&es dirigidas contra ela desde DQRR Os (otivos das decis&es to(adas nesta poca "ora( e8postos de acordo co( os docu(entos o"iciaisB de (aneira a ,e( esta,elecer 5ueB se
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
a F ∴M∴ se recusou a to(ar por ,ase u( dog(aB "oi por5ue ela entende planar aci(a de todas as 5uest&es das igre6as e das seitas 4la tende a do(inar todas as discuss&esB se( to(ar partido por nenhu(a escola O te(plo si(,+lico n)o sa,eria se parecer co( 5ual5uer capela estreitaK ele n)o pode representar sen)o o vasto a,rigo se(pre a,erto a todos os espíritos generosos e valentesB a todos os pes5uisadores conscienciosos e desinteressados da *erdadeB do (es(o (odo 5ue a todas as víti(as do despotis(o e da intoler=ncia As !ot7ncias (aç0nicas 5ue i(portava (ais convencer n)o acreditara(B in"eliz(enteB dever responder ao convite do .rande OrienteB cu6a situaç)o n)o "icou esclarecida sen)o aos olhos das "ederaç&es a(igas Mas estasB ao (enosB se declarara( plena(ente satis"eitas co( as e8plicaç&es "ornecidasB nos ter(os das 5uais n)o "oi 6a(ais 5uest)o de su,stituir u(a negaç)o (aterialista por u(a a"ir(aç)o espiritualistaB a 9nica preocupaç)o dos Maçons "ranceses tendo sido a de salvaguardar o princípio da li,erdade a,soluta de consci7nciaB per(anecendo dentro do espírito do artigo pri(eiro da /onstituiç)o de DR O /ongresso de DQQC teveB ali#sB por resultado pr#tico "azer ressaltar a necessidade de u(a organizaç)o per(itindo aos corpos (aç0nicos do (undo inteiro entendere(-se e (antere( relaç&es "re5@entes 2ese6ou-se pri(eiro convocar congressos peri+dicos nos 5uais todas as !ot7ncias (aç0nicas do (undo deveria( estar representadas Mas u( acordo prvio era indispens#vel para este e"eitoP "oi o 5ue co(preendeu a .rande Lo6a 1uíça ;Alpina
4sse >ureau n)o devia entrar e( "unciona(ento sen)o 5ue a D^ de 6aneiro de DCV $o intervaloB u(a con"er7ncia (aç0nica universal
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
teve lugar e( AnsversB de D a E de 6ulho de DQCE 4la "oi seguidaB e( DQCHB de u(a reuni)o realizada e( aa por ocasi)o da cle,re con"er7ncia diplo(#tica relativa ao desar(a(ento e ? ar,itrage( entre as naç&es A 48posiç)o de DCVV per(itiuB a seguirB dar u( ,rilho particular ao 1egundo /ongresso Maç0nico de !aris 2epois veioB e( sete(,ro de DCVB o /ongresso de .ene,raB do 5ual delegados ale()es participara( a título o"icioso 4les deveria(B a seguirB assistir o"icial(ente ao /ongresso Maç0nico Internacional de >ru8elas e( agosto de DCVE e preludiarB nessas duas circunst=nciasB a reconciliaç)o das .randes Lo6as de seu país co( a Maçonaria Francesa
A .rande Lo6a de França A cis)o da 5ual a .rande Lo6a 1i(,+lica 4scocesa se originou e( DQQV n)o i(pediu o 1upre(o /onselho de persistir e( governar co(o so,erano as O"icinas colocadas so, sua 6urisdiç)o As Lo6asB entretantoB deveria(B por conseguinteB e(ancipar-se pouco a pouco de sua autoridade 5ueB a "inal de contasB n)o "oi reconhecida sen)o 5ue e( teoria 4sse rela8a(ento teve u(a repercuss)o t)o ruinosa so,re o tesouro centralB 5ue a gest)o "inanceira do 1upre(o /onselho ergueu críticasB as 5uais servira( de prete8to a algu(as o"icinas pouco e(penhadas e( 5uitar suas dívidas !ara sair da di"iculdadeB o 1upre(o /onselho consentiu e( outorgar ?s Lo6as sua autono(ia ad(inistrativa N2ecreto de R de nove(,ro de DQCES LogoB os delegados de todas as Lo6as escocesasB dissidentes ou n)oB resolvera( constituir-se e( Mrande oja de rança$ 4sta nova "ederaç)o deveria reunir as Lo6as colocadas at ent)o so, a
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
o,edi7ncia do 1upre(o /onselho ?5uelas 5ue "or(ava( a .rande Lo6a 1i(,+lica 4scocesa A "us)o "oi i(ediata(ente aceita a princípioP (asB e( de "evereiro de DQCB acreditou-se dever adi#-la at o (o(ento e( 5ue a(,os os grupos houvesse( li5uidadoB cada u(B sua situaç)o "inanceira A unidade da Maçonaria 1i(,+lica 4scocesa n)o "oi assi( realizada sen)o 5ue e( DQCR Ainda ent)o n)o houve i(ediata(ente "us)o e"etiva entre os ele(entos 5ue havia( consentido e( associar-se Longo te(po ainda cada u( deles deveria conservar sua individualidadeB co( suas tend7ncias pr+priasB "re5@ente(ente contradit+riasB no seio da nova organizaç)o 4sta teve assi( u( co(eço di"ícilB por5ueB aos antagonis(os a conciliar acrescentava-se a necessidade de su,stituir pela orde( a anar5uia nas relaç&es entre as Lo6as e a autoridade central .raças a concess&es recíprocasB a har(onia "oiB entretantoB (antida se(pre e progressiva(ente consolidada Os Maçons devotados 5ue presidira( aos destinos da .rande Lo6a de França sou,era(B al( do (aisB inspirar con"iançaB dar ?s Lo6as h#,itos de regularidadeB assegurandoB por esse "atoB o ,o( "unciona(ento ad(inistrativo da "ederaç)o 4les co(preendera(B ali#sB 5ue a .rande Lo6a de França poderia prepara-se u( ,rilhante a(anh)B esta,elecendo relaç&es "raternas co( todas as pot7ncias (aç0nicas reconhecidas co(o regulares $o interesse dessas relaç&esB a .rande Lo6a to(ou o cuidado de n)o se a"astar e( nada das tradiç&es si(,+licas da Maçonaria universal 4la acreditava assi( poder entrar o"icial(ente e( relaç)o co( todas as outras .randes Lo6asB e tentativas "ora( "eitas e( conse5@7ncia Foi-lhe ent)o o,6etado n)o ser plena(ente so,erana e independenteB pois 5ueB co( o o,6etivo de per(anecer ;escocesa
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
auspícios do 1upre(o /onselho do 'ito 4scoc7s Antigo e Aceito para a França e suas 2epend7ncias< 4sta o,6eç)o "oi levantada por u( decreto do 1upre(o /onselho dado a H de 6ulho de DCVEB e( seguida ao 5ual a .rande Lo6a de França p0de procla(ar-se estrita(ente aut0no(aB independente e so,erana Foi ent)o possível ? Federaç)o Francesa de Lo6as do 'ito 4scoc7s entrar e( relaç&es de a(izade co( nu(erosas !ot7ncias (aç0nicas estrangeiras eB e( particularB co( a :ni)o das Oito .randes Lo6as Ale()s
A Velha 4erpente, onde tur,ilhona de (odo i(petuoso a su,st=ncia pri(ordial vivaB o suporte do (undoB ao 5ual ela "ornece ao (es(o te(po os (ateriais de sua construç)o e a energia construtiva 5ue ,ene"icia a intelig7ncia coordenadora 4sta se desdo,ra e( 4spírito-'az)o N1olS e Al(a-I(aginaç)o NLuaSB 5ue co(,ina( sua aç)o para li(par o T#rtaroB (atria 5ue se presta ao ciclo das trans(utaç&es provocadas pela Arte her(tica Assi( se e8plica( os sinais traçados so,re o glo,o c+s(icoB do(inadoB a 6usto títuloB pela cruz 5ue desenha( 5uatro cetrosB per(itindo co(andar os ele(entos para a realizar o idealK Nrdo ab chao$
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
O A(anh) da Franco-Maçonaria preciso conhecer (uito (al a Franco-Maçonaria para ver nela u(a instituiç)o o,soletaB prestes a dissolver-seB depois de haver realizado a parte (ais essencial de sua tare"a :( e8a(e srio da 5uest)o levariaB de pre"er7nciaB a concluir 5ueB longe de estar prestes a (orrerB a F ∴M∴B por assi( dizerB ainda n)o viveuB 5ue ela (al saiu de seu período in"antil $ascida onte(B en5uanto instituiç)o hist+ricaB desenvolveu-seB cresceuB (as n)o atingiu ainda a idade adultaB a "ase 5ue per(ite aos seres to(ar posse de si (es(os /o(o rculesB ela p0deB estando ainda no ,erçoB su"ocar as serpentes 5ue u(a deusa inve6osa havia e8citado contra ela Mas essa "açanha n)o nada e( relaç)o aos tra,alhos 5ue lhe incu(,e realizar A F∴M∴ cha(ada a re"azer o (undoB e a tare"a n)o est# aci(a de suas "orçasB desde 5ue ela se torne a5uilo 5ue deve ser !oder# ela tornar-seG 1egura(enteB pois 5ue te( a "aculdade de se aper"eiçoar e de ad5uirir tudo a5uilo 5ue lhe "altaU OraB a5uilo 5ue lhe "az (ais "alta a consci7ncia de si (es(a 4la co(o o adolescente 5ue sente despertar e( si o sentido do pensa(ento Os Maçons n)o agira(B at agoraB sen)o por instintoK eles "ora( guiados por senti(entos (ais ou (enos con"usos de pre"er7ncia ao discerni(ento racional Mas 6# a raz)o se (ani"esta nelesB por esse espírito de revolta 5ue os leva a perguntarK ;por 5u7G<
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
'ecusando-se a se su,(eter aos usos unica(ente por5ue eles s)o antigosB cada 5ual 5uer sa,er a5uilo 5ue os 6usti"ica B poisB o (o(ento de "azer co(preender a Maçonaria 4la n)o deve (ais se contentar e( ser si(ples(ente simb;lica, preciso 5ue ela se torne iniciática$ 4 5uando os Maçons "ore( instruídosB 5uando eles "ore( niciados reaisB
poderG J 4les 6# "izera( tantoB (es(o agindo inconsciente(enteB 5ue se pode esperar deles o,ras gigantescasB trans"or(aç&es (odi"icando a "ace das coisas e assegurando a salvaç)o coletiva dos ho(ens
?/rcules criança$ A personalidade 5ue 5uer viver deve so"rer a prova das correntes da vida geral "iguradas pelas serpentes de 3uno Fi8ando essas "orças hostisB o ger(e 5ue se desenvolve se es"orça e assegura seu cresci(ento
A Iniciaç)o Maç0nica Os Tr7s .raus A F∴M∴ visa a "or(ar niciados, ou se6aB homens na (ais alta acepç)o da palavra 4la se es"orça por desenvolver o indivíduoB
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
ensinando-lhe a con5uistar as (ais no,res prerrogativas da natureza hu(ana 2e u( ser ignorante e grosseiro ela "az u( pensador e u( s#,io Mas
se(elhante
trans"or(aç)o
n)o
sa,eria
cu(prir-se
i(ediata(enteK ela e8ige u( tra,alho sustentado 5ue se realiza e( tr7s "ases Trata-seB e( pri(eiro lugarB de proceder a u(a sorte de li(peza intelectual e (oralB tendo por o,6etivo dese(,araçar o espírito de tudo a5uilo 5ue i(pede a luz de chegar at ele 2aí as purificaç9es 5ue deve so"rer o Aprendi!U elas o conduze( a ver a luz Mas n)o se deve contentar-seB si(ples(enteB co( reconhecer a verdade I(portaB so,retudoB agir con"or(e a raz)oK este o (eio de atrair a luz para siB a "i( de i(pregnar-se dela inteira(ente O si(,olis(o do grau de 0ompanheiro relaciona-se a esta iluminação pr+pria ao verdadeiro niciado$ O ho(e( plena(ente esclarecido 5ue consegue se saturar de luz torna-seB a seu turnoB u( "oco lu(inoso 4le irradiaB ele esclarece os outrosB ele se encontraB por este "atoB revestido da dignidade de &estre$ 2esta criaç)o do ho(e( por ele (es(o nasce o ho(e( aper"eiçoado ou o ilho do ?omem do 4vangelho O tra,alho desse aper"eiçoa(ento est# representado pela Mrande Nbra dos "il+so"os her(etistas O Maço( deveB poisB operar so,re si (es(o u(a trans(utaç)o se(elhante ?5uela dos al5ui(istas O ouro o sí(,olo da5uilo 5ue puro e per"eito Incu(,e ao Aprendi! realizar a pri(eira parte da Nbra dos il;sofosC o ritual do grau traça-lhe u( progra(a "iel das operaç&es a e"etuar co( esse o,6etivo
Os Metais Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
O pro"ano 5ue se apresenta para ser ad(itido na F ∴M∴ pri(eira(ente introduzido nu( lugar retiradoB onde se o convida a despo6ar-se de todos os o,6etos (et#licos 5ue traz co( eleK dinheiroB 6+iasB ar(asB condecoraç&esB etcB tudo deve ser entregue ao Ir ∴ !reparador Os (etais representa( nisso tudo a5uilo 5ue ,rilha co( u( clar)o enganoso %uando o espírito ine8perienteB dei8a-se "acil(ente seduzir pelas noç&es "alsas co(u(ente ad(itidas O pensador deve descon"iar das opini&es 5ue rece,e A (oeda corrente dos preconceitos vulgares constitui u(a ri5ueza ilus+ria 5ue o s#,io aprende a desprezar preciso "azer-se po,re e( espíritoB se se 5uiser entrar no 'eino dos /usB ou se6aB se se 5uiser ser iniciado e chegar a conce,er a verdade 4st#-se (ais perto disso 5uando nada se sa,eB do 5ue 5uando se per(anece "i8ado a erros Mais vale nada possuir a ter dívidas O ho(e( 5ue aspira a ser livre deve aprenderB ali#sB a desligar-se das coisas "9teis Os antigos s#,ios desprezava( o lu8o A raz)o prescrevia-lhes reduzir suas necessidades ao estrita(ente necess#rio e procurar a ri5ueza na aus7ncia de dese6os i(oderados %ue( vive contente co( nada possui todas as coisas O IniciadoB todaviaB n)o est# o,rigado a "azer voto de po,reza 4le deve si(ples(ente le(,rar-se de 5ue a cupidez o piv0 de todos os vícios anti-sociais o grande ele(ento de desorde( 5ue as antigas cos(ogonias representa( so, a "igura de u(a serpente A a(,iç)o individual provoca a ruptura da har(onia geral 4la "ez e8pulsar a hu(anidade do denB ela destruiu a Idade de Ouro O pensador deve colocar-se ele pr+prio nas condiç&es de pureza e de inoc7ncia 5ue se atri,ue( ao estado de natureza
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
retornando ? si(plicidade da (ais tenra idade 5ue se realiza( as condiç&es (ais "avor#veis ? procura desinteressada da verdade
A /=(ara de 'e"le8&es !ara aprender a pensar preciso isolar-se e a,strair-se /hega-se aíB entrando e( si (es(oB olhando para dentro, se( dei8ar-se distrair co( a5uilo 5ue se passa fora$
Ns 3mblemas da 0Imara de *efle:9es$ 4ntre(os e( n+s (es(osB apro"unde(osB "aça(os a,straç)o das apar7ncias e8teriores e penetre(os at o es5ueleto da realidade despo6ada de todo orna(ento sedutor %uando 1aturno houver assi( realizado sua o,raB o .alo de Merc9rio despertar# nossa intelig7nciaB a,ertaB desde ent)oB ?s verdades inici#ticas
Os antigos co(parara( esta operaç)o a u(a descida aos in"ernos Trata-seB para o pensadorB de penetrar at o centro das coisasB a "i( de chegar a conhec7-las e( sua ess7ncia ínti(a O espírito deve aprisionarse nas entranhas da terraB onde n)o se in"iltra nenhu( raio de luz e8terior Npelas noç&es 5ue nos "ornece( os sentidosS
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
