TEORIA DAS ESTRUTURAS I Parte 1 Notas de Aula – CIV208
Ricardo Azoubel da Mota Silveira
Colaboração:
A ndréa Regina D ias da Silva Bruno Palhares
Departamento de Engenharia Civil Escola de Minas Universidade Federal de Ouro Preto 2008
SUMÁRIO
1. Introdução 1.1.
Engenharia Estrutural .................................................................................... 1
1.2.
Projetos de Engenharia ................................................................................ 16
1.3.
Análise Estrutural ......................................................................................... 16
1.4.
Importância: Teoria das Estruturas ............................................................... 17
2. Fundamentos 2.1.
Sistema de Referência: Cartesiano .............................................................. 18
2.2.
Momento de uma Força/Regra da Mão Direita ............................................. 18
2.3.
Equações de Equilíbrio ................................................................................ 19
2.4.
Transmissão de Forças ................................................................................ 19
2.5.
Idealização: Modelos ................................................................................... 20
2.6.
Princípio da Superposição ........................................................................... 20
2.7.
Tipos de Esforços (Forças) Atuantes ........................................................... 20
2.8.
Tipos de Apoio ............................ ............................................................... 21
2.9.
Reações de Apoio ........................... ........................................................... 21
2.10.
Esforços (Forças) Seccionais ....................................................................... 22
2.11.
Convenção Clássica de Sinais ..................................................................... 22
2.12.
Classificação das Estruturas de Barras ........................................................ 23
2.13.
Vigas ............................................................................................................ 24
2.13.1. Vigas Isostáticas .......................................................................................... 25 2.13.2. Vigas Gerber ................................................................................................ 26
3. Sistemas Estruturais 3.1.
Tipos de Apoio ............................ ............................................................... 27
3.2.
Vigas e Pórticos (Quadros) .......................................................................... 27
3.3.
Arcos ........................................................................................................... 31
3.4.
Treliças ........................................................................................................ 38
3.5.
Grelhas ........................................................................................................ 44
4. Pórticos (Quadros) Isostáticos 4.1.
Introdução .................................................................................................... 49
4.2.
Pórticos Biapoiados ..................................................................................... 52
4.3.
Pórticos Engastados-Livres .......................................................................... 52
4.4.
Pórticos Triarticulados .................................................................................. 53
4.5.
Pórticos Biapoiados com Articulação e Tirante (Escora) .............................. 53
4.6.
Pórticos Compostos ..................................................................................... 54
4.7.
Estabilidade ................................................................................................. 59
4.8.
Grau de Indeterminação .............................................................................. 61
4.9.
Barras Inclinadas ......................................................................................... 63
4.10.
Pórticos com Barras Curvas (Arcos) ............................................................ 68
4.11.
Arcos Triarticulados ..................................................................................... 68
4.12.
Pórticos Espaciais ........................................................................................ 76
Referências Bibliográficas ................................................................................. 79
1. INTRODUÇÃO
1.1. ENGENHARIA ESTRUTURAL
•
Concepção
•
Projeto
•
Construção do sistema estrutural
INTERFACE COM DIVERSAS DISCIPLINAS
a) Exemplos de projetos que envolvem Engenharia Estrutural
• Passarelas
Teoria das Estruturas I
1
INTRODUÇÃO
(Av. Nossa Senhora do Carmo, BH)
Teoria das Estruturas I
2
INTRODUÇÃO
Teoria das Estruturas I
3
INTRODUÇÃO
• Termoelétricas
Termoelétrica de Cogeração Cemig – V&M Tubes do Brasil
Teoria das Estruturas I
4
INTRODUÇÃO
• Parque de Exposições
Teoria das Estruturas I
5
INTRODUÇÃO
• Pontes
Teoria das Estruturas I
6
INTRODUÇÃO
Teoria das Estruturas I
7
INTRODUÇÃO
• Galpões
Teoria das Estruturas I
8
INTRODUÇÃO
• Edifícios Residenciais
Teoria das Estruturas I
9
INTRODUÇÃO
• Edifícios Comerciais
• Escolas
Teoria das Estruturas I
10
INTRODUÇÃO
• Barragens
• Estruturas Offshore
Teoria das Estruturas I
11
INTRODUÇÃO
• Estruturas Offshore
• Veículos
Teoria das Estruturas I
12
INTRODUÇÃO
• Outros
Catedral Metropolitana - DF Oscar Niemeyer
Millenium Dome Greenwich Tensoestrutura
Teoria das Estruturas I
13
INTRODUÇÃO
Pavilhão de Exposições em Leipzig
Teoria das Estruturas I
14
INTRODUÇÃO
Terminal Marítimo de Ponta da Madeira – CVRD
Teoria das Estruturas I
15
INTRODUÇÃO
1.2. PROJETOS DE ENGENHARIA
• Concepção Em conjunto com o cliente, arquitetos, planejadores e outros.
