ANTUNES, Ricardo; PINTO, Geraldo Augusto. A fábrica da educação : da especializaço ta!lorista " #le$i%ilizaço to!otista. So Paulo: &ortez, '()*. )'( p.
Introdução +ue +ue so os autor autoreses- Ricardo Antunes pro#essor de sociologia /a U/icap,
“Mundoo do trabal trabalho” ho” /a edito “Trabalho lho e coor coorde de/a /ado dorr da cole coleç çoo “Mund itora 0oite oite po e “Traba emancipação” /a editora E$presso Popular. É conhecido nacional e internacionalmente como intelectual . Suas Suas pri/ci pri/cipa pais is o%ras o%ras so: so: Os sentidos do trabalho 1)2223 1)2223,, Riqueza e miséria do trabalho no Brasil I 1'((43 , , II trabalho?
1'()53 e III 1'() 1'()63 63 7orga/izador8 7orga/izador8,, Adeus ao
Geraldo Augusto Augusto into pro#es 1'() 1'()93 93,, e/tre e/tre outr outras as.. Geraldo pro#essor sor de sociol sociologi ogiaa /a
U/ier U/iersid sidade ade Tec/ol ec/olgi gica ca
1'())3, e/tre outras. Este liro o 9>? olue da colet@/ea +uestBes da /ossa pocaC da editora &ortez. Os autores a#ira 1p. *3 Due a o%ra surgiu da segui/te pergu/ta: Dual era a escola do sculo , o cFaado sculo do autoelC- Al disso, os autores ta% se Duestio/a: Due tipo de tra%alFo se dese/oleu /o sculo - Por Due o proeto de escola Due surgiu /o u/do produtio do sculo #oi odi#icada- E, por #i, ser= Due, ai/da Foe, a escola te u papel relea/te /o processo de ea/cipaço da Fua/idadeFua/idadePRIHEIRA PARTE A AUJA
$ rodução rodução e trabalho alienado & ' : Por Due a produço iporta/te- &oo se caracteriza o u/do do tra%alFo Due adK da produço Fua/aA produço s pode ser e/te/dida coo resultado da relaço e/tre o%etiidade e su%etiidade. Larl Har$ escapou ta/to de u o%etiiso eca/icista e deteri/ista, Dua/to de u su%etiiso isolado Due desco/sidera as causalidades das açBes Fua/as. Na o%ra de Har$ a Duesto Duesto da totalidade totalidade Ferdada da #iloso#ia de Megel ocupa u lugar lugar ce/tral. Al disso, a totalidade te =rios oe/tos 1eco/ico, poltico, si%lico, etc3 )
Due represe/ta represe/ta processos processos ta/to determinantes Dua/t Dua/too determinados. & $#( Por isso /o podeos pe/sar pe/sar Due Har$ sea deteri/ista. uito #=cil e siplista siplista selecio/ar selecio/ar algu/s trecFos trecFos isolados isolados da asta o%ra de Har$ e tacF=Qlo coo deteri/ista ou a#irar Due seu pe/sae/to te/Fa algua #i/alidade Fistrica 7por e$eplo pe/ar Due a reoluço cou/ista seria o #i da Fistria8 . Nesse se/tido, Dua/do Dua/do Har$ pe/sa e produço ele est= se re#eri/do re#eri/do aos modos como o ser humano historicamente produz sua vida e
/o est= se liita/do ao @%ito estritae/te
hist st)r )ric icas as tamb*m tamb*m são determinadas 7a# eco/ico.. As determinaç'es hi eco/ico 7a#i/a i/all de co/ co/tas tas,, pe/saos e se/tios de acordo co /ossa poca, por podeos iguale/te tra/s#or=Qla8 . +ua/do Har$ #ala e deteri/açBes e ltia i/st@/ciaC ele ape/as Duer dizer Due as DuestBes polticas, ideolgicas e aloratias /o esto paira/do /o ar, as pro de relaçBes co/cretas esta%elecidas esta%elecidas pelas relaçBes e/tre sueitos sociais. esde sua prieira o%ra, Crítica da filosofia do direito de Hegel 1)>65 663, Har$ = deo/straa Due a sociedade ciil, isto , a sociedade %urguesa #oi deteri/ada, e ltia i/st@/cia, pela economia política. & $$: Isto sig/i#ica Due a sociedade ciil surgiu do u/do aterial, /o Dual as relaçBes eco/icas e polticas se dese/ole reciprocae/te, ou sea, so deteri/a/tes e deteri/adas e /o dee ser e/te/didas coo @%itos isolados u/s aos outros 7coo Megel as co/ce%eu co/ce%eu88 . Porta/to o odo de produço e Har$ s pode ser e/te/dido por eio da categoria da totalidade, i/terpretada coo ua relaço dialtica e/tre o%etiidade e su%etiidade Due adDuire #oras di#ere/tes e cada oe/to da Fistria.
ortanto+ “o ser determina a consci,ncia”+ mas tamb*m a consci,ncia determina o ser ser++ pois, pois, segu/d segu/doo a tercei terceira ra tese tese de Har$ Har$ co/tr co/traa
/0G/12 apud ANTUNES; PINTO, '()*, p& $$3. & $": Outro co/ceito iporta/tssio e Har$ o processo de alie/aço do tra%alFo Due aco/tece aco/tece de/tro de/tro da sociedad sociedadee capitalist capitalista. a. /studaremos a alienação como pro3eniente
de dois fen4menos( o estranhamento e a e5teriori6açã e5teriori6açãoo . e5teriori6açãoo No aos /os apro#u/dar /esta Duesto, por podeos dizer Due a e5teriori6açã * um processo necessário 7ue ocorre durante toda produção humana 7a#i/al de co/tas, precisaos e$teriorizar /ossas ideias de coo odi#icar a /atureza ao /osso redor /os '
Due represe/ta represe/ta processos processos ta/to determinantes Dua/t Dua/too determinados. & $#( Por isso /o podeos pe/sar pe/sar Due Har$ sea deteri/ista. uito #=cil e siplista siplista selecio/ar selecio/ar algu/s trecFos trecFos isolados isolados da asta o%ra de Har$ e tacF=Qlo coo deteri/ista ou a#irar Due seu pe/sae/to te/Fa algua #i/alidade Fistrica 7por e$eplo pe/ar Due a reoluço cou/ista seria o #i da Fistria8 . Nesse se/tido, Dua/do Dua/do Har$ pe/sa e produço ele est= se re#eri/do re#eri/do aos modos como o ser humano historicamente produz sua vida e
/o est= se liita/do ao @%ito estritae/te
hist st)r )ric icas as tamb*m tamb*m são determinadas 7a# eco/ico.. As determinaç'es hi eco/ico 7a#i/a i/all de co/ co/tas tas,, pe/saos e se/tios de acordo co /ossa poca, por podeos iguale/te tra/s#or=Qla8 . +ua/do Har$ #ala e deteri/açBes e ltia i/st@/ciaC ele ape/as Duer dizer Due as DuestBes polticas, ideolgicas e aloratias /o esto paira/do /o ar, as pro de relaçBes co/cretas esta%elecidas esta%elecidas pelas relaçBes e/tre sueitos sociais. esde sua prieira o%ra, Crítica da filosofia do direito de Hegel 1)>65 663, Har$ = deo/straa Due a sociedade ciil, isto , a sociedade %urguesa #oi deteri/ada, e ltia i/st@/cia, pela economia política. & $$: Isto sig/i#ica Due a sociedade ciil surgiu do u/do aterial, /o Dual as relaçBes eco/icas e polticas se dese/ole reciprocae/te, ou sea, so deteri/a/tes e deteri/adas e /o dee ser e/te/didas coo @%itos isolados u/s aos outros 7coo Megel as co/ce%eu co/ce%eu88 . Porta/to o odo de produço e Har$ s pode ser e/te/dido por eio da categoria da totalidade, i/terpretada coo ua relaço dialtica e/tre o%etiidade e su%etiidade Due adDuire #oras di#ere/tes e cada oe/to da Fistria.
ortanto+ “o ser determina a consci,ncia”+ mas tamb*m a consci,ncia determina o ser ser++ pois, pois, segu/d segu/doo a tercei terceira ra tese tese de Har$ Har$ co/tr co/traa
/0G/12 apud ANTUNES; PINTO, '()*, p& $$3. & $": Outro co/ceito iporta/tssio e Har$ o processo de alie/aço do tra%alFo Due aco/tece aco/tece de/tro de/tro da sociedad sociedadee capitalist capitalista. a. /studaremos a alienação como pro3eniente
de dois fen4menos( o estranhamento e a e5teriori6açã e5teriori6açãoo . e5teriori6açãoo No aos /os apro#u/dar /esta Duesto, por podeos dizer Due a e5teriori6açã * um processo necessário 7ue ocorre durante toda produção humana 7a#i/al de co/tas, precisaos e$teriorizar /ossas ideias de coo odi#icar a /atureza ao /osso redor /os '
odi#ica/do dura/te o processo8, processo8 , = o estranhamento * usado por Mar5 para mostrar o
caráter negati3o 7ue o processo de e5teriori6ação ad7uire durante o capitalismo+ isto , Dua/do o tra%alFo a%strato ge/eralizado dura/te o processo de produço de ercadorias aco/tece a apro$iaço e/tre estra/Fae/to e e$teriorizaço . Para ais i/#oraçBes ler o pos#=cio de História e consciência de classe, e o Duarto captulo de Para uma ontologia do ser social de de
Juc=s, %e coo as i/terpretaçBes do #e/e/o da alie/aço co/tido /os
te$tos de esus Ra/ieri e Ist=/ I st=/ Hsz=ros. Hsz=ros .
