“Los Trabajos de Hercules” Obra da autoria de Alice A. Bailey
Cada signo submete o homem que está trabalhando sob suas energias a determinadas influências e o provê com certas tendências específicas.
“Los Trabajos de Hercules” Obra da autoria de Alice A. Bailey
Cada signo submete o homem que está trabalhando sob suas energias a determinadas influências e o provê com certas tendências específicas.
INTRODUÇÃO
Nos dias atuais, de forma sintomática, um grande número de pessoas se está aproximando de instituições esotéricas com o objetivo de fazer uma iniciação, pois consideram o ato imprescindível para consumar seus ideais superiores. Isto acontece a maioria das vezes sem que o postulante chegue a compreender o significado mais elevado do que está buscando e muito menos o que necessitaria par atingir seu desiderato. Por outro lado as organizações iniciáticas acenam para os buscadores com instruções, práticas e aulas, bem como com a participação em rituais quase sempre pomposos que constituiriam em aberturas para melhor facilitar o caminho iniciático do aspirante, porém, o fundamental, a maioria das vezes não chega a ser abordado como condições sem a qual nenhum pretendente chegará a conquistar níveis de consciência além daquele que já ostentava antes do ingresso nessas ordens esotéricas. Em nossa vivência pessoal perlustramos por várias dessas organizações onde, não podemos negar os benefícios recebidos, pudemos aprender, por comparações e análises realizadas sempre com o intuito sincero de ultrapassar minhas
próprias dificuldades lições que confirmaram a necessidade da síntese de toda essa experiência e que, acredito, me aproximaram da seguinte verdade: a iniciação real somente se realiza quando sinceramente compreendemos que os cânones libertadores estão dentro de nós mesmos e que sem uma transformação pessoal, onde o discípulo deve aprender a ornar seu caráter com os valores que já vêm sendo apregoados a milhares de anos por todas as religiões do Planeta nada conseguirá em termos de evolução. Como um “ocultista” que não observa a máxima “Saber, fazer, ousar e calar” por ter sido proferido durante a época da
Inquisição e não mais se ajustar as energias da Era de Aquário (“Quem tem ouvidos (para ouvir) ouça – Mt.13:9”), quando todos
os verdadeiramente iniciados devem compartilhar tudo aquilo que receberam dos planos mais sutis para melhoria da Raça, considerei importante passar minhas considerações pessoais sobre “Los Trabajos Trabajos de Hercules”, da autoria de Alice A. Bailey,
a fim de que ao menos possa alertar, para a sobriedade necessária, alguns dos respeitáveis, mas afoitos buscadores da verdade que pensam chegar a iluminação apenas porque fazem parte desta ou daquela Organização ocultista ou ainda, por vestirem roupas com adereços especiais, brandirem espadas e realizarem fenômenos que nada significam em relação ao
propósito real e eterno de nossas vidas. Não abordo as práticas sexuais para não mexer em vespeiros, principalmente porque considero o assunto sagrado e até mesmo divino, portanto não deve ser conspurcado. Na sequência dos trabalhos daquele que já seria um pretendente à verdadeira iniciação, pois seu roteiro não segue mais o curso do Sol de Áries para Peixes, mas de Áries para Touro até Peixes vamos encontrar o que realmente é necessário para nos liberar definitivamente da Roda das Encarnações e nos tornarmos valorosos Servidores da Raça; em Áries o domínio da mente, em Touro o controle de nossa virilidade, em Gêmeos o inicio do desenvolvimento do sentido de compaixão e amor ao nosso semelhante, em Câncer a conquista da Intuição, em Leão o domínio da libido em.... Por favor, leia as conclusões que apresentamos, pois no livro de Alice Bailey acredito que ela não pode dizer tudo o que agora procuro deixar claro para o verdadeiro buscador da Verdade. Embora todos os conceitos emitidos façam parte apenas de minha experiência pessoal ficou claro para mim que este é o roteiro mais seguro para quem quer desenvolver Kundalini, embora respeite e considere todas as outras experiências tão válidas como a que obtive e, algumas provavelmente serão bem mais superiores. Posso apenas dizer que estou satisfeito com meu
aprendizado. Considero-me apenas no vestíbulo da Iniciação humana, porém tranquilo e com metas definidas. Analise e compare você também e realize o seu caminho (12 trabalhos de Hércules) que será bastante diferente daquele que tenho trilhado, porém aprendi nos levará a conclusão que a experiência de cada um será diferente porque em nós é o próprio Logos Planetário que, através de nós está realizando sua INICIAÇÃO SOLAR. Sirva-se e medite. Boa sorte! PANYATARA
ÍNDICE
Introdução
3
Áries
8
Touro
13
Gêmeos
18
Câncer
27
Leão
33
Virgem
41
Libra
47
Escorpião
56
Sagitário
61
Capricórnio
65
Aquário
70
Peixes
76
Referências Bibliográficas
82
ÁRIES
A CAPTURA DAS ÉGUAS DEVORADORAS DE HOMENS 21 de março até 20 de abril
A HISTÓRIA
O PRIMEIRO Portal estava aberto de par a par. Uma voz chegou através de Portal: - “Hércules, meu filho, sai. Passa pelo portal e entra no Caminho. Realiza teu trabalho e volta a mim, relatando o fato”. Com gritos de triunfo, Hércules se lançou, correndo entre os pilares do Portal com arrogante confiança e segurança de poder. O filho de Marte, Diomedes, de ardente fama, governava na terra além do Portal e ali criava os cavalos e as éguas de guerra, nos pântanos de sua herdade. Os cavalos eram selvagens e as éguas ferozes, e todos os homens tremiam ao ouvir seu tropel, pois eles assolavam por todas as partes da terra, produzindo grande dano, matando a todos os filhos dos homens que cruzassem seu caminho e engendrando constantemente cavalos mais selvagens e malignos. “Captura estas éguas e detém estes atos malvados”, foi a ordem que se abateu nos ouvidos de Hércules. “Vai, liberta esta terra longínqua e os que vivem nela” “Abderis.”, gritou Hércules, “adianta-te e ajuda-me nessa tarefa”, chamando o amigo a quem amava profundamente e que o seguia sempre em seus passos enquanto ia de um lugar para o outro. Abderis se adiantou e tomou seu lugar ao lado do amigo e com ele enfrentou a tarefa. Traçando
todos os planos com cuidados, os dois seguiram os cavalos enquanto percorriam as pradarias e os pântanos dessa terra. Finalmente, Hércules conseguiu confinar as éguas selvagens dentro de um campo onde não havia mais lugar para se moverem, e ali as prendeu e as manietou. Depois, deu um grito de alegria pelo triunfo conseguido. Tão grande foi seu deleite na proeza assim posto de manifesto que ele considerou por baixo de sua dignidade pegar as éguas ou conduzi-las no caminho para Diomedes. Chamou o seu amigo , dizendo: “Abderis, vem aqui e conduz estes cavalos através do portal”. Deu as costas e marchou
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orgulhosamente para diante. Porém Abderis era débil e sentiu medo pela tarefa. Não pôde reter as éguas ou colocar nelas os arreios ou conduzi-las através do Portal, atrás das pegadas de seu amigo. As éguas se voltaram contra ele, desgarraram e o pisotearam, matando-o e depois escapando para as terras mais selvagens de Diomedes. Mais prudente, desconsolado, humilde e desanimado, Hércules voltou a sua tarefa. Procurou de novo às éguas de lugar em lugar, deixando o seu amigo agonizante sobre a terra. Novamente prendeu os cavalos e os conduziu, ele mesmo, através do Portal. Porém Abderis jazia morto. O Mestre tudo examinou com cuidado e enviou os cavalos a um lugar de repouso, para ali serem domados e reduzidos à sua faina. O povo dessa terra, libertado do temor, deu as boas-vindas a quem lhes havia libertado, aclamando Hércules como salvador da Terra. Porém Abderis jazia morto. O Mestre se voltou para Hércules e disse: - “O primeiro trabalho está terminado; a tarefa está feita, porém mal feita. Aprende a verdadeira lição desta tarefa e depois passa a outro serviço em favor de teu próximo. Sai para a região do Segundo Portal. Encontra e faz entrar o touro sagrado ao Lugar Sagrado”.
