Cinzas de um Mundo Derrotado 1
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Belregard -Cinzas de um Mundo DerrotadoCréditos Idealização - Jefferson Neves e aael Araújo.
abelo e Fernando Fernando Alves. Arte – Bero Souza, Alexandre abelo Te Forge Sudios. Além de obras do Domínio Público. Arte da Capa – Idylls o he King, Gusave Doré evisão – Anderson S Souza Sistema Seis Faces – Felipe Silva Campos
Advertência Advertênc ia
Isso é apenas um jogo. Não exisem monsros. Coninue acrediando na menira. Aase-se caso não enenda enenda o recado. recado. 2
Índice INODUÇÃO......................................................................04 CAPÍULO I............................................................................06 CAPÍULO II..........................................................................08 CAPÍULO III.........................................................................11 CAPÍULO IV IV........................................................ .........................................................................20 .................20 APÊNDICE...............................................................................27
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Introdução “Come on you outlaws, come on with me, To the greenwoods o Belregard, when men can live fee. Trees, wild animals and the cool o the shade, Far fom de court, where the laws are made”
- Te Oulaw’s Song Belregard é um PG, um jogo onde os jogadores inerpream personagens e vivenciam hisórias de horror em um cenário medieval cru e brual, à imagem do que oi a idade média europeia após a queda do império romano. É um lugar escuro, envolo por uma era de revas e ignorância, onde a única salvação da humanidade parece residir na é, no ribunal do Supremo Oício – homens sanos que inerpream as miseriosas parábolas do Criador, o Deus Pai.
ao, um cenário de anasia medieval e não uma recriação alha de nossa Europa medieval. As influências lierárias de Belregard podem parecer ób vias, mas valem ser ciadas para reerências de ouros que queiram se inspirar e pegar um pouco do clima dese cenário. Por se raar de algo um pouco mais denso, pesado e maduro, penso que romances hisóricos são um óimo pedido para mosrar ceras abordagens ao cenário medieval precário. Bernard Cornwell ceramene lhe empresaria óimas ideias. Lieraura de anasia ambém nos alimenaria muio bem a mene, desde o clássico dos clássicos olkien aé o mais recene, e aparene sucessor, George . . Marin. Leonel Caldela, com seu “chaurdar na escaologia e sadismo” nos ajuda a colocar um pouco mais de acidez nese caldeirão. Não podemos nos esquecer de ober E. Howard e, aé mesmo, H. P. Lovecraf.
Nese livro você enconrará odas as inormações que precisa para começar a jogar Belregard PG. Apresenaremos o ambiene dese mundo sombrio, povos, culuras, lugares maldios e reúgios sagrados. Como odo jogo, Belregard PG ambém possui regras, que são simples e de ácil aprendizagem, servindo para simular a abordagem verossímil dese cenário. O que você vai precisar, além do livro, é de alguns dados simples de seis aces e um grupo de amigos com coragem o basane para olhar nos olhos Conceitos de Jogo da Escuridão e não iubear. Magia: Ela não exise da orma como muios podem imaNo decorrer desa inrodução iremos lhe apresenar os ginar. Não exisem conjuradores capazes de conrolar orprincipais elemenos de Belregard PG. Sua amosera, ças primordiais e criar incríveis eeios desruivos. A úniproposa e erramenas uilizadas para cumprir o papel ca magia, manipulada por homens, uma vez conhecida em preendido. Belregard vinha da adoração ao Único e mesmo esa desapareceu. Apesar disso, ela ainda exise. Belregard é um mundo de magia inaa, uma magia que exise na própria Entendendo Belregard erra, colocada pelo Criador no início dos empos para Ese cenário se diere um pouco dos mais radicionais em que a naureza omasse ordem e ivesse senido. Muios sua abordagem. Em Belregard não exisem raças não hu- fiéis não querem admiir, mas os culos primordiais, aquemanas ou mesmo um amosera mágica exacerbada. Bel- les que servem à Horda, possuem rios sangrenos, neanregard conou com uma pesquisa hisórica para er seus dos e maquiavélicos. Com ou sem o consenimeno, esa meandros deerminados. Alguns livros de auores consa- bruxaria é real e seu poder oi senido ao longo da hisória, grados ajudaram a dar coesão à sociedade e ao meio de por mais que o ribunal negue isso. vida dese povo. Nomes como Marc Bloch, Jacques Le Goff, Michel Pasoureau, enre ouros, empresaram suas Verdade: Ela não exise. Belregard oi escrio com um eorias e ideias para que osse possível explicar sobre es- conjuno de relaos endenciosos, que não refleem uma as pessoas e seus comporamenos da melhor maneira. resposa definiiva à maior pare das pergunas possivel Apesar disso, é preciso adverir que Belregard NÃO É A mene apresenadas. A verdade pode variar com inúmeros EUOPA. Por mais que exisam evidenes semelhanças, ponos de visa dierenes e isso deve ser lembrado por muios dealhes, cosumes e comporamenos oram mis- aqueles que desejam criar suas esórias aqui. Não exise urados, ignorados ou invenados para que ese osse, de apenas um caminho para deerminado fim. Isso fica claro, 4
ainda, na é que os homens seguem nese jogo. Exisem orma para seu personagem. Use de conceios e abordainerpreações oficiais para aquilo que o Único deixou de gens amplas, aça de seu personagem algo vivo. ensinameno para os homens, mas nada impede que cada um enha sua própria verdade paricular. Belregard não é um PG leno, arrasado. Preendemos maner aualizações no sie, independene de uuros lanManiqueísmo: Ele não exise. Ese pono é muio impor- çamenos. Para aqueles que desejam ficar ligados nas auane, os homens de Belregard não possuem uma única alizações, basa nos seguir neses endereços abaixo. odas ace. Eles não são preos ou brancos, mas sim cinzenos. as críicas e sugesões são bem vindas, seja para a ambienNão exisem heróis definiivos ou mesmo vilões irrecupe- ação ou para o sisema de regras. ráveis, e se exisem, são a mais pura exceção do mundo. A lealdade é uma moeda muio imporane nesas erras Sie – www.belregardrpg.com onde cada um em seus próprios ineresses ao envolver- Facebook - htp://www.acebook.com/belregard.rpg.1 se em problemas alheios. Não se deixem enganar e não Grupo - acebook.com/groups/belregardrpg se deixem limiar. Quer que eu igslavo seja esivo e bem humorado como um dalano? Que assim seja. Homens são O que Você Encontrará? homens, para o bem ou para o mal. Mesmo os Arauos, que deveriam ser pora vozes do Único, são pessoas erran- O que você em em mãos é um aperiivo do que esá por es e dignas de pena como qualquer ouro indigene de vir. Não é por isso que deve ser devorado depressa e muiBelregard. o menos que não irá saciar eu apeie por um bom empo. Nossa ideia de consruir ese maerial oi a de dar um Óica: O mundo é dierene a depender de quem o olha. ponapé inicial e oficial, em “ina e papel”, para Belregard Os arauos enxergam a Sombra e a Menira em qualquer PG. Com ese livro você será capaz de dar vida a inúmelugar. Um nobre enxerga o ouro e poder. Um cavaleiro ras sagas denro desa ambienação sombria e opressiva. enxerga perigos e dever. Dese modo a narraiva será o- Além disso, Belregard PG cona com um bom supore almene dierenciada a depender dos conceios escolhi- online. dos em jogo. Seu personagem eve conao com pagãos ou presenciou um rio de bruxaria? Óimo. Cosumamos di- A divisão do maerial esá eia da seguine orma: zer que o mundo se divide enre a espada, é e ouro. Esses caminhos se cruzam, mas não se mesclam com acilidade. Capíulo I – A oda da Foruna: Aqui apresenamos um Ese aor parece simples, mas ará oda a dierença em seu resumo práico dos aconecimenos que levaram o mundo jogo. de Belregard a sua aual ruína sombria. Variedade: Ela exise! Belregard não preende ser um cenário de único lado. A inenção aqui é proporcionar o mais variado ipo de ambienação para uma campanha. É preciso enender que o cenário carrega o perfil cru, brual e maduro da idade média; um local que inspira ascínio e error, com caselos imponenes e encanadoras damas desdenadas. O horror é um elemeno imporane na narraiva de Belregard, seja no simples combae singular em um orneiro de cavaleiros, ou na busca por pisas de Sel vagens habianes dos ermos. O desconhecido é a maior arma do narrador aqui, podendo usá-lo para causar odo o ipo de pressão psicológica e ísica aos envolvidos em suas narraivas. ese-se, arisque-se, inove-se. Saia da sua zona de conoro e veja o quão bom isso pode ser. Caso não lhe agrade, você em a vida ineira de jogo para escolher oura coisa.
Capíulo II – Povos de Belregard: Conheça as principais enias de Belregard, com seus raços e caracerísicas marcanes. Capíulo III – erriórios: Enenda a condição das caselanias depois da ruína do império de Virka. Capíulo IV – Da Lei e da Fé: Compreenda como unciona a esruura do ribunal do Supremo Oício, além de enender melhor o papel da Sombra e dos Arauos. Apêndice – Jogando em Belregard: O Sisema Seis Faces: próprio de Belregard PG, explicado de orma clara e direa, além de dicas e semenes de hisórias.
Não fiquemos presos a conceios pré-deerminados de guerreiros e sacerdoes, os personagens de Belregard são pessoas, simplesmene pessoas. Se você se sene minimizado ao ser roulado pela sua profissão, pense da mesma
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Capítulo I – A Roda da Fortuna
Falar sobre a condição aual de Belregard não é ácil. Séculos arás, um homem uniu as caselanias do mundo ci vilizado sob seu punho firme e liderou-os para reomar o berço da humanidade, corrompido pela Sombra. O que não sabiam é que a Sombra, o Eerno Inimigo, a Aníese do Criador, não habiava uma alcova errena, mas se escondia por rás do coração de odo moral. Sendo assim, mesmo que moivados por um senso de jusiça divino, aqueles homens e mulheres esavam cegos e enregaramse a dualidade em seu âmago durane a empreiada. odos ali oram monsros e heróis. Durane rês séculos, o Império de Virka uniu os povos e as erras de Belregard. Há cerca de cinquena anos ese império ruiu, víima de sua própria corrupção inerna. O poder que um dia oi cenral volou a ser local. Barões, condes, duques e oda sore de nobres enarem se ornar reis de suas erras. Poucos lugares se maniveram firmes. Alguns ainda passam por urbulências, movimenos comunais, revolas de vassalos e suseranos. Aqueles que podem, maném suas erras, procuram aliados e presam juramenos valorosos. Mais do que nunca, a palavra de um homem é o seu maior bem e a honra pessoal em um peso muio maior do que moedas em muios lugares.
culos, já não exise mais. As esradas oram abandonadas e apenas os loucos abandonam a segurança das erras do senhor para se avenurarem em caravanas mal proegidas. Os desesperados, ou sem escolha, enam ganhar a vida como bandidos, ocupando as velhas oralezas imperiais e proclamando-se senhores de uma erra de ninguém. Apesar de udo, o ribunal do Supremo Oício ainda se apresena como uma insiuição, com base na caselania de Birman, que preende dar coesão aos anseios e emores humanos. Dividindo sua dourina em rês principais linhas filosóficas, os padres, prelados, bispos e oradores espalham-se por Belregard. A despeio das condições precárias das viagens nese mundo, omado pela idade das revas, a ordem eclesiásica az o possível para maner uma boa comunicação enre seus membros. Em regiões isoladas, esa se mosra uma area digna de heróis.
Hoje, a orma mais comum de comércio é o escambo. Poucos locais se maniveram aivos com relação a esas aividades. Dalanor, Varning, Parlouma, a pare cenral de Belregard ainda pode-se considerar simpáica as moedas – esas que podem acilmene ser alsificadas e por isso a cunhagem dos empos do Império é exremamene valorizada, por ser de confiança. Os preços padronizados de O comércio, que uma vez corava odo o erriório do alimenos, hospedagem e bens cosumam ser coados em mundo civilizado, com caravanas vindas do exremo nor- peças de cobre. A praa é um luxo e o ouro reservado apee, dos campos de caçadores de vogos aé o sul da roneira, nas aos reis em suas próprias rocas com ouros lordes. denro do erriório de Belghor, onde abundam os ubér6
Da hisória aniga, anerior a Era da Conquisa, sabe-se muio pouco. O que o povo humilde conhece chegou aos seus ouvidos aravés das ladainhas e exemplas de sacerdoes. Eles sabem sobre a Era da Vergonha, quando o Criador decidiu dar a luz divina aos Homens para que eses limpassem o mundo das primeiras crianças do Pai, os Sel vagens. Eles sabem sobre nomes como Morovan, o Velho, primeiro proea do Criador, e mesmo Vlakin III, o rei de Virka que firmou o Império. Alec, Lazlo e Leoric ambém são figuras populares, do saber comum e mundano, os rês Puros, escolhidos pelo próprio Pai para caminharem ao seu lado quando Ele desceu ao mundo dos homens para lhes guiar.
poucos inelecuais do mundo. Dealhes sobre reis, reinos e aconecimenos podem ser enconrados em anigos omos e mesmo o saber proibido, apócrio dos esudos das ordens monásicas, cosuma ser preservado por ceros grupos e pessoas. Os culos à Sombra Viva em se ornado cada vez mais comuns e por mais que os oimisas chamem esa de “Era da Luz”, é diícil acrediar em qualquer desino brando quando preces e súplicas não são aendidas, quando se olha para o céu em busca de um conoro capaz de alenar o mais eroz dos corações e nada se enconra. iram e queimaram o louco asramus quando ele canou sua proecia durane a posse de Vlakin VIII, o úlimo imperador, mas em sido diícil negar a verdade naquela loucura. Uma verdade que incomoda, que ragiliza e O conhecimeno específico fica reservado ao clero e aos rás um senimeno de desespero... Deus esá moro!
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Capítulo II – Povos de Belregard Belregard é um mundo dominado pelo homem, mas mesmo eses se dividem em grupos énicos disinos que, apesar de comparilharem uma mesma mariz, dierenciam-se uns dos ouros por uma série de cosumes, comporamenos e aé mesmo raços ísicos. Houve, por muios anos, um esorço para que eses grupos agissem unidos e coerenes uns com os ouros, mas a ganância de uns e a arrogância de ouros ornou essa convivência impossível; o esorço de nada valera. Hoje, depois de um longo empo de quase pereia união, os homens volaram a se ocar em raízes e radições, ignorando quase que compleamene a unidade da raça. Belregard é uma erra dividida e cada erriório é proegido com ervor. A seguir, veremos um pouco sobre cada uma desas enias, seus cosumes e visões de mundo.
ouros são como irmãos mais velhos, apenas preocupados com o direcionameno dos mais jovens. Uma coisa é ao, os belghos encarnam udo aquilo que o ser humano pode ser, seja para o bem ou para o mal. Seu ímpeo e sua sede por conquisa já fizeram o mundo remer mais de uma vez. O úlimo grande eio deses senhores dos homens oi a consrução do Império de Virka que, ragicamene, ruiu há alguns anos.
Normalmene ese grupo ocupa cargos de respeio na sociedade. São senhores de erras, fidalgos e nobres, mas com a recene imersão do mundo numa nova era de revas, os cargos mais ocupados pelos belghos concenram-se no âmbio eclesiásico. Isso não significa que não exisam camponeses enre os mesmos. Apesar de esarem espalhados pelo mundo, ocupando praicamene oda erra Vale lembrar que nunca se pode generalizar ou omar com civilizada de Belregard, os belghos enconram-se na pare regra única e exclusiva o comporameno dos homens. cenral do coninene e hoje se espalham um pouco mais udo o que será explicado aqui é apenas uma orienação. pelo lese, na direção de Belghor. Nenhum jogador deve senir- se limiado a inerprear o seu personagem seguindo uma receia. Esa não é nossa Seu idioma, o belgho, susena ainda a imponência de ouinenção. rora. Apesar de não ser uma língua alada em odos os canos do mundo, ainda é a mais usada denro da core e dos ribunais eclesiásicos. Se anes já era a língua das casas mais alas, hoje se ornou privilégio de um seleo grupo de insruídos. Exisem belghos, principalmene os mais pobres, que nem mesmo conhecem a língua de seu povo, aprendendo desde cedo o parlo, a língua do comércio. Os belghos apresenam uma grande variação de raços ísicos, mas cosumam er esaura ala, indo de 1,70m aé 1,80m para os homens e 1,60m a 1,70m para as mulheres. êm a pele levemene bronzeada, indo do branco ao moreno, como uma caracerísica marcane de sua longa hisória de baalhas, conflios e rabalhos em louvor ao Criador. Os cabelos variam do casanho claro ao negro e os olhos seguem um padrão de onalidade escura. Como a enia dominane de Belregard, não é incomum que ocorram uniões enre belghos e membros de ouras enias, dessa maneira gerando descenes com os mais variados raços. Dalanos: Os dalanos são um povo apaixonado. udo em
suas vidas é levado de orma exrema e dedicada. Para aqueles que observam de longe, eses homens e mulheBelghos : Bradando serem os escolhidos do Criador, os res podem parecer demasiadamene rívolos e liberinos, belghos omaram para si o dever de unir a humanidade mas da mesma orma que se enregam a suas conquisas, sob punho firme. Para alguns, comporam-se como ver- os dalanos em uma ínima relação com as floresas pacadadeiros diadores, senhores do desino dos homens, para as que cercam seus domínios. Um velho diado diz que 8
“odo dalano nasce à sombra de sua própria árvore” e car- Desde que o império caiu, os parlos êm buscado seu prórega, com isso, o prazer em udo que há de simples. Uma prio passado. Ainda represenam os maiores comercianpessoa nunca supora problemas demais, basa olhar para o lado posiivo das coisas e udo, evenualmene, dará cero. Um pensameno que pode irriar os mais enérgicos e pessimisas. Durane a ocupação de Virka, onde Dalanor oi dominada pelo império, muios habianes agradeceram a inervenção de al poder. O reino passava por um período conur bado, em que a guerra esava preses a esourar com os bárbaros do nore na qual pouco poderia ser eio. Com a ocupação pacífica de Virka, os próprios dalanos engrossaram as fileiras do exércio para ajudar na conquisa do nore. al aiude oi visa com cera suspeia pelos seus anigos aliados, mas houve pouco empo para realiações. Não demorou, porém, para que a repressão daquele novo império recaísse sobre a rica radição dalana dos rovadores. Canções saíricas oram uma das maiores armas deses homens e mulheres para minar o poder inerno de Virka e só pegaram em armas quando viória pareceu garanida. Sendo donos desa radição arísica, os dalanos prezam por seu idioma naivo, que é popularmene conhecido como a língua do amor. É uma língua muio respeiada denro de odas as cores, geralmene usada pelos mais insruídos em qualquer apresenação, por parecer pomposa e elegane, numa enaiva de impressionar os ouvines.
es de Belregard, donos das poucas roas a permanecerem aberas nesse mundo sombrio que se revela na nova era, mas a influência dos belghos, direa e diaorial, diminuiu muio desde enão. Os Cavaleiros Pardos, a mais aniga ordem de cavalaria, em eio o possível para se maner unida Os dalanos êm uma esaura mediana, alcançando uma e coesa, razendo de vola o orgulho de seu povo. média de 1,70m de alura para os homens e 1,65m para as mulheres. Possuem a pele clara, muias vezes omada por Por erem sido os maiores comercianes, os parlos dissesardas, e não alam relaos de quão macia pode ser, seja minaram sua língua onde nem mesmo o belgho oi capaz a da donzela coresã ou do cavaleiro galane. Os cabelos de alcançar. Ainda hoje esa é a língua mais alada enre as e os olhos cosumam seguir um padrão claro, mas exise classes mais baixas e devido à nova onda de euemismo, a um ao curioso quano ao raameno dado às pessoas de própria core de Parlouma o adoou como sua língua oficabelos avermelhados. uivos são visos como perigosos, cial. ambém se espalham pelo mundo de maneira quase dados a aaques de loucura e com cera afinidade à sorilé- ão vasa quano os Belghos, mas se concenram em sua gios e eiiços suspeios. erra naal, na pare sudese do coninene conhecido. Parlos: Quando saíram de Belghor, o primeiro conao
que os belghos iveram com ouro grupo humano ora com os parlos. Eses anigos senhores das planícies do sul dominavam sua erra sob os cascos de seus poderosos cavalos. Sendo os primeiros a domesicarem o animal, os parlos inham uma aniga radição guerreira e poderosa, marcada por riuais ribais e vínculos sanguíneos enre cavaleiros e suas monarias. Sabiamene, os belghos raaram de converê-los e boa pare dese ímpeo e orgulho selvagem se perdeu nas areias do empo. Hoje, eses nem mesmo se lembram desa aniga herança. Bom... A maioria deles.