& $8: A alie/aço alie/aço do tra%alFo tra%alFo aco/tece aco/tece a partir partir de Duatro oe/tos oe/tos disti/tos: disti/tos: $9% Dua/do o produto do tra%alFo do ser Fua/o /o parece perte/cer a ele 7alie/aço pera/te os outros seres Fua/os8; Fua/os8 ; "9% Dua/do o ser Fua/o /o se reco/Fece /o produto /e /o processo produtio do Dual #az parte 7alie/aço pera/te si eso8; eso8 ; 89% Dua/do /o se reco/Fec reco/Fecee coo i/diidualid i/diidualidade ade de/tro do todo processo processo produtio produtio a%ra/ge/ a%ra/ge/te te 7alie/aço pera/te a /atureza8 e :9% Dua/do /o se reco/Fece e/Dua/to u e%ro do gK/ero Fua/o 7alie/aço pera/te o gK/ero8. gK/ero8 . M= ua citaço de Har$ /os a/uscritos eco/icos #ilos#icos Due pode ser, /esse se/tido, esclarecedora: esclarecedora: O a/ial iediatae/te u co a sua atiidade ital. No se disti/gue dela. ela. O Foe #az da sua atiidade ital esa u o%eto da sua o/tade e da sua co/sciK/cia. Ele te atiidade ital Bestimmtheit 3 co a Dual co/scie/te. Esta /o ua deteri/idade 1 Bestimmtheit ele coi/cide iediatae/te. A atiidade ital co/scie/te disti/gue o Foe iediatae/te da atiidade ital a/ial. ustae/te, 7e8 s por isso, ele u ser ge/rico. Ou ele soe/te u ser co/scie/te, isto , a sua prpria ida lFe o%eto, precisae/te porDue u ser ge/rico. Eis porDue a sua atiidade atiidade lire. O tra%alFo estra/Fado i/erte a relaço a tal po/to Due o Foe, precisae/te porDue u ser co/scie/te, #az da sua atiidade ital, da sua essência, ape/as eio para sua e$istK/cia 1 MAR- apud ANTUNES; PINTO, '()*, p& $8 ; :3.
7E/to, 7E/t o, todo o pote/ pote/cial cial deteri/a/te deteri/a/te e dete deteri/a ri/ado do da pr=$is Fua Fua/a /a reduz reduzido ido a ua ati atiid idade ade ali alie/a e/ada da Due ele rea realiz lizaa pa para ra a/ a/ter ter sua co/ co/diç diço o e/D e/Dua/ ua/to to tra tra%a %alFa lFador dor alie/ado8.
& $:: As discussBes acerca da alie/aço, i/iciadas e )>66, se apro#u/daro e )>4*, capital l , Dua/do Har$ re#lete so%re o pro%lea do #eticFiso da ercadoria e da /VO capita
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rei#icaço /o u/do do tra%alFo. ura/te esta poca Due estee e Paris, Har$ se preparaa para saltar da re#le$o #ilos#ica Fegelia/a para a crtica aterialista da Fistria, possi%ilitada pelos estudos Due ele realizou so%re a eco/oia poltica i/glesa. ura/te a aturidade, Har$ dese/oler= suas teorias so%re o ais alor, a reoluço, o proletariado, %e coo #orar= ua parceria i/telectual duradoura co
& $<: A co/tri%uiço de E/gels para o crescie/to i/telectual e Fua/o de Har$ #ora su%sta/ciais. E prieiro lugar, porDue #oi E/gels Due ostrou " Har$ a iport@/cia do estudo crtico so%re a eco/oia poltica, Dua/do, e )>65, escreeu Esboo de uma crítica da economia política
e e/iou " reista de Har$ e Ar/ald Ruge. E segu/do lugar,
Har$ #oi uito i/spirado ta% pela o%ra de E/gels ! situa"o da classe trabalhadora na #nglaterra, escrito e )>69.
I/spirados e Har$ e E/gels, os autores procura e/te/der coo os processos de alie/aço do tra%alFo descritos por estes autores /o sculo I se tra/s#orara e se ressig/i#icara /o sculo , pois, pode ter udado de #ora, por sua essK/cia se a/tee.
" = sistema ta>lorista de gestão do trabalho & $?: O tra%alFo assalariado, estudado por Har$ e E/gels, arcou os sculos WIII e I. = /o sculo , o sculo do autoelC, surgiu de/tro do cFo de #=%rica das etalrgicas u #ora de e$ploraço da #orça de tra%alFo Due isa se reer%erar para todos os capos da ida social dos tra%alFadores. aDuilo Due 94 )2*93 cFaou de administração cient("ica do trabalho . E suas prprias palaras: 7Z8 o oper=rio, ai/da ais copete/te, i/capaz de copree/der esta ciK/cia, se a orie/taço e au$lio de cola%oradores e cFe#es, Duer por #alta de i/struço, Duer por capacidade e/tal i/su#icie/teC 1TA@1=R apud ANTUNES; PINTO, '()*, p& $?3.
& $: Ta!lor copartilFaa o olFar dos propriet=rios dos eios de produço 7ele eso era u capitalista8. Para ele era /ecess=rio diidir separar /o tra%alFador seu tra%alFo a/ual do i/telectual.
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Esta proposta, i/clusie, /o era origi/al 7o capital = lea a ca%o esta diiso e seu oie/to e$pa/sio e autorreprodutio8 a /oidade de Ta!lor tor/ar esta segregaço do tra%alFo Fua/o e ua tare#a cie/t#ica, porta/to, supostamente neutra e orie/tada a partir do pri/cpio da cooperação . E suas palaras: A #i de Due o tra%alFo possa ser #eito de acordo co leis cie/t#icas 7Z8 ADueles, /a adi/istraço, cuo deer i/cree/tar essa ciK/cia, dee ta% orie/tar e au$iliar o oper=rio so% sua cFe#ia 7Z8 E lugar de igil@/cia desco/#iada e da guerra 7Z8 F= cooperaço cordial e/tre direço e epregados 1TA[JOR apud ANTUNES; PINTO, '()*, p& $3.
& $': Ta!lor acreditaa Due podia solucio/ar o pro%lea da co/tradiço e/tre capital e tra%alFo, desti/a/do o tra%alFo a/ual aos oper=rios e o tra%alFo i/telectual " gerK/cia i/dustrial, ao eso tepo Due elii/aa o suposto desperdcio proposital de tepo por parte dos tra%alFadores. Ta!lor acreditou ter desco%erto u coportae/to tpico da classe tra%alFadora, a sa%er: dii/ua propositale/te seu re/die/to /o seriço para co%ater os lucros dos patrBes. esse odo, ca%eria a adi/istraço cie/t#ica solucio/ar este pro%lea. Para Ta!lor e$istia soe/te dois tipos de tra%alFadores: os su%issos e os i/do=eis, assi, o papel da gerK/cia era estiular o coportae/to dos prieiros e detrie/to dos segu/dos. Ta!lor e%ora criticasse o desperdcio de tepo de seriço por parte dos tra%alFadores, reco/Fecia Due eles era os erdadeiros criadores dos todos de tra%alFo.
& "#: E suas palaras: 7Z8 os adi/istradores eri#ica o #ato segui/te: 9(( a )((( tra%alFadores, so% suas orde/s, epregados e '( a 5( #u/çBes di#ere/tes, possue esses co/Fecie/tos tradicio/ais, dos Duais gra/de parte escapa " adi/istraçoC 1 TA@1=R apud ANTUNES; PINTO, '()*, p& "#3. Assi se dese/ole as crticas de Ta!lor aos tra%alFadores Due #aze ceraC: O adi/istrador ais e$perie/tado dei$a, assi, ao ar%trio do oper=rio, o pro%lea da escolFa do todo elFor e ais eco/ico para realizar o tra%alFo. 7Z8 Por outro lado, 7Z8 e )2 de/tre '( epresas i/dustriais, o tra%alFador acredita Due positiae/te co/tra seus i/teresses epregar sua elFor i/iciatia e, e lugar de es#orçarQse para #azer a aior Dua/tidade possel de tra%alFo da elFor Dualidade, ele deli%eradae/te tra%alFa to deagar Dua/to podeZ 1TA@1=R apud ANTUNES; PINTO, '()*, p& "#3.