A morte de Abdéris 10
Comentário 1. O Grande Presidente que preside a Câmara de Concílio é o ‘EU SOU’ (O Cristo Interno), a manifestação da Divina Presença no coração do ser humano.
2. O Mestre que vigia Hércules é o Mestre pessoal de cada ser humano, cuja residência no homem fica na bolsa seminal, até que ele reúna as condições necessárias para que ELE APAREÇA (“Quando o discípulo está pronto, o Mestre aparece”.)
3. A Câmara de Concílio do Senhor está localizada na parte superior do ventrículo esquerdo do coração.
4. A primeira prova do candidato a Iniciação é adquirir o controle mental e o uso correto da mente. Por isso Hércules teve de começar em Áries suas tarefas.
5. As éguas devoradoras de homens que parem cavalos de guerra são os pensamentos precipitados dos Arianos (e de todos nós) que geram
outros pensamentos, mantendo nossas mentes sempre ocupadas, sobrecarregando-as com “pensamentos que nascem de pensamentos, o q ue nos impossibilita de perceber a vida como ela realmente é”. Vivemos como que dopados com nossos próprios pensamentos e sentimos certo prazer nessa situação. Abdéris representa a personalidades de que se serve o Iniciado
incipiente para realizar as tarefas de que ele acha que não lhe dizem mais respeito, mas que estão à sua disposição e devem ser realizadas por sua personalidade, porém sempre sob a supervisão da Mente Superior! O fato de falecer pisoteadaa em virtude de lhe ser imputada uma tarefa para a qual não tinha condições de assumir significa uma característica da impulsividade da personalidade Ariana que sempre deve estar sob o controle total dos
pensamentos do homem superior , ou seja, Hércules. Abdéris assume uma tarefa para a qual não estava capacitado, pois o controle do pensamento é uma atividade da Alma, ou seja, Hércules, com a
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qual entramos em contato quando meditamos. A morte de Abdéris (fracasso de uma personalidade) faz com que tenha ocorrido certo desperdício na execução da tarefa, pois Hércules sempre necessitará das experiências de suas vidas anteriores na execução de outras tarefas que será cumprida. Um destaque especial na historinha acima que não deve passar despercebido pelo estudante arguto é a frase “ Traçand o os p lanos c om c u i d a d o , que deve servir como advertência para o Iniciado, pois toda ”
impulsividade deve ser substituída pela atitude de precaução e sensatez ao se lidar com a mente descontrolada. É da natureza do Ariano o impulso de criar, daí possuir uma mente fértil, que não o deixa um momento sequer sem uma atividade provocada por seus pensamentos. Como Áries é um signo de fogo, seu mundo mental é constituído de labaredas que precisa dominar para realizar sua missão máxima: compreender a necessidade de três virtudes: a) Domínio de seus impulsos (de começar, de criar e de libertar) b) Magnanimidade c) Fé inquebrantável em si mesmo para realizar suas idéias em benefício do próximo. Áries é o signo dos anjos caídos e da Esperança.
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TOURO
A CAPTURA DO TOURO DE CRETA 21 de abril até 20 de maio
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A HISTÓRIA O Grande Senhor falou ao Mestre do homem cuja luz brilhava
entre os filhos dos homens. Que também são filhos de Deus: - “Onde está o homem que se manteve com poder diante dos Deuses, recebeu dons e entrou pelo primeiro portal aberto de par em par para trabalhar em sua tarefa?” - “Ele descansa, ó Grande Presidente e reflete acerca de seu fracasso, lamentando-se por Abderis e busca ajuda dentro de si mesmo”. - “Muito bem. Os dons do fracasso garantem o êxito quando são corretamente compreendidos. Que proceda a trabalhar mais uma vez e penetre pelo Segundo Portal!”. Só e triste, consciente da necessidade e consumido por uma profunda dor, Hércules passou lentamente entre os pilares do Segundo Portal para a luz que brilhava onde estava o touro sagrado. No horizonte se levantava a formosa ilha onde morava o touro e onde homens arrojados podiam entrar no vasto labirinto que os atraía até o aturdimento, o labirinto do Rei de Creta, o guardião do Touro. Cruzando o oceano para a ensolarada ilha, Hércules empreendeu sua tarefa de encontrar o touro e conduzi-lo ao Lugar Sagrado onde moram os homens de um olho só (os grandes Iniciados que desenvolveram a terceira visão) De um lugar ao outro, ele perseguiu o touro sagrado dentro do labirinto, guiado pela fulgurante estrela que brilhava sobre a fronte do touro. Sozinho, ele procurava o touro; sozinho ele o perseguia até a sua guarida; sozinho ele o capturou e montou sobre seu lombo. A sua volta permaneciam as Sete Irmãs, estimulando-o em seu caminho e, na luz resplandecente, ele o conduzia, entregando-o depois aos 3 ciclopes. Estes três grandes filhos de Deus aguardavam seu regresso, vigiando seu progresso através das ondas. Ele conduziu o touro como se este fosse um cavalo e com as 7 irmãs cantando, à medida que marchava. 14
Captura do touro de Creta Vem com força, disse Brontes; conduz na luz, disse Steropes, tua luz interior será mais brilhante; vem rápido, disse Arges, pois estás conduzindo através das ondas. Hércules se aproximou empurrando o touro sagrado e emitindo luz sobre o caminho que conduzia de Creta ao Templo do Senhor. Sobre a terra firme, a beira d’água, estes três pararam Hércules e se apoderaram do touro. -
Que tens tu aqui? Disse Brontes, detendo Hércules no caminho.
-
O touro sagrado, ó Deus.
-
Quem sois? Diga-nos teu nome, disse Steropes.
-
Eu Sou o filho de Hera, um filho de homem e, contudo um filho de
Deus. Realizei minha tarefa. Leva agora o Touro ao Lugar Sagrado e o salva, pois Minos desejava seu sacrifício.
