Fisiologia Respiratória
1. Como as narinas dos equinos são adaptadas à necessidade de uma grande entrada de ar?
R: As narinas são mais flexíveis e dilatáveis nos eqüinos e mais rígidas nos suínos. A dilatação das narinas é vantajosa quando mais ar é requerido, como em corridas e em situações nas quais a respiração não é feita pela boca. O eqüino é um corredor e a respiração de boca aberta não é característica, de forma que parece que as narinas dilatadas são uma adaptação. 2. Qual a função da faringe e siringe?
R: O órgão da fonação em pássaros é chamada de siringe; este está localizado onde a traquéia se divide para formar os brônquios . 3. Qual é a função dos anéis traqueais? Por que são incompletos dorsalmente?
R: A parede traqueal contém anéis cartilaginosos que evitam o colapso da via aérea . Cada anel traqueal é incompleto (não unido dorsalmente), o que permite as variações em diâmetro que são reguladas pelo músculo liso traqueal. Este diâmetro aumenta durante momentos de maior necessidade ventilatória. 4. Quais são as subdivisões da traquéia (em ordem da maior para menor)?
R: As subdivisões da traquéia para os alvéolos, do maior para o menor, são: 1) brônquios, 2) bronquíolos, 3) bronquíolos terminais, 4) bronquíolos respiratórios, 5) ductos alveolares, 6) saco alveolar, e 7) alvéolos. 5. Onde ocorre a maior parte da difusão de gás entre o ar e o sangue?
R: Os alvéolos pulmonares são os principais pontos de difusão de gases entre o ar e os pulmões. A separação do ar e sangue, e assim a distância de difusão, é mínima ao nível alveolar. O epitélio alveolar e o endotélio capilar estão intimamente associados . 6. Descreva a pleura e o espaço mediastínico.
R: Os pulmões têm movimentos quase livres de fricção dentro do tórax por causa da pleura, uma membrana serosa lisa. A pleura consiste de um única camada de células fundidas na superfície de uma camada de tecido conjuntivo. Ela envolve ambos os pulmões (pleura visceral). A pleura dos pulmões direito e esquerdo encontram-se próximo da linha média e aqui são refletidas para cima (dorsalmente), retornam pela parede torácica interna e provêm seus limites (pleura parietal). O espaço entre as respectivas camadas de pleura visceral conforme ascendem para a parede dorsal é conhecido como espaço mediastínico. Dentro do espaço mediastínico estão as veias cavas, ducto linfático torácico, esôfago, aorta e traquéia. 7. Quais são alguns dos fatores que afetam a frequência respiratória?
R: Frequência respiratória (fr. fréquence respiratoire; ing. respiration frequency). Número de ciclos respiratórios (inspiração e expiração) por minuto. Além das variações observadas entre as espécies, a freqüência respiratória pode ser afetada por outros fatores, tais como: 1) tamanho corpóreo, 2) idade, 3) exercício, 4) excitação, 5) temperatura ambiente, 6) gestação, 7) grau de preenchimento do trato digestório, e 8) estado de saúde. 8. Defina pressão parcial.
R: Pressão parcial é definido como a pressão exercida por um gás em particular numa mistura de gases. A soma das pressões parciais dos gases dentro de uma mistura se iguala a pressão
total. A anotação fisiológica para a pressão parcial é P. 9. Quais são os gases da atmosfera e qual a composição percentual aproximada de cada um?
R: A pressão total de uma atmosfera (1 atm) do ar sob condições de temperatura padrão e pressão é de 760 mm Hg. A composição apropriada do ar atmosférico seco (e pressões parciais correspondentes) é conforme a seguir: 21,0 % de O2 (PO2; cerca de 159 mm Hg); 0,03% de CO2 (PCO2; cerca de 0,23 mm Hg); 79,0% de N2 (PN2; cerca de 600 mm Hg). 10. Como as pressões intrapulmonar e intrapleural se modificam durante o ciclo respiratório?
