Construindo uma Piper Cub elétrica de 1,80m com Depron e balsa O aeromodelismo enquanto hobbie, proporciona-me dois imensos prazeres: O de voar e o de construir. Quando comecei à procura de um novo modelo para contruir, defini que este, teria que ser de fácil construção, teria que ter um voo dócil e teria que ter muita personalidade ! Com este caderno de encargos, só tinha uma hipotese: a Piper Cub J-3. J-3. Para pôr em prática este projecto decidi usar uma técnica que mistura os materiais de construção tradicionais com com os modernos. modernos. Foi assim assim que a Piper se transformou transformou num projecto de construção misto Balsa / Depron. Procurei um plano que me pudesse fornecer as formas básicas da Piper e defini os ajustamentos necessários necessários para poupar peso e usar Depron de 6mm e balsa. Devo referir que o Depron é bastante mais leve do que a balsa embora não tenha a mesma rigidez estrutural. Esta construção vai tentar ser o mais barata possível. O caderno de encargos é o seguinte: Motor: Permax 680G + 3:1 + 12x8 APC (Mesmo motor usado no Multiplex Magister); Bateria: 12v 3300mHa pack (ou 3s Lipo); Servos: 4 Hitec Hs-81 O peso final em ordem de voo (com o material anteriormente descrito), deverá rondar os 2000 Kg – 2400 Kg para uma envergadura de 1,80m. Deverá ser coberta com Oracover Yellow Cub. Qualquer sugestão ou comentários sobre a constução, poderão ser feitos para
[email protected] .
[email protected] . Ruben PS: Espero que com este artigo, motive outros aeromodelistas a iniciar projectos semelhantes. Há um lugar para os ARTF’s que provavelmente sairão mais baratos e com um voo melhor que um modelo construído de raiz, mas não há nada que se compare a vermos o NOSSO avião voar !
Construindo uma Piper Cub elétrica de 1,80m com Depron e balsa
A fuselagem
Na fuselagem, usei depron para as cavernas e dois troços quadrados de balsa para as juntar. Como cola usei cyano especial para para depron (sem odor). odor).
Todas as cavernas são copiadas para papel vegetal para depois serem copiadas para o depron.
As cavernas são depois cortadas e prontas a ser usadas.
Preparando os troços de balsa que vão unir as cavernas.
As cavernas são cortadas para receberem os troços de balsa.
As cavernas são coladas usando cyano para depron.
Os dois troços de balsa estão agora colados. Usar fita-cola para reforçar a colagem.
Sairá uma Piper daqui ?
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A fuselagem
A fuselagem é muito simples de construir. É bastante leve e com as paredes de depron de 6mm, torna-se também muito rígida. Como cola, foi usada cola quente que é bastante mais barata do que a cyano. E muito mais pesada também...
Dois troços triangulares, vão ser colados na base das cavernas.
Testando se tudo cabe na posição correcta.
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As colagens são à base de cola quente. A fita preta, ajuda a moldar a balsa durante a colagem.
A fuselagem é cortada em depron. Cortar um pouco sobredimensionada.
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A cauda
A cauda da Piper é bastante fácil de se construir. Basta cortar o depron na forma correcta. Contudo, num avião de 1,80m, a cauda é grande e só depron não basta. É necessário dar rigidez.
Os elementos da cauda cortados. Notar Teste de encaixe das duas peças. os encaixes para o estabilizador vertical.
Começa a parecer uma Piper.
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Teste de encaixe na fuselagem.
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Dando rigidez à cauda
A envergadura do estabilizador horizontal é de 50 cm ! Assim, inseri um tubo de carbono para dar rigidez. Também usei o método de sandwich entre depron e balsa. Desta maneira, aumenta-se bastante a rigidez e o peso mantém-se baixo. Para este tipo de colagens, foi usada UHU Por. Basta colocar esta cola numa das partes, juntar, separar e esperar uns 5 minutos. Ao fim desse tempo, com todo o cuidado, juntar definitivamente as peças.