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Comentário O Touro que precisava ser salvo é a virilidade (energia sexual). “Leva o Touro ao lugar Sagrado e o salva, pois Minos desejava o seu sacrifício”, significa que o Iniciado deve sublimar sua energia sexual e colocá-la ao serviço de seu Cristo Interno, no coração, pois Minos (o Inimigo Secreto) quer se apossar dela para enfraquecer e subjugar o homem aos seus propósitos. Hércules além de salvar o Touro, monta sobre o mesmo e isto significa que além de salvá-lo de Minos, domina-o (a energia sexual), dirigindoo como senhor absoluto (como se fosse um cavalo) para o lugar sagrado (O coração). A luz na testa do Touro é a Estrela Aldebaran da Constelação do Touro e as 7 irmãs são as 7 Plêiades que, na historia representam os Arcanjos Guardiões dos 7 Portais, ou seja, dos 7 Sete Centros de Força do homem. A luz na fronte do touro também simboliza a luz que os espermatozoides possuem, quando de sua disputa para fecundar o óvulo feminino. A chave do trabalho em Touro é a correta compreensão da lei de Atração e o justo entendimento do uso e controle da matéria. O estudante primeiro é provado na capacidade de sua natureza animal, segundo a atração que a grande ilusão pode exercer sobre ele.
Outros pontos também importantes:
1. Montar, controlar e dominar o touro e trazê-lo, através das ág u as para lugar firme, lembrando que as águas brilhantes representam a libido e o plano emocional (o Plano Astral ou emocional).
2. Guiar e controlar o Touro do desejo é o mesmo que aprender a dirigir a energia sexual.
3. Justa compreensão do celibato. Antes de entrar no caminho, o Iniciado pode exercer suas funções sociais de forma completa, inclusive mantendo relações maritais. Depois tem de guardar por inteiro suas energias sexuais.
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4. ”De Creta ao Templo do Senhor” significa sublimar as energias da região genésica (órgãos sexuais), colocando-as ao serviço do Morador no coração. Nota: A ilha de Creta é a região onde ficam os órgãos sexuais e O Templo do Senhor é o coração.
5. As advertências dos três Titãs (Bootes, Steropes e Arges), significam:
a) Bootes: “Vem com força” deve ser lida “Vem com a Força” e a força aqui é Kundalinî, a energia serpentina adormecida existente no homem comum e que o Iniciado (Hércules) tem de despertar e fazer subir até o coração. b) Steropes: “Conduz na Luz” significa que o propósito do Iniciado não deve permitir que esta energia seja empregada em qualquer propósito material.
c) Arges: “Vem rápido, pois estás conduzindo através das ondas”. Estas palavras representam um alerta para Hércules a fim de que não se deixe envolver por qualquer atitude emocional, pois “através das ondas” indica que ele estará sujeito aos clamores do Plano Astral (águas, ondas) e isso implica sempre no perigo da perda de líquido espermático.
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GÊMEOS
A COLHEITA DAS MAÇÃS DE OURO DO JARDIM DAS HESPÉRIDES 21 de maio até 20 de junho 18
A HISTÓRIA Hércules pergunta ao seu Mestre: Diga-me o C a m i n h o , Ó Mestre de minha Alma. Eu busco as maçãs de Ouro (fruto da Árvore da Sabedoria). Eu as necessito rapidamente para meu proveito. Mostra-me o caminho mais rápido e irei! Resposta do Mestre: “Não é assim, meu filho. O Caminho é longo. Só duas coisas te confiarei e, depois, a ti corresponderá comprovar a verdade do que digo. 1ª. Lembra que a árvore sagrada está bem custodiada. Três formosas donzelas apreciam a árvore, protegendo bem seu fruto. Um Dragão de cem cabeças protege as donzelas e a árvore. Guarda-te bem da força demasiado grande para ti, dos enganos demasiado sutis para tua compreensão. Vigia bem. 2ª. A Segunda coisa que eu te diria é que tua busca te levará onde
te encontrarás com cinco grandes provas no c a m i n h o . Cada uma te proporcionará o âmbito para a Sabedoria, a compreensão, a destreza e a oportunidade. Vigia bem. Temo, meu filho, que tu fracassarás em reconhecer estes pontos sobre o C a m i n h o . Porém, só o tempo o mostrará; Deus te acompanhe.” Confiante, porque pretendia o êxito e não o fracasso, Hércules se pôs a caminho, seguro de si mesmo, de sua sabedoria e de sua força. Buscou primeiramente por toda a região Norte do planeta, procurando a árvore sagrada. Perguntou a todos os homens que encontrou, porém nenhum lhe soube responder. O tempo passou, embora ele continuasse procurando de lugar em lugar e muitas vezes voltou sobre seus próprios passos em sua denodada busca. Embora triste e desanimado, continuou em sua meta. O Mestre, vigilante, de longe o acompanhava e enviou Nereu para ver se podia ajudar. Este veio repetidas vezes em forma variável e com
diferentes palavras de verdade , porém Hércules não respondia, nem sabia
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que o mensageiro era para ele. Não reconheceu a ajuda tão sutilmente oferecida. A primeira das cinco provas menores tinha passado e o fracasso caracterizou esta etapa. Enveredou então pelo Caminho do Sul, o lugar da escuridão. A princípio sonhou com o êxito rápido, porém Anteo, a serpente, o encontrou nesse caminho e lutou com ele, vencendo-o em todas as ocasiões. “Ela custodia a árvore”, pensou Hércules; a árvore deve estar muito perto dela. Devo acabar com seu guardião e assim, destruindo-o, abaterei a árvore e colherei seus frutos. Contudo, apesar de lutar com muita força, ele não triunfava sobre Anteo. - “Onde está minha falta? Por que Anteo pode vencer-me, se ainda quando bebê eu destruí uma serpente em meu berço com minhas próprias mãos. Por que fracasso agora?” Lutando com todo o seu poder, ele agarrou a serpente com abas as mãos e elevou-a no alto, afastando-a do solo. A luta estava terminada, pois Anteo perdeu suas forças, mas antes disse: Virei outra vez com diferente aparência no oitavo portal. Prepara-te para lutar. Feliz e confiante, Hércules continuou seguro de si mesmo e se voltou para o Oeste, onde encontrou o desastre , pois entrou, sem perceber, na 3a. grande prova, onde permaneceu longo tempo sem avançar, pois ali encontrou Busiris, o grande enganador, filho das águas e parente próximo de Poseidon. Seu trabalho é conduzir os filhos dos homens ao erro, através de palavras de aparente sabedoria, afirmando conhecer a verdade e, com
rapidez, os homens que procuram um mestre fora de si mesmos, acreditam nele. Ele fala belas palavras dizendo: - “Eu sou o Mestre. A Mim me foi dado o con hecimento da verdade e deveis fazer s acrifícios por mim . Aceitem o camin ho da vid a atrav é s d e m im . Som ent e eu sei a ver dad e e ni ng ué m m ais. Min ha ver dad e éjus ta. Qualq uer ou tra razão éerrad a e falsa. Esc utem m in has pal avras , per m aneçam c om ig o e serão s alvo s ” .