• Projeto preliminar Importante participação do engenheiro estrutural. Definição da construção propriamente dita (aço, concreto, madeira, bambu, alvenaria, tenso-estruturas, etc).
• Seleção Escolha da alternativa com melhor relação custo/benefício. Papel importante do eng. calculista.
• Projeto Final Análise estrutural precisa. Detalhamento completo com desenhos e especificações.
• Construção Fabricação e transporte quando necessário. Época de grandes transtornos.
1.3. ANÁLISE ESTRUTURAL
Processo pelo qual o Engenheiro Estrutural determina a resposta da estrutura a partir de determinadas ações ou cargas.
Teoria das Estruturas I
16
INTRODUÇÃO
Métodos de Análise • Clássicos: Surgiram da necessidade da época, com certo avanço tecnológico (Método de Cross).
• Matriciais: A partir da utilização e evolução dos computadores. Por exemplo, Método dos Elementos Finitos (MEF), Método das Diferenças Finitas (MDF) e Método dos Elementos de Contorno (MEC).
1.4. IMPORTÂNCIA: TEORIA DAS ESTRUTURAS I
Conceitos Fundamentais Serão obtidos através dos métodos clássicos aplicados a problemas de pequeno porte que deverão ser resolvidos manualmente.
Disciplinas Eletivas Serão apresentados os métodos matriciais com as suas respectivas formas de programação.
Teoria das Estruturas I
17
2. FUNDAMENTOS
2.1. SISTEMA DE REFERÊNCIA: CARTESIANO
2.2. MOMENTO DE UMA FORÇA / REGRA DA MÃO DIREITA
Teoria das Estruturas I
18
FUNDAMENTOS 2.3. EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO
a. No plano
∑F
=0
∑F
=0
X
Y
∑M
=0
A
b. No espaço
∑F
= 0,
X
∑M
X
∑F
Y
= 0,
∑F
Z
=0
= 0, ∑ MY = 0, ∑ MZ = 0
2.4. TRANSMISSÃO DE FORÇAS
laje viga Estrutura coluna
Fundações
Teoria das Estruturas I
19
FUNDAMENTOS 2.5. IDEALIZAÇÃO: MODELOS
p
p
Eixo geométrico
R
R
R
R Representação unifilar
Seção Transversal
p
Barra deformada
R
R Tangente ao eixo geométrico deformado
Representação adotada nesta apostila
2.6. PRINCÍPIO DA SUPERPOSIÇÃO
P
P F
F
+
=
2.7. TIPOS DE ESFORÇOS (FORÇAS) ATUANTES
permanentes ativos externos
acidentais
estáticos dinâmicos
reativos seccionais ou solicitantes internos
Teoria das Estruturas I
20
FUNDAMENTOS 2.8. TIPOS DE APOIO
RRepresentações
Denominações
Reações
Deslocamentos Livres
Articulado móvel ou apoio de rolete (no espaço bidimensional)
Vertical
Horizontal e rotação
Articulado fixo (no espaço bidimensional)
Horizontal e vertical
Rotação
Engaste ou fixo (no espaço bidimensional)
Horizontal, vertical e momento
Nenhum
Engaste no espaço tridimensional
Forças e momentos segundo três eixos ortogonais
Nenhum
Articulado esférico fixo
Forças segundo três eixos ortogonais
Rotações
Articulado esférico móvel
Vertical
Horizontais e rotações
Luva ou com guia de deslizamento
Vertical e momento
Horizontal
Patim
Horizontal e momento
Vertical
2.9. REAÇÕES DE APOIO Denominações
Reações
Articulado móvel (no plano XY)
Articulado fixo (no plano XY)
Engaste (no plano XY)