$o seio dessas trevas a,solutasB a l=(pada da raz)o esclarece apenas "rag(entos do es5ueleto 5ue parece( evocar espectros 4sses restos de ossos "igura( a realidadeB tal co(o ela aparece despo6ada de seus orna(entos sensíveis a verdade ,rutalB privada do vu das ilus&esB a verdade toda nua 5ue se esconde no "undo de u( poço 4sse poçoB 5ue chega ao centro do (undoB o interior do ho(e( -lhe "eita alus)o na palavra *IT'IOLB cu6a interpretaç)o era u( grande segredo entre os al5ui(istas As letras das 5uais ela se co(p&e recordava(-lhes a "+r(ulaK Visita nteriora +errae, *etificando nvenies Nccultum apidem N*isita o interior da terra eB e( reti"icando pelas
puri"icaç&esB tu encontrar#s a !edra oculta dos 1#,iosS 4sta
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
4e temes ser esclarecido sobre teus defeitos, estarás mal entre n;s$ 4e /s capa! de dissimulação, treme, serás descoberto$ 4e te at/ns .s distinç9es humanas, sai, não se as reconhece aqui8 4e tua alma sente o terror, não vá mais longe8 4e perseverares, serás purificado pelos elementos, sairás do abismo das trevas, tu verás a u!8
4ssas sentenças est)o agrupadas e( torno de u( Malo e de u(a ampulheta, e(,le(as pintados 5ue aco(panha( as palavrasK VigilIncia
Nso,re tuas aç&esSB
O 1al e o 4n8o"re O 'itual prescreve colocarB diante do 'ecipiend#rioB dois vasosK u( deles contendo 1alB outroB 3n:ofre$ 4sta pr#tica n)o pode se 6usti"icar sen)o 5ue pela teoria dos tr7s princípios al5uí(icosK 3n:ofre, &ercBrio e 4al$
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
O 3n:ofre corresponde ? energia e8pansiva 5ue parte do centro de todo ser N/oluna 3 ∴S 1ua aç)o op&e-se ?5uela do &ercBrio, 5ue penetra todas as coisas por u(a in"lu7ncia vinda do e8terior N/oluna > ∴S 4ssas duas "orças antag0nicas se e5uili,ra( no 4al, princípio de cristalizaç)o 5ue representa a parte est#vel do ser O pensador n)o pode se recolherB sen)o se isolando das in"lu7ncias (ercuriais 4is por 5ueB na /=(ara de 'e"le8&esB o 3n:ofreB princípio de iniciativa e de aç)o pessoalB deve unica(ente agir so,re o 4al, sí(,olo de tudo a5uilo 5ueB do ponto de vista intelectualB (oral e
"ísicoB constitui a pr+pria ess7ncia da personalidade
O Testa(ento Os e(,le(as "9ne,res da c=(ara de re"le8&es deve( recordar o "i( necess#rio das coisasB a "ragilidade da vida hu(ana e a vaidade das a(,iç&es terrestres O !ro"anoB depois de haver-se su"iciente(ente a,sorvido nessa orde( de idiasB convidado a responder por escrito a tr7s perguntasB versando so,re seus deveres de ho(e( em relação a eus, em relação a ele mesmo e em relação a seus semelhantes$
4sta divis)o tern#ria de todas as nossas o,rigaç&es (orais est# ,aseada nos tr7s princípios al5uí(icos dos 5uais aca,a(os de "alar 2eus a5ui o ideal 5ue o ho(e( traz e( si (es(o a concepç)o 5ue ele pode ter do *erdadeiroB do 3usto e do >eloB o guia supre(o de suas aç&esB o Ar5uiteto 5ue preside ? construç)o de seu ser (oral J $)o se trata a5ui do ídolo (onstruoso 5ue a superstiç)o "or6a so,re o (odelo dos dspotas terrestres J A divindade est# representada
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
no ho(e( por a5uilo 5ue aí e8iste de (ais no,reB de (ais generoso e de (ais puro Traze(os e( n+s u( 2eus 5ue nosso princípio pensante 2ele e(ana( a raz)o e a intelig7nciaB coisas interiores 5ue os her(etistas relacionara( ao 3n:ofre$ NO sol oculto 5ue ,rilha na (orada dos (ortos J Osíris J 1er#pis J !lut)o J a /oluna 3 ∴B centro da iniciativa e da aç)o e8pansivaS Os deveres e( relaç)o a si (es(o s)o relativos ao &ercBrio, 5ue "igura a in"lu7ncia penetrante do (eio a(,iente OraB tudo est# necessaria(ente co(preendido na reuni)o do conteBdo N4n8o"reSB do continente N1alS e do ambiente NMerc9rioS As tr7s 5uest&es colocadas
a,range(B poisB todo o do(ínio da (oral universal 'esolvendo-asB o pensador n)o deve ater-se ? teoria 'enunciando a todas as "ra5uezas do passadoB incu(,e-lhe (orrer para a vida pro"anaB e renascer para u( (odo superior de e8ist7ncia O 'ecipiend#rio preparase para esta (orte si(,+licaB redigindo seu testa(entoB ato no 5ual ele consigna as vontades 5ue se tornar)o e8ecut+rias para o "uturo Iniciado
!reparaç)o do 'ecipiend#rio A planta 5ue atravessa a super"ície do solo a,andona na terra as crostas 5ue protegia( o gr)o A criançaB e( seu nasci(entoB despo6a-se do (es(o (odo dos envolt+rios 5ue continha( o "eto !or analogiaB o !ro"ano n)o sai da /=(ara de 'e"le8&esB sen)o e( aí dei8ando algu(as de suas vestes 4le se encontra ent)o co( o coraç)o a desco,ertoB o 6oelho direito posto a nu e o p es5uerdo descalço
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
Te( o lado es5uerdo do peito desco,ertoB para provar 5ue nenhu(a restriç)o egoísta deve isolar o Maço( do resto de seus Ir()os O 6oelho direito posto a nuB para revelar os senti(entos de piedade "ilos+"ica 5ue deve( presidir a procura da *erdade %uanto ao p se( calçadoB ele recorda o uso dos OrientaisB 5ue se descalça( antes de pisar o solo de u( recinto sagrado B al( do (aisB u( sí(,olo 5ue se encontra na lenda de 3as)o
N *ecipiendário ne( nu ne( vestidoB (as e( estado decenteB e privado de todos os (etais
4sse her+iB J havendo encontrado ? (arge( de u( rio u(a velha (ulher dese6osa de atravessar a #guaB J n)o hesitou e( to(#-la so,re os o(,rosB para depois coloc#-la na (arge( oposta I(agine-se a surpresa do 6ove( rapaz 5ue viu ent)o a anci) de traços "anados to(arB su,ita(enteB o aspecto (a6estoso de 3unoB a rainha do cu 4( reco(pensa de sua ,oa aç)oB a deusa pro(ete-lhe proteg7-lo e( todas as e(presas 3as)o perdera u(a de suas sand#lias no leito do rioB (asB contente de sua aventuraB n)o se i(portou co( isso e entrou na cidade vizinha co( u( p descalço OraB u( or#culo havia advertido !liasB o rei do paísB de 5ue descon"iasse de u( ho(e( 5ue n)o teria sen)o u( calçado In5uieto ? vista de 3as)oB perguntou-lheK ;%ue "arias tu co( u(
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
cidad)o 5ue u(a pro"ecia te houvesse denunciado co(o devendo atentar contra tua vidaG< ;4u o enviaria a procurar o Tos)o de Ouro
A !orta do Te(plo !rivado de seus (etaisB despo6ado de u(a parte de suas vestes e co( os olhos co,ertos por u(a espessa vendaB o !ro"ano ad(itido a ,ater na porta do santu#rio 1eus golpes ressoa( de (aneira desordenada e ve( a pertur,ar os tra,alhos interiores InterrogadoB ele (ani"esta sua intenç)o de ser rece,ido Maço( e "az constatar 5ue ele nascido livre e de bons costumes$
4sta constataç)o "az-lhe conceder a entrada no Te(plo A porta se a,re co( estrondo eB para "ran5uear o u(,ralB o !ro"ano curva-se at o c)o $a AntiguidadeB o,rigava-se o 'ecipiend#rio a raste6ar atravs de u( conduto "echadoB ? i(itaç)o da criança 5ue ve( ao (undo NA /=(ara de 'e"le8&es "igura a (atriz onde se desenvolve o gr(en A criança aí dei8a as (e(,ranas 5ue a continha(P depoisB ela ve( ao (undo na se5@7ncia de u( supre(o es"orço 4la retida pelo cord)o u(,ilical 5ue le(,ra a corda 5ueB nas Lo6as inglesasB pendurada no pescoço do 'ecipiend#rioS $as iniciaç&es (odernasB 5uer-seB so,retudoB "azer co(preender 5ue toda ci7ncia verdadeira "ilha da hu(ildade O ignorante presunçoso acredita tudo sa,er e n)o e8peri(enta 5ual5uer necessidade de instruir-se
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
'ealiza-seB poisB u( pri(eiro progressoB dando-se conta de 5ue nada se sa,e
A
Muitos Maçons i(agina( conhecer a MaçonariaB 5uando ne( (es(o sup&e a e8ist7ncia desses (istrios e de seu esoteris(o 4stes n)o sou,era( se inclinarB e( penetrando no santu#rioB onde se co(porta( co(o intrusos e pro"anadores O 'ecipiend#rio introduzido no Te(plo co( os olhos vendados 4le nada v7B (as pode sentir$ isso o 5ue se d# entenderB "azendo-lhe apoiar contra o peito a ponta de u(a espada 48iste( verdades de orde( intuitiva 5ue se adivinha( e se perce,e( sem que elas sejam e:pressas$ A espada "la(e6ante o sí(,olo do *er,oB "alando de outro (odoB do pensa(ento ativo a 9nica ar(a do IniciadoB 5ue n)o sa,eria vencer sen)o pelo poder da idia e pela "orça 5ue ela traz e( si (es(a
!ri(eira *iage( O ho(e( 5ue se e8ercita e( pensar ca(inha pri(eiro cega(ente 4le n)o avança sen)o tateandoB tropeçando a cada passo e( o,st#culos
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
5ue n)o sa,eria superar se( a a6uda de protetores esclarecidos O 'ecipiend#rioB partindo do Ncidente No do(ínio dos "atosB a realidade o,6etivaB o (undo sensívelSB aventura-se atravs das trevas da regi)o do Forte$ 4le se introduz nesta "loresta escura descrita por 2ante e citada por
*irgílio co(o escondendo o ra(o de ouro 5ue propicia a 4nas o acesso aos In"ernos 4sse ra(o consagrado a !roserpina a "aculdade de indução, 5ue leva o espírito a generalizar os "atos o,servados 4sta operaç)o (ental pode conduzir ?s (ais "alsas hip+teses J O pensa(ento hu(ano co(eça por cair de u( erro a outro 1)o estes ar(adilhas e ciladas 5ue a intelig7ncia deve conseguir evitar J A luta longa e penosa 4la conduz o 'ecipiend#rio at o Nriente No do(ínio da a,straç)oB a realidade su,6etivaB o (undo inteligívelS $oç&es racionais e sintticas parece( ent)o dar conta dos "atos 2aí decorre( as deduç9es, ou se6aB u( retorno ru(o ao Ncidente Nos "en0(enos sensíveisS pelo ca(inho do &eio-ia$ O ca(inho de retorno n)o (ais se(eado de espinhos co(o era o de partida Mas o via6ante i(p&e-se as (ais duras "adigas para escalar la,oriosa(ente o cu(e de u(a (ontanha íngre(e Mal se "elicita por haver atingido u(a altura de onde do(ina vastas regi&esB su,ita(ente assaltado por u(a te(pestade violenta O raio rugeB o solo tre(e e o granizo a,ate o i(prudente 5ueB "inal(enteB arrastado pelos tur,ilh&es de u( vento "urioso e precipitado atravs do espaço at o lugar de onde partiu a puri"icaç)o pelo Ar das antigas provas inici#ticas O sopro i(petuoso da opini)o geral "az a,ater o andai(e "actício das teorias pessoais
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
A 0asa de eus$ O arcano *I do Tar0 "az alus)o ?s e(presas 5ui(ricas das 5uais n)o poderia resultar sen)o ruína e decepç)o
O Tar0B esse livro hieroglí"ico 5ue nos "oi conservado so, a "or(a de u( 6ogo de cartasB retrata-nos esta prova na dci(a se8ta l=(ina *7se aí u( ho(e( pro6etado do alto de u(a torre Na5uela de >a,elGS 5ue o "ogo do cu decapitou 2o ponto de vista (oralB a pri(eira viage( o e(,le(a da vida hu(ana O tu(ulto das pai8&esB o cho5ue de diversos interessesB a di"iculdade dos e(preendi(entosB os o,st#culos 5ue (ultiplica(B so, nossos passosB concorrentes apressados e( nos pre6udicar e se(pre dispostos a nos repelirB tudo isso est# "igurado na irregularidade do ca(inho 5ue o 'ecipiend#rio percorreu e pelo ruído 5ue se "az e( torno dele 4le escala co( di"iculdade u(a altura de onde seria precipitado nu( a,is(oB se u( ,raço protetor n)o o houvesse segurado Isso indica co(oB isoladoB entregue aos seus recursos individuais e unica(ente preocupado e( vencer na vidaB "re5@ente(enteB da(o-nos a (uito
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
tra,alhoB para n)o colher sen)o ruína e decepç)o O egoís(o u( guia enganoso 5ue conduz ?s (ais desastrosas decepç&es
1egunda *iage( :( pri(eiro "racasso n)o deve desencora6ar O pensador decepcionado es"orça-se por discernir a causa de seus errosP depoisB volta so,re seus passos Mas ele avança co( circunspeç)oB por5ue a e8peri7ncia o tornou descon"iado !or te(or ?s antigas ciladasB ele hesitaB ele p#ra ?s vezesB e ca(inhaB ora depressaB ora lenta(ente :(a grande incerteza pesa so,re seu espírito Falta-lhe con"iança e( si (es(o e recua diante das conclus&es i(previstas ?s 5uais conduzido !ara devolver ao 'ecipiend#rio sua segurançaB "az-se-lhe so"rer a puri"icaç)o pela X gua$ u(a espcie de ,atis(o "ilos+"ico 5ue lava toda i(pureza Todas as "antas(agorias 5ue "alseia( a i(aginaç)o deve( ser arrastadas pelas ondas desse rio 5ue rcules "ez correr atravs dos est#,ulos de Xugias O Iniciado ta(,( deve sa,er resistir ao arrastar das correntes ?s 5uaisB na vidaB se a,andona( as naturezas vulgares !ertence-lheB e( particularB pensar por si (es(oB se( se tornar escravo das opini&es de outre( Ao ruído atordoante da pri(eira viage(B sucede u( tinir de ar(asB e(,le(a dos co(,ates 5ue o ho(e( constante(ente "orçado a sustentarB para repelir as in"lu7ncias corruptoras 5ue o persegue( e pretende( do(in#-lo 4le deve lutar se( cessar para su,trair-se ? tirania das tend7ncias viciosas O s#,ioB entretantoB sa,er# (anter-se distante dos con"litos desencadeados ao seu redor pelas pai8&es egoístas 4le
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
atravessar# i(pertur,#vel o ca(po de (assacre onde se contraria( os interesses opostosB guardando-se ,e(B so,retudoB de dei8ar-se seduzir pelos a(,iciosos se( escr9pulos 5ue sa,e( lison6ear os apetites e atrair os +dios e( seu 9nico proveito Mas n)o lhe su"iciente a,ster-se do erro e do vício As virtudes negativasB indíciosB todaviaB de u(a sa,edoria (uito rara entre os ho(ensB est)o longeB eles apenasB de con"erir direito ao título de niciado$ :(a 9lti(a prova resta a so"rerB e a (ais te(ível
Terceira *iage( !ara conte(plar a 'ainha dos In"ernosB 5uer dizerB a verdade 5ue se esconde dentro de si (es(o o Iniciado deve "ran5uear u(a tripla (uralha de cha(as a prova do ogoC o 'ecipiend#rio i(passívelB 5ue avança co( u( passo "ir(eB chegando ao o,6etivo s)o e salvoB ap+s haver sido envolvido tr7s vezes por u( (anto ardente 4le ca(inha se( di"iculdadeB se( chocar-se contra 5ual5uer o,st#culoB e n)o ouve ruído algu( A "acilidade desta viage( u( e"eito da perseverança do candidatoB 5ue sou,e opor a cal(a e a serenidade ao "ogo das pai8&es Ncha(asS 4le tornado apto a 6ulgar de (aneira s)P isso 5ue lhe per(ite penetrar at o "oco central do conheci(ento a,strato si(,olizado pelo !al#cio de !lut)o N/oluna ver(elha 6unto ? 5ual o Aprendiz rece,e seu sal#rioS O Iniciado per(anece e( (eio ?s cha(as Npai8&es a(,ientesS se( ser 5uei(adoB (as ele se dei8a penetrar pelo calor ,en"aze6o 5ue daí se destaca O entusias(o esclarecido u(a "orça da 5ual preciso tirar
