Além das Mídias Mídias Interativas: Interativas: das cibernéticas cibernéticas às tecnoéticas tecnoéticas Roy Ascott Tradução: T radução: Cleomar Cleomar Rocha Rocha e Júlio César dos dos Santos http://revistazcultural.pacc.ufr.!r/alem"das"midias"interativas"das"c http://revistazcultural.pacc. ufr.!r/alem"das"midias"interativas"das"ci!erneticas"as"tecnoe i!erneticas"as"tecnoeticas"de" ticas"de" ro#"ascott"$/
Por toda a minha carreira, as mídias cibernéticas tem sido o elemento integrativo no meu processo criativo. m !"#", os escritos de Ross Ashbyi, $orberto %ienner ii, e &ein' von (oerster iii inspirou meu pensamento sobre redes dentro de redes ) tanto sem*nticas +uanto org*nicas ) +ue poderiam dar orma a uma arte conectiva, transormativa e generativa. u percebi, de pronto, +ue isto poderia prover uma disciplina para a arte interativa, lincando mente-a-mente, lugar-a-lugar, dentro de uma compleidade de sistemas variados. u demonstro minhas ideias no teto /0ehaviourist Art and the 1ybernetic 2ision3 4Arte 1omportamental e a 2is5o 1ibernética6 publicado em !"7789iv. As mídias cibernéticas me permitiram identiicar arte como um sistema combinando o artista, o trabalho artístico e o espectador num processo de intera5o eperimental e sem*ntico. 1omo estudante eu ui proundamente mobili'ado pelo trabalho de Paul 1é'anne, ;acs estéticas aparentemente opostas e +ue levaram muitos anos para se resolverem no meu pr?prio trabalho. m 1é'anne, eu pude entender a pintura como um organismo +ue se desenvolve da mobilidade ca?tica, in+uieta, para o ponto de vista do artista +ue interage com o luo do comportamento natural, e somente o espectador pode resolver a incompletude do seu trabalho. m Polloc<, o plano de opera@es oi deslocado da parede 4um elemento divisor6 para o ch5o, uniicando os traos do comportamento 4gestual6 do artista. $o caso de =uchamp, h o desaio para +ue o espectador negocie subBetivamente e resolva a conting>ncia do sentido +ue se encontra em todo e +ual+uer trabalho. A sua abordagem também se dirige à pr?pria identidade, a +ual ele v> como malevel. sta tríade estética é undante para 4minha6 prtica artística digital, onde comportamento, intera5o, negocia5o, desenvolvimento e identidade s5o seus termos deinidores. Minha /change-painting!3 e /hinged relie constructionsC3 dos anos !"7D oram um resposta eplorat?ria para resolver 4ou, como eu teori'aria mais tarde, Esincreti'arF6 estas incompatibilidades, com cada painel transparente transportando um elemento gestual ou semi?tico +ue poderia ser re-arranBado em novas rela@es através da manipala5o do espectador. ste processo de permitir o espectador manipular as partes, reorden-las em conigura@es ininitamente variveis, levou-me para o /tabletopG3 como arena de intera5o com possibilidades muito importantes para o desenvolvimento do trabalho. Hsando, ao acaso, /instrumentos3 domésticos de controle 4unis8luos, modeladores de bolinhos8ormas, moldes8ormas, tapetes anti-derrapantes8redes, cabides de roupas8conectores6, o espectador era convidado a sentar-se à mesa interagindo num Bogo com um parceiro, com o im em aberto. stes trabalhos eram, de ato, para serem coisas em si mesmas como metoras num nível amplo de signiica5o. /tabletop3 como interace tem sido um importante tema e suporte no meu trabalho, em suas ambas ormas anlogas e como um modo de eibi5o do meu trabalho digital proBetado num suporte hori'ontal. u pude eplorar mais o poder das mídas cibernéticas como uma erramenta cognitiva e criativa +uando ui convidado a ministrar um curso totalmente eperimental em Jondres 4e eventualmente em IpsKich6. u o chamei de /Lroundcourse3v. eu eeito oi sentido internacionalmente, tendo ganhado muita aten5o a partir da notoriedade de algum dos mais etremos desaios propostos para estudantes, mas também pela notabilidade de cada bem conhecido graduado como 0rian no e Pete NoKnsend. NoKnsend. A +ualidade destes graduados pode demonstrar a ecel>ncia de um curso, e pode revelar sua nature'a transormativa e integrativa. Isto pode também ser pensado como a maior aventura dos Oltimos tempos no mais alto nível de investiga5o artística, o /Planetary 1ollegium3 1ollegium3vi, uma rede de pes+uisa internacional, agora baseada na Hniversidade de Plymouth com
