Sobre la Lectura Estanislao tanislao Zuleta uleta (1982 ) Voy a h ab ab la l a r le l e s d e l a l ec ec ttu u r a . Me r ef ef e ri ri r é a u n t ex ex t o e sc sc ri r i t o h ac ac e u n os os a ñ o s . Es p e r o q u e l o c o m e nt n t eem m os o s e n d e t a l l e p a r a q u e lo g r e m mo os a c e r c a r n o s al p r o b l e m a d e la le c t u r a . C o m e n c e m os o s co n u n c o me me n ta t a r io i o s ob ob re r e Nie t zs z s c he h e . Ni e t zs z s c he h e t i e ne ne m uc uc h os o s t e x to to s s ob ob re re e s te te t e m maa , p e ro ro p o r a h or or a l e s r e c om o m ie i e n d o s ó l o d o s: s: e l p r ó óll og og o a la Ge n e a l o g í a d e l a m o r a l y e l c a p í t u l o d e l a p r i m e r a p a r t e d e u e s e ll l l a m a “ Del leer ay o tr tr o s m uy u y b ue ue n o s Zar Za r a t u s t r a q ue lee r y el esc ribi ri bir” r” ; h ay e n el Ecce Hom y e n l a s Cons Ho m o Conside iderac racione ioness intempest intempestivas ivas , particularmente particularmente en la que que lleva leva por título título,, Schopenhauer chopenhauer educador educador . En ell a s e h a bl b l a d e l o q ue ue s i g ni ni fi fi có có Sc h op o p e n h a u e r p ar ar a Ni e tz tz s ch ch e e n s u juv ju v e n t u d y en q u é se n t i d o fu e p a r a él u n ed u c a d o r . Ade Ad e m á s les le s r e c o mi m i en e n d o q u e s e le a n S o b re re el p or or ve v e n ir ir d e n ue u e st st ro r o s i ns ns ti ti tu tu to to s d e ue s e n él , N ie ie ttzz s c h e, e , h ac ac e u n a c rí rí ti ti ca ca d e l a U n iv er er s id id a d enseñanza , p ue c o mo m o p o c as a s ve c e s s e h a h e c ho h o , i n c l us us o h oy oy . Va m os o s a l e e r e l t e x to to sobre sobre la lectura lectura;; lo comentarem comentarem os y contestaré contestaré las las objec objeciones, iones, crít crític icas as o i ns n s a ti ti s f ac ac c io io n e s q ue u e u s te te d e s m e m a ni ni fi f i e st st e n . Ac a s o n i n g ú n e s c r i t or o r h a y a h e c h o t a n c o n s ci ci e n te te m mee n te te co m o Nie ttzz s c h e d e s u e st st il il o, o, u n a rt rt e d e p r o vo vo c a r la b ue u e n a l e c ttu ura, una más a b i er er t a i n vi vi ta ta ci ci ón ó n a d es es ci ci fr f r a r y o bl bl i g ac ac ió ió n d e i n te te rp r p r e t a r, r , u na n a m ás ás b ri ri l l a n te t e c a pa p a ci ci d a d d e a r ra r a s t r ar a r p or o r el ri tm t m o d e l a f r as as e y, al a l m i s mo mo t i e m p o d e f re r e n a r p or o r el as a s o m b r o d el el c o n te te n i d o . H a y q u e c on on s i de d e r a r el h um u m o r is i s m o c o n el q ue ue e s ta t a e s cr cr it it u r a d es es ca c a r ta t a c o m o d e p a sa s a d a l o m ás ás fi r m e y a nt nt ig ig u a m e n t e e st st a b le le ci c i d o y s e d e ti t i e ne n e c o rr r r o s iv iv a e i m pl pl ac a c a b le le e n el d et et al a l le le d es es a p er e r c ib i b i do d o : h ay ay q ue u e a pr pr e n d er e r a e s cu cu ch c h a r la f a c tu tu r a m us u s ic ic al al d e e s te te p e ns n s a mi m i e nt n t o , l a m aan n er e r a al us us iv iv a y e n i g má m á ttii ca ca d e a nu nu n ci ci a r u n t em em a q ue ue s ól ól o e nc n c o nt n t r a r á m ás á s a de de la la n te t e t od od a a mp m p li li t u d y l a n e ce ce s id i d a d d e s u s c o ne n e xi xi o n e s. s. Es te te e st st il il o e s l a o t r a c a ra ra , e l r ev e v er er s o d e u n n í t id id o c o nc nc e pt p t o d e l a le le c tu tu r a, a, d e u n c o nc nc ep e p t o q ue ue a m e di di d a q ue ue s e h ac ac e m ás ás e x i g en en t e y m á s q ui ui sq s q u il il lo lo s o li b er er a l a e s cr cr it it u r a d e t od od a p r eo eo cu c u p ac a c iió ó n e f e c ttii st s t a, a , p e ri ri od o d ís í s ti t i ca ca , d e t o da d a a s pi pi ra r a ci ci ón ó n a l g r an an p ú b l i c o y d e e s t a m a ne n e r a a b r e al fi n el e s p ac ac i o e n q u e p u ed ed en en c o n si si g na n a r s e l a s p a la l a b r a s d el el Za ra ra t u s t r a y el el ab ab o r a r s e l a e xt xt r ao ao r d i n a r i a s er er ie ie d e o br br as a s q ue ue l o c o nt n t in i n ú a n , c o me m e n t a n y c on on fi fi r ma m a n . Al fi f i n al al d el el p ró ró lo lo g o d e la Geneal et z s c h e d ic ic e q u e r eq eq u ie ie r e u n enealogí ogía a de la moral Ni et le c to to r q ue ue s e s ep ep a re r e p or or c o m pl pl e to t o d e l o qu qu e s e co c o m pr p r e n d e a h or o r a p or or el h om o m b re r e m od o d er e r n o . El h o mb m b r e m od o d er e r n o e s el h om o m b re r e q ue ue e s tá tá d e
a f á n, n, q ue ue q ui ui er er e r á pi pi da d a m e n te t e a s i mi mi l ar a r ; “ p o r el c o nt nt ra r a ri r i o, o , m i o b ra ra r e qu q u ie i e r e d e le c to to r es e s q ue u e t en en ga g a n c a rá rá ct c t e r d e v a c as as , q ue ue s ea ea n c a pa p a ce ce s d e r u mi mi a r, r , d e e st st a r t ra ra n q u i lo lo s ”. ” . Ni e ttzz s c h e d ic ic e q ue ue “e x i st st e l a il il us us ió ió n d e h ab ab e r l eí d o, o, c u an a n d o t od od av a v ía ía n o s e h a i n te te r p re r e t a d o e l t ex e x to to . Y e s a ilusión lusión exist existee por el estilo estilo mísero en que escri escribe. be. Pe ro ro él v a m ás ás le jjo o s, s , e l t ex ex t o q u e vi e ne ne m ááss a l a ma m a n o e s e l Za Za ra ra t u s t r a y s e e nc nc ue u e n t r a e n el p ri ri m er e r d i sc sc u rs r s o d el el Za ra ra t us u s t r a . Dic e Ni e tz tz s c he he q u e v a a c o nt nt ar a r l a m aan n er e r a c o mo m o el e s pí pí ri ri tu t u s e c o n vi vi er er ttee e n p ri ri me me r l ug ug ar ar e n ca m mee llll o, o , el c a me m e llll o s e c o nv n v ie ie r te t e e n le ón ón y é st s t e s e c o nv nv ie ie r t e finalmente inalmente en niño. niño. Nie tz tz s ch c h e d i c e q ue ue p ri ri me m e r o el e s pí p í ri ri t u s e c o nv nv ie ie rt r t e e n camello , es el e sp sp ír í r it i t u q u e a d m i r a, a, q u e t ie i e n e g ra ra n d e s i d ea ea llee s , g r an an d e s m aaee s t r o s . P o r e j e mp m p lo l o , e n el c a s o d e Ni e t zs z s ch c h e, e , Sc h o pe p e nh n h a ue u e r, r , y u n a i n me me ns ns a capacidad capacidad de trabajo y dedic dedicaci ación; ón; el camel camello lo es el espír espíritu itu sufrido, sufrido, el e sp sp ír í r it i t u q u e b u s c a u n a co m u n i d a d c on on c ua ua llq q u i er e r c os os aa.. –Es u n a s p e ct ct o q u e s e r e f i e re re al p en en s am a m ie i e n t o, o , t o do d o el Z a r at at u st s t r a e s u na na t e o rí rí a d el el p en en s a m ie i e n t o –. –. Si no n o s e l o gr gr a l e e r a sí sí , n o s e e nt nt ie ie n d e n ad a d a; a ; p er er o e l e sp sp ír í r it i t u n o e s s ól ól o e so so , a d mi mi r a ci ci ó n , d ed e d i ca ca ci ci ó n , f e rv rv o r, r, y t r ab a b a j o; o; e l e sp sp ír í r it i t u e s t a m bi b i é n c rí rí ti ti ca ca , o p o s ic ic iió ó n y e nt nt o n c es e s d i ce ce q u e el e s pí pí r it it u s e c on o n vi vi er e r t e e n león ; Co m o l e ón ón s e h a ce c e s ol ol i ta t a r io io c a si si s ie ie m p r e y e n e l d es es ie i e r t o s e e nf nf r en e n t a c on on e l dr d r a gó g ó n ll en en o d e m ú l ti ti p le l e s e sc sc a m a s y to to d a s e s as a s e s ca ca m a s r ez ez a n u na n a m i s ma m a f r as as e: e: t ú d eb eb es e s . En t on o n ce c e s el e s pí pí ri r i tu tu s e o po po ne n e a l d e be b e r, r, e s el e s pí pí ri ri tu t u r e be be l de d e , el q u e t o ma m a e l t ú d e be be s c o m o u n a i mp mp o s ic i c iió ó n i n te t e r n a c o n tr t r a la c ua ua l s e r eb eb el e l a, a , q u e m a t a t od od a s la s f o r m maa s d e i m p os o s ic ic i ó n y d e j e r a r q qu u ía í a , p e r o q u e t o d av av í a s e m an an t ie i e n e e n l a n eg eg ac a c ió ió n. n . Y di di c e Nie tz tz s ch c h e q ue ue el l e ó n s e c o nv nv ie ie rt rt e fi n al al me m e n te t e e n ni ñ o y e x pl pl ic ic a a sí sí: e l n i ñ o e s i n oc oc e nc nc i a y o lv lv id id o , u n n ue ue vo v o c o mi m i en e n z o , y u na n a r ue ue d a q ue u e gi r a, a, u na n a s an an t a a f i r m ac a c ió i ó n . Es o y a n o e s r e