Os parlos consiuem um povo baixo, para o padrão belgho, de ombros largos e membros ores. Cosumam er a pele bronzeada, podendo variar de um casanho claro à oliva e seus cabelos seguem os mesmos padrões, com um ou ouro risco rubro, casanho claro, em algumas mechas. Eses riscos, as ‘Fagulhas’, são aponadas como sinal de boa venura. No passado, quando a vida de um parlo esava relacionada inimamene com o rao de seus cavalos, era comum enconrar homens com a coloração do cabelo semelhane à de garanhões avermelhados e hoje ese sinal é sempre associado à boa sore, saúde e sucesso para o re beno que o pora.
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Independene desas marcas rubras, os parlos manêm os cabelos curos, para os homens, e ambém apreciam bigodes longos e raados, muias vezes ornamenados com pequenos anéis. Vihs e Igslavos: Eses dois grupos ormavam um só no
passado. Os bárbaros da planície de Ig ocupavam boa pare do nore de Belregard. Senhores dos lobos e donos de uma oríssima radição guerreira, viram-se divididos sob a influência dos belghos. Um grupo se maneve fiel às raízes bárbaras, resisindo por muios anos à influência da própria igreja denro de seus domínios, os vihs. E o ouro, dos igslavos, acabou se converendo de orma mais rápida, encanados com o poderio miliar dos homens civilizados. Apesar dos Cavaleiros Pardos serem a mais aniga ordem de cavalaria, coube aos Cavaleiros Alvos de asov elevar a excelência desa classe de soldados. Ainda hoje carregam uma ore radição, mas boa pare deles se viu converida em Cavaleiros Sacros, a ordem específica do ribunal do Supremo Oício.
a Grande Viha, numa enaiva de razer uma nova unidade ao povo dividido. E ese oi um de seus maiores erros. Agora aliados aos barões do nore, seus anigos oposiores, os vihs, realmene recuperaram os irmãos perdidos e assim fizeram pipocar as primeiras revolas no império. Por esarem disanes do cenro nervoso da políica, não oi diícil conseguir as primeiras viórias que enraqueceram Virka. Hoje, os barões recuperaram as erras do sul e assim apenas asov se ergue em quase oda a porção lese. Viha volou a ser uma erra reclusa de homens erozes e com pouco ineresse nos problemas dos ouros.
Os vihs e igslavos são um pouco mais alos que os belghos. Possuem uma compleição ísica robusa e ore na maioria dos casos. A coloração das mechas vai de claras ao loiro escuro e, aé mesmo, a um om levemene praeado. Os vihs êm por cosume maner os cabelos longos, ano homens quano mulheres. Alguns azem longas ranças nas mechas à rene do roso para assim azer uma vola com a mesma por rás da cabeça, manendo o cabelo preso. Os olhos seguem padrões azuis, esverdeados e ambém com alguma No passado, quando eram um único povo, dividiam-se em coloração cinzena. Mulheres que nascem com olhos de inúmeras ribos dierenes e, mesmo comparilhando uma cor cinza são aponadas como bruxas em poencial. mesma mariz énica, eses grupos ainda exisem. Marcadamene do lado vih, onde algumas radições se manêm Já os igslavos cosumam er cabelos de onalidades escuras e os clãs respeiam uns aos ouros, adoando a unidade de e os olhos seguem o mesmo padrão, alvez pela miscige Viha como algo maior que esas pequenas dierenças. É nação com os belghos. A cor casanha e negra predomina comum que esas divisões sejam relacionadas a alguma nese caso. O uso da barba é comum enre os adulos, que grande figura do passado, algum herói dos povos do nor- as maném raseiras e bem aparadas, normalmene na ore, de modo que alguns clamem uma ancesralidade com ma de cavanhaque. Para aqueles que usam de fios comprios mesmos. dos, há sempre ranças, pois o conrário – solos – é sinal de indisciplina. As mulheres cosumam maner peneados Durane o domínio do império, para acalmar os vihs, Vi- elaborados em coques ou ranças ornamenadas. rka anexou o erriório de Igslav ao deles, ormando assim
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Capítulo III – Territórios ecenemene o mundo de Belregard passou por uma grande ransormação. Com a queda do império de Virka, o poder cenral de um esado ore se desez e os senhores de erras passaram a ganhar uma imporância muio maior. Falar de reinos diane do aual mapa políico é um pouco complicado, já que boa pare das erras, apesar de ainda serem reconhecidas denro de um erriório, esá mais por si mesma do que por uma unidade nacional. A seguir veremos como em se comporado ese grupo de domínios e enender um pouco da condição aual da políica. É mais cero dizer que Belregard enconra-se dividida enre caselanias, e não reinos. Na verdade, o próprio mundo encarou uma grande mudança em sua paisagem nos úlimos cem anos. Com o oralecimeno do poder local, senhores de erras êm eio o possível para orificar suas moradas, o que demanda grande quanidade de maéria-prima, especialmene pedras e madeira. Uma corrida pela proeção e oralecimeno do poder local. Virka
No passado, o esandare da orre remulava orgulhoso sobre odo o coninene. Virka oi o cenro do mundo e havia recuperado seu lugar de direio na Era da Conquisa, mas acabou por decair. Hoje, Virka nem mais é represenada como a erra de algum senhor. A imensa capial jaz em ruínas e somene os desesperados azem daquela cidade sua morada. As azendas que circundavam odo o cenro populoso enconram-se a mercê de bandidos e boa pare das amílias omou a sábia decisão de abandoná-las. Exise pouco ineresse em reomar as erras de Virka e juno com a porção nore da região, ormam hoje uma erra de ninguém. A região de Virka consise em longas pradarias usadas no passado para o planio. Cona com um clima agradável na maior pare do ano, mas de invernos rigorosos, onde a neve pode cobrir o solo em alguns cenímeros. A pare nore dese domínio abandonado é omada por floresas e à medida que se aproxima da cosa, o erreno se orna mais elevado e acidenado aé erminar em imensos precipícios que vão direo para o mar. Nesa área, onde a floresa volou a crescer depois do desmaameno durane a caçada aos Belinaren, as anigas ruínas dos abbuus ainda se erguem silenciosas. Na direção lese e oese, monanhas cercam Virka como um cinurão naural, ouro grande moivo para sua escolha como cenro do poder. A esrada do ouro, que sai da região para seguir a aberura sul enre as monanhas, ainda se enconra pavimenada de pedras, mas com arbusos
e mao saindo de suas reenrâncias, ornando-a diícil de seguir em ceros rechos. Dali segue seu rumo para erras mais prósperas, dividindo-se em rês para ligar os ponos mais aasados de Belregard. Ao lese, az roneira com Laza e Vlakir, ao oese com asov e ao sul com Varning. Nenhum senhor demonsrou grande ineresse em omar Virka para si, o que pode ser viso como uma grande olice, mas ceras lendas e boaos êm circulado sobre bandos independenes de servos fixando moradia nas anigas azendas. Grupos independenes podem achar a aniga capial uma região ineressane de se visiar. Acredia-se que udo que um dia oi valioso em Virka ora levado ao longo do abandono da cidade, mas algo pode er sido deixado para rás. A aniga coroa do império, a Máscara de Ferro orjada pelos Vlakin, pode ainda exisir nos salões silenciosos da core. elíquias religiosas dos empos dos puros podem ainda esar escondidas no Virkarium, a aniga sede da é no Criador. Um local de grande esruura poderia ser seguro para grupos de bandidos, como já oi mencionado, mas ambém para aqueles que deliberadamene se volaram para a Sombra e agora ocupam adegas e galerias abandonadas, culuando o proano. Vlakir
Dierene de boa pare das caselanias de Belregard, Vlakir é muio recene denro do mapa políico. Foi um reino ormado com a queda do império, assim como Laza, e ena valer-se da glória passada para maner-se firme. Vlakir recebeu ese nome como uma orma de honrar e maner acesa a chama deixada pelos Vlakin, no desejo de unir oda a humanidade sob uma única bandeira. No seio de Vlakir exisem membros de odas as enias humanas, homens e mulheres que realmene viram o lado posiivo na dominância imperial. Para eles, o mundo deveria er coninuado sob o punho firme da dinasia Vlakin e no que depender deles, ese cenário volará a ser o panorama políico e social de oda Belregard. Um ao ineressane, e surpreendene, é que em Vlakir, devido à “raição” da igreja nos momenos em que o povo se desconenou com o império, o ribunal em um poder nulo. Exisem igrejas em que a é no Único é levada a sério, mas a insiuição do ribunal não exerce qualquer influência denro do erriório. Vlakir possui sua própria cede religiosa, que carrega o nome daquela usada pelo império, o Virkarium. O modelo religioso é praicamene o mesmo usado pelo ribunal, mas ese corpo religioso é absoluamene a avor do conrole oal de Belregard sob o punho 11
de erro de Vlakir. Quando o império ruiu, inúmeros senhores de erras compleamene fiéis aos ideais dos Vlakin viram-se alvos de urbas revolosas e assim a união resulane deses mesmos líderes criou o Conselho dos eis. O conselho, uma imensa esruura de pedra aos modelos de Virka, ergue-se imponene na inerseção dos rios que cercam Vlakir. Lá, anigos líderes do império e novos aspiranes e apaixonados pelo ideal reúnem-se para decidir esraégias e áicas para uma possível reconquisa do coninene. O conselho é liderado pelo rei de Vlakir, Hagen, o Gordo, e reúne ambém homens de ora. O ranspore e as viagens esão seriamene compromeidos nese período negro no qual vive Belregard e, dessa orma, a paricipação de “esrangeiros” em sido muio limiada. Moivo pelo qual um dos planos de Hagen é o de superar, ou se equiparar, a Varning no que diz respeio ao comércio, reacendendo o mercado em odo o coninene.
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Uma das primeiras medidas imaginadas por Hagen e seu Conselho, de recuperar o conrole de Belregard, é agir pela diplomacia em um primeiro momeno. Eles êm conseguido se aproximar de Braden e Laza, já que são duas caselanias praicamene enregues à ruína. Belghor ambém surge como uma opção, mas parece disane demais para azer alguma dierença em um apoio miliar ou políico. Sua maior oposiora é, ceramene, Birman, o coração do ribunal do Supremo Oício. Parlouma figura como um aliado em poencial, mas o orgulho parlo em arapalhado os planos de unidade em Hagen. O rei é sábio e em noção de que não poderá agir como os Vlakin, ele precisará er uma maleabilidade muio maior em suas negociações. Varning
Varning surgiu durane a Era do Sangue, quando os burgueses da ainda imponene Virka passaram a enriquecer com o comércio e com a guerra. Sendo censurados pela
própria igreja e acusados de comeer o pecado da ganância aravés da usura, muios deses mesmos nobres migraram para o sul de Virka. Lá, juno inclusive de um dos Puros, um dos homens iluminados pelo próprio Criador, eses comercianes iniciaram uma nova orma de governo. Com o caos ocupando a capial, proclamar uma independência não oi diícil e assim nascia o reinado de Varning.
Parlouma
Parlouma se esende como uma imensa planície lisa ao longo da pare sudese de Belregard. Aniga erra de bra vos cavaleiros, az muio empo que os parlos naivos perderam o conao e mesmo o orgulho por suas raízes guerreiras. Por erem sido o primeiro povo a serem con veridos pelos belghos, na é do Criador, os parlos oram “amansados” cedo demais e a miscigenação enre as enias deu cabo de azê-los esquecer de suas raízes. Ao longo dos anos, espalhando-se pelo mundo ao correr dos passos de seus “irmãos mais velhos”, não demorou que se ornassem os maiores mercadores de Belregard. Na realidade, boa pare da população de Varning é ormada por eses homens e oda caravana cona com pelo menos um deses simpáicos represenanes.
Concenrada em um poro comercial, Varning oi uma das cidades, se não caselanias, que mais progrediu ao longo dos anos. endo echado inúmeros conraos comerciais com praicamene odas as erras civilizadas de Belregard, a cidade conseguiu consolidar o seu poder e sua influência em odos os canos. Quando o império se ergueu, Varning sabiamene recuou, oerecendo um apoio ímido na esperança de ser poupada, mas os agenes de Virka, sabendo do grande conhecimeno dos comercianes sobre as roas, caminhos e perigos do mundo, omaram Varning num dos Durane o período que anecedeu a Era do Sangue, a reprimeiros aos de consolidação do poder imperial. gião de Parlouma era usada como um imenso campo de caça para os reis de Virka. Lá praicavam equiação e amNo período em que as revolas começaram a esourar em bém era de onde vinham os melhores vinhos conhecidos oda Belregard, oi papel de Varning enconrar os velhos – os parlos que se maniveram em Parlouma dedicarammapas e regisros para que se pudesse minar o poder do se a viniculura. Com a aiude de Virka, em doar ceras império por denro. Apesar da viória, os longos anos erras, um oporunisa conseguiu azer de Parlouma seu de conrole cobraram seu preço no enraquecimeno do reino paricular. A siuação só mudou por cona de uma domínio de Varning e nas roas de comércio. Muio ora passagem enre as monanhas de Belghor. Desa passaalerado e abandonado, hoje poucos dos caminhos ligam gem, alguns homens de coração negro, aqueles habianes os grandes cenros à cidade poruária. A grande influência corrompidos pela sombra, esavam começando a passar do ribunal ainda orna diícil uma liberdade como que pelo caminho esreio a fim de espalhar o caos enre as se inha no passado e as chances de Varning parecem esar pradarias de Parlouma. Ese aaque oi um dos aos que melhores no mar. A nova aliança com Dalaran em dado moivou o rei de Virka, na época, em iniciar o chamado às bons ruos, já que são as duas caselanias mais bem es- armas para que os povos de Belregard recuperassem Belruuradas e esa é a melhor chance que Belregard em de ghor. ver-se unida novamene. Durane a ocupação imperial, Parlouma não passou de um Um conselho de ricos mercadores governa Varning, sen- grande campo de reinameno para as ordens de cavaleiros do que a idenidade deses homens é manida em segredo, sacros durane odo o período. Para aqueles poucos que mas ceros juízes apresenam uma ace pública para a po- se lembravam das radições da cavalaria de seu próprio pulação, cuidando de boa pare dos assunos mundanos povo oi diícil ver o Campo rovejane ser manchado e que permeiam o reino. Um velho esigma de Varning em casigado pelos cascos de cavaleiros que visavam apenas volado para assombrar os anigos salões e corredores. servir ao império que lhes oprimia. No momeno em que Nos empos da Era da Conquisa, Varning era consane- a chance da liberdade surgiu, alguns parlos oram conra mene acusada de aividades proanas. Diziam que arás oda a ama de passivos especadores e pegaram em armas de suas muralhas oda a sore de libação, liberinagem e para resaurar sua supremacia local. Aruro, o Alo, surgiu pecado eram permiidas. Isso nunca oi uma verdade, não como líder dos parlos e, monado em seu corcel negro, uma verdade complea. correu os campos de Parlouma convocando a odos para a guerra. O ao é que muios culos proanos prolieraram em Varning exaamene por esa liberdade a mais que os gover- Da queda do império em diane, muia da radição de Parnanes da cidade sempre deram para a população. odos louma em volado à ona. Os cavaleiros Pardos, a mais ainda se lembram do “Uivo Celese”, um grupo de culos aniga das ordens, em eio o possível para recuperar seus que se vesia com cabeças de lobo e praicava a imundice valores perdidos e ouscados ao longo do empo. Os parda Sombra nos mais proundos salões da cidade. los vêm invesindo em uma campanha de miliarização de
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sua caselania, por mais que a desunião marque o erreno políico na região, alguns barões e duques êm buscado a orça. O já velho Aruro não exerce mais a mesma influência em seu erriório e a ausência de um herdeiro legíimo para o rono preocupa muios nobres e inclusive a amília real. No caso da more do rei, a filha do mesmo irá assumir. Isso não seria um problema, se a mão de Aremisa não esivesse promeida a um jovem príncipe de Vlakir. Latza
Cona uma lenda aniga que anes da vinda do Criador ao mundo dos homens, alguns sacerdoes eram capazes de realizar pequenos riuais e eiiços. Eles conseguiam curar doenças e aé mesmo reviver os moros. Poucos dias anes de sua vinda, a ligação espiriual que eses homens inham com o Pai caiu por erra e seus dons oram perdidos. Muios enlouqueceram, como o lendário Mikhail e o iname Baricos. Baricos, o Sereno, oi um homem que enlouqueceu diane da perda do conao com o Criador. Senindose abandonado, mandou que o povo consruísse uma esáua de ouro de um ser que lhe alou aravés de um sonho. raava-se de uma aberração com corpo de leão, cabeça de homem e asas de morcego - uma verdadeira manicora. Presando homenagens ao ídolo proano, Baricos e seus adoradores nem puderam responder a ore represália da mão armada dos religiosos. Dizem que a figura de ouro ficou por muio empo escondida, já que não viram maneira de desruí-la.
