DISCIPULADO Pr. Jean Francesco
ROTEIRO DO DISCÍPULO 1. O que é a Bíblia? 2. Quem é Deus? 3. O que é a Trindade? 4. O que é o Evangelho? 5. Criação: como tudo começou? 6. Queda: o que deu errado com o mundo? 7. Redenção: como Deus resgata o mundo? 8. Consumação: como será o fim do mundo? 9. Restauração: o que acontecerá com esta criação? 10. O que são as Doutrinas da Graça? 11. O que é a Igreja? 12. O que é o Batismo e a Ceia do Senhor? 13. O que significa ser uma Igreja Reformada? 14. Como me envolver com a igreja local?
O que é Discipulado? Discipulado? Ser discípulo é colocar os pés na estrada e se sujar da areia dos pés do Mestre. Discipulado é o caminho que os seguidores de Jesus escolheram para cada momento de suas vidas. Se você decidiu firmemente que deseja caminhar o resto de seus dias ao lado de Jesus, você está matriculado no discipulado, porém, não se esqueça que nunca chegará o dia da sua formatura, pois esta é uma caminhada que começa aqui e continua na vida eterna. A ideia deste livro é preparar você para caminhar com mais profundidade em sua vida com Deus, especialmente para aqueles que ainda não foram batizados e desejam entrar na família de Jesus. Ser um discípulo do Salvador envolve tudo o que somos, nosso intelecto, nossas emoções e nossas vontades. Isso significa que andar ao lado do Senhor desenvolve e transforma a nossa maneira de pensar, sentir e realizar. Em outras palavras: um discípulo pensa diferente; um discípulo deseja diferente; um discípulo age diferente. Nós queremos ser como Jesus é. Para isso, escolhemos catorze assuntos que um discípulo de Jesus precisa conhecer. Começamos com a Bíblia, a fonte de tudo aquilo que pensamos e sabemos sobre Deus, até chegarmos à Igreja local, o ambiente de vida em que nós celebramos a Deus com o povo dele. No meio do caminho passaremos pelo ser de Deus, o Pai, Filho e Espírito, a mensagem do Evangelho, os pontos cruciais da história de Deus com este mundo: Criação, Queda, Redenção, Consumação e Restauração, as Doutrinas da Graça, o significado da Igreja, o Batismo e a Ceia e um pouquinho daquilo que chamamos de tradição reformada. Meu desejo é que nestas catorze viagens rumo à pensar, desejar e viver o caminho de Jesus, você se sinta desafiado a amar a Deus com muito mais profundidade e a explicar este caminho extraordinário para aqueles que ainda estão fora da caminhada com Cristo. É hora de começar! Um grande abraço, Pr. Jean Francesco 3
O que é a Bíblia? [1] Todo discípulo de Jesus caminha com a sua Bíblia. A palavra “Bíblia” vem do latim e significa literalmente livros. Porém, muito mais do que um livro, ela é na verdade uma biblioteca. Você sabia que a Bíblia é uma coleção de 66 livros com a maior riqueza literária
do mundo? Nela encontramos histórias, poesias, canções, orações, mandamentos, cartas, biografias, provérbios, parábolas, novelas, genealogias e muito mais. A Bíblia já foi traduzida para mais de 2.400 línguas e é o livro mais lido e vendido em todo o mundo.
1. QUAL É A ESTRUTURA DA BÍBLIA? Pensando numa biblioteca, a Bíblia é basicamente dividida em duas (2) estantes, uma maior e outra menor. A primeira chamamos de Antigo Testamento (A.T.) e a segunda chamamos de Novo Testamento (N.T.). Dentro do A.T. temos mais cinco subdivisões e, da mesma forma, cinco subdivisões no N.T. Saber dessa estrutura vai ajudar você a ter maior domínio sobre a história de Deus no mundo. Veja a tabela abaixo:
ANTIGO TESTAMENTO
NOVO TESTAMENTO
DIVISÃO
LIVROS
DIVISÃO
LIVROS
PENTATEUCO
Gênesis – Deuteronômio
EVANGELHOS
Mateus – João
HISTÓRICOS
Josué – 2 Crônicas
HISTÓRIA DA IGREJA
Atos
POÉTICOS
Jó – Cantares
CARTAS DE PAULO
Romanos – Filemom
PROFETAS MAIORES
Isaías – Daniel
CARTAS GERAIS
Hebreus – Judas
PROFETAS MENORES
Oséias – Malaquias
PROFÉTICO
Apocalipse
2. COMO A BÍBLIA FOI FORMADA? Qual é a idade do livro que você tem nas mãos ? O A.T. e o N.T. foram formados durante aproximadamente 1.500 anos. Outro dado importante: a Bíblia foi escrita originalmente em três (3) línguas: Hebraico e Aramaico 1 para o A.T. e Grego para o N.T. A Bíblia possui mais de 30 autores que escreveram em várias épocas, lugares, culturas e em línguas diferentes. O Antigo Testamento foi terminado no século IV a.C e o Novo Testamento 1
Apenas algumas partes do livro de Daniel.
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no século II, d.C. Ela permaneceu em vigor durante os séculos por causa das muitas cópias que foram feitas pelos seus ouvintes.
3. POR QUE ACREDITAR NA BÍBLIA? Crer na Bíblia como a própria palavra de Deus é fundamental. Sem uma voz clara para dirigir os nossos caminhos, qualquer caminho será possível, inclusive os errados. Para que não haja dúvidas em sua mente escolhemos 6 critérios pessoais que te ajudaram a crer com o coração que a Bíblia é palavra de Deus. Todos eles tem a ver com o testemunho interno que o Espírito Santo faz da palavra de Deus em nossos corações: 1) Ela fala ao meu coração: Salmo 19.7-10; 2) Ela alimenta o meu ser: Deuteronômio 8.3; 3) Ela nos apresenta quem Deus realmente é: João 4.24, 1João 4.7-8; 4) Ela fala a verdade sobre Jesus Cristo: Hebreus 1.2, João 14.6; 5) Ela é inspirada por Deus: 2Tm 3.16-17; 6) Ela muda a minha vida: 2Tm 3.15, Salmo 119.11;
4. A BÍBLIA FOI ALTERADA COM O TEMPO Você sabia que os documentos originais da Bíblia não existem mais ? Não existem mais os autógrafos, 2 apenas cópias de cópias de manuscritos. Será, então, que as cópias que temos são confiáveis? Eu posso dizer com tranquilidade: “sem sombra de dúvidas!” Como ? Pelo fato que os manuscritos antigos não resistiam por mais de um século e que, dependendo das condições climáticas se deterioravam bem antes que isso, o judaísmo instituiu, através dos escribas, uma rígida cultura de conservação de documentos que se tornou modelo para outros
povos. Quem eram os escribas ? Os escribas se dedicavam exclusivamente à reprodução de manuscritos. Seu trabalho era feito com tamanho zelo que, após completarem uma cópia, contavam as palavras e as letras do texto original e da cópia, a fim de aferirem a exatidão do documento reproduzido. Eles eram muito cuidadosos, raramente cometiam erros. Além disso, existem quatro argumentos que confirmam que as cópias da Bíblia são confiáveis:
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Os manuscritos originais que saíram da pena dos autores.
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1) Achados arqueológicos: Várias informações bíblicas como lugares, nomes, povos antigos e episódios do passado confirmam sua antiguidade 3; 2) Coerência entre os textos : De acordo com os melhores manuscritologistas a Bíblia possui de 95% a 98% de coerência entre suas cópias; 3) Quantidade de cópias preservadas : Existem hoje 5.600 cópias bem preservadas do N.T. e mais de 24 mil cópias e fragmentos preservados da Bíblia toda; 4) Exatidão do mesmo texto em línguas e lugares diferentes : Existem milhares de cópias hebraicas e gregas do A.T. e do N.T. vindas do Egito, Síria, Itália, Israel, Turquia e todas elas mantem um padrão sólido de coerência. Além da evidência dos escribas e dos quatro argumentos científicos acima, ainda existem três testemunhas confiáveis dizendo que o Antigo Testamento é palavra de Deus. Jesus, Paulo e Pedro citam o A.T. como um texto escrito por homens, mas homens movidos durante o processo pelo Espírito Santo. Confira os textos: 1. Jesus: Lucas 24.44 4; 2. Paulo5: 2 Timóteo 3.16; 3. Pedro: 2 Pedro 1.20-21. Com tantas evidências para confiarmos nas cópias da Bíblia, dois grandes estudiosos do nosso tempo vão ainda mais longe. Os teólogos Donald Carson e F.F. Bruce apresentam os três critérios principais que levaram a Igreja cristã primitiva a receber como inspirados os vinte e sete (27) livros do N.T: 1) Apostolicidade: Todos os livros vem de uma fonte apostólica (Mateus – Apocalipse), ou seja, ainda que todos os escritores não fossem apóstolos, todos receberam a influência deles. A única exceção é o livro de Hebreus 6; 2) Catolicidade: Todos os livros foram aceitos pela igreja universal, tanto no Ocidente e Oriente. A Igreja cria que os vinte e sete (27) livros do N.T. eram norma de fé e vida; 3) Coerência teológica: Todos os livros tem coerência com a mensagem do Evangelho.
5. O QUE SÃO OS LIVROS APÓCRIFOS? Algumas pessoas tem a Bíblia católica e percebem que ela é um pouco maior. Eles estão certos. A versão católica da Bíblia contém alguns livros apócrifos que a Bíblia 3
Um clássico da arqueologia bíblica: KELLER, Werner. E a Bíblia tinha razão. Ed. Melhoramentos. O Antigo Testamento Hebraico é dividido em três partes: Torá (Lei), Profetas e Escritos (Salmos). 5 Na época de Paulo o Novo Testamento ainda não estava terminada, ele estava se referindo ao Antigo Testamento. 6 Como a autoria de Hebreus era desconhecida, ele foi aceito pela igreja pelos dois critérios subsequentes. 4
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protestante não tem. Apócrifo é um livro não inspirado por Deus. Quais são os livros
apócrifos? No total são doze (12): 1 e 2 Esdras, Tobias, Judite, Baruque, Sabedoria, Eclesiástico, acréscimos em Ester e Daniel, Oração de Manassés e 1 e 2 Macabeus. Por que não os aceitamos como palavra de Deus? Para responder essa pergunta, quatro coisas podem ser ditas: 1. Embora sejam considerados bons documentos históricos e devocionais, são escritos puramente humanos, 2Macabeus, por exemplo, não se diz inspirado, pois pede desculpas se errou em alguma coisa. Neste caso, esses livros não servem para orientar nossas vidas. 2. Eles são contraditórios com boa parte das Escrituras, possuem informações erradas, e às vezes incentivam o povo de Deus em coisas que o próprio Deus proíbe, como oração pelos mortos; 3. Os judeus não os aceitaram como parte do Antigo Testamento; 4. Não eram reconhecidos pela maioria dos primeiros cristãos como inspirados.
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Recapitulando: O que é a Bíblia? 1. Quantos livros tem a Bíblia? 2. Cite três gêneros literários que encontramos na Bíblia. 3. Quais são as línguas originais da Bíblia? 4. Quantos autores aproximadamente escreveram a Bíblia? 5. Cite 4 argumentos pessoais do por que você acredita na Bíblia? 6. Os documentos originais do A.T. e N.T. ainda existem? 7. Nós sabemos que não existem mais os documentos originais da Bíblia, restaram apenas cópias das cópias. Por que as cópias da Bíblia são confiáveis? 8. O que é um livro apócrifo? O que nós pensamos sobre estes livros? 9. Quais são as três testemunhas do Novo Testamento que confirmam a veracidade do Antigo Testamento? 10. Os teólogos F.F. Bruce e D.A. Carson apresentam três argumentos para confirmar que o Novo Testamento é palavra de Deus. Quais são?
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Quem é Deus? [2] Deus é realmente o assunto mais interessante do mundo. Todos querem saber quem é Deus e se ele realmente existe. Deus é a maior curiosidade de toda a inteligência humana. Deus existe? Essa é a maior pergunta que já se fez em toda a história. Deus é o assunto mais relevante do mundo. Então, quem é Deus? Antes de vermos quem é Deus, vamos pensar primeiro em quem Deus não é:
1. QUEM DEUS NÃO É? 1) Energia: deus é uma vibração ou forças positivas ou negativas: Nova Era, Astrologia. 2) Tudo o que existe : "Deus é o mundo, o homem, a alma, ele é tudo em todo lugar”: Hinduísmo, budismo e Monismo. 3) Vários deuses: Existem milhares de deuses (gregos): Politeísmo, Animismo. 4) Um Relojoeiro: deus criou o mundo, mas não tem interação com ele: Deísmo. 5) Deus limitado: Deus não é soberano, não conhece todas as coisas, ele é apenas ama e sofre junto conosco: Teísmo aberto. 7 6) Um Ditador : Alá é um deus que exige minha submissão e ponto final: Islamismo. 7) Um mistério: Alguém que não pode ser conhecido: Agnosticismo. 8) Uma mentira: Alguém que não existe: Ateísmo. A Bíblia revela que Deus pode ser conhecido, pois ele mesmo se deu a conhecer a nós. Deus não é totalmente mistério, não é uma energia, ou força positiva como muitos pensam, a Escritura apresenta Deus como um ser pessoal e relacional, em outras palavras, ele existe para um relacionamento real com as suas criaturas. A Bíblia sempre apresenta o Senhor como um ser pessoal, pois Deus fala, geme, ama, cria, vê, ouve, toca, se ira, se agrada, se entristece, corrige e etc. Para entendermos melhor a Deus é necessário saber que ele possui características incomunicáveis, ou seja, atributos e qualidades que só ele possui. Nenhum ser humano possui qualquer uma delas, são exclusivas de Deus. Segue algumas delas abaixo:
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Deus não conhece o futuro, não tem controle sobre a vida, pois abriu mão de tudo por amor.