R: A pressão dentro dos pulmões é referida como pressão intrapulmonar e a pressão fora dos pulmões, mas dentro da cavidade torácica (entre as pleuras visceral e parietal) é referida como pressão intrapleural. O ar flui para dentro dos pulmões durante a inspiração porque a pressão dentro dos pulmões, a pressão intrapulmonar, se torna menor do que a pressão atmosférica. Semelhantemente, o ar flui para fora dos pulmões durante a expiração porque a pressão intrapulmonar excede a pressão atmosférica neste momento. A pressão intrapulmonar diminui durante a inspiração porque o volume dos pulmões aumenta. Os pulmões podem aumentar em volume porque são estruturas elásticas que podem esticar. Também, a pressão ao redor dos mesmos, a pressão intrapleural, vai sendo reduzida porque o volume do espaço intrapleural aumenta em resposta a contração do diafragma e músculos intercostais. Quando a contração dos músculos respiratórios cessa, a expiração começa. Para permitir que o ar flua para fora dos pulmões durante a expiração, a pressão intrapulmonar precisa se tornar positiva. A pressão positiva é principalmente gerada pela tendência de retração dos pulmões, que foram previamente esticados durante a inspiração. A tendência de retração é produzida não somente pelas fibras elásticas dentro do pulmão, mas também pela tensão de superfície do líquido que delimita os alvéolos. A retração dos pulmões pode também ser auxiliada pelos músculos expiratórios. O diafragma é um músculo inspiratório e sua contração ajuda somente a inspiração; inversamente, seu relaxamento permite a expiração. Durante a eupnéia, a pressão intrapulmonar pode ser de cerca de -1 mm Hg (abaixo da atmosférica) durante inspiração, e pode ser de +1 mm Hg durante a expiração. Durante este momento, a pressão intrapleural se modifica de -2 mm Hg ao final da expiração para -6 mm Hg ao final da inspiração. Assim, a pressão intrapleural se modifica ligeiramente mais do que as alterações da pressão intrapulmonar. A pressão intrapleural (pressão num espaço fechado) é normalmente menor do que a pressão atmosférica, mesmo ao final da expiração e antes da inspiração. Isto é resultado da tendência constante de retração dos pulmões e da absorção de gases dos espaços fechados causado pela existência de um gradiente de difusão entre o espaço fechado e o sangue venoso. A pressão total no espaço intrapleural está em equilíbrio com o sangue venoso. É menor do que a pressão atmosférica por causa da redução de PO2 causada pela absorção de oxigênio ser maior do que o aumento de PCO2. A pressão total reduzida do espaço intrapleural é comparável com a existente num ligeiro vácuo. 11. Como uma condição de pneumotórax pode ser corrigida?
R: O pneumotórax é o acúmulo de ar na cavidade pleural, podendo ser de origem traumática ou espontânea. O ar pode penetrar nessa cavidade através de ferimentos penetrantes na parede torácica ou pela extensão de um enfizema pulmonar. Há um impedimento da expansão dos pulmões que leva a asfixia. Se o espaço intrapleural for aberto para a atmosfera (p.ex., durante certos procedimentos cirúrgicos), não é possível a contração do diafragma gerar maior vácuo no espaço intrapleural, e os pulmões não inflam. Um respirador pode ser necessário para ventilar os pulmões ou o animal morrerá. A correção do pneumotórax envolve o fechamento final eficiente da abertura
não natural simultaneamente com a completa inflação pulmonar. A retração pulmonar normal poderia, então, restabelecer a pressão intrapleural negativa normal. A inspiração seguinte gera a pressão negativa no espaço intrapleural e os pulmões se expandem porque a traquéia passa a ser a única passagem disponível para a entrada de ar. 12. Qual dos gases respiratórios, O2 ou CO2, se difunde mais prontamente através das membranas celulares?
R: Os gases respiratórios se difundem prontamente através dos tecidos corpóreos. Devido a sua grande solubilidade lipídica, o dióxido de carbono (CO2) se difunde cerca de 20 vezes mais prontamente do que o oxigênio através das membranas. 13. Quais são os três fatores humorais que influenciam a ventilação?
R: Suas concentrações no sangue afetam a ventilação alveolar de várias formas: 1. O aumento do dióxido de carbono faz com que a ventilação alveolar também aumente; sua redução leva a diminuição da ventilação alveolar. 2. O aumento do íon hidrogênio leva também ao aumento da ventilação alveolar; sua redução leva a diminuição da ventilação alveolar. 3. A redução de oxigênio promove o aumento da ventilação alveolar; seu aumento causa a redução na ventilação alveolar. 14. Onde estão localizados os receptores para a detecção da falta de O2?