Engaste no espaço tridimensional
Articulado esférico fixo
Articulado esférico móvel
Luva
Patim
Teoria das Estruturas I
21
FUNDAMENTOS 2.10. ESFORÇOS (FORÇAS) SECCIONAIS • Esforço ou força normal N • Esforço ou força cortante V • Momento fletor M • Momento de torção T Seção transversal
a) Deformações
Esforço normal
Esforço cortante
Momento fletor
Momento de torção
2.11. CONVENÇÃO CLÁSSICA DE SINAIS
Esforço normal
Momento fletor
Esforço cortante
Momento de torção
Teoria das Estruturas I
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FUNDAMENTOS 2.12. CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS DE BARRAS
• Viga • Pórtico (plano e espacial) • Grelha • Treliça (plana e espacial) • Mista com arcos, escoras, tirantes e/ou cabos
(a) Viga biapoiada
(d) Pórtico espacial
(f) Treliça plana
Teoria das Estruturas I
(b) Viga em balanço
(c) Pórtico plano
(e) Grelha
(g) Treliça espacial
23
FUNDAMENTOS
Em arco inferior
Em arco superior (h) Mista com arcos, escoras, tirantes e/ou cabos
2.13. VIGAS p
P
(b) Em balanço
(a) Biapoiada
p
P
(c) Biengastada p
(e) Biapoiada com 1 balanço p
P
(g) Biapoiada com 2 balanços
Teoria das Estruturas I
(d) Contínua de 2 vãos P
p
P
(f) Contínua de 2 vãos e 2 balanços p
(h) Contínua de 3 vãos
24
FUNDAMENTOS 2.13.1. VIGAS ISOSTÁTICAS
p
P
(b) Em balanço
(a) Biapoiada
p
p
P
(d) Biapoiada com 2 balanços
(c) Biapoiada com 1 balanço
a) Diagramas
DMF
DMF
DMF
Teoria das Estruturas I
25
FUNDAMENTOS 2.13.2. VIGAS GERBER
Teoria das Estruturas I
26
3. SISTEMAS ESTRUTURAIS EM BARRAS 3.1. TIPOS DE APOIOS
Articulado fixo (apoio do 2o gênero)
Articulado móvel (apoio do 1o gênero)
Engaste
3.2. VIGAS E PÓRTICOS (QUADROS)
Teoria das Estruturas I
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SISTEMAS ESTRUTURAIS EM BARRAS
Teoria das Estruturas I
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SISTEMAS ESTRUTURAIS EM BARRAS
Teoria das Estruturas I
29
SISTEMAS ESTRUTURAIS EM BARRAS
Teoria das Estruturas I
30
SISTEMAS ESTRUTURAIS EM BARRAS
3.3. ARCOS
Teoria das Estruturas I
31
SISTEMAS ESTRUTURAIS EM BARRAS
Teoria das Estruturas I
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SISTEMAS ESTRUTURAIS EM BARRAS
Teoria das Estruturas I
33
SISTEMAS ESTRUTURAIS EM BARRAS
Teoria das Estruturas I
34
SISTEMAS ESTRUTURAIS EM BARRAS
Teoria das Estruturas I
35
SISTEMAS ESTRUTURAIS EM BARRAS
Teoria das Estruturas I
36
SISTEMAS ESTRUTURAIS EM BARRAS
Teoria das Estruturas I
37
SISTEMAS ESTRUTURAIS EM BARRAS
3.4. TRELIÇAS
Teoria das Estruturas I
38
SISTEMAS ESTRUTURAIS EM BARRAS
Teoria das Estruturas I
39
SISTEMAS ESTRUTURAIS EM BARRAS
Teoria das Estruturas I
40
SISTEMAS ESTRUTURAIS EM BARRAS
Teoria das Estruturas I
41
SISTEMAS ESTRUTURAIS EM BARRAS
Teoria das Estruturas I
42
SISTEMAS ESTRUTURAIS EM BARRAS
Teoria das Estruturas I
43
SISTEMAS ESTRUTURAIS EM BARRAS
3.5. GRELHAS
(a) A grid derived from a three-way pattern
