J. M. MOTA CARDOSO
DIRECÇÃO DE OBRA
AECOPS A 5SOC1AÇÃO DE E M P R E S A S DÊ CONSTRUÇÃO C5'" ; -:- PÚBL CAS E S E R V I COS
J. M. MOTA CARDOSO
DIRECÇÃO DE OBRA > ORGANIZAÇÃO E CONTROLO > 3a Edição
Biblioteca AECOPS N°1 l Lisboa 2007
Título DIRECÇÃO DE OBRA (3a Edição) Organização e Controlo Autor J.M. Mota Cardoso
AECOPS - Associação de Empresas de Construção. Obras Públicas e Serviços Design e maquetização Área Tripla Design e Publicidade, Lda Execução gráfica Clássica Artes Gráficas ISBN: 978-972-8197-13-1 Depósito Legal: 269710/08 Tiragem : 5 000 exemplares
ÍNDICE ///////////////y
Pág. Nota à 3a Edição Prefácio à 2a Edição Prefácio à 1a Edição
5 7 11
INTRODUÇÃO Nota Prévia Objectivo Tipo de Obra Exemplificativa
15 15 16
DOCUMENTAÇÃO BÁSICA Projecto Orçamento Planeamento Mapa de Produção Codificação
19 31 37 39
ORGANIZAÇÃO DO ESTALEIRO Generalidades Mão de Obra Materiais Máquinas Subempreitadas Meios de Apoio e instalações Fixas Serviços a Instalar
47 47 66 86 101 101 118
CONTROLO DOS CUSTOS Recolha dos Elementos Distribuição dos Elementos Valorização dos Elementos Comparação de Custos
121 121 126 129
EXEMPLOS SUBSIDIÁRIOS Exemplo l Exemplo 2
133 140
NOTA A 3A EDIÇÃO Esgotadas há vários anos as duas anteriores edições do livro "Direcção de Obra — Organização e Controlo", da autoria do Eng° JoséManuel Mota Cardoso, tomou a AECOPS conhecimento de que esta obra continua a circular profusamente, em volumes policopiados, em diversos estabelecimentos de ensino superior portugueses, sendo indicada como bibliografia recomendada em várias cadeiras dos cursos de Engenharia Civil. Na verdade, se bem que a maior parte das empresas de construção recorra já actualmente aferramentas informáticas especialmente desenvolvidas para gestão de obras, o certo é que a utilização competente de tais programas pressupõe o conhecimento das realidades que lhe estão subjacentes. E é disso que trata este livro. Por tal motivo, de acordo com o respectivo Autor e tendo consciência de que se trata de um trabalho publicado originalmente em 1985, ou seja, há mais de 20 anos, decidiu a AECOPS editar esta terceira edição do livro "Direcção de Obra — Organização e Controlo", do Eng°Mota Cardoso.
PREFACIO A 2A EDIÇÃO
Torna-se desnecessário realçar o elevado interesse da obra elaborada pelo Eng° J. M. Mota Cardoso. A necessidade de fazer uma nova edição é o melhor realce. Trata-se, com efeito, de uma publicação de base no domínio da "Gestão de Obras", que constitui j á uma referência obrigatória no meio da construção no nosso país, neste domínio do conhecimento. O livro é de leitura obrigatória quer para quadros superiores e médios de empresas de construção e gestores de empreendimentos, quer para os alunos das escolas superiores de engenharia, a nível de graduação e de pós-graduação. O interesse do tema da "Gestão de Obras" é manifesto. Este tema, que se integra no domínio da "Gestão da Construção", poderá ser susceptível de abordagem segundo duas vias: - como área componente da "Gestão da Empresa de Construção", coincidindo ou fazendo parte da "Gestão da Produção"; - como capítulo da "Gestão do Empreendimento", de acordo com a subdivisão clássica deste em fases (Concepção, Projecto, Execução da Obra e Utilização). A publicação que se apresenta é importante como suporte de qualquer das duas abordagens. O interesse do texto, em termos de utilidade, poderá ser observado em correspondência directa com as duas vias atrás referidas: - no primeiro caso, contribuindo para a melhoria da produtividade e da organização das empresas de construção, através da melhoria do funcionamento da função e do aperfeiçoamento da inter-relação desta com as várias outras funções da empresa; - no segundo caso, permitindo a melhoria da relação economia/qualidade das obras, através da racionalização da execução desta e da influência exercida a montante, obrigando à elaboração de orçamentos e de projectos de comunicação à obra adequados e devidamente pormenorizados. Explicitando atrás, deforma breve, o interesse do tema e do livro, apontam-se a seguir alguns pontos relativos ao enquadramento da matéria tratada. A Gestão das Obras inclui, para além da gestão dos objectivos ou indicadores globais estabelecidos para menção das obras, e de funções ou procedimentos
integrados diversos (planeamento e controlo, gestão do risco, gestão de contratos, gestão de recursos humanos e outros), inclui, fundamentalmente, 3 funções componentes de base: - a Gestão dos Prazos ou Tempos; - a Gestão dos Custos e/ou Recursos; - a Gestão da Qualidade. O livro do Eng° Mota Cardoso não só trata de modo cabal, e de uma forma simples e natural, as duas primeiras funções, como, implicitamente, ao exigir uma gestão técnica eficiente, abre caminho a uma implantação posterior da gestão da qualidade. Saliente-se ainda, como aspecto importante, que o texto abrange todos os níveis da Gestão da Obra: - a Gestão Estratégica; - a Gestão Táctica; - a Gestão Operacional. Estes níveis são sobretudo tratados através de prodecimentos de planeamento e de controlo, utilizando não só os conceitos teóricos como, sobretudo, um vasto conjunto de diagramas, mapas e fichas. Refira-se também que, ainda que o livro tenha optado por um certo modelo de Direcção ou Gestão de Obra, tal facto não o limita - poderão, com efeito serem feitas as adaptações necessárias para modelos diferentes, mais ou menos complexos de uma forma fácil. O Autor trata, ainda, a ligação da Gestão da Obra à organização do estaleiro e refere, deforma breve e natural, as ligações às diferentes funções da empresa envolventes - orçamentação, aprovisionamentos, "stocks" e outros. E de salientar, finalmente, que embora não seja referida a questão da informatização, o estudo das matérias do texto é essencial para quem utilize, como hoje é corrente, "software" de gestão de obras. Os múltiplos "packages" existentes actualmente no mercado baseiam-se, todos eles, em maior ou menor grau, na teoria e prática expostas. Apresentado o interesse do tema, e avaliado, deforma geral, o conteúdo da obra, é de salientar que o Autor é uma das poucas personalidades da prática da construção que aliam, ao mesmo tempo, uma experiência conseguida em
várias empresas e numerosas obras, e de uma elevada capacidade pedagógica e interesse pela divulgação dos conhecimentos e experiência adquiridos. Nos últimos anos o Autor tem exercido, em suplemento da sua intensa actividade prática, alguma actividade pedagógica, muito apreciada, através da realização de Seminários e Palestras no âmbito do Curso de Mestrado e Construção "Tecnologia e Economia de edifícios", e de cursos de pós-graduação em "Economia e Tecnologia de Construção", no Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa. Finalmente, fazem-se votos para que este texto possa contribuir para o aparecimento breve de um conjunto de outros textos sobre temas que nele são, implícita ou explicitamente, referidos: - contabilidade analítica e controlo de custos; - ligação do orçamento ao planeamento de obras; - organização de estaleiros (para diferentes tipos de dimensões das obras e das empresas); - segurança e saúde nos estaleiros (em ligação com a Directiva da CEE em preparação); - gestão económico-financeira de empreitadas; - gestão de empresas de construção (para diferentes tipos e dimensões das empresas). Artur A. Alves Bezelga Professor do Instituto Superior Técnico
PREFACIO A1 A EDIÇÃO
O grande interesse do assunto tratado pelo Eng. J. M. Mota Cardoso e a pobreza da bibliografia em língua portuguesa sobre a matéria, justificam sobejamente a publicação do trabalho de muito mérito que temos a honra de apresentar. A pobreza da bibliografia em língua portuguesa, quer sobre problemas de gestão geral, quer relativa à gestão dos estaleiros da construção, é facto de que qualquer estudioso facilmente se poderá dar conta. E acontece ainda que, nas escolas superiores de engenharia, ao assunto não é dado o desenvolvimento que seria de desejar. Como justificação desta afirmação bastará referir que na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, do plano de estudos do curso de engenharia civil, desta área de conhecimentos unicamente f azem parte duas disciplinas semestrais, Organização e Gestão, obrigatória, e Processos de Construção, de opção livre. No que respeita à importância do assunto, duas vertentes principais podem ser consideradas, a relativa à economia, por um lado, e a relativa à penosidade do trabalho, incluída a sinistralidade, por outro. Quanto à economia no campo das estruturas da engenharia civil, aceita-se hoje, pacificamente que, das três origens donde podem resultar reduções de custos, a saber, materiais, projecto e processos construtivos, só esta última pode ser, ainda, fonte de economias significativas. As melhorias de qualidade dos materiais estruturais têm sido, efectivamente, muito lentas e materiais novos aparecem raramente. Em relação à lentidão do processo de melhoria de qualidade dos materiais, note-se, por exemplo, que ofabrico de aço a baixo custo data de 1856 (convertidor de Bessemer) e o fabrico de cimento de qualidade de 1824-25 (data das patentes de J. Aspdin para o fabrico de cimento portland) e que desde então, os melhoramentos verificados têm sido fundamentalmente de pormenor. Relativamente a materiais novos, nos últimos cento e cinquenta anos unicamente há a registar o betão armado, que deu origem a uma verdadeira revolução no campo das estruturas de engenharia civil. A ideia de associar ao betão fios, barras ou varões de ferro e aço, com o objectivo de obter um material com novas características, data efectivamente, de meados do século passado, (barco de Lambot -1849); primeira patente de Monierpara tubos, vasos e depósitos -1867);
e a ideia de utilizar armaduras activas (betão pré-esforçado), embora sem sucesso nas primeiras tentativas, é contemporânea do rodar do século (Doering -1888; Koessen -1907). Relativamente às economias ligadas à melhoria de projecto, verificaram-se progressos muito importantes no período que vai do fim do século passado até tempos recentes. Neste momento admite-se, porém, que serão muito reduzidas as economias que com esta origem poderão ser ainda obtidas. Não deixa de ser sintomático verificar, a este respeito, o facto de as atenções de grande número de investigadores ligados às estruturas se terem dirigido, de ha alguns anos a esta parte, para problemas de segurança e, mais recentemente, para problemas de fiabilidade. É, pois, nos processos construtivos que economias significativas poderão ainda ser obtidas, quer directamente através da escolha, em cada caso, do método mais adequado à execução da obra, quer indirectamente através do aumento de produtividade. No que se refere às condições de trabalho, facilmente se pode compreender que a conveniente organização e gestão dos estaleiros, além de conduzir a uma redução substancial da sinistralidade, tem incidência muito positiva sobre a penosidade do trabalho em geral. Justificado o interesse da obra, façamos a seguir uma breve referência ao seu conteúdo. Trata-se duma obra eminentemente prática, recheada de exemplos de aplicação, modelos de fichas e mapas para variados fins, plantas de instalações de diversas naturezas, etc., mas em que há sempre uma justificação cuidada, embora por vezes curta, de todas as operações. Deste bem conseguido equilíbrio resulta ser esta publicação útil, quer para técnicos deformação média, quer para técnicos deformação superior. A apresentação das matérias tratadas é feita pelo autor em ligação com o caso concreto duma obra realizada, o que tem a indiscutível vantagem de facilitar o seguimento do texto que, em abstraio, seria em muitos casos árido. Além da introdução e dos exemplos finais, o trabalho reparte-se por três grandes capítulos dedicados, sucessivamente, à documentação básica, à organização do estaleiro e ao controlo dos custos. Nestes três capítulos são tratadas, com desenvolvimento adequado, as diferentes matérias. Em particular no capítulo relativo à organização do estaleiro é dado relevo aos problemas da mão-de-obra, dos materiais e das máquinas.
12
Um assunto que, por sair do âmbito do trabalho, não é expressamente tratado, é o que diz respeito às relações com a fiscalização e, em particular, ao pagamento dos trabalhos da empreitada. Não queremos, no entanto, deixar de aproveitar a oportunidade para fazer uma chamada de atenção para as vantagens que poderiam resultar dofacto de serem os elementos referentes à produção elaborados de modo a poderem servir de base, nas empreitadas em regime de medição, à liquidação dos trabalhos. Conhecidas as dificuldades e as demoras que, neste tipo de empreitadas, habitualmente se verificam no pagamento dos trabalhos, e os prejuízos que, particularmente em períodos inflacionários, dai resultam para os construtores, parece que valia a pena fazer um esforço no sentido de se poder aproveitar, da gestão do adjudicatário, o que para o efeito pudesse ser útil. A. DE CAMPOS E MATOS Prof. Catedrático da Fac. de Engenharia da U. P.
13
l - INTRODUÇÃO
1.1 - NOTA PREVIA O presente trabalho resulta de uma reflexão crítica sobre conhecimentos recolhidos e aplicados ao longo de alguns anos, os quais, naturalmente, foram complementados com o estudo e análise de bibliografia disponível. Sem pretensões de natureza científica, está orientado, no essencial, com um objectivo eminentemente prático.
1.2. - OBJECTIVO O responsável pela execução de uma obra de construção terá de dispor de meios que lhe permitam realizar e controlar rapidamente e de forma eficaz a produção prevista para determinado momento. Daí a importância de que se reveste o estudo da organização e controlo de estaleiros, os quais devem ser entendidos como "o conjunto de pessoas, de materiais, de máquinas e equipamentos, de instalações e de serviços, organizados e estruturados deforma a permitir a concretização do projecto com elevado nível técnico, em termos de economia, de racionalidade de processos, de prazo e de segurança". O dimensionamento correcto dos meios relativamente ao número de unidades a executar em cada actividade, assume, assim, carácter de extrema importância; a comparação, no decurso da obra, através de processos simples e rápidos, entre os custos orçamentalmente previstos e os reais, constitui o processo mais adequado de controlo e análise de resultados, já que se traduz no aferímetro único da justeza do dimensionamento e funcionamento do estaleiro. Só assim poderão ser corrigidas e ultrapassadas, no momento oportuno, dificuldades e deficiências surgidas, evitando-se não só os resultados negativos e incumprimento de prazos - consequentemente o encarecimento da obra - mas permitindo também a percepção da viabilidade, tantas vezes possível, de melhorar um resultado positivo. 15
Por outro lado, a obtenção dos custos reais, estudados com pormenor no decurso das obras, permite às empresas possuir elementos de valor extraordinário para o estudo de novos empreendimentos, o que é tanto mais importante quanto é certo que a indústria da construção tem uma natureza bem distinta das outras, especialmente na perspectiva das variações, em termos de custos, a que os materiais e a mão de obra estão sujeitos. Uma vigilância apertada e rigorosa dos resultados económicos, ou seja dum controlo de previsões, metódico e eficaz, nomeadamente de custos, constitui o complemento obrigatório de todo o processo. O principal objectivo deste trabalho é, precisamente, propor soluções simples que, depois de meditadas e se consideradas oportunas, permitam ao técnico a sua implementação para conseguir dar satisfação ao enunciado mas sem interferir com estruturas internas da empresa muitas vezes enraizada em métodos pouco evoluídos. 1.3 - TIPO DE OBRA EXEMPLIFICATIVA Para uma melhor esquematização, vamos imaginar uma obra do tipo daquela que a empresa Construções Técnicas, S.A.R.L., tem vindo a projectar e construir no Porto de Leixões, embora, para facilidade de exposição, a simplifiquemos em alguns aspectos nomeadamente na sua dimensão e complexidade. Consideremos, então, uma obra já adjudicada, que foi entregue a um responsável para a preparar e executar e que, na sua essência (Ver página 17) se resume a um troço de cais de uma doca, estruturalmente projectada em dois módulos iguais, cada um com quatro pórticos transversais, em que os pilares são estacas de grande diâmetro, sendo as duas de trás inclinadas formando cavalete e a frontal vertical, ligadas superiormente por duas vigas de secção rectangular de betão armado uma de coroamento outra de tardoz. As travessas dos pórticos estão também em parte travadas por vigotas préfabricadas que servem de apoio aos terraplenos superiores. No tardoz da viga longitudinal de coroamento apoia-se uma cortina de estacas prancha metálicas que irá suportar os terrenos de tardoz depois de escavados segundo um determinado talude conveniente e sobre os quais apoiarão enrocamentos de protecção dispostos também em taludes convenientes. No pé do paramento será executada uma dragagem.
16
PLANTA
CORTE A-B
CORTE C-D
'//////////////// Fig. 1 - Planta e cortes da obra exemplificativa
17
\X
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V5 ;*>
II - DOCUMENTAÇÃO BÁSICA
2.1 - PROJECTO E ORÇAMENTO 2.1.1 - Dos documentos básicos à realização de uma obra salientam-se o projecto e o orçamento; há que, portanto, adaptar estes convenientemente às necessidades daquela. Consideramos que adaptar o projecto à obra é, para além da óbvia eliminação de dúvidas, erros e omissões, decompô-lo nos seus diferentes aspectos escritos e desenhados, definindo fases e métodos de execução, preparando desenhos distintos de fabricação e colocação (de cofragens e de armaduras, por exemplo), desenhando pormenores de execução, enfim, é prepará-lo por forma a que fique perfeitamente legível e adequado às responsabilidades e conhecimentos de quem vai executar os diferentes trabalhos de gabinete e de campo. E também medir ou rectificar as quantidades de trabalho a executar de cada tarefa e elaborar memória daqueles aspectos escritos que sejam particulares, específicos, pouco usuais ou desconhecidos. Adaptar um orçamento à obra e transformá-lo naquilo a que chamamos tipo ideal de orçamento e que não é mais do que aquele que resulta numa perfeita divisão das actividades a executar e a controlar, e em que os custos previstos dessas actividades estão convenientemente demarcados em, pelo menos, Mão de Obra, Materiais, Máquinas e Subempreitadas. Esta divisão é importante, já que sob o ponto de vista de execução e de controlo, as obras estão divididas em unidades de produção, com resultados distintos, cada uma das quais tem de ser vigiada como se de trabalhos independentes se tratassem. 2.1.2 - Assim, e para o exemplo da obra atrás referida, vamos admitir que, depois do estudo pormenorizado sob o ponto de vista de projecto e de 19
M O
Obr 3 N.°
X
Folha N.°
MAPA ORÇAMENTAL ADAPTADO
1
Mês ACTIVIDADES
MÃO-DE-OBRA
MATERIAIS
MÁQUINAS
SUBEMPREIT.
TOTAIS
Quant. DESIGNAÇÃO
N° 1
ESCAV. P. PLAT. TRABALHO
D
2500
Total
Unitário 0,85
€
Unitário
Total
Unitário
Total
2.125,00€
Unitário 3,00 €
Total 7. 500, 00 €
Unitário
Total
3,85€
9.625,00 €
2
EXEC. ESTACAS MOLD, TERRENO
2.1
FURACÃO E REMOÇÃO
84,00 €
67. 200, 00 €
23,50 €
18, 800, 00 €
146,50 €
117. 200, 00 €
254,00 €
203.200,00 €
2.2
EXECUÇÃO DE ARMADURAS
60
t
342,72 €
20. 563, 20 €
1. 626,40 €
97.704,00 €
3,40 €
204,00 €
1.974, 52 €
11 8.471 ,20 €
2.3
TRANSPORTE DE ARMADURAS
60
t
47,04 €
2.822,40 €
2,10€
126, 00 €
8,40 €
504,00 €
57,54€
3.452740 €
2.4
COLOCAÇÃO DE ARMADURAS
60
t
16,80€
1. 008,00 €
0,43 €
25,80€
3,00 €
180,00 €
20,23€
1.213,80 €
2.5
FABRICO DE BETÃO
800
23,52€
18.816,00 €
72,50€
58. 000, 00 €
8,40 €
6.720,00 €
1 04,42 €
83.536,00 €
2.6
TRANSPORTE DE BETÃO
800
m3
40,32 €
32.256, 00 €
1,00 €
800,00 €
4,20 €
3. 360, 00 €
45,52€
36.416, 00 €
2.7
COLOCAÇÃO DE BETÃO
800
m3
51,10€
40.880,00€
o.eoe
480, 00€
11,36 €
9.080,00€
63,05€
50.440,00 €
1,70 e
10.200, 00 €
0,20€
1. 200,00 €
0,20 €
1.200, 00 €
2,10€
12. 600,00 €
27,44 €
32.928,00 €
800
3
ESCAV. P. EXECUT. SUPERESTRUT.
6.000
m3
4
CRAVAÇÃO DE ESTACAS PRANCHA
1200
m2
13,44€
16.128,00 €
2,00 €
2, 400, 00 €
12, 00 €
14.400,00 €
5
PREP. DE CAB. ESTACAS B, ARM.
36
un
1.024, 80 €
36.892,80 €
72,36€
2.604, 96 €
221, 00 €
7.956,00 €
6
BETÃO DE LIMPEZA
6.1
FABRICO
50
ma
3,36€
1 68,00 €
40,00€
2.000,00 €
1,20 €
60,00 €
44,56 €
6,2
TRANSPORTE
50
m3
1,70 €
85,00 €
0,106
5,00€
0,10€
5,00 €
1,90 €
95,00 €
50
m3
10,00€
500 €
0,20 €
10,00€
0,20€
10,00 €
10,40€
520,00 €
126.734,40 €
6.3
COLOCAÇÃO
1 .318,16 €
47.453,76 €
2.228,00 €
7
ARMADURAS NASUPERESTRUT.
7.1
CORTE E MOLDAGEM
60
t
477,12 €
28.627,20 €
1.628,40 €
97.704,00 €
6,72 €
403,20 €
2.112,24 €
7.2
TRANSPORTE
60
t
218,40 €
13.104, 00 €
3,00 €
180,00€
7,22 €
433,20 €
228.62 €
13.717,20 €
7.3
MONTAGEM
60
1.176,00 €
70.560,00 €
14,00 €
840,00 €
2,00 €
120,00 €
1. 192,00 €
71. 520, 00 €
8
COFRAGEM EM SUPERESTRUT
8.1
EXECUÇÃO
8.2
MONTAGEM E DESMONTAGEM
Subtotais a transportar
700
m2
67,20 €
47.040,00 €
16,00 €
11. 200,00 €
1,00€
700, 00 €
84,20€
58. 940, 00 €
2.100
m2
57,1 2 €
119.952,00 €
0,60 €
1. 260,00 €
3,10€
6. 510, 00 €
60,82€
127. 722, 00 €
528. 927, 60 €
295. 339, 76 €
169.045,40 €
7. 500, 00 €
1.000. 812, 76 €
Obra N.° Mês
x
Folha N.°
MAPA ORÇAMENTAL ADAPTADO ACTIVIDADES
MAO-DE-OBRA Quanl.
B =>
DESIGNAÇÃO
N°
Unitário
Total 528. 927, 60 €
Subtotais transportados f. 1 9
BETÃO EM SUPERESTRUTURA
9.1
FORNECIMENTO
1700
m3
9.2
COLOCAÇÃO
1700
m3
68,14 €
10
VIGOTAS PRÉ FABRICADAS
MÁQUINAS
MATERIAIS Unitário
Total
Unitário
295.339, 76 €
SUBEMPREIT.