Usando um tubo de carbono para dar rigidez à cauda.
O tubo é colado com cola quente.
Uma folha de 1mm de balsa é em seguida colada com UHU Por.
As peças do elevador, também sofrem o mesmo tratamento.
Tudo colado e finalizado. Deverão ser colocados alguns livros sobre as peças durante a secagem.
Depron por baixo, balsa por cima. Rígido e leve !
O leme de direcção, leva também um reforço em balsa. O encaixe em baixo, será usado para colocar o encaixe da roda traseira.
O estabilizador vertical também recebe um tubo de carbono. Este tubo irá também ajudar a prender o estabilizador à fuselagem. 46g para as peças da cauda.
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A fuselagem
Na Piper Cub, a asa assenta sobre as cavernas do cockpit logo estas, terão que ser bastante resistentes. Neste caso, não deverá ser usado depron. Nem balsa ! Deverá ser usado contraplacado leve de 6mm. Também o suporte do trem de aterragem terá que ser muito resistente e sólido. Neste caso, nem contraplacado será usado. Eu usei pinho !
Como o suporte do trem de aterragem tem que ser muito resistente, usei madeira de pinho. Colagens feitas com epoxy.
Tudo colado. Peso: 56g. Um pouco pesado mas irá receber os abusos das aterragens e a caverna maior do cockpit.
As cavernas do cockpit em depron, são copiadas para o contraplacado.
Ultima peça da base da fuselagem que irá receber as cavernas do motor. Terá que ser colada, apontando para cima.
Todas as peças são agora juntas e coladas com epoxy. A maior caverna do cockpit, é colada ao suporte do trem de aterragem com epoxy.
O alnhamento das peças é verificado sobre o plano.
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Montagem do motor
Para a montagem do motor, pretendi encontrar um método fácil que me permitisse mudar de motor rapidamente, ou alterar o angulo de picador (downthrust). Também queria garantir que o motor recebia muito ar fresco. Assim, optei por uma montagem ao estilo da GWS, usando um troço de pinho. O motor é um Permax 680G com reductora 3:1 usado no Multiplex Magister. Pesa bastante: 330g. Com um brushless ficará bastante melhor.
O motor é montado sobre um troço de pinho e preso com cabos plásticos. Há uns cortes no pinho que evitam que os cabos se desloquem. Simples, barato e eficiente.
Na primeira caverna, há duas ranhuras: Desta maneira, também se torna fácil uma para o troço de pinho e outra para dar ao motor, angulo à esquerda ou à os cabos eléctricos. direita.
A segunda caverna é agora colada e contém outra ranhura. Abrindo mais esta ranhura, poderá aumentar o angulo de picador do motor.
As duas cavernas da frente, são em Montagem final. Na parte de trás do contraplacado de 6mm e foram coladas troço em pinho, existirá um parafuso com epoxy. para apertar a montagem do motor à fuselagem.
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A fuselagem
A fuselagem está agora quase acabada. É bastante leve e resistente.
Fuselagem pronta para ser coberta com Usar UHU Por para colar a fuselagem à Um lado já colado. depron. Notar que as partes com estrutura. necessidade de maior resistência estrutural, são de contraplacado e balsa.
Esperando 5 minutos pela UHU Por, para Lado já colado. colar a outra metade.
Muita rigidez e leveza com o depron colado dos lados. É uma grande fuselagem.
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Os dois lados estão já colados. Colocar fita cola para ajudar à colagem.
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Trem de aterragem
Eu quis que o trem de aterragem na Piper fosse ao mesmo tempo escala e funcional. Usei o seguinte material: Corda de piano 3mm Corda de piano 2mm Corda de piano 1mm 2 conectores eléctricos Solda 1 mola 2 rodas leves de 70mm 8 parafusos 1 tampa metálica de uma garrafa de Whisky.