(b) A grid derived from a four-way pattern
(c) Removal of dotted lines gives rise
(d) Removal of dotted lines gives rise
to the pattern of the grid above
to the pattern of the grid above
Teoria das Estruturas I
44
SISTEMAS ESTRUTURAIS EM BARRAS
Open or grid type paving units which allows grass to grow up through the regularly spaced openings
Teoria das Estruturas I
45
SISTEMAS ESTRUTURAIS EM BARRAS
Teoria das Estruturas I
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SISTEMAS ESTRUTURAIS EM BARRAS
Teoria das Estruturas I
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SISTEMAS ESTRUTURAIS EM BARRAS
Teoria das Estruturas I
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4. PÓRTICOS (QUADROS) ISOSTÁTICOS 4.1. INTRODUÇÃO
a) Definição São estruturas reticuladas formadas por várias barras situadas num único plano, com carregamento atuante no mesmo plano do sistema estrutural. Observações • Os nós entre as barras são LIGAÇÕES RÍGIDAS ou ROTULADAS. • Esforços solicitantes numa dada seção:
MOMENTO FLETOR (M),
ESFORÇO CORTANTE (V) e ESFORÇO NORMAL (N). • Pórticos simples ou compostos. • Barras retilíneas ou curvas (arcos).
b) Exemplos Pórticos com barras retilíneas p
P
P
(a) Biapoiado
p
P
(c) Atirantado, biapoiado e articulação interna
(b) Triarticulado
P p P
P P P P
(d) Em balanço
Teoria das Estruturas I
(e) De múltiplos vãos
(f) De múltiplis andares
49
PÓRTICOS (QUADROS) ISOSTÁTICOS
Pórticos com barras curvas
p
(a) Biapoiado
p
(b) Biengastado com articulação
p
p
(c) Triarticulado
(d) Atirantado
Pórticos compostos
Teoria das Estruturas I
50
PÓRTICOS (QUADROS) ISOSTÁTICOS
Pórticos espaciais
c) Diagramas de esforços solicitantes
1. Momento Fletor (DMF)
Obter os momentos fletores atuantes nos nós das barras e, em seguida, ligá-los por uma linha reta tracejada. A partir dessa linha reta, penduram-se os diagramas de vigas biapoiadas referentes aos carregamentos que atuam sobre cada uma das barras que constituem o quadro.
2. Esforços Cortantes (DEC) e Esforços Normais (DEN)
Obtenção imediata dos diagramas a partir do conhecimento das reações de apoio.
Teoria das Estruturas I
51
PÓRTICOS (QUADROS) ISOSTÁTICOS
4.2. PÓRTICOS BIAPOIADOS
Exemplo: Pede-se as reações e os diagramas (DMF, DEC e DEN).
F
C
D
E H
G
B
A
4.3. PÓRTICOS ENGASTADOS-LIVRES
Exemplo: Pede-se as reações e os diagramas (DMF, DEC e DEN).
E
D
F
B C
A
Teoria das Estruturas I
52
PÓRTICOS (QUADROS) ISOSTÁTICOS
4.4. PÓRTICOS TRIARTICULADOS
Exemplo: Pede-se as reações e os diagramas (DMF, DEC e DEN).
4.5. PÓRTICOS BIAPOIADOS COM ARTICULAÇÃO E TIRANTE (OU ESCORA)
a) Escoras e tirantes Definição: Uma barra biapoiada sem carregamento aplicado diretamente sobre ela que funciona como uma ligação do primeiro gênero, na qual surgem apenas forças na direção do seu eixo (esforço normal). Quando a barra está COMPRIMIDA, diz-se que é uma ESCORA. Quando está TRACIONADA, diz-se que é um TIRANTE.
