CARTILHA PARA ACESSIBILIDADE AMBIENTAL: Orientações ilustradas para domicílios de pessoas idosas
Autoria:
Financiador:
Maria Luísa G. Emmel Luiza Oliva Paganelli UFSCar/SP 2013 * O acesso a este material é gratuito e não n ão pode ser vendido *
CARTILHA PARA ACESSIBILIDADE AMBIENTAL: Orientações ilustradas para domicílios de pessoas idosas
AUTORIA
Maria Luísa Guillaumon Emmel 1 Luiza Oliva Paganelli 2
FINANCIAMENTO
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI)
IMPORTANTE
É permitido o uso das informações desta Cartilha, desde que se utilizem as regras da ABNT e conste a seguinte referência bilbiográfica: EMMEL, M.L.G.; PAGANELLI, L.O.P. Cartilha para acessibilidade ambiental: Orientações ilustradas para domicílios de pessoas idosas. Produto de um
projeto de pesquisa CNPq/PIBITI. Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Terapia Ocupacional, São Carlos, 2013, 46p.
Contato:
[email protected] 1
Graduada em Terapia Ocupacional pela Universidade de São Paulo, Mestre em Educação Especial pela Universidade Federal de São Carlos e Doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo. Professora Associada do Departamento de Terapia Ocupacional da UFSCar, do Programa de Pós Graduação em Educação Especial da UFSCar e do Programa de Pós Graduação em Terapia Ocupacional da Universidade Federal de São Carlos.
2
Graduada em Terapia Ocupacional pela UFSCar, Mestranda do Programa de Pós Graduação em Terapia
Ocupacional da Universidade Federal de São Carlos. Foi Bolsista de Iniciação Científica pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) - CNPq 2
Ilustração retirada do site http://2.bp.blogspot.com/x5U0pnevQxU/T0qyMFcn7dI/AAAAAAAABNw/zlC_ x5U0pnevQxU/T0qyMFcn7dI/AAAAAAAABNw/zlC_t5leY6s/s1600/ t5leY6s/s1600/idosos3.jpg idosos3.jpg . Acessado em: 10/11/2012. CAPA:
AGRADECIMENTOS
Aos avaliadores da cartilha: Daniel Marinho César da Cruz1 Daniela Nascimento Augusto2 Luciana Bolzan Agnelli Martinez3 Maithe Waneck Joffe Duarte 4 Roberta Abduch Rolim Credidio 5 1
Graduado em Terapia Ocupacional pela Universidade Estadual do Pará-UEPa (2003); Mestre (2006) e Doutor (2012) em Educação Especial pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); Atualmente é Professor Adjunto do Departamento de Terapia Ocupacional (DTO) da UFSCar e do Programa de Pós-Graduação em Terapia Ocupacional (PPGTO) da UFSCar;
2
Graduada em Terapia Ocupacional pela Universidade de Sorocaba; Especialista em Gerontologia pela Universidade Federal de São Paulo; Preceptora de Terapia Ocupacional da Unidade Hospitalar Geriátrica do Hospital São Paulo – Paulo – UNIFESP; Atualmente é Terapeuta Ocupacional do Residencial Israelita Albert Einstein (São Paulo); 3
Graduada em Terapia Ocupacional pela Universidade Federal de São Carlos (2002); Especialista em Tecnologia Assistiva pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (2008); Especialista em Terapia da Mão pela Universidade Federal de São Carlos (2009); Mestre em Terapia Ocupacional, na área de acessibilidade, pelo Programa de Pós-Graduação em Terapia Ocupacional da UFSCar (2012);
4
Graduada em Terapia Ocupacional pelo Centro Universitário São Camilo (2004). Especialista em Saúde Mental/Psiquiatria pelo Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental da Irmandado Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2006). Atualmente é Terapeuta Ocupacional do Residencial Israelita Albert Einstein (São Paulo);
5
Graduada em Terapia Ocupacional pelo Centro Universitário São Camilo. Especialista em Gerontologia pelo Centro Universitário São Camilo. Especialista em Terapia da mão pelo Hospital das Clínicas - Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Atualmente é Terapeuta Ocupacional do Residencial Israelita Albert Einstein (São Paulo).