Total
Unitário
169.045,40 €
79,20 €
134. 640, 00 €
115.838, 00 €
6,03 €
10.251,00€
30.60 €
52.020,00 €
Total
2
TOTAIS Unitário
7. 500, 00 €
Total 1.000. 812, 7 6 €
79,20€
134.640,00 €
1 04,77 €
178.1 09,00 €
10.1
PREPARAÇÃO ESTALEIRO
1
un
6.814,00 €
6. 814,00 €
288, 00 €
288,00 €
360,00 €
360, 00 €
7.462,00 €
7.462, 00€
10.2
EXECUÇÃO DE COFRAGEM
50
m2
68,14 €
3.407,00 €
14,20€
710, ooe
1,00€
50,00€
83,34€
4. 167, 00 €
10.3
CORTE E MOLDAGEM ARMADURAS
15
7.156,80€
1,628,70€
24.430, 50€
7,20€
108, 00€
2. 113, 02 €
31. 695,30 €
1D.4
MONTAGEM DE ARMADURAS
16
14,00€
210,00€
7,20 €
108,00€
1. 197,20 €
17. 958,00 €
477,12€ t m2"
1.176,00€
1 7.640, 00€
10.5
COFRAGEM (MONTAG. E DESMONT,}
20,16 €
30. 240, 00 €
0,60€
900, 00 €
20,76€
31.140,00€
10.6
FABRICO DE BETÃO
195
23,52 €
4. 586, 40 €
64,80€
12.636, 00 €
9,00 €
1. 755,00 €
97,32 €
1 8.977,40 €
10.7
TRANSPORTE DE BETÃO
195
10.08€
1.965, 60 €
0,80 €
156,00€
4,50 €
877, 50 €
15,38 €
2. 999, 10 €
10,6
COLOCAÇÃO DÊ BETÃO
195
68,14€
13. 287, 30 €
1,00€
195, 00 €
1,80€
351, 00 €
70,94€
13.833, 30 €
10.9
ARRUMAÇÃO DE VIGOTAS ESTALEI.
276
23,52€
6.491, 52 €
2, oo e
552, 00 €
4.50 €
1.242, 00 €
30,02 €
8. 285, 52 €
10.10
TRANSP. VIGOTAS P. APLICAÇÃO
276
10,08€
2, 782, 08 €
0,60€
165, 60 €
1,804
496, 80 €
12,48€
3.444,48 €
10.11
POSICIONAMENTO DE VIGOTAS
276
un
15,12*
4.173,12 €
1,00€
276,00 í
5,40 €
1. 490,40 €
21,52€
5. 939, 52 €
11
ESCAV. INTERIOR ESTAC. PRANCHA
6.000
m3
4,03€
24. 180, 00 €
0,80€
4.800,00 €
3,60 €
21. 600,00 €
15,43 €
92, 580, 00 €
12
COLOCAÇÃO ENROCAMENTO
3.000
t
11,76 €
35.280.00 €
38,20 €
114,600,00€
0,20€
600, 00 €
50,16€
1 50.480,00 €
13
ATERRO FINAL
3.000
m3
8, oo e
24. 000,00 €
8,00 €
24.000,00 €
14
DRAGAGEM
10,000
m'
3,80€
38, 000, 00 €
3,80€
38.000,00 €
15
ACABAMENTO
1
un
34. 500, 00 €
34. 500, 00 €
TOTAL DE CUSTOS DIRECTOS
1.500
m:t
33,600,00 €
33.600,00 €
836.369,42 €
900, 00 €
600. 149,86 €
7,00 €
42. 000, 00 €
900,00 €
251.004,10 €
111.500,00€
1. 799.023,38 €
execução, o responsávei já trabalhou o orçamento por forma a que no início do trabalho aquele se encontre dentro do esquema ideal, ou seja: — Esteja elaborado um mapa orçamental com todas as actividades perfeitamente definidas, bem assim como as respectivas quantidades e custos unitários; estes deverão cncontrar-se subdivididos em Mão de Obra, Materiais, Máquinas e Subempreitadas (ver página 32 ). - Este mapa fornece todas as informações sobre os custos directos, isto é, sobre "aqueles gastos e consumos que podem ser claramente aplicados a uma actividade por ser possível uma determinação real, em quantidade e valorização, de consumo de materiais, de trabalho de mão de obra e de maquinaria". — Os custos indirectos, isto é, "aqueles que não se podem levar a uma só actividade por faltar a determinação precisa da parte consumida ou empregue em cada trabalho", estejam claramente diferenciados dos anteriores e convenientemente divididos em: a) Encargos com o Estaleiro b) Conservação de Equipamento, c) Gastos gerais da Obra d) Serviços administrativos da Obra e) Serviços técnicos cada um dos quais ainda convenientemente subdivididos, por exemplo da forma indicada na páginas 23 a 26. Para tanto, contudo, é necessário ficar o projecto devidamente conhecido e convenientemente esclarecido, com todos os seus elementos elaborados de tal forma que constituam meios de consulta precisos e claros, sem omissões ou incompatibilidades, e coerente para que modificações e ou alterações não apareçam durante a execução dos trabalhos; e, para a execução, escalonar e definir as diferentes fases de trabalho (esquematizadas nos desenhos das páginas 27 a 31), fases de trabalho estas consideradas principais e que serão, por sua vez, objecto de estudo a fim de se escalonar e definir também as diferentes sub-fases. 2.1.3 - A necessidade deste trabalhar do orçamento resulta do facto de o enviado à obra pelos Serviços Centrais de Orçamentação da empresa não estar, na generalidade dos casos, adequado, porquanto: 22
Obra n.° X 1 - ENCARGOS COM O ESTALEIRO Per odo (Meses)
Saláro (Médio)
Totais (Pardas
Geral
10
€
€
Designação
Total
1 - Condução dos Trabalhos Encarregados de
Arvorados/Chefe de Equipa
Estacas
2
€
€
Cofragens
5
€
€
Armaduras
5
€
€
Escavações
8
€
€ €
2 - Manobradores n/ Incluídos no fabrico
De
Tractor Normal
8
€
€
Grua Fuchs 301
8
€
€ €
3 - Diversos 8
€
€
Guardas
3x8
€
€
Descargas e Arr jmações
2x8
€
€
Ferramenteiros
€ €
A Transportar
Obra n.° X ENCARGOS COM O ESTALEIRO Mão de Obra
Designação Transporte
Materiais
Sub Máquinas Empreitadas
€
4 - Máquinas não inc. no Fabrico
€
5 - Ferramentas
€
6 - Mont. e Desm. De Máquinas
Total
€
€
€
€
€
7 - Instalações Inst. Sanitárias
€
€
€
Escritórios
€
€
€
Armazém Camaratas
€
€
€
€
€
€
Rede água, elect. e telef.
€
€
€
8 - EPI (Equip. Prot. Indiv.) Vestimenta de trabalho
Total Total Geral
€
€
€
€
€
a€
b€
c€
d€
A€
'//////////////// Mapa n° 2 - Custos Indirectos: Encargos com o Estaleiro 23
Obra n.° X
2 - CONSERVAÇÃO DO EQUIPAMENTO Designação
Mão de Obra
Chefe de Oficina 1x8 MesesxC
€
Mecânicos 1x8 Mesesx€
€
Serralheiros 1x8 Mesesx€
€
Soldador 1x8 Mesesx€
€
Electricistas 1x8 MesesxC
€
Materiais
Máquinas
Total
Materiais e Acessórios €
Equipamento de Oficina €
Total Geral
a1 €
b1 €
c1€
A1€
X/////////////// Mapa n° 3 - Custos Indirectos Conservação do Equipamento
ou, muito simplesmente e no caso extremo, indica que para realizar a obra se prevê gastar X milhares de euros, não separando sequer os custos directos dos indirectos; ou afirma que prevê gastar X milhares de euros em mão de obra, Y em materiais, Z em máquinas e um outro valor em subempreitadas; ou apresenta as actividades um pouco mais divididas, como Escavações, Cofragens, Armaduras, Betão e Despesas Gerais, mas sem distinguir, por exemplo dentro da rubrica Armaduras, o Fornecimento, Corte e Moldagem, do Transporte para o local de montagem e da sua Montagem, ou, dentro das Despesas Gerais, as suas importantes subdivisões; ou, para cada actividade, apresenta um custo global, não diferenciando a mão de obra dos materiais, das máquinas e das subempreitadas; tal impediria, desde logo, a elaboração de quaisquer cargas previsionais em consonância com o orçamento e o estudo prévio realizado pelo responsável correria o risco da subjectividade e da sua maior ou menor experiência, dado não possuir meios comparativos orçamentados. 24
Obra n.° X 3 - GASTOS GERAIS DA OBRA Designação
Parciais
1 - Correio/Fax/Telefone
Totais €
2 - Encargos das Instalações lluminação/AVAC
€
Limpeza/Conservação
€
3 - Expediente de Escrit. e Material de Desenho 4 - Seguros
€ €
De Viatura Da Obra De Equipamento
€
€
5 - Despesas com ensaios De Betão
€
De Material
€
De
€ a2€
A2€
Total Geral '//////////////// Mapa n° 4 - Custos Indirectos: Gastos Gerais
4 - SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS DA OBRA
Obra n.° X
Período
Salário Médio
Chefe de Serviços
8
e
€
Escriturários
8
€
€
Dactilógrafos
8
€
€
Apontadores
3x8
€
€
8
€
€
Designação
Fiel de Armazém
Totais Parciais
Totais
A3€
Total Geral '//////////////// Mapa n° 5 - Custos Indirectos: Serviços Administrativos 25
Obra n.° X
5 - SERVIÇOS TÉCNICOS Período
Salário Médio
Transp. Desloc.
0,5x10
€
€
€
Técnico de Obra
10
€
€
€
Técnico de Desenho
6
€
€
€
Técnico de Topografia
8
€
€
€
Técnico de Segurança
8
€
€
€
Designação
Totais Parciais
Totais
Pessoal Permanente Engenheiro
A4€
Total Geral ////////////////
Ma P a n° 6
" Custos Indirectos: Serviços Técnicos
Por outro lado, será de toda a importância que, se por exemplo na actividade Betão, se constatar a existência de desvios em determinado elemento de custo, se possa saber se eles provêm do Fabrico, do Transporte para o local de aplicação ou da Colocação, para desse conhecimento se poder actuar racional e convenientemente. Da mesma forma, é necessário conhecer a previsão dos Custos Indirectos e, durante a obra, quais os que estão a sofrer desvios relativamente ao inicialmente previsto e porquê. Por fim o técnico, ao proceder a este estudo, detecta possíveis erros de orçamentação ficando para eles imediatamente alertado. 2.1.4 - Daqui que insistamos na adaptação do orçamento. Veja-se, para o exemplo que vimos apresentando, a diferença entre o orçamento inicial e o adaptado, nas páginas 32 e 20 respectivamente. Enquanto, por exemplo, no primeiro a actividade "Vigotas pré-fabricadas" apresenta custos englobando as diferentes sub-actividades, no segundo está já convenientemente subdividida em 11 tarefas distintas, cada uma delas apresentando as suas previsões orçamentais próprias. 26
//////////////// Fig.
'///////////////,
2
" l a Fase de Execução: Escavação para plataforma de trabalho
Fig. 3 - 2a Fase de Execução: Estacas moldadas no terreno
27
'//////////////// Fig. 4 - 3a Fase de Execução: Escavação para execução de superestrutura
'//////////X///// f ig. 5 - 4a Fase de Execução: Cravação de estacas prancha 28
'//////////////// Fig. 6 - 5a Fase de Execução: Superestrutura
'////////////////
FÍ 9- 7
• 6a Fase de Execução: Escavação interior e dragagem exterior
29
'//////////////// Fig. 8 - 7a Fase de Execução: Colocação de enrocamento
'//////////////// FÍQ- 9 - 8a Fase de Execução: Colocação de vigotas 30
'//////////////// Fig. 10 - 9a Fase de Execução: Aterro e dragagem finais
2.2 - PLANEAMENTO 2.2.1 - Necessariamente que todo o orçamento é elaborado com base num programa de trabalhos. Poderemos então afirmar que o plano de trabalhos é também um documento básico à execução da obra e ao seu controlo. Na realidade o planeamento do trabalho, isto é, o definir a ordem e a forma como se vai executar e em que tempo, constitui uma das principais preocupações de um responsável por uma obra, para evitar interrupções, repetições, custos agravados e outras deficiências; daí o ser-lhe indispensável proceder a um estudo metódico, organizado e aprofundado aos pormenores na procura de soluções que, adoptadas, conduzam a uma execução racional dos diferentes trabalhos. O programa que deu origem, em grande parte, ao orçamento inicial, deverá também, por conseguinte, ser convenientemente estruturado, de tal forma a que, de fácil e rápida análise, se possa dele retirar dados importantes à gestão do estaleiro e à concretização da obra. Interessa que o plano de trabalhos esteja detalhado nas mesmas actividades consideradas no orçamento ideal, nos mostre as interligações entre as diversas actividades, a duração destas, e nos permita, em qualquer momento, saber se determinada ou determinadas actividades estão a ser realizadas no momento oportuno e programado. 31
co
M
Obra N.° Mês
x
ACTIVIDADES Quant. DESIGNAÇÃO
N°
Folha N.°
MAPA ORÇAMENTAL
1
ESCAV. P. PLAT. TRABALHO
2
1
MÃO-DE-OBRA
MÁQUINAS
MATERIAIS
Total
Unitário
Unitário
Total
Unitário
TOTAIS
SUBEMPREIT.
Total
Unitário
Total
Total
3,85€
9. 625,00 €
1 69,70 €
0,00 €
2.410,71 €
0,20 €
1. 200,00 €
2,10€
12.600,00 €
2.400,00 €
12,00 €
14.400,00 €
27,44€
32.928,00 €
72,36€
2.604,96 €
221 ,00 €
7.956,00 €
1.318,16€
47.453,76 €
3,36€
168,00€
40,00 €
2.000, 00 €
1,20 €
0,006
44,56 €
0,00€
477, 12 €
28.627, 20 €
1. 628,40 €
97. 704,00 €
6,72€
126. 331 ,20 €
7, 579.872,00 €
m2
0,00 e
0,00€
0,00 €
0,00 €
0,00 €
0,00€
0,00 €
0,00 €
m3
0,00 €
0,00 e
0,00 €n
0,00€
0,00 €
0,00 €
0,00 €
0,00 €
0,00€
8, 680, 68 €
91. 588,62 €
2.014,10€
40. 077,50 €
395,20 €
0,00 €
11. 089,98 €
4,03 €
24.1 80,00 €
0,80 €
4,800,00 €
3,60 €
21. 600,00 €
15,43€
92. 580, 00 €
11,76 e
35280,00 €
38,20 €
114.600,00 €
0,20 €
600,00 e
50,16 €
150.480,00 €
2500
m3
0.85€
2.125,00€
EXEC. ESTACAS MOLD. TERRENO
800
ml
0,00
€
514, 08 €
110.409, 60 €
1.726,936
174.655,80 €
3
ESCAV. P. EXECUT. SUPERESTRUT.
6000
m3
1,70€
10, 200,00 €
0,20€
1. 200,00 €
4
CRAVAÇÃO DE ESTACAS PRANCHA
1200
m2
13,44€
16.128, 00 €
2,00 €
5
PREP. DE CAB. ESTACAS B. ARM.
36
un
1. 024,80 €
36. 892, 80 €
6
BETÃO DE LIMPEZA
50
m3
7
ARMADURAS NA SUPERESTRUT.
60
t
8
COFRAGEM EM SUPERESTRUT.
2,100
9
BETÃO EM SUPERESTRUT.
1700
10
VIGOTAS PRÉ FABRICADAS
276
11
ESCAV. INTERIOR ESTAC, PRANCHA
6.000
m3
12
COLOCAÇÃO ENROCAMENTO
3.000
t
13
ATERRO FINAL
3.000
14
DRAGAGEM
15
ACABAMENTO
0,00
€
3,00 €
7. 500,00 €
Unitário
•o
S"
TOTAIS CUSTOS DIRECTOS
10.000
m3
1
un
33, 600,00 €
33.600,00 €
168.061,04 €
900,00 €
131.014,39€
7,00 e
42. 000, 00 €
8,00 €
24, 000, 00 €
8,00 €
24. 000, 00 €
3,80 €
38. 000,00 €
3,80 €
38, 000, 00 €
34. 500, 00 €
34. 500, 00 €
900,00 €
47.228,826
111. 500,00 €
8.035.584,01 €
Além disso, o plano de trabalhos deve permitir dar uma resposta imediata a outras questões que surgam na mente do responsável pela obra e que fazem parte integrante das suas preocupações, nomeadamente: - que materiais devem adquirir-se, em que quantidade e em que datas? — quais e quantos operários e máquinas são necessários nas diferentes fases de execução? — quais as quantidades de trabalho que devem ser realizadas por um operário, equipa ou máquina durante um dia ou vários dias? - que outros recursos de ordem técnica e administrativa deverá mobilizar e quando, para a realização do trabalho? - quais as actividades que só podem iniciar-se depois da conclusão das precedentes? - quais as actividades que se podem iniciar simultaneamente com a execução de outras e, exactamente, em que fase destas se poderão processar? — quais as folgas de início ou de conclusão das diversas actividades tendo em vista o cumprimento dos prazos contractuais? — qual o momento em que as instalações, as obras acessórias ou os acabamentos poderão ou deverão ser iniciados? — qual o dimensionamento a dar a essas instalações e obras? — qual o calendário de cargas de mão de obra e maquinaria? — quais os serviços a montar? — qual o calendário de custos? - qual o cronograma financeiro? - qual o plano de recebimentos?
33
(t) Q.
ro
rn ;D
Consideramos que a execução da obra e o seu controlo deve acompanhar o planeamento dos trabalhos nos diversos aspectos acima focados, pelo que deve ser profundamente escalpelizada por forma a permitir a elaboração correcta e sensata dum plano de trabalhos que responda às necessidades enunciadas. Para tal não poderemos também perder de vista a data de início da obra, já que, sendo a indústria de construção profundamente influenciada pelo estado do tempo, o planeamento será diferente conforme a época do ano em que os trabalhos se vão executando. Possuindo um Plano bem elaborado, não há mais do que dele retirar as respostas às questões levantadas, acompanhá-lo de muito perto e, embora nunca um plano de trabalhos deva ditar a um responsável a decisão que ele próprio tem de tomar, deve, no entanto, dar-lhe todos os elementos que lhe permitam conduzi-lo à decisão correcta no momento exacto. De outro modo poderia acontecer que, por exemplo, convocasse meios para uma determinada data que, por fortes razões, fora antecipada ou retardada, com todos os inconvenientes daí decorrentes e que provocariam natural desconfiança relativamente ao seu trabalho. Daí ser indispensável estudar todas as situações de desvio, examinando-se as consequências dos atrasos ou as repercussões de avanços, para se tomarem as tais decisões: reforço ou transferência de pessoal ou equipamento, maior dispêndio de materiais auxiliares, interrupções de frentes, reformulação do plano, etc. 2.2.2 - No caso do exemplo que temos vindo a seguir foi aplicado o método conhecido pelo nome de "método P.E.R.T " (Programa Evaluation and Review Technique), o qual, aperfeiçoado pela Marinha dos Estados Unidos da América do Norte, ter-lhe-ia permitido diminuir em dois anos a execução do projecto Polaris. Estudado que foi o projecto, definidas as tarefas a executar e as diferentes fases de trabalho, o passo seguinte para a organização necessária traduz-se no encadeamento das actividades, na concretização das dependências e no cálculo dos tempos óptimos, péssimos e médios. E evidente que nesta fase de preparação do trabalho entra grandemente a prática e experiência do responsável e de toda a sua equipa, as quais vão ditar desde logo opções. 35
PLANO PERT ACTIVIDADES
Desig.
MONTAGEM DO ESTALEIRO
1
ESCAVAÇÃO PARA PLATAFORMA DE TRAB.
2
EXECUÇÃO DE ESTACAS MOLD. NO TERR. M,
3
IDEM M2
Duraç.
lnicio+ cedo
lnício+ tarde
Fim+ cedo
Fim+ tarde
Marg
30
0
0
30
30
0
15
15
15
30
30
0
2
19
30
30
49
49
0
4
3
19
49
49
68 ^
68
0
ESCAVAÇÃO P/EXEC. DA SUPERESTRT. M,
5
4
5
68
68
73
73
0
IDEM M2
6
5
5
73
87
78
92
14
CRAVAÇÃO ESTACAS PRANCHA METAL. M,
7
5
10
73
73
83
83
0
IDEM Mz
8
6,7
10
83
92
93
102
9
PREP. DAS CABEÇAS DAS ESTACAS B.A. M,
9
7
5
83
83
88
88
0
IDEM M2
10
8,9
5
93
102
98
107
9
BETÃO DE LIMPEZA NO M,
11
9
3
88
88
91
91
0
IDEM M2
12
10,11
3
98
107
101
110
9
CORTE E MOLD. DE FERRO P/SUPEREST. M,
13
1
3
30
88
33
91
58
IDEM M2
14
13
3
33
107
36
110
74
MONTAG. DEARMAD. DASUPERESTR. M,
15
11,13
10
91
91
101
101
0
IDEM M2
16
12,14,15
10
101
110
111
120
9
EXEC. DE COFRAGENS P/SUPERESTR.
17
1
15
30
81
45
96
51
1
1/2,
MONTAGEM DE COFRAGENS M,
18
1/215,17
10
96
96
106
106
0
IDEM M2
19
1/2 16,18,22
10
110
110
120
120
0
BETONAGEM DA SUPERESTRUTURA M,
20
15,18
1
106
106
107
107
0
IDEM M2
21
16,19,20
1
120
120
121
121
0
CURA DO BETÃO PI DESCOFRAGEM M,
22
20
3
107
107
110
110
0
IDEM DE 28 DIAS M.
23
20
28
107
116
135
144
9
IDEM DE 28 DIAS M2
24
21
28
121
121
149
149
0
PREPAR. DO ESTAL. DE VIGOT. PRÉ FABRIC.
25
1
10
30
117
40
127
87
EXECUÇÃO DE COFRAGENS P/VIGOTAS
26
17
5
45
122
50
127
77
EXECUÇÃO DE VIGOTÃS M,
27
25,26
8
50
127
58
135
77
IDEM M2
28
27
8
58
137
66
145
79
CURA DE 8 DIAS DO BETÃO DE VIGOTÃS M,
29
27
8
58
151
66
159
93
IDEM M2
30
28
8
66
153
74
161
87
IDEM DE 28 DIAS M,
31
27
28
58
135
86
163
77
IDEM M2
32
28
28
66
145
94
173
79
ESCAVAÇÃO PI ALÍVIO DA CORTINA M,
33
23
5
135
144
140
140
9
IDEM M2
34
24,33
5
149
149
154
154
0
ENROCAMENTO DE PROTECÇÃO M,
35
33
7
140
147
147
154
7
IDEM M2
36
34,35
7
154
154
161
161
0
COLOCAÇÃO DE VIGOTÃS M,
37
29,35
2
147
159
149
151
12
IDEM M2
38
30,36,37
2
161
161
164
164
0
ATERRO FINAL M,
39
31,38
10
163
163
173
173
0
IDEM M2
40
32.39
10
173
173
183
183
0
DRAGAGENS M,
41
40
15
183
183
198
198
0
IDEMM 2
42
41
15
198
198
213
213
0
ACABAMENTOS M
43
37
8
149
197
157
205
48
IDEM M2
44
38,43
8
157
205
165
213
48
'//////////////// Mapa n° 8 - Plano P.E.R.T.
36
Dependec.