Primeiro, dobra-se a corda de piano de Dando-lhe a forma típica do trem da 3mm para a parte da frente do trem. Piper.
Agora dobra-se a corda de piano de 2 mm com a mesma forma. De notar que esta peça, deverá ser maior do que a anterior porque fará um angulo de 45º.
Testar se tudo encaixa bem.
As ligações entre as peças, são feitas com os conectores eléctricos.
Pormenor do conector. Foi cortado a meio com uma Dremmel.
Colocando as rodas.
A corda de piano de 1mm é usada para As junções estão prontas para ser os amortecedores. soldadas, usando pasta de soldar.
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Peças já soldadas.
Entre as peças de 1mm, levou uma mola que ajuda o trem a voltar à posição inicial quando está sob grande peso.
Parte de cima da embalagem da garrafa de Whisky, é usada para prender o trem à fuselagem. Muito barato ! A tampa. O Whisky, não...
Primeiro molda-se o metal à corda de piano.
Usando uma prensa.
Começa a tomar a forma devida.
Simples, resistente e barata. Deverão ser feitas duas destas. Não esquecer 4 buracos para os parafusos.
A frente do trem é agora aparafusada ao pinho na fuselagem.
A parte de trás do trem é agora aparafusada ao pinho na fuselagem.
Resultado final: Um trem que funciona mesmo.
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A asa
A asa de 1,80m tem que ser bastante leve mas também bastante resistente. Foi usado depron para todas as nervuras e cobertura da asa. As longarinas são de balsa dura. A asa é bastante simples de se construir porque é basicamente quadrada e com fundo plano.
Fazer um molde das nervuras em cartão e marcá-las no depron.
Depois de cortadas as nervuras, juntálas por tamanho.
As nervuras são juntas, lixadas e marcadas para o corte que irá receber a longarina.
Usando uma lamina afiada, corta-se a ranhura para a longarina.
Colocando as nervuras nas longarinas. O encaixe deverá ser feito sobre uma ligeira pressão. Efectuar as colagens com cola quente.
A posição das longarinas, é confirmada sobre o plano.
Verificando como ficam sobre a fuselagem. Começa a ser notória a envergadura desta Piper. A estrutura das duas asas está agora pronta. Verificar se não estão empenadas.
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A asa
A técnica de fazer as asas usando depron, é muito fácil e rápida. Desta forma torna-se possível obter asas muito leves e resistentes. Estas asas foram construídas em cerca de 4 horas, incluindo o cortes de todos os componentes. A parte mais complicada é a ponta das asas que é redonda e não é de construção directa.
A zona do ailleron, recebe um reforço em depron.
Montagem dos suportes nas longarinas é feita mediante um pequeno corte. Para a montagem dos suportes de asa da Piper, usei contraplacado de 1mm.
A estrutura da asa, é agora colada com UHU Por, sobre uma folha de depron de 6mm. A colagem é feita com epoxy e reforçada com pedaços de balsa.
Este é uma tentativa para usar apenas 1 servo central para os aillerons. Por um tubo de carbono, passa uma corda de piano de 2mm.
A asa é então cortada ligeiramente acima do tamanho normal.
Por dentro, o depron é ligeiramente esmagado usando uma tábua ou régua. Para efectuar a dobragem do depron, coloca-se fita cola na parte de fora. Caso esta operação não seja feita, o depron parte.
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Cuidadosamente, começa-se a dobrar a Até conseguir dobrar totalmente. asa. Coloca-se UHU Por sobre todas as nervuras e extremos da asa, juntam-se as partes, separa-se e espera-se 5m.
Depois de 5 minutos, juntar tudo, tendo Pressionar com cuidado para que tudo o cuidado de a frente da asa, ficar com fique correctamente colado. a curvatura correcta.
O ailleron é então marcado para ser cortado.
As asas estão quase prontas, faltando apenas as pontas e a junção. Pesam apenas 270g ! E têm uma rigidez torsional, impressionante.