R: Os corpos carotídeo e aórtico são considerados os mais influentes para a regulação do oxigênio. Estes corpos são estruturas distintas com um abundante suprimento sangüíneo localizado imediatamente fora do arco aórtico, na divisão das artérias carótidas. Eles respondem as alterações na PaO2 do sangue. 15. Por que não existe aumento na ventilação quando existe falta de O2 causada pelo envenenamento por monóxido de carbono?
R: O sangue com reduzida quantidade de hemoglobina, e consequentemente menos oxigênio, tem a mesma PaO2 como o sangue com hemoglobina e oxigênio normais, e assim nenhuma resposta ventilatória seria estimulada por não ter alteração de PaO2. Também, o sangue no qual o oxigênio foi deslocado da hemoglobina pelo monóxido de carbono tem a mesma PaO2 que o sangue normal. A PaO2 deverá permanecer a mesma porque é uma expressão da PO2 alveolar (a qual não se altera) e representa a PO2 de oxigênio na solução. 16. Defina clearance respiratório.
R: A remoção de partículas que foram inaladas para dentro dos pulmões é chamada de clearance respiratória. Existem dois tipos, clearance respiratória anterior e clearance alveolar, e cada uma depende da profundidade nas quais as partículas chegaram. As partículas inaladas que assentaram dentro da membrana do trato respiratório são ditas como depositadas. 17. Quais são os fatores físicos que afetam a deposição de partículas? R: Gravidade, inércia e movimentos brownianos.
18. O que é a cobertura mucosa em movimento e qual a velocidade de movimentação do muco e das partículas contidas?
R: A remoção das partículas depositadas cranial aos ductos alveolares é realizada pela
cobertura mucosa em movimento. Esta cobertura de líquido mucinóide está localizada na superfície das células epiteliais que repousam nas vias aéreas e é derivada do líquido alveolar e células secretoras de muco ao longo das vias aéreas. A cobertura mucosa contém as partículas depositadas e se movimenta na direção da faringe numa velocidade de cerca de 15 mm/min pelos cílios das células epiteliais. Os mam íferos deglutem o líquido mucinóide e as partículas após os mesmos alcançarem a faringe. 19. Quais são os mecanismos de clearance alveolar?
R: Os mecanismos de Clearance alveolar destas partículas podem ser resumidas como: (1) após sua deposição nos alvéolos, eles podem ser fagocitados por um macrófago ou pode continuar como partículas livres. O macrófago carregado com “poeira” ou as partículas livres
podem ser direcionadas pela cobertura mucosa em movimento junto com o filme de líquido alveolar; (2) As partículas podem entrar no espaço intersticial dos alvéolos e serem transportados para os linfonodos em séries com os pulmões; (3) as partículas podem ser dissolvidas e transferidas em solução, tanto para dentro da linfa ou para o sangue; (4) algumas partículas podem não ser fagocitadas ou podem ser insolúveis. Ao invés disto, elas poderia estimular uma reação local do tecido conjuntivo e serem seqüestradas (isoladas) dentro do pulmão. Exemplo disto inclui as condições conhecidas como asbestose e silicose. Cães e gatos vivendo em áreas ricamente industrializadas podem mostrar sinais de antracose causada pela inalação de poeira carvão. 20. Qual é a função do ato de arfar?
R: O centro respiratório do cão responde não somente aos estímulos usuais, mas também a temperatura central corpórea. Quando estes estímulos de entrada estão integrados, o corpo do cão responde às necessidades metabólicas através da regulação da ventilação alveolar e dissipação do calor através da regulação da ventilação do espaço morto. A ventilação do espaço morto é aumentada pelo ato de arfar, o que permite o resfriamento corpóreo através da evaporação da água das membranas mucosas dos tecidos envolvidos. 21. A ventilação pulmonar está aumentada durante o arfar? R: A ventilação do espaço morto é aumentada pelo ato de arfar
22. Visualize os três padrões de arfar em cães.
R: 1) inalação e exalação através das narinas, 2) inalação através das narinas e exalação através das narinas e da boca e 3) inalação através das narinas e da boca e exalação através das narinas e da boca. 23. Como o gato ronrona?