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
partidoB por5ue apenas ela co(unica a energia necess#ria ? realizaç)o das grandes coisas :( ardor vivoB (as sa,ia(ente governadoB deve levar o Iniciado e( direç)o a tudo a5uilo 5ue no,re e generoso !ertence-lheB so,retudoB 6a(ais dei8ar se e8tinguirB e( seu coraç)oB o "ogo de u( a(or pro"undo por seus se(elhantes :(a irradiaç)o de si(patia desprende-se dele assi(B para cerc#-lo de u(a at(os"era saturada de ,enevol7nciaB aurola de energias ocultasB per(itindo operar os (ais inesperados prodígios
O /#lice da A(argura Todo progresso intelectual a(plia nossa responsa,ilidade (oral $ada se pode e8igir do ser inconscienteP (as o pensador contrai deveresB tanto (ais e8tensosB 5uanto (ais ele avança no conheci(ento do ,e( e do (al A5uele 5ue ,e,e do copo do sa,er aí esgota u( lí5uido "resco e doce 5ueB tornado su,ita(ente a(argoB reto(a "inal(ente sua pri(itiva doçura assi( na vida do Iniciado A despreocupaç)o pr+pria aos seres vulgares -lhe interdita O ho(e( esclarecido n)o te( o direito de viver apenas para si (es(oK ele deve a si (es(o aos seus se(elhantes eB longe de cuidar apenas de seus interesses pessoaisB ele traz consigoB doravanteB todo peso das (isrias de outre( u( encargo opressivo para o ho(e( de coraç)o 5ue se consagraB e do 5ual as intenç&es s)o ignoradas 1eu desinteresse u(a ano(alia aos olhos dos egoístasP por conseguinteB sua conduta suspeitaB e suas aç&es s)o travestidasP ele caluniadoB perseguidoB a,andonadoB traído e desprezado por todos
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
/heio de a(arguraB o 6usto ent)o tentado a desesperar-se e arrisca-se a sucu(,irB es(agado pela ingratid)o dos ho(ens Mas esta supre(a prova n)o sa,eria surpreender o Iniciado Longe de dei8ar-se a,ater e de repelir o c#lice "atídicoB ele deve to(#-loB decidido a esvazi#-lo at as "ezes ent)o 5ue o lí5uido acre e ardente trans"or(a-se nu(a ,e,ida recon"ortante O Iniciado ,e,e as #guas de Leteo 4le es5uece as in69riasB ele n)o sente (ais as penas eB persistindo e( sua a,negaç)oB ele reencontra e( (eio aos tor(entos da vida toda sua serenidade de espírito .ozandoB doravanteB da paz dos s#,iosB ele ad(itido ?s delícias dos ,os5ues 4líseos 1ua grandeza (oral eleva-o a u(a altura onde a c+lera dos (aldosos n)o sa,eria (ais atingi-lo Os eventos (ais cruis n)o t7( (ais poder so,re ele 4le est# aci(a de tudoK verdadeira(ente livre e digno do título de I$I/IA2O
A >ene"ic7ncia In"or(ando ao 'ecipiend#rio 5ue ele aca,a de ser de"initiva(ente ad(itido na F∴M∴B ele convidado a entrar na cadeia de união dos Maçons Isto n)o possível sen)o realizandoB co( elesB ato de solidariedadeB pela participaç)o nas o,ras de ,ene"ic7ncia da Orde( A vida (aç0nica inaugura-seB poisB por u(a doaç)o volunt#ria 5ue cada u( proporciona segundo seus (eiosB e cu6o valor per(anece ignorado co( tato e discriç)o 5ue deve(os a6udar aos nossos ir()os 4les t7( direito ? nossa proteç)oB por5ue a5ueles a 5ue( "alta o necess#rio s)o credores dos 5ue goza( do supr"luo A ,ene"ic7ncia B poisB pura 6ustiça 4la deve cu(prir-se co(o u( dever de solidariedadeB
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
se( 6a(ais servir de prete8to a atos de ostentaç)o ou de vaidadeB "ontes de orgulho para a5uele 5ue d# e de hu(ilhaç)o para a5uele 5ue rece,e Todos n+s pode(os ser 9teis uns aos outros /ada u( te( necessidade de todosB e 5ue( se recusasse a socorrer seu se(elhante se e8cluiria a si (es(oB por este 9nico "atoB da co(unicaç)o co( os Iniciados
A Luz Ap+s haver cu(prido seu pri(eiro dever de Maço(B o $e+"ito conduzido ao altarB onde ter(ina de o,rigar-se atravs de u( 6ura(ento solene 4le pro(eteB por sua honraB guardar de (aneira inviol#vel todos os segredos da F ∴M∴ e 6a(ais revelar 5ual5uer de seus (istriosB a n)o ser a u( ,o( e legiti(o Maço( 4le pro(ete aplicar-seB co( toda sua intelig7nciaB ? procura da *erdade e consagrar todas as suas "orças ao triun"o da 3ustiça 4le pro(ete a(ar seus ir()os e socorr7-los segundo suas possi,ilidades 4le pro(eteB en"i(B su,(eter-se ?s leis 5ue rege( a F ∴M∴ 4le consente e(B J tornando-se per6uroB J so"rer as penas 5ue houver (erecido e n)o (ais ser considerado sen)o co(o u( ser vilB se( honra ne( dignidade O $e+"ito dever# se(pre ter presenteB e( espíritoB a o,rigaç)o contraída co( plena li,erdade 4le deve estar pronto a renov#-la e( 5ual5uer ocasi)o e a sentir-se "orçado a o,serv#-la /o( a garantia de 5ue o 6ura(ento 5ue ele aca,a de pronunciar n)o lhe traz nenhu(a
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
in5uietudeB a Luz -lhe concedida A u( sinal dadoB a venda cai dos olhos do 'ecipiend#rioB o Te(plo ilu(ina-se co( u( clar)o repentinoB co( o 5ual o novel Iniciado "icaB pri(eira(enteB o"uscado MasB desde 5ue sua vista este6a acostu(ada ? luzB ele v7 os assistentes de p e ? orde(B apontando suas espadas contra seu peito $)o u(a a(eaça !or sua atitudeB os assistentes anuncia( ao novo ir()o 5ue eles vir)o e( seu socorro e( todas as circunst=ncias di"íceis e( 5ue ele puder se encontrar As l=(inas resplandecentes dirigidas a ele representa(B al( do (aisB a irradiaç)o intelectual 5ue cada Maço( pro6etar# doravante so,re o $e+"ito 4ssas espadasB ali#sB s)o seguras co( a ()o es5uerdaB lado do coraç)oB e "aze( alus)o assi( aos e"l9vios de si(patia 5ueB de toda parteB se concentra( so,re o rec/mnascido, acolhido co( alegria no seio da "a(ília (aç0nica
O Avental O Iniciado 5ue aca,a de rece,er a Luz apro8i(a-se do Oriente para renovar sua o,rigaç)o O ritual antigo "azia-lhe colocar o 6oelho direito na terra e a (anter a perna es5uerda e( es5uadro Nsu,(iss)oB respeito a tudo a5uilo 5ue e5@itativo e 6ustoS A ()o es5uerdaB (antendo u( co(passo a,ertoB dirige u(a de suas pontas ao peito es5uerdo Nper"eita sinceridade dos senti(entos e8pressosS A ()o direita colocada so,re a espada "la(e6ante do *ener#vel MestreB espada esta colocada so,re os estatutos da Orde( ouB (ais antiga(enteB so,re o 4vangelho a,erto no pri(eiro capítulo de 1)o 3o)o
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
O $e+"ito J havendo con"ir(ado suas o,rigaç&esB J o *ener#vel to(a da espada "la(e6ante co( a ()o es5uerdaB estende-a so,re a ca,eça do 'ecipiend#rio e pronuncia a "+r(ula de consagraç)oB e"etuando tr7s golpes de (alhete so,re a l=(ina 4le tocaB a seguirB co( a espadaB os o(,ros do $e+"ito e d#-lhe o a,raçoB cha(ando-o ;(eu ir()o< 4sse o 9nico trata(ento 5ue o novel Iniciado rece,er# daí e( diante 4le B ao (es(o te(poB revestido das insígnias de seu grauB ou se6aB de u( aventalB e(,le(a do tra,alho 5ue le(,ra 5ue u( Maço( deve levar se(pre u(a vida ativa e la,oriosa $)o se pode apresentar-se e( Lo6a se( estar revestido desta insígnia Ta(,( grandes ho(ens sentira(-se honrados e( cingir u( (odesto avental de pele de cordeiro O pensador aí v7 o sí(,olo do corpo "ísicoB do inv+lucro (aterialB do 5ual o espírito deve revestir-se para to(ar parte na o,ra de /onstruç)o universal !ode-se le(,rarB a respeitoB das ;t9nicas de pele< (encionadas do .7nese O casal ad=(ico rece,eu-as por vestesB 5uando "oi constrangido a renunciar ao !araíso No gozoB a inaç)oB o repousoS MasB se os antigos te8tos representa( o tra,alho co(o u( castigoB pertence ? Maçonaria glori"ic#-lo O escravo pode (aldizer seu la,or "orçadoB (asB ao ho(e( livreB repugna( a preguiça e a ociosidade 4le e8peri(enta a necessidade de desenvolver sua atividade e encontra grande "elicidade na aç)o constanteB "ecunda e 9til ao (aior n9(ero
As Luvas $a Idade MdiaB o novel Aprendiz devia o"erecer u( par de luvas a cada u( dos (e(,ros da o"icina $a Maçonaria (odernaB ao contr#rioB o $e+"ito 5ue rece,e dois pares de luvas ,rancas
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
:( lhe destinado 4le evitar#B co( issoB (acular-lhe a ,rancuraB por5ue as ()os de u( Maço( deve( per(anecer li(pas O outro par deve ser o"erecidoB pelo IniciadoB ? (ulher 5ue ele (ais esti(a A F∴M∴B assi(B presta ho(enage( ?s virtudes de u( se8o 5ue ela se recusa a constranger ? aridez de seus tra,alhos ordin#rios A (ulher a sacerdotisa do lar 4la protege por dentroB en5uanto o ho(e( age por "ora %uando ele retornaB (orti"icado pelos co(,ates da vidaB ele e8trai novas "orças 6unto de u(a co(panheira devotada 5ue trata de suas "eridas InteligenteB ani(ada de u(a corage( de natureza di"erente da suaB ela o sustenta e( seus des"aleci(entosB ela o encora6a e( suas e(presas generosas e torna-seB assi(B sua cola,oradora incessante 4B se o ho(e( "or tentado a es5uecer seus deveresB ? (ulher 5ue pertence le(,rar-lhe destes A F ∴M∴5uis "ornecer-lhe u( (eio poderoso As luvas ,rancas rece,idas no dia de sua iniciaç)o evoca(B para o Maço(B a le(,rança de suas o,rigaç&es A (ulher 5ue as (ostrarB 5uando ele estiver a ponto de des"alecerB aparecer-lhe-# co(o sua consci7ncia vivaB co(o a guardi) de sua "elicidade %ue (iss)o (ais alta se poderia con"iar ? (ulher 5ue se estima (aisG O 'itual "az o,servar 5ue n)o se(pre a5uela 5ue se ama (aisB por5ue o a(orB "re5@ente(ente cegoB pode enganar so,re o valor (oral da5uela 5ue deve ser a inspiradora de todas as o,ras grandes e generosas .oetheB iniciado e( Wei(arB a de 6unho de DRQVB apressou-se e( ho(enagearB co( as luvas si(,+licasB a 1enhora von 1teinB "azendolhe o,servar 5ueB se o presente era ín"i(o e( apar7nciaB ele apresentava a singularidade de n)o poder ser o"erecidoB por u( Franco-Maço(B sen)o 5ue apenas u(a 9nica vez na vida
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
'estituiç)o dos Metais O $e+"itoB J tendo rece,ido a co(unicaç)o dos sinaisB to5ues e palavras 5ue lhe per(ite( "azer-se conhecer co(o Aprendiz Maço(B J conduzido para perto dos *igilantes 5ue o v)o trolharB "azendo-o e8ecutar a (archa no 5uadrilongo 4le B a seguirB procla(ado (e(,ro ativo da Lo6a 5ue procedeu ? sua recepç)o eB daí e( dianteB todos os Maçons do (undo lhe dever)o a6uda e proteç)o A asse(,lia acla(a o novel iniciado pela ,ateria usualP depoisB ele ad(itido a to(ar lugar e( "rente aos ir()os colocados diante da /oluna do $orte H O *ener#vel e8orta-o a (erecerB J por sua assiduidade aos tra,alhos da Lo6a e pela pr#tica das virtudes (aç0nicasB J penetrar (ais adiante nos (istrios da Orde( 4le "az o,servar ao $e+"ito 5ueB pelo espaço de algu(as horasB se lhe deu co( 5ue re"letir durante toda sua vida A linguage( aleg+rica da F∴M∴deveB co( e"eitoB ser (editada co( cuidado Os sí(,olos generaliza( a5uilo 5ue as palavras especi"ica( 4les per(ite( e8pressar idias gerais 5ue representa( leis i(ut#veis do pensa(ento hu(ano 4les n)o t7( u( valor deter(inado e invari#velB (as s)o susceptíveisB ao contr#rioB a ser vistos de (9ltiplos pontos de vistaB dando lugarB a cada vezB a interpretaç&es an#logasB (as di"erentes $)o se sa,eriaB poisB e8por tudo a5uilo 5ue pode signi"icar u( sí(,olo $)o h# nuncaB nu( sí(,oloB sen)o a5uilo 5ue se sa,e ver O si(,olis(o u(a escrita 5ue preciso aprender a ler 2a5ueleB
A pri(eira pedra de u( edi"ício deve ser a5uela do =ngulo norte-leste
36
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
unica(enteB J para 5ue( os sí(,olos n)o s)o (ais letra (orta J podese dizer 5ue u(
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
N
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
/oncepç&es Filos+"icas 'elacionadas ? 'itualística do .rau de Aprendiz
As Tradiç&es /ertas teorias t7( e8ercido u(a in"lu7ncia preponderante so,re o pensa(ento hu(ano :( Iniciado n)o deve ignor#-las 48pore(osB poisB a5uiB algu(as idias dos Antigos susceptíveis de esclarecer a 5uest)oK e onde viemosD
!er(anece entendido 5ue a F ∴M∴n)o preconiza nenhu(a (aneira de ver deter(inada 4la solicita o pensa(ento independente eB para (elhor esti(ular as intelig7nciasB ele evita atirar-lhes co(o iscas soluç&es ar,itr#rias %ue se to(eB poisB (uito cuidado co( o 5ue se segue a título de in"or(aç&es 5ue nos es"orça(os por reproduzir as teorias dos antigos hiero"antes $osso o,6etivo o de "ornecer u( ali(ento ?s re"le8&es da5ueles 5ue 5uisere( pensarB e n)o o de sustentar u(a tese A F∴M∴repele todo dog(atis(oB e n)o sa,eria "azer-se de"ensora de nenhu(a doutrina 4la se recusa a to(ar partidoB e ,usca o acordo entre todos os pensadoresB por5ue deste acordo 5ue surge a *erdade
A 'egeneraç)o
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
$ada co(eça e nada ter(ina de u(a (aneira a,soluta $)o h# início ne( "i( sen)o e( apar7ncia $a realidadeB tudo se (ant(B tudo continuaB para so"rer incessantes trans"or(aç&es 5ue se (ani"esta( por u(a srie de (odos sucessivos de e8ist7ncia 4sses (odos s)o variados Tudo a5uilo 5ue se realiza em ato e8istiu antes em pot%ncia$ As energias 5ue se agrupa( para dar nasci(ento a u( ser su,sistia( antes de sua apariç)o Todo ser te(B poisB suas raízes na pr+pria orige( de todas as coisas /onsideraç&es desse g7nero "izera( ver a vida terrestre de cada ser co(o a "ase particular de u(a vida (ais e8tensa 4sta "ase n)o aparece sen)o co(o u( acidente na vida per(anente do ser O ho(e( parece haver "eito sua entrada na cena do (undo co(o nu( teatro 4le se introduz transitoria(ente na pele de u( personage( N persona, e( lati(B signi"ica máscara eB por e8tens)oB papel, ator2$ A identi"icaç)o t)o per"eita 5ue a (aior parte dos hu(anos leva( seu papel a srioK eles acredita(B co(o se diz "a(iliar(enteB ;5ue as coisas acontece(< Ma5uiados e "antasiados co( tra6es co(,inadosB eles to(a( a linguage(B o to(B os gestosB a (anutenç)o do personage( 5ue est)o a representarP depoisB representa( co( tal convicç)o 5ue se es5uece( inteira(ente de 5ueB ao cair das cortinasB os atores tira( as (#scaras e os ouropisB para voltare( a ser eles (es(os Os Iniciados antigos pretendia(-se aci(a de se(elhantes ilus&esB ?s 5uais eles 6ulgava( indispens#vel n)o destruir entre o vulgo !ara elesB (ísticos re"inadosB a vida integral do ho(e( co(portava "ases alternativas de aç)o e repouso A vida presente u( período de atividade (aterial MasB antes de nascerB n+s 6# viv7ra(os nu( estado i(perceptível a nossos sentidos 4st#va(osB ent)oB entregues ? vida do sonho eB segundo as le(,ranças conservadas de u( precedente período