O resultado encontra-se no mapa da página 36a partir da análise do qual poderemos conhecer as dependências, as durações, os inícios e os fins mais cedo, os inícios e os fins mais tarde e as margens de cada actividade. Podemos verificar, por exemplo e analisando também a rede Pert representada na página 34, que a actividade Betão de limpeza do Módulo 2 só poderá iniciar-se ao dia 98, depois de concluídas as actividades Preparação da cabeça das estacas do módulo 2 e Betão de limpeza do Módulo 1. Verificamos também que, embora pudesse iniciar-se nesse dia, para cumprimento dos prazos estabelecidos poderia só efectivar-se no dia 107 já que constatamos uma folga de 9 dias. Seguindo a linha mais grossa da rede, obtemos o chamado caminho inclinado, isto é, o que engloba as actividades cuja execução mais condiciona o prazo de entrega (neste caso com folga ou margem de zero dias) e que facilita o estudo das decisões, levando, por exemplo, a reduzir os prazos à custa de certas despesas, como aquisição de novos materiais, etc., ou ao abrandamento de outras actividades não críticas se o problema puder ser resolvido com mais mão de obra ou equipamento. 2.2.3 - É evidente que a partir deste plano geral — o qual poderá ser adaptado ao cálculo em computador permitindo efectuar as correcções necessárias num curto espaço de tempo — se forjam os planos parcelares (p.e. para montagem do estaleiro) e os mensais e semanais os quais, bastante detalhados, vão permitir ser possível, mais sobre o acontecimento, não só indicar ou confirmar aos diversos departamentos em que dia ou hora têm de responder às solicitações da produção, mas também afinar a distribuição da mão de obra e da maquinaria por forma a poderem trabalhar em pleno rendimento; geralmente são esquematizados em gráficos de barras, constituindo os chamados gráficos de Gantt, e são para orientação sobretudo dos encarregados.
2.3 - MAPA DE PRODUÇÃO 2.3.1 - A partir do mapa orçamental ideial, que já possuimos, vamos elaborar o mapa de controlo de produção. Este conforme poderemos verificar pelo extracto representado na página 38, resulta daquele pela introdução de uma coluna designada por código e pela ampliação de uma para três linhas consignadas a cada uma das actividades: a primeira que indica os custos de fabrico a preços do orçamento, a segunda 37
OJ 00
Obra N.°
x
MAPA DE PRODUÇÃO
Folh£
N.°
4
Mês
ai -a
O Q. C *O QJ! O
N°
ACTIVIDADES
QUANTIDAD.
DESIGNAÇÃO
PREV MENS ACUM
9
BETÃO EM SUPERESTRUTURA
91
FORNECIMENTO
9.2
COLOCAÇÃO
10
VIGOTAS PRÉ FABRICADAS
10.1
PREPARAÇÃO ESTALEIRO
10.2
EXECUÇÃO DE COFRAGEM
10.3
CORTE E MOLDAGEM ARMADURAS
10.4
MONTAGEM DE ARMADURAS
10.5
COFRAGEM (MONTAG. E DESMONT.)
10.6
FABRICO DE BETÃO
ASS.
MÃO-DE-OBRA 1
MATERIAIS
MAQUINAS
TOTAIS
SUBEMPREIT.
COD
Unitário
MENS
ACUM
Unitário
MENS
ACUM
Unitário
79,20 €
MENS
ACUM
Unitário
MENS
ACUM
Unitário
79, 20 €
68,14 €
6,03€
30,60 €
104,77 €
6.814, 00 €
288, 00 €
360,00 €
7.462, 00 €
68,14€
14, 20 €
1,00€
83,34 €
477,12 €
1 .628,70 €
7,20 €
2, 113, 02 €
1.1 76,00 €
14,00 €
7,20€
1.197,20€
20,16€
0,60 €
23,52 €
64,80 €
TOTAIS
20,76 €
9,00 €
97,32 €
MENS
ACUM
os custos reais das actividades e a terceira os possíveis desvios positivos ou negativos; permite ainda inscrever valores mensais e acumulados e deverá também incluir todas as rubricas consideradas nos custos indirectos. Reparemos, antes de mais, que cada uma das actividades nele referidas já o foram no planeamento efectuado, havendo assim possibilidades de as controlar simultaneamente em termos de custos e de tempo, como não poderia deixar de ser. E o preenchimento correcto deste mapa que nos vai permitir, em qualquer momento e a partir duma correlação custos reais na produção efectuada (isto é, gastos dispendidos para a realização de determinadas quantidades de trabalho das diversas actividades) e custos previsionais (ou a preços de orçamento) para as mesmas quantidades, atingir o controlo desejado por uma simples comparação entre o que se poderia ou deveria ter gasto e o que na realidade se gastou. É evidente que a única dificuldade que nos pode surgir é o preenchimento da segunda linha, ou seja, dos custos reais; a primeira, a dos custos orçamentados, facilmente se preenche multiplicando as quantidades efectuadas (Produção) pelos preços unitários de mão de obra, materiais, máquinas e subempreitadas retirados do mapa orçamental. 2.3.2 - Se tivermos toda uma máquina organizada que nos forneça, com a realidade possível, os gastos verdadeiros, as segunda e terceira linhas não terão também qualquer dificuldade. Esta máquina, que nos vai permitir organizar o serviço de controlo, terá de recolher, agrupar, codificar e valorizar todos os elementos necessários a essa verificação. Assim aparece um dos Serviços a implantar e a organizar: o Controlo de Produção. Não é por acaso que é o primeiro Serviço explicitamente citado aqui, pois consideramos que sem Controlo não é possível executar bem.
2.4 - CODIFICAÇÃO 2.4.1 - Focamos pela primeira vez, e no item anterior as palavras código e codificação. A codificação é um elemento básico do controlo, pelo que necessariamente nos merece algumas considerações. Codificar é referenciar as diferentes actividades por um processo que satisfaça, minimamente, a dois requisitos: fácil memorização e difícil confusão. 39
Assim, se por exemplo, agruparmos os custos indirectos numa codificação com o emprego de um só número (vestimenta de trabalho - código 14) e os directos com dois números (colocação de Betão em superestruturas - código 4.6) estamos, desde logo, facilitando a memorização e a não confusão.
Se por outro lado, todos os trabalhos da mesma zona tiverem o primeiro número igual Execução de cofragens para superestruturas Montagem de cofragens em superestruturas Montagem de armaduras em superestruturas
- código 4.1 - código 4.2 - código 4.5
e procurarmos que trabalhos do mesmo tipo, mas em zonas diferentes, tenham o segundo número igual Colocação de armaduras em estacas Montagem de armaduras em pré-fabricados
- código 1.5 - código 5.5
estamos fazendo uma modificação de fácil processamento. 2.4.2 - Após a elaboração do mapa de produção, vamos codificar as diferentes actividades tendo em linha de conta o que atrás se disse. Para o exemplo que temos vindo a seguir poderíamos possuir uma lista de codificação da do tipo que se apresenta seguidamente. Se conseguirmos que todos os gastos, nomeadamente os de mão de obra, de materiais, de máquinas ou de subempreitadas, sejam perfeitamente definidos nas diversas actividades que, na realidade, se executam na obra, mais não basta que codificá-los, agrupá-los e contabilizá-los.
2.4.3 - PLANO DE CODIFICAÇÃO A. CUSTOS INDIRECTOS 1. Condução de trabalhos 2. Manobradores não incluídos no fabrico 3. Ferramenteiros, guardas e plantões 4. Cargas, descargas e arrumações 40
5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24.
Máquinas não incluídas no fabrico Ferramentas diversas Montagem e desmontagem de máquinas Montagem dos escritórios Montagem dos armazéns Montagem de telheiros Montagem de camaratas Montagem das redes de água, eléctrica e telefónica Conservação das instalações Vestimenta de trabalho Conservação do equipamento Correio, telégrafo e telefone Encargos com as instalações Expediente de escritório Material de desenho Ensaios de betão Ensaios de materiais Serviços administrativos Serviços técnicos Topografia
B - CUSTOS DIRECTOS 0 — Escavações 0.1 Escavação para plataforma de trabalho 0.2 Escavação para execução da superestrutura 0.3 Escavação para alívio da cortina de estacas prancha 1 — Estacas moldadas no terreno 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6
Furacão Remoção Execução de armaduras Transporte de armaduras Colocação de armaduras Transporte de betão 41
1.7 Colocação de betão 1.8 Corte e preparação das cabeças das estacas 2 — Cortina de estacai prancha metálicas 2.1 2. 2.3 2.4
Descarga Preparação e transporte Cravação Cortes e remates
3 — Betão de limpeza 3.1 Preparação do terreno 3.2 Regularização 3.3
3.4 3.5 3.6 Transporte de betão 3.7 Colocação de betão 4 — Superestruturas 4.1 4.2 4.3 4.4 4.5 4.6 4.7
Execução de cofragem Montagem e desmontagem de cofragem Corte e moldagem de armaduras Transporte de armaduras Colocação de armaduras Transporte de betão Colocação de betão
5 — Pré-fabricados 5.1 5.2 5.3 5.4
42
Execução de cofragem Montagem e desmontagem de cofragem Corte e moldagem de armaduras Transporte de armaduras
5.5 5.6 5.7 5.8 5.9 5.10 5.11
Colocação de armaduras Transporte de betão Colocação de betão Arrumação em estaleiro Transporte para o local de aplicação Posicionamento Preparação do estaleiro de pré-fabricação
6 — Diversos 6. l Enrocamentos 6.2 Aterros finais 6.3 Dragagens 6.4 Acabamentos 7 — Fabrico de betão 7.1 7.2 7.3 7.4 7.5
Para estacas Para diversos Para betão de limpeza Para superestruturas Para pré-fabricados
8 — Máquinas 818 819 820 822 825 830 834 836 837 838 840
Máquina automática de moldar ferro Idem de cortar ferro Central de betonagem Grua torre de 40 txm Bomba de 6" Grua Fuchs 301 Bomba de 8" Grua torre de 45 txm Grua Pennine Máquina de cortar ferro Compressor VT5
43
841 842 844 849 850 851 858 862 863 864 865 866 867 868 869 871 872 873 874 890 891 892 893 894 895 910 911 912 950 964
Serra de fita Dragline Elba . Rectro escavadora Ford com pá frontal Grua Fuchs 400 Grua Andes Garlopa Pá carregadora CAT 933 Máquina para desentubamento, entubamento e furacão de estacas Máquina executora de estacas Benoto EDF super Compressor VT6 Tractor normal Martelos demolidores * Bombas submersíveis * Máquinas de soldar * Vibradores* Dumper Dumper Dumper Dumper Pilão D 30 Mesa rotativa Rollerbits Tubos c/ l,10m de diâmetro Guia de cravação de estacas prancha Tubos tremie Draga de baldes Batelões* Rebocador Equipamento de furacão de rocha Equipamentos de topografia
Algumas das máquinas, como poderemos verificar (*), foram agrupadas num só código para simplificação; na prática tal não sucede pelos motivos que veremos quando tratarmos do elemento de custo Máquinas.
44
2.4.4 - Estamos agora em condições de planear e organizar o nosso estaleiro entendido em toda a sua dimensão, isto é, como o conjunto de pessoas, de materiais, de máquinas e equipamentos de instalações e de serviços necessários à execução da obra, devidamente implantados. Como, é do que trataremos no capítulo seguinte.
45
- ORGANIZAÇÃO DO ESTALEIRO
3.1 - GENERALIDADES "O estaleiro deve ser planeado e organizado por forma a responder inequivocamente a todas as situações surgidas ou criadas com o desenvolvimento dos trabalhos." "Boa organização é aquela que possibilita a utilização dos meios disponíveis da maneira mais conveniente, de acordo com a importância, os custos e os prazos estipulados para as tarefas a realizar, dispondo aqueles meios de tal forma a conseguirem-se os maiores rendimentos". "A organização existe se facilita a determinação dos meios mais apropriados para os trabalhos em causa e a utilização intensiva dos mesmos". "Procura-se com a organização obter a melhor disposição para as diversas instalações, equipamentos e outros meios auxiliares". "A economia, considerando o prazo de execução e as características da obra, só é possível obter-se com organização porque só esta permite reduzir ao mínimo possível as perdas e os desperdícios de qualquer natureza". " Serão sempre sobre ele que se irão reflectir todas as virtudes ou defeitos da organização do Estaleiro".
3.2-MÃO DE OBRA 3.2.1 - Só o facto de a mão de obra representar uma percentagem sempre elevada, relativamente ao gasto total de uma obra de construção, é razão 47
íí
s9 Sl Qg
48
'//////////////// Gráfico n° 1 - Plano de trabalhos em gráfico de barras
bastante para evidenciar o cuidado que deve haver no estudo das suas necessidades, ao longo das diversas fases do trabalho, e no seu controlo permanente. Sabemos ainda que neste tipo de indústria, sobretudo devido ao carácter temporal das obras, a mão de obra é muito variada e predominantemente eventual e flutuante, logo altamente instável. O cálculo prévio de um custo em função de um salário a pagar e de um determinado rendimento resulta, geralmente, muito alterado na prática; e resulta ainda porque "todo o rendimento é muito variável quando depende essencialmente do elemento humano. Neste o factor moral é o mais importante, pois para se poder dar pleno rendimento é necessário que toda a nossa atenção esteja aplicada no trabalho e para isso necessitamos de serenidade. Esta não pode existir se nos sentirmos instáveis no emprego e inseguros relativamente ao futuro em caso de despedimento, acidente ou doença". Por outro lado, as condições ambientais, como a estação do ano e o estado do tempo, influenciam consideravelmente o rendimento do trabalhador. Ainda a idade e até o ambiente familiar dos operários são factores importantes nos rendimentos que se obtêm. Daí a mão de obra dever ser ainda mais cuidadosamente calculada, organizada e controlada de uma maneira sistemática e de muito perto. 3.2.2 - De posse do orçamento e do plano de trabalhos há que determinar as cargas de mão de obra, isto é, o número e a composição das diferentes equipas necessárias à execução das várias tarefas ao ritmo planeado. A maneira mais prática consiste em passarmos o planeamento a gráfico de barras com a indicação das eventuais folgas. Permite a sobreposição das diversas tarefas, às quais se fazem corresponder as cargas parciais respectivas retiradas do orçamento já adaptado, suas simultaneidades e desfazamentos possíveis. A adição de cargas definitivas, por colunas, dá-nos a variação das cargas ao longo do tempo, isto é, a curva da mão de obra. Assim, para o nosso exemplo, obteríamos um gráfico de barras como o representado no Gráfico n° l, e no qual a cheio se indicava o período compreendido entre o início e o fim mais cedo de cada actividade, a tracejado a folga e a zebrado o período mais vantajoso, se pensássemos unicamente em termos de economia de mão de obra, para a execução das diversas tarefas. 49
SERVENTES
CARPINTEIROS
CONDUTORES MANOBRADORES
ARMADORES DE FERRO
SOLDADORES
O
7
14 21
28
35 42 49
56
63
70 84
91 98 105 112 119 126 133 t40 147 154 161 168 175 182 189 196 203 210 213
'//////////////// Gráfico n° 2 - Cargas de mão-de-obra irregulares 50
Na realidade se aplicássemos as cargas parciais de cada actividade, isto é, as quantidades unitárias de mão de obra previstas como necessárias, ao prazo de tempo do Pert sem folgas, era inevitável a obtenção de curvas com traçado muito irregular, o que significaria ocupação e desocupação de pessoal e de equipamento, em períodos curtos, o que seria manifestamente prejudicial sob todos os aspectos e até impraticável em muitos casos. Para obviar a estes inconvenientes e conseguir-se evitar uma curva de mão de obra como a representada no gráfico n° 2, é normal adaptar-se um dos seguintes processos: a) actuar sobre algumas das actividades adiantando-as ou atrasando-as (por exemplo, iniciando-se as tarefas números 13 e 14, de corte e moldagem de ferro para as superestruturas, não no dia 30 a que corresponderia o dia 36 como o da conclusão mais cedo, mas sim somente no dia 85 por forma a termintar no dia 90, sendo assim possível utilizar esse pessoal especializado — moldadores e montadores de ferro — imediatamente nas operações seguintes de montagem de armaduras nas superestruturas, primeira tarefa das quais é a número 15 com início previsto para o dia 91); podemos acompanhar este exemplo pelo desenho do Gráfico n°3 ( página 52 ); b) dilatar propositadamente o tempo de execução de algumas das actividades com folga, utilizando recursos menores correspondentes (para o mesmo exemplo, supondo que seriam necessários 20 armadores de ferro e 10 serventes para executarem as armaduras nos 6 dias programados, bastariam 2 oficiais e l servente para executar a mesma quantidade de trabalho nos 60 dias que mediavam entre os dias 30 e 90); c) aplicar simultaneamente os dois conceitos anteriores para tarefas distintas. 3.2.3 - Dissemos já que as condições previstas de início raramente se cumprem completamente. Na indústria da construção surgem variadíssimos condicionalismos que há que ter em consideração: atrasos nos fornecimentos originando dificuldades nos abastecimentos dos materiais; avarias mecânicas implicando paragens na execução dos trabalhos; mau tempo, sobretudo o fora de época, provocando paralizações mais ou menos acentuadas e até estragos nos próprios trabalhos, que há que refazer; o absentismo com todas as suas consequências, etc.
51
DIAS ACTIVIDADE?
l
l
l
l
l
l
l
l
l
l
l
l
l
l
1 l
l
l
l
l
l
l
l
l
l
l
l
l
l
l
_ SUPEREST M1 IDEM M2
—
MONT. ARAMAD. SUPEREST. M1
4
i
IDEM M2
^^i
i
'//////////////// Gráfico n° 3 - Plano de trabalhos (parcial) optimizado
Daí que nos pareça demasiado optimista considerar-se como aceitável a utilização do método indicado na alínea a) do item anterior, já que correr-se-ia o risco de, por qualquer das razões citadas, cairmos em situações de atraso já sem folga da mesma dimensão, o que implicaria custos não previstos. Somos defensores da modificação intencional da duração base das actividades, beneficiando-as da quase totalidade das suas folgas, sobretudo se estas são significativas. E isto porque estamos utilizando só mão de obra prevista e estamos sempre em condições de reforçar essa mão de obra se necessário, pois existem folgas de tempo e de recursos. 3.2.4 - Vejam, então agora, como determinar as cargas de mão de obra depois de termos escolhido o gráfico mais aconselhável de programação. Para cada actividade, vamos verificar qual a quantidade e a especialidade de mão de obra prevista no orçamento, consultando a respectiva folha de Custos de Operações, elaborada a quando do orçamento ou da sua adaptação, como as indicadas nas páginas 53 a 56, relativas à Execução de Estacas Moldadas no terreno.
Para esta actividade retiramos os seguintes elementos: l - Para Furacão e Remoção:
\r Manobrador de Benoto todo o período de execução. l Condutor Manobrador de Grua Andes todo o período de execução. 6 Serventes durante todo o período de execução.
52
CUSTO DE OPERAÇÕES CÓDIGO: 2
OPERAÇÃO: EXECUÇÃO DE ESTACAS 0110 MOLD NO TERR
DESIGNAÇÃO
QUANT. PREVISTA: 800ml
M ate ri.
Máqui.
APLICANDO REND. NORM. PI ESTE TIPO DE EST. E TERR.
i'i€
í',€
BENOTO: 046 (-e€ + d€)
i'2€
ff
M. Obra
Fabrico
Subemp
2.1 FURACÃO E REMOÇÃO CONSID. QUE ESTE TRABALHO SE EFECTUA EM 38 DIAS MÃO-DE-OBRA 2 MANOBRADORES (38d x 9M : SOOml)
h',€
6 SERVENTES (38d X 9h-6 : SOOml)
h'2€
MÁQUINAS
ANDES: 006 (-+b€ + a€) REMOÇÃO DE PRODUTOS MÁQUINAS ALUGADAS
íf TOTAL
(h',-i-h'2)€
(i'/i'2)«
(i',+i'2)€
2.2 2.3 2.4 ARMADURAS 2.2 2.3 FORNECIMENTO E TRANSPORTE(ver folha de código 1A
L'€
n'€
g'€
2.4 COLOCAÇÃO MÃO-DE-OBRA 2 SERVENTES ( 38d x 9h-€ : SOOml)
"f 2 SOLDADORES ( 38d x 9M : SOOml)
h'4€
0.06Í1 DE CONDUTOR MANOBRADOR
h'5€
MATERIAIS ELÉCTRODOS: 4X €
i'3«
MÁQUINAS ANDES: 0,06 X (-+b€ + a€)
i'4e
SOLDAR: 0,07 (-+z,€ + Zj€
i'5€
ífi ff
i'€
j'€
TOTAL
'////////////////
Mapa
h'€
n° 10 - Custo da operação "1 ml de estaca"
53
CUSTO DE OPERAÇÕES CÓDIGO: 2
OPERAÇÃO: 1 m3 (= 1ml) DE BETÃO EM ESTACAS
DESIGNAÇÃO
QUANT. PREVISTA: 800M3
M. Obra
M ate ri.
Máqui.
Fabrico
BETÃO 1 ml DE ESTACA 1m3 DE BETÃO 2.5 FABRICO MÃO-DE-OBRA 1 CONDUTOR MANOBRADOR x 38d x 9h x € : 800 m3
h'7€
2 SERVENTES x 38d X 9h x € : 800m3
h'B€
MATERIAIS 1 ,05 x 300 kg DE CIMENTO x €
i',€
1 , 0 5 X 1 000 m3 DE BRITA X €
i'8€
1 ,05 x 0,500 m3 DE AREIA x €
r£
MÁQUINAS CENTRAL x 38d x € : 800m3
J'7«
2.6 TRANSPORTE MÃO-DE-OBRA 0,9 CONDUTOR MANOBRADOR x €
h'9€
MÁQUINAS 0,3 DUMPER ( +g€ + f€)
>\f
J'e«
2.7 COLOCAÇÃO MÃO-DE-OBRA 1 ,5 SERVENTE x €
h',0*
0,2 CONDUTOR MANOBRADOR x €
h'ii€
MATERIAIS 0,5 Kg DE MASSA
h'12€
i'n€
MÁQUINAS 0,18LlBEHERR(+-c€ + m€ 0,08 ENTUBADORA (-+J€ + _2€) TOTAL
'///////l///////!
54
h'€
i',2*
J'9€
i',3*
J',o«
i'€
)'€
(h'+i'+j')€ 0
Mapa n° 11 - Custo da operação "1 m3 de betão em estacas"
Subemp
CUSTO DE OPERAÇÕES CÓDIGO: 1 A
OPERAÇÃO: 1 TONELADA DE AÇO A24 EM ESTACAS
DESIGNAÇÃO
QUANT. PREVISTA: 60 ton.
M. Obra
Materi.
Máqui.
Fabrico
Subemp
VAMOS CONSIDERAR OS RENDIMENTOS ACTUAIS a) EXECUÇÃO MÃO-DE-OBRA ARMADOR DE FERRO x 20h x € SERVENTE x 6h x €
|lf I2€
SOLDADOR x 6 h x €
!3€
MATERIAIS VARÃO A24 11 Ton. x €
h,€
ELÉCTRODOS 60 x €
h2€
ARAME 4kg x €
h2€
MÁQUINAS 4h SOLDAR (-+z1€ + z2€)
h4€
9l€
b) TRANSPORTE MÃO-DE-OBRA 08 SERVENTE x €
U6
14 ARMADOR DE FERRO x €
'5«
MAQUINAS 3h FUCHS (K1€ + K2€ + k3€)
'6€
h5€
ie
h€
g2€ g€
(H-h+g)€
i'€
h'€
g'€
PREÇO/ml DE ARMADURA EM ESTACA 0,064 Ton. x (l€ + h€ + g€ )
'///////////////,
Mapa n° 12 - Custo da operação "11 de aço em estacas"
55
CUSTO DE OPERAÇÕES CÓDIGO: 1M
OPERAÇÃO: 1h DE FUNCIONAMENTO DE BENOTO SUPER N°803
DESIGNAÇÃO
M. Obra
QUANT. PREVISTA: 60 ton.
Materi.
Máqui.
