AULA SOBRE SONETO Colaboração do amigo e poeta MICHEL BARUKI Cavatina Bem vindo e tenha um bom dia ! São: 7:43 Dia: 18/10/111
INTRODUÇÃO É com muito prazer e com muita honra que passarei os meus humildes conhecimentos sobre sonetos, logicamente muitos dados e registros que aqui faço são oriundos de pesquisas, de estudos sobre esta forma literária de poema que é uma verdadeira arte, entre as fontes que utilizei estão: www.sonetos.com.br www.sonetos.com.br ee www.gramaticaportuguesa.com.br . Estou me baseando também em alguns comentários e críticas que recebi em alguns sites que participo, graças a essas criticas consegui crescer na arte de "sonetar", entre as pessoas que sempre fizeram críticas justas e que me ajudaram enormemente, destaco o poeta e sonetista Paulo Camelo.
UM RESUMO SOBRE A HISTÓRIA DOS SONETOS Os sonetos são oriundos da Sicília, o seu nome vem do italiano "Sonetto" e significa "pequena canção" ou "pequeno som". Foi
criado no começo do século XIII onde era cantado na corte de Frederico II da mesma forma que as tradicionais baladas provençais. Alguns atribuem a Jacopo Notaro, um poeta siciliano da corte de Frederico, a invenção do soneto, surgiu como uma espécie de canção ou de letra escrita para música, possuindo uma oitava e dois tercetos, com melodias diferentes. Desde então através dos anos e dos séculos, o soneto vem sofrendo poucas alterações. Anos se passaram até que dois ícones da literatura mundial, um inglês e um português deram ao soneto, cada um ao seu modo, o toque de mestre: William Shakespeare e Luis de Camões. A forma inglesa utilizada por Shakespeare é escrita com três quartetos e um dístico, porém a forma mais difundida e utilizada no mundo todo é a forma italiana que foi utilizada por Camões e até hoje é escrito com dois quartetos e dois tercetos. O soneto adquiriu importância ao redor do mundo, tornando-se a melhor representação da poesia lírica. Alguns casos são notáveis: o poeta russo Aleksandr Pushkin que compôs Eugene Onegin, um poema repleto de sonetos adotado por Tchaikovsky para compor uma de suas óperas; o francês Charles Baudelaire ajudou a divulgar os versos alexandrinos em Les Fleurs du Mal, e Vivaldi também usou bastante a poesia dos sonetos... Após uma adesão e tendência mundial ao humanismo, e ao estilo barroco, o poema dos catorze versos acabou sendo desprezado pelos iluministas.No século XIX, ele voltou a ser cultivado, com mais fervor, por românticos, parnasianos e simbolistas, sobreviveu ao verso livre do modernismo que viria em seguida, e permanece até os dias atuais.
COMO ESCREVER UM SONETO Tenho uma opinião muito pessoal a respeito de sonetos, acho que soneto é aquele tradicional que por séculos vem sendo escrito com todas as suas regras, e acho também que essas devem ser seguidas quanto a métrica, rimas e principalmente ritmo. Penso que se não for dessa maneira descaracteriza o soneto, e então deve ser chamado de poema com 14 versos ou outro nome qualquer. Tenho estudado muito esta forma literária de poesia, inventar ou inovar é válido, porém quando se mistura vinho com água e se acrescenta açúcar, essa nova mistura é chamada de suco, e não mais de vinho e nem de água. Um soneto além de "poesia" deve ter métrica e principalmente ritmo. A métrica utilizada é a poética, e não a métrica gramatical pura e simples, e o que dá um ritmo constante aos versos é a sílaba tônica,dar ritmo significa "fazer cair" em todas as frases de um soneto,do princípio ao fim a sílaba tônica sempre em um determinado local (no mesmo local em cada frase). Além da métrica e ritmo acho muito importante a rima, há quem diga que as rimas são até dispensáveis, eu,
porém considero-as importantíssimas para a musicalidade de um soneto, e minha opinião é que sem ela o soneto perde muito do seu brilho.
