BOVINOCULTURA DE CORTE
Danilo Gusmão de Quadros Professor da Universidade do Estado da Bahia campus IX Barreiras Coordenador do Núcleo de Estudo e Pesquisa em Produção nimal
Apostila técnica do Curso sobre “Bovinocultura de corte”, realizado no EAD-Qualitas.
0
Outubro de 2! Objetivo do curso:
O aluno ao "inal do curso ser# capaz de caracterizar os "atores $ais i$portantes %ue inter"ere$ na viabilidade da pecu#ria corte nu$a vis&o técnico-cient'"ica. Público-alvo(
)écnicos e estudantes de ci*ncias a+r#rias, produtores rurais.
1.0 Quais as características da bovinocultura de corte no Brasil?
A bovinocultura de corte é u$a atividade de $uita i$portncia para o Brasil, %ue conta co$ o $aior rebano co$ercial do $undo. Entretanto, os siste$as de cria&o predo$inantes s&o caracterizados por bai/os 'ndices zootécnicos, e$ conse%0*ncia da prec#ria nutri&o, dos proble$as sanit#rios, do $ane1o ine"iciente e do bai/o potencial +enético dos ani$ais, resultando e$ bai/os 'ndices zootécnicos. TABELA 1 - Os índices zootécnicos médios do rebanho brasileiro. ndices 4atalidade 567 3ortalidade até a des$a$a 567 )a/a de des$a$a 567 3ortalidade p;s-des$a$a 567 =dade > pri$eira cria 5anos7 =ntervalo entre partos 5$eses7 =dade $édia de abate 5anos7 )a/a de abate 5anos7 @eso $édio de carcaa 5+7 endi$ento de carcaa 567 )a/a de lota&o 5ani$al a7 Quilo+ra$a de carcaaa
3édia Brasileira 8 9 :: < < 2 < !? 2! : , <
Fonte( EGCH=DEI F=HJO 527
Entende-se por siste$a de produ&o de +ado de corte o con1unto de tecnolo+ias e pr#ticas de $ane1o, be$ co$o o tipo de ani$al, o prop;sito da cria&o, a raa ou +rup +rupa$ a$en ento to +ené +enétic tico o e a ecor ecorre re+i +i&o &o onde onde a ativ ativid idad ade e é dese desenv nvol olvi vida da.. Deve Deve$$-se se considerar, considerar, ainda, ao se de"inir u$ siste$a de produ&o, os aspectos sociais, econK$icos e culturais, u$a vez %ue esses t*$ in"lu*ncia decisiva, principal$ente, nas $odi"icaLes %ue poder&o ser i$postas por "oras e/ternas e, especial$ente, na "or$a co$o tais 1
Outubro de 2! Objetivo do curso:
O aluno ao "inal do curso ser# capaz de caracterizar os "atores $ais i$portantes %ue inter"ere$ na viabilidade da pecu#ria corte nu$a vis&o técnico-cient'"ica. Público-alvo(
)écnicos e estudantes de ci*ncias a+r#rias, produtores rurais.
1.0 Quais as características da bovinocultura de corte no Brasil?
A bovinocultura de corte é u$a atividade de $uita i$portncia para o Brasil, %ue conta co$ o $aior rebano co$ercial do $undo. Entretanto, os siste$as de cria&o predo$inantes s&o caracterizados por bai/os 'ndices zootécnicos, e$ conse%0*ncia da prec#ria nutri&o, dos proble$as sanit#rios, do $ane1o ine"iciente e do bai/o potencial +enético dos ani$ais, resultando e$ bai/os 'ndices zootécnicos. TABELA 1 - Os índices zootécnicos médios do rebanho brasileiro. ndices 4atalidade 567 3ortalidade até a des$a$a 567 )a/a de des$a$a 567 3ortalidade p;s-des$a$a 567 =dade > pri$eira cria 5anos7 =ntervalo entre partos 5$eses7 =dade $édia de abate 5anos7 )a/a de abate 5anos7 @eso $édio de carcaa 5+7 endi$ento de carcaa 567 )a/a de lota&o 5ani$al a7 Quilo+ra$a de carcaaa
3édia Brasileira 8 9 :: < < 2 < !? 2! : , <
Fonte( EGCH=DEI F=HJO 527
Entende-se por siste$a de produ&o de +ado de corte o con1unto de tecnolo+ias e pr#ticas de $ane1o, be$ co$o o tipo de ani$al, o prop;sito da cria&o, a raa ou +rup +rupa$ a$en ento to +ené +enétic tico o e a ecor ecorre re+i +i&o &o onde onde a ativ ativid idad ade e é dese desenv nvol olvi vida da.. Deve Deve$$-se se considerar, considerar, ainda, ao se de"inir u$ siste$a de produ&o, os aspectos sociais, econK$icos e culturais, u$a vez %ue esses t*$ in"lu*ncia decisiva, principal$ente, nas $odi"icaLes %ue poder&o ser i$postas por "oras e/ternas e, especial$ente, na "or$a co$o tais 1
$uda $udan nas as deve dever& r&o o ocor ocorre rerr para para %ue %ue o proc proces esso so se1a se1a e"ic e"icaz az,, e as trans trans"o "or$ r$a aLe Less alcance$ os bene"'cios esperados. @er$eando todas essas consideraLes, deve$ estar a de"ini&o do $ercado e a de$anda a ser atendida, ou se1a, %uais s&o e co$o deve$ ser atendidos os clientes ou consu$idores. 4o Brasil, os siste$as de produ&o de carne bovina caracteriza$-se pela depend*ncia %uase %ue e/clusiva de pasta+ens. En%uanto o "ato de se "unda$entar e$ pasta+ens result resulta, a, por u$ lado, lado, e$ vanta+ vanta+e$ e$ co$par co$parati ativa va por viabil viabiliza izarr custos custos de produ produ&o &o relativa$ente bai/osM por outro, a utiliza&o e/clusiva dessa "onte de ali$enta&o te$, nesse $o$ento e$ %ue as co$petitividades por preo e por %ualidade de produto i$pLe$ i$pLe$ $udanas $udanas no setor, setor, se apresentad apresentado o bioecono$i bioecono$ica$e ca$ente nte invi#vel invi#vel e$ $uitas $uitas situa situaLe Les. s. =sso =sso é a+rav a+ravado ado,, princi principal pal$e $ente nte,, pela pela "or$a "or$a co$o co$o essas essas pasta pasta+en +enss s&o $ane1adas. A pecu#ria de corte é u$a atividade %ue est# dividida e$ cria&o de +ado co$ercial e elite, sendo %ue a pri$eira te$ co$ principal ob1etivo a produ&o de carne bovina de %ualidade para a ali$enta&o u$ana, alé$ de de "ornecer $atéria-pri$a $atéria-pri$a para a industria "ar$ac*utica, de cos$ético, de calado, de roupas, de raLes, entre outras. N# a cria&o de +ado elite, te$ co$o "oco central > produ&o de $atrizes e reprodutores para a cria&o de +ado co$ercial e elite.
A produ&o produ&o da pecu#ria de de corte pode ser dividida e$ tr*s "ases( "ases(
Cria( "ase na %ual $atrizes e reprodutores s&o acasalados, ob1etivando a produ&o
de bezerros des$a$ados, co$, apro/i$ada$ente 8 a ? , co$ ? $eses de idade. Pera Pera$ $ rend renda a > "aze "azend nda, a, alé$ alé$ dos dos beze bezerro rros, s, os ani$ ani$ai aiss de desc descar arte te e novi novil las as e/cedentes.
ecria( co$preende o per'odo entre a des$a$a e anteceder a "ase de ter$ina&o.
O estresse da des$a$a na "azenda de recria pode li$itar o dese$peno si+ni"icativa$ente. @ortanto, o ani$al de sobreano pode ser $ais interessante, pois so"reu o estresse da des$a$a na "azenda de cria.
En+orda( "ase de ter$ina&o, ter$ina&o, pode ser "eita e$ pasta+e$ pasta+e$ ou con"ina$ento. 4esse
"ase, # deposi&o de de carne e o acaba$ento de de carcaa co$ +ordura +ordura subcutnea.
2
2.0 Agronegcio da bovinocultura de corte
2.1 !"etivo nacional
O e"etivo de bovinos no ano de 29 "oi de 22,29? $ilLes de cabeas, pri$eiro resultado positivo depois de dois anos sucessivos de redu&o do rebano 528 e 2?7 e %uatro de redu&o do seu rit$o de cresci$ento 52< a 2?7 5=BPE, 27. Co$parando-se os anos de 29 e 2?, ouve cresci$ento de !,6 do e"etivo nacional, ou se1a, u$ au$ento de 2,:: $ilLes de cabeas 5Fi+ura !7. O Centro-Oeste detina <,!6 desse e"etivo, tendo o 3ato Prosso co$o o principal produtor 5!2,67. E$ 29, o estado tina 28.!9.2!8 cabeas de +ado contra 2:.89.! e$ 2?, o %ue aponta u$ cresci$ento de !,6. O $unic'pio de Coru$b# 53I7 tina o $aior e"etivo de bovinos do pa's co$ !.:.98, e$ 29, se+uido por I&o Féli/ do in+u 5@A7 co$ !.9!2.9? e ibas do io @ardo 53I7 co$ !.!?8.!:!. Fi!ra 1 " #aria$%o &ercent!al an!al no e'eti(o de bo(inos no Brasil
Ao co$parar os dados de 29 co$ os de 2?, a $aior ta/a de varia&o do e"etivo ocorreu na e+i&o Iul, co$ au$ento de <,6. )a$bé$ apresentara$ varia&o positiva as e+iLes 4orte 5,67, Centro-Oeste 5!,267 e 4ordeste 5,:67. Io$ente a e+i&o Iudeste apresentou %ueda 5-2,67 no e"etivo, sendo %ue I&o @aulo re+istrou a redu&o $ais si+ni"icativa 5-:,!67. Os $aiores au$entos nos e"etivos dos estados "ora$ observados e$ Ianta Catarina 5!,967 e no @ar# 5:,967 e a $aior redu&o "oi no Distrito Federal 5-2!,67 5)abela !7. E$ I&o @aulo, a redu&o de cerca de 8: $il cabeas no rebano bovino é e/plicada pela substitui&o de pasta+ens por canaviais co$ $aior rentabilidade, e a di$inui&o de 3
29: $il cabeas na Baia se deveu, e$ parte, > seca, %ue causou $orte de ani$ais e desesti$ulou a atividade.
)
)abela ! R E"etivo bovino e$ orde$ decrescente e varia&o, se+undo as Gnidades da Federa&o e os 2 $unic'pios co$ $aiores e"etivos no Brasil
Fonte( =BPE 527
*
4o Brasil, e$bora a produ&o de ani$ais de corte estenda-se por todo pa's, $erece$ especial desta%ue tr*s re+iLes 5Fi+ura 27. A re+i&o !, $ostrada no $apa, %ue co$preende a #reas dos estado de I@, 3P, 3I, PO, @ e 3). 4esta re+i&o, a atividade te$ $ostrado claros sinais de %ue est# cada dia $ais pro"issional e te$ u$a "orte concentra&o dos "ri+or'"icos.
+ei%o 2 +ei%o 3
+ei%o 11 +ei%o
Fonte( CE@EA R GI@ 52!7
Fi+ura 2 - e+iLes $ais i$portantes na pecu#ria de corte brasileira. As outras duas re+iLes s&o as principais "ronteiras de e/pans&o de #rea. 4estas re+iLes, a atividade ainda est# crescendo e$ ter$os territoriais e e/iste dé"icit de capacidade de abate. Os preos dos ani$ais s&o $ais bai/os e te$ se constitu'do e$ i$portantes centros e/portadores de carne para outras re+iLes do pa's. 2.2 !#$orta%&es de carne bovina
QuestLes pol'ticas, sanit#rias e co$erciais inter"ere$ na decis&o de "ocar deter$inados $ercados pelos e/portadores brasileiros, assi$ co$o as %uestLes de $ercado co$o de$anda e preo para cada pa's. O Brasil te$ $antido a sua posi&o co$o o $aior e/portador de carne bovina do $undo, diversi"icando seus $ercados e diluindo, conse%0ente$ente, os riscos. A Sssia nos Slti$os anos 5desde 287, se$pre esteve na pri$eira posi&o entre os co$pradores da carne bovina brasileira in natura. 3as a se+unda e terceira posiLes t*$ ,
se alterado. Ie+undo dados do 3inistério do Desenvolvi$ento, =ndSstria e Co$ércio E/terior 53D=C7 co$pilados pela Associa&o Brasileira das =ndSstrias E/portadoras de Carnes 5AB=EC7, a se+unda posi&o co$o $aior co$prador de carne bovina in natura 5e$ "atura$ento7 do Brasil 1# passou pela Jolanda e$ 2< e 2:, E+ito e$ 28 e 2?, Tenezuela e$ 29, =r& e$ 2 e e$ a+osto de 2!5AB=EC,2!7. 2.' Pre%os da arroba do boi
O produtor rural te$ de$anda por in"or$aLes de preos de insu$os e dos ani$ais. Os preos de insu$os s&o buscados nos estabeleci$entos de venda da re+i&o e nos +randes centros urbanos. Essa de$anda te$ crescido na $edida e$ %ue as preocupaLes co$ rela&o aos custos de produ&o t*$ au$entado. Os preos dos ani$ais pode$ ser divididos e$ dois +rupos( ani$ais de reposi&o e ter$inados. As in"or$aLes de preos e o"erta de ani$ais de reposi&o, o produtor busca no pr;prio leil&o, e$ boletins in"or$ativos especializados ou e$ escrit;rios especializados na co$ercializa&o de ani$ais. A disponibilidade dessas in"or$aLes na internet é ainda recente. Os ani$ais de reposi&o t*$ co$o principal re"er*ncia os preos dos leilLes, $es$o para ne+;cios "ora deles. O aco$pana$ento dos leilLes pode ser "eito no evento ou através da televis&o. As in"or$aLes dos preos dos ani$ais para abate s&o levantadas direta$ente nos a+entes de co$ercializa&o e e$ in"or$ativos especializados. A principal di"erena entre os dois $ercados est# no "ato de %ue neste tipo de produto a variabilidade de padroniza&o e %ualidade é $enor %ue nos ani$ais de recria. 4este caso, as in"or$aLes via =nternet 1# est&o consolidadas. Os super$ercados de +rande porte co$pra$ de duas "or$as( baseada nos preos de venda dos concorrentes ou baseadas e$ preos $édios de $ercado. Os "ri+or'"icos "aze$ levanta$entos dos preos $édios de venda dos cortes pelos concorrentes e pondera$ pelo peso $édio de cada u$ destes na carcaa ce+ando ao preo $édio da $es$a. O valor apurado é o valor $#/i$o a ser pa+o pela carcaa. 4este caso, os super$ercados prioriza$ os preos e$ detri$ento da %ualidade, a carne é tratada co$o “co$$oditU”. Os "ri+or'"icos de pe%ueno porte e as redes de aou+ues co$pra$ no $ercado co$ base e$ preos de in"or$ativos especializados ou consultas diretas a "ri+or'"icos e distribuidores. O $ercado de boi e seus insu$os e produtos te$ a caracter'stica de %ue todos os a+entes acredita$ ter as in"or$aLes, $as trata-se de u$ $ercado %ue te$ apresentado
$uitas "or$as de assi$etria de in"or$aLes e atra'do u$ +rande nS$ero de investidores 5especuladores7, tanto no $ercado "'sico %uanto no $ercado "uturo. Entretanto, no ano de 2! o boi +ordo est# co$ pe%uena o"erta o %ue provocou au$ento do preo da arroba 5Fi+ura 7. Fi!ra 3 " /re$o do boi &ao ao &ec!arista Estado de / e carne com osso no atacado rande /
2.( )ndústria do couro
Durante a Slti$a década, o setor de curtu$es re$unerou o couro cru brasileiro pela $etade do valor recebido pelo produto a$ericano. =sto aconteceu por%ue so$ente :6 dos couros a$ericanos apresentara$ os de"eitos abai/o descritos, %ue s&o encontrados e$ 6 dos couros brasileiros 5)abela 27. )abela 2 - @roble$as $ais "re%0entes co$ couros bovinos no Brasil e suas conse%u*ncias @roble$as Carrapatos, bernes, cicatrizes de sarnas etc 3arcas de "o+o
iscos de ara$e, +alos ou para"usos, cicatrizes de currais, carrocerias e "uros de "errLes
Conse%0*ncias Couro $ais su1o e $enor convers&o ali$entar do boi V u$a a+ress&o ao couro e ao ani$al, resultando e$ estresse, levando > perda de peso e do valor do couro Feri$entos traze$ conse%0*ncias ne+ativas para convers&o ali$entar e provoca perda de #rea de valor do couro
WFonte( FXEA-GI@
O $ercado re$unerou a sub-%ualidade o"erecida co$ sub-preo. Que$ perdeu "oi o produtor. Apesar da $aioria acar %ue n&o, o produtor real$ente recebe pelo couro de seus bois. 4a realidade, os "ri+or'"icos utiliza$, para de"inir o preo "inal a ser pa+o ao pecuarista pela arroba do boi, u$a so$at;ria de cada ite$ %ue co$pLe o aproveita$ento bovino - e entre estes itens, u$ é o couro 5)abela 7. )abela - +e&resentati(idade de cada item no (alor 'inal da arroba Corte de traseiro Corte dianteiro @onta de a+ula Couro verde Iubprodutos
Boi de !8 arrobas epresenta :?6 das arrobas do boi epresenta 226 das arrobas do boi epresenta 6 das arrobas do boi epresenta ?6 das arrobas do boi epresenta :6 das arrobas do boi
Fonte( FXEA-GI@
A $eloria do couro tende a bene"iciar n&o so$ente as e$presas de curtu$es, $as toda a cadeia produtiva, 1# %ue o couro te$ in"lu*ncia direta sobre o preo da arroba, ou se1a, $elorando a %ualidade do couro averia incre$ento no preo "inal da arroba, au$entando o "atura$ento do produtor, indSstria processadora e curtu$es. 4os EGA, re$unera-se o couro ao produtor co$o no Brasil, ou se1a, o valor do couro est# i$pl'cito no preo total pa+o pela arroba do boi. 4os Slti$os ! anos, o "ri+or'"ico a$ericano recebeu, e$ $édia, GIY <9,!couro en%uanto %ue o brasileiro recebeu apenas GIY 2?,!couro. O di"erencial por perda de %ualidade, so$ente no couro, e$ rela&o ao a$ericano, "oi de GIY 2!,. 2.* +iste,as de $rodu%o de bovinos de corte
- E/tensivo ou e$ pasta+ens( é u$ siste$a $uito e$pre+ado no Brasil, principal$ente e$ propriedades de +randes e/tensLes de terra, nas %uais os ani$ais s&o criados tendo co$o base ali$entar a "orra+e$ produzida nas pasta+ens. E$ +eral, é u$ siste$a %ue te$ $enor produ&o e $ais bai/a produtividade de carne e$ co$para&o ao siste$a intensivo. Contudo, # u$ conceito $ais $oderno de intensi"ica&o do uso das pasta+ens be$ $ane1adas, %ue eleva si+ni"icativa$ente a produtividade de carne, e$ virtude do au$ento da capacidade de suporte e da eleva&o da ta/a de +ano de peso di#rio. - Ie$i-intensivo ou se$i-con"ina$ento( ali$enta&o e$ pasta+ens, sendo "ornecido suple$ento concentrado no coco, e$ n'veis de ,9 a !,26 do peso vivo 5@T7, +eral$ente e$ praas de ali$enta&o. V u$a $escla de e/tensivo e intensivo, %ue te$ vanta+ens da "le/ibilidade do siste$a e $enores custos de instalaLese%uipa$entos. 4
- =ntensivo ou con"ina$ento( ani$ais colocados e$ currais de en+orda co$ a ali$enta&o "ornecida e$ cocos pr;prios. 4esse siste$a, o ani$al se $ovi$enta pouco, convertendo $ais ener+ia $etaboliz#vel para +ano de peso e$ co$para&o as pasta+ens, %ue, e$ +eral, a busca e sele&o do ali$ento, be$ co$o o ca$ina$ento para beber #+ua a +randes distncias, ocupa$ boa parte do te$po e resulta$ e$ disp*ndio ener+ético. '.0 a%as e cru/a,entos $ara $rodu%o de carne '.1 a%as
De $aneira si$ples e direta, pode-se classi"icar as raas bovinas de interesse para produ&o de carne no Brasil co$o( e aas indianas da subespécie Bos taurus indicus e aas européias da subespécie Bos taurus taurus. As raas européias pode$ ser separadas assi$( a7 raas européias adaptadas ao cli$a tropical, co$o a CaracuM b7 raas européias britnicas, co$o a An+us e a Jere"ord, e c7 raas européias continentais, co$o as "rancesas Carol*s e Hi$ousin, as su'as Ii$ental e @ardo Iu'o, ou as italianas 3arci+iana e @ie$ont*s. As raas de ori+e$ indiana, do +rupo Xebu, be$ conecidas no Brasil, %ue tivera$ ou est&o tendo u$a participa&o decisiva no desenvolvi$ento da pecu#ria tropical, s&o por orde$ de i$portncia ist;rica, a Pir, a Puzer# e a 4elore. As raas =ndubrasil e )abapu&, e$bora se1a$ do +rupo Xebu, n&o s&o indianas por%ue "ora$ "or$adas no Brasil. V o caso ta$bé$ da raa Bra$an, %ue "oi "or$ada nos Estados Gnidos, a partir de cruza$entos entre raas indianas. J# pelo $enos cinco décadas, diversos cruza$entos entre raas européias e indianas t*$ sido "eitos nas re+iLes tropicais do continente a$ericano, da Austr#lia e da Z"rica, co$ relativo sucesso. Al+uns desses cruza$entos, deno$inados “industriais”, "ora$ e ainda s&o "eitos entre duas ou tr*s raas para aproveita$ento co$ercial das vanta+ens da eterose 5vi+or 'brido7. Outros cruza$entos dera$ ori+e$ a novas raas, co$o a Ianta Pertrudis, a Canci$, a @itan+ueiras, a Bran+us, a Bra"ord e a Ii$brasil para citar apenas as $ais conecidas no Brasil. @or Slti$o, te$os os cruza$entos $ultirraciais %ue ob1etiva$ "or$ar “raas sintéticas”, ta$bé$ conecidas co$o “co$posto”, cu1o $elor e/e$plo para n;s é o 3ontana. As raas s&o bovinas de corte, co$ presena no Brasil, pode$ ser classi"icadas de acordo o ta$ano a $aturidade e o +rau de $usculatura, con"or$e a )abela <.