Fabrico
1. TRANSPORTE (INCLUÍDO NOS ENCARGOS)
2. PERMANÊNCIA 54 d x p3€: (38x9h)
d1€
2. FUNCIONAMENTO 3.1 MÃO-DE-OBRA {incluída nas operações principais) 3.2 MATERIAIS GASÓLEO: 141 X €
!1€
LUBRIFICANTE: 2,5 x €
>2«
MASSAS: 0,4Kg x €
'3€
DIVERSOS (Cabos, Manilhas, Estropos, Tranquetas, etc)
!4«
3.2 MÁQUINAS
d2€
(SALÁRIO HORA)
TOTAL
'////////////////
56
MaPa n° 13
' Custo da operação "1 h de benoto
l€
d€
(i + d)€
Subemp
2 - Para execução de Armaduras:
20 6 4
horas de Armador de Ferro/tonelada horas de Servente/tonelada horas de Soldador/tonelada
3 - Para Transporte de Armaduras:
1,4 horas de Armador de Ferro/tonelada 0,8 horas de Servente/tonelada 3,0 horas de Condutor Manobrador de Fuchs/tonelada 4 - Para colocação de armaduras:
2 Serventes durante todo o período 2 Soldadores durante todo o período 0,06 horas de Condutor Manobrador de Grua Andes/tonelada 5 - Para Fabrico de Betão:
1 2
Manobrador de Central durante todo o período Serventes durante todo o período
6 - Para Tranporte de Betão:
0,9 horas de Condutor Manobrador/m^ 7 - Para Colocação de Betão:
l, 5 horas de Servente/m-^ 0,2 horas de Condutor Manobrador de Grua/m-^ Aplicando estes às quantidades previstas, e tendo em consideração a duração das actividades números 3 e 4, obtem-se respectivamente: l - 2,0 Condutores Manobradores + 6.0 Serventes/dia, durante 38 dias
57
2 - 60 toneladas x 20 horas = 1.200 horas de Armador de Ferro 60 toneladas x 06 horas = 360 horas de Servente 60 toneladas x 04 horas = 240 horas de Soldador Para os 38 dias, ou seja, do dia 30 ao dia 68 teremos então: 1.200 horas: 9 horas: 38 dias = 3,5 Armador de Ferro/dia 360 horas: 9 horas: 38 dias = 1.0 Serventes/dia 240 horas: 9 horas: 38 dias = 0,7 Soldadores/dia 3- 60 t x 1,4 h 9 h : 38 d = 0,3 Armadores de Ferro/dia 60 t x 0,8 h 9 h : 38 d = 0,2 Serventes/dia 60 t x 3,0 h 9 h : 38 d = 0,5 Condutores Manobradores/dia 4 - 2,0 serventes + 2,0 Soldadores por dia 60 t x 0,06 h: 9 h: 38 d = 0,01 Condutores Manobradores/dia 5 - 1,0 Condutor Manobrador + 2,0 Serventes por dia 6 - 800 m3 x 0,9 h: 9h: 38 d = 2,1 Condutores Manobradores/dia 7 - 800 m3 x 1,5 h: 9h: 38 d = 3,5 Serventes/dia 800 m3 x 0,2 h: 9h: 38 d = 0,5 Condutores Manobradores/dia Para o conjunto destas subactividades teríamos, portanto, a seguinte carga de mão de obra diária: 6,11 3,80 2,70 12,70
~ ~ ~ x
6,0 4,0 3,0 13,0
Condutores Manobradores Armadores de Ferro Soldadores Serventes
informação que inscrevemos sob as barras do gráfico correspondentes à Execução de Estacas: 6 Cm + 4 Ac + 3 Sd + 13 St Procedendo de igual modo para todas as restantes actividades e somando coluna a coluna (veja-se cálculo parcial na página 59) obteríamos os valores que nos permitem desenhar a curva teórica das cargas de mão de obra prevista para a execução da empreitada a qual, com pequenos ajustamentos destinados 58
'///////////////,
Gráfico n° 4 - Plano parcial adaptado 59
a evitar reduções intermédias por períodos curtos de tempo, se transforma na curva real, como a indicada na página 61. A partir dela se elaboram as cargas por especialidades como, por exemplo, as representadas na página 62 para Armadores de Ferro e Serventes. 3.2.5 - Estamos agora em condições de calcular a totalidade de mão de obra activa a fim de serem dimensionadas as instalações para pessoal, nomeadamente dormitórios, sanitários, vestiários e refeitórios. Trataremos deste assunto mais adiante, no capítulo destinado às Instalações Fixas. Resta-nos determinar um dado importante para os Serviços Financeiros da empresa: a previsão mensal dos custos com pessoal. Esta informação — cuja exactidão deverá ser uma preocupação do responsável pela obra pois dela poderá depender o pagamento salarial com ou sem atrasos e, consequentemente, a existência ou não de conflitos laborais — obtem-se multiplicando os custos hora de cada profissão pelo número de operários dessa mesma profissão e o seu resultado pelo número de horas previsto, em cada mês, para a realização de cada tarefa. Adicionando todos estes resultados por colunas mensais se obtém as previsões em questão. A totalidade deverá ser, no máximo, igual ao custo acumulado previsto orçamentalmente e a partir dela, se retiram conclusões quanto à correcta determinação das cargas. Para o caso que vimos seguindo poder-se-ia apresentar essa previsão num gráfico do tipo indicado na página 76. 3.2.6 - O responsável distribui, então, convenientemente a mão de obra necessária pelos diferentes trabalhos decompondo-a, ao mesmo tempo, em grupos homogéneos chamados equipas. Estas deverão ser tanto quanto possível homogéneas, pois está provado que na prática e com uma equipa constituída por trabalhadores com graus de rendimento muito diversos, nem a média desses rendimentos é atingida, ficando-se por valores bastante inferiores. A frente de cada uma destas equipas, com o número de componentes já anteriormente determinado, é colocado o Arvorado ou Chefe de Equipa, elemento humano da maior influência não só no comando das mesmas mas também no grau de exactidão do controlo da mão de obra. E isto porque, para além 60
SERVENTES
CARPINTEIROS 1
1
CONDUTORES MANOBRADORES '
1
ARMADORES DE FERRO
SOLDADORES
PEDREIROS
J U '
MARÍTIMOS
O
7
14 21
—
28
35 42 49
lê
&3
70 Í4
§ 1 § 8 105 1Í2 119 126 133140 147 154 161 168175 182 18*9 196 203 210 2fi
Dias
'//////////////// Fig. 12 - Curvas de mão-de-Obra
61
UNIDADES
6 _ 4 _ 2 _ 0 1
2
3
4
6
5
7
8
9
10 l
7
8
9
1 0i
Meses
/ V//////////////
FÍ 9- 13
" Curva para Armadores de Ferro
UNIDADES
20 18 _ 16 _ 14 _ 12 _
~1
11
10 _ 8 6 _ 4 _ 2 _ 0 1
2
3
4
5
6 Meses
'////////////////
62
FÍ 9- 14
' Curva para serventes
da experiência e capacidade profissional que lhe é exigida na orientação da sua equipa, a fim de obter os rendimentos adequados com uma técnica perfeita, ele terá de fornecer, diariamente, alguns elementos de mão de obra fundamentais, como: - a indicação da tarefa ou tarefas que a sua equipa realiza em cada dia de trabalho; - a indicação exacta — e por isso não pode ter um número exagerado de pessoas a orientar - do tempo ocupado por cada um dos componentes dessa equipa, não necessariamente incluídos nas actividades directamente produtivas; - a indicação, sempre que conveniente e possível, das quantidades de trabalho executadas diariamente; — a indicação de anomalias que possam ter influenciado os rendimentos obtidos. Estes elementos são fornecidos com o preenchimento da Parte Diária de mão de obra ou, da também chamada, Ficha de trabalho de mão de obra, do tipo da indicada na página 65, que se resume em distribuir no tempo o pessoal dos diversos ofícios pelas diferentes tarefas que executou nesse dia. Assim, e por ela, constatamos que a equipa realizou as seguintes tarefas:
- Corte e moldagem de armaduras para vigotas; - Transporte de armaduras para o muro frontal do Módulo 1; - Montagem de armaduras no muro frontal do Módulo 1; - Descarga de materiais no Armazém.
Mais verificamos, por exemplo, que o operário n.° 101, com a categoria de armador de ferro, trabalhou 2 horas em transporte de armaduras para o muro frontal e 7 horas na correspondente montagem, e que o operário n.° 150, servente, esteve durante todo o dia a auxiliar os Serviços de Armazém na descarga de materiais.
Notamos também a indicação de algumas quantidades de trabalho as quais nos permitem verificar de imediato os rendimentos obtidos e compará-los com os previstos usuais: 63
09 horas de Armador de Ferro: 0,5 toneladas de ferro moldado = 18 horas/tonelada de ferro moldado. 36 horas de Armadores de Ferro: 1,0 toneladas de ferro montado = 36 horas/tonelada de ferro montado. 3.2.7 - Esta parte diária deverá ter duas verificações: a do Encarregado da frente como é lógico, e a dos Serviços de Apontadoria. Estes, possuidores do mapa de presenças diário elaborado a partir de um sistema de eficaz controlo de ponto, comprovam a totalidade das horas de presença, comprovação imprescindível e de grande interesse no controlo efectivo do emprego da mão de obra, pois evita não só duplicação de imputação a uma ou mais actividades das mesmas horas empregues por um operário, mas também omissões no preenchimento da ficha de trabalho. Comprovada, segue para o responsável pela frente de trabalho ou da obra — conforme a sua dimensão — o qual, depois de a analisar convenientemente, a codifica. Assim, para o exemplo da página 65 comparando as actividades nela indicadas com a lista de codificação a que nos referimos em páginas anteriores,não terá mais do que colocar os códigos 5.3, 5.3, 4.4., 4.5 e 4, no espaço consignado ao código e nas respectivas colunas: -
64
código 5.3 a 9 horas de Armador de ferro código 5.3 a 9 horas de Armador de ferro código 4.4 a 4 horas de Armador de ferro e 11 horas de Servente código 4.5 a 32 horas de Armador de ferro e 7 horas de Servente código 4 a 9 horas de Servente
PARTE DIÁRIA DE MÃO - DE - OBRA
DATA 29/2/84 Tempo
OBRAN S _X_
0 LU < O
NUMERO
< et o
0,5 t 0,5 t
>
"o.
> 0-
e
-o t: O
1,0 t 1,0 t
i 1 "D
'Q B ^ S ÍZ
I í:
C
i
^
1,0 t Descargas no armazém
QUANTIDADES
TOTAL DE HORAS
ACTIVIDADE
ARVORADO OU CHEFE DE EQUIPA
4
ARMAD. DE FERRO
101
2
7
9
»
102
2
7
9
»
103
9
9
"
104
9
9
"
105
»
106
SERVENTE
132
"
150
»
165
9
9
9
9
9 2
7
9 9
9
9 9
TOTAL
9
9
15
39
9
CÓDIGO
5.3
5.3
4.4
4.5
4
O Chefe de Equipa
VERIF. DO PONTO
Turno
90 visto
O Encarregado
'//////////////// Mapa n° 14 - Parte diária de Mão-de-Obra
65
3.3 - MATERIAIS 3.3.1 - Regra Geral os Materiais representam, tal como a mão de obra, valores importantes no custo de uma construção. Por outro lado, se é certo que as chamadas grandes obras de engenharia têm consumos profundamente maioritários de matérias elementares e de relativo fácil controlo e previsão, a construção civil pura utiliza uma tal variedade de materiais que impõe, naturalmente, um estudo muito mais pormenorizado e aprofundado. Tal como fizemos relativamente à mão de obra, vamos procurar determinar os elementos necessários à organização do estaleiro em termos de materiais. 3.3.2 - E sabido que, genericamente, se define materiais como sendo artigos, isto é, produtos, mercadorias ou objectos. No entanto para o caso específico da construção, e sobretudo sob o ponto de vista de controlo, esta definição deverá ser completada: "Os produtos, incluindo as matérias primas, as mercadorias e os objectos, só deverão ser considerados como materiais — tal como estão entendidos nos mapas orçamental e de produção — até ao momento em que a mão de obra, ou a maquinaria existente nesta, não os modifica, os transforma ou produza, a partir deles, novos produtos". E isto porque, no momento em que tal acontecer, estamos criando uma nova unidade de produção a qual, como já dissemos, deverá ser encarada independentemente das outras e, obviamente, estudada e controlada em Mão de Obra, Materiais, Máquinas e até Subempreitadas se estas existirem. Atentemos nos seguintes exemplos: - O Betão pode ser directamente adquirido no mercado e, neste caso, deverá ser considerado como um material, razão pelo qual o seu custo entrará integralmente na coluna de Materiais (Ver actividade número 9.1 no Mapa de Produção). No entanto o Betão pode ser fabricado na própria obra, e então o que há a considerar são o cimento, a areia, as britas, a água e os aditivos como materiais directos e, por exemplo, a energia eléctrica, as peças sobressalentes
66
dispendidas nas reparações da central de betonagem e outros produtos necessários à manutenção e conservação desta, como materiais indirectos; mas evidentemente que a mão de obra e as máquinas necessárias ao fabrico do Betão não podem ser consideradas materiais porque o não são. Aparece-nos, assim, o mesmo produto - Betão - mas cujo custo se encontra agora sub-dividido em custos de Mão de Obra, de Materiais e de Máquinas (ver actividade número 10.6 no Mapa de Produção). - As Britas, necessárias ao fabrico do betão na obra, como foi focado no exemplo anterior, podem dar entrada no estaleiro através de fornecedores deste tipo de materiais; acontece algumas vezes todavia que é a própria obra que explora a pedreira; teremos então e também um mesmo produto, cujo custo, conforme cada um dos casos focados, entrará numa só rubrica (Materiais) ou em várias (Mão de Obra, Materiais e Máquinas). Enquanto no primeiro caso não há mais do que um controlo de qualidade e quantidade, no segundo há todo um controlo de produção. — Uma Máquina precisa de sobressalentes e estes são, evidentemente, materiais. No entanto enquanto que um pneu é um material, um veio que teve de ser torneado na oficina da obra é uma unidade de produção, embora não necessariamente prevista. O pneu tem de existir e ser de boa qualidade; o veio teve de ser adaptado, e esta adaptação impõe requesitos não só de qualidade mas também de tempo e custos da sua modificação; ele custou x euros aquando da sua aquisição e é esse valor que encontraremos na sua ficha de Armazém; mas se o fossemos imputar à máquina a esse preço, estávamos cometendo um erro que iria influenciar o custo das operações em que essa máquina interviesse: para esta, o veio entra com um valor não dos x euros da compra, mas de a euros de mão de obra, (x + y) euros de materiais e z euros de máquinas, sendo y o custo dos materiais gastos directamente no seu torneamento ou nas máquinas que o tornearam, e z o custo dessas mesmas máquinas. Com estes três exemplos pretendemos mostrar que: l-Os materiais são encarados de maneiras diferentes conforme a sua classificação: > Para materiais adquiridos no exterior e directamente aplicados sem qualquer interveniência das oficinas da obra de que resulte um outro tipo de
67
material, interessa-nos a qualidade, a quantidade e os custos para postos na obra; > Para materiais adquiridos no exterior e posteriormente transformados na obra, interessa-nos a qualidade, a quantidade, os custos postos na obra e os custos de transformação. > Para
materiais produzidos na obra, interessa-nos a qualidade, a quantidade e os custos de produção.
2- Os materiais entrados na obra dificilmente poderão ser como tal considerados, já que obrigam geralmente a um controlo dos outros elementos da fabricação, isto é, da mão de obra e da maquinaria. 3- O presente item é reservado exclusivamente ao estudo do elemento material da produção, considerando esta como unidade de produção. 3.3.3 - Vamos agora tratar da forma como o responsável poderá determinar os diversos materiais de que vai necessitar, suas quantidades, datas nas quais eles deverão estar disponíveis para consumo, etc. 3.3.3.1 - Logo após o estudo do projecto e do orçamento, isto é, quando ambos os documentos estão adaptados à obra, as quantidades totais dos materiais de consumo directo estão definidas, assim como as suas especificações. Então e de imediato deverão ser essas informações transmitidas aos Serviços de Aprovisionamento dos quais nos ocuparemos adiante. No exemplo do Cais que vimos seguindo saberíamos, imediatamente após a elaboração do Mapa Orçamental Adaptado e sua análise, que: a) Seriam necessárias 60 toneladas de varão de aço para executar as armaduras das estacas moldadas no terreno, mais 60 toneladas para o betão armado das superestruturas e ainda 15 toneladas para se executarem as vigotas pré-fabricadas, ou seja, um total de 135 toneladas de varão de aço. Com a ajuda do projecto já adaptado (neste caso com a pormenorização das armaduras) estas toneladas são divididas pelos diversos diâmetros comerciáveis. Para outros materiais, como o arame recozido e os eléctrodos de soldadura, as suas quantidades são retiradas a partir dos consumos orçamentados e indicados nas respectivas folhas de custo de operações: 4 kg de arame e 60 eléctrodos por tonelada de aço em armaduras para estacas, por exemplo.
b) Estavam previstos fabricar na obra 800 m3 de betão para estacas, 50 m3 para betão de limpeza e 195 m3 para vigotas pré-fabricadas. Destes números retiravam-se as quantidades de britas ou godos, areias e aditivos, a partir das classes e dosagens dos betões. Teríamos, por exemplo, se considerássemos um betão D150 para o de saneamento e um C20/25 para o restante:
- Betão D150 Dosagem: 150 kg de cimento 0,800 m3 de britas 0,500 m3 de areia Quantidades, incluindo 5% de perdas: 50m3 x 150 kg/m3 x 1,05 = 7875 kg de cimento 50m3 x 0,800 m3/m3 x 1,05 = 42 m3 de brita 50m3 x 0,500 mVm3 x 1,05 = 27 m3 de areia
• Betão C20/25 Dosagem: 310 kg de cimento 1,000 m3 de britas 0,500 m3 de areia
Quantidades, incluindo 5%. de perdas: 995 m3 x 310 kg/ m3 x 1,05 = 323 873 kg de cimento 995 m3 x 1,000 m3/m3 x 1,05 = l 045 m3 de britas 995 m3 x 0,500 m3/m3 x 1,05 = 523 m3 de areia
Quantidades totais previstas: 331 748 kg de cimento l 087 m2 de britas 550 m2 de areia
c) Se previa a aplicação de 1200 m 2 de estacas prancha metálicas. Os tipos e os comprimentos seriam retirados dos elementos de projecto. 69
d) Se calculara executar na carpintaria 700 m2 de cofragem para serem utilizados como moldes do betão em superestruturas e 50 m2 do betão em vigotas pré-fabricadas. A partir dos dados fornecidos pelos pormenores dos desenhos de preparação, já focados anteriormente no subcapítulo destinado ao Projecto, se determinavam quais os tipos de madeira necessários à execução e correspondentes quantidades. Considerando, por exemplo, que para cada m2 seriam necessários 1,20 m2 de solho aparelhado, 0,013 m3 de barrotes de 10 x 7, 0,018 m3 de vigas de 16 x 8 cm e 0,30 kg de pregos, teríamos então: 750 m2 x (1,2 de solho + 0,013 de barrotes + 0,018 de vigas + 0,3 de pregos), ou seja: 900 10 14 225 e)
m2 m3 m3 kg
de solho aparelhado de barrotes de 10 x 7 cm de vigas de 16 x 8 cm de pregos
Se iriam comprar l 700 m3 de"betão pronto" da classe C20/25 para serem aplicados nas peças constituintes da superestrutura dos módulos.
f) Seriam necessários 3 000 toneladas de enrocamento e 3 000 metros cúbicos de saibro para aterros, enrocamento e saibro com as características definidas nos elementos de projecto. Estaríamos, portanto, em condições de entregar nos Serviços de Compras, e com a antecedência conveniente a uma procura vantajosa nos mercados correspondentes, uma primeira relação de necessidades. 3.3.3.2- Se, deste modo e imediatamente após a adaptação dos primeiros documentos base, foi possível determinar as quantidades totais dos materiais de consumo mais importantes, estamos agora em condições de dar a conhecer as cargas correspondentes, isto é, as previsões de consumo para períodos bem definidos no tempo. De um modo semelhante ao adoptado anteriormente para a determinação das de mão de obra, poderemos calcular as cargas de materiais necessárias à execução da empreitada. Baseando-nos no planeamento e nos consumos unitários retirados das folhas de orçamentação (ver página 53), e aplicando os resultados ao gráfico de barras, isto é, fazendo corresponder as quantidades 70
previstas de materiais ao período de tempo tomado como referência, vamos obter as necessidades desses recursos multiplicando as unidades de produção a realizar nesse período, pelas quantidades unitárias de consumo. Assim, para o mesmo exemplo da página 53, e tomando também em consideração os elementos fornecidos através das folhas de operações relativas às máquinas de apoio (as quais nos dariam, de forma idêntica ao código 1M e relativamente à Benoto, no mapa n° 13 as quantidades de materiais dispendidos com o seu funcionamento e ou conservação, por hora de trabalho), teríamos: l "Por cada metro linear de furacão e remoção: 0,46 x (141 de gasóleo + 2,5 l de lubrificante + 0,4 kg de massa) da Benoto + 0,06 x (111 de gasóleo + 0,1 kg de massa) da grua Andes = 7,11 de gasóleo +1,15 l de lubrificante + 0,19 kg de massa. 2-Por cada tonelada de armadura executada: 1,11 de varão A24 + 60 eléctrodos de soldadura + 4 kg de arame recozido + 4 x 1 terminal (isto relativo à máquina de soldar) 3-Por cada tonelada de armadura transportada: 3 x (l l de gasóleo + 0,2 l de óleo) da grua automóvel Fuchs = 3 l de gasóleo + 0,6 l de óleo 4-Por cada tonelada de armadura colocada: 4 eléctrodos + 0,06 x (11 l de gasóleo + 0,1 kg de massa) da grua Andes + 0,07 x l terminal da máquina de soldar = 4 eléctrodos + 0,66 l de gasóleo + 0,006 kg de massa + 0,07 terminais. 5-Por cada metro cúbico de betão fabricado: 1,05 x (300 kg de cimento + 1,000 m3 de brita + 0,500 m3 de areia) = 325,5 kg de cimento + 1,050 m3 de brita + 0,525 m3 de areia. 6-Por cada metro cúbico de betão transportado: 0,3 x (1,3 l de gasóleo + 0,3 l de óleo) do Dumper = 0,39 l de gasóleo + 0,09 l de óleo. 7-Por cada metro cúbico de betão colocado: 0,5 kg de massa lubrificante + 0,18 x (0,05 de lubrificante + 0,04 de fusíveis) da Grua Torre + 0,08 x (10 l de gasóleo + l l de óleo) da Entubadora = 0,15 kg de massa + 0,007 fusíveis + 0,8 l de gasóleo + 0,08 l de óleo. 71
Aplicando estes valores às quantidades previstas, e tendo em devida nota as 8 semanas de duração das actividades, obter-se-ia:
1- 800 ml x (7,1 l de gasóleo + 1,15 l de lubrificante + 0,19 kg de massa): 8 semanas, ou seja: 710 115 19
l de gasóleo/semana l de lubrificante/semana kg de massa/semana
2- 60 t x (1,1 t de varão + 60 eléctrodos + 4 kg de arame + 4 terminais): 8 semanas, ou seja: 9 450 30 30
t
de varão A24/Semana eléctrodos/semana kg de arame/semana terminais/semana
3-60 t x (3 l de gasóleo + 0,6 l de óleo): 8 semanas, ou seja: 23 5
l l
de gasóleo/semana de óleo/semana
4- 60 t x (4 eléctrodos + 0,66 l de gasóleo + 0,006 kg de massa + 0,07 terminais): 8 semanas, ou seja: 30 5 0,05 0,60
eléctrodos/semana l gasóleo/semana kg massa/semana terminais/semana
5-800 m3 x (325,5 kg de cimento + 1,050 m3 de brita + 0,525 m3 de areia): 8 semanas, ou seja: 32 550 kg de cimento/semana 105 m3 de brita/semana 53 m3 de areia/semana
72
6- 800 m3 x (0,39 l de gasóleo + 0,09 l de óleo): 8 semanas, ou seja: 39 9
l l
gasóleo/semana óleo/semana
7- 800 m3 x (0,15 kg de massa + 0,007 de fusíveis + 0,8 l de gasóleo + 0,08 l de óleo): 8 semanas, ou seja: 15 l 80 8
kg de massa/semana fusível/semana l de gasóleo/semana l de óleo/semana
Para o conjunto destas subactividades teríamos, portanto, a seguinte carga de materiais principais, por semana: 857 115 35 9000 480 30 31 22 32550 105 53 l
l l kg kg
de gasóleo de lubrificante de massa de varão de aço A400 eléctrodos kg de arame recozido terminais l de óleo kg de cimento m3 de brita m3 de areia fusível
73
UNIDADE!i (10 m 3 )
22 20 _ 18 _ 16 _ 14 _ 12 _ 10 _ L ~l
8 6 _
—
4 _ 2 _ 0 1
2
3
4
r
6
5
7
8
9
10 l
Meses
'//////////////// Fig.15 ' Carga do material "Areia"
Procedendo-se de igual modo para todas as restantes actividades permitirnos-ia, somando coluna a coluna do gráfico de barras, determinar os consumos de materiais previstos ao longo do tempo de execução dos trabalhos. Na figura 15 está representado o plano de cargas do material areia. 3.3.4 - Tal como dissemos então a respeito da mão de obra, também agora estamos conhecedores das necessidades em termos de materiais pelo que poderemos dimensionar as instalações correspondentes, assunto que trataremos mais adiante. Finalmente, multiplicando os custos unitários dos materiais pelo número de unidades a consumir para a realização da produção mensal planeada, 74
obteremos a previsão mensal de custos com aqueles recursos, cuja apresentação poderá ser manifestada através do gráfico já utilizado para a informação de custos salariais. 3.3.5 - Acabamos já de ver que, a partir do Planeamento, o responsável pela obra fica consciente das quantidades, das qualidades e dos prazos de aquisição, fundamentalmente para os materiais destinados ao consumo directo, dependendo já da sua maior ou menor experiência o que se refere aos restantes. Mas como a obra é da sua responsabilidade, e não deseja que todo o seu trabalho de organização e planeamento falhe por inexistência sistemática desses outros materiais - cujo emprego mais ou menos excepcional não invalida da indispensabilidade de os ter imediatamente à disposição em caso de necessidade, como numa avaria de uma máquina, por exemplo - ele deve fornecer o máximo de elementos aos serviços centrais competentes para que estes, utilizando os conhecimentos de toda a sua experiência acumulada, retribuam com informações valiosas relativas aos tipos de materiais e aos níveis de stocks que a obra deve possuir, tendo em consideração as tarefas que vai realizar, as instalações e equipamento que vai utilizar, etc. Fica então a obra totalmente capaz de actuar adequadamente através de um serviço básico: o Aprovisionamento. E definido como "o conjunto das operações que permite por à disposição da obra em tempo oportuno, ao menor custo e na quantidade e qualidade desejadas, todos os produtos e materiais necessários ao seu funcionamento", o que lhe confere, desde logo e para além de outras, duas funções principais: a compra e a armazenagem. Sobre a primeira, que em termos de obra significa aquisição, não necessariamente ao exterior, pouco mais há a dizer para além de que as compras deverão ser efectuadas ao menor custo possível e em quantidades que permitam satisfazer continuamente as necessidades da obra. Isto implica um conhecimento eficaz de gestão económica de stocks, não só a nível da obra mas da própria empresa, devendo estar também perfeitamente definidos os materiais que poderão ser adquiridos directamente pela obra no mercado exterior, e os que só o deverão ser através dos Serviços de Aprovisionamento Central.