pontos em uri+ue e Mil5o, e +ue oi primeiro estabelecida por mim na Hniversidade de %ales em !""Q, e da +ual incluem, como e-alunos, 0ill eaman, 2ictoria 2esna, 1har =avies e o artista brasileiro Luto $?brega, Buntamente com muitos outros artistas e te?ricos notveis. uando eu me mudei, em !"9D, de Jondres para Noronto, como presidente da /ntrio 1ollege o Art3, eu pude levar as implica@es artísticas, intelectuais e ilos?icas deste processo educacional para um outro nível. A+ui, as divis@es de prticas do velho século em departamentos de artes reinadas, desenho grico, moda e produtos de estilo oram abandonadas em prol de um currículo estruturado em tr>s principais 'onas de a5o: Inorma5o, 1onceito e strutura, cada +ual elaborada com base em Anlise, Neoria, specula5o e Aplica5o ocial, a partir das +uais reas especíicas de assuntos poderiam ser geradas. A maioria dos estudantes gostaram distoS alguns proessores temeram, especialmente a+ueles cuBos domínios eram representados por territ?riosvii. m !"9Q mudei-me para o /an (rancisco Art Institute3, como vice-presidente e decano do 1olégio. $a 1ali?rnia, eu encontrei pes+uisas em coner>ncias por computador no /tanord Research Institute3. u vi , claramente, as implica@es uturas para a prtica artística desta mídia. u escrevi mais tarde: 3redes de computadores podem ornecer campos de intera5o entre intelig>ncias humanas e artiiciais, envolvendo simbiose e integra5o de modos de pensar, imaginar e criar, os +uais, do ponto de vista da arte, podem condu'ir a uma imensa diversidade de transorma@es culturaisS e também na ci>ncia e ilosoia, deini@es enri+uecidas da condi5o humana. Redes de computadores, em resumo, respondem ao nosso proundo deseBo psicol?gico por transcend>ncia ) por considerar o imaterial, o espiritual ) a vontade de estar ora do corpo, ora da mente, de etrapolar as limita@es do tempo e espao: um tipo de teologia bio-tecnol?gica3 viii. u re+ueri, com sucesso, uma subven5o ao /$ational ndoKment or the Arts3, o +ue me permitiu distribuir terminais portteis /Neas Instrument3 para artistas no Reino Hnido, stados Hnidos e uropa no primeiro evento telemtico internacional +ue eu chamei /Nerminal Art3. Paralelamente, eu continuei pintando, buscando negociar com o n5o-linear, esculturas em camadas mas, em !"TD, eu decidi dedicar-me inteiramente às comunica@es computacionais e cunhei o termo /telematic art3 para deinir a minha prtica. Assim como antes, eu tive um lash despertador do valor da teoria cibernética para minha prtica 4com6 arte interativa, muito claramente eu vi na telemtica a possibilidade para uma nova mídia conectiva para minha arte. 1om o /$ational ndoKment or the Arts3 inanciando o proBeto, terminais portteis oram enviados para artistas nos stados Hnidos e o Reino Hnido. $o momento em +ue este proBeto teve início, eu mudei minha base da /0ay Area3 para o Reino Hnido. J, minha proimidade com a (rana me possibilitou testemunhar os primeiros passos na /telemati'a5o da sociedade3, resultante de um relat?rio do Min1 e $ora ao Presidente da (rana: o programa telemticoi. $este momento eu comecei a desenvolver uma série de pes+uisas especulativas com vistas a provveis apropria@es