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
ativoB ra(os presas do pesadelo do re(orsoB ou goz#va(os da doce satis"aç)o do dever cu(prido 4ra a (orada da al(a no 'eino de !lut)o No (undo invisívelS Mas as penas do T#rtaro n)o era( eternasB e o repouso elísio nada tinha de de"initivo 4( u( dado (o(entoB a parte persistente do ser encontrava-se cha(ada a novos destinos terrestres avia ent)o se es5uecido do passado O pro"ano era despo6ado de seus (etais O ser renunciava a tudo o 5ue havia ad5uirido 'econstruía-se a si (es(oB reto(ando-se por ,ase 4le re"azia toda sua evoluç)oB reco(eçando pelo co(eçoB e reaparecia de onde pri(itiva(ente viera $)o est)o aí sen)o puras e8travag=nciasB para 5ue( n)o se d# ao tra,alho de apro"und#-las Mas o pensador poder# util(ente aproveitar no tesouro dessas vener#veis tradiç&esB so,retudoB se ele possuir algu(as noç&es de e(,riologia
A .7nese Individual Os dados ne,ulosos do (isticis(o antigo esclarece(-seB ?s vezesB de u(a (aneira nítida e precisaB graças ?s desco,ertas da ci7ncia (oderna As idias dos antigos n)o deve(B poisB ser desdenhadas Mtodos co( os 5uais esta(os pouco "a(iliarizados pudera( conduzilos a soluç&es 5ue se apro8i(a( singular(ente das nossas $ada de surpreendente nissoU $)o h# sen)o uma verdadeB e ela 5ue inspira todas as (editaç&es Mas a *erdade "unda(ental altera-se pela e8press)o 2esde 5ue se a revista de u(a "or(aB sua augusta nudez (ascara-seB e a diverg7ncias dos pontos de vista (ani"esta(-se !ertenceB desde ent)oB ao IniciadoB
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
"azer a,straç)o do signo e8terior 4( (atria de "+r(ulasB de teoriasB de siste(asB o pensador deve e8ercer sua penetraç)o de espíritoB a "i( de discernir o pensa(ento pri(itivo 5ueB 5uase se(preB lhe aparece co(o u(a ,rilhante *erdade escondida so, u( ac9(ulo de erros As alegorias da /=(ara de 'e"le8&es relaciona(-se plena(ente a esta procura do pensa(ento puroB apreendida e( u( estado anterior a toda concretude 4ste pensa(ento generalizadoB escapando a toda e8press)oB corresponde ? &at/ria
O 'ecipiend#rio resta suposta(ente encerrado durante nove dias no seio da terra Isso recorda os nove (eses da gestaç)o hu(ana 4n5uanto durar a provaB o postulante n)o se ali(entar# sen)o 5ue de p)o e #guaP al( dissoB ele n)o "alar# co( pessoa algu(a 4ssas austeridades pudera( sugerir a idia dos retiros religiosos e das novenas
As !rovas A criança cegaB (oral e intelectual(ente 4la co(eça a viver sustentada por seus pr+8i(osB 5ue n)o poder)o a,andon#-la a si (es(o sen)o 5uando ela estiver na plena posse de suas "aculdades 4stas se desenvolve( pouco a pouco O ho(e( "az-se progressiva(enteP suas "orças cresce( na raz)o de sua colocaç)o e(
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
o,raK as di"iculdades 5ue ele encontra s)o u( esti(ulante 4las nos a,riga( a con5uistar a5uilo 5ue nos "alta 1e tudo se "izesse por si (es(oB n+s n)o tería(os nenhu(a raz)o de serB por5ueB co(o 5ual5uer +rg)oB n)o e8isti(os sen)o ? vista da "unç)o 5ue deve(os preencher 1e n)o tivsse(os nada a dese6arB nada a vencer e nada a con5uistarB nosso papel seria nulo A luta nos "or(aB ela preside ? nossa evoluç)oB e "az de n+s a5uilo 5ue so(os A vidaB ali#sB u(a escola $)o se est# nela para divertir-seB (as para "azer-se e para instruir-se 2eve(os con5uistar nossos graus na hierar5uia da e8ist7nciaB e escalarB u( a u(B os degraus do aper"eiçoa(ento individual Mas trata-seB e( pri(eiro lugarB de atingir a idade adulta O ho(e(B ent)oB deve haver aprendido a governar as "orças das 5uais disp&e A construç)o corporal est# aca,adaP d+cil aos i(pulsos volunt#riosB o organis(o o instru(ento de tra,alho do espírito u(a vesti(enta NaventalS 5ue o ho(e( invisível e(prega co(o u( esca"androB para (ergulhar no do(ínio dos sentidosB a "i( de aí realizar sua tare"a O princípio inteligente li,era-se transitoria(ente deste aparelhoB e perde ent)o todo contato co( o (undo sensível o caso do sono ou dos estados an#logos 5ue interro(pe( o curso dos tra,alhos si(,+licos 4stes reto(a( força e vigor, desde 5ue retorna(os a n+s pelo despertarB 5uer dizerB 5uando o ho(e( invisível se le(,ra de cingir nova(ente o avental aleg;rico$
O ho(e( 5ue chega a possuir-se inteira(ente co(par#vel ao artista 5ue se torna (estre de seu instru(entoB a ponto de "azer co( ele e8ata(ente o 5ue 5uer $esse estado de har(onia e de acordo per"eito entre o espírito 5ue co(anda e o corpo 5ue o,edece ocorre 5ue este
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
9lti(o se ,ene"icia da e8peri7ncia ad5uirida pela parte transcendente do ser O atavis(oB co( e"eitoB n)o su"iciente para e8plicar talentos e disposiç&es "elizes 5ue certos indivíduos (ani"esta( e( tal grauB 5ue parece( recordar a5uilo 5ue eles teria( podido aprender nu(a e8ist7ncia precedente 4sse seria u( e"eito da restituição dos metais$ !or estranhas 5ue possa( parecer essas idiasB n)o tenha(os a presunç)o de poder repeli-las co( (uito de desd( 4las s)o susceptíveis de u( certo a6usteB e o Iniciado n)o pode se contentar co( pensar si(ples(ente co(o ho(e( de seu te(po e de seu país 4le deve aplicar-se a tudo co(preenderB para incorporar o pensa(ento de todas as pocas e o espírito ínti(o de todos os "il+so"os Tudo verdadeiroB 5uando se co(preendeP tudo "alsoB 5uando se n)o co(preende
!lut)o reina so,re o (undo in"erior /r,ero a 4s"inge das regi&es in"ernais 1uas tr7s ca,eças coloca( tr7s 5uest&esK 2e onde vie(osG %ue( so(osG
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
!ara onde va(osG
2everes do Aprendiz Maço( 2everes .erais do Iniciado Os ritos inici#ticos n)o t7( nenhu(a virtude sacra(ental O !ro"ano 5ue "oi rece,ido Maço( segundo as "+r(ulas tradicionais n)o ad5uireB por este 9nico "atoB as 5ualidades 5ue distingue( o pensador esclarecido do ho(e( ininteligente e grosseiro O ceri(onial de recepç)o n)o te( valorB sen)o en5uanto coloca e( cena u( progra(a 5ue ca,e ao ne+"ito seguirB para entrar e( plena posse de todas as suas "aculdades O Aprendiz Maço( te(B poisB por pri(eiro deverB (editar so,re os ensina(entos do ritualB a "i( de a eles con"or(ar sua conduta 4is aí seu dever por e8cel7nciaB seu 9nico dever 5ue co(preende todos os outros Mas u( iniciante recla(a prescriç&es (ais precisas 4las est)o contidas no co(pro(isso 5ue ele prestou antes de rece,er a Luz 0alar-se diante dos
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
4ubmeter-se . ei$
2iscriç)o Maç0nica !rivar-se de "alar para li(itar-se a escutar u(a e8celente disciplina intelectualB 5uando se 5uer aprender a pensar As idias a(adurece( pela (editaç)o silenciosaB 5ue u(a conversaç)o consigo (es(o As opini&es racionais resulta( de de,ates ínti(os 5ue se trava( no segredo do pensa(ento O s#,io pensa (uito e "ala pouco :( 6ove( Maço( deveB poisB de (aneira geralB (ostrar-se (uito reservado Todo proselitis(o inte(pestivo lhe interdito $)o e8iste erro pior 5ue a verdade (al co(preendida Falar para "azer-se co(preender (al B ao (es(o te(poB perigoso e nocivo precisoB poisB colocar(onos se(pre ao alcance da5ueles 5ue nos escuta( !rocurar i(pressionarB e8pondo idias (uito ousadasB essencial(ente anti(aç0nico 2e 5ue serve a(edrontar espíritos tí(idosG As intelig7ncias t7( necessidade de ser preparadas para rece,er a luzK u(a claridade (uito ,rusca cega e nada esclarece %uando a venda si(,+lica caiu de seus olhosB todo Iniciado p0de constatar 5ue a o"uscaç)o produziu u(a sensaç)o dolorosa 4ste6a(osB poisB atentos e( n)o contrariar nenhu(a convicç)o sincera 4scute(os cada u( co( ,enevol7nciaB se( "azer ostentaç)o de nossa (aneira de ver Te(os de "or(ar nossa opini)o eB co( tal o,6etivoB -nos vanta6oso ouvir os advogados das causas (ais contradit+rias Aprenda(os a 6ulgar se( o (enor preconceitoP assi( 5ue nos tornare(os pensadores independentesB ou livre-pensadores no verdadeiro sentido da palavra
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
1egredo :( Maço( deve a,ster-se de toda divulgaç)o susceptível de trazer pre6uízo ? F ∴M∴ou aos seus (e(,ros Todos os (e(,ros da Orde( est)o solidarizados por u( contrato "or(al de reciprocidade 4les t7( o,rigaç&esB uns e( relaç)o aos outrosB eB para cu(pri-lasB indispens#vel 5ue os Iniciados possa( se distinguir dos pro"anos Os (eios de reconheci(ento deve(B poisB ser o,6eto do (ais a,soluto segredo %uanto aos detalhes dos ritos 5ue se pratica( no seio dos te(plos (aç0nicosB proi,ido "alar deles e8terior(ente Os espíritos super"iciais n)o poderia( sen)o deles "azer prete8toB para ridicularizare( a F ∴M∴ preciso evitarB desse ponto de vistaB atirar prolas aos porcos O "or(alis(o do ritual (aç0nicoB ali#sB n)o per(aneceu secreto 4le "oi divulgado e( nu(erosas o,ras aparecidas desde o início do sculo *III Mas n)o se pode "azer conhecerB so, esse ponto de vistaB sen)o o lado (aterial de nossas pr#ticas O 3soterismo n)o susceptível de divulgaç)o A disciplina do sil7ncio levou os antigos Maçons a dei8are( se( rplica as cal9nias das 5uais eles "ora( o o,6eto 4les aguardara( estoica(ente 5ue a verdade viesse ? luz 4la triun"ou necessaria(enteB co(o d# a entender a velha (#8i(aK a!er o bem e dei:ar gritar$ O pensa(entoB de restoB B e( si (es(oB u(a "orça 5ue age e8terior(ente de u(a (aneira (isteriosa 4le pode in"luenciar a vontade de outre(B (es(o se( ser e8presso pela palavra ou pela escrita isso o 5ue revela o estudo das leis ocultas do pensa(ento O iniciado instruído
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
nessas leis aplica-se e( calar-se$ /oncentra-seB a "i( de i(pri(ir ?s suas idias u(a tens)o (ais alta u( conspirador 5ue disp&e do (ais poderoso de todos os (eios de aç)oK o pensa(ento dirigido co( pleno conheci(ento de causa Mas conv(B nessa (atriaB unir o e8e(plo ao preceito e n)o in"ringirB (ais do 5ue per(itidoB ? lei do sil7ncio
Toler=ncia se(pre presunçoso "azer-se 6uiz de u(a opini)oB 5ual5uer 5ue ela se6a As (aneiras de ver divergentes 5ue surge( s)o todas igual(ente respeit#veisB 5uando e(ana( de pessoas sinceras 4las e8pri(e( a *erdade so, os di"erentes aspectos 5ue ela apresentaB e( raz)o dos (9ltiplos pontos de vista de onde ela susceptível de ser considerada 4ncontra-seB poisB u(a parte de verdade e( todas as opini&es $ingu( est# e( erro a,solutoB e ningu(B de outra parteB pode vangloriar-se de possuir a verdade per"eita 1e6a(osB poisB indulgentesB e n)o e8i6a(osB de cada u(B 5ue ve6a as coisas co(o n+s (es(os As intelig7ncias s)o "racas 4las n)o se apro8i(a( da *erdade sen)o percorrendo u(a srie de etapas 5ue preciso con5uistar u(a a u(a !ara "avorecer o progresso dos espíritosB necess#rioB poisB dar-se conta das "ases sucessivas de toda evoluç)o intelectual O,ter-se-)o os (elhores resultados intervindo discreta(ente $)o se sa,eria (elhor aplicar a divisa de 'a,elaisK Foli ire, fac venire$ $)o atropeleis aos retardat#riosB para o,rig#-los a ca(inhar ? "orçaP contentai-vos co( preced7-losB encora6ando-osK eles n)o dei8ar)o de vos seguir .uardai-vosB so,retudoB de proceder por a"ir(aç&esB por "+r(ulas e dog(as $ada (ais contr#rio ao espírito (aç0nico $)o procureis
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
i(por vossa (aneira de verB (as levai os outros a desco,rir a5uilo 5ue v+s haveis encontrado v+s (es(os !ensai e "azei pensar
!rocura da *erdade A F∴M∴distingue-se das igre6as pelo "ato de 5ue ela n)o se pretende na posse da *erdade O ensina(ento (aç0nico n)o co(porta ne( dog(a ne( credo de nenhu(a espcie /ada Maço( cha(ado a construir por si (es(o o edi"ício de suas pr+prias convicç&es co( este o,6etivo 5ue ele iniciado na pr#tica da Arte do
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
'ealizaç)o 1e a F∴M∴n)o se entregasse sen)o ? pura especulaç)oB ela per(aneceria no do(ínio a,stratoB se( co(padecer-se dos (ales 5ue ator(enta( a hu(anidade OraB esses (ales t7( sua repercuss)o sensível no coraç)o de todo ho(e( generoso O IniciadoB por conseguinteB n)o se isola do (undo .uarda-se de i(itar esses (ísticos egoístas 5ue procura( a per"eiç)o longe do contato da corrupç)o geral 4le partilha (enos ainda a indi"erença dos satis"eitos 5ue n)o visa( sen)o a gozar dos "avores concedidos ao pe5ueno n9(ero O ho(e( de coraç)o sente-se lesado por toda ini5@idadeB (es(o 5uando n)o dela direta(ente víti(a 2esinteressar-se da sorte de outre( ro(per o laço de solidariedade 5ue une todos os (e(,ros da "a(ília hu(ana OraB os indivíduos n)o tira( sua "orça sen)o da coletividade da 5ual "aze( parte Isolar-se do todo no 5ual se est# incorporado consagrar-se ? (orte O egoístaB 5ue n)o pretende viver sen)o para si (es(oB dei8a de participar da vida geral /o(porta-se co(o u( corpo estranho no seio do organis(o hu(anit#rio e torna-se u( ele(ento (+r,idoB u(a causa de doença social A F∴M∴ u(a aliança universal de ho(ens honestosB sincera(ente consagrados ao ,e( de todos !ela uni)o de u( con6unto de vontades "ortesB u(a aç)o irresistível se e8erce so,re as vontades "racas nesse sentido 5ue preciso desejar a Eustiça, por5ue a5uilo 5ue se dese6a co( persist7ncia e "ir(eza n)o se pode dei8ar de o,ter