SONETOS QUANTO AO NÚMERO DE SÍLABAS Os sonetos classificam-se de acordo com o número de sílabas conforme abaixo:
Uma sílaba Duas sílabas Três sílabas Quatro sílabas Cinco sílabas
Monossílabo Dissílabo Trissílabo Tetrassílabo Pentassílabo ou redondilha menor, (com acento na 2ª e 5ª sílaba)
Seis sílabas
Hexassílabos (com acentos na 2ª e 6ª sílabas)
Sete sílabas
Heptassílabos ou redondilha maior (com acentos na 3ª e 5ª)
Oito sílabas
Octossílabos ou sáficos (com acentos na 4ª e 8ª)
Nove sílabas
Eneassílabos ou jâmbicos (com acentos na 3ª, 6ª e 9ª)
Dez sílabas
Decassílabos (acentuação, ver nota abaixo)
Onze sílabas
Hendecassílabos ou datílicos (com acentos na 2ª, 5ª, 8ª e 11ª)
Doze sílabas
Dodecassílabos (com acentos na 6ª e 12ª - ver nota abaixo)
Mais de doze
Bárbaros (ver nota abaixo)
Notas: 1) As acentuações tônicas colocadas acima são as mais usadas. 2) Em versos até quatro sílabas não é necessário nem obrigatório se usar a acentuação tônica definida no mesmo local em todas as frases.
3) Em versos com 5 a 7 sílabas também não é obrigatório o uso do ritmo definido em todas as frases, porém fica mais rítmico quando se usa. 4) Os decassílabos são os mais usados, e existe entre eles diversas variações de ritmo, abaixo os mais utilizados:
Versos heróicos Acentuação tônica na 6ª e 10ª sílaba Versos sáficos Acentuação tônica na 4ª , 8ª e 10ª sílaba Martelo agalopado Acentuação tônica na 3ª , 6ª e 10ª sílaba (variação do heróico) Gaita galega Acentuação tônica na 4ª , 7ª e 10ª sílaba (variação do sáfico) Pantâmero Acentuação tônica na 2ª , 4ª, 6ª , 8ª e 10ª sílaba iâmbico
5) Os versos podem ser dodecassílabos sem no entanto se tornarem versos alexandrinos, o que diferencia um soneto com versos alexandrinos dos versos dodecassílabos, é que o alexandrino é composto de dois versos de 6 sílabas em cada frase, com a primeira frase aguda ou grave sempre. Cada um desses hexassílabos se chama hemistíquio (metade de verso). 6) Na metrificação sempre se conta até a última sílaba tônica de cada frase. 7) Num mesmo soneto decassílabo podem ser utilizadas frases heróicas e sáficas sem que o rítmo seja prejudicado, mas é uma questão de esmero tentar manter o estilo das frases do princípio ao fim. 8) O ritmo também é influenciado pela pronúncia das átonas e das paroxítonas finais de cada frase, elas não são contadas como métrica, mas existem no ritmo. Isso dá uma diferença quando se costuma usar a mistura de classificações. 9) O ritmo em um poema, e muito mais no soneto é mais importante que a métrica. Não é aconselhável, mas, se não houver outro jeito, às vezes deve-se sacrificar a métrica em benefício do ritmo. 10) Existem algumas regras que podem ser utilizadas (próxima página).
ALGUMAS REGRAS PARA SEPARAÇÃO DAS SÍLABAS MÉTRICAS 1) Conta-se apenas até a última sílaba tônica: Que cantem ao ver a Auro/ra Teu pensamento é como o sol que mor/re 2)Sempre que duas vogais de palavras diferentes se encontram no verso, três coisas podem acontecer: a) Ambas são átonas, nesse caso, ficam na mesma sílaba. b) Ambas são tônicas, nesse caso, ficam em sílabas diferentes. c) Uma é átona e outra é tônica, nesse caso, podem ficar na mesma sílaba ou não, de acordo com as circunstâncias.