be be l i ó n c o n tr t r a al g o; o; l a r e b el el i ón ó n c o nt nt ra r a a l g o s i g ue ue e s ta ta n d o d et et er e r m i n a d a p or or a qu qu el el lo lo c o nt n t r a l o c ua u a l u no n o s e r eb e b el el a, a, d e la m a n er er a e n q ue ue p or or e j e m pl p l o e l b la l a sf sf e mo m o s i g ue u e s i e nd n d o r el el i gi gi os os o , p or or q u e p ar ar a p e g ar ar llee u na na p uñ u ñ al a l ad a d a a u na na h o st s t ia i a h a y q ue ue s e r t a n r e l i g i o so s o c o mo mo p ar ar a t ra ra gá gá r s el el a; a; e s i n oc oc en en ci c i a y o l v i do d o ; o lv i do do e n Ni e t z sc s c h e e s u na na f ó r m ul u l a m uy u y f u er er ttee , u na na p ot ot en e n ci c i a p os os it it i va va . N u e st s t ra r a c a pa pa ci ci da da d de olvi d a r e s n u e s t ra ra s u p e r ac ac i ó n d e l r e s e n ti ti mi m i e nt n t o. o. A h o r a , el p e n s am a m i e nt n t o f u n c i o n a c o n la s t r e s c a t e g o r í a s : c a p a c i d a d d e a d mi mi r a ci ci ó n: n : i d ea ea llii z a ci ci ó n , t ra ra b aj a j o o l a bo bo r; r ; l a c a pa p a ci c i d a d d e o po p o s ic i c iió ón: c r i ti ti c a, a, r eb eb el el ió ió n, n , y o tr tr a: a: la c a pa pa ci ci d a d d e c r e ac ac ió ió n: n : s i n o po po n er er n o s a n ad a d a , d e j ue ue go g o , d e i n oc oc e nc n c i a, a, d e r ue u e d a q u e gi ra ra . E l e sp s p ír í r it i t u e s l as a s t re re s c o sa sa s; s ; s ól ól o s i e s as as t re re s c o sa sa s s e c om o m bi b i n a n f un un ci ci on o n a el p e ns n s a m i en en t o fil o s óf óf i c o; o; c u a nd n d o c u a l q ui ui er e r a d e l a s t r e s s e e n un u n ci ci a s o l a e s u n a
d et e r m i n a d a f ru s t r a ci ó n , u n a f il os o fí a s o mb r í a, u n d og m a t i s m o o u na i de al iz a ci ó n d e c ua lq u i er ti p o, o u n a fil os o fí a r eb el d e q ue n o es m ás qu e re bel ió n, o es ta mb ié n u na filo so fí a q ue no tie ne ni ap oy o en a qu el lo a l o q u e b us c a in te gr a r se , ni e n aq ue ll o co nt r a lo q ue luc ha sino que se pre dica sólo como juego y que como juego sólo es anarquism o vacío. En un libr o má s tar dí o. La volu ntad de do minio , Nie tz s ch e r et o ma es ta s ide as y las da co mo hi st or ia de s u vid a; es e mi sm o jueg o de op os icio ne s con tie ne un a filos ofía que no s imp on e un tra baj o: in te r pr e t a r; si n o, n o e nt e nd e m o s n ad a. Niet z sc h e d ic e co me n t a n d o alg un o s art íc ul os s ob re s u ob ra: “Cre o q ue la inco m pr e n si ó n q ue tie ne n hacia mí, es en el fo nd o alej ad a d e la leng ua qu e yo ha bl o; to davía no pu ed en llegar a mis text os ya que cua nd o u no no oye na da, p ue de te ne r la ilu si ón de q ue allí no se dice na da , en to n ce s, hace falta un tie mp o par a qu e me oiga n. En t od o cas o los que me elogian están más lejos de mí, incluso que los que me critican”. Es al pri me r dis cu rs o del Zar at ru s ta al qu e Niet zs ch e se refier e cu an d o di ce q ue la lec tu r a re qu ie r e la in te r pr e t a ci ó n en el s e nt id o fuer te. Es pre ci sa me n t e po r eso que su estil o logró imp on er la n ece si d a d d e in te r p re t a r . El Zar at u s t r a e s p or es o u n lib ro c ur io s o; cas i n o exi st e h oy e nt r e n os o t ro s u n lib ro ale má n m ás fa mo s o q ue el Zar at u s t r a. Es d ifí cil e nc on t r a r e n Col om b ia u n z ap a t er o q ue n o s e h ay a leí do el Z ar at u s t r a ; s e v en d e e n l a s l ib re rí a s d e s eg u n d a al l ad o d e la s o br a s co m pl e ta s d e Varg as Vila y si n e mb a rg o p ro b ab l em e n t e n o h ay a u n lib ro m á s d if íc il q u e el Z ar a tu s t r a ; e s c o mo si s e ve nd i er a al lado de Vargas Vila La fe no m e n ologí a del espíritu . Tie ne p ue s u na si tu a ci ó n m uy p ar ti cu la r, ya q ue s e p ue d e reci bi r co mo p oe sí a, o s e pu ed e hace r un a lect ur a religio sa; en realid ad es un libro m uy exi ge n t e c on el l ec to r; h ay q ue c og er lo ca si q ue p á rr a f o p o r p ár r a f o y someterlo a una interpretación: eso es lo que exige del lector. Nie tz s ch e es p ar ti cu la r m e n t e ex plí ci to s ob r e es te p un t o al fin al d el p re fa ci o a l a Ge ne al og ía d e la m o ra l (1 88 7) y a l fi na l d el p re f ac io a Aur or a: “No esc ri bi r d e ot ra co sa m ás q ue de aq ue ll o q ue po dr ía d es e s p e r a r a lo s h o m b r e s q ue s e a pr e s u r a n ” . N o se t r at a , s i n e m ba r g o aquí, co mo po dr ía n hace r pe ns ar ést e y m uc ho s otr os text os del “Afán del hom br e moder no” que requiere infor ma rs e lo más rá pi da m e n te po si bl e y al q ue de bi ér as e o po ne r u na lect ur a len ta, c ui d a d o s a, y “ ru m ia n t e ”. Al p o ne r el ac en t o s ob r e la “i nt e r p r e t ac i ó n” Nie tz s ch e rec ha z a to d a co nc ep ci ó n n at u r al is t a o in st r u m e n t a li s t a d e
la lec tu r a : lee r n o e s r ec ib ir , co n s u m i r, a dq u i ri r , lee r e s t ra b aj a r . Lo qu e te ne m os an te no so t ro s no es u n m en s aj e en el q ue u n au to r no s inf or m a po r m ed io de p al ab ra s –ya q ue p os ee m o s co n él u n có dig o co m ún , el idi om a– s us ex pe ri en ci as , s en ti m ie n t o s , p en s a m ie n t o s o co no ci mi en t o s so br e el m un d o; y n o so t ro s p ro vi st o s de ese có dig o co m ú n p r oc u r a m o s av er ig u a r lo q ue e se a ut o r n os q ui s o d ec ir . Qu e lee r es t ra b aj a r, q ui er e d ec ir a nt e t od o q ue n o h ay u n t al có di go co m ún al q ue h ay an si do “tr ad u ci d a s” la s sig ni fi ca ci on e s q ue lue go vamo s a descifra r. El texto pro du ce su pro pi o código por las r el ac io n e s q ue e st a bl e ce e nt r e s u s s ig n o s; g en e ra , p or d ec ir lo a sí, u n le ng u a je in te r io r e n r el ac ió n d e af in id a d , c on t r a d ic ci ó n y d if er e n ci a co n o tr o s “le ng u a je s ”, el t ra b a jo c on s is t e p u es e n d e t er m i n a r el v al or q ue el t ex to a si gn a a c ad a u no d e s u s t ér mi n o s, valo r q ue p ue d e es ta r e n c on t ra d ic ci ó n co n el q u e p os ee el m is m o t ér m in o e n o t ro s tex to s . Par a t om a r u n eje m pl o m uy s en ci ll o, en co nt r a di cc ió n co n el val or q ue t ie n e e n el t ex t o d e la i d eo lo gí a d o mi n a n t e . Pl at ó n e n el T ee te t o incl uy e en el con ce pt o d e “Esclav os ” a los reye s, los ju ec es y en gen er al a to do s los que no pu ed en res pe ta r el tie mp o pro pi o qu e req uie re el de sa rr oll o del pen sa mi en t o por qu e est án obliga do s a d eci di r o c on cl ui r e n u n pl az o d et er m i n a d o y es e pl az o p re fi ja d o lo s ex cl uy e d e la r el ac ió n c on la ve rd a d , la c ua l ti en e s u s p ro p i o s ci cl os , su s camin os y s us ro de os , su s rit mo s y s us tie mp o s que ning un a insta ncia y ningú n po de r pue de n deter mi na r de ante ma no . Así Niet zs ch e lla ma “Volu nt a d de d om in io ” a u na fue rz a u nif ica do r a p er fe ct a m e n t e im pe r s o n al q ue co nf ie re u na n ue va or d en a ci ó n y u na nuev a inter pr et aci ón a los elem en t os que est ab an has ta ent on ce s de te r mi n a do s po r ot ra d om in ac ió n. Esta no ci ón es p or lo ta nt o no s ól o aje na a la sig ni fi ca ci ón q ue le a sig n a la id eo lo gí a d om in a n t e, sino dir ec ta m en t e op ue st a, pu es to qu e en ést a se en ti en de co mo d es eo d e d o m in a r, s up e ra r , d e o p ri m ir a o tr o s d en t r o d e l os valo re s y jerarq uía s exis tent es y por lo ta nt o de someter s e a es os valo res y jerarq uía s 1 . Tr ae m o s e st o a c ue n t o, s ól o p a r a in di ca r q u e t o d a lec tu r a “objetiva”, “neutral” o “inocente” es en realidad una interpretación: la d is lo c ac ió n d e l as r el ac io n e s i nt e rn a s d e u n t ex t o p ar a s o me t e r lo a la interpretación de la ideología dominant e. Qui er o s ub r ay a r a qu í u n p u nt o : n o h ay u n ta l c ód ig o co m ún . Cu an d o un o abo rd a el text o, cualq ui er que sea, des de que se trat e de un a es cr it u r a e n el s e nt id o p ro p io d el té rm in o , es d ec ir , e n el s e nt id o d e u n a cr ea ci ó n, n o d e u n a h ab la d u r í a , co m o d ic e Hei de gg e r (p or q ue la s 1