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2. DEUS POSSUI CARACTERÍSTICAS INCOMUNICÁVEIS 1) Deus é onipotente8: “Deus tem o poder sobre todas as coisas que foram criadas por ele mesmo.” Sal. 93; Isaías 40.12-31. 2) Deus é onisciente9: “Deus tem o conhecimento de todas as coisas.” Jer. 1.4-5; At 15.8; 1Jo 3.20; João 21.17 3) Deus é onipresente: “Deus está em todo lugar.” Sal. 139; Atos 7.48,49; Atos 17.27,28; 4) Deus é eterno: “Deus não teve um início e nem terá fim, ele sempre existiu.” Êx. 15.18; Ap. 4.8-10. 5) Deus é único e trino: “Deus é um em essência e três em pessoa.” cf. Deut. 6.4; 1Cor 8.4,6; 1Ts 1.9; Jer. 10.10. 6) Deus é espírito: “Deus é um ser pessoal existente, porém é imaterial e invisível aos olhos humanos.” João 4.24; 1João 4.12 7) Deus é imutável : “Deus não muda o seu caráter, ele sempre foi perfeito em tudo o que é.” Num. 23.19; Tiago 1.17 8) Deus é soberano: “Deus está no controle sobre todas as coisas.” Salmo 2; Salmo 96; Ap 1.5, 6.10; Rm 11.36. Quando descobrimos os atributos incomunicáveis de Deus percebemos que ele é totalmente diferente de nós, pois entre outras coisas, não participa da nossa finitude, não é um ser criado, não é governado ou afetado pelo tempo e não está sujeito a mudanças em seu caráter. Deus, por isso, é glorioso, incomparável e digno de toda a nossa adoração! Entretanto, como podemos nos relacionar com um Deus tão diferente assim? Deus possui também características comunicáveis, isto é, aquelas características que ele compartilha com os seres humanos. Ele se simplifica para que possamos entendê-lo melhor, e assim, interagirmos com ele em nossa caminhada de fé. Segue algumas destas qualidades comunicáveis:
2. DEUS POSSUI CARACTERÍSTICAS COMUNICÁVEIS 1) Deus é bondoso: Ele tem prazer em fazer o bem as suas criaturas, Salmo 34.8, Salmo 135.3 2) Deus é fiel : Ele cumpre o que diz e não abandona a aliança que fez com o seu povo, Salmo 33.4, 145.13; 1Co 1.9, 10.13 8 9
OMNI=TODO + POTENTE=PODEROSO. OMNI=TODO + CIENTE=SÁBIO (CONHECEDOR).
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3) Deus é santo: Ele não tem qualquer mancha de pecado em seu ser, Lev. 11.44, 20.26 10. 4) Deus é justo: Ele julga sempre com justiça todas as situações da vida, Deut. 10.18; Jó 37.23; Salmo 26.1 5) Deus é verdadeiro: Ele não pode mentir ou enganar, sempre é verdadeiro em tudo o que diz e faz, Salmo 119.160; João 14.6 6) Deus é misericordioso: Ele não nos pune de acordo com os nossos pecados, Daniel 9.9, 18. 7) Deus é amoroso e gracioso: Ele nos oferece gratuitamente bênçãos sendo nós ainda pecadores, Isaías 49.15; 1João 4.9 8) Deus é belo : Ele é invisível, mas a glória de seu caráter e a perfeição de suas palavras e ações embelezam a vida, Salmo 27.4; Isaías 6.3 9) Deus é alegre: Ele tem uma disposição contente e satisfeita por ser quem ele é, Ne 8.10 10) Deus é generoso: Ele oferece muito mais do que nós pedimos ou necessitamos, Deus não é apegado ao que possui, Sal 116.7; Efésios 3.19 Existem muitos outros atributos de Deus, estamos só olhando os principais. É para um relacionamento com este Deus que as Escrituras nos chamam. E uma das regras de ouro da vida cristã é que quanto mais andamos com Deus mais nos parecemos com ele. É impossível andar com ele e não compartilhar de suas características. Como afirma o apóstolo João: "... aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou ." 1João
2.6. Viver com Deus é ter a certeza de que enquanto caminhamos com ele, o nosso caminho muda também. O que você achou deste Deus ? Percebeu o quanto ele é glorioso e diferente de nós ? Você acha que a partir do que vimos sua relação com ele ganhou mais profundidade ?
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Aparece a palavra “santo” 54 vezes no mesmo livro.
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Recapitulando: Quem é Deus? 1. Mencione quatro ideologias, ou o pensamento de algumas religiões sobre o que nós cremos que Deus não é. 2. Deus é um ser ___________________, em outras palavras, um ser que existe para um relacionamento real com as suas criaturas. Complete com a palavra que falta. 3. O que é um atributo/qualidade/característica incomunicável de Deus? 4. Cite quatro atributos incomunicáveis de Deus e comente brevemente algo sobre eles. 5. O que é um atributo/qualidade/característica comunicável de Deus? 6. Cite 6 atributos comunicáveis de Deus e comente algo sobre três deles. 7. “Quanto mais andamos com Deus mais nos parecemos com ele.” Isso é verdade em sua vida? 8. Qual é a diferença entre os ateus e os agnósticos? 9. O que mais te marcou neste estudo sobre “Quem é Deus?” (pergunta pessoal). 10. “Deus é um em essência e três em Pessoa.” De qual atributo incomunicável estamos falando?
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O que é a Trindade? [3] A doutrina da Trindade não é algo fácil de entender. A Igreja cristã demorou 3 séculos para entender melhor a Triunidade (um Deus em três Pessoas) de Deus e até hoje não conseguimos entender isso com tanta precisão, pois Deus é imenso e infinito para as nossas mentes finitas. É fato que não existe a palavra “Trindade” na Bíblia. Porém, isso não significa que a Bíblia não ensine esta doutrina. O Novo Testamento quando fala de Deus atribui a mesma divindade do Deus Pai ao Deus Filho e também do Deus Espírito Santo e sustenta que há apenas um Deus. Como entender isso?
1. EXISTE APENAS UM DEUS Não confunda jamais: tanto o Antigo Testamento quanto o Novo Testamento dizem que há um só Deus, isto é, nós enquanto cristãos somos monoteístas. Dê uma pausa e compare o que está escrito em Deut 6.4 e 1Co 8.4-6. Viu só como acreditamos em um só Deus ?
2. DEUS É UM EM ESSÊNCIA E TRÊS EM PESSOA Esta é a definição básica da Trindade. Embora Deus tenha uma só essência ou natureza (seu Ser), dentro de sua essência subsistem (ficam dentro dele) três pessoas. As três pessoas são: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. As três Pessoas compartilham da mesma essência, pois todas as três tem a essência da divindade. No entanto, elas possuem também diferenças reais que não são essenciais. As diferenças de cada Pessoa da Trindade estão relacionadas a singularidade de suas funções. Isso ficará mais claro no parágrafo abaixo.
3. O PAI É DEUS, O FILHO É DEUS, O ESPÍRITO SANTO É DEUS As três pessoas tem o mesmo poder, a mesma glória e as três são dignas da mesma adoração, pois são o Único e Verdadeiro Deus. Porém, as três pessoas tem papéis ou funções diferentes: 1) Deus Pai: É o líder e mentor da Trindade. [Jo 10.18, 30-33, 14.28, 15.10] 2) Deus Filho: É o executor dos planos de seu líder; [Jo 1.18; 8.8-11; 2Co 13.13; Col 1.15-18; Hb 1.2-3; Jd 3] 13
3) Deus Espírito Santo: É a fonte de sabedoria e poder do Pai e Filho, pois ele procede de ambos. Ele também aplica a vontade do Pai e o trabalho do Filho no coração dos homens. [Lc 1.35, 4.13, 5.17; Jo 3.6-8, 14.16-17, 26, 15.26, At 1.8]
4. O PAI, O FILHO E O ESPÍRITO SEMPRE TRABALHAM JUNTOS As três pessoas trabalham e estão juntas ao mesmo tempo, em todas as coisas, em todos os momentos na eternidade e no tempo. No entanto, para efeitos didáticos, é possível entendermos a função de cada Pessoa em determinada ação:
Exemplo 1: Criação 1) Deus Pai – Planejou a criação 2) Deus Filho – Criou o mundo 3) Deus Espírito – Deu sabedoria ao Pai para planejar e poder ao Filho para criar o mundo. Ele também capacita o homem a entender como Deus está por trás da criação.
Exemplo 2: Salvação 1) Deus Pai – Planejou a nossa salvação 2) Deus Filho – Executou a nossa salvação 3) Deus Espírito – Deu sabedoria ao Pai para planejar nossa salvação e poder ao Filho para executá-la. Ao mesmo tempo ele aplica a vontade do Pai e o trabalho do Filho em nosso coração.
5. O PAI, O FILHO E O ESPÍRITO TEM FUNÇÕES ESPECÍFICAS Embora trabalhando sempre juntos em todas as coisas, é facilmente perceptível na Bíblia que cada Pessoa da Trindade recebe mais ênfase em suas funções em relação as outras. Vamos perceber isso olhando para a nossa salvação: 1. Eleição: Deus Pai nos escolheu na eternidade para sermos salvos; 2. Justificação: Deus Filho nos justificou dos pecados
morrendo por nós na história; 3. Regeneração: Deus Espírito implanta sua vida em nós em nossa história pessoal. Para concluir este estudo, podemos afirmar que a maneira mais fácil de entendermos o plano de Deus para nossa salvação é olhá-lo a partir das ações da Trindade: “Nós somos eleitos pelo Pai na eternidade, justificados pelo Filho na história e regenerados pelo Espírito Santo em nossa história pessoal.” Isso é quase o mais próximo que podemos chegar, para articular a doutrina histórica da Trindade. E agora, você entendeu melhor a Trindade? 14
Recapitulando: O que é a Trindade? 1. Quantos séculos a Igreja cristã demorou a entender melhor a doutrina da Trindade? 2. Qual é a definição básica da Trindade? 3. Responda se é verdadeiro (V) ou falso (F): “Embora Deus tenha uma só essência, dentro de sua essência subsistem três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo.” 4. Quais são os papeis principais de cada Pessoa da Trindade ? 5. Complete a frase: “As três pessoas da Trindade tem o mesmo poder, glória e são dignas da nossa ___________, pois são o único Deus verdadeiro. Porém, as três tem _______________ diferentes.” 6. Explique quais são as funções da Trindade na Criação: 7. Explique quais são as funções da Trindade na Salvação: 8. “Nosso Deus trabalha tanto na eternidade quanto no tempo.” (V) ou (F)? 9. Determine quando a Trindade realizou cada uma das coisas abaixo: Eleição: Deus Pai nos escolhe na ____________________. Justificação: Deus Filho nos justifica dos pecados na __________________________. Regeneração: Deus Espírito implanta sua vida em nós em ________________________. 10. O que você achou mais interessante no estudo da Trindade?
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O que é o 11 Evangelho? [4] É muito importante termos uma compreensão de qual é a mensagem essencial da fé cristã. O nome que damos para esta mensagem é “Evangelho”. Esta mensagem resume de certa forma todo o conteúdo da Bíblia ou o projeto de Deus para o ser humano:
CRIAÇÃO12. Deus nos criou para adorar. Nosso coração não encontrará descanso enquanto não descansarmos em Deus, nosso criador. Ele nos amou antes mesmo de nos criar. Ele nos criou para sermos seus amigos íntimos, para andarmos com ele, vivermos para a sua glória para sempre. E assim foi por algum tempo, porém...
PECADO13. O inesperado aconteceu. Nossos primeiros pais, Adão e Eva, quebraram a aliança de amor e amizade com Deus. Eles pediram divórcio dele, e por consequência, todos nós também. Hoje vivemos independentes de Deus, caminhamos com as nossas próprias pernas. Somos pecadores rebeldes! Quando pecamos é como se estivéssemos dizendo para Deus: “Eu posso viver sem você!” É por isso que há sofrimento, frustração, traição, mentira e o pior, a morte. Por causa do pecado, nosso destino é a morte. O salário do pecado é a morte. Será que Deus errou ao nos criar? Criar para nos jogar fora?