ALGUMAS REGRAS QUE PODEM SER UTILIZADAS NA METRIFICAÇÃO. 1 - SINÉRESE OU DITONGAÇÃO: (Pode-se usar, mas também pode quebrar o ritmo) É a junção de vogais contínuas numa só sílaba em virtude de uma das vogais passar a semivogal, ou, fusão de duas vogais que pertencem a sílabas gramaticais diferentes, dentro de uma palavra. Exemplo: "O/lei/to/do in/fe/liz/que/mão/trai /do/ra" SINÉRESE 2 - DIÉRESE (Também se pode usar, e igualmente pode quebrar o ritmo) É a dissolução de um ditongo em hiato, ou é a transformação de um ditongo em hiato, para aumentar o número de sílabas de uma palavra e, conseqüentemente de um verso. Exemplo: "Mas/dor/que/tem/pra/zer/a/Sa-/u/da/de" DIÉRESE (Garrett) (p) 3 - ELISÃO (Normalmente não quebra o ritmo) Quando a última sílaba de uma palavra termina em vogal e a palavra seguinte começa por vogal, precedida ou não de "h", sendo ambas as vogais átonas, dá-se junção delas numa sílaba só. Exemplo: "Nun/ca/vi/ra em / minha/vi/da a for/mo/su/ra." elisão (Gregório de M. Guerra)
"A/ma um can/to o/pes/ca/dor." ELISÃO NOTA: Quando uma das vogais é forte, tônica, geralmente, não se dá a elisão. Exemplo: "Tú /és /a a /ra/gem/per/di/da Não houve elisão: "es" é tônico. "Eu/a/mo a noi/te/so/li/tá/ria e/ mu/da" 4 - CRASE (normalmente não quebra o ritmo) É a fusão de dois ou mais sons iguais num só. Exemplo: "Teu/pen/sa/men/to é/co/mo o / sol/que/mor/re." CRASE "Du/ran/te a/ noi/te quan/do o or / va/lho/des/ce" CRASE "Es/con/di/da a /me/ni/da/de" CRASE "Que/can/tem/ao/ver/a Au /ro/ra". CRASE 5 - ECTLIPSE (ação de esmagar) É a elisão de um fonema consonantal nasal , assinalada, às vezes, pelo apóstrofo. É a elisão do "m" final de uma palavra antes de vogal- co’a em vez de com a. Exemplo: "Vinde ó sonhos voadores. De Morfeu co’as tenras flores "Co’as tranças presas de fita" "Co’as flores no samburá" ECTLIPSE
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE RIMAS ESTROFAÇÃO Estrofe é um agrupamento rítmico formado de dois ou mais versos, que, em geral, se combinam pela rima. RIMAS QUANTO AO VOCÁBULO: Pode ser: rica, pobre, rara ou preciosa. Quanto ao vocábulo empregado, as rimas podem ser classificadas ainda como:
pobre: entre palavras da mesma categoria gramatical : amor/flor, amoroso/doloroso, calar/falar. rica: entre palavras de categorias gramaticais diferentes: arde/covarde, penas/apenas, fino/menino. preciosa ou rara: terminações não comuns: vê-la/estrela, sê-lo/pêlo, háde/saudade; cisne/tisne, estirpe/extirpe. RIMAS RICAS: Quando as palavras que rimam pertencem à classes gramaticais diferentes: O teu olhar, Senhora, é a estrela da ALVA Que entre alfombras de nuvens irraDIA Salmo de amor, canto de alívio, e SALVA De palmas a saudar a luz do DIA (Alphonsus de Guimarães) RIMAS RARAS OU PRECIOSAS: As rimas excepcionais, difíceis de encontrar ou com vocábulos pouco usados. E, a rir, levamos entre ditirambos, Eu, no açafate, as provisões do lanche, Ela, um beijo a trinar nos lábios flambos! (Helenos, de B. Lopes) "Penso que, no negror da meia em que surgis Deveis ser, pela alvura ebúrnea e macilenta, Dois lírios cor de neve em dois vasos de ônix (A Feijó) RIMA POBRE Quando se verifica entre os vocábulos pertencentes à mesma classe gramatical. "Que noite fria! Na deserta rua. Tremem de medo os lampiões sombrios Densa garoa faz fumar a lua Ladram de tédio vinte cães vadios." (Castro Alves) "Não, Pepita, não ta dou... ........................................A Fiz mal en dar-te em flor, ........................................B que eu sei o que me custou ........................................A Tratá-la com tanto amor. ........................................B (Garrett) RIMA QUANTO À ACENTUAÇÃO: AGUDA OU MASCULINA: Quando as palavras que rimam são oxítonas ou monossílabas tônicas "Agora que a noite estende Alvo lençol de luar E a bafagem que recende Nos jardins perfuma o ar."