3
SUMÁRIO 1. Introdução 2. Entrada da casa 3. Circulação interna 4. Sala
5
.
.
.
.
6 8 18
5. Cozinha
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6. Quarto
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7. Banheiro
28
8. Quintal
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9. Outras
41
10. Referências
44 4
INTRODUÇÃO Na terceira idade são esperadas algumas mudanças naturais no organismo dos indivíduos que envelhecem. Com isso, o ambiente, que anteriormente era seguro e confortável, começa a apresentar algumas dificuldades, riscos e desconfortos para a pessoa mais velha. Para evitar riscos à sua saúde e locomoção, são importantes as adaptações nos ambientes, visando tornálos acessíveis. A acessibilidade prevê um processo de transformação do ambiente e de mudanças na organização das atividades humanas, que diminuem o efeito de uma barreira ambiental. Esse processo deverá representar um conjunto de idéias e modificações ambientais
que
terão
sucesso
em
atender,
simultaneamente, diferentes indivíduos com diferentes necessidades, de maneira a facilitar a vida e convivência de todos. Esta cartilha foi elaborada com a intenção de evitar fatores de risco nas residências de idosos e torná-las mais acessíveis. A seguir, serão apresentadas algumas orientações e sugestões que podem deixar o ambiente mais seguro e funcional no dia a dia e evitar que problemas mais graves (devido às barreiras arquitetônicas) possam vir a acometer os idosos. É importante ressaltar que existem profissionais capazes de orientar, planejar e realizar essas adaptações junto a quem deseja. Dentre eles ressaltamos o Terapeuta Ocupacional que, mundialmente, é considerado o profissional capacitado para desenvolver este tipo de ajuda técnica. Este material pode ser utilizado por qualquer pessoa e não deve haver taxa para acessá-lo. Ressalta-se que as imagens exibidas são meramente ilustrativas. 5
Pensando na ENTRADA da sua casa...
Mantenha a calçada com uma faixa de passagem livre e com largura mínima de 1,20 m.
* Ressalta-se que as faixas livres devem ser completamente desobstruídas e isentas de interferências, tais como: vegetação, postes, orlas de árvores e jardineiras e outras que reduzam a largura da faixa livre. Eventuais obstáculos aéreos, tais como faixas e placas de identificação, toldos, luminosos, vegetação e outros, devem estar localizados a uma altura superior a 2,10 m. * 6
Dê preferência aos pisos ásperos e antiderrapantes na sua
GARAGEM! É importante também que seja uma superfície plana e sem desníveis.
* Ressalta-se a importância da garagem ser coberta, pois assim ela mantém-se seca e segura em dias de chuva. Se possível, instale toldos para bloquear a entrada de chuva na área coberta. * 7
Agora vamos entrar e pensar na sua CIRCULAÇÃO dentro de casa...
Recomenda-se um PISO PLANO , regular, sem desníveis e degraus! É importante que este também seja antiderrapante.
Atente
para
NÃO
DEIXAR
OBJETOS PELO CAMINHO em que você passa frequentemente, pois você pode tropeçar neles!
8
Evite os TAPETES pela casa! Caso os mantenha, dê preferência aos de cerdas baixas, emborrachados, antiderrapantes
e/ou
com
ventosas, pois estes deslizam menos e evitam que você enrosque os pés ao caminhar.
* Existem algumas alternativas para fixar os tapetes no chão. Uma delas é colocar fitas adesivas debaixo dos tapetes e fixá-los. Pode-se ainda colocar um pedaço de tapete antiderrapante embaixo do tapete de uso normal *
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Evite deixar FIOS SOLTOS E APARENTES pelos cômodos! Prenda-os nas paredes e quando possível deixe-os embutidos.
Use calçados como sandálias e chinelos que possuem tiras fixas ao redor do tornozelo! Dê preferência aos sapatos baixos e que possuam solado mais aderente, como os de borracha. O uso de tênis é recomendado.
Ao caminhar, evite UTILIZAR MÓVEIS,
MAÇANETAS E PAREDES COMO APOIO! Caso tenha dificuldade para andar, procure um profissional para indicar um aparelho adequado (bengala, andador , etc). 10
Se houver CORREDOR em sua residência, mantenha-o bem iluminado e, se necessário, com corrimão contínuo nas laterais.