RESGATE14. Deus não nos criou para sermos destruídos, por isso ele tinha um plano desde a eternidade: perdoar nossos pecados, pagar a nossa dívida, nos livrar da morte. Deus entrou na história humana no rosto de um homem simples, Jesus Cristo, como prova de seu amor por nós. Jesus viveu a vida perfeita que nós não vivemos e, por isso, o salário de sua vida é a vida eterna. Porém, Deus o levou até a cruz para receber o nosso salário: a morte. Na cruz, então, ocorre uma substituição: O Cristo santo recebe a nossa morte, e nós pecadores recebemos a sua vida eterna. Quanto amor! Que plano maravilhoso para nos salvar. Jesus Cristo morto na cruz há dois mil anos atrás é a carta de amor de Deus em resposta ao divórcio que todos nós entregamos a Deus.
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A seguir apresentamos três explicações do que é o evangelho. 1° Argumento, CRIAÇÃO: Gn 1.1, 26; Is. 43.7; Rm. 14.7,8 13 2° Argumento, PECADO: Gn. 6.5,11,12; Ecl 7.29; Rm 3.9-18, 23, 5.12 14 3° Argumento, RESGATE: Jo 3.16-18; Is 53; Rm. 5.8; 1Jo 2.2, 3.16, 4.14 12
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NOVA VIDA15. Mas Jesus não apenas morreu, ele ressuscitou ao terceiro dia! Isso significa que Deus quer escrever uma nova história conosco. É possível viver de maneira radicalmente diferente da qual vivíamos antes! Agora é possível deixar Jesus mudar dia após dia as nossas vidas e nos tornar parecidos com quem ele é. Para isso precisamos fazer duas coisas: 1. Arrepender-nos dos nossos pecados, concordar que somos pecadores; 2. Crer com todo o nosso coração que Jesus é o nosso Senhor e Salvador. Acredite: o seu passado foi cancelado na cruz, é hora de viver uma nova vida!
VIDA ETERNA16. E não apenas ele nos devolve, agora, uma nova vida. Deus preparou para nós a eternidade. Nela, com Deus, seremos aquilo que Ele projetou desde sempre: seus amigos mais íntimos. Estaremos juntos para sempre com Deus e nunca mais nos preocuparemos com as nossas dores, doenças, injustiças, sofrimento ou morte. Porém, aqueles que continuarem na rebelião contra Deus serão condenados para sempre à morte eterna, longe da alegria e do amor de Deus. Nós, porém, os que cremos, temos a maravilhosa esperança de vivermos com Deus eternamente em perfeita alegria.
TEXTO 1 Autor: Mark Driscoll Traduzido e adaptado por Pr. Jean Francesco Há um único Deus. E ele é o criador dos céus e da terra. E ele nos fez à sua imagem e semelhança, macho e fêmea, com dignidade, valor, importância e propósito. Ele nos fez para adorar. E nós escolhemos pecar contra ele, se rebelar contra ele, desobedecê-lo. Como resultado, nós somos separados de Deus, e vivemos sob o tolo mito de que, a certo grau, nós somos cada um seu próprio Deus, declarando o certo e o errado, e vivendo nossa própria vida por nossos próprios padrões. E, esse Deus amorosamente veio à história humana como o homem Jesus Cristo, plenamente Deus, plenamente homem. Nasceu de uma virgem, viveu uma vida sem pecado, embora tenha sido tentado de todas as formas como nós somos. E ele foi à cruz, e lá ele nos substituiu. Nossos primeiros pais, no jardim, substituíram Deus por eles mesmos e, na cruz, Jesus inverte essa substituição, e substituiu os pecadores por ele. E, quando Jesus foi à cruz, ele tomou voluntariamente sobre si o pecado daqueles que viriam a crer nele. 15 16
4° Argumento, NOVA VIDA: Rm 6.4; 2 Co 5.17; 1Jo 1.7, 5.1-4 ; Gl. 5.22-24 5° Argumento, VIDA ETERNA: Jo 5.24; Rm. 6.23; 1Jo 2.25, 5.11; Judas 21; Ap. 21.1-5
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Isso quer dizer: Eu sou pecador, mas Jesus foi à cruz, e tomou sobre si todos meus pecados, passados, presentes e futuros. E, Jesus Cristo, Deus, que foi um homem, morreu em meu lugar por meus pecados, pagando minha dívida com Deus e comprando minha salvação. O cadáver de Jesus foi então deitado em uma tumba e, por três dias, ele ficou enterrado. No terceiro dia, um domingo, Jesus ressuscitou em vitória sobre Satanás, pecado, morte, demônios e inferno. E ele nos deu uma missão, com o Espírito Santo, para sermos enviados, contando essa notícia maravilhosamente boa: de que há um Deus que nos busca apaixonadamente em Jesus Cristo, amorosamente, continuamente, incansavelmente. E ele subiu aos céus. E, hoje, Jesus está vivo e muito bem. E ele se assentou no trono. E ele está julgando e reinando sobre todas as nações, e todas as culturas, e todas as filosofias, e todas as raças, e todos os períodos de tempo. Ele está reinando sobre homens e mulheres, crianças e os velhos, ricos e os pobres, sábios e analfabetos, negros e brancos, os que estão vivos e os que estão mortos, os que nasceram e os que vão nascer. E ele é o Rei dos Reis, e ele é o Senhor dos Senhores, e ele está julgando e reinando sobre todas as pessoas, ordenando a todos em todos os lugares que se arrependam de tudo o que fizeram contra ele. E ele está voltando para julgar os vivos e os mortos. E os que creem nele vão gozar a eternidade no Seu reino celestial para sempre e os que não creem vão sofrer longe dele nos tormentos eternos conscientes e eternos do inferno. É nisso que cremos. Nós cremos em Jesus!
TEXTO 2 Por Mike Mckinley Traduzido por “Voltemos ao Evangelho” O Evangelho significa “boas notícias”. É uma boa notícia sobre o que Deus fez por nós. Para entender a boa notícia, você precisa entender a má primeiro. A má notícia é que todos são rebeldes contra um Deus santo. Deus criou cada homem e mulher à sua imagem, para conhecê-lO, amá-lO, desfrutá-lO e adorá-lO, e encontrar todo sentido e satisfação na vida somente nEle. Mas nós nos rebelamos contra Deus. Nós decidimos que queríamos encontrar significado, satisfação e prazer em outras coisas. Nós quisemos adorar a nós mesmos. Então, eu decido o que é certo ou errado, eu não quero deixar Deus decidir ou declarar isto. Então, nós somos rebeldes contra Deus. Não somos seus amigos, não somos mais seus 18
filhos, mas nos tornamos rebeldes contra um Rei poderoso e santo. Então, essa é a má notícia: Cada um de nós merece a Ira de Deus, Seu castigo, Seu julgamento contra nós, devido às coisas que fizemos. Mas a boa notícia é que Deus, em seu amor, enviou seu filho Jesus, para nos salvar dos pecados que cometemos. Jesus viveu uma vida perfeita em obediência. Então, Ele nunca se rebelou contra Deus. Assim, na cruz Ele não pagou o preço por seus pecados, porque não pecou; mas Ele pagou o preço por nossos pecados. Ele apaziguou a Ira de Deus, Ele carregou tudo por nós, a punição, o inferno que nós merecíamos por nossos pecados. Jesus tomou sobre si isso na cruz. Mas Ele não permaneceu morto, ressuscitou. Em vitória, em triunfo sobre o pecado e a morte. E agora Jesus está vivo. Ele está nos céus, e nos chama a abandonar nossos pecados e confiar somente nEle. E Jesus diz que se colocarmos nossa confiança nEle, nós seremos perdoados, restaurados e teremos um relacionamento com Deus e uma vida eterna com Ele.
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Recapitulando: O que é o Evangelho? 1. Nosso entendimento sobre o Evangelho é dividido em 5 partes: Criação, Pecado, Resgate, Nova Vida e Vida Eterna. Isso te ajudou a compreender melhor a mensagem geral da Bíblia? 2. O que você entende por Criação? 3. O que você entende por Pecado? (Vale 2,0) 4. O que você entende por Resgate? (Vale 2,0) 5. O que você entende por Nova vida? 6. O que você entende por Vida Eterna? 7. Você já compartilhou o Evangelho para alguma pessoa? Se sim, como foi? Se não, já tem alguém em mente? Qual o nome desta pessoa? 8. Qual parte do Evangelho mais marcou o seu coração? Por quê? 9. Você percebe como o Evangelho se conecta com todas as realidades do nosso coração ? (origem, autoconhecimento, transformação, esperança) 10. Que tal você escrever sua própria versão desta história de salvação ?
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Criação: Como tudo começou? [5] Alguns pensadores cristãos reformados escolheram quatro palavras que resumem os principais temas da Bíblia, são eles: 1. Criação; 2. Queda; 3. Redenção; 4. Consumação. Nós adicionamos uma quinta palavra: 5. Restauração. Acreditamos que se soubermos estes cinco conceitos, entender a Bíblia não será mais uma tarefa difícil. Vamos estudar hoje o primeiro deles: Criação. Todos nós ficamos curiosos em relação à origem da vida e muitas respostas atualmente têm sido oferecidas. Neste estudo vamos ler os dois primeiros capítulos da Bíblia, Gênesis 1-2, para respondermos às seguintes perguntas: Como tudo começou? Quem criou
tudo o que existe? Quem é o ser humano? Existe algum propósito para a vida?
1. COMO TUDO COMEÇOU? OU QUAL É A REAL ORIGEM DA VIDA? Deus criou o mundo que conhecemos. Tudo começa com Deus, o mundo vem depois
dele, pois ele é o seu criador. O mundo não surgiu do acaso, por uma explosão ou de forma espontânea. Deus é a inteligência por trás da maravilhosa criação que temos o privilégio de ver e viver. Mas o que foi criado e como foi criado? Note como o livro de Gênesis traça ordem dos elementos criados por Deus:
Dia 1 Luz, trevas (Dia e Noite) Dia 4 Sol, lua e estrelas
Dia 2 Céu, água
Dia 3 Terra
Habitats
Dia 5 Aves e peixes
Dia 6 Animais e seres humanos
Habitantes
O que é o sétimo dia, ? Por que ele é chamado “dia do Descanso”. Será que Deus parou de trabalhar? De maneira alguma! O sétimo dia, no qual Deus termina o seu trabalho de criar todas as coisas, é só o início do trabalho de Deus. A partir desta primeira obra, Deus agora vai 21
cuidar da criação. O termo descansar neste texto significa que Deus sentiu-se satisfeito com o que havia criado, pois o mundo ficou “muito bom!” Como um artista depois de perceber que sua pintura ficou magnífica exclama: “Voilà” 17 Deus criou o mundo perfeito e bom. Este mundo em que vivemos é bom e tem um
dono, o próprio Deus Criador. O diabo não é o dono do universo e nem está dominando sobre ele. Além disso, a criação ou natureza não é eterna, pois teve um início. Podemos dizer também, diferente de outras religiões que a criação não deve ser adorada, pois é a criatura que deve adorar ao Criador.
2. QUEM É O HOMEM? O homem e a mulher são a obra prima da criação de Deus. Nós não viemos do acaso,
nem somos produto de bilhões de anos de evolução, muito menos somos “animais racionais”, somos a imagem de Deus. Podemos afirmar que “Deus nos criou para se ver.” Somos o reflexo de Deus, seus representantes na terra criada. Ele nos criou para que o mundo olhasse para nós e enxergasse a ele mesmo. Deus nos criou para refletir o seu glorioso ser na terra. Somos a fotografia de Deus no mundo. Nenhuma criação anterior tem esse privilégio, por isso o salmo 8.5 diz que somos a “coroa” da criação. Não somos nada menos que a obra prima da arte criativa de Deus. Somos os únicos seres criados a imagem i magem e semelhança de Deus.
3. EXISTE PROPÓSITO NA VIDA? Além de nos ter criado com toda essa dignidade, em Gênesis 1.26-28, Deus nos deu três ordens, que são as três tarefas criacionais da vida humana. São coisas que fazemos desde que existimos. O ser humano precisa equilibrar estas três ordens em sua vida, e a menos que faça isso, nunca experimentará o sentido da existência:
1. Desenvolver relacionamentos: o ser humano é um ser social Quando Deus diz para multiplicarmo-nos na terra ele estava nos comissionando um mandato social, isto é, constituirmos família, gerarmos filhos, ser irmãos uns dos outros, sermos seres relacionais entendendo que nós precisamos de Deus, mas também precisamos de pessoas. A menos que sejamos seres relacionais jamais nos sentiremos satisfeitos com a vida. Nós existimos para nos relacionar com outras pessoas. Uma boa ilustração disso é o dilema de solidão que o ator Tom Hanks vive no filme “O Náufrago.” 17
Voilà – leia-se voalá – é a expressão francesa de apreço por algo que quer dizer: “Veja lá!”
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2. Desenvolver trabalho e cultura: o ser humano é um ser artesanal 18 Em Gn 2.15 lemos o seguinte: “ Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar. ” Esta é a nossa segunda tarefa nesta vida: cuidar
do mundo em que vivemos, administrar os animais e a terra que Deus fez. Deus nos criou para desenvolver o mundo, sermos engenheiros do progresso da criação. Nós fazemos isso produzindo cultura, cuidando da terra, desenvolvendo as potencialidades da mesma para o seu progresso e também para o desenvolvimento da sociedade. Hoje em dia, nós cumprimos o mandato cultural através das nossas profissões que o próprio Deus nos dá em algum momento da nossa história e de todas as nossas ocupações, hobbyes, artes, serviços e etc. A menos que encontremos algo que nos torne úteis para melhorarmos o mundo criado, não nos sentiremos satisfeitos.