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E Hércules obedeceu; diariamente seu entusiasmo pelo caminho primitivo (a terceira Prova) debilitou-se e já não procurava mais conquistar a árvore sagrada. Sua força se esgotou. Ele amou, adorou a Busiris e aceitou tudo o que ele dizia. Sua debilidade crescia dia após dia, até que chegou a época em que seu amado mestre o amarrou a um altar e o manteve atado durante um ano. Um dia, cansado e quando já estava lutando para libertar-se, lentamente veio à sua mente palavras ditas por Nereu havia muito tempo: A
VERDADE ESTÁ EM TI MESMO. Em ti existe um poder, uma força que jaz ali, o poder que é a herança de todos os filhos dos homens que são os filhos de Deus. Neste instante, calmo, olhou para Busiris, por cuja causa estava nesse transe e havia permanecido prisioneiro, atado aos quatro cantos do altar, por um ano inteiro. Então, com a força que é inerente a todos os filhos de Deus, rompeu suas amarras, pegou o falso mestre (que havia parecido ser tão sábio) e o atou ao mesmo altar no lugar que ocupara. Não disse nada, porém o deixou ali para aprender a não enganar outros filhos do homem. E seu Mestre Real percebeu o momento da libertação e voltando-se para Nereu, disse: A 3 a. Grande prova foi vencida. Tu Nereu lhe ensinaste como encontrar a saída e, a seu devido tempo, ele soube encontrá -la. Que siga adiante. Instruído, e sem interrogações maiores, Hércules continuou com sua busca e percorreu muitos caminhos. O ano que tinha passado inclinado no Altar de Busiris lhe havia ensinado muito e, por isso retornou com maior sabedoria à sua senda. Repentinamente, deteve seus passos. Um grito de profunda dor feriu seus ouvidos. Alguns abutres, dando voltas sobre uma rocha distante chamou sua atenção; então ouviu novamente o grito. Devia prosseguir seu caminho,
ou buscar aquele que parecia estar em necessidade e assim atrasar seus passos? Refletiu sobre o problema da demora: um ano havia perdido e sentiu a necessidade de apressar-se. Outra vez ouviu um grito romper o ar e Hércules, com passos rápidos, se apressou a ir à ajuda de seu irmão que
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sofria. Foi quando se deparou com Prometeo acorrentado a uma rocha, sofrendo dores terríveis causadas pelos abutres que bicavam seu fígado, matando-o pouco a pouco. Imediatamente Hércules rompeu a corrente que o sujeitava e libertou-o afugentando os abutres para sua distante guarida e depois, cuidou do enfermo até que se recuperasse totalmente das feridas. Então, com muita perda de tempo, novamente começou a por-se no caminho. Neste instante, sentiu dentro de si a voz de seu Mestre Real, que lhe disse: - “A 4 a. prova no caminho sagrado estava se realizando com aproveitamento. Não havia ocorrido nenhum atraso. A regra que apressa todos os êxitos no caminho eleito, é:
APRENDE A SERVIR”. E Hércules continuou sua busca da árvore sagrada, agora se dirigindo para o Leste. Um dia, já cansado de viajar, ouviu, de um peregrino passante que, próximo a uma montanha distante, a árvore sagrada seria encontrada. Imediatamente ele colocou seus pés no c a m i n h o e num dia ensolarado, viu o objeto de sua busca. Apressando seus passos, gritou em sua alegria: - “Agora tocarei a Árvore Sagrada; vencerei o dragão que lhe custodia; verei as formosas donzelas de grande fama e colherei as maçãs de ouro”. Porém, novamente foi retido por um sentimento de profunda compaixão. Atlas estava à sua frente, cambaleante sob a carga do Mundo sobre seus ombros. Seu rosto estava marcado pelo sofrimento, seus membros estavam curvados pela dor; seus olhos estavam cerrados pela agonia; ele não pedia ajuda; também não viu a Hércules, mas permanecia encurvado pela dor, pelo peso do mundo. Hércules, tremendo, observou e avaliou o peso da carga e da dor de Atlas. Esqueceu sua busca. A Árvore Sagrada e as maçãs de ouro desapareceram de sua mente e somente procurou ajudar o gigante, e isso sem pestanejar. Lançou-se para adiante e ansiosamente tirou a carga dos ombros de seu irmão, levantando-a sobre seus próprios ombros, tomando para si o castigo de sustentar o mundo. Fechou seus olhos, firmando-se com esforço, e
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eis que a carga rodopiou no espaço, onde permanece até hoje, deixando ele e também Atlas livre. Diante dele estava parado o gigante Atlas e em suas mãos estavam às maçãs de ouro, oferecendo-as, com amor, a Hércules. A busca havia terminado. As três irmãs sustentavam ainda mais maçãs de ouro e o instavam também a recebê-las de suas mãos, e
Eglé a formosa donzela que é a gloria da vida e o esplendor do sol poente, lhe disse, colocando uma maçã em sua mão: O caminho para nós é
sempre marcado por atos de amor. Depois Eritheia, que cuida da porta que todos devemos passar antes que elas se fechem sozinhas ante o Grande que preside, deu-lhe uma maçã, e em suas costas, inscrita com luz, estava a palavra dourada: Serviço. Lembra isto, disse, não esqueça. E, finalmente chegou a Hespérides (Vontade), a maravilha da estrela vespertina, e lhe disse com clareza e amor: Sê e serve, e percorre o
caminho de todos os servidores do mundo daqui por diante e para sempre.
As Hespérides - “Então restituo estas maçãs para aqueles que seguem a mesma rota”, disse Hércules, regressando para onde tinha começado sua luta. Parou ante o Mestre e deu conta de tudo o que havia acontecido. O Mestre lhe expressou sua alegria e, em seguida, indicando com o dedo,
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assinalou o Quarto Portal e lhe disse: passe através deste Portal e captura a corça com chifres de ouro e patas de bronze e penetra uma vez mais no Lugar Sagrado.
Comentário “Buscar sem descanso (PERSEVERANÇA),
sem decepção
(COMPREENSÃO ESPIRITUAL) ou demasiada presteza. (PRUDÊNCIA)”. (O apressado come cru).
1. As maçãs de ouro representam a sabedoria que tem de ser conquistada através do conhecimento interno.
2. É preciso aprender a perceber a palavra do Divino em si mesmo (Nereu procurando se comunicar com Hércules), esquecendo o conhecimento e os instrutores externos (os Busiris da vida).
3. É interessante ressaltar que Gêmeos está relacionado à Sephirah Hod, regida por Mercúrio e tem como Qlipah correspondente Samael, que aparece no Jardim do Éden como o Grande Enganador. O Geminiano (principalmente) e o buscador apressado costumam se deixar levar por gurus externos e se tornam fanáticos por aqueles que elegem como instrutores que, a maioria das vezes não possui sabedoria interna e fazem com que o buscador sincero perca várias existências por ter buscado a Sabedoria fora de si.
