UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS -UnUCET FACULDADE DE ENGENHARIA AGRÍCOLA
AVICULTURA DE POSTURA Trabalho de criação e exploração de animais
ACADÊMICOS : MAYARA PAIVA SIQUEIRA, SIQUEIRA, PAULO RICARDO R ICARDO OLIVEIRA, LUIS HENRIQUE COSTA VASCONCELOS ASCON CELOS..
INTRODUÇÃO Neste setor de avicultura de postura, a capacidade genética das aves está superando as linhagens anteriores tanto na produtividade, qualidade como na viabilidade. Qualquer que seja a estratégia adotada pela empresa, os capitais significativos investidos no sistema devem refletir na obtenção de custos mais competitivos e no atendimento de uma demanda por produtos de alta qualidade. A tecnologia contribui para o desempenho ao longo prazo das empresas, oferecendo vantagens competitivas, que resultem em menor custo por unidade produzidas associadas à melhor qualidade. A incorporação de tecnologia é um dos instrumentos para que o sistema produtivo se mantenha e incremente sua participação no mercado obtendo retorno financeiro no processo produtivo ou no produto, portanto é um fator que cria vantagens competitivas. A dinâmica da mudança do comportamento dos consumidores no mercado move toda a cadeia produtiva no sentido de melhorar a sua produção e prestação de serviços. E a inovação tecnológica é importante no processo de desenvolvimento e da manutenção das firmas.
RAÇAS Existem mundialmente mais de 300 raças de espécies de galinhas domésticas (Gallus domesticus). Podem distinguir-se três categorias principais de raças de galinhas: raças puras para fins comerciais, raças híbridas que resultam de cruzamentos e raças locais ou nacionais. De uma maneira empírica podemos dividir as raças para fins comerciais de acordo com o seu principal objetivo de produção:
Postura de ovos, principalmente as raças de galinhas leves, que põem ovos ou poedeiras.
Produção de carne, principalmente pelas raças mais pesadas ou de frangos de corte.
As galinhas que são criadas tanto para porem ovos como pela produção de carne e que são as chamadas raças de duplo objetivo. As galinhas poedeiras, os frangos de carne/corte e as de duplo objetivo distinguem-se pela sua conformação corporal.
RAÇAS COMERCIAIS E HÍBRIDAS Uma raça bem conhecida de galinhas poedeiras leves são as galinhas brancas ou Leghorn Brancas. São conhecidas por porem uma grande quantidade de ovos brancos. Necessitam de menos ração, devido ao seu pequeno pequeno porte. As Leghorn Brancas são poedeiras muito eficientes. No entanto, no fim do período de postura dão relativamente pouca carne.
Algumas raças mais pesadas de poedeiras têm mais carne (são mais robustas) e também põem muitos ovos. Daí que sejam adequadas para uma produção de objetivo duplo. Estas galinhas põem ovos castanhos e, geralmente, também têm penas castanhas podendo os tons variar consoante a raça. Estão neste caso as galinhas de penas castanhas Rhode Island Red Red e as New Hampshire de cor castanho-claro.
LEGHORN É uma raça mediterrânea de crista serra ou crista rosa dobrada para a esquerda. A crista serra ocorre nas variedades marrom claro e marrom escura, branca, amarela, preta, prata, vermelha, preta com rabo vermelho, colúmbia e dourada. A crista rosa ocorre nas variedades marrom claro e marrom escuro, branca, preta, amarela e prata. Apresenta pele amarela e produz ovos com casca branca. Ainda que apenas a variedade de crista lisa seja utilizada comercialmente, existem muitas outras variedades, algumas das quais sexáveis pela pena, com um dia de idade. As aves são de tamanho pequeno (ao redor de 2,043 kg para as galinhas e 2,724 kg para os galos) e as galinhas produzem grande número de ovos por ciclo de postura (em média 200), com casca saudável e peso médio de 55 g.
LEGHORN BRANCAS RHODE ISLAND RED – Apresenta corpo na forma de um bloco alongado com plumagem pl umagem marrom com algumas penas pretas na cauda, pescoço e asas. Nos anos mais recentes esta variedade tem sido
intensamente utilizada para produção de híbridos sexáveis pela cor. A presença de uma mancha branca ou clara na asa dos pintos macho e sua correspondente ausência nos pintos fêmeas, favorece a identificação dos machos e fêmeas com um dia de idade, conseguindo-se um índice de acerto de 80-90%. Por
outro lado, nos cruzamentos, quando um galo desta raça
(geneticamente “gold” ou não barrado) é acasalado com galinhas geneticamente “silver” ou
barrada, é possível determinar o sexo do pinto por diferenças de coloração da penugem. Atualmente grande parte dos híbridos comerciais de postura resulta de cruzamentos específicos entre indivíduos Rhode Island Red e Plymouth Rock Barrado e produzem grande quantidade de ovos de casca marrom.
RHODE ISLAND RED NEW HAMPSHIRE É uma raça americana de pele amarela, e ovos de casca marrom. Apresenta cor vermelho claro e crista serra. Por muitos anos foi utilizada para a produção de frangos de corte. Mais tarde passou a ser utilizada para cruzamentos com outras raças de corte na produção de frangos. Atualmente apenas poucos criadores se dedicam à comercialização desta raça. Esta raça foi utilizada em muitos cruzamentos que formam os atuais híbridos de corte, principalmente em função da habilidade de produção de grande quantidade de ovos com alta eclosão. A presença de uma mancha branca ou clara na asa dos pintos machos (pinto) e sua correspondente ausência nos pintos fêmeas (pinta) favorece a identificação dos machos e fêmeas com um dia de idade, conseguindo-se um índice de acerto de 80-90%. Quando adultos,
os machos pesam em média 3,632 e as fêmeas 2,951 kg. As galinhas produzem em média 220 ovos no primeiro ciclo de postura, que pesam em média 55g.
NEW HAMPSHIRE RAÇAS LOCAIS Se se pretende criar uma raça própria de galinhas, não se podem utilizar as raças híbridas, visto que a sua produtividade decrescerá. As raças híbridas apenas garantirão uma produção elevada caso se comprem regularmente novas galinhas. Por esta razão é aconselhável usar raças locais, que têm a vantagem de serem muito mais baratas. Outra vantagem das raças locais reside no fato de estarem melhor adaptadas às condições locais e serem menos suscetíveis às doenças do que as raças híbridas, mais frágeis.
As raças locais são,
normalmente, mais leves e os seus ovos menores do que os das raças híbridas. As raças locais podem distinguir-se pela sua aparência. Contudo, as raças locais são de longe menos produtivas em termos de número de ovos. Nas áreas rurais, as galinhas locais podem pôr cerca de 50 ovos por ano, enquanto as raças híbridas modernas, sob condições favoráveis, podem pôr entre 250-270 ovos por ano. Por outro lado, as raças locais utilizam melhor o material residual que as raças híbridas, o que faz que sejam mais adaptadas para serem criadas em liberdade, em redor da habitação da família, onde encontram vários alimentos de acordo com a sua preferência.
RAÇAS LOCAIS
ESCOLHA DA RAÇA Os fatores importantes para a escolha da melhor raça de galinhas atendendo ao seu caso específico são os seguintes: preço, situação do mercado, experiência, boa gestão da empresa, preferências locais e disponibilidade. O preço determinará a escolha. As raças híbridas modernas são mais caras e exigem cuidados especiais, rações de elevada qualidade e bem balanceadas para que produzam bem e eficientemente. As raças locais são mais baratas e estão mais bem adaptadas às condições locais. Caso sejam bem cuidadas a sua produção é razoável. Porém se quiser criar galinhas a uma escala maior e decidir comprar rações balanceadas é melhor escolher raças híbridas, mais caras. A avicultura em maior escala é cara porque obriga à compra de raças híbridas e de rações equilibradas situação local do mercado é um fator importante a considerar. Se houver uma boa situação de mercado para os ovos e para a carne e se for possível obter um fornecimento regular de rações balanceadas de boa qualidade, podem escolher-se raças híbridas de peso médio. Caso pretenda concentrar-se na venda dos ovos, a escolha deve recair em poedeiras menores, de penas brancas. Em todos os outros casos é preferível escolher raças mais pesadas, normalmente de cor castanha. Se habitar longe do mercado e pretender, essencialmente, produzir para autoconsumo, vendendo o excedente de ovos e de carne apenas na feira local, a melhor escolha será as raças locais. Caso não possua qualquer experiência de avicultura, é melhor começar com uma raça local, mais barata. Uma boa gestão da exploração avícola permite optar pela compra de raças híbridas que, embora mais dispendiosas, são mais rentáveis. Nalguns países preferem-se os ovos castanhos. Visto que as raças híbridas nem sempre se podem obter localmente, ficará portanto dependente do que pode encontrar na sua área.
HÍBRIDOS COMERCIAIS DE POSTURA (IMPORTADOS) Hissex (branca e marrom) Lohmann (branca e marrom) Isa (branca e marrom) Hy-Line (branca e marrom) Shaver (branca e marrom) H&N Nick Chick (branca e marrom) Tetra Harco
HÍBRIDOS COMERCIAIS DE POSTURA (NACIONAIS)
Embrapa 011 (Branca) Embrapa 031 (Marrom)
As frangas devem ser transferidas para o aviário de postura até as 18 semanas de idade numa densidade de 6 aves/m2. Quando alojadas em piso, a cama de boa qualidade deve cobrir
uniformemente todo o piso com 7 cm de espessura, podendo ser de maravalha/serragem, palha/capim ou sabugo triturado. Manter quatro aves/boca de ninho. Fornecer água em abundância, limpa, fresca e isenta de microorganismos. Fornecer controladamente ração postura I, da 19 a até a 45 a semana e ração postura II após a 46 a semana de idade. Adquirir a ração de fornecedor idôneo. Quando houver condições, de fabricação de uma boa ração na propriedade, uma opção é fabricá-la com aquisição do núcleo, como mostra o exemplo de ração de postura oferecido por Gessulli (1999), misturando-se 10% do núcleo de postura para a fase de produção com 60% de milho moído, mais 22% de farelo de soja 45 e 8% de calcário com 38% de cálcio. Observar as quantidades e instruções de mistura do fabricante do núcleo, principalmente quando as galinhas necessitam mais cálcio na ração, após as 45 semanas de idade. A adoção de rigorosas medidas de biosseguridade reduz os riscos de infecção no plantel. O intervalo entre alojamentos no mesmo aviário deve ser de, no mínimo, 21 dias, contados a partir da completa retirada das aves, limpeza e desinfecção das instalações e dos equipamentos. Alojar aves de mesma idade e procedência nas mesmas instalações. O monitoramento sorológico do plantel deve ser orientado pelo médico veterinário responsável pela granja, bem como a necessidade de vacinações das aves nesse período, sempre em conformidade com a situação epidemiológica do local e com o serviço oficial. A prevenção da
síndrome da queda de postura (EDS) e da encefalomielite, deve ser feita no período que antecede o início de produção. A partir da 16 a semana de idade fornecer luz artificial crescente até atingir um total de 16 horas de luz, no pico de produção, mantendo-se esse valor constante até o final do período produtivo. Entretanto, para locais próximos do Equador, onde o tamanho
do dia é mais constante entre as estações, apenas um pequeno estímulo luminoso é suficiente para se atingir altos níveis de produção. Os ovos devem ser coletados a cada duas horas para evitar contaminações. No momento da coleta devem ser classificados em bons, trincados, bicados e s ujos. Os ovos bons
devem ser re-classificados em pequenos, médios, grandes e duas gemas e colocados em pentes de 30 ovos, e esses em caixas de 30 dúzias a serem enviadas para o mercado o mais rápido possível. Se houver necessidade, conservar as caixas em local fresco e arejado por, no máximo, 3 dias. Providenciar o reaproveitamento dos demais ovos. A produção, consumo e peso das aves devem ser acompanhados semanalmente. O pico de postura é alcançado as 29 semanas de idade com 91% de produção. Espera-se uma produção de 319 ovos até as 80 semanas de idade, com peso médio de 62,0 g e um consumo médio diário de 115 g de ração/ave no período de produção.
MANEJO E CATEGORIAS ESCOLHA DAS POEDEIRAS Atualmente existem no mercado várias linhagens recomendadas para poedeiras comerciais, tanto para ovos vermelhos como para brancos. São: Hy-line, Lohmann, ISA, Hissx e Shaver, etc. Estas, no entanto, apresentam pequenas variações quanto ao desempenho produtivo.
Temos também híbridos comerciais de postura (importados), como: Hisex (branca e marrom) Lohmann (branca e marrom) Isa (branca e marrom) Hy-Line (branca e marrom) Shaver (branca e marrom) H&N Nick Chick (branca e marrom) Tetra Harco Há também híbridos comerciais de postura (nacionais), comumente encontradas nas granjas de postura, como:
MANEJO NA FASE CRIA/RECRIA Nesta fase de criação de poedeiras comerciais é o período compreendido entre a primeira até a 10ª semana de idade das aves. As pintainhas ou pintinhas podem ser criadas no sistema de gaiola ou diretamente no piso com a utilização de cama. As pintainhas são alojadas no galpão e são criadas até a 16ª semana de idade quando são transferidas para o galpão de postura. Nesse período, a densidade é determinada pelas condições de manejo, temperatura ambiente e idade das aves:
PREPARAÇÃO DO PINTEIRO (GALPÃO PARA PINTAINHAS) Os galpões destinados à criação das pintainhas, devem ser higienizados antes da chegada de novo lote, obedecendo ao seguinte cronograma: 1. Os restos de ração dos comedouros e dos silos e o esterco dos cavaletes e pisos, devem ser retirados para facilitar a limpeza geral do galpão. A lavagem dos galpões devem ser feita para facilitar a remoção dos dejetos, poeira e penas, através da aplicação de jatos de água com alta pressão, iniciando-se da parte mais alta, no sentido de cima para baixo acompanhando a declividade do galpão; 2. Todos os equipamentos e instalações devem ser lavados minuciosamente, principalmente nas juntas de madeira e dobras de gaiolas. A caixa d’água deve ser lavada
objetivando a higienização da mesma. Os comedouros e bebedouros devem ser limpos e higienizados; 3. A desinfestação é realizada para eliminar os insetos/ animais nocivos à saúde das aves e humana. A desinfecção deve ser feita com desinfetante aplicados na parte interior e exterior do galpão, e quando realizada o aplicador não pode entrar em contato com o produto. Devem ser utilizados produtos aprovados e recomendados para uso na avicultura, devendo ser observada as normas técnicas e de segurança para aplicação e armazenamento dos produtos; 4. Se necessário, são efetuados reparos nos madeiramentos, para dar melhores condições de alojamento para as pintainhas. As lâmpadas são limpas e as queimadas são trocadas para melhorar a iluminação, o que facilita o acesso das aves à ração e à água. No sistema de criação em piso, a cama do aviário deve ser de boa qualidade, sem evidências de fungos, ausente de substâncias tóxicas, baixa condutividade térmica, de partículas de tamanho médio, boa capacidade de absorção de umidade, macia e deve cobrir uniformemente o piso do galpão atingindo a espessura de 5 a 10 cm de altura. Dentre os materias que são utilizados para cama de aviário, destacam-se: sabugo de milho triturado, bagaço de cana, sepilho ou maravalha de madeira, casca de arroz, palha de feijão e feno de gramínea. Após a lavagem e desinfecção do(s) galpão(ões), deve ser realizado um vazio sanitário com duração entre 15 a 20 dias para entrada de um novo lote.