Fraternidade Inici#tica Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
A "orça de u(a associaç)o reside essencial(ente na coes)o de seus (e(,ros %uanto (ais unidos eles s)oB (ais poderosos 4( MaçonariaB a uni)o n)o o e"eito de u(a disciplina i(postaB ela n)o pode nascer sen)o da a"eiç)o 5ue sente(B uns pelos outrosB os Iniciados B poisB da (ais alta i(port=ncia contri,uir por todos os (eios para estreitar os laços 5ue une( os Maçons indispens#velB antes de tudoB vere(-seB a "i( de conhecere(seB apreciare(-se e esti(are(-se Todas as reuni&es (aç0nicas ser)oB poisB "re5@entadas co( a (aior assiduidade /o(portar-se-# de (aneira a (erecer a si(patia de cada u( eB de outra parteB (ostrar-se-# plena indulg7ncia ? vista das "altas de seus ir()os O ho(e( se(pre i(per"eito 4le deveB poisB evitar deter-se nas "ra5uezas de outre(P desta5ue(os as 5ualidades de nossos cola,oradores e passe(os a trolha so,re as asperezas das pedras 5ue o ci(ento deveB indissoluvel(enteB unir co( a (ais "ranca a(izade
'espeito ? Lei Aci(a das leis convencionaisB h# u(a Lei idealB escrita no coraç)o dos ho(ens de ,e( a esta regra so,erana 5ue o Iniciado se su,(ete se( reservas %uanto ?s leis positivasB por i(per"eitas 5ue elas se6a(B n)o s)o (enos respeit#veis 4las constitue( o ele(ento "unda(ental de toda civilizaç)oB preserva( do ar,ítrioB assegura( a orde( e i(p&e(-se co(o sanç)o necess#ria do pacto social
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
:( Iniciado se su,(eteB poisB ?s leisB (es(o 5uando elas "ore( in6ustas Inclina-se perante a vontade geralB (es(o 5uando ela estiver enganada 1+crates pre"eriu ,e,er a cicutaB de pre"er7ncia a su,trair-se ? sentença legalB (as iní5uaB 5ue o atingiu 'o,espierre "oi derru,adoB recusando-se a incitar o povo ? revolta R 4is aí grandes e8e(plos Os Franco-Maçons su,(ete(-se escrupulosa(ente ? legislaç)o de todos os países onde lhes per(itido reunire(-se livre(ente 4les n)o conspira( contra nenhu(a autoridade legal(ente constituída 1ua aç)o hu(anit#ria n)o podeB poisB "azer-se suspeita sen)o aos governos 5ue t7( consci7ncia de ter contra si o direito $o 5ue concerne ? lei maçOnica, os Maçons o,serva(-lheB so,retudoB o espírito$ Os regula(entos n)o se i(p&e( a eles co( u(a in"le8i,ilidade tir=nica !reconiza( u(a linha de conduta 5ue te( por si a autoridade de u(a longa e8peri7ncia Mas 6a(ais se deve perder de vista 5ue as prescriç&es regula(entares se dirige( a ho(ens 5ue pensa(B e 5ue se conduze( segundo a l+gica OraB para o !ensadorB a 'az)o per(anece a lei supre(aB contra a 5ual nenhu(a estipulaç)o escrita poderia ser invocada O Iniciado goza de inteira li,erdadeB por5ue ele plena(ente racional e por5ueB e( conse5@7nciaB ele n)o pode "azer sen)o u( ,o( uso de sua vontade nesse sentido 5ue o Maço( deve ser livre e( Lo6a livre %uando 'a,elais resu(iu a regra dos Tele(itasK J a!e o que queres, = ele entendia “que pessoas livres, bem nascidas, conversando em companhias honestas t%m, por nature!a, um instinto e uma disposição que as leva sempre a feitos virtuosos e afasta do vícioU a 37
!ota da "diç#o $rancesa 4ste era o estado das pes5uisas hist+ricasB 5uando Wirth
escreveu esta "rase 4ra u(a opini)o unani(e(ente ad(itida Mas depoisB Al,ert Mathiez teria encontrado nos Ar5uivos $acionais a orde( de cha(ada do povo ? insurreiç)o assinada por 'o,espierre e (anchadaB pensa-seB co( seu pr+prio sangue
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
isso chamam honra$ Nutros, quando pela vil sujeição e coação são oprimidos e escravi!ados, desviam-se da nobre afeição pela qual, . virtude, francamente tendem, e procuram depor e violar esse jugo de servidão, porque empreendemos sempre coisas proibidas e cobiçamos tudo o que nos / negado#$
A Eustiça$ O arcano *III do Tar0 "az alus)o ? lei universal do e5uilí,rio 5ue re(ete "atal(ente cada coisa ao seu lugar
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
/atecis(o Interpretativo do .rau de Aprendiz A cada grau (aç0nico liga-se u(a instruç)o por perguntas e respostas As perguntas s)o colocadas de (aneira a esti(ular a re"le8)o O pensador deve es"orçar-se por responder segundo a l+gicaB e n)o se contentar e( reter si(ples(ente as respostas convencionais Algu(as dessas respostas deve(B no trolhamento G5, ser dadas te8tual(enteK elas est)o escritas e( caracteres especiais ! J %ual o laço 5ue nos uneG ' J A ranco-&açonaria$ ! J %ue a Franco-MaçonariaG ' J u(a aliança universal de ho(ens esclarecidosB unidos para tra,alhar e( co(u( para o aper"eiçoa(ento intelectual e (oral da hu(anidade ! J A Franco-Maçonaria u(a religi)oG
2e acordo co( antigos rituais inglesesB o trolhamento co(eça co(o segueK
38
<$ = 3:iste alguma coisa entre v;s e mimD *$ = 4im, Ven∴ &est$ <$ = N que /, meu r∴D *$ = Qm segredo$ <$ = TualD *$ = A r∴ &aç∴$ <$ = 3u presumo, pois, que v;s sois ranco-&açomD *$ = 3u fui recebido e admitido como tal por meus r ∴ &estres e 0ompanheiros$
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
' J $)o u(a religi)o no sentido estrito da palavra MasB (elhor 5ue 5ual5uer outra instituiç)oB ela te( por e"eito unir os ho(ens entre siP B por esse "atoB u(a religi)o Wde religare, ligar2 no sentido (ais a(plo e (ais elevado do ter(o ! J 1ois Maço(G ' J &eus rmãos me reconhecem como tal$ ! J !or 5ue respondeis assi(G ' J !or5ue u( Aprendiz Maço( deve duvidar de si (es(o e te(er realizar u( 6ulga(ento antes de haver apelado ?s luzes de seus ir()os ! J %ue u( Maço(G ' J @ um homem nascido livre e de bons costumes, igualmente amigo do rico e do pobre, se eles são virtuosos$
! J %ue signi"ica nascido livreD ' J O ho(e( nascido livre a5uele 5ueB ap+s haver (orrido para os preconceitos do vulgoB viu-se renascer para a nova vida 5ue a iniciaç)o con"ere ! J !or 5ue dizeis 5ue u( Maço( / igualmente amigo do rico e do pobre, se eles são virtuososD
' J !ara indicar 5ue o valor individual deve ser apreciado e( raz)o das 5ualidades (orais A esti(a n)o se deve (edir sen)o segundo a const=ncia e a energia 5ue o ho(e( aporta ? realizaç)o do ,e( ! J %uais s)o os deveres do Maço(G ' J ugir ao vício e praticar a virtude$ ! J /o(o u( Maço( deve praticar a virtudeG ' J !re"erindoB e( todas as coisasB a 3ustiça e a *erdade ! J Onde "ostes preparado para tornar-se Maço(G ' J 4( (eu coraç)o
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
! J /o(o houvestes procedido para esta preparaç)oG ' J Apli Aplica cand ndoo-(e (e a a(ar a(ar "rat "rater erna nal( l(en ente te todo todoss os sere seress hu(anos ! J Onde "ostes rece,ido Maço(G ' J 3m uma ∴ justa e perfeita$ ! J %ue preciso para 5ue u(a L ∴se6a 6usta e per"eitaG ' J +r%s a dirigem, cinco a esclarecem$ 4ete a tornam justa e perfeita$
! J 48plicai esta resposta ' J Os tr%s s)o o *en ∴ e os dois *ig ∴ 4sses o"iciaisB co( o Orad∴ e o 1ec∴B s)o as cinco lu!es da L∴P J (as preciso 5ue sete (e(,ros da L∴B ao (enosB este6a( reunidosB para 5ue se possa( realizar iniciaç&es regulares J 2entre esses seteB ao (enos tr7s deve( possuir o grau de Mestre e doisB o grau de /o(panheiro Tr7s MaçonsB dos 5uais u( ao (enos se6a MestreB constitue( u(a oja simples, apta ?s deli,eraç&es ínti(as e ?s trocas de opini&esB visando
? instr instruç uç)o )o recíp recíproc rocaa e( (at (atria ria inici inici#t #tica ica J A reuni reuni)o )o de cinco cinco Maçons Maç onsBB dos dos 5uais 5uais tr7s Me Mestr stres es e u( /o(pan /o(panhei heiroB roB "or(a "or(a u(a oja justa, co(petente e( (atria de instruç)o 6udici#ria J 4n"i(B a oja perfeita, co(p co(pos osta ta de sete sete (e(, (e(,ro rosB sB co(o co(o "oi "oi dito dito aci( aci(aB aB poss possui ui
unica(ente a plenitude da so,erania (aç0nica ! J 2esde 5uando sois Maço(G lu! $ ' J esde que recebi a lu!$
! J %ue signi"ica esta respostaG ' J %ue n+s n)o nos torna(os real(ente Maçons sen)o a partir do dia e( 5ue nosso espírito se a,re para a co(preens)o dos (istrios (aç0nicos
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
! J !elo 5ue reconhecerei 5ue v+s sois Maço(G palavr as e toques$ ' J
! J /o(o interpretais esta respostaG ' J :( Maço( se reconhece por sua (aneira de agirB se(pre e5@itativa e "ranca Wsinais2U por sua linguage( leal e sincera Wpalavras2U en"i(B pela solicitude "raternal 5ue ele (ani"esta para co( todos a5ueles a 5ue( est# unido pelos laços da solidariedade Wapertos de mão, toques2$ ! J /o(o se "aze( os sinais os MaçonsG ' J
cessarB o nível social W
! J 4sse sinal n)o te( outra signi"icaç)oG ' J A ()o direitaB colocada e( es5uadro so,re a gargantaB parece conter o "ervilhar das pai8&es 5ue se agita( no peito e preservar assi( a ca,eça de toda e8altaç)o "e,rilB susceptível de co(pro(eter nossa lucidez de espírito J O sinal de Aprendiz signi"icaB desse ponto de vistaK 3stou na posse de mim mesmo e esforço-me por julgar tudo com imparcialidade$
! J 2ai-(e a palavra de passe ' J NGS
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
! J %ue signi"ica essa palavraG ' J 4la "az alus)o a (istrios 5ue n)o se poderia( apro"undar de i(ediato A >í,lia d# esse no(e ao pri(eiro ho(e( 5ue "or6ou (etais 4le se relaciona a +oubla, povo da Xsia Menor entregueB desde a (ais alta antiguidadeB ? ind9stria (ineira O pai da (etalurgi (etalurgiaa recorda Vulcano, deus do tra,alho entre os ro(anos Os Al5ui(istas "aze( dele o "undador de sua ci7ncia 4( MaçonariaB interpreta-se ?s vezes a palavra de passe do grau de Aprend Aprendiz iz no senti sentido do de possessão do mundo, de onde a idia da F∴M∴e8ercendo sua in"lu7ncia so,re todos os povos da terra ! J 2ai-(e a palavra sagrada ' J 3u não a sei ler nem escreverU eu não posso senão soletrar$ ai-me a primeira letra, letr a, eu vos darei a segunda$ seg unda$
! J 3 ' J N2#-se a palavra letra por letraS ! J %ue signi"ica essa palavraG ' J 3le estabelece, ele funda$ o no(e de u(a coluna de ,ronze erguida ? entrada do te(plo de 1alo()o Os Aprendizes rece,e( seu sal#rio 6unto dela ! J !or 5ue dizeisK ;4u n)o sei ler ne( escrever< A 5ue se relaciona vossa ignor=nciaG ' J Z linguage( e(,le(#tica e(pregada pela F ∴M∴ J O sentido n)o se discerne sen)o progressiva(enteB progressiva(enteB e o IniciadoB IniciadoB no início de sua carreiraB soletra co( di"iculdade a5uilo 5ueB (ais tardeB ser# para ele o o,6eto de u(a leitura corrente ! J %ue vos indica a (aneira de soletrar a palavra sagradaG
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
' J O (todo de ensino da F ∴M∴B 5ue solicita os es"orços intelectuais de cada u(B tudo e( evitando inculcar dog(as J /oloca-se o ne+"ito no ca(inho da verdadeB dando-lhe si(,olica(ente a pri(eira letra da palavra sagradaP ele deve encontrar por si (es(o a segundaP depois se lhe indica a terceiraB a "i( de 5ue ele adivinhe a 5uarta ! J %ue se cha(a salário e( MaçonariaG ' J a reco(pensa do tra,alhoB o resultado 5ue ele produz para o o,reiro ! J !elo 5ue se traduz o salário dos MaçonsG ' J !elo aper"eiçoa(ento gradual de si (es(o ! J !or 5ue os Aprendizes rece,e( seu sal#rio perto da /oluna 3∴G ' J !or5ue ela si(,oliza a energia produtora, o foco de onde irradia a atividade humana$
! J %ue "oco esseG ' J o centro consciente ao 5ual se relacionaB no indivíduoB ? concepç)o do eu$ = O Aprendiz Maço( deve a,sorver-se e( si (es(oB do,rar-se so,re a "onte inicial de seu pensa(entoB a "i( de procurarB na raz)o puraB o ponto de partida de seus conheci(entos 4is por 5ueB no co(eço de sua iniciaç)oB ele encerrado no seio da terraB ondeB entrando e( si (es(oB ele deve descer at as pro"undezas do poço onde a *erdade se encontra escondida ! J %ual a "or(a de vossa Lo6aG ' J Qm quadrilongo$ ! J 4( 5ue sentido sua co(pri(entoG ' J o Nriente ao Ncidente$ ! J 1ua larguraG ' J o &eio-ia ao 4etentrião$
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
! J 1ua alturaG ' J o %nite ao Fadir$ ! J %ue 5uere( dizer essas di(ens&esG ' J Tue a ranco-&açonaria / universal$ ! J !or 5ue vossa Lo6a se estende do Oriente para o OcidenteG ' J 4la est# orientada, co(o todos os antigos edi"ícios sagradosB para le(,rar 5ue a Maçonaria (arca aos seus adeptos a direç)o de onde ve( a luz !ertence aos Maçons colocare(-se no ca(inho traçadoB a "i( de (archare( por si (es(os ru(o ? con5uista da *erdade de o,servar 5ue as catedrais construídas pelos Franco-Maçons na Idade Mdia tivera( se(pre seu grande ei8o estrita(ente paralelo ao e5uador terrestre ! J %ue entendeis pela palavra Lo6aG ' J u( lugar secreto 5ue serve de a,rigo aos Maçons para co,rir seus tra,alhos ! J !or 5ue os tra,alhos (aç0nicos deve( se realizar a co,ertoG ' J !or5ue todas as "orças 5ue est)o destinadas a se desenvolver util(ente "ora deve( pri(eiro ser concentradas so,re si (es(asB a "i( de 5ueB ap+s sere( a(adurecidas pela co(preens)oB elas possa( ad5uirir seu (#8i(o de energia e8pansiva ! J A 5ue se pode co(parar u(a Lo6a regular(ente co,ertaG ' J Z clula org=nica eB (ais especial(enteB ao ovo 5ue cont( u( ser e( pot7ncia J Todo cre,ro pensante "iguraB al( do (aisB u(a o"icina "echadaK u(a asse(,lia deli,eranteB a,rigada contra a agitaç)o de "ora ! J %ue dizeis 5uando os tra,alhos n)o est)o a co,ertoG
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
' J 0hove8 N4sta e8press)o per(ite aos Maçons advertire(-se entre siB 5uando sua conversaç)o se arrisca a ser surpreendida por ouvidos pro"anosS ! J O 5ue sustenta vossa Lo6aG ' J +r%s grandes pilares que se chamam 4abedoria, orça e Pele!a, e que estão simbolicamente representados pelo Ven∴ &est ∴ e pelos dois VVig∴$
! J /o(o esses pilares aleg+ricos pode( sustentar vossa Lo6aB ou se6aB presidir ao tra,alho construtivo dos MaçonsG R.