para a arte de desenvolvimentos tecnol?gicos +ue B haviam sido reali'ados ou +ue poderiam vir a ser desenvolvidos iminentemente. +ue se pode vislumbrar est, muitas ve'es, ora de alcance, tecnologicamente alando, e s? pode ser antecipado pela 4através da6 linguagem ) um processo +ue necessita a ormula5o de novas metoras e neologismos. Penso +ue seBa necessrio a cria5o de termos como: /tecnoética3, /cibercep5o3 e /mídia-Omida3, por eemplo. Meu primeiro grande trabalho telemtico oi /Ja Plissure du NeteQ3. proBeto surgiu em resposta a um convite de (ran< Popper para participar de lectra: letricidade e letrUnica na Arte do éculo VVi, no /MusWe Art Moderne de la 2ille de Paris3, no outono de !"TG. Popper havia escrito anteriormente sobre o meu trabalho e eu estava coniante de +ue seu convite oerecia uma oportunidade pereita para criar um evento telemtico de grande escala +ue poderia incorporar idéias e atitudes +ue eu havia ormado ao longo dos Oltimos vinte anos ou mais. /Ja Plissure du Nete 4JP=N6: um 1onto de (adas Planetrio, buscou pUr em marcha um processo pelo +ual uma narrativa com inal-aberto pode ser construída a partir de uma /mente3 autoral cuBos n?s 4da rede6 interagiam assincronicamente cobrindo grandes dist*ncias ) de ato, em escala planetria. Retrospectivamente,
eu veBo como uma compleidade de ideias é capa' de criar um conteto para um trabalho cuBa aparente simplicidade mascara um processo generativo +ue pode biurcar em muitos outros modos de epress5o e cria5o. Isto tem sido provado ser o caso do /JPN=C3 ii +ue oi criado especiicamente para minha eposi5o retrospectiva na 1oréia, como parte do /Incheon =igital Arts (estival3 em outubro de CD!D. ram os sistemas psí+uicos +ue eu vinha estudando deste o início dos anos !"7D ) telepatia através dos oceanos, a comunica5o com os desencarnados em mundos distantes ) +ue me levou, uma década depois, a ormular ideias da /mente compartilhada3 e o conceito de autoria compartilhada. (oram narrativas tecidas por volta do período neolítico, /tecnologia espiritual3 clssica e medieval da minha regi5o-natal ) Aveburry, ilbury &ill, tonehenge e Llastonbury ) +ue me preparou, desde muito Bovem, para meus estudos subse+uentes de esoterismo e o sentido do numinoso# +ue, mais tarde, ui encontrar no ciberespao. m abril de !"9D, publi+uei /Nhe Psibernetic Arch3iii, +ue procurava a'er uma ponte entre as aparentemente opostas eseras da cibernética dura e os sistemas psí+uicos moles. Muitos proBetos telemticos vieram depois dos JP=N. m !"TQ, eu liderei a cria5o do /Jaboratorio Hbi+ua3iv da 0ienal de 2ene'a, para o +ual eu era um comissrio internacional. ste se categori'ou por todo tipo de mídia interativa computadori'ada disponível no momento. Hm proBeto semelhante, em menor escala, introdu'iu o meu conceito de /Nelenoia3v ) um proBeto de CQ horas patrocinado pelo /2C 1entre or Hnstable Media3 na &olanda. Isto era uma chamada para um oitavo dia da semana, a ser conhecido como Nelenoia, +ue deini como a celebra5o da conectividade, ao contrrio da paran?ia da cultura industrial ocidental. m !"T", eu criei /Aspects o Laia: vias digitais em toda a terra vi, instaladas em dois canais em 0rucncia telemtica de estar ora-do-corpo no ciberespao com a realidade concreta do espao ísico, colocando Buntos uma rede de participantes distribuída globalmente, colaborando na cria5o e transorma5o de tetos e imagens relacionadas a Laia, a Nerra, vista a partir de uma multiplicidade de perspectivas espirituais, cientíicas, culturais e mitol?gicas. $o nível superior da 0rucncia +ue transmitia ideias sobre a emergente +ualidade da consci>ncia telemtica +ue se reere à Nerra como um organismo vivo. $este ponto, reconhecendo em mim mesmo, e na eperi>ncia