R: ronronar resulta de uma ativação altamente regular e alternada do diafragma e dos músculos laríngeos intrínsicos (aqueles dentro da laringe) numa freqüência de 25 vezes / segundo durante tanto inspiração quanto expiração. A contração dos músculos laríngeos fecha as cordas vocais. Os músculos laríngeos então relaxam enquanto o diafragma contrai. A contração do diafragma realiza a entrada do fluxo de ar, o que vibra as cordas vocais e resulta no som de ronronar enquanto estão abertas (não mais fechadas pela contração laríngea) e também contribui para uma fração da fase inspiratória do ciclo respiratório. O diafragma, então, relaxa e os músculos laríngeos contraem; isto é novamente seguido pelo seu relaxamento e contração diafragmática. Todo o processo é repetido 25 vezes / segundo até se completar a inspiração. O acúmulo de pequenos sons produzidos com cada abertura das cordas vocais faz o som de ronronar. A mesma seqüência ocorre durante a expiração, exceto que o diafragma
não contrai e o fluxo de ar para fora, e assim a vibração das cordas vocais, é realizada pela retração pulmonar . 24. Qual possível função seria suprida pelo ronronar?
R: O ronronar pode prover uma ventilação mais eficiente por causa da inspiração e expiração intermitentes. 25. Ronronar significa bem-estar?
R: A razão para o ronronar em gatos não é conhecida. Gatos ronronam quando estão satisfeitos, doentes e dormindo. Fisiologia Cardiovascular
1. Descreva corretamente a orientação do coração dentro do tórax com relação a sua base e seu ápice.
R: O coração é uma estrutura muscular, em formato de cone, localizado no tórax. As grandes artérias e veias são contínuas com o coração em sua base. Sua base está direcionada para cima (dorsal) e para frente (cranial). A extremidade oposta do cone é conhecida como ápice. Durante o desenvolvimento embrionário precoce, o coração é empurrado para um saco seroso conhecido como pericárdio. 2. Responda corretamente o que é o saco pericárdico, onde ele está inserido no coração e qual é a sua função?R: Durante o desenvolvimento embrionário precoce, o coração é empurrado
para um saco seroso conhecido como pericárdio. A parte do saco próxima do coração torna-se fundida com o músculo cardíaco e é conhecida como pericárdio visceral ou epicárdio. A parte mais externa do saco é contínua com o epicárdio e se estende para fora de sua fusão com a base para envolver completamente o coração. O ápice do coração é livre (não inserido) dentro do pericárdio. Sua camada mais externa é conhecida como pericárdio parietal. O saco pericárdico é um espaço potencial e contém uma pequena quantidade de líquido para prover lubrificação para a superfície mais externa do mesmo durante seu movimento quase que contínuo. É referida como um espaço potencial porque pode aumentar o volume de líquido durante episódios de inflamação. 3. Quantas são e qual o nome de cada uma das câmaras do coração? Qual câmara normalmente tem a maior espessura?
R: A parte muscular do coração é conhecida como miocárdio, o qual forma as paredes dos compartimentos (câmaras) do coração. As fibras musculares são dispostas de forma que, quando se contraem, o sangue é ejetado das câmaras. As câmaras cardíacas são divididas naquelas no lado direito e as do lado esquerdo; cada lado tem um átrio e um ventrículo. Para conservar espaço, cada átrio tem uma extensão conhecida como uma aurícula, com uma forma que se adapta a das partes adjacentes. Os átrios recebem sangue das veias e os ventrículos recebem sangue dos átrios. Os ventrículos direito e esquerdo bombeiam sangue do coração, respectivamente, através das artérias pulmonar e aorta. O ventrículo esquerdo tem a maior massa muscular das câmaras cardíacas por causa de seu maior trabalho necessário para bombear o sangue através de todo corpo. 4. Descreva corretamente a localização das valvas atrioventriculares e semilunares. O que evita a eversão das valvas atrioventriculares quando os ventrículos se contraem?