J A 4abedoria concebe, a orça e:ecuta e a Pele!a ornamenta$
! J !or 5ue vos "izestes rece,er Franco-Maço(G ' J
! J !or 5ue neste estadoG ' J espojado de uma parte de minhas vestes, para le(,rar 5ue virtude n)o te( necessidade de orna(entos N coração a descoberto, e( sinal de sinceridade e de "ran5ueza
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
N joelho direito posto a nu, para (arcar os senti(entos de
hu(ildade 5ue deve( presidir ? procura da *erdade N p/ esquerdo descalço, ? i(itaç)o de u( costu(e orientalB e por
respeito a u( lugar 5ue santoB por5ue nele se procura a *erdade C esprovido de todos os metais, co(o prova de desinteresseB e para
aprender a privar-se se( pesar de tudo a5uilo 5ue pode pre6udicar nosso aper"eiçoa(ento ! J /o(o "ostes introduzido e( Lo6aG ' J
! J %ue aconteceu ap+s vossa introduç)o no Te(ploG ' J Ap;s haver sofrido diversas provas e com o consentimento de meus irmãos, o &estre da oja recebeu-me &açom$
! J %uais s)o essas provas e o 5ue signi"ica(G ' J 4ssas provas consistira( e( tr7s viagens destinadas a ensinar-(e o ca(inho 5ue conduz ? *erdade ! J %ue "izestes ap+s haver so"rido as provasG ' J !ro(eti guardar os segredos da Orde( e agir e( todas as circunst=ncias co(o u( ,o( e leal Maço( ! J 4( 5ue consiste( os segredos da Orde(G ' J $o conheci(ento de verdades a,stratasB das 5uais o si(,olis(o (aç0nico a traduç)o sensível ! J %ue perce,estes entrando e( Lo6aG
A voz 5ue saía da sarça ardente disse a MoissK ;$)o te apro8i(es da5uiP descalça
39
teus sapatos de teus psB por5ue o lugar o lugar onde est#s u(a terra santaU<
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
' J Fada que o espírito humano possa compreenderC uma espessa venda cobria meus olhos$
! J /o(o e8plicais esta respostaG ' J $)o su"iciente para o ho(e( ser colocado e( presença da *erdadeB para 5ue ela lhe se6a inteligível A luz n)o esclarece o espírito hu(ano sen)o 5uando nada se op&e ? sua irradiaç)o 4n5uanto ilus&es e preconceitos nos cega(B a escurid)o reina e( n+s e torna-nos insensíveis ao esplendor da *erdade ! J %ue haveis vistoB e( rece,endo a LuzG ' J N 4ol, a ua e o &estre da oja$ ! J %ual relaç)o si(,+lica e8iste entre esses astros e o Mest ∴da L∴G ' J O 4ol representa a raz)o 5ue esclarece as intelig7nciasB a ua "igura a i(aginaç)o 5ue reveste as idias de u(a "or(a apropriadaB e
o &estre da oja si(,oliza o princípio consciente 5ue se ilu(ina so, a dupla in"lu7ncia do raciocínio N1olS e da i(aginaç)o NLuaS ! J Onde se coloca o Mestre da Lo6aG ' J Ao Nriente$ ! J !or 5u7G ' J o mesmo modo que o 4ol aparece no Nriente, para abrir a carreira do dia, do mesmo modo tamb/m o &estre se coloca no Nriente, para abrir a oja e colocar os obreiros no trabalho$
! J Onde se coloca( os *igilantesG ' J Fo Ncidente, para ajudar o &estre da oja em seus trabalhos, pagar os obreiros e despedi-los satisfeitos$
! J %ue signi"ica o Ocidente e( relaç)o ao OrienteG ' J O Oriente (arca a direç)o de onde prov( a luzB e o OcidenteB a regi)o so,re a 5ual ela se det( O Ocidente "iguraB por
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
conseguinteB o (undo visível 5ue cai so, os sentidosB eB de u(a (aneira geralB tudo a5uilo 5ue concreto O OrienteB ao contr#rioB representa o (undo inteligívelB 5ue n)o se revela sen)o ao espíritoK e( outros ter(osB tudo a5uilo 5ue abstrato$ ! J Onde se coloca( os AprendizesG ' J Fo 4etentrião, que representa a região menos esclarecida, porque eles ainda não receberam senão uma instrução elementar em &açonaria e porque, em conseqR%ncia, não estão em estado de suportar uma lu! muito intensa$
! J A 5ue horas os Maçons a,re( e "echa( seus tra,alhosG ' J Alegoricamente os trabalhos são abertos ao &eio-ia e fechados . &eia-Foite$
! J %ue signi"ica( essa horas convencionaisG ' J 4las indica( 5ue o ho(e( atinge a (etade de sua carreiraB o (eio-dia de sua vidaB antes de poder ser 9til aos seus se(elhantesB (as 5ueB a partir deste instante at sua 9lti(a horaB ele deve tra,alhar se( descanso para a "elicidade co(u( EV ! J %ue nos ensina o costu(e de in"or(ar-se da hora antes de agirG ' J A aç)o n)o 9til sen)o 5uando ve( a prop+sito As con5uistas do progresso n)o se realiza( sen)o ? sua hora Mostrando-se (uito i(pacienteB arrisca-se a "azer a,ortar a5uilo 5ue est# e( via de preparaç)o preciso sa,er esperar o (o(ento psicol+gicoK agir (uito cedo ou (uito tarde acarreta u( igual insucesso ! J %ue idade tendesG 2e acordo co( a lendaB YoroastroB u( dos "undadores dos (istrios da antiguidadeB
40
rece,ia seus discípulos ao (eio-dia e despedia-os ? (eia-noiteB ap+s o #gape "raternal 5ue encerrava seus tra,alhos
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
' J +r%s anos$ ! J %ue signi"ica esta respostaG ' J In"or(ar-se da idade (aç0nica de u( Ir ∴ perguntar-lhe 5ual o seu grau J O Aprendiz Maço( te( tr7s anosB por5ue ele deve ser iniciado nos (istrios dos tr7s pri(eiros n9(eros ! J %uais s)o esses (istriosG ' J 1)o as conse5@7ncias l+gicas 5ue se deduze( das propriedades intrínsecas dos n9(eros A raz)o ,aseia-se so,re essas noç&es a,stratasB 5uando ela se aplica a resolver o pro,le(a da e8ist7ncia das coisas ! J %ue aprendestes pelo estudo do n9(ero QmD ' J %ue tudo Qm, visto 5ue nada poderia e8istir "ora do +odo$ ! J /o(o "or(ulais os princípios 5ue vos revela o n9(ero oisD
' J A intelig7ncia hu(ana assina arti"icial(ente li(ites ?5uilo 5ue Qm e se( li(ites A Qnidade est# assi( encerrada entre dois e8tre(osB 5ue n)o s)o sen)o puras a,straç&esB ?s 5uais as palavras unica(ente e(presta( u(a "alsa apar7ncia de realidade ! J %ue concluís daíG ' J %ue o 4er, a *ealidade ou a Verdade te( por sí(,olo o n9(ero +r%s$ ! J !or 5u7G ' J !or5ue o 4er ou aquilo que / nos aparece co(o u( terceiro e (eio-ter(o e( 5ue os e8tre(os opostos se concilia( ! J 4( 5ue tra,alha( os AprendizesG ' J 3m desbastar a pedra bruta, a fim de despojá-la de suas aspere!as e apro:imá-la de uma forma relacionada . sua destinação$
! J %ual esta pedra ,rutaG
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
' J o pr+prio ho(e(B en5uanto produto grosseiro da naturezaB cha(ado a ser polido e trans"or(ado pela arte ! J %uais s)o as "erra(entas do AprendizG ' J N &alho e o 0in!el$ ! J %ue representa( elesG ' J O 0in!el representa o pensa(ento deter(inadoB as resoluç&es to(adasB e o &alho, a vontade 5ue os coloca e( e8ecuç)o ! J %ue signi"ica a (archa dos AprendizesG ' J N !elo que devemos mostrar, caminhando na direção daquilo que nos esclarece$
! J Tendes algu(a a(,iç)oG ' J :(a 9nica Aspiro ? honra de ser rece,ido entre os /o(panheiros T'A>ALAI 4 !4'14*4'AI
A +ri-unidade n;rdica$ Os escandinavos si(,olizava( o 4spírito universal por u( tri=ngulo desenhando u(a ca,eça de tripla "aceB ani(ada por u( perptuo (ovi(ento rotativo
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
!ri(eiros 4le(entos de Filoso"ia Inici#tica
A 3sfinge$ O enig(a das coisas reside na intelig7ncia Nca,eça hu(anaS e na senti(entalidade Nseios de (ulherSB 5ue se une( a u( corpo de ,oi NpensadorB atitude de tra,alho na terraSB suavizado por asas de #guia Nsu,li(aç)oB espiritualidadeSB e ar(ado de garras de le)o NardorB "erocidadeS 4sta síntese da ho(inalidade e da ani(alidade corresponde ? al(a do planetaB 5ue deter(ina os destinos Nespada 6usticeiraS
Os Mistrios A /i7ncia era outrora o apan#gio do pe5ueno n9(ero 4la n)o se trans(itia sen)o so, o selo do segredo a ho(ens escolhidosB dos 5uais se e8igia( raras 5ualidades (orais 4sses eleitos era( colocados e( presença de e(,le(as e de sí(,olosB por5ueB ? linguage(B "altava(B pri(itiva(enteB ter(os para e8pri(ir as coisas a,stratas Forçoso eraB poisB revestir as concepç&es "ilos+"icas de u( vu (eta"+rico 5ue deveria ser transparente para os espíritos perspicazes A ci7ncia n)o se endereçavaB assi(B sen)o ?s intelig7ncias de elite !ara ad5uirir os conheci(entos inerentes ?s ci7ncias s#,iasB n)o era
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
su"iciente e8ercitar a (e(+ria e colocar e( 6ogo u(a certa "acilidade de assi(ilaç)o ouve u( te(po e( 5ue n)o se instruía sen)o chegando ? soluç)o de enig(as As verdades 5ue se desco,ria( assi( nada tinha( e( co(u( co( os conheci(entos usuais 5ue se procura( t)o larga(ente e( nossos dias J A sa,edoria dos antigos ligava-se ?s (ais altas especulaç&es J A ci7ncia (oderna estudaB ao contr#rioB os efeitosC ela observa e calculaU (asB (uito "re5@ente(enteB dispensa-se de pensar$ J A Antiguidade tendia a produzir sábios, en5uanto n+s n)o te(os (aisB ho6eB sen)o cientistas$
O triun"o (uito legíti(o do e8peri(entalis(o n)o deveB todaviaB nos "azer perder de vista a orde( dessas verdades 5ue est)o e( n+sB e n)o "ora de n+s O pensa(ento su,(isso a leisB das 5uais unica(ente o conheci(ento pode nos "azer distinguirB e( todas as coisasB a realidade da apar7ncia O ho(e( 5ue ignora essas leis o 6oguete de perptuas ilus&esB por5ue n)o sa,e ne( controlar ne( reti"icar os dados de seus sentidos O pensadorB ao contr#rioB 5ue iniciado nos &ist/rios do 4er, conce,e as condiç&es necess#rias a toda e8ist7nciaB e n)o poderia ser enganado por nenhu(a (irage( enganadora %uando se sou,e con5uistar esta iniciaç)oB dei8a(os de nos agitar co(o cegos no seio das trevas do (undo pro"anoB esclarece(o-nos co( a cha(a 5ue dissipa a escurid)o 5ue traze(os e( n+sB segura(os o "io de Ariadne 5ue nos per(ite penetrarB se( nos e8traviar(osB no la,irinto das coisas inco(preendidas
O 4soteris(o Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
A ci7ncia 5ue se ensina e( nossas universidades n)o se at( sen)o ?5uilo 5ue i(pressiona os sentidos 4la visa apenas o lado e8terior das coisas e repudia as noç&es de orde( pura(ente inteligível 4sta a ci7ncia da e8terioridadeB da apar7nciaB do visívelB eis aí a 0i%ncia profana Nde profanumC diante do Te(ploS $ingu( pensa e( desprez#-laB (as ela n)o deve "azer negligenciar a5uilo 5ue se cha(ava outrora de a 0i%ncia sagrada, 5uer dizerB a ci7ncia da5uilo 5ue est# ocultoB da5uilo
5ue invisível ou interior :( e8e(plo "ar# nitida(ente co(preender os caracteres distintivos dessas duas ci7ncias 1uponha(os u( livro i(pressoB e peça(os a u( cientista 5ue o e8a(ine segundo os (todos 5ue lhe se6a( pr+prios 4le ver# o livro co(o u( o,6eto dotado de propriedades "ísicas 5ue ele deter(inar# co( (aravilhosa e8atid)o 4le poder# (edir as di(ens&es do volu(e e( perto de u( dci(o de (ilí(etro de (ilí(etro 1eu peso ser# indicadoB levando e( conta a (enor "raç)o de (iligra(a Os caracteres do te8to ser)o contados !rocurar-se-# a regra de sua repartiç)o A ci7nciaB al( do (aisB "ornecer# a an#lise 5uí(ica do papel e da tinta de i(press)o 1uas investigaç&es ir)oB so, esse aspectoB at os (ais e8tre(os li(ites da (in9cia Mas nenhu(as dessas in"or(aç&es vos interessa( sen)o de (aneira secund#riaB e a coisa essencial para v+s seria conhecer o pensa(ento 5ue o autor 5uis e8pri(ir .uardai-vosB todaviaB de interrogarB a esse respeitoB o ho(e( dos instru(entos de precis)o 4le vos responderiaB n)o se( u(a certa su"ici7nciaB 5ue lhe cu(pre per(anecer so,re o terreno dos "atos e 5ue ele deve se proi,ir de
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
co(pro(eter a dignidade da ci7nciaB entregando-se ao acaso das especulaç&es (eta"ísicasU 4sta respostaB n)o sendo de natureza a satis"azer a curiosidade hu(anaB leva a concluir 5ue os conheci(entos pro"anos s)o insu"icientes Alguns se co(praze(B verdadeB nesta ignor=ncia cientí"ica 5ue se cha(a de o agnosticis(o O,stina(-se e( per(anecer parados diante da "achada do Te(ploB e contenta(-se co( a vis)o e8terior das coisasB cu6a ess7ncia ínti(a lhes escapar# se(preB en5uanto n)o houvere( penetrado no interior do santu#rio
Os $9(eros O 5ue n)o visível se revela para 5ue( sa,e olhar para dentro de si 4sta vis)o invertida so,re si (es(o "az desco,rir u( vasto do(ínio de conheci(entos independentes de toda o,servaç)o (aterial 1)o noç&es 5ue se i(p&e( por sua pr+pria evid7ncia 'elaciona(-se .quilo que / necessariamente, e constitue(B assi(B a ci%ncia do absoluto, 5ue n)o
so"re (ais incerteza 5ue as (ate(#ticas 4sta ci7nciaB 5ue a (ais i(portante de todasB est# encerrada e( nosso espíritoB 5ue a desco,re co(o a u( tesouro ignoradoB desde 5ue ele chegue a se perce,er a ele pr+prio assi( 5ue o conheci(ento de si (es(o torna-se o ponto de partida de toda "iloso"ia Mas i(possível conhecer-se direta(ente a si (es(o se( a a6uda de u( espelho As a,straç&es 5ue est)o e( n+s n)o se "aze( perceptíveis sen)o 5uando se re"lete( e( u( signo e8terior Os sí(,olos interv7(B poisB para tornar-nos (ani"estas as verdades 5ue est)o e( n+s 4les nos apresenta( a i(age( "iel do 5ue cont( nosso espírito %uando este est#