ção soridas pelos criminosos e raidores. Considera-se um amplo conhecedor de odas as maneiras possíveis para se erir o corpo de um homem e é por isso que hoje se dedica a uma orma dierene de casigo, o psicológico, o espiriual. Foi ele quem renomeou o Coliseu, alegando er enconrado a velha esáua de ouro no subsolo da esruura. Segundo Vitus relaou a um sacerdoe enviado de Birman, a esáua alou a ele e ensinou segredos anigos. Quando o dio homem sano enou punir Vitus, acusando-o de heresia, o que reornou aos seus superiores em Birman oi apenas uma cabeça decepada e apodrecida em uma cai xa de madeira. Desa orma, Vitus, o Louco, assumiu e conquisou seu devido lugar como rei de Laza. Mesmo que insano e já abaido pela idade, o monarca não é ruim com aqueles sob seu cuidado, mas sabe-se que ele age de maneira paricularmene cruel com qualquer um que raia sua confiança e os picos de paranoia esão cada vez mais comuns.
O Brandevir
As caselanias de Birman e Braden passam por uma siuação dierene. Enquano Birman é uma erra marcadamene religiosa, berço e cenro do ribunal do Supremo Oício, Braden é uma erra arruinada e esá preses a ser anexada. Adianando-se aos conflios de ouras caselanias, como Parlouma e Vlakir, Birman já convoca anigas noções de fidelidade para anexar o erriório, a começar A caselania de Laza é recene, endo surgido com o fim pelo próprio brasão, que invoca o anigo dever de proedo império. A região era usada como um imenso campo ção à muralha sob os auspícios do Criador. Dessa orma, logísico para os Vlakin. Era aqui que eles maninham ambas são apresenadas aqui. boa pare de seu coningene e ambém era onde exisia a maior prisão de Belregard. O campo dos condenados é Birman hoje pare do palácio real de Laza e suas insalações ainda Birman é a sede do ribunal do Supremo Oício. Origiguardam os grios, lamenos e murmúrios de almas des- nalmene pare de um reino maior, separou-se devido a garradas que lá soreram e definharam. Ouro pono de dierenças de pensameno enre o rei e o clero. Lazarus grande relevância denro do erreno de Laza é o Coliseu oi o primeiro rei sacerdoe de Birman e, como al, lançou de Baricos. Na época do império o local não inha esse os alicerces para um governo firme e baseado unicamennome, mas serviu de modelo para uma série de esruuras e no louvor ao Criador. Diane do desejo dos Vlakin em do mesmo eiio, onde prisioneiros digladiavam-se aé a recuperar a aniga erra corrompida de Belghor, Birman more para o diverimeno do público alienado. demonsrou oal apoio, acrediando ser compleamene válida a reconquisa do anigo berço dos homens. A camSendo uma região não muio chamaiva, Laza acabou fi- panha da conquisa oi apoiada e as fileiras de soldados encando relaivamene esquecida quando o império ruiu, já viados para Braden conou com um acréscimo valioso dos que boa pare de seu coningene miliar esava marchan- Cavaleiros Sacros, aqueles soldados reinados pelo ribudo pelo coninene a fim de coner algumas rebeliões. Os nal e saídos das maiores ordens de Belregard. Quando a camponeses que ali viviam se maniveram discreos, en- conquisa se consolidou e os Vlakin iniciaram o processo ando seguir com suas vidas humildes e assisiram, com imperial, Birman maneve-se ao seu lado, sendo o braço cera saisação, a posse de um anigo soldado. Em verda- que omenou oda a míica e cuidou da menalidade do de, Vitus nunca oi um soldado. Ele assisiu de pero udo povo para que odos pudessem ser capazes de enxergar a o que ocorreu no grande cenro prisional de Belregard e glória de um império unificado dos homens. acompanhou por muio empo odas as ormas de puni-
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ções, enando maner o conrole das muias abadias e capelas espalhadas pelo coninene. Sua relação com Braden volou a ficar complicada diane da aual ruína que cerca o reino irmão. Pouco a pouco Birman parece esender a mão para ajudar Braden, mas na inenção de novamene unificar as erras e alvez equiparar-se ao florescene poderio de Vlakir. Laza ambém é um poencial aliado, basando irar o louco do poder, mas as condições geográficas ornam ese esorço complicado, já que um largo e caudaloso rio separa os reinos, além de um imenso pânano. Braden
No passado, Braden era um imenso reino unido a Birman, mas devido a desenendimenos enre a nobreza e o clero, houve a divisão. Foi ormado sob o punho juso e firme de um dos Puros. Leoric oi um dos homens mais corajosos que o mundo já conheceu e sua bravura inspirou legiões de anos ouros para abandonarem seus lares e ficarem ao seu lado juno da muralha do Brandevir para deender a civilização das danescas invasões vindas da negra Belghor. Naqueles empos, o reino ao sul, localizado no anigo berço da humanidade, havia sido declaradamene corrompido pela Sombra Viva e assim enava aingir BelDurane o período Imperial, Birman maneve-se com oda regard. Enviava com requência homens e maquinários sua glória. Sendo uma das maiores aliadas dos Vlakin, a erríveis para derrubar a muralha. caselania superou sua aniga irmã, e rival, Braden. Sendo ela mesma culpada pela dependência criada, já que não haNo período da conquisa, anes da consolidação do im via mais o inimigo em Belghor. Como a radição dos Karn pério, Braden mosrou-se compleamene avorável à oi manida pelos imperadores, onde odo monarca deveMarcha dos Vlakin e aceiou, com isso, a ajuda de bom ria ser acompanhado por um sacerdoe de alo poso para agrado. No período da lua, os Leões de Braden rugiram lhe aconselhar e subsiuir em ceros momenos, o conronos campos de Belghor e fizeram valer a vonade do criale de oda Belregard oi assegurado, não só pela orça, mas dor, livrando aquela erra do julgo da Sombra. No que se ambém pela é de odo homem moral. Os sacerdoes de seguiu à conquisa, muios dos soldados de Braden ormaBirman alegaram, na época que precedeu a queda, que o ram as primeiras fileiras do exércio imperial, o que deu império esava sendo desviruado de seus nobres moivos. oda a moral da qual eles precisavam para apoiar o goverEsavam se enregando ao marasmo e sendo conquisados no e como viviam num regime exremamene auoriário pelo poder, abusando do povo e comeendo aos heréie severo diane da muralha, para eles nada daquilo era nocos. Para alguns esa oi uma mera esraégia para se colo vidade. Para os Leões ubros, já era hora de alguém omar carem ao lado do povo quando a ideia de que udo mudaas rédeas do mundo, agarrá-lo pelo pescoço e orçá-lo a se ria oi percebida. Fao é que o aasameno do ribunal do ajoelhar diane da ineviável supremacia dos homens. BraSupremo Oício das aividades de Virka serviu como alerden inha sido criada para coner os avanços de Belghor e, a de que era mesmo hora de abandonar o poder. alvez assim que o inimigo ora vencido, a erra caiu em desuso. enha sido esse o sinal que muios esperavam receber para Durane o período imperial, Braden oi usada como uma agir. A rebelião conra o império nunca oi oficialmene roa de recursos enre Belghor e Virka. Por onde caravanas organizada, o que se assisiu oi uma série de revolas espassavam com armamenos e mercadorias para colocar a ourando aqui e ali a pono do império ruir por denro. Se aniga erra corrompida nos eixos. Além disso, ornou-se houve algo maior arquieado pelos sacerdoes de Birman, o campo de reinameno de boa pare das ordens de cavasó se pode especular. los, inclusive dos imperiais, a elie mais bem preparada. Hoje, Birman ainda é o cerne da é em Belregard, mas a aual siuação do mundo, sem roas seguras de comércio e viagem, o conao enre os sacerdoes de ouras erras em se ornado muio diícil. Por vezes Birman emprega seus Cavaleiros Sacros nesas missões de busca de inorma-
Com o fim do poder em Virka, Braden enrenou péssimas condições e quase oi anexada pelas caselanias que a circundavam, inclusive Belghor. O que impediu a separação do reino oi a imposição dos próprios cavaleiros. Os u-
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bros oram acusados de raição quando um deles, Norvik, assumiu o conrole da região como uma espécie de diador e guerreiro. Muios soldados o seguiram e o povo via mais semelhança com aquele homem bravo do que com os agenes do império – quando ese finalmene ruiu, com um esorço somado de Norvik e seus homens do lado lese do coninene. O uuro parecia reservar um desino glorioso para a caselania de Braden, mas udo mudou com a more de Norvik. O reino é, aualmene, uma erra de racos governadores e anigos cavaleiros nomearam-se senhores de ceros pedaços de erra. Quem rege o reino é uma mulher, Anasásia, filha de Norvik. Ela cuida das caselania aé que o próprio filho enha idade para reinar. O pequeno Norik é filho de um cavaleiro que oi moro em baalha, por isso muio em se deposiado na criança e esa siuação só dei xa pior a condição de Braden no aual cenário políico. Ao nore duas caselanias em dispuado influência enre seus salões. Birman promee uma reconciliação e a resauração do anigo reino de Birmanen e Vlakir esende uma mão amiga que diz ajudar na resauração dos cavaleiros. Aualmene, Anasásia em preerido acordar com os parlos, que parecem menos ineressados em aproveiar-se de suas erras e uma aliança com Aruro não parece algo impossí vel que aconecer. Belghor
O vale éril ao sul de Belregard já oi palco de inúmeros aconecimenos que aearam oda a população do mundo. No principio, Belghor oi lar das Crianças Cinzenas, os próprios povos humanos que se espalharam para odos os canos do planea. Poseriormene, oi onde a Sombra viva se insalou por longos anos, marcando a erra sagrada com seu reinado de error. O que aconecia, exaamene, por rás das imensas monanhas negras é impossível dizer. Poucos relaos dão cabo de alar sobre os aconecimenos denro de Belghor no período em que a Sombra reinou. E mesmo dizer que oi um reinado da Sombra é errado. Dierene do Criador, ela nunca eve uma presença ísica. Seu reinado ocorre na escuridão, aravés de sussurros e manipulações. A Sombra não lua, mas domina, engana e desrói indireamene, aos poucos. O que se eve, aparenemene, oi um domínio direo de um rei influenciado pela Sombra. Durane seu reinado, que parece er durado muio mais que uma geração de morais, os grupos humanos que haviam se manido no vale oram escravizados e usados numa exploração sisemáica do ambiene naural. Ergueu oralezas e programou a mealurgia nos salões suberrâneos de seu próprio caselo. Dizem que ese monarca corrompido oi Bövrar II, o mesmo que já havia sido rei de Virka nos primórdios
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do reino. Algo humanamene impossível, mas as lendas coninuam e se espalham. Um inexplicável avanço parece er exisido em Belghor, já que imensas máquinas de guerra, consruídas a erro e madeira, saíram das monanhas para aacar a muralha de Braden. Nenhum deses projeos oi enconrado e o que resa de prova da exisência de ais máquinas são relaos e regisros anigos de homens que luaram naquele empo. Homens de coração negro habia vam Belghor e oram eles que fizeram resisência aos avanços dos conquisadores dos Vlakin. A lua para a reomada do vale oi longa e nela se perderam muias vidas. Quando invadiram o caselo do iname rei negro, o grio de viória se espalhou pelos campos casigados como o anúncio do alívio da própria erra sacrificada. Ao longo dos anos que se seguiram, a core do império ez sua moradia em Belghor, como orma de confirmar a viória dos homens. Muios esperavam por um novo sinal do Criador no momeno da reconquisa, mas ese não veio. Não demorou em que a popularidade de Belghor como cenro da core caísse e assim o eixo Virka – Dalanor – volou a ser usado. A erra de Belghor não conava com um rei, mas com um Arquiduque. Durane os longos anos do império, Belghor enou se recuperar da siuação em que ficara por longos séculos. Boa pare da população de Belregard, nobres ou camponeses, inha receio do lugar e mesmo com a conquisa, ardou em aceiarem viver naquela erra. Para os que já viviam ali, oi realmene um alívio e os sacerdoes os fizeram passar por longos momenos de sermões e ensinamenos em uma enaiva de purificar o povo possivelmene maculado pela sombra. Ceros locais anigos ainda exisem, como a pedra angular onde Morovan ez seu primeiro discurso para desperar os homens para a graça do Criador e por isso imensas procissões oram eias, levando fiéis de odos os canos do mundo a conhecer aquele erreno conquisado. Com a queda, o úlimo Arquiduque ornou-se rei e demonsrou grande desejo em maner seu cargo como al. Devido ao isolameno naural de Belghor com o resane do coninene, Malik II, filho do primeiro rei, não em grande ineresse em maner relações com o resane dos reinados de Belregard. O monarca julga que sua caselania é auossuficiene e com o povo sendo respeiado e vivendo para produzir, ele não precisa emer problemas imediaos. O que preocupa Malik é a nobreza de sua erra. Alguns nobres concordam com o isolacionismo de Belghor, mas ouros desejam paricipar de uma políica maior e assim em enado influenciar o rei quano aos acordos comerciais que poderiam ser aberos. Pouco anes da era da conquisa, homens de coração negro aacaram Parlouma por uma passagem enre as monanhas. O rei em ido cero ineresse em redescobrir esse caminho para criar uma
nova roa e assim não precisar parar por Braden ou Vlakir em qualquer uma de suas viagens para o lado de ora - isso ceramene acalmaria a nobreza. O que realmene esimula o rei é a oporunidade de conhecer novas erras, por isso uma saída para o mar lhe seria muio agradável e cada vez mais ele em se ineressado por explorações e conquisa de erras além de Belregard. Em verdade, a possibilidade que Belghor abriu para os povos do nore oi a ideia de uma nova conquisa. Para o sul, ao fim do vale, exise oura saída, cercada por imensos porões e esáuas de figuras enigmáicas. Para além dese caminho se esende uma imensa maa e à medida que segue, o clima fica mais quene.
Os corajosos alam sobre a lenda de Dálan, alegando que o anigo rei dos Dalanos eve um filho e que ese herdeiro ainda vive adormecido em uma ilha no mar, aguardando o desperar para novamene guiar o povo com honra e orgulho. alvez esa lenda explique as recenes alianças enre Dalanor e Varning e o apoio do rei ao comércio maríimo, ainda muio raro e carene.
O erriório de Dalanor é orrado por floresas de árvores largas e alas. Um diado popular diz que “odo dalano vive à sombra da própria árvore” e dessa maneira o povo preserva e nure grande respeio pela naureza. Viso de cima, Dalanor parece um imenso carpee verde, poniDalanor lhado por grandiosas orres de pedra em ceras pares e O povo de Dalanor susena uma míica muio poderosa. mesmo denro das maiores cidades a naureza é preservaSegundo conam as lendas, ese reino oi o lar do mais da, sendo que grandes praças e parques esão ao lado de valoroso dos homens, o ei Dálan. Dálan é pinado nas ediícios de pedra. apeçarias à orma de um leão e encarna assim os valores da honra, coragem e liderança. Para alguns, iso pode ser Dalanor oi um dos poucos reinos a dar coninuidade a sinal de que a aniga Dalanor oi lar de Selvagens, mas a uma unidade coesa com o fim do Império e ao lado de maior pare dos dalanos caçoam deses boaos e alegam Varning em enado maner-se firme nos novos rumos a mera inveja dos diamadores. A are e a música permeia do mundo. Faz roneira ao lese com Varning, com quem esa sociedade e parece ser algo que corre nas veias de goza de cera confiança e ao oese com Viha. Os bárbacada homem ou mulher. Por serem um povo de excelên- ros são velhos aliados de Dalanor, mas depois da aliança cia, os Dalanos azem udo com minúcia - mesmo que dê imediaa com o império, muios se resseniram. Mesmo em algo ligeiramene dealhado; de beleza assusadora. muio empo depois, os Dalanos sabem que não podem Um espadachim dalano pode não ser o melhor viso em mais conar com os vihs como anigamene. Ao nore fica Belregard, mas de cero que nenhum homem viu adversá- asov que já cobiçou odo o reino no passado, mas hoje é rio mais gracioso. sabido que ese mal é um dos menores, ainda assim, diane da impoência do rei, alguns nobres se manêm vigilanNa época do domínio imperial, Dalanor ornou-se um es. dos principais ocos da core. Em seus momenos de descanso, os imperadores ocupavam os mais belos salões e se Viha enregavam aos mais variados esejos. Em ceras épocas, Viha nasceu como uma resposa dos bárbaros da planície Dalanor ornava-se a capial do império, já que assunos conra a exploração vinda de asov. Naivos de uma erra imporanes precisavam ser raados e uma viagem para ancesral, os vihs represenam um dos povos mais erozes Virka esava ora de quesão. Dessa orma, quando volou de Belregard. Orgulhosos de sua culura, mesmo durane a er sua independência, ese reino oi uma das poucas cas- os anos em que viveram sob influência do ribunal, eses elanias a maner uma unidade ore e um rei no poder. homens maniveram muias de suas radições bárbaras Devido a er conao com grande presença imperial nos mascaradas em culos e louvores, em um pereio sincreidos da Era da Conquisa, a presença da igreja ambém é ismo religioso. Viha ora, por muio empo, uma erra muio ore nos dias de hoje, sendo que ela divide poder dominada pelo ribunal, mas inerpreações dierenciadas com o rei – al maior que ele em ceras ocasiões. da é sempre oram oleradas enre suas roneiras. Aparenemene eria sido esa a única maneira de maner os Galdrich, o Belo, é rei de Dalanor e az o possível para man- bárbaros sob conrole. er o conrole de seus súdios. Não é um monarca cruel ou diaorial, moivo pelo qual em enrado em conflio com Os anigos e mais imporanes aliados dos dalanos se senos represenanes do ribunal do Supremo Oício em seus iram raídos quando eses aceiaram de bom agrado a indomínios. Diane do punho rouxo do monarca, a igreja fluência do império denro de seus salões. Viha oi uma sene-se no direio de agir e assim emprega o seu pequeno, das maiores oposioras ao poder do Império e o combae mas bem reinado, coningene de Cavaleiros Sacro San- abero dominou os campos do reino durane os primeiros os para cuidar dos assunos que ogem ao seu conrole. anos da ocupação. Demorou muio para que os vihs os Alguns dizem que o rei não passa de um desineressado. sem acalmados e isso veio numa nova conversão orçada.