N
N
ra co Es
N
Teoria das Estruturas I
Ti ra nt e
N
53
PÓRTICOS (QUADROS) ISOSTÁTICOS
b) Exemplo: Pede-se as reações e os diagramas (DMF, DEC e DEN)
E
C
A
F
D
B
4.6. PÓRTICOS COMPOSTOS
a) Definição: São estruturas formadas através de associações de quadros simples.
Quadro Composto
Quadros Simples
Teoria das Estruturas I
54
PÓRTICOS (QUADROS) ISOSTÁTICOS
b) Solução 1. Decompor o quadro composto original em quadros simples. 2. Verificar quais os quadros com e sem estabilidade própria. 3. Resolver primeiro os quadros simples sem estabilidade própria para o carregamento atuante sobre eles. 4. Resolver em seguida os quadros simples com estabilidade própria para o carregamento atuante sobre eles, acrescidos das forças transmitidas pelas rótulas.
Exemplos:
Quadro Composto
Quadros Simples
Teoria das Estruturas I
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PÓRTICOS (QUADROS) ISOSTÁTICOS
Quadro Composto
Quadros Simples
Quadro Composto
Quadros Simples
Teoria das Estruturas I
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PÓRTICOS (QUADROS) ISOSTÁTICOS
Quadro Composto
Quadros Simples
Quadro Composto
Quadros Simples
Teoria das Estruturas I
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PÓRTICOS (QUADROS) ISOSTÁTICOS
Quadro Composto
Quadros Simples
c) Exemplo: Pede-se as reações e os diagramas (DMF, DEC e DEN).
Quadro Composto
Teoria das Estruturas I
58
PÓRTICOS (QUADROS) ISOSTÁTICOS
4.7. ESTABILIDADE
Restrição Inadequada Restrição Parcial
Restrição Inadequada
a) Conceito Básico
Está relacionado com as restrições impostas à estrutura (vigas, quadros, pórticos, etc), ou se a estrutura é geometricamente instável ou estável.
Restrições Parciais
r < 3n
Restrições Inadequadas
r ≥ 3n
r = número de incógnitas (reações e forças) n = número de partes do sistema estrutural Situações As reações são concorrentes (as linhas de ação das reações se interceptam um ponto em comum) ou são paralelas.
Teoria das Estruturas I
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PÓRTICOS (QUADROS) ISOSTÁTICOS
1. Restrições Parciais: r < 3n
2. Restrições Inadequadas: r ≥ 3n
Teoria das Estruturas I
60
PÓRTICOS (QUADROS) ISOSTÁTICOS
f) Aplicação Classifique cada uma das estruturas a seguir como estável ou instável.
As
estruturas são submetidas a carregamentos externos conhecidos e que podem atuar em qualquer lugar.
(d)
(a)
(b)
(c)
(e)
4.8. GRAU DE INDETERMINAÇÃO
a) Conceito Básico
1. Estrutura Estaticamente Determinada r = 3n
Todas as forças (reações e esforços internos) podem ser avaliadas através das equações de equilíbrio da mecânica clássica. 2. Estrutura Estaticamente Indeterminada r > 3n
As estruturas (vigas, quadros, pórticos, etc) têm mais forças incógnitas do que equações de equilíbrio da mecânica clássica. r = número de incógnitas (reações e forças) n = número de partes do sistema estrutural
Teoria das Estruturas I
61
PÓRTICOS (QUADROS) ISOSTÁTICOS
b) Aplicação
Classifique cada uma das vigas a seguir como estaticamente determinada ou estaticamente indeterminada. Se estaticamente indeterminada avalie o grau de indeterminação. As vigas são submetidas a carregamentos externos conhecidos e que podem atuar em qualquer lugar.