4. A compaixão e o espírito de sacrifício devem ser exercitados pelo Geminiano. Elas nos levam ao SERVIÇO. Sem estas qualidades jamais, friso, jamais ele conquistará a Sabedoria. A compaixão sentida por Prometeo e o espírito de sacrifício demonstrado por Atlas (a 33ª. Vértebra, onde repousa a cabeça tem o nome de Atlas e a Cabeça representa o mundo que ele carregava) permitiram que Hércules conquistasse as Maçãs de Ouro sem ter que enfrentar o Dragão que protegia as macieiras. Isto é muito importante, pois demonstra cabalmente que não é a luta contra o mal que existe em nós que
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nos torna vitoriosos, mas a aquisição de valores que nos exaltam perante nossa própria Alma.
A compaixão de Hércules por Atlas A totalidade desta história significa realmente uma lição que os Aspirantes têm de dominar e é muito difícil de aprender até que se tenha passado pelas provas de Áries e Touro. No plano físico, no campo do cérebro e em seu estado de consciência desperta, o discípulo necessita aprender a registrar contatos com a Alma (através de Nereu, ou seja, da Intuição) e reconhecer suas qualidades.
Não deve mais ser somente o místico visionário, mas deve agregar à realização mística o conhecimento oculto da Realidade em seu coração. Com freqüência isto é esquecido por todos aqueles que aspiram ao conhecimento espiritual. Descansam contentes em possuir a visão da meta celestial e esquecem que vivem num Universo cuja essência é a mente divina e, por causa disso deveriam treinar a que possuem em todas as suas nuances (“Por meio da mente se formula a teoria, se distingue a verdade e se capta a Divind ade ”).
Geralmente os Geminianos forjam, no crisol da vida, uma equipagem que se caracteriza pela sinceridade, o bom desejo, o caráter agradável, e são conscientes da pureza do motivo, da boa vontade e dos requisitos necessários para alcançarem certo estado de desenvolvimento que
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os autorizaria a seguir adiante. Porém falta-lhes ainda uma coisa: não
possuem o que se poderia cham ar “a técnica da presença”; não chegam a compreender que não existem privilégios e prerrogativas dentro deste campo. Suas mentes são muitas vezes excessivamente discriminativa e tanto se apóiam em seus conceitos pessoais como naquilo que lhe traz mais conforto, negando o obvio desde que possam agir livremente naquilo que elegem como verdade. Também crêem na realidade da Alma, na possibilidade da perfeição, na Senda que deve ser pisada, porém suas crenças ainda não foram transmutadas em conhecimento do reino espiritual. E pior! Não sabem como conquistar sua meta que só será atingida quando desenvolverem a compaixão e o espírito de sacrifício dentro de si mesmo. Geralmente fazem como Hércules: empreendem a quíntupla busca para alcançarem o resultado almejado, mas a maioria se perde no meio do caminho. Como Gêmeos é um signo mental, é preciso que seus nativos vençam, acima de tudo, a fascinação e a ilusão por suas convicções pessoais, pois, no desenvolvimento da aspiração espiritual, o discípulo é muito propenso a cair no astralismo e no psiquismo inferior, adorando ídolos ou a si mesmos e também a símbolos que muitas vezes não se enquadram, por superiores ou inferiores, no quadro mental daquele que aspira a verdade, como foi o caso de Hércules com Busiris. A fascinação faz com que as coisas estejam sempre mudando, tomando sempre uma ou outra forma, mas sempre está longe da verdade. Costuma geralmente se referir à aparência e não à realidade das coisas e é por causa disso que a vida do Geminiano na face da Terra se mantém mais pelas aparências e nunca pelo valor real daquilo que é idolatrado, tendendo sempre a se decepcionar com o objeto de sua fascinação. Entretanto, quando acordam (geralmente perdem uma vida!) amarram seus “Busiris”
no altar das mentiras e seguem adiante para se tornarem vencedores.
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CÂNCER
A Captura da Corça com chifres de ouro. 21 de Junho até 21 de julho
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A HISTÓRIA
Hércules, depois de receber a tarefa de capturar a Corça com chifres de ouro está diante do quarto Grande Portal. Não pronuncia nenhuma palavra nem nenhum som. Além deste Portal se estende uma paisagem com contornos despojados e no horizonte afastado se levantava o templo do Senhor, o santuário do Deus-Sol. Sobre uma colina próxima estava parado um belo espécime da família dos cervos e Hércules olhou e escutou e, escutando, ouviu uma voz. A voz saía do brilhante círculo da Lua, que é o lar de Ártemis filha de Zeus e Leto e irmã gêmea de Apolo. No panteão romano foi identificada com Diana, a caçadora. E Ártemis, a fada, falou palavras de advertência ao filho de Deus: “A corça é minha, portanto, não a busques”, disse ela. “Durante eras eu a alimentei e a cuidei quando jovem. A corça é minha e minha deve permanecer”. Então surgiu Diana, a caçadora dos céus, a filha do sol. Saltando para a cerva, ela também reclamou a posse da mesma: “Não é assim”, disse a formosa donzela; a corça é minha e minha deve permanecer. Hércules parado entre os pilares do Portal escutou a querela entre as Deusas e muito se assombrou enquanto as duas donzelas disputavam à posse da corça. Outra voz assaltou seu ouvido e com dominante acento disse: “A corça não pertence a nenhuma donzela, ó Hércules! senão a Deus, cujo santuário tu vês no monte distante. Vai e resgata-a e depois leva-a em segurança ao santuário e deixa-a ali. Uma tarefa simples de fazer, ó filho de Deus!, porém (e medita bem minhas palavras) sendo um filho de Deus, tu podes, assim, buscar e pegar a corça. Vai. Hércules saiu através do 4 o. Portal deixando atrás de si os muitos
dons recebidos afim de que não estorvassem a veloz perseguição que tinha por diante e, de certa distância, era observado pelas donzelas discutidoras. Artemísia e Diana seguiam os movimentos da corça e quando ela surgia para Hércules, cada uma delas enganava-o, buscando frustrar seus
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esforços. Hércules perseguia-a de um ponto a outro e cada uma delas com sutileza o enganava e, assim, procederam várias vezes. Pelo espaço de um ano (*), Hércules perseguiu a corça de lugar em lugar, vendo apenas ligeiros reflexos de sua forma, tendo chegado a concluir, ao penetrar as regiões mais profundas do bosque, que a tinha perdido. De colina em colina, de bosque em bosque, ele a perseguiu até muito próximo de um tranqüilo lago onde, de corpo inteiro, sobre a relva não pisada, ele a viu dormindo, cansada de suas carreiras.
Hércules captura a Corça de chifres de ouro Com passo silencioso, mão estendida e olho fixo, ele disparou uma flecha para a corça e a feriu em sua pata. Estimulando toda a vontade da qual estava possuído, se aproximou mais e, contudo, a corça não se moveu. Assim, se adiantou mais próximo e envolveu-a em seus braços próximo de seu coração, sendo observado por Artemísia e Diana. A busca havia terminado, cantou em voz alta: - “ A corça agora é minha!” “Isto não é verdade, ó Hércules!”, ouviu a voz de alguém que permanece próximo ao Grande Presidente dentro da Câmara de Concílio do
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Senhor. A Corça não pertence ainda aos filhos de homens, mesmo que seja um filho de Deus. Leva a corça a aquele Santuário, onde moram os Deuses e deixa-a ali, com eles. - “Por que deve ser assim, ó sábio Mestre? A corça é minha; minha pela longa busca e a longa viagem que fiz e, por confirmação, sustento-a perto de meu coração”. -”E não é tu um filho de Deus, embora também um homem”? E não é este santuário também tua morada? E não compartes tua vida com todos os que moram aí dentro? – “Leva ao Santuário de Deus a corça sagrada e deixa-a ali, ó Filho de Deus”. E Hércules assim procedeu.