Todos os cômodos da residência devem ser bem
ILUMINADOS! Para isso, opte por lâmpadas florescentes. Cortinas e cores de paredes claras também auxiliam para uma melhor iluminação!
Dica: facilite o acesso aos INTERRUPTORES. Instale-os na altura de seus ombros e opte pelos que tem botões iluminados para que haja fácil localização e uso!
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As PORTAS devem ter largura de pelo menos 80cm: Isso irá facilitar a sua passagem por ela.
* As portas devem ter condições de serem abertas com um único movimento. Não deixe objetos atrás delas, para permitir a abertura máxima. *
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Evite colocar "DESCANSOS DE PORTA" , como os de areia ou outros objetos,
pois
isto
pode
provocar riscos de queda.
Para um manuseio mais fácil, instale nas portas MAÇANETAS do tipo alavanca.
E LEMBRE-SE: para sua segurança, evite trancar as portas de casa pelo lado de dentro do cômodo. Caso faça isto, tenha sempre uma cópia da chave em outro ambiente ou com outra pessoa de sua confiança. 13
Para
manter
as
portas
abertas, instale um dispositivo que é fixado na porta e na parede. Ele evita tropeções nos objetos que ficam pelo chão e mantém a porta aberta para facilitar a passagem.
Se em sua casa houver panos ou outro tipo de objeto na soleira das portas para evitar a entrada de sujeira,
substitua-os
por
um
VEDANTE! Isto é mais seguro para você.
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As alturas das JANELAS devem ser de acordo com os limites de alcance visual e manual, exceto em locais onde deva prevalecer a segurança e a privacidade, como nos banheiros.
* É recomendado que cada folha ou módulo da janela possa ser operado com um único movimento, utilizando apenas uma das mãos. * 15
Se houver ESCADA em sua casa, utilize o corrimão quando for subir e descer! Caso não o tenha, instale-o para sua segurança.
Verifique se todos os degraus da escada têm as MESMAS
DIMENSÕES , pois isso facilita sua orientação enquanto sobre/desce a escada. Se não tiverem as mesmas dimensões, fique atento quando for utilizá-la.
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Instale FAIXAS ANTIDERRAPANTES nas bordas dos degraus e mantenha-os bem iluminados. Isto facilita a sua visualização e evita escorregões, dando a você maior segurança ao subir/descer a escada.
* Uma dica importante: SINALIZE O INÍCIO E O FINAL
DA ESCADA! Isto pode ser feito com um material de cor e textura diferentes do material da escada, como lixas, fitas adesivas coloridas e outros que achar adequado.*
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Pensando agora na sua SALA...
Ao se SENTAR , procure utilizar mobiliários que proporcionem que os pés fiquem apoiados no chão, as costas totalmente apoiadas no encosto e os joelhos flexionados a 90°.
* Caso não seja possível sentar nesta posição, utilize um apoio para os pés (como por exemplo, um suporte de madeira) e/ou um apoio no encosto (como por exemplo, um travesseiro/almofada que acomode toda a região). *
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Se ao sentar na sua cadeira, sofá e/ou poltrona você perceber que o estofado é
MUITO MACIO E AFUNDA , corrija isto colocando uma almofada mais densa no assento e/ou, se possível, uma tábua de madeira embaixo da almofada, deixandoa mais resistente.
Quando sentar-se por um tempo
prolongado,
faça
MUDANÇAS DE POSTURA , como
cruzar
as
pernas,
estendê-las, sentar e levantar em intervalos de tempo. Dê preferência a mobiliários que permitam variações de postura, pois isso ajuda a prevenir desconfortos e dores osteomusculares. 19
Evite deixar MANTAS e outros cobertores sobre os sofás. Se os mantiver, atente para não deixar sobras de pano sobre o chão e os fixe bem no mobiliário.
Quando for sentar-se, opte pelos
CANTOS que possuem apoio para os braços. Além de auxiliar o descanso, eles ajudam você a sentar-se e levantar-se.
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Sobre a sua COZINHA recomenda-se...