10
)abela < - 5lassi'ica$%o das ra$as bo(inas de corte de im&ort6ncia no Brasil de acordo com o ra! de mat!ridade e o ra! de m!sc!lat!ra )a$ano > $aturidade 5idade adulta7 @e%ueno
Prau de $usculatura 3oderada
Prossa
An+us
3édio
Hi$ousin @ie$ont*s Bel+ian Blue
4elore Bra$an Bran+us Canci$
Carol*s Blonde d[A%uitaine Cianina
@ardo Iu'o 3arci+iana Ii$ental
Fina Pir @itan+ueiras Caracu
Prande
Fonte( Adaptada de BABOIA 527
'.2 ru/a,entos
)ecnica$ente, u$ siste$a de cruza$ento ideal deveria preencer os se+uintes re%uisitos( a7 per$itir %ue as "*$eas de reposi&o se1a$ produzidas no pr;prio siste$a 5a a%uisi&o de "*$eas de outros rebanos, %ue n&o possua$ u$ bo$ pro+ra$a de sele&o, poderia introduzir $aterial +enético de pior %ualidade7M b7 possibilitar o uso de "*$eas $estias 5a eterose co$binada resulta e$ incre$ento na produ&o de %uilo+ra$as de bezerros des$a$ados7M c7 e/plorar e"etiva$ente a eteroseM d7 n&o inter"erir co$ a sele&oM e7 possibilitar %ue tanto $acos %uanto "*$eas se1a$ adaptados ao a$biente onde eles e suas pro+*nies ser&o criados. As razLes para a utiliza&o de cruza$entos s&o( a7
aproveitar os e"eitos da eterose ou vi+or 'bridoM
b7
utilizar as di"erenas +enéticas entre raas para deter$inada caracter'sticaM
c7
aproveitar os e"eitos "avor#veis da co$bina&o de duas ou $ais caracter'sticas nos
ani$ais cruzados 5co$ple$entaridade7M d7
servir co$o base para a "or$a&o de novas raasM e
e7
dar "le/ibilidade aos siste$as de produ&o.
As tr*s pri$eiras razLes s&o de natureza +enética, a %uarta é de natureza operacional e a Slti$a é de natureza estraté+ica.
11
Basica$ente os cruza$entos pode$ ser classi"icados e$ tr*s siste$as( a7
cruza$ento si$plesM
b7
cruza$ento cont'nuoM e
c7
cruza$ento rotacionado ou alternado.
a7 O siste$a de cruza$ento si$ples é de"inido co$o sendo o acasala$ento envolvendo so$ente duas raas co$ produ&o da pri$eira +era&o de $estios, os ca$ados F!. 4&o # continuidade e $acos"*$eas s&o destinados ao abate. 4esse caso, # necessidade de %ue parte do rebano de "*$eas se1a $antido co$o rebano puro para produ&o de "*$eas de reposi&o, tanto para o pr;prio rebano puro %uanto para a%uele %ue produzir# os $estios. A propor&o do rebano total de "*$eas %ue deve participar do cruza$ento é i$portante para %ue se possa pro$over sele&o, caso contr#rio, essas "*$eas t*$ de ser ad%uiridas de outros criadores. b7 O cruza$ento cont'nuo, ta$bé$ ca$ado de absorvente, te$ a "inalidade de substituir u$a raa ou \+rau de san+ue\ por outra, pelo uso cont'nuo dessa se+unda. @roduz ani$ais conecidos co$o \puros por cruza\ 5@C7. c7 O cruza$ento rotacionado ou alternado cont'nuo é a%uele e$ %ue a raa do pai é alternada a cada +era&o. @ode$ ser de duas ou $ais raas. 4esse caso, é i$portante %ue as raas se1a$ se$elantes para al+u$as caracter'sticas, co$o ta$ano corporal e produ&o de leite, relacionando-se co$ ade%ua&o do +en;tipo ao a$biente +eral. Apesar de atender >s pre$issas b#sicas de cruza$entos, veri"ica-se sucesso li$itado, e$ raz&o da varia&o entre +eraLes e$ ter$os de re%ueri$entos nutricionais e de $ane1o. A e"ici*ncia reprodutiva das "*$eas cruzadas "oi, e$ $édia, 2<6 $aior do %ue a das Xebu, variando de : a :6. As vacas cruzadas "ora$, e$ $édia, 2,6 $ais produtivas do %ue as Xebu, variando de ! a :6 5)abela :7. Co$o o 'ndice de produtividade é u$a $edida %ue inclui a e"ici*ncia reprodutiva, deve ser ressaltado o e/celente dese$peno das vacas retrocruzas 5!:67, $es$o considerando %ue elas "ora$ 6 $ais pesadas > $aturidade do %ue as Xebu 5)abela 87. Quanto ao co$ponente da produ&o 5au$ento e$ peso7, os ani$ais cruzados "ora$, e$ $édia, !<,96 superiores ao Xebu, $as as vacas cruzadas ta$bé$ "ora$ $ais pesadas > $aturidade 5!26 e$ $édia7, %ue precisa ser considerado no plane1a$ento e na avalia&o dos pro+ra$as de cruza$ento. 12
)abela : - 3édias do dese$peno relativo 567 de "*$eas cruzadas para e"ici*ncia reprodutiva e 'ndice de produtividade 5Xebu ] !67 Prupos +enéticos E"ici*ncia ndice de eprodutiva^ @rodutividade_ F! Europeu / Xebu
!<
!2:
F! Xebu / Xebu
!:
!!
etrocruzas
!:
!:
Cruzadas de tr*s ou $ais raas
!22
-
^T#rias caracter'sticas "ora$ inclu'das na deter$ina&o do dese$peno relativo 5ta/as de prenez e de pari&o, idade > puberdade, idade ao pri$eiro parto, intervalo de partos, etc.7. _ndice de produtividade de"inido de v#rias $aneiras, sendo as $ais co$uns a rela&o peso do bezerro > des$a$apeso da vaca, nS$ero de bezerros produzidosnS$ero de vacas e$ reprodu&o, ta/a de des$a$a / peso aos !9 $eses, etc. Fonte( Adaptado de BABOIA 5!7M BABOIA e AHE4CA 5!:7M e AHE4CA 5!7 por BABOIA 527
)abela 8 - 3édias do dese$peno relativo 567 de ani$ais cruzados para caracter'sticas de cresci$ento até a des$a$a 5@V7, da des$a$a aos 2< $eses 5@`I7, e"ici*ncia de convers&o ali$entar 5ECA7 e peso das vacas 5@T37 > $aturidade 5Xebu ] !67 Prupos +enéticos F! Europeu / Xebu F! Xebu / Europeu F! Xebu / Xebu etrocruzas Cruzados de ou $ais raas
@V !!2 !!2 !8 !!< !22
@`I !2 !: ! -
ECA !8 !9 ! : -
@T3 !!8 ! !!!
Fonte( Adaptado de BABOIA 5!7M BABOIA e AHE4CA 5!:7M AHE4CA 5!7M BABOIA 5!b7M e BOBA 5!7 por BABOIA 527.
A utiliza&o de touros F! e$ es%ue$a de cruza$entos, %uer se1a si$ples ou rotacionado, resultar# e$ n'vel de eterozi+ose in"erior >%ueles obtidos co$ reprodutores puros. 4o entanto, para condiLes onde o uso de inse$ina&o arti"icial n&o é aconsel#vel ou dese1#vel, e a utiliza&o de $onta natural co$ touros europeus puros é invi#vel, sua utiliza&o pode ser apropriada. Alé$ disto, possibilita uso $#/i$o de eterose para "ertilidade de $acos superando proble$as de bai/a libido e avanada idade > puberdade, co$uns e$ raas indianas. V de "#cil $ane1o, "le/'vel %uanto > troca de raa européia para eventuais a1ustes para adapta&o >s condiLes de $ercado ou de produ&o. A "or$a&o de populaLes co$postas, "ruto do desenvolvi$ento de pro+ra$as de cruza$ento, teve +rande i$pulso # <-8 décadas e o1e te$ sido reto$ado dentro de 13
u$a nova vis&o, co$ novas bases, e$ "un&o de evid*ncias e/peri$entais obtidas, principal$ente pelo 3AC e$ 4ebrasa, GIA. )ais resultados con"ir$a$ %ue, e$ +ado de corte, raas constitu'das pela co$bina&o de outras poderia$ reter altos n'veis de eterose, tanto $aterna, %uanto individual. @ossivel$ente, aver# ainda, co$o bene"'cio adicional, eterose para "ertilidade de $acos. Essa op&o é u$a alternativa > co$ple/idade apresentada pelos cruza$entos rotacionados. Ap;s a "or$a&o da popula&o co$posta dese1ada, o $ane1o é id*ntico >%uele para rebano puro e, co$o tal, pode ser ta$bé$ utilizado e$ pe%uenos rebanos. V i$portante salientar, no entanto, %ue para se evitar consan+0inidade na popula&o "or$ada e, $anter altos n'veis de eterozi+ose, "az-se necess#rio a$pla base +enética para cada u$a das raas envolvidas, ou se1a, os representantes de todas as raas envolvidas na "or$a&o da co$posta deve$ ser ani$ais provenientes ou "ilos de u$ +rande nS$ero de touros +enetica$ente di"erentes. O cruza$ento ter$inal, ta$bé$ ca$ado cruza$ento industrial, possibilita uso $#/i$o da eterose e da co$ple$entaridade. Alé$ disto, viabiliza +rande "le/ibilidade na escola da raa ter$inal, o %ue +arante r#pidos a1ustes a de$andas de $ercado ou a i$posiLes do siste$a de produ&o. V u$ es%ue$a vanta1oso para produ&o de ani$ais a sere$ ter$inados e$ condiLes "avor#veis, principal$ente no %ue se re"ere a ali$enta&o, co$o pasta+ens de boa %ualidade ou con"ina$ento, u$a vez %ue este cruza$ento resulta e$ ani$ais %ue apresenta$ altas ta/as de +ano e altos pesos > ter$ina&o. 4o entanto, pelo "ato de se abater "*$eas, é de aplica&o li$itada na pecu#ria co$o u$ todo. Alé$ disso, é i$portante, ressaltar %ue o uso de "*$eas F! possibilita usu"ruir dos bene"'cios da eterose $aterna, ao se utilizar essas "*$eas para acasala$ento co$ touros ter$inais, "az-se necess#rio $anter parte do rebano total de "*$eas co$o rebano puro. O cruza$ento rotacionado ter$inal, <:-:6 das "*$eas s&o acasaladas e$ u$ siste$a rotacionado co$ a "inalidade de se produzir "*$eas de reposi&o. As "*$eas restantes, as $ais velas, s&o acasaladas co$ touro ter$inal. Este es%ue$a co$bina as vanta+ens de altos n'veis de eterose do siste$a rotacionado co$ as vanta+ens da co$ple$entariedade advindas do touro ter$inal. V, no entanto, u$ es%ue$a co$ple/o, e/i+indo +rande capacidade +erencial e boa $&o-de-obra. O "ato de o cruza$ento se constituir e$ u$a "or$a r#pida, e $uitas vezes econK$ica, de produzir carne bovina, n&o eli$ina a necessidade, ne$ di$inui a i$portncia, da sele&o co$o $étodo de $elora$ento +enético a ser realizado conco$itante$ente. aas puras $eloradas s&o, na verdade, ele$entos "unda$entais ao sucesso do cruza$ento. 1)
A sele&o, alé$ de "unda$ental na $eloria das raas puras, te$ de ser co$ponente essencial e$ u$ pro+ra$a de cruza$entos. Cruza$ento se$ sele&o resultar# e$ vanta+ens "acil$ente super#veis pela sele&o e$ raa pura (.0 Pastagens ali,entos e ali,enta%o de bovinos de corte
(.1 Pastagens
A pecu#ria brasileira est# "unda$entada na e/plora&o de !? $ilLes de ectares de pasta+ens %ue se encontra$ distribu'das por estabeleci$entos a+r'colas co$ diversas atividades econK$icas principais. Cerca de ! $ilLes de ectares 5:9 6 do total7 s&o ocupados co$ pasta+ens cultivadas ou arti"iciais, as %uais apresenta$ a$plia&o de sua participa&o ao lon+o dos anos 5e$ !9: correspondeu a s pasta+ens nativas, e$ vista da $aior capacidade de suporte proporcionada. )odavia, apesar de sere$ o esteio da pecu#ria nacional, as #reas pastoris t*$ e/peri$entado r#pido e acentuado decl'nio e$ sua capacidade produtiva e$ decorr*ncia dos processos de de+rada&o %ue se instala$, li$itando ou inviabilizando a atividade criat;ria. O "ato de 8-9 6 das pasta+ens do Brasil Central @ecu#rio apresentare$-se co$ al+u$ +rau de de+rada&o, ou se1a, se$ produtividade co$pat'vel co$ a condi&o ecol;+ica local, per$ite i$a+inar o i$pacto e a relevncia econK$ica do processo de de+rada&o das pasta+ens e$ $bito nacional. As principais causas de de+rada&o de pasta+ens e as poss'veis estraté+ias para recuper#-las est&o relacionadas na )abela ?. )abela ? - @rincipais causas de de+rada&o de pasta+ens e as poss'veis estraté+ias para recuper#-las. Causas a. @erda da "ertilidade do solo 54,@,I7 b. =nstabilidade le+u$inosa-+ra$'nea c. @lantas invasoras d. Falta de cobertura, co$pacta&o do solo e eros&o e. @ra+as
Estraté+ias - Escola das espécies ade%uadas 5para b, c, d, e7 - Gso de le+u$inosas 5para a, c, d7 - 3ane1o do paste1o 5b, c, d, e7 - Aduba&o de $anuten&o 5para a, b, c, d7 - )rata$entos "'sico-$ecnico do solo 5para b, c, d7 - =nte+ra&o a+ricultura-pecu#ria 5a, c, d, e7 - =$planta&o de siste$as silvipastor's 5a, b, c, d, e7
As letras $inSsculas entre par*nteses indica$ as causas de de+rada&o da pasta+e$ %ue se corri+e co$ deter$inada estraté+ia. Fonte( 3odi"icado de Ipain e Pualdr;n 5!!7 por OD=PGEI et al. 527.
1*
Essas #reas de pasta+ens s&o esti$adas o1e e$ apro/i$ada$ente 2! $ilLes de ectares, ocupando al+o e$ torno de ?86 da super"'cie utilizada pela a+ricultura e 26 da #rea total do pa's. Deste total, cerca de ! $ilLes de ectares s&o de pasta+ens cultivadas, sendo %ue os capins do +*nero Brachiaria, ocupa$ $ais de 96 desta #rea, constituindo-se no +*nero de capi$ de $aior #rea ocupada no pa's, se+uido de Panicum, Andropogon, Pennisetum, Cynodon, outros.
Os co$ponentes pr#ticos observados no $ane1o das pasta+ens s&o relativos >s técnicas %ue leva$ a r#pida rebrota da parte aérea e a condu&o dos ani$ais > pasta+e$, a $anuten&o da perenidade e vi+or das plantas "orra+eiras. Assi$, o siste$a de paste1o 5cont'nuo ou rotacionado7, a intensidade de des"ola 5altura de res'duo7, a "re%0*ncia de paste1o 5dias de ocupa&o e de descanso7, o teor de carboidratos de reserva 5nas ra'zes, rizo$as e base dos col$os7, o percentual de $eriste$as apicais re$anescentes 5espécie "orra+eira e intensidade da des"ola7, a e"ici*ncia de coleita da "orra+e$, a #rea "oliar residual, o a1uste do nS$ero de ani$ais pela o"erta de "orra+e$ e a utiliza&o de adubos s&o al+uns aspectos %ue deve$ ser considerados. Al+u$as co$paraLes entre siste$as de paste1o cont'nuo e rotacionado pode$ ser observadas na )abela 9.
)abela 9 - 5om&ara$7es entre sistemas de &aste8o contín!o e rotacionado. As (antaens o! &ontos &ositi(os 9 e des(antaens o! &ontos neati(os -. Cont'nuo otacionado =4TEI)=3E4)OI 3&o-de-obra Cercas e #+uas 3A4ENO DAI @AI)APE4I A1uste da car+a ani$al @ress&o de paste1o Aproveita$ento da "orra+e$ Consu$o seletivo Observa&o do co$porta$ento dos ani$ais @ODGO D=E)A Panoani$aldia Panoa Econo$icidade @ODGO =4D=E)A Iiste$a radicular Controle de invasoras Distribui&o de esterco e adubos Iustentabilidade das pasta+ens Fonte( icel et al. 5!7
-
-
-
-
O $ane1o do paste1o co$ des"ola&o inter$itente traz vanta+ens de $ane1o, sendo o $ane1o "acilitado pela ado&o de per'odo de descanso eou altura de $ane1o, %ue deter$ina a entrada e sa'da dos ani$ais nos pi%uetes 5)abela 7. Entendendo-se %ue o 1,
nitro+*nio 547 é o ele$ento $ais deter$inante para a produ&o "orra+eira no processo de intensi"ica&o da produ&o ani$al e$ pasta+ens, cada + de 4 aplicada pode resultar e$ au$ento da produ&o de $assa seca pr;/i$o de +a, rendendo +ano de peso de 2 + de @T. Cada : +aano de 4 au$entaria a capacidade de suporte e$ ! GAa, sendo "unda$ental para resultados econK$icos( a "onte de 4 5Y + 4 aplicado7M a redu&o das perdas por volatiliza&o e li/ivia&o 5"onte, $o$ento de aplica&o, parcela$ento da dose7M o potencial +enético da planta "orra+eira e dos ani$ais, alé$ do $ane1o do paste1o. Jo1e e$ dia, co$ o $enor custo das cercas elétricas, a divis&o dos pi%uetes viabilizada.
)abela " !est%o de mane8o rotacionado dos ca&ins mais !tilizados na &ec!:ria brasileira Espécie ou cultivar
@er'odo de descanso 5dias7
Capi$-ele"ante 5Pennisetum purpureum7 )anznia, $o$baa, coloni&o 5Panicum maximum7 capi$-bra%uiar&o 5 Brachiaria brizantha7 capi$-bra%ui#ria 5 Brachiaria decumbens 7 capi$-u$idicola 5 Brachiaria humidicola 7 capi$-androp;+on 5 Andropogon gayanus 7 capi$-coast-cross, )i"ton 5Cynodon spp.7
<:
Altura de $ane1o Entrada dos Ia'da dos ani$ais 5c$7 ani$ais 5c$7 !8-!9 :-<:
: 5-:7
?-9
-<
: 5-:7
<-<:
2-2:
52:-7
2:-
!-!:
2: 52-297
!:-2
:-9
5-:7
:-8
2-
2: 52-297
2-
!-!:
Fonte( 3odi"icado de COfA et al. 52!7
(.1.1 lculo do di,ensiona,ento de $i3uetes
;rea<=A
30 a 1*0 m 2 1=A > 1 !nidade animal > )*0 ? de &eso (i(o /#
4S$ero de GA ] 2 @er'odo de ocupa&o 5@O7 ] dias @er'odo de descanso 5@D7 ] dias 4S$ero de pi%uetes ] @D@O ng +rupos de ani$ais 4S$ero de pi%uetes ] ! ] !! pi%uetes Zrea de pasta+e$ necess#ria por GAdia ] 9 $ 2 5$édia7
1
C#lculos( )a$ano do pi%uete ] ng GA / ZreaGAdia / per'odo de uso ] 2 GA / 9 $ 2 / dias ] ] <9. $2 ] <,9 a Zrea total necess#ria ] !! pi%uetes / <,9 api%uete ] :2,9 a Conclus&o R @ara criar 2 GA e$ siste$a de paste1o rotacionado, ser&o necess#rios :2,9 a 5,? GAa7, divididos e$ !! pi%uetes de <,9 a, %ue ser&o $ane1ados co$ @O ] dias e @D ] dias. obs. R o $es$o princ'pio pode ser utilizado para encontrar a #rea para criar deter$inada %uantidade de ani$ais. A #reaani$aldia apresenta u$a $a+nitude de varia&o de : vezes, tendendo a ser $enor %ue a $édia %uando a pasta+e$ apresenta $aior disponibilidade de "orra+e$ e $aior e$ pasta+ens de+radadas. E$ siste$as rotacionados, intensi"icados, os resultados econK$icos e biol;+icos tende$ a au$entar a co$petitividade da bovinocultura, e$ rela&o a culturas +ran'"eras, por e/e$plo, proporcionado pelo au$ento da produtividade, %ue pode crescer $ais de : vezes %ue a $édia nacional 5)abela !7.
)ABEHA ! - Ta@a de lota$%o e anho de &eso (i(o /# de bo(inos 5anchim e cr!zados 5anchim @ elore em di'erentes &astaens em %o 5arlos / nas :!as. Capi$ ano
4g Cate+oria Aduba&o P@T Ani$ais 5+ 4a7 5+nadia7
)anznia8 )anznia ?
8: :9
4ovila Parrote
2
89 92
9
Hota&o $édia 5GAa7 :,9 8,<
)anznia 9
:
Parrote
9:
:
9,:
)anznia ?
?:
4ovila
2
:
:,
)anznia 9
<
2
-
?9
:,
Coast-cross8
!2!
Taca ccria 4ovila
?!
!<
8,8
Coast-cross ?
!<
4ovila
8
<!
?,8
Coast-cross 9
2:
4ovila
8
-
9,:
3arandu?
82
Parrote
2
89
<?
<,
3arandu9
9
Taca
2
-
-
9,
Fonte( COfA et al. 52!7
1
P@T 5+a7
(.2 Ali,enta%o do reban4o na 5$oca seca do ano
4o Brasil, as pasta+ens s&o consideradas a "onte de ali$ento $ais econK$ica para a ali$enta&o dos bovinos. Durante a época cuvosa, observa-se u$ cresci$ento cont'nuo dos ani$ais criados e$ pasta+ens tropicais. 4o entanto, na época da estia+e$ ocorre acentuada redu&o da produ&o e do valor nutritivo das pasta+ens, o %ue acarreta perda de peso nos ani$ais. Deve-se plane1ar a o"erta de "orra+e$ co$ a de$anda de ali$entos pelos ani$ais. O "orneci$ento de volu$oso para a época de escassez de "orra+e$, no %ual a pasta+e$ é de"iciente e$ %uantidade e %ualidade de "orra+e$, é i$portante, podendo dispor de diversas estraté+ias, podendo ser inte+radas. -
@asto reservado R -!2 dias antes do uso R Deve ser utilizado 1unto ao banco de
prote'na co$ le+u$inosas ou suple$enta&o concentrada 5proteinado, $istura $Sltipla7. -
Banco de prote'na R #rea de le+u$inosas utilizada na época seca do ano R
leucena, estilosantes, +uandu, entre outras. -
Cana corri+ida 5uréia sul"ato de a$Knio7 R cuidados na utiliza&o da uréia %ue
pode causar into/ica&o. -
es'duos e subprodutos a+r'colas R cas%uina de so1a, caroo de al+od&o, res'duo
de cerve1aria, polpa c'trica. -
Iila+e$ R Forra+e$ verde e S$ida conservada pela "er$enta&o de
$icror+anis$os anaer;bios. Capi$ aditivos, $ilo, sor+o, $ileto. -
Feno R Forra+e$ conservada no ponto ;ti$o de valor nutritivo, através da
desidrata&o. Capins de talos "inos co$o )i"ton e $assai. -
Culturas de inverno para paste1o R 3ileto, sor+o 'brido.
-
Capineira R Di"'cil $ane1o. Deve ser ensilado na época cuvosa do ano.
-
@al$a "orra+eira R boa op&o para a re+i&o se$i-#rida. @lantar adensada na lina.
-
=rri+a&o de pasta+ens R veri"icar os aspectos técnicos e econK$icos.