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
vazioB eles n)o t7(B por conseguinteB 5ual5uer signi"icaç)o A "alta n)o dos sí(,olosB (as da5uele 5ue nada sa,e ver aí $ada se pode esperar de u(a intelig7ncia oca Os sí(,olosB todaviaB n)o "ala( deles (es(os !ara torn#-los elo5@entesB preciso haver a,erto o santu#rio das verdades a,stratasB graças ? chave 5ue nos "ornece o estudo das propriedades intrínsecas dos FBmeros$
Todas as escolas inici#ticas preconizara( este estudo J Os antigos "izera( dele a ,ase de sua ci7ncia sagradaP ta(,( os n9(eros dese(penha( u( papel preponderante no si(,olis(o de todas as religi&es J !it#goras pretendia 5ue os n9(eros regia( o (undo J 4( sua correspond7ncia particularB os Maçons sa9da(-se ;pelos n9(eros 5ue lhes s)o conhecidos< N! ∴$∴%∴*∴1∴/∴S A F∴M∴B de restoB n)o trata de todas as coisas sen)o segundo n9(eros deter(inadosB e relaciona os conheci(entos especiais de cada grau ? "iloso"ia nu(eral dos antigos !ara o AprendizB o progra(a li(ita-se aos n9(eros :(B 2oisB Tr7s e %uatroB 5ue ele deve e8a(inar do ponto de vista das deduç&es l+gicas 5ue se destaca( da noç)o da Qnidade, do Pinário, do +ernário e do Tuaternário$
O'I.4M 2A1 /IF'A1 2ITA1 ;X'A>41< /o(p&e(-se de u( n9(ero de ele(entos retilíneos correspondendo ao seu valorB e pode( e8trair-se de u(a "igura constituída por u(a cruz inscrita e( u( 5uadrado
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
A :nidade !ara "acilitar o estudo dos n9(erosB a F ∴M∴"az uso de e(,le(asB atraindo a atenç)o so,re suas propriedades essenciais O novel IniciadoB entretantoB n)o discerne pri(eira(ente nenhu( sí(,olo relacionado ao n9(ero Qm$ Isso deve ser assi(B por5ue nada da5uilo 5ue sensível pode ser ad(itido a representar a :nidade $+s n)o perce,e(osB "ora de n+sB sen)o diversidade e (ultiplicidade $ada na natureza si(plesK tudo co(ple8o Mas se a :nidade n)o nos aparece na5uilo 5ue nos e8teriorB ela pareceB ao contr#rioB residir e( n+s Todo ser pensante te( o senti(ento de ele Qm$ 4sta :nidade 5ue est# e( n+s se (ani"estaB ao (es(o te(poB e( nossa (aneira de pensarB de agir e de sentir J $ossas idiasB conduzidas ? noç)o de u( todo har(0nicoB "aze( nascer e( n+s a noç)o do Verdadeiro$ = $ossos atosB relacionados a u(a lei esta,elecida para
todosB regra(-se so,re esta unidade (oral 5ue corresponde ao Eusto e ao Pem$ J 1o(osB en"i(B levados a coordenar nossas sensaç&esB e desta
necessidade de unidade esttica 5ue nasce( as artes 5ue realiza( o Pelo$ = O Verdadeiro, o Eusto e o Pelo traduze(B poisB e( di"erentes
do(íniosB u( (es(o princípio de :nidade 5ue o deal, o p+lo 9nico e( direç)o ao 5ual tende( todas as aspiraç&es
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
O princípio pensante universal representado por ndra, divindade vdica dispensadora da chuva espiritualB ani(adora do (undo J /ada u( dos ca,elos desta "igura corresponde a u(a individualidade pensante ndra$ 4sta divindade vdica corresponde ao EBpiter pluvius dos latinos TodaviaB a #gua celeste 5ue "az cair ;a5uele 5ue chove< "ecundaB n)o os ca(posB (as as intelig7ncias 4la e(ana do Oceano da 1a,edoriaB personi"icada pela 4a entre os /aldeus
A unidade nada te( de o,6etivo u(a a,straç)o 5ue se relaciona ao 0entro inapreensível ao 5ual relaciona(os nosso eu$ 4sse 0entro, 5ue n)o est# localizado e( parte algu(aB parece estar e( cada u( de n+s Mas n)o sen)o u(a ilus)o O pensa(ento uno$ $)o h# sen)o u( 9nico princípio pensante co(u( a todos os seres
o 0entro onipresente 5ue est#B ao (es(o te(poB e( n+s e "ora de n+s WPrahma, Nsíris, eus
Todo centro sup&e u(a circun"er7ncia A unidade a,strata est#B poisB indissoluvel(ente ligada ? Multiplicidade concreta
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
O !ai universal NOsírisS est# unido ? M)e universal NÍsis ou a $aturezaS Isso 5uer dizer 5ue os efeitos s)o insepar#veis das causas, 5ue se relaciona( todas a u(a 0ausa pri(itiva si(ples %ual esta 0ausaD %ual o princípio pri(eiro do 5ual deriva( todas as coisasG A :nidade a,solutaB 5ue englo,a toda e8ist7ncia passadaB presente e "uturaB "oi si(,olizada outrora por u(a serpente 5ue (orde sua pr+pria caudaB a "a(osa serpente Nuroborus, 5ue aco(panhavaB co(o se v7 da "igura a,ai8oB u(a legenda grega 5ue se pode traduzir assi(K
:M $O TO2O N Nuroborus$ O circuito incessante da vida universal A corrente 5ue si(ultanea(ente criaB devora e reconstitui
4ste Qm-+odo escapaB necessaria(enteB ? nossa co(preens)o o &ist/rio por e:cel%ncia, o Arcano dos Arcanos$
A e8ist7ncia n)o se e8plicaB ela se constata O 4er ou Aquilo que / (ostra-se a nossos sentidos so, seu aspecto de multiplicidade, da (es(a (aneira 5ue se revela ? nossa raz)o so, seu car#ter de unidade$ Ao (es(o te(po um e mBltiplo, ele "oi representado na >í,lia pela palavra A3lohim, plural 5ue aparece co( o ver,o no singular WPareaschith bara A3lohim$ Fo princípio, deuses criou$$$2$
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
!ara os al5ui(istasB tudo prov( da &at/ria
5ue representa o +odo-Fada ou o 4er-Fão-4er dos /a,alistas
N Mlobo alado dos egípcios$ A (atria ani(ada NserpentesS 5ue se volatiliza NasasS para preencher a i(ensidade se( li(ites
O >in#rio $+s n)o pode(os compreender, J 5uer dizerB prender (ental(enteB J sen)o ?5uilo 5ue pode ser o,6eto de nossas "aculdades intelectuais OraB estas 9lti(as n)o pode( perce,er o 4er e( sua unidade radical O in"inito escapa ao nosso entendi(entoB ainda 5ue se i(pondo ?
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
nossa raz)o 5ue o,rigada a inclinar-se diante de verdades transcendentaisB reconhecendo sua i(pot7ncia NO 'ecipiend#rio curva-se at o ch)o 5uando "ran5ueia o u(,ral do Te(ploS
[sis, deusa do (istrio 4la est# sentada so,re u(a pedra c9,ica e ensina a adivinhar a5uilo 5ue est# oculto
$+s n)o perce,e(os u( o,6etoB sen)o 5uando ele se di"erencia de seu (eio a(,iente A di"erenciaç)o B poisB indispens#vel ao conheci(entoB e isto 5ue "az do ois o n9(ero da /i7ncia $o si(,olis(o antigoB esta era representada por u(a (ulher sentada entre duas colunasB i(agens do >in#rio e( seus di"erentes aspectos 4sta (ulher era negraB para indicar o car#ter (isterioso e secreto da ci7ncia antiga 1uas ()os "aze( o sinal do esoterismo Na5uilo 5ue interiorB inacessível aos sentidos e de orde( pura(ente inteligívelS A direita est# dirigida ao cuP a es5uerdaB ? terra Isso signi"icaK “Aquilo que está no alto / como aquilo que está abai:o#$ 4ste o princípio da
analogia universalB ,ase da interpretaç)o de todos os si(,olis(os
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
2as duas colunasB u(e ver(elha N3\S e outraB ,ranca N>\S 4las corresponde( ?s seguintes antítesesK 1u6eito J O,6eto Agente J !aciente Ativo J !assivo !ositivo J $egativo Macho J F7(ea !ai J M)e 2ar J 'ece,er /riarB !roduzir J 2esenvolverB /onservar Agir J 1entir 'az)o J I(aginaç)o 2esco,rir J /o(preender /o(andar J O,edecer Movi(ento J 'epouso 4spírito J Matria Osíris J Ísis 1ol J Lua A,strato J /oncreto As colunas si(,+licas recorda( os o,eliscos co,ertos de hier+gli"os 5ue se erguia( diante dos te(plos egípcios 4ncontra(o-los nas duas torres do portal das catedrais g+ticas 1)o as colunas de ?/rcules 5ue (arca( os li(ites entre os 5uais se (ove o espírito
hu(ano 4sse do(ínio da5uilo 5ue nos conhecido te( por i(age( o v/u de [sis, estendido de u(a a outra das colunas
4ssa cortina rou,a-nos a vis)o da 'ealidade verdadeira 5ue se encerra nos (istrios da :nidade 4(presta(os u(a o,6etividade enganadora ?s 5ualidades contr#rias 5ue atri,uí(os ?s coisas 1o(osB
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
assi(B o 6oguete de &aia, a deusa da Ilus)oB 5ue nos (ant( "ascinados so, o atrativo de seus encanta(entos
A *erdade erguendo o vu de &aia, de acordo co( u( antigo Tar0 da >i,lioteca $acional N &undo, sustentado pelos 5uatro ventos do 4spíritoB suporta a reveladora do A,solutoB 5ue ergue o vu das apar7ncias sensíveis
!ara su,trair-se ao i(prio da eterna "eiticeiraB o pensador n)o deve conceder sen)o u( valor pura(ente relativo ?s entidades antag0nicas 5ue i(agina(osB tanto por u(a a,uso da linguage(B 5uanto do pensa(ento O Verdadeiro e o also, o Pem e o &al, o Pelo e o eio, etc relaciona(-se a e8tre(os 5ue s+ e8iste( e( nosso espírito 1)o os li(ites "actícios do (undo 5ue nos conhecidoB "arrapo (uito e8íguoB (as 5ue nos seduz pelos re"le8os cintilantes das sedas de 5ue tecido 4sse vuB suspenso entre as colunas do Te(ploB (ascara-lhe a entradaB e deve ser erguido pelo pensador 5ue 5uer aí penetrar O 'ecipiend#rio dei8a-o atr#s de siB 5uando so"re as provasB e 5uando a luz lhe
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
concedida O Iniciado "icaB ent)oB entre as duas colunasB de p so,re o pavimento mosaico, 5ue u( con6unto de la6es alternativa(ente ,rancas
e pretas 4ssas cores contr#rias nos ensina( co(oB no do(ínio de nossas sensaç&esB tudo se co(pensa co( rigorosa e8atid)o $ossas percepç&es curva(-se ? lei dos contrastes $+s n)o goza(os do repousoB sen)o 5uando ele repara u(a "adiga $+s n)o aprecia(os o prazerB sen)o co(parando-o ? dor 5ue nos conhecida A alegria "az-se proporcional ? pena ou ? ansiedade 5ue a precede O erro (ani"esta a verdade O ,e( atrai-nos na e8ata (edida e( 5ue o (al nos repulsivo O ,elo agradanos na proporç)o do horror 5ue nos inspira o "eio A luz n)o se conce,e sen)o e( oposiç)o ?s trevasB e a "elicidade n)o pode ser gozada sen)o 5uando nos salva do in"ort9nio A e8ist7ncia n)o ad5uire valor sen)o pela luta contra as di"iculdades 5ue se consegue vencer O prazer reside no triun"o
A 14'4IA '4AL 24 >A1IL4 *AL4$TI$ 1uas (a(as derra(a( sangue Ncoluna 3\S e leite Ncoluna >\S 4la nada no Oceano do 5ual a "onte NA (atria pri(eira da 5ual tudo se "or(aS A 4ereia a grande sedutora 5ue "az a(ar a vida 4la atrai os seres ? agitaç)o das ondasB aonde ir)o se de,ater se( 6a(ais encontrar repouso
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
A vida resulta de u( perptuo con"lito a oposiç)o 5ue engendra todas as coisasB do (es(o (odo 5ue a revolta cria o indivíduoB por5ue preciso insurgir-se para ser$ Tal o sentido do (ito da 5ueda ad=(ica :( "oco de iniciativa individual n)o se constitui sen)o so, a inspiraç)o do egoís(o radical N1erpente do .7neseSB 5ue incita o auto(atis(o "isiol+gico a tornar-se consciente e a 5uerer ser se(elhante a 4leB os 2euses NA4loi(SB conhecendo o ,e( e o (alU
O Tern#rio ois o n9(ero do discerni(entoB 5ue procede por an#liseB
esta,elecendo distinç&es incessantes so,re as 5uais nada poderia se ,asear O espírito 5ue tei(a e( deter-se nessa via condena-se ? esterilidade da d9vida siste(#ticaB ? oposiç)o i(potenteB ? contestaç)o perptua 4sse ,in#rio a5uele de Me"ist+"elesB o contraditor 5ue se(pre nega O Iniciado sa,e con6urar o de(0nio ap+s hav7-lo evocadoB por5ue a :nidade radical n)o se desdo,ra a seus olhos sen)o para reconstituir-se trinitaria(ente ois revela +r%s, e o Tern#rio n)o sen)o u( aspecto (ais inteligível da :nidade
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
&efist;feles$ O tentador de Fausto destr+i toda certeza e o,riga o espírito a procurar constante(ente u(a verdade 5ue lhe escapa
A Tri-:nidade de todas as coisas o (istrio "unda(ental da Iniciaç)o intelectual O Maço( J 5ue adorna sua assinatura co( tr7s pontos e( tri=ngulo J d# a entender 5ue ele sa,e resta,elecer pelo Tern#rio o >in#rio ? :nidade 1e real(ente ele "or elevado ? altura do ponto 5ue do(ina a(,os os outrosB n)o se perder# 6a(ais e( discuss&es in9teisB por5ue perce,er#B se( di"iculdadeB a soluç)o 5ue se destaca de u( de,ate contradit+rio 3ulgando do altoB se( o (enor preconceitoB e co( toda li,erdade de espíritoB ele "ar# ,rotar a luz do cho5ue da a"ir(aç)o e da negaç)o 1íntese J 1oluç)o
∴
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
Tese J A"ir(aç)o
Antítese J $egaç)o
O vulgo discute co(u(ente co( u(a parcialidade cheia de candura Longe de pensarB e( cada coisaB o pr; e o contra, ele n)o 5uer conhecer sen)o o pr; da5uilo de 5ue partid#rioB do (es(o (odo 5ue n)o se liga sen)o ao contra da5uilo 5ue co(,ate As víti(as do espírito de partido est)o assi( "ora do estado de ver claroB por5ue per(anece( prisioneiras de u( ponto de vista 9nico O pensador n)o te(e se deslocarB a "i( de desposar a +tica de seu advers#rioB por5ue ele n)o sa,eria chegar de outro (odo a planar aci(a do de,ate e( raz)o da i(port=ncia e8cepcional do Tern#rio 5ue a FrancoMaçonaria relaciona-o ? lei e( seus principais sí(,olos :( dos (ais evidentes B a esse respeitoB o elta uminoso$ 2istingue(-se tr7s partes no con6unto do e(,le(aK D^ J :( triIngulo 5ue traz e( seu centro o olho da intelig7ncia ou do princípio consciente ^ J *aios 5ue e8pri(e( a atividadeB a e8pans)o constante do serB e( virtude da 5ual o ponto (ate(#ticoB se( di(ens&esB 5ue est# e( toda parteB preenche a i(ensid)o se( li(ites