(a)
(b)
(c)
(d)
(e)
(f)
(h)
Teoria das Estruturas I
(g)
(i)
62
PÓRTICOS (QUADROS) ISOSTÁTICOS
(j)
(k)
(l)
4.9. BARRAS INCLINADAS
a) CASO A: Força distribuída em uma barra inclinada
cos α =
senα =
Definição de p1 e p2: p1 = p x y Definição de p3 e p4:
y
1 1 e p2 = p y x
p3 = p1 senα + p2 cos α p4 = − p1 cos α + p2 senα
Teoria das Estruturas I
x
2y
2x p3 = p x 2 + p y 2 p4 = − px x 2 y + py x 2 y
63
PÓRTICOS (QUADROS) ISOSTÁTICOS b) CASO B: Força distribuída transversal em uma barra inclinada
cos α =
senα =
Definição de p1 e p2: p1 = p3 senα = p 3 y p y = p2 x
Definição de p3 e p4: p x = p1
y
e p 2 = p3 cos α = p3
p x = p1
y = p3 = p3 y y
p y = p2
= p3 x = p3 x x
x
y
x
c) Exemplo 1: Pórtico plano biapoiado com uma barra inclinada.
(i) Reações
∑ MB = 0 ∴ RA ⋅ 8 − 30(1,5 + 5) − 20 ⋅ 5 ⋅ 2,5 = 0 ∴ ∴ R A = 55,625 kN
∑ FY = 0 ∴ R A + RB − 30 − 20 ⋅ 5 = 0 ∴ ∴ RB = 74,375 kN
Teoria das Estruturas I
cos α = 3 / 5 = 0,6
senα = 4 / 5 = 0,8
64
PÓRTICOS (QUADROS) ISOSTÁTICOS
(ii) Esforços solicitantes
• Momento Fletor DMF DMF (kNm)
Viga auxiliar DMF
• Esforço Cortantes e Normais
Seção A: VA = R A cos α = 55,625 ⋅ 0,6 = 33,375 kN
NA = −R A senα = −55,625 ⋅ 0,8 = −44,5 kN
Seção Cd:
cos α = 3 / 5 = 0,6 senα = 4 / 5 = 0,8
VC' = VA − 30cos α = 33,375 − 30 ⋅ 0,6 = 15,375 kN
NC' = NA + 30senα = −44,5 − 30 ⋅ 0,8 = −20,5 kN
Seção Dd:
DEC (kN)
VD = R A − 30 = 55,625 − 30 = 25,625 kN
ND = 0
Seção B: VB = VD − 20 ⋅ 5 = 25,625 − 100 = −74,375 kN = −RB
DEN (kN)
NB = 0
Teoria das Estruturas I
65
PÓRTICOS (QUADROS) ISOSTÁTICOS
d) Exemplo 2: Barra biapoiada inclinada sob força vertical uniformemente distribuída na horizontal.
DMF
DEC
DEN
Viga auxiliar
e) Exemplo 3: Barra biapoiada inclinada sob força horizontal uniformemente distribuída na vertical.
DMF
Teoria das Estruturas I
DEC
DEN
66
PÓRTICOS (QUADROS) ISOSTÁTICOS
f) Exemplo 4: Barra biapoiada inclinada sob força horizontal uniformemente distribuída ao longo do comprimento da barra.
DMF
DEC
DEN
g) Exemplo 5: Barra biapoiada inclinada sob força vertical uniformemente distribuída ao longo do comprimento da barra
DMF
Teoria das Estruturas I
DEC
DEN
67
PÓRTICOS (QUADROS) ISOSTÁTICOS
4.10. PÓRTICOS COM BARRAS CURVAS (ARCOS)
Exemplo: Pede-se as reações e os diagramas de esforços (DMF, DEC e DEN).