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Cobrir com pesos e deixar em repouso algumas horas.
Com uma lamina afiada, cortar o ailleron. NOTA: Nas pontas, o corte deverá ser encostado às nervuras e na horizontal, encostado à longarina. Começa a parecer com uma asa.
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A asa
A ponta das asas, é a parte mais díficil. É necessário moldar o depron para que se adeque à curvatura das pontas.
A ponta das asas necessita de um tratamento especial. Não é fácil trabalhar o depron para uma forma destas.
Depois de aplicado algum calor, a peça de depron toma uma forma aproximada.
Colocar muitos pesos para garantir que a colagem é correctamente efectuada.
A frente da asa está horrível nas pontas Duas peças de depron são laminhadas ! Mas com depron e uma lixa, tudo se e coladas na frente. torna fácil...
As peças são cortadas e lixadas até tudo Resultado final ! estar na forma correcta.
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Usando UHU Por e muitaa fita-cola, a peça
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A asa
Na minha Piper, decidi construir a asa como uma única peça. Seria muito complicado estar a criar duas semi asas que encaixassem na perfeição. A asa só precisa de um parafuso para ser presa. Como os suportes de asa ajudarão a prendê-la, não serão precisos mais parafusos. Para juntar as asas, usei um tubo de carbono de 80 cm que percorre as duas asas através das nervuras. As asas têm um diedro muito ligeiro – 2 ou 3 graus.
Para juntar as asas, usei um tubo de carbono, um troço de pinho para dar o diedro e contraplacado para a zona do parafuso.
Tudo é colado usando epoxy.
Tudo é colado e pesado.
A primeira nervura da asa, deverá ser feita em contraplacado porque irá sofrer muita pressão. É ela que acentará sobre a fuselagem.
Não mexer na asa até a epoxy estar completamente curada. Nota: Só usei epoxy de 5 minutos. Sobre cada ponta das asas, é colocado um objecto da mesma altura, para manter o diedro.
Um troço de pinho é depois colado na frente para receber os tubos de alumínio que irão unir a asa à fuselagem.
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Os dois tubos de aluminio são colado com epoxy.
Para o parafuso, é colocado um pequeno quadro de pinho.
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Na fuselagem outra peça de pinho é colada com epoxy às cavernas. É feito um buraco e aplicada uma porca cega.
Com tudo pronto, só falta tapar a parte central da asa. Colocar pesos para ajudar na colagem.
A asa é presa com um parafuso de nylon. Na fuselagem, são feitos dois buracos para receber os tubos de alumínio.
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A asa está agora pronta para ser coberta. Depois de lixar muito bem e aplicar massa leve para tratar as imperfeições. Em vez de ser coberta, também poderia ser pintada.
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Poupando algum peso
Para manter o peso baixo, fiz algumas experiências. Foram abertos buracos nas peças da cauda. O ganho de peso não foi grande e provavelmente, a perda de força estrutural, não compensa este trabalho.
As peças da cauda, prontas para o emagrecimento.
16g antes de serem cortadas.
Cortando as peças com um tampa de um frasco.
Pormenor da tampa…
12g depois de cortadas. Ganhei 4g ! Não é grande coisa num avião de 2Kg...
Fica bonito mas valerá a pena ?
28g antes de cortar.
Usei um método diferente para o corte.
22g depois de cortar. Ganhei 6g. No total o ganho foi de 10g. Não acho que compense o trabalho e a perda de rigidez estrutural.
Os elevadores são juntos usando corda Resultado final pronto para ser forrado. Na fuselagem, a cauda recebe uma peça de piando de 2mm. de balsa dura para montagem das peças da cauda.
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A cobertura com filme dá muita rigidez ao depron !
Fiz um teste simples para verificar quanta rigidez confere o forro com Oracover ao depron. A conclusão é que confere muita rigidez !!! E previne também as pequenas marcas que sempre acontecem quando se bate com as peças em algum lado. A aplicação do Oracover ao depron é simples mas deverá ser feita com uma temperatura baixa. Demasiado quente e o depron derrete. PS: Esta foi a minha primeira experiência de cobrir um avião com filme retráctil.