de artistas parceiros, a necessidade de compreender mais proundamente a nova arte-mídia +ue est emergindo, eu montei um programa de pes+uisa de doutorado na Hniversidade %alles. ste oi o 1entro de Pes+uisa Avanada em Arte Interativa 41AAiiA6, +ue mais tarde se mudou para a Hniversidade de Plymouth, com pontos iliados em uri+ue e Mil5o vii . istem hoBe cerca de 7D candidatos em pes+uisa ativa de doutoramento, e C# títulos de doutorados concedidos. $o inal dos anos !""D visitei o 0rasil na primeira das muitas visitas +ue se estenderam de 1aias do ul no ul para (ortale'a no $orte, tanto +uanto, por algum tempo, pela regi5o do rio Vingu com o povo Xuincia. u vi nisso uma tecnologia armac>utica muito especíica +ue altera a cogni5o e a percep5o de maneira similar à cibercep5o mediada por computador 4embora muito mais prounda6. $este ponto eu introdu'i a idéia das Nr>s Realidades 2irtuais ) 2R: Realidade 2alidade, 2irtual e 2egetalviii. Hma proposta em +ue o mundo /seco3 da virtualidade computacional e o mundo /molhado3 dos sistemas biol?gicos est5o convergindo para produ'ir um novo substrato para o trabalho criativo )
mídia-Omida ) consistindo em bits, tomos, neurUnios e genes. & também uma certa converg>ncia destas tr>s realidades virtuais
Realidade 2irtual 4tecnologia digital interativa6, +ue é telemtica e imersivaS
Realidade 2alidada 4tecnologia mec*nica reativa6, +ue é prosaica e neKtonianaS
Realidade 2egetal 4tecnologia de plantas psicoativas6, +ue é enteog>nica e espiritual.
$este interespao reside o grande desaio para a ci>ncia e a arte: compreender a nature'a da consci>ncia. A estética tecnoética se a' necessria, em cons?rcio com a mídia-Omida, a +ual pode possibilitar-nos como artistas abordar +uest@es undamentais do nosso tempo:
o +ue é ser humano na cultura p?s biol?gicaY
o +ue é a ontologia da mente e do corpo compartilhado no ciberespaoY
como lidar com a responsabilidade de redeinir a nature'a e até mesmo a pr?pria vidaY
+uais aspectos do imaterial podem contribuir com a re-materiali'a5o da arteY
stou convencido de +ue a +uímica cerebral, como acontece com a consci>ncia de orma mais ampla, estar no topo da agenda durante a maior parte deste século. Por esta ra'5o, eu acredito +ue o c*none da tecnoética dar orma a uma arte séria num uturo previsível, uma arte +ue investe em intera5o e conectividade. s mais antigos e legitimados c?digos de pes+uisa, deinidos em +ual+uer rea das humanidades ou tradi5o cientíica, s5o inade+uados para a pes+uisa reali'ada por artistas. Hma nova pes+uisa especulativa é demandada, em apoio da +ual eu persuadi a /Intellect Jtda3 a publicar a revista /Nechnoetic Arts3i. u tenho deinido tecnoética como um campo convergente de prticas +ue procuram eplorar a consci>ncia 4estados6 e conectividade por meios digitais, telemticos, +uímicos e espirituais, e o uso criativo da mídia-Omida. A pes+uisa especulativa do artista do século VVI segue uma traBet?ria +uíntupla, +ue envolve:
conectividade das mentes, m+uinas e culturasS
imers5o no espao híbrido da realidade varivelS
intera5o como trans-modalidades de mídias e sistemasS
transorma5o da imagem, orma e consci>nciaS
a emerg>ncia de novas representa@es, estruturas, valores e signiicados individuais, culturais,