P
s R
A
θ B
4.11. ARCOS TRIARTICULADOS
Teoria das Estruturas I
68
PÓRTICOS (QUADROS) ISOSTÁTICOS
a) Estudo
1. Arcos triarticulados com carregamentos atuantes em todas as direções: princípios gerais da Estática já utilizados.
2. Arcos triarticulados com carregamentos verticais: Viga biapoiada de substituição.
b) Viga biapoiada de substituição
Notação Arco: X,Y, A, B, VA, VB, MS, NS, VS Viga: x, y, a, b, Va, Vb, Ms, Ns, Vs
Teoria das Estruturas I
69
PÓRTICOS (QUADROS) ISOSTÁTICOS
c) Equações de equilíbrio
Arco
∑ FX = 0
⇒ H'A cos α − HB' cos α = 0 ∴ H'A = HB' = H'
(1)
∑ FY = 0
⇒ VA + VB − ∑ Pi = 0 i
(2)
∑ MB = 0
⇒ VA ( l1 + l2 ) − ∑ Pi ( l1 + l2 − xi ) = 0 ∴ i
∑ Pi (l1 + l2 − xi ) VA = i (l1 + l2 )
(3)
Substituindo (3) em (1):
∑ Pi (l1 + l2 − xi ) VB = ∑ Pi − VA ∴ VB = ∑ Pi − i (l1 + l2 ) i i
∑ MG
e
(4)
= 0 ⇒ VA l1 − H cos α f − ∑ Pi ( l1 − xi ) = 0 ∴ H = '
'
VAl1 − ∑ Pi ( l1 − xi )
i
i
f cos α
(5)
Viga de substituição
∑ Fy = 0
∑ Mb = 0
⇒ Va + Vb − ∑ Pi = 0 i
(6)
⇒ Va ( l1 + l2 ) − ∑ Pi ( l1 + l2 − xi ) = 0 ∴ i
∑ Pi (l1 + l2 − xi ) Va = i (l1 + l2 )
(7)
Substituindo (7) em (6):
∑ Pi (l1 + l2 − xi ) Vb = ∑ Pi − Va ∴ Vb = ∑ Pi − i (l1 + l2 ) i i
(8)
Momento fletor no ponto g:
Mg = Va l1 − ∑ Pi ( l1 − xi )
(9)
i
Teoria das Estruturas I
70
PÓRTICOS (QUADROS) ISOSTÁTICOS
Comparações: Arco x Viga de Substituição
Equações (3) e (7): VA = Va
(10)
Equações (4) e (8): VB = Vb
(11)
Equações (5) e (9): H' =
Mg f cosα
(12)
Conclusão
As reações do arco triarticulado podem ser obtidas analisando-se apenas a viga de substituição. d) Esforços solicitantes numa seção genérica S
Arco
MS = VA x −
∑ Pi ( x − xi ) − H' cos α y
(13)
i
VS = VA cos ϕ −
∑ Pi cos ϕ − H' cos α senϕ + H'senα cos ϕ
NS = − VA senϕ +
(14)
i
∑ Pi sen ϕ − H' cos α cos ϕ − H'senα senϕ
(15)
Simplificando as expressões (14) e (15), tem-se:
MS = VA x −
∑ Pi ( x − xi ) − H' cos α y
VS = VA − ∑ Pi cos ϕ − H' sen ( ϕ − α ) i NS = − VA − ∑ Pi senϕ − H' cos ( ϕ − α ) i
Teoria das Estruturas I
(16)
i
(17) (18)
71
PÓRTICOS (QUADROS) ISOSTÁTICOS Análise dos esforços VA e H’:
Seção S ϕ
VA
N = - VA sen ϕ
Nϕ ϕ
V
V = VA cos ϕ
VA
H’ H’ cos α:
H’ sen α:
Seção S
Seção S N = - H' cos α cos ϕ
ϕ
N
ϕ
V
ϕ
Nϕ
V = - H' cos α sen ϕ
ϕ
V
H' cos α
H' sen α
N = - H' sen α sen ϕ V = H' sen α cos ϕ
Viga
Ms = Va x − Vs = Va −
∑ Pi ( x − xi )
(19)
i
∑ Pi
(20)
i
Ns = 0
(21)
Comparações: Arco x Viga de Substituição
MS = Ms − H'cosα y
(22)
VS = Vscosϕ − H' sen ( ϕ − α )
(23)
NS = − Vs senϕ − H' cos ( ϕ − α )
(24)
Observação: essas expressões permanecem válidas se ocorrerem também cargas verticais distribuídas.
Teoria das Estruturas I
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PÓRTICOS (QUADROS) ISOSTÁTICOS
e) Linha de Pressões: determinação e definição Problema: Qual a forma de um triarticulado AGB tal que, para um dado carregamento, todas as seções tenham MF nulo (MS = 0). Isto é, adotando-se a notação empregada, obter a ordenada y para cada seção S tal que MS = 0. São dados l1, l2, f e α.