Comentário É necessário deixar atrás de si “os muitos dons conquistados”, pois na busca da Corça (a intuição) os valores que pertencem à mente só atrapalham. Câncer é o signo do instinto, da mente subconsciente, do instinto hereditário, a imaginação coletiva, da vida de rebanho, de relação com a massa (matéria). A corça representa a intuição, que conseguimos capturar, mas, depois de deixá-la no Altar sagrado do coração, teremos de capturá-la muitas vezes, pois ainda não é uma qualidade humana Artemis, a Deusa lunar relacionada astrologicamente a mente instintiva, se dizia dona da corça. Diana, a Deusa Caçadora, relacionada à ardilosidade mental, também se dizia dona da corça. Porém nenhuma das duas a possuem, pois estão relacionadas à mente racional, impeditiva da mente intuitiva. Câncer é uma das duas portas do Céu; a outra é Capricórnio (Jesus dá a Pedro as chaves das duas portas do Céu (Zodíaco)) que são os solstícios de Verão e Inverno. Câncer e Capricórnio são denominados em linguagem esotérica as portas do Céu.
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Câncer é a Porta dos homens, pela qual eles vêm à encarnação; Capricórnio é a Porta dos Deuses, pela qual os homens voltam ao céu. As pessoas nascidas em Câncer geralmente são demasiado sensíveis, demasiado emocionais, buscando sempre se esconder dentro da casca que criam para elas mesmas. Não enfrentam; são tão sensíveis que é difícil lidar com elas e tão efusivas (e às vezes indefinidas), que é difícil compreendê-las ou restringi-las.
O instinto é a consciência da forma e da vida celular , o modo de conhecimento da forma e, por conseguinte, Artemísia, que governa sobre a
forma, reclama a corça sagrada; ela representa a inteligência instintiva. Diana reclamava a corça porque para ela (a ardilosidade mental, a esperteza), esta (ou seja, a corça ), é o intelecto (que ela necessita para melhorar sua percepção). O homem, o grande buscador, o grande caçador, também a queria, porém a corça para ele representava outra e mais superior forma de percepção: é a esta que Hércules, o aspirante, buscava. Não era a corça, o instinto vital que ele procurava, pois já o possuía. Não era a corça, o intelecto que ele buscava, pois também já o possuía. Era algo mais. Para isso ele empregou um ciclo de sua evolução buscando e finalmente conseguiu capturar a corça com os chifres de ouro, que inclusive era também reclamada pelo Deus Sol, que reconheceu nela a
intuição espiritual, essa expressão de sua própria consciência, que dá ao discípulo uma nova visão de campos de contato com a humanidade e abre, para ele, uma nova forma de ser. Ambas as deusas pretendentes têm uma finalidade.
O problema de Ártemis e de todos os discípulos é usar corretamente o instinto em seu justo lugar e em sua maneira própria, ou seja, não esquecer o potencial de Ártemis dentro de si. Ele também deve aprender a usar o intelecto sob a influência de Diana, a filha do sol, e através dele, se colocar em relação com o mundo da investigação e das idéias humanas.
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Da mesma forma deve aprender a levar essa sua capacidade ao Templo do Senhor (o coração) e ali vê-la transmutada em intuição. Em seguida, através da superação racional, chegar a conhecer as coisas do espírito e daquelas realidades espirituais que nem o instinto nem o intelecto podem revelar. (E cada vez os filhos dos homens que também são filhos de Deus, devem recapturar a realidade espiritual, no longo Caminho para o infinito). Isto significa que a Intuição ainda não é uma qualidade constante no ser humano e que somente com seu aprimoramento moral, ou seja, desenvolvendo os valores de seu coração é que poderá desfrutar de maior convívio com essa qualidade de sua Alma. É importante notar que Hércules sempre colocava a corça na região do coração, pois ali é o seu lugar e não cérebro, veículo ainda inadequado para expressar esta qualidade que será apanágio da 6ª. Raça próxima vindoura.
Nota: Os chifres na cabeça da escultura de Moisés, feita por Miguel Ângelo (Igreja de S.Pedro, em Roma) e os chifres na cabeça do Cristo da Basílica de Vezelay, na França, têm o mesmo significado: Plena consciência divina ou búdica, que o homem capta através de “insights”, que denominamos
intuição. Os dois campanários das Igrejas romanas (estas são representações da cabeça humana) também têm a mesma conotação esotérica.
Em Áries - a mente impulsiva Em Touro - Mente do desejo Em Gêmeos – a mente intelectual. Em Câncer – a mente intuitiva.
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LEÃO
MATANDO O LEÃO DE NEMÉIA 22 de julho até 21 de agosto
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A HISTÓRIA O Grande Presidente, dentro da Câmara do Concílio do Senhor (O EU SOU), observava o repouso do guerreiro cansado e vigiava seus pensamentos. Dirigiu-se ao Mestre q u e s e m a n t i n h a a o s e u l a d o , dentro da Câmara do Concílio do Senhor: - “O tempo para um terrível trabalho está prestes a acontecer. Este homem, que é um filho de homem e não obstante um filho de Deus, deve estar preparado. Que verifique as armas que possui e que mantenha p o l i d o o s e u e s c u d o e que submerja suas flechas numa mistura letal, pois horrível e espantoso é o trabalho que tem pela frente. Que se prepare”. Entretanto, Hércules descansava de seus trabalhos e não tinha nenhuma informação sobre o que o esperava. De vez em quando, lembrava gostosamente quando, além do Quarto Portal, persegue a Corça Sagrada até o T em p l o d o S e n h o r e esta, porque agora já o conhece bem, sempre atende
gentilmente aos seus chamados, permitindo que ele a coloque sobre o seu coração. Sendo requisitado novamente, Hércules se colocou diante do Quinto Grande Portal, armado até os dentes com todos os instrumentos de guerra a que tinha direito um verdadeiro guerreiro e enquanto ele se mantinha ereto, os deuses vigilantes observavam seu passo firme, seu olhar ansioso, sua mão
pronta para a luta. - “Que faço eu aqui? Perguntou ele. “Qual a prova - e por que estou necessitado de passar este Portal?” Falando assim, ele escutava esperando ouvir uma voz. – “Que faço eu aqui, Ó Mestre de minha vida, armado como Tu vês, com toda a panóplia de guerra? Que faço eu aqui?” - “Soou um chamado, Hércules, um clamor de profunda dor. Teus ouvidos exteriores não responderam a esse chamado e, não obstante, o ouvido interno conhece bem a necessidade, pois ele ouviu uma voz, sim, muitas vozes, falando da necessidade, do apelo para que tu te arrisques novamente. O povo de Neméia pede ajuda para que Hércules os livre de um leão que os
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apavora e angustia. A notícia de tuas proezas se alardeou. Eles pedem que tu mates o leão que devasta sua região, fazendo vítimas entre os homens. - “E esse o ruído que ouço”? Perguntou Hé rcules. É o rugido de um leão que escuto no ar vespertino?” O Mestre disse: - “Vai, bu sc a o l eão qu e ass ol a a reg ião si tuad a
. O povo desta assolada comarca na parte mais distante do Quinto Por tal vive silenciosamente detrás de suas portas com ferrolho; não se aventuram sair para cumprir suas tarefas, nem cultivar suas terras, nem semeiam. De norte a sul, do leste a oeste o leão saqueia e espreitando captura a todo aquele que cruza seu caminho. Seu espantoso rugido é ouvido ao longo da noite e todos estão tremendo detrás de suas portas trancadas. Que farás, Ó Hércules? Que farás?” Hércules, prestando atenção, respondeu à necessidade. No lado mais próximo do grande Portal que custodia firme a região, ele deixou cair as armas de guerra retendo para seu uso o garrote, cortado por suas mãos, de uma árvore jovem e primaveril. - “Que estás fazendo, ó filho de homem, que sois também um filho de Deus?” - “Este admirável conjunto de armas só me oprime, atrasa minha velocidade e obstrui minha marcha no caminho. Não necessitarei nada senão minha robusta maça e, com esta clava e meu intrépido coração, irei por meu caminho procurar o leão. Comunica ao povo de Neméia que vou pelo Caminho e diga-lhes que abandonem seu temor”. Durante longo tempo Hércules procurou o Leão. Muitos dias e muitas noites se passaram com ele explorando o Caminho e prestava ouvidos ao rugido do leão, enquanto o povo de Neméia se protegia atrás das portas fechadas. De repente viu o leão. Estava parado à beira de um espesso matagal. Vendo o inimigo que se aproximava e que parecia completamente sem temor, o leão rugiu, e com seu rugido os arbustos balançaram, o povo de Neméia fugiu e Hércules permaneceu imóvel.