No caso de criação com a utilização de círculo de proteção,as folhas de compensado devem ser dispostas para que o círculo apresente a altura de 40 a 60 cm de altura e 3 metros de diâmetro, para alojar cerca de 500 pintainhas. Deve ser tratada com desinfetante, aplicados na parte interior e exterior do galpão Outros cuidados indispensáveis nesta fase : - utilizar o sabugo triturado ou cepilho como "cama"; - proteger as pintainhas de corrente de ar, através do círculo de proteção; - fornecer 24 horas de luz diária nos primeiros três dias de vida, a fim de dar as pintainhas boas condições para se ambientar com as instalações e equipamentos. A partir do 4º dia fornecer 20 horas de luz e diminuir gradativamente até deixar somente a luz natural; - fornecer calor nas primeiras semanas de vida das pintainhas; - acompanhar o comportamento das pintainhas quanto ao manejo adequado e uso da fonte de calor, observando: A - A campânula ou fonte de calor está correta com 30 a 33º C. As pintainhas ficam circulando livremente, comendo ração e bebendo água. É a prova de que o aquecimento está correto. B - Quando estão amontoados, há falta de calor. C - Quando há corrente de ar dentro do galpão, ficam amontoado em um canto. D - Quando o círculo das pintainhas está longe da fonte de calor significa que há excesso de calor. -Realizar a debicagem, pois, previne o canibalismo e evita o desperdício de ração, além de contribuir para a uniformidade do lote. A primeira debicagem deve ser realizada entre sete e dez dias de idade, aproveitando-se que as pintainhas estão confinadas no círculo de proteção facilitando a apanha. Uma segunda debicagem, deve ser promovida entre a 10ª e 12ª semanas, em condições normais de criação. -Acompanhar o desenvolvimento corporal das frangas, buscando-se uma uniformidade em torno de 80%. Esse resultado é a garantia de uma maturidade sexual a uma idade fisiologicamente adequada e um desempenho de produção economicamente esperado.
AQUECIMENTO PARA AS PINTAINHAS O aquecimento tem como objetivo manter a temperatura corporal das pintainhas, devendo ser mantida no interior do pinteiro entre 28 e 32 ºC (ideal) na primeira semana e entre 26 e 28 ºC (ideal) na segunda semana. O aquecimento deve ser feito através de campânulas a gás ou elétrica ou ainda aquecedores de infravermelhos. Deve ser instalado um termohigrômetro dentro do pinteiro, para controle da temperatura ambiente e umidade relativa do ar. Algumas observações visuais são utilizadas para o controle da temperatura no galpão, dentre os quais: • Amontoamento das pintainhas; • Pintainhas arrepiadas; • Bico e asas en treabertos; • Respiração ofegante; • Pé queimado; • Empastamento de fezes na cloaca.
Nos dias quentes, a seguinte prática de manejo é recomendada: 1- Se acima da temperatura ideal desligar a fonte de calor; 2- Se a temperatura ainda permanecer alta, abrir as laterais da cortina interna; 3- Se ainda persistir, abrir a cortina externa do lado que não estiver ventando; 4- Ligar os aspersores ou, na sua ausência, umedecer as paredes laterais do galpão.
RECEPÇÃO OU ENTRADA DAS PINTAINHAS O veículo com as pintainhas, ao chegar na portaria da granja, deve ser totalmente desinfetado ou então as pintainhas devem ser transferidas para veículos de circulação interna
na granja. O supervisor deve verificar o horário de saída do caminhão do incubatório, o horário de chegada à granja, as anormalidades (caminhão e carga) existentes no trajeto, a temperatura do interior do caminhão e a existência de alguma separação de pintainhas. Os colaboradores devem ter atribuição exclusiva de realização desta tarefa e devem estar sempre com roupas limpas e desinfetadas.
SOLTURA DAS PINTAINHAS Na criação em piso é imprescindível nas primeiras semanas que as aves tenham uma boa fonte de aquecimento, sendo esta necessidade maior nos primeiros dias de vida e reduzindo com a idade. Deste modo, a abertura do círculo de proteção deve ser realizada a partir do terceiro dia e retirados após o 100 dia. Na criação em gaiola as pintainhas devem ser soltas uma de cada vez para o interior da gaiola. Deve-se molhar o bico da mesma em água para que ela possa aprender e ter acesso à água o mais rápido possível, evitando assim riscos de desidratação.
DEVEM SER VERIFICADO EM TODOS OS LOTES AS SEGUINTES CONDIÇÕES DE ANORMALIDADES: • Onfalite (Umbigo pregado, Barriga grande, Bolsão rendido); • Defeitos físicos (Pé torto, Bico torto, Pescoço torto, Cegueira).
As anormalidades devem ser registradas de acordo com as informações do fornecedor. Devem ser pesadas as caixas de transporte de pintainhas, verificando qual foi a perda de peso durante a viagem. As embalagens utilizadas no transporte das pintainhas devem ser incineradas após a soltura de todas as aves. Para medir o nível de imunidade passiva deve ser feita a coleta de sangue por punção cardíaca, coletando-se aproximadamente 0,5Ml de cada ave, de 0,1% das aves do lote para análise e controle de salmonelose, micoplasmose e doença de Gumboro. O primeiro arraçoamento deve ser realizado com a colocação da ração em comedouros tipo bandeja (criação em piso). No caso de criação em gaiolas, nos comedouros acoplados as gaiolas. Esta ração é colocada próxima ao bebedouro. Faz-se a leitura do termômetro instalado no interior do pinteiro, próximo a fonte de calor.
NO RELATÓRIO DE RECEPÇÃO DEVE CONSTAR OS SEGUINTES DADOS:
• Avaliação da qualidade das pintainhas receb idas, temperatura das instalações,
números de lotes, data, horário da chegada e mortalidade do lote; • Percentual de pintainhos (machos) de lotes que completaram a sexta semana de idade.
Anota-se em fichas as seguintes informações: • Contagem física das pintainhas (para controle de produção); • Mortalidade no primeiro dia (as pintainhas que morreram na viagem são consideradas
como mortalidade de 01 dia); • Mortalidade do segundo dia (as pintainhas que morrerem no dia da soltura).
MANEJO DO LOTE (CRIA) DE PINTAINHAS De 01 a 07 dias de idade os colaboradores devem: • Colocar água nos bebedouros todos os dias, incentivando o consumo de água; • Realizar a separação das aves menos desenvolvidas do meio das maiores, objetivando
a recuperação das mesmas; • Controlar a umidade do ar; • Trocar o material utilizado como cama se estiver molhado; • Controlar a temperatura; • Realizar o arraçoamento das pintainhas; • Realizar a vacinação recomendada; • Realizar os registros correspondentes; • Retirar as pintainhas mortas, dando destino adequado a carcaça.
PRIMEIRA DEBICAGEM Todas as aves destinadas à postura devem ser debicadas. A debicagem deve ser realizada entre 7° ao 10° dia de idade.
OBJETIVOS DA DEBICAGEM • Evitar ou reduzir o canibalismo; • Evitar a escolha de partículas maiores e o desperdício de ração; • Minimizar o efeito da hierarquia social do lote; • Melhorar a viabilidade do plantel.
COMO É REALIZADA A DEBICAGEM?
A primeira debicagem deve ser realizada com o debicador automático que contenha placa guia com orifício de 4,0, 4,37 e 4,75 milímetros e lâmina tipo “BC” o corte do bico deve ser em forma de V, visando deixar o bico com um comprimento de 1,5 a 2,5mm. A temperatura da lâmina deve estar entre 500 a 5700C, ficando a cor da lâmina vermelha (cor de café maduro) para que efetue uma perfeita cauterização e deve estar bem afiada para facilitar o corte evitando assim um corte inadequado. As pintainhas devem ser colocadas em uma caixa para facilitar o manejo. Na operação o colaborador deve segurar a ave corretamente. O polegar deve ser posicionado na parte posterior da cabeça, e o indicador sobre a garganta exerce uma leve pressão para trás e para baixo. Esta leve pressão promove a retração da língua, evitando que a mesma seja cortada. A ave deve ser segurada com firmeza, mas sem pressão excessiva. A seguir inserir o bico no orifício selecionado, o orifício do debicador deve ser de calibre adequado para o bico da ave, segurar o corpo da ave na posição perpendicular a placa. O equipamento deve ser ligado e uma vez acionado, a lâmina do debicador abaixa e corta o bico. É preciso manter o bico no orifício contra a lâmina pelo menos dois segundos completos em que ela permanece abaixada. A ave deve ser retirada quando a lâmina do debicador subir, liberando o bico. A ave deve ser solta na gaiola utilizando um escorregador, para diminuir o impacto da mesma com a gaiola.
CUIDADOS ANTES, DURANTE E APÓS A DEBICAGEM • O nível de ração nos comedouros deve ser mantido um pouco acima do nível normal,
durante e depois da debicagem, para evitar que as aves machuquem seus bicos recém cortados; • O arraçoamento deve ser feito antes dos operadores entrarem nos corredores; • Deve ser aplicada vitamina anti -estresse na água de bebida um dia antes, no dia e um
dia após a debicagem; • Deve ser evitado ao máximo o estresse após a debicagem, impedindo assim
rachaduras ou lesões nos bicos e consequentemente hemorragias; • Toda a debicagem deve ser efetuada do fim para o começo do galpão, evitando assim
o trânsito entre as aves debicadas. Não devem se realizada nenhuma prática de manejo próximo ao galpão (aplicação de herbicida, larvicidas, retirada de esterco e utilização de roçadeiras) até a cicatrização total do bico da ave; • Deve ser evitada temperatura excessiva ou prolongada dura nte a debicagem, pois a
aplicação de calor excessivo resulta no crescimento de uma estrutura semelhante a uma bola no bico (calo).
Por outro lado, deve-se evitar a temperatura baixa da lâmina para não haver hemorragia; • No caso de hemorragia, a pintainha deve ser separada e refeita a cauterização para
evitar sua morte; • Deve ser colocada água nos bebedouros, para incentivar o consumo de água; • Aves doentes não devem ser debicadas; • A debicagem deve ser efetuada por equipes bem treinadas.
MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS PARA A DEBICAGEM Deve ser realizada periodicamente com a substituição das lâminas e dos fios elétricos que estiverem descascados e puídos.
SELEÇÃO DE AVES DE 1 A 16 DIAS DE IDADE Deve ser feita diariamente, exceto no dia da debicagem. Selecionam-se as aves fracas e menores, colocando-as em locais de melhor acesso a comedouros, bebedouros e aquecimento, para que as mesmas possam igualar-se ao desenvolvimento do restante do lote. O objetivo desta seleção é evitar disputa na hora da alimentação e também buscar uma boa uniformidade (no mínimo 80%) das mesmas, ficando as aves de acordo com o tamanho distribuído em aves grandes, médias e pequenas que serão debicadas por último.
CUIDADOS IMPORTANTES REGULAGEM DE EQUIPAMENTOS Os comedouros devem ser regulados periodicamente (a cada três dias) devendo a borda superior de estes coincidir com o dorso das aves. Os bebedouros devem ser regulados diariamente de acordo com a idade das aves, de tal forma que a borda do bebedouro esteja ao nível dos olhos das pintainhas.
SEXAGEM DAS AVES Os pintainhos, à medida que são encontrados, devem ser eliminados imediatamente, exceto em algum caso de retirada da Bursa de Fabricíus ou algum teste proposto.
PESAGEM DAS AVES
Semanalmente, devem ser pesadas 1% das aves existentes no lote escolhidas em pontos aleatórios, pesando todas as aves existentes nas gaiolas escolhidas. O objetivo desta pesagem é para comparar o peso médio com peso o padrão, estabelecer a uniformidade do lote, verificar o consumo de ração, além de servir como guia na seleção de aves.
OS DADOS APURADOS SÃO: • Uniformidade em relação ao peso padrão; • Uniformidade em relação ao peso médio; • Quantidade de aves acima e abaixo do peso médio; • Quantidade de aves acima e abaixo do peso padrão; • Com parativo com dados de pesagens anteriores.
Programa de iluminação artificial Nesta fase de criação, a finalidade do programa de iluminação artificial é evitar o amontoamento das pintainhas nos primeiros dias de idade, além de facilitar o consumo de ração e água, fatores decisivos para o desenvolvimento das pintainhas. O programa de luz artificial será detalhado mais adiante.
CUIDADOS A SEREM TOMADOS COM A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL Deve ser verificado diariamente se o relógio está em perfeito funcionamento e com a programação correta. O relógio é programado de acordo com a linhagem de aves. Em caso de dias nublados ou chuvosos deve ser antecipado em 30 minutos o programa de iluminação no período vespertino e prolongado em 30 minutos no período matutino, para facilitar o acesso à água e ração. Se existirem lâmpadas queimadas, estas devem ser substituídas por outras em condições de uso.
ARRAÇOAMENTO (CRIA) A ração é um alimento balanceado para as aves, oferecendo níveis adequados de nutrientes, além de ser utilizada como veículo para a adição de medicamentos e promotores de crescimento. A ração ou as matérias-primas devem ser adquiridas de fornecedores idôneos, que garantam a qualidade e a inocuidade. O arraçoamento deve ser realizado no horário determinado e de acordo com o consumo. No primeiro dia são feitos dois arraçoamentos. A ração deve ser revolvida nos
horários determinados com o objetivo de incentivar a ave a consumir mais, além de evitar a impregnação de ração nos comedouros. Deve ser verificado o consumo diário através da leitura correta do estoque existente no silo, bem como, qualquer alteração na ração e no consumo das pintainhas.
MANEJO NA FASE DE RECRIA Esta fase compreende o período de idade das aves entre a 10ª a 17ª semana.
PREPARAÇÃO DA ÁREA/GALPÃO DE RECRIA Deve ser realizada uma limpeza geral do galpão, devem ser retirado a ração dos comedouros, dos silos, esterco dos cavaletes e dos pisos. Os comedouros e bebedouros devem ser lavados e higienizados para remoção e retirada das sujeiras e ferrugem. A lavagem dos galpões deve ser feita através da aplicação de jatos de água com alta pressão para remover os dejetos, poeira e penas, iniciando-se da parte mais alta, no sentido de cima para baixo acompanhando a declividade do galpão. Todos os equipamentos e instalações devem ser lavados minuciosamente, principalmente nas juntas de madeira e dobras de gaiolas. Nesta ocasião devem ser realizados reparos nos madeiramentos e gaiolas com o objetivo de oferecer melhores condições de alojamento para as frangas. Além disso, deve ser feita a limpeza da caixa d’água, objetivando a higienização total
da mesma. Devem ser realizados serviços de recuperação do piso e calçada, facilitando assim a circulação com carrinhos durante o processo de arraçoamento e seleção de aves, auxiliando ainda na prevenção de possíveis acidentes. As instalações elétricas e hidráulicas devem ser objeto de programa de manutenção, sendo sempre verificadas e reparadas. Recepção ou Entrada de Aves * Algumas granjas não fazem a transferência dos lotes de aves na fase de RECRIA. O total de aves por gaiola (densidade) requerem 0,39 m2 de área de piso da gaiola por ave e 10 cm de espaço no comedouro por ave. Após o término da mudança realiza-se a contagem das aves. As aves menores (selecionadas no pinteiro) devem ser colocadas em locais separados mantendo homogeneidade entre elas. Devem ser evitados movimentos após o término da transferência, para que as aves se recuperem do estresse causado pela transferência.
SELEÇÃO DE AVES
A seleção deve ser realizada semanalmente, com o objetivo de: • Separar as aves fracas e menores, descartando -as ou colocando-as em locais de
melhor acesso a comedouros; • Atingir a uniformidade mínima de 80% do lote; • Facilitar o processo de debicagem deixando as frangas menores para serem debicadas
por último; • Comparar o peso médio com o peso padrão e conhecer a uniformidade e o consumo
de ração; • Nesta seleção devem ser pesadas 1% do lote. As gaiolas a serem pesadas são
escolhidas, marcadas e devem ser pesadas todas as aves existentes na gaiola; • Os dados apurados em uma pesagem são: desuniformidade (10% abaixo ou acima do
peso padrão e do peso médio) e diferença entre o peso médio do lote anterior e atual (+/- 10%). Parâmetros de uniformidade a serem considerados no lote de frangas.
REDEBICAGEM E ARRAÇOAMENTO É uma nova debicagem que se realiza em torno de 10 semanas de idade, que deve ser conduzida da mesma forma que a debicagem.
MANEJO NA FASE DE POSTURA As aves ficam alojadas, no galpão de postura, até a idade de 80 semanas ou conforme for a viabilidade econômica da produção de ovos. Alojar 3 ou 4 aves por gaiolas. Essa variação dependerá do tipo de gaiola e da característica da ave (pesada/leve).
PREPARAÇÃO DA ÁREA/GALPÃO DE POSTURA
Algumas granjas não fazem a transferência dos lotes de aves na fase de POSTURA. A preparação, a lavagem e desinfecção dos galpões devem ser conforme já descrito para o galpão de cria. Reforma das instalações - quando necessário, deve proceder:
REFORMA DAS GAIOLAS: Verifica-se locais onde o piso, esteira ou porta estão danificados e faz-se a correção dos mesmos usando arame galvanizado. Esta reforma é realizada para evitar perdas de ovos, ovos retidos no fundo das gaiolas e evitar fugas das aves.