Com 1,5Kg não dobra sequer.
A peça de depron, será testada colocando pesos sobre esta barra de madeira.
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Com 1 kg apenas, o depron sem cobertura já está a dobrar !
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Os aillerons
Os aillerons são cortados directamente da asa e não necessitam de grande trabalho. Apenas necessitam de algum reforço nas pontas e um troço de balsa dura para aplicar a corda de piano que os irá movimentar. Numa asa de 1,80m, os aillerons são bastante grandes (44cm cada um) e por isso, necessitam de ser bastante rígidos.
Os aillerons depois de serem cortados da asa.
Na frente do ailleron, é colada com UHU Por, uma placa de depron.
As pontas, necessitam de ser reforçadas.
Duas peças de balsa, são cortadas com a forma correcta.
Tudo deve depois ser cortado e lixado até as formas serem correctas.
As duas peças de balsa são depois coladas com UHU Por e lixadas.
Um troço de balsa dura, é cortado para Um dos troços está já colado e o outro ser aplicado ao interior do ailleron. ainda vai ser colado com epoxy. Falta fazer um furo para colocar a corda de piano que os irá mover.
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44cm de aillerons !
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Forrando a asa
Devido à forma da asa, aplicar o Oracover, não apresenta grande dificuldade, excepto nas pontas arredondadas das asas. Uma vez que esta é a minha primeira cobertura usando filme retráctil, provavelmente necessito de muito mais prática. A utilização da pistola de ar quente para esticar o Oracover, deverá ser muito cuidadosa. Acabei por derreter o depron em algumas partes. Se houver uma parte que necessite de mais calor, deverá ser aplicado apenas por breves instantes, deixar esfriar e aplicar outra vez, etc etc. Para colar o Oracover usei um ferro de passar roupa, na temperatura mínima e coberto com um pano. Os decalques foram feitos na impressora em casa, usando papel de decalque à base de água. É depois aplicado uma camada de verniz para os proteger.
Comecei por cobrir a parte de baixo da asa que é plana.
Asa praticamente pronta com a cobertura já esticada com a pistola de calor. As pontas da asa são as partes mais complicadas de fazer.
Decalques já aplicados com uma camada de verniz.
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Após alguns momentos, a parte inferior da asa está já coberta. Usei o ferro de passar roupa no mínimo, com um pano.
A parte de cima é coberta de uma única vez. O Oracover adere bastante bem ao depron.
O ailleron é coberto antes de ser preso à Os decalques feitos no computador, são asa. colocados 1 minuto em água e estão prontos a ser aplicados.
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Continuando com a cobetura
Depois da asa, forrei a cauda. As linkagens dos aillerons, profundidade e leme de direcção, foram feitas usando apenas fita-cola forte (à boa maneira dos eléctricos mais pequenos). É um método bastante barato, quase invisível e muito fácil de aplicar.
Os elevadores são facilmente cobertos. Basta aplicar o ferro sobre eles.
Em seguida, andar à volta…
Até ficar assim.
Com uma tesoura ou uma lamina, cortar o excesso.
O estabilizador é coberto da mesma forma.
Nas bordas, basta aquecer com o ferro e esticar o Oracover com cuidado para não danificar o depron.
Cortando os excessos.
Até ficar assim.
A última parte pode agora ser aplicada e cortada pelas bordas.
Com a pistola de calor, o filme encolhe ficando bem esticado.
Cauda quase pronta a aplicar na fuselagem.
As linkagens são feitas com fita-cola forte. Barato !
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Acabando a fuselagem
A fuselagem necessita de pouco trabalho para ser finalizada. Bastam mais algumas peças de depron. É bastante leve e rígida.