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& "$: Ta!lor descarta, e/to, Due a i/iciatia do tra%alFador, por si s, possa gerar produtiidade i/dustrial. E ez disso, de#e/de Due a i/iciatia dee ser iposta ao tra%alFador pela gerK/cia a #i de Due sea e$trado do tra%alFo a aior ta$a de ais alor possel. essa #ora, Ta!lor dei$a claro Due a essK/cia de sua etodologia a separaço do tra%alFo a/ual do tra%alFo i/telectual: O tra%alFo de cada oper=rio copletae/te pla/eado pela direço 7Z8 e cada Foe rece%e 7Z8 i/struçBes escritas copletas Due i/ude/cia a tare#a de Due e/carregado e ta% os eios para realiz=Qla 7Z8 al do tepo e$ato co/ce%ido para a e$ecuçoC 1 TA@1=R apud ANTUNES; PINTO, '()*, p& "$3. E/to o do/io do sa%erQ#azer dos tra%alFadores se ostra o o%etio ce/tral do capital. Har$, /V O capital = ostrou a iport@/cia do alor de uso do tra%alFo, ou sea, da iport@/cia do sa%erQ#azer dos tra%alFadores para os capitalistas: & "": A reproduço da classe tra%alFadora e$ige, ao eso tepo, a tra/sisso e a acuulaço da destreza de ua geraço a outra. 7Z8 o capitalistaZ K /ela, de #ato, a e$istK/cia real de seu capital ari=el 7Z8 A aDui/aria orta 7Z8 deteriora e desaloriza a cada diaZ e irtude do co/t/uo progresso tc/icoZ A aDui/aria ia, ao co/tr=rio, aper#eiçoaQse /a esa proporço de sua duraço, " edida Due acuula e si a Fa%ilidade de sucessias geraçBes 1MAR- apud ANTUNES; PINTO, '()*, p& ""3.
O curioso Due Ta!lor a#ira Due o do/io do sa%erQ#azer dos tra%alFadores por parte do capital algo i/teressa/te ao prprio proletariado.
& "8: O estuda/te dio iria uito deagar, se e ez de lFe ser dada ua tare#a, dei$asseQ/o #azer o Due pudesse ou Duisesse. 7Z8 o oper=rio dio tra%alFa co aior satis#aço 7Z8 Dua/do lFe dada, todos os dias, tare#a de#i/ida para ser realizada, e tepo deteri/adoC 1TA@1=R apud ANTUNES; PINTO, '()*, p. '53. Os argue/tos de Ta!lor sos oscila/tes, por e$eplo, ora ele ataca a #alta de i/teresse do tra%alFador e ser produtio /a epresa, ora a#ira Due isso aco/tece por causa das co/diçBes as Duais est= su%etido. Ora a#ira Due a desigualdade e/tre pla/eadores e e$ecutores a#eta o aper#eiçoae/to dos tra%alFadores, ora a#ira Due esta desigualdade represe/ta u eio de %arga/Fa dos tra%alFadores #re/te o capital.
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& ":: A primeira caracterBstica da adi/istraço cie/t#ica de Ta!lor a e5propriação do conhecimento da classe trabalhadora sobre seu trabalho+ cua co/seDuK/cia iediata a #ragilizaço da capacidade de %arga/Fa e/tre tra%alFadores e capital.
A segunda caracterBstica da adi/istraço cie/t#ica do tra%alFo a seleção dos trabalhadores 7ue melhor se ad*7uam Cs necessidades reproduti3as do capital . & "<: A terceira caracterBstica da adi/istraço cie/t#ica do tra%alFo o sistema de treinamento dos trabalhadores , Due #u/cio/a da segui/te a/eira: 7Z8 esse sistea 7Z8 procura co/Fecer a perso/alidade do tra%alFador, e ez de despediQlo logo, %rutale/te, ou %ai$arQlFe o sal=rio 7Z8 co/ce%e a ele tepo e au$lio /ecess=rio para se tor/ar e#icie/te /o tra%alFo atual ou se tra/s#erir para outro 7Z8 Tal orga/izaço co/siste, /o caso, e e/carregar: ). u grupo de Foe/s de dese/oler a ciK/cia do tra%alFo 7Z8 '. outro grupo ais F=%il de au$iliar e orie/tar 7Z8 5. outro grupo de araze/ar as #errae/tas e guardar todo o aterial 7Z8 6. outro, e/#i, de pla/ear o tra%alFoZ a #i de o%ilizar, os Foe/s se perda de tepoZ 1TA@1=R apud ANTUNES; PINTO, '()*, p& "<3.
Ta!lor a#ira Due o treinamento por tarefas proporcio/a supostos %e/e#ciosC aos tra%alFadores. O primeiro deles, o aue/to salarial, o segundo a dii/uiço da or/ada de tra%alFo de )(,9 Foras para >,9 Foras, co tra%alFo e eio perodo aos s=%ados. E,
terceiro+ o acolFie/to do tra%alFador pela gerK/cia da epresa. & "D: Para os epres=rios os %e/e#cios sos os segui/tes: em primeiro lugar+ o aper#eiçoae/to da Dualidade dos produtos e a reduço de seus custos de produço. E, em
segundo lugar+ o apaziguae/to das relaçBes e/tre adi/istradores e epregados, culi/a/do /o ipedie/to das grees.
A 7uarta caracterBstica da adi/istraço cie/t#ica do tra%alFo o “estudo do tempo e dos mo3imentos”. Ta!lor props Due os tra%alFadores ais F=%eis #osse co/ce/trados /u local de seriço, ipo/doQlFes a realizaço de deteri/adas tare#as co o =$io de Dualidade e e e/os tepo Dua/to #osse possel. Ao eso tepo, u grupo de assalariados era co/tratado para o%serar e cro/oetrar todos os oie/tos Due #ora e#etuados por aDueles tra%alFadores. Assi, era desestiuladas os oie/tos co/siderados des/ecess=rios e agilizados os co/siderados uteis. *
& "?: Segu/do Ta!lor esse todo era deteri/ado pelas segui/tes leis cie/t#icas: rimeira E/co/trar digaos, )( a )9 tra%alFadores 7Z8 F=%eis e #azer o tra%alFo Due ai ser a/alisado. 2egunda Estudar o ciclo e$ato das operaçBesZ Due cada u destes Foe/s eprega, ao e$ecutar o tra%alFo Due est= se/do i/estigadoZ Terceira Estudar, co cro/etroZ o tepo e$igido para cada u desses oie/toZ Euarta Elii/ar todos os oie/tos #alFo, le/tos e i/teis. Euinta epois de a#astar todos os oie/tos des/ecess=rios, reu/ir e u ciclo os oie/tos elFores e ais r=pidosZ 1TA@1=R apud ANTUNES; PINTO, '()*, p& "?3.
& ": A 7uinta caracterBstica da adi/istraço cie/t#ica do tra%alFo o “estudo dos instrumentos de trabalho” . Ta!lor estuda todas as #errae/tas utilizadas ao lo/go do processo produtio, isa/do padro/izar o uso daDuelas Due dura ais e gera aior produtiidade: A adi/istraço cie/t#ica pede, e prieiro lugar, i/estigaço cuidadosa de cada odi#icaço so#rida pelo eso i/strue/toZ depois estuda o tepo para eri#icar a elocidade Due cada u pde alca/çar, e reu/i/do e i/strue/tosQpadro todos os caractersticos %o/s aprese/tados por eles, perite ao oper=rio tra%alFar co aior rapidez e #acilidade do Due a/tes 1TA@1=R apud ANTUNES; PINTO, '()*, p& "3.
Por #i, a se5ta caracterBstica da adi/istraço cie/t#ica do tra%alFo a
“bonificação”. Pode parecer co/traditrio Due Ta!lor #ale e %o/i#icaço depois de dei$ar %e claro Due o capitalista /o dee %arga/Far pela i/iciatia do tra%alFador, /o e/ta/to, Ta!lor esclarece Due a %o/i#icaço dee ser aplicada soe/te Dua/do a adi/istraço cie/t#ica = estier e oga e Dua/do as tare#as ipostas aos tra%alFadores #ore realizadas co Dualidade e de/tro dos prazos estipulados pela gerK/cia. Porta/to /o se trata de aue/to salarial, as ape/as grati#icaçBes po/tuais: 7Z8 Dua/do os tra%alFadores esto e/carregados de tare#a Due e$ige uita elocidade de sua parte, Due a eles ta% sea atri%udo pagae/to ais eleado, cada ez Due #ore %eQsucedidos. Isso iplicaZ e pagar %oa grati#icaço ou prKio todas as ezes e Due co/seguir #azer toda tare#a e tepo #i$ado 1TA@1=R apud ANTUNES; PINTO, '()*, p& "'3.