Todos os ARMÁRIOS devem ser fixados nas paredes e ter uma altura de acordo com o seu alcance manual.
Objetos mais pesados ou quebráveis devem estar guardados em NÍVEIS que possibilitem segurá-los de forma segura e evitar acidentes com cortes. Ajuste as alturas das gavetas à sua altura (geralmente no nível do cotovelo) e, se possível, coloque prateleiras giratórias em gabinetes fundos para facilitar que você alcance os objetos. 21
Dê preferência ao
FOGÃO
ELÉTRICO , sem chamas! Se mantiver o fogão a gás, lembrese de fechar o registro do gás e tomar bastante cuidado durante o uso. Opte por aqueles com acendimento automático e trava de segurança.
Mantenha a tampa de cima do fogão sempre aberta. Assim evita-se o esquecimento de acendê-lo com a tampa
de
vidro
cobrindo-o,
prevenindo possíveis acidentes.
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Quanto à GELADEIRA , organize os objetos de maior uso em níveis de altura mais fáceis de pegar. Ao descongelar a geladeira, lembrese de manter o piso da cozinha seco.
* Evite, também, deixar o PISO PRÓXIMO A PIA
MOLHADO.
De
preferência,
coloque
um
tapete
emborrachado e antiderrapante nesta região ou mantenhaa sempre seca. *
É importante manter o FOGÃO
PRÓXIMO A PIA! Isto diminui o espaço de deslocamento com panelas e outros objetos nas mãos. 23
Voltando-se agora para o seu QUARTO... A CAMA deve ter uma ALTURA que permita que você se sente sobre ela mantendo os pés apoiados no chão e os joelhos flexionados a 90°, como sugerido nos sofás, poltronas e cadeiras.
* Uma observação: Caso a cama esteja muito baixa, pode-se colocar um calço de madeira mais largo sob seus pés, optar por um colchão mais alto ou trocar por uma cama com ajuste de altura. Se estiver alta e for possível, pode-se cortar os pés da cama para fazer o ajuste. 24
Evite
o
uso
de
muitos
TRAVESSEIROS sobre a cama e mantenha o COBERTOR preso entre o colchão e a cama!
O COLCHÃO deve estar de acordo com a sua condição de saúde, mas opte pelos MAIS DENSOS.
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É
recomendado
que
tenha
um
INTERRUPTOR instalado próximo à cama ou se preferir um ABAJUR ou
SENSOR com acendimento automático para iluminar o ambiente caso necessite se locomover durante a noite.
Na falta
destes, uma LANTERNA sempre à mão pode ser útil.
* Uma dica importante: Ao se levantar da cama, faça isso de maneira lenta, pois se o fizer rapidamente pode ter tonturas e desequilíbrios. Se mesmo assim isto acontecer, permaneça sentado por um tempo antes de levantar-se totalmente para evitar possível queda. *
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Coloque os objetos pessoais e os seus utensílios em armários mais fáceis de serem alcançados. Isto evita, por exemplo, o uso de banquetas para alcançar objetos que estão no alto.
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Vamos agora ver algumas coisas sobre o seu BANHEIRO...
Para facilitar o uso do vaso sanitário é importante que ele esteja a uma
ALTURA
ADEQUADA.
Esta
é
observada quando você consegue se sentar e manter os pés totalmente apoiados no chão.
* Caso o vaso sanitário seja baixo, há como instalar um sóculo na base da bacia, devendo este acompanhar a projeção da base da bacia. Outra opção é colocar um elevador de assento que proporcione a medida adequada. *
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Outro
aspecto
que
pode
facilitar o uso do vaso sanitário e proporcionar maior segurança é a instalação de BARRAS DE
APOIO em volta. Estas devem ser instaladas com supervisão e orientação de um profissional capacitado, como o terapeuta ocupacional.
* Utilize as barras de apoio para se sentar/levantar do vaso! Evite fazer este tipo de apoio em pias, armários ou na caixa acoplada ao vaso sanitário, pois estas não são estruturas que suportam esse tipo de força. *
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Para facilitar a higiene durante o uso do vaso sanitário mantenha o suporte do PAPEL HIGIÊNICO e o CESTO
DE LIXO próximos ao vaso sanitário e a uma distância de fácil alcance.