Depois de aplicadas as linkagens para a profundidade e direcção, a parte de cima da fuselagem pode ser cortada.
Usar UHU Por para efectuar a colagem. Usar fita cola para ajudar na colagem. A parte da cauda, não é colada nesta fase.
Para o capot na frente, é necessário moldar o depron. Usar fita-cola por fora para não quebrar e aplicar calor. Neste caso usei uma caneca como molde.
Forma quase pronta.
Agora, basta cortar o depron em excesso.
Para ficar assim.
Falta o painel de instrumentos.
Este vai ser um dos acessos às baterias.
A parte de trás é agora cortada para receber a cauda. 25.2 KB - Views: 45
Teste ao encaixe da cauda. Há um parafuso no estabilizador horizontal para prender à fuselagem. O estabilizador vertical tem um tubo em carbono que entra na fuselagem.
Começa a parecer uma Piper !
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Peso: 690g.
A cobertura da fuselagem é bastante A cauda é agora colada e aparafusada. fácil por cauda da sua forma rectílinea. Ter em atenção todos os alinhamentos. O estabilizador horizontal terá que estar paralelo às asas e as suas pontas deverão estar à mesma distância das pontas das asas. O establizador vertical tem que formar um angulo de 90º.
Cortando as janelas.
A janela traseira é bastante complicada A frente é acabada em depron. Pensei de forrar. Usar um pequeno ferro. fazer um capot em fibra mas dava muito trabalho e seria mais pesado.
A frente apenas cobre o motor. Não há O motor é aplicado e as peças são qualquer tipo de resistência estrutural coladas com UHU Por. Apliquei cola nestas peças. quente por dentro, para reforçar as ligações.
Finalizando a cobertura.
Lixar tudo cuidadosamente até obter a forma desejada.
Teste com uma hélice 12x8 APC-EOs decalques são aplicados também na traseira. Falta ainda o logotipo da Piper.
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Modificando os aillerons
Depois de experimentar os aillerons, achei que o método utilizado de ter apenas um servo central, não foi o mais adequado. Os aillerons estavam soltos de mais para o meu gosto. Assim, optei por fazer uma modificação e colocar um servo HS-81 por ailleron. NOTA: Este passo pode ser evitado caso se decida de raiz, colocar dois servos para os aillerons. Nesse caso, deverá criar um pequeno canal e colocar um fio, para puxar os cabos dos servos através das nervuras no interior da asa.
Usando uma régua e uma lamina afiada, a cobertura e o depron são cuidad osamente cortados.
O servo é colado e aparafusado na asa, usando contraplacado como apoio. O corte não pode atingir as nervuras da asa !
A linkagem dos aillerons é colcada a meio.
Os cortes estão agora feitos e prontos a receber os servos.
Os servos são aparfusados e juntos por um cabo em Y.
Pequeno braço de corda de piano. Não há mais movimento indesejado.
O corte pode então ser recoberto.
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Últimos decalques.
Para fazer os decalques pretos dos lados da Piper, utilizei papel autocolante preto brilhante. É bastante barato (1.5 Eur o metro !) e encontra-se em qualquer drogaria.
Logotipo já cortado e aplicado.
A matrícula está na asa. Também poderia ser colocada na lateral.
Os suportes da asa
Os suportes da asa na Piper, são funcionais e fornecem uma resistência extra às asas. Foram feitos de forma a serem facilmente montados na pista. Assim, estão permanentemente aparafusados à asa e recebem apenas um parafuso para os ligar à fuselagem. São feitos de pinho e têm uma forma aerodinâmica com fundo plano. Podem ser adquiridos em qualquer grande superfície de materiais de construção civil.
Antes das asas serem cobertas, são Os suportes serão depois aparafusados Suportes em pinho quase prontos. coladas com epoxy, duas peças de aqui. pinho. Cortar o depron para aceder aos suportes em contraplacado dentro da asa.
Tudo tem que ser cuidadosamente medido antes de serem cortados e colados.
