Breve Historico Do Ensino de Ciencias Naturais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA PROGRAMA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE CIÊNCIAS NATURAIS MÓDULO QUÍMICA

MARIA APARECIDA CONCEIÇÃO MARCONCINE

BREVE HISTÓRICO DO ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS: FASES E TENDÊNCIAS DOMINANTES Resumo

IMPERATRIZ 2013

RESUMO

BRASIL. Breve histórico do ensino de ciências: fases e tendências dominantes. In: Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental/ciências naturais. Brasília: MEC/SEF, 1998. p. 19-21. O Ensino de Ciências Naturais vem sendo pautado desde o início de forma teórica, muitas vezes tendo como apoio apenas o livro didático e o quadro negro, mas algumas mudanças ocorreram e outras metodologias foram adotadas. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1961 t ornou obrigatórias as aulas de Ciências a todas as séries do ginásio. E a partir de 1971, com a Lei 5.692, a Ciências passou a ter caráter obrigatório em todas as séries do 1º grau. Nesta época o ensino era tradicional e a transmissão do conhecimento cabia ao professor. O aluno apenas reproduzia o conhecimento acumulado, como verdades inquestionáveis. O movimento Escola Nova influenciou a renovação do ensino de Ciências Naturais. O currículo passou a responder mais aos avanços da ciência e as novas demandas pedagógicas, que valorizassem mais a participação do aluno. A implantação de práticas, mesmo que com dificuldades, foi elemento importante para melhorar a compreensão dos conceitos, passando a se tornar presente em projetos de ensino e curso de formação de professores. O ensino de ciência começa a proporcionar condições aos alunos de vivenciar o método científico de forma a redescobrir conhecimentos. Mesmo que não tenha atingido todas as escolas e que proposta tenha ficado atrelada a ideia de se ter laboratório de ciências, ocorreram avanços e melhorias para o aprendizado das Ciências Naturais. Transcorridos mais de 30 anos o ensino de Ciências ainda continua conteudista e a experimentação ainda é realizada sem uma atitude investigativa mais ampla, o que não garante aprendizado aos alunos. Com o avanço industrial e os impactos sociais e ambientais advindos desse processo, os currículos de Ciências Naturais começaram a ter a presença destas problemáticas em níveis diferentes de aprofundamento, visando um ensino que enfatize conteúdos e temas com significados reais e caráter interdisciplinar. A partir da década de 80, as Ciências Naturais são vistas como construção humana e não mais como verdade natural, se aproximando assim das Ciências Humanas e Sociais. Começou a ser valorizado também o conhecimento que o aluno já possui independente da educação formal, pois são construídos no meio social onde está inserido. Uma proposta metodológica que teve destaque foi o construtivismo, que propõe que a aprendizagem acontece pela interação entre professores, estudantes e o próprio conhecimento, através dessa troca tendo a visão científica, o aluno reelabora suas percepções com mediação do professor. Atualmente são levados em conta também os valores humanos e que o aprendizado das ciências deve estar relacionado com a Tecnologia e com as questões sociais e ambientais. As propostas inovadoras têm trazido renovação de conteúdos, mas pouco alcançado a prática de sala de aula, onde persistem ainda as velhas metodologias expositivas. Essa mudança não depende só de novas teorias ou novas compreensões ainda seja preciso que isso aconteça. Palavras-chaves: Educação: Ciências Naturais; Ensino Fundamental