espirituais e sociais. Imers5o telemtica na $N +ue leva a mOltiplos /si-mesmos3, +ue nos leva além da representa5o da absor5o em consci>ncia global e dos estados de representa5o sincrética. $a prtica da arte, o sincretismo pode tornar-se um imperativo metodol?gico. incretismo, na tentativa de conciliar crenas díspares ou contrrias, reOne entidades dierentes ) material e imaterial ) e seus costumes e c?digos ilos?icos, religiosos e culturais. pensamento sincrético é associativo e n5o-linear. 1omo artistas envolvidos na conectividade e interatividade global, a nossa prtica est envolvida por uma arte sincrética, reletindo e construindo uma cultura sincrética numa realidade sincrética. incretismo pode servir-nos para compreender as vis@es de mundo como multicamadas, tanto materiais como metaísicas, +ue est5o emergindo de nosso engaBamento com tecnologias computacionais iniltrantes e sistemas p?s biol?gicos. A aplica5o do pensamento sincrético tem eeitos distintos e positivos. la acelera o desenvolvimento tecnoético, desestabili'a ideias ortodoas, desaia representa@es, hibridi'a identidades, suavi'a a intera5o social e re-ordena o tempo e o espao.
lhando para o uturo, podemos ver +ue nosso planeta est cada ve' mais telemtico, gerando densa e inclusiva conectividade globalS nossa mente est se tornando mais plenamente tecnoética, abrindo caminhos para a consci>ncia epandida, nosso sistema sensorial é etendido por pr?teses +ue ampliam a aculdade da cibercep5o, e por uma renova5o do interesse em cultivar a+ueles sentidos de segunda ordem 4psí+uica6 +ue a ilumina5o undamentalista estrita baniu do repert?rio da sensibilidade humanaS a identidade individual est se tornando mOltipla com a cria5o de avatares e personagens alternativosS nosso corpo é transormvel tanto em termos do ísico +uanto do virtualS nossa realidade se mostra numa maior variabilidadeS tornando domínios mOltiplos indissociveis. Agora +ue nosso substrato na constru5o da nossa realidade est no nível do /nano3, estamos ampliando a interace das condi@es materiais e imateriais de ser. m conse+u>ncia, a arte se torna progressivamente mais sincrética, com o risco de perder inteiramente seu signiicado social e espiritual. A mente est, em muitos aspectos, superando o corpo, e o sentido de si mesmo é tornar-se mOltiplo. 1omo oi o caso de =uchamp, a primeira inlu>ncia no meu trabalho ) a identidade é malevel, o si-mesmo é emergente. stamos em um constante estado de tornar-se: n5o todo mas mOltiplo, n5o um mas muitos. ato é +ue B n5o somos um organismo Onico. Progressivamente nos tornaremos mais permeveis e transparentes ) na mente, assim com no corpo ) e n5o apenas para os outros, mas também para n?s mesmos e para nossa pr?pria auto-reali'a5o. 1omo conse+u>ncia do desenvolvimento tecnoético estamos reconstruindo o /si-mesmo3. stamos cada +ual envolvido na constru5o e sincreti'a5o dos muitos /eus3 . uanto mais undo entramos em n?s-mesmos, mais eus descobriremos. 1omo conse+u>ncia do desenvolvimento das mídias interativas ao longo dos Oltimos #D anos, as artes, a indOstria, o meio ambiente e a educa5o est5o todos passando por mudanas e transorma@es signiicativasS o alcance da conectividade global, a engenharia radical em matéria de corpo e mente, e o previsível poder dos sistemas computacionais s5o as causas mais evidentes destas mudanas de desenvolvimento. sta época de transorma@es ir gerar ormas totalmente novas de comportamento e comunica5o, novos sistemas e estruturas. s eeitos v5o ser sentidos rapidamente na ar+uitetura, entretenimento, aprendi'agem, características da produ5o industrial, mercado consumidor e nas ronteiras nacionais e geoísicas. 2amos gerar uma abordagem mais colaborativa e transdisciplinar visando solucionar nossos problemas e proBetar novas iniciativas. Arte, 1i>ncia e Necnologia devem repensar suas intera@es. incretismo, encontrado unidade na dierena, pode tornar-se um imperativo metodol?gico. n+uanto uma parte do mundo da arte continua implacavelmente materialista e competitiva, outras prticas, nomeadamente nas artes interativas e em muitos aspectos e aplica@es das redes sociais, est5o voltados para a conectividade pessoal e a cria5o de signiicado.