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Para juntar os suportes, fiz um corte desta forma.
A peça de contraplacado ajudará a reforçar a colagem.
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As colagens são feitas com epoxy.
Cuidado com o angulo entre os suportes.
Na ponta dos suportes, é aplicada uma peça plástica para serem aparafusados às asas. Esta peça é obtida a partir de caixas plásticas tipo caixas de cassetes de video.
A peça é colada com epoxy e reforçada Um pequeno parafuso é depois com fita-cola. aplicado. Outro parafuso, prende os suportes à asa.
Prontos para serem cobertos.
Uma peça de metal, é aparafusada ao suporte do trem, para receber o parafuso que prenderá os suportes à fuselagem.
Testando as ligações. Todo o conjunto fica extremamente sólido !
Está quase pronta !
Os dois suportes estão agora prontos.
Este é o único parafuso a apertar na pista, para termos os suportes presos.
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Finalizando o trem de aterragem.
A cobertura do trem é feita de balsa de 3mm e presa à fuselagem com fita-cola forte.
As peças em balsa são cortadas usando o Peças já cobertas. NOTA: Não usei depron trem como molde. nestas peças porque estarão muito perto d o chão e vão sofrer bastante.
Coladas à fuselagem com fitacola. NOTA: Não estão coladas ao trem para não interferirem com o movimento deste.
As janelas laterais
As janelas laterais são feitas de folhas de acetato. Simples e barato mais uma vez.
O acetato é cortado aproximadamente. Usando a fuselagem como molde, o perfil das janelas é traçado.
Usando uma caneta de acetato, imitamse as borrachas à volta da janela. Cortar com uma tesoura à volta.
Janela central
Janela frontal
Janela traseira
Antes das janelas.
Depois das janelas. Colagens feitas com UHU Por.
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Acabando a fuselagem.
Para mudança das baterias na pista, não queria ter que retirar as asas. Assim, arranjei um método de as trocar rapidamente, dando a facilidade de remover a janela frontal e o capot do motor. Para prender a janela e o capot, usei imans muito fortes que podem ser encontrados no interior de discos rígidos de computadores.
O capot frontal é feito em depron. Na frente, recebe depron laminado que será depois lixado.
A frente está agora lixada para a forma correcta.
Depois de colado, lixar tudo convenientemente.
Depois tudo deverá ser coberto. Não foi Imans de um disco rígido velho, são uma peça fácil de cobrir e não está tão usados para prender o capot. São perfeita como eu queria. extremamente fortes !
Os imans são colados com cola quente.
A estrutura é realizada em balsa.
Para a janela da frente, criei uma estrutura em balsa que receberá o “vidro” da frente e que poderá ser rapidamente extraída para acesso ao interior.
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Agora o capot do motor, será colado com UHU Por, ao restante capot.
Construindo uma Piper Cub elétrica de 1,80m com Depron e balsa
Usando cartão, é feito um molde para determinar o tamanho do vidro da frente. Este molde será depois copiado para uma folha de acetato. A estrutura é presa à fuselagem com imans.
A estrutura que recebe o vidro é pintada em preto.
Entradas de ar para refrescamento
Os aviões eléctricos, necessitam de entradas de ar que permitam arrefecer as baterias, variador e motor. Assim, foram efectuados vários cortes para permitir a entrada de ar.
Entrada de ar para as baterias. A entrada de ar das baterias é coberta com uma rede plástica.
Na zona do motor, antes de cortar.
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Depois de cortar a entrada de ar.
Vista do interior. NOTA: Ver também o parafuso que prende o suporte do motor.
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Criação dos falsos motores
Uma Piper Cub J-3, obviamente terá que ter os respectivos motores a sair pelas laterais. Estes, foram facilmente construídos, usando balsa, depron e plástico.
Duas peças de depron são cortadas como suporte dos falsos motores.
Quatro peças de balsa são cortadas para Cilindros cortados e lixados. servirem de cilindros.