>
& 8#: E sua, a adi/istraço cie/t#ica ta!lorista procuraa co/ciliar os i/teresses co/traditrios de tra%alFadores e capitalistas, a #i de Due a%os copartilFasse u eso o%etio: aumentar a produti3idade . M= u aspecto ideolgico aDui Due erece %asta/te ate/ço. Ta!lor a#ira Due os tra%alFadores /o perde o co/Fecie/to de seu tra%alFo dura/te a adi/istraço cie/t#ica, e ez disso, adDuire u suposto co/Fecie/to de ais alto grau de per#eiçoC. Nas palaras dele:
7Z8 cada tra%alFador sisteaticae/te trei/ado /o ais alto grau de e#iciK/cia e apre/de a #azer espcie ais eleada de tra%alFoZ ao eso tepo Due adDuire atitude cordial para co seus patrBes 7Z8 Este %e/e#cio ge/eralizado a todos os Due tra%alFa so% o sistea , se dida, o ais iporta/te elee/to /a Duesto 1TA@1=R apud ANTUNES; PINTO, '()*, p. 8# ; $3.
& 8$: Eide/ciaQse, e/to, so%re o ta!loriso, u co/trole so%re o corpo e so%re a e/te dos tra%alFadores. /m primeiro lugar+ porDue as atiidades de tra%alFo so realizadas u/ilaterale/te. /m segundo lugar+ porDue o tra%alFo se tor/a padro/izado. /m terceiro
lugar+ porDue /ecess=rio ua epreitada pedaggicoC para co/e/cer os tra%alFadores a aceitare as iposiçBes da gerK/cia do capital. /m Fltimo lugar+ a gerK/cia usurpa o sa%erQ #azer dos tra%alFadores, ipo/doQlFes u #azer adi/istrado.
= domBnio do corpo dos trabalhadores acontece por meio do domBnio do saber fa6er de sua ati3idade produti3a . Isso represe/ta u ataDue direto "s #oras sociais de reproduço do sa%erQ#azer dos tra%alFadores, e/#raDuece/do sua #ora de /egociaço co o capital, de/tro e #ora do a%ie/te de tra%alFo. Ao tra/s#ora o sa%erQ#azer dos tra%alFadores e ua siples Duesto de gesto, #oiQ lFes arra/cada a pouca auto/oia Due lFes restaa: a gerK/cia so%re a /ica ercadoria Due possue 7sua #orça de tra%alFo8. Eis, pois, o o%etio ce/tral do ta!loriso: reerter a depe/dK/cia dos propriet=rios dos eios de produço para co a classe tra%alFadora, /o ape/as Dua/to " copra da #orça de tra%alFo /o ercado e seu adeDuado co/suo /a produço, as ta% /o Due ta/ge " prpria
2
reproduço da #orça de tra%alFo para al dessas es#eras 1A0TH0/2. I0T=, '()*, p. 8"3.
O resultado iediato disso s pode ser terreis #raturas sociais " co/sciK/cia e a ida dos tra%alFadores.
8 ord e a produção industrial em larga escala & 8<: +ua/do pe/saos e Me/r! 45 )26*3 a prieira coisa Due e a /ossa e/te so as li/Fas de o/tage seriadas, a padro/izaço do co/suo e larga escala, o autoel e os altos sal=rios pagos 1isto /o padro da poca3. Para al disso,
& 8D: Wieu %oa parte de sua ida /o eio rural, tra%alFou e ua i/dstria autootia siples, e/Dua/to ela%oraa seus proetos autoo%ilsticos. E s/tese,
& 8?:
)(
tra%alFaros, ais %e /os se/tireos 1=RJ apud ANTUNES; PINTO, '()*, p& 8?3.
& 8:
A lgica de
& 8':
& :#:
))
& :$: A partir disso, surge a li/Fa de produço Due
uas co/seDuK/cias se desdo%ra deste processo: prieiro, as e$igK/cias de sa%erQ #azer dos tra%alFadores so drasticae/te reduzidas e, segu/do, os oper=rios perde a co/sciK/cia do processo produtio coo u todo.
& :8: Al disso,
& :8 ; :: : Os todos de
)'
Adeais, a apliaço salarial /o s ipulsio/aa a produtiidade, %e coo esco/dia o car=ter o/to/o, repetitio e tortura/te do tra%alFo. Foras, /o porDue sea a terça parte do dia, as porDue eri#icaos Due de/tro desse tepo Due o oper=rio produz seu elFor re/die/to. 7Z8 Nas /ossas usi/as eri#icaos Due ci/co dias de tra%alFo por sea/a %asta para /ossa produço, e Due /estes ci/co dias de oito Foras podeos produzir ais do Due e seis ou sete de dez Foras 1=RJ apud ANTUNES; PINTO, '()*, p. :D3.
E s/tese, e Due co/siste o sistea de co/trole de tra%alFo ipla/tado por Ta!lor e
: = sistema ta>loristafordista e o no3o mundo da fábrica & :': ua leitura ate/ta dV O capital /os perite perce%er Due o sistea de co/trole de tra%alFo ta!loristaQ#ordista tK ais co/ti/uidades do Due desco/ti/uidades Dua/do coparado a gra/de i/dstria do sculo I. O tra%alFo, de/tro da lgica ta!loristaQ#ordista, e$pressaaQse coo o/to/o, #rage/tado e srie e repetitio. Al disso, o #azer e o pe/sar so segregados, os prieiros aos tra%alFadores e os segu/dos " gerK/cia. Har$ a#iraa Due o sistea #a%ril s se perpetuaria se u e$rcito de #eitores co/trolasse o tra%alFo 7e #oi %e isso Due aco/teceu8. )5
& <#: O ta!lorisoQ#ordiso surgiu /os Estado U/idos coo u oie/to de reestruturaço produtia, cuo #oco era a e$pa/so da produço e a apliaço do ercado co/suidor. &o/tudo, ta% represe/tou ua resposta "s co/tradiçBes sociais capitalistas, tra/s#ora/do os tra%alFadores e apK/dices #acile/te descart=eis segu/do suas especializaçBes. Este sistea de co/trole do tra%alFo ta% prete/dia criar u tipo de tra%alFador Due se adaptasse as /oas e$igK/cias da reproduço do capital /o sculo . O sistea #ordista e%le=tico /este se/tido e se di#ere/cia do ta!loriso, porDue, segu/do aid Mare! 1)22'3,
& <$: Ju=cs, e História e consciência de classe, pu%licada e )2'5, a#iraa, de/tre outras coisas, Due a segregaço ta!lorista pe/etraa /a ala do tra%alFadorC, ipulsio/a/do o processo de rei#icaço do tra%alFo. A/alisa/do O capital , copree/deos o desdo%rae/to Fistrico da a/u#atura " gra/de i/dstria coo u processo Fistrico da elii/aço das propriedades Fua/as do tra%alFo do proletariado. ura/te esta tra/siço, o tra%alFo #oi parcelado, padro/izado e tor/ado a%strato pelas gerK/cias capitalistas. Har$ de/oi/ou esta te/dK/cia coo su%su/ço real do tra%alFo ao capital.
& <$ ; " : A partir disso, a racio/alizaço e a autoaço da produço ips aos tra%alFadores sa%ereQ#azeres e$ter/os e copartie/tados e relaço "s suas e$periK/cias . Nesse se/tido, Ju=cs a#ira Due o sistea ta!loristas prooeu a separaço das Dualidades psicolgicasC do tra%alFo da totalidade da perso/alidade do tra%alFador.
& <": E outras palaras, o produto do tra%alFo do tra%alFador perde sua Dualidade de produço Fua/a, parece algo a%strato, #rage/tado e racio/alizado. Nas palaras de Ju=cs: O Foe /o pareceZ coo o erdadeiro portador deste processo; e ez disso, ele i/corporado coo parte eca/izada /u sistea ec@/ico Due = e/co/tra pro/to e #u/cio/a/do de odo totale/te i/depe/de/te dele, e cuas leis ele dee se su%eterC 11HKNO2 apud ANTUNES; PINTO, '()*, p& <"3.
& <" ; 8: Para Ju=cs, o tra%alFo, e/to, perde seu car=ter de atiidade e se tor/a co/teplaço, de/dro de u processo Due estra/Fo " co/sciK/cia e a aço dos sueitos. )6
& <8: Este processo corri os elos Due liga os tra%alFadores e ua cou/idade. esse odo, a #ora ercadoria, de/tro do odo de produço capitalista, u/iersalizaQse ar%itrariae/te gara/ti/do a co/diço de e$istK/cia Fistrica do capital, isto : a e$istK/cias de tra%alFadores liresC dos eios de produço, aos Duais resta ape/as a e/da de sua #orça de tra%alFo coo ua ercadoria eDuiale/te a outra DualDuer.