R: As valvas localizadas entre os átrios e ventrículos são conhecidas como valvas
atrioventriculares (A-V). A valva no lado direito tem três folhetos (cúspides) e é chamada de valva tricúspide; a valva A-V esquerda tem dois folhetos e é chamada de bicúspide ou algumas vezes de valva mitral. As valvas A-V evitam a expulsão do sangue ventricular dentro dos átrios quando os ventrículos se contraem. Por causa da pressão associada com a expulsão do sangue dos ventrículos, as valvas A-V poderiam se everter para os átrios. Isto é evitado pelas cordas (cordas tendíneas) inseridas na margem livre dos folhetos em uma extremidade e a pequenos músculos (músculos papilares) na outra extremidade que se estendem do miocárdio. A contração do músculo papilar é sincronizada com a contração miocárdica de forma que a tensão às cordas tendíneas é apropriadamente temporizada. O fluxo de volta de sangue que acabou de ser ejetado dos ventrículos é evitado pelas valvas localizadas nas saídas das artérias dos ventrículos. As valvas em ambos os lados direito e esquerdo têm três cúspides e são conhecidas como valvas semilunares. A valva no lado direito é conhecida como valva semilunar pulmonar por causa de sua localização relativa ao tronco pulmonar e a valva do lado esquerdo é conhecida como valva semilunar aórtica por causa de sua localização relativa à aorta. 5. Descreva corretamente o caminho de uma gota de sangue de sua entrada no coração pela veia cava até sua ejeção do coração na aorta.
R: O sangue que originalmente entra no coração e é finalmente ejetado segue uma rota específica. O sangue que circula para os tecidos retorna ao coração através da veia cava cranial (sangue das partes craniais do corpo) e veia cava caudal (sangue das partes posteriores do corpo). Isto é o sangue venoso. Ele perdeu oxigênio para os tecidos, ganhou dióxido de carbono e precisa agora ser direcionado aos pulmões, onde se tornará sangue arterial ao adquiri oxigênio e perder o dióxido de carbono. O sangue venoso entra no átrio direito durante a fase de relaxamento atrial do ciclo cardíaco. Num tempo apropriado no ciclo cardíaco, o sangue é direcionado através da valva A-V direita para dentro do ventrículo direito. Os ventrículos se contraem e o sangue segue através das valvas semilunares pulmonares para os pulmões através das artérias pulmonares. Estas são chamadas artérias, mesmo que por elas passe sangue venoso, porque elas transportam sangue para fora do coração. Após o sangue circular pelos pulmões, ele retorna ao coração através das veias pulmonares (contendo sangue arterial). Ele entra no átrio esquerdo; daí o sangue é direcionado para o ventrículo esquerdo, do qual é bombeado para a circulação sistêmica (corpo inteiro) através da aorta. O ventrículo esquerdo tem a maior massa muscular das câmaras cardíacas por causa de seu maior trabalho necessário para bombear o sangue através de todo corpo. 6.Qual é a seqüência dos vasos sangüíneos dos ventrículos de volta aos átrios? Qual dos vasos permite a troca com o líquido intersticial?
R: Os vasos sangüíneos provêm uma rota contínua para o sangue deixar o coração e retornar ao mesmo. Dos ventrículos de volta aos átrios, eles são, em ordem, artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias . 7. Qual é a função das fibras elásticas nas artérias?
R: As grandes artérias têm uma maior proporção de sua massa composta por tecido elástico do que as pequenas artérias. Este tecido elástico permite a expansão conforme o sangue é bombeado para dentro das mesmas e as fibras expandidas servem como uma fonte de energia para a continuidade da circulação do sangue quando os ventrículos relaxam. As artérias pequenas têm alguma porção de suas fibras elásticas substituídas por músculo liso. A contração da musculatura lisa promove a constrição destes vasos e permite o fluxo reduzido de sangue para uma parte em particular e a diversão do fluxo para outras partes. As arteríolas são musculares imediatamente antes do esvaziamento para os capilares. Alterações em seu tônus muscular (grau de contração) regula o fluxo de sangue para o leito capilar. As grandes artérias contêm um maior número de fibras de tecido conjuntivo elástico do que
fibras musculares. Estas fibras elásticas permitem a expansão quando o sangue avança para dentro das mesmas vindo do ventrículo esquerdo e as fibras elásticas tem uma tendência de ressaltar a pressão no sangue nos grandes vasos após o coração cessar de exercer pressão. A pressão contínua nas artérias permite um fluxo contínuo ao invés de intermitente de sangue através do corpo. 8. O que compõe um capilar? Eles têm fibras musculares e fibras elásticas em suas paredes?