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Muios filhos oram omados dos pais, levados para a igre ja. Coube praicamene a oda uma nova geração o papel de acalmar os homens do nore. Ainda assim, ao longo de oda a exisência do império de Virka, uma ou oura revola esourava em Viha. Muios dos vihs se separaram de seus enes queridos já que grupos ineiros oram mandados para longe, espalhados por Belregard, a fim de lhes irar a união que dava ana orça. Além disso, a criação da Grande Viha pareceu acalmar os nobres enre os civis, quando o erriório de Igslav oi incorporado ao de Viha, siuação que mudou depois. Durane a queda do império, os vihs oram os primeiros a pegarem em armas a fim de luar conra poder absurdo que começava a desruí-los. Mesmo que a hisória conada seja a de que a igreja - o ribunal - livrou os homens do julgo maligno de um governane vil, aqueles que luaram, e ainda se lembram, podem confirmar que o sangue dos lobos oi usado para que oda Belregard novamene respirasse o ar da liberdade. Com a reconsolidação do domínio em Viha, muios enaram reornar para sua aniga erra, mas a insabilidade geral razida com a queda do império ornou esa uma area muio diícil para a maioria dos homens que oram aasados de seus lares. Viha ainda se recupera desa ore descenralização e o número de esrangeiros, belghos, dalanos e aé igslavos, é muio grande. A aniga monarquia recuperou seu poder, na figura de adu Ignasov. Seu nome pode denoar uma maior relação com os igslavos, mas o caso é que mesmo eses azem pare do povo vihs, por isso são visos como raidores por seus semelhanes. alvez com o reorno do sangue nobre dos Ignasov, o sonho da Grande Viha possa reornar e desa vez com a verdadeira moivação de resaurar o orgulho do povo.
mulheres undaram um povoado sob as sombras das monanhas que dominam o nore de Belregard. Assim nasceu a irresolua asov. Por longos anos ora erra de valenes soldados e lendários cavaleiros, os mais bem reinados homens de oda a Belregard – Cavaleiros Alvos. Com a queda do grande líder que undou o reino, brigas inernas dividiram o erriório e visando a não ragmenação, surgiu o Baronao de asov. Um conselho de barões cuidou dos negócios do domínio por um longo empo e só viu sua unidade resaurada nos idos do Império de Virka. Sendo os maiores influenciadores dos bárbaros do sul, especialmene os igslavos, os homens de poder em asov guardaram uma imporane lição em sua hisória. Quando o império deu indícios de que iria raquejar, eses homens rapidamene se volaram aos seus anigos aliados e mesmo com oda a divisão que exise hoje, no senido de muios senhores numa única erra, o Principado de asov ane xou definiivamene a erra de Igslav e assim volou à sua aniga orma de governo, onde um conselho de senhores de erras omam boa pare das decisões em conjuno. Esa medida oi omada para que os igslavos ambém ivessem direio nese novo domínio e assim ocupassem as cadeiras da nobreza ao lado de seus anigos companheiros. É claro que esa modalidade de governo abre brechas para inúmeros conflios e mais de uma vez lordes armaram seus súdios para a baalha campal. Apesar disso, aé hoje, esa paz ênue se maném. Prona para ser desruída com qualquer deslize na core. asov é uma erra ria, principalmene em sua porção nore. As monanhas se erguem no horizone e nunca oi eio um esorço para dominar os selvagens vogos que as ocupam. Seu erriório é quase sempre manchado pelo branco da neve e na direção do sul o erreno é omado por uma vasa floresa, conhecida por aiga Branca, uma área que guarda muio significado para os povos que habiam o erriório de empos passados. Na pare lese, próximo à cosa, não exise maa e o que se esende é uma imensa planície, a Planície de Ig. Quando os bárbaros se volaram para os belghos, adoaram o nome de Igslavos, numa evidene reerência a dia planície.
Em Viha exise uma valorização dierene do resane das caselanias, aqui pequenos proprieários de erra enconraram uma maior prosperidade e com isso puderam invesir em sua própria deesa, mas ao invés de se isolarem como senhores de si mesmos, eles engrossam as fileiras dos exércios, agindo como homens livres denro das ropas. Boa pare deles compõe grupos de arqueiros e alguns homens de inanaria reinados no uso de espadas e lanças. Hoje, as aenções do principado esão voladas para Viha, sua vizinha a oese. Os selvagens homens da aiga Branca recuperaram suas radições com a queda do império e O Principado de astov Exise uma lenda muio aniga, que daa da Era das e- ainda se ressenem de oda a raição engendrada por seus velações, que ala sobre a Legião Fanasmagórica. Segun- irmãos. Dalanor não é mais o grande oco de conquisa do a lenda, durane a Guerra das Crianças, um dos filhos dos barões e líderes de asov, já que enconraram erras basardos do rei moro pariu com um grupo de seguido- propícias ao planio no sopé das monanhas que cercam res, e suas amílias, para conhecer novas erras e ugir das Virka. dispuas covardes em Virka. Chegando ao exremo nore, depois do conao com os bárbaros vihs, eses homens e
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Brasões das Castelanias de Belregard 19
Capítulo IV – Da Lei e da Fé A Sociedade de Belregard
A sociedade se divide em casas, mas é preciso observar aenamene esa divisão e sua esruura volúvel. A maior moeda de roca em Belregard não é o ouro, mas sim a lealdade. A sociedade esá mergulhada em um caos desde que o império caiu e sua esruura modificou-se nese novo panorama. No passado, o poder cenral, do império, era aquele visado e esperado por odos. Com a queda do mesmo, o poder local passou a ser valorizado. Camponeses abandonaram suas erras para enar a vida em um lugar mais seguro, onde um nobre poderia dar-lhes proeção. Iso criou cera mobilidade um pouco mais rouxa na casa e divisão inerna do rabalho. A ideia de um camponês que sobe na vida não é mais ão esranha nos dias de hoje e os comercianes são prova disso, com suas grandes posses e íulos concedidos por ouros nobres.
em poucas chances de mudar de vida, já que sua paricipação como alicerce das ouras casas é muio valorizada. A maior pare da população de Belregard ocupa esa posição, rabalhando duro ao longo de suas vidas, relai vamene breves, para maner a nobreza e o clero em suas condições conoráveis. Denro do íulo camponês enconram-se algumas divisões disinas. Exisem os servos, os mais baixos denre os mesmos, sendo melhores apenas que os bandidos. Devem suas vidas aos seus senhores, que em odo o direio so bre suas parcas posses. A produção de um servo vai quase oda para o seu senhor e ele maném apenas o suficiene para sobreviver. emos depois os homens livres que, mesmo ainda vivendo em erras de senhores, conam com uma cera quanidade de posses pessoais, algum dinheiro e possibilidades denro da sociedade. Como um braço dos homens livres, em surgido em Belregard uma divisão disina de homens dedicados ao comércio. Eles já são mais comuns em Varning e quase inexisenes em Braden. Aqueles que Lutam “Militantium” - A nobreza esá logo
Aqueles que Trabalham “Operantibus” - Seja ele de
Virka ou de asov, o homem simples de Belregard leva uma vida semelhane em odos os canos do coninene. Fadado a azer pare da parcela mais baixa da população, seu papel denro da sociedade é o de alimenar e calçar o caminho para a nobreza. Sem qualquer insrução ou conhecimeno eórico, os camponeses dedicam-se a areas práicas de produção no dia a dia. A criação de animais e o culivo de erras esão enre as principais aividades deses homens simples e humildes. O campesinao é ão absoro que nem mesmo calcula o empo com grande precisão. udo que lhes ineressa é saber em que esação esão, para que a erra possa ser rabalhada. Um camponês 20
acima dos camponeses e ambém se divide em ceros esraos com paricularidades próprias. Os pequenos proprieários de erras muias vezes não carregam qualquer íulo de nobreza relevane e êm, aos poucos, junado laços com os homens livres comercianes, dando origem a pequenos cenros, os burgos. Lá, promove-se a união de ouros homens, livres ou não, para o comércio inerno. Ferreiros, carpineiros e oda a sore de oícios junam-se em praças largas para griar alo o preço de seus produos e serviços. Os condes figuram como primeiro íulo nobre de real valor. Suas propriedades não são vasas, mas podem gozar de uma relaiva paricipação denro da core de seus respecivos reinos. Enquano em viagem, os condes podem nomear um subsiuo para coordenar seus domínios e eses viscondes êm poderes limiados nesas ocasiões, apesar de sempre serem da confiança do conde. Em seguida vêm os barões, que não dierem muio em poder, mas sua influência miliar é maior. Normalmene eses íulos são dados àqueles que demonsraram coragem no campo de baalha. O maior dos íulos que um homem pode er, denro da nobreza, é o de duque. Os ducados são quase como esados denro do esado e os monarcas são sábios em reservar ese íulo apenas aos mais confiáveis súdios. É desa casa que surgem os mais proeminenes cavaleiros de Belregard. As ordens cavaleirescas aceiam membros vindos de qualquer esrao social, desde que enham uma paronagem
digna. É raro que camponeses consigam apoio o basan- inicie esse caminho desde cedo. Os pajens, razidos pelos e para sagrarem-se cavaleiros e ceros filhos de duques já seus pais aé as igrejas, oerecem ambém uma espécie de são educados desde jovens para ornarem-se escudeiros. doe, geralmene em dinheiro, para cusear seus esudos. Esa quanidade varia muio de valor e geralmene cara Em erriórios onde o conflio é consane, como em Viha demais para que amílias de camponeses coloquem seus e Braden, os marqueses são escolhidos enre os barões de filhos no clero. A nobreza maném o cosume de mandar maior renome e sucesso miliar. A eles são dadas marcas, o segundo filho para esudar juno à igreja. Enquano o pedaços de um erriório de roneira, muias vezes denro primogênio irá suceder os negócios e posses dos pais, do erriório de ouro nobre, como um conde ou duque, e o segundo filho esá adado ao aprendizado monásico. eses devem subordinação ao marquês, no que diz respeio ornando-se prelados, depois de alguns anos de esudo, à guerra. No opo da nobreza esá a figura do rei, deenor jovens são mandados para igrejas e capelas em áreas aasde odas as erras de uma deerminada região e que, me- adas dos grandes cenros e da core. É neses locais que diane auxílio miliar e logísico, cede ceras pares para os aspiranes a sacerdoes aprendem sobre os verdadeiros nobres e camponeses. A amília regene e seus relaciona- misérios de Belregard. Lidando com a supersição de dos cosumam abiar caselos, quase sempre consruídos camponeses e endo que lhes orienar em suas ransgresem locais alos, e ao redor deses espalha-se uma peque- sões, muios candidaos desisem da vida sacerdoal. na comunidade de servos. A core em seu lugar ao redor deses basiões do poder real, conano com moradias de Os bispos e arcebispos gozam de uma imporância, denro nobres e pousadas especiais, para aender a realeza e aos da sociedade, comparada a dos barões. Não é incomum influenes quando visiam deerminadas cores. ver represenanes desas classes como conselheiros de grandes líderes. Os maiores represenanes dese círculo Aqueles que ezam “Orante” - Juno dos nobres, e am- são nomeados Oradores, um íulo especial que em di bém subordinados ao rei, esá o clero. Dividido em deer- reios ão grandes quano os de um filho de rei. Em núminadas ordens, que inerpream de maneira paricular as mero limiado, exisem em apenas rês grupos, um para ideias deixadas pelos Puros que acompanharam o Único cada segmeno da é. Em Birman exise ainda o íulo de em suas andanças pelo mundo, os sacerdoes influenciam Eleio, um homem iluminado e escolhido pelos Oradores. oda a sociedade. As rês principais visões de mundo reli- Ele divide o poder com o rei e ambém cosuma liderar o gioso são lições passadas pelos homens que caminharam ribunal do Supremo Oício. ao lado do Criador. Alec pregava o oal desapego aos bens maeriais e aé aos senimenos mundanos. Ese andarilho O Martelo do Juiz oi o responsável pela criação do ribunal do Supremo Oício, dando cabo de execuar aqueles que conrariam Punição e orura - O período violeno que Belregard a vonade do Único. Segundo sua visão, os homens são aravessa é moivo de barbárie e senimenalismo cruel e culpados pela more de Deus e hoje devem viver em peni- impiedoso, induzindo os legisladores a uilizar os horroência, pagando por ese crime vergonhoso. É somene no res das oruras e casigos para maner a lei e endireiar os oal desapego que se pode novamene enrar em conao prisioneiros. Câmaras de orura e masmorras são pares com o Pai de odos. Leoric, encarnação do soldado divi- imporanes da arquieura de muios caselos. Definiino, não chora pelo sacriício do Único, mas o apona como vamene, a uilização da orura como orma de punição a úlima direção que o Criador deu aos homens e que ago- é um meio oalmene legíimo para azer a jusiça, para ra eles devem honrá-lo seguindo o mesmo caminho. Por exrair confissões ou ober inormações sobre um deerisso os conflios esouraram em Braden, região omada minado crime. por Leoric no passado, em seu conrono consane com as orças negras de Belghor. Por fim, o pragmáico Lazlo Ouro meio de punição muio uilizado nos empos auais crê na oal inocência da humanidade. Se Deus sacrificou- é o vexame publico, onde o alvo poderá ser colocado em se para perdoar seus pecados, ele não deve mais nada e é praça publica ou ser amarrado para ser alvo de omaes poem nome de um progresso e evolução que o próprio sa- dres e aé mesmo pedras. cerdoe influenciou a criação do reino mais cosmopolia de Belregard, Varning. Apesar disso, morreu deendendo a As câmaras de orura são localizadas nas pares mais bai busca pelo saber e auoconhecimenos como a mais nobre xas dos caselos e suas enradas cosumam ser sinuosas, das aividades humanas. projeadas para abaar os grios de agonia de suas víimas. Elas são requenemene muio pequenas, medindo apeDenro desas ordens a divisão é basicamene a mesma. nas 8 meros quadrados, no qual cerca de 10 a 20 prisioQuando alguém deseja ornar-se sacerdoe, o ideal é que neiros poderiam ser encarcerados ao mesmo empo.
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Jusiça Feudal e a Adminisração Judicial - O poder legal oi dado ao ribunal como uma herança quase divina e esabelecida por Bövrar I, ele é a maior base legal conhecida, sendo que cada suserano em a palavra final sobre suas erras. Ese por sua vez não em o inuio de aender as exigências públicas, mas sim ser responsável pela manuenção do poder. Porem exise um ao imporane, assim que o ribunal osse iniciado, ano o acusador quano o acusado recebem o mesmo raameno, sendo ambos presos, e o requerene, caso enha perdido a causa, sorerá a mesma pena que o réu caso ele ivesse sido condenado. O Jurameno - Mosrando sua brualidade, o ribunal não exige que o acusador prove sua acusação, o ônus da prova esá sobre o acusado, que deve livrar-se da acusação, se ele puder azê-lo. Um jurameno normalmene é a orma mais uilizada para provar a inocência, porem além do acusado, algumas esemunhas arão o “jurameno de auxilio”, sendo eio em sua maioria por parenes ou amigos que juram acrediar na inocência do réu. A quanidade desses “juramenos de auxilio” varia de acordo com a gravidade do crime e ao poso do acusado. Ese méodo é oalmene ineficaz caso o acusado não enha uma quanidade saisaória de pessoas que possam lhe auxiliar. Caso seja confirmada a culpa em um período uuro, odos àqueles que juraram serão acusados de comeer perjúrio ao ribunal. O jurameno é um processo muio solene, envolvendo uma liania sacerdoal, onde os acusados são adveridos sobre o casigo divino por erem jurado alsamene.
O Duelo Judicial - A orma arcaica de julgameno que araiu especialmene aos nobres guerreiros oi o duelo judicial - um julgameno por combae. O acusador e o acusado luam uns com os ouros, e o vencedor ganha o caso. Acredia-se que, pela graça imerecida do Criador, o inocene em vanagens sobrenaurais e assim é capaz de vencer a perjura em seu nome. Quando um dos adversários não pode luar, é permiido que ouro campeão assuma o seu lugar. Embora o duelo judicial enha caído em desuso em boa pare dos ribunais de Belregard, ele ainda coninua a ser empregado, em paricular, como meio de solução de conrovérsias que envolvem a honra de um homem. O Peso da Fé
O ribunal - Hoje, independene de oda a reviravola religiosa que marcou a hisória de Belregard, o ribunal do Supremo Oício é o basião da é dos homens. Ele oi criado em 988 DA por Alec, um dos escolhidos para caminhar ao lado do Único em sua vinda ao mundo dos homens. Apesar disso, o ribunal em uma hisória conroversa e marcada por pequenos escândalos em que o abuso do poder e a acusação da avareza mosram-se mais comuns do que deveriam ser. Além disso, as mores dos Puros sempre oi um assuno discuido com cuidado denro dos círculos eclesiásicos. Se por um lado eles oram homens de uma é sem igual, que ouviram as palavras do Criador saídas direas de sua boca, por ouro iveram mores horríveis que pareciam ir compleamene conra o que se esperava do mesmo. Apesar disso, em 990 DA, o Eleio Lázarus proOs Ordálios - As consequências de um also jurameno clama o perdão àqueles rês homens, cuidando para que não ocorreram apenas uma vez, assim, aos suseranos oi a conribuição de cada um esivesse presene no cerne do dado o direio de impor provações aos culpados na espe- ribunal. rança de apelar ao Único, onde Ele espiaria e perdoaria os erros comeidos. Os méodos mais usados eram obrigar o A Herança dos Puros, Alec, Lazlo e Leoric, e a orma como acusado a caminhar descalço sobre brasa ardene, enfiar esas medidas oram omadas, dividem-se da seguine maa mão em uma chama, carregar um pedaço de erro em neira: No núcleo do ribunal ficam as lições deixadas por brasa aé uma dada disância, ou o mais cruel, banhar o Alec, sob a supervisão consane dos sacerdoes a udo que acusado com água ervene, sendo que após os ordálios, possa ser inerpreado como corrupo e pecaminoso. Uma caso o alvo cicarizasse suas eridas em rês dias, ele era vigilância plena e um alera perpéuo. Além disso, exisinocene, caso não o fizesse, ele era culpado. Um méodo em as Ordens Mendicanes, a maior lição de Alec para o arcaico de julgameno consisia em lançar um homem mundo. Esas ordens espalham seus reis pelas cidades de que jurou a inocência em água ria, com a ideia de que a Belregard e eses grupos de monges desapegados aos bens mais pura água ria rejeiaria o criminoso. Porano, se o maeriais cosumam perambular ao redor de grandes cenalvo fluuar ele é culpado, se ele aundar é inocene e deve ros populacionais, pregando e vigiando, num conao diser resgaado. Apesar desses méodos, em alguns casos os reo com a população que cosuma adorá-los, por veremsuseranos ordenam que seus capaazes averiguem pisas nos como seus semelhanes desaorunados. Da pare de sobre a evidencia do possível crime, denro desse perío- Lazlo o ribunal emprega uma suil acumulação de bens, do muios acusados preerem se conessar, eviando assim o que serve apenas para a inerpreação dos leigos, já que o que seu senhor incorrera à ira de Deus, submeendo-o a legado de Lazlo é muio mais proundo, complexo e periprovações ísicas. goso que isso. Os undos que a igreja consegue arrecadar, de doações e cobranças simbólicas, são usados para que
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seus serviços coninuem à disposição de odos os homens civilizados. De empos em empos algum abuso quano a isso ocorre, o que gera uma grande insaisação popular, mas ainda não ocorreu nenhuma hosilidade abera com relação a iso. Oculos no Clausro, os monges que seguem os preceios de Lazlo com mais afinco se dedicam a uma busca apaixonada pelo conhecimeno. Uma busca que cosuma ser perigosa para eles mesmos, quando pergunas inconvenienes são levanadas. Com Alec represenando o cerne vigilane do ribunal e Lazlo dando-lhes o embasameno eórico para sua lua conra a Sombra, Leoric ficou responsável por deixar a disciplina miliar para os agenes do Único. Os Cavaleiros Sacros, um grupo de elie reirada das fileiras das ordens de cavaleiros mais proeminenes de Belregard, age como o braço armado do ribunal, execuando suas ordens e purificando o mundo quando um alvo corrompido é aponado pelos Oradores. Os rês Sacramenos: Nos anos que se seguiram à Era do Sangue, Belregard experimenou um inenso crescimeno populacional. Diane da nova paz, mesmo que ênue, camponeses, nobres e aé mesmo sacerdoes aumenaram o coningene de suas classes. Ao longo de sua vida, um ha biane de Belregard passa por rês Sacramenos divinos. Seja qual or a visão de é que ele siga, eses rês momenos são celebrados de maneiras disinas: o nascimeno, o casameno e a more. Eses são apenas os rês maiores sacramenos, não os únicos. •O Primeiro Sacramento – O batismo das crianças. •O Segundo Sacramento – O casamento. •O Terceiro Sacramento – O velório.