3. Desenvolver um relacionamento com Deus: o ser humano é um ser espiritual Além da necessidade de nos envolvermos com outras pessoas e termos alguma utilidade no mundo, todos nós nós nascemos para ter um encontro encontro com Deus. E enquanto isso não acontecer, sempre iremos atrás de atalhos e refúgios que não nos tornarão satisfeitos. Estaremos inquietos sem Deus. Como disse Agostinho: “o nosso coração não encontra descanso, até que descanse em Ti”. Ou como Matthew Henry em suas últimas palavras, que estão até hoje na lápide de seu túmulo: “uma vida investida em comunhão com Deus é a vida mais prazerosa do mundo inteiro.” É a prioridade dentre os três. Se tivermos intimidade com Deus iremos desejar desempenhar os dois mandatos acima. Sem a doutrina da criação como base para a nossa vida é impossível responder as perguntas: Como tudo começou? Quem somos nós? E qual é o nosso propósito na vida? Deus tem respostas para nós, respostas que podem satisfazer por completo o nosso coração e de toda a humanidade.
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O ser humano é alguém que produz arte no trabalho e na vida comum.
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Recapitulando a Criação 1. Quais são os dois capítulos da Bíblia que nos apresentam o relato da Criação? 2. O mundo foi criado ao acaso ou de forma espontânea? 3. Qual é a relação do que Deus cria entre os dias 1,2 e 3 e dias 4, 5 e 5? 4. Qual é o significado do Sétimo dia? 5. O mundo é uma criação boa ou má? Explique. 6. Quem é o homem? 7. Quais são as três ordens ou mandatos que Deus deu para o ser humano no jardim? 8. Qual é a importância da doutrina da criação para a sua vida? 9. O que significa para você ter sido criado à imagem e semelhança de Deus ? 10. Qual é a relação que você vê entre o ser humano e os demais animais ? Leia Gênesis 1-2.
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Queda: O que deu errado com o mundo? [6] Todos nós sabemos que algo deu de errado com o mundo. “Não era para ser assim” é o sussurro mais sincero da alma humana, pois há tanto sofrimento, dor, perdas e tristezas na vida que a existência do mal não pode ser ignorada. Afinal, o que deu de errado com a criação boa de Deus? Essa é a importância do estudo da Queda. Esta palavra é um sinônimo de pecado. É a expressão que resume a como o ser humano caiu em pecado logo no início da história humana registrada em Gênesis 3.1-22. Leia este relato e entenda melhor a origem do mal e do sofrimento.
1. DE ONDE VEIO MAL E O SOFRIMENTO? Deus fez um acordo com o homem no cap. 2.16-17. Ele ofereceu liberdade total ao homem para desfrutar de toda a criação que ele mesmo tinha feito. A única restrição seria comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, pois se eles a comessem experimentariam a morte. O primeiro casal humano viveu neste estado de liberdade e comunhão com Deus por algum tempo, no entanto, a serpente veio ao jardim para tenta-los. Leia atentamente o cap. 3.1-5 e veja como a proposta da serpente era astuta e fatal. No diálogo da serpente com o casal o diabo propôs três coisas: Dúvida, contradição e indução:
Dúvida: “Ele disse isso mesmo que Deus disse?” Contradição: “Vocês certamente não morrerão!”
Indução: “No dia em que vocês comerem, serão como Deus!” A questão essencial aqui é perceber o que significava comer ou deixar de comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Conhecer o bem e o mal naquele caso significava poder decidir, independente de Deus, o que seria bom e o que seria mal. Em outras palavras, a proposta do diabo era a seguinte: “ Sejam independentes e criem suas 25
próprias leis, vivam do jeito que vocês quiserem, assumam o comando de seu destino e não dependam mais de Deus para viver. ”
A serpente conseguiu enganar o casal. O ato de comer o fruto não foi um gesto passivo ou sem importância – não foi sem querer querendo – eles decidiram conscientemente que deixariam tudo o que Deus criou, a maneira de cuidar da criação, jogariam tudo fora para começar a viver do zero por eles mesmos. Por isso, o pecado é o homem querendo ser o seu próprio Deus. Pecado é o desenho se rebelando contra o Desenhista. O vaso se rebelando contra o Oleiro. A pintura se rebelando contra o Pintor. Por isso, o mal, o pecado, sofrimento e a morte são os frutos da quebra da dependência entre criatura e Criador que aconteceu no Éden com os nossos primeiros pais. Todo o sofrimento que a humanidade experimentou e ainda experimenta através de guerras, fomes, doenças, catástrofes, assaltos, crimes e na morte são consequências diretas do pecado original.
2. TODOS NÓS SOMOS PECADORES? Já ouvi muita gente dizer: “fulano é tão bonzinho, não acho que ele será condenado!” Ou outras pessoas que dizem: “fulano é perfeito, só falta ser crente!” O que é que está por traz dessas frases? Com certeza, uma visão bem “aguada” do impacto que o pecado tem em nossas vidas. O salmo 14.3 é bem claro quando diz que “todos se rebelaram e juntamente se corromperam, não há quem faça o bem, não há nenhum sequer.” Este “todos” inclui crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos. Todos nós fomos infectados pelo vírus do pecado. Talvez você possa dizer: “Conheço pessoas que não são crentes, mas são pessoas maravilhosas, cheias de amor; para elas só falta Jesus.” Eu respondo: conviva mais tempo com essas pessoas “boazinhas” e você verá claramente as marcas do pecado estão em sua vida. Ninguém escapa! Leia também Romanos 3.9-26, 5.12-21. No próprio jardim, o homem, depois do pecado, se torna um grande fugitivo de Deus.
3. QUAIS SÃO OS RESULTADOS PRÁTICOS DA REBELIÃO DO PECADO? Depois de o pecado ser introduzido na vida humana, pelo menos quatro consequências diretas afetaram a vida de toda a humanidade: 1) O ser humano está desconectado de Deus, v.8-10. Todos os seres humanos
carregam em si mesmos o DNA do pecado, isto é, tem o pecado gravado em todas as áreas do seu coração. O homem não busca mais a Deus, pelo contrário, agora foge dele. O homem está morto em seus pecados. 26
2) O ser humano está desconectado dos outros seres humanos, v.7, 11-13, 16 . Todos
os relacionamentos depois do pecado são fragmentados. Não existe paz absoluta. A partir desse momento brigas e guerras são inevitáveis. Viver em sociedade agora é um problema, casamentos são desfeitos, relacionamentos são descartáveis e sem compromisso, há roubo, assassinatos e caos social. 3) O ser humano está desconectado do seu trabalho e distorce a cultura, v.17-19.
Todos os seres humanos para desenvolverem seu trabalho terão que suar bastante. O trabalho agora é fonte de canseira e desgosto. A terra boa foi amaldiçoada por causa do pecado do homem. Até a criação sofre com o pecado humano. A cultura do homem não reflete mais a beleza de Deus. 4) O ser humano está desconectado da própria vida, Gn 5 19. Todos os seres humanos
agora experimentam a realidade da morte física. O salário do pecado é a morte. Esta é a trágica recompensa do pecado da humanidade, o homem estar desconectado da própria vida criada por Deus. Em outras palavras, o pecado do casal não apenas afetou o seu relacionamento com Deus, mas todas as dimensões da vida, a relacional, espiritual, cultural, e individual. O mundo inteiro está em desarmonia e há sofrimento em todas as áreas da vida porque o relacionamento central – com Deus – foi quebrado.
4. O PLANO DE DEUS FOI DESTRUÍDO? Será que o projeto de Deus foi totalmente estragado? O projeto de Deus foi destruído pelo Diabo e pelo ser humano? Não. O pecado e a morte não são a última palavra no livro de Gênesis. Quais são as atitudes de Deus no jardim que nos mostram que Deus não foi pego de surpresa pelo pecado da raça humana? Temos “três pistas de esperança” aqui: 1) Deus promete que um menino vai nascer da mulher e vai destruir a serpente, v. 3.15 2) Deus veste o casal com pele de animais, isto é, alguém morre por eles, v.21 3) Deus expulsa o casal do jardim para que não vivam eternamente em pecado, v.22-23 Olha que coisa extraordinária já em Gênesis 3! Você percebeu que Deus já tinha um plano para nos salvar antes mesmo do nosso pecado?
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Perceba quantas vezes é repetida a expressão “viveu... e morreu.”
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Recapitulando a Queda 1. Você concorda que dentro do coração da humanidade há uma noção geral de que “algo está errado” ou que o mundo e a vida “não eram para ser assim”? 2. Qual é o capítulo da Bíblia que descreve o relato da Queda? 3. De onde veio o mal e o sofrimento que experimentamos? Explique. 4. Quais foram as 3 estratégias de Satanás para seduzirem o primeiro casal à rebelião do pecado? 5. Qual é o significado mais profundo de “comer o fruto da árvore do bem e do mal?” Explique. 6. Defina o que é pecado. 7. Todos nós somos pecadores? Por quê? 8. Quais são as 4 consequências ou “desconexões” geradas pelo pecado original? 9. Deus foi pego de surpresa pela Queda ou tinha já tinha um plano em mente? 10. O que mais te marcou no estudo da Queda?
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Redenção: Como Deus resgata o mundo? [7] Você já ouviu falar em “final feliz?” Com certeza sim. Da mesma forma que a maioria de nós aceita que algo deu errado com o mundo, também acreditamos que de alguma forma “viveremos felizes para sempre.” Foi por isso que a humanidade inventou os heróis, aqueles que aparecem quando tudo está prestes a ser destruído, então, de forma miraculosa, eles restauram a paz mundial. Nossas histórias infantis estão repletas de “... e viveram felizes para sempre”. Dentro de nós há uma sede por salvação. Entretanto, essa redenção não veio através do Homem de Ferro, Batman, Homem Aranha, Thor, Lanterna Verde ou quem quer que seja, veio sim através de Jesus Cristo. No estudo de hoje leremos Colossenses 1.13-23 , para respondermos as seguintes perguntas: 1. Qual é a solução para o mundo? 2. Quem é o Salvador? 3. Como Cristo reverte os efeitos do pecado em nossas vidas?
1. JESUS CRISTO É A SOLUÇÃO PARA O MUNDO CAÍDO EM PECADO, v. 13-14 Neste texto fica claro para nós que Cristo nos libertou do reino das trevas e nos transportou para o reino do seu amor. Esse ato de salvação se chama redenção. Redenção significa literalmente “comprar alguém de volta”. Quando uma nação perdia a guerra para outra, os guerreiros perdedores tornavam-se prisioneiros e escravos dos inimigos vencedores. Como alguém poderia ficar livre desta escravidão? Era possível desde que alguém da própria família da pessoa, que fosse livre, comprasse-o de volta para o seu país. Em outras palavras, para haver libertação essa pessoa tinha que ser 1. Livre; 2. Parente da pessoa; 3. Ter os recursos; 4. Vontade. O que isso tem a ver com Cristo e nós pecadores? Nós estávamos presos e escravizados pelo reino do pecado e pelo Diabo. Não podíamos alcançar a liberdade por nós mesmos. Porém, Jesus Cristo, que é totalmente livre de pecado, nos adotou para Deus Pai pagando o preço dos nossos pecados, por sua própria 29
vontade. O nosso salário era a morte, por isso ele nos comprou de volta morrendo na cruz. Suas feridas ganharam a nossa cura. Sua tristeza, nossa alegria. Sua morte, nossa vida. Chamamos a morte de Cristo por nós de “sacrifício substitutivo”, pois o Salvador nos substituiu na cruz: a morte que era para ser nossa, Deus depositou na conta dele, e a vida que era para ser dele, Deus creditou em nós. Assim, Cristo nos liberta do reino das trevas e nos compra de volta para o reino do seu amor. Isso é Redenção. Ninguém pode ser realmente livre nesta vida sem receber a liberdade de Jesus Cristo.