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Empunhou seu arco e seu estojo de flechas e, com mão segura e olho esperto, apontou uma flecha no lombo do leão. A flecha resvalou e caiu sobre a terra, sem atravessar o lombo do leão. De novo e repetidamente ele disparou suas flechas sobre o leão até que não restou uma flecha em seu carcás. Então o leão partiu para ele intocado, ileso e enfurecido, completamente sem temor. Arrojando seu arco sobre a terra, o filho do homem, que é um filho de Deus, se lançou também com um grito selvagem para o leão que estava na Senda, bloq ueando s eu caminh o , espantado da proeza com
a
qual
até
então
não
se
havia
encontrado.
Hércules
avançava.
Repentinamente, o leão se voltou e bateu em retirada, fugindo pelo matagal e desapareceu. E assim continuaram os dois. Repentinamente, enquanto corria pelo Caminho, o leão desapareceu e não foi visto nem se o ouviu mais.
Hércules se deteve no C a m i n h o e permaneceu silencioso. Ele procurava em todos os lados, empunhando seu firme garrote. Por todos os lados ele buscava; passava por todos os caminhos, indo de um ponto a outro sobre a longa Senda que corria contra os flancos da montanha. De repente, se aproximou de uma cova e dali ecoou um forte rugido, uma voz selvagem, surda e retumbante, que parecia dizer-lhe que se detivesse ou perderia sua vida. Hércules permaneceu quieto, gritando para o povo da região: - “o Leão está aqui. Aguardem minha façanha”. E Hércules que é um filho de homem e, contudo um filho de Deus entrou na cova e percorreu toda a sua extensão escura até a luz do dia e não encontrou o leão, somente outra abertura na cova que conduzia à luz do dia. E enquanto permanecia em suspenso, ou vi u o leão atr ás d e s i, n ão n a fr en te.
- “Que farei?” disse. “Esta cova tem duas aberturas e enquanto eu entro por uma o leão sai pela que eu deixei atrás. Que farei? As armas não me servem. Como matar este leão e salvar o povo de seus dentes. Que farei?”. Enquanto procurava um meio para fazer algo e escutava o rugido do leão, viu alguns montões de lenha e paus atirados em grande profusão, ao alcance de sua mão. Tirando do monte o que necessitava, arrastou-os com todas as suas forças e colocou um monte de paus e hastes com pequenas
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ramas secas dentro da abertura que estava próxima e as amontoou ali, bloqueando o caminho à luz do dia, para entrar e sair, fechando-se e encerrando o feroz leão dentro da cova. Então se voltou e encontrou o leão.
A sufocação do leão por Hércules Com suas mãos, pega o leão, comprimindo-o com força, sufocandoo. Próximo de seu rosto sentia o aspirar e respirar do leão. Porém, com decisão, manteve sua garganta apertada e o estrangulou. Mais e mais débeis se tornaram os rugidos de ódio e temor; mais e mais débil se tornava o inimigo do homem; cada vez mais baixo se abatia o leão, porém Hércules o sustentava, asfixiando-o (tirando seu alento
).
E foi assim que ele matou o
leão com suas duas mãos, sem suas armas e com sua própria e admirável
força. Depois, retirou sua pele, mostrando-a para o povo que não podia entrar na cova. – “O leão está morto”, gritavam, “o leão está morto”. Agora podemos viver e lavrar nossas terras e semear as sementes que necessitamos e andar em paz para sempre. O leão está morto e grande é o nosso libertador, o filho de homem que é um filho de Deus, chamado Hércules. Assim Hércules retornou triunfante Àquele que o enviou para provar sua força, para servir e satisfazer a necessidade daqueles que se encontravam
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em horrível angústia. Ele colocou a pele de leão sob os pés do que era o Mestre de sua vida e obteve permissão para usar a pele no lugar da já gasta
e usada. - “A façanha está feita. O povo agora está livre. Não existe mais medo. O leão está morto. Com minhas próprias mãos eu estrangulei o leão e assim o matei.” - “De novo, ó Hércules, mataste um leão. Outra vez o estrangulaste.
O leão e as serpentes devem ser mortas repetidas vezes. Bem fizeste, meu filho; vai e descansa em paz com aqueles que hás libertado do temor”. O quinto trabalho terminou e eu vou relatá-lo ao Grande Presidente, que está esperando na Câmara do Concílio do Senhor. “Descansa em paz”.
E da Câmara do Concílio chegou uma voz: - “EU SOU”.
Comentário Para os Iniciados na Ciência Secreta: O Arco e estojo de flechas representam a aspiração do Iniciado O “escudo polido” é o corpo mental superior ou o Augoeides , a luminosa radiação divina do EU Real. No signo de Leão o homem se torna a Estrela de 5 pontas, ou seja, o símbolo da individualização perfeita, do ser que conhece a si mesmo, por isso reina. Antes disso ele tem que dominar a Besta e mostrar seu poder sobre ela. O Quinto portal onde se achava Hércules é o chacra laríngeo (o 5º. Chacra, contando do Básico para cima), o chacra do Verbo Criador. O Leão é a libido, o instinto sexual e o l u g a r m a i s l o n g e é o chacra Genésico (Swadhisthana, o chacra da energia sexual), a cova da Besta. É preciso notar que falamos de duas energias importantes, ambas criadoras, ou seja, o verbo, a palavra e a energia sexual. “O leão que estava na Senda, bloqueando seu caminho” é uma
frase simbólica e deixa claro que enquanto não dominar a libido, o homem estará impedido de realizar seu progresso na Senda.