a quilos. Ese livro se enconra, hoje, guardado na cede do ribunal em Birman e apenas os Oradores e o Eleio êm acesso a ele. As pares que são uilizadas em missas são meros resumos copiados pelos monges e disribuídos para aqueles que necessiam da Palavra. A exceção a essa regra fica por cona da Vulgaa de Lazlo, uma radução de oda a Liania eia pelo Puro e disponível nos emplos de Varning. De maneira lógica, a Liania é um relao ísico da hisoria, e inúmeras vezes suas escriuras são consuladas na esperança de enconrar um mediador para siuações confliuosas no mundo dos homens ou dos espírios. As Cinco Provações
As Cinco Provações represenam as raquezas humanas mais perigosas, capazes de corromper a alma e enregar o fiel à Sombra. As Cinco Provações não aparecem na Liania do Único. Elas oras escrias originalmene por Ivárius, um sacerdoe que se isolou do mundo por vola de 800 DA. Suas reflexões o levaram a conhecer a si mesmo e assim pôde aponar e caalogar udo aquilo que ornava os homens perigosos para o mundo e para si mesmos. Ele esudou sobre a Era da Vergonha nos raros omos exisenes em sua época e pôde consaar que boa pare do que ele julgava pecaminoso era praicado aberamene pelos Sel vagens e pelos homens ainda sem direcionameno na Fé. O pecado pode possuir uma pessoa, habiando seu corpo e comandando sua vonade. O Eleio Lázarus, que oi o mesmo a oficializar os pecados quando se ornou a liderança denro do ribunal, idealizou cada um dos pecados como uma enidade à serviço da Sombra, chamadas de
A Liania do Único - A Liania consise em um imenso omo escrio inicialmene por Morovan, o Velho, assim que ele direcionou a é dos homens ao Criador. Morovan escreveu as palavras do primeiro livro da Liania no idioma de Deus, incompreensível para a maioria dos homens. Assim que se insaurou o cosume da regência dupla, com um Karn e um Eleio, eses Eleios acrescenavam suas próprias passagens ao livro. Mas a pare mais imporane só chegou quando o Criador caminhou enre os homens. Aqueles capazes de enender suas parábolas ranscreveram o enendimeno ou mesmo de orma lieral. Fisicamene a Liania do Único é um livro de amanho assombroso, endo novena cenímeros de comprimeno e pesando cerca de seen-
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Ímpios, vindos da Alcova Proana sempre que um homem de é iubeava em suas crenças e se enregava a provação. Esando possuído por uma enidade das Provações, a única maneira de esar livre novamene é passando por um riual de exorcismo dirigido por um bispo ou cardeal. Luxúria - A enidade relacionada à Provação da Luxúria aende pelo nome de Arshma, segundo o que oi escrio por Lazarus, ese ser a serviço da Sombra é assim chamado pelos Homens de Coração Negro, habianes da corrompida Belghor. É represenado por uma figura meio homem e meio bode. Seus chires são imensos, remeendo à ideia herdada pela heresia dos Selvagens, onde os chires represenam a virilidade dos relacionados aos ais animais. epresenações de esse ser já oram enconradas em Belregard, eias em cerâmica e aé em bronze, deixando claro que em ais locais ocorriam culos à Arshma. Independene de seu aspeco besial é aribuído a Arshma o poder da plena sedução. Inveja - Como a visão disorcida é comum àqueles que se deixam levar pelas provações, o invejoso que chega ao limie de desruir o oco de sua inveja pode ver-se, na verdade, como um jusiceiro e é exaamene esa a ideia de Invídia, a personificação do pecado. epresenada como uma serpene obesa, de eição idosa, com olhos amarelos e denes quebrados - cheios de sangue, de ano aperá-los uns nos ouros e ranger, angusiada em ver as posses de ourem. Seu olhar é capaz de ornar pessoas e objeos em pó, desde que ela deseje. Gula – A gula é suja e araí as moscas, por esa relação aos inseos que a figura relacionada à gula aende pelo nome de Zaalzehub. Lázarus disse que ouviu ese nome ao pé do ouvido enquano refleia sobre os pecados. Quando deu uma apa no roso, provocado pela irriação de algo pequeno, pôde conerir que se raava de uma mosca gorda e vermelha. O senhor das peses, Zaalzehub, aguarda aqueles inchados pela própria incapacidade num poço de podridão, à eerna canoria da Orgia das Moscas. Avareza - O desejo pelas coisas pode esar relacionado à inveja, a gula, a ira e à luxúria. Por isso a Avareza é aponada como a raiz de odo o mal. O Ímpio relacionado a esa práica recebeu o nome de Mammom. Uma figura represenada com um corpo imenso e cobero de ouro. Mammom é o pai da usura e ese sim é o lado mais perigoso da avareza. O usuário, praicane da usura, é viso como um ladrão do próprio empo, já que ele consegue seu dinheiro na cobrança de juros e assim cobra por algo que não lhe perence. O usuário é ani naural, ele az o dinheiro dar cria e é ambém por isso que, apesar de ser represenado como uma figura masculina, de seus seios inchados vere
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um leie impuro. Ira- Amom é o Ímpio que represena a ira. Uma paródia de cavaleiro. Uma criaura de raços hediondos e desproporcionais. Orelhas ponudas, nariz alongado e cabeça achaada, um corpo de braços e pernas longos, magros, mas poderosos. Mona em seu cavalo ão deormado quano ele e pora uma lança de ossos. Sempre nu, desdenha das proeções dos homens e é capaz de alar com qualquer pessoa direamene em sua mene, induzindo pensamenos que moivam a úria e o ódio, levando o alvo a perder o conrole de si mesmo A Sombra “Só há um Inimigo”
- Capiulo 1, Verso 1, O Livro do Fim, Liania do Único, radução de Lazlo de 982 DA É com essa rase que se inicia o Livro do Fim, o ulimo livro da Liania do Único. E é com base nele que Lazlo definiu os princípios da Guerra Ocula enre a Abóbada Celese, morada do Único, e a Alcova Proana, reduo da Sombra. Anes de udo, precisamos definir o que seria esse Inimigo. Na radução oficial, divulgada pelo ribunal do Sano Oficio, o verso seria “Só exisem inimigos”. De acordo Lazlo, um erro inadmissível na radução das escriuras. Em proundos esudos, O Puro enconrou a escria arcaica, “unum hosem”, que significaria definiivamene, “Só há um Inimigo”, e não “anum hosium”, que seria, “Só exisem inimigos”. Aqui, o gênero um, seria alerado para o plural, um erro normal incenivado pelo baixo conhecimeno do jargão arcaico empregado na época em que O Único veio a erra. omando a premissa de um inimigo, pariremos nosso esudo sobre A Sombra e A Horda. Quando o único veio a erra, seu esplendor de poder gerou uma sombra, um reflexo sombrio de sua magnificência que ganhou vida. Seu poder, equivalene ao d’O Único, era desorcido e esquálido, gerando assim uma vida quase que divina. Durane as andanças do Criador, a Sombra o acompanhou e impregnou no homem sua semene, assim, criando a sede e endência do homem ao erro. Somene o Único, em sua escala de compreensão divina, oi capaz de perceber que aquilo que salvaria a humanidade, am bém seria o moivo do fim, e que somene parir não daria um fim ao que havia criado. Nesse momeno, para rusrar os planos da Sombra, ele se ez humano e morreu na esperança de esilhaçar o poder do seu rival. E assim se deu. A Sombra ora enviada para a Alcova Proana e seu poder ora exino da erra, enreano, sua cenelha já ha via sido planada no coração humano, assim, seu objeivo havia sido cumprido. De acordo os proundos esudos e mediação d’A Palavra, Lazlo definiu que não exisem ou-
ros deuses. Aqueles muios seres divinos adorados pelos selvagens, grupo nomeado de A Horda, eram nada mais que orças derivadas do poder de criação do divino que uilizavam da cenelha de poder do mesmo para operar milagres no campo celesial. Enreano, quando Deus separou aquilo que era bom para si, eles morreram definiivamene e seus seguidores operaram milagres apenas pelo conhecimeno empírico e incompreendido da arcaica Forma Pensameno, ideologia caegorizada empos depois por Bövrar II. Lazlo escreveu por inspiração divina: “Vinde, meus filhos. Ajunai-vos à Luz do Meu conhecimeno, pois a Escuridão cegará eus olhos”. Obviamene, uma ordenança dei xada pelo Único. Para o Puro, a Sombra era o arquéipo do nosso ego mais sombrio, a monsruosa personalidade humana. Fica claro dessa maneira que a briga no plano espiriual esá na mene dos homens. Assim, devemos ornar a nossa sombra mais clara possível, e para Lazlo, isso viria somene aravés do conhecimeno. Muios se enganam acrediando que o culo à sombra é regado de sangue e prazeres da carne. Essa imagem mal ormada e errônea deve-se a muios desses culisas que se infilraram nos asseclas da Horda na esperança de ugirem da aenção dos servos da verdadeira é ao longo dos séculos. O verdadeiro culo à Sombra esá muio além desses padrões besiais e puramene visuais, ele se enende como o infinio menal e seu campo de ação é ão próximo que é capaz de enlouquecer os homens de pouca é. Os servos da Sombra pregam que Ela é a divindade denro de nós e o caminho à Verdade, verdade esa que seria responsável por nos ornar verdadeiros Deuses, omando conhecimeno sobre udo, principalmene sobre as ramas divinas que regem o livre arbírio, enobrecendo virudes como iluminação, sa bedoria, orgulho, independência e liberdade das amarras da ignorância dos homens. Conceio muio parecido com os esudos de Lazlo, o Puro. O culo a Sombra pode ser caegorizada como práicas Inernas e as práicas Exernas. As praicas inernas agem direamene na personalidade, caráer e psique do individuo, reinando e capaciando-o a abrir os porões da sua mene ourora echados pelos conceios consensuais divinos e humanos. A práica exerna é mais complexa, sendo exercida somene por poucos, exigindo inúmeros aores naurais e ísicos para expressar o poder aprendido. Isso inclui lugares adequados, símbolos sagrados, indumenárias e vesimenas cabíveis. O maior praicane e esudioso das praicas exernas oi Bövrar II. Desa maneira, o conceio inerno pode ser praicado individualmene, agindo apenas do seu singular, ou em grupo no âmbio exerno, agindo no maerial e nas leis mundanas. Sendo que o sucesso de uma não depende da oura. Nos anais da hisoria,
quando esses culisas se enconravam, para o que chama vam de Missa Sombria, àqueles praicanes do conceio inerno deviam cumprimenar seus companheiros com a mão direia, deixando claras suas inenções, e os adepos do conceio exerno, deveriam cumprimenar seus irmãos com a mão esquerda, afirmando que esava disposo a ver a maerialização dos seus esudos. Assim ficando conhecido como Caminho da Mão Direia ou Inus e Caminho da Mão Esquerda ou Ex. O principal conceio da Mão Direia era que “Somene a Vonade poderia geri-lo”, ou seja, somene azendo aquilo que se quer e aprendendo com isso, poderia sinonizar-se com a Verdadeira Vonade, ou, a Vonade do Universo. Em conra parida, a Mão Esquerda noreava-se no principio de “Usa uas Mãos para azer de i um emplo”, pregando que o ensino sem aiude maerial era nula. Indo conra o que se esperava, ambas as filosofias são coirmãs e caminham de mãos dadas, afinal, de maneira consequene, os praicanes do conceio Inerno irão praicar o Exerno mais cedo ou mais arde, seja em conjuno, ou separado. Independene do conceio adoado, o grupo em si prega a “menalidade do rebanho”, onde somene com a união do “Seja eio a Minha vonade” com “Seja eio a ua vonade”, será alcançado o Grande Feio, ou como Lazlo iniulou, as Obras Proanas. Auomaicamene e oalmene ao conrario do que é pregado pelos beaos e inculos do ribunal do Supremo Oício, os verdadeiros inimigos, praicanes de conhecimenos proanos, são pessoas do mais alo escalão inelecual, o que irá gerar, alo nível social e financeiro. Eles não esão escondidos enre as negras floresas de Belghor ou reumbando ambores nas monanhas de asov, eles, nossos inimigos, esão de baixo de nossos olhos, bebendo e comendo conosco em nossas mesas, alvez dormindo conosco em nossas camas, e somene o sano poder divino será capaz de revelar a menira que nos é pregada. E nosso Inimigo, ainda mais próximo, reside em nosso peio, nossa carne, nosso ser. E somene as Boas Obras, os aos divinos refleidos aravés do oralecimeno da Pedra Angular, do Bom Conhecimeno e do Caminho Irrepreensível, poderão repudiá-lo e vencer essa guerra.
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ARUTOS O que São? Os Arauos represenam um esilo de jogo dierene denro de Belregard PG. Caso o narrador deseje uilizar a ambienação, por si só, ese livro basará para lhe dar inúmeras ideias de conflios enre caselanias aé buscas por conhecimenos perdidos e esquecidos. Arauos são pessoas que desperaram para a verdade do mundo. Homens e mulheres que podem er vindo de qualquer lugar, de qualquer condição social e que, depois de sorerem as rês marcas semelhanes a do próprio Criador, abrem seus olhos e passam a enender que, de ao, Deus esá moro. Ninguém olha pelos povos de Belregard. A Sombra venceu e luar conra ela é como enrenar a queda de uma colossal caaraa. Como Aconece? Qualquer pessoa do mundo pode desperar, mas é ao que os Arauos são raros. O principal ingrediene desa ransormação é que passem pelas rês chagas, marcas pelas quais o próprio Criador passou. Uma marca no Corpo, uma no Ego e oura no Espírio. A Marca do Corpo geralmene esá relacionada a alguma severa molésia da carne. A Marca do Ego pode esar relacionada à vida social do moral, como quando um nobre perde seu íulo, um humilde caçador recebe o íulo de Cabeça de Lobo, ou quando um honrado cavaleiro orna-se um pária por um crime que não comeeu. Por fim, a Marca do Espírio cosuma esar ligada a alguma revelação, descobera ou mesmo rauma psicológico relacionado a uma das ouras duas Marcas. O que Muda? Não muia coisa, mas o Arauo passa a ver o mundo com ouros olhos. É preciso lembrar que não exise uma ordem, ou grupo apenas de Arauos. Eles esão sozinhos, largados em um mundo escurecido pela Sombra, iluminando a imensidão com uma luz esperançosa. Nem odos esão disposos a luar, mas os que enam percebem logo o peso da derroa. Arauos cosumam arair pessoas honesas para pero de si. Como a Menira é uma ace da Sombra, mesmo os mais inocenes enganos são como fleres para a Sombra. alvez isso seja capaz de unir Arauos de uma orma inconsciene. Os Arauos cosumam experimenar sonhos e visões que lhes dão pisas do caminho a seguir ou onde enconrar um oco da Sombra. Muios deses sonhos não são lembrados no desperar, mas vem na orma de um Déjà vu, quando deparam-se com a cena ou momeno em quesão. Pra que Serve? Os Arauos são capazes de uilizarem-se de sua Bravura para combaer a Sombra. ornam-se verdadeiros aróis de luz no mundo sombrio. Alguns deles podem ser capazes de operar pequenos milagres, coisas que só eram possíveis anes da vinda do Criador ao mundo moral. No enano, esa não é uma lua jusa. A Sombra venceu e o que os Arauos podem azer é erguerem-se como uma úlima resisência conra os males do pecado. Eses homens e mulheres são capazes de senir a presença da Sombra e assim podem combaê-la direamene. Seus discursos inflamados, sejam eles religiosos ou não, cosumam ser capazes de acender a chama do desejo pelo bem e pela lua conra o Inimigo. Não alam lendas de Arauos que cumpriram areas impossíveis para qualquer ouro filho do Pai. O que em de uim? De imediao, nada. Mas o uso consane da Bravura az com que a Sombra passe a presar mais aenção no Arauo e, como ela venceu, começa a esicar seus enáculos suis para azer com que o próprio mundo comece a agir conra o Arauo. A Sombra jamais aacaria direamene. Nem mesmo é possível conceber uma orma ísica para a mesma, ela não esá em lugar algum, ela simplesmene é. Sendo assim, o Inimigo é capaz de influenciar os ouros seres do mundo para que auem conra o Arauo, de orma discrea, nauralmene. Guardas suspeiam deles, criminosos os consideram presas áceis, sacerdoes cheiram a heresia ao seu redor. Como dio anes, não é uma lua jusa.