Dê preferência a um acionador de
DESCARGA do tipo alavanca ou com mecanismos automáticos para facilitar o uso e evitar esforços.
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Para
evitar
quedas
e
desequilíbrios, tornando o banho mais seguro, você também
pode
instalar
BARRAS DE APOIO na região do chuveiro! Essas barras de apoio podem ser instaladas
na
vertical,
horizontal ou em “L”.
* As barras de apoio devem ser instaladas com supervisão e orientação de um profissional terapeuta ocupacional, capacitado para isso. *
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A instalação do BOX deve ser livre de degraus e com portas amplas, facilitando o uso.
* Para maior segurança e conforto é adequado que a largura mínima do box seja entre 0,90 m e 0,95 m *
Admite-se que o PISO DO BOX para chuveiro tenha um desnível máximo de 1,5 cm do restante do sanitário. Quando superiores, os desníveis devem ser tratados com a instalação de rampa.
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Utilize
TAPETES
ANTIDER-
RAPANTES , com ventosas e/ou de borracha na região do box para
evitar
possíveis
escorregões
quedas
durante
e o
banho!
* Para facilitar, indica-se o uso de REGISTROS ou misturadores de água do chuveiro do tipo alavanca, preferencialmente de monocomando. *
As TORNEIRAS de lavatórios também, se possível, devem ser acionadas por alavanca,
sensor
eletrônico
ou
dispositivos equivalentes. Quando forem utilizados misturadores, estes devem ser preferencialmente de monocomando.
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Utilize mobílias, como vaso sanitário, pia e outros acessórios, de CORES
DIFERENTES as do banheiro para facilitar a visualização e localização dos mesmos!
Vale lembrar que os acessórios para sanitários, tais como cabides, saboneteiras e toalheiros, devem ter sua área de utilização dentro da FAIXA DE ALCANCE confortável para a pessoa que o utiliza.
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Antes de entrar embaixo do chuveiro e molhar-se completamente, averigue com as mãos se a Temperatura da
Água está agradável, para evitar possíveis queimaduras e desconfortos.
E lembre-se, por ser um ambiente de muito contato com a água, tome bastante cuidado enquanto estiver utilizando-o e evite deixar o piso molhado após o uso, para evitar escorregões quando voltar.
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Vamos agora para a parte externa - seu QUINTAL...
O chão deve ser plano, sem rachaduras e de preferência antiderrapante.
* Se possível, instale toldos em locais descobertos e de maior circulação. Isto evita que em dias de chuva o chão mantenha-se molhado e apresente riscos. *
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Evite deixar vasos de plantas, tábuas, mangueira de água e outros objetos pelo caminho em que você costuma sempre passar.
* Dica: mantenha suas PLANTAS sempre podadas, isso evita que você se arranhe e se machuque ao passar por perto delas.
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Instale o seu VARAL a uma altura acessível, na qual você não tenha que se esticar muito para pendurar as roupas! Isto evita possíveis desequilíbrios e tonturas durante essa atividade. Uma alternativa é utilizar um varal de chão.
Se houver GRELHAS e RALOS em seu quintal, é indicado que estejam instalados preferencialmente fora do fluxo principal de circulação. Caso isso não seja possível, certifique-se que estejam instalados no mesmo nível do piso.
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Em caso de PISCINA na área externa, recomenda-se que o piso em torno dela não tenha superfícies escorregadias ou excessivamente abrasivas.
O acesso à água deve ser garantido
através
de
degraus, rampas submersas ou
equipamentos
de As bordas e degraus de
transferência, se necessário.
acesso à água devem ter acabamento
arredondado
para evitar possíveis lesões. 39
A escada ou rampa submersa deve possuir corrimãos para garantir sua segurança no momento de entrar e sair da piscina.
Recomenda-se também a instalação de barras de apoio nas bordas internas das piscinas, na altura do nível da água, em locais que não interfiram com o acesso à água.
Outras dicas também
IMPORTANTES...