75
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'//////////////// Gráfico n° 5 - Previsão de custos
76
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MÁQUINAS
rn
0 22
SUBEMPREí
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Sobre a armazenagem, segunda das principais funções do Aprovisionamento da obra, necessitamos de demorar um pouco mais. Por Armazém, deveremos entender "todo o conjunto de existências e movimento de materiais de consumo, ferramentas e sobressalentes, que se encontram em obra, como meios auxiliares, e estão armazenados em locais fechados (cobertos e ferramentarias) ou distribuídos pelas diversas zonas do local dos trabalhos"; não nos podemos limitar, ao significado restrito da palavra. Na verdade é o Armazém que regista as entradas na obra dos materiais (procedentes de fornecedores, do Armazém Central ou de outras obras), e as respectivas saídas ou consumos para a produção, separando convenientemente os materiais de consumo, das ferramentas e dos sobressalentes. Ao receber procede, evidentemente, ao primeiro controlo, isto é, verifica medidas e classes, confere pesos e qualidades, pois todos os materiais tiveram, na sua origem, pedidos de compra, elaborados: — Pelos próprios Serviços de Aprovisionamento, quando para materiais de consumo perfeitamente definidos em quantidade e no tempo e, portanto, já a eles previamente requisitados a partir do planeamento estabelecido (cimento, aço. etc.), como vimos anteriormente; Obra N»
PEDIDO DE COMPRA DESIGNAÇÃO
QUANTIDA
nnal
Data de entrega na obra
DE SOALHO A 1/2 FIO
200 ml. 100
VIGAS DE 16 x 8 COM 6 m
150
BARROTES DE 12 x 12
1001.
ÓLEO DE OESCOFRAGEM
300
CASTANHAS PARA ESTICADORES
Visto
Data / /
'//////////////// F 'g- 16 - Pedido de compra de Material 77
Guia Ne Condições r.nnla Vend.
O FORNECEDOR Exmo. Sr.
D ita
DESIGNAÇÃO
/
Quaní. Un.
/
Preços
SOALHO A 1/2 FIO COM 6 m
200
€
VIGAS 18 x 8
100
€
BARROTES 12 x 12 COM 2,60 m
150
€
%
Recebi o material constante desta guia Talão N»
SERVIÇO INTERNO
DP
Remessa Ne Data rransportado por
/
/
Para Loca!
REF.
QUANT. 100
l.
300
un.
Elaborado por:
DESIGNAÇÃO
Preços Total
Unitário
ÓLEO DE DESCOFRAGEM CASTANHAS PARA ESTICADORES
Recebido em / /
Visto
//////////X///// Fig-17 - Guias de remessa
- Pelas várias frentes da obra ligadas à produção, quando para outros, nomeadamente materiais furtuitos ou não previamente estimáveis em tempo por não se incorporarem no planeamento pré-estabelecido.
78
Estes pedidos deverão ser sempre visados pelo responsável, o qual por esse meio terá não só oportunidade de um controlo imediato do que se está gastando e em que quantidades — que eleja tem estimadas — mas também um precioso meio de verificação para conferência das respectivas facturas. Estas, quando chegam às mãos do responsável para aprovação de pagamento, faz-se acompanhar dos correspondentes pedidos de compra e das chamadas guias de remessa ou notas de entrega; desse modo ele controla os pedidos, as compras e as entregas, evitando ou detectando eventuais duplicações, porque ambos os documentos foram por ele devidamente visados. Nas páginas 77 e 78 estão representados um pedido de compra, uma guia de remessa de um fornecedor e uma guia de remessa interna, respectivamente. A partir das guias de remessa o Armazém elabora o Registo de Entrada de Materiais, cujo preenchimento o mapa da página 80 explica das suas vantagens, das quais, em termos de controlo, se destaca a possibilidade de conhecermos diariamente os materiais entrados na obra. Ao mesmo tempo vão-se preenchendo as Fichas de Movimento de cada um dos materiais (ver página 81). Analisando uma dessas fichas com algum pormenor, verificamos que, para além da indicação da data de entrada ou saída, do número do documento respectivo, do fornecedor ou destinatário, do preço unitário, das quantidades entradas ou saídas e das existências, há a indicação dos stocks mínimo e máximo e uma coluna para codificação das saídas. Como fazer esta codificação? A regra principal de funcionamento de um armazém é a seguinte: "nada deve entrar sem guia de remessa, nada deve sair sem requisição". Aparece-nos assim a requisição ao Armazém. No exemplo figurado na página 83 poderemos verificar que, para além das quantidades pedidas e fornecidas (pormenor importante pois pode evidenciar, desde logo e no caso da não satisfação integral do pedido, ou uma má gestão de stocks ou um gasto superior ao previsto), dá informações sobre a actividade em que o material requisitado vai ser utilizado ou empregue. Ela, que não será considerada sem o visto do responsável pelas razões atrás já apontadas, deveria ser entregue no armazém já codificada o que, infelizmente e na maioria dos casos, não é possível;
79
REGISTO DIÁRIO DE ENTRADA DE MATERIAIS OBRA N»
DATA
Guia Remes FORNECEDOR 1F
1Y
2F
0 FORNECEDOR
OBRA n'- Y
0 FORNECEDOR CIMENT.
DESIGNAÇÃO
Quant. P. Unit.
Total
SOALHO A 1/2 FIO
200
€
€
VIGAS 16 x 8 COM 6 m
100
€
€
BARROTES 12 x 12
150
€
€
ÓLEO DE DESCOFRAGEM
100
€
€
CASTANHAS PARA ESTICADORES
300
€
€
10
€
€
SACOS DE CIMENTO PORTL
'//////////////// Mapa n° 15 " Registo de Entradas de Materiais
daí ser, depois de lançada na ficha de movimento, reenviada ao responsável que a analisa convenientemente e a codifica, tal como o fez para a parte diária de mão de obra.
Assim, para este exemplo, teremos utilizado a lista de codificação já referida > 5 l de óleo de descofragem >100 kg de aço A400 0 6 > 0,5 m2 de solho > 5 pares de luvas de borracha > 2 sacos de cimento Portland > 2 pás > 20 l de gasóleo 80
código código código código código código código
5.2 4.2 13 14 6.4 6 840
FICHA DE MOVIMENTO DE MATERIAIS Sotcks rif^MENTC, EM SACO Data
NsDoc.
^» SS
Fornecedor ou Destinatário transporte
Req.N»
G. R N52/f
Preço Unitári.
Entrad.
Saída
Entrad.
€
400
350
50
2
48
ACABAMENTOS
€
O FORNECEDOR CIMENTEIRO
€
10
Código
6.4
58
a transportar
'///////////////,
Mapa n° 16 - Ficha de Movimento de Materiais
Codificadas, as requisições voltam ao Armazém para serem completadas as fichas de materiais com o preenchimento da coluna consignada ao código. Esta codificação, e sua referência no mapa a que nos vimos referindo, seria o suficiente para a recolha de elementos de controlo no que respeita a materiais, se não existisse, como a prática o tem justificado plenamente, a necessidade de uma contraprova: tal como na Mão de Obra, em que possuíamos comprovação entre as horas totais indicadas nas partes diárias e no ponto diário com as vantagens então enunciadas, também aqui, nos materiais, se justifica essa necessidade. Consegue-se o objectivo da seguinte forma: as requisições são sempre feitas em original e duplicado, geralmente de cores diferentes: o primeiro destina-se aos serviços de armazém, o segundo aos de controlo. O responsável codifica ambas e encaminha cada uma delas, posteriormente, para as respectivas secções, as quais, independentes como o são nesta fase, as lançam às diversas actividades, permitindo assim detectar possíveis anomalias, como veremos adiante. 81
Encontramos mais dois exemplos de requisições codificadas na página 85. Notemos, entretanto, que numa delas não foi totalmente satisfeita uma das quantidades requisitadas, facto que levará o responsável a actuar imediatamente a fim de se assegurar se os limites de stocks têm sido cumpridos a tempo ou se os gastos têm sido exagerados, neste caso procurará as origens e corrigilas-á. 3.3.6 - Nos exemplos apontados os materiais foram de possível requisição imediata, isto é, materiais que se compram, se armazenam, se requisitam em quantidades definidas, se gastam e se valorizam, sem existir praticamente qualquer tipo de perdas involuntárias. Como proceder, no entanto e para efeitos de controlo, para aqueles cuja quantidade, pelo menos, não pode ser definida correctamente aquando da sua requisição e que estão sujeitos a perdas produzidas na obra em consequência da própria natureza do trabalho? Para melhor compreensão, consideremos alguns materiais deste tipo tais como o cimento, a areia e a brita, por exemplo. Para o fabrico de betão, o cimento (principalmente o ensilado), as areias e as britas serão controladas em função das dosagens; suponhamos um betão cuja composição por metro cúbico é: Cimento: Brita: Areia: Água:
400 0,760 0,520 160
kg m3 m3 l
e que a central de betonagem de que dispomos faz amassaduras de 500 1. Possuindo impressos do tipo do indicado na página 83, fácil é dar a conhecer os consumos teóricos:
82
REQUISIÇÃO AO ARMAZÉM QUANT.
DESIGNAÇÃO
OBRA N° X preço unitári.
REQ. N»
APLICAÇÃO
FOR.
ÓLEO DE DESCOFRAGEM
COFR DE VIGOTAS
5L
e
€
5.2
100KG
AÇO A 24 0 6
COFMUHOFRMI(Estc)
100KG
€
€
4.2
0.5 m2
SOALHO A 1/2 FIO
REPAR. DE INSTAL.
0.5 m'
€
€
13
5
PARES LUVAS BORRA.
VIBRADORISTAS
5
e
€
14
2
SACOS CIMENT. NORMAL
ACABAM. NOMURO M1
2
t
€
6.4
2
PÁS
DIVERSOS
2
€
e
6
GASÓLEO
COMPRESSOR N» 840
20 L
e
€
840
5L
20 L
O chefe de equipa O Encarregado Data
/
F. Armazém
TOTAL
CÓD
Visto
/
'//////////////// Fig. 18 - Requisição de Materiais
CENTRAL DE BETÃO - CONSUMOS OBRAN S X AMASSADURAS
40
4
4
VOLUMEdeAMA
0.5
0.5
0,5
TOTAL (m3)
20
2.0
CONSUMOS uníí.
2.0
ACUMULAD.
LOC.deAPLICA. estaca n° 411 vig. pré-fab. total
unit. 175
betão limp.
total
unit.
total
prepa. do ter. unií.
total
unit.
total
unit.
CIMENTO
KG 200
8.000
700
120
520
9.250
BRITA
KG 311
12.440 612
2.448
400
1.600
16.448
AREIA
KG 412 16.480 358
1.432
500
2.000
CÓDIGO
7.1
7.5
7.3
200
'
Visto
3.1
0 chefe de equipa Data
20.112
O Encarregado
/
'//////////////// Mapa n° 17 - Consumo de inertes
83
— Amassaduras = 40 ~~ Volume de amassadura = 0,5 m3 - Total (m3) = 20 ~~ Local de aplicação = estaca n.° 411 — Consumos: > Cimento = 200 x 40 = 8 000 kg > Brita = 3 1 1 x 4 0 = 12440 kg > Areia = 412 x 40 = 16 480 kg Código: - 7.1 (já que o betão foi para estacas) Como este mapa é de preenchimento diário teremos, para cada dia e para os diferentes betões fabricados ou inertes dispendidos, os consumos teóricos acumulados. Estes consumos teóricos, depois de convenientemente codificados, são transmitidos diariamente ao Armazém e ao Controlo, os quais consideram requisitados os materiais correspondentes. Em qualquer momento, mas pelo menos mensalmente, o responsável pela obra, mediante as medições, os gastos teóricos e os stocks existentes, calcula as perdas e compara-as com as previstas, dando indicação ao Armazém para as considerar como gastos, e ao controlo para as distribuir em percentagem pelas diversas actividades realizadas e que consumiram esse tipo de materiais. Queremos, finalmente, chamar a atenção para o facto de que, quando qualquer destes materiais for aplicado em trabalhos a que eles não se destinam especificamente (por exemplo, madeira gasta na reparação de instalações), serão tratados como qualquer dos outros aqui primeiramente referidos, isto é, utilizando requisição directa ao Armazém. (Veja-se requisição na página 83).
84
REQUISIÇÃO AO ARMAZÉM QUANT.
5 Kg
DESIGNAÇÃO
APLICAÇÃO
PREGOS GALEOTA
COFRAGEM MÓDULO 1
ÓLEO DE DESCOFRAGEM
5L
100 Kg
AÇO A 24 0 6
REQ. N2
OBRA NS_JL
FORN
preço unitári.
5
€
€
4.2
5
€
€
4.2
100
€
€
4.2
TOTAL
CÓD
1 O Encarregado Data
/
O chefe de equipa
F. Armazém
Visto
/
'//////////////// Fig. n° 19 - Requisição de Materiais totalmente satisfeita
REQUISIÇÃO AO ARMAZÉM
50
REQ. N5
APLICAÇÃO
FORN
preço uniíárt.
TOTAL
CÓD
TRANQUETAS
TUBOS MOLD.DAS ESTAC.
30
€
€
1.1
GASÓLEO
LUBRiF. DAS TRANQUET.
1
€
€
1.1
MASSA CONSISTENTE
LIMPEZ. DO TUBO "TREM"
1
€
€
1.7
0,5
€
€
1.7
QUANT.
1L
OBRA NS_J£_
DESIGNAÇÃO
1 Kg 0,5 Kg
DESPERDÍCIOS
i
O Encarregado Data
/
O chefe de equipa
F. Armazém
Visto
/
//////////////// Fig. n° 20 - Requisição de Materiais parcialmente satisfeita
85
3.4 - MÁQUINAS 3.4.1 - As razões que impõem um estudo prévio cuidadoso para determinação da maquinaria e do equipamento necessários à boa execução dos trabalhos e, posteriormente durante estes, à de um controlo apertado, são algo diversas das apontadas para outros elementos já focados nesta exposição: Primeiro, porque não podemos neste caso afirmar, pelo menos com a mesma certeza com que o havíamos feito para a Mão de Obra e para os Materiais, que a maquinaria representa sempre uma percentagem importante relativamente ao custo total de uma obra; na verdade isso depende muito do tipo de construção que se vai realizar pois que, enquanto nas chamadas grandes obras de engenharia se empregam numerosas máquinas cuja maioria, classificada como pesada, é capaz de produzir quase autonomamente, nas pequenas, se essas existem, são em número muito reduzido e por períodos curtos, predominando a maquinaria ligeira que não influencia obviamente com a mesma importância o custo total. Segundo, porque a mão de obra utilizada na condução deste tipo de equipamento é especializada e geralmente não eventual, permitindo preestabelecer rendimentos muito próximos dos reais. Terceiro, porque os custos não flutuam com frequência, sobretudo se as máquinas são pertença da empresa.
3.4.2 - Que tipo de estudo prévio deverá então ser processado? Consideramos necessário realizar três diferentes estudos: o dirigido à perfeita definição do equipamento e da maquinaria mais adequada aos objectivos de realização propostos; aquele que vai permitir determinar o número dessas máquinas e equipamentos e suas permanências; e, como consequência imediata, o que vai fornecer elementos relacionados com consumos, revisões, sobressalentes, conservação, manutenção e funcionamento. 3.4.2.1 - A partir dos elementos fornecidos pelo Projecto e pelo Orçamento adaptados, fácil será definir o equipamento mais adequado à realização da obra.
86
Na verdade, após essa adaptação, o projecto está: - perfeitamente identificado — convenientemente esclarecido — sem omissões ou incompatibilidades — coerente
Daí ser possível: — pensar a obra — definir todas as suas fases de execução — determinar métodos de construção - elaborar desenhos de execução - pormenorizar esses desenhos — rectificar quantidades o que permite a escolha adequada do equipamento necessário à execução mais racional da obra, tendo em vista os métodos de construção mais apropriados. Consideramos ser neste aspecto que mais necessidade tem o responsável de utilizar a experiência e o engenho, não necessariamente só dele. Um assunto tão importante como a obtenção dos métodos de execução — os quais vão ser determinantes à boa técnica de construção — não pode ser deixado à experiência e engenho de uma única pessoa, mesmo que ela possua já bastante prática. Esse engenho e essa experiência devem ir beber-se à própria Empresa, isto é, ao conjunto dos seus colaboradores. Não será difícil a uma Construtora habituada concretamente a empreitadas marítimas de grande porte, à execução de obras de fundações de toda a variedade e com curriculum técnico válido, fornecer, tendo em consideração o planeamento efectuado e a quantidades a realizar e para o caso do exemplo que vimos seguindo, a indicação de que deverão ser utilizadas na execução da empreitada as máquinas constantes da lista apresentada nas páginas seguintes. Estaria assim definida a maquinaria principal a utilizar, mantendo-se como incógnita, contudo, o número de unidades e correspondentes curvas de utilização.
87
Na realidade, tendo em consideração as tarefas a realizar (Ver, por exemplo, o mapa da página 32), a obra deverá possuir como máquinas principais as seguintes: 1. Para a "Escavação Geral": Máquinas de escavação Máquinas para transporte dos produtos escavados (neste caso foi prevista uma subempreitada razão pelo qual não aparecem referidas no mapa). 2. Para a "Execução de Estacas tipo Benoto": Máquinas Máquinas Máquinas Máquinas Máquinas Máquinas Máquinas Máquinas Máquinas Máquinas
para moldar as armaduras (818, 819, 868) para o transporte das armaduras (830 e 865) para a colocação das armaduras (850 e 868) para a furacão dos terrenos (850, 862 ou 863, 891, 892, 893 e 950) para a lavagem dos furos (825 e 864) para a remoção dos produtos extraídos (844, 858, 874) para o fabrico de betão (820 e 842) para o transporte do betão (871, 872, 873), para a colocação do betão (822, 836. 862. 863 e 895) para o corte e regularização das cabeças de estacas (840 e 866)
3. Para a "Escavação cotas de trabalho": Máquinas Máquinas Máquinas escavação
de escavação para o transporte dos produtos escavados para compactação e regularização das camadas superiores após (considerada uma subempreitada).