Duas peças plásticas são aplicadas para Uma caixa de rolo fotográfico é cortada fazerem de escapes. a meio para servir de entradas de ar.
Testando os componentes…
As cabeças dos cilindros são agora pintadas com tinta acrílica.
E é pintado de preto com tinta acrílica.
O depron é cortado para receber os cilindros.
As cabeça dos cilindros são agora coladas com UHU Por.
E as entradas de ar com cola quente.
Os escapes são colados com cyano para depron.
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Antes dos motores falsos…
Depois dos motores falsos !
Está quase pronta !
Finalizando
Para acabar a Piper, falta apenas o “vidro” da frente, alguns pequenos decalques, o tabuleiro para as baterias e ... um piloto !
Logotipo da Piper já decalcado
Logotipo da Piper já decalcado.
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O vidro da frente é realizado com acetato, usando o molde de cartão como modelo. O acetato é colado nas laterais com UHU Por e é colocado um reforço em fita-cola preta dos lados e em cima.
O capot do motor, entra por baixo do O Ken (ou a cabeça dele), ofereceu-se vidro. Se quiser aceder ao interior, como piloto para fugir da Barbie. basta retirar primeiro o vidro e depois o (Obrigada sobrinha ! ;-) ) capot.
Peso final: 2400g com um pack de 10 NimH 3300mha. Nota: Sem as baterias e sem o motor, o peso é de 1390g
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Encaixa facilmente.
E está pronta a Piper Cib J-3 !
Construindo uma Piper Cub elétrica de 1,80m com Depron e balsa
Teste de voo
Depois de finalizada, efectuei alguns testes de potência do motor e fiquei com algumas dúvidas sobre as suas capacidades para fazer voar decentemente a Piper. Teoricamente, este setup deveria fornecer cerca de 300 Watts o que deveria ser suficiente para voar um avião deste tipo. Eu voo num campo de relva o que causa algum atrito ao levantar voo. Depois de posicionar a Piper no início da pista, gradualmente fui aumentando a potência. A cauda levantou do chão ao fim de 6-7 metros, deixei-a correr mais um pouco e puxei ligeiramente o elevador. Ela levantou um pouco e voltou a aterrar. Abortei a partida e reposicionei-a novamente no início da pista. Desta vez, deixei-a rolar cerca de 50 metros até puxar elevador. Assim que o puxei, ela levantou graciosamente de uma forma totalmente à escala. Quando estava a cerca de 5/6 metros de altura, reduzi ligeiramente a potência e ela baixou imediatamente. Verifiquei nesse momento que com este motor, não é possível ter um voo relaxado e aterrei enquanto ainda tinha pista pela frente. Quando a fiz rolar pela pista em minha direcção, o motor calou-se durante 2/3 segundos e depois retomou o funcionamento normal. Ao verificar as baterias, constatei que o variador estava a escaldar e a sua cobertura plástica estava já derretida. A razão para isto é o facto de o motor estar a consumir cerca de 30 amperes e esse ser o limite do variador. Conclusão: A Piper voa e promete muito mas… não com esta combinação de motor e pack. Para voar com este motor, será necessário um variador de maior amperagem e o voo será feito quase sempre no máximo da potência o que deixa pouco espaço de manobra. A minha proposta caso prentendam usar este motor, será usar um pack lipo de 4000mHa (cerca de 255g contra 640g do pack Nimh) e reduzir o tamanho da hélice para diminuir o consumo (talvez uma 10x7) ). Outra possibilidade será o uso de um motor brushless que debite entre 300-400 watts com um pack de 10 Nimh ou 3s Lipo. NOTA: Com um motor brushless e pack lipo, a Piper ficará cerca de 22% mais leve e com mais potência. Este vai ser o caminho que eu vou seguir. Nota: A evolução da Piper, poderá ser seguida em: http://www.rcgroups.com/forums/showthread.php?t=491327&pp=15
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