Instale o seu TELEFONE em um local de fácil acesso!! Os aparelhos com números em tamanho grande existem no mercado e facilitam sua utilização. Mantenha o volume o mais alto que puder para facilitar a audição e percepção do toque. Se possível, instale em mais de um local na residência para facilitar
em
momentos
de
emergência ou tenha sempre um telefone móvel dentro do seu bolso. Estas dicas também se aplicam para a instalação de
INTERFONES.
Opte por colocar o RELÓGIO e o
CALENDÁRIO em um local de fácil visualização e com números maiores e em cores que contrastam com o fundo. 41
Tome cuidado ao administrar os seus MEDICAMENTOS! Deixe-os em um local adequado para conservação, porém de fácil visualização
para
não
se
esquecer de tomá-los. Se necessário, utilize recipientes com divisões diárias que facilitam o controle da tomada de remédios e identifique as divisões com o nome de cada medicamento. Estes recipientes são encontrados em algumas farmácias.
Alguns LEMBRETES podem facilitar que
você
se
recorde
dos
compromissos e atividades. Isto pode ser feito com bilhetes pela casa em locais de visualização frequente. A instalação de um pequeno painel para fixá-los, em local de fácil visualização, pode ajudar. 42
Não tenha receio em PEDIR AJUDA em alguns momentos, como: trocar uma lâmpada, encher o filtro com água, regar as plantas em locais altos, fazer limpeza na casa, arrumar armários e outras. Esse tipo de tarefa pode apresentar riscos, ainda mais se estiver sozinho.
Não tenha PRESSA em realizar suas atividades, pois a pressa muitas vezes pode distraí-lo! Isso pode causar acidentes.
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REFERÊNCIAS
Para a elaboração desta cartilha, foram utilizados os seguintes textos e pesquisas como base: ABNT (Associação Brasileira de Normas e Técnicas) – Norma Brasileira 9050. Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbano. 2004. Disponível em: http://pfdc.pgr.mpf.gov.br/atuacao-e-conteudos-de-apoio/legislacao/pessoa -deficiencia/norma-abnt-NBR-9050 AGNELLI, L.B. Avaliação da acessibilidade do idoso em sua residência. Dissertação de Mestrado em Terapia Ocupacional na Universidade Federal de São Carlos, 2012, 109f. CRUZ, DMC; AGNELLI, L.B.; EMMEL, MLG. Adaptação ambiental. In: CRUZ, D.M.C. Terapia ocupacional na reabilitação pós-Acidente Vascular
Encefálico: Atividades da Vida Diária e Interdisciplinaridade . São Paulo: Santos, 2012. p.193-213.
DIAS, R.B. Como lidar com o ambiente do idoso. In: RODRIGUES, R.A.P.; DIOGO, M.J.D. Como cuidar dos idosos. Editora Papirus, 4ªed., 1996, Campinas, Cap.08, p.77-80. 44
EMMEL, M.L.G.; AGNELLI, L.B.; PAGANELLI, L.O. Tecnologia de baixo custo no ambiente domiciliar de idosos como auxiliar na melhoria de sua qualidade de vida. Projeto de Pesquisa e Extensão financiado pela Pró-Reitoria de Extensão da UFSCar, 2010. EMMEL, M.L.G.; PAGANELLI, L.O. Avaliação do mobiliário domiciliar do idoso na posição sentada. Trabalho de conclusão de curso de Luiza Paganelli, apresentado à Universidade Federal de São Carlos como requisito parcial para obtenção do título de graduado em Terapia Ocupacional, 2012, São Carlos. Apoio financeiro da FAPESP, 68p.
Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (IAMSPE). Manual de prevenção de quedas da pessoa idosa . Secretaria de Gestão Pública.
MELLO, M.A.F.; PERRACINI, M.R. Avaliando e adaptando o ambiente doméstico. In: DUARTE, Y.A.O.; DIOGO, M.J.D. Atendimento domiciliar um enfoque gerontológico. Editora Atheneu, 2005, São Paulo, Cap. 14, p. 187-199. –
PRADO, A.R.A.; BESSE, M,; LEMOS, N.D. Moradia para o idoso: uma política ainda não garantida. Caderno Temático Kairós Gerontologia , v.8, nov/2010, p.05-17.
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