(.2.1 +u$le,enta%o de bovinos de corte e, $astagens
A conserva&o do e/cesso de "orra+e$ produzida durante o per'odo cuvoso, sob a "or$a de "eno ou sila+e$, e$bora vi#vel tecnica$ente, pode ser di"icultada devido > "alta de recursos e proble$as operacionais na "azenda. A veda&o ou o di"eri$ento 5reserva de pasto7, ou $es$o u$a press&o de paste1o $oderada durante a esta&o das #+uas, s&o 14
opLes para a$enizar a redu&o da produ&o de "orra+e$ durante os $eses de seca. @oré$, este $ane1o leva ao acS$ulo de caules e de tecidos $ortos ou senescentes, be$ co$o no decrésci$o na %ualidade das "olas re$anescentes %ue possuir&o $ais li+nina e "ibra indi+er'vel e $enos prote'na bruta. A intera&o desses "atores propicia a redu&o do consu$o e do aproveita$ento do pasto, causando a $anuten&o ou a perda de peso dos ani$ais durante a época seca. @ara a$enizar os e"eitos das restriLes %uantitativas e %ualitativas das pasta+ens durante o per'odo seco, "az-se necess#ria a utiliza&o de di"erentes estraté+ias de suple$enta&o protéico-ener+ética. E$ "un&o da crescente utiliza&o de di"erentes es%ue$as de suple$enta&o de bovinos criados e$ pasta+ens, "az-se necess#rio conceituar as ter$inolo+ias rotineira$ente utilizadas( - IG@HE3E4)O( a%uilo %ue se d# a $aisM a%uilo %ue serve para suprir a de"ici*ncia de...M parte %ue se adiciona a u$ todo visando aper"eio#-lo. Da interpreta&o deste conceito, suple$enta-se a dieta 5o pasto7 e n&o os ani$ais. - CO3@HE3E4)O( parte %ue se 1unta > outraM o %ue "alta para "icar co$pleto. 4este caso, ao suple$entar a dieta 5o pasto7, co$ple$enta-se a ali$enta&o dos ani$ais. - IG@HE3E4)O @O)V=CO( $istura de uréia eou ali$ento5s7 protéico5s7 acrescida de 4aCl e sal $ineral. - IG@HE3E4)O E4EPV)=CO( re"erente > $istura 4aCl acrescida de sal $ineral e ali$ento5s7 ener+ético5s7. - 3=I)GA 3hH)=@HA ou IG@HE3E4)O 3hH)=@HO( re"ere-se > $istura uréia acrescida de 4aCl 5sal7, $istura $ineral, de ali$ento5s7 ener+ético5s7 e de ali$ento5s7 protéico5s7. 4ada $ais é do %ue a associa&o \suple$ento protéico suple$ento ener+ético\. )ratase, ta$bé$, de u$a ra&o concentrada contendo u$ re+ulador do consu$o volunt#rio. O teor de prote'na bruta do pasto 5@B7 é u$ dos "atores %ue $ais li$ita$ o cresci$ento dos ani$ais $antidos e$ pasta+ens tropicais. Ie$pre %ue o teor de @B "or in"erior a 8 ou ? ++ 3I, a in+est&o de "orra+e$ ser# reduzida pela de"ici*ncia de nitro+*nio 547. V "ato conecido %ue, durante a esta&o seca, o rebano bovino ali$enta-se das sobras de "orra+ens oriundas das estaLes da pri$avera e ver&o, caracterizadas por u$ elevado teor de "ibra indi+er'vel e teores de @B in"eriores ao n'vel cr'tico. O "orneci$ento adicional 20
de 4 para ani$ais consu$indo "orra+ens de bai/a %ualidade "avorece o cresci$ento das bactérias "ibrol'ticas, au$enta a ta/a de di+est&o e a s'ntese de prote'na $icrobiana e, desse $odo, per$ite incre$entar o consu$o volunt#rio da "orra+e$ e $elorar o balano ener+ético do ani$al e$ paste1o. Quando a disponibilidade de ener+ia da pasta+e$ "or $uito bai/a e$ rela&o >s e/i+*ncias dos ani$ais, al+u$a "or$a de suple$enta&o ener+ética torna-se necess#ria. =sso +eral$ente ocorre durante per'odos de seca prolon+ada ou %uando se pratica u$ super paste1o por ani$ais e$ cresci$ento. O consu$o de "orra+eiras co$ elevados teores de 4 solSvel é outra situa&o %ue "avorece a utiliza&o de suple$entos ener+éticos. 4estas condiLes, apenas a suple$enta&o protéica pode n&o ser ade%uada para au/iliar o balano ener+ético a partir do seu e"eito bené"ico sobre o consu$o e a di+estibilidade da "orra+e$. Dessa "or$a, e$ situaLes de bai/a disponibilidade de "orra+e$, a suple$enta&o ener+ética obvia$ente resultar# e$ $aior resposta ani$al. 4o caso de +ra$'neas tropicais, a produ&o da prote'na $icrobiana é li$itada ta$bé$ pelo supri$ento de substratos pronta$ente "er$entesc'veis. E$ ani$ais p;sdes$a$ados, o dese$peno é $elorado co$ o consu$o de pe%uenas %uantidades de ali$entos ener+éticos, devido ao au$ento da %uantidade de prote'na $icrobiana, %ue "lui para o intestino del+ado. A suple$enta&o ener+ética pode n&o a"etar ou reduzir o consu$o e a di+estibilidade da "orra+e$, dependendo da %uantidade de suple$ento consu$ido e da o"erta de pasto. Peral$ente, %uando a %uantidade de suple$ento ener+ético consu$ido é in"erior a 2 ++ peso vivo 5@T7, o consu$o de "orra+e$ n&o é a"etado. 4o Brasil, a uréia te$ sido u$a i$portante alternativa de se elevar a porcenta+e$ de nitro+*nio e$ dietas co$ bai/as concentraLes deste nutriente. Ela possui vanta+ens tais co$o a sua disponibilidade $ercadol;+ica, a elevada concentra&o e$ 4 e o bai/o custo unit#rio deste. Adicional$ente, a uréia é "onte de 4-4J para os $icror+anis$os "ibrol'ticos e, devido > sua bai/a palatabilidade, te$ potencial para ser utilizada co$o u$ a+ente controlador do consu$o do suple$ento pelo ani$al. @ara $aior e"ici*ncia, a uréia deve ser o"erecida 1unta$ente co$ ali$entos ener+éticos ricos e$ carboidratos n&o "ibrosos 5a$ido ou $elao7, prote'na verdadeira e en/o"re. A into/ica&o pelo consu$o de uréia pode ser evitada %uando se "az u$a correta $istura dela co$ os outros in+redientes protéico-ener+éticos, %uando se utiliza u$ a+ente e"icaz para controlar a in+est&o volunt#ria do suple$ento ou %uando se a1usta o consu$o dela para ,! - ,2 ++ @T 5na "ase de \adapta&o\7 e para , - ,< ++ @T 5na "ase de \p;s-adapta&o\7.
21
Peral$ente utiliza-se !: até : + 4aCl+ de suple$ento. 4essas situaLes, # necessidade de u$a e/celente disponibilidade de #+ua, devido aos elevados n'veis de sal o"ertados aos ani$ais. O consu$o e/cessivo pode ser evitado co$eando co$ altos n'veis de sal 5:(: ou até 8(< de sal(concentrado7 e, depois, reduzindo este n'vel para se obter o consu$o dese1ado. Os +r&os precisa$ ser $o'dos e $isturados co$ sal de +ranulo$etria se$elante, pois isto $elora a o$o+eneiza&o e, conse%0ente$ente, previne o consu$o e/cessivo. A %uantidade de sal para se $isturar ao concentrado depender# do consu$o dese1ado do suple$ento. @ara se incre$entar o consu$o de suple$ento, di$inui-se a %uantidade de sal na $isturaM para di$inuir o consu$o, au$enta-se o sal. Bai/os n'veis de sal co$o controlador de consu$o s&o e/tre$a$ente dependentes da palatabilidade de outros co$ponentes da dieta co$o uréia, "arina de pei/e, e outros. E$ +eral, suple$entos co$ altos n'veis de sal 5entre 2 e + 4aCl+7 propicia$ consu$os de ,< a ,?: +dia. A suple$enta&o deve ser utilizada co$parando as esti$ativas de custos do suple$ento 5preo por + / consu$o di#riocabea7 co$ o +ano de peso di#rio. O +ano de peso $édio di#rio de bovinos de corte suple$entados e$ pasta+ens depende$ do consu$o de suple$entos 5Fi+ura <7. Fi+ira < - ela&o entre o consu$o de $atéria seca 53I7 do suple$ento e o +ano $édio di#rio 5P3D7 de ani$ais recebendo di"erentes tipos de suple$entos.
Fonte( 3AHAFA=A et al. 527
A %uantidade de ener+ia di+est'vel o"erecida pelo suple$ento pode ser predeter$inada, entretanto a in+est&o de "orra+e$ pode di$inuir +rande$ente, ou per$anecer a $es$a, 22
dependendo da %ualidade da "orra+e$. Os e"eitos pode$ ser de tr*s tipos( substitutivo, aditivo e co$binado. 4o e"eito substitutivo, ocorre a di$inui&o no consu$o de ener+ia di+est'vel oriunda da "orra+e$, en%uanto se observa au$ento no consu$o do concentrado, $antendo constante o consu$o total de ener+ia di+est'vel. 4o e"eito aditivo, ocorre au$ento no consu$o total de ener+ia di+est'vel e$ virtude do au$ento no consu$o de concentrado, podendo o consu$o de ener+ia, proveniente da "orra+e$, per$anecer o $es$o ou ser au$entado. 4o e"eito co$binado, observa$-se a$bos os e"eitos, ou se1a, ocorre di$inui&o no consu$o de "orra+e$, associada ao au$ento no consu$o de concentrado, resultando, assi$, e$ $aior consu$o total de ener+ia di+est'vel. Quando os ani$ais t*$ > disposi&o "orra+e$ ad libitum e recebe$ %uantidade li$itada de concentrado, a suple$enta&o pode produzir dois e"eitos( aditivo e substitutivo. @odese observar a ocorr*ncia desses dois e"eitos si$ultanea$ente, u$a vez %ue, alé$ do au$ento no +ano de peso dos ani$ais %ue recebera$ suple$enta&o ali$entar, # au$ento na capacidade suporte dos pastos, %ue indica redu&o no consu$o de "orra+e$. G$ aspecto nutricional %ue n&o pode passar despercebido é a libera&o de a$Knia no rS$en, pois se ultrapassar a capacidade de $etaboliza&o do ani$al 5aci$a de ?: $+! $l de l'%uido ru$inal7 v&o ocorrer proble$as de into/ica&o, podendo inclusive levar o ani$al > $orte. @ortanto, a participa&o do 44@ na dieta é "un&o do n'vel ener+ético da $es$a. @or e/e$plo, e$ ani$ais ali$entados e/clusiva$ente co$ +r&os, a e"ici*ncia de utiliza&o do 44@ pode ce+ar pr;/i$o a !6. N# co$ dietas de bai/a %ualidade, caso das pasta+ens na seca, esse n'vel de e"ici*ncia cai para 26. =sto precisa ser considerado no $o$ento de se balancear u$a dieta e to$ar decisLes de %uanto 44@ poder# substituir a de$anda total de prote'na. A e/i+*ncia de prote'na de+rad#vel no rS$en 5@D7 au$enta proporcional$ente > o"erta de ener+ia 54D)7 ao ani$al, e pode ser esti$ada usando-se a e%ua&o( @D, +ani$aldia ] 4D), +ani$aldia / ,! 54C, !87. V aconsel#vel %ue no suple$ento protéico, a propor&o de @D co$ ori+e$ na uréia, n&o ultrapasse 6 do @D total. A produtividade e$ pasta+ens é obtida pelo produto da ta/a de lota&o co$ o +ano de peso individual e$ u$ intervalo de te$po. Dentro de u$a ta/a $édia de lota&o de ! GAa # u$ acrésci$o linear no +ano de peso > $edida %ue se au$entou o n'vel de concentrado. A suple$enta&o, ao au$entar a ta/a de +ano di#rio $édia anual, tr#s outro bene"'cio i$portante na pecu#ria %ue é a redu&o do te$po de abate 5<: + @T7, %ue, por sua vez, au$enta o capital de +iro do pecuarista e a %ualidade de carne. 23
E$ estudos econK$icos para o uso de $isturas $Sltiplas para bovinos de corte, resultou nas se+uintes $ar+ens 5receita $enos custos adicionais e$ rela&o ao trata$ento se$ concentrado7( n'vel ,: +ani$aldia] Y !2,9:ani$alM n'vel !, +ani$aldia ] Y !2,28ani$alM e n'vel 2, +ani$aldia ] Y 2!,?ani$al, contendo ,?!M 2,9 e !,9 6 de uréia, respectiva$ente, $ais outros in+redientes, co$o $ilo, "arelo de so1a, $istura $ineral. @ortanto, o custo do uso de $ais concentrado "oi co$pensado pelo au$ento no +ano de peso.
*.0 )nstala%&es e o be, estar ani,al
O pri$eiro ponto a ser observado na pecu#ria é a "onte de #+ua, considerando a %ualidade e a %uantidade. E$ se+uida, ap;s a "or$a&o das pasta+ens, viria$ as cercas de conten&o dos ani$ais 5convencional, ara$e liso, cerca elétrica7, %ue "acilita$ o $ane1o de aparta&o das di"erentes cate+orias do rebano. As so$bras contribue$ para o $elor con"orto tér$ico dos ani$ais e deve$ ser utilizadas, se1a nas pasta+ens, ou nas #reas de descanso, %ue conté$ a "onte de #+ua, sal e so$bra. Os cocos de suple$enta&o deve$ ser di$ensionados considerando a cate+oria ani$al, a "or$ula&o do suple$ento, tipo do coco e a %uantidade de cabeas. Caso se1a utilizada suple$enta&o volu$osa, co$o sila+e$, ou cana-de-aScar, os cocos deve$ suportar $aior capacidade de ali$ento, se$ desperd'cio. O curral circular ou racional é baseado nos princ'pios da @.D. )e$ple Prandin, %ue é pro"essora da Gniversidade do Colorado, nos EGA. )rata-se de u$a instala&o, e$ "or$a de c'rculo, onde, alé$ de outros detales, todas as divisLes t*$ acesso ao corredor. 4o local, o +ado transita co$ $aior "acilidade, u$a vez %ue é da sua natureza deslocar-se e$ c'rculos, e n&o visualiza o %ue acontece na parte e/terna ao corredor 5se1a dentro ou "ora do curral7. I&o currais relativa$ente +randes observando $edidas reco$endadas co$o $'ni$as, %ual se1a o raio de ,: $ para o tronco e a serin+a e #rea de 2,2 $ 2 para cada ani$al adulto. Estudando $elor as reco$endaLes da Dra. Prandin, descobri$os indicaLes sobre o corredor de "ila Snica 5tronco7 para espao reduzido co$ raio de 2,:$, receita %ue estende$os por nossa conta para a serin+a. Assi$ conse+ui$os introduzir o deseno reco$endado no $eio do velo curral tradicional.
2)
O pe&o a pé, co$ bandeirola na ponta de vara, conduz u$ nS$ero de ani$ais para encer a $an+a de acesso, "ecando a porteira de entrada. Tolta para a plata"or$a elevada de servio e co$ outra bandeirola introduz cerca de ! cabeas na serin+a, cerrando por corda a entrada desta, cu1a porteira volta se$pre > posi&o aberta, por a&o de u$ contrapeso. A se+uir abre a entrada do tronco e, percorrendo a passarela > volta da serin+a, pu/a u$a das porteiras +irat;rias en%uanto a outra per$anece na posi&o de "unil. Deva+ar, co$ bandeirola, vai enca$inando os ani$ais para o tronco, reduzindo aos poucos o espao dispon'vel na serin+a. G$a vez ceio o corredor curvo de "ila Snica para cabeas adultas, "eca o port&o corredio de entrada. )rabala ent&o os ani$ais no tronco, brete, balana e apartador, todos de "#cil acesso, dotados de diversos portLes corredios. einicia nova opera&o introduzindo na serin+a as rezes re$anescentes na $an+a. Finda a se+unda leva, retorna ao !g curralete, passando pelos portLes de servio estrate+ica$ente localizados, para repetir a $anobra de encer a $an+a de acesso. O be$-estar ani$al tr#s resultados e/pressivos no au$ento da produtividade e redu&o de carne condenada, au$entando o peso de +anco. Alé$ do curral co$ balana e tronco, as "ontes de #+ua, so$bra, as cercas e cocos de "orneci$ento de $istura $ineral eou suple$entos s&o i$prescind'veis para produ&o de +ado de corte. Os bovinos deve$ ser conduzidos se$pre ao passo, se$ correrias e se$ +ritos. )rabale se$pre co$ u$ va%ueiro > "rente do lote %ue est# sendo conduzido, atuando co$o ponteiro. G$ ou dois va%ueiros se+ue$ atr#s aco$panando o lote, evitando %ue os ani$ais volte$ e esti$ulando-os a andare$ para "rente %uando e$paca$ ou %uando di$inue$ a velocidade de desloca$ento. Ie os ani$ais e$pacare$, $antena a cal$a. 4&o +rite, n&o a+rida e n&o dei/e os ani$ais a+itados ou assustados, estas aLes ne+ativas atrapala$ o $ane1o. Os va%ueiros %ue estivere$ trabalando atr#s do lote deve$ $ane1ar os ani$ais para %ue n&o volte$, en%uanto %ue o va%ueiro da "rente trabala os ani$ais da ponta "azendo co$ %ue reinicie$ a $arca. 4&o pressione os ani$ais, principal$ente %uando # transi&o entre instalaLes, co$o por e/e$plo na entrada de corredores ou nas passa+ens de porteiras, d* te$po aos ani$ais para entendere$ o %ue est# acontecendo. E$ situaLes e$ %ue os ani$ais s&o $uito reativos e di"'ceis de sere$ conduzidos é reco$endado o uso de sinuelos 5ani$ais $ansos e d;ceis7, eles a1uda$ a $anter a tran%0ilidade dos outros ani$ais e "acilita$ a condu&o dos $es$os. 2*
O curral é u$a instala&o destinada para o trabalo co$ os bovinos, portanto, n&o deve ser usada para $ant*-los presos por lon+o te$po. Currais superlotados au$enta$ os riscos de acidentes e causa$ $aior di"iculdades para o $ane1o. @ara %ue o $ane1o ocorra co$ tran%0ilidade trabale co$ pelo $enos $etade das #reas das divisLes 5$an+as7 dos currais livres. As de"iniLes do local de aparta&o, da "or$a co$ %ue este $ane1o ser# realizado e do nS$ero de va%ueiros necess#rios para realizar o trabalo, depender&o do nS$ero de ani$ais %ue ser&o e$barcados. E$ +eral, dois ou tr*s va%ueiros s&o su"icientes para realizar a aparta&o e$ lotes de até 2 ani$ais. Quando poucos ani$ais de u$ lote "ore$ e$barcados, "aa a aparta&o onde os ani$ais estivere$ 5pastos, pi%uetes ou currais de con"ina$ento7 e %uando "or e$barcar a $aioria dos ani$ais de u$ lote, realize o $ane1o de aparta&o no curral, de pre"er*ncia usando estruturas desenadas para este "i$. 4a aparta&o nas porteiras, procure se$pre conduzir os ani$ais e$ +rupos pe%uenos, de $aneira %ue os %ue ser&o apartados possa$ ser identi"icados co$ $ais "acilidade. As bandeiras a1uda$ a realizar este $ane1o, pois possibilita$ $anter $aior distncia dos ani$ais 5se+urana7, alé$ de $aior #rea de atua&o dos $ovi$entos. Gtilize a bandeira co$o e/tens&o do brao e n&o co$o instru$ento de a+ress&o para bater ou cutucar os ani$ais. E/iste$ v#rios tipos de apartadouros, sendo co$uns os apartadouros do tipo “ovo” e e$ lina, %ue t*$ até cinco possibilidades de apartaLes e$ u$ $es$o $ane1o, e apartadouros “de canto” %ue ta$bé$ s&o e"icientes $as proporciona$ $enor nS$ero de apartaLes 5+eral$ente duas7. Os apartadouros tipo ovo e e$ lina s&o +eral$ente instalados lo+o ap;s o tronco de conten&o ou a balana, en%uanto %ue o apartadouro “de canto” é instalado no canto de u$a das $an+as do curral, co$ porteiras $enores 5+eral$ente co$ u$ $etro7 dando acesso a duas outras $an+as. @ara o e$bar%ue, "or$e os lotes de acordo co$ a capacidade do ca$in&o ou da carreta. Faa tudo para $anter ani$ais do $es$o lote de ori+e$, %ue 1# se conea$. A $istura de ani$ais de lotes di"erentes au$enta a ocorr*ncia de bri+as, %ue causa$ estresse e "eri$entos nos ani$ais. Evite ta$bé$ $isturar ani$ais de di"erentes cate+orias. 4o caso de realizar a pesa+e$ dos ani$ais antes do e$bar%ue aproveite o $es$o $ane1o para apartar e "or$ar os lotes. Ie a pesa+e$ "or "eita co$ os ani$ais e$ 1e1u$ é preciso ter cuidados especiais, principal$ente %uando a via+e$ "or lon+a ou de$orada. 4este caso o ideal é "azer o 1e1u$ e a pesa+e$ dos ani$ais al+uns dias antes do e$bar%ue, para evitar %ue os ani$ais passe$ $uito te$po se$ ali$entos e #+ua. O 2,
te$po total do 1e1u$ n&o deve ser superior a !2 oras. V i$portante n&o dei/ar os ani$ais se$ #+ua antes do e$bar%ue. O e$barcadouro é a instala&o %ue per$ite conduzir os ani$ais para dentro da “+aiola” do ca$in&o ou da carreta. E$ +eral é de"inido por u$ corredor co$ u$a ra$pa no "inal, %ue per$ite aos ani$ais alcanare$ o piso da “+aiola”. O e$barcadouro pode ser constru'do e$ lina reta ou e$ curvas, utilizando di"erentes tipos de $ateriais 5$adeira, concreto e capas de $etal7. O posiciona$ento do e$barcadouro deve respeitar se$pre o sentido do "lu/o usual de passa+e$ dos ani$ais. 4&o construa o e$barcadouro no sentido oposto ao percorrido pelos ani$ais durante as rotinas de $ane1o no curral. O e$barcadouro deve ter todas as paredes laterais "ecadas, para evitar %ue os ani$ais se distraia$ co$ o $ovi$ento de pessoas ou outros ani$ais do lado de "ora e ta$bé$ para di$inuir a pro1e&o de so$bras no piso do e$barcadouro, %ue pode$ "azer os ani$ais e$pacare$. J# ta$bé$ o bene"'cio de di$inuir os riscos de acidentes %ue ocorre$ %uando os ani$ais prende$ as patas ou a cabea nos v&os entre as t#buas ou os canos. Os e$barcadouros deve$ ser constru'dos co$ lar+ura entre ,9 e ,$ dependendo das raas e das cate+orias de ani$ais usual$ente e$barcados. E$ casos especiais, co$o nas "azendas %ue t*$ ani$ais $uito +randes 5por e/e$plo, no caso de +ado elite e de raas +randes7 pode$ ser necess#rios e$barcadouros $ais lar+os, co$ até !,$. V reco$endado %ue as paredes laterais do e$barcadouro tena$ pelo $enos !,9$ de altura. E$barcadouros lar+os pode$ di"icultar o e$bar%ue e $acucar os ani$ais, pois au$enta$ os riscos dos ani$ais virare$ e atrasare$ o e$bar%ue e ta$bé$ de dois ani$ais passare$ ao $es$o te$po pelo e$barcadouro, au$entando os riscos de pancadas na paleta, costela e ponta da anca, principal$ente na porteira de entrada da “+aiola”. 4o caso de e$barcadouros $ais estreitos # risco de ani$ais $uito +randes n&o passare$, se $acucare$ ou "icare$ entalados. =sto é particular$ente preocupante co$ ani$ais $ais velos e co$ ci"res +randes e abertos. 4o caso do e$bar%ue de bezerros o trabalo deve ser realizado co$ $ais cuidado, pois os bezerros vira$ co$ "re%0*ncia di"icultando o $ane1o. E$ caso de e$bar%ues constantes de bezerros é indicado dispor de estruturas $;veis para reduzir a lar+ura do e$barcadouro, $antendo-a e$ ,:$. O piso do e$barcadouro deve ser ci$entado ou e$borracado, dispondo de estruturas antiderrapantes. @ara pisos ci$entados, as estruturas antiderrapantes deve$ estar espaadas e$ ,$ e deve$ ter as bordas arredondadas para n&o $acucar os cascos
2
dos ani$ais. O piso do e$barcadouro deve estar se$pre li$po e seco, de "or$a a evitar escorre+Les e %uedas durante o e$bar%ue. A ra$pa do e$barcadouro deve ter u$a inclina&o suave, pre"erencial$ente $enor %ue 2 +raus. V indicado %ue o Slti$o lance do e$barcadouro se1a e$ n'vel, prolon+ando-se por pelo $enos dois $etros de co$pri$ento. A altura do e$barcadouro no local onde encosta o ca$in&o deve ser de !,<$, %ue representa a altura $édia do assoalo das +aiolas da $aioria dos ve'culos 5ca$inLes e carretas7 utilizados no transporte de bovinos. =sto n&o é su"iciente para evitar a "or$a&o de de+rau entre o e$barcadouro e o assoalo das +aiolas de ca$inLes ou carretas, é preciso ta$bé$ acertar o terreno da #rea de estaciona$ento dos ve'culos, pois e$ situaLes co$ declives no terreno ou buracos # "or$a&o de de+raus %ue di"iculta$ o e$bar%ue.