REFORMA DO MADEIRAMENTO: Verificam-se esteios, cavaletes, sarrafos e tesouras do telhado que estão danificados e em seguida efetua-se a substituição ou recuperação dos mesmos. Esta reforma é feita para manter o nivelamento correto dos sarrafos, cavaletes, esteios, evitando o acúmulo de ovos no fundo das gaiolas e vazamentos em bebedouros.
REFORMA DOS PISOS DOS CORREDORES: São reformados todos os locais que dificultam as passagens dos carrinhos que causam riscos de acidentes e aumento de ovos trincados.
REFORMA DOS COMEDOUROS: São reformados todos os comedouros danificados com o objetivo de evitar o desperdício de ração.
REFORMA DE INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS: Realiza-se reforma em todos os locais danificados, a fim de facilitar o consumo de água pelas aves, evitando possíveis desperdícios e a possibilidade de molhar o esterco.
REFORMA DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS:
Devem se substituídas todas as peças, fiações e lâmpadas que estiverem impróprias para o uso, melhorando a iluminação do galpão, facilitando assim o consumo de ração no período de iluminação artificial.
PINTURA DA ESTEIRA DAS GAIOLAS: Deve ser feita para maior conservação e durabilidade das esteiras e evitar que os ovos sejam afetados por ferrugem existente nas mesmas. As esteiras devem ser pintadas com tinta tipo alumínio.
ÚLTIMOS PREPAROS PARA O RECEBIMENTO DO NOVO LOTE: Deve ser a solicitação de entrada de ração, observando o tipo e a quantidade de ração que será transferida da recria para o bloco de produção. Providencia-se a vitamina anti-estresse que será utilizada após a entrada do lote. Faz-se a distribuição da ração nos galpões antes do inicio da transferência. É imprescindível um entrosamento entre os colaboradores responsáveis pela recria, produção e vacinação, para que sejam definidos todos os detalhes da transferência e também para que possa ocorrer a transmissão de informações a respeito das aves que serão transferidas, estando conscientes das condições de estresse a que serão submetidas às aves durante a mudança de instalações. Ex: mudança de gaiolas, colocação em caixas de mudanças, trajeto, qualidade de espaço. Relacionam-se todas as informações anteriores sobre o lote. Ex: peso, uniformidade, viabilidade, vacinações, debicagem , redebicagem e outros. out ros. No dia que antecede a transferência transferência é realizada pesagem das aves. O ideal é fazer com que as operações sejam realizadas rapidamente e com o máximo de segurança e bem estar para as aves.
RECEPÇÃO OU ENTRADA DE AVES E MANEJO DO LOTE No primeiro dia após o alojamento do lote, acompanha-se e incentiva-se incent iva-se o consumo de ração, certificando-se da adaptação ao novo ambiente. Programa-se o relógio de iluminação artificial de acordo com o programa estabelecido. Providenciar a transferência das frangas até 16ª semana de vida para o galpão de postura. Durante a transferência realizar a seleção e padronização das aves, agrupando-se frangas pela conformação corporal (peso corporal) e maturidade sexual (desenvolvimento da crista). A transferência das frangas é um fator de estresse e requer cuidados especiais, tais
como: colocar ração à vontade nos comedouros; orientar as frangas como beber água, especialmente se se tratar de sistema de bebedouros diferentes daqueles usados durante a recria; evitar qualquer outra prática de manejo que represente estresse à ave, na semana que se segue a transferência.
PROGRAMA DE ILUMINAÇÃO A luz tem papel importante na fisiologia das espécies animais. A quantidade de luz influencia na maturação sexual das aves e a taxa de produção de ovos. Para uma melhor produção de ovos deve-se promover promover um aumento semanal de 15 minutos no fotoperíodo diário, a partir de 18ª semanas de idade, até atingir um máximo de 16 horas de luz (natural + artificial), coincidindo com o pico de postura do lote. Num programa de iluminação durante a fase de produção, a partir do pico de postura é importante manter-se sempre constante o fotoperíodo diário (16 horas de luz), durante todo t odo o ciclo de produção. Ou seja, a luz representa um dos fatores ligada à natureza responsável pelo controle do biorritmo das aves, até 10 semanas de idade as aves são refratárias à luz. É através da penetração de raios luminosos nos olhos que provoca um estímulo que é conduzido pelo sistema nervoso até ao cérebro e à glândula pituitária que libera o hormônio LH responsável pela ovulação e desenvolvimento desenvolvimento do restante do aparelho reprodutivo. Deste modo, o estabelecimento de um programa de luz tem como finalidade: • Evitar que as aves entrem em postura precocemente; • Estimular a maturidade sexual das aves; • Uniformizar o desenvolvimento da maturidade sexu al na fase de início de postura; • Após o início da produção, estimular a postura e facilitar o consumo de ração no
período noturno. O programa de iluminação artificial deve ser realizado de acordo com: • A época em que as aves completarão 10 semanas de id ade; • Duração do dia, ou seja, deve ser verificado se naquela ocasião o comportamento da
luz natural será crescente (21 de junho a 21 de dezembro) ou decrescente (21 de dezembro a 21 de junho). No caso das aves completarem c ompletarem 10 semanas de idade no período crescente, c rescente, o programa de luz a ser adotado será: Programa de luz crescente de acordo com a idade da ave:
Para a eficiência do programa de iluminação artificial são observados os seguintes pontos: ário acertado todos os dias, • O relógio deve estar em perfeito funcionamento e seu hor ário se necessário; • O relógio é programado de acordo com a ficha mensal de iluminação artificial,
elaborada de acordo com a duração do período de luminosidade do dia. Pontos a serem considerados na implantação de programa de luz artificial. 1. Tipo de lâmpada a ser utilizada: Lâmpada fluorescente oferece maior número de lumens e maior durabilidade. – Lâmpada 2. São necessários 22 lúmens /m2 para produzir estímulos na poedeira. 3. Área do galpão. Intensidade luminosa de acordo com o tipo de lâmpada utilizada
ALIMENTAÇÃO DAS AVES É feita com ração balanceada.
CUIDADOS DURANTE A UTILIZAÇÃO DA RAÇÃO Conhecer o tipo de ração utilizada no lote. Observam-se possíveis características e alterações na ração como: tamanho de grãos, coloração, odor. A distribuição de ração no comedouro, (arraçoamento) é efetuada no mínimo duas vezes ao dia no sistema convencional (manual) e no sistema automático no mínimo seis vezes ao dia que são programados de acordo com o consumo A quantidade de ração existente no interior dos comedouros deverá ser satisfatória, ou seja, evitar sobras demasiadas ou faltas no período do dia ou da noite, evitando desnivelamento de ração nos comedouros. A ração deve ser homogeneizada nos comedouros no mínimo três vezes ao dia, para a melhor incorporação dos ingredientes tais como: calcário, farinha de ostra e outras matérias finas e pesadas que ficam no fundo dos comedouros, obtendo uniformização da ração e estimular o consumo. O consumo diário do lote é controlado através da verificação correta da quantidade existente no interior do silo ou quantidade ensacada.
TIPOS DE RAÇÃO De acordo com a fase da postura, são empregadas diferentes tipos de rações, conforme a seguir: • Pré-postura.................de 100 a 121 dias de idade das aves; • Postura pico.............início de postura até final do pico de produção de ovos; • Pós-pico.................... para a produção de 86% a 78% de ovos no galpão; • Término de postura.......nível de produção de 78% até o descarte; • O consumo médio de ração na ave adulta é de aproximadamente 110g/dia.
PESAGEM DAS AVES Nesta fase as aves são pesadas semanalmente até o período de pico de produção e mensalmente até o final do ciclo produtivo da ave. Essa pesagem tem como objetivo monitorar o peso médio das aves em relação ao peso padrão, bem como a uniformidade do lote.
FORMA DE EXECUÇÃO DA PESAGEM
A pesagem é feita com amostragem de 0,5% do lote, em pontos aleatórios do galpão ou bloco, pesando individualmente todas as aves existentes em uma gaiola. O peso de cada ave é registrado na ficha de controle de peso, visando-se identificar: • O peso padrão atual da linhagem; • A quantidade de aves pesadas; • A quantidade de aves com peso inferior ao peso padrão; • A quantidade de aves com peso superior ao pes o padrão; • A quantidade de aves com peso dentro do padrão.
Os dados a serem apurados são: • Desuniformidade: ideal entre 10% acima e 10% abaixo em relação ao peso médio; • Uniformidade com relação ao peso médio e padrão que deverá ser no mínimo 80%; • O ganho de peso semanal, que é identificado através da diferença existente entre o
peso médio anterior e o atual.
MANEJO DE OVOS A manutenção da qualidade dos ovos depende de algumas práticas utilizadas desde a postura até a distribuição ao mercado consumidor. Esta fase merece uma atenção especial do avicultor. Veja os cuidados: - o nível do piso das gaiolas deve ter inclinação necessária para deslocamento natural dos ovos até o aparador; - a limpeza diária dos bebedouros tipo calha, deverá ser feita no período da tarde e com cuidado, evitando-se molhar os ovos no aparador; - realizar no mínimo cinco coletas de ovos durante o dia, sendo que as três primeiras devem ser realizadas no período da manhã, em intervalos médios de uma hora entre as colheitas; -durante a colheita faz-se a primeira separação de ovos sujos, trincados ou quebrados; - retirar os ovos do ambiente dos galinheiros o mais rapidamente possível. MANEJO PARA PRODUÇÃO DE OVOS
CLASSIFICAÇÃO Os pequenos produtores podem utilizar classificadores de madeira do tipo crivo e as medições indiretas através dos diâmetros dos ovos. Durante a classificação, deve continuar a retirada de ovos trincados e sujos.
BENEFICIAMENTO DO OVO COLETA E TRANSFERÊNCIA Consiste em recolher os ovos produzidos pelas aves sadias, diariamente, acondicionando-os em bandejas plásticas ou de papel com capacidade para 30 ovos. OBJETIVO: evitar o acúmulo de ovos na esteira (causando a trinca), evitar o acúmulo de poeira ou qualquer outro tipo de sujeira sobre os ovos, transferir os ovos para o setor de classificação para que os mesmos passem por um critério de seleção e posteriormente sejam classificados e comercializados.
FORMA DE EXECUÇÃO
Deve ser utilizado para a execução desta tarefa um carrinho, construído de material que permita limpeza completa, bandejas plásticas ou bandejas de papel que não se constituam em fontes de contaminação para o ovo. É recomendável a coleta, no mínimo, duas vezes ao dia devendo ser realizada pelos colaboradores dos núcleos de produção, onde cada um trabalha com uma quantidade estipulada de aves. O colaborador deve pegar no máximo três ovos por mão, combinando movimentos rápidos porém leves e cuidadosos, para que não ocorra nenhum acidente que abale a integridade dos ovos. Durante a manipulação devem ser adotadas medidas que evitem a contaminação com materiais da cama, insetos, parasitos, pássaros e contaminantes químicos. No momento da coleta o colaborador deve realizar uma pré-classificação dos ovos, separando os ovos de 2ª linha, dos ovos de 1ª linha. Os ovos considerados 2ª linha são aqueles que apresentam: • Casca fina: apresentam deficiência na formação de casca, são mais frágeis, surgem
em maior escala em lotes acima de 50 semanas de idade; • Trincado: apresentam rachaduras na estrutura da casca, porém não existe rompimento
da membrana interna da casca; • Quebrado: apresentam a mesma característica quanto à estrutura da casca, com
rompimento da membrana interna da casca; • Deformado: apresentam formação irregular na estrutura da casca; • Sem casca: são ovos compostos apenas por gema, clara e membrana interna; • Sujos: apresentam substâncias orgânicas impregnadas em sua casca; • Manchado: apresentam manchas que alteram a coloração normal da casca; • Os ovos são acondicionados nos casulos das b andejas, colocados com a parte mais
larga para cima, auxiliando assim sua conservação; • No caso de ovos de 2ª linha, à parte danificada deve ficar para cima.
Os ovos impróprios para consumo devem ser recolhidos separadamente e armazenados até a sua eliminação em local que não permita que contamine ovos sadios e fontes de água.
ARMAZENAMENTO E PRÉ-SELEÇÃO CASA DE OVOS A construção da casa de ovos deve assegurar o fluxo regular do processo, desde a chegada do ovo até o produto terminado, devendo manter condições ideais de temperatura em todas as fases do processo. Deve ser uma construção sólida, dotada de mecanismos que impeçam a entrada de insetos, pássaros e animais domésticos, projetada de tal modo, que possa
ser limpa convenientemente e com facilidade. Deve dispor de fonte de água potável fria e quente. As normas de potabilidade não poderão ser inferiores às estipuladas na última edição das Normas Internacionais para água Potável da Organização Mundial de Saúde. Deve ser bem ventilada, principalmente nos locais onde é produzido calor excessivo vapor de água ou aerossóis contaminantes, devendo ser planejada de tal forma que assegure que a direção da corrente de ar nunca vá da zona suja para a limpa. O local destinado ao recebimento dos ovos deve ser separado daqueles destinados aos produtos finais de modo que ocorra proteção contra a contaminação cruzada. A permanência dos ovos na granja deve ser mínima, recomendando-se o máximo de três dias. O ambiente deverá ser fresco, se possível com temperatura entre 10 e 15ºC, bem ventilado. Temperaturas altas e baixa umidade aceleram a perda de qualidade dos ovos. O ambiente de depósito dos ovos não deve conter outros produtos, especialmente com fortes odores. Nesta última etapa, ainda se chama atenção para o transporte, no qual se devem minimizar choques ou batidas fortes, no manuseio das faixas em carga e descarga, visando o consumidor final. BENEFICIAMENTO DO PRODUTO
CUIDADOS DURANTE A COLETA E ARMAZENAGEM Os ovos devem ser armazenados em local fresco, arejado e higienizado livre da incidência de raios solares, sendo recomendado a temperatura de oito a 15ºC e umidade relativa de 70 a 85%. As bandejas de papel deverão ser usadas de forma apropriada combinando tamanho do casulo com o tamanho do ovo. O empilhamento máximo deve ser de 8 bandejas. Ao chegar ao setor de classificação de ovos, os ovos devem conferidos por um colaborador do setor de classificação de ovos e anotados em uma ficha. Em seguida, os ovos são retirados dos veículos cuidadosamente e armazenados separadamente (ovos vermelhos, brancos e 2ª linha). Após este procedimento os ovos são encaminhados para dois setores: sala de espera ou sala de ovos líquidos.
SALA DE ESPERA A sala de espera é um setor onde os ovos são armazenados antes da lavagem (não obrigatoriamente) e pré-classificados. Os ovos que estiverem por mais tempo nesta sala devem ser os primeiros que vão para a sala de classificação.
HIGIENIZAÇÃO, SELEÇÃO E CLASSIFICAÇÃO. SALA DE CLASSIFICAÇÃO É o local onde se encontram as máquinas que lavam e classificam os ovos. Nesta sala ocorre a higienização, classificação e embalagem dos ovos. Os ovos devem ser retirados manual ou mecanicamente das bandejas e colocados na máquina, onde podem ser lavados com água clorada, pré-aquecida na temperatura de 43±3 ºC. A seguir, os ovos são secos por ar quente ou frio, selecionados através da ovoscopia para retirada dos ovos de casca fina, manchados com sangue ou com pequenas trincas. Finalmente, é indicado o armazenamento em locais isentos de odores sob temperatura de 8 a 15 ºC e umidade relativa de 70 a 85%. Ovos retirados na ovoscopia são acondicionados em bandejas de acordo com seu defeito e encaminhados à sala de ovos líquido.
CLASSIFICAÇÃO DOS OVOS DE ACORDO COM O DECRETO N0 56.585 DE 20/07/1965
O ovo é classificado em grupos, classes e tipos, segundo a coloração da casca, qualidade e peso. Segundo a coloração da casca é ordenado em dois grupos: Grupo I – branco, ovo que apresenta a casca branca ou esbranquiçada. Grupo II – de cor – ovo que apresenta a casca de coloração avermelhada. Segundo a qualidade é classificado em:
Classe A – ovos que apresentem: a) Casca limpa, íntegra e sem deformação; b) Câmara de ar fixa e com no máximo quatro milímetros de altura; c) Clara límpida, transparente, consistente e com chalazas intactas; d) Gema translúcida, consistente, centralizada e sem desenvolvimento de germe.