Ver Genealogía de la moral II, 12
h ab la d u r í a s t am b ié n s e p ue d e n e sc ri bi r , e so e s lo q ue h ac e n t od o s lo s días lo s pe ri od is t as , es cri bi r ha bl ad u rí as ) cu an d o se tr at a, de u na esc ri tu r a en el se nt id o fue rt e del tér mi no en to n ce s no h ay nin gú n có dig o co mú n p revi o, p ue s el tex to p ro d uc e s u pr op io có di go , le asig na s u valo r; es e es u n p un t o im po rt a n tí si m o en la te or ía de la lect ur a; voy a trat ar de acerca rm e un poco má s a las lect ur as de usted es; como desgracia da me nt e uste des tienen una idea del m ar xi s m o s eg ú n la c ua l h ay q u e e s t u d ia r m a rx i s m o y só lo m a rx is m o , ent on ce s co mo a Marx; b ue no , p or lo m en os sí es u n gra n es cri to r. Cu an d o n os o t ro s ab ri m o s El Cap it al , n o t e n e m o s co n Mar x u n c ód ig o común; por ejemplo: Marx comienza a hablarnos de la mercancía: “La riq ue z a d e las socie da d es d on d e im pe ra el régi me n ca pi ta li st a de prod ucció n se nos aparece como un inmen s o arsenal de me rc an cí as ”... p er o p re ci sa m en t e el co nc ep t o de m er ca nc ía y el co nc ep t o de riq ue z a q ue es tá n en la p ri me r a fra se de El Capi tal no n os es co m ún . No so t ro s lo e nt en d e m o s si n n e ce si d a d d e b u sc ar l o en el d ic ci o na r i o, n ad i e ig no r a q ué e s u n a m er c an c í a, n o so t r o s c re e m o s y lo en te n de m o s ta mb ié n po r u na vía em pí ri ca p or q ue p od e mo s da r ejemplos. ¡Ah! si, la mercancía... lo que está exhibido en las vitrinas de los almace ne s. Pero Marx nos va a mos tr ar que nos ot ro s no s ab e m o s q ué e s l a m er c an cí a, ni t a m p oc o q ué e s r iq ue z a . Marx n os dic e e n el p ri m er ap a rt a d o d e l a Crítica del programa de Gotha , qu e dic ho pr og ra m a co me n z ab a ta n tr an q ui la m e nt e co n la tes is de q ue to da la riq ue z a p ro ce d e del tr ab aj o y Marx dice, no, la riq ue z a n o pr oc ed e del tr ab aj o, p ro ce d e igu al me n te de la na tu r al e za ; Marx co mp lica inm ed ia ta m en t e la cosa mer ca nc ía; so n las relacio ne s sociales de producción las que llevan en sí el poder sobre el trabajo. La rique za se pre se nt a (se pres en ta pero no es) co mo una gran acu mulació n de merca ncías, incluso, “se presen ta”, en una f or m u l ac i ó n p er m a n e n t e d e Mar x. Lueg o d ic e Ma rx: l a m a n e ra c om o las cosas se pres en ta n no es la man er a com o so n; y si las cosas fu er a n co mo s e p re s en t a n la cie nci a e nt er a s ob ra r ía . Por lo t an t o, el tex to p ro d u c e s u có di go , n o te ne m o s u n có di go co m ún , te ne m o s q ue ex tr ae r el có di go d el t ex to mi sm o d e Marx, Có di go q ui er e d eci r u n t ér m i n o al q u e el r ec e p to r y el e mi s o r a si gn a n u n m is m o s en t id o . Sin u n tér mi n o al q ue se le a si gn e u n mi sm o se nt id o n o hay me ns aj e y p or e so , p o r ej em p lo , u n h ab la n t e d e u n a len gu a co mo el c hi no u o tr a len gu a d es co n o ci d a, n o c on s ti t uy e p ar a n os o t ro s u n m en s a je p or q u e no te ne m o s cód ig o co mú n . El pr ob le m a de la lect ur a es q ue n un ca h ay u n có di go co m ún cu an d o s e t ra ta d e u n a b ue n a e sc ri tu r a .
Ten em o s q ue d es ci fr ar el c ód ig o d e la m a n er a co mo es a e sc ri tu r a lo r ev el e. La lit er a t u r a co m o la f il os o fí a i mp o n e n u n có di go q ue h ay q ue d ef in ir y el t ex t o lo d e fi n e; ca d a t ér m i n o s e d e fi n e p o r la s r el ac io n e s n ec es a r ia s q ue ti en e c on lo s o tr o s t ér m i n o s . Si nos ot ro s no llegam os a definir qué significa par a Kafka el ali me nt o, en to n ce s n un ca po dr e m os en te n de r La meta m o r fosi s , “ Las in ve st ig a ci on e s d e u n p er ro ”, “ El artist a del ha m bre ”, nu nc a los p od r e m o s lee r; cu an d o n os o t ro s ve mo s q ue ali me n t o sig ni fi ca p ar a Kaf ka m o ti vo s p ar a vivi r y q ue la f al ta d e a pe t it o s ig ni fi ca f al ta d e m ot iv o s p ar a vivi r y p a r a lu ch a r, e nt o n ce s s e n o s va e s cl ar e ci e n d o la cosa. Per o, al c om ie n z o n o t en e m o s u n có di go co mú n , es e e s e l p ro bl e m a d e t od a lec tu r a se ri a, y a ho r a, u st e de s p ue d e n cog er cu al qu ie r tex to que sea verd ad er am en t e una escritu ra, si no le logra n dar una d et er m i n a d a as ig na ci ó n a ca da u na d e la s m an if es t a ci o n es d el a ut o r, si no q u e le d a n la q u e ri ge e n l a i de ol o gí a d o mi n a n t e , n o co ge n n ad a . Por eje m pl o, n o cog en n ad a d el Q uij ot e si e n ti en d e n p or lo cu r a u na o po si ci ón a l a r az ó n, n o co ge n ni u na p al ab r a, p or q u e p re ci sa m e n t e la manio br a de Cervan te s es pon er en boca de Don Quijote los pens a mie n t o s más razo n a bles, su men s aje más íntimo y fu n da m e n t a l, s u m en s a je hi st ó ri co , y n o es p or eq uiv oc ac ió n q ue a veces delira y a veces dice los pensamiento s más cuerdos. Ust ed es enc ue n tr a n en el Quij ot e lo s tex to s m ás alar m an t e m e n t e loco s; en boc a de Do n Quijo te ta mb ié n enc ue n tr a n la pa ro di a m ás m al ig n a y lo s t ex t o s m ás r az o n a b l e s: “Dichosa edad y siglos dichosos aquellos a quien los antiguos...”. Ahí e st á Do n Q ui jo t e h ab l an d o d e la l oc u ra . En cie rt o s en t i d o e s l a l oc u ra e n el s e nt id o d e la i na d ap t a ci ó n, es la s ab id u r ía e n el s e nt id o d e la inad ap ta ci ón . El Q uij ot e es el ho mb re tar dí o, el ho mb re que ha fr ac as a d o e n t od o d ur a n te la vi da, q ue n o h a si do m ás q ue u n fr ac as o y que no resigna a la vida cotidiana y prefiere salir y salir quiere decir mu ch as cosa s: nace r, enlo qu ec er se, de sa da p ta r se , aven tu ra r se, e nt o nc e s Cerv an t es co ns t r u ye t od o el co mi en z o d el Q uij ot e, co n la ima ge n del ho mb r e coti di an o, p or pa re ja s de o po si ci ón , un a cos a ve rd a de r a m e n t e ex tr ao r d i na r i a, u na es tr u c tu r a m us ic al , t od o es tá e n pa re ja s d e op os ici ón : “Y te ní a en s u cas a u n a ma qu e n o p as ab a de lo s c u ar e n t a y un a s ob r i na q ue n o lle ga b a a l os vei nt e, y se p as a b a la s n oc h e s d e c la ro e n c la ro y lo s d í as d e t u r b io e n t u r bi o ley en d o lib ro s d e ca ba ll er ía ” –to do cae e n o po s ic io n e s– “ha s ta q ue cay ó e n la m ás
ex tr av ag a n te ide a q ue h ub ie s e d ad o loc o alg un o y f ue q ue p ar ec ió le co nv en ib le y n ec es a ri o, a sí co mo p ar a el a u me n t o d e s u h on r a co mo p ar a el s e rv ic io d e s u r ep ú b li ca h ac e rs e c ab a ll er o a nd a n t e ” y c ul mi n a ahí, es o es m ús ic a. Pero el Quij ot e es es o, u n ho m br e qu e se iba a morir allí, en una haciendita, con un caballito, con un perrito, con una s ob r in a y u n a a m a; y a ti en e 5 0 a ñ os y no h a p a s a d o n ad a , y Cer va n t e s tie ne 5 0 a ñ os y es tá e n l a cá rc el y no h a p a sa d o n ad a, y ha fr ac as a d o e n t o d o y de p ro n t o s al e y e se s al ir e s u n n ac im i en t o y sa le Ce rv a n te s y s al e D on Q ui jo t e, e sa m ar a vi ll a, el h o m b r e co n 5 0 a ño s d e f ra ca s o s s e n ie ga a q u e s u vi da te rm in e e n u n a m ue r te s oli ta ri a, en u na vid a co ti di a n a a pa g a d a y p re fi e re la l oc u ra a l a co ti di a n id a d , p er o e so n o lo dice Cerv an t es , es o lo te ne m os q ue co ns t ru ir los lect or es al ir construyen do el código. La má s no ta bl e ob ra de n ue st r a liter at u ra –por q ue en to da n ue st r a litera tu ra no hay nad a com pa ra bl e– en el bachiller at o nos la pr oh íb e n, es deci r, n os la rec om ie n d a n; es lo mi sm o q ue p ro hi bi r, po rq ue reco me n d ar a un o co mo u n deb er lo qu e es u na carcaj ad a co nt r a la a d ap t a ci ó n, es lo m i sm o q ue p ro h ib ír s el o. Des p ué s d e es o u n o n o s e a tr ev e n i a le er lo , l e cu e nt a n q ue el g er u n d i o e st á m u y bi en u sa d o, le h a bl an d e si nt ax is , d e gr am á ti ca , d el ar