6.0 on"ina,ento de bovinos de corte
Con"ina$ento é o siste$a de cria&o de bovinos e$ %ue lotes de ani$ais s&o encerrados e$ pi%uetes ou currais co$ #rea restrita, e onde os ali$entos e #+ua s&o "ornecidos e$ cocos. Co$u$ente este siste$a é $ais utilizado na "ase de ter$ina&o dos bovinos, $uito e$bora bezerros des$a$ados, novilos e novilas e$ recria, bois $a+ros e vacas “boiadeiras” 5de descarte7 possa$ ta$bé$ ser assi$ ali$entados. )al pr#tica ocorre nor$al$ente, no Brasil, na época das secas, ou se1a, durante a entressa"ra da produ&o de carne, visando alcanar $elores preos no pico desta entressa"ra. 4o Brasil central, bovinos en+ordados a pasto apresenta$ bo$ desenvolvi$ento na esta&o das cuvas 5+anos de peso da orde$ de ,: + dia7 e "raco dese$peno na época seca do ano, %uando $anté$ ou até $es$o perde$ peso, devido a bai/a produ&o e %ualidade das pasta+ens. Esta se%0*ncia de bons e $aus dese$penos +eral$ente resulta e$ abate aos :< $eses de idade co$ u$ peso $édio de :2: +. Al+u$as pr#ticas co$o $ane1o ade%uado, uso de espécies tolerantes a seca, aduba&o e irri+a&o, poderia$ au$entar a produ&o das pasta+ens na seca, $as nunca a n'veis %ue per$itisse$ +anos de peso se$elantes aos obtidos na esta&o das #+uas. =sto se deve ao "ato do a$adureci$ento das plantas, %ue ocorre durante o per'odo da seca 51uno -sete$bro7, resultar e$ $assa verde co$posta de paredes celulares $ais resistentes a de+rada&o ru$inal, %ue, e$ conse%0*ncia, reduz a %ualidade das "orra+ens. Assi$, se # interesse e$ $anter, na seca, +anos de peso i+uais ou superiores aos obtidos nas #+uas, deve-se "ornecer aos ani$ais u$a ali$enta&o $ais e%uilibrada do %ue a%uela %ue o ani$al obté$ no paste1o. O con"ina$ento pode ser utilizado para este prop;sito. 2
Quando se "ala e$ con"ina$ento, é preciso de"inir clara$ente o siste$a e$ %uest&o. Di"erentes ob1etivos e disponibilidade de recursos pode$ deter$inar inS$eras co$binaLes entre v#rios tipos de instalaLes, ani$ais e raLes. 4o caso do Brasil, onde # $uita terra, pouco capital, bai/o poder a%uisitivo e u$ siste$a de classi"ica&o de carcaa ainda incipiente, parece $ais l;+ico con"inar visando-se a ter$ina&o durante a entressa"ra, utilizando-se instalaLes si$ples e pr#ticas e ali$entos produzidos na pr;pria "azenda. Fatores co$o disponibilidade de bons ani$ais e ali$entos, preos, $ercado para o +ado con"inado e ;ti$a +er*ncia s&o condiLes b#sicas e essenciais para a ado&o desse siste$a de produ&o. Esta "ase da cria&o pode ser "eita pelos pr;prios propriet#rios do rebano ou por produtores co$erciais, %ue s&o a%ueles %ue recebe$ ani$ais de propriet#rios 5terceiros7, produze$ ou ad%uire$ ali$entos e os en+orda$ 5ter$ina$7 e$ suas instalaLes. @ara tanto participa$ de siste$as de parcerias, utilizando os $ais variados tipos de contratos. A ter$ina&o de bovinos e$ con"ina$ento possui as se+uintes vanta+ens(
au$ento da e"ici*ncia produtiva do rebano, por $eio da redu&o da idade ao abate e
$elor aproveita$ento do ani$al produzido e capital investido nas "ases anteriores 5criarecria7M
uso da "orra+e$ e/cedente de ver&o e libera&o de #reas de pasta+ens para outras
cate+orias durante o per'odo de con"ina$entoM
uso $ais e"iciente da $&o-de-obra, $a%uin#rios e insu$osM
"le/ibilidade de produ&o.
Considerando ser a ali$enta&o respons#vel por +rande parte dos custos operacionais, é i$prescind'vel %ue o con"ina$ento este1a localizado e$ u$a #rea ou re+i&o onde esta este1a dispon'vel e$ abundncia, principal$ente %uando o propriet#rio n&o produz e depende da co$pra dos ali$entos a sere$ utilizados. A loca&o do curral na propriedade dever# ser e$ "un&o de al+uns pontos(
evitar #reas pr;/i$as a rodovias ou +rande $ovi$enta&o 5evita conta$inaLes,
"urtos e estresse nos ani$ais7M !
pro/i$idade de "ontes de #+ua "arta e de boa %ualidadeM
2
pro/i$idade de redes de ener+ia elétricaM
piso co$ declividade $'ni$a de 6 e $#/i$a de 96, sendo esta apenas
reco$endada para re+iLes $uito su1eitas a cuvas no per'odo de con"ina$entoM 24
<
evitar locais pr;/i$os a c;rre+os ou rios, di$inuindo assi$ o i$pacto a$bientalM
:
evitar #reas co$ vento canalizado, dei/ando de $olestar $oradores de bairros ou
$es$o cidades pr;/i$asM 8
escoler #reas be$ drenadas, %ue +aranta$ u$ piso seco 5terrenos arenosos s&o
pre"er'veis, pois os ar+ilosos e/i+e$ obras de drena+e$7. G$ siste$a de con"ina$ento de bovinos de corte be$ pro1etado dever# possuir(
centro de $ane1o dos ani$ais 5brete, apartador, balana etc.7M
#rea para produ&o de ali$entos 5plantio de $ilo, sor+o, capineiras, etc.7M
silos e ou salas de "enoM
#rea para preparo dos ali$entos 5+alp&o
co$ triturador, $isturador, balana,
picadeiras, etc.7M
+alp&o para $#%uinas e i$ple$entos 5trator, carreta, va+&o "orra+eiro, etc.7M
currais de en+ordaM
estrutura para coleta de estercoM
estruturas de conserva&o do solo e da #+ua 5curvas de n'vel, terraos, etc.7, visando a
conserva&o da #rea e o controle da polui&o. V i$portante ressaltar %ue as instalaLes 1# e/istentes na propriedade poder&o e dever&o ser aproveitadas, desde %ue tena$ localiza&o ade%uada. 4o di$ensiona$ento dos currais de en+orda o nS$ero de ani$ais %ue se dese1a con"inar é "unda$ental. Os ani$ais dever&o estar divididos e$ lotes e, o ta$ano deste est# e$ "un&o da "acilidade ou di"iculdade de se obter ani$ais o$o+*neos nu$a $es$a ocasi&o, pois n&o se deve incluir ani$ais e$ lotes 1# e$ con"ina$ento. G$ lote bastante o$o+*neo "avorece o dese$peno e per$ite a utiliza&o de raLes $ais apropriadas >%ueles ani$ais, possibilitando assi$ $elor controle da produ&o. Quanto > #rea, +eral$ente é su+erido de !: a $ 2 por ani$al. Entretanto, e$ re+iLes $ais secas pode$ ser usados !2 $ 2 por ani$al. @or outro lado, e$ re+iLes $ais cuvosas, co$ o intuito de se evitar la$a, a %ual é $uito pre1udicial ao dese$peno dos ani$ais, pode$ ser utilizados : $ 2 por ani$al. 4esse caso, poder&o ser "eitas caladas 5concreto, cascalo, paralelep'pedo, etc.7 co$ !,9 a , $ ao lon+o dos cocos. G$a outra op&o seria a constru&o de telados, co$ pé direito de , $. Este seria reco$endado apenas nos casos de re+iLes onde as cuvas s&o $ais "re%0entes, pois resultados de pes%uisas n&o $ostrara$ e"eito da cobertura dos cocos no dese$peno de bovinos anelorados con"inados na re+i&o de Naboticabal R I@. 30
As cercas dever&o ter u$a altura $'ni$a de !,9 $ e poder&o ser constru'das co$ ara$e liso, cordoala, t#buas, etc. 4&o é reco$end#vel u$ lote e/ceda ! cabeas curral. Co$o re+ra Stil, é reco$endado %ue o ta$ano do lote se1a co$pat'vel co$ a capacidade de car+a dos ca$inLes de transporte. 4o curral de ter$ina&o a céu aberto a parte "rontal dos currais "ica$ os cocos de ali$entos e, na parte posterior, as porteiras %ue se co$unica$ co$ o corredor de servio ou circula&o. "rente dos cocos "ica o corredor de ali$enta&o. Os cocos pode$ ser de $adeira, $anilas, ta$bores, etc. Iendo $;veis, a re$o&o ao tér$ino do con"ina$ento e o abri+o do sol e cuva, au$enta sua lon+evidade.
Tisando evitar concorr*ncia na
ali$enta&o e estresse, per$itindo %ue todos os ani$ais possa$ se ali$entar si$ultanea$ente, o coco dever# ter ,? $ de co$pri$ento para cada ani$al. As instalaLes dever&o ser de bai/o custo, "uncionais e pr#ticas de $odo a "acilitar o $ane1o dos ani$ais, abasteci$ento e li$peza dos cocos.
7.0 8anejo re$rodutivo
O $ane1o reprodutivo dos bovinos de corte é "unda$ental para o sucesso econK$ico da cria e i$portante para o $elora$ento do rebano. Quanto $aior "or a e"ici*ncia reprodutiva das vacas $enores ser&o os custos por bezerro nascido, $enor percentual de vacas vazias, ou se1a $aiores os lucros para o produtor. Econo$ica$ente, o $érito reprodutivo é cinco vezes $ais i$portante para o produtor de bezerros do %ue o dese$peno no cresci$ento e dez vezes $ais i$portante do %ue a %ualidade do produto. A produtividade de u$ rebano depende, e$ +rande parte, da sua e"ici*ncia reprodutiva %ue, por sua vez, encontra no $ane1o nutricional o principal "ator li$itante ou deter$inante. A oti$iza&o do dese$peno reprodutivo e da e"ici*ncia produtiva do rebano de cria pode ser obtida por $eio das se+uintes pr#ticas de $ane1o( a7 identi"ica&o dos ani$ais e re+istro de ocorr*ncias 5nasci$entos, abortos, $ortes etc.7M b7 escola do per'odo de $ontaM c7 escola do siste$a de acasala$entoM d7 preparo de novilas para reposi&oM e7 dia+n;stico de +esta&o e descartesM "7 deter$ina&o da idade > des$a$aM 31
+7 atendi$ento >s e/i+*ncias nutricionaisM 7 controle sanit#rio do rebanoM i7 outras pr#ticas de $ane1o. E/iste$ $uitas "or$as para $edir a e"ici*ncia reprodutiva, dentre elas pode$os citar as se+uintes( produ&o de bezerros nascidos vivosM produ&o de bezerros des$a$adosM intervalo entre partosM per'odo de servioM nS$ero de servios por concep&o. O $ane1o do rebano deve considerar( identi"ica&o dos ani$ais e or+aniza&o dos re+istros 5nasci$entos, abortos, $ortes etc.7M de"ini&o da esta&o de $ontaM escola do siste$a de acasala$entosM detec&o de cioM dia+nostico de +esta&o e descartesM deter$ina&o da idade > des$a$aM controle sanit#rio do rebano. A redu&o da idade ao pri$eiro acasala$ento para dois anos ou $enos resulta e$ i$pactos econK$icos $ais si+ni"icativos sobre a produtividade do setor pecu#rio, contudo o n'vel nutricional deve ser considerado. E$ +eral, reco$enda-se %ue a novila se1a entourada pela pri$eira vez %uando atin+ir de : a 96 do peso adulto da raa, variando de 2: a < +, considerando u$ peso vivo adulto $édio das $atrizes de : +, sendo pr;/i$o do $enor percentual %uando o $ane1o nutricional "or ;ti$oM "ai/a $ediana, %uando "or ade%uadoM e $aior, %uando a nutri&o "or inade%uada. @ara %ue o $ane1o do rebano de cria se1a conduzido de "or$a e"iciente é necess#rio %ue todos os ani$ais 5vacas e crias7 tena$ sido identi"icadas. Assi$ a identi"ica&o dos ani$ais e o re+istro das ocorr*ncias e $ane1o do rebano 5datas e pesos ao nasci$ento e > des$a$a, $ortes e abortos, dia+n;stico de +esta&o, vacinaLes etc.7 contribu'ra$ para avaliar o dese$peno reprodutivo de cada ani$al. @ossibilitando a identi"ica&o dos ani$ais %ue deve$ ser descartados, ou se1a, a%ueles %ue co$ bai/a produtividade, alé$ de a1udar a estudar $udanas no $ane1o para $elorar a e"ici*ncia do siste$a de produ&o e +arantir a rastreabilidade. O siste$a de $onta $ais pri$itivo é a%uele onde o touro per$anece no rebano durante todo o ano. @oré$ esse siste$a n&o é o $ais ade%uado, pois os nasci$entos se distribue$ por v#rios $eses do ano, di"icultando o $ane1o 5controles zootécnico e sanit#rio, $ane1o nutricional etc7. Co$ a ocorr*ncia de nasci$entos e$ épocas inade%uadas, o desenvolvi$ento dos bezerros é pre1udicado e a "ertilidade das $atrizes pode ser reduzida, devido a restri&o ali$entar e aspectos "isiol;+icos da a$a$enta&o. As variaLes na "ertilidade do rebano est&o li+adas principal$ente >s condiLes a$bientais. @ortanto, o estabeleci$ento de u$a esta&o de $onta de curta dura&o é u$a das decisLes $ais i$portantes do $ane1o reprodutivo e de $aior i$pacto na 32
"ertilidade do rebano. Alé$ de sincronizar as de$ais atividades de $ane1o, sua i$planta&o per$ite %ue o per'odo de $aior e/i+*ncia nutricional coincida co$ o de $aior disponibilidade de "orra+eiras de $elor %ualidade, de $odo a eli$inar ou a reduzir a necessidade de al+u$a "or$a de suple$enta&o ali$entar. Co$ a redu&o da dura&o da esta&o de $onta nota$os ta$bé$ u$a $eloria na "ertilidade e produtividade do rebano, pois "ica $ais "#cil de se identi"icar as $atrizes de $elor dese$peno produtivo. A época é deter$inada e$ "un&o da $elor época de nasci$ento para os bezerros e do per'odo de $aior e/i+*ncia nutricional das vacas. 4o Brasil, a $elor época para o nasci$ento coincide co$ o per'odo da seca. Assi$, para atender a esse re%uisito, o per'odo reco$endado para a $onta deve ser de nove$bro a 1aneiro. 4esse caso, as pariLes ocorrer&o de a+osto a outubro e o tero inicial da lacta&o, %ue apresenta as $aiores e/i+*ncias nutricionais, ir# coincidir co$ o de $aior o"erta de ali$entos de $elor %ualidade 5esta&o das cuvas7. A $eta ideal para a dura&o da esta&o de $onta de vacas adultas deve ser de 8 a dias. @ara novilas esse per'odo n&o deve ultrapassar a <: dias, e tanto seu in'cio co$o seu "inal deve$ ser antecipados e$ pelo $enos dias e$ rela&o ao das vacas. Tisando proporcionar >s novilas , por estare$ ainda e$ cresci$ento e lacta&o, te$po su"iciente para a recupera&o do seu estado "isiol;+ico e iniciar o se+undo per'odo de $onta, 1unto co$ as de$ais cate+orias de "*$eas. 4o pri$eiro ano de i$planta&o da esta&o esse per'odo pode se estender de outubro a $aro 5seis $eses7 e nos anos se+uintes ela deve ser a1ustada +radativa$ente, até a obten&o do per'odo ideal. Deve-se tentar obter 'ndices elevados de concep&o no pri$eiro $*s de $onta, para %ue as vacas tena$ te$po su"iciente para recuperar seu estado "isiol;+ico, ap;s a pari&o, antes da pr;/i$a esta&o de $onta. O i$pacto da "ertilidade do touro no dese$peno reprodutivo do rebano é diversas vezes $ais i$portante do %ue o da vaca, pois a e/pectativa é de %ue cada touro cubra pelo $enos 2: vacas. )ouros de bai/a "ertilidade pode$ causar +randes pre1u'zos para o produtor, alé$ disso deve-se le$bra %ue eles contribue$ co$ a $etade do $aterial +enético de todas as crias, en%uanto é esperada de cada vaca a des$a$a anual de u$ bezerro. Quanto a rela&o touro(vaca( as reco$endaLes +erais s&o de 2: a vacas para cada touro, no entanto, os resultados $ais recentes indica$ %ue essa rela&o pode ser alterada para $ais de < vacas por touro. Os principais "atores %ue pode$ in"luir nessa rela&o s&o a idade, a capacidade de $onta, o libido, o estado sanit#rio e nutricional dos touros, o ta$ano e topo+ra"ia das pasta+ens. 33
4o Brasil, as esti$ativas indica$ %ue so$ente e$ torno de 86 das "*$eas bovinas s&o arti"icial$ente inse$inadas e isso ent&o si+ni"ica %ue $ais de 6 dos bezerros nascidos s&o oriundos de acasala$entos naturais. @ara u$ rebano de $ais de ? $ilLes de $atrizes, dispo$os de u$a popula&o de $ais de 2, $ilLes touros, para os %uais a realiza&o de e/a$es androl;+icos co$pletos s&o plena$ente 1usti"icados, co$ "orte i$pacto econK$ico nos siste$as produtivos. O e/a$e androl;+ico co$pleto "unda$entase na avalia&o de todos os "atores %ue contribue$ para a "un&o reprodutiva nor$al do touro Esse e/a$e est# indicado nas se+uintes situaLes(
na avalia&o do reprodutor antes da esta&o de $ontaM
nas relaLes de co$ercializa&o de reprodutoresM
na ocorr*ncia de "alas reprodutivas no rebanoM
para deter$ina&o da ocorr*ncia da puberdade M
para o dia+n;stico de proble$as de "ertilidadeM
para o in+resso nas centrais de inse$ina&o, co$ vistas > con+ela&o de s*$en.
O ani$al dever# ser avaliado por $eio da inspe&o %uanto > nor$alidade dos diversos siste$as 5respirat;rio, circulat;rio, nervoso, di+estivo, loco$otor7, tanto e$ repouso co$o e$ $ovi$ento, co$ aten&o para os apru$os, os cascos e as articulaLes. O siste$a loco$otor $erece aten&o especial, "ace > sua i$portncia, tanto para ca$inar e$ busca de ali$ento e para procurar por "*$eas e$ cio co$o para e"etuar a c;pula. Tale ressaltar %ue $ani"estaLes de dor s&o i$portantes causadoras de i$pot*ncia. Os ;r+&os +enitais e/ternos s&o e/a$inados por inspe&o e palpa&o, 1# os internos s&o e/a$inados por palpa&o retal. Teri"ica-se a presena, as di$ensLes, a si$etria, a consist*ncia e a $obilidade dos co$ponentes do siste$a +enital e sua co$patibiliza&o co$ a idade, co$ o desenvolvi$ento e co$ a raa do ani$al. O ta$ano dos test'culos pode ser "acil$ente esti$ado, $edindo-se a circun"er*ncia escrotal. A correla&o positiva entre circun"er*ncia escrotal e produ&o esper$#tica e a correla&o ne+ativa entre circun"er*ncia escrotal e idade > puberdade "ora$ de$onstradas. =+ual$ente i$portante é a avalia&o do co$porta$ento se/ual, visto %ue o touro aprovado nos e/a$es cl'nicos e de s*$en ta$bé$ deve estar abilitado a detectar as "*$eas e$ estro e depositar seu s*$en no aparelo +enital "e$inino. @ara a an#lise e a interpreta&o do esper$io+ra$a, # valores de re"er*ncia para os di"erentes atributos 5$otilidade, concentra&o, etc.7. Esses valores de re"er*ncia s&o 3)
deter$inados pelo Colé+io Brasileiro de eprodu&o Ani$al e est&o dispon'veis na publica&o “3anual para e/a$e androl;+ico e avalia&o de s*$en ani$al”. Alé$ das caracter'sticas esper$#ticas 5volu$e, $ovi$ento $assal, concentra&o esper$#tica, bai/a "re%0*ncia de de"eitos nos esper$atoz;ides7, a a%uisi&o de touros co$ altos escores e$ testes de libido s&o interessantes para reduzir a rela&o touro(vaca, se$ pre1u'zos da ta/a de natalidade. A libido é o dese1o e abilidade do $aco e$ procurar a "*$ea, co$pletando co$ a $onta. A sua $ani"esta&o é in"luenciada por "atores +enéticos, entretanto n&o # correla&o entre libido e %ualidade se$inal, podendo u$ touro de bai/a libido apresentar bons 'ndices de %ualidade de s*$en e vice-versa. O teste "oi adaptado para zebu'nos, no %ual os touros s&o or+anizados e$ +rupos de cinco e sub$etidos a %uatro vacas, sendo duas no cio, u$a delas contida, e duas "ora do estro, avaliando o co$porta$ento por ! $inutos 5)abela !!7. As etapas %ue co$pLe$ o padr&o $otor do co$porta$ento se/ual, s&o( corte1o, ere&o, protus&o, $onta, introdu&o 5procura7, e1acula&o 5arran%ue "inal7, des$onta e per'odo re"rat#rio. )abela !! R )este de libido de touros zebu'nos 4ota ! 2 < : 8 ? 9 !