Classe B – ovos que apresentem: a) Casca limpa, íntegra, permitindo-se ligeira deformação e discretamente manchada; b) Câmara de ar fixa com máximo de seis milímetros de altura; e) Clara límpida, transparente, relativamente consistente e com chalazas intactas; c) Gema consistente, ligeiramente descentralizada e deformada, porém com contorno bem definido e sem desenvolvimento de germe.
Classe C – ovos que apresentem: a) Casca limpa, íntegra, admitindo-se defeitos de textura contorno e manchada; b) Câmara de ar solta com o máximo de 10 milímetros de altura; c) Clara com ligeira turvação, relativamente consistente e com chalazas intactas; d) Gema descentralizada e deformada, porém com contorno definido e sem desenvolvimento de germe. Para as classes A e B será tolerada, no ato da amostragem a percentagem de até 5% de ovos da classe imediatamente inferior. Observadas as características dos grupos e classes o ovo será classificado segundo seu peso em: • Jumbo – não existe na legislação nacional; • Tipo 1 (extra) – peso mínimo de 60 gramas por unidade; • Tipo 2 (grande) – peso mínimo de 55 gramas por unidade; • Tipo 3 (médio) - peso mínimo de 50 gramas por unidade; • Tipo 4 (pequeno) - peso mínimo de 45 gramas por unidade; • Industrial – não existe na legislação.
O ovo que apresente as características mínimas exigidas para as diversas classes e tipos estabelecidos será considerado impróprio para consumo, sendo permitido sua utilização apenas para a indústria.
Para os Tipos 1 e 2 será tolerada, no ato da amostragem a percentagem de até 10% de ovos imediatamente inferiores.
EMBALAGEM Após serem classificados, os ovos são acondicionados em bandejas ou estojos e colocados em caixas de papelão padronizadas indicando nas testeiras o grupo, a classe e o tipo contidos. As caixas depois de fechadas são etiquetadas de acordo com a data da embalagem, data da validade, tipo e cor dos ovos. Na embalagem de ovos é proibido acondicionar em um mesmo envase, caixa ou volume de ovos oriundos de espécies diferentes e ovos de grupos, classes e tipos diferentes. Os “pallets” completos são destinados à sala de estoque/expedição.
Armazenamento e expedição As caixas com as bandejas de ovos são empilhadas em pallets com no máximo 5 caixas de altura. A sala de estoque/expedição é um local fresco e arejado e os pallets não ficam em contato direto com a luz solar. Caminhões de terceiros não entram para fazer a coleta de ovos. Veículos próprios fazem a transferência do produto para o carro do comprador ou distribuidora.
CUIDADOS COM OS EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES INSTALAÇÕES (CASA DE OVOS) Deve ser feita diariamente ao final do dia, lavando-se a sala e equipamentos preferencialmente com água quente, detergentes e desinfetantes adequados. A lavagem da máquina é feita através da aplicação de jatos de água com alta pressão para retirar todos os resíduos e matéria orgânica. Em seguida, é aplicado produto para desinfecção da máquina. O piso da sala das máquinas é lavado com jatos de água de alta pressão, fazendo assim uma pré-limpeza para aplicação de desinfetantes.
LIMPEZA DA SALA DE ESPERA E EXPEDIÇÃO Estas salas são varridas com o pano úmido diariamente e lavadas semanalmente.
A lavagem é feita com a aplicação de jatos de água com alta pressão. Posteriormente é feita a desinfecção.
SALA DE OVO LÍQUIDO QUEBRA, PENEIRAMENTO E EMBALAGEM Os ovos recebidos do veículo de transporte (trincados, sujos, manchados, etc), mais os ovos que foram retirados na ovoscopia e em outros setores da máquina de lavagem e classificação, devem ser levados para a sala de ovos líquidos, onde serão quebrados manualmente ou mecanicamente e separados o conteúdo e as cascas. O conteúdo líquido é peneirado para reter as cascas.
LIMPEZA E LAVAGEM DA SALA DE OVOS LÍQUIDOS A limpeza é realizada duas vezes ao dia, com jatos de água de alta pressão para retirar resíduos. Posteriormente, é feitas a desinfecção com desinfetantes. Recipientes e instalações para o armazenamento e distribuição do ovo líquido O conteúdo deve ser acondicionado em baldes plásticos brancos com capacidade para 18 litros, contendo um saco plástico com capacidade para 18 litros. Quando cheios devem ser fechados e etiquetados com os seguintes dados: data do processamento e data da validade e temperatura de armazenamento. A seguir, devem ser armazenados em “freezer” ou câmara fria, onde são mantidos. Se não pasteurizado imediatamente, o produto deve ser armazenado rapidamente à temperatura de 7
por
um período que não exceda 48 horas. Para períodos de estocagem
maiores que 48 horas a temperatura de estocagem recomendada é de 0 ºC. O transporte de ovos líquidos devem ser feito a temperatura entre zero e 5 ºC. As cascas e os resíduos de limpeza devem ser diariamente destinados ao incinerador ou fossa séptica.
DESCARTE DE AVES MORTAS A retirada das aves mortas e refugadas do interior das gaiolas deve ser realizada diariamente no período matutino. Deve-se investigar a causa da morte. As aves mortas são colocadas em tambores separados com a identificação da causa da mortalidade e em seguida são transportadas para serem incineradas ou para fossas sépticas.
O transporte de aves mortas deve ser efetuado com a utilização de um veículo apropriado. Durante a coleta, a quantidade de aves recolhidas deve ser anotada em uma ficha, para controle da mortalidade do lote. As aves mortas do pinteiro e recria são colocadas em recipientes fechados fora das instalações, onde posteriormente são coletadas e destinadas a incineração ou fossa séptica. Este veículo também pode ser utilizado para o transporte de cascas de ovos e soro de ovos líquidos do setor de classificação de ovos. O colaborador encarregado desta tarefa deve utilizar luvas e botas.
MANEJO DO ESTERCO O esterco das galinhas deve ser coletado diariamente. Devem ser acondicionados em sacos, devidamente fechados e conservados de forma a não contaminar o ambiente. Os caminhões de coleta de esterco não devem entrar na propriedade. Os próprios veículos da propriedade devem fazer a coleta.
USO DE VACINAS RECEBIMENTO E ARMAZENAMENTO DE VACINAS No recebimento das vacinas no almoxarifado, devem ser avaliados os seguintes pontos: tempo de viagem, condições de vedamento da embalagem, condições do gelo reciclado, número de partida, data de fabricação e data de vencimento. As vacinas devem ser armazenadas em sua embalagem original e mantidas sob refrigeração a uma temperatura de dois à 8ºC ou conforme especificado na embalagem, obedecendo ao critério da data de vencimento, alojar as vacinas com vencimento tardio no fundo da geladeira exclusiva para seu armazenamento, passando para frente as de vencimento próximo para que sejam utilizadas primeiras.
TIPOS DE VACINAS As vacinas dividem-se em dois grandes grupos. • Vacinas vivas liofilizadas, ou seja, em seu conteúdo existem bactérias ou vírus vivos. • Vacinas inativadas, ou seja, em seu conteúdo existem bactérias ou vírus inativados.
As principais vacinas vivas liofilizadas e via de aplicações são: • Vacina contra a doenç a de Gumboro, (via oral, ocular ou dissolvida na água de
beber);
• Vacina contra a doença de Newcastle, (via ocular ou spray); • Vacina contra a doença de Bronquite Infecciosa das aves, (via ocular ou spray); • Vacina contra a doença de Bouba aviária, (ino culação na membrana da asa); • Vacina contra a doença de Encefalomielite aviária,(dissolvida na água de beber
quando a recria for ao piso ou membrana da asa quando associada à vacina contra doença de Bouba aviária); • Vacina contra a doença de Salmonela ga llinarum, (através de injeção subcutânea no
terço inferior da parte posterior do pescoço); • Vacina contra a doença de Pneumovírus aviário (via “spray”); • Vacina contra a doença de Micoplasma gallisepticum (via ocular ou via “spray”)
INSTALAÇÕES Quanto às instalações, os galpões se modernizaram, variando largura de 3 a 15 m e comprimento de 100 a 150 m. Nesses galpões são colocadas gaiolas com dois andares (sistema californiano) ou sistemas de baterias, com seis conjuntos de gaiolas sobrepostas umas nas outras. A automação tornou-se presente em muitas granjas da região de Bastos. Desde o fornecimento de ração e água até a coleta de ovos, atualmente é possível que o produto final, o ovo, seja coletado nos galpões e chegue ao consumidor sem que haja contato manual, num processo totalmente automatizado. Os ovos são coletados em esteiras que os conduzem para o depósito de ovos onde são levados diretamente para as máquinas de lavar, selecionar, classificar e embalar. A questão do bem estar das aves na Europa tem influenciado, tanto as legislações do Estado de São Paulo como a nacional, quanto aos tratos de animais. As legislações recentemente aprovadas na assembleia legislativa do Estado de São Paulo visam melhoraras condições que os animais são submetidos com relação à valorização do bem estar das aves, livre de sofrimentos, estresse, privações de água, alimento e um ambiente saudável. Adequações às novas regras deverão ser consideradas para as novas plantas de produção. A preocupação com meio ambiente e elevação da temperatura mundial deve direcionar as novas mudanças na forma de criação das aves. O adensamento elevado no sistema de criação em gaiolas ultrapassa o limiar do ponto ótimo de conforto térmico das aves, causando elevadas mortalidades nos períodos críticos de temperaturas altas. Os avicultores deverão se adequar à nova realidade considerando os maus tratos aos animais. O esterco tem sido uma fonte de renda para a atividade. Novas regras e procedimentos deverão ser colocados em prática com intuito de obter créditos de carbono pela utilização desse material orgânico.
SELEÇÃO DE ÁREAS
Quando da seleção de áreas para implantação de uma exploração avícola devem ser observados os seguintes aspectos: - Proximidade aos centros de consumo; - Infraestrutura relacionada à comunicação, insumos (ração, matrizes), energia elétrica, abastecimento d'água, crédito, assistência técnica,etc; - Clima no que se refere às condições adequadas de temperatura e umidade relativa do ar, ventilação, radiação, etc. Normalmente, são estabelecidas condições próprias para cada idade e na maioria das vezes, é preferível instalar a granja em locais de temperaturas médias a com boa ventilação natural. Considerando-se aves adultas, a zona de conforto térmico está limitada por temperaturas efetivas ambientais entre 15 e 25º C. Umidades relativas do ar entre 40 e 70% são adequadas para as aves em virtude da utilização das formas latentes para dissipação do calor corporal em situação de estresse calórico, principalmente a perda de umidade à partir do trato respiratório, que carreia grande quantidade de calor; - O local deve apresentar boas condições de salubridade no que se refere à drenagem do solo, ventilação, insolação, espaço físico, topografia (terreno com inclinação mais suave), vias de acesso apropriadas para períodos chuvosos e secos, controle de trânsito; - Enfim, o próprio espaçamento entre galpões é fator de suma importância, o que justifica a preocupação com o espaço físico disponível. Normalmente, para evitar a transmissão de doenças, galpões que abrigam animais de mesma idade são espaçados entre si 10, 20 até 30 metros a os que abrigam animais de idades diferentes, 100 à 200 metros.
ANÁLISE DE IMAGENS EM AVIÁRIO DE POSTURA COM SISTEMAS DE CLIMATIZAÇÃO Pesquisas têm sido realizadas, tentando corrigirem os equívocos ou problemas negligenciados na implantação de aviários de aves de postura, tais como, a introdução da criação dessas aves em regiões com características climáticas diferentes e seleção de materiais de construção impróprios e não condizentes com padrões de conforto térmico das aves. Para manter a temperatura interna do aviário dentro da zona de conforto térmico das aves, várias alternativas têm sido sugeridas, porém, essas alternativas em muitos casos, principalmente em regiões quentes, são insuficientes para manter a temperatura ambiente de acordo com as exigências das aves, sendo necessário promover o resfriamento do ar.
FIGURA - Análise de imagem interna e externa do aviário.
FIGURA – Imagem termográfica de uma fileira de gaiolas com seu histograma e perfil de distribuição da temperatura. As variáveis ambientais tanto podem ter efeitos positivos como negativos sobre a produção das aves de postura. Para que as aves possam expressar o seu potencial para a produção, o avicultor deve garantir que os aviários estejam com as condições térmicas ambientais dentro da faixa de conforto, que, para aves de postura, encontra-se entre 21 a 23ºC
de temperatura e 60 a 80% para a umidade relativa do ar. O condicionamento térmico do aviário de postura com ventiladores é influenciado pelas condições ambientais externas e pela orientação da instalação resultando em estratificação da temperatura, umidade relativa, velocidade do ar e iluminância. É comum o produtor comprar um ventilador com a intenção de resolver os problemas com temperatura elevada no interior dos aviários. No entanto, o máximo que o ventilador é capaz de realizar é igualar a temperatura interna com a temperatura externa do aviário. Se esse gradiente for grande os ventiladores serão eficientes. Porém, ele não conseguirá abaixar a temperatura interna do aviário mais que o valor de temperatura externa somente com o uso de ventiladores. O avicultor terá que dispor de outro sistema de climatização mais eficiente.
Mapas das isotermas para a temperatura (ºC), umidade do ar (%), velocidade do ar (m/s) e iluminância de cada ponto, em aviário de postura com ventiladores.
FIGURA - Efeito da utilização dos ventiladores no condicionamento térmico em aviários de postura.
Esses sistemas são os resfriamentos evaporativos, que na criação de aves de postura são utilizados com o objetivo de reduzir a temperatura interna do aviário minimizando os efeitos indesejáveis do estresse calórico sobre as aves.
FIGURA - Contribuição da nebulização no arrefecimento do ar.
PAD COOLING O sistema de pad cooling consiste de um sistema totalmente automatizado com ventilação negativa em túnel de vento. Os painéis evaporativos utilizados nesse processo são geralmente de material especial de celulose, mantidos constantemente umedecidos, através do qual o ar passa e resfria-se antes de entrar no interior do aviário. O suprimento de água nos painéis evaporativos pode ser realizado por tubulação de água instalada na parte superior (sistema tradicional) ou por aspersão de água na frente do painel evaporativo (sistema aspersão-pad). No sistema tradicional, uma tubulação de PVC com pequenos orifícios é instalada na parte superior do painel evaporativo a qual, a água bombeada é distribuída uniformemente no topo do painel evaporativo. A água infiltra através do painel evaporativo formando um filme que cobre a superfície interna. Possuem geometria especial para que o ar passe através de pequenas aberturas, criando condição ideal de máxima evaporação. A água não evaporada é coletada por calha e direcionada à caixa d’água, onde é bombeada para a parte superior do
painel evaporativo para reutilização. O sistema aspersão-pad, consiste do painel evaporativo tradicional de celulose instalado na entrada de ar do aviário. Duas a quatro linhas de bicos aspersores localizados em frente ao painel evaporativo aspergem água sobre esse. Para evitar que a quantidade de água não evaporada, molhe o solo próximo ao sistema, nas imediações são depositadas britas ou feito o plantio de grama. Para se evitar a formação de algas, que requerem luz, umidade e nutrientes para se desenvolverem, é preciso sombrear os pads e utilizar algicidas nos reservatórios quando o sistema estiver ligado. Além da formação de algas os pad de celulose têm durabilidade baixa,
susceptíveis ao ataque de roedores, o que pode inviabilizar o seu uso. Por ser um material importado, seu custo acompanha as variações do câmbio, chegando a representar 11% do custo do aviário.
NEBULIZAÇÃO O sistema de nebulização é constituído de bicos nebulizadores que fragmentam a água, em minúsculas gotas, distribuindo-a no interior do aviário na forma de jato d’água. Esse sistema pode ser operado em alta e baixa pressão. Quanto maior a pressão de trabalho do sistema maior será a que bra da gota d’água. Quando a quebra do diâmetro da gota d’água é grande forma-se uma névoa, sendo assim, considerado como nebulização. O sistema de nebulização pode ser classificado de acordo com a pressão de trabalho em baixa e alta pressão. Consideram-se sistemas, de baixa pressão 100-200 psi (7-14 bar) produzindo gotas de 30 microns e de alta pressão 400-600 psi (28-41 bar) produzindo gotas de 10-15 microns. No entanto, existe no mercado sistemas de alta tecnologia produzindo pressões acima das classificadas como alta e baixa, que utilizam tubulação de aço inox, e pressão de trabalho 1.030 psi (71 bar) com bicos metálicos de orifício 200 micron, produzindo gotículas de água com diâmetro médio de 5 microns. Tudo isso gera grande capacidade evaporativa ao mesmo tempo em que evita o condenável problema de molhar aves, ovos, alimentos ou equipamentos. Quanto maior a pressão, maior o custo de instalação e maior a eficiência evaporativa do sistema. Para um mesmo bico nebulizador a vazão aumenta com a pressão. Pressão alta conduz a pulverização muito fina do jato, conduzindo a uma grande sensibilidade ao vento.