te d e lo s q ue s ab e n có mo s e d e be rí a es cr ib ir p er o q ue es cr ib e n m uy m al: u na co sa q ue a Cervan t es no le interesa b a, pues lo que hacía era escribir sobera na me nt e, con las más oculta s fibras de su ser. Cuand o n os o tr o s lleg am o s a a b ri r lo s oj os a nt e el Q uij ot e, co n a so m b r o, n os da mo s cue nt a qu e tan to Sanc ho co mo el Quijo te pu ed en est ar de ac ue r d o p or q u e a mb o s s o n i r re al is t a s , el un o co n s tr u y e u n a r e al id a d , el o tr o s e a ti en e a l a in m e di a t e z , lo r ea l p a s a p o r e nc im a d e u n o y po r d eb a jo d el o tr o y en co nj u n t o lo s d o s s on u n a c rí ti ca d e l a re al id a d , a no mb r e d e la i nm ed ia te z del de se o y a n om b re de la tr as ce n d en ci a del anhelo. La realidad es la que queda muerta, no ellos. Y si n e mb a rg o, Cer va nt e s n o n os p ue d e d ar e so in me d ia t a m e n t e; el más grande de nues tr os autore s, un homb re de la altura de Sha ke sp e ar e, n os da u n tex to q ue si n os o tr o s no s om o s ca pa ce s de de sci fr ar , de in te rp r et a r, no lo en te n de m o s . No so mo s cap ac es ni si qu ie r a d e le er lo , o lo l ee m o s p o r “f ue r z a d e vol u nt a d ” , q ue e s p e o r; pe ro de lo q ue se t ra ta es de cog er el en tu si as m o , cog er el rit mo , co ge r el e s ti lo d e Ce rv an t e s , o m e j or d ic h o lo s es ti lo s d e Ce rv a nt e s . Cervan te s sab e hace rl o to do , el estilo me to ní mi co de Sanch o, a po ya d o e n r ef ra n e s p ar a d ar s e air e d e q u e n o e s él e l qu e lo d ic e y p o ne r la p o n z o ñ a p or d eb a j o; el e s ti lo lír ic o d e Do n Q ui jo t e: “Ya n o
h ay h om b r e q ue s ali en d o d e e s te vall e e nt r e e n a q ue ll a m on t a ñ a y de allá p is e u na d es ie r ta y d es ol a da pl ay a d e m ar"; es a co mb in a ci ó n d e e st il os q ue n os d a e l Qu ij ot e s e n o s e sc a p a p or q u e n o s a b e m o s le er lo ; es e es el p r ob le m a qu e yo les pla nt eo , p ue s el p r ob le m a no es q ue te ng a mo s n ad a q ue leer p or q ue tr ad u z ca n m al, sin o q ue n o sa be m os leer no so t ro s . Claro, ya en el bac hill er at o n os pr oh íb e n El Quijot e , ¿p or q ué n o s lo p r o h íb e n ?; d es d e la p r i ma r i a, a nt e s d el b ac hi ll er a t o, s e i nt ro d u c e u na s er ie d e o p os ici o ne s e n l as q ue ing re s a m o s d es d e el pri me r añ o: el tie mp o de clas e d on d e se ap re n d e, ab ur ri d or , y e l r ec r eo d o n d e s e d is f ru t a s in a p re n d e r . El Q ui jo t e n o c ab e e n e s os d os tie mp o s, po rq u e el Quij ot e es u na fies ta y al mi sm o tie mp o el m ás alto conocimiento. Si no so t ro s to ma m o s El Capi tal co mo u n d eb er , si n o s o m o s ca pa ce s d e t o ma r lo co mo u na fie st a d el co no ci m ie n t o, t am p o c o lo p o de m o s co no c e r; e n e s e s e n ti d o t am b i én n os e st á p ro h i bi d o el Za ra t u s t r a , q u e es u n ve rd a de r o lib ro , la filo so fí a m ás rig ur o s a, m ás co mp l et a d e la Alemania del siglo XIX, dicha en forma de verdadera fiesta. Nietzsche q ui er e r om p e r el s ab e r d el la do d el d eb e r, y de l l ad o d e la d iv er s ió n , el olvi do d e sí, el e mb r u t ec i mi e n to . Nie tz s ch e q ui er e r om p e r e so , e nt o nc e s h ac e la f ilo so fí a m ás rig ur o s a q ue s e p u e da h ac er , en t on o de fies ta, eso es el Zarat us tr a –es el sen tid o fun da me n ta l del Zaratustra. Per o si qu er em o s sab er qu é sign ific a in te rp r et a r, p ar ta m o s de u na b as e: in te r p r e t a r e s p r o d u ci r el có di go q ue el t ex t o i mp o n e y no c re er q ue te ne m o s d e a n te m a n o co n el t ex to u n có di go co m ú n, ni b u sc a rl o en u n m ae st r o. ¡Ah! e s qu e to da ví a n o te ng o ele me n to s , dice n los estu dia n t e s; el estudia n t e se puede caracte ri za r como la per so nif ica ció n de u na de ma n da pasiva. “Explíq ue me ”, “de me ele me n to s ”, “¿cu ál es so n los p re rr eq u is it o s pa ra es ta m at er ia ?”, “¿c óm o e st a m o s e n l a e sc al er a ?” , “¿c uá n t o s a ño s h ay q ue h ac er p ar a e mp e z a r a le er El Quij ote ? No h a y q ue h ac e r n in g ú n c ur s o . Hay q u e a pr e n d e r a p e ns a r . Lo qu e s e l es olv id a d e El Cap it al , a t o do s los ma rx is ta s es el p ró lo go . Esta ob ra n o req ui er e co no ci mi en t o s previos, sólo la capacid ad de saber pen sa r por sí mis mo s. No po de m o s leer a Marx co n la dis cu lp a de q ue “re al me n te me falt an ele me n t o s, s er ía m ej o r h ab er co no ci d o a Heg el, e nt o nc e s va mo s co n Hegel per o Hegel está dis cu tie nd o a Kant, en to nc es me falta n ele me n to s y v am os co n Kan t, p er o Kan t es tá di sc ut ie n d o a Hu me, ent on ce s m e fal ta n ele me n to s y va mo s co n Hu me , pe ro Hu me es tá
discutiendo a Descartes y vamos...” y entonces comience con Tales de Mileto y cuando tenga 80 años llegará a Sócrates, si le va bien. Lo que le fal ta n o s on ele me n t o s, lo q ue le fal ta e s in te r p re t a ci ó n, p os ic ió n act iv a, di sc u si ó n co n el tex to . Per o el es tu d ia n t e tie ne u na p os ici ón p as iv a, d e me el em e n t o s , m ét o d o s , e s d e ci r ca be s t r o, p er o ¿c uá l e s e l mét od o? El mé to do es pen sa r, es inte rp re t ar , critica r. Se p ue de e mp e z a r u n e st u di o d e filo so fí a p er fe ct a m e n t e co n El Se r y el Tie mpo de Hei de gg er , los p re rr e qu is it o s es tá n en el tex to mi sm o. Per o la educación es un siste m a de prohibición del pens a mi en to”, tr an s m i si ó n d el co no ci m ie n t o co mo u n d eb e r, el co no ci m ie n t o co mo alg o d ad o , p et ri fi ca d o. ¿Qu é le fal ta p ar a le er el Q uij ot e? Le f al ta a pr e n d e r a l ee r. ¡Qué el em e n t o s n i q u é a po y os , n i q u é c rí ti co s , ni q ué m ul e ta s , n i q ué c ab e st r o ! L e f al ta a pr e n d e r a l ee r, e so e s l o q ue p a sa y p or e so n o s ie n te la m a r a vi ll a d el t on o , d el e st il o, n o s ie n te la m ú s i ca s ec re t a , la f in u r a d e la p a r o di a , la t er r ib l e p o n z o ñ a d e Ce rv an t e s . D on Quij ot e cr ee e n lo s lib ro s d e ca ba ll er ía , e s u na loc ur a, ¿p or q ué u na loc ur a? Por qu e no so n u na ide ol og ía d om in a n te y p or es o los p on e Cer va n te s; e n ca mb io si fu er a n u na id eo lo gí a d om in a n t e n o s er ía n una locura. Por ejemplo, el cura le dice a Don Quijote: “Y vos alma de cá nt a r o .D o n Q ui jo t e o D o n To n to , o c o m o o s ll am éi s , q ui é n h a ve ni d o a co n ta r o s q ue h ay gig an t e s , m al a n d r i n e s y en ca n t a d o r e s , n i lo s h u b o n un c a e n el m u n d o y po r q ué n o v ai s a p r eo c up a r t e p or t u. Y m uj e r y t us h ij os e n v ez d e i r d is p a r a t a n d o p o r el m u n d o ? ”. Y D on Q ui jo t e le dice: “¡Ah! pero la Biblia que no puede faltar en nada a la verdad, nos e ns e ña q ue lo s h u b o, co nt á n d o n o s la h is t or ia d e a q ue l gig an t a z o d e Goli at ”. En o t ra s p al ab r a s d o n Q ui jo t e le d ic e al c u r a q ue el p r o b le m a con sis te en que mien tr as él –Don Quijo te– cree en los libr os de caballería, el cura cree en la Biblia. El cura cree que lo de Don Quijote es loco p or q u e lo s ig ue n p oc os y lo s u yo es cu er d o p or q u e lo s ig ue n muchos. Es a fin ur a y es a p on z o ñ a d e C erv an t es , s u ag ud e z a d e p en s a m ie n t o , s u cri tic a fu nd a m en t a l de la ide ol ogí a, es o no se coge de bu en a s a pri me r as si no se in te rp r et a el t ex to; sólo así se co mp r en d e q ue es u na ver d ad e r a fies t a d el p en s a mi e n t o y d el le ng u aj e, q ue p ár r af o p or p ár r af o es u na m ú si ca q ue s e d er r a ma u na y ot ra ve z. Sin e m ba r go , a n os o tr o s n os la p ro h íb e n. To do s n os dic en q ue e s u na ver gü e n z a q ue no lo hay am o s leíd o, en to n ce s no s calla mo s, pe ro co n verg üe n z a, cla ro , p o r q u e e so sí l o ap r e n d e m o s , la c ap a ci d a d d e a ve rg o n z a r n o s , o lo l ee mo s p or fu er z a de vol un ta d , pe ro de to da s m an er a s no s es tá prohibido.
Esta mo s in st al ad o s en u n leng ua je co mp le jo y h ay q ue ap re n de r a leer; la p ri me r a fór m ul a es és ta: el có di go q ue p ro d uc im o s co mo lect or es. Hay algu no s au to re s qu e no s des afí an de sd e la pri me ra fr as e: Kaf ka, Musil, n os d es af ía n a q ue p ro d u z c a m o s s u có di go , q ue no es común. Cuan d o uno abre La Meta morfosi s y lee: “Al d es p e rt a r Greg or io Sa ms a u na m añ a n a, t ra s u n s ue ñ o in tr a n q ui lo , en co n t ró s e en s u ca ma co nv e rt i d o e n u n m o n s t r u o s o i ns ec t o. H all áb a s e ec ha d o s ob r e el d ur o ca pa r a z ó n d e s u es pa ld a , y, al al za r u n p oc o la cab e za , vio la fig ur a co nv ex a d e s u vie nt r e o bs cu r o, s ur ca d o p or cu rv ad a s call os id a d e s, cuya pr om in en ci a ape na s si po dí a agu an ta r la colch a que est ab a visible me nt e a pu nt o de esc ur rir se has ta el s uelo. Innu me r ab le s pa ta s, la me nt a bl e me n t e es cu áli da s en co mp a ra ci ón con el gr os or or di na ri o de s us pie rn as , ofr ecí an a s us ojo s el es pe ct ác ul o de u na ag it a ci ó n si n co n si s t e n ci a ”. A hí h ay q u e i nt er p r e t a r o ce rr a r el lib ro , a hí s í n o s e ll am a n ad i e a e ng a ñ o. H ay q u e t en e r e n c u en t a e st o: “N o h ay o br a s f ác il es ”. Es u n a fr as e d e Vale ry : n o h ay a ut o r e s f ác il es , lo q ue h ay s on lec to r es fá cile s, Hay a ut or e s q ue s on m ás fr an co s , co mo Kaf ka, q ue d e u n a ve z le m u es t r a a u n o q ue si n o in te r p re t a lo m ej o r es d ev olv er s e. Hay , o tr o s q ue s on ca m uf la d o s co mo Do st oy ev s ki ; uno pued e leer Cri me n y castigo sin darse cuent a de que no ha e nt e n di d o n ad a, si no q ue u n s eñ o r m at ó a d o s viej as y fin al m en t e lo m et i er o n a l a cá rc el ; y en la s p á gi n a s r oj a s d e l o s p e r ió d i co s a pa r e ce n co sa s d e e s as to d os lo s d ía s, e so n o q ui er e d eci r n ad a, es o n o tie ne q ue ver n ad a co n Crimen y castigo . No h ay tex to s fácile s; n o b us q ue n facili da d po r ni ng un a pa rt e, n o b us q u e n la e sc al er a , p ri m e r o Ma rt a H ar n ek e r , d es p u é s Alt h u s s er ; e so e s l o p e or ; n o h ay a u to r e s f ác il es , lo q u e h ay s on lec to r e s fá ci le s, q ue leen co n facili da d p or q ue no sa be n q ue n o es tá n en te n di en d o , p or es o les pa re ce m ás se ncillo Desc ar te s qu e Hegel. To da lect ur a es ar du a y e s u n tr ab aj o de int er p re t ac ió n: fu nd a ci ón de u n cód ig o a par ti r del text o, no de la ideol ogía do mi na n te pre as ig na d a a los t ér m i n o s . Pregunta : ¿Pero yo m e im agi no qu e es o n o se va a d es cu b ri r en u n p ár r a f o si no e n e l d es a r r o ll o m is m o d el t ex t o? Resp uesta : Sí, en el des ar ro llo mis mo del texto, pero hay que pr eg u nt á r se lo y n o p on er es ta dis yu n ti va bá sic am e n te es tu d ia n ti l: e nt ie n d o o n o e nt ie n d o . Es a d is y un t i va e st u d i a n t il q ui er e d ec ir , “¿c on e st o p o dr í a p re s e n t a r ex am e n o n o p o d r í a? ”. H ay q u e d ej a r s e af ec t ar , pe rt u rb a r, t ra st o rn a r po r u n tex to d el q ue u no to da ví a no p ue d e d ar
cue nt a, pe ro que ya lo con mu ev e. Hay que ser cap az de ha bi ta r lar ga m en t e en él, an te s de po de r ha bl ar de él; c om o hac em o s co n to d o, co n la Nov en a si nf o ní a, co n la o b ra d e Ce za n n e, se r ca pa z d e h ab it a r m uc h o tie m p o e n e lla, a u n qu e t od av ía n o s e am o s ca pa ce s d e decir algo o sacarle al prof es or –porq ue siem pr e hay para los es tu d ia n te s u n p ro fe so r, es e es el p ro bl em a– la p re gu n t a, “¿y es to qu é q uie re deci r?”. Ese p ro fe so r p ue d e se r u no mi sm o, p ue d e ser imagin ario o real, pero siem pr e hay una dem an d a de cuen ta s a al gu ie n , e n ve z d e p ed i rl e c ue n t a s al t e xt o, d e d eb a t ir s e c on el t ex to , de establecer un código. Pero no vaya a creer se que el trab aj o a que aquí nos referi mo s co ns is t e e n re st a bl ec e r el p e n sa m i e nt o a ut é n ti co d el a ut o r, lo q ue e n re ali d ad q ui so d eci r. El así lla ma d o a ut o r n o es ni ng ú n p ro p ie t ar i o del sentido de su Textos. Si cog em o s el eje m pl o d el Q uij ot e, el ver d ad e r o p ro b le m a n o es el p re gu n t a r s e q ué q ue rí a d eci r Cerv an t e s; el p ro bl e m a e s q ué d ic e el tex to y el t ex to si em p r e dic e las co sa s q ue s e e sc ap a n al a u to r , a l a inte nci ón del au to r. El a ut or no es u na últi ma ins ta nci a. Lo que Cerv an t es q ui so deci r n o es la clave del Quijo te . No hay nin gú n p ro p ie t a ri o d el s en ti d o lla ma d o a ut o r; la di fic ul ta d d e es cr ib ir , la gr av ed a d d e es cr ib ir , e s q ue es cr ib ir e s u n d es al oj o. Por es o, e s m ás fácil habla r; cua nd o u no habla tien de a prev er el efect o que su s p al ab r a s p ro d u ce n e n e l o tr o, a j u st if ic ar lo , a i ns in u a r p or m ed io d e ge st o s, a e sp er a r u na co rr o bo r a ci ó n, a un q u e n o s e a m á s q ue u n Sh hh , u na s eñ a d e q u e le e st á cogi en d o el s en ti d o q ue u no q ui er e; cu an d o u no e sc ri be , en ca mb io , n o h ay s eñ al alg un a, p or q u e el s u je to n o lo d et er m i n a ya y es o h ac e q ue la e sc ri tu r a s ea u n d es al oj o d el s uj et o. La esc ri tu r a no tie ne rec ep t or co nt ro la bl e, p or q ue s u rec ep t or , el lec to r, es vir tu al , a un q u e s e t r at e d e u na ca rt a, p or q u e s e p u e d e lee r u na car ta de b ue n geni o, de m al ge ni o, de nt ro de d os añ os , en ot ra situ ació n, en otr a relació n; la pala br a en acto es u n inte nt o de co nt r ol a r al q ue oy e; la e sc ri tu r a ya n o s e p ue d e p er m it ir e so, tie ne q ue p ro d u ci r s us re fe re n ci as y n o la c on tr o la n ad ie ; n o es p ro p ie d a d de nadie el sentido de lo escrito. “Este sentido es un efecto in co n t r o l ab l e d e la e co n o m ía in te r n a d el t ex t o y de s u s r el ac io n e s co n otr os tex to s; el au to r p ue de ign or ar lo p or co mp le to , p ue d e ver se aso m br a d o po r él y de hec ho se le e sca p a sie mp r e en alg ún gra do : Escri tu r a es ave nt u ra , el “se nt id o” es m úl ti pl e, irre du c ti bl e a u n q ue r e r d ec ir , i rr ec u p e r a b l e, in ap r o p i a b le . “Lo a nt e ri o r e s s uf ic ie n t e par a disip ar la ilusió n hu ma ni st a, ped ag ógica, opr es or am en te
generosa de una escritura que regale a un “Lector Ocioso” (Nietzsche) u n s ab e r q ue n o p o s e e y qu e va a a d qu i ri r ”. Es ta s o bs er v ac io n e s p ue d e n s er vi r d e in tr o d u cc ió n a u n t em a ce nt r al en la teo rí a de la lect ur a, te ma en el qu e d ej ar e mo s , ot ra ve z p ar a co me nz a r, la pala br a a Niet zs ch e, est ud ia n do do s pro po si cio ne s a pa r en t e m e n t e co nt r a di c to r i as y f or m u la d a s co n to d o el r a di ca li s mo d es e a bl e e n Ecce Ho mo : a. “En ú lt im a in s ta n c ia n a di e p u e de e sc u ch a r e n la s co s as , i ncl ui d o s los lib ro s, m ás d e lo q u e ya s ab e. Se ca re ce d e oí do s p ar a e sc uc h a r a qu e ll o a q u e n o s e t i en e a cc es o d es d e la v iv en ci a. I ma gi n é m o n o s el cas o ex tr e m o d e u n lib ro q ue n o h ab le m ás q ue d e v iven ci as q ue , e n su totalida d, se encu en tr an más allá de la posibilida d de una exp eri en ci a frec ue nt e o, ta mb ié n, poc o frec ue nt e, de qu e sea el p ri m er le ng u aj e p ar a ex pr e s ar u na s er ie n ue va d e ex pe ri en ci a s. En es te ca so s en cill am e n t e, n o s e oy e n ad a, lo cu al p ro d u c e la ilu si ón ac ús t ic a d e c re er q ue d on d e n o s e o y e n ad a , n o h ay t am p o c o n ad a ”. b. “Cua nd o me re pr es e n to la im ag en de u n lect or pe rf ec to sie mp r e r es u l ta u n m o n s t r u o d e v al or y cu ri o si d a d , y ad e m á s , u n a co sa d úc t il , as tu t a, cau ta, u n ave nt u re r o y u n de sc ub r id o r n at o. Por fin: mej or que lo he dicho en Zarat us tr a no sabría yo decir para quién ú ni ca m e n t e h ab lo en el f o nd o; ¿a q ui én ú ni ca m e n t e q ui er e él c on t ar su enigma?”. “A vo so t ro s lo s a ud a ce s, b us ca d o r e s, y a q ui en q ui si er a q ue alg un a vez se haya la nz a d o co n a st u t a s vel as a m a re s t er r ib le s . A vo s ot r o s lo s e b ri o s d e e ni g ma s q ue g oz ái s co n la l uz d el c r ep ú s c u l o, c uy as al ma s s o n a tr aí d a s c on fl au t a s a t od o s lo s abismos laberínticos; allí donde podéis adivinar, odiáis el deducir...”. ¿Có mo m an t e n e r a si do s lo s d o s ex tr e m os d e e s ta ca de n a e n l a qu e s e n os p r op o n e q ue n o s e lee si no lo q u e ya s e s ab e y qu e p ar a lee r es p re ci so s er u n av en t u r e r o y u n d e s c ub r i d o r n at o ? La prim er a cita par ece amar ga me n te pesimi st a, la segu nd a es terriblemente exige nt e; con si de ré m o s la s de cerc a. En el p ri me r cas o Niet zs ch e especifica el 'ya
s e s ab e' co mo a qu el lo a lo cu al s e tie ne acc es o d es d e la vive nc ia . Declara muda, in au d i bl e , i nv is ib le , t o d a p al a br a e n l a q u e n o p o de m o s lee r al go q u e ya sabíamo s; ile gi bl e t od o le ng u a je q u e n o s ea el le ng u a je d e n u e s t r o p r ob l e m a, s i nuestros co nflic to s y n ue st r as pe rs p ec ti va s n o ha n llega do a co nfi gu ra r s e co m o u n a preg un ta y una sos pec ha de la que ese leng uaje es expre sió n, d es a r r o ll o y res p u e s t a, nada pode m o s oír en él. Recorde m o s aquí la ex tr a o r d i n a ri a t en s ió n q u e s e p r o d uc e al fin al d e la s e gu n d a p ar t e d el Za ra t us t r a , e n el c ap ít ul o titulado “La m ás sile nci os a de to da s las ho ra s”, p ri nc ip al me n t e en el p as aj e en que Zaratustra es tá lle no d e te rr o r. “Ent on ce s alg o volvi ó a h ab la r m e si n vo z: lo sabes, Zaratustra, pero no lo dices”. 2 Y e n e fe ct o Nie tz s c h e d es p l ie g a e n e s t as p ág in a s d e t r a n si ci ó n e nt r e la se gu n d a y la ter ce ra pa rt e, to da s las s ut ile za s de s u ar te p ar a in dic ar q ue la mayor dificultad co n si s t e e n d e ci r lo q u e ya s e s ab e, e n r ec o n oc e r lo q u e s ec re t a m e n t e se conoce; que es un abis mo aterr ad or porq ue se conoce, porq ue si no se conociera sería una palabr a vacía; pero si se reconoce nos hace peda zo s. Aquí encontramo s el vínculo e nt r e lo “Q ue ya s e s ab e” , y l a e xig en ci a d e valo r, d e au d ac ia y d e a rr ie s g a rs e a (p. 213). Estanislao Zuleta, Sobre la lectura 12/18 2
ser de sc ub r id o r. El lect or q ue Niet zs c he recl am a n o es s ola me n te cuidadoso, “r um ia n t e” , ca pa z d e in te r p re t a r. Es a qu el q ue e s c ap a z d e p er m it ir que el texto lo afect e en su ser mis mo , ha ble de aqu ello que pu gn a po r hace rs e rec on o ce r a ún a rie sg o d e t ra n sf o r m a r le , q ue te me m or ir y n ac er en s u lec tu r a; p er o que se deja e nc an t a r p or el g us t o d e e sa ave nt u r a y d e es e p elig ro . Per o ¿có mo puede el lector
pe rm it ir q ue el tex to lo afec te en s u ser? y a de m ás , ¿cu ál ser? Es evidente que esas exig en ci as n os co nd u c en h aci a la l ec tu r a, p er o n o s ab e mo s n ad a a ún de ese “Deja rs e afec ta r” y ni ng un a ap el aci ón al “cor aj e” o al valo r, es suficiente aquí. Así co mo , tén ga s e bu en a o m al a vis ta, h ay q ue mi ra r de sd e alg un a parte, así mi sm o h ay q ue lee r d es d e alg un a p ar t e, d es d e alg un a p er s p ec t iv a. Y ahora, ¿qué p ue d e s er u na p er s p ec t iv a p ar a lee r? Es a p er s p ec t iv a tie ne q ue s er u n a p re g u n t a aú n n o co nt es t ad a , q ue tr ab aj a en n os ot r os y s ob re la c ual n os ot r os t ra b a ja m o s c on u na es cr it ur a (sólo se de be es cr ib ir pa ra es cr it or es y sól o el q ue escribe realment e lee). U na p re gu n t a abie rt a es u na bú sq u e da en m ar ch a q ue tie ne u n efecto e sp e cí fi co s o br e la l ec tu r a; ¿c uá l? Alg un o s a mi go s m e h an d ic h o q ue e sa f ra s e e s m uy f ue r t e; yo l a r e sp a l d o; s ól o s e d e b e e sc ri bi r p ar a e sc ri t or e s y s ól o el que es cr ib e, r eal m en t e lee. En es te ca so mi in sp ir ac ió n co ns ci en t e m ás próxima, es ta m bi é n Nie tz s ch e : “Un sigl o m ás d e lec to r es y e l e s pí ri t u mi s mo olerá mal” dice Nie tz s ch e . Q ué ca nt id a d d e lec to r es : Se l ee d es d e u n t ra b aj o, d es d e u n a p re g u n t a abi er t a, d es d e u na cu es t ió n n o re su el t a; es e t ra ba j o s e p la s m a e n u n a escritura; e nt o n c e s, t od o lo q u e s e l ee a lu d e a l o qu e u n o b us c a, s e c on vi e rt e e n lenguaje de n ue s t ro s er . No s e lee p or inf or m a ci ó n, ni p or div er si ó n; es o n o e s lectura en el s en t i d o q ue q ue r e m o s d ar l e e n e s te t ex t o a la l ec t ur a . Sie mp r e s e l ee p or q u e u no tie ne u na cu es ti ó n q ué r es ol ve r y a sp ir a a que el texto dig a alg o s ob r e la c u es ti ó n; lo m á s im po r t a n te e n t o d a t eo rí a d e la lectura es salir d e l a i de a d e la l ec tu r a co mo Co ns u m o es a id ea rig e p o r ej em p lo e n la crítica
lite ra ri a, clar o qu e no en la fre ud ia n a, o en la de Bart he s o la de Bajtin. Le rec om ie n d o a to do el q u e p ue d a co ns eg ui rl o qu e se lea u n lib ro de Bajtin sobre Do st o y ev s k i, ti tu l a d o La poét ic a de Dosto yevski ; lo escribió en el 29; lo prohibió el c a ma r a d a Stali n y a ca ba d e s er p ub li ca d o en Ru si a y t ra d u ci d o al francés. Es lo m ás g ra n d e q ue h ay h oy e n la c rí ti ca lit er a ri a; mi en t r a s t an t o Baj ti n s e p as ó 4 0 añ os en u na pe qu e ña ald ea sib eri an a co mo pr of es o r de Gra má ti ca Rusa. Es un a obr a sen cilla me nt e gigan te sc a; el análi si s del siglo de Dostoyevski; sobre na di e te ne m o s u na cos a ta n inco m pl et a, ta n glo bal. Es u n tip o de lec tu r a q u e n o s e pone a hablar de lo que pued en querer decir las obras de Dostoyevski, sino que se esc ri be s ob re el es til o de Do st oy ev sk i; es o es lo ver da d er a m e n te sorprendente. Creo que con Bajtin la estilís tica, co mo ram a efectiva me nt e in de p e n d i e n t e d e co no c im i en t o , q u ed a f un d a d a . Obs er va ci ón p reli mi na r. Pose em o s u na m ag ní fi ca, u na re de n to r a ca pa ci d a d d e olvida r tod o lo que no po de mo s conver tir en un inst ru m en t o de n ue s t r o t ra b a jo . Y co m o e se t ra b a jo e s e n r e al id a d u n p ro c es o q ue s ig u e ví as m úl t ip l es , senderos Estanislao Zuleta, Sobre la lectura 13/18
to rt u o s o s y a me n u d o t om a p or a ta jo s in es p e ra d o s , s ol em o s r ec og e r materiales en los lug ar es má s ine sp er a d os , casi en to da s pa rt es ; cu al qu ie ra qu e tenga una ex pe ri en ci a de lect ur a (y co n m ay or ra zó n si es “adic to”), ya q ue algunos psicoanalistas, Fenichel por ejemplo, hablan de adición a la lectura en s u s e st u d i o s s ob r e d ro ga d ic t o s, cu al qu ie r a q ue aco st u m b r e a t om a r al a za r e n u n rato de ocio, el pri me r libr o qu e ten ga a la ma no , ha br á not ad o sin du da , con cierto asombro,
cu an fr ec ue n t e m e n t e en cu e nt r a allí, d on d e q ue rí a olvi da r s e u n r at o, que el libro le h ab la d el p ro b le m a q ue e n e se m o m e n t o le es t ab a t ra b aj a n d o . No h ay sin em ba rg o aq uí n ad a de ext ra ñ o, ni es nece sa ri o neg ar el a za r d e l a es co ge n ci a a pe la n d o p or eje m pl o a u na p re m e d it a ci ó n inc on s ci en t e: la selección había sido hech a por el proble ma dura nt e la lect ur a mis ma, el p ro b le m a b us c a b a s us co nc ep t o s , s us co ne xi on e s y re ci bí a y ca pt u r a b a t od o lo q u e le pudiera llenar su s lag un as , las dis co nt in ui d ad e s en tr e los pu nt os que par ecí an esclarecidos, y de se ch a ba to do lo de má s; o m ej or dich o, co mo n o lo cap tu r ab a n o podía verlo pues to que era el proble ma mis mo el que leía, aquel del que q ue r ía m o s d es c a n s a r u n po co y q ue sin e mb ar go seg uí a tr ab aj an d o osc ur a me n t e co mo u n topo. Hay q ue to ma r po r lo t an to en s u se nt id o m ás fue rt e la t es is de q ue es necesario le er a la l uz d e u n p ro b le m a . Co m o s e v e, a m e di d a q ue e sc ri b o e st a s líneas, el co nc ep t o de “pr ob le m a” ha veni do a s us ti tu ir su br e pt ic ia m en t e el co nc e p t o d e “pr eg u n t a s a bi er t as ” co mo si s e t ra ta r a d e la m is m a co sa , o c o mo si fuera algo m ás ex plíci to, cu an d o en re ali da d en el len gu aj e co rr ie n te es el t ér m i n o m ás v ag o q ue exi st e. Sin e mb a rg o a qu í a de m á s d e s ub s ti t ui r s e co mi en z a ya a definirse: un pro ble ma es una es pe ra nz a y una sos pe ch a. La sos pe ch a de que existe una unidad, una articulació n neces ari a allí do nd e hay algu no s eleme nt os d is p e r s o s , q u e cre em o s en te n de r pa rci al me n t e, q ue se no s esc ap a n, pe ro insi st en co m o u n a herid a abier ta; la es pe ra nz a de que si logra mo s esta ble ce r esa articulación nece sa ri a me n t e qu ed a rá ex plic ad o alg o q ue n o lo es ta ba; qu ed a rá removido algo
q ue im pe d ía el p ro ce s o d e n u e st r o p en s a mi e n t o y fu nc io n a ba p or lo ta nt o co mo u n n ud o e n n u es t r a vi da; q u ed a r á ro to u n la zo d e a q ue ll os q ue n os at an , obligándonos a em p le a r t od a n ue s t r a en er gí a, n ue s t ra ag re si vi d ad y n ue s t r a libi do en lo que Fre ud llam ab a “un a gu er ra civil” sin es pe ra n z a s. El t ra ba jo de la sospecha consis te en entregar o somet er todo s los eleme n t o s a una elaboración, a una crítica, que per mit a super ar el poder de las fuer za s que los m an t ie n e n di sp e r s os y yux ta p ue s t o s o fals am e n te con ec ta d o s. Por qu e se tr at a sie mp r e de una fuerza: represión, ideología dominante, racionalización, etc.”. Lee r a l a lu z d e u n p ro b le m a e s, p u e s , le er e n u n ca m p o d e b a t al la , e n el campo abierto por una escritura, por una investigación. El q ue q uie re de sci fr ar en s u vida re al me n t e, efec tiv am e nt e , u n problema, por ej em p l o , el q u e q ui e re d es ci fr a r e n s u vi da el e ni gm a d el m a tr i m o n i o, las difi cu lt a d e s d e la co m pa g in a ci ó n, d e co nv iv en ci a d e la p ar ej a, d e amor y amistad, d e d ep e n d e n ci a y a mo r, d e h os ti li d ad y d ep e n d e n ci a, e nt o nc e s p ue d e leer con Estanislao Zuleta, Sobre la lectura 14/18
pr ov ec ho Ana Kare ni na ; el q u e n o es tá e n es o, n o la le a; n o la lea, p ue d e q ue la te rm in e , p er o lo q ue s e lla ma lee r, p en s a r a Tol st oi , n o. Ah or a, si nosotros qu er e mo s evita r t od os los p ro bl em a s y e n ab st ra ct o a pr en d e r, no s volvemos unos e st u d i a n t e s , p or q u e lo s e st u d i a n t e s , co m o s e s a b e, “lee n”. Así p ue s, es o er a lo q ue qu er ía deci r la fó rm ul a, q ue hay qu e leer desde alguna p ar t e, as í c om o h ay q ue m ir ar d es d e alg un a p ar t e. “Po r l o d em á s n o cab e d u da d e qu e es ta ba tal la n o s e libr a p ri nc ip al m en t e en el esc en ar io de la conciencia. Basta leer El ho mb re de los lobos o La organizaci ón ge ni tal infa nti l de Freud, para
sab er que ya los cuen to s de had as y las explicacio ne s sobr e el nacimiento y la d if er e n ci a d e lo s s ex o s s on leí do s , e s d ec ir , in te r p r e t a d o s , cri ti ca d o s , ca pt u r a d o s y de se ch a d os a p ar ti r del d ra m a q ue Fre ud no vacila en califica r de Investigación Originaria”. Rec om ie n d o a t o do el q u e q ui er a t en e r u na te or ía d el co no ci m ie n t o m ás o m e no s f un d a d a , la l ec tu r a d e La organizació n ge ni tal infantil ; p ro b a b le m e n t e no posee m o s hoy una teoría del conoci mien t o que pueda ser co ns id e r a da s up e ri o r a esa; especialmente el capítulo que se llama Teorías sexuales infantiles . Ahí Freud no s dice que el niñ o es u n inves tig ad o r, esa es su es en ci a; per o d es c ri b ié n d o n o s al ni ño co m o in ve s ti g ad o r , n os d a la s c o nd i ci o n e s d e t o d o in ve s ti g a d o r ni ño o n o y de toda investigación. Pe ro , i nc o ns c ie n t e m e n t e o n o, la l ec tu r a e s s ie m p r e el s o m et i m i e n t o d e u n t ex t o q ue p or s us co nd ici o ne s d e p r o du c ci ó n y po r s us ef ec to s es ca p a a l a p ro p ie d a d d e cu al q ui er “a ut o r”; es u na ela bo r ac ió n , p ar t e d e u n p ro ce s o, q ue e n ningún caso pu ed e ser pe ns ad o com o con su m o; pu ed e ser leng ua je en qu e se reconoce una indagación o pued e ser neut raliza do por una trad ucció n a la ideología dominante, pe ro no p ue d e se r la a p ro pi ac ió n de u n sa be r. Y es e es el p u n to al q ue h ay q ue llega r pa ra ro mp e r la co nce pc ió n y la p rá cti ca de la lect ur a en la ideología burguesa. Ta mb ié n aq uí el c ap it al tie ne s u p ro p ia co nc ep ci ó n q ue co rr e sp o n d e n at u r a l y h u mi l de m e n t e al s e nt i d o c om ú n , el m á s p eli gr o s o d e l o s s e n ti d o s . a. A nt e to d o la l ec tu r a n o p u e de s er si no u na d e l as d os co sa s e n l as que el capital d iv id e el á m bi t o d e l as a ct iv id a d e s h u m a n a s : p r od u c c ió n o c on s u m o . Cu an d o e s
co n s u m o , g as t o, di ve r si ó n , “r ec re a ci ó n ”, s e p re s e n t a co m o el d i sf r u t e de un valor d e u s o y el e je rc ic io d e u n “d er e ch o ” (la b u r gu e s í a e sg ri m e co m o s u consigna más q ue r id a el d e re c h o, lo s d er e ch o s , la i gu al d a d d e d er e ch o s ; c on l o cu al oculta sie mp r e, co mo de mo s t ró u na y o tr a vez Marx, el p ro bl em a m uc h o más in te re s a n t e, d e las p os ib ili d ad e s r eal es y d e lo s p ro ce s o s o bj et iv o s que determinan las posibilidades y las imposibilidades). a. Co mo p ro d u cc ió n , la lec tu r a e s: tr ab aj o, d eb er , e mp le o ú til d el tiempo. Ac tiv id a d p o r m ed i o d e l a c ua l u n o s e v ue lv e p ro p i et a r i o d e u n s ab e r, de una Estanislao Zuleta, Sobre la lectura 15/18
canti da d de conoci mie nt os , o en tér mi no s má s mo der no s y más d es c ar n a d o s , d e u na ca nt id a d d e i nf or m a ci ó n, y, en t ér m in o s alg o p as a d o s d e m o d a, “adquiere una c ul tu r a ”. Es te e s el p er ío d o d el a ho r r o , d e la c ap it a li z a ci ó n ; a qu í e s necesario abrir la caja de a ho rr o s, la “me mo r ia”, y su s s uc ur s al es : arc hiv ad o re s , notas y ficheros. b. En el pri me r mo me n to se tr at a, co mo de mo s tr ó Marx, de to do “consu mo final”, d e la r e p r o d u c ci ó n d e la s cla s es , a qu í d e la r e p r o d u c ci ó n i de ol óg ic a, de la inculcació n de los “valor es”, las opini on es y las cegu er as , que necesita para funcionar”. En la seg un d a for ma de lectu ra se pr oce de por un a divisió n del tr ab a jo m uc h o m ás pr eci sa , p ue s to q ue la lect ur a, a ho rr o - de be r, n o es ya el co ns u m o final sino la fo rm a ci ó n d e lo s f un ci on a r io s d e la re pe ti ci ó n, d e la re pr o d u cc ió n ideológica, aun cuan d o se trate de una repro d uc ción ampliad a y su capital fructifique; es decir, no sólo tran s mit e n los conocimien t o s adquirid o s sino que los desarrollan; producen d en t r o d e la m is m a r am a, o t ec no ló gi ca m e n t e h ab la n d o ` c re a n '. Per o s ea q u e s e
tra te co mo aho rr o o co mo gas to, la lect ur a qu ed a sie mp re co mo recepción. Ahora bien, si la lectu ra no es recep ció n, es neces ar ia me nt e interpretación. Volve mo s p ue s a la in te rp r e ta ci ón . Psico an al ít ic a, ling üí st ic a, marxista, la in te r p r e t a ci ó n n o e s la s im p le a pl ic ac ió n d e u n s ab e r, d e u n co n ju n t o de co no ci m ie n t o s a u n t ex to d e t al m an e r a q ue p er m it a e nc on t r a r d et r ás de su co ne xi ó n a pa r e n t e, l a ley i nt e rn a d e s u p r od u c c ió n . An te t od o p o rq u e ni ng ú n s ab e r así es un a po se si ón de un suje to neu tr al, sin o la sist em a ti z ac ió n p ro g r es i va d e u n a lucha contr a una fuer za esp ecífica de do mi na ció n; con tr a la explotación de clase y su s efec to s sob re la concie nci a, con tr a la opr es ió n, co nt ra las ilusiones teológicas, tele ol ógi ca s s ub je ti vi st as , se di me n t ad a s en la gr am át ic a y en la conciencia ingenua del lenguaje. El texto citado en realidad es una alusión a Nietzsche. Niet zs ch e dice: No n os liber am o s de Dios mi en t ra s m an t en g am o s n ue s t ra fe ing en u a en el le ng u aj e, p or q u e el len gu a je , la g ra m át ic a i mp o n e u n s uj et o y distingue al sujeto de las actividades que realiza; esto es teológico; la estructura d el le ng u a je n o s i mp o n e u n s uj e t o allí d o n d e el s en t i do d e l a fr as e l o destruye, por ej em p l o , e n la f ra s e: el vie nt o s o pl a. ¿Q ui én s op l a? El vie nt o . Q ué sopla ni qué s op la, el vie nt o es air e e n m ov im ie n t o, a hí n o h ay n ad ie q ue s op le; p er o la es tr u ct u r a del len gu aj e no s im po n e sie mp r e la de no m in a ci ó n de la co sa c om o u n s uj et o q ue act úa y u n obj et o q ue p ad ec e. El su je to im po n e. Eso lo había visto muy bie n Nie tz s c h e; e n Más all á del bie n y del mal lo plantea. El lenguaje n os i mp o n e u na es tr u c tu r a te ol óg ic a, p or t od a s p ar t es es tá inv en t an d o u n s uj et o de la acción y
algo que pade ce la acció n; por eso dice Nietz sc he liberaremos de Dios m ie n t r a s p er m a n e z c a m o s p re s o s d e la gr a má t i ca .
que no nos
Estanislao Zuleta, Sobre la lectura 16/18
Pregunta: ¿Dios entonces es la contaminación ideológica del lenguaje, la imposición subrepticia? Res pu es t a: Sí, p or es o cu an d o p ro n u nc ia m o s u na p al ab r a te ne m o s que vivir alerta de s u co nt am i na ci ó n ideo ló gic a. Las p al ab ra s no s on in dic ad o re s n eu t r a le s d e u n refere nt e, sino calificativos aun qu e uno no lo quier a; en una determinada f or m a ci ó n s oc ia l, si u n o di ce m u je r , co n e so q ui er e y a d ec ir lo t od o : u n s e r q u e es m it a d fl or e ro y mi ta d si rv ie n t a, p er o e n o t ra f or m a ci ó n s oc ia l p o d r í a querer decir o tr a co s a, p or e je m p l o, c om p a ñ e r a ; p er o si em p r e la p al a br a t ie n e u n a adherencia, la palabra es siempre más calificativa de lo que uno cree. Na di e h a lleg ad o a s a be r m ar xi s m o si n o lo h a lleg ad o a l ee r e n u n a lucha contra la ex pl ot a ci ó n, ni p si co a ná li si s si n o lo h a leí do (s uf ri d o) d es d e u n d eb a t e c on s u s pr oble ma s inco ns cie nt es ; y el des ar ro ll o de la ling üís tic a y su meditación actual, p or Der ri d a, m ue s t r a q ue n ad ie lleg ar á a s e r lin gü is t a, si n u na luc ha con la te ol og ía im pl íc it a e n n ue s tr o len gu a je y e n la s fo rm a s clá si ca s d e pensarlo. Unos psico an ali st as habl an del pro ble ma del tiem po pr op io del lenguaje: me refie ro pri nci pal me nt e a Lacan y nat ur al me n te a alg un os de s us discípulos. El pro ble ma se pue de describir así: cualq uie r for mu lació n en el lenguaje, espera su s en ti d o d e lo q ue la co m pl e m e n t a; lo q ue q ui er e d eci r q ue cu al qu i er recepción del len gu a je e s n ec es a ri a m e n t e u na in te r p re t a ci ó n re tr o s p ec t iv a d e ca da u no d e s u s t ér m i n o s a l a lu z d el c on j u n t o d e la f ra s e o d e l t ex to . Es decir, que no es un a su ma de info rm es prog re siv os , sin o un a reinterpretación
p or el co nj u n t o d e l os m om e n t o s d el di sc u rs o . Hay p u e s u na es p er a p ar a la in te r pr e t a ci ó n re tr o s p ec t iv a, q ue es el a r te d e es cu ch a r, o si u st e de s quieren, ta mbi én el arte de leer per o ya en el leng ua je co mo tal, ya en el e sc u ch a r m á s si m pl e , h a y u n a e sp e r a, e s u n ej er ci ci o in te r e s an t e el d e d a r s e c ue n t a de que las p al ab r a s m ás co rr ie n te s s on te rr ib le m e n t e in de fi ni bl es ; si a u no le dicen qué q ui er e d eci r u na p al ab r a u no s e p on e a p en s a r s er ia m e n t e e n e so, s e da rá pi d a me n t e cu en t a d e q u e s u sig ni fi ca d o d ep e n d e d e l os co nt ex t o s e n q u e e st é dic ha, es decir, qu e si a nos ot ro s no s pre gu n ta n po r eje mp lo qu é quiere decir un ve rb o bie n co rr ie n te , el ver bo h ac er : ¿q ué e s h ac er ? h ac er e s ca si todo, se puede d ej ar p or h ac er y t a mb ié n d es h ac e r u n teji d o. ¡No h ag as es o!, s e le dice al niño. ¿Y q ué es tá h aci en d o él? Est á d es h a ci e nd o alg o, en to n ce s h ac er es deshacer. En un a pal ab ra , el tér mi no má s cor rie nt e deriva s u sen ti do del contexto. El que crea enco nt ra r el sen ti do de un a fór mu la de El Ca pi tal allí d on d e es tá y no t en g a la i d ea d el vi aj e d e r eg r es o , n o lo e n cu e n t r a . Po r e je m p l o, u n a fórmula como ésta: Se va a conocer el capital por medio del estudio de la mercancía, p or q u e en las s oci ed a d e s d on d e d o mi n a el m od o d e p ro d u c ci ó n ca pi ta li s ta , la ri qu e z a s e pr es en t a co mo u na gra n ac um u la ci ón de me rc an cí as . ¿Qu é qui er e decir “se p re s en t a ”? Sólo av an z a n d o e n la lec tu r a, lleg am o s a d es cu b r ir q ue e sa t en d e n c ia a Estanislao Zuleta, Sobre la lectura 17/18
p re s en t a r s e e s e se nc ia l a l a co sa , p e ro e n l a fr as e mi s ma n o s ab e mo s qué es lo que quier e decir, pu es Marx des pu é s de mu es t ra qu e riq ue za no es lo mismo que valor, qu e valo r n o es lo mi sm o q ue valo r de u so , q ue to do s los rec ur s os naturales
tam bié n son rique za s aunq ue no sean valores, porq ue no son p ro d u c t o d el t ra b a jo , y lu eg o n os ilu st r a m ás y n os dic e q ue tie n de n a d ev en ir m er ca n cí a s precisamente po r es ta r bajo u n régi me n de pr od uc ci ón de me rca ncí as, así pu es sólo poco a poco la f ra s e n os r es u l ta in te li gi bl e r et r o s p e c t iv a m e n t e , p er o in ici al m e n t e no da la razón de sí. An te la l ec tu r a, si s e h a ce u na lec tu r a s er ia , s e t ie ne q ue a su m ir u na posición si mi la r a l a fo r ma d e e s cu c h a r q ue p r op u s o Fr eu d . Es n e ce s a ri o a p re n d e r u n a d is ci p li n a di fí cil; e sa di sc ip li n a la p u ed o determinar a sí: la s u sp e n s i ó n d el j ui ci o. El lec to r d e El Capi tal tie ne q ue to ma r ese libro –o cu al q ui er o tr o lib ro s er io – co mo u na p re gu n t a. Si lo e nf re n t a co mo u n a r es p u e s t a a nu la t od a p o si b il id a d d e lec tu r a s er ia , e s d ec ir , t r a ns f o r m a d o r a . Co n es e “ mé t o d o” s e p u e d e n d og m a t i z a r h as t a lo s l ib ro s m ás r ev ol u ci o n a ri o s . Un o d e lo s p r o b le m a s d e l a l ec tu r a e s l a lec tu r a p os e s iv a, c os a q ue a los es tu d i an t e s le s c ae s up r e m a m e n t e bie n, p or q u e les e ns e ña el m o d el o de la e sc al e ri t a. La e sc al er i ta q ui e re d ec ir : ir d e e sc al ó n e n e sc al ó n, d e lo simple a lo co m p le j o, y l o s im p l e e s el p r o f es o r . ¿C uá l si m pl e ? ¿D ón d e h ay al go simple? ¡Ah! p er o la pe da go gí a dice: p ri me ro los ele me n to s es en ci al es y después veremos...”. Es e es el m o d el o d es g r ac i ad í s i m o y qu e n os p ro d u c e el e fe ct o d e u n a lectura o bs e si v a. El o bs e s iv o q ui er e o rd e n ; c ad a co s a e n s u lu ga r d ic e el a m a de casa o bs e si v a, la n e u r o si s co le ct iv a d el a ma d e c as a lo m a n d a a sí: e l a s eo . el orden, los p añ a le s , ca da co s a e n s u lu ga r y u n l ug ar p ar a ca d a co sa . Y a sí q u i er e uno leer ta mbi én: prim er o teng am o s est o claro par a po de r seg uir, po rq ue có mo va mo s a
s eg ui r si n o t en e mo s es o cla ro . Est o es fal so , p ue s p re ci sa m e n t e lo s p ro bl e ma s s e escla re ce n de sp u é s; es nece sa ri o seg ui r, pl an te a r los pr ob le m a s, volver, en síntesis, trabajar. ¡Qué cuentos de detenernos! ¡No! La l ec tu r a e s ri es g o. La e xi ge n ci a d e ri go r m u ch a s vec es p u ed e ser una racionalizació n, el temor al riesgo hace que la lectura sea prácticament e imposible y gener a una lectur a hos til a la escrit ur a cuan do lo que deb e p re d ic a r s e e s ex ac ta m e n t e lo co nt r a ri o; q ue s ól o s e p u e d e lee r d es d e u na e sc ri tu r a y que sólo el q ue es cr ib e r ea lm e n t e lee. P or qu e n o p ue d e e nc on t r a r n ad a el q ue n o está b us ca n d o y si p or a za r s e l o e nc u en t r a, ¿có mo p od r ía rec on o ce r lo si no está b us ca n d o n ad a, y el q ue es tá b us ca n d o es el q ue es tá e n e l te rr e no d e una batalla e nt r e l o c on s ci e n t e y l o i nc on s c ie n t e , lo r ep r i mi d o y l o i nf or m u l a b l e, lo ra ci on a li z a do o id ea li za d o y lo q ue ef ec tiv a me n t e es váli do ? Si n o está buscando n ad a , n a d a p u ed e e nc o n t r a r. Es ta bl ec e r el te rr i to r i o d e u n a b ús q u e d a es precis am en t e escribir, en el sen ti do fuer te, no en el se nt id o de transcribir Estanislao Zuleta, Sobre la lectura 18/18
ha bl ad u rí a s. Pero esc ri bi r en el se nt id o fu er te es te ne r sie mp r e u n problema, una in có g ni t a a bi er t a , q ue g uí a el p e n s a m i e n t o, g uí a la l ec tu r a ; d es d e u n a escritura se p ue d e leer , a n o s er q ue u no te ng a la t ri st e z a d e l ee r p a ra p re s en t a r un examen, e nt o nc e s le ha p as a d o lo p eo r q ue le p ue d e p as a r a u no e n el m un d o , se r es tu d i an t e y lee r p a ra p re s en t a r u n ex am e n y co mo n o l o in co r po r a a su ser, lo olvida. Esa es la única ventaja que tienen los estudiantes: que olvidan, afortunadamente; qué tal que no tuvieran esa potencia vivificadora y limpiadora, qué tal que nos acord ár a m o s de todo lo que nos enseñ ar o n en el bachillerato.
Medellín, junio 8 de 1982.