Atividades Ie$ interesse se/ual =denti"ica&o das "*$eas e$ cio 5ceiro7 Ceiro e perse+ui&o insistente )entativa de $onta se$ salto, co$ $u+ido, desloca$ento ou $asturba&o )entativa de $onta se$ salto, co$ p*nis e/posto )entativa de $onta co$ salto, co$ p*nis e/posto Duas ou $ais tentativas de $onta co$ salto se$ p*nis e/posto )entativa de $onta co$ salto e p*nis e/posto Duas ou $ais tentativas de $onta co$ salto e p*nis e/posto 3onta co$ servio co$pleto Duas ou $ais $ontas co$ servio co$pleto
Fonte( @ineda et al. 5!?7 citado por COI)A e I=HTA 52:7
Outra caracter'stica relacionada co$ a "ertilidade e %ue apresenta alta erdabilidade, $édia de ,
do$inncia. Deve-se dar aten&o especial aos ani$ais do$inantes %uanto a sua capacidade reprodutiva, por%ue, se in"érteis ou sub"érteis, pode$ co$pro$eter a ta/a de prenez do rebano, caindo e$ até :6. Os reprodutores deve$ ser utilizados, observando-se $ais ou $enos a $es$a idade, adaptados previa$ente ao $es$o lote, %uando ori+in#rios de di"erentes rebanos. A avalia&o da condi&o corporal das vacas, apesar de sub1etiva, é u$a "erra$enta $uito Stil no $ane1o reprodutivo, pois nos per$ite avaliar o estado nutricional do rebano e$ deter$inado per'odo. Dessa "or$a é poss'vel corri+ir o $ane1o nutricional a te$po, para %ue os ani$ais tena$ condiLes $'ni$as no $o$ento dese1ado. Alé$ disso e/iste alta correla&o entre a condi&o corporal ao parto e o dese$peno reprodutivo p;-parto, ou se1a, as "*$eas %ue tivere$ $elor condi&o corporal no tero "inal da +esta&o ir&o apresentar cio $ais cedo. Esta avalia&o deve ser realizada na época da des$a$a 5abril$aio7, in'cio do per'odo da seca, assi$ as "*$eas prenes %ue estivere$ $uito $a+ras 5escore abai/o de <7 poder&o receber u$a suple$enta&o para %ue atin1a$ escore : a 8 ao parto. Essa suple$enta&o é i$portante, pois no tero "inal da +esta&o s&o altas as e/i+*ncias de prote'na e ener+ia para o desenvolvi$ento do "eto. A restri&o ali$entar nesse per'odo ir# causar alé$ de perda de peso u$a di$inui&o nos 'ndices de prenez, devido ao prolon+a$ento do retorno a atividade reprodutiva p;s-parto. Os principais siste$as de acasala$ento s&o a $onta controlada, a $onta a ca$po e a inse$ina&o arti"icial. 4a $onta controlada o touro é $antido separado das vacas, %uando u$a "*$ea é detectada e$ cio é levada para 1unto do touro onde per$anece até a cobertura. Esse $étodo é bastante utilizado %uando se dese1a conecer a paternidade, ele ta$bé$ causa $enor des+aste aos touros, poré$ pode$ ocorrer erros na detec&o dos ani$ais e$ cio e ta$bé$ de$anda $ais $&o-de-obra e trabalo para separar os ani$ais. A $onta a ca$po é o siste$a $ais utilizado na pecu#ria de corte, nesse caso os touros per$anece$ 1unto ao rebano durante toda a esta&o de $onta di$inuindo assi$ o trabalo co$ detec&o de cio e condu&o dos ani$ais ao curral, poré$ i$possibilita a identi"ica&o da paternidade das crias, a an#lise do dese$peno reprodutivo e au$enta o des+aste dos touros devido ao nS$ero repetido de cobertura %ue u$a $es$a vaca recebe. 4o entanto essas desvanta+ens s&o co$pensadas pela econo$ia de $&o-deobra e a certeza de %ue a $aioria das vacas ir# conceber durante u$a deter$inada esta&o de $onta.
Fi+ura : - Es%ue$a de esta&o de $onta para +ado de corte nos cerrados 3,
Fonte( Oliveira et al. 5287
4o pri$eiro ano, a esta&o de $onta é realizada co$ 8 $eses, reduzindo e$ u$ $*s a cada ano, até atin+ir dias no "inal de anos. Os cuidados co$ a nutri&o de pri$'paras é de alta relevncia para $a/i$iza&o da e"ici*ncia reprodutiva, pois essa cate+oria te$ e/i+*ncias de cresci$ento e lacta&o 1untas, sendo assi$ as $elores pasta+ens ou es%ue$a especial de suple$enta&o pode$ ser utilizados. 3es$o co$ al+uns inconvenientes co$o os custos de i$planta&o do processo e capacita&o de $&o-de-obra especializada e di"iculdade de detec&o correta dos cios, a inse$ina&o arti"icial é u$a técnica bastante di"undida o1e no pa's. Essa tecnolo+ia proporciona ao produtor a oportunidade de $elorar o dese$peno produtivo do rebano, $ediante a utiliza&o de s*$en de reprodutores co$ alto potencial. O cio pode durar 2< ou 8 oras, poré$ o per'odo e$ %ue a vaca aceita o touro +eral$ente n&o ultrapassa !2 oras. As vacas +eral$ente $odi"ica$ seu co$porta$ento %uando est&o e$ cio, torna$-se $ais e/citadas, $onta$ nas outras vacas e ta$bé$ se dei/a$ $ontar, os l#bios da vulva "ica$ u$edecidos e ocorre u$a li+eira descar+a de $uco va+inal. A detec&o do cio é u$ dos principais proble$as para o processo reprodutivo, tanto pela $onto controlada co$o pela inse$ina&o arti"icial, principal$ente devido ao curto per'odo de dura&o do cio. Assi$ para %ue ocorra o $'ni$o de erros poss'vel o ca$peiro, %ue ir# realizar o trabalo de detec&o do cio, deve estar abituado co$ os sinais de cio e deve realizar essa observa&o durante o $aior nS$ero de oras poss'vel, no per'odo da $an& e da tarde, para %ue nenu$a vaca escape > observa&o e dei/e de ser inse$inada. @ara "acilitar o trabalo e au$entar o nS$ero de vacas no cio, pode ser utilizado ru"iLes ou vacas andro+enizadas, co$ bural $arcador. As biotecnolo+ias aplicadas > reprodu&o ani$al, co$o inse$ina&o arti"icial, associadas a u$ $ane1o ade%uado do rebano, t*$ sido i$ple$entadas por técnicos e produtores, 3
visando au$entar a %ualidade e a %uantidade de bezerros +enética e "enotipica$ente superiores. Co$ a evolu&o e o estabeleci$ento da técnica de =A, os proble$as, co$o detec&o de cios, bai/o nS$ero de ani$ais inse$inados e principal$ente a necessidade de $&o de obra e$ te$po inte+ral, conduzira$ > busca por alternativas de contorn#-los, se$ co$pro$eter os 'ndices reprodutivos. Assi$, sur+ira$ as técnicas de sincroniza&o de cios e da ovula&o %ue per$ite$ a realiza&o da inse$ina&o arti"icial e$ te$po "i/o 5=A)F7 e possibilita$ inse$inar u$ +rande nS$ero de ani$ais 5até < inse$inaLesdia7 no $o$ento $ais apropriado aos técnicos e produtores, se$ a necessidade de observar os cios ou $es$o de possuir $&o-de-obra %uali"icada dotada de $ateriais b#sicos > técnica da =A. Entretanto, so$ente os técnicos capacitados, co$o os veterin#rios, det*$ o coneci$ento da biolo+ia reprodutiva nas di"erentes raas de bovinos e, portanto, pode$ preconizar co$ consci*ncia e se+urana os pro+ra$as %ue $a/i$ize$ a e"ici*ncia co$ o $'ni$o de risco aos 'ndices reprodutivos. Basica$ente, e/iste$ dois $eios para o controle do ciclo estral e$ bovinos. O pri$eiro utiliza produtos > base de prosta+landina 5HutalUse, =liren, Ciosin etc.7, para induzir a re+ress&o pre$atura do corpo lSteo 5lute;lise7. Co$o s&o l'%uidos, a via de aplica&o é intra$uscular. 4o entanto, esses produtos s&o e"icientes co$o a+entes sincronizadores apenas %uando utilizados e$ ani$ais %ue 1# este1a$ $ani"estando ciclos estrais re+ulares. 4o +eral, os ani$ais tratados $ani"esta$ o cio de <9 a ?2 oras ap;s a aplica&o do produto, %uando tratados entre o 8g e o !9g dia do ciclo. O se+undo $eio de controle consiste na aplica&o de co$postos > base de pro+esterona 5IUncro-3ate-B, C=D, @=D, CEI)A etc.7 para supri$ir o cio e a ovula&o até %ue os corpos lSteos de todos os ani$ais tena$ re+redido. Eles s&o i$plantes subcutneos aplicados na orela ou pess#rios intrava+inais, %ue per$anece$ no ani$al por deter$inado per'odo. Ap;s esse per'odo, +eral$ente ao redor de nove dias, o i$plante ou pess#rio intrava+inal é re$ovido e a $ani"esta&o dos cios ocorre de 8 a <9 oras. @ara os dois $eios de controle, reco$enda-se %ue a inse$ina&o se1a e"etuada de acordo co$ a $ani"esta&o do cio Considerando %ue o protocolo de =A)F custa e$ torno de Y <:,vaca 5Y 2, dos or$Knios Y !:, do s*$en Y !, dos servios zootecnistaveterin#rio7, ser# apresentado, a se+uir, u$ c#lculo b#sico do custo-bene"'cio associado ao uso de biotécnicas de reprodu&o assistida e$ rebanos co$erciais de corte. Ao se considerar %ue, e$ $édia, :6 das "*$eas se torna$ +estantes > =A)F, poder-se-ia pensar e$ reduzir pela $etade o nS$ero de touros de repasse. Entretanto, deve ser levado e$ 3
conta ta$bé$ %ue # alta ta/a de indu&o de cios natural$ente sincronizados nas "*$eas %ue continuara$ vazias ap;s o protocolo de =A)F. Esta ressincroniza&o natural de cios ocorre e$ torno de ! a 2 dias ap;s a =A)F e, por isso, a introdu&o de touros e$ u$a $enor propor&o utilizando u$a rela&o tourovaca superior a !( poder# reduzir a "ertiliza&o das "*$eas pela $onta natural, principal$ente no repasse deste pri$eiro cio de retorno. Ao se considerar %ue, e$ $édia, :6 das "*$eas se torna$ +estantes > =A)F, poder-se-ia pensar e$ reduzir pela $etade o nS$ero de touros de repasse. Entretanto, deve ser levado e$ conta ta$bé$ %ue # alta ta/a de indu&o de cios natural$ente sincronizados nas "*$eas %ue continuara$ vazias ap;s o protocolo de =A)F. Esta ressincroniza&o natural de cios ocorre e$ torno de ! a 2 dias ap;s a =A)F e, por isso, a introdu&o de touros e$ u$a $enor propor&o utilizando u$a rela&o tourovaca superior a !( poder# reduzir a "ertiliza&o das "*$eas pela $onta natural, principal$ente no repasse deste pri$eiro cio de retorno. @ara %ue os ob1etivos da esta&o de $onta se1a$ atin+idos, é necess#rio %ue a condi&o corporal das $atrizes se1a $onitorada. O escore de condi&o corporal é u$a escala de valores e$ critérios sub1etivos %ue se constitui e$ "erra$enta para $onitorar as reservas ener+éticas, principal$ente de tecido adiposo de vacas de corte. O escore de condi&o corporal de $atrizes para carne varia de ! a 5)abela !27.
A condi&o corporal é $ais e"iciente %ue a avalia&o do peso vivo das $atrizes pelo "ato de levar e$ considera&o o acS$ulo de reservas corporais das %uais a "*$ea dispLe para $obilizar durante a "ase de aleita$ento. A reco$enda&o é %ue o rebano de $atrizes tena$ e$ $édia : a ? pontos de escore de condi&o corporal ao parto. O dia+nostico de +esta&o é de +rande i$portncia para a $eloria da e"ici*ncia reprodutiva do rebano, devido a identi"ica&o precoce das $atrizes %ue n&o est&o prenes no rebano. O $étodo %ue se utiliza nesse caso é o de apalpa&o retal, nor$al$ente realizado a partir dos <: a 8 dias ou na des$a$a 5"acilitando o $ane1o7.
)abela !2 R Escore corporal para +ado de corte Escore de Condi&o Corporal !
Descri&o 9ebilitada: A vaca est# e/tre$a$ente $a+ra, se$ nenu$a +ordura detect#vel sobre os
34
processos vertebrais espinosos e transversos, sobre os ossos da bacia e costelas. A inser&o da cauda e as costelas est&o bastante proe$inentes. 2
Pobre: A vaca ainda est# $uito $a+ra, $as a inser&o da cauda e as costelas est&o $enos pro1etadas. Os processos espinosos continua$, $as 1# se nota al+u$a cobertura de tecido sobre a coluna vertebral.
8agra: As costelas ainda est&o individual$ente percept'veis, $as n&o t&o a+udas ao
<
to%ue. E/iste +ordura obvia$ente palp#vel sobre a espina e sobre a inser&o da cauda e al+u$a cobertura sobre os ossos da bacia. i,ite: =ndividual$ente as costelas n&o s&o $ais t&o ;bvias. Os processos espinosos pode$ ser identi"icados co$ u$ to%ue, $as percebe-se %ue est&o $ais arredondados. E/iste u$ pouco de +ordura sobre as costelas, processos transversos e ossos da bacia.
:
8oderada: @ossui boa apar*ncia +eral. palpa&o a +ordura sobre as costelas parece espon1osa e as #reas nos dois lados da inser&o da cauda apresenta$ +ordura palp#vel.
8
8oderada Boa: V preciso aplicar press&o "ir$e sobre a espina para sentir os processos
espinosos. J# bastante +ordura palp#vel sobre as costelas e ao redor da inser&o da cauda. ?
Boa: A vaca te$ apar*ncia +orda e clara$ente carre+a u$a +rande %uantidade de
+ordura. Iobre as costelas sente-se u$a cobertura espon1osa evidente e ta$bé$ ao redor da inser&o da cauda. De "ato co$ea$ a aparecer \cintos\ e bolos de +ordura. N# se nota al+u$a +ordura ao redor da vulva e na virila. 9
;orda: A vaca est# $uito +orda. V %uase i$poss'vel palpar os processos espinosos. A
vaca possui +randes dep;sitos de +ordura sobre as costelas na inser&o de cauda e abai/o da vulva. Os \cintos\ e \bolos\ de +ordura s&o evidentes.
!#tre,a,ente gorda: A vaca est# evidente$ente obesa co$ a apar*ncia de u$ bloco.
Os \cintos\ e \bolos\ de +ordura est&o pro1etados. A estrutura ;ssea n&o est# $uito aparente e é di"'cil de senti-la. A $obilidade do ani$al est# co$pro$etida p elo e/cesso de +ordura.
Fonte( Dias 5!!7
=denti"icadas as "*$eas vazias, estas deve$ ser descartadas antes do inverno, pois ainda n&o perdera$ peso e esse descarte au$enta a disponibilidade de "orra+eiras para as "*$eas prenes. 4o entanto esse plano de descartes deve ser analisado co$ $uitos cuidado, pois o bai/o 'ndice de prenez pode estar relacionado co$ al+u$a restri&o ali$entar, co$ a "ertilidade dos touros ou $es$o co$ a incid*ncia de al+u$as doenas e n&o apenas co$ a "ertilidade das vacas. O produtor deve levar e$ conta na sele&o de $atrizes a produ&o do bezerro, descartando assi$ as vacas co$ pouca abilidade $aterna, %ue abandona$ suas crias ou des$a$a$ bezerros co$ bai/o peso. As vacas \a$o1adas\ 5pr;/i$as ao parto7 dever&o "icar e$ pi%uetes deno$inados $aternidade co$ a "inalidade de proporcionar assist*ncia ade%uada tanto >s "*$eas %uanto aos bezerros, %uando da pari&o, até %ue estes este1a$ e$ per"eitas condiLes 5sadio e "orte7.
)0
Outro aspecto i$portante é o a$biente para $aternidade, ou se1a, o local deve ser are1ado, be$ drenado, so$breado, pasto bai/o 5"acilidade a visualiza&o7, se$ +rotas 5ou co$ cercas e$ volta7, se$ acesso a rios ou represas, entre outras. Quanto aos pastos, reco$enda$-se "orra+eiras de #bito de cresci$ento prostrado, co$ boa densidade e $assa de "orra+e$ e, ta$bé$ resist*ncia a altas ta/as de lota&o te$por#rias. O +*nero Cynodon, te$ se $ostrado $uito e"icaz, $as apresenta$ co$o principal desvanta+e$ a
"or$a de plantio, via ve+etativa. O +*nero Brachiaria te$ sido o $ais utilizado, apresentando co$o vanta+ens, alé$ das anteriores, a "acilidade de i$planta&o e bai/o custo de $anuten&o, entretanto s&o conecidos por apresentare$ de $édio a bai/o valor nutritivo e, e$ al+u$as situaLes, proble$as de to/idez 5"otossenbiliza&o epat;+ena7. Forra+eiras dos +*neros Panicum e Andropogon apresenta$ co$o principal desvanta+e$ sua estrutura de cresci$ento, cespitoso, o %ual di"iculta a visualiza&o do bezerro recé$ nascido, alé$ de "acilitar a vaca esconder o bezerro. O estado nutricional da vaca no tero "inal da +esta&o é de su$a i$portncia, pois desta condi&o, vai depender u$ parto de "or$a sadia e "#cil, co$ bastante leite ao bezerro, e u$a r#pida recupera&o uterina, reduzindo, conse%0ente$ente o te$po de retorno ao pri$eiro cio "értil no p;s-parto. A reposi&o da condi&o corporal de ani$ais $al nutridos, por ocasi&o do parto, alé$ de ser onerosa, au$enta o intervalo entre partos, di$inuindo a ta/a de prenes do rebano. G$ pouco antes de parir as vacas "ica$ in%uietas, para$ de co$er e +eral$ente se a"asta$ do rebano e$ busca de u$ local para o parto, anda$, ar%ueia$ as costas, anda$ e$ c'rculos, deita$ e levanta$. Este per'odo pode durar entre < e 2< oras. Co$ a ruptura da bolsa a vaca tende a per$anecer no local onde a bolsa estourou, la$bendo o "luido a$ni;tico. Tacas $uito +ordas ou $uito $a+ras apresenta$ $aior risco de proble$as de partoM as +ordas por apresentare$ contraLes $ais "racas e as $a+ras pode$ n&o ter a ener+ia necess#ria para o trabalo de parto. A $aioria das vacas %ue pare$ "acil$ente per$anece deitada até o nasci$ento do bezerro, "inalizando o parto ao se levantar, o %ue resulta no ro$pi$ento do cord&o u$bilical. @artos co$ as vacas e$ pé resultara$ e$ $aior ta/a de $ortalidade de bezerros 5!8,!67 e$ rela&o >s %ue parira$ deitadas 5<,267. O "ato de a vaca parir e$ pé pode estar relacionado >s causas a$bientais 5presena de c&es ou urubus no pasto7, > di"iculdade de parto 5bezerro "raco, $uito +rande, condi&o corporal n&o ade%uada da vaca7 e > ine/peri*ncia da vaca 5novilas7.
)1
O $aterneiro é a pessoa respons#vel pelo bo$ aco$pana$ento dos partos e dos pri$eiros dias de vida dos bezerros, portanto, deve estar atento a tudo %ue ocorre no pasto $aternidade, re+istrando todas as ocorr*ncias e buscando soluLes para os proble$as encontrados. @or e/e$plo, ao notar %ue u$a vaca est# de$orando $uito para parir, o $aterneiro deve avaliar a situa&o, a1udando-a no parto ou ca$ando o veterin#rio para "az*-lo. E$ condiLes nor$ais o parto te$ dura&o entre $inutos e < oras. A e/puls&o da placenta ocorre de < a : oras ap;s o parto, n&o devendo ultrapassar 2< oras, o %ue é indicativo de reten&o de placenta. E$ +eral a vaca in+ere a placenta. O ideal é %ue o bezerro $a$e pela pri$eira vez e$ até tr*s oras ap;s o parto. Este te$po é +eral$ente $aior e$ casos de novilas, %ue s&o $ais sens'veis ao estresse do parto e ine/perientes no cuidado co$ os "ilotes, resultando e$ $ovi$entos %ue di"iculta$ o acesso dos bezerros ao Sbere ou atos a+ressivos 5coices e cabeadas7 diri+idos aos $es$os. Peral$ente estes co$porta$entos ocorre$ nas pri$eiras oras ap;s o parto, di$inuindo ou cessando > $edida %ue se acostu$a$ co$ os bezerros. Caso necess#rio a1udar a vaca a parir, o $aterneiro deve ser se+uir as se+uintes reco$endaLes( - Conter a vaca co$ se+urana, prote+endo sua cabea e outras partes %ue "ica$ e$ contato direto co$ o c&o. - Gtilizar luvas descart#veis, %ue prote+e$ todo o brao 5luva de inse$ina&o7. - Havar be$ co$ #+ua e sab&o o posterior do ani$al, principal$ente a re+i&o do reto e vulva. - Gtilizar u$a solu&o desin"etante 5iodo, cloro, etc.7 na re+i&o posterior da $atriz, principal$ente pr;/i$o > vulva. - 4&o introduzir $ateriais cortantes dentro do Stero da vaca. - Caso se1a necess#rio a$arrar os $e$bros do bezerro para au/iliar a retirada, utilize para esse "i$ u$ $aterial li$po e desin"etado. - A retirada do bezerro deve ser "eita co$ cautela e se+urana. 4&o utilize "ora de$asiada. - Ap;s a retirada do bezerro, observe se o $es$o conse+ue respirar nor$al$ente e se necess#rio "or, retire as secreLes placent#rias da sua boca e narinas e "aa $ovi$entos cadenciados co$ as duas $&os co$pri$indo seu t;ra/. - Dei/e o bezerro e a $&e sozinos, $as "i%ue por perto para observar se a vaca conse+ue se levantar e se o bezerro vai conse+uir $a$ar.