FIGURA - Efeito do vento no sistema de nebulização
Uma pressão de funcionamento superior aquela para a qual o bico foi concebido conduz a um mau funcionamento e a um desgaste do mesmo. Por outro lado, uma pressão muito baixa reduz o ângulo de pulverização e não permite boa eficiência do sistema. Há aumento da umidade na instalação, umedecimento da ração e das aves. O ângulo de pulverização é uma boa medida de campo que permite observar o desempenho do sistema e deve estar próximo de 45º. O tamanho do diâmetro da gota também é um fato importante de ser observado uma vez que, um maior número de gotas com diâmetro pequeno permite maior eficiência que um menor número de gotas com diâmetro grande. Isso porque, em um mesmo volume de água, gotas pequenas possuem maior área de contato e melhor troca térmica com o ar a ser resfriado que gotas com diâmetro grande. O tamanho da gota aumenta com o aumento da vazão do bico nebulizador e ângulos de pulverização maiores, produzem gotas mais finas ou menores. O jato pulverizado deve ser homogêneo e uniforme evitando a formação de estrias e gotas grandes que podem chegar facilmente ao piso. Para diminuir esse efeito, é conveniente estabelecer que a variação de pressão entre bicos nebulizadores posicionados em condições mais e menos favoráveis não exceda a 20% da pressão média. Assim, a variação de vazão entre os bicos nebulizadores não supera a 10%. É bom lembrar ainda que a linha de suprimento deverá conduzir água em quantidade e pressão requeridas para o funcionamento das linhas principal e de nebulização.
FIGURA - Distribuição do jato d´água com bicos nebulizadores instalados altos. A vazão dos nebulizadores se exprime geralmente em l/h segundo o tipo de sistema e pode variar de 4 a 8 l/h, dependendo do material dos bicos ser de polia cetal, metal porcelana ou cerâmica.
FIGURA - Distribuição dos nebulizadores no sentido longitudinal.
FIGURA - Distribuição dos nebulizadores em aviários em bateria e piramidal. Por meio de coletas de dados de temperatura e umidade com o uso de datalogger distribuídos longitudinalmente e transversalmente é possível realizar análise tridimensional dos sistemas de resfriamento evaporativo de forma a auxiliar nas tomadas de decisões.
FIGURA - Análise 3D de aviários de postura com gaiolas em baterias, com sistema de nebulização. A utilização de análise de imagens facilita o acompanhamento das condições térmicas ambientais. A termografia auxilia no diagnóstico de problemas encontrados nas instalações tornando as tomadas de decisões mais rápidas, com maior precisão. Quando do planejamento da granja devem ser seguidas as boas práticas de produção procurando aproveitar as condições naturais da região como a ventilação, para proporcionar um condicionamento ambiental satisfatório. Após essas medidas estando às condições térmicas ambientais insatisfatórias para o conforto e o bem-estar das aves, o produtor deve utilizar meios artificiais de arrefecimento do ar com o uso de ventiladores e/ou nebulizadores e acompanhar o desempenho desses sistemas verificando se há necessidade de ajustes.
CONSTRUÇÕES: 1) Requisitos básicos: - simplicidade; - rapidez de execução; -segurança; - baixo custo; - bom fluxograma de funcionamento; - controle ambiental e aproveitamento dos recursos naturais de acondicionamento.
2) Componentes da Granja: a) Setor de Produção: galpões para aves b) Setor de Preparo de Alimentos: armazéns ou silos, fábricas de ração, paiol, etc. c) Setor Administrativo: escritório, almoxarifado, controle (portão de entrada). d) Setor Sanitário: fossas, crematório (animais mortos), pedilúvio para desinfecção dos pés na entrada, rodolúvio para desinfecção dos pneus dos veículos. e) Setor Residencial: casa sede, casas de empregados. t) Setor de Apoio: galpão-oficina. g) Setor Externo: posto de vendas (depósito de ovos, sala de classificação a embalagem), abatedouros, cooperativas. Para melhor determinação do tipo de construção, deve-se levar em conta o tipo de sistema podem ser considerados 2 sistemas de criação:
1° Sistema: 1ª fase: Pinteiro: as aves permanecem até os 42 dias de vida (6 semanas) em locais denominados "pinteiros" com densidade de até 20 cabeça por metro quadrado, em sistema cama.
2ª fase: Recria: de 6 até 17 semanas de vida (período de recria) são utilizadas gaiolas metálicas de dimensões variadas, específicas para essa fase, encontradas no mercado.
3ª fase: Postura: de 17 até 72-74 semanas de vida (período de postura) são utilizadas gaiolas de variadas dimensões, disponíveis no mercado.
2° Sistema: 1ª fase: Bateria: de 1 até 30 dias de vida (4 semanas) as aves são criadas em baterias de 800 cabeças ocupando uma área de 3 m2 (3,00x1,00 m). O galpão usado nesta fase deverá ser fechado nas laterais e nas áreas frontais, dispondo de aberturas controladas (venezianas ou similares) com peitoris acima de 1,60 m. As baterias consistem de um sistema de grandes gaiolas acondicionadas em 2 à 3 andares, sendo o afastamento de uma bateria para outra e destas para as paredes de cerca de 1,00 m. As baterias podem ser dispostas em filas paralelas tendo um corredor de serviço de 2,00 m.
2ª fase: Recria: da 4 a 17 a semana de vida as aves são mantidas em gaiolas similares às da fase de recria usadas no 1º sistema, sendo a duração desta fase de aproximadamente 13 semanas.
3ª fase: Postura: de 17 até 72 a 74 semanas de vida, as galinhas poedeiras são mantidas em gaiolas similares às da fase de postura usadas no 1° sistema, sendo a duração desta fase também de aproximadamente 55 a 57 semanas. Em ambos os casos, pode ser considerado o alojamento de uma poedeira por 450 cm² e 10cm de espaço nos comedouros por ave alojada.
DETALHES CONSTRUTIVOS Os pilares dos galpões para aves de postura também podem ser de concreto armado ou madeira roliça, de concreto pré-fabricado ou metálicos, espaçados entre si de acordo com o espaçamento considerado para as tesouras ou pórticos do telhado. Neles são afixadas as estruturas de apoio das gaiolas à altura de 0,70 m do piso. Os galpões com vãos maiores ou iguais a 8,00 m deverão dispor de lanternim a deverão ter corredores centrais de 1,00 m de largura entre as fileiras de gaiola, feitos em concreto 1:8, 1:10, 1:12 (cimento: cascalho) ou 1:4:8 (cimento: areia brita), complementados com capeamento no traço 1:4 (cimento: areia). Sob as fileiras de gaiola o piso é de terra e à volta do galpão deve ser construída uma calçada de concreto, com 0,80 a 1,20 m de largura. Dependendo do número de fileiras de gaiolas, do lado externo do galpão, o beiral pode atingir até 2,00 m podendo ser determinado pelo prolongamento do tirante da tesoura ou pela utilização de mão francesa. Deve ser previsto no projeto um sistema de abastecimento d'água por meio de mangueiras 1" para lavagens, desinfecções e para suprimento dos bebedouros. A diferença entre a recria e a postura é que as gaiolas utilizadas nesta última possuem aparador de ovos, porém os galpões são construídos da mesma forma. O dimensionamento ou determinação da largura a comprimento dos galpões é feito por meio das dimensões das gaiolas (catálogos de fabricantes) a das larguras dos corredores de circulação. Anexo ao galpão deve ser construída uma sala/depósito para ração, medicamentos, equipamentos, etc. Mais detalhes sobre tipos de galpão, fixação e disposição das gaiolas, coberturas e fundação podem ser vistos na Figura 4. Há que se considerar ainda que em caso de utilização de mais de um galpão, estes devem estar afastados entre si de 20 a 30 metros para criações de mesma idade e 200 m ou mais para criações de idades diferentes. Obs: 1 núcleo de recria abastece 4 núcleos de postura.
FIGURA – Vistas externa e interna – Galpão Aves Postura.
A GRANJA NO INVERNO A ave submetida ao frio, principalmente nos primeiros 10 a 15 dias de vida, pode ter seu desempenho zootécnico diminuído e até sofrer com doenças. Um risco que aumenta muito a taxa de mortalidade dos lotes. Segundo os especialistas, doenças como a ascite e até a morte súbita na avicultura estão correlacionadas com baixas temperaturas. Os extremos de temperatura são prejudiciais ao desenvolvimento das aves. A chegada do inverno exige planejamento e preparação para que os efeitos do frio não tragam prejuízos à produção. Para promover conforto e bem-estar às aves sem risco de perdas, principalmente nos primeiros dias de vida, a temperatura interna no galpão deve ficar em torno de 32 graus Celsius, diminuindo sua intensidade conforme o pintinho se desenvolve. Para o período de baixas temperaturas, o produtor tem que trabalhar basicamente dois aspectos: ter um sistema de aquecimento eficiente, que consuma pouco combustível e forneça a quantidade de calor necessária e eliminar as entradas de ar frio no galpão para que não haja correntes de ar externo e perda de calor. O importante é sempre realizar a manutenção preventiva de cortinas e equipamentos para não haver surpresas em um período crítico do ano, quando o galpão deve ser bem manejado. E os cuidados com a granja durante o frio não são exclusividade nas regiões consideradas mais frias do Brasil, como a do Sul. Granjas em todas as regiões do País devem se preocupar com o aquecimento das aves nos primeiros dias de alojamento, mas é evidente que a região Sul sofre mais por causa dos invernos mais rigorosos.
O FRIO E AS AVES Baixas temperaturas e oscilações acentuadas estão fortemente correlacionadas com surtos de síndrome ascética e de morte súbita. O frio e as oscilações bruscas de temperatura para baixo são apontados como fatores que aumentam a taxa metabólica e a demanda de oxigênio da ave, responsáveis pelo aparecimento desses surtos. A produção de calor, as exigências de oxigênio e o volume de dióxido de carbono, expelido por pintinhos de um dia, variam em função da temperatura ambiente. A ave produz pouco calor e, como consequência, menor produção de CO2 e menor necessidade de ar na primeira semana de vida se a temperatura ambiente encontrar-se entre 32 e 35, considerado ideal para o desenvolvimento do pintinho na granja. Mortalidade das aves e prejuízos ao avicultor são realidades que o frio traz para a avicultura. No entanto, ainda não existe uma fórmula mágica para mensurar e assegurar a dimensão desses prejuízos. O que pode ser feito é adotar medidas para prevenir essas surpresas desagradáveis. Dados experimentais indicam que a mortalidade média no período de inverno é
40% maior que no período de verão. É difícil falar em uma taxa de mortalidade porque tudo depende dos cuidados com o aquecimento. Mesmo que não haja perda de pintinhos no começo do lote, o desempenho pode ser extremamente prejudicado nos dias finais de criação. É preciso buscar orientação com um técnico específico da avicultura (de órgãos públicos ou de empresas privadas) para ter as informações necessárias sobre a influência do frio nas aves e como fazer para amenizar seus efeitos durante os períodos de baixas temperaturas e conhecer a genética da ave que está alojando e consultar o manual dessa genética. Cada genética tem seu manual, que deve ser seguido juntamente com as recomendações da equipe técnica da empresa integradora, no caso dos produtores integrados.
PREPARAÇÃO DA GRANJA DE FRANGOS PARA O INVERNO
Com a chegada do frio algumas recomendações dos técnicos são preciosas para o avicultor manter sua produção efetiva e uniforme. As medidas paliativas para minimizar o efeito do frio devem ser realizadas antes que ele ocorra. Para isso, os institutos de meteorologia informam sobre os prognósticos do clima e o avicultor tem que estar atento a essas informações. A morte das aves normalmente ocorre um a dois dias após o frio ter ocorrido. Dessa forma, medidas de controle do frio dificilmente conseguirão reverter essa situação. O melhor que o produtor tem a fazer é realizar um checklist antes de as aves serem alojadas, verificando o bom funcionamento dos equipamentos e a preparação da instalação, ter lenha ou gás suficiente para atender a demanda do lote em aquecimento, monitorar a temperatura ambiente e o comportamento da ave, além de acompanhar o lote. O avicultor deve reduzir o máximo possível à área de alojamento, sem comprometer o bem-estar das aves. Isso deve ser realizado instalando cortinas duplas nas laterais e no teto,
formando o pinteiro. Quanto mais afastada a cortina dupla da lateral do aviário, melhor. O ar é um isolante térmico natural e é preciso que o produtor tenha o cuidado com a área de entrada do aviário para não formar corrente de ar durante o seu acesso. A ventilação tem que ser por questões higiênicas simplesmente. Para isso, o ar externo que entrar no aviário deve ser direcionado para o teto para ser aquecido antes de incidir sobre as aves. Se o sistema de aquecimento não é suficiente para atender as exigências da ave no período de inverno, o produtor deve providenciar suplementação de calor com aquecedores simples encontrados em funilarias ou até mesmo confeccionar um próprio. Produzir calor não é barato e o período de aquecimento tem uma parcela significativa nos custos do empreendimento. Portanto, deve-se avaliar qual a melhor alternativa de combustível disponível em relação a custo, disponibilidade e sustentabilidade. Os mais utilizados são lenha, gás e diesel. Mas o ponto crucial, no entanto, é a vedação do galpão. O produtor precisa fica atento para não gastar para produzir calor e perder boa parte desse calor para o ambiente devido a frestas e má vedação. Além disto, é muito importante dimensionar adequadamente a ventilação mínima, que proverá às aves uma melhor qualidade de ar com mínima perda de calor. Um dos maiores erros cometidos no campo é negligenciar a ventilação mínima.
ALTERNATIVA Uma alternativa
para
o
aquecimento do galpão é a utilização de fornos de alvenaria, descritos por alguns avicultores como mais econômico (pois seu custo é bem baixo), eficiente e de menor manutenção. A ideia é simples e o ar quente é solto em direção às duas extremidades do galpão e sua intensidade pode ser facilmente controlada.
EQUIPAMENTOS QUAD-FLO INLETS DE TETO Permite aproveitar o ar quente do teto do aviário para reduzir despesas com o
CARACTERÍSTICAS - Simples e fácil instalação e manutenção; - Operação automática com o fluxo de ar aspirado pelos exaustores e bloqueado por flapes mecânicos quando desejado; - Disponível na vazão de 45m³/min (1600 CFM) cada inlet.
AQUECEDOR CAMPÂNULA A GÁS calor
radiante,
com
acionamento a gás GLP ou natural. É de fácil
instalação,
aquecimento e utiliza uma fonte de combustível renovável, de baixo custo e gerada na própria granja, o Biogás.
aquecimento do ar.
Emite
projetada para reduzir os custos com
manutenção
e
armazenagem.
CARACTERÍSTICAS - Refratário cerâmico com tela de aço inox; - Queimador em ferro fundido; - Termostato de controle da temperatura e termopar de segurança para o corte de gás; - 40.000 BTU/h; - Recomenda-se uma campânula para cada 3000 a 4000 pintinhos.
CAMPÂNULA GLOBAL GREEN O aquecedor infravermelho é mais um modelo de aquecedor “Campânulas”
Global 5kW e 5kWBP. A Global Green foi
INLET DE TETO C-2000
Baseado nos princípios da ventilação mínima, o Inlet de Teto é um produto que foi projetado para aproveitar o ar pré-aquecido acima da forração e disponibilizá-lo para o interior do aviário durante o período de aquecimento das aves. O equipamento é isolado termicamente e sua abertura é feita por pressão estática, ou seja, por diferença de pressão criada no interior do aviário, sendo que há a necessidade de seu travamento nos períodos de utilização da ventilação túnel.