& <8 ; : : Outro iporta/te autor Due estudou as co/seDuK/cias do sistea ta!loristaQ #ordista ao tra%alFo #oi A/t/io Graisci e !mericanismo e fordismo, e/saio /o Dual ostrou coo o #ordiso dese/oleu ua /oço de homem integral ao capital .
& <:: Grasci, tal coo Ju=cs, /o s perce%eu Due a i/dustrializaço #oi o ce/tro de e$pa/so do capital, as ta% estudou coo a classe tra%alFadora, a partir de suas /oas Duali#icaçBes, se adaptou a este processo. Adaptaço Due /o #oi, e /e/Fu se/tido, pac#ica ou passia.
& <: ; <: +ua/do Grasci escreeu !mericanimso e fordismo, isto , e )256, era preciso a/alisar coo as reii/dicaçBes de elFores co/diçBes de ida do proletariado se co/ciliaria co as /ecessidades dos capitalistas de a/ter a copetitiidade i/dustrial.
& <<: O sistea ta!loristaQ#ordista surge /essa poca, coo resposta do capital a este pro%lea. Assi, os capitalistas dese/ole /oas #oras de persuaso e coerço para Due os tra%alFadores se adapte as /oas e$igK/cias do capital. Ua destas estratgias persuasias o aue/to salarial, tpico dos todos #ordistas: Na Arica, a racio/alizaço deteri/ou a /ecessidade de ela%orar u /oo tipo Fua/o, co/#ore ao /oo tipo de tra%alFo e de produçoZ ai/da a #ase de adaptaço psico#sica " /oa estrutura i/dustrial, proporcio/ada atras dos altos sal=riosZC 1 GRAM2OI apud ANTUNES; PINTO, '()*, p&
<<3. &
&
&
& <:
)4
& D#: Grasci destaca Due o #ordiso alca/çou os pla/os da superestrutura, ua ez Due a%arcou a poltica, a religio e os alores orais, co/stitui/do ua socia%ilidade /oa /os EUA: o aerica/iso. O #ile %empos modernos de &Fapli/ ua das e$pressBes artsticas crticas ais i/teressa/tes do #ordiso. O #ile ! classe oper&ria vai ao Paraíso, de Elio Petri, ua represe/taço %asta/te i/teressa/te das lutas tra%alFistas Due aco/tecera /a It=lia e/tre )242 *(. Por #i, o processo de esgotae/to do #ordiso ta% descrito por Grasci: & D$: 7Z8 logo Due os /oos todos de tra%alFo e de produço se ge/eralizare e di#u/direZ os altos sal=rios desaparecero. Na realidade, a i/dstria aerica/a Due paga altos sal=rios des#ruta ai/da do o/oplio Due lFe #oi proporcio/ado pela priazia /a ipla/taço dos /oos todosZ Has, o o/oplio ser=, /ecessariae/te, prieiro liitado e, e seguida, destrudo pelaZ ipla/taço dos /oos todos ta/to de/tro dos Estados U/idos coo #oraZ 1GRAM2OI apud ANTUNES; PINTO, '()*, p& D$3.
&o e#eito, os altos sal=riosC de
& D": A ge/eralizaço dos co/tratos #orais 7carteira de tra%alFo8, o desca/so sea/al reu/erado, a dii/uiço da or/ada de tra%alFo so ape/as algu/s e$eplos das co/Duistas do oie/to oper=rio e si/dical. No e/ta/to, a pi/tura Due #izeos das relaçBes tra%alFistas /essa poca se odi#icara su%sta/ciale/te a partir da dcada de )2*( e ereos isso elFor a seguir. SEGUNA PARTE A AUJA
< = to>otismo e sua empresa en5uta e fle5B3el & D8: Grosso odo, o padro de acuulaço de capital ta!loristaQ#ordista e/trou e crise, coo re#le$o da crise estrutural do capital teorizada por Ist=/ Hsz=ros, a Dual
)*
dese/cadeou u processo autode#e/sio do capital Due isaa recuperar o ciclo produtio e sua Fegeo/ia co/testada pelas lutas tra%alFista da segu/da etade do sculo .
& D8 ; : : Huitas alter/atias se aprese/tara ao ta!lorisoQ#ordiso, as a Due se Fegeo/izou #oi o odelo apo/Ks dese/olido /a To!ota Hotor &opa/!, e )2>(, co/Fecida pelos estudiosos coo to$otismo.
& D:: E s/tese, o #oco da produço to!otista a dea/da e /o ais a produço e assa coo /o ta!lorisoQ#ordiso. Al disso, o tra%alFo dese/olido e eDuipe e de #ora #le$el, isto , u grupo de tra%alFadores precisa operar =rias =Dui/as ao eso tepo, uito di#ere/te da produço especializada e parcelada do #ordiso. O to!otiso ta% se %aseaa /a lgica da produço 'ust in time, /a Dual todo o estoDue deeria ser co/suido pela dea/da do ercado. E a produço era %aseada /u sistea de i/#oraçBes cFaado (anban 7o #aoso post)ít 8.
& D<: O sistea to!otista surgiu dos e$perie/tos realizados /a To!ota, e )26*, pelo preside/te da epresa, LiicFiro To!oda, e por seu e/ge/Feiro cFe#e, TaicFii OF/o. U elee/to tpico do sistea to!otista #oi o sistea *en)(o, ua espcie de sistea de rito Due %o/i#ica o/etariae/te os tra%alFadores cordiais e produtios, e/Dua/to pe/aliza os tra%alFadores crticos e supostae/te descoproetidos co a epresa.
& DD: O oie/to si/dical apo/Ks se ops as uda/ças produtias Due o sistea to!otista propu/Fa ao apo psQ)269. Wale ressaltar Due o to!otiso se dese/oleu de/tro do co/te$to scioQFistrico apo/Ks arcado pelo crescie/to eco/ico le/to aps a derrota /a segu/da guerra u/dial, o e/olie/to %lico /a Guerra da &oreia e a #alta de u ercado aplo coo o Due ti/Fa
& D?: OF/o dese/ole /a To!ota ua gesto pelos olFosC, ou sea, dei$aa todas as etapas do processo produtio a ista, para Due assi pudesse ser o%serados a Dua/tidade e$ata da produço, eita/do a criaço de estoDues des/ecess=rios.
)>
No to!otiso era a dea/da e$igida /o setor de e/das Due ipulsio/aa a produço, porta/to, #oi i/ertido a lgica do ta!lorisoQ#ordiso, cua produço e assa Due estiulaa o co/suo. Adeais, /as li/Fas de produço da To!ota aplicouQse o !ndon, isto , a utilizaço de pai/is lui/osos Due i/#oraa a co/diço da produço. +ua/do si/alizaa a cor erde, sig/i#icaa Due a produço estaa de acordo co a dea/da e /o Faia pro%leas, Dua/do si/alizaa o lara/a, sig/i#icaa Due o setor precisaa de algu tipo de au$lio e Dua/do si/alizaa erelFo era preciso parar todo o processo produtio.
& D: Acopa/Fado do !ndon, LiicFiro To!oda dese/oleu /a i/dstria autoo%ilstica o sistea de parada auto=tica Due #u/cio/a /a i/dstria tK$til, assi #oi possel o%serar erros /as diersas etapas do processo produtio. Isto #icou co/Fecido coo auto/oaçoC da produço e tee duas conse7u,ncias .
A primeira delas, a possi%ilidade de co/trataço de poucos tra%alFadores para operar diersas =Dui/as. A segunda, #oi Due os tra%alFadores #icara respo/s=eis por acio/ar os eca/isos de parada e a/alisar e pree/ir posseis i/terrupçBes /o processo produtio. Nesse se/tido, /o s #oi atri%udo a operaço de =rias =Dui/as a poucos tra%alFadores, as ta% se tor/ou respo/sa%ilidade deles as #u/çBes de diag/stico, reparaço e prograaço das =Dui/as, %e coo, posteriore/te, a a/=lise da Dualidade dos produtos.
& D': e/tro desta lgica surge a /oço de polialK/cia, propo/do ua suposta desespecializaçoC. Por, preciso dei$ar claro Due a desespecializaço i/ce/tiada por OF/o = se realiza de/tro de u Duadro de e$trea racio/alizaço e co/trole so%re as #oras de sa%eresQ#azeres do tra%alFo dos tra%alFadores.