)2
Assi$ %ue nasce o bezerro deve-se observar se ele $a$a o colostro da vaca nas pri$eiras 8 oras de vida, pois este colostro e essencial para a vida "utura do ani$al, caso isso n&o ocorra ou pela vaca ter o teto +rande ou pelo bezerro ser $uito "raco devese conter a vaca e a1udar a beber o colostro. Tacas co$ tetos +randes deve$ ser descartadas do plantel. O corte a 2 c$ do abdK$en e cura do u$bi+o co$ tintura de iodo a !6, duas vezes ao dia, nos pri$eiros tr*s dias de vida das crias reduz a $ortalidade e, conse%uente$ente, os pre1u'zos. A aplica&o ! $H de iver$ectina a !6 te$ sido pr#tica corri%ueira para evitar a biceira no u$bi+o. 4os casos e$ %ue ocorrer abandono ou troca de bezerros deve-se apro/i$ar a $&e de seu "ilo, $antendo-os 1untos e$ local tran%0ilo para %ue possa$ "or$ar os laos $aterno-"iliais. E$ dias "rios, principal$ente nos partos %ue ocorrera$ no in'cio da $an&, os bezerros "ica$ $ais lentos e, portanto, $ais su1eitos a atrasos ou "alas na pri$eira $a$ada. Aten&o especial deve ser dada aos bezerros %ue nascere$ sob essas condiLes, principal$ente e$ dias de cuva. Quando "or necess#rio deslocar vacas e bezerros a condu&o deve ser realizada de $aneira cal$a, ao passo, se$ +ritaria e a+ressLes. O $ane1o dos bezerros deve ser priorit#rio. 4&o dei/e de vistoriar os pastos $aternidades e de $ane1ar os bezerros e vacas recé$ paridas para realizar outro tipo de atividade da "azenda 5pesa+e$, vacina&o, etc.7. 4&o dei/e o bezerro separado da $&e por lon+os per'odos, a separa&o causa estresse. A conten&o do bezerro deve ser "eita de $aneira cal$a e +entil. Ap;s separ#-lo da $&e, o va%ueiro deve apear pr;/i$o ao bezerro, se+urando-o pela virila e pelo pescoo. O bezerro n&o deve ser brusca$ente 1o+ado ao c&o. Hevante-o u$ pouco do solo e utilize sua perna co$o apoio para desc*-lo ao c&o. A conten&o para $anter o bezerro deitado deve ser "eita se$ "ora e/a+erada. A des$a$a pode ser de"inida co$o a separa&o de"initiva do bezerro de sua $&e interro$pendo assi$ a a$a$enta&o e o estresse da lacta&o nas "*$eas. E$ +eral %uando as e/i+*ncias nutricionais do rebano s&o be$ atendidas, a des$a$a é "eita %uando os bezerros atin+e$ de 8 a 9 $eses de idade. Assi$ as vacas prenes a+ora co$ $enores e/i+*ncias nutricionais, poder&o suportar $elor o per'odo seco e ce+ar ao parto co$ boas condiLes corporais. @ortanto, o uso estraté+ico da des$a$a te$ co$o $eta principal o "orneci$ento das condiLes nutricionais necess#rias para a recupera&o do estado corporal das vacas prenez, se$ pre1udicar o desenvolvi$ento dos bezerros des$a$ados.
)3
A des$a$a precoce 5 - !2 dias7 é reco$endada para per'odos de escassez de "orra+e$. Iua "inalidade é reduzir o estresse da a$a$enta&o e os re%ueri$entos nutricionais da "*$ea 5principal$ente de novilas7, per$itindo %ue estas recupere$ seu estado corporal e $ani"este$ o cio. Entretanto, é necess#rio %ue esta pr#tica ocorra dentro da esta&o de $onta, possibilitando a reconcep&o i$ediata. Assi$ sendo, para a esta&o de $onta de nove$bro a 1aneiro, ocorreria$ duas des$a$as( e$ nove$bro e e$ 1aneiro. Apesar da reduzida in"lu*ncia do leite sobre o +ano de peso de bezerros ap;s o terceiro $*s de lacta&o, %uando estes 1# est&o pastando e ru$inando consideravel$ente, a des$a$a precoce pode pre1udicar o desenvolvi$ento da cria e até causar $ortes. @ara %ue n&o ocorra$ proble$as dessa natureza, a E3BA@A -Pado de Corte reco$enda( des$a$a de bezerros co$ peso superior a +M des$a$a e$ época ade%uada 5para o Brasil Central( nove$bro a 1aneiro7M pastos di"erenciados 5co$ alto valor nutritivo, pe%ueno porte e alta densidade7M suple$enta&o co$ ra&o concentrada até : - 8 $eses de idadeM uso de \creep-"eedin+\ na "ase pré-des$a$a. A des$a$a te$por#ria ou interro$pida constitui-se na re$o&o te$por#ria do bezerro da vaca, por u$ per'odo de <9 a ?2 oras, a partir de < dias ap;s o parto é técnica de "#cil ado&o e e$pre+ada para se $elorar a "ertilidade de rebanos de corte. Consiste e$ separar o bezerro. O e"eito da interrup&o te$por#ria da a$a$enta&o pro$ove o apareci$ento do cio, podendo au$entar a ta/a de concep&o das vacas e$ até 6. Entretanto, sua e"ic#cia depender# da condi&o corporal da "*$ea, por ocasi&o de sua utiliza&o. Ieu $aior e"eito e/iste %uando a condi&o corporal é re+ular, co$ "*$eas e$ re+i$e de +ano de peso. A des$a$a tradicional e$ +ado de corte deve ser "eito entre 8 e 9 $eses. E$ ocasiLes $uito especiais, este pode ser "eito $ais tardia$ente ou antecipado 5aconsel#vel co$ o uso de suple$enta&o ali$entar ao bezerro7, se$ causar pre1u'zo ao seu desenvolvi$ento. A idade de des$a$a vai depender, portanto, da disponibilidade de "orra+ens e suple$enta&o e da condi&o corporal da vaca. O in'cio da lacta&o 5onde # $aior e/i+*ncia nutricional7 deve coincidir co$ épocas de pasta+ens de boa %ualidade. A des$a$a deve acontecer no in'cio do per'odo seco, onde ocorre a redu&o das e/i+*ncias nutricionais das vacas. Deve-se dar pre"er*ncia ao des$a$e no "inal da esta&o das cuvas, in'cio da esta&o seca, %uando as pasta+ens s&o de $elor %ualidade. Desta "or$a co$ esta&o de $onta de Outubro4ove$bro a Naneiro, a des$a$a aconteceria entre NaneiroFevereiro a Abril3aio 5+eral$ente in'cio da seca7 do ano se+uinte. @ode n&o parecer esta ser a ))
$elor época, $as co$ a utiliza&o de pastos reservados eou suple$enta&o ali$entar aos bezerros, pode ocorrer a $anuten&o de peso e até $es$o al+u$ +ano durante o per'odo seco. A per$an*ncia de al+u$as vacas ca$adas \$adrinas\, 1unto ao lote de bezerros des$a$ados, é se$pre aconsel#vel. As "*$eas %ue perdere$ seus bezerros por doenas ou $es$o por acidentes deve$ ser, de pre"er*ncia, descartadas, pois assi$ estare$os au$entando a resist*ncia +enética ao a$biente e suas inte$péries. Da $es$a "or$a, os ani$ais co$ de"eito +rave 5+enéticos ou ad%uiridos7, co$o despi+$enta&o, bai/a repel*ncia a insetos, apru$os, cascos, etc., deve$ ser avaliados e eli$inados do rebano. Deve$os le$brar %ue, independente da "or$a de des$a$a, ocorre o estresse. O estresse é causado basica$ente pelo e"eito cu$ulativo dos co$ponentes e$ocional 5onde o lon+o te$po de prote&o e a"eto estabelece$ u$ v'nculo duradouro entre a cria e a $&e, e %ue a des$a$a interro$pe, +eral$ente, de "or$a brusca este conv'vio, de$orando a se a1ustar a nova situa&o7 e nutricional 5onde é privado do leite, +eral$ente pouco, $as é a base de sua ali$enta&o sendo de alta di+estibilidade7, e e$ se+uida, sub$etido a u$ pasto nor$al$ente a$adurecido, pobre e$ %ualidade e co$ reduzida di+estibilidade. Co$o conse%0*ncia do estresse de des$a$a, +eral$ente ocorre atraso no desenvolvi$ento, alé$ do ani$al "icar $ais suscet'vel a doenas e parasitoses. E$ criaLes e/tensivas, para identi"icar a idade dos ani$ais é co$u$ a utiliza&o da $arca a "o+o, da idade dos ani$ais, sendo a cara o local utilizado para o ano 5cari$bo do ano7. E$ outras situaLes a $arca&o é "eita no brao, onde e$ ci$a é $arcado o $*s e, lo+o abai/o, o ano de nasci$ento. 7.1 )denti"ica%o dos ani,ais
Deve ser "eita a identi"ica&o dos ani$ais 5a "o+o, tatua+e$, brincos, correntes, nitro+*nio l'%uido, eletronica$ente ou outro $étodo %ual%uer7 para %ue se possa ter controle de repetiLes de cio, data da prenez, prov#vel data do parto, observaLes %uando da =nse$ina&o Arti"icial, etc., tudo $uito be$ anotado e$ "icas. Estas "icas constitue$ e/celente instru$ento de sele&o, pois através delas identi"icare$os os ani$ais produtivos e i$produtivos. A in"or$#tica pode au$entar a rapidez e e"ici*ncia dos processos de $ane1o e ad$inistra&o. A tatua+e$ é u$ $étodo de identi"ica&o per$anente e de "#cil realiza&o. Iua principal li$ita&o é a di"iculdade para visualiza&o do c;di+o, sendo necess#ria a conten&o dos )*
ani$ais para %ue a leitura se1a "eita co$ a precis&o e a se+urana necess#rias para u$ bo$ trabalo. E$ +eral, este tipo de identi"ica&o é aplicado nos pri$eiros dias de vida do bezerro, co$binando-a, posterior$ente, co$ outro $étodo, $ais "#cil de visualizar, e$ +eral co$ os brincos ou co$ a $arca&o a "o+o. A utiliza&o de brincos para a identi"ica&o ani$al é bastante co$u$, especial$ente por ser u$ $étodo de "#cil aplica&o e de boa visibilidade. Co$o para os de$ais $étodos de identi"ica&o, é preciso %ue os procedi$entos para a aplica&o dos brincos se1a$ realizados de "or$a correta e se+ura, $ini$izando os riscos de acidentes e de "alas no processo. O principal ponto cr'tico da utiliza&o de brincos é a "ala na reten&o, resultando na perda da identi"ica&o dos ani$ais. J# dois "atores principais %ue au$enta$ os riscos de perdas de brincos( produtos de bai/a %ualidade e "alas nos procedi$entos de aplica&o. Quando s&o utilizados brincos de boa %ualidade, co$ a ado&o de procedi$entos corretos para sua aplica&o, espera-se u$a reten&o de, pelo $enos, ?6 dos brincos aplicados ao ano. J# $uita varia&o de %ualidade nos brincos dispon'veis no $ercado. Assi$, no $o$ento da co$pra dos brincos para identi"icar seus ani$ais, escola os de $elor %ualidade, %ue deve$ apresentar as se+uintes caracter'sticas( j Fle/ibilidade. j Pirare$ livre$ente na orela do ani$al. j Espaa$ento ade%uado 59 $$7 entre as partes “$aco” e “"*$ea” do brinco, +arantindo boa aera&o no local da aplica&o. j For$ato %ue di$inua o risco de enroscar e$ cercas e arbustos. j esist*ncia > radia&o solar. j 4S$eros ou letras co$ boa i$press&o, %ue n&o apa+ue$ co$ o te$po. O brinco deve ser posicionado na parte central da orela e entre as duas nervuras principais, o"erecendo boas condiLes de reten&o e de visualiza&o. @ara de"inir o local correto da aplica&o, considere os dois pontos e/tre$os da orela do ani$al, localizados na borda superior e na in"erior, co$o indicado na "i+ura abai/o. )race u$a lina i$a+in#ria entre esses dois pontos e encontre nessa lina a posi&o central entre as duas nervuras principais 5e$ posi&o orizontal na orela dos ani$ais7. @ara a aplica&o do brinco, $antena o alicate e$ posi&o vertical 5e$ pé7 e$ rela&o ao solo, "azendo assi$ ser# poss'vel aplic#-lo no local correto da orela. Quando se utiliza o alicate aplicador na
),
posi&o orizontal 5deitado7, especial$ente e$ zebu'nos adultos, o brinco é aplicado na ponta e n&o no $eio da orela. @ara reduzir os riscos de in"ecLes, in"la$aLes e instala&o de bi/eiras, apli%ue os brincos co$ $uito cuidado e i+iene. 4&o trabale co$ e%uipa$entos e brincos su1os de barro, "ezes ou poeira. Gtilize pastas repelentes de $oscas 5un+uento7 nas bases de a$bas as partes 5“$aco e "*$ea”7 dos brincos, $antendo u$a ca$ada desse produto entre o brinco e a orela do ani$al. Co$ isto esperasse reduzir a presena de $oscas na #rea lesionada. E$ situaLes de e/tre$o risco de in"esta&o, %uando a "re%u*ncia de apareci$ento de biceiras é alta, $es$o co$ a ado&o dos cuidados para evit#-las, é reco$endado "azer "uros nas orelas dos bezerros, aproveitando o $o$ento do $ane1o de cura do u$bi+o. Estes "uros deve$ ser "eitos e/ata$ente nos locais onde ser&o aplicados os brincos. @ara isso, utilize u$ "urador 5%ue 1# se encontra dispon'vel no $ercado7 ou $es$o u$ vazador de couro. O "urador deve estar li$po, se$ "erru+e$, be$ a"iado e se$ de"or$aLes na #rea de corte. O ta$ano do "uro é $uito i$portante, use "uradores co$ 8 $$ de di$etro. Furos $enores %ue : $$ "eca$, devido > cicatriza&o, e os "uros $aiores 5co$ ? $$ ou $ais7 au$enta$ os riscos de perdas de brincos, pois co$ o cresci$ento dos bezerros, eles au$enta$ de ta$ano. Os brincos ser&o colocados $ais tarde, ap;s a co$pleta cicatriza&o dos "uros, de pre"er*ncia aproveitando u$ dos $ane1os de rotina, co$o na vacina&o ou na des$a$a, por e/e$plo. V necess#rio realizar inspeLes peri;dicas para $onitorar eventuais proble$as e to$ar aLes para resolv*-los o %uanto antes. As inspeLes deve$ ser "re%uentes nos pri$eiros !: dias ap;s a aplica&o dos brincos 5se poss'vel diaria$ente7 e ta$bé$ %uando # $aior risco de in"esta&o 5%uando "az $uito calor e a u$idade do ar é alta, e$ locais co$ alta ocorr*ncia de $oscas e %uando o brinco "or aplicado $uito pr;/i$o > cabea do ani$al7. A $arca&o a "o+o é o $étodo $ais co$u$ para a identi"ica&o de bovinos, sendo usado para identi"icar a raa, o propriet#rio do ani$al, o indiv'duo e ta$bé$ a realiza&o de certas pr#ticas de $ane1o, co$o no caso da vacina&o de brucelose, por e/e$plo. Quando be$ "eita, a $arca a "o+o é per$anente e de "#cil visualiza&o. Entretanto, é u$ $étodo %ue traz risco para os ani$ais, podendo, %uando $al "eito, causar lesLes +raves por %uei$adura, resultando e$ dor e so"ri$ento intensos. eco$enda-se %ue os "erros de $arcar tena$ 9 c$ de di$etro, n&o ultrapassando !! c$. Deve$ possuir cantos )
arredondados e ter o seu deseno se+$entado, co$ cortes na $arca, principal$ente nas curvas e cantos. A $arca&o a "o+o deve ser realizada e$ locais de "#cil visualiza&o e de $enor i$pacto para o ani$al, ou se1a, as #reas de $enor sensibilidade > dor. O "erro deve ser $arcado nos $e$bros anteriores ou posteriores abai/o da lina do ventre. As $arcas de re+istro +eneal;+ico e de vacina&o de brucelose s&o +eral$ente aplicadas na cara dos ani$ais. 4&o realize a $arca&o a "o+o e$ dias de cuva, ne$ e$ ani$ais co$ os pelos $olados ou su1os de la$a ou e/cre$entos. Quando o "erro %uente é aplicado sobre o pelo S$ido ou su1o ele perde calor rapida$ente, o %ue di"iculta a $arca&o, dei/ando a $arca borrada ou sendo necess#rio repetir a aplica&o do "erro %uente sobre o corpo do ani$al. Aten&o especial deve ser dada >s "*$eas, pois %uando estressadas ela urina$ $ais e co$ isto $ola$ as caudas, %ue, ao sere$ a+itadas, $ola$ ta$bé$ as pernas traseiras, +eral$ente no local onde a $arca&o a "o+o ser# "eita. @ara u$ trabalo $ais se+uro, ap;s conter o ani$al no tronco, co$ a utiliza&o da pescoceira e vazieira 5ou parede $;vel, dependendo do tipo de tronco de conten&o utilizado7, dobre a base da cauda do ani$al para ci$a e para "rente, "or$ando u$ arco. Fazendo isto voc* ter# u$a i$obiliza&o $ais e"etiva do ani$al. =sto ocorre por%ue, ao dobrar a cauda, e/erce$os u$a certa press&o sobre u$ "ei/e de nervos %ue controla os $ovi$entos dos $e$bros posteriores, reduzindo sua $ovi$enta&o. Cuidado, n&o "aa "ora e/cessiva e ne$ tora a cauda do ani$al, pois isto causa dor e, e$ casos e/tre$os, pode levar a u$a "ratura.
<.0 8anejo sanitrio
O
$an $ane1o san sanit# it#rio rio
con consist siste e
nu$
con1un n1unto to de ativ ativid ida ades des
vete veteri rin# n#ri rias as
re+u re+ula lar$ r$en ente te plan plane1 e1ad adas as e dire direci cion onad adas as para para a prev preven en& &o o e $anu $anute ten n&o &o da saSde
dos
rebanos.
Quando
se
ob1etiva
prevenir
a
a&o
dos
a+entes
pato pato+* +*ni nico coss sobr sobre e os ani$ ani$ai ais, s, util utiliz izaa-se se as $edi $edida dass de i+i i+ien ene e e de pro" pro"ilila/ a/ia ia san sanit# it#ria ria
5li$ 5li$pe pezza
e
i+ie i+ieni niza za&o
das
ins instala talaLes Les
zooté ootécn cnic icas as,,
desi desin n"ec "ec&o &o
u$bi u$bilic lical al do recé recé$$-na nasc scid ido, o, in+e in+est st&o &o prec precoc oce e do colos colostr tro7 o7.. @or @or sua sua vez, vez, %uan %uando do se pret preten ende de $ante anterr os ani$ ni$ais ais aptos tos a res resisti istirr > a&o a&o dos pat;+ at;+en enos os,, s&o s&o util utiliz izad adas as as $edi $edida dass de pro" pro"ilila/ a/ia ia $édi $édica ca 5vac 5vacin ina a&o &o,, ver$ ver$i"i"u+ u+a a&o &o e ban bano o carrapaticida7.
)
A ado&o de $edidas pro"il#ticas, co$o %uarentena para ani$ais de "ora, isola$ento de ani$ais doentes, vacinaLes, cura de u$bi+o, i+iene, destrui&o de carcaas pode$ prevenir as doenas e reduzir os custos co$ despesas sanit#rias. <.1 =acina%&es
4o Bras Brasilil e/is e/iste te$ $ v#ri v#rios os tipo tiposs de vaci vacina nass para para uso uso e$ bovi bovino noss de cort corte, e, send sendo o al+u$as contra en"er$idades causadas por v'rus, bactérias e protozo#rios. E/is E/iste te$ $ vaci vacina nass reco reco$e $end ndad adas as para para uso uso roti rotine neiro iro 5)ab 5)abel ela a !7 !7 e as util utiliz izad adas as e$ cond condi iLe Less espe espec' c'"i"ica cass 5)ab 5)abel ela a !<7. !<7. A$bo A$boss os tipo tiposs t*$ t*$ dose dose e vias vias de apli aplica ca& &o o pr;prias
e
te$po
de
dura&o
da
i$unidade
di"erenciados.
O
te$po
de
i$unidade de"ine o per'odo para revacina&o. As vacinas de uso rotineiro s&o a%uelas pro+ra$adas para controlar as doenas sabida$ente e/istentes na re+i&o onde os ani$ais est&o sendo criados. @or outro lado, as utilizadas e$ condiLes espec'"icas s&o a%uelas necess#rias so$ente %uando "or detectada a possibilidade de ocorr*ncia das doenas no local de cria&o. A utiliza&o das vacinas varia con"or$e a cate+oria ani$al e/istente no rebano 5)abela 5)abela !:7, u$as s&o alta$ente reco$endadas para u$a deter$inada cate+oria ani$al, outras n&o. A ocorr*ncia da doena, $es$o e$ ani$al vacinado, pode acontecer por causa da conserva&o inade%uada da vacina, uso de doses $enores %ue a preconizada, vacina de $# %ualidade ou %uando o ani$al é in"ectado ainda no “per'odo ne+ativo” da vacina, ou se1a, no per'odo e$ %ue o n'vel de prote&o "or$ado "or$ado pela vacina vacina ainda n&o é su"iciente su"iciente para i$pedir %ue o ani$al adoea.
)abela ! - Tacinas reco$endadas para uso rotineiro. =acina > +igla
9ose>=ia de de a$ a$lica%o
9ura%o de de i, i,unidade
Clostridiose 5C7 Febre a"tosa 5FA7 Brucelose 5Br7
2$l subcutnea :$l subcutnea 2$l subcutnea
!2 $eses 8 $eses ?2 $eses
Fonte( JO33A et al. 5287
)4
)abela !< - Tacinas reco$endadas para uso e$ condiLes espec'"icas. =acina > +igla
9ose> =ia de a$lica%o
9ura%o da i,unidade
Contra botulis$o 5Bo7 Contra raiva 5a7 Contra ceratocon1utivite 5Ce7 Contra +an+rena +asosa 5PP7 Contra carbSnculo e$#tico 5CJ7 Contra leptospirose 5He7 Contra pasteurelose 5@a7
: $l subcutnea 2 $l intra$uscular 2 $l subcutnea 2 $l subcutnea ! $l subcutnea 2 $l subcutnea 2 $l subcutnea
!2 $eses !2 $eses $eses !2 $eses !2 $eses !2 $eses 8 $eses
Fonte( JO33A et al. 5287
Tanto as (acina$7es s!bc!t6neas como as intram!sc!lares &odem ser e'et!adas no &esco$o do animal t:b!a do &esco$o e todos os c!idados de hiiene de(em ser tomados com o animal a!lhas e serinas.
)abela !: - Gtiliza&o das vacinas con"or$e a cate+oria ani$al. ategoria ani,al =acina +igla@
C Fa Br CJ DTB B= Bo a Ce PP He @a ^ ] bezzeras
e$rodutor
=aca
Be/erro
^
Período egativo 9ias@
Fonte( JO33A et al. 5287
ebre A"tosa vacina obrigatria@
A+ente Etiol;+ico( cepas cepas de v'rus sendo( A, , C, os $ais co$uns Iinto$atolo+ia( Febre, a"ta 5"eridas7 na boca, intensa saliva&o e "rieiras, $astitesM @ro"ila/ia( Tacinar Tacinar os ani$ais aci$a de %uatro $eses de idade de acordo co$ a ca$pana o"icial nos $eses de $aro e sete$bro. Brucelose =acina obrigatria@
*0
! !2 !: 9 ? 2 !< 8 !2 !< ! 2!