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
N elta rradiante$ Os Al5ui(istas reconhecia( neste e(,le(a a reuni)o de seus tr7s princípiosK 3n:ofre, &ercBrio e 4al 5ue se distingue(B necessaria(enteB e( todo ser e e( toda coisa
^ J :( 0írculo de Fuvens 5ue "igura o retorno so,re si (es(as das e(anaç&es e8pansivasB ou J (ais e8ata(ente J sua condensaç)o so, a press)o de seu con"rontoB pois 5ue se trata( de vi,raç&es provenientes de u(a in"inidade de "ocos O todo u( es5ue(a do 4er na (ultiplicidade in"inita de suas (ani"estaç&esB por5ue tudo B ao (es(o te(poB triplo e uno !ara convencer-seB su"iciente e8a(inar u( atoB 5ual5uer 5ue ele se6aB 5ue n)o conce,ível sen)o en5uanto aç)o e8ercida so,re algu(a coisa para a o,tenç)o de u( resultado 4( tudo a5uilo 5ue se "azB logoB e( tudo a5uilo 5ue e8isteB interv7( assi( tr7s ter(osK D^ J :( agente 5ue age ^ J :( paciente 5ue so"re a aç)o ^ J :( efeito produzido por esta 9lti(a O (istrio da +rindade aplica-seB assi(B universal(enteB ainda 5ueB so, diversas "or(asB ele se encontre e( siste(as de nu(erosas escolasB co(o indica( as seguintes apro8i(aç&esK %:A2'O A$ALf.I/O 2O T4'$X'IO $9(eros I II III 2elta Lu(inoso Tri=ngulo 'aios $uvens >ra(anis(o >rah(a *ishnou 1hiva /ristianis(o !ai Filho 4spírito 1anto !latonis(o !rincípio *er,o 1u,st=ncia Misticis(o 4spírito Al(a /orpo er(etis(o Arch%e Azoth &'le Al5ui(ia 4n8o"re Merc9rio 1al Ideogra(as F\ M\ 1a,edoria Força >eleza
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
$esse 5uadroB o pri(eiro ter(o ativoB o segundo passivo e( relaç)o ao pri(eiroB (as ativo e( relaç)o ao terceiro 5ue plena(ente passivo Outros tern#rios p&e( e( presença dois contr#rios NI e IIB !ositivo e $egativoSB cu6a co(,inaç)o engendra o terceiro ter(o NIIIB $eutro ou 45uili,radoS I II III Ativo !assivo $eutro Osíris Ísis +rus 1ol Lua Tri=ngulo 'az)o I(aginaç)o Intelig7ncia 48pans)o /o(press)o 45uilí,rio Força Matria Movi(ento Aç)o 'esist7ncia Tra,alho 3\ >\ M\ $ível !erpendicular 4s5uadro
O Fível do D^ *ig ∴5uerB co( e"eitoB 5ue ningu( do(ina so,re outre(P oraB a
o,reiros u(a igual esti(aB e( raz)o do igual zelo 5ue todos aporta( ao tra,alhoB o 5ue n)o o i(pede de apreciar cada o,reiro segundo suas capacidades particularesB de sorte 5ue pede a cada u( a5uilo 5ue n)o sa,eria e8igir de outre( A 45uidade da 5ual o 4s5uadro o e(,le(a
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
preside assi( ?s relaç&es dos MaçonsB 5ue se talha(B ali#sB si(,olica(enteB a si (es(os e( ,locos es5uadrinhados co( cuidadoB por5ue unica(ente os (ateriais retangulares pode( a6ustar-se entre si se( soluç)o de continuidadeB condiç)o indispens#vel ? coes)o do edi"ício !or(B a solidez deste 9lti(o depende da estrita horizontalidade das ca(adas 5ue o $ível controla %uanto ? altura da construç)oB esta se esta,iliza co( a a6uda da !erpendicularB 5ue assegura 5ue nenhu(a parede se incline para u( lado ne( outro Tudo dependeB nissoB do talhe correto das pedras 4 preciso 5ue elas este6a( normais, 5uer dizerB e( concord=ncia co( o 4s5uadro N Forma e( lati(SB de outro (odoB nenhu(a arte interv(B e tudo se li(ita a u( grosseiro a(ontoado de ,locos in"or(es N 3squadro /, pois, em &açonaria, o instrumento primordial, por5ue ele dirige o des,aste da
pedra ,rutaB ou se6aB a "or(aç)o do indivíduo ? vista do e8ato cu(pri(ento de sua "unç)o hu(anit#ria e social
As Trilogias Os antigos Maçons "azia( repousar sua o,ra so,re tr7s grandes pilares cha(ados 1A>42O'IAB FO'A e >4L4YAB e( honra das antigas deusas ?s 5uais os "a,ricantes de i(agens da Idade Mdia consagrara( tr7s das vinte e duas co(posiç&es aleg+ricas do Tar0
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
4abedoria, orça e Pele!a, os tr7s pilares da construç)o (aç0nicaB corresponde( aos arcanos IIIB I e *II do Tar0B 5ue "igura( a (ais alta intelig7ncia te+ricaB a energia pr#tica aplicada 6udiciosa(ente e o sentido esttico 5ue sa,e tudo idealizar
A 4abedoria nos aparece assi( so, os traços de u(a I(peratriz celesteB alada co(o a *irge( zodiacal ou *7nus :r=nia a 4ofia dos .n+sticosB a ()e virginal das idias geradoras das "or(as 4la a Intelig7ncia 5ue conce,e o pro6eto do edi"ício e dele traça o plano A orça e8ecuta as concepç&esB do(ando as energias re,eldes $)o B poisB u( atletaB (as u(a (ulher graciosa e "r#gil 5ue do(inaB sorrindoB u( le)o 5ue rugeB e(,le(a das pai8&es 5ue preciso su,(eter e disciplinar no interessa da .rande O,ra a prosseguir
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
Assi( co(o a *erdadeB a Pele!a (ostra-se nua 4la irriga a terra #rida 5ue logo se orna(enta de verdes e "lores a idealidadeB a "ada 5ue e(,eleza a vida e "az a(arB a despeito de suas (isrias e de sua crueldade O tri=ngulo B ?s vezesB co(entado por pelas palavrasK Pem
MasB aos olhos da Maçonaria latinaB ele evoca a divisaK iberdade = gualdade = raternidade$
4( políticaB esta "+r(ula p0de reservar decepç&es $)o o (es(o e( iniciaç)o A verdadeira iberdade pertence ao ho(e( li,erto da tirania dos vícios e das pai8&esB tanto 5uanto da servid)o aos erros e preconceitos 4la n)o pr+pria sen)o ao Iniciado 5ue per(anece livre, ainda 5ue colocado a "erros pelos ini(igos do ,e( A iberdade real inalien#velK o ho(e( carrega-a e( si (es(oB e nenhu( dspota pode a(eaç#-la
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
A Igualdade n)o e"etiva sen)o aos olhos do "il+so"o 5ue considera o (undo co(o u( teatro onde cada u( dese(penha o papel convencionado >e( ridículo seria o ator caracterizado co(o príncipeB se ele desprezasse seu colega cha(ado a representar o (endigo $)o s)o a(,os co(ediantes ao (es(o títuloG 4B se u( superior ao outroB n)o por5ue sou,e (elhor se con"or(ar ?s intenç&es do dra(aturgoG A raternidade, aos olhos dos anglo-sa8&esB decorre da persuas)o de 5ue so(os todos "ilhos de u( (es(o 2eus Fazendo a,straç)o de toda teologiaB os Latinos pusera(B no senti(ento de solidariedade hu(anaB a convicç)o de 5ue h#B entre os ho(ensB laços (ais poderosos 5ue a5ueles da si(ples consang@inidade O g7nero hu(ano (uito (ais 9nico do 5ue n)o o poderia ser u(a grande "a(íliaB por5ue ele constitui u( corpo 9nicoB do 5ual n+s so(os as clulas ani(adas de u(a (es(a vida geral /ausar (al a outre( atingir a si (es(o pelo dano causado ? coletividade 2evotar-se ao ,e( de todos traduz-seB ao contr#rioB por u( desenvolvi(ento ,en"ico do valor individualB e o ,e( realizado repercute ao redor
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
O %uatern#rio A 5u#drupla puri"icaç)o so"rida pelo Iniciado deve ensinar-lhe a superar as atraç&es ele(entares 4stas se e8erce( ou se op&e( duas a duas Faz-se-lhe corresponderB a pri(eiraB ? terraB 5ue si(,oliza o s+lidoB a opacidadeB o positivis(o (aterialB a inrciaB etc
Ns animais cabalísticos da vis)o de 4ze5uiel e do Apocalipse encontra(-se no si(,olis(o hindu A `guia, cu6o olhar penetra todas as coisasB aí representa a u,i5@idadeB en5uanto o +ouro "igura o poder gerador e( sua (ais alta acepç)oP o eão B de outra parteB a i(age( da "orça ativa ili(itada do :niversoB e o Anjo relaciona-se ? "ecundidade intelectual %uanto ? serpente A(antaB ela corresponde ao 'io-Oceano da vida universalB cu6a corrente carrega as individualidades at 5ue elas ha6a( con5uistado sua li,erdadeB unindo-se a >rah(a NO .rande Ar5uitetoS
4sta tend7ncia para ,ai8o co(,atida por u( desprendi(ento para o altoB "igurado pelo Ar, ele(ento leveB sutilB transparenteB (as inconsistente e pouco apreensível A `gua preenche a5uilo 5ue oco 4la te(B assi(B dado a idia de u(a (atria universalB do,rando-se a todas as "or(as 4la procuraB ali#sB
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
o repousoB a horizontalidade horizontalidade 4la acal(aB e8tingueB de onde a propens)o ? languidez e a preguiça 5ue se lhe atri,ui Z sua passividadeB ? sua indi"erençaB ? sua "riezaB op&e-se o ogo, cu6a atividade esti(ula todas as energias ModeradoB ele vivi"icaP (asB (uito violentoB ele seca e (ata O Iniciado deve (anter-se no centro da cruzB cu6as e8tre(idades corresponde( aos ter(os do 5uatern#rio Os !itag+ricos e8plicava( pela +/trade os (istrios da /riaç)oB e a >í,lia representa N 4er dos 4eres por u( hierogra(a de 5uatro letrasB J iodB heB vauB vauB heB J palavra palavra sagrada 5ue 5ue n)o deveria deveria ser pronunciada pronunciada
4ssas indicaç&es indicaç&es deve( ser su"icientes su"icientes a5uiB por5ue o estudo (ais apro"undado do %uatern#rio entra no progra(a do .rau de /o(panheiro
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
O Te(plo A decoraç)o e o arran6o interior de u( lugar de reuni)o e8erce( u(a in"lu7ncia (arcante so,re o espírito da5ueles 5ue aí se re9ne( :( te(plo (aç0nico deveB poisB ser algo ,e( di"erente de u(a si(ples sala de con"er7ncias $)o nenhu(a necessidadeB necessidadeB todaviaB de 5ue se6a u( local lu8uoso su"iciente 5ue certos dados si(,+licos se6a( constante(ente le(,rados aos MaçonsB a "i( de 5ue se i(ponha( ?s suas (editaç&es assi assi( ( 5ueB 5ueB ? i(it i(itaç aç)o )o do univ univer erso so sens sensív ível elBB tal tal co(o co(o o "igu "igura rava va( ( os anti antigo gosB sB a o"ic o"icin inaa ser# ser# (ais (ais co(p co(pri rida da 5ue 5ue larg largaB aB e convencional(ente orientada segundo os 5uatro pontos cardeais A porta a,rir-se-# ao OcidenteB entre duas colunas ocas co( capitis capitis orna(en orna(entado tadoss de "lores-d "lores-de-li e-liss egípcia egípciass e coroado coroadoss de ro()s ro()s entre entrea,e a,erta rtasP sP estes estes "ruto "rutosB sB de se(ent se(entes es si(etr si(etrica ica(e (ente nte arru( arru(ad adasB asB le( le(,ra( ,ra( a "a(í "a(íli liaa (aç0n aç0nic icaB aB da 5ual 5ual todo todoss os (e(, (e(,ro ross est) est)oo har(oniosa(ente unidos pelo espírito de orde( e de "raternidade A /oluna do $orte ver(elha 4la (arca o lugar do D^ *igilanteB cu6a insígnia o Fível$ A /oluna do 1ul ,ranca 3unto a ela te( sede o ^ *igilante 5ue a
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
si(ples(ente si(ples(ente *ener#vel *ener#vel EDB assistido pelo Orador N1ulS e pelo 1ecret#rio N$orteS A cadeira presidencial NtronoS enci(ada por u( dosselB onde se en5uadra o elta uminoso 5ue se encontraB assi(B suspenso entre o 4ol N1ulS e a ua N$orteSB de (aneira a "or(arB co( esses astrosB u( tri=ngulo invertido O teto se(eado de estrelas 2o (es(o (odo 5ue o revesti(entoB ele azul co(o a a,+,ada celeste 5ue de toda parte envolve a TerraB "igurada pelo assoalho do local :( la(, la(,re re5u 5ui( i( dent dentad adoo "or( "or(aa "ris "risoo e sust susten enta ta u(a u(a cord cordaa ter(inada por ,orlas 5ue se encontra( 6unto ?s /olunas 3 ∴e >∴ 4ste orna(ento te( sido cha(ado i(propria(ente de borla dentada$ A corda co( n+s entrelaçados J ditos laços de amor = representa a 0adeia de Qnião 5ue une todos os Maçons Os n+s pode( ser e( n9(ero de dozeB
para correspondere( aos signos do zodíaco A Inici Iniciaç aç)o )o con"e con"eria ria-se -seBB pri(i pri(itiv tiva( a(ent enteB eB e( gruta grutass natur naturais aisPP depoisB e( criptas talhadas nos "lancos das (ontanhas e( le(,rança desses santu#rios 5ue a Lo6a n)o ilu(inada por nenhu(a 6anela Te(seB igual(enteB dese6ado le(,rar 5ue o :niverso n)o visível sen)o de dentroB pois 5ue n)o se pode supor o aspecto e8terior do Todo 5ue preenche a i(ensid)o se( li(ites :(a ilu(inaç)o arti"icial i(p&e-seB assi(B e( Lo6a 4la "ornecida por u( (íni(o de cinco luzes colocadas 6unto aos cinco cinco pri(eiros pri(eiros o"iciais o"iciais O Tesoureiro te( sede 6unto ao Orador N1ulSB e o ospitaleiroB 6unto ao 1ecret#rio 1ecret#rio N$orteS N$orteS
O *ener#vel porta ta(,( o título de &estre de &estre em 0adeira, 0adeira, do ingl7s 0hair &aster,
41
5ue o distingue dos outros MestresB seus iguais e( grau
Oswald Wirth
A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos
Os assistentes to(a( lugar ao $orte e ao 1ulB "ace a "ace Os Aprendizes at7(-se ao $orte e pede( a palavra ao D^ *igilante 4les n)o teria( co(o se e8plicar i(ediata(ente todos os sí(,olos 5ue os surpreende( e( Lo6aB (as os Mestres t7( a (iss)o de instruí-los e a6udare(-nos a deci"rar o enig(a das coisas O Aprendiz considera-se co(o u(
N Tuadrilongo 5ue encerra os sí(,olos essenciais do .rau de Aprendiz 4le se traçava outrora so,re o piso da Lo6a no (o(ento da a,ertura de seus tra,alhosB e todo traçado era apagado 5uando do "echa(ento 4ra o e5uivalente a u( círculo (#gico servindo ?s
Oswald Wirth