Características - Peça Plástica com 04 aberturas para a passagem do ar; - Vedação contra retorno do ar; - Acionamento manual, com travas para fechamento das saídas de ar; - Vazão de 3.400m³/h (2000cfm) a pressão de 0,1inH2O.
INFLUÊNCIA DA IDADE DA MATRIZ PESADA E DO TEMPO ARMAZENAMENTO SOBRE A ECLODIBILIDADE DOS OVOS FÉRTEIS
DE
O rendimento da produção de pintinhos e a qualidade dos mesmos é dependente de diversos fatores, incluindo os parâmetros físicos durante a incubação (umidade, temperatura e ventilação) como também anterior a esta etapa (período e parâmetros usados no armazenamento dos ovos férteis), além da influência da idade das matrizes pesadas e a qualidade dos ovos. As características físico-químicas dos ovos são modificadas em função destas variáveis, culminando na necessidade de tratamentos diferentes entre esses ovos a fim de obter o melhor rendimento de produção de cada lote. Atualmente, um dos problemas enfrentados em incubatórios tem sido ajustar a janela de nascimento das aves associada à maior taxa de eclosão. Alguns dos fatores envolvidos nestes parâmetros são aqueles trabalhados no período de armazenamento dos ovos férteis, como temperatura, umidade, ventilação, tempo e pré-aquecimento dos ovos e aqueles relacionados à característica dos ovos férteis, principalmente quanto à condutância da casca, fator diretamente influenciado pela idade da matriz. A viabilidade do embrião também pode ser comprometida durante a incubação decorrente dos parâmetros usados na mesma, incluindo as diferenças destes índices (principalmente temperatura, mas também de umidade e ventilação) existentes dentro das máquinas de incubação e posteriormente nas de nascimento.
EFEITOS DA IDADE DA MATRIZ NA ECLODIBILIDADE DOS OVOS O rendimento de incubação e a qualidade dos pintos de um dia é dependente, entre outros fatores, da idade da matriz, que por sua vez, influencia o peso do ovo, havendo correlação positiva entre o aumento do peso e tamanho dos ovos com o aumento da idade das matrizes. Os pesos dos pintinhos recém-eclodidos e de seus sacos vitelinos, oriundos de matrizes mais velhas (acima de 50 sem.), acompanharam o aumento do peso desses ovos, sendo maiores e mais pesados que os pintinhos de um dia de idade oriundos de matrizes mais novas. Independente da linhagem avaliada (Cobb500 e Ross308) e das condições de estocagem e incubação realizadas nos experimentos foi constatado uma eclodibilidade dos ovos totais maior em ovos provenientes de lotes de matrizes mais novas (31 a 39 sem.) em comparação aos de matrizes mais velhas (52 a 63 sem.). Este achado foi devido à redução da qualidade da casca e ao aumento do tamanho dos ovos à medida que as matrizes envelheceram. Há uma menor taxa de eclosão de ovos férteis de lotes mais velhos (Avian com 48 a 50 sem. e Cobb com 43 sem.) decorrentes da maior mortalidade embrionária final (18 e 15 dias, respectivamente). O aumento da mortalidade embrionária final pode ser explicado por diferenças na qualidade do albúmen, em que os lotes de matrizes mais velhas (48 a 50 sem.) têm uma qualidade inicial de albúmen pior que os ovos de matrizes mais novas (32 a 34 sem.), provavelmente reduzindo ainda mais sua viscosidade após a estocagem dos ovos (16°C ou
21°C), devido à perda mais rápida de CO2, o que comprometeu a capacidade de tamponamento do ovo e consequente mudança do equilíbrio ácido base do embrião, resultando em aumento da morte embrionária. A maior mortalidade a partir dos 15 dias de incubação pode ser explicada devido à maior dificuldade de perda de calor no final deste período pelos ovos mais pesados, pois o aumento do tamanho do ovo não foi acompanhado do aumento proporcional da condutância térmica. Considerando que a incubação é inteiramente um processo de transferência de calor, onde seu resultado é dependente da relação de diferenças entre a temperatura do embrião e a do ar na incubadora, presume-se que a queda na capacidade de perda de calor pelo ovo, gera um grande impacto no resultado final, devendo esse calor ser removido para manter a temperatura ideal do embrião. Variações na qualidade da casca também podem afetar diretamente os resultados de incubação. Uma forma indireta de se avaliar a mesma seria pela mensuração da gravidade específica do ovo, onde a densidade do mesmo está relacionada com a espessura da casca. Aves entre 35 e 55 semanas de idade produzem ovos com maiores densidades (1075 a 1090), relacionadas aos maiores índices de eclosão. Já aves mais velhas, com idade superior a 56 semanas, produzem uma proporção maior de ovos com cascas de menor densidade (< 1074), conferindo-lhes piores índices de eclosão. O tamanho e a distribuição dos poros da casca também sofrem variações de acordo com a idade da matriz, alterando a condutância da casca. Essa menor resistência ou integridade da casca dos ovos de matrizes mais velhas (espessura mais fina, maior porosidade) está relacionada também à maior contaminação dos embriões e a maiores perdas de peso no período de incubação. A composição química dos ovos também é afetada com a progressão da idade da matriz. Pintinhos oriundos de matrizes em início de produção tenderam a apresentar desenvolvimento inferior daqueles oriundos das matrizes mais velhas, pois seus ovos continham menor quantidade de albúmen e gema e maior densidade do albúmen. O albúmen denso atuaria como uma barreira para evaporação e difusão de água e gases entre o interior do ovo e o meio ambiente da incubadora, provavelmente dificultando a obtenção de oxigênio pelo embrião, o que atrasaria seu desenvolvimento, e reduziria sua eclodibilidade. A qualidade do albúmen (avaliada pela sua altura e pH) varia com a idade das matrizes. Com o avançar da idade, os índices indicadores de qualidade decrescem, e a desnaturação durante o armazenamento é acentuada. Uma explicação para a idade de o lote afetar o pH do albúmen é a maior condutância da casca do ovo de matrizes mais velhas que permite uma maior perda de CO2 pelos ovos. A altura do albúmen (7.74mm versus 6.28mm) foi maior em ovos de matrizes jovens (32 sem.) que em matrizes velhas (59 sem.), e também em ovos frescos (7.74mm) que em ovos estocados por 1 dia (7.14mm), 4 dias (6.18mm) e 8 dias (5.67mm) quando comparados dentro de uma mesma idade de matrizes (32 sem.), mas não foi possível estabelecer uma relação significativa da altura do albúmen com a idade da matriz.
A melhor qualidade do albúmen dos ovos de aves mais jovens ajudaria a manter a distância entre o blastoderme e a casca por mais tempo. Quando os ovos são armazenados, dependendo da qualidade do albúmen e do grau de liquefação, a gema pode flutuar para a parte superior do ovo, de tal forma que o blastoderme fique posicionado próximo da casca do ovo, podendo ocorrer desidratação do embrião ou início de contaminações bacterianas responsáveis também por mortes embrionárias.
EFEITOS DA ESTOCAGEM DOS OVOS RELACIONADA COM A IDADE DAS MATRIZES NA SUA ECLODIBILIDADE É conhecido que a duração do período de armazenamento dos ovos apresenta uma correlação inversa com a eclodibilidade, e, em termos de fase da mortalidade embrionária, quanto maior o período de armazenamento, maior a mortalidade precoce e maior volume de pintos de má qualidade, devido à perda de umidade inadequada, má cicatrização dos umbigos, penugem com aspecto pegajoso e maior janela de nascimento. Na verdade, o armazenamento dos ovos férteis inicia-se na granja e finaliza quando os mesmos são incubados, não sendo desejáveis variações bruscas de temperatura em nenhum dos momentos intermediários a estes procedimentos (temperatura do ninho no galpão de produção, da sala de ovos na granja, do caminhão de transporte do ovo, da sala de ovos do incubatório e da área de pré-aquecimento). Os efeitos da velocidade da redução da temperatura ambiental sobre os ovos férteis de matrizes pesadas da linhagem Cobb, de 31 semanas de idade. Os ovos imediatamente levados à câmara fria (18,2 a 21ºC e UR de 72,8 a 76,8%) e após a coleta (tratamento A) apresentaram maior mortalidade embrionária inicial quando comparados com ovos que antes de serem submetidos a tais condições, permaneceram por 5 horas no galpão (tratamento B - 29,3 a 31ºC e UR entre 55 e 60,1%), mas foram estatisticamente semelhantes aos ovos que permaneceram por 10 horas no galpão antes do resfriamento (tratamento C 26 a 31,7ºC e UR entre 60,1 e 77%) (Tabela 1).
Essa maior mortalidade embrionária (Tabela 1) foi explicada pelos autores pela maior velocidade da redução da temperatura interna dos ovos no tratamento A, que provavelmente continham embriões menores e mais sensíveis ao estresse de resfriamento que aqueles do tratamento B e C, já que o período de exposição à temperatura ambiente acima do ponto zero fisiológico foi consideravelmente inferior que o dos ovos destes tratamentos, não permitindo o aumento do número mínimo de células para o embrião se tornar viável, e concluíram que o período de 5 horas de permanência dos ovos no galpão ou na sala de ovos após desinfecção é indicado para melhorar o rendimento de incubação. O ovo fertilizado contém o embrião em sua fase inicial de desenvolvimento (prégástrula) ou no estágio inicial da gastrulação, pois, no momento da postura, transformações celulares já ocorreram no trato reprodutivo da fêmea. A estocagem dos ovos férteis a temperaturas abaixo do zero fisiológico é feita com o objetivo principal de paralisar o desenvolvimento embrionário. Geralmente a estocagem é feita abaixo de 21°C.O zero fisiológico foi reportado em duas temperaturas distintas citados em diversos trabalhos como 21°C e 28°C, respectivamente. Essa discrepância pode ser devido a diferentes requerimentos de temperaturas mínimas para diferentes tecidos embrionários. O bloqueio ou continuação da embriogênese, e seu êxito, vai depender das condições de temperatura e umidade as quais os ovos ficam expostos antes do armazenamento, da duração, da exposição e, também, da temperatura do local de armazenamento. Embora o desenvolvimento celular esteja praticamente parado durante o zero fisiológico, há um metabolismo celular ocorrendo, mesmo que muito lento. Foi avaliado o metabolismo embrionário durante a estocagem dos ovos, e
concluído que aqueles estocados por 15 dias tiveram uma taxa de liberação de CO2 menor que os estocados por 4 dias, demonstrando que a estocagem por períodos longos causa um atraso no desenvolvimento embrionário, alteram o metabolismo e atrasa o nascimento dos pintos. O CO2 ajudaria a manter a qualidade do ovo, pois mantém o diferencial de pH que auxilia no transporte de nutrientes para o embrião. O armazenamento dos ovos também pode alterar outros componentes do ovo, sendo verificado um encolhimento da cutícula e diminuição de sua espessura, resultado do ressecamento e modificação química, culminando no aumento do número das rachaduras na superfície cuticular. Os ovos perdem peso devido à saída de vapor d’água e CO 2, com concomitante aumento da câmara de ar, enquanto as propriedades físico-químicas do albúmen mudam, tornando-se mais claro, menos denso e com um pH mais elevado. O pH do albúmen mais elevado não somente seria o responsável pela liquefação do mesmo como também por modificações da capacidade de proteção física e química do ovo contra microrganismos. O pH acima de 8,0 inativaria enzimas antibacterianas e que estão em atividade após a postura (pH 7,6), mas em contrapartida também limitaria o crescimento bacteriano que ocorre na faixa de pH entre 6,5 a 7,5.
De acordo com Lapão et al. (1999), as elevações do pH, a redução da altura absoluta e da viscosidade do albúmen, ocorreram principalmente durante os 4 primeiros dias de estocagem (pH 9,0). Independentemente da idade da matriz o pH aumentou durante o armazenamento (pH de 8,2 para 9,5 para ovos armazenados entre 0 e 8 dias a 16ºC e 78% UR). Com 4 dias estocagem o pH dos ovos de matrizes com 42, 54 e 59 semanas foram semelhantes e pouco maiores que o das matrizes com 32 semanas. Segundo os mesmos autores o efeito da idade da matriz sobre o pH do albúmen, parece estar relacionado com o estágio mais avançado de desenvolvimento embrionário de ovos oriundos de matrizes mais velhas.
Elibol et al. (2002) avaliaram a eclodibilidade de ovos em 4 lotes de matrizes da linhagem Ross 308, com idades de 30, 31, 52 e 53 semanas. Os ovos foram estocados por 3, 7 e 14 dias a 18°C e 75% UR. A eclodibilidade em ovos totais encontrada nos ovos oriundos de matrizes de 31 semanas foi de 88.3%, 85.5% e 80.9% para 3, 7 e 14 dias de estocagem, respectivamente. Para as matrizes de 52 semanas foi relatado um aumento na eclodibilidade dos ovos quando estocados por 7 dias (68.5%) quando comparados aos estocados por 3 dias (63.7%), porém a eclodibilidade voltou a cair com o aumento do tempo de estocagem para 14 dias (59.9%). Concordando com estes resultados, em longos períodos de estocagem (8 dias a 16°C e 78% UR) os ovos de matrizes com 59 semanas de idade tiveram efeitos mais negativos (1.92% de redução na viabilidade por dia de estocagem) do que em ovos submetidos às mesmas condições de matrizes mais jovens com 32 semanas (0.82% de redução na viabilidade por dia de estocagem). Menores perdas foram verificadas por Reis et al. (1997) que avaliaram ovos de 2 lotes de matrizes Avian, com idades de 32 a 34 e de 48 a 50 semanas estocados por dois dias a 16°C e 79%UR. A eclodibilidade dos ovos férteis encontrada foi de 92.4% e 88.7% para os ovos de matrizes jovens e velhas, respectivamente. eijrink et al. (2010) avaliaram a influência da qualidade do ar durante a estocagem dos ovos nas características dos mesmos, no desenvolvimento embrionário, na eclodibilidade e na qualidade dos pintos (matrizes Ross 308 com 38 semanas de idade). Estes autores relataram que um aumento na concentração de CO2 do ar onde é feita a estocagem dos ovos preveniria o aumento do pH e da redução da altura do albúmen. Com isso, o menor aumento do pH do albúmen pode ter um efeito positivo na viabilidade embrionária por ficar mais próximo do pH ótimo para o desenvolvimento embrionário, que está em torno de 7.9 a 8.4. De acordo com Fasenko et al. (2001), os efeitos da estocagem na eclodibilidade dos ovos quando o tempo de estocagem é prolongado depende do estágio de desenvolvimento em que o embrião se encontrará após essa estocagem, e antes da incubação. Embriões em estágios mais avançados de desenvolvimento são mais resistentes a uma estocagem mais prolongada que embriões menos desenvolvidos. Segundo Reijrink et al. (2009), quando termina a estocagem, os embriões completaram a formação do hipoblasto, e a migração celular e sua diferenciação é mínima. Estes embriões em estado mais avançado de desenvolvimento contêm mais células, e estão em um estado de maior quietude, o que provavelmente os confere maior resistência na estocagem prolongada. Os embriões menos desenvolvidos podem sofrer danos irreversíveis durante a estocagem, o que pode causar morte embrionária. O momento ótimo para estocagem dos ovos ocorreu quando o hipoblasto já estava formado, estando àqueles embriões menos ou mais desenvolvidos que este estágio mais sensível à estocagem prolongada. Complementando, Schmidt et al. (2002) e Machado et al. (2010) afirmaram que os ovos estocados por períodos curtos, de 2 a 4 dias, não requereram manejo especial, mas para
períodos longos (acima de 4 dias) a utilização de sistemas de viragem dos ovos na sala de estocagem, idêntico aos das incubadoras, possibilitou melhoras na eclodibilidade. Perdas de 0,8% e 2,8% na eclodibilidade foram verificadas quando os ovos foram estocados por 5 a 10 dias, respectivamente, sem o uso da viragem. A eclodibilidade dos ovos férteis foi melhorada quando virados 4 vezes por dia em comparação aos ovos que não foram virados. Este achado foi mais evidente em ovos de matrizes mais velhas (52 sem.), onde a eclodibilidade dos ovos férteis passou de 85.9% para 88.7%, 82.2% para 85.8% e de 75.4% para 81.3% em ovos estocados por 3, 7 e 14 dias, respectivamente. Alguns autores relatam também como forma de melhorar a eclodibilidade, o pré-aquecimento dos ovos anteriormente ao armazenamento. Silva (2005) manteve ovos de matrizes Cobb (44 sem.) sob aquecimento a 37ºC durante 0, 6 e 12 horas, e posteriormente armazenou-os antes da incubação a 12ºC por 4, 9 e 14 dias. Os ovos aquecidos por 6 horas apresentaram menores taxas de mortalidade final quando comparados com aqueles não aquecidos e aquecidos por 12 horas. Os ovos armazenados por 4 dias tiveram menores taxas de mortalidade embrionária final que os estocados por 14 dias, sendo que as taxas dos ovos de 9 dias não diferiram estatisticamente dos outros tratamentos. Taxas normais de eclosão foram mantidas mesmo quando os ovos foram aquecidos por 6 horas e armazenados por 9 dias (Tabela 2). O procedimento de pré-aquecimento dos ovos (37,5 a 37,8ºC) só foi válido para ovos estocados por longos períodos (14 dias), e por no máximo 6 horas, não sendo observada nenhuma vantagem quando a estocagem não ultrapassou 4 dias. Segundo estes autores, os embriões que completaram a formação do hipoblasto (incubação pré-estocagem por 6 horas) e foram estocados por 14 dias tiveram uma vantagem de sobrevivência sobre os embriões que foram apenas estocados. Em contrapartida afirmam que o aquecimento diário dos ovos armazenados apresenta restrições do ponto de vista prático devido às dificuldades de manejo e custo operacional, sendo então o manejo mais adequado e prático, o pré-aquecimento para ovos estocados acima de 7 dias, imediatamente após a postura.