4. Para a "Cortina de Estacas Prancha": Máquinas para corte e soldagem das estacas metálicas (838 e Máquinas para movimentar as estacas prancha (849) Máquinas para transportar as estacas (865) 88
Guias de cravação (894) Máquinas para cravação das estacas metálicas (850, 868 e 890) 5. Para "Betão Armado": Máquinas Máquinas Máquinas Máquinas Máquinas Máquinas Máquinas Máquinas Máquinas
para fabricar o betão (considerada a utilização de betão pronto) para o transporte do betão (872 e 873) para colocação do betão (822, 836 e 869) para execução de cofragens (841 e 851) para transporte das cofragens (865) para colocação das cofragens (822 e 836) para executar as armaduras (818 e 819) para transportar as armaduras (865) para colocar as armaduras (822 e 836)
6. Para "Alívio da Cortina": Máquinas para escavação (837) Máquinas para remoção (910, 911 e 912) 7. Para "Colocação de Enrocamento": Máquinas para colocação (837) 8. Para "Aterros Finais": Máquinas de terraplenagem e movimentos de terras Máquinas de compactação (considerada uma subempreitada) 9. Para 'Dragagens": o o Máquinas de dragagem (910) Máquinas de remoção (911 e 912)
89
Resultaria, se não tivessem em conta o planeamento, as seguintes necessidades: Máquina 818-2 unidades Máquina 819-2 unidades Máquina 820 - l unidade Máquina 822 - 4 unidades Máquina 825 - l unidade Máquina 830 - l unidade Máquina 836 - 4 unidades Máquina 837-2 unidades Máquina 838-1 unidade Máquina 840 - l unidade Máquina 842 - l unidade Máquina 844 - l unidade Máquina 850 - 2 unidades Máquina 851-1 unidade Máquina 862 ou Máquina 863 - 2 unidades Máquina 864-1 unidade Máquina 865-4 unidades Máquina 866 - l grupo Máquina 868 - 4 grupos Máquina 869 - l grupo Máquina 871 - l unidade Máquina 872 - 2 unidades Máquina 873-2 unidades Máquina 874-1 unidade Máquina 890 - l unidade Máquina 891-1 unidade Máquina 892-1 grupo Máquina 893 - 2 grupos Máquina 894 - l unidade Máquina 895 - l grupo Máquina 910-2 unidades Máquina 911-2 unidades Máquina 912 - 2 unidades Máquina 950 - l grupo 90
Verificaremos a seguir que, a partir do planeamento, é possível eliminar muitas destas unidades e atingir-se uma optimação de utilização. 3.4.4.2 - Definimos o equipamento e a maquinaria necessários. Tal como fizemos para a mão de obra e para os materiais, vamos agora estabelecer um método de determinação das curvas de utilização de equipamento previstas. Baseando-nos no planeamento efectuado e no orçamento adaptado, e utilizando novamente o gráfico de barras, aplicamos às diversas actividades os rendimentos de funcionamento previstos obtendo-se, pelo produto desses rendimentos pelas unidades de produção a executarem-se num dado período de tempo, os valores teóricos previsionais. E evidente que para este factor de custo, mais ainda do que para a mão de obra, não é possível considerar fracções de unidades ou de permanência, visto que as máquinas entram na obra em número certo e terão de lá permanecer por intervalos de tempo definidos. Vejamos como proceder num caso concreto, utilizando o exemplo já considerado para os dois recursos anteriormente tratados, isto é, como determinar a curva de funcionamento do equipamento necessário à execução dos 800 ml de estacas moldadas no terreno durante um período de 8 semanas. Analisando simultaneamente o plano de trabalhos e as folhas orçamentais retiraríamos: l- Para furacão (em aluviões) e remoção: Máquina Benoto, incluindo tubos benoto: (0,46 h/ml x 800 ml): (38 d x 9 h) Máquina Grua Andes: (0,06 h/ml x 800 ml): (38 d x 9 h) Máquina Rectro escavadora Máquina Pá carregadora Máquina Dumper Super
= 1,08 unidades = 0,14 unidades = l unidade por todo o período = l unidade por todo o período = l unidade por todo o período
91
2- Para execução das armaduras: Máquina de moldar ferro = não há moldagem visto utilizarem-se varões inteiros direitos Máquina de cortar ferro = não há corte pela mesma razão Máquina de soldar: (4 h/t x 60 t) : (38 d x 9 h) = 0,7 unidades 3- Para o transporte de armaduras: Máquina Grua Fuchs 301: (3 h/t x 60 t): (38 d x 9 h) = 0,53 unidades Máquina Tractor Normal (cedida pelo cliente gratuitamente por contrato) = l unidade durante todo o período. 4- Para a colocação das armaduras: Máquina Grua Andes: (0,06 h/t x 60 t): (38 d x 9 h) = 0,01 unidades Máquina de soldar: (0,07 h/t x 60 t): (38 d x 9 h) = 0,01 unidades 5- Para fabricar o betão: Máquina Central de Betão, incluindo drigline = l unidade durante todo o período. 6- Para transportar o betão: Máquina Dumper: (0,3 h/m3 x 800 m3) : (38 d x 9 h) = 0,7 unidades 7- Para colocação do betão: Máquina Grua Torre Liebherr: (0,18 h/m3 x 800 m3 : (38 d x 9 h) = 0,42 unidades Máquina Entubadora, incluindo tubos tremie: (0,08 h x 800 m3) : (38 d x 9 h) = 0,18 unidades Retirávamos então que, teoricamente, seriam necessárias: 1,08 unidades de Benoto 0,15 unidades de Grua Andes 92
1,00 unidades de Rectro Escavadora 1,00 unidades de Pá Carregadora 1,00 unidades de Durnper de Alta Capacidade 0,71 unidades de Máquina de Soldar 0,53 unidades de Grua Fuchs 301 1,00 unidades de Tractor Normal 1,00 unidades de Central de Betão 0,70 unidades de Dumper Normal 0,42 unidades de Grua Torre Liebherr 0,18 unidades de Entubadora Desta previsão o responsável concluiria nomeadamente que: - O rendimento médio da máquina de execução das estacas deveria ser melhorado a fim de ser utilizado somente uma unidade: (0,42 h/ml x 800 ml: 38 d : 9h = 1). - A máquina Entubadora, embora com pequena previsão de utilização, deveria ser mobilizada pois, para além de ser necessário para as betonagens das estacas (já que a Benoto estaria plenamente ocupada na furacão), serviria como reserva à própria Benoto em eventuais paragens por avaria. — Dever-se-ia retardar a montagem da Grua Torre e dar preferência à Grua Andes visto que esta para além de poder executar todas as tarefas previstas para a Liebherr durante a execução das estacas, teria que ser obrigatoriamente utilizada na cravação das estacas prancha metálicas, tarefa anterior às que terão que utilizar a Grua Torre. - A máquina de soldar poderia ser utilizada também em serviços da oficina mecânica visto ter uma folga de cerca de 30% — A Grua Fuchs poderia ser dispensada e utilizar-se nesta fase da obra de ainda pouco serviço de apoio à prevista nos encargos com o estaleiro. — Deveria corrigir as previsões de mão de obra e materiais relacionados com as máquinas. - Teria, relativamente ao orçamentado, um défice de custos da Entubadora da Grua Andes, o qual procuraria compensar durante o desenrolar dos trabalhos. 93
Colocaríamos, então, sobre as barras desta actividade o seguinte equipamento principal: l Benoto + l Grua Andes + l Rectro Escavadora + l Pá Carregadora + l Dumper + l Máquina de Soldar + l Tractor + l Central de Betão + l Dumper Normal + l Entubadora. Procedendo de igual forma para todas as restantes actividades, determinaríamos as cargas de equipamento previstas. 3.4.3 - Conhecido o equipamento necessário dimensiona-se o respectivo parque e suas instalações de apoio. Trataremos mais adiante deste problema. Entretanto poderemos determinar os custos mensais previstos com o equipamento próprio e ou alugado, multiplicando os seus salários de permanência, de funcionamento (que definiremos a seguir) e ou de aluguer pelos respectivos períodos de ocupação. 3.4.4 - Consideramos serem duas as razões fundamentais que justificam a existência de um controlo para a rubrica Máquinas, para além da decorrente de constituir um elemento de custo: — influências correlativas Maquinaria/Mão de Obra; - obtenção de elementos capazes de permitir, para cada caso específico de máquina e de trabalho que realiza, a actualização do seu salário. Relativamente à primeira, atentemos só em quanto pode variar o custo da mão de obra de uma actividade para a qual foi prevista a utilização de uma máquina com um determinado rendimento que não se cumpriu: numa betonagem cujo betão se havia estudado colocar-se por intermédio de um tapete transportador capaz de atingir os 30 mVhora se, por avaria daquele tapete, tiver de utilizar-se uma grua com capacidade não superior a 15 mVhora, logicamente que a betonagem demorará o dobro do tempo e, consequentemente, a actividade, falando já só em custos de mão de obra, ficará também pelo dobro. Quanto à segunda razão apontada consideramos que se caminha para, num futuro mais ou menos próximo todas as empresas de construção estarem organizadas, por forma a que os Serviços de Equipamento Centrais actuem 94
com autonomia funcionando, relativamente ás obras, como uma Empresa dentro da própria Empresa e cuja missão principal será alugar equipamento em boas condições mecânicas e económicas. Para que tal seja possível, aqueles serviços terão de possuir, constantemente renovados, elementos que lhes permitam estabelecer os seus preços de aluguer, os quais deverão cobrir juros do capital empregue, amortizações, reparações, revisões, manutenções, armazenagens, despesas de funcionamento dos Serviços, etc. Caso contrário poderão, no máximo imputar às obras as amortizações das máquinas e, ou não contabilizarão - ficando desse modo sem qualquer possibilidade de conhecerem os custos reais das suas máquinas - ou deixarão ao critério unilateral de cada obra o processo como as restantes despesas são contabilizadas. Estas razões são suficientes para concluirmos da necessidade de um controlo eficaz de cada máquina, nomeadamente em rendimentos, em consumos e em horas de funcionamento, em paragens, em avarias e até em tempos de deslocação; isto, evidentemente e sobretudo, para as classificadas como pesadas. Justifica-se assim plenamente que, na grande maioria das obras, existam equipas especializadas na conservação e manutenção do equipamento, mesmo que sejam diminutas, as quais estarão a cargo da obra ou dos Serviços de Equipamento Centrais, conforme o tipo de manutenção ou conservação que se efectue. Falaremos disso mais adiante. O responsável pela obra sente assim o impacto que o equipamento tem sobre a rentabilidade desta e giza um controlo que, ou já se enquadra perfeitamente na autonomia acima referida, ou permite fornecer à empresa os elementos necessários para se a atingir. 3.4.5 - Para efeitos de controlo todo o equipamento é considerado alugado e a um determinado preço. E dividido em duas grandes categorias: uma que engloba tudo aquilo que vulgarmente se designa por maquinaria (gruas, escavadoras, vibradores, martelos, compressores, etc.) e outra que comporta o chamado equipamento auxiliar (cimbres metálicos, projectores, quadros eléctricos, mobiliário, etc.). Indistintamente cada uma das unidades constituintes paga aos Serviços Centrais um salário-dia de aluguer. Salário este que, independentemente do número de horas de funcionamento ou utilização, terá de cobrir os juros de capital, as amortizações, as manutenções quando em parque — isto é sem utilização em qualquer obra - as armazenagens e as despesas de funcionamento daqueles serviços. 95
BOLETIM DE TRABALHO DE MÁQUINA OBRA N9 X
Data DESIG.
MÁQ. 1^-850-
HORAS GASOLI. GASOLE. DIÁRIAS
ÓLEOS
MASSAS
RELATÓRIO
ENERGIA XW
1
6,0
ESTA MÁQUINA NÃO TEVE AVARIAS
2
3,0
FOI UTILIZADA FUNDAMENTALMENTE
3
4,0
4
5,0
7
5,5
8
3,5
9
6,0
10
6,0
11
8,5
14
7,0
15
5,5
16
5,5
17
5,0
18
6,0
21
7,0
23
5,0
24
6,0
25
5,5
28
6,0
29
assin.
NA CRAVAÇÃO DE ESTACAS PRANCHA
100
METÁLICAS
100
100
4
1
100
15
1
400
19
6,0 112,0
Consumo/horas
gasolina gasóleo
visto
'//////////////// Mapa n° 18 " Boletim de Funcionamento
96
/
GRUA ANDFS
CONSUMOS
FUNC OIA
/
1
3.6
óleos
0,16
massas 3ner kw
l
1
Para além deste salário diário, cada uma das máquinas do primeiro grupo acima classificado vai pagar um outro salário, este horário, em número igual às suas horas de funcionamento, que cobrirá as despesas de reparação (quando não causadas por descuido ou má utilização nas obras e, então, por estas suportadas) e de conservação decorrentes do seu normal funcionamento; as despesas de manutenção e revisão normais são encargo da própria obra (lubrificações, gasóleo, energia eléctrica, etc). Por não se justificar o controlo de horas de funcionamento ou utilização, cada uma das máquinas incluídas no segundo grupo não paga salário-hora, pelo que o diário já inclui uma verba que cobre as despesas normais de conservação e reparação. 3.4.6 - Vimos já que, para a obra que temos vindo a utilizar como exemplificação, a maquinaria mais importante a considerar era indicada no mapa de codificação apresentado no Capítulo II. Todo o equipamento deverá ser entregue aos cuidados do Chefe da Oficina da Obra ou, no caso de este não existir por não o justificar o dimensionamento da mesma, ao Encarregado que supervisionará o trabalho do mecânico posto à sua disposição. Para cada uma das máquinas, o chefe da oficina ou encarregado, abre um Boletim de Trabalho de Máquina (ver página 96), mapa mensal no qual vai anotando, diariamente, as horas de funcionamento e os consumos. Este boletim vai fornecer ao responsável pela obra e aos serviços centrais de equipamento, deste modo e mensalmente, não só os consumos diários — para detenção de qualquer anomalia - mas também as horas de funcionamento, as quais tem a importância que resulta para o primeiro de lhe permitir verificar a maior ou menor utilização da máquina e, para os segundos, de os informar do quantitativo a debitar à obra em horas de funcionamento; será sempre acompanhado de um relatório que permita analisar o comportamento da máquina. A eficácia que se pretende obter deste boletim de máquina depende muito de dois elementos humanos: o manobrador e o seguidor da frente para a qual ela trabalha. Na verdade, tal como o dissemos já para a Mão de Obra, a exactidão do controlo da maquinaria depende, para além da eficiência profisssional de cada um deles, do fornecimento correcto e diário de alguns dado, tais como: — a indicação da tarefa ou tarefas que a máquina realiza em cada dia de trabalho; 97
OFICINA DA CARPINTARIA SAÍDAS DE MADEIRA Obra N" X
Mí.=:
Data Quant 5 un.
Requisição ou Local da Obra
Tipo de Madeira VIGAS DE 22x8 C/ 4m
0,5 m2 SOALHO 1/2 FIO 2 m2
Stock Cód.
COF. MURO FRONTAL
30
REQ. Na 2
100
—
COF. MURO FRONTAL
88
4.2
20
4.2
10un. BARROTES DE 10x10
4.2
'//////////////// Fig- 21 - Mapa de Consumo de Madeiras
PARTE DIÁRIA DE MÁQUINA Obra Ns X Turno — 1e naãrjnafãn - RRI IA TDRRF - N« R?? Data
/
/ HORAS
Visto do Seguidor
TRABALHO EFECTUADO trabal.
àord.
avaria
MONT. OOF. MURO FRONT. DO MÓD.1
4
1
2
ARRUM. DE VIGOTAS
2
CÓD.
MOVIMENTO DIÁRIO
4.2
Conta horas ou Conta Km
5.8
FINAL 431 INICIAL 425
6 Materiais : GASOLINA GASÓLEO ÓLEO MASSAS TOTAL GERAL HORAS
6
1
2
Condutor Operário DB
categoria:
11
MANO8RAOOR
Observ.
AVAR|ft NQ MOTOR
Nome António Manuel da Silva ELÉCTRICO
'//////////////// Hg- 22 - Parte Diária de Máquinas 98
Visto: horas de trabal.
9
— a indicação do tempo ocupado pela máquina em cada uma das tarefas realizadas nesse dia; — a indicação do número diário de horas no qual a máquina esteve à ordem, isto é, sem ocupação; — a indicação do número de horas diário em que a máquina se encontrou avariada; — a indicação dos materiais de consumo gastos; — a indicação de anomalias que possam ter influenciado o rendimento da máquina. Pelo preenchimento de uma Parte Diária de Máquina, da do tipo indicado na página 98, o manobrador dá todas estas indicações, posteriormente comprovadas pelo visto dos vários seguidores para quem a máquina executou trabalho. Podemos verificar que a máquina Grua Torre n.° 822 realizou as seguintes tarefas, nos seguintes tempos: - Montagem de cofragem no muro frontal do Módulo 1 = 4 horas — Arrumação de vigotas = 2 horas Verificamos ainda que esteve l hora à disposição por falta de trabalho, 2 horas com uma avaria da parte eléctrica, que iniciou o seu dia de trabalho com 425 horas e terminou com 431 horas e que não consumiu materiais. Recolhidos os elementos para o preenchimento do Boletim da Máquina, pelo chefe da oficina, a parte diária segue para o responsável pela frente de trabalho da obra que, depois de analizar convenientemente e tomar as disposições que eventualmente se impuserem, a codifica. Assim, no exemplo indicado anteriormente, teria de colocar, na coluna de código, os números relativos às tarefas executadas: - Montagem de cofragem no muro frontal - código 4.2. - Arrumação de vigotas - código 5.8. O manobrador é codificado à máquina por intermédio da parte diária de mão de obra de manobradores; os consumos, se existissem, seriam codificados nas requisições respectivas, como já vimos quando tratamos dos Materiais, dado que a própria oficina trabalha, para este efeito, como um armazém. 99
SERVIÇO DE EQUIPAMENTO
Obra N» Máquina N 9 _ 822 GRUA TORRE Ord de Rep ar. Na 201 Concluída em Iniciada em / /
/ /
MÃO- DE -OBRA DATA OP. N' HOflAS SALÁR TOTAL 21
2
6,00 € 12,00 €
MÁQUINAS
MATERIAIS
QUANT 3US.UN TOTAL NUME HORA BALAR TOTAL
DESIGNAÇÃO FUSÍVEIS
20
0,50 €
10,00 € 3,00 €
PORCA SEXTAV
30
0,10€
ANILHAS
30
0,05 €
1,50€
GOLPILHAS
30
0,04 €
1,20€
5.01
0.5
j 4,50 €
2,25 €
l
._.____
_. . _
Relatório e Subempreitadas
Resumo
AVARIA NA PARTE ELÉCTRICA E SUBSTITUIÇÃO DE PEÇAS NOS MONTANTES. NÃO HOUVE SUBEMPREITADAS- AVARIA NORMAL PEIO QUE É ENCARGO DOS SERVIÇOS DE EQUIPAMENTO CENTRAIS Assinatura
M-°
12.00 € 1570€ 2,25 € 29.95 €
ENC
23.98 € 53.91 € —— 53 91 €
MAT MÁO
SUBFMP TOTAL
'//////////////// Fig. 23 - Ordem de Reparação
Para maquinaria ligeira, como vibradores, martelos, etc., que não possuem manobrador próprio, as partes diárias são preenchidas pelo seguidor, tudo se processando, no restante, da mesma maneira. 3.4.7 - Temos assim recolhidos os elementos necessários ao controlo de rendimentos, consumos, horas de funcionamento e tempos de deslocação. Vejamos agora como recolher os referentes a conservação, revisão e reparação. Para qualquer destes casos a oficina da obra abre sempre a respectiva Ordem de Reparação. Analizando o mapa da figura 23 concluímos que não há mais do que, desde o início da reparação até ao final da mesma, preencher as colunas de Mão de Obra, Materiais e Máquinas, indicando os custos respectivos; as subempreitadas, se existirem (e pode existir unicamente subempreitadas se o trabalho for totalmente realizado em oficina exterior), são também assinaladas; há que elaborar o indispensável relatório que indica o tipo de reparação executado na máquina, o motivo, etc. 100
Valorizadas, são debitadas aos Serviços Centrais de Equipamento ou à Obra, conforme se trate de, respectivamente: — conservação ou reparação decorrentes do desgaste normal do funcionamento da máquina - manutenção normal ou reparação devida a uma má utilização da máquina e, em qualquer dos casos, enviadas àqueles serviços. Para máquinas verdadeiramente alugadas o controlo restringe-se a rendimentos e custos-hora.
3.5 - SUBEMPREITADAS Consideram-se Subempreitadas todos os trabalhos executados por entidades não pertencentes à obra. Assim, para além dos vulgarmente chamados subempreiteiros ou tarefeiros, das oficinas exteriores, etc., qualquer Serviço Central da Empresa que execute trabalho para a obra, a pedido desta, é considerado subempreiteiro. Interessa a qualidade e os rendimentos em termos de prazos e custos. Para este trabalho importa salientar que as verbas dispendidas nas subempreitadas entram integralmente na coluna de Subempreitadas.
3.6 - MEIOS DE APOIO E INSTALAÇÕES FIXAS Neste subcapítulo apresentaremos metodologia capaz de conduzir ao dimensionamento e à implantação dos parques de equipamento, dos depósitos de materiais, dos armazéns, etc., isto é, indicaremos alguns métodos que, tomados em consideração com o atrás exposto, vão permitir projectar correctamente e implantar eficazmente o chamado Canteiro de Serviço. Efectivamente, para que tal se consiga, as diferentes peças constituintes deste elemento do Estaleiro deverão possuir uma funcionalidade recíproca e interligada que assegure uma exploração conveniente. 101
Nesta fase possuímos: - todos os projectos e disposições reunidos — processos e prazos de execução definidos - pormenores das várias soluções adoptadas — população necessária determinada — materiais mais importantes conhecidos — curvas de consumos fixadas — equipamento escolhido — serviços de apoio encontrados - planos de desenvolvimento dos trabalhos Poderemos então afirmar que tudo está planeado para se conseguir a racionalização desejada? Planeado sim, mas o ter-se escolhido o equipamento e os outros meios auxiliares, calculado as quantidades de materiais e as suas curvas de variação de consumos, distribuída a mão de obra pelas tarefas a realizar, determinado o melhor encadeamento dos trabalhos a executar, estudado as condições particulares em que as actividades se vão processar, procurado atingir os mínimos possíveis em termos de custos, conseguido os métodos de execução mais indicados, escolhido os meios auxiliares mais convenientes, elaborado diagramas que permitem obter os equipamentos, os materiais e a mão de obra nas quantidades necessárias, no local certo e no momento oportuno, tudo isto não é suficiente, pois os meios de apoio e as instalações fixas necessitam de uma "dimensão e de uma implantação adequadas ao volume da obra e ao prazo fixado para a sua execução", para constituirem a entidade lógica de apoio à construção programada. 3.6.1 - Todos nós sabemos que, enquanto o canteiro para apoio à construção de um edifício urbano é geralmente reduzido, o necessário à realização de uma central hidroeléctrica, por exemplo, é sempre de uma grande complexidade. Se, para o primeiro caso, a situação num centro urbano — com acessos fáceis, utilizando pessoal local sem necessidades de alojamento, com redes públicas
102
de água, energia e telefone e até com as dificuldades decorrentes de falta de espaço — aliada ao tipo e tamanho da obra, reduz imenso as suas necessidades, no segundo caso a envergadura do empreendimento e a sua localização habitual — distante dos centros urbanos e industriais - implica um estudo profundo do projecto de instalação e montagem de todo o Estaleiro, incluindo forçosamente o Canteiro de Serviço. Este depende essencialmente: - do tipo de obra > edifícios habitacionais > edifícios industriais > pontes > obras hidráulicas > obras marítimas > estradas, etc. — da envergadura da obra — da localização da obra - das condições locais, nomeadamente, geográficas, topográficas e geológicas - dos métodos de execução — do plano de trabalhos — do prazo de execução da obra. Na verdade, para além de, como dissemos, uma pequena obra não ter as mesmas exigências de uma grande obra de engenharia, é óbvio que: — quanto mais afastada estiver dos centros vitais (populacionais e industriais) maiores serão as exigências em infraestruturas, alojamentos e armazenamentos; — a geologia define a configuração do terreno e portanto as condições de implantação; - o clima influencia os rendimentos; - a área disponível, a facilidade de acessos e de construção influi no tipo de instalações e arruamentos a implantar; 103
— dos métodos a utilizar dependem a mão de obra, os materiais e a maquinaria a utilizar; — prazos apertados ou insuficientes exigem previsões de aumento de mão de obra e de equipamento. Assim, e tomando em consideração o tipo e a envergadura da obra a construir, inicia-se o estudo em questão pela determinação dos diferentes corpos a instalar no canteiro. Referiremos a seguir alguns dos mais generalizados, que serão implantados ou não em função do atrás exposto. 3.6.1.1 - Iniciemos pelos chamados Serviços Auxiliares, isto é, por aqueles que "se destinam a manter o bom estado de funcionamento dos recursos ou à produção de elementos de construções necessárias à obra", tais como: a) Oficina de Reparações Nesta oficina procede-se às reparações e manutenções das máquinas e demais equipamento. Justifica-se por permitir actuações mais ou menos imediatas, evitando-se desse modo os atrasos normalmente provocados quando nos servimos de oficinas estranhas. Deverá localizar-se em zona de acesso fácil, ter possibilidade de ser atravessada de um lado ao outro, possuir terreno livre para eventual ampliação, pé direito mínimo da ordem dos 6,0 m, boa iluminação, pavimento drenado e dimensionado para cargas não inferiores a 5 t/m2, e uma fossa de montagem. Nela se deverá encontrar: l l l l l l l l l l 104
torno mecânico limador máquina de furar máquina de cortar máquina de rectificar bancadas com torno manual forja martelo de mola bigorna máquina de afiar aparelho de soldar eléctrico
l l l l l l l
aparelho de soldar autogénio mesa de soldadura aparelho de carga de baterias aparelho de elevação compressor prensa martelo pilão
b) Carpintaria Embora cada vez mais se tenha generalizado a execução das cofragens em Oficinas Centrais, com evidentes vantagens, a carpintaria é sempre necessária numa obra, de maior ou menor dimensão. Genericamente, quanto maior for o volume de betão armado, maior é a importância desta instalação de apoio na execução de cofragens e respectivas reparações. Deverá possuir acesso fácil, ter à sua disposição meios de carga, descarga e movimentação, e estar dividida, pelos menos, nas seguintes zonas: — de depósito de madeiras — de depósito de cofragens - de limpeza e reparação de cofragens - de traçagem e execução de cogragens. Serão localizadas no conjunto, por forma a que os depósitos sejam acessíveis por camiões a descarregar directamente.
m?.í-tf í'íl]|n ESCRITÓRIO
OFICINA
•i
DEPÓSITO DE MADEIRA
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/
!