2. JESUS CRISTO REVERTE TODOS OS EFEITOS DO PECADO EM NOSSAS VIDAS, v. 19-23 Nestes dois versos aprendemos que o nosso Redentor reconciliou todas as coisas da terra e do céu através do seu sangue derramado na cruz. Quais foram as áreas de nossa vida distorcidas pelo pecado? 1. A nossa relação com Deus foi quebrada; 2. Nossa relação com o próximo foi quebrada; 3. Nossa relação com o mundo foi quebrada; 4. Nossa relação com a vida eterna foi quebrada. No entanto, em Cristo, temos novamente acesso a todas estas coisas. 1) Jesus Cristo reconecta o homem com Deus . Agora podemos ter acesso e intimidade
com Deus mais uma vez, pois Cristo rasgou a nossa dívida de pecados na cruz. Deus, agora, nos vê como seus filhos amados. Podemos viver uma vida inteira de prazer na presença de Deus, pois Jesus nos reconecta a rede de amor do nosso Criador. [Rm 5.1, 10-11; 2Co 5.18; Cl 1.22; 1Pe 3.18] 2) Jesus Cristo reconecta o homem com o homem. O homem que vivia em guerra
contra si mesmo agora pode viver em relacionamentos de paz e amor. A barreira que nos separava uns dos outros foi quebrada. Casamentos podem ser restaurados, amizades pode ser refeitas, pais e filhos podem se amar novamente e todos os nossos relacionamentos, agora, podem ser grande fonte de alegria. [Mc 9.50; 1Ts 5.13; 1Jo 1.7, 3.23] 3) Jesus Cristo reconecta o homem com o mundo . Nós não podemos mais pensar que o
trabalho e a nossa cultura ainda são fonte de cansaço e desgosto. Em Cristo o nosso trabalho, profissão, ocupação, a política, a educação, as artes e o nosso lazer podem ser oferecidos para a glória de Deus e para o progresso do mundo. Nós somos chamados por Deus para redimir a nossa cultura. Deus espera que nós utilizemos nossas habilidades para glorifica-lo e fazermos deste mundo um lugar melhor para se viver. [Ef 4.28; 1Co 9.6-10, 10.31; 2Ts 3.10-13] 4) Jesus Cristo reconecta o homem com a vida eterna . Depois do pecado perdemos o
acesso a vida eterna, mas em Cristo esta vida nos foi devolvida novamente. Hoje, por causa 30
do nosso maravilhoso Salvador, nós podemos ter a esperança de vivermos com Cristo por toda a eternidade. Podemos morrer nesta vida, mas temos a certeza de que ressuscitaremos dos mortos no último dia para vivermos com Cristo num novo céu e numa nova terra. Em Cristo alcançaremos vitória contra a morte. [Mt 24.46; Jo 3.14-16, 36, 5.24; Rm 5.21, 6.22; Tt 3.4-7]
3. JÁ ESTAMOS RESTAURADOS, MAS AINDA NÃO TOTALMENTE Então quer dizer que nosso relacionamento com Deus agora é perfeito? Nossos relacionamentos após um encontro com Cristo serão perfeitos? Iremos sempre enxergar o trabalho e a cultura como algo desejável? Não estamos mais sujeitos a morte física? É claro que a resposta é não. A nossa redenção foi inaugurada por Jesus, mas ainda não foi completada. Nós ainda vivemos com a tensão “ redenção v.s. queda ” dentro de nós. Não podemos esquecer que Jesus Cristo já deu o golpe fatal no reino do pecado. Entretanto, não podemos ser otimistas demais em relação a esta vida, pois o pecado ainda está presente em nós. Cristo já nos libertou do domínio do pecado, mas não ainda da presença do pecado. Da mesma forma, nossa intimidade com Deus ainda é defeituosa, nossos relacionamentos ainda são defeituosos, nossa relação com o trabalho e a cultura ainda são defeituosos e todos ainda experimentamos a realidade da morte. Porém, isso não é em nada desanimador para aqueles que esperam em Jesus. Deus já nos concedeu liberdade e esperança para o presente e certamente irá cumprir os seus propósitos futuros. No próximo estudo estudaremos o que acontecerá nos últimos tempos e como Deus irá restaurar todas as coisas.
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Recapitulando a Redenção 1. Você concorda que dentro do coração da humanidade há uma noção geral de que “viveremos felizes para sempre”? Como podemos perceber isso? 2. Qual é o significado da palavra Redenção? 3. O que significa ser transportado do Reino das Trevas para o Reino do Amor do Filho de Deus? 4. Para “comprar de volta” algum prisioneiro-escravo o Libertador daquela época precisaria possuir 4 qualidades. Quais são e como elas se aplicam a pessoa de Jesus? 5. Por que dizemos que o sacrifício de Cristo é substitutivo? Como acontece esta substituição? 6. Quais são as 4 reversões que Cristo faz em relação aos efeitos do pecado original? 7. “Jesus Cristo reconecta o homem com a vida eterna”, aprofunde essa ideia. 8. Complete: “Cristo nos libertou do _____________ do pecado, mas não da ___________ do pecado.” 9. Se nós já fomos redimidos por Cristo, não é possível sermos perfeitos nesta vida? Explique. 10. O que mais te marcou no estudo da Redenção?
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Consumação: Como será o Fim do mundo? [8] Já estudamos como Deus criou o mundo, como ele foi infectado pelo pecado humano e como Cristo reverteu os efeitos cósmicos do pecado através de seu sacrifício na cruz e pela ressurreição. No entanto, ainda há mais coisas por acontecer, a consumação é uma delas. A Bíblia diz que haverá um fim para a vida como a conhecemos. Neste estudo veremos o que acontece com o ser humano após a morte e depois o que irá acontecer na segunda vinda de Jesus Cristo.
1. O QUE ACONTECE DEPOIS DA MORTE? Antes do retorno de Jesus, a Bíblia deixa bem claro o que acontecerá com os crentes e incrédulos no final de suas vidas. Podemos dizer que TODOS os mortos tem o seguinte destino:
1) Os corpos voltam ao pó: Os seus corpos, depois da morte, voltam ao pó e se desintegram. No livro de Gênesis 3.19 o próprio Deus diz para o homem: “No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás.”
2) As almas voltam para Deus: As suas almas não morrem, nem dormem, são imortais e por isso retornam imediatamente para Deus que as deu. Em Eclesiastes 12.7 Salomão nos diz para onde retorna o nosso espírito (alma): “... e o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.” Isso significa que Deus está tanto no céu quanto no
inferno, como veremos a seguir.
3) Os salvos vão para o céu : As almas dos justos são aperfeiçoadas em santidade e irão para o céu onde verão a face de Deus em glória. Jesus deixa bem claro esse ensinamento em Lucas 23.43: “Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no 33
paraíso.” Lucas também ensina isso no livro de Atos 7.59: “E apedrejavam Estêvão, que invocava e dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito!” O apóstolo Paulo igualmente em
Filipenses 1.23: “Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor.” O apóstolo Pedro faz coro com os
demais em 1Pedro 1.3: “Deus nos regenerou para uma viva esperança... para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós.” Contudo, o céu não é o destino final dos salvos, pois apenas a alma está livre da corrupção do pecado. O céu é um lugar de alegria e gozo para a alma dos crentes, porém, é um habitat provisório, eles esperam a ressurreição do corpo.
4) Os perdidos vão para o inferno: As almas dos ímpios são lançadas imediatamente no inferno, em sofrimento e tristeza. Jesus em uma parábola conta o que acontece aos ímpios depois da morte: “Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado. No inferno, estando em tormentos...” Lucas
16.22-23. Não podemos pensar que esse será o final de todas as coisas. Por isso, vamos entender o que acontecerá quando Jesus Cristo retornar para a terra. Da mesma forma que o céu não é o destino final da alma dos salvos, o inferno não é o destino final da alma dos perdidos. Duas ressurreições os esperam: uma para honra, outra para o horror.
2. O QUE ACONTECERÁ QUANDO JESUS RETORNAR? A segunda vinda de Jesus é o acontecimento mais esperado dos cristãos. Cristo voltará da mesma forma que subiu ao céu após a ressurreição (Atos 1.11). Por que esse dia é tão importante para nós? Vários textos dizem que simultaneamente a segunda vinda de Jesus acontecerá a ressurreição dos mortos, o juízo final, condenação e salvação (cf. Mt 25.31-46, 1Ts 5.1-11, 2Ts 2.1-12)
1) Haverá uma ressurreição de mortos: Todos os mortos ressuscitarão com os seus mesmos corpos. Os ímpios serão ressuscitados para a vergonha, os corpos dos crentes serão ressuscitados para a honra e para serem semelhantes ao próprio corpo de Jesus. O apóstolo Paulo ensinou que os crentes terão seu corpo ressuscitado em Romanos 8.23: “Nós... igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo.”
O profeta Daniel escreveu que no último dia haverá a
ressurreição de ímpios e crentes: “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno” (Daniel 12.2). O próprio Jesus
ensinou a respeito da dupla ressurreição: “ Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o
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bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo” (João 5.28-29).
Paulo ensinou que o corpo dos crentes será semelhante ao corpo de Jesus: “Jesus... transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória”
(Filipenses 3.21). O apóstolo João da mesma forma: “Agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é” (1João 3.2).
2) Haverá um juízo final: Cristo julgará o mundo com justiça. O primeiro julgamento será o da Igreja, 1Pedro 4.17. Depois de ser julgada a igreja, ela junto com o Senhor irá julgar os anjos caídos, 1Co 6.3. Depois, todas as pessoas que tiverem vivido sobre a terra em rebelião contra Deus e o Senhor Jesus Cristo serão julgados. Para nós, os que cremos em Cristo, o juízo não nos deve amedrontar, pois em João 3.18 Jesus disse: “quem nele (Jesus) crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” Além de tratar da salvação dos crentes e condenação dos perdidos, o juízo final retribuirá a cada um de acordo com as suas obras. Os salvos de acordo com o que fizeram de bom e os perdidos de acordo com suas maldades. Paulo ensinou o juízo final quando pregava na cidade de Atenas: “[Deus] estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos” (Atos 17.31). Judas, irmão de
Jesus, nos ensina que os anjos caídos também serão julgados: “os anjos que não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio, ele tem guardado sob trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande Dia” (Judas 6).
Jesus ensinou que os crentes que se dedicaram a Cristo na vida presente receberão muito mais na vida futura: “E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe [ou mulher], ou filhos, ou campos, por causa do meu nome, receberá muitas vezes mais e herdará a vida eterna” (Mateus 19.29). Ele também diz que aqueles que
sofreram pelo seu nome receberão grande recompensa, cf. Lucas 6.23. Jesus ensinou que os ímpios serão punidos de acordo com o grau de suas maldades. O sofrimento no inferno é proporcional ao nível de maldade e pecados cometidos na terra. Ele ensina isso claramente Mateus 10.15: “ Em verdade vos digo que menos rigor haverá para Sodoma e Gomorra, no Dia do Juízo, do que para aquela cidade (cidades que rejeitaram o evangelho)”. João no livro de Apocalipse 18.5-6 anuncia juízo dobrado para Babilônia, que
representa todas as cidades que perseguiram os crentes e seduziram as nações com imoralidade sexual. 35
3) Haverá condenação e salvação: Os ímpios e os demônios serão lançados para o inferno para sofrimento eterno, enquanto os crentes serão salvos para viverem com Cristo numa terra restaurada. Apocalipse 19 e 20 nos ensinam que todos os inimigos de Cristo e da Igreja serão condenados ao “lago de fogo”, o lugar onde os ímpios viverão corporalmente em sofrimento junto ao Diabo e demônios. Já os capítulos 21-22 mostram como acontecerá a restauração de todas as coisas e como será a vida e o lugar em que os crentes viverão corporalmente com Cristo eternamente. No próximo estudo veremos com mais detalhes como será esta gloriosa restauração.
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Recapitulando a Consumação 1. Qual é o acontecimento futuro mais esperado pelos cristãos? 2. O que acontece com todos aqueles que morrem? 4 etapas: 3. O céu é o destino final dos crentes? O que acontecerá depois? 4. As almas dos perdidos irão para o inferno após a morte. Este é o destino final deles? 5. Quais são os três momentos principais que acontecerão após o retorno de Cristo? 6. Explique o que acontecerá durante a Ressurreição geral dos mortos? Cite 2 referências bíblicas. 7. Explique o que acontecerá durante o Juízo Final? Cite 2 referências bíblicas. 8. Explique como será a Condenação e Salvação? Cite 2 referências bíblicas. 9. Este estudo te deu medo ou esperança ? Como você explicaria o que sentiu após este capítulo? 10. O que mais te marcou no estudo sobre o fim do mundo?
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Restauração: O que acontecerá com esta criação? [9] É difícil encontrar uma pessoa que não tenha curiosidade em saber como será o fim do mundo. Muitos cientistas são corajosos o suficiente para afirmar que uma grande catástrofe virá do espaço e eliminará a terra para sempre. Outros, afirmam que a terra ainda está em expansão e um dia ficaremos tão afastados do Sol que o mundo terminará completamente congelado. É muito comum também ouvir de alguns crentes que depois da vinda de Jesus, esse mundo mal será destruído para sempre, nossas almas estarão com Cristo no céu com vestes brancas, plenamente santas. Então viveremos juntos como uma só família, andando nas nuvens, tocando nossas harpas com os anjos e adorando a Deus na eternidade para sempre.
1. ESTE PLANETA NO QUAL VIVEMOS SERÁ RESTAURADO POR DEUS No entanto, a Bíblia afirma algo completamente diferente. A Bíblia inteira fala sobre a restauração desta terra. No dia do juízo final, como já vimos, os ímpios e os demônios serão lançados no inferno para sofrimento eterno, enquanto os crentes serão salvos para viverem com Cristo numa terra restaurada. Existe uma quantidade enorme de versos que falam da restauração da terra em toda a Bíblia, a seguir os principais:
1) Atos 3.19-21: “Arrependei-vos... a fim de... que [Deus] envie o Cristo, que já vos foi designado, Jesus, ao qual é necessário que o céu receba até aos tempos da restauração de todas as coisas, de que Deus falou por boca dos seus santos profetas desde a antiguidade”.