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Hé rcu les se d eteve no Camin ho e perm aneceu silenc ios o. Isto
significa que, dentro do propósito que perseguia, parou para meditar . O garrote de Hércules, a arma que ele mesmo havia feito é sua
VONTADE. Os rugidos do leão simbolizam a libido em ação, demonstrando seu poder. A fuga do leão e a ausência dos rugidos denotam que houve progresso de Hércules no Caminho ou Senda. A “admirável força” de Hércules é a energia Kundalini. O “povo de Neméia” são os átomos aspirantes do corpo mental superior do homem (Envoltura Prateada ou o “Augoeides”). No Êxodo, eles representam o povo que se tinha libertado do jugo de Faraó e que atravessou o Mar Vermelho (o fígado) e se emanciparam da escravidão humana. As duas covas são a vulva e o ânus sendo que este (utilizado para o sexo anal deve estar vedado para que o encontro com o Leão se faça na vulva. Quando isto acontece o controle da libido só pode ser feito através do controle da respiração, que deve ser profunda e tranqüila, fazendo que Kundalini flua até o coração. Em resumo: Em Leão, Hércules (a Mente Superior), através da prática de Pranayama, sufoca (asfixia) a libido que o impede de prosseguir no
Caminho para libertar o “Povo de Neméia”. A Epístola de S. Pedro (1Pedro 5:8) se refere à esta etapa da evolução e diz assim: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso
adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar”.
Para os Profanos a explicação seria esta: O Leão de Neméia é a Besta que existe em cada um de nós, que precisa ser destruída antes que possamos enfrentar a Hidra de Lerna em Escorpião. Ele é também a personalidade que, neste signo, aparece prepotente, egoísta, agressiva, autoconfiante, com uma força devastadora no núcleo familiar, na sociedade ou na organização na qual possa estar filiado. A partir desta etapa (Signo de Leão), estas características da personalidade têm de cessar de se manifestar. Elas que foram tão necessárias para ajudar no
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desenvolvimento da Alma, a partir desta fase da evolução se oporão a manifestação plena do Eu Superior (a Individualidade = o EU SOU, Hércules) e, por isso, precisam ser destruídas. O Egoísmo, o instinto auto-protetor precisa dar lugar à abnegação, o que é literalmente a subordinação do “eu” ao “EU”. Numa explicação mais filosófica, podemos dizer que o Ser humano necessita abandonar sua condição animal e se tornar realmente espiritual. Isto é importante porque a raça está mudando sua natureza de emocional para mental e, por causa disso está abandonando o plexo solar, residência do “kamas-manas” dos hindus, para o ventrículo esquerdo do coração, sede do corpo MENTAL, relacionado ao terceiro ventrículo cerebral, onde temos o corpo pituitário, que é dual em sua configuração. Como um dos lóbulos da Pituitária (o frontal ou antepituitário) é a sede da mente raciocinadora, da intelectualidade e, seu outro lado, o postpituitário, o assento da natureza emocional imaginativa, ambos deverão funcionar em completa e apropriada atividade criando uma personalidade plena e ativa, auto-controlada, com pronunciada atividade mental e resistência. O corpo pituitário, com seus dois lóbulos também simboliza a cova com suas duas aberturas, uma das quais Hércules teve de interditar, antes que pudesse controlar a personalidade com a mente superior, pois somente quando bloqueou a abertura das emoções pessoais (pós-pituitária), abandonando inclusive seu seguro garrote, recusado simbolicamente para não levar mais uma vida pessoal egoísta (o desapego total, não mais vontade pessoal), foi que ele pôde, entrando pela abertura representada pela ante-pituitária, submeter o leão da personalidade nessa cova. É aí, onde o leão da personalidade desenvolvida tem sua guarida e que o deus sol, Hércules, ou seja, cada um de nós, teremos de triunfar para vencer a Besta dentro de nós. Em Leão, o Iniciado mata o “eu” animal e o incorpora (veste sua pele), dominando suas emoções (fecha a cova) com o intelecto.
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VIRGEM
APODERANDO-SE DO CINTURÃO DE HIPÓLITA 22 de agosto até 21 de setembro
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A HISTÓRIA O Grande Presidente chamou o Mestre que vigiava Hércules. - “A época se aproxima”, disse. “Como está se conduzindo o filho de homem que é um filho de Deus? Está novamente preparado para aventurar-se e provar sua têmpera com um adversário de uma classe diferente? Pode passar agora o sexto Grande Portal?” O Mestre respondeu – “Sim, ele está seguro de si mesmo; quando um novo mandato sair, ele voltará a trabalhar novamente; isto posso afirmar ao Grande Presidente dentro da Câmara do Concílio do Senhor”. Então surgiu a ordem. – “Levanta-te, ó Hércules e atravessa o sexto Grande Portal”. Outra ordem surgiu ao mesmo tempo, não para Hércules, mas para aqueles que habitavam nas margens do grande mar. Eles ouviram e escutaram. Nessas margens habitava a Grande Rainha, que reinava sobre todas as mulheres do mundo então conhecido. Estas eram suas vassalas e, ao mesmo tempo, seus ousados guerreiros. Dentro de seu reino não se encontrava nenhum homem. Só as mulheres se reuniam em volta de sua rainha. Professavam diariamente seu culto dentro do Templo da Lua e ali elas faziam sacrifícios a Marte, o deus da guerra. Por esta época vinham de regresso de sua visita anual a terra dos homens. Dentro dos recintos do Templo elas esperavam a ordem de Hipólita, a rainha, que estava parada sobre os degraus do Altar Maior, levando o cinturão que Vênus, a rainha do amor, lhe dera. Esse cinturão era um símbolo, um símbolo da unidade conquistada através da luta, do conflito, da contenda; um símbolo da maternidade e da Criança Sagrada, para quem toda vida humana realmente se volta. - “Chegou a noticia”, disse ela, “que por seu caminho vem um guerreiro cujo nome é Hércules, um filho de homem e, não obstante, um filho de Deus; a ele devo entregar este cinturão que uso. – “Obedecerei a ordem, ó Amazonas, ou combateremos a palavra de Deus?
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Enquanto
elas
escutavam
suas palavras e enquanto refletiam acerca do problema, novamente surgiu uma voz, informando que ele já estava presente,
esperando
apoderar-se
do
sim
sagrado
cinturão da aguerrida rainha. A Rainha das Amazonas se
apresenta
Hércules
e
diante
este
de
lhe
dá
combate sem escutar as belas palavras
que
esta
se
esforçava
por
dizer.
Ele
arranca o cinturão oferecido em obséquio como símbolo de unidade e amor, de sacrifício e de fé e mata Hipólita, que estