Dicionário de Teologia Fundamental 1. Cons Consci ciên ênci ciaa his histó tóric ricaa 2. Filo Filoso sofia fia da Hist Históri óriaa 3. Teolog ologia ia da da His Histó tóri riaa
4. Histor Historici icida dade de da Reela Reela!"o !"o a. Hist Histor oric icid idad adee do do Hom Homem em #assagem da is"o cosmológica $ara uma is"o antro$ológica% $asso da &dade '(dia $ara a &dade 'oderna. ) homem* es$ecialmente no idealismo alem"o ( $ensado em rela!"o + sua li,erdade e n"o em rela!"o ao mundo. 'undo $or sua e-* inter$retado + lu- do sueito humano e de sua li,erdade e n"o ao contrário. /nálise da li,erdade humana% entre o finito e o infinito* todo ato humano de escolha o sue sueit itoo ,usc ,uscaa real realii-ar ar0s 0see a si mesm mesmo* o* e esco escolh lhen endo do o,e o,eto toss finit finitos os $erc $erce, e,ee sua sua insatisfa!"o na transcendência* a li,erdade finita está ent"o em rela!"o com o hori-onte infinito do homem* de sua li,erdade. em este hori-onte infinito o homem seria determinado $or algum o,eto finito. / transcendência humana ( estática* n"o se $ode conce,er a rela!"o entre li,erdade finita f inita e infinita de maneira estática. Toda Toda escolha $or um ,em finito a,re a $ossi,ilidade de ulteriores escolhas* mas nenhuma escolha $ode satisfa-er o dinamismo da transcendência humana. eu caráter dinmico reela ue a li,erdade humana ( tem$oral ou histórica* $recisamente a esfera da $ossi,ilidade* e* $ortanto* a,erta ao futuro. Heideg Heidegge gerr a$rofu a$rofundo ndouu de modo modo signif significa icati tioo a dimen dimens"o s"o histór histórica ica da eist eistênc ência ia humana. u,linhou o caráter tem$oral da eistência* indicando ue o homem ( o 5nico ser de ue se $ode di-er ue eiste em sentido estrito* á ue eiste fora de si mesmo 6e0sistere7. ) homem n"o $ossui seu $ró$rio ser* ( antes algo ue $recisa ser reali-ado. ) homem n"o tem infinitas $ossi,ilidades* antes se desco,re como um dado* eiste numa situa!"o. 8m 9er e tem$o:* Heidegger analisa fenomenologicamente fenomenologicamente o 9Dasein:* descreendo0o como $reocu$a!"o ue tem uma estrutura tem$oral. / $reocu$a!"o consis con siste te em três três dimens dimens;e ;es% s% a factic facticida idade de 6$assa 6$assado7 do7** a $ossi, $ossi,ilid ilidad adee 6futur 6futuro7 o7 e a caducidade 6$resente7. Há uma tendência a ser arrastado na $reocu$a!"o com os seres no mundo e esuecer sua $ró$ria transcendência e a,ertura ao ser 6ue ( seu autêntico futuro7. / im$ortncia da análise ue Heidegger fa- ( ue o homem n"o eiste com numa caia na história* mas o $ró$rio 9Dasein: ( histórico. #ortanto* Heidegger ê $or este fato a historicidade sendo um eistencial do homem* á ue o histórico originário ( o homem mesmo. 9/ história ( $oss<el $ara o homem $orue sua tem$oralidade n"o ( a de um ser no interior da tem$oralidade* mas antes um ser constitu
modo ue* em cada momento determinado* n"o somente o $resente* mas tam,(m o $assado e o futuro lhe s"o desendados e s"o reais $ara ele.: 6=. 'acuarrie* >a 8istentialist Theolog?* #elican @ooA* 1B17. / a,ertura do homem ao futuro coloca de imediato uma uest"o teológica so,re o futuro do homem. 8m Heidegger só $ode ser a morte* fruto da finitude das $ossi,ilidades. #or(m* se o futuro ( o a$roimar0se dauilo ue ainda n"o está decidido e n"o somente o desendar0se dauilo ue se situa no $assado* ( $oss<el er a Deus como o futuro do homem e se oferece como a finalidade da li,erdade humana* uma finalidade ue a,re $ara a $ossi,ilidade de transcender a morte na ressurrei!"o. / isto se une a fundamental a,ertura da li,erdade finita + li,erdade infinita. / li,erdade humana $ressu$;e um reino de li,erdade* um unierso lire. Tal análise lea a ant a $ostular Deus como a li,erdade a,soluta. ma análise so,re a li,erdade humana suscita a $ergunta a $ro$ósito de Deus. #or(m á ue a li,erdade ( sem$re um eento de autodoa!"o* a rela!"o da transcendência humana com a li,erdade a,soluta nunca $ode ser uma uest"o de necessidade. ) homem está diante do fundamento de sua li,erdade em $o,re-a e e$ectatia* $ermanece ent"o um $onto de interroga!"o. e tal li,erdade tem sentido dee es$era0lo de uma lire autorreela!"o $or $arte de Deus. Tal autorreela!"o de Deus na li,erdade ( o ue o crist"o e$erimenta na reela!"o ue Deus fa- de si mesmo em =esus Cristo. >este eento da reela!"o há o encontro de duas li,erdades% a humana e a diina. Como a li,erdade humana e$rime a si mesma na história* assim Deus manifesta0se a si mesmo na história. 8sta história ( o lugar do encontro entre Deus e o homem na li,erdade. Com esta afirma!"o* chega0se + historicidade da reela!"o.
,. Historicidade da Reela!"o / teologia contem$ornea $arte da historicidade da reela!"o em dois sentidos% a reela!"o categorial de Deus* isto (* os eentos históricos o,etios em ue Deus se manifesta. =esus Cristo ( o eento em ue Deus se reela a si mesmo $or ecelência $ara o crist"o. m eento ue n"o $ode ser isolado* $ois tra- consigo toda a $re$ara!"o da reela!"o de Deus a &srael. 8nt"o se =esus Cristo ( a reela!"o de Deus* ent"o a $ró$ria reela!"o ( tem$oral e histórica. 8m sua original inter$reta!"o* @arth e$rimiu isto com a fórmula% a reela!"o eige $redicados históricos. Deus e$rime0se a si mesmo no tem$o* o eterno se torna tem$oral. ) outro sentido em ue a teologia contem$ornea fala da historicidade da reela!"o ( a referência ao ser humano enuanto tal. Fala0se de reela!"o transcendental* isto (* ue acontece na su,etiidade humana como tal. ) $onto de $artida ( o deseo de Deus de autocomunicar0se com todo homem e seu deseo de ue todos seam salos. endo o deseo de Deus uniersal e todo homem só $ode ser salo mediante a gra!a* segue0se ue a gra!a ( oferecida a cada $essoa. 8nt"o se a essência do homem ( histórica e a
oferta ue Deus fa- de si mesmo ( uniersal* ent"o temos ue conce,er uma história uniersal da autocomunica!"o de Deus. &sto im$lica ue Deus se reela a si mesmo a cada homem im$licitamente na $rofundidade de seu ser. #or isto* n"o somente a n<el categorial a reela!"o ue Deus fa- de si mesmo ( histórica* mas tam,(m a n<el transcendental. / $oss<el rela!"o entre estes dois as$ectos da reela!"o ( onde ( $osta a $ergunta. Todos admitem a transcendental oferta uniersal de Deus ue atinge seu cum$rimento no eento categorial de =esus Cristo. #or(m deste surgem diferen!as so,re como se dee entender a rela!"o entre reela!"o transcendental e categorial. Há duas linhas significatias de inter$reta!"o da teologia católica. . Rahner coloca uma grande ênfase na reela!"o transcendental e entende a reela!"o categorial como e$ress"o a n<el o,etio da oferta ue Deus fa- de si mesmo a n<el transcendental. >a inter$reta!"o de Rahner a reela!"o categorial inter$reta a transcendental. E. as$er mostra ue a li,erdade transcendental do homem $ermanece fundamentalmente am,
c. Historicidade de Deus #or Deus ter se reelado a si mesmo na história e tornar0se tem$oral em faor de nós* e $orue a reela!"o eige $redicados históricos* $ode0se ir al(m e falar n"o só de historicidade da reela!"o como tam,(m de historicidade do $ró$rio Deus. )s teólogos católicos se esfor!am $or eitar dois etremos ao desenoler a historicidade de Deus* ue $oderiam falsear a e$eriência crist" de Deus em =esus% sea um Deus ue de nenhum modo $ode ser influenciado $elo mundo 6ue facilmente cairia num ate
Certo n5mero de teólogos contem$orneos como Rahner* @althasar* =ngel e 'oltmann eidencia este $onto. ) ser de Deus n"o ( estático* mas inclui algo de análogo ao deir* ue n"o ( o de uma criatura finita* e só $ode ser com$reendido em termos trinitários. =ngel fala do ser de Deus como de uma tr<$lice inda% Deus em de si mesmo 6#ai7* Deus em a si mesmo 6Filho7* Deus em como Deus 68s$
d. Historicidade da Teologia endo =esus Cristo a $lenitude da reela!"o de Deus* o ato escatológico* n"o $odendo* $ortanto eistir ulteriores reela!;es* $orue Deus e$ressou0se a si mesmo $or com$leto em seu Filho. #or isso a &grea ensinou ue a reela!"o está encerrada com a morte do 5ltimo a$óstolo. >o entanto* se eidencia ue o eento da reela!"o n"o $ode ser a$reendido na sua totalidade uma e- $or todas* mas ( sem$re $erce,ido $ros$ectiamente* segundo as limita!;es da situa!"o cultural em ue o eangelho ( $regado* deido $recisamente + historicidade do homem. #or um lado* =esus $ermanece sem$re a a,soluta erdade so,re Deus e o homem* $or outro a erdade ( sem$re a$reendida de modo fragmentário. #or isto eiste uma genu
#or outro lado* a historicidade do homem im$lica ue nenhuma tradu!"o amais será definitia. >"o eiste $ossi,ilidade alguma de criar um sistema teológico a,soluto* $ois todas as afirma!;es teológicas $artici$am do caráter tem$oralmente limitado da eistência humana. ) o,eto da eigência ( o ue Gadamer chama de diálogo com a tradi!"o 6/.outh* Discerning the '?ster?* )ford* 1IJ3* 3I0447. / tradi!"o mais do ue algo o,etio fora de mim ( onde eu 9ha,ito:. 8iste uma conaturalidade com o sueito ue ,usca com$reender a sua tradi!"o* há um c
"o se conheceria o ue se está $rocurando. 'as colocando a interroga!"o no hori-onte de com$reens"o* se está em condi!;es de com$reender de noo. ) ato da com$reens"o acontece. Têm0se condi!;es de escutar o significado do eento $assado da história da sala!"o no $ró$rio $resente. /lternatiamente este ato de com$reens"o a,re o hori-onte de com$reens"o e $ermite colocar noas $erguntas. 8ste ( o c
6@i,liografia% Rahner0 ulla storicit+ della teologia0 >uoi aggi &&&* Roma* 1IKI* $ág. II012BL GodMs ,eing is in ,ecoming0 The doctrine of the Trinit?* 8din,urgh0ondon* 1INK* K101OJL GesP crucifio come Qestigium Trinitatis0 Dio* mistero del mondo* @rescia* 1IJ2* 44N04NJ. /. outh* 9The legac? of 8nlightenment:0 Discerning the mister?. /n essa? on the nature of Theolog?* )ford* 1IJ3* 1N044.7 B. História niersal e História da ala!"o ) contraste entre estes dois ti$os de história $arece ser uma e$ress"o da o$osi!"o entre uniersal e $articular* forma e mat(ria* $or(m a $ró$ria no!"o de história uniersal se a,ordada assim $arece um $aradoo* á ue a história ( em si o cam$o dos $articulares 6enuanto o uniersal se refere + a,stra!"o conce$tual de todos os $articulares ou + mais am$la etens"o do ser* Deus* ue transcende a história7. 8nt"o história uniersal dee di-er res$eito a todos os $articulares de tem$o e es$a!o* desco,rir seu significado* enuanto a história da sala!"o sustenta ue alguns momentos da história go-am de uma $rioridade de significado ue só ela $ermite a inter$reta!"o da história uniersal. / sala!"o ent"o ( tornada dis$on<el aos homens em lugares e tem$os $articulares.
Tal is"o de história nem se ada$ta ao igualitarismo democrático radical nem +ueles ue est"o decididos a encontrar com a ra-"o um significado uniersal da história* o ue muitas e-es causou escndalo e* no entanto* $ermanece inetir$áel do cristianismo. ) cristianismo n"o alimenta mitos ue se su$;e aconte!am em algum tem$o ou es$a!o indeterminado* enuanto fornecem a ,ase $ara a regularidade dos $rocessos e das festas da esta!"o. >em se funda em es$ecula!;es filosóficas dis$on<eis $or $rinc<$io a cada indio cristianismo a $articularidade das religi;es históricas tee seu cl
/ influência $latSnica so,re os #adres leou0os a entender a reela!"o $rinci$almente nos termos de erdades reeladas $or Cristo no tem$o e eternamente álidas. /gostinho ia Cristo como o mestre interior ue ilumina a alma de dentro e a &grea ( necessária deido ao ofuscamento causado $elo $ecado original* ue eige uma autoridade eterna $ara garantir a erdade ensinada $or Cristo na história. / desco,erta da $ositia infinitude de Deus e da teologia negatia n"o su,stituo ,arroco iu0se o dom
necessariamente tem suas categorias de inter$reta!"o da realidade* n"o se $ode es$erar em nenhuma $ura o,etiidade do fatoL conseuentemente a ressurrei!"o de =esus n"o $odia ser ,aseada na eidência histórica* mas de$endia da f( das testemunhas. / cristandade tinha ue ier so,re o er?gma* o eento da $roclama!"o da $alara ue chamou os homens a uma decis"o eistencial $ara Deus e $ara seu amor diante da falta de significado do mundo. )s ários esuemas de $ensamento usados $elos autores neotestamentários $ara transmitir o eento de Cristo foram considerados mitos* á ue as $alaras humanas n"o $odiam a$reender adeuadamente o mist(rio inefáel e infinito de Deus em sua $resen!a saladora. semann ê o irredut<el $luralismo das teologias neotestamentárias ue só o 8s$oo Testamento como cul$áeis tentatias humanas de dominar a $alara oni$otente de Deus. /o contrário* os homens haiam sido chamados a aceitar a $alara de Deus em sua com$letude* como realidade ue os ulgaa e a crer em =esus Cristo* Deus e Homem* como o conte5do da 8scritura. /o mesmo tem$o em ue aceita seriamente o conte5do literal da 8scritura* @arth redu-iu drasticamente toda a história intelig<el ao 5nico eento de =esus Cristo* tal como ( conhecido na 8scritura. ). Cullmann desenoleu o conceito da história da sala!"o na medida em ue =esus Cristo era entendido como o cume da $re$ara!"o eterotestamentária e o crit(rio de toda a história su,seuenteL o tem$o ue transcorre entre Cristo e o fim era entendido como a diferen!a entre o dia D* dia da itória decisia* e o dia Q* dia da manifesta!"o final desta itória. 8. =ngel desenoleu uma cr
$elo relato da história de =esus Cristo. ) cristocentrismo de todos estes $ontos de ista $ria toda a história su,seuente* tam,(m a história da &grea* de seu significado. e com @arth os homens deem so,re$or na f( todo tem$o su,seuente $ara serem unidos a Cristo ou se com =ngel Deus assumiu toda a história em si mesmo com =esus* a história desinculada de Cristo n"o tem mais significado $or si mesma. Destitu
conhecimento sensitio e inter$retados* enuanto necessário* $elas a,stra!;es o,etias* resultantes da eidência sens<el. #or isto* a f( $odia ,asear0se nos acontecimentos da ida de =esus. /s erdades so,renaturais inclua medida em ue a eidência so,re a forma!"o dos dogmas da &grea ficaa mais clara* gra!as + $esuisa histórica* tornaa0se cada emais dif"o se trata de sim$les interioridade* $ois a estrutura fundamental do $ensamento e do amor* reelada na conersio ad $hantasmata* di- res$eito a uma referência + realidade histórica concreta. >"o eiste transcendência $ara o infinito sen"o atra(s do finito. >"o eistindo o$osi!"o entre infinito e finito* o infinito $ode usar o finito como s
>a tradi!"o crist" a eolu!"o do dogma go-a de grande flei,ilidade* á ue Deus* o inefáel ue se torna $resente na gra!a a ue a f( res$onde* nunca $ode ser esgotado $or ualuer fórmula finita e racional. U $or isto ue nas árias ($ocas a &grea $ode usar diferentes categorias conce$tuais $ara a,ordar o original e nunca $lenamente temati-ado o,eto da f( oferecido em Cristo. o,re isso . Rahner tra!ou uma distin!"o entre história secular e história da sala!"o. 8sta 5ltima reali-a0se dentro da $rimeira enuanto lhe dá seu significado eatamente como o so,renatural $ressu$;e a nature-a* enuanto a guia $ara sua com$lementa!"o. =á ue a história secular n"o $ode emitir nenhum u<-o so,re seu significado final* ela só $ode ser identificada como uma história sem sala!"o* á ue as li,erdades humanas* ue res$ondem + gra!a* n"o $odem ser $lenamente o,etiadas. >a realidade $elo fato de a gra!a ser oferecida a todos os homens a distin!"o entre história secular e história da sala!"o ( a$enas formal* n"o material. 8m contra$osi!"o a esta história uniersal e saliet-sche* Heidegger e artre
desm,ocou no atual relatiismo e no descom$romisso ue dominam grande $arte do $ensamento moderno. /t( a ciência moderna* de$ois da relatiidade e da mecnica untica tornou0se ,em consciente do caráter discut<el e $arcial de suas hi$óteses. / &grea continua atra(s dos tem$os conserando na $alara e no sacramento a ida de amor ue anima os homens e lhes oferece o centro crucial e concreto $ara a coners"o e o crescimento no amor. / menos ue a reela!"o definitia de Deus* isto (* sua entrada $essoal no tem$o* sea frustrada em seu esco$o sal