A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO DA ‘CONDENSAÇÃO’ DOS OV OS A condensação dos ovos refere-se ao fenômeno da saturação de vapor de água sobre toda a superfície da casca do ovo. Isto ocorre quando ovos frios são subitamente expostos a altas temperaturas. O ar quente com certo teor de umidade resfria rapidamente diretamente ao redor dos ovos frios. Como o ar frio contém menos água do que o ar quente, a umidade relativa aumenta até que o ar esteja saturado, e, a partir desse momento, a condensação ocorrerá na superfície do ovo frio. O termo suor é se tomado literalmente incorreto, porque a água na casca de fato não vem de dentro do ovo. O mesmo processo físico é observado quando uma garrafa de água é removida do refrigerador em um dia quente de verão.
A condensação dos ovos deve ser evitada, porque a umidade na superfície da casca enfraquece o mecanismo de defesa natural do ovo, uma vez que assegura um ambiente ideal para o crescimento de micro-organismos, e facilita ainda mais a sua penetração através dos poros da casca. Uma vez dentro dos poros, os micro-organismos estarão protegidos das operações rotineiras de desinfecção dos ovos, apresentando, portanto, um risco potencial de contaminação. Os fungos e bactérias que conseguem atravessar as membranas da casca se multiplicam a um ritmo acelerado quando são expostos à temperatura de incubação, porque o mecanismo de defesa no albúmen já não é capaz de proteger o embrião em crescimento. Isto obviamente levará a um aumento da mortalidade embrionária, aumento da incidência de‚ ovos estragados e problemas sanitários nos pintos de um dia (aumento da mortalidade na primeira semana). Claramente a umidade na casca dos ovos pode ser impedida. A condensação do ovo pode ser prevenida quando a diferença na temperatura entre a sala de armazenamento dos ovos e o exterior (ex.: plataforma de carga do caminhão, sala de classificação de ovos , incubadora) for menor e a umidade ‚externa for baixa. A tabela abaixo pode ser usada para predizer quando a condensação irá ocorrer se medidas adicionais não forem tomadas. Para uma ampla série de temperaturas e umidades, o então chamado diagrama de Mollier ou carta psicrométrica são ferramentas muito úteis. Há também um risco de condensação dos ovos se eles forem incubados muito frios em uma incubadora que já está executando uma determinada temperatura, como acontece na prática de incubação estágio múltiplo.
RECOMENDAÇÕES - Se o risco de condensação for alto, devem ser pré-aquecidos os ovos gradualmente ao menos seis horas antes de removê-los da sala de armazenamento de ovos. É importante perceber que nem todos os ovos aquecem de maneira uniforme, especialmente com baixa circulação de ar se armazenados na mesma bandeja e empilhados muito próximos uns dos outros. - Conservar os ovos à temperatura mais alta se forem armazenados por um período curto. - Ligar o caminhão diretamente após retirar os ovos da sala de armazenamento para minimizar quaisquer diferenças de temperatura do ambiente externo. - Garantir que o clima no caminhão esteja igual ao da sala de armazenamento. - Manter a umidade abaixo dos níveis indicados na tabela. - Antes da colocação na incubadora, levar os carrinhos de incubação cheios a uma temperatura ambiente de pelo menos 25 °C com boa circulação de ar por várias horas. Este pré-
aquecimento dos ovos antes da incubação é especialmente importante quando for realizada uma incubação estágio múltiplo.
PERFIL IDEAL DE PERDA DE PESO DURANTE A INCUBAÇÃO A boa eclodibilidade depende da união de todos os parâmetros cruciais da incubação. Um desses importantes parâmetros é a perda de peso (ou perda de umidade). Os ovos devem perder de 11 a 13 % do peso inicial durante os primeiros 18 ou 19 dias de incubação. A perda de peso dos ovos é causada pela evaporação contínua da água contida em seu interior, indissociavelmente ligada ao desenvolvimento embrionário ideal durante a incubação. A perda contínua de peso do ovo é essencial para a formação da câmara de ar, e, ao mesmo tempo, a evaporação da água do ovo participa dos balanços hídricos e minerais nos diferentes compartimentos embrionários formados durante o desenvolvimento. Logo após o aumento da temperatura interna dos ovos, a evaporação através da casca se inicia e o transporte de água do albúmen para a cavidade sub-embrionária aumenta. O transporte de água para a cavidade sub-embrionária pode ser observado como uma mudança circular na cor da gema. No sexto dia, a maior parte da água do albúmen já está redistribuída, deixando um pequeno aglutinado gelatinoso de proteínas do albúmen. Com o avanço do desenvolvimento embrionário, o transporte e a redistribuição de água também continuam, de tal forma que, entre os dias 10 e 12 da incubação, os diferentes compartimentos embrionários – incluindo o saco vitelino, a cavidade amniótica e o alantóide - são preenchidos com uma solução aquosa
contendo uma concentração balanceada de minerais essenciais ao adequado desenvolvimento. Uma composição equilibrada dos compartimentos embrionários é essencial para o transporte de nutrientes e resíduos produzidos pelo embrião. A redistribuição da água do albúmen sobre os diferentes compartimentos embrionários não tem nenhum efeito sobre a perda de peso absoluto, mas afeta o padrão de evaporação dentro do ovo e, portanto, tem um importante efeito sobre o equilíbrio mineral nos diferentes compartimentos embrionários. Isto é mais bem ilustrado durante os primeiros dias de desenvolvimento embrionário, com a perda de peso dos ovos, como resultado da evaporação do albúmen. No entanto, na segunda semana de desenvolvimento, a água evapora, principalmente a partir da cavidade alantóide, diretamente sob a casca do ovo. Se durante a primeira semana as válvulas de ar (dampers) da incubadora forem mantidas fechadas e, como resultado, os níveis de umidade relativa aumentarem, por exemplo, para 75 % ou mais, a perda de peso será restrita. A consequência dessa perda de peso limitada é que uma perda de peso compensatória deverá ser alcançada durante os últimos dias da incubação, através da manutenção com configurações de umidade relativa mais baixas (40 a 45%). No entanto, se o clima na incubadora e/ou nascedouro estiver muito seco durante os últimos dias do desenvolvimento embrionário, a água irá evaporar pela casca dos ovos e de suas membranas a partir do líquido alantoideado, mas também e, indesejavelmente, dos tecidos embrionários, como pele e patas.
EQUIPAMENTOS INCUBADORA UG 124HT
A Incubadora Estágio Único Ug 124HT tem capacidade para 123.840 ovos de galinha. O equipamento associa novas tecnologias, sistema para monitorar a temperatura do embrião, sistema de pesagem de ovos, sistema de desumidificação de ar e sistema de monitoramento/controle de CO2, ao conceito flex de incubação.
NASCEDOURO G 42HT
O Nascedouro G 42HT com capacidade para 41.280 ovos de galinha. Agregando valor ao
aspecto
sanitário,
apresenta
o
sistema
de
estrutura
central
para
aquecimento/refrigeração/ventilação facilitando o processo de higienização do equipamento.
A Pas Reform destaca o design modular da incubadora de estágio único SmartSetPro® que cria ambientes seccionais que podem ser controlados individualmente. Esta e a única maneira de garantir a temperatura homogênea de incubação em máquinas contendo mais de 100.000 ovos. Cada seção modular da incubadora é composta por seus próprios sistemas de temperatura, aquecimento, refrigeração, umidificação e ventilação. Outros diferenciais são:
FLUXO DE AR - COM BASE VORTEX Pesquisas demonstram que o método mais eficiente de intercâmbio de energia, CO2/O2, e umidade na incubadora é através da geração do maior numero de vórtices ao longo da pá da hélice.
FEEDBACK METABÓLICO ADAPTATIVO O Feedback metabólico adaptativo (AMF) interpreta as variações metabólicas de um lote específico para adaptar os parâmetros de controle e ajustar o ambiente da incubadora de acordo com as necessidades do embrião.
BIOSSEGURANÇA GARANTIDA A incorporação da proteção antibacteriana Microban em bandejas de eclosão e o sistema de refrigeração integrado nas paredes dos nascedouros diminuem o tempo necessário para limpar completamente o equipamento.
NINHO AUTOMÁTICO PARA COLETA DE OVOS
Tem como principal característica um sistema de dupla esteira que melhora a distribuição de ovos (lado esquerdo x lado direito), minimizando problemas relacionados à sobrecarga da esteira e trincas de ovos durante o processo de transporte. Oferece ainda um eficiente sistema de slat com maior conforto para as aves, graças à sua grande área de apoio dos pés (para fêmeas). Tem também maior abertura para a passagem de dejetos, contribuindo com a permanência dos ninhos mais limpos. Disponibiliza dois sistemas de tapetes extremamente confortáveis para as aves e conta com um sistema de lâmpada de atração, garantindo mais conforto para as aves dentro do módulo de postura e minimizando problemas com ovos de cama.
COMEDOURO AUTOMÁTICO DE CORRENTE PARA MATRIZES
Possui um sistema de tração independente e motor com dupla velocidade. Disponível com sistema de suspensão móvel com motor redutor e com suspensão por pés.
SISTEMA DE VENTILAÇÃO MÍNIMA INLET
Sistema tradicional de abertura e fechamento para ventilação mínima com uso de controlador de pressão estática.
MUDA FORÇADA A Índia, país que produz atualmente mais de 530 bilhões de ovos ao ano, está entre os três maiores produtores mundiais do produto. E devido à enorme importância de sua avicultura de postura comercial, órgãos e representantes locais de bem-estar animal decidiram lançar uma campanha contra a prática da muda forçada, com aplicação de jejum severo, em todo o país. A campanha foi acatada e, recentemente, o governo indiano, por meio do Animal Welfare Board of India (AWBI), proibiu o uso desta técnica, ficando suscetível a multas e punições. A restrição do alimento às galinhas poedeiras, por um determinado período, promove o rejuvenescimento do trato reprodutivo da ave e estimula ciclos adicionais de produção de ovos. Durante o período de jejum, utilizado para promover a mudar forçada, a ração pode ser suspensa à ave por até 14 dias e a água por um período de até 48 horas. De acordo com as entidades protetoras dos animais, esta prática causa sofrimento à galinha, que chega a perder cerca de 35% do seu peso corporal. No Brasil, segundo os especialistas, ainda não há uma proibição formal da prática do jejum severo para a promoção da muda forçada. No entanto, entidades como a Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA Brasil) é totalmente contra o método. “A restrição alimentar traz um sofrimento excessivo e desnecessário para as aves”, defende Charli Ludtke, gerente de Animais de Produção da WSPA Brasil. “A WSPA Brasil ainda não tem uma linha
de estudo específica sobre muda forçada, mas somos contrários a qualquer tipo de prática que cause sofrimento ao animal de produção”.
EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA NA AVICULTURA DE POSTURA Na atividade da avicultura de postura associada às inovações tecnológicas, que ocorreram recentemente, pode ser considerado como um dos fatores de competitividade. As transformações ocorridas para inovação foram radicais ou incrementais em sistemas de criação, manejo, nutrição e genética das aves. A adoção de tecnologias pelo produtor a fim de reduzir
custos, melhorar a qualidade, tempo de processamento, mão-de-obra, melhorar a logística interna e externa da firma levou a atividade a essa competitividade. A trajetória tecnológica da atividade de postura como fator de competitividade no setor e o desafio para o futuro está descrita neste trabalho levando em consideração o caso do município de Bastos- SP, que abriga o maior alojamento de aves do país, com aproximadamente 12% do plantel do Brasil. Nunes (2002) relata que o pioneiro a trabalhar com avicultura no Brasil foi do pesquisador microbiologista José Reis. O primeiro trabalho realizado direcionado aos chacareiros e criadores em quintais no início da Estação Avícola de 1932, intitulado de “Algumas sugestões aos avicultores brasileiros". Eurico Santos (1938) publicou livro “Avicultura – fonte de riquezas” e teve como
objetivo da publicação firmado em dois pontos: a disseminação do gosto pela avicultura e o fato de despertar a atenção dos criadores para o seu aspecto econômico, de vez que a sua expansão dentro de certo espírito de organização e de técnica, constitui uma fonte de riqueza não só para o criador como também, de um modo geral, para o país. Relata que as aves colocavam até 150 ovos durante a vida. Dentro deste ambiente, A criação de aves no município de Bastos iniciou-se em 1942 em uma granja com apenas 50 galinhas, atividade de subsistência para o produtor rural. Até os anos de 1950 as aves eram criadas soltas, de modo caipira no campo e o produtor possuía matrizes, incubavam ovos, criavam pintainhos, frangas, aves de postura e tinham como produto para venda os ovos, pintainhos e frangos caipira. Após a Segunda Grande Guerra Mundial, na década de 50, surgiram os reflexos econômicos da crise do mercado de fio da seda, que eram utilizados para confecção de paraquedas. Alguns criadores de bicho-da-seda em Bastos, mudaram a sua atividade para avicultura de postura que iniciaram as suas criações dentro dos barracões, ora utilizada pela atividade anterior (SALGADO 1971). A criação de aves totalmente soltas passaram a ser criadas em sistema de semiconfinamento e vantagens competitivas começaram a surgir eliminando a influencia negativa da natureza como a chuva na produção de ovos. Nesta época os produtores locais introduziram a luz no sistema de produção e ganharam o conhecimento da influência da luminosidade na produção de ovos utilizando lampiões a querosene para melhorar a produção principalmente no inverno onde o período de luminosidade é menor durante o dia. Confirmando este movimento Maia (1997), cita que as primeiras gaiolas para poedeiras chegaram ao Brasil em 1955 e, ocorreram evoluções tecnológicas nas áreas de nutrição e melhoramento genético. E este sistema deu origem a que chamamos atualmente de Avicultura Industrial, com grande produção de carne e ovos em pequenas áreas através do sistema de confinamento.