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Apêndice
Nosso objeivo oi criar um sisema simples e moral, para casar com o clima bruo e cru de Belregard. O que você em em mãos é a versão leve das regras do sisema, para aciliar a consula e o enendimeno. Sistema Básico
O sisema de regras aqui apresenado usa apenas dados de seis aces, que chamaremos ao longo do exo de “d6”. Exisem dois ipos básicos de eses a serem eios denro do sisema, de aribuos e habilidades. O que deermina o acero ou erro em um deerminado ese é o número de sucessos que o jogador em em seu lançameno de dados.
personagem queira uilizar uma Habilidade na qual não possúi nenhum valor de graduação a dificuldade aumena em 1. Exemplo: ohger deseja salar por sobre um osso enquano cavalga velozmene, o narrador lhe pede rês sucessos para realizar a area. ohger possui Agilidade 2 e a Habilidade Cavalgar 4, rolando assim 6d, com dificuldade 2. Em seu lançameno, ele consegue 2, 1, 4, 6, 5 e 2, oalizando rês sucessos, o suficiene para realizar o que preendia. Depois ele precisa lançar o seu machado conra um perseguidor, mas não em a Habilidade Arremesso, ainda assim ele ena, rolando dois dados com dificuldade 1 (Agi 2 -1 = 1) Disputas - eses dispuados de aribuos são realizados
Atributo – São realizados lançando um número de dados
com um só dado, onde o resulado é somado ao Aribuo em quesão e o personagem que iver o maior número vence. eses de Habilidades dispuados ocorrem normalmene e quem conseguir o maior número de sucessos, vence.
igual ao aribuo em quesão, onde a dificuldade é igual ao valor do aribuo, e deve-se irar abaixo da dificuldade. Exemplo: ohger ena erguer uma grade de erro que bloqueia sua passagem, ele em Força 4 e o narrador pede dois sucessos para que ele realize a area. O jogador lança quaro dados e obêm um resulado 4, 5, 3 e 4. Como a Atributos dificuldade era 4, ohger em rês sucessos, mais que o suficiene para erguer a grade de erro. Os aribuos represenam as capacidades básicas de um personagem, sua orça, sua resisência, sagacidade, velociHabilidade – oda habilidade é relacionada a um ari- dade e perspicácia. Os valores variam de 1 a 6 e podem ser buo, os eses são realizados rolando-se um número de classificados da seguine orma: dados igual ao Valor gaso na respeciva Habilidade somanda ao Aribuo em quesão. A dificuldade para o es- 1-Fraco 4-Bom e é sempre igual ao Aribuo chave da Habilidade. Onde 2-Mediano 5-Excelene deve-se irar menos que o valor da dificuldade. Caso o 3-Acima da média 6-Épico
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Força – eerene à orça ísica e a capacidade de levanar mene e sim a alma, udo que desafia a realidade, magne-
peso, arrasar, empurrar e ambém dano em combae cor- ismo, medo e ec. Quando se deseja inimidar alguém, o po a corpo. ese baseia-se numa dispua de espírio. Mesmo quando o inimidador usa da orça para al. O narrador deve esar Capacidade de carga: aendo para bônus e penalidades siuacionais, principal A capacidade de carga represena uma média conorável mene relacionadas à inerpreação. daquilo que o personagem pode carregar. Não significa que, ulrapassando o limie ele não consiga mais caminhar, Bônus e Penalidades ou correr. O narrador deve usar o bom senso neses casos, considerando uma medida suporável aé o dobro do que Dependendo da area, a dificuldade em quesão pode ser é lisado. senso neses casos, considerando uma medida alerada para mais ou para menos. Os bônus e penalidasuporável aé o dobro do que é lisado. des dependem muio da avaliação do narrador. Exisem dois ipos de bônus e penalidades em Seis Faces. Uma delas é em dados, normalmene relacionada a elemenos de Força Peso (Kg) momeno, como uma vanagem emporária. Caso julgue 1 10 prudene, o narrador pode considerar um número de +d6 2 30 como bônus numa area, assim como ambém uma pena3 60 lidade de -d6 no caso do personagem esar em desvana4 100 gem. O ouro exemplo é quando o bônus ou a penalidade 5 150 se aplicam na dificuldade. Ese ipo de bônus e penalidade 6 210 deve ser aplicado com cauela, para não deixar nenhuma area complexa ou ácil demais. oda penalidade que che7 280 gar a um valor negaivo passa a requisiar um numero de 8 360 sucessos exras para realizar a area. 9 450 10 550 Exemplo 1: Rothger , com Força 4, quer erguer uma pedra de 11 660 60kg. Fácil demais, desnecessário azer o teste. Agora, a mes12 780 ma pessoa, quer erguer uma pedra de 100kg, está no limite da sua orça e um teste normal é necessário com dificuldade “4”. Mas se ele quisesse apenas rolar a pedra, poderia conse guir considerando assim que ele obteve 1 sucesso, que seria o mínimo para ele realizar uma tarea, caso ele queira uma Vigor – eerene à resisência ísica e a capacidade de melhor perormance ele teria que azer o teste. Conseguindo aguenar esorço ísico como correr, prender a respiração uma barra de erro, como alavanca, receberia um bônus de +1 e resisir a venenos e doenças. passando a dificuldade para “5”. Exemplo 2: Rothger deseja segurar uma portão de uma passarela de um castelo, que esta Fôlego: echando, para seus companheiros terem tempo de passar. O Normal - Vigor x1min portão pesa cerca de ½ ton, Rothger com 4 de orça só aguenta Adrenalina- Vigor x 1urno erguer 100kg , seria uma açanha de orça 10, oque e impossível para um ser humano, então Rothger teria uma penalidade Agilidade – eerene à agilidade, precisão e a velocidade de -6. Rola 4 dados precisando tirar no mínimo 3 sucessos, em realizar areas ísicas. com dificuldade 1, para ter 1 sucesso. *progressão segue multiplicando o valor de orça por 10 e somando a ca pacidade de peso anterior.
Velocidade:
Caminhada - Agilidade x 1km/Vigor x 1hora Cooper - Agilidadex3km/Vigor x 1min Corrida - Agilidadex5km/Vigor x 1urno Intelecto – eerene à capacidade menal o raciocínio,
compreensão e aprendizagem. Ponos exras em Ineleco razem beneícios na criação do personagem, que pode conar com mais ponos para gasar em suas Habilidades. Espírito – eerene a udo que não ainge o corpo ou a
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Habilidades Habilidades são as compeências do personagem, ou seja, seu conhecimeno e écnica em deerminada area. A realização de eses de habilidade é dierene aos de Aribuos, a dierença é joga-se habilidade para a rolagem de dados, e a dificuldade é o Aribuo. O narrador poderá se deparar com momenos no jogo em que o uso de Habilidade dierene do usual poderá parecer óbvio, ou onde uma subsiuição não ará senido. É preciso lembrar que eses
momenos devem ser levados em consideração e oda e qualquer aleração necessária para o bom andameno do jogo deve ser omada. Um personagem que sabe uilizar espadas não precisa ser um compleo inapo com adagas. O narrador pode considerar uma graduação mínima, ou o uso de meade de seu bônus normal, um aumeno na dificuldade ou penalidade na jogada de dados. Ainda assim, esse ipo de aiude deve ser emperada com sabedoria, para que não se deixe as coisas áceis demais, desesimulando o gaso de ponos em deerminadas Habilidades, valendo-se dessa garania siuacional.
Adagas (Agi) Alquimia (Int) Arcos (Agi) Armas de Haste (Agi) Arremesso (Agi) Artes (Int) Briga (Agi) Cavalgar (Agi) *Ofícios (Int) Dissimular (Esp) Oratória (Esp) Espadas (Agi) Esquiva (Agi) Escudos (Agi)
Empatia (Esp) Finanças (int) Furtar (Agi) Furtividade (Agi) *Saberes (Int) Idiomas (Int) Instrução (Int) Machados (Agi) Maças (Agi) Medicina (Int) Percepção (Esp) *Proeza (For/Agi) Sobrevivência (Int)
A seguir esão lisadas as Habilidades (acompanhadas dos aribuos chave enre parêneses) disponíveis em Belregard. No caso dos jogadores senirem ala de alguma, devem conversar com seu narrador para que possam pro videnciar uma inclusão, relacionando a Habilidade nova Traços com um Aribuo correspondene, endo o cuidado para raços são caracerísicas disinas, que permiem persoque não se crie nada genérico, desequilibrando o jogo. nalizar o individuo, cada personagem pode escolher 3 ra Algumas Habilidades são apresenadas em pacoes, que ços. Os raços podem e devem ser criado pelos jogadores podem ser idenificados com o uso do aserisco (*) ao com a auorização do narrador, cada raço concede o bôlado de seus nomes. Isso significa que elas se dividem em nus de +1d para o eeio deerminado. grupos menores e o jogador que escolher uma delas para o personagem irá precisar discriminar quais suas capaci- Exisem ambém os raços negaivos, que assumem um caráer mais narraivo e podem ser cobrados pelo narrador dades na ficha. São elas: quando ele achar prudene, resulando numa penalidade Oícios – Oícios é um pacoe genérico relacionado a cria- de -1d6 em deerminada jogada. O narrador pode permição de iens e objeos. É preciso que um personagem com ir que os personagens escolham raços negaivos, além do esa perícia especifique o que deseja ser capaz de criar. As inicial de cada enia (que esão no Apêndice), azendo com opções são variadas: Cozinheiro, Ferreiro, Coureiro, Car- que ganhem a oporunidade de comprar mais um raço pineiro, Pedreiro, Alaiae e qualquer ouro que precise posiivo. Eses raços negaivos não podem simplesmene implicar uma penalidade de -1d em uma deerminada ser eio para aender as necessidades do jogo. Habilidade. Eles devem ser siuacionais . Uma Fobia a caSaberes – Saberes englobam os conhecimenos gerais dis- valos não iraria simples -1d de Cavalgar do personagem e poníveis aos povos de Belregard. O personagem que es- sim o colocaria em variadas siuações denro jogo onde o colher esa habilidade deve selecionar uma área de saber: momeno acarrearia em uma penalidade. Pense de orma ampla quando or escolher o raço Negaivo. Hisória, eligião, Geografia, Naureza, Lendas e Mios. Proeza – Dierene dos demais pacoes, a Proeza apenas divide-se em dois ipos, a Proza de Força e a Proeza de Agilidade. O personagem deve discriminar em qual das duas esará gasando suas graduações.
Ambidestro (-)
Concede bônus quando uilizando ambas as mãos em uma lua. Vide manobra. Boa Aparência (Espírito)
Concede bônus oda vez que você uilizar de sua beleza ísica. Carismático (Espírito)
Concede bônus oda vez que você uilizar de palavras VEDADEIRS para convencer as pessoas. Dissimulação (Espírito)
Concede bônus oda vez que você em a inenção de enganar as pessoas.
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Imunidade Alta (Vigor)
Lutador (Agilidade)
Concede bônus oda vez que você iver de resisir a condições negaivas como venenos e doenças.
Concede bônus para combaes desarmados. Atirador (Agilidade)
esistência (Vigor)
Concede bônus oda vez que você iver de resisir a esorços ísicos. Forte (Força)
Concede bônus oda vez que você iver de erguer pesos. Sábio (Intelecto)
Concede bônus oda vez que você iver de pensar como resolver um enigma. Coragem (Espírito)
Concede bônus oda vez que você iver de resisir a medo. Atento (Espírito)
Concede bônus em eses de percepção. Inabalável (Espírito)
Concede bônus em eses de resisência menal. Veloz (Agilidade)
Concede bônus +1 em iniciaiva. Corredor (Agilidade)
Concede bônus em movimeno. Acrobata (Agilidade)
Concede bônus em espores envolvendo acrobacias. astreador (Espírito)
Concede bônus quando esiver seguindo rasros. obusto (Vigor)
Concede bônus na I Esera de vida. Sagaz (Agilidade)
Concede bônus de esquiva. igidez (Vigor)
Concede bônus de armadura. Ameaçador (Espírito)
Concede bônus oda vez que você ena inimidar alguém. Espadachim (Agilidade)
Concede bônus para uilizar uma arma corpo a corpo a sua escolha.
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Concede bônus uilizando uma arma de disparo a sua escolha.
Combate 1º Passo – Iniciaiva: Agilidade+Ineleco/2+1d6+Veloci dade da arma uilizada, o maior resulado age primeiro. 2º Passo – Aaque: habilidade, dificuldade é Agilidade, cada sucesso, garane um mínimo de dano a cada dado de dano. Ainda no segundo passo, conere-se se o alvo deseja deender-se do aaque, rolando sua Habilidade (Esquiva, Escudo ou da Arma para bloqueio). O número de sucessos na deesa, mesmo que não igualando-se ao do aaque para uma deesa complea, diminui a margem mínima de dano do aacane. 3º Passo – Dano: Conere-se o dano recebido, subrai-se da deesa do alvo e anoa-se nas Eseras da Vida, considerando qualquer penalidade que o alvo passe a er para sua próxima jogada. Exemplo de Combae: Rothger é abordado por Lars do lado de ora da estalagem onde o venceu numa disputa de queda de braço, e este deseja tirar satisação da humilhação pela qual passou com a derrota. Diante do combate eminente, Rothger ergue sua espada e escudo, enquanto que Lars brande um imenso machado de duas mãos. Primeiro, ambos rolam iniciativa: Rothger obtém 4 no dado, soma com seu valor de iniciativa 2 (Agi+Int/2) e a velocidade da arma 2, já que ele planeja utilizar primeiro seu escudo. Totaliza uma iniciativa 8. Lars consegue um 5, sua iniciativa é também 2, mas seu machado é lento (0), o que lhe dá um total de 7. Sendo o primeiro do turno, Rothger avança sobre Lars com seu escudo de madeira em punho, mirando a bossa de erro na boca de seu inimigo. O que ele está realizando é uma manobra, de modo que não poderá realizar mais ações neste turno. Acertar o rosto do alvo é um ataque complicado, mas Rothger deseja acabar aquele encontro sem mutilações e de orma rá pida. O jogador de Rothger lança seu ataque, possuindo Habilida-
golpe. Exemplo: ohger esá luando conra dois lobos. Um deles esá moralmene erido, mas o ouro planeja aacar suas pernas. Sendo o primeiro do urno, o jogador que conrola ohger decide dar um golpe no lobo moribundo e prepara seu escudo para bloquear o aaque do ouro. Sendo assim, ele irá realizar 2 (duas) ações em um único Lars não esquiva, já que está embriagado e acredita que pode urno. Na primeira ele rolará normalmene, na segunda aguentar um simples golpe na boca. O dano do escudo de Ro- erá uma penalidade de -2. de Escudo 3 e Agilidade 3, rola um total de 3 dados com dificuldade 1. Normalmente seria 3, mas como mirou na cabeça do alvo, sua dificuldade aumenta em dois pontos. Rolando os dados ele tem a sorte de conseguir: 1,1, e 1, totalizando 3 sucessos, o mínimo que ele precisava era 3, de modo que tem pleno êxito em seu ataque.
thger é igual sua orça, de modo que o jogador lança 4 dados e consegue: 3, 6, 2 e 1. Como ele teve 3 sucessos para acertar, Manobras todo resultado no dado inerior a 3 é ignorado e considerado como um 3. Assim, o total de dano é 15. A proposa do sisema é ser abero a possibilidades, sem Lars não tem qualquer proteção na cabeça, de modo que o dano passa em sua totalidade para suas Eseras da Vida. Tendo um total de 33 de Vida, é certo que Rothger conseguiu lhe tirar mais de ¼ destes pontos, mas não oi o suficiente para 1/2 deles. Com esta quantidade de dano, utilizando a manobra pretendida, Rothger consegue apagar seu inimigo, deixando-o com alguns dentes a menos na boca e desmaiado no beco.
Turnos urno e uma medida de empo para deerminar ações de cada personagem, um urno em o empo relaivo pode variar de segundos ae a minuos dependendo da ocasião.
Tipos de Ações Seis Faces reconhece rês ipos de ações que podem ser realizadas em um urno de combae.
prender o jogo com regras muio meódicas. Por isso, aqui vão alguns exemplos de eses e manobras de combae para enriquecer o jogo. oda manobra gasa uma ação complea, não permiindo uma divisão de ações. Desarmar – Habilidade, dificuldade Agi
O alvo pode enar bloquear ou esquivar, se ainda iver ações. Em seguida, um ese dispuado de orça deve ser eio, onde o aacane erá +1 de bônus para cada sucesso obido no acero. No caso de armas com amanho dierene acrescene o bônus de +1 para a maior e -1 para o menor, acumulaivo. Exemplo: O aacane com uma espada cura ena desarmar seu alvo com uma espada de 2 mãos, a espada cura é amanho P e a de duas mãos amanho G, a dierença é de 2, logo o aacane em -2 de penalidade e o deensor +2 de bônus. Caso aacane vença, o alvo é desarmado. Se or um escudo, ele perde o bônus de deesa, mas caso o aacane alhe, nada aconece. Dependendo do maerial e da quanidade de dano à arma pode ser que brada. Esas penalidades se aplicam ao número de dados rolados.
Ação Simples – eere-se a qualquer aiude que não ome muio empo, ou que precise de exrema concenração. Griar uma ordem ou abrir uma pora se encaixa Aleijar - Habilidade, dificuldade Agi Dificuldade +1 para braço ou perna nese conexo. Dificuldade +2 para cabeça Ações Normais – São as ações padrão denro de um ur- Dificuldade +3 para mão, olho, coração no. Sacar uma arma, dar um golpe, deender-se, pular uma Precisa-se de pelo menos 3 sucessos para o aaque ser janela. bem sucedido. O dano causa penalidade de -1 no alvo para uilizar aquele membro. Se or à cabeça, deixa on Ações Extras o. Se o dano ulrapassar ¼ dos ponos de vida inuiliza o membro, se or à cabeça causa desmaio. Passando de ½ Ações Normais podem ser divididas denro de um urno, dos ponos de vida, decepa o membro e, na cabeça, maa. limiando-se apenas pelo valor de Agilidade do persona- Caso o membro seja decepado é necessário um ese de gem. Um personagem com 3 de Agilidade, pode azer aé Vigor para maner- se acordado. 3 ações por urno, mas a cada ação depois da primeira ele perde um dado cumulaivo em suas jogadas. No caso do ono – Sucessos+Força -Vigor do alvo x urnos para calexemplo acima, aria a primeira ação normalmene, a se- cular o empo que o alvo ficará aordoado. Penalidade de gunda com -1 e a erceira com -2. Ações exras são realiza- -2 em odos os dados pelo empo que ele ficar aordoado. das no final do urno, repeindo a ordem a iniciiva, a não Desmaiado – Sucessos+Força - Vigor do alvo x min para que sejam uilizadas como reação para se esquivar de um 31
calcular o empo que o alvo ficara inconsciene. Logo de- Morrendo e Morte pois que acordar passa ao esagio de ono. Nocauear – O mesmo que mirar na cabeça mais com uma arma de conusão, sem inenção de maar.