Neste texto Pedro anuncia que Cristo será enviado à terra mais uma vez por Deus Pai, e nesta segunda vinda ele irá restaurar todas as coisas criadas. E mais, esta restauração não é uma ideia nova, foi profetizada pelos profetas no Antigo Testamento.
2) Isaías 65.17 : “Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas”. O próprio Deus está falando
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aqui. Ele nos diz hiperbolicamente que após a restauração de todas as coisas nós nem nos lembraremos como era o antigo mundo. É como trocar um carro velho por um carro novo, uma casa velha por uma casa totalmente nova. Isso não significa que não nos lembraremos mais, é que simplesmente não tem comparação!
3) Romanos 8.20-23: “A criação está sujeita à vaidade... por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus... Toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora. E também nós... igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando... a redenção do nosso corpo” . Da mesma forma como nós temos vontade de ter
um corpo livre de enfermidades, cansaço, problemas e morte, a terra anseia o dia em que será livre das maldições a que foi sujeita pela rebelião humana.
4) 2 Pedro 3.13: “Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça ”. A esperança que temos é que após o “derretimento da terra”,
“destruição da terra”, uma terra purificada virá à tona: um novo céu e uma nova terra. Novos não em origem – porque é o mesmo céu e terra – mas em qualidade, totalmente glorificada!
5) Apocalipse 21.1-3: “Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus... Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles”. Quando nós olharmos para o novo céu e a nova terra nem
vamos nos lembrar da antiga terra marcada por terremotos, poluição, desgastes e desarmonias. Deus fará novas todas as coisas. O céu descerá para terra, viveremos com Deus para sempre desta forma. O que todos esses textos nos ensinam? Quando Jesus Cristo retornar para julgar o mundo, nós, os que cremos nele, viveremos para sempre com Cristo com um corpo ressuscitado parecido com o dele, num lugar que é ao mesmo tempo o Céu, e ao mesmo tempo a Terra. Haverá um casamento da dimensão onde Deus hoje habita e do lugar que nós habitamos. Assim, viveremos nesta nova criação com Cristo para sempre.
2. COMO SERÁ A RESTAURAÇÃO DA TERRA? 1. A Terra será queimada, não para ser destruída, mas para ser purificada de suas imperfeições. O fogo na Bíblia nem sempre significa destruição final, mas também purificação. Os lábios do profeta Isaías são purificados por uma brasa! (Is 6.7-8). Zacarias diz que Deus purifica o seu povo como o fogo purifica a prata e o ouro (Zc 13.9). Além destes, 39
vemos na vida comum que o fogo purifica a carne e demais alimentos, purifica a água, objetos de higiene. Em outras palavras, o fogo é instrumento de esterilização, ele tira bactérias daquilo que está infectado. É assim que acontecerá com este mundo. Várias passagens mostram que o fim do mundo – com o fogo – está intimamente ligado ao seu novo começo. Jesus fala a respeito deste fogo em comparação ao que aconteceu com a cidade de Sodoma: “... no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre e destruiu a todos. Assim será no dia em que o Filho do Homem se manifestar” (Lucas 17.29-30). O apóstolo Pedro nos dá mais detalhes sobre esse fogo: “Ora, os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra, têm sido entesourados para fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e destruição dos homens ímpios... os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão. Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça.” 2Pedro 3.7-12.
2. A Terra, depois de ter sido purificada, resplandecerá e estará totalmente nova, ampliada, bela e gloriosa! Deus não desprezará a terra que ele mesmo criou, pelo contrário, ele irá resgatar as suas qualidades originais, destruindo aquilo que está podre e rejuvenescendo aquilo que já era bom. A Igreja espera por um “novo” mundo não “outro” mundo. Um mundo restaurado, não um mundo desconhecido. Além disso, a terra será muito maior do que é atualmente. Esta terra será ampliada para caber todos os crentes que já morreram no passado junto com os crentes que estarão vivos no retorno de Jesus. Nela não faltam portas, muralhas, pedras preciosas, o seu tamanho é quadrangular (Ap 21.16) para nos lembrar que o mundo será o próprio Templo de Deus.
3. Haverá uma harmonia perfeita entre a natureza, plantas, animais, seres humanos e o Criador. O mundo finalmente será totalmente restaurado, nosso relacionamento com Deus será totalmente restaurado, os relacionamentos humanos serão plenamente restaurados, não haverá mais pecado ou morte, os animais viverão em perfeita harmonia e a terra estará cheia das belezas do Deus criador. Na Bíblia existem duas passagens bem claras desta harmonia que haverá na nova terra:
Isaías 11.6-9: “O lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo se deitará junto ao cabrito; o bezerro, o leão novo e o animal cevado andarão juntos, e um pequenino os guiará. A vaca e a ursa pastarão juntas, e as suas crias juntas se deitarão; o leão comerá palha como o boi. A criança de peito brincará sobre a toca da áspide, e o já desmamado meterá a mão na
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cova da serpente. Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar.”
Apocalipse 22.1-5: “Então, me mostrou o rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro. No meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos. Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão, contemplarão a sua face, e na sua fronte está o nome dele. Então, já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos.”
E aí, o que você achou dos dois textos ? Seria bom você reler várias vezes e usar a imaginação para pensar como será viver com Deus numa terra restaurada e sem pecado. Faça isso!
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Recapitulando a Restauração 1. Mencione três visões erradas sobre o que acontecerá com esta terra. 2. Em linhas gerais, o que a Bíblia diz que acontecerá com esta terra? Para responder consulte Atos 3.19-21, Isaías 65.17, Romanos 8.20-23, 2 Pedro 3.13 e Apocalipse 21.1-3. 3. A terra será queimada? Qual é o significado deste fogo que irá queimar a terra? Dê exemplos. 4. Viveremos em outra terra ou nesta mesma terra? Por quê? 5. A nova terra será maior que a primeira? Por quê? 6. Que tipo de harmonia haverá na nova terra? 7. Escreva 5 coisas que você aprende com Isaías 11.6-9 e Apocalipse 22.1-5. Consulte os textos! 8. Você achava que a Bíblia fosse tão clara a respeito deste assunto ? 9. Te dá alegria saber que este pequeno planeta é amado por Deus e também é alvo de salvação? Como devemos trata-lo após saber de tudo isso ? 10. O que mais te marcou no estudo sobre a restauração da criação?
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O que são as Doutrinas da Graça? [10] O que chamamos de cinco pontos do calvinismo é uma forma lógica e didática de entendermos melhor a doutrina da salvação. Na história os 5 pontos recebem geralmente dois apelidos: 1. Doutrinas da Graça – porque os cinco pontos mostram que a salvação é algo realizado totalmente por Deus; 2. TULIP – isso mesmo, tulipa, em português. É uma palavra de cinco letras usada como acróstico ou abreviação dos cinco pontos, veja no gráfico abaixo: T
Total Depravity – Depravação Total
U
Unconditional Election – Eleição Incondicional
L
Limited Atonement – Expiação Limitada
I
Irresistible Grace – Graça Irresistível
P
Perseverance of the Saints – Perseverança dos Santos
Esses cinco pontos foram produzidos por teólogos reformados holandeses no Sínodo de Dort nos anos 1618-1619. Vejamos então o significado de cada um deles:
1. CORRUPÇÃO RADICAL: O ser humano está corrompido pelo pecado e é incapaz de se salvar O primeiro ponto significa que todas as áreas da nossa vida foram afetadas pelo pecado. Estamos socialmente corrompidos, culturalmente corrompidos, mas pior que isso, espiritualmente mortos. Todo o nosso ser, intelecto, emoções e vontade estão corrompidos pelo pecado. Isso não quer dizer que os humanos são todos intensamente iguais em maldade, mas que todos temos a mesma potencialidade para cometer os mesmos pecados. Em algumas pessoas os sintomas afloram mais, em outros menos, porém, todos foram igualmente infectados pelo “vírus” contaminador do pecado. A grande consequência disso é que nós estamos totalmente incapazes de salvar a nós mesmos. Nosso pai Adão era o representante de toda a raça humana, e ele caiu em pecado, 43
por isso, todos nós caímos com ele e fomos afetados pela mesma corrupção. Toda a humanidade herdou a culpa do pecado de Adão e por isso todos somos pecadores. Isso significa que o homem possui uma incapacidade total para restaurar o relacionamento com seu Criador. A consequência disso é que não temos disposição e desejo em nós mesmos para buscarmos a Deus. Estamos espiritualmente mortos em nossos pecados. (Para o 1° ponto leia: Genesis 3; Salmo 14, 51 e 53; Romanos 3; Efésios 2)
2. ELEIÇÃO SOBERANA: Deus soberanamente escolhe pecadores para serem salvos O segundo ponto significa que Deus escolheu certos indivíduos dentre todos os membros decaídos da raça humana para serem salvos da sua corrupção radical. Se fossem deixados à sua própria escolha, os homens jamais buscariam a Deus, pois não temos mais o desejo de ter comunhão com Deus. Assim, teria sido perfeitamente justo para Deus ter deixado todos os homens em seus pecados e miséria e não ter demonstrado misericórdia a quem quer que seja . É neste contexto que a Bíblia apresenta a eleição. Deus escolhe
pecadores por amor. É um amor sem explicação. Ela é soberana porque é iniciativa do próprio Deus, o homem não pode fazer nada para ser eleito, Deus é totalmente livre em escolher e salvar quem ele quiser. Deus poderia ter escolhido salvar todos os homens – pois Ele tinha o poder e a autoridade para fazer isso – ou Ele poderia ter escolhido não salvar ninguém – pois Ele não tem a obrigação de mostrar misericórdia a quem quer que seja –, porém não fez uma coisa nem outra. Ao invés disso, ele escolheu salvar alguns e deixar os demais em seus próprios pecados. Não cabe à criatura questionar a justiça do Criador por não escolher todos para a salvação. Se ele não tivesse escolhido alguns, TODOS seriam definitivamente condenados. (Para o 2° ponto leia: Ef 1; João 6.37-40, 45, 65, 15.16; Romanos 8-9).
3. EXPIAÇÃO DEFINITIVA: Jesus Cristo morreu para salvar exclusivamente os pecadores eleitos Embora Deus tivesse resolvido salvar da condenação um número definido de pecadores, sua santidade e justiça exigiam que o pecado fosse punido. A eleição sozinha não seria suficiente para a salvação deles. Os que foram escolhidos por Deus Pai e dados ao Filho precisavam ser perdoados e terem sua dívida cancelada para serem salvos. Em contra partida, alguém precisava pagar por eles e os eleitos certamente não podem pagar por seus próprios pecados. Só alguém totalmente justo e sem pecado poderia receber esta punição. Por isso, 44
Jesus Cristo, o Filho de Deus feito homem, suportou o castigo merecido pelos pecadores e obteve a salvação para os seus eleitos. Os eleitos, então, são libertos da culpa, do domínio do pecado e da morte eterna como resultado do que Cristo sofreu por eles na cruz. Cristo substituiu os eleitos na cruz: seu direito de viver devido a sua santidade foi creditado a eles e o dever dos eleitos de morrerem devido a seus pecados foi debitado no próprio Cristo. Deus não deixou aos pecadores a decisão se a obra de Cristo será ou não efetiva. Pelo contrário, todos aqueles por quem Cristo morreu serão infalivelmente salvos. O sangue de Jesus não possibilita a salvação, ele realiza a salvação. (Para o 3° ponto leia: Isaías 53.11-12; Mateus 1.21, 20.28; João 10.14-15; Romanos 5.15).
4. GRAÇA IRRESISTÍVEL: O Espírito Santo regenera e atrai irresistivelmente os pecadores eleitos Deus Pai é o responsável pela eleição daqueles que serão salvos. O Deus Filho é responsável por comprar, resgatar e perdoar os eleitos dos seus pecados na cruz. O Deus Espírito Santo é o responsável por regenerar os pecadores eleitos para uma nova vida aqui e agora. O Espírito Santo nunca falha em trazer à salvação aqueles que o Pai escolheu e por quem o Filho morreu. Isso significa que apenas os eleitos conseguirão ouvir o evangelho e arrepender-se dos seus pecados e crer em Cristo. O “não-eleito, não-salvo e não-regenerado” jamais responderá a chamada do evangelho para arrepender-se e crer. Em outras palavras, o Espírito Santo antes, durante ou depois da pregação do Evangelho opera um milagre interno e gracioso no coração do pecador. O Deus Espírito oferece ao pecador eleito um “ouvido” para ouvir Deus falar, “olhos” para o pecador se enxergar perdido e ao mesmo tempo enxergar a maravilhosa graça de Deus, e uma disposição nova em seu coração para em amor escolher o mesmo Deus, que em incomparável amor, primeiro, o escolheu. (Para o 4° ponto leia: Ezequiel 11.19-20, 36.26-27; João 1.12-13, 5.21; Atos 16.14-15; Romanos 8.30).