A+ente Etiol;+ico( Brucella abortus 5bactéria7. De"ini&o( doena in"ecto-conta+iosa, causando aborto na vaca, reten&o da placenta e esterilidadeM é trans$iss'vel ao o$e$. Iinto$atolo+ia( causa aborto nas vacas no "inal da +esta&o 5apro/i$ada$ente no 9 $*s7, apresentando i$unidade, ou se1a, a vaca aborta na pri$eira vez, $as n&o aborta na Ie+unda vez. 4os touros, causa or%uite 5incao dos test'culos7, podendo levar a "ibrose dos $es$os. Dia+n;stico( prova de soroa+lutina&o( eli$ina&o dos ani$ais positivos. @ro"ila/ia( Tacinar as bezerras entre < e 9 $eses de idade. Os ani$ais s&o $arcados co$ u$ \T\ na cara, utilizando-se de "erro %uente de acordo co$ a le+isla&o. arbúnculo +into,tico e ;angrena ;asosa
A+ente Etiol;+ico( Carb. Iinto$#tico( Clostridium chauvoei M Pan+rena Pasosa( Clostridium septicum 5bactérias7.
Iinto$atolo+ia( @este da $an+ueira, in"la$a&o dos $Ssculos, principal$ente os $e$bros posteriores, atacando co$u$ente entre os < a !2 $eses de idade. @ro"ila/ia( Tacina&o 5vacina polivalente7 aos < $eses de idade, co$ re"oro aos 9 $eses 1unto a des$a$a. arbúnculo 4e,tico
A+ente Etiol;+ico( Bacillus anthracis 5bactéria7. Iinto$atolo+ia( Je$orra+ias nas aberturas naturais. @ro"ila/ia( Tacina&o de todo rebano nas re+iLes de incid*ncia, u$a vez por ano. aiva
A+ente Etiol;+ico( T'rus 4eurotr;pico 5Bastonete7. Iinto$atolo+ia( @aralisia enzo;tica do tre$ posterior. @ro"ila/ia( Tacina&o de todo rebano nas re+iLes de incid*ncia de $orce+o e$at;"a+o. =nicia-se a vacina&o entre e 8 $eses co$ re"oro co$ u$ ano. E$ se+uida, anual$ente. Botulis,o ou doen%a da vaca caída
A+ente Etiol;+ico( Clostridium botulinum Iinto$atolo+ia( Di"iculdade de loco$o&o, de+luti&o, $asti+a&o, l'n+ua "ora da boca, e %uando s&o $antidos e$ pasta+ens de"icientes de ";s"oro e co$ inade%uada *1
suple$enta&o $ineral. 4&o # trata$ento espec'"ico e a $orte +eral$ente ocorre até ?2 oras ap;s o apareci$ento dos sinto$as. @ro"ila/ia( 3ineraliza&o ade%uada, %uei$a e enterrio das carcaas e vacina&o anual co$ vacina bivalente C e D, e$ re+iLes de ocorr*ncia. Parati"o Pneu,oenterite@
A+ente Etiol;+ico( Salmonella dublin 5bactéria7. Iinto$atolo+ia( Diarréia intensa 5cor a$arelo acinzentado7 "ebre e e$a+reci$ento. @ro"ila/ia( Tacinar a vaca no 9g $*s de +esta&o e o bezerro aos !: dias de idade. <.1.1 A vacina%o $asso a $asso 1- Antes de co$ear a vacina&o, dei/e tudo preparado. Heve as vacinas para o curral
dentro da cai/a tér$ica, leve ta$bé$ os e%uipa$entos necess#rios para a vacina&o e esteriliza&o das a+ulas. @ona tudo sobre u$a $esa e$ local se+uro e prote+ido do sol 5caso a vacina&o dure o dia todo, talvez se1a preciso $udar o local da cai/a no per'odo da tarde7. @repare as serin+as e a+ulas e pona #+ua para "erver. Carre+ue duas serin+as e colo%ue-as dentro da cai/a tér$ica e$ posi&o orizontal, até %ue a vacina&o tena in'cio. 2- eSna os ani$ais, levando-os ao brete ao passo, se$ +ritos e se$ co%ues 5repetir
este procedi$ento %uando "altare$ dois ani$ais para entrar no tronco de conten&o7. '- 4&o enca o brete a ponto de apertar os ani$ais, ta$pouco as $an+as 5os ani$ais
deve$ ocupar no $#/i$o $etade do espao da $an+a7. (- Quando estiver tudo pronto, conduza o pri$eiro ani$al ao tronco de conten&o.
Conduza u$ ani$al de cada vez e se$pre ao passo. *- Antes de conter o ani$al co$ a pescoceira, "ece a porteira da "rente do tronco de
conten&o. 6- Fece as porteiras se$ pancadas. 7- Contena o ani$al co$ a pescoceira, se$ +olpes e pre"erencial$ente %uando ele
estiver parado. <- Abra a porta 5ou 1anela7 i$ediata$ente atr#s da pescoceira 5use o lado %ue "or $ais
conveniente e con"ort#vel7 para aplicar a vacina. 4unca en"ie o brao por entre as travessas do tronco de conten&o. C- Apli%ue a vacina na t#bua do pescoo do ani$al. @ara aplica&o subcutnea, posicione
a serin+a na posi&o paralela ao pescoo do ani$al, pu/e o couro, introduza a a+ula e *2
apli%ue a vacina. @ara vacina intra$uscular, $antena a serin+a na posi&o perpendicular ao pescoo do ani$al, introduza a a+ula e in1ete a vacina. 10- Ap;s a aplica&o, "ece a porta 5ou 1anela7, solte a pescoceira e s; ent&o abra a
porteira de sa'da. 11- Iolte o ani$al 1# vacinado e contena o ani$al pr;/i$o. 12- O ideal é %ue o ani$al saia direto e$ u$a $an+a ou pi%uete co$ #+ua e so$bra e,
se poss'vel, %ue encontre ali u$a reco$pensa na "or$a de ali$ento. 1'- Quando a car+a da serin+a acabar, retire a a+ula, colo%ue-a na vasila co$ #+ua.
@e+ue u$a a+ula li$pa 51# seca e "ria7 e colo%ue-a na serin+a. Abastea a serin+a e colo%ue-a na cai/a tér$ica e$ posi&o orizontal. @e+ue a serin+a carre+ada %ue "icou e$ descanso na cai/a. Fece be$ a ta$pa da cai/a tér$ica. Este1a certo de %ue # +elo dentro da cai/a tér$ica, +arantindo a te$peratura correta 5até 9 gC7. 1(- @reste aten&o na #+ua de esteriliza&o. Ie estiver su1a, tro%ue-a e $antena se$pre
o n'vel correto 5n&o dei/e "icar bai/o, de te$po e$ te$po é preciso colocar $ais #+ua7. 1*- Ao "inal de u$ per'odo de trabalo, pona as a+ulas e$ #+ua "ervente por !:
$inutos. etire as a+ulas esterilizadas da vasila co$ #+ua "ervente, colocando-as sobre papel absorvente li$po e seco. Cubra co$ outra "ola de papel. 16- Ao "inal do trabalo, "aa o poss'vel para passar os ani$ais nova$ente pela serin+a,
brete e tronco de conten&o.
<.2 9oen%as da re$rodu%o <.2.1 Douros
Alé$ da estacionalidade da o"erta de pasta+e$, a ocorr*ncia de doenas da es"era reprodutiva, tais co$o brucelose, trico$onose, ca$pilobacteriose, leptospirose, rinotra%ue'te in"ecciosa 5=B7 e a diarréia viral bovina 5BTD7, pode ta$bé$ co$pro$eter o dese$peno reprodutivo do rebano de cria. 4esse aspecto, deve-se observar a i$portncia das doenas in"ecciosas de ori+ens bacteriana, vir;tica e parasit#rias %ue pode$ i$pedir a "ecunda&o, causar abortos ou produzir bezerros co$ peso in"erior > $édia. @ortanto, co$o prepara&o > preven&o dessas doenas, deve ser adotado u$ pro+ra$a de controle sanit#rio do rebano. Os e/a$es de brucelose, trico$onose e ca$pilobacteriose deve$ ser eleitos co$o os principais $eios de controle das doenas %ue in"lue$ a capacidade reprodutiva dos touros. 4o entanto, deve$ ta$bé$ ser le$brados outros processos in"ecciosos i$portantes, tais co$o( as doenas vir;ticas co$o =B e BTD. O controle dessas *3
doenas deve ser siste$#tico, pois a incid*ncia dessas reduz o potencial reprodutivo do rebano de cria. Os sinto$as cl#ssicos s&o o elevado nS$ero de vacas %ue retorna$ ao cio, processos de aborto e nasci$ento de bezerros "racos. A brucelose é u$a doena causada pela bactéria Brucela abortus e %uando ocorre no touro induz > sub"ertilidade ou in"ertilidade. O trata$ento do ani$al é de custo elevado, sendo reco$endado o descarte dos ani$ais positivos ao e/a$e sorol;+ico. A trico$onose é u$a doena conta+iosa, se/ual$ente trans$iss'vel, causada pelo )rico$onas "oetus, %ue pode ocasionar a $orte e$brion#ria precoce, co$ repeti&o de cio a intervalos irre+ulares, abortos, alé$ de in"ecLes ap;s a cobri&o. O touro é u$ "oco de in"ec&o i$portante, principal$ente os $ais velos, por alo1are$ o parasito nas l$inas prepuciais e, de "or$a +eral, se$ apresentar sinto$as cl'nicos evidentes. O controle pode ser "eito por trata$ento individual dos touros positivos, poré$ o custo é elevado. O descarte dos touros in"ectados, reconecidos por e/a$e laboratorial, co$o ta$bé$ dos touros $ais anti+os é u$a alternativa de controle. A ca$pilobacteriose é u$a doena causada pelo a+ente Ca$pUlobacter "etus venerealis, nor$al$ente trans$itido pelo touro conta$inado, no $o$ento da $onta. Essa bactéria pode causar in"ertilidade te$por#ria e $orte e$brion#ria precoce. Os touros positivos, identi"icados pelo e/a$e laboratorial, pode$ ser eli$inados do rebano e$ "un&o do dia+n;stico da situa&o. A rinotra%ue'te in"ecciosa bovina 5=B7 causada por u$ erpesv'rus tipo =, acarreta perdas econK$icas, co$o abortos e $orte de bezerros recé$-nascidos. Ap;s a in"ec&o, o v'rus se $anté$ no ani$al de "or$a latente e pode ser reativado periodica$ente ap;s estresse ou trata$ento co$ cortic;ides. Esses ani$ais serve$ de "onte de in"ec&o k secreLes nasal, ocular, va+inal e "etos abortados. A trans$iss&o pode ocorrer por $eio do coito e por s*$en con+elado. O controle é realizado pela avalia&o dos resultados do dia+n;stico laboratorial e o uso de vacina&o co$o "erra$enta de controle a partir desse dia+n;stico. A diarréia viral bovina é u$a doena causada por v'rus e trans$itida por via placent#ria eou contato direto entre os ani$ais, "ezes, "etos abortados. 4o caso dos touros, alé$ das secreLes +erais, co$o corri$ento nasal, saliva e urina, o s*$en ta$bé$ pode contribuir para a conta$ina&o das vacas durante a esta&o de $onta 5coito ou inse$ina&o7. A BTD provoca abortos, principal$ente durante os pri$eiros tr*s ou %uatro $eses de +esta&o, in"ertilidade, de"eitos con+*nitos e atraso no desenvolvi$ento dos ani$ais in"ectados. A diarréia aparece co$o sinto$a, +eral$ente e$ rebanos conta$inados, na "ai/a et#ria de seis $eses a u$ ano de idade. Os touros conta$inados pode$ ser eli$inados do rebano dependendo do dia+n;stico da situa&o. *)
<.2.2 =acas
As vacas, ao in'cio da esta&o de $onta, deve$ apresentar boa condi&o corporal, estar ciclando nor$al$ente e livres de doenas %ue co$pro$eta$ a "ertilidade. Alé$ disso, deve ser realizado o e/a$e "'sico do Sbere, para identi"icar a possibilidade de dis"un&o dos %uartos. A $astite bovina pode ser u$ proble$a no p;s-parto, di$inuindo a o"erta de leite para o bezerro, depreciando a %ualidade nutritiva deste e pela possibilidade de in"ectar o bezerro, co$ al+u$ a+ente in"eccioso. 4a $aioria das doenas da es"era reprodutiva, o sinto$a $ais co$u$ é a repeti&o de cio. 4o entanto, a ocorr*ncia de abortos ne$ se$pre é observada, principal$ente %uando ocorre no tero inicial da +esta&o, devido ao siste$a de $ane1o e a e/tens&o das pasta+ens. O ani$al conta$inado por brucelose libera a bactéria no leite, nas descar+as uterinas e no "eto, podendo conta$inar as pasta+ens e as a+uadas por v#rios $eses. Os principais sinto$as s&o a reten&o de placenta e os abortos 5nati$ortos7 no tero "inal da +esta&o. O controle da brucelose deve ser "eito por vacinas $inistradas e$ dose Snica, e$ "*$eas dos tr*s aos oito $eses de idade. Estas deve$ ser $arcadas co$ u$ “T”, no lado es%uerdo da cara, aco$panado do Slti$o d'+ito do ano de vacina&o. V i$portante le$brar %ue as vacas %ue v&o para a esta&o de reprodu&o 1# deve$ ter sido vacinadas contra brucelose no seu des$a$e, e %ue os $acos n&o deve$ receber a vacina. @ara o controle da doena é i$portante a realiza&o do e/a$e sorol;+ico, para a identi"ica&o e o descarte dos ani$ais positivos, paralelo > vacina&o das "*$eas na idade correta. )anto os ani$ais portadores co$o as vacinas pode$ conta$inar o operador durante o $ane1o. Dessa "or$a, deve-se ter todo o cuidado para se prote+er dessa doena, principal$ente durante a vacina&o e o $ane1o co$ as vacas recé$-paridas. A ca$pilobacteriose e a trico$onose pode$ causar a in"ertilidade te$por#ria e a $ortalidade e$brion#ria precoce. Os altos 'ndices de repeti&o de cio e de $ortalidade no tero inicial de +esta&o s&o indicaLes de %ue essas doenas pode$ estar presentes no rebano. De "or$a +eral, vacas e$ descanso reprodutivo, ap;s %uatro ciclos consecutivos, est&o livres dessas doenas. 4o entanto, as vacas conta$inadas deve$ ser eli$inadas devido ao te$po necess#rio a sua recupera&o. 4as re+iLes end*$icas pode ser reco$endada a vacina&o das "*$eas e$ "un&o do dia+n;stico da situa&o e siste$a de produ&o. O uso da inse$ina&o arti"icial pode ser u$a alternativa de controle dessas doenas no rebano. **
A =B e BTD ta$bé$ provoca$ abortos no tero inicial da +esta&o, alé$ de causar outros pre1u'zos, tais co$o( broncopneu$onia, ence"alite, con1untivite, perda de peso, in"ertilidade e de"eitos con+*nitos. Ap;s a in"ec&o, principal$ente no caso da =B, o v'rus se $anté$ no ani$al de "or$a latente e pode ser reativado periodica$ente ap;s o estresse ou trata$ento co$ cortic;ides. Esses ani$ais serve$ co$o "onte de in"ec&o através da secre&o nasal, ocular, va+inal e "etos abortados. 4o caso da BTD, a diarréia aparece co$o sinto$a +eral$ente e$ rebano n&o vacinado. A trans$iss&o ocorre nor$al$ente pelo contato direto entre portadores e ani$ais suscept'veis ou por via indireta, através da urina, secreLes oro-nasais, "ezes, "etos abortados e placenta, alé$ de s*$en "resco 5coito7 ou con+elado 5inse$ina&o7. O dia+n;stico laboratorial é $uito i$portante antes da vacina&o, para %ue se possa realizar u$ controle ade%uado do rebano, devido >s peculiaridades desses tipos de v'rus. <.2 ontrole de $arasitos <.2.1 !#ternos ecto$arasitos@ arra$ato
A+ente etiol;+ico( Boophilus microplus. Iinto$atolo+ia( =n"esta&o causando proble$as nas $ais diversas ordens. - A&o e$at;"a+a 5espoliadora7 e to/inasM - A+ente trans$issor da )risteza parasit#ria - Babesia sp. e Anaplasma sp. 5e$oplasitas - @rotozo#rios7 - "ebre elevada, inapet*ncia, para de ru$inar, lacri$e1a$ento, icter'cia e ane$iaM - Danos ao couro. @ro"ila/ia( Aplica&o de carrapaticidas de acordo co$ o +rau de in"esta&o e ou co$ intervalos de no $#/i$o 2! dias, co$ <-: H caldaani$al. Observar as reco$endaLes do "abricante. ealizar teste de resist*ncia. @ri$avera e ver&o apresenta$ $aiores ocorr*ncias. Berne
A+ente etiol;+ico( Dermatobia hominis Iinto$atolo+ia( as larvas se desenvolve$ na pele causando $i'aze "urunculosa, veri"icando-se n;dulos co$ ori"'cio na pele. @ro"ila/ia( aplica&o de bernicida de acordo co$ a in"esta&o. A aplica&o de antiparasit#rios de lar+o espectro apresenta controle de bernes. *,
8osca-de-c4i"res
A+ente etiol;+ico( Haematobia irritans Caracter'sticas( 3oscas de pe%ueno ta$ano, e$ bando, "ica$ de cabea-para-bai/o no dorso-lo$bo, pescoo, orelas e na base do ci"re do ani$al. Coloca$ ovos nas "ezes "rescas e é e$at;"a+a. Iinto$as R irritabilidade co$ as picadas, redu&o do consu$o e da produ&o. @ro"ila/ia( li$peza dos est#bulos, preserva&o e au$ento de besouros copr;"a+os e controle %u'$ico, e$pre+ados por di"erentes $étodos( i$ers&o e aspers&o, pour on e spot on, auto-aplicadores e ele$entos de dispers&o e/terna 5brincos7, utilizando-se produtos a base de piretr;ides e or+ano"os"orados. <.2.2 )nternos endo$arasitos@
=er,inose
A+ente etiol;+ico( Ter$es Pastrointestinais e @ul$onares 5el$intos - cestodeos, tre$at;deos e ne$at;deos7. Iinto$atolo+ia( e$a+reci$ento pro+ressivo, $ucosas p#lidas, ane$ias, p*los arrepiados e se$ brilo, lacri$e1a$ento constante, diarréia constante e abdK$en desenvolvidos, papeira e tosse. @ro"ila/ia( aplica&o de ver$'"u+os de a$plo espectro E$ ani$ais adultos( no caso de "*$eas, duas ver$i"u+aLes anuais, sendo u$a antes da pari&o e outra lo+o ap;s a pari&o. 4o caso de $acos, duas ver$i"u+aLes anuais, na pri$eira %uinzena de $aio e outubro. Ani$ais e$ cria( < vezes ao ano, pri$eira %uinzena de $aio, 1ulo, sete$bro e deze$bro. Ani$ais e$ aleita$ento( ide$ u$a vez por $*s ou pelo $enos a cada dois $eses. ealizar a rota&o do +rupo %u'$ico de anti-el$'ntico para evitar resist*ncia dos ver$es, ap;s a 8 aplica&o. ealizar testes coprol;+icos e ado&o de $edidas inte+radas de controle. C.0 esultado econE,ico da bovinocultura de corte
Gtilizando $odelo de si$ula&o bioeconK$ico de produ&o de bovinos de corte, "ora$ analisados %uatro e"eitos decorrentes da i$planta&o de per'odo de $onta 5@37 no siste$a de produ&o de bovinos de corte na "ase de cria. Os e"eitos "ora$( redu&o da ta/a de $ortalidade de bezerros de ! para <6 5e"eito A7M redu&o na rela&o touro(vaca *
de !(2: para !( 5e"eito B7M au$ento da ta/a de natalidade das vacas de 8: para ?:6 5e"eito C7M e redu&o na $&o-de-obra per$anente de va%ueiros 5e"eito D7 5Fi+ura 87. Através destes e"eitos "ora$ si$ulados cinco cen#rios. O au$ento percentual do valor presente l'%uido anual 5T@H7 calculado a partir da receita l'%uida, e da $ar+e$ bruta 53B7 anual, de toda atividade, e$ rela&o ao cen#rio se$ estabeleci$ento de @3 5cen#rio !7, ao "inal de seis anos de si$ulaLes, "ora$ esti$ados e$ ?,8< e ?,896M !2,! e !,9<6M 2:,8 e 2:,2:6M e , e !,!6, respectiva$ente. A i$ple$enta&o de @3 proporcionou $eloria substancial na econo$icidade e na e"ici*ncia biol;+ica do siste$a, sendo o au$ento da ta/a de natalidade o e"eito de $aior i$pacto positivo na atividade. Os e"eitos acu$ulados da i$planta&o de @3 au$entara$ a $ar+e$ bruta anual da atividade e$ !6.
Fi!ra , " Fl!@o de cai@a an!al receita " c!sto nos di'erentes cen:rios sim!lados. !7 cen#rio ! - se$ i$planta&o de @3M 27 cen#rio 2 - co$ estabeleci$ento de @3 e di$inui&o da $ortalidade de bezerrosM 7 cen#rio - co$ i$planta&o de @3, di$inui&o da $ortalidade de bezerros e di$inui&o da rela&o touro(vacaM <7 cen#rio < - co$ i$planta&o de @3, di$inui&o da $ortalidade de bezerros, di$inui&o da rela&o touro(vaca e au$ento da ta/a de natalidade das vacasM e :7 cen#rio : - co$ i$planta&o de @3, di$inui&o da $ortalidade de bezerros, di$inui&o da rela&o touro(vaca, au$ento da ta/a de natalidade das vacas e redu&o da $&o-de-obra per$anente.
A redu&o da idade de abate, conse+uida co$ o au$ento do +ano de peso di#rio, +era $uitos bene"'cios técnico-econK$icos, co$o au$ento da velocidade de +iro do capital e $eloria da %ualidade da carne. Ie+undo a E3BA@A Pado de Corte, o abate aos 28 $eses de idade, co$parado co$ siste$a cu1os ani$ais s&o abatidos aos <2 $eses, per$ite $eloria de indicadores "'sicos de produ&o e para indicadores econK$icos. A redu&o na idade de abate concorre para %ue o siste$a se torne $ais e"iciente e$ rela&o ao "ator terra. *
A an#lise econK$ica do siste$a de produ&o é "unda$ental para a continuidade do ne+;cio e a sobreviv*ncia do e$pres#rio no setor. Ao analisar u$ estudo de caso de con"ina$ento, veri"ica$os %ue a lucratividade "oi de 2,6 e a rentabilidade !,6 5)abela !87. @ela lucratividade pode-se co$parar co$ outros siste$as de produ&o de bovinos de corteM pela rentabilidade, co$ atividades di"erentes. Co$o e/e$plo cita-se a caderneta de poupana, %ue no per'odo de nove $eses obteve ta/a real de 1uros de <,:6, isto é, a atividade estudada "oi $elor ne+;cio para o pecuarista. Esse percentual "oi utilizado na re$unera&o do capital investido. TABELA 1, " An:lise da rentabilidade da termina$%o e bo(inos de corte em con'inamento
Fonte( HO@EI e 3APAHJEI 52:7
C.1 )ntegra%o agricultura F $ecuria
*4
A associa&o a+ricultura - pecu#ria é u$a alternativa para a recupera&o de pasta+ens de+radadas, tanto do ponto de vista da sustentabilidade do siste$a, be$ co$o do ponto de vista econK$ico. O uso de arroz, $ilo, sor+o, $ileto, aveia, etc, na recupera&o de pasta+ens, pode ser "eito das se+uintes $aneiras( -
se$eadura con1unta, na %ual a pasta+e$ é se$eada si$ultanea$ente co$ a cultura
anual - é interessante por aproveitar o adubo residual e ap;s a coleita se obter a pasta+e$ renovadaM eou -
rota&o de culturas R e$ siste$a de plantio direto ocorre o aproveita$ento da boa
%uantidade de $assa seca "ornecida pelas plantas "orra+eiras para palada. 3uitos produtores t*$ utilizado o $ileto, aveia, sor+o, capi$-bra%ui#ria para paste1o e$ rota&o de culturas +ran'"eras anuais, co$o a so1a e o $ilo. V i$portante le$brar %ue na rota&o da pasta+e$ e lavoura de +r&os e$ siste$a de plantio direto, a cobertura de pala 5a %uantidade, a uni"or$idade de distribui&o e a per$an*ncia sobre o solo7, o #bito de cresci$ento da planta "orra+eira e a "ertilidade ade%uada do solo s&o "unda$entais. A inte+ra&o a+ricultura R pecu#ria te$ sido estudada pela E3BA@A %ue lanou o Iiste$a Barreir&o 5plantio con1unto7 e Ianta-Fé 5plantio direto7. Ao levantar al+uns par$etros a sere$ se+uidos para produ&o de carne e$ #rea de a+ricultura ou de +r&os e$ #rea de pasta+ens, pode-se listar os se+uintes aspectos( -
a possibilidade de arrenda$ento > produtores e/perientesM
-
a necessidade de recursos "inanceirosM
-
o do$'nio da tecnolo+ia re%uerida para a produ&oM
-
a necessidade de in"ra-estrutura $'ni$aM
-
assist*ncia técnica.