Nível Pontos de Vida Status I Vigor + 6 Saudável II Vigor + 5 Lesão Leve III Vigor + 4 Lesão Moderada IV Vigor + 3 Lesão Grave V Vigor + 2 Mortalmente Ferido VI Vigor + 1 À Beira da Morte
Penalidade -1Hab -1Atr -1Hab -1Atri -2Hab -2Atr -2Hab -3Atr -3Hab
Arremesso – Habilidade, dificuldade Agilidade Armas Pequenas – Alcance de 3m+3 por nível de Força Armas Médias – Alcance de 3m+1,5m. Dano -1d6 e dificuldade +1. Armas Grandes - Alcance de 3m+75cm. Dano reduzido a O personagem morre assim que chegar ao ulimo pono meade e dificuldade +2. de vida da ulima esera. Ao chegar na 4ª Esera (Lesão Varrer/trespassar – Uilizando uma arma média ou Grave), deve realizar um ese de vigor odo urno em que grande o personagem pode enar acerar vários alvos lado fizer esorço ísico, caso alhe, perde um pono de vida. Na a lado ou em fila com um único golpe, no máximo de 2 5ª Esera (Moralmene Ferido) o personagem irá sangrar alvos para armas médias e 3 alvos para armas grandes. A aé a more, perdendo 1 pono de vida a cada 3 urnos de dificuldade aumena em +1, para cada alvo exra diminui esorço ísico ou 1 por hora, esando parado. Na 6ª Esera (A Beira da More), perde-se 1 pono de vida por urno de 1 dado para acerar e 1 dado de dano. esorço ísico ou 1 por minuo, esando parado, precisanInvestida – O personagem perde 1d6 para o aaque e do ainda azer um ese de Vigor odo urno para se manpercorre sua Agi+6 em meros aé o alvo. Uilizando uma er acordado, ou por minuo caso eseja parado. arma de hase o dano aumena em 1d e a disancia em Um resumo práico: 3m. Esera I: Saudável – Saúde pereia. Combater com duas armas - Uilizando armas em ambas Esera II: Lesão leve – Pequena lesão, senindo um incoas mãos, o personagem pode aacar com com -1d na mão modo. Penalidade de -1 nos eses de Aribuo. Esera III: Lesão moderada – Lesão média, senindo dor. inábil, e -1d por dividir as ações. Penalidade de -1 nos eses de Aribuo e -2 nos de HabiCorte duplo – Uilizando 2 armas, uma em cada mão, o lidades. personagem pode aacar simulaneamene afim de causar Esera IV: Lesão grave - Ferimeno sério, muia dor. Penamaior dano, Dificuldade aumena em +1, e -1 dado para lidade de -2 nos eses de Aribuos e -3 no eses de Habilidades. ese de vigor a cada 3 urnos que esiver azendo aacar, recebendo +1d6 de dano se acerar o golpe. esorço ísico para não perder 1 pono de vida Disparo duplo – Uilizando um arco, o personagem aira Esera V: Moralmene erido – Ferimeno grave que pode 2 flechas simulaneamene afim de causar maior dano. Di- levar a more. -2 nos eses de Aribuos e -4 nos eses de ficuldade aumena em +1 e -1 dado para aacar, recebendo Habilidades. Perdendo muio sangue, perde 1 pono de vida a cada 3 urnos de esorço ísico ou 1 por hora para+1d de dano se acerar o golpe. do. Esera VI: A beira da more – Ferimeno moral, você vai Esferas da Vida morrer se não or rapidamene socorrido. -3 em eses de Aribuos e -5 em eses de Habilidades. Perde 1 pono de As Eseras da Vida represenam oda a resisência ísica do vida por urno e em que azer um ese de vigor odo urpersonagem, o que mede quano de dano ísico ele pode no para não desmaiar. receber anes de morrer. As Eseras são composas de 6 níveis, cada nível em uma quanidade de ponos de vida. Quando os ponos de uma esera erminam, o jogador ecuperação deve passar a desconar da próxima, arcando com as penalidades imposas pelo nível de erimeno que esá so- Demora um ciclo de dias igual ao nível da Esera para rerendo. Quando descona o úlimo pono da úlima esera, cuperar 1 pono de vida. Um personagem com uma Lesão Moderada, demoraria rês (3ª esera) dias para recuperar significa que o personagem esá moro. 1 pono de vida. O personagem pode ainda azer um ese Obs.: A penalidades são impostas na rolagem de dados. de Vigor para recuperar mais ponos de vida, desde que enha recebido raameno médico. O limie desse bônus
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é igual ao número de sucessos que o médico eve em seu ese da Habilidade Medicina. Os numero de sucessos do médico se aplica em bônus no ese de vigor do personagem. Caso pare o raameno, o bônus desaparece. Noe que penalidade da esera não se aplica a esse ese de Vigor. Se o dano or por conusão esse empo e divido a ¼, ou seja, a ciclo de 6horas + nível da esera.
Bravura
Arauo jamais fica sem seus dons, mas em um mundo dominado pela Sombra, orna-se cada vez mais diícil superar sua influência. Caso esa penalidade orne o ese negaivo, passasse a cobrar um sucesso mínimo para cada grau da penalidade. Exemplo: ohger deseja senir a presença da Sombra em um anigo maadouro. Ele sabe que exise algum pequeno servo maldio enre as fileiras de corpos pendurados nos ganchos enerrujados. Sua parada de dados para Bravura é de 6 (Espírio + Bravura), a dificuldade normal seria 3 (Pelo Espírio de ohger), mas ele se enconra em um Venre Negro de Nível 2, isso impõe a ele uma dificuldade nova de 1. Como já uilizou sua Bravura duas vezes, sua penalidade passou a -1. Dessa orma, ele irá rolar seus seis dados, com dificuldade 1, endo que irar, no mínimo, 2 sucessos. Um para pagar a penalidade e ouro para conar como acero.
A Bravura mede a relação do personagem com a essência deixada pelo Criador no âmago de cada moral. Quano maior sua sinonia com o Único, mais o Arauo se senirá deslocado no mundo, isso porque ele vê as coisas como realmene são. Inormações dealhadas sobre quesões inerpreaivas reerenes à Bravura serão apresenadas no coneúdo descriivo do jogo, aqui nos aeremos às regras cenrais e mecânicas de uncionameno dese Dom de ho- Utilizações da Bravura incluem: mens iluminados. - Sentir a Sombra : O personagem az um ese de Bravura Bravura represena uma visão ampliada do mundo, or- para senir se exise algum vesígio da Sombra por pero, nando o Arauo capaz da realização de pequenas açanhas, quano mais sucessos, melhor será a indicação do oco. mas expondo-o aos poderes sombrios. A uilização requer Vale lembrar que “Senir a Sombra” é um senido, como cuidado, os eeios negaivos dependem da inensidade da qualquer ouro e esá adado a enganos comuns, como quando acrediamos er escuado algo ou viso um vulo. Sombra em um deerminado local. eses de bravura uilizam Espirio + Bravura, dificuldade - Visão da Verdade: Como a Menira é a mais poderosa das aliadas da Sombra, o Arauo orna-se capaz de disEspirio - Venre Negro. cernir menirosos de honesos de uma orma mais clara Bravura é um aribuo único e exclusivo de Arauos, ne- que se uilizando de Habilidades que apenas indicam nhum ser humano normal o possuí, um Arauo começa o senimenos momenâneos. Cada sucesso num ese de jogo com 1 de Bravura e pode que aumenado com ponos Bravura anula um sucesso do alvo que enou dissuadir o de experiência. Noe que o nível de Bravura nunca poderá Arauo. ser maior que sua conraparida no nível Corrupção. Para - Segunda Chance: Caso enha alhado em um ese e uma consula mais rápida e clara, acompanhe: julgue-o imporane o basane para uilizar a Bravura, o Bravura 1 - O personagem pode esar com corrupção no personagem pode enar amenizar sua alha. esando a Bravura, cada sucesso obido é subraído da alha aé que nível “À Beira do Abismo”. Bravura 2 - O personagem pode esar com corrupção no se anule a mesma, ou se consiga um resulado posiivo. nível “Condenado”. Bravura 3 - O personagem pode esar com corrupção no - Oratória Inspiradora: Seja aravés de um discurso inflamado ou uma pregação verdadeiramene apaixonada, nível “Danado”. Bravura 4 - O personagem pode esar com corrupção no o Arauo é capaz de acender o âmago divino de odo homem moral, mesmo dos que ainda não oram ocados nível “Maculado”. Bravura 5 - O personagem pode esar com corrupção no pela luz do Criador. Ele esar sua Bravura, o sucesso irá garanir, para odos que ouviram e omaram suas palavras nível “Envolo”. Bravura 6 - O personagem pode esar com corrupção no como verdade, um bônus de 1 dado exra para cada pono de Bravura Permanene do Arauo. O eeio dura aé o fim nível “Flerando”. da cena e apenas para o propósio preendido. Cada Dom da Bravura pode ser uilizado quanas vezes o Arauo desejar, mas a cada enaiva eia acima do seu - Mãos Milagrosas: Imbuído de um oque suave e reconpróprio nível de Bravura aumena a dificuldade do ese orane, o Arauo é capaz de azer com que erimenos em 1, ese eeio cumulaivo dura por um dia ineiro. O se curem mais rapidamene quando raados por ele. O 33
Arauo az o ese normalmene. endo sucesso, o Arauo Negro e é por ele que oda sore de corrupção e desgraça joga um número de dados igual ao seu valor de Bravura e nasce para corromper o coração humano. soma os resulados. Ese oal é o número de dano que ele vai ransormar em conusivo. (Sim, é complicado e pare- O Ventre Negro ce pouco. Nós avisamos, a lua é injusa!). O Venre Negro não precisa ser um local ísico, mas nor- Expurgando o Mal: Ese dom cosuma ser pouco ui- malmene se mosra em algum lugar onde grandes heresias lizado, já que nem odos os Arauos em plena noção do ocorreram. Quano mais proano, maior o poder da Somque são, mas aqueles que percebem a eficácia de suas ai- bra. Caso um Arauo se uilize de seus dons neses lugares, udes e palavras conra os que se deixaram levar pelo Ini- ele ceramene senirá uma repreensão quase que imediamigo, podem luar mais aivamene conra possessões em a. Lembrando que a Sombra não age de orma descarada, morais. O Arauo deve esar Bravura + Espírio conra mas az com que o próprio mundo, dominado por ela, aça o alvo, uilizando os valores relacionados à enidade que o Arauo senir as consequências de seus aos. Caso um o manipula. Para eliminar a presença maligna, o Arauo Arauo uilize seus dons para o mal denro de um Venre deve esgoar as eseras de Corrupção do alvo, aravés dos Negro, ele esará convidando a escuridão a engolá-lo e sucessos que iver nos eses resisidos. Noe que isso não qualquer ganho nas Eseras da Corrupção será dobrado, irá purificar a víima da possessão, o nível de Corrupção ou riplicado, a depender do quão proano é o local. descerá apenas um degrau. Para eeios de regra, oda Belregard represena um Ven- O Poder da Verdade: Um Arauo inspira honesida- re Negro de nível 1, o que orna qualquer uso da Bravura de àqueles que ainda não oram seduzidos pela Sombra, prejudicado com um aumeno em sua dificuldade. Apenas mesmo que inconscienemene. De modo que, sempre raros locais purificados esão livres da mácula e o narrador que esiver sendo sincero em suas apalavras, o Arauo pode ainda oerecer algum bônus em localidades esperecebe um bônus igual a sua Bravura em eses sociais. ciais, caso seu grupo enconre a lendária umba de Leoric Esse dom só unciona com alvos que ainda não passa- ou a Liania do Criador. Sendo assim, podemos exempliram para a erceira esera da Corrupção, “Maculado”. ficar o esquema: - Sonhos Proféticos: eses não são necessários nese dom da Bravura. Sendo assim, serve mais como uma erramene do narrador, quando precisa dar alguma pisa imporane ou simplesmene mosrar opções possíveis aos jogadores. Poder servir como orma de se iniciar uma campanha, ou mesmo para gerar um pouco mais de conusão na cabeça dos Juízes. Os Perigos da Bravura:
A Bravura é a principal arma conra a Sombra, de modo que em um mundo dominado pelo Inimigo, escurecido por seu mano de Menira e discórdia, um Arauo que se uilize da Bravura mosra-se como um imenso arol iluminando a escuridão e a Sombra não gosa de ser incomodada. Quano maior or a influência do Inimigo em um deerminado local, mais severa será sua reação conra aqueles que enarem acabar com seu poder. O narrador deve deixar claro que, quano mais se usa Bravura em um deerminado local, endo sucesso ou não, mas a própria naureza do mundo e das pessoas parecem se volar conra o Arauo. Não é um eeio escrachado, mas suil. Pessoas começam a suspeiar do Arauo ou simplesmene recebêlo de orma rude. Mesmo um amigo, ou amane, irriarse-ia mais acilmene com o usuário da Bravura. Um local onde a Sombra se az mais poderosa é chamado de Venre
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Venre Negro I – oda Belregard omada pela Sombra. Venre Negro II – Boa pare dos locais de culo sombrio ou onde ragédias horríveis ocorreram. Venre Negro III – Anros da Sombra, locais que conam com verdadeiros devoos do Inimigo.
Esferas da Corrupção Perda Gravidade 1 Leve 2 Moderada
3
Grave
Evento Agir de maneira desonesta. Render-se às Provações deliberadamente, cometer atos hediondos de assassinato e abuso. Intencionalmente buscar os favores da Sombra.
Da mesma orma que as Eseras da vida são a energia vial dos seres vivos as Eseras da corrupção represenam a degradação da alma, corrompida pela Sombra e a Menira. Dependendo da gravidade da corrupção o personagem recebe uma quanidade de ponos de corrupção. ODO ser humano em algum grau de corrupção. Mas os Arauos devem er mais cuidado com isso. Como medida exrema denro da ambienação de Belregard, personagens que perderem odos os níveis da Corrupção esão enregues de corpo e alma para o inimigo e assim os jogadores perdem o conrole deses personagens. Exisem poucas maneiras de limpar a mácula da corrupção, mas algumas peniên-
cias exremadas e sacriícios verdadeiros podem ajudar o personagem a eviar seguir nese caminho desruivo. Cada pessoa é mais abera a um ipo de Provação. Não significa que o personagem que escolher a Provação da Ira será uma pessoa de cabeça quene a odo momeno, mas em siuações onde ele se deixar levar por esa acea de seu espírio, suas punições sombrias serão mais pesadas. Para eeios de regra, personagens que se deixam levar pelas provações recebem um pono a mais nas eseras da Corrupção. A cada degrau percorrido na esera de Corrupção, o personagem começa a arair a enção da sombra para si. Inicialmene ele enconrará complicações para si mesmo, como uma suil queda para o comporameno semelhane ao da Provação aé que, ao chegar no nível Danado das eseras, ele comece a, de ao, receber bençãos sombrias. Em ermos de regras, a cada esera que o personagem perder, ele recebe uma penalidade de -1d para odos os eses que envolvam resisir a sucumbir à Provação. Um personagem coma Provação da Ira, na erceira esera (Maculado), receberia uma penalidade de -2d em qualquer eses para resisir ao impulso de enregar-se ao ódio. Num primeiro momeno, as penalidades parecem mais coesas com eses de espírio, mas cada siuação de jogo poderá ser inerpreada de uma orma dierene, azendo o respecivo problema surgir na pior hora possível. Para aqueles que passaram para a 4ª Esera (Danado), a Sombra reserva bençãos pariculares. esistindo a Corrupção: No momeno em que julgar
QUANDO PEDI UM TESTE DE COUPÇÃO?
Para não ravar o andameno do jogo, é aconselhado que o narrador pondere sobre a relevância do ao. É de se acrediar que aiudes que acarreem em perdas de 2 ou 3 ponos de Corrupção sejam mais dramáicas e marcanes na hisória. Pedir um ese oda vez que o personagem menir pode acabar azendo o jogo se ornar arrasado e por isso aconselhamos o uso apenas quando a dia menira puder acarrear em maleícios para erceiros. Uma menira inencionalmene vil.
ecuperando-se da Corrupção:
ecuperar-se é muio diícil. Para conseguir volar arás em algumas eseras de Corrupção, o personagem deve omar aiudes que sejam conrárias a sua Provação. O irado deve agir de orma comedia, o avareno deve ser generoso e assim por diane. Indo conra as penalidades as quais esão submeidos no caso de já erem descido muias eseras. Vale ressalar que, da mesma orma que violações brandas nãos mais uncionam com pecadores que já esão corrompidos, as ações benéficas devem ser proporcionais. Eviar de xingar alguém num acesso de ira não é nada para alguém já Maculado pela Sombra, por exemplo. Nessas siuações e só quando houver um senimeno honeso no personagem (para que não se omem aiudes com o puro ineresse de se maner, o que geraria mais enganação e corrupção), realiza-se um ese de Espírio, o número de sucessos é igual ao valor de ponos nas Eseras de Corrupção que o personagem irá recuperar.
prudene, o narrador pode exibir um ese de Espírio do personagem que comeeu um ao pecaminoso. Ese ese é realizado da mesma orma que qualquer ouro ese de aribuo, mas impõe-se uma penalidade na dificuldade igual ao do número de ponos que o personagem pode Evolução perder, caso alhe. Exemplo: Rothger entregou-se a sua úria assassina quando oi vitima de trapaça em um jogo de taber- O personagem progride de acordo com o ganho de exna. Ele sabe que não precisava ter chegado aquele ponto, mas periência, o personagem decide anes de começar o jogo quis, desejou, entregou-se e cegou seus olhos a ira. Depois da qual aribuo e habilidade ele vai evoluir, enão aloca a matança, o narrador lhe pede um teste de Espírito com pena- experiência recebida neles, caso o personagem mude de lidade de -2. De modo que Rothger role 3d6 com dificuldade ideia e desisa de evoluir o que ele já havia começado ele 1. Se alhar, ele receberá 3 pontos de corrupção, um a mais do para e escolhe oura habilidade ou aribuo, mas não receque seria normal, já que a Ira é a sua Provação. be os ponos de experiência de vola, ficara alocada ae o personagem decidir coninuar a evolução, quando ele erminar ele pode decidir qual e o próximo a ser evoluído ou coninuar no mesmo.
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abela de ganho de experiência: Ação Experiência Término da sessão 1-3 Superar um desafo 1-3 Interpretar o personagem 1-3 Combater a Sombra e vencer 3 Combater a Sombra e perder 1 Término da Crônica 1 x nº de sessões +3 abela de cuso de experiência: Tipo Custo Habilidade Habilidade x 9 Atributo Atributo x 12
Armamento Legenda: ipo = ipo de dano que a arma causa. - Conusão - Core - Peruração Velocidade = Bônus concedido na iniciaiva. Dano = A quanidade de dano a mais em dados, somados a sua Força caso seja um aaca corpo a corpo ou a sua Agilidade caso seja um aaque a disancia.