! Pinturas sobre placas m?veis, dispostas em camadas +ue parecem se mover, ou seBa, mudar de lugar com o movimento do espectador, alteram a no5o de proundidade e principalmente re-ordena a pr?pria pintura. Posteriormente este trabalho é desenvolvido utili'ando-se de mídias digitais. http:88KKK.youtube.com8KatchY vZstVI&sJ!mT é um eemplo deste tipo de trabalho. C =o mesmo modo, elementos e placas dobrveis +ue constroem relevos +ue podem ser alterados, ou +ue se alteram de acordo com o movimento do espectador diante do obBeto artístico. u seBa, da mesma orma +ue a change-painting prop@e um inal-aberto, +ue nunca é acabado, mas sempre re-ordenada. G Pensado no sentido de um tabuleiro, de uma mesa para utebol de bot5o, onde se pode alterar a posi5o dos obBetos, as dimens@es, as ormas, manipulando uma mesa-tela hori'ontal na +ual o espectador pode interagir, tocando e manipulando elementos, re-organi'ando sua poética, ou seBa, estética e ética. Q Jiteralmente, as pregas 4dobras6 do teto.
# $uminoso 4do latim /numen3, divindade6 é algo +ue é sagrado ou divino. sse termo oi utili'ado academicamene por Rudol tto, um dos pais da (enomenologia Religiosa. [ usado numa conota5o psicol?gica na Psicologia Analítica de 1arl Lustav ;ung, como a+uilo +ue est ao dogma do supremo ordenador do cosmos, uma especie de ilumina5o.
i A&0\, Ross. =esign or a 0rain. Jondon: 1hapman ] &all, !"#C. ii %I$R, $orbert. 1ybernetcs or 1ontrol and 1ommunication in the Animal and the Machine. $eK \or<: %iley, !"QT. Nhe &uman Hse o &uman 0eings. 0oston: &oughton Miin, !"#D. iii (RNR, &. 2on. 1ybernetcs o 1ybernetics, Hrbana Illinois: Hniversity o Illinois, !"9Q. iv A1NN, Roy. /0ehaviourist Art and the 1ybernetic 2ision3. In: 1ybernetica, ;ournal o the International Association or 1ybernetics 4$amur6, ", !"77, pp. CQ9-C7Q. A1NN, Roy. /0ehaviourist Art and the 1ybernetic 2ision3. In: 1ybernetica, ;ournal o the International Association or 1ybernetics 4$amur6, !D, !"79. Pp.C#-#7. v A1NN, Roy. /Nhe 1onstruction o 1hange3. In: 1ambridge pinion 41ambridge, ngland6, !"7Q. Pp. G9-QC. vi http:88en.Ki
Roy Ascott, julho/2011.
Hniversidade de Plymouth, Reino Hnido: Proessor de Artes Necnoéticas e Presidente do /Planetary 1ollegium3. Nelematic mbrace. Hniversity o 1aliornia Press, CDDG.