ESTRADO DE MADEIRA
TTM j l
j i
DEPÓSITO DE COFRAGENS
i i
LOCAL COBERTO
'//////////////// FÍ 9- 24 - Planta Possível de "Carpintaria" 105
Máquinas a implantar na zona destinada à execução > serra de disco > serra circular > serra de fita > garlopa > tupia > serras manuais > bancadas Na figura 24 apresentamos uma planta possível de oficina de carpintaria, a partir do exame da qual se pode verificar a existência de um escritório próprio que deverá, sempre que possível, integrar uma sala de desenho para estudo e preparação de cofragens.
c) Instalação para execução de armaduras Destina-se a preparar as armaduras projectadas e a incorporar nas peças estruturais. De acesso fácil a camiões de grande tonelagem, deverá possuir meios próprios de carga, desdescarga, elevação e movimentação dos varões, e das próprias armaduras quando pré-fabricadas em oficina, e constituir uma instalação totalmente coberta a fim de ser sempre possível trabalhar em quaisquer condições atmosféricas. A sua montagem, sempre junto ao armazém, deverá ser condicionada à sequência das tarefas a executar: — descarga e empilhamento de varões — depósito de varões por diâmetros - corte e depósito de varões cortados - moldagem de varões — depósito de varões moldados — pré-fabricação de armaduras
106
MÁQ. MÓVEL DE CORTE ACESSO
o <£
MAQUINA DE DOBRAR
83
ss
(/) O' DEP. DE VAR. CORT. POR0 (Profun. 15 cm)
DEPÓSITO DE VARÕES DOBRADOS
ACESSO
//////////////// Fig. 25 - Planta Possível de "Estaleiro de ferro"
d) Armazém Verificamos as razões pelas quais os materiais têm sempre grande influência no custo total de uma obra de construção. Daí a atenção que a descarga, o armazenamento, o manuseamento e o transporte para o local de aplicação devem merecer para não influenciar ainda mais esse custo. Conforme a importância da obra assim se armazena ou não em locais diferentes os seguintes materiais: — materiais de construção (cimento, p.e.) — materiais de consumo corrente (prego, p.e.) - ferramentas e utensílios (pás, p.e.) — sobressalentes (pneu, p.e) - material de equipamento (prumos metálicos, p.e.). Os armazéns deverão localizar-se o mais próximo possível dos serviços onde os materiais são necessários. A prática ensina que devem ser cobertos, fechados e de um só piso, possuírem plataformas de descarga, pés direitos inferiores a 2,50 metros e terem possibilidade de se ampliarem. 107
'//////////////// FÍ 9- 26 - Corte Possível de "Armazém"
3.6.1.2 - Vejamos agora algumas construções fixas sobre a maioria das quais se pode afirmar existirem, com maior ou menor dimensão e conforto, em todas as obras: a) Escritório da obra b) Vestiários, lavatórios e duches c) Instalações sanitárias d) Refeitórios e) Postos de socorros f) Dormitórios
Cada uma delas, variando embora de obra para obra, tem de satisfazer a um mínimo de requisitos tais como: ~ O escritório deve localizar-se junto da entrada principal do canteiro ~ Os vestiários devem localizar-se nos diferentes locais de trabalho e possuírem em anexo lavatórios e duches - As instalações sanitárias devem vencer distâncias de, no máximo, 100 metros ~ Os refeitórios, com pés direitos mínimos da ordem dos 2,50 m, deverão ter janelas com uma superfície de iluminação equivalente a um décimo 108
da área do pavimento, pelo menos, aberturas essas protegidas por redes para obstar à entrada de insectos - Os refeitórios deverão possuir depósitos para restos de comida e mesas revestidas para fácil limpeza - O posto de socorros deverá estar instalado no centro do canteiro, ter possibilidades de acesso de viaturas e possuir, sempre que possível, água fria e quente — Os dormitórios deverão satisfazer às normas de higiene e repouso, estar equipados com lavatórios, chuveiros e sanitas, possuírem pés direitos mínimos da ordem dos 3,00 m, permitirem um volume de ar mínimo de 6 m3 por cada cama, e terem assegurada ventilação e aquecimento. 3.6.2. - Determinaram-se os elementos de apoio ao estaleiro a instalar. Fizemos anteriormente considerações de ordem prática, algumas das quais mesmo com indicação de dimensões, mas não determinamos ainda quaisquer áreas. Como curiosidade apresentamos na página 110, gráficos retirados de entre alguns existentes e elaborados por certos autores que relacionam as áreas necessárias às diversas instalações com a população trabalhadora directa, considerando esta como o "indicador de referência mais apropriado." Esses gráficos, que reflectem o resultado de observações efectuadas ao longo de anos apresentam em abcissas o número de trabalhadores e em ordenadas as áreas em metros quadrados. E evidente que os consideramos como curiosidade, mas com valor, pois poderão ser aplicados em alguns casos correntes, embora sempre com alguma probabilidade de não resultarem, na medida em que as áreas, como sabemos embora dependendo do número de pessoal trabalhador, estão intimamente relacionadas com as exigências de prazo, com o tipo de materiais a utilizar e armazenar e com as normas de higiene, conforto e segurança. Por isso o estudo prévio que se realizou, e que nos vai conduzir a projectar essas instalações essencialmente em função das curvas de variação de mão de obra e do consumo dos materiais mais importantes, e ainda do tipo, da permanência e do funcionamento das máquinas, sempre tudo ao longo do tempo de execução da empreitada. 109
8001
600-
200-
100-
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
Trabalhadores
'//////////////// Gráfico n° 6 - Área necessária para "Armazém" 2000'
•c 1500-
1000-
500-
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
Trabalhadores
'//////////////// Gráfico n° 7 - Área necessária para "Preparação de Armaduras"
110
Efectivamente: — "conhecido o número total de operários determina-se com facilidade as áreas necessárias para os dormitórios, refeitórios, etc.; decide-se da necessidade de construção de bairros, de cantinas, de hospital, etc.; — conhecida a diversidade e os consumos dos materiais, fácil é determinar as dimensões e as características dos armazéns; — conhecido o tipo de máquinas, a sua permanência e funcionamento, facilmente se dimensionam as oficinas de reparação". Vejamos alguns dados práticos: a) Os refeitórios devem possuir áreas de 0,80 a 0,90 m2 por trabalhador e serem calculados para uma capacidade total correspondente a uma percentagem entre 70 a 90% da população trabalhadora. b) Os vestiários necessitam de cerca de 0,60 m2 por operário e a sua capacidade total é calculaada para a totalidade do pessoal. c) As sanitas devem ter as dimensões unitárias de 2,50 m2 e os lavabos de 1,30 m2. O número de sanitas deve ser, no mínimo, de \r cada 25 pessoas; os duches e os lavabos de l por cada grupo de 15. d) Os dormitórios devem possuir uma área mínima de 3,00 m2 por operário e são calculados em função das realidades habitacionais da zona e dos operários empregados. 3.6.3 - Estabelecidas as áreas e conhecidas as características das diversas instalações, há que projectar uma implantação que distribua os Serviços, os Meios Auxiliares e as Instalações de Apoio da forma mais adequada satisfazendo as necessidades já enunciadas da mão de obra, dos materiais e do equipamento e que obedeça a determinados requisitos tais como: — percursos interiores o mais curtos possível; - fácil acesso aos materiais e aos produtos elaborados em obra, e seus transportes;
111
r\
Fig. 27 - Plantas
- mínimo de dificuldades na movimentação de veículos e maquinarias; — traçados económicos e funcionais de redes de água, energia eléctrica e telefones; — melhores condições possíveis de funcionamento, segurança, higiene e conforto; - cumprimento da legislação aplicável
Os elementos constituintes devem ser agrupados em sectores e subsectores e serem, cada um deles, relacionados com os demais por ligações de reciprocidade. Para se atingir esse objectivo elaboram-se as Tabelas de Correlação, que se podem definir como "quadros adequadamente organizados, onde se relacionam cada um dos elementos de um determinado conjunto com os demais" e nos quais "se indicam os graus de importância das correlações existentes entre cada par deles (por exemplo, muito importante, importante, a considerar e não importante), para posterior valorização" e que nos vão permitir "avaliar da importância da proximidade entre os elementos do conjunto". 112
Existem dois tipos de Tabelas de Correlação: - dispostas em diagonal - dispostas em quadro
3.6.3.1 - Na página 114 está representada uma tabela disposta em diagonal. Os elementos do conjunto são inscritos nas diversas linhas horizontais e os losangos, definidos pelas diagonais, ficam divididos em dois triângulos onde se indicam as correlações existentes (triângulos superiores) e os motivos que os apoiam (triângulos inferiores). A partir destas indicações se determina a importância da correlação e consequentemente o grau de proximidade dos diversos elementos. Normalmente a classificação da importância das correlações, isto é, "o grau de necessidade de proximidade ou de atenção a dispensar na coordenação dos dois elementos correspondentes", é a seguinte: A E I O U
= = = = =
absolutamente necessária especialmente importante importante ordinária ou normal sem importância
100 % 75 % 50 % 25 % O%
No triângulo superior esquerdo inscreve-se o valor ou importância da correlação e no inferior direito o valor correspondente real. Qualquer que seja a tabela utilizada é sempre conveniente indicar as razões da classificação e os seus resultados analisados tomando em consideração outros factores de relevância imposta, por exemplo.
113
ÁREA DE CONSTRUÇÃO GRUA DISTRIBUIDORA CENTRAL DE BETÃO CARPINTARIA ESTALEIRO DE FERRO ARMAZÉM GERAL DEPÓSITO DE PEÇAS PRÉ FABRICADAS DEPÓSITO DE MATERIAIS DIVERSOS
PORTÕES ESTACIONAMENTO ESCRITÓRIOS POSTO MÉDICO REFEITÓRIOS SANITÁRIOS OFICINA DE REPARAÇÕES
REF Correlação (prox.) VESTIÁRIOS DORMITÓRIOS
A
Absolutam. necessária
E
Especialm. importante
1
Importante
FERRAMENTARIA
O
Ordinária ou normal
U X
Sem importância
FISCALIZAÇÃO
Não recomendável XX Prox. indesejável Motivos
1 INSTAI AÇÃO
Canteiro de Serviço
OBRA DATA
'//////////////// F '9- 2S ' Tabela de correlações de um "Canteiro"
114
Operacionalidade
2 3
Acompanham, obra
4
Facilidade manobra
Evidente
5
Produtividade
6
Recepção de materiais
7
Utilização do mesmo pess.
TABELA DE CORRELAÇÕES EM QUADRO
ELEMENTOS A COORDENAR DEPÓSITO DE MATERIAIS INSTALAÇÃO P. MÁQUINAS PREPARAÇÃO DE COFRAGENS DEPÔS. DE COFRAGENS NOVAS DEPÔS DE COFRAGENS USADAS LIMPEZA DE COFRAGENS REPARAÇÕES ESCRITÓRIOS ÁREA LIVRE
muiío import.
\—-/
s/ interferência
importante
V-—l
Correspondente a classificação muiío bom
não considerado
XP bom
INSTALAÇÃO Carpintaria
OBRA Ns
DATA
/ /
Um exemplo de uma tabela disposta em quadro é a representada nesta página e facilmente ficamos elucidados do seu funcionamento através da sua análise.
'///////////////,
Fig. 29 - Tabela de correlações de uma "Carpintaria"
115
3.6.3.2.1 - Algumas correlações importantes a considerar: a) Instalações de Produção - Gruas Distribuidoras Os depósitos de materiais, o estaleiro de ferro, a carpintaria e a central de betão, deverão ficar instalados ao alcance da grua distribuidora, para assim se reduzirem os transportes das peças ou produtos a utilizar na obra. b) Gruas distribuidoras - Área de Construção As gruas distribuidoras devem implantar-se nas proximidades, não só das instalações de produção, mas também do centro de gravidade da obra (com ou sem caminho de rolamento) para abrangerem a sua totalidade, se possível. c) Acessos — Instalações Várias Os acessos devem implantar-se por forma a permitirem fácil circulação aos meios de transporte de pessoal, de materiais a depositar ou armazenar, etc. 3.6.3.2.2 - Algumas tabelas já elaboradas: a) Para o Canteiro devemos considerar as seguintes unidades > Área de construção > Grua distribuidora > Central de betão > Carpintaria > Estaleiro de ferro > Armazém > Depósito de peças pré-fabricadas > Depósito de material diverso > Oficina de reparação > Acessos > Portões > Estacionamento > Escritório 116
> Posto médico > Refeitórios > Vestiários > Sanitários > Dormitórios > Ferramentaria > Fiscalização Na elaboração da tabela figurada na página 114 consideram-se os graus de importância de acordo com os condicionamentos considerados e que implicaram a representação gráfica indicada. b) Para a Carpintaria os sectores a considerar são: > Depósito de madeiras > Instalação para máquinas > Preparação de cofragens > Depósito de cofragens > Depósito de cofragens usadas > Limpeza de cofragens > Reparações > Escritório > Área livre Encontraremos uma tabela exemplificativa na página 115. c) Para a Instalação de Armaduras teremos: > > > > > > > >
Depósito de varões Equipamento de corte de varões Depósito de varões cortados Equipamento de moldagem de varões Depósito de varões moldados Pré-Fabricação Depósito de armaduras pré-fabricadas Escritório
Uma tabela correspondente se elaboraria. 117
3.7 - SERVIÇOS A INSTALAR Analisando o anteriormente descrito resulta de imediato que as obras devem possuir, de uma maneira geral, e com maior ou menor importância, os seguintes serviços, para além dos de Produção propriamente ditos: a) Direcção da obra > Secretaria > Arquivo b) Serviços Técnicos Auxiliares > > > > >
Preparação e estudos Planeamento Controlo Topografia Medições
SALA DE DESENHO
PRODUÇÃO
S. TÉCNICOS
CONTROLO TOPOGRAFIA APONTADORA
FL/TI AR M AZ. j ARMAZ.I
S. ADMINISTRATIVOS
'//////////////// F 'Q- 30 " Planta possível de um "Escritório de Obra"
118
c) Serviços Administrativos - Pessoal > Apontadoria > Vigilância > Alojamentos > Acção social - Aprovisionamento > Compras > Conferência > Armazéns e depósitos - Transportes — Contabilidade > Facturação > Tesouraria
São instalados de acordo com as correlações vistas e dimensionadas em conformidade. 3.8 - Ao longo deste trabalho procuramos salientar que o Controlo de Produção é algo mais do que Controlo de Fabricação. Na verdade apresentamos toda uma metodologia que foi permitindo não só planear e organizar o Estaleiro, no seu sentido mais lato, mas também preparar e recolher os dados que nos permitam controlar efectivamente a Produção.
Ficaria, no entanto, incompleto este estudo se não nos debruçássemos sobre um aspecto importante deste Controlo que é o dos Custos É deste assunto que nos propomos tratar no capítulo seguinte.
119
IV - CONTROLO DE CUSTOS
4.1 - RECOLHA DOS ELEMENTOS Vimos como se obtinham e codificavam os elementos necessários ao controlo de custos. Analisamos já os documentos que a obra possui diariamente: — partes diárias de mão de obra — requisições ao armazém — mapas de consumo de materiais - partes diárias de máquinas - talões de serviços prestados pelo exterior A recolha desejada está concretizada e completa-se, como vimos, com as ordens de reparação e as perdas dos materiais, geralmente aquando do fecho mensal.
4.2 - DISTRIBUIÇÃO DOS ELEMENTOS Recolhidos e codificados, há que agrupar os elementos por forma a permitirem conhecer os custos reais de cada actividade a controlar. Para tal fim existe a Ficha de Actividade cuja análise poderemos efectuar observando a página seguinte. Verificamos que: - conforme o nome indica, é individual, isto é, refere-se a uma só actividade perfeitamente definida em nome e em código; " , — é mensal, mas de preenchimento diário; — está dividida nos elementos de custo, ou seja, em mão de obra, materiais, máquinas e subempreitadas. 121
[\
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Custos Totais
Custo Unitár.
Totais
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110
5
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IV)
60
120
0,5
g 0
Dias
gSig
SEGUIDOR CARPINTEIRO
•C-
AJ. CARPINTEIRO
50
100
0,5
110
10
11
75
0,3
250
270
9
30 1
-
6.08
4,05
1,5
o
8
4
2
1,5
3
0,5
SERVENTE
.
•
•
.
^REGO GALEOTA
•
AÇO A24 0 6
ÓLEO DESCOFR.
•
•
•
•
SOALHO 1/2 FIO VIGAS 22x8 C/4m
•
•
BARROTES 10x10
•
CHAPA BG 24
• £•
.
•
•
•
•
•
•
•
•
TUBO PB 16
•
GRUATORR. 822 TRACTOR NORM,
Oi
• •
•
•
•
SERRA FITA GARLOPA •
Mão-de-obra de máquinas
180,00
8,24
10,00
Materiais de máquinas
10,00
2,27
1,00
•
0,50
MAQ. SOLDAR
í
5
0
m
q
Necessitamos, portanto, de tantas fichas quantas as tarefas a controlar ou, o que é o mesmo, tantas quantos os diferentes códigos estabelecidos. (Notemos que estes poderão ser em número superior ao das actividades inseridas no Mapa de Produção, pelo motivo de ser aconselhável vir a possuir, futuramente, conhecimento sobre custos de operações que, neste momento, podem ser agrupadas numa só). De posse delas, vamos preenchendo diariamente as respectivas colunas com as quantidades de mão de obra, materiais, máquinas e subempreitadas dispendidas em cada uma das tarefas realizadas nesse dia. Assim: — com as partes diárias de mão de obra codificadas, facilmente se totalizam as horas, por categoria de operário, referentes a cada código ou actividade. — codificadas as requisições ao armazém e os mapas de consumo, igualmente se totalizam as quantidades dos diferentes materiais gastos em cada tarefa, isto é, materiais levados ao mesmo código; — pelas partes diárias da máquina, totalizamos as horas de funcionamento de cada uma delas para as diferentes actividades desse dia ; — dos talões de serviços prestados pelo exterior, igualmente codificados, retiramos também, agrupados e totalizados, os elementos desejados. Deste modo o seu preenchimento é muito simples: agrupados os elementos, inscrevemos, para cada dia, nas respectivas colunas, as quantidades de Mão de Obra e de Materiais, as horas de funcionamento de Máquinas e os talões ou custos das Subempreitadas. Consideremos, como exemplo, que no dia 29 do mês de Fevereiro tínhamos agrupado para a actividade Montagem de Cofragem em Superestruturas - a que corresponde o código 4.2 - os seguintes dados: - das partes diárias de mão de obra (ver página 124 e considerando que era a única em que aparecia o código 4.2): 4 44 16 5
h de Arvorado h de Carpinteiro h de Ajudante de Carpinteiro h de Servente 123
íata
PARTE DIÁRIA DE MÃO-DE-OBRA ObraN a
X
2 9 / 2 /84
rempo rurno
CARPINTEIRO "
5,0
NA SERRA DE FITA
4,0
9.0
"
•
M
9
V
9,0
9
•i
9.0
9
y
9
^
9
v
4,0
4,5
4.0
5,0
8,0
1,0
9
v
8,0
1,0
9
v
5,0
4,0
9
\o
TOTAL
69,0
20,5
CÓDIGO
4.2
5.2
•
AJ. CARPINTEIRO •
SERVENTE
O Arvorado
0,5
0,5 841
O Encarregado
'//////////////// Hg. 32 - Parte diária de Mão-de-Obra
124
9
9
9.0
"
VERIF. DO PONTO
SEGUIDOR
DESC. E COF. VIGOT.
5
NAS VIGAS DO MOD.1
LU
o
MONT, DE COFRAGEIM
< cc O o
NÚMERO
QUANTIDADES
TOTAL DE HORAS
ACTIVIDADES
FICHA DE ACTIVIDADE
RESUMO DE CUSTOS Mão-de-obra 112,50 € Materiais 30,92 f Máquinas Subempreitadas
Obra N" X Mês FEV Código 841 Act vida de SERR ^ DE FITA
4
1
4
1
2
0,5
2
0,5
LU D < Ij
ÓLEO R 30
10
QCC < 0
m n
O31OSV9
4
LU H-
z
1
Máquinas
z lil
0 cc
COMUTADOR
W
ca O
Materiais FUNCIONAM, (h)
Mao-de-obra
< CD
rr
LU
Subemp.
T3.
ci z: LU
z < cc
LU Q.
2 3
7 8 9
16
8
17
1,5
1
1
20
7
1
4
1
18
2
6
2
21
1
4
1
22
3
6
2
24
1
4
1
1
1
1
25 28 29
0,5
õ
S
8
li
8
8
0 V
»
o ^
3°
0.5
g
8
o
o o
8
o
!
5
5
1
Tf"
8
O
1
O
O
8
ã 8
Materiais de máquinas
0.5
Mão-de-obra de máquinas
0,5
15
|
14
|
10
o_ 't
'//////////////// Fig. 33 - Ficha de Actividade "Serra de Fita"
125
- das requisições (ver página 85) e considerando serem as únicas requisições codificadas com 4.2): 5 kg 100 kg 51
de prego galeota de aço A400 0 6 de óleo de descofragem
- dos mapas de consumo (ver página 98): 2 m2 de solho 10 barrotes de 10 x 10 5 vigas de 22 x 8 com 4,00 m — das partes diárias de máquina (ver página 98 e considerando que outras partes diárias existiam codificadas com 4.2): 4 h l h 0,5 h
de Grua Torre n ° 822 de Tractor normal de Serra de fita
Todos estes dados são inscritos, como poderemos verificar na página 122, na respectiva Ficha de Actividade. Assim e deste modo, dia a dia, se vão agrupando os elementos. Note-se que, para este efeito, cada máquina possui uma destas fichas cujo preenchimento se processa do mesmo modo. (Ver página 125).