A utiliza&o de associa&o e$ rota&o de culturas +ran'"eras anuais e de "orra+eiras resulta e$ siste$a est#vel e interessante, principal$ente utilizando-se o plantio direto. A produtividade de +r&o e$ #reas de pasta+ens no pri$eiro ano de cultivo é, via de re+ra, $ais bai/a e os custos $ais elevados, tornando-se alta$ente rent#vel, est#vel e co$ as vanta+ens sobre as propriedades "'sicas e %u'$icas do solo %ue o plantio direto pode o"erecer, co$ sucessivos cultivos. A so1a, de ciclo precoce a $édio, e$ rota&o e associa&o co$ +ra$'neas 5$ileto, aveia e bra%ui#ria7, e$ siste$as de plantio direto, ve$ sendo a$pla$ente reco$endada para os cerrados alcanando resultados
,0
e/celentes tanto na produ&o de +r&os 58 sacasa7, %uanto na de carne 52 +aano7. Al+uns resultados da avalia&o econK$ica de técnicas de recupera&o de pasta+ens s&o apresentados na )abela !?. O capi$-bra%uiar&o e/clusivo "oi re"or$ado pelo $étodo tradicional. @asta+ens de B. humidcola e de B. humidcola $ais bra%ui#ria 5B. decumbens7 "ora$ os trata$entos teste$unas, os %uais n&o "ora$ recuperados. Os
$;dulos restantes corresponde$ a recupera&o pelo $étodo Barreir&o. 4a an#lise dos resultados pode-se observar %ue a e/plora&o ani$al e$ pasta+ens de+radadas é invi#vel. A recupera&o de pasta+e$ utilizando culturas anuais apresenta vanta+ens, e$ rela&o ao $étodo tradicional apenas utilizando a "orra+eira, devido a receita +erada pela coleita de +r&os, %ue cobre parte dos custos de "or$a&o da pasta+e$. )abela !? - A(alia$%o econCmica de técnicas de rec!&era$%o de &astaens média de * anos. 3;dulos
Custo do investi$ento total 5GIYarroba de carcaa7
Custo $édio de produ&o 5GIYarroba de carcaa7
ela&o bene"'ciocusto
2,2 !2,8! ,!!
!?,2< !8,8: !<,:!
!,2 !,? !,2<
!<,? !!,:?
!8,9! 2,:8
!,: ,?8
!!,
2<,!
,?<
3ilo Bra%uiar&o Arroz Bra%uiar&o Arroz Bra%uiar&o Calopo+Knio Bra%uiar&o B. humidicola B. humidicola Bra%ui#ria
Fonte( Adaptado de mooUa$a et al. 5!7
10. lassi"ica%o e ti$i"ica%o de carca%as bovinas
@ara classi"ica&o e tipi"ica&o de carcaas no Brasil é utilizado o Iiste$a 4acional de )ipi"ica&o de Carcaas Bovinas, re+ula$entado pela @ortaria 8!2 do 3inistério de A+ricultura, @ecu#ria e Abasteci$ento 53A@A7, publicada no Di#rio O"icial da uni&o 5D.O.G7 de ! de outubro de !9, %ue classi"ica e tipi"ica as carcaas de bovinos de acordo co$ as letras da palavra B--A-I-=-H 5BAI=H, !97. @ara cada letra desi+na-se u$ padr&o de %ualidade dos ani$ais e de con"or$a&o das respectivas carcaas, basica$ente, consiste e$ alocar as carcaas e$ cate+orias, se+undo caracter'sticas de se/o e $aturidade dos ani$ais, con"or$a&o, acaba$ento e peso das carcaas. O se/o é veri"icado através da observa&o dos caracteres se/uais. I&o estabelecidas as se+uintes cate+orias(
,1
! - 3aco 537M 2 - 3acos Castrado 5C7M - F*$ea 5F7. A $aturidade é veri"icada pela "ase "isiol;+ica de acordo co$ e/a$e da cronolo+ia dent#ria con"or$e apresentada na )abela !9 sobre a prov#vel idade e$ $eses e$ rela&o > erup&o dos dentes incisivos per$anentes, de"ine-se as se+uintes cate+orias( ! - Dente de leite 5d7( Ani$ais co$ apenas a ! denti&o, se$ %ueda das pinasM 2 - Dois dentes 52d7( ani$ais co$ até dois dentes de"initivos se$ %ueda dos pri$eiros $édios da pri$eira denti&oM - Quatro dentes 5
)abela !9 - Ddade a&ro@imada da er!&$%o dos dentes incisi(os &ermanentes. )ncisivos Per,anentes
2 < 8 9
)dade a$ro#i,ada da eru$%o ,eses@ Gebuínos Daurinos
2-2< -8 <2-<9 :2-8
!9-29 2<-! 2-< 8-:8
Fonte( IA=4X 52!7.
Dentes de leite
Fonte( FG4DE@EC 5!97
2 dentes
< dentes
8 dentes
A $édia da idade de abate dos bovinos no Brasil é elevada, ao redor dos < anos, devido ao siste$a de cria&o predo$inante, resultando e$ carcaas de ani$ais co$ elevado ,2
+rau de $aturidade, redu&o do +iro de capital do produtor e da di$inui&o da %ualidade da carne. A con"or$a&o e/pressa o desenvolvi$ento das $assas $usculares. Este par$etro é obtido pela veri"ica&o sub1etiva dos per"is $usculares, os %uais de"ine$ anato$ica$ente as re+iLes de u$a carcaa. O padr&o de avalia&o da con"or$a&o da carcaa é sub1etivo. As carcaas ser&o descritas co$o( - Carcaas conve/as - C - Carcaas subconve/as - Ic - Carcaas retil'neas - e - Carcaas sub-retil'neas - Ir - Carcaas cKncavas R Co
Co
Ir
e
Ic
C
A con"or$a&o é u$a avalia&o sub1etiva da e/press&o $uscular, levando e$ conta principal$ente a cobertura $uscular do traseiro, onde est&o localizados os cortes de $aior valor co$ercial. Carcaas co$ $elor con"or$a&o 5conve/a, subconve/a7 tende$ a ser pre"eridas pelos aou+ues e super$ercados, pois produze$ cortes co$ $elor apar*ncia, apresenta$ $enor propor&o de osso e $aior por&o co$est'vel. O acaba$ento e/pressa a distribui&o e a %uantidade de +ordura de cobertura da carcaa, sendo descrita pelos escores de ! a :( ! - 3a+ra( +ordura ausenteM 2 - Pordura escassa( ! a $$ de espessuraM - Pordura $ediana( aci$a de e até 8 $$ de espessuraM < - Pordura uni"or$e( aci$a de 8 e até ! $$ de espessuraM : - Pordura e/cessiva( aci$a de ! $$ de espessura.
,3
!
2
<
:
Fonte( FG4DE@EC 5!97
Dentre os "atores relacionados > %ualidade, os "atores raa, se/o, ali$enta&o e idade dos ani$ais ao abate inter"ere$ na deposi&o de +ordura de cobertura na carcaa. A indSstria "ri+or'"ica te$ co$o baliza a co$pra de ani$ais co$ pelo $enos $$ de +ordura subcutnea, para prote+er a super"'cie $uscular durante o processo de res"ria$ento e de conserva&o das carcaas. Observando-se a rela&o entre o +rau de acaba$ento das carcaas e a %ualidade da carne, veri"ica-se %ue a espessura de +ordura ! a $$ pode au$entar o 'ndice de %uebra ao res"ria$ento, pelo encurta$ento das "ibras co$ $enor te$peratura durante o res"ria$ento, ocorrendo $enor a&o +licos'dica $uscular, $aior pJ e pouca a&o da calpa'na, enzi$a respons#vel pela $aciez da carne, anta+onica$ente a calpastatina. O peso de carcaa re"ere-se ao peso %uente da carcaa obtido na sala de $atana, lo+o ap;s o abate. Os se+uintes li$ites $'ni$os s&o estabelecidos por tipo( B - 3aco 2! + - F*$ea !9 + - 3aco 22 + -F*$ea !9 + A - 3aco 2! + - F*$ea !9 + I - 3aco 22: + - F*$ea !9 + = - Ie$ especi"ica&o H - Ie$ especi"ica&o A $édia brasileira é de !<. Ie+undo esse autor, a intensi"ica&o do siste$a de produ&o, co$ investi$ento e$ pasta+ens, suple$enta&o e con"ina$ento, au$entaria o peso das carcaas para !8. O $ercado nacional nor$al$ente penaliza carcaas co$ $enos de !:, reduzindo até Y !,. E$ resu$o, unindo as classi"icaLes e os escores de cada ite$ avaliado, tipi"ica-se, tecnica$ente, a carcaa bovina no siste$a nacional 5B--A-I-=-H7 con"or$e descrito or+aniza&o ier#r%uica, se+uindo as letras da palavra B--A-I-=-H 5)abela !7. ,)
A tipi"ica&o de carcaas é u$a "erra$enta i$portante para todos os se+$entos da cadeia produtiva da carne bovina no Brasil 5insu$os-produtor-abate e processa$ento R distribui&o R atacado R vare1o R consu$idor7, au/iliando na de"ini&o do direciona$ento dos produtos aos di"erentes $ercados, proporcionando u$ au$ento da receita e direcionando o siste$a de produ&o para obten&o dos produtos dese1ados. )abela ! R Iiste$a 4acional de )ipi"ica&o de Carcaas Bovinas )ipo Ie/o 3aturidade Acaba$ento Con"or$a&o 5d.i.p.7 B
CeF
-<
2, e <
C, Ic e e
3 CeF
-8
2, e < 2, e <
C, Ic e e C, Ic, e e Ir
A
CeF
-8
!e:
C, Ic, e e Ir
I
3
!e:
C, Ic, e e Ir
CeF
-9
!-:
C, Ic, e e Ir
=
3, C e F
-9
!-:
C, Ic, e e Ir
H
3, C e F
-9
!-:
Co
@eso $'ni$o de carcaa 5+7 C]2!, F]!9 3]2! C]22, F]!9 C]2!, F]!9 C]22, F]!9 C]22:, F]!9 se$ restriLes se$ restriLes
Quota Jilton R O padr&o da Quota Jilton é B se$ 3 e acaba$ento Fonte( Adaptado de BAI=H 5!97
11. onsidera%&es "inais
A pecu#ria de corte é u$a atividade i$portante no a+rone+;cio brasileiro, co$ a +era&o de e$pre+os e renda. A carne bovina é u$ produto de e/porta&o %ue contribui para saldo positivo na balana co$ercial do pa's. A bovinocultura de corte "ornece ali$entos para a popula&o e $atéria pri$a para indSstria vestu#rio. A capacita&o do produtor e dos "uncion#rios, a $eloria do $ane1o de pasta+ens, o respeito ao $eio a$biente, a inte+ra&o a+ricultura / pecu#ria e a intensi"ica&o da produ&o s&o te$as %ue cada vez $ais +ana$ i$portncia da bovinocultura de corte. O controle cont#bil e a an#lise "inanceira da atividade s&o i$prescind'veis na +est&o do ne+;cio. 4esse conte/to, a utiliza&o tecnolo+ias de produ&o e as alianas $ercadol;+icas pode$ desenvolver a cadeia produtiva, au$entando a rentabilidade do e$preendi$ento.
,*
12. Bibliogra"ia bsica
AB=EC R AIIOC=AO BAI=HE=A DOI E@O)ADOEI DE CA4E. 3aiores co$pradores
de
carne
bovina
brasileira.
Dispon'vel
e$(
ttp(.abiec.co$.brnesvie.aspid]q::B289D8-AB<9-<2-BAA8FBF
BABOIA, @.F. Bovinos R raas puras, novas raas, cruza$entos e co$postos de +ado de corte. =n( I=3@`I=O 4AC=O4AH DE 3EHJOA3E4)O A4=3AH, ., Belo Jorizonte. Anais...
Belo
Jorizonte(IB3A.
2.
8p.
Dispon'vel
e$(
ttp(people.u"pr.br"reitas1a"arti+oscruza$ento.pd" Acesso e$( 82!. BABOIA, @.F. aas e estraté+ias de cruza$ento para produ&o de novilos precoces. =n( I=3CO)E R I=3@`I=O DE @ODGO DE PADO DE CO)E. Tiosa. Anais... Tiosa(GFT. 2. p. !-2. BABOIA, .).M 3ACJADO, ., BEPA3AICJ=, 3MAMCM3 A i$portncia do e/a$e androl;+ico e$ bovinos. E3BA@A IGDEI)E, Circular )écnica n.
COI)A e I=HTA, E. T. Co$porta$ento se/ual de touros nelore. =n( EG4=O A4GAH DA IOC=EDADE BAI=HE=A DE XOO)EC4=A.
nasci,ento.
Naboticabal(FG4E@.
28.
8p.
Dispon'vel
e$(
ttp(.+rupoetco.or+.brar%uivosbrpd"$anualbezerros.pd" Acesso e$( 2-!2!. COI)A, 3.N.[email protected] I@=O4EHH=, A.H.P.MQG=4)=H=A4O, 3.J. Boas $rticas de ,anejo: e,bar3ue .
Naboticabal(FG4E@.
29.
:p.
Dispon'vel
e$(
ttp(.+rupoetco.or+.brar%uivosbrpd"$anuale$bar%ue.pd" Acesso e$( 2-!2!. COI)A, 3.N.[email protected] )OHEDO, H.3.M ICJ3=DE, A. Boas $rticas de ,anejo: vacina%o . Naboticabal(FG4E@.
28.
2p.
Dispon'vel
e$(
ttp(.+rupoetco.or+.brar%uivosbrpd"$anualvacinacao.pd" Acesso e$( 2-!2!. C=A
e
@HA4)A(
ttp(criareplantar.co$.brpecuariabovinodecorte
-
Acesso
!<!!2:. DE IO @AGHO. )abela de pre$ia&o de carcaas de novilos e novilas para o pro+ra$a de %ualidade da carne bovina. I&o @aulo, !9, 5Folder7. DO3=4PGEI, @.F., HA4PO4=, J. 8anejo sanitrio ani,al. I&o @aulo(Editora de @ublica&o Bio$édicas 5E@GB7. 2!. 2!p. E3BA@A Pado de Corte( .cnp+c.e$brapa.br EGCH=DEI F=HJO, . O ,el4ora,ento gen5tico e os cru/a,entos e, bovino de corte.
ttp(.cnp+c.e$brapa.brpublicacoesdocdoc8
-
Acesso
!<!!2:.
Adaptado do Docu$ento no 8, rei$presso pela 2g vez e$ Ca$po Prande, 3I, !?. EGCH=DEI F=HJO, . Produ%o de bovino de corte e o trinE,io genti$o-a,biente,ercado. =n( Produ%o de bovinos de corte. E3BA@A PADO DE CO)E. Ca$po
Prande(E3BA@A
2.
Dispon'vel
e$(
ttp(.cnp+c.e$brapa.brpublicacoesdocdoc9:inde/.t$l - Acesso e$ !:!!2: . EGCH=DEI, [email protected]. et al. Dese$penos de novilos F!s An+us-4elore e$ pasta+ens de Brachiaria decumbens sub$etidos a di"erentes re+i$es ali$entares. evista Brasileira de Gootecnia. v., n.2, p.-<9!, 2!.
,
ETEIOHE, D.E., BO4E, 3.F., IAHO, N.B. et al. BodH ondition +coring Bee" oIs. 2. Dispon'vel e$(
ttp(.e/t.vt.edupubsbee"<-?:<-?:.t$l,
Acesso e$ !8<28. FG4DE@EC - FG4DO DE DEIE4TOHT=3E4)O DA @ECGZ=A DO EI)ADO Puia On Hine de Buiatria( ttp(.tecnovet.co$.brclinicabuiatrica JO33A, A..O.M IOGXA F=HJO, [email protected] FEE=A, C.A.@. t al. ria%o de Bovinos de orte no !stado do Par. 28. E3BA@A A$azKnia Oriental. Dispon'vel e$(
ttp(siste$asdeproducao.cnptia.e$brapa.brFontesJ)3HBovinoCorteBovinoCorte@ara pa+inas$ane1osan.t$l Acesso e$( 2-!-2!. =BPE R =4I)=)G)O BAI=HE=O DE PEOPAF=A E EI)A)I)=CA. E"etivo de bovinos cresce
!,6
ap;s
dois
anos
de
redu&o.
Dispon'vel
e$(
ttp(.ib+e.+ov.bro$epresidencianoticiasnoticiavisualiza.ppidnoticia]!< Acsso e$( ?--2!. NG4QGE=A, N.O.M AHHEO4=, P.O. O ponto de vista da #rea de ensino e pes%uisa. =n( OIJO@ E3 QGAH=DADE DA CA4E E 3EHJOA3E4)O PE4V)=CO DE BOT=4OI DE CO)E. I&o Carlos, !9. Anais... I&o Carlos( E3BA@A @ecu#ria Iudoeste, p. 8-?:. !9. HA4A, .@. utri%o e ali,enta%o ani,al ,itos e realidades@. Tiosa(GFT. 2:. << p. HO@EI, 3.A. usto de $rodu%o de gado de corte . Havras(GFHA. Boleti$ @ecu#rio. . 22. HO@EI, 3.A., 3APAHJEI, P.@. An#lise da rentabilidade da ter$ina&o de bovinos de corte e$ condiLes de con"ina$ento( u$ estudo de caso. Ar3uivos Brasileiros de 8edicina =eterinria e Gootecnia vol.:? no. Belo Jorizonte Nune 2:. Dispon'vel e$(
ttp(.scielo.brscielo.pppid]I!2:2:!8wscript]sciartte/twtln+]pt R Acesso !:!!2:. 3AHAFA=A, @. et al. Iuple$enta&o protéico-ener+ética para bovinos criados e$ pasta+ens( Aspectos te;ricos e principais resultados publicados no Brasil. ivestocJ esearc4
"or
ural
9evelo$,ent.
!:(
5!27,
2.
ttp("tp.sunet.se$irror.cipav.or+.colrrdlrrd!:!2$ala!:!2.t$
Dispon'vel -
e$( Acesso
!<!!2:. 3OOE, N.E. Fora+e Crops. =n( ro$ QualitH +torage and Ktili/ation. =n( JOTEHA4D, C.I. 5ed.7 Crop Icience IocietU o" A$erica. 3adison, isconsin. p. 8!-!. !9. 4E@@A R 4hCHEO DE EI)GDOI E @EIQG=IAI E3 @ODGO A4=3AH da Gniversidade do Estado da Baia. .neppa.uneb.br ,
4=CJOHIO4, 3. N.M BG))EO)J, 3. J. A guide to condition scoring o" /ebu cattle. Addis Ababa( =nternational Hivestoc Centre "or A"rica, !98. 2 p. Dispon'vel e$ (
ttp(cnrit.ta$u.edu+anlab@ro+ra$4utbal)ips conditionscorin+o"zebucattle.t$. Acesso e$( !2 "ev. 2. OH=TE=A, H.M BABOIA, 3.A.A.F., HADE=A, 3.3. et al. 4utri&o e $ane1o de bovinos de corte na "ase de cria. =n( I=3BO=( I=3@`I=O IOBE DEIAF=OI E 4OTAI )EC4OHOP=AI 4A BOT=4OCGH)GA DE CO)E, 2., 28, Bras'lia. AnaisL G@=I(Bras'lia, 28. :
@iracibaba(FEAHQ. 2. @E=O)O, A.3., 3OGA, N.C., FA=A, T.@. 5eds.7 Produ%o de bovinos a $asto. Anais do !g Ii$p;sio sobre $ane1o da pasta+e$. EIAHQ-GI@. @iracibaba(FEAHQ. !?. @E=O)O, A.3., @EDE=A, C.P.I., 3OGA, N.C., FA=A, T.@. 5eds.7 A $lanta "orrageira no siste,a de $rodu%o. Anais do !?g Ii$p;sio sobre $ane1o da pasta+e$.
EIAHQ-GI@. @iracibaba(FEAHQ. 2. OD=PGEI, H.., QGADOI, D.P., A3OI, A..B. ecupera&o de pasta+ens de+radadas.
=n(
I=3@`I=O
@ECGZ=A
2.
@irassun+un+a.
Anais...
@irassun+un+a(FXEA-GI@. CD-O3. ! p. Dispon'vel e$ .neppa.uneb.br R e$ publicaLes R ve1a $ais - si$p;sios. Acesso( !:!!2:. I[)J=APO, H..H. +u$le,enta%o de bovinos e, $astejo. Ca$po Prande( E3BA@A Pado
de
Corte.
Docu$ento
de
nove$bro
de
2!.
Dispon'vel
e$(
ttp(.cnp+c.e$brapa.brpublicacoesdocdoc!9 Acesso e$( !2. I[)J=APO, H..H. +u$le,enta%o de bovinos e, $astejo: as$ectos $rticos $ara o seu uso na ,anten%a ou gan4o de $eso. @alestra apresentada no durante !!g Encontro
de )ecnolo+ias @ara a @ecu#ria de Corte @al#cio @opular da Cultura, Ca$po Prande 3I, 8
de
outubro
de
!.
Dispon'vel
ttp(.cnp+c.e$brapa.brpublicacoesnaoseriadassuple$entia+o Acesso
e$( e$(
!2. I[)J=APO, H..H.M I=HTA, N.3. +u$le,enta%o a $asto: u,a estrat5gia necessria $ara a $rodu%o do novil4o $recoce . 5te/to apresentado durante o Dia de Ca$po sobre
@ardo-suio Corte, E$brapa Pado de Corte, 2 de abril de 227. Dispon'vel e$( ttp(.cnp+c.e$brapa.breventos22dcpardoinde/.t$l Acesso e$( !2. ,4