Solução: Na expressão (22), fazendo-se MS = 0, chega-se a: MS = Ms − H' cos α y = 0
y=
Ms H cosα cos α '
(25)
Demonstração que VS = 0 Derivando-se (25):
dMs V dy dx = ' = ' s dx H cos α H cos α
(26)
E levando-se em conta que:
y = Y − y* ∴
dy dY dy * dy = − ∴ = tgϕ − tgα ∴ dx dx dx dx
V dy = tgϕ − tgα = ' s ∴ Vs = ( tgϕ − tgα ) H' cos α dx H cos α
(27)
Chega-se, após a substiuição de (27) em (23), a:
VS = ( tgϕ − tgα ) H' cos α cos ϕ − H' sen ( ϕ − α ) ∴ VS = H' sen ( ϕ − α ) − H' sen ( ϕ − α ) = 0
Teoria das Estruturas I
(28)
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PÓRTICOS (QUADROS) ISOSTÁTICOS
Avaliação de NS
NS =
2
2
( Vs + H'senα ) + (H'cosα )
(29)
Inclinação da tangente ao eixo do arco triarticulado na seção S (ver figura ou Eq. 27):
tgϕ =
Vs + H' senα H'cosα
(30)
Conclusão: quando um arco triarticulado AGB, para um dado carregamento, está submetido apenas a esforços normais, dizemos que sua forma é a da linha de pressões desse carregamento.
Observações Finais:
1. No caso da reta AB ser horizontal: H' =
Mg
f Ms y= ' H
(31) (32)
Vs H'
(33)
NS = Vs2 + H'2
(34)
tgϕ tg ϕ=
2. Arcos triarticulados com concavidade voltada para baixo e carregamento de cima para baixo: ESFORÇOS NORMAIS sempre de COMPRESSÃO. 3. Arcos triarticulados com concavidade voltada para cima e carregamento de cima para baixo: ESFORÇOS NORMAIS sempre de TRAÇÃO (caso dos CABOS).
Teoria das Estruturas I
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PÓRTICOS (QUADROS) ISOSTÁTICOS
4. Linha de pressões: forma ideal para um arco tria rticulado (forma mais econômica de trabalho estrutural). 5. Linha de pressões para carregamento uniforme: PA RÁBOLA do 2º GRAU. 6. Construtores da antiguidade: notável intuição es tática (venceram grandes vãos com arcos e abóbadas de alvenaria de pedra). 7. Arcos triarticulados: encontrados em várias construções. Arcos biengastados (hiperestáticos): mais utilizados na prática.
f) Aplicação
Deseja-se construir uma estrutura cujo eixo coincida com a linha de pressões do carregamento indicado na figura a seguir. Pede-se: a. A linha de pressões. b. Os esforços normais máximo e mínimo atuantes. c. A inclinação da tangente ao eixo da estrutura na seção de abscissa x = 2,5 m.
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PÓRTICOS (QUADROS) ISOSTÁTICOS
Solução Viga de substituição…??
Arco triarticulado
Viga de substituição
4.12. PÓRTICOS ESPACIAIS
a) Aplicação
Calcule as reações e os esforços internos do pórtico espacial mostrado abaixo:
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PÓRTICOS (QUADROS) ISOSTÁTICOS Solução 1: Reações
Forças
Momentos
∑ Fx = 0 ∑ Fy = 0 ∑ Fz = 0
∑ Mx = 0 ∑ My = 0 ∑ Mz = 0
Solução 2: Esforços Internos
Elemento 3, Nó 3 ao Nó 4
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Elemento 2, Nó 2 ao Nó 3
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PÓRTICOS (QUADROS) ISOSTÁTICOS Elemento 1, Nó 1 ao Nó 2
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Süssekind, J.C., Curso de Análise Estrutural, Vol. 1, 12ª edição, Editora Globo, Porto Alegre, 1994. Soriano, H.L. Estática das Estruturas, 1ª Edição, Editora Ciência Moderna, 2007. Hibbeler, R.C., Structural Analysis, 7ª edição, Prentice Hall, 2008. Gonçalves, P.B, Conceitos Básicos de Análise Estrutural, Notas de aula, Departamento de Engenharia Civil, PUC-Rio, Rio de Janeiro, 2003.
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