(Raimundo Correia) "Vinhos dum vinhedo, frutos dum pomar Que no céu os anjos regam com luar ." (Guerra Junqueira) GRAVE OU FEMININA: Quando as palavras que rimam são paroxítonas. "Calçou as sandálias, tocou-se de flores. Vestiu-se de Nossa Senhora das Dores." (Antônio Nobre) "A ardência em vão te aplaca ao lábio lindo. Esse angélico sopro e hábil ameno: Vento outonal de longes campos vindo cheios de fresco, de oloroso feno..." (Raimundo Correia) EXDRÚXULA, DATÍLICA OU PROPAROXITONA: Quando as palavras rimadas são proparoxítonas. No ar lento fumam gomas aromáticas Brilham as navetas, brilham as dalmáticas." (Eugênio de Castro) "Sobre as ondas argênteas do Adriático Passa à noite o gondoleiro, e canta E dobra a fonte, lânguido, cismático." (Raimundo Correia)
COMBINAÇÕES DE RIMAS Nas estrofes, as disposições mais freqüentes de rimas são as seguintes: a) emparelhadas ou paralelas b) alternadas, cruzadas ou entrelaçadas c) opostas, interpoladas ou intercaladas d) encadeadas e) coroadas RIMAS EMPARELHADAS OU PARALELAS "Ele deixava atrás tanta recordação!.......................................A E o pensar, a saudade até no próprio cão,.............................A Debaixo de seus pés, parece que gemia,................................B Levanta-se o sol, vinha rompendo o dia,.................................B E o bosque, a selva, o campo, a pradaria em flor..................C Vestiam-se de luz com um peito de amor"..............................C (A de Oliveira) RIMAS ALTERNADAS, CRUZADAS OU ENTRELAÇADAS: AB AB AB AB Quando de um lado, rimam os versos ímpares(o 1º com o 3º, etc); de
outro, os versos pares (o 2º com o 4º, etc) "Tu és beijo materno!.............................................A Tu és um riso infantil..............................................B Sol entre as nuvens de inverno,..........................A rosa entre as flores de abril...................................B RIMAS OPOSTAS OU INTERPOLADAS OU INTERCALADAS: ABBA ABBA Quando o 1º verso rima com o 4º, e o 2º com o 3º "Saudade! Olhar de minha mãe rezando ...........................A E o prato lento deslizando em fio.........................................B Saudade! Amor de minha terra... o rio .................................B Cantigas de águas claras soluçando" ................................A (Da Costa e Silva) RIMAS ENCADEADAS Quando rima a final de um verso com o interior de verso seguinte, conforme o esquema abaixo: ...............................A ...............A.............C ...............................B ...............B.............C Exemplo: "Quando alta noite n'amplidão flutua Pálida a lua com fatal palor, Não sabes, virgem, que eu te suspiro E que deliro a suspirar de amor." (Castro Alves) RIMAS COROADAS Quando rimam palavras dentro de um mesmo verso, conforme o esquema abaixo: A-A..................................................B-B C-C..................................................D E-E..................................................F-F G-G..................................................D Exemplo: "Donzela bela, que me inspira lira Um canto santo de fervente amor Ao bardo cardo de tremenda senda Estanca, arranca - lhe a terrível dor" (Castro Alves) RIMAS ALITERANTES Sucessão de fonemas consonantais idênticos ou semelhantes no início das palavras de um ou mais versos. "Vozes, veladas, veludosas, vozes Volúpias dos violões, vozes veladas Vagam nos velhos vórtices velozes Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas." (Cruz e Souza)
RIMAS MISTURADAS São as rimas que não obedecem a esquema determinado. "É meia-noite ...e rugindo Passa triste a ventania. Com um verbo da desgraça Como um grito de agonia" ALGUNS EXEMPLOS DE SONETOS Destacando a acentuação tônica PROCURANDO RIMAS E INSPIRAÇÃO (soneto octassilábico com rimas ricas e preciosas) Procurei rimas preciosas, elas são raras, são estrelas, são de um jar dim as belas rosas mas não achei, não pude vêlas. Busco também capacidade, pra poetar com muito zêlo, a inspiração um dia há-de fazer-me vate, eu hei de sê-lo. Para mim mesmo esse queixume, pois quase sempre me descambo, pra rimas pobres de raiz. Vou me cuidar pra que eu não rume, pelos caminhos como um bambo, vou colocar pingos nos "is". Michel - Blumenau - 18.12.2003 Este é o mesmo soneto, porém é decassilábico com frases heróicas. Eu procurei por rimas preciosas, porém elas são raras, são estrelas, no meio de um jar dim são belas rosas, no entanto não achei, não pude vêlas. Adoraria ter capacidade, pra poder poetar com muito zêlo, e eu sei que a inspiração um dia há-de fazer de mim poeta, eu hei de sê-lo. Faço para meu íntimo o queixume, porque sem perceber eu me descambo, e aplico as rimas pobres de raiz.