R: As grandes artérias têm uma maior proporção de sua massa composta por tecido elástico do que as pequenas artérias. Este tecido elástico permite a expansão conforme o sangue é bombeado para dentro das mesmas e as fibras expandidas servem como uma fonte de energia para a continuidade da circulação do sangue quando os ventrículos relaxam. As artérias pequenas têm alguma porção de suas fibras elásticas substituídas por músculo liso. A contração da musculatura lisa promove a constrição destes vasos e permite o fluxo reduzido de sangue para uma parte em particular e a diversão do fluxo para outras partes. As arteríolas são musculares imediatamente antes do esvaziamento para os capilares. Alterações em seu tônus muscular (grau de contração) regula o fluxo de sangue para o leito capilar. O volume do leito capilar é pequeno (4% do volume total de sangue), mas o número vasto de capilares abastece uma área grande transversal que leva a uma lenta velocidade de fluxo em favor da troca transcapilar. Os capilares são tubos endoteliais com um diâmetro oscilando de 5 a 10 mm. As paredes são formadas de células endoteliais, associadas à lâmina basal (membrana basal) e perícitos. A lâmina basal envolve tanto as células endoteliais como os pericitos. Os pericitos são células mesenquimais indiferenciadas com potencial para se transformarem e outros tipos celulares (p.ex., fibroblastos, células musculares lisas). Também, através disto, os capilares podem se transformar em outros tipos de tubos vasculares (isto é, artérias, veias) se mudarem as características do fluxo interno. Os pericitos capilares sintetizam e liberam constituintes da membrana basal. Onde as células endoteliais fazem margem com outras, uma delgada fenda (poro) ou fenda intercelular existe e permite a difusão das substâncias dissolvidas no plasma. O tamanho limitado dos poros inibe a passagem de grandes moléculas (p.ex., moléculas protéicas). As vesículas pinocitóticas também estão presentes nas células endoteliais. Estas são formadas em uma superfície da célula e migram para a superfície oposta, onde descarregam seu conteúdo. Várias das moléculas protéicas são provavelmente transportadas através das células endoteliais desta forma. Os capilares se unem um com os outros formando vasos maiores conhecidos como vênulas e as vênulas se unem com outras para formar as veias. As maiores veias são as cavas, as quais retornam o sangue para o átrio direito no coração. 9. O fluxo de volta do sangue é possível nas veias? As veias têm fibras musculares em suas paredes?
R:As veias são tubos de parede delgada reforçada por tecido conjuntivo e elas também contêm fibras musculares lisas. A contração das fibras musculares aumentam a resistência ao fluxo sangüíneo e ajuda a regular a circulação. A constrição venosa aumenta a pressão do sangue em todos os vasos que precedem as veias. As válvulas estão presentes nas veias em intervalos regulares sendo direcionadas (ou abertas) na direção do coração. A pressão externa nas veias faz com que o sangue avance somente numa direção cranial porque o fluxo de retorno é evitado pelo fechamento das válvulas. Semelhantemente, o fluxo de retorno não ocorre quando a pressão externa é liberada. 10. Cite quatro fatores fisiológicos que influenciam a freqüência cardíaca. O que é uma generalização sobre a relação entre a freqüência cardíaca e o tamanho do animal? R: A frequência cardíaca se refere à frequência de ciclos cardíacos e é usualmente mensurada pelo número de batimentos por minuto (bpm). Os fatores fisiológicos influenciando a freqüência cardíaca são excitação, temperatura ambiental alta, digestão e descanso. As alterações nos
batimentos cardíacos são observadas numa variedade de condições patológicas. Velocidade metabólica: Em geral, pequenos animais têm maiores freqüências cardíacas do que animais maiores. Isto é uma conseqüência da maior taxa metabólica (e consumo de oxigênio) necessários pela sua maior área de superfície por unidade de massa corpórea. A relação inversa entre a freqüência cardíaca e o tamanho corpóreo é aplicado tanto dentro de uma espécie como entre diferentes espécies. Por exemplo, um pequeno cão pode ter uma freqüência cardíaca no repouso de 120 bpm, enquanto que um cão maior pode mostrar uma freqüência cardíaca no repouso de somente 80 bpm ou menos. A freqüência cardíaca no repouso de camundongos é de cerca de 600 bpm; ratos, 400 bpm; porco da índia, 280 bpm; elefante, 30 bpm. O condicionamento físico e a hipertrofia cardíaca que ocorrem como resultado do condicionamento físico reduz a freqüência cardíaca no repouso de todos os animais. Animais jovens têm uma maior freqüência cardíaca do que animais adultos, explicada em parte pelo seu menor tamanho. Outro fator é que a inibição vagal tônica é menos desenvolvida em animais jovens.