5. PERSEVERANÇA DOS SANTOS: Deus não permite que os eleitos salvos se percam Os eleitos não são apenas justificados por Cristo e regenerados pelo Espírito; eles são mantidos na fé inabaláveis pelo infinito poder de Deus. Isso não significa que aqueles que já foram regenerados não possam ter momentos de fraqueza espiritual e até mesmo dúvidas pontuais de sua salvação. Significa que todos os que são unidos espiritualmente a Cristo, 45
através da regeneração, estão eternamente seguros em Deus. Sua salvação não pode ser perdida. Nada, nem ninguém os podem separar do eterno e imutável amor de Deus. E aqueles crentes que professam Jesus Cristo com a sua boca e desistem no meio do caminho? Esses não apenas dão provas que “desistiram da graça”, mas que nunca estiveram na graça. Esta perseverança infalível está diretamente ligada à santificação, que é o processo pelo qual o Espírito Santo torna os eleitos cada vez mais semelhantes a Jesus Cristo em tudo o que fazem, pensam e desejam. Por isso, é impossível que qualquer eleito se recuse a buscar a santidade. Todos aqueles que foram eleitos, salvos em Cristo e regenerados pelo Espírito amam a Deus e desejam conformar suas vidas com a vida de Jesus Cristo. (Para o 5° ponto leia: Romanos 8; Filipenses 1; Hebreus 7.25, 10.14; 1Pedro 1.5). Essas são as ricas doutrinas da graça que nossos irmãos holandeses nos deixaram por herança. Que possamos entende-las e desfrutar do consolo que o Salvador nos dá a partir de cada uma delas.
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Recapitulando as Doutrinas da Graça 1. Por que associamos tais doutrinas com a flor TULIP? 2. Quando e por quem estas doutrinas foram oficialmente desenvolvidas? 3. O que é a Corrupção Radical? 4. O que é a Eleição Soberana? 5. O que é a Expiação Definitiva? 6. O que é a Graça Irresistível? 7. O que é a Perseverança dos Santos? 8. Que tipo de consolo estas doutrinas trazem para a sua vida ? 9. Você percebeu o trabalho da Trindade em cada Doutrina da Graça ? 10. O que mais te marcou no estudo sobre as Doutrinas da Graça ?
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O que é a Igreja? [11] Qual a primeira coisa que te vem à mente quando você ouve a palavra igreja? A igreja em muitos lugares tem vivido uma crise de identidade. Alguns confundem igreja com prédios e grandes monumentos. Outros enxergam a igreja como um mero clube de amigos. Ainda tem aqueles que imaginam a igreja como um convênio médico gratuito e imediato, e a pior comparação de todas: a igreja como um trampolim para a prosperidade financeira. Será que é isso que a Bíblia diz ser a igreja? As Escrituras dizem que a igreja é o corpo de Cristo (1Co 12.27), a noiva de Cristo (Ef 5.22-32), o edifício de Deus, templo do Espírito, santuário de Deus (1Co 3.16), família de Deus (Ef 2.19). O que estas imagens nos ensinam sobre o significado da igreja? Simples, igreja é o povo de Deus. É o povo eleito por Deus Pai para a salvação em Jesus Cristo, atraído a ele pelo Espírito Santo e pela pregação do evangelho. Uma das formas de entendermos melhor que tipo de povo é a Igreja é através de suas marcas.
QUAIS SÃO AS MARCAS DA IGREJA? 1. A Igreja é adoradora A verdadeira igreja de Jesus é adoradora em sua natureza. É impossível fazer parte da Igreja de Jesus e não ser um adorador (Rm 12.1). A igreja não é apenas uma reunião de amigos, é uma comunidade de adoradores (Jo 4.23-24). Tudo o que a Igreja é ou faz é uma forma de adorar e glorificar a Deus. Por esta causa, o culto é algo que determina o “DNA” da Igreja. Além de adorar a Deus em todo o tempo e lugar, o culto público é de suprema importância para a Igreja, pois é nele que nos conectamos com a Igreja Universal de Cristo espalhada pela terra (Hb 10.25). É através do culto público que nós simbolizamos a reunião cósmica do povo de Deus adorando a Cristo no novo céu e nova terra. Fora o culto, outra forma de viver um estilo de vida em adoração é pela constante vida de oração e reflexão nas Escrituras. A Igreja é o povo de Deus que vive em seus joelhos e alimenta a mente das palavras da Trindade. São estas duas disciplinas aliadas com a graça de Deus que tornam a Igreja santa. Toda igreja local deve buscar uma vivência de adoração saudável. Uma igreja que não é adoradora não pode ser identificada como Igreja. 48
2. A Igreja é proclamadora A verdadeira Igreja de Jesus é proclamadora e ensinadora em sua natureza. Outra coisa que está no “DNA” da Igreja de Cristo é o ensino das Escrituras. Nós somos o povo do livro, por isso, somos o povo que ensina e prega o livro para os “de dentro” e para os ‘de fora”. Ensinar a Bíblia significa proclamar quem é Deus, quem é Cristo, quem é ser humano, o que é a vida, o que é a morte, o que é bom, o que é mal. A Igreja Primitiva perseverava “na doutrina dos apóstolos” (At 2.42). A tarefa pedagógica da Igreja deve ser desenvolvida dentro e fora do culto. Novamente na antiga igreja vemos essa marca de forma clara: “E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo.” (At 5.42). Da mesma forma, toda igreja local deve buscar profundidade no fiel ensino das Escrituras para que todos nós sejamos apresentados maduros no Dia de Cristo (2Co 11.1-2). E nenhuma Igreja pode ser realmente Igreja sem a marca do ensino e pregação da palavra.
3. A Igreja é uma família A verdadeira Igreja de Jesus é uma irmandade em sua natureza. A Igreja é o corpo de Cristo e a família de Deus. Essas duas imagens representam o caráter relacional e interdependente do povo de Deus. Muito mais do que amigos uns dos outros, somos uns dos outros, membros do mesmo corpo, irmãos atraídos pelo mesmo sangue. Por esta razão, o povo de Deus deve se amar com o mesmo amor que Cristo nos amou. Isso implica em praticar hospitalidade, (Rm 12.13) multiplicar alegrias e dividir tristezas (Rm 12.15), fazer refeições em conjunto (At 2.46) e resolver os conflitos uns dos outros (1Co 6.3-7). Viver como irmãos desta forma é uma consequência de chamarmos o mesmo Deus de Pai. Esse tipo de relacionamento deve também por natureza erradicar a necessidade dos necessitados de uma comunidade local. Na igreja primitiva os crentes vendiam suas propriedades e bens para que ninguém da igreja passasse necessidade, At 2.45. Pelas razões até aqui vistas, concluímos que é impossível ser Igreja, povo de Deus, e não participar de uma comunidade local. Da mesma forma que é impossível ter um Pai em comum e não viver em família.
4. A Igreja é serva A verdadeira Igreja de Jesus é serva em sua natureza. Note as palavras do apóstolo Pedro sobre serviço: “Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de 49
Deus; se alguém serve, faça-o na força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado” (1Pe 4.10-11). Serviço faz parte do “DNA” da Igreja porque Deus nos dá dons ao entrarmos para a família da fé. Precisamos servir uns aos outros, como um corpo bem ajustado, cada um suprindo uma necessidade com aquilo que foi capacitado por Deus para fazer. Além do serviço comunitário, a Igreja tem a tarefa de servir o mundo. A Igreja é o sal da terra, o elemento que impede a putrefação do mundo. Além de sal, somos a luz do mundo, através das nossas boas obras o mundo abrirá os olhos e glorificará a Deus, Mt 5.13-16.
5. A Igreja é missionária A verdadeira Igreja de Jesus é missionária em sua natureza. A tarefa que Jesus deu para a Igreja é fazer discípulos dele em todas as nações e ensina-los a viver de acordo com as suas palavras. Por isso, é impossível ser Igreja e não ter um “DNA” missionário. Na Igreja todos os crentes são essencialmente missionários, não apenas os pastores, missionários transculturais, evangelistas ou presbíteros. Todos nós somos capacitados pelo Espírito Santo a fazer novos discípulos para Jesus. Outra coisa indispensável é o entendimento que cada perdido é um “campo missionário”. Não precisamos necessariamente sair de nosso bairro, cidade, ou país para encontrarmos pessoas perdidas, elas estão em toda parte – obviamente existem povos menos alcançados que outros. Todas as pessoas que ainda não conhecem o Salvador são alvo da nossa ação. De certa forma, tudo o que a Igreja faz é para que, em última análise, novos discípulos sejam formados. Que a nossa oração seja: “Deus, que enquanto nós te adorarmos, os perdidos sejam tocados para te adorar também; enquanto ensinarmos, os incrédulos queiram aprender e viver; enquanto nos amarmos como irmãos, os de fora queiram entrar para a nossa família; enquanto servirmos, eles glorifiquem a ti e sirvam conosco; e enquanto anunciarmos o evangelho salvador, seus corações sejam atraídos para um encontro contigo.” Toda igreja local deve orientar o foco de suas ações para a glória de Deus e para o resgate de seres humanos perdidos.
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Recapitulando O que é a Igreja? 1. Neste estudo apresentamos 4 visões erradas sobre a Igreja, mencione 3 delas. 2. Cite três imagens ou figuras que a Bíblia utiliza para ilustrar o significado da Igreja. 3. Por que a Igreja é Adoradora? 4. Por que a Igreja é Proclamadora? 5. Por que a Igreja é uma Família? 6. Por que a Igreja é Serva? 7. Por que a Igreja é Missionária? 8. Você mudou sua visão sobre o que é a Igreja, por quê ? 9. O que mais te marcou no estudo sobre O que é a Igreja? 10. Qual a diferença que a Igreja de Jesus já fez na sua vida até agora ?
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O que é o Batismo e a Ceia do Senhor? [12] A Igreja é uma comunidade que foi fundada por Jesus (Mateus 16.18). Ninguém tem autoridade para dizer o que a Igreja deve ou não deve fazer a não ser o próprio Cristo. E Jesus nos deu duas cerimônias para celebrar: o Batismo e a Ceia. Estas duas festas representam a essência do que Deus em Cristo fez em nossas vidas. Para entender melhor o que é o Batismo e a Ceia, leia as seguintes referências: Mateus 28.19; Lucas 22.14-20; Romanos 6.4-11; Colossenses 2.11-15; 1 Coríntios 11.17-33. A igreja primitiva batizava e partia o pão. Essas duas cerimônias, ritos, foram nomeadas pela Igreja cristã de “Sacramentos”. A maioria de nós sabe que as igrejas protestantes têm dois sacramentos, porém, muitos de nós temos dificuldade de discernir, desvendar o que é um sacramento.
1. O QUE É UM SACRAMENTO? A palavra sacramento significa “ordenança”. Isto é, são as ordenanças que Jesus deixou para a sua Igreja. Um sacramento é uma cerimônia que simboliza a ação de Deus na vida do crente. Ou seja, todo sacramento celebra simbolicamente o que Deus fez verdadeiramente na vida do salvo. Os sacramentos dados por Jesus simbolizam duas realidades espirituais, ações que Deus operou dentro de nós: 1. A regeneração (Batismo); 2. Manutenção da fé (Ceia). No batismo celebramos que alguém nasceu de novo (no caso dos adultos), na Ceia celebramos que o mesmo Espírito que nos regenerou tem sustentado a nossa vida com o corpo e o sangue de Jesus Cristo. Vamos explicar melhor:
1º sacramento: Batismo O batismo é a cerimônia de “entrada” ou “iniciação” de alguém na Igreja (cf. Mateus 28.19). Todos aqueles que ouviram e receberam a Jesus devem ser batizados, pois o batismo é o símbolo visível (água, símbolo do Espírito Santo) da ação invisível (regeneração) de Deus 52
no seu povo. Quando alguém é batizado nós reconhecemos, simbolicamente, através da água, que Deus regenerou aquela pessoa, de fato e de verdade. No sacramento existe o elemento natural e o elemento espiritual. O natural aqui é a água (símbolo), o espiritual é o que aconteceu antes da cerimônia, isto é, a ação de Deus na regeneração. As igrejas reformadas também batizam crianças, quando são filhas(os) dos crentes, por quê? No Antigo Testamento as crianças dos crentes eram consideradas herdeiras da promessa feita a seus pais, e por isso, recebiam a circuncisão. (cf. Gênesis caps., 12, 15 e principalmente o cap. 17). Esse ritual simbolizava que a criança também estava incluída na aliança com Deus. Porém, no Novo Testamento a ordenança da circuncisão é substituída pelo batismo (Colossenses 2.11). Por isso, na nova aliança as crianças continuam incluídas na aliança de Deus (cf. Atos 2.39), porém, não mais através da circuncisão, mas pelo batismo. Embora haja aliança de Deus com os filhos dos crentes, o batismo infantil não significa que todo filho de pais crentes são consequentemente salvos, pois a verdadeira descendência não ocorre por consanguinidade, mas pela herança da fé. Veja como Paulo explica isso em Romanos 4!