Percepção = O quano a armadura prejudica sua Percepção. Qualidade dos equipamentos:
Exise um nível de manuaura, odos descrios aqui são de qualidade média, ou seja, normal, mas podem exisir equipamenos de qualidades superiores ou ineriores, concedendo bônus ou penalidades, limiamo-nos a um limie de - 3 ou +3. No caso de armas o bônus não é em dados, mas no resulado final. ambém vale para armaduras, mas o narrador deve considerar a ideia de bônus variados, como uma redução na penalidade ou aé um bônus na iniciaiva. Adagas* Nome Faca Adaga Punhal
Tipo Corte Corte Perf
M – Média - Pode ser carregada na cinura. G – Grande - Pode ser carregada nas cosas. Força min. O mínimo de orça exigido para uilizar deerminada arma. Caso não possua o personagem ficara com penalidade de 1 dado em Força e Agilidade por cada pono a menos que o exigido, ao uilizar essa arma, no caso de armadura somene a agilidade.
Agilidade = O quano a armadura prejudica sua velocidade.
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Tam p p p
F.M. -
Peso 250gr 400gr 250gr
dano. E com incremeno de 3m na disância.
Espadas Nome Curta Longa Mão e 1.2 2 Mãos Sabre
Tipo Corte Corte Corte Corte Corte
Vel +4 +3 +2/+3 +1 +4
Tipo Corte Corte Corte
Machadinha * Comum 2 Mãos
Vel +3 +2 +0
Dano +2d +3d +3/+4d +5d +3d
Tam P M M G M
F.M. 1 2 2 3 2
Peso 750gr 2,5kg 4,0kg 7,5kg 750gr
Dano +1d +2d +5d
Tam p M G
F.M. 2 4
Peso 1kg 4kg 10kg
* Machadinhas podem ser uilizadas como armas de arremesso e somam Força ao dano. E com incremeno de 3m na disância.
Maças e Marelos* Nome Leve Guerra Maça Estrela
Tipo Cont Cont Cont
Vel +3 +2 +1
Dano +1d +3d +4d
Tam M M G
F.M. 1 2 3
Peso 2kg 5kg 8kg
* Exise uma versão com correne chamado Mangual que condece bônus de +1 em desarme.
Peso = Peso aproximado do equipameno em Quilogra Armas de Hase* mas. Armadura = E redução de dano devido a armadura.
Dano +1d +1d +1d
*odas as adagas podem ser uilizadas como armas de arremesso e somam Força ao
amanho = É a caegoria de amanho da arma em relação Machados à oura. Nome P – Pequena - Pode ser carregada no bolso.
Vel +4 +5 +4
Nome Lança Leve Lança de Guerra Pique Alabarda
Tipo Perf Perf Perf P/C
Vel +3 +2 +1 +0
Dano +1d +3d +4d +4d
* Armas de hase causam +1d de dano em invesidas.
Tam M G G G
F.M. 1 2 3 3
Peso 3kg 4kg 5kg 8kg
Enia: Exisem 5 enias disponíveis para cada jogador escolher. Na caixa de exo é possível enconrar inormações sobre elas em ermos de regras, para uma descrição melhor, busque no capíulo 2 dese livro.
Arcos e Besas* Nome Arco Curto Arco Longo Besta Leves Besta Pesada
Tipo Perf Perf Perf Perf
Vel +2 +2 +3 +3
Dano +2d +3d +2d +4d
Tam M G M G
F.M. 2 3 1 2
Alc 100m 180m 120m 250m
Arcos, e apenas arcos, permiem uma soma do dano de Força igual ao valor da orça mínima para uilizá-los, represenando que uma pessoa ore é capaz de puxar o arco com mais sucesso, dando-lhe a devida pressão para um aaque moral. Exemplo: ohger possui um Arco Longo, logo seu dano será de 6d6 (3d6 do arco + 3d6 da Força. Ele possui 4 de Força, mas o arco limia a aplicação a 3, por ser o mínimo necessário para uilizá-lo). *Obs.: Equipadas com flechas e viroes de guerra causam +2de dano. *Obs.: Besas leves demoram um urno ineiro para serem recarregadas e Besas pesadas 3 urnos. *Obs.: Besas somam Agilidade no dano.
Escudos* Nome Broquel Esc. Comum Esc. Grande Esc. Torre
Tipo Cont Cont Cont Cont
Vel +3 +2 +1 +0
Dano For For +1d +1d
Tam P P M G
F.M. 1 2 3
Blo +1 +2 +3
Peso 1kg 2.5kg 4kg 6kg
Quando uilizando um escudo em uma das mãos, o valor do Bloqueio irá servir para subrair o oal de dados lançados por quem desejar aacar o personagem. Exemplo: Com um escudo comum, ohger az seu inimigo irar um dado de seu oal de aaque. *Obs.: odos os escudos podem ser adicionados espinhos que causam +1d dano. **Obs.: Escudos orres causa uma penalidade de -1 para aaques e -1 de percepção para quem os usa, mas servem ambém de coberura conra projeeis .
Armaduras* Nome Couro Malha Placas Completa
Arm 5 10 18 25
Agi -1 -2
F.M. 1 2 3
Peso 4kg 7kg 15kg 40kg
Credo: De um modo geral, odos os homens e mulheres são criadorisas, fieis aos preceios do Criador. Personagens religiosos podem escolher algum seco em paricular para seguirem, como um dos rês puros, Alecisa, Lazlia ou Leorisa. Parono: Na sociedade medieval odos servem a alguém. Aqui você deve descriminar quem é o suserano de seu personagem. Conceio: Seja escrevendo uma ideia echada e direa como “guerreiro”, “soldado”, “padre”, “comerciane”, ou ideais mais aberos como “Sano do Pau Oco”, “Lâmina do Senhor”, “Devoo Fervoroso”, ene dar uma ideia geral sobre o seu personagem aqui. 2 – Aribuos odos os aribuos já possuem nível 1, o jogador disribui + 6 ponos como quiser, sem ulrapassar o limie inicial de 3. 3 – Habilidades Personagem êm 12+Ineleco em ponos para disribuir em habilidades, sem ulrapassar o limie inicial de 3. 4 – raços Escolher 3 raços. ambém um raço negaivo associado a sua enia consulando a caixa de exo.
*Obs.: odo elmo impõem um reduor de -1 em percepção.
5 – Eseras de Vida e Corrupção Calcular as Eseras de Vida – Iniciando com o valor de Vigor +6 e seguir em um movimeno decrescene aé o úliPasso a Passo da Criação de Personagem mo nível da esera. Para conseguir uma ficha de Belregard PG, confira o link: Calcular as Eseras da Corrupção – Iniciando com o valor htp://www.belregardrpg.com/2013/12/nova-ficha-de- de Espírio +1 e seguir em um movimeno crescene aé o úlimo nível da esera. belregard.hml * *Obs.: Dependendo do rançado ela se orna mais resisene e menos maleável.
1 – Preencher o cabeçalho. Nome: Nome pelo qual seu personagem será reconhecido. Lembre-se que, apesar de parecer simples, um nome carrega grande imporância e num mundo medieval, é quase como um carão de visias. Pode-se valer ambém de alcunhas e epíeos para melhor caracerizar seu personagem.
6 - Provação No capíulo IV dese livro, o jogador deve escolher uma das cinco Provações para anoar no campo correpondene a ficha. Ese será o pecado com o qual ele em maior afinidade.
7 – Anoar seus Perences Jogadores e narradores irão perceber uma ausência de va Jogador: Nome do Jogador que inerpreará aquele per- lores, preços e lisas longas de equipamenos nesas regras. Isso é inencional, não só para deixar a versão mais leve, sonagem. como ambém para represenar um dos ponos undamen-
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ais do aual clima de Belregard. São poucos os lugares que maniveram uma esruura de comércio organizada e coesa. Boa pare do mundo conhecido realiza suas negociações na base da roca. Não exisem barracas e eiras com espadas e armaduras penduradas, a venda para avenureiros com bolsas abarroadas de ouro depois de sua úlima expedição a masmorra do dragão. Nem odo erreiro sabe azer espadas e muio menos armaduras.
qualquer ouro jogo de inerpreação. Muios narradores monam seus jogos e somene depois anunciam aos jogadores sua ideia de campanha ou sessão. Ouros jogadores idealizam seu personagem independene da ideia do narrador. Ambos esariam ceros, mas algumas vezes exisem incompaibilidades que ornam o jogo arrasado ou sem as amarras que deixam udo mais ineressane.
ETNIAS EM EGRS Belghos:
O Jogador deve escolher um raço Negaivo denre os lisados a seguir: Arrogane, Perdidamene Devoado, Falacioso ou Frio. O personagem deve escolher rês Habilidades, que irão refleir sua vida como um membro da respeciva enia, denre as lisadas a seguir: Oraória, Sabare eligioso, Medicina, Insrução, Oício e Finanças. Exemplos de nomes masculinos: Argus, Dagom, Macedon, Sando val e Ulysses. Exemplos de nomes emininos: Abella, Fabrice, Lelia, risa e Valarie. Parlos:
O Jogador deve escolher um raço Negaivo denre os lisados a seguir: Despreocupado, Ganancioso, Viciado ou Curioso. O personagem deve escolher rês Habilidades, que irão refleir sua vida como um membro da respeciva enia, denre as lisadas a seguir: Oraória, Cavalgar, Empaia, Furar, Oício e Finanças. Exemplos de nomes masculinos: Bacco, Demerio, Fedro, Nazzarro e Parizio. Exemplos de nomes emininos: Amanda, Demeria, Felicia, Lelia e eresa. Dalanos :
O Jogador deve escolher um raço Negaivo denre os lisados a seguir: Despreocupado, Ansioso, Inconveniene ou Inconsane. Exemplos de nomes masculinos: Aaron, Edmond, Jean, Louis e isso. O personagem deve escolher rês Habilidades, que irão refleir sua vida como um membro da respeciva enia, denre as lisadas a seguir: Ares, Dissimular, Furividade, Proeza (Agi), Oício e Saber Hisórico. Exemplos de nomes emininos: Blanche, Cécile, Heloise, Nicole e Viviane. Vihs e Igslavos:
O Jogador deve escolher um raço Negaivo denre os lisados a seguir: Severo, Cabeça Dura, ude ou Supersicioso. O personagem deve escolher rês Habilidades, que irão refleir sua vida como um membro da respeciva enia, denre as lisadas a seguir: Sobrevivência, Proeza (For), Percepção, Oício, Saber Míico e Empaia. Exemplos de nomes masculinos: Adrik, Mikhail, Nikolai, Vladmir e Yurik. Exemplos de nomes emininos: Alina, Mila, Naasha, Sonya e Ursula.
Acrediamos que a maneira ideal de criar hisória é criar uma amosera convidaiva ano à hisória criada pelo narrador como o prelúdio idealizado pelo jogador. Assim, os narradores devem azer seu jogo para e pelos personagens dos jogadores. Cada narrador erá um méodo próprio de azer isso, mas com inuio de ajudar, idealizamos um méodo que oi baizado de “Jogador Ala”. O narrador deve escolher em sua mesa alguém com alguma acilidade criaiva. Juno com ese jogador defina um personagem, dê alguma moivações, complicações e crie uma mini rama. Caso não enha esse jogador, pergune quem em uma boa ideia já ormada. Em seguida, juno com os jogadores resanes, vá preenchendo o prelúdio do jogador ala com os prelúdios dos ouros jogadores. Ao érmino do processo o narrador erá uma rama bem echada envolvendo odos os jogadores da mesa, e o melhor, odos erão paricipado na consrução base da campanha. Vamos exemplificar isso: O narrador Pedro perguna quem em alguma ideia de personagem e Jogador Anônio diz que sim: “Jogarei com homem de armas. Ele oi raído pela esposa. Não endo coragem de honrar seu nome, ugiu de suas erras. No momeno esá arás de uma Ordem de Cavalaria. Preende dedicar-se às boas causas e servir os desprovidos” Pedro - “Óimo. Quem aproveia para criar algo?” Jogadora Angélica diz “Acho que enho algo”
“Minha irmã nunca deu valor ao marido dela ( Jogador do Anônio). Sempre vi como ela o raava e nunca achei isso Esa dica rápida serve ano para narrar Belregard como cero. Alimenei uma paixão proibida por muios anos. Já 38
Como Montar Histórias em Belregard
cansada de viver com meus pais resolvi enrar na carroça de meu cunhado urivamene e só revelei que esava lá muios quilômeros depois. Meni dizendo que esava ugindo de meu pai porque ele me baia. Hoje eu o sirvo como amiga e confidene, mas meu verdadeiro inuio é que nos casemos”.
Sementes de Cenários Não preendemos aqui descrever longos exos com cenários pronos. Acrediamos que as coisas uncionam muio melhor quando o narrador em a ideia planada em sua mene e ele mesmo a desenvolve, já que conhece seu grupo e sabe a melhor maneira de lhe apresenar o ambiene.
Pedro - “Uau, mandou bem. emos um bom maerial aqui. O que emos mais?” A Negação Após ouvir e seguir as palavras de um Arauo, que deu Jogador Lucas diz “Quando um bando de saqueadores senido a vida dos jogadores, a auoridade local resolve aacou a carroça de meu pai e maou a odos, eu não sabia ser enérgica e, sem um julgameno, condena o Arauo à o que azer. Lembro do homem armado (personagem de more por apedrejameno por não aceiar renegar seus Anônio) enando azer alguma dierença, mas não havia ensinamenos. Anes mesmo que seu úmulo esriasse, as muio o que salvar àquela alura. Ele quis me deixar para auoridades convocam Inquisidores do Supremo Oício rás, afinal, eu era um esorvo, enreano, a jovem (per- que aacam como abures sobre a carne mora. O objeivo sonagem da Angélica) insisiu que não poderia me deixar dos Inquisidores agora é apagar o legado do Arauo, assim, para rás. Demonsrei que inha habilidades ueis devido irão procurar odos seus escrios e principalmene, odos minha criação enre os nômades. Assim nasceu uma rela- os seus seguidores para “purificá-los”. Caso não os enconção de proeção e admiração. Ele me dá proeção enquan- re, sua úria se abaerá sobre seus parenes e amigos mais o procuro uma maneira de vingar meus pais” próximos. Pedro - “Óimo gene. Será que emos algo que pode ba- O Pacto lançar udo isso?” O grupo de personagens ez um paco com a Horda há muios anos arás em roca de saúde, dinheiro ou qualquer Jogador Vior diz “Vou mandar algo” ouro moivo. Por muios anos eles realmene acrediaram que isso nunca eria consequências e que a dívida seria per“Meu personagem será um Padre que oi expulso de sua doada. Anes mesmo que seu quinquagésimo aniversário cidade por er envolvimeno com ares proanas. Eu enei seja compleado, um agene da Sombra visia os jogadores conaar o espírio de meu filho que oi aacado por lobos. no inuio de omar aquilo que oi dado. Independene da Quando vi o jovem (Personagem do Anônio) chegando ação dos jogadores, a visia da Sombra deixará sequelas à cidade, fiz quesão de ser o mais amigável possível, enho eernas em suas almas. manido um laço esreio de amizade. Esperando que de algum modo ele possa ajudar minha vingança e minha es- O Casamento calada de poder rumo ao bispado”. Os jogadores são chamados para uma celebração imporane enre duas amílias que esão firmando um acordo Pedro - “Bem pessoal, enão emos um homem de armas de paz. Inelizmene, ao caminhar pela residência do noique busca a servidão e a honra enquano é cuidado por vo momeno anes da celebração, um dos personagens sua cunhada, que manêm um amor secreo por ele. Ao enra onde não deve e se depara com o noivo em relações mesmo empo, eles cuidam do jovem órão que vive sob inimas com a mãe da noiva. Mesmo que o noivo relue, a a proeção de ambos enquano se mee em problemas na mãe da noiva não pode acrediar na sore, assim, ela obriga sua busca por vingança. Para concluir, emos um ex pa- seu amane a mandar maá-los anes que possam alar com dre que os “manipula” para auxiliar seus planos de poder alguém. e vingança.
Exemplos de Antagonistas
“Agora enho algo para rabalhar, vou pensar em qual cidade ou reino vou passar o jogo, quais as inormações que Lobos/Cães de Caça vocês devem saber e semana que vem começamos a jo- For 2, Agi 2, Vig 2, In 1, Esp 1 gar”. Aaque - Mordida 5d/Di 2/Dano 3d/Velocidade 3 Perícias – Sobrevivência 3, Esquiva 2, Mordida 3 Ese méodo unciona muio bem, permie que odos se- Armadura 2 jam ainda mais proagonisas da campanha. oal das Eseras da Vida - 33 Aconselhamos ao narrador uilizar manobras de invesida 39
com os lobos e ainda de imobilizar, realizando eses de O eeio só é quebrado quando a criaura pare, ou quando orça resisidos. um aaque do mesmo é deserido conra a própria pessoa, ou alguém próximo. Lupus Umbra
É muio provável que o medo irracional da noie e dos lo bos, que odo homem são possui, enha se originado de enconro com as criauras conhecidas como Lupus urpis. Plínio, o Velho, descreveu-os em seu anigo besiário como uma clara dicoomia enre a Sombra e o Criador. Enquano represena o predador por excelência, o olhar do Lupus urpis é paralisane. odos que o encaram uma primeira vez devem er uma vonade érrea para conseguirem se mover anes que seja arde. Como um pleno lem bree do Criador para aqueles que chegam pero de mais da escuridão e veem-se sem a menor chance de volar arás. For 3, Agi 3, Vig 3, In 2, Esp 3 Aaque - Mordida 8d/Di 3/Dano 5d+2/Velocidade 3(5) Perícias – Sobrevivência 4, Esquiva 4, Mordida 5 Armadura 4(6) oal das Eseras da Vida – 39 Olhar Aerrorizane Os olhos amarelos do Lupus alam àquilo que há de mais primiivo denro dos homens, azendo-os compreenderem que, diane dese ser neaso, não possuem ouro papel que não o de presas indeesas. O primeiro olhar direcionado a um Lupus gera uma um medo errível e paralisane. Deve-se azer um ese dispuado de Espírio, aqueles que alharem ficam paralisados, incapazes aé mesmo de alar.
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Ala Para odos os eeios, enre os lobos comuns, o Lupus é sempre o ala da mailha. Benção da Sombra Envolo de uma energia sinisra, o Lupus recebe +2 Velocidade, Armadura e Dano. Aldeões
For 2, Agi 1, Vig 2, In 1, Esp 1 Aaque – Desarmado 3d/Di 1/Dano 2d/Velocidade 3 Perícias – Sobrevivência 3, Esquiva 2, Briga 2 Armadura - 2 oal das Eseras da Vida – 33 Sacerdotes
For 1, Agi 2, Vig 1, In 2, Esp 3 Aaque – Desarmado 2d/Di 1/Dano 1d/Velocidade 3 Perícias – Esquiva 1, eligião 2, Oraória 2 Armadura 2 oal das Eseras da Vida – 30 Soldados
For 2, Agi 1, Vig 2, In 1, Esp 1 Aaque – Espada 4d/Di 1/Dano 4d/Velocidade 5 Perícias – Espada 3, Esquiva 2, Briga 1, Escudo 2 Armadura - 5 oal das Eseras da Vida – 33