Agora vou me cuidar pra que eu não rume, pelos caminhos trôpegos de um bambo, pois tento colocar pingos nos "is". Michel - Blumenau - 01.01.2004
PORTAL DA DOR (soneto eneassilábico com acentuação na 3ª, 6ª e 9ª sílaba) Eu não sei o que tanto procuras, ja te dei a pureza de um rio, e da ter ra as raízes mais puras, com um ar carregado de cio. Encampei toda a tua amar gura, das tristezas eu fiz replantio, mas teu ego que é cego não viu. Vai e segue teu seco caminho, leva junto essas noites e dias, que reguei com paixão e carinho. Sei que por compaixão casarias, mas prefiro uma taça de vinho, a caneta e o papel, poesias. Michel - Blumenau - 15.02.2004
A VOZ DA MOCIDADE. (soneto decassílabo com frases heróicas) Entrei pelo passado já disper so, pensando em aventuras que eu vivi em quando na volúpia dos meus ver sos, com flores virginais eu me envolvia. Perdi-me dentre poços que submer sos continham umas rubras pedrarias, os pomos sensuais eram asper sos, por seivas de profundas cercanias. No epicentro dos ângulos obtusos, as pétalas das flores bailarinas, excitavam-me a car ne já sem fuso.
E nesses interstícios das resinas, eu ficava horas úmido e recluso, descobrindo os segredos das meninas. Michel - Blumenau - 06.02.2004
ONDAS DO ESTRO. (Decassilábico com frases sáficas e rimas coroadas, este tipo de soneto em função principalmente das rimas é difícil de escrever) Cada dourada frase bela é dela, escrevo e devo a inspiração sonora, e encanto e canto que sentiste e viste, nasceu no breu da madrugada afora. Contigo amigo já repar to o quar to, no embalo falo da mulher amada de peito afeito a esse amor em flor , que avança e trança minha vida à fada. Canção no vão daquelas ter nas per nas, eu canto enquanto minha mente ar dente, revira a lir a na maior viagem. Assim sem fim vou escrevendo, tendo tom de batom como maestro, e estro em luas nuas com a amada imagem. Michel - Blumenau - 12.02.2004
NUNCA É TARDE PARA APRENDER. (soneto alexandrino) Perdão, fui sem dizer , eu fugi meu amor , envolve até meu ar o olor da maldição, a sina faz sofrer na eterna solidão, por onde eu passo é só mágoas, eu trago dor. Condenado a viver cerrado em dissabor , não uso o verbo amar , serenata e emoção, nem mesmo o verse jar me traz essa ilusão, então me resta olhar de longe o teu valor . Eu preciso aprender , e fazer serenatas, para o meu tropel, deixar a minha guer ra, pedir ajuda a Deus, preciso mais que pratas.
Não resta nada mais, corri por toda a ter ra, eu pratiquei boa ação, construí colunatas, mas eu nem sei quem sou, só sei que sou quem er ra. Michel - Blumenau - 29.09.2003