Na década de 60 a cidade de Bastos recebeu o codinome de capital do ovo por produzir mais ovos do Brasil. Os produtores utilizaram tecnologia relativamente simples, gerada através de experiências acumuladas. O manual de avicultura de autoria do médico veterinário João Brunini publicada a 3° edição em 1966 relata a atividade sendo muito lucrativa envolvendo o conhecimento desde a produção e seleção de matrizes até o comércio de ovos e frangos. Em seu livro recomenda a criação de aves selecionadas pelo produtor, criadas em sistema semiconfinado composto por áreas de pasto e alojamento em barracões. Adotava incubação artificial dos ovos, criação de pintainhas em baterias - gaiolas uma sobrepostas à outra. As aves híbridas produzidas através dos cruzamentos genéticos começaram a ser introduzidas nos aviários. As técnicas de sexagem na separação de pintos entre machos e fêmeas de 1 dia, técnica detidas por japoneses, facilitavam a venda de aves fêmeas para o produtor de ovos, tornando este especializado na produção de ovos. Em 1967 iniciou-se uma criação intensiva em gaiolas de madeira dispostos dentro destes barracões para que as aves não ficassem em contato com as fezes, pois geravam enfermidades como salmonela, crostridium e coccidiose. A madeira não fora uma boa solução uma vez que acumulava sujeiras no piso continuando em menor nível os problemas sanitários, sua manutenção era dispendiosa e de baixa durabilidade. As gaiolas de arames foram introduzidas em 1965, trazidas de outra localidade, Bragança Paulista que encerrou suas atividades em 1967 devido ao alto custo de implantação e em 1968 surgiu a fábrica de gaiolas Artabas (Artefatos de Arame Bastos) , que utilizou as máquinas e equipamentos adquiridos da antiga fábrica de Bragança Paulista. Os barracões começaram a ganhar formato próprio para esta finalidade e eram curtos, estreitos, baixo com cobertura de telha de barro cobrindo apenas as gaiolas de uma linha. Neste sistema usava calha para fornecimento de água e cocho de madeira segmentada, móvel de pouca profundidade onde eram fornecidos alimentos manualmente utilizando concha e balde, a luminosidade passou a ser elétrica e usava lâmpada pequena de cor escura de 25W. Em 1970 a pequena cidade de Bastos com 12000 hectares contava com 2.800.000 de aves em 160 avicultores (SALGADO, 1971). A alta concentração de aves no município e o manejo inadequado favoreceram a proliferação de doenças como a mycoplasmose aviária, estafilococoses, coriza infeciosa, Marek e New Castle. Dois conceitos foram criados para sistemas de produção de ovo. A primeira é de que os pintainhos e frangas deveriam ser criadas perto do espaço físico das aves adultas com objetivo de tomarem contato com os agentes etiológicos patogênico na fase inicial, tornando as aves que sobreviverem resistentes à doença. A segunda é de que as aves jovens deveriam ser criadas totalmente separadas das adultas e estas deveriam ser criadas separadas em lotes, dando início a importância no conceito epidemiológico, de vazio sanitário, áreas limpas, higiene e desinfecção formando a ideia de biossegurança.
Os barracões ganharam diversos formatos em função da chuva, do calor e do tamanho do lote. A construção civil foi em adequação a estes fatores e o melhor formato sugerido resultou o tamanho de 2,7 m de largura, 100 metros de comprimento e 2,2 m de altura de pé direito com um corredor ao centro e distancia de duas telhas francesas de barro nos beirais. A gaiola ganhou vários formatos até chegarem a conclusão de que o melhor seria a de duas aves por gaiola com 25 cm de frente e 45 cm de profundidade, 43 cm de altura e dispostos em dois andares de cada lado do barracão, a uma altura de 60 cm do solo. Em 1980 o alojamento de aves era mais de 5.500.000 aves alojadas e em aproximadamente de 147 avicultores (YOSHIDA,1987). Nos anos 80 as produções foram maiores do que o mercado poderia absorver, a sobra de ovo e baixos preços fizeram com que os produtores e órgão representativos como sindicato executassem promoções de venda com governo do Estado. Os ovos eram vendidos pelos produtores nos pontos de ônibus e nas saídas do metrô em São Paulo. Esta crise forçou os produtores a oferecerem os seus produtos para locais mais distantes, para outros Estados como Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Minas Gerais, Bahia, Tocantins, Goiás, Amazônia, Pará, Maranhão, entre outros. Devido a necessidade de exportar ovos para fora do Estado com procedência fiscalizada, começaram a surgir os primeiros estabelecimentos com fiscalização pelo serviço de Inspeção Federal, do Ministério da Agricultura. A questão sanitária foi crítica nesta década, marcadas por doenças provocadas por vírus da Marek, Leucose, Bronquite infecciosa e bactérias causadores da Mycoplasmose, coriza infecciosa e estafilococose. Foram utilizadas antibióticos em grande quantidades e devido as vacinas serem pouca acessíveis houve uma grande disseminação das viroses. Os diagnósticos destas doenças foram realizados pela Universidade e fabricantes de vacinas, através de amostras de órgão de aves contaminadas. Os resultados deste trabalho geraram conhecimento sobre programa de vacinas, vacinações, unificação de aves em lotes - dispostas distante uma das outras fisicamente, utilização de desinfetantes e enfatizou a noção de biossegurança. Os barracões estilo californiano ficaram padronizados com tamanho de 100x3m, cobertura de telha de barro, 2,4m de altura. A gaiola de arame com 2 aves, tamanho 25cm x 45 cm de fundo, dispostos uma sobre a outra, em 2 andares. O cocho era construído de madeira contínuo o que permitia o arraçoamento com caçamba automática que corria sobre o cocho. Os bebedouros eram de alumínio em formato de calha, abria-se a torneira em uma ponta, a água corria pela calha por toda a extensão do barracão até cair ao final em um esgoto. Os estercos ficavam amontoados abaixo da gaiola. Iluminação com lâmpadas incandescentes de 40Watts, fornecendo as aves um período de 17 horas de luz. O cenário da avicultura de postura no início da década de 90 era bastante otimista. A incidência de doenças parecia estar controlada, por meio das práticas de manejo como o vazio sanitário que estava sendo respeitado, programa de vacinação adequado e a desinfecção
sistemática realizada. As aves respondiam produzindo cada vez mais, chegando a postura de até 330 ovos em um ciclo – duração de 80 semanas de idade. Uma nova técnica trazida do Japão denominada de “muda forçada” passou a ser difundida entre os avicultores locais. Essa técnica consiste na renovação do ciclo produtivo da ave, provocando “stress” controlado forçando a queda das penas das aves através da restrição
alimentar por até 14 dias sendo mantido apenas o fornecimento de água, ao reduzir 25% a 30% do peso vivo, aves voltam a ser tratadas com alimentação a base de milho por mais 50 dias até o retorno da produção. Desta maneira, aves chegam a postura de até mais 100 ovos. Quando o município de Bastos atingiu a marca de oito milhões de aves, verificou-se um problema, esse grande número de aves era responsável pela produção de muitos ovos, mas, resultava também na produção de oito milhões de quilos de excretas ao mês, gerando um grave problema ambiental. Foram necessárias várias ações a fim de reduzir a grande infestação de moscas em todo o município além do odor fétido proveniente da grande quantidade de esterco produzido. Diversos estudos realizados verificaram que através do manejo das excretas seria possível o controle das moscas, elaborou-se então um conjunto de ações ao combate a mosca através do controle biológico (utilizando inimigos naturais), do controle físico (com a utilização de estrados sob as gaiolas para facilitar a secagem dos estercos por aumentar a área de superfície de contato entre as fezes e o ar para a eliminação de fatores predisponente, como a umidade) e o controle químico (com a utilização de produtos químicos). Nos anos 90, o Governo Federal iniciou o Programa de Política Pública facilitando a importação de equipamentos para avicultura. A Artabas, fabricante de gaiolas e equipamentos avícolas fez parcerias com empresas estrangeiras para produção de equipamentos para a avicultura e trouxe novos e modernos conceitos em sistemas de produção. Equipamentos como o tratador automático, bebedouros chupeta (nipple) ou taça, lâmpadas fluorescentes, esteiras coletoras de ovos começaram a ser lançados no mercado. Ao final da década, em 1998 a incidência da doença de gumboro causou a mortalidade de aves jovens, chegando a atingir em alguns lotes até 70% das aves devido a falta de realização do manejo básico de limpeza e desinfecção. A doença de Gumboro foi controlada através de rígidos programas de profilaxia específicos através de vacinas e através do controle do meio ambiente com a utilização de cercas vivas, desinfecção, isolamentos, higiene e limpeza etc. Em 2002, o agente etiológico causador da doença de Laringo traqueíte estabeleceu-se na região de Bastos chamando atenção do Ministério da Agricultura e Coordenadoria da Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo, alertados pela ocorrência mundial de influenza aviária nos países asiáticos. Com a constatação da doença, o governador do estado de São Paulo determinou a interdição de todas as 120 granjas da região, e a criação de uma área,
denominada um bolsão de Bastos, constituído por 16 municípios, sendo 14 do EDR de Tupã e 2 de Presidente Prudente, representando 16 milhões de aves. Visando controlar o avanço da doença na região foram implantadas medidas como proibição da realização de muda forçada nas aves para evitar “stress”, a obrigatoriedade do descarte de aves apenas em abatedouro local,
a permanência das aves em produção até 90 semanas de idade, a proibição de vendas de aves vivas bem como o transito para outras localidades. O programa deu prosseguimento com estabelecimento da vacinação, acompanhamento de lotes pelos veterinários, tratamento de excretas e aconselhamento nos procedimentos de higiene, limpeza e vazio sanitário. Quanto às instalações, os galpões continuam diversificados, variando desde a altura do pé direito de 2,4 a 6 metros e largura de 3 a 15 metros ao comprimento de 100 a 150 metros. Nestes galpões são colocadas as gaiolas com dois andares (chamados de californianos) ou de sistemas de baterias, com 6 conjunto de gaiolas sobrepostas umas nas outras. O tamanho das gaiolas varia de 25 cm de frente por 45 de profundidade com duas aves, o mais comum encontrado é de 50 por 50 cm com 5 aves, no entanto pode ser encontradas no tamanho de 60 por 62 cm sendo alojado 10 aves por gaiola. A automação tornou-se muito presente em muitas granjas da região de Bastos, desde o fornecimento de ração e água até a coleta de ovos, atualmente é possível que o produto final, o ovo, seja coletado nos galpões e chegue ao consumidor sem que haja contato manual. Os ovos são coletados em esteiras que os conduzem para o depósito de ovos onde são levados diretamente para as máquinas de lavar, selecionar, classificar e embalar. O trato das aves é feito de forma automática utilizando diversos sistemas, podendo ser de cocho de zinco com sistemas de espiral que conduzem as rações ou cocho tradicional com caçamba automática. O material utilizado pode variar de madeira, zinco, plástico, tubo pvc cortado ao meio, fibra de vidro, sendo o mais comum madeira e o zinco. A água de bebida é fornecida por sistemas mais econômicos como o copo e chupeta (niple). A calha de alumínio está ultrapassada. A quantidade de água necessária no sistema de copo ou chupeta é de 300ml de água enquanto que no sistema de calha é de 1 litro por ave por dia. A iluminação é feita com lâmpadas fluorescentes PL de 9 a 11 Watts trazendo economia com relação às utilizadas anteriormente, a lâmpada incandescente de 40W. Um dos desafios para o futuro é a integração da cadeia produtiva, pois os avicultores dominaram a criação de aves e são competitivos na produção de ovos, no entanto será um desafio aos avicultores introduzirem ovos industrializados na sua atividade. O adensamento elevado no sistema criado em gaiolas ultrapassa o limiar do ponto ótimo de conforto térmico das aves causando altas mortalidades nos períodos críticos de temperaturas altas. Os avicultores deverão se adequar à nova realidade considerando os maus tratos aos animais.
A inovação tecnológica em decorrência da difusão e transferência do conhecimento tem um efeito inicial de ganho na competitividade, aumentando a produtividade e reduzindo os custos. Entretanto, a adoção destas novas técnicas é feita até chegar a um ponto de equilíbrio onde a tecnologia adotada não gera mais ganhos havendo a necessidade da introdução de uma nova tecnologia, completando o ciclo. A inovação tecnológica visa absorver, gerar e acumular conhecimentos de forma contínua, em constante aprendizado e a tecnologia representa justamente o domínio desse conjunto de conhecimentos.
TIPOS DE GAIOLAS, DENSIDADE DE ALOJAMENTO E SISTEMAS ALTERNATIVOS DE PRODUÇÃO A criação das aves em gaiolas permitiu aumentar a densidade de alojamento das poedeiras e reduzir os investimentos em equipamentos e os custos com a mão-de-obra. As gaiolas dispensam o uso da cama, proporcionando benefícios para as aves e os funcionários, pois eliminam o contato com as fezes, evitando a coccidiose e verminoses, e melhoram o ambiente de trabalho, com a diminuição dos níveis de poeira e amônia. As gaiolas permitem reduzir o grupo de aves alojadas, minimizando assim o canibalismo (comportamento agressivo que piora com o aumento do tamanho do grupo). As gaiolas previnem o consumo dos ovos pelas galinhas, já que estes rolam para o aparador após a postura, ficando longe do alcance das mesmas. No entanto, as gaiolas convencionais representam uma preocupação para o bem-estar, pois impedem as aves de apresentarem comportamentos naturais, causando estresse. O limitado espaço ainda restringe a movimentação e as atividades das aves, contribuindo para a “osteoporose por desuso”, que torna o osso mais frágil e susceptível a fraturas dolorosas
(WEBSTER, 2004). Com o objetivo de aumentar o lucro líquido, os produtores comerciais de ovos exploram a capacidade máxima dos sistemas de criação. Dessa forma, tendem a aumentar o número de aves por gaiola, baseados na crença de que o aumento na produção de ovos por gaiola, maximiza o lucro e compensa os efeitos negativos da alta densidade. As pesquisas demonstram que o aumento na densidade de criação reduz a produção de ovos, o peso do ovo e o consumo de ração e causam um aumento na mortalidade (ANDERSON et al., 2004; JALAL et al., 2006). Preocupada em proteger o bem-estar das poedeiras, a União Europeia impôs padrões mínimos para a criação destas em 1999 (APPLEBY, 2003). Desde 2003 está vetada a instalação de gaiolas convencionais e as já existentes sofreram modificações para promover um espaço mínimo de 550 cm2 por ave e lixa para as unhas. A partir de 2012, a criação das aves em gaiolas convencionais será proibida nos países europeus e somente gaiolas enriquecidas ou sistemas alternativos serão permitidos na avicultura.
Existe um número considerável de pesquisas recentes para desenvolver gaiolas enriquecidas ou modificar as gaiolas convencionais visando atender às necessidades de bemestar. Dentre estas se observam a incorporação de poleiros para melhorar a resistência óssea; a utilização de repartições inteiras entre as gaiolas para reduzir os danos ao empenamento; colocação de fita ou pintura abrasiva junto à base do aparador de ovos para permitir que as aves reduzam o tamanho das unhas, enquanto se alimentam, e consequentemente as lesões de pele; área para ninhos e banhos de areia. As gaiolas enriquecidas são relativamente novas na avicultura de postura e permitem às aves apresentarem comportamentos naturais, pois estas têm acesso a ninhos, poleiros, local para banho de areia, maior espaço (mínimo de 750 cm2 por ave) para movimentar ou escapar da ave mais agressiva ou dominante, mantendo os mesmos padrões econômicos e higiênicos da criação em gaiolas convencionais (VITS et al., 2005). Os países da União Europeia têm concentrado esforços para desenvolver sistemas de criação de poedeiras comercias sem gaiolas, conhecidos como sistemas alternativos. Estes sistemas oferecem um ambiente mais complexo em que as aves são criadas no chão, em grandes grupos e com um espaço mínimo de 1111 cm 2 por ave ou 9 aves por m2 (PAIXÃO, 2005). As poedeiras ainda têm acesso a ninhos, poleiros ou ripados em diferentes alturas partindo do solo, grande área com cama para banho de areia e dependendo do tipo de sistema uma parte pode ser aberta com acesso a pastos. Por oferecerem maior liberdade de movimento para as aves, os sistemas alternativos melhoram a resistência óssea; porém, essa maior oportunidade de exercitarem aumenta a incidência de fraturas, resultantes de acidentes como batidas durante o voo ou quedas do poleiro ao serem empurradas por outras aves (WHITEHEAD e FLEMING, 2000). Os sistemas alternativos demonstram desvantagens quando comparados aos sistemas de criação em gaiolas. Aumentando o espaço por ave de 450 cm2 (gaiolas convencionais) para 750 cm2 (gaiolas enriquecidas) verifica-se um aumento de 15% no custo de produção, e comparando gaiolas convencionais com diferentes sistemas alternativos, esse custo relativo aumenta em 30 a 50% (APPLEBY, 2003). Os sistemas alternativos apresentam altos níveis de bactérias e fungos no ar e maior nível de poeira do que as gaiolas convencionais e enriquecidas (RODENBURG et al., 2005). Essa questão compromete tanto o bem-estar e saúde das aves quanto a segurança alimentar do homem, visto que a alta contaminação da casca dos ovos postos no chão os tornam proibitivos ao consumo humano (DE REU et al., 2006). Ainda o maior tamanho do grupo afeta o comportamento de bicada das penas e aumenta a incidência de canibalismo (JENDRAL, 2004).
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