& ?#: A partir dos pri/cpios de auto/oaço e polialK/cia do tra%alFo, OF/o i/troduziu, /a To!ota, clulasC de produço /as Duais algu/s tra%alFadores #icaa respo/s=eis por ciclos copletos do processo produtio 7por e$eplo, u ciclo #ica respo/s=el pela pi/tura do cFassi, outro pela usi/age das portas, outro pelo aca%ae/to, etc8. Assi, a disposiço li/ear da produço cede espaço " celularizaço da produço e #ora de #erradura, /a Dual alguas =Dui/as so dispostas uas ao lado das outras e u grupo de tra%alFadores #ica respo/s=el pela gerK/cia de cada clula do sistea de produço.
)2
O resultado desta uda/ça /a #ora da produço a reduço co/t/ua dos estoDues, isa/do a produço segu/do dea/das espec#icas do ercado . & ?$: 7Z8 ao co/tr=rio do sistea ta!lorista^#ordista, /o Dual a soatria do tepo das /ias operaçBes de cada u dos tra%alFadores era preiae/te #i$ada e deteri/aa a capacidade produtia do sistea coo u todo, /o sistea to!otista, o Due iporta o tepo de ciclo das atiidadesC realizadas e cada clula e, co/seDue/tee/te, e cada posto de tra%alFo, se/do a%os ari=eis, ou resta%elecidos pera/e/tee/te de acordo co a ariaço da dea/da geral, isto , do #lu$o da cadeia produtia 1I0T= apud ANTUNES; PINTO, '()*, p& ?$3.
Nesse se/tido, /asce o sistea de +an ban. Por eio de cartazes i/#oratios, as dea/das e/iadas ao setor de e/das so tra/sitidas e dese/cadeia o #u/cio/ae/to do sistea de produço. Esse sistea ta% se e$pa/de para todas as clulas produtias, de #ora Due ua clula produtia acio/e sepre a atiaço da clula posterior a ela.
& ?" ; 8: O sistea to!otista surgiu de u co/te$to de crescie/to eco/ico le/to e i/st=el dos a/os de )2*(, /o Dual a produço precisaa se adaptar das dea/das do ercado. Nesse se/tido, /o de se espa/tar Due, a partir de )2>(, o odelo da To!ota &opa/! se Fegeo/izou e i/eros pases capitalistas.
& ?8: A co/seDuK/cia iediata do to!otiso a reduço das agas de seriço /as i/dstrias e o dese/olie/to de ua /oa co/#iguraço para o processo de alie/aço de tra%alFo.
& ?:: Agora, so #reDue/tee/te e$igidos dos tra%alFadores reu/iBes co a gerK/cias para discutir #oras de aue/to da produtiidade e i/iizaço dos co/#litos /o cFo da #=%rica. Tal poltica epresarial era cFaado de (aisen. Assi, os tra%alFadores /o so ais cFaados coo tra%alFadores, so cola%oradoresC da epresa .
&
?<:
esse
odo,
aparece para /s a preocupaço de copree/der estas /oas #oras de i/teriorizaço da alie/aço do tra%alFo, /os Duestio/a/do Duais as #oras Due o capital dese/oleu, /o sculo e /o sculo I, para i/teriorizar estas /oas estratgias de co/trole do tra%alFo por eio da educaço.
'(
D A educação utilitária fordista e sua pragmática da especiali6ação & ??: +ual #oi a educaço e$igida pela sociedade do autoel orga/izada pelos gestores do tra%alFo /o sculo - Para respo/der esta pergu/ta autores se i/daga so%re Duais era as e$igK/cias de Duali#icaço do tra%alFo /aDuela poca. O ta!lorisoQ#ordiso, coo %e ios, procurou usurpar os sa%eresQ#azeres da classe tra%alFadora, ipo/do a ela /oras supostae/te cie/t#icas Due e/Duadraa a pr=$is dos tra%alFadores u/ilaterale/te /a lgica do tra%alFo a%strato. Este #oi o se/tido do one best a$ de
Ta!lor, Due so/Faa co a tra/s#oraço de seus oper=rios e Foe/s %oisC
dceis, ig/ora/tes e su%issos " gerK/cia do capital.
& ?: Al disso, o ta!lorisoQ#ordiso ta% procurou reduzir o tra%alFo ao sipliso de tare#as roti/eiras, o Due, por sua ez, leou ao re%ai$ae/to geral do sal=rio e da Duali#icaço dos tra%alFadores. E/to, /o se isaa soe/te de%ilitar os sa%eresQ#azeres dos tra%alFadores, as ta% seu poder de %arga/Fa co o capitalista. No podeos esDuecer Due ua das gra/des epreitadas epo%recedoras dese/olidas pelo ta!lorisoQ#ordiso #oi a separaço e/tre teoria e pr=tica /a atiidade produtia dos tra%alFadores. Isto posto, podeos dizer Due ua educaço de/tro dos oldes ta!loristasQ#ordistas se pauta e escolas tc/icoQpro#issio/aliza/tes, cuo /ico i/tuito a #oraço de #orça de tra%alFo para o ercado.
& ?': A educaço passa, e/to, a girar e tor/o de ua proposta pragmática+ especiali6adora e fragmentada . A escola ideal para o ta!lorisoQ#ordiso aDuela Due prooe segregaço da teoria e re#le$o 1tra%alFo i/telectual3 de u lado e da pr=tica e e$perie/taço 1tra%alFo a/ual3 do outro. Adeais, tal escola e/#oca a pr=tica e detrie/to da teoria.
& #: A #u/ço da educaço #oral, /estes oldes, liitaQse ao trei/o e/tal dos tra%alFadores para Due ague/te a roti/izaço e epo%recie/to parcelar do tra%alFo /os regies ta!loristaQ#ordista de seriço.
rapazes e Foe/s #eitos /a pr=tica e /as ideias de /ossa prpria epresa, cre/tes de Due por esta #ora prestaos u seriço aiorZC 1 =RJ apu ANTUNES; PINTO, '()*, p& #3.
& $:
& ": /ecess=rio ta% a/alisar aDui as tc/icas de trei/ae/to do tra%alFo, e especial os ci/co passos Due &Farles Alle/ dese/oleu /os Estados U/idos. O primeiro passo era a “preparação” e co/sistia e e/si/ar aos tra%alFadores de #ora siples as tc/icas de produço. O segundo passo era a “apresentação” , /a Dual era ostrados suci/tae/te os co/tedos de cada tare#a /a i/dstria.
& 8: O terceiro, era a “aplicação”, e Due o o%etio era praticar tudo Due se ti/Fa apre/didos /os passos a/teriores. E, o 7uarto passo , era o “teste”, /a Dual os tra%alFadores e$ecutaa as tare#as i/dustriais so% a o%seraço dos i/strutores. Este trei/ae/to ti/Fa i/tuito de %e/e#iciar as epresas Due poderia co/tratar tra%alFadores co %ai$ssia Duali#icaço, por aptos a desepe/Far =rias das tare#as Due a i/dstria carecia.
de/tro da i/dstria8 1TXI3 Due se Fegeo/izara e
outros pases depois do perodo de guerras u/diais.
& :: O TXI cFegou ao 0rasil por eio das ulti/acio/ais estadu/ide/se e depois se co/solidou por eio da &oisso 0rassileiroQAerica/a de E/si/o I/dustrial 1&0AEI3. Heso depois de e$ti/ta a &0AEI, seus todos #ora reproduzidos /as escolas do Seriço Nacio/al da I/dstria 1SENAI3. Estas i/stituiçBes de e/si/o reproduzira a estrutura da eco/oia de ercado e a FierarDuia do tra%alFo /a i/dstria atras dos seus co/tedos curriculares e dos todos de e/si/o e apre/dizage. ''
& : ; <: 7&o a a/u#atura8 F= u deslocae/to do co/Fecie/to do tra%alFador i/diidual ao coletio e deste ao capitalZ A Duali#icaço para o tra%alFo passa a ser co/trolada por esteZ &o/stitui/doQse e Duali#icaçBes ge/ricas, a #orça de tra%alFo pode ser #orada #ora do processo produtio: /a escola !TRAGT/0P/RG apud ANTUNES; PINTO, '()*, p& : ; <3.
& <: No i/terior do sistea social as i/stituiçBes educacio/ais e seus sacerdotes, os pro#essores, dese/ole u tra%alFo co/t/uo e sutil para a co/seraço da estrutura de poder e, e geral, da desigualdade social e$iste/teC 1 TRAGT/0P/RG apud ANTUNES; PINTO, '()*, p& <3. As aaliaçBes e as discipli/as prQ#ora a su%etiidade dos estuda/tes, adapta/doQos " diiso social do tra%alFo e os diploas e outros tipos de certi#icaço legitia este processo e co/solida a desigualdade social. & D: a esa a/eira Due o ercado de tra%alFo regulado pela copetiço, /o i/terior da escola ela calculada /os sisteas de prooço seletios. O alu/o obrigado a estar /a escola e livre para decidir se DuerZ ter K$ito ou /o, coo o i/diduo livre a/te o ercado de tra%alFo 1TRAGT/0P/RG apud ANTUNES; PINTO, '()*, p& D3.