4.3 - VALORIZAÇÃO DOS ELEMENTOS Já agrupados e perfeitamente diferenciados de actividade para actividade, requere-se a sua valorização. Esta consegue-se fácil e rapidamente, multiplicando as quantidades totais pelos custos unitários reais. Assim, no exemplo da página 122, se o preenchimento estivesse completo e tivéssemos obtido os totais mensais indicados, nós teríamos:
126
1000 500 80 50 100 5 22 0,5 0,5 11 250
h h h kg kg 1 m2 m3 m3 m2 ml
de Carpinteiro Aj. Carpinteiro de Servente Prego galeota Aço A 400 de óleo descofragem soalho de vigas. de moldura de chapa de tubo PB
x x x x x x x x x x x
5,00 € 4,00 € 3,00 € 1,00 € 0,40 € 1,00 € 5,00 € 120,00 € 100,00 € 10,00 € 0,30 €
= 5.000,00 € = 2.000,00 € = 240,00 € = 50,00 € = 40,00 € = 5,00 € = 110,00 € = 60,00 € = 50,00 € = 110,00 € = 75,00 €
Aparece-nos agora uma pequena dificuldade: como determinar os custos reais das máquinas, em cada uma das actividades? Nós conhecemos os totais de horas de funcionamento de cada máquina mas, para completarmos a ficha, necessitamos de saber os respectivos custos/hora. Estes determinam-se a partir das suas fichas de actividade. Assim, pelo exemplo da página 125, nós constatamos que a máquina n.° 841 (Serra de Fita) para 20,5 horas de funcionamento durante o mês de Fevereiro, dispendeu: -Mão de Obra: 22,5h de Carpinteiro
5,00 €
= 112,50 €
x 3,00 € x 4,00 € x 5,00 € x 1,05 € x 0,11 € TOTAL:
= 3,00 € = 4,00 € = 15,00 € = 2,10 € = 6,82 € 30,92 €
x
2,00 €
= 42,00 €
- Salário de Funcionamento: 20,5 horas x
2,00 €
= 41,00 €
— Materiais: l lima l comutador 2,5 óleo R 30 21gasóleo 62KWA
- Salário de Permanência: 21 dias
x
127
Logo, em qualquer actividade, por cada hora de trabalho que execute, a máquina entrará com os seguintes custos: - Mão de obra: 112,50 € : 20,5 h = 5,49 € — Materiais: 30,92 € : 20,5 h = 1,51 € - Máquinas: 42,00 € : 20,5 h = 2,05 € horas de trabalho x 2,00 € = Então, na coluna de Máquinas consignada à Serra Fita, só teríamos de colocar na ficha de actividade: (1,5 x 2,05 €) + (1,5 h x 2,00 €) = 6,08 €
e inscrever nos rectângulos respectivos a mão de obra e os materiais, ou sejam, respectivamente:
1,5 h x 5,49 € = 8,24 € 1,5 h x 1,51 € =2,27€ Procedendo de modo idêntico para as outras máquinas utilizadas poderemos completar o preenchimento da Ficha de Actividade: - Mão de Obra: > Directa: O € + 5.000,00 € + 2.000,00 € + 240,00 € = 7.240,00 € > Das máquinas: 180,00 € + O € + 8,24 € + 10,00 € + O € = 198,24 € > Total: 7.240,00 € + 198,24 € = 7.438,24 €
128
— Materiais: > 50,00 € + 40,00 € + 5,00 € + 110,00 € + 60,00 € + + 50,00 € + 110,00 € + 75,00 € = 500,00 € > Das máquinas: 10,00 € + 0,00 € + 2,27 € + 1,00 € + 0,50 € = 13,77 € > Total: 500,00 € + 13,77 € = 513,77 € - Máquinas: 270,00 € + 0,00 € + 6,08 € + 8,00 € + 1,50 € = 285,58 € No canto superior direito da Ficha de Actividade resumimos os custos obtendo, desta forma, a valorização dos elementos desta actividade.
4.4 - COMPARAÇÃO DE CUSTOS De posse das despesas mensais gastas em cada uma das actividades em que se produziu trabalho - isto é, valorizadas todas as fichas da forma indicada no item anterior - fácil nos é agora fazer a comparação entre os custos previsionais e os verdadeiros, pelo preenchimento das segunda e terceira linhas do Mapa de Produção. O responsável pela obra não terá mais, então do que comparar valores, estudá-los e actuar convenientemente, já que está ultrapassada a dificuldade que poderia existir e a que fizemos referência quando tratamos do Mapa de Produção: o preenchimento da segunda linha de cada uma das actividades, ou seja, a dos custos reais. Determinadas as quantidades de trabalho realizadas estamos em condições de preencher todo o mapa: — à frente de cada uma das actividades inscrevemos, nas colunas respectivas, as quantidades mensais e acumuladas; — multiplicamos os custos unitários previstos por aquelas quantidades obtendo-se, dessa forma, as despesas mensais e acumuladas que haviam sido orçamentalmente estimadas;
129
— inscrevemos, na segunda linha de cada actividade, os gastos reais retirados das respectivas fichas; - calculamos as diferenças e inscrevemo-las na terceira linha. Assim, se consideramos, por exemplo, que para a tarefa Montagem de Cofragem em Superestruturas foram executados 800 m2, obteremos para valores previsionais os indicados na primeira linha e para reais os indicados na segunda, que não são mais do que os já obtidos na respectiva ficha de actividade. Basta agora compará-los. Como esta comparação é estendida às operações consideradas "não directas" o responsável pela obra tem assim um processo muito simpes de controlar a sua obra: sabe onde ganha, sabe onde perde e sabe onde as coisas correm conforme o previsto; cabe-lhe agora actuar em conformidade.
130
Obr l N.° Mês
x
MAPA DE PRODUÇÃO
Folha N»
3
CUSTOS DIRECTOS ACTIVIDADES
QUANT1DAD.
MAO-DE-OBRA
MATERIAIS
•d
DESIGNAÇÃO
N° O)
-a
PREV MENS ACUM
i
MAQUINAS
SUBEMPREIT.
TOTAIS COD
Unitário
MENS
€
ACUM
Unitário
MENS
ACUM
Unitário
MENS
ACUM
Unitário
MENS
ACUM
Unitário
0,10€
0,10€
1,90 €
10,00 e
0,20€
0,20€
10,40 €
CORTE E MOLDAGEM
477, 12 €
1.628, 40 €
6,72 €
2. 112,24 €
7.2
TRANSPORTE
21 8,40 €
3,00 €
7,22 €
228,62 €
7.3
MONTAGEM
1.17B.OOÍ
14,00€
2,00 €
1.192,00€
8
COFRAGEM EM SUPERESTRUT.
8.1
EXECUÇÃO
67,20 €
16,00 €
1,00 €
8.2
MONTAGEM E DESMONTAGEM
6.2
TRANSPORTE
6,3
COLOCAÇÃO
7
ARMADURA EM SUPERESTRU.
7.1
1,70
MENS
ACUM
CU
13 O
vO O
o B •es CU
QJ! O Q. (B
ASS.
800
m!
800
m!
57,12 €
45.696,00 € 7.438, 24 €
TOTAIS
o.eo e
480, 00 € 513, 77 €
3,10 €
84,20€
2,480,00 € 285,58 €
60,82 € 48.656,00 €
4.2
i:
V - EXEMPLOS SUBSIDIÁRIOS
EXEMPLO l Consideremos um trabalho a executar que foi entregue a um técnico com a informação de que o custo directo (custo de fabrico) era de 133.500€. Considerando ainda que: a) Após estudo do projecto se concluiu existirem as seguintes actividades: — Escavação para abertura de caboucos — Betão de limpeza em fundações — Betão C20/25 em sapatas - Betão C20/25 em pilares b) As actividades tinham as seguintes quantidades de trabalho: — — — -
Escavação: Betão de limpeza: Betão em sapatas: Betão em pilares :
80 m3 40 m2 400 m3 200 m3
c) As escavações seriam subempreitadas ao preço de 4,00 €/m 3 d) As áreas de cofragem/m3 de betão eram: - para as sapatas de 2 m2/m3 - para os pilares de 10 m2/m3 e o número de aplicação de cada era: — para as sapatas 4 — para os pilares 8
133
e) A densidade de armaduras era: - para sapatas de 20 kg/m3 - para pilares de 150 kg/m3 f) Os rendimentos normais seriam os seguintes: De mão de obra: > fabrico de betão: > transporte de betão: > colocação de betão de limpeza: > colocação de betão em sapatas: > colocação de betão em pilares: > execução de cofragem: > colocação de cofragem sapatas: > colocação de cofragem pilares: > corte, moldagem e colocação de armaduras (0 12): De máquinas: > fabrico de betão: > transporte de betão: > colocação de betão sapatas: > colocação de betão pilares: > colocação cofragem sapatas: > colocação cofragem pilares: > colocação de aço:
1,00 2,00 0,50 0,40 1,60 1,60 1,05 1,75
Mn +1,00 ST/m3 h Mn/m3 PD + 1,00 ST/m3 PD + 0,60 ST + 0,20 PD + 3,20 ST + 1,80 CP + 0,10 ST/m2 CP + 0,45 ST + 0,05 CP + 0,75 ST + 0,10
Mn/m3 Mn/m3 Mn/m2 Mn/m2
0,06 Fr + 0,04 ST + 0,008 Mn/kg
0,17 h/m3 0,20 h/m3 0,20 h/m3 1,80 h/m3 0,05 h/m2 0,10 h/m2 0,008 h/kg
da betoneira do dumper da grua da grua da grua da grua da grua
(Máquinas de carpintaria e estaleiro de ferro incluídas nos encargos), g) Os preços de custo seriam: De mão de obra: Manobrador de 1a: Manobrador de 2a: Oficial: Servente: 134
6,00 4,00 5,00 3,00
€/h €/h €/h €/h
De materiais: Cimento: Brita: Areia: Agua: Aço(012): Soalho aparelhado: Barrotes 10x7: Vigas 16x8: Pregos: Óleo descofragem:
0,10 €/kg 15,00 €/m 3 12,00 €/m 3 0,15 €/m 3 de betão 0,40 €/kg 5,00 €/m 2 100,00 €/m 3 120,00 €/m 3 1,00 €/kg 1,00 €/l
(Das máquinas, incluídos em encargos do estaleiro). De máquinas: Betoneira: Dumper: Grua:
4,00 €/h 6,00 €/h 9,00 €/h
Determinam os custos directos das diversas actividades, subdivididos em Mão de Obra, Materiais, Máquinas e Subempreitadas, e elaboram o respectivo mapa orçamental.
RESOLUÇÃO: 1 - Escavação para abertura de caboucos (Quantidade Prevista: 80 m3) 1.1 - Subempreitadas: 6,00 €/m3 2 - Betão de limpeza emfundaçães (Quantidade Prevista: 40 m2) 2.1 - Fabrico de betão/m3: 2.1.1 - Mão de obra: Ih Cm +1 h ST= 6,00 € + 3,00 € = 9,00 €
135
2.1.2 - Materiais: 150 kg cimento x 0,10 € = 15,00 € l m3 brita x 15,00 € = 15,00 € 0,5 m3 areia x 12,00 € = 6,00 € água = 15,00 €
TOTAL
36,15 €
2.1.3 - Máquinas: 0,17 h betoneira x 4,00 € = 0,68 € 2.2 - Transporte de betão/m3: 2.2.1 - Mão de obra: 2 h Cm x 4,00 € = 8,00 € 2.2.2 - Materiais (Incluído em E.E.) 2.2.3 - Máquinas: 0,2 h dumper x 6,00 € = 1,20 € 2.3 - Colocação do betão/m3
2.3.1 - Mão de Obra: 0,5 PD + 1,0 ST = 0,5 x 5,00 € + 3,00 € = 5,50 € 2.3.2 - Materiais = O € 2.3.3 - Máquinas = O € 2.4 - Custos/m2 para 10 cm de espessura e 5%, de perdas: Mão de obra
= 0.10 x 1.05 x (9,00 €+8,00 €+5,50 €) =
Materiais Máquinas
= 0.10 x 1.05 x 36,15 € = 3,80 € = 0.10 x 1.05 x (0,68 €+1,20 €)
= 0.105 x 22,50 € = 2,36 €
= 0.105 x 0,816 € = 0,20 € Custo Betão Limpeza = 2,36 € + 3,80 € + 0,20 € = 6,36 € 3 - Betão em sapatas (Quantidade Prevista: 400 m3) 3.1 - Fabrico do betão/m3 3.1.1 - Mão de obra (ver 2.1.1) = 9,00 € 3.1.2 - Materiais: 310 kg cimento x 0,10 € = 31,00 l m3 de brita x 15,00 € = 15,00 0,5 m3 areia x 12,00 € = 6,00 água = 0,15
TOTAL 136
€ € € €
52,15 €
3.1.3 - Máquinas (ver 2.1.3) = 0,68 € 3.2 - Transporte (com grua) e colocação do betão/m3 3.2.1 - Mão de obra: 0,4 PD + 0,6 ST + 0,2 Mn = = 0,4 X 5,00 € + 0,6 X 3,00 € + 0,2 X 6,00 € = 5,00 € 3.2.2 - Materiais : = O € 3.2.3 - Máquinas: 0,2 h grua x 9,00 € = 1,80 € 3.3 - Custo/m3 de betão simples em sapatas considerando 5% de perdas: Mão de obra = 1.05 x (9,00 € + 5,00 €) = 14,70 € Materiais = 1.05 x 52,15 € = 54,76 € Máquinas = 1.05 x (0,68 € + 1,8 €) = 2,60 € 3.4 - Cofragem (2 m2/m3) 3.4.1 - Execução/m2 3.4.1.1 - Mão de obra: 1,6 CP + 0,1 ST = 1,6 x 5,00 € + 0,1 x 3,00 € = 8,30 € 3.4.1.2 - Materiais: 1,2 0,02 0,3
m2 soalho x 5,00 € = 6,00 € m3 barrotes x 100,00 € = 2,00 € kg pregos x 1,00 € = 0,30 € TOTAL 16,60 €
3.4.1.3-Máquinas: O € 3.4.2 - Colocação/m2 3.4.2.1 - Mão de obra: 1,05 CP + 0,45 ST + 0,05 Mr = =1,05 x 5,00 € + 0,45 x 3,00 € + 0,05 x 6,00 € = 6,90 € 3.4.2.2 - Materiais: 0,1 Kg pregos x 1,00 € = 0,10 € 0,1 l óleodescof. x 1,00 € = 0,10 € 0,005 m3 vigas x 120,00 € = 0,60 € TOTAL 0,80 € 137
3.4.2.3 - Máquinas 0,05 h grua x 9,00 € = 0,45 € 3.5 - Para 2 m2/m3 de betão em sapatas, temos um custo de cofragem por m3, para 4 aplicações de: Mão de obra = 2 x [(8,30 € : 4) + 6,90 €] =17,95 € Materiais = 2 x [(16,60 € : 4) + 0,80 €] = 9,90 € Máquinas = 2 x 0,45 € = 0,90 € 3.6 - Aço(20kg/m3)/Kg: 3.6.1 - Mão de obra: 0.06 AF + 0,04 ST + 0,008 MR = = 0,06 x 5,00 € + 0,04 x 3,00 € + 0,008 x 6,00 € = 0,47 € 3.6.2 - Materiais: 1,10 x 0,40 € = 0,44 € 3.6.3 - Máquinas: 0,008 h grua x 9,00 € = 0,07 € 3.7 - Para 20 kg/m3 de betão em sapatas temos um custo de Aço por m3 de: Mão de obra = 20x0,47 € = 9,40 € Materiais = 20 x 0,44 € = 8,80 € Máquinas = 20 x 0,072 € = 1,44 € 3.8 - Custo/m-^ de betão em sapatas, incluindo armaduras e cofragem: Mão de obra = 14,70 € + 17,95 € + 9,40 € = 42,05 € Materiais = 54,76 € + 9,90 € + 8,80 € = 73,46 € Máquinas = 2,60 € + 0,90 € + 1,44 € = 4,94 € Custo do Betão Armado em sapatas: 42,05 € + 73,46 € + 4,94 € 4 - Betão em pilares (Quantidade prevista: 200 m3) 4.1 - Fabrico de betão/m3 4.1.1 - Mão de obra (ver 2.1.1) = 9,00 € 4. l .2 - Materiais (ver 3.1.2) = 52,12 € 4.1.3 - Máquinas (ver 2.1.3) = 0,68 € 4.2 - Transporte (com grua) e colocação de betão/m3 4.2.1 - Mão de obra: 1,6 PD + 3,2 ST + 1,8 MR = =1,6 x 5,00 € + 3,2 x 3,00 € + 1,8 x 6,00 € = 28,40 € 138
4.2.2 - Materiais: = O € 4.2.3 - Máquinas: 1,8 h grua x 9,00 € = 16,20 € 4.3 - Custo/m3 de betão simples em pilares, considerando 5% de perdas: Mão de obra = 1.05 x (9,00 € + 28,40 €) = 39,27 € Materiais = 1.05 x 52,15 € = 54,76 € Máquinas = 1.05 x (0,68 € + 16,20 €) = 17,72 € 4.4 - Cofragem (10 m2/m3) 4.4.1 - Execução 4.4 1.1 - Mão de obra: (Ver 3.4.1.1) = 8,30 € 4.4.1.2 - Materiais (Ver 3.4.1.2) = 16,60 € 4.4.1.3 - Máquinas (Incluído em E.E.)= O € 4.4.2 - Colocação/m2 4.4.2.1 - Mão de obra: 1,75 CP + 0,75 ST + 0,10MR = =1,75 x 5,00 € + 0,75 x 3,00 € + 0,10 x 6,00 € = 11,60 € 4.4.2.2 - Materiais (ver 3.4 2.2) = 0,80 € 4.4.2.3 - Máquinas: 0,1 h grua x 9,00 € = 0,90 € 4.5 - Para 10 m2/m3 de betão em pilares temos um custo de cofragem por m3 para 8 aplicações, de: Mão de obra = 10 x [(8,30 € : 8) + 11,60 €] = 126,37 € Materiais = 10 x [(16,6 € : 8) + 0,80 €] = 28,75 € Máquinas = 10 x 0,90 € = 9,00 € 4.6 - Aço (150Kg/m3) 4.6.1-Mão de obra (Ver 3.6.1) 4.6.2 - Materiais (ver 3.6.2) 4.6.3 - Máquinas (Ver 3.6.3)
= 0,47 € = 0,44 € = 0,07 €
4.7 - Para 150 kg/m3 de betão em pilares temos um custo de Aço por m3 de: Mão de obra = 150 x 0,47 € = 70,50 € Materiais = 150 x 0,44 € = 66,00 € Máquinas = 150 x 0,07 € = 10,50 €
139
4. 8 - Custo/m3 de betão em pilares, incluindo armaduras e cofragem: Mão de obra = 39,27 € + 126,37 € + 70,50 € = 236,14 € Materiais = 54,76 € + 28,75 € + 66,00 € = 149,51 € Máquinas = 17,72 € + 9,00 € + 10,50 € = 37,22 € 5 - O mapa orçamental seria, então, o seguinte: TRABALHOS
CUSTOS DE FABRICO Subernp.
DESIGNAÇÃO ESCAVAÇÃO
80
m3
BETÃO DE LIMPEZA
40
m2
94,40
152,00
8,00
254,40
254,40
6,36
B.A- EM SAPATAS
400
m3
16.820,00
29.384,00
1.976,00
48.180,00
48.180,00
120,45
BA EM PILARES
200
m3
47.228,00
29.902,00
7.444,00
84.574,00
84.574,00
422,87
64.142,40
59.438,00
9.428,00 133.008,40
480,00 133.008,40
TOTAIS
M.Q.
TOTAL
Custo Unitário do Artigo
U
M.O
M. T.
Custo do Artigo
Quant.
6,00
480,00
EXEMPLO 2 Baseado no exemplo anterior calcule os elementos necessários à elaboração do Mapa de Controlo. RESOLUÇÃO a) Temos de subdividir as actividades principais nas suas diversas subtarefas. Assim: l- Escavação para abertura dos caboucos (80 m3) 2 - Betão de limpeza (40 m2) 2.1 - Fabrico (4 m3) 2.2 - Transporte (4 m3) 2.3 - Colocação (4 m3) 3- Betão Armado em sapatas (400 m3) 3.1 - Fabrico de betão (400 m3) 3.2 - Transporte e colocação (400 m3) 3.3 - Execução de cofragens (2 m2 x 400 m3: 4 = 200 m2) 3.4 - Montagem e desmontagem de cofragens (800 m2 = 2 m2 x 400 m3). 3.5 - Armaduras (20 Kg x 400 m3 = 8.000 Kg) 140
OUANT
Q Z 3
1 ESCAVAÇÃO
80
m3
2
40
m2
TAREFAS
BETÃO DE LIMPEZA
Mão-de-obra
Materiais
-4,2
m*
9,00 e
2.2 TRANSPORTE
"4.2
m'1
8.00 €
2.3 COLOCAÇÃO
'4,2
m3
5,50
3
400
m3
3.1 FAB. DE BETÃO
•420
m3
9,00 €
3.2 TRANSPOR. COLOC.
*420
mj
5.00 €
0,00
3.3 EXEC- DE COFRAG.
200
m?
8,30 €
16,60€
800
3.4 MONT. DE COFRAG.
€
m2
6,90
8000
Kg
0,47 €
4
200
m-
4.1 FABRICO DE BETÃO
*210
nf
4.2 TRANSPOR. COLOC.
-210
ms 28,40 €
4.3 EXEC. DE COFRAG.
250
m3
4.4 MONT. DE COFRAG.
2000
m3 11,806
4.5 ARMADURAS
30000
9,00
8,30
36,1 5 €
e
€
0,47 €
Fabrico
6,00
0,68 €
45,83 € 9.20 € 5,50
52,1 5 €
€
€
1,20€
€
3.5 ARMADURAS BET. ARM. PILARES
Subemp.
6,00 €
2.1 FABRICO
BET. ARM. SAPAT.
Máquinas
0,68 €
1,80€
€
61,83€ 6,80 €
24,90 €
0,80 €
0,45
€
8,15€
€
0,07
€
0,98 €
0,44
52,15 €
0,68 €
16,20 €
61,83€ 44,60 €
16,60 €
0,00
€
24,90€
0,80 €
0,90
€
13,30€
0,44 €
0,07
€
0.98 €
* d 5% de Perdas
'//////////////// Mapa n° 21 - Mapa de Controlo
4 - Betão Armado em pilares (200 m3) 4.1 - Fabrico de betão (200 m3) 4.2 - Transporte e colocação (200 m3) 4.3 - Execução de cofragem (10 m2 x 200 m3 : 8 = 250 m2) 4.4 - Montagem e desmontagem de cofragem (10 m2x 200 m3 = 2000 m2) 4.5 - Armaduras (150 kg x 200 m3 = 30.000 kg) b) Teríamos, então o Mapa Orçamental Adaptado indicado nesta página.
141
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ANDERLÍNI, G.F.M - "Técnica dos Aprovisionamentos" (Pórtico, Lisboa). ANTIL, J.M., WOODHEAD, R.W. - "C.P.M. Aplicado às Construções" (Livros Técnicos e Científicos, Rio de Janeiro 1968). BERGAMÍN, I.V. - "Organizacion de Obras" (Dossat, Madrid 1949). DRESSEL, G; SCHMIDT. J; VOLLMER, H. - "Estudo da Implantação e Organização de Estaleiros"'(L.E.A., Luanda 1972). FARINHA J.S.B. - "Planificação de Obras" (F.E.U.P., Porto 1972). FEDERAL ELECTRIC CORPORATION - "La Mértode Peri" (Modeme, Paris 1964). FÉRON, R. - "Organização da Produção"(Inova., Porto). GALEAZZI, R. - "Organização de uma Empresa de Construção Civil" (Pórtico, Lisboa 1972). PEREIRA, E - "Organização de Estaleiros para Obras de Betão Armado e Préesforçado"(L.N.E.C., Lisboa 1973). RAMBAUX, A.. - "Gestão Económica dos Stocks"(Pórtico, Porto) SANCHEZ, M. - "Contraide Gostos en Ia Construcciõn"(Ceac, Barcelona 1974). WAGNER, G. - "Los Sistemas de Planificação CPMy PERTAplicados a Ia Construction" (Gustavo Gili, S.A., Barcelona 1979). DESCONHECIDO - "Estaleiros"(Apontamentos da Cadeira de Projectos de Obras e Estaleiros da F.E.U.P.).
Especialista em Direcção e Gestão da Construção pela Ordem dos Engenheiros, na qual possui a qualificação profissional de Membro Conselheiro, o Eng° José Manuel Mota Cardoso licenciou-se em 1966 em Engenharia Civil pela Universidade do Porto e foi, durante muitos anos, membro da Direcção Geral das Construções Técnicas, responsável pela actividade na zona Norte, bem como Administrador de empresas ligadas ao ramo da Construção. Colaborou ou foi principal responsável por algumas importantes obras em Portugal, Angola e Venezuela. Publicou vários trabalhos ligados ã função "Produção" e tem conduzido uma actividade docente através da realização de Seminários e Palestras, nomeadamente no âmbito de cursos de Mestrado e Construção - "Tecnologia e Economia de Edifícios", e de cursos de pós-graduação em "Economia e Tecnologia da Construção", no Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa e na Universidade do Minho. Também, e a solicitação da Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas, leccionou cursos sobre Organização de Empresas e de Estaleiros. Nos últimos anos tem desenvolvido intensa actividade de Consultoria nas áreas da Gestão de Empreendimentos e da Gestão Contratual.
AECOPS ASSOCIAÇÃO DE E M P R E S A S DE CONSTRUÇÃO O BRÁS PÚBLICAS E SERVIÇOS ISBN 978-972-8197-13-1
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9"789728ll19713r