2º sacramento: Ceia do Senhor Se o batismo é o sacramento de iniciação, a Ceia é o sacramento de “manutenção”. É a maneira pela qual a memória e a força do sacrifício de Cristo ficam sempre vivas no coração dos cristãos. E isso é feito através de dois elementos: O pão e o vinho (ou derivados). O pão é o símbolo direto do Corpo partido de Jesus por nós na cruz, o vinho é o símbolo direto do sangue de Jesus, derramado por nós, capaz de nos perdoar de todos os pecados. Esses dois símbolos: pão e vinho, representam que a nossa vida com Deus depende sempre da mediação de Jesus. Por isso, também, a Ceia é uma festa e não deve ser celebrada como um ofício fúnebre. Cristo morreu, mas Ele permanece vivo!
2. DISTINÇÕES SÃO NECESSÁRIAS: Não faça confusão! Nem o batismo, muito menos a Ceia do Senhor tem o poder para SALVAR. Eles não têm poder em si mesmos, antes, são SÍMBOLOS do poder de Deus que já operou dentro de nós. Não esqueça essa definição: “sacramento é o elemento visível da ação invisível de Deus no seu povo.” Existem muitas outras coisas que poderíamos dizer sobre o Batismo e Ceia, mas que não poderemos explorar neste único estudo. Para um estudo mais aprofundado vale a 53
pena recorrer às Teologias Sistemáticas – a apresentação de todas as doutrinas cristãs em ordem lógica.20
EXEMPLO: Batismo e ceia na igreja católica apostólica romana (ICAR) Diferente das igrejas protestantes os cristãos católicos ensinam 7 sacramentos em vez de apenas 2, são eles: 1. Batismo, 2. Confissão, 3. Eucaristia, 4. Crisma, 5. Casamento, 6. Ordenação e 7. Extrema-Unção. Existem muitas diferenças que não poderemos abordar aqui sobre este assunto. Porém, em relação ao Batismo e a Ceia, as principais diferenças são as seguintes:
IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA BATISMO Tem poder e efeito de salvação [ ex opere operatu 21] É uma repetição do sacrifício de Cristo e pão e o vinho mudam CEIA DO SENHOR de substância transformando-se no corpo e sangue real de Cristo BATISMO CEIA DO SENHOR
IGREJAS PROTESTANTES É um selo e símbolo na vida daqueles que já foram salvos É uma cerimônia memorial do sacrifício de Cristo e o pão e o vinho continuam iguais em substância e simbolizam a ação sobrenatural do Espírito Santo em nossas vidas.
Quando entendemos o real significado dos dois sacramentos bíblicos, concluímos que é impossível pertencer a Igreja e não celebrá-los! Não faz sentido desejar Cristo e não desejar o batismo e a Ceia do Senhor. Os dois sacramentos são meios visíveis que Deus nos abençoa invisivelmente pelo seu Espírito Santo.
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Vale a pena adquirir a de Louis Berkhof. Teologia Sistemática. São Paulo: Cultura Cristã.
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Do latim: “tem poder de salvação.”
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Recapitulando o Batismo e a Ceia 1. O que é um Sacramento? 2. O Batismo e a Ceia tem base bíblica? Quais? 3. Qual é o significado do Batismo? 4. O que é o Batismo Infantil? Por que ele é praticado nas Igrejas Reformadas? 5. Qual é a diferença do Batismo na visão protestante e católica romana? 6. O que é a Ceia do Senhor? 7. Qual é a diferença da Ceia na visão protestante e católica romana? 8. Essas diferenças geram algum problema na prática ? Por quê? 9. Por que os sacramentos são importantes para a nossa vida? 10. Você tem desejo de participar desses elementos ?
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O que significa ser uma Igreja Reformada? [13] Você já se perguntou como surgiu a Igreja Presbiteriana ? Uma das coisas mais importantes para qualquer grupo de pessoas é ter uma consciência clara da sua identidade e objetivos. A identidade tem a ver com as raízes, a história, os fundamentos, as características que nos diferem dos demais. Para termos uma noção básica a respeito da tradição reformada da qual fazemos parte, analisaremos dois dos nossos nomes: reformado e presbiteriano .
1. SOMOS CRISTÃOS REFORMADOS O movimento reformado é o ramo do protestantismo que surgiu na Suíça do século dezesseis, tendo como líderes originais Ulrico Zuínglio, em Zurique, e especialmente João Calvino, em Genebra. Nós damos maior importância para Calvino do que para Zwinglio ou Lutero pois ele foi o responsável por organizar didaticamente as ideias da Reforma Protestante como nenhum outro. Através de seus comentários bíblicos e de seu livro mais conhecido, Instituições da Religião Cristã, Calvino foi mais longe do que todos os seus antecessores. É interessante que a grande marca dos reformados no mundo até hoje é a sua maneira de pensar e ser Igreja no mundo a partir da Bíblia. Basicamente a grande diferença no pensamento dos cristãos reformados é a firme convicção na soberania de Deus. Ser um cristão reformado é olhar a vida com as lentes do controle total de Deus sobre todas as coisas. Deus não é apenas soberano na salvação, mas na política, no trabalho, na família, nos relacionamentos e em cada detalhe dos acontecimentos da história. Além disso, a Igreja reformada existe em todos os continentes e sempre se caracteriza aonde chega pela desejo de estudar as Escrituras e viver para a glória de Deus no mundo. Boa parte do desenvolvimento religioso, político, social e econômico do Ocidente foi moldado 56
pela visão de cristãos envolvidos em todas as áreas do saber humano. Na época da reforma protestante os cristãos desenvolveram 5 pilares da fé reformada:
1. Sola Scriptura: somente a Escritura pode moldar nossa visão sobre Deus e normatizar nossa vivencia no mundo;
2. Sola fide: somente a fé em Cristo é capaz de nos aproximar de Deus; o nosso esforço pessoal ou boas obras não podem comprar nem contribuir para a nossa salvação;
3. Solo Christus: somente Cristo é suficiente para nos salvar do pecado, da morte e do juízo de Deus, pois ele é o nosso substituto que morreu na cruz. Nem a Igreja, Maria, santos ou qualquer outra pessoa pode mediar nossa relação com Deus, apenas Cristo é a ponte que nos leva para os braços do Pai;
4. Sola Gratia: somente a graça de Deus sendo dada como um presente pode salvar o ser humano de sua perdição. Não há iniciativa no próprio homem para se salvar; se Deus não fosse até nós, estaríamos para sempre perdidos;
5. Soli Deo gloria: somente a Deus devemos toda a glória, pois ele é bom e amoroso. Toda respiração, pensamento, atitude e desejo devem ser elevados para glorificar o nome de Deus e de Cristo.
2. SOMOS CRISTÃOS PRESBITERIANOS O termo presbiteriano foi adotado pelos reformados nas Ilhas Britânicas (Escócia, Inglaterra e Irlanda). Os reis ingleses e escoceses preferiam o sistema episcopal, ou seja, uma igreja governada por bispos e arcebispos, o que permitia um maior controle da Igreja pelo Estado. Já o sistema presbiteriano, isto é, o governo da igreja por presbíteros eleitos pela comunidade e reunidos em concílios, significava um governo mais democrático e autônomo em relação aos governantes civis. Das Ilhas Britânicas, o presbiterianismo foi para os Estados Unidos e dali para muitas partes do mundo, inclusive o Brasil. A Igreja Presbiteriana chegou ao Brasil através de um missionário norte-americano chamado Ashbel Green Simmonton em 1859 e é uma das igrejas evangélicas mais antigas do país. Simmonton foi pastor na cidade do Rio de Janeiro e dali, a igreja se espalhou pelo Brasil inteiro. Hoje em dia a região que recebe mais influência da igreja é o sudeste brasileiro. Outra coisa importante sobre a Igreja Presbiteriana é a sua forma de enxergar as Escrituras. Pelo fato de a Bíblia não ser um livro de doutrinas sistematizadas, os presbiterianos sentiram necessidade de elaborar um grupo de doutrinas essenciais a partir dela; esse documento se chama Confissão de Fé de Westminster. Ela foi elaborada por 151 teólogos de várias Igrejas Evangélicas, reunidos na Abadia de Westminster, em Londres, na 57
Inglaterra, de julho de 1643 a fevereiro de 1649. Além da confissão existem também os catecismos, que é a confissão da nossa fé em forma de perguntas e respostas. Todos esses documentos foram preparados em espírito de oração e profunda submissão ao ensino das Escrituras. Em linhas gerais, ser reformado tem mais a ver com a nossa forma de pensar e viver, já ser presbiteriano tem a ver com a nossa maneira de ser Igreja. Nós defendemos o sistema de governo representativo, isso significa que a liderança de uma igreja local sempre estará na mão de um Conselho e não de um Presidente. Isso assegura a igreja de ser governada por pessoas isoladas e cair em opressão e personalismo. Precisamos conhecer a nossa história. Somos reformados, nossa igreja interpreta a vida a partir dos olhos da Soberania de Deus. Somos presbiterianos, acreditamos que a liderança da igreja de Cristo é constituída de presbíteros. Embora devamos valorizar a nossa herança, jamais podemos nos tornar exclusivistas, lembrando que o corpo de Cristo é maior que o movimento ao qual estamos ligados.
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Recapitulando a Igreja Reformada 1. Como surgiu a Igreja Presbiteriana? 2. Quem foi João Calvino? 3. Como a Igreja Presbiteriana chegou ao Brasil? 4. Quais são os padrões de doutrina da IPB? 5. Como funciona o governo da Igreja Presbiteriana? 6. O que significa para você ser um cristão Reformado? 7. O que significa para você ser um Presbiteriano? 8. Qual é a coisa mais marcante que você pode perceber até agora na Igreja Presbiteriana ? 9. Somos exclusivamente a denominação verdadeira? Explique. 10. O que você percebe de diferença da Igreja Presbiteriana e outras igrejas aqui no Brasil ?
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Como me envolver com a Igreja Local? [Final] Depois de estudarmos tudo o que estudamos é hora de apresentar um pouco da dimensão prática da fé cristã. Escolhemos cinco aspectos que são essenciais na vida de qualquer cristão verdadeiro que almeja a maturidade na fé.
1. SANTIDADE A partir de agora, como cristão, você deve buscar num nível máximo expressar seu amor a Deus e seu desejo por ele através de dois exercícios espirituais: 1. Oração; 2. Meditação nas Escrituras. Uma vez perguntaram para A.W. Tozer o que era mais importante, orar ou ler a Bíblia? Ele respondeu: “O que é mais importante para um pássaro, a asa da direita ou a asa da esquerda?” Nós somos como aves, se as nossas duas asas não estiverem funcionando bem jamais voaremos alto com Deus. Oração é o meio de comunicação que temos para falarmos com Deus. Meditar nas Escrituras é o meio que Deus utiliza para falar conosco. É através dessas duas disciplinas espirituais que o nosso caráter dia a dia será moldado conforme o caráter de Jesus Cristo. Você se compromete a viver uma vida santa? Por quê?
2. SERVIÇO É hora de pensar quais são os dons que Deus te deu para servi-lo no mundo e na Igreja. Todos nós ao recebermos Jesus, recebemos por tabela um ou mais dons espirituais. Todo dom é útil para servir a Deus e edificar o seu povo. Quais são os dons que Deus tem de dado para servir a Deus na igreja? Quais são os dons que Deus te deu para servi-lo no mundo? Quais são as necessidades que você percebeu em nossa igreja? O que você pode fazer para saná-las? 60
Você se compromete a servir a Deus, a Igreja e o mundo? Por quê?
3. INVESTIMENTO Outra coisa muito importante para todo cristão verdadeiro é o seu investimento pessoal na obra de Deus. Nós podemos fazer isso de várias formas, seja com o nosso tempo, trabalho, em causas sociais e humanitárias. No entanto, há uma coisa que a palavra de Deus nos orienta: contribuir financeiramente na Igreja local que frequentamos. Contribuir financeiramente com a igreja local é o investimento mais estratégico para o crescimento do povo de Deus no mundo. Existem dois níveis de contribuição, o primeiro chamamos de Dízimo, o segundo chamamos de Oferta. O Dízimo é a décima parte daquilo que alcançamos com o nosso trabalho e, então, oferecemos para o trabalho missionário da igreja local. Ele é importante para a manutenção fixa estrutural da igreja (pagamento de contas prediais, obreiros, pastores e funcionários), socorro material dos crentes pobres, auxílio material dos necessitados da comunidade e para a igreja avançar em seu desafio de pregar o evangelho a todas as pessoas do mundo. As ofertas são contribuições voluntárias de acordo com aquilo que cada um propôs em seu coração. Elas geralmente são alçadas para propósitos específicos como reformas, causas não previstas e urgentes, missionários e outras coisas. Você se compromete a sustentar a igreja local? Por quê?
4. RELACIONAMENTOS Enquanto cristãos precisamos desenvolver um bom relacionamento com todas as pessoas. Não devemos nos cansar de promover e incentivar relacionamentos de amor. No ambiente comunitário é nosso dever fazermos amizades espirituais que nos deem crescimento espiritual, que nos ajudem a rir e chorar diante das circunstâncias da vida. Somos um corpo, e por isso, totalmente interdependentes. Precisamos estar em comunhão com a nossa Igreja, com, o povo de Deus. Ações como participar de um grupo pequeno, frequentar os cultos, programações de acordo com a sua faixa etária são maneiras de viver numa atmosfera relacional. Você se compromete a viver com comunhão com a Igreja? Por quê?
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