Esta te/dK/cia tra/sce/de a escola e ati/ge a relaço dos pro#essores co as i/stituiçBes priadas Due os eprega. Na realidade, as i/stituiçBes de e/si/o, sea p%licas ou priadas, so orga/izaçBes %urocr=ticas, ou sea, supostae/te desperso/alizadas e articuladas /o por age/tes polticos, as si por #u/cio/=rios tc/icos. & ?: &o/tudo, /o podeos esDuecer Due estes tc/icos ta% so despropriados dos eios de realizaço do seu tra%alFo e represe/ta os i/teresses do gra/de capital. de se ace/tuar Due o ta!loriso i/telectual, a diiso do co/Fecie/to e copartie/tos esta/Dues e de#i/idosZ tra/s#ora o pro#essorZ /u tipo social to preido pela diiso social do tra%alFo i/telectual Dua/to o tra%alFador do idro ou etalrgicoZ A situaço do pesDuisador, u/iersit=rio ou /o, /o %asicae/te di#ere/te. A pesDuisa /ua sociedade de classes te/de a serir " reproduçoZ 1TRAGT/0P/RG apud ANTUNES; PINTO, '()*, p& ?3.
'5
? A educação fle5B3el e a pragmática da multifuncionalidade liofili6ada
& ': No captulo a/terior ios coo o ta!lorisoQ#ordiso se e$pa/diu a partir dos prograas TXI e dos Duatro passos do trei/ae/to e Alle/C. No apo, o TXI atuou, prieirae/te, coo ua #ora de reco/struir #isicae/te as i/dstrias apo/esas deastadas /a Segu/da Guerra Hu/dial 1)252 693, e seguida, co/tri%uiu para ae/izar a repres=lia da sociedade ciil co/tra os EUA deido ao #ato deste pas lFe ter e/iado duas %o%as aticas. & '#: E, por ltio, TXI ostrou ser u #ora uito e#icaz de disperso dos oper=rios Due se orga/izaa co/tra os pri/cpios erca/tilistas /este pas. O TXI trou$e os todos ta!loristasQ#ordistas para a orde do dia /o apo e Fegeo/izou a #u/ço do i/strutor, Due /o s era respo/s=el pelo trei/ae/to e superiso dos oper=rios /o cFo da #=%rica, coo ta% iplee/taa elForias co/t/uas /o processo de produço. O TXI ta% la/çou as %ases para o sistea de elForia da produço de/oi/ado /o apo coo +aizen.
& '$: Outra iporta/te e#eito do TXI /o apo #oi o aue/to da produtiidade e epresas Due /o ti/Fa =Dui/as /e #orça de tra%alFo o su#icie/te para satis#azer as dea/das Due o ercado lFe e$igia. O prograa %o$ota %raining -ithin #ndustr$ 1TTXI3 u e$eplo de coo a adi/istraço cie/t#ica do tra%alFo, dese/olida /os EUA, pde ser adaptada e %eQsucedida e/tre os apo/eses. O TXI /o apo se co/ce/trou e elii/ar o desperdcio produtio 1estoDues des/ecess=rios3, e$pa/so e detalFae/to das operaçBes produtias e aproeitae/to de todas as Fa%ilidades dos tra%alFadores. & '$ ; " : No to!otiso, era e$igido ua Duali#icaço pria dos tra%alFadores, por a Duesto de a #oraço dos oper=rios aco/tecer de/tro das #=%ricas #oi a/tida, tal coo /o ta!lorisoQ#ordiso.
& '": ura/te a dcada de )29( 4(, as epresas apo/esas %uscaa tra%alFadores Due ti/Fa #oraço secu/d=ria e os trei/aa por trKs a/os e cursos co *(_ do co/tedo pr=tico e o resto dedicado a i/teriorizar /o proletariado o per#il do oper=rio ideal '6
para epresa, isto : o tra%alFador poliale/te e Due, Dua/do #osse si/dicalizado, #izesse parte dos si/dicatos pelegos da i/dstria. O aa/ço do to!otiso /os a/os de )2*(, acopa/Fou u processo de crtica e decadK/cia do ta!lorisoQ#ordiso, %e coo dea/dou ua srie de procedie/tos de Duali#icaço pro#issio/al, educacio/al e coportae/tal dos tra%alFadores.
& '" ; 8 : No #i/al da dcada de )24(, crescera os oie/tos sociais #ei/istas, /egros, a%ie/talistas, oper=rios e co eles iera ta% as crticas " cFaada adi/istraço cie/t#ica do tra%alFo. &o/tudo, /o podeos esDuecer do alerta de Harcuse: & '8: e#ro/taos /oae/te co u dos aspectos ais pertur%adores da ciilizaço i/dustrial dese/olida: o car=ter racio/al de sua irracio/alidade. 7Z8 o grau co Due esta ciilizaço tra/s#ora o u/do o%etio /ua e$te/so da e/te e do corpo Fua/os tor/a Duestio/=el a prpria /oço de alie/aço. As criaturas se reco/Fece e suas ercadorias; e/co/tra sua ala e seu autoel, hi)fi, casaZ 1MAROH2/ apud ANTUNES; PINTO, '()*, p& '83.
& '8 ; : : O odo coo as i/stituiçBes #orais de e/si/o estaa deteri/ada pelas /ecessidades do u/do do tra%alFo #oi colocado e cFeDue, reii/dica/doQse ais auto/oia aos estuda/tes, #le$i%ilizaço das FierarDuias, espaços cou/it=rios de co/struço de sa%er, produço de sa%er a%erto e di/@ico e detrie/to da produço de co/Fecie/to discipli/ar e/#ocado /o pro#essor.
& ':: As i/stituiçBes de e/si/o e as epresas capitalistas aproeitara este co/te$to de i/dig/aço para direcio/ar as reii/dicaçBes dos oie/tos sociais aos i/teresses do capital, ao eso tepo Due Fegeo/izaa a gesto to!otista do tra%alFo. & ': ; <: A apre/dizage #le$el surge coo ua das e$pressBes do proeto pedaggico da acuulaço #le$el, cua lgica co/ti/ua se/do a distri%uiço desigual da educaço, por co ua #ora di#ere/ciada. 7Z8 Para Due esta #ora #le$el sea possel, tor/aQse /ecess=rio su%stituir a #oraço especializadaZ pela #oraço geral adDuirida por eio de escolarizaço apliada, Due a%ra/a /o /io a educaço %=sica, a ser dispo/i%ilizada para todos os tra%alFadores. A partir desta slida #oraço geral, darQseQ= a #oraço pro#issio/al, de car=ter ais a%ra/ge/te do Due a especializaço, a ser coplee/tada ao lo/go das pr=ticas la%orais 1KAH/0Q/R apud ANTUNES; PINTO, '()*, p& ': ; <3.
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& '<: A partir do alto /el tc/ico dea/dado pelos /oos postos de tra%alFos to!otistas, Fa%ilidades coo relacio/ar i/#oraçBes e =rios /eis de cople$idade, co/Fecie/tos por si%olizaço, do/io %=sico de i/#or=tica e l/guas estra/geiras passa a ser e/si/ados /a educaço #oral. a surge a /ecessidade de ua apliaço da escolaridade ao /el %=sico, passel de e$pa/so ao /el superior e coplee/tada por cursos pro#issio/aliza/tes " dist@/cia de acordo co as /ecessidades do ercado de tra%alFo. A /oidade da dea/da de Duali#icaço to!otista a preocupaço co os aspectos coportae/tais do tra%alFo, por e$eplo, o estulo " criatiidade e a adapta%ilidade "s co/sta/tes uda/ças das tare#as i/dustriais. ADui surge as dea/das pelas pedagogias do apre/der a apre/derC.
& 'D: Al disso, cada ez ais #oi e$igido dos tra%alFadores o dese/olie/to de das capacidades de tra%alFo e eDuipe e proatiidade /o aper#eiçoae/to das tare#as de/tro do a%ie/te de seriço. Moe e dia a preocupaço aior da educaço co/siste e #orar i/diduos cada ez ais adaptados ao seu local de tra%alFo, por capacitados a odi#icar seu coportae/to e #u/ço das utaçBes sociais. No i/teressa, pelo e/os /os pases i/dustriale/te dese/olidos, oper=rios e%rutecidos, as seres co/scie/tes de sua respo/sa%ilidade /a epresaZ 1TRAGT/0P/RG apud ANTUNES; PINTO, '()*, p& 'D3.
As /oas e$igK/cias Due o ercado ipBe para Due sea dese/olida ua /oa escolarizaço /o sig/i#ica e/si/ar aos tra%alFadores os co/Fecie/tos produzidos pela ciK/cia. & '?: 7Z8 ao destrureQse os /culos e/tre capacitaço e tra%alFo pela utilizaço de /oas tec/ologias, Due %a/aliza as copetK/cias, tor/a/doQas %asta/te parecidas e co ua %ase cou de co/Fecie/tos de autoaço i/dustrial 7Z8, o ercado de tra%alFo passa a regerQse pela lgica dos arra/os #le$eis de copetK/cias di#ere/ciadasZ o Due, perite Due as co/trataçBes sea de#i/idas a partir de u per#il de tra%alFador co aportes de educaço geral e capacidade para apre/der /oos processos, e /o a partir da Duali#icaço 1KAH/0Q/R apud ANTUNES; PINTO, '()*, p& '?3.
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Ua escola ampla /o restrito espaço do ide=rio e da prag=tica %urguesa, ua educaço oldado pelos \alores do ercadoV, por sua \#iloso#iaV utilitarista, eis a /oa dog=tica da educaço da era do capital #le$elC 1 A0TH0/2. I0T=, '()*, p& '?3.
& ': O to!otiso possi%ilitou u co/suo ais e#icie/te da #orça de tra%alFo pelo capital, i/clusie, recuperou a estratgia a%a/do/ada pelo ta!lorisoQ#ordiso: a i/iciatia dos tra%alFadores, sepre co o cuidado de adestrar o coportae/to do oper=rio para Due estea e coproetie/to co os ideais da epresa.
& ' ; ' : O processo de autoaço tor/a o%soleta a Duali#icaço dos tra%alFadores e i/te/si#ica o processo de su%stituiço de tra%alFo io por tra%alFo orto, /a edida Due a superiso de processo, a polialK/cia de #u/çBes e a proatiidade direcio/ada ao aper#eiçoae/to do processo produtio, deslocara o #oco do tra%alFo io para o orto, re%ai$a/do o alor dos prieiros.
& '': e/tro do ta!lorisoQ#ordiso as i/stituiçBes de e/si/o #ocaa seus currculos /a especializaço, = /o to!otiso o e/si/o se pauta /a desespecializaço e /a ulti#u/cio/alidade dos tra%alFadores.
& $##: A educaço prpria do to!otiso precisa produzir tra%alFadores #le$eis, =geis e e/$utos. No atoa Due so criadas u/iersidades corporatiasC, para produzir tra%alFadores segu/dos os alores epresariais to!otistas. Outro aspecto da educaço #le$el a e$pa/so do e/si/o /o prese/cial Due ati/ge /o soe/te a #oraço tc/ica, as ta% cursos de graduaço, lice/ciatura e at eso psQgraduaço.
& $#$: /esse co/te$to Due se dese/ole a teoria do capital Fua/oC, #orataço pedaggica /eoli%eral Due co/ce%e a #orça de tra%alFo coo ero capital. Para os idelogos dessa corre/te, Due surgiu e &Ficago /a dcada de )24(, a #orça de tra%alFo /o ua potK/cia FoogK/ea de realizar tare#as, e ez disso, u cople$o de copetK/cias e Fa%ilidades Due dee ser dese/olidas pelos tra%alFadores a #i de, posteriore/te, sere coprados pelos capitalistas.
& $#": E poucas palaras, a Duali#icaço se tor/a u aspecto de respo/sa%ilidade dos prprios tra%alFadores, agora co/ce%ido coo u epree/dedorC de si eso Due i/este e sua prpria #orça de tra%alFo coo se ela /o #osse ua ercadoria, as parte de u epree/die/to prprio a ser e/dido para o capital. #nveste)se e u capital para '*
aue/tar seus re/die/tosZ Ta% se investe , co/tudo, ao #azer u curso de idioas, ou ua psQgraduaço e adi/istraço, investe)se e dese/oler a prpria carreira e se investe /a
aizade ou /a relaço co os #ilFosC 1 1/QRHIQ apud ANTUNES; PINTO,
'()*, p& $#"3.
& $#8: A educaço, /esta lgica, /o passa de u i/estie/to ta%. Adeais o capital Fua/o eDuipara o e/dedor e o coprador de #orça de tra%alFo a eros coercia/tes de ercadorias. O sistea escolar se co/stituiu Foe /ua i/dstria cultural, pelo o/ta/te de capitais i/estidos, pelo patri/io das i/stituiçBes a/te/edoras e pelo /ero de pessoas Due reduz " co/diço de alunos. O processo de produço da mercadoria escolar e /ada di#ere da produço de %e/s /o si%licos, coo autoeisZ O e$Q alu/o, co seu ttulo, te seu preço e e/tra coo ercadoria a ais, /o ercado de %e/s si%licosZ 1TRAGT/0P/RG apud ANTUNES; PINTO, '()*, p& $#83.
& $#:: /esse se/tido Due age as cFaadas re#oras da educaçoC, isto te/de a #le$i%ilizar o e/si/o para Due este ate/da os iperatios epresariais de #oraço super#icial e adestrada a suprir u/icae/te "s dea/das do ercado de tra%alFo poliale/teC e ultidie/sio/al. Assi, a die/so crtica a e Fua/istas da educaço tor/aQse algo des/ecess=rio e se desa/ece.
Hma educação em outro modo de 3ista( uma bre3e nota conclusi3a & $#<: Se a educaço Due surge /a sociedade do capital prooeu a diiso do tra%alFo i/telectual do tra%alFo a/ual, coo seria ua educaço Due tra/sce/desse esse co/stra/gie/to- M= algo ais urge/te do Due pe/sar e u u/do cua socia%ilidade #osse co/tr=ria a #ora de produço destrutia do sistea socioeta%lico do capital- Ua socia%ilidade #u/dae/tada /a lire associaço dos i/diduos, tal coo po/tua Har$ /V O capital -
& $#D: &o sueitos Due possa e$ercer seu tra%alFo de #ora aut/oa e
duplae/te #ruda, /a Dual a educaço, o tra%alFo, o lazer e a /atureza sea preserados- E /a Dual as DuestBes de gK/ero, t/icoQraciais possa ser seriae/te discutidas e co/tepladas-
'>
Nesse se/tido, todo e DualDuer /oo sistea socioeta%lico para al do capital e/co/tra /a educaço u elee/to iporta/te para a sua co/solidaço, ai/da Due, segu/do &aio A/tu/es, a educaço, por si s, /o sea capaz de produzir u /oo sistea social. Por, de/tro da prpria teoria ar$ia/a, cuas %ases perpassa o pro%lea da forma"o humana ,
eide/te a /ecessidade de se e$plorar as pote/cialidades co/cretas da escola para a
co/cretizaço do processo de ea/cipaço da Fua/idade.
& $#?: Nas palaras de Saia/i: 7Z8 o tra%alFo educatio o ato de produzir, direta e i/te/cio/ale/te, e cada i/diduo si/gular, a Fua/idade Due produzida Fistrica e coletiae/te pelo co/u/to dos Foe/s 7Z8 o o%eto da educaço diz respeito, de u lado, " ide/ti#icaço dos elee/tos culturais Due precisa ser assiilados pelos i/diduos da espcie Fua/a para Due eles se tor/e Fua/osZ 12ASIA0I apud ANTUNES; PINTO, '()*, p& $#83.
Nesse se/tido, possel destacar Due esse/cial co/ce%er a educaço #ora da separaço e/tre tra%alFo i/telectual e tra%alFo a/ual. Ta/to Har$, Dua/to Grasci reeitara a u/ilateralidade da especializaço ta!loristaQ#ordistas e a polialK/cia to!otista, aprese/ta/do e oposiço a tais propostas educacio/ais ua educaço o/ilateral e Fua/ista. Nesse se/tido, Ist=/ Hsz=ros, acerta e cFeio ao a#irar: & $#? ; : &o/tra ua co/cepço te/de/ciosae/te estreita de educaço e da ida i/telectualZ Grasci argue/tou e/#aticae/te, F= uito tepo, Due /o F= /e/Fua atiidade Fua/a da Dual se possa e$cluir DualDuer i/tere/ço i/telectual o homo faber /o pode ser separado do homo sapiens. 7Z8 todo Foe dese/ole algua atiidade i/telectual; ele , e outras palaras, u \#ilso#oV, u artista, u Foe de se/si%ilidadeZ e porta/to contribui para manter ou mudar a concep"o do mundo C. 1MÉ2QNR=2 apud ANTUNES; PINTO, '()*, p. $#?3.
& $#: E s/tese, /o lugar de ua escola unilateral, instrumental, alienada e coisificada pelas dea/das do capital, propBeQse ua escola pautada /o tra%alFo aut/oo e
duplae/te #rudo, isto , /a o/ilateraldiade do tra%alFo so os pressupostos de ua educaço erdadeirae/te ea/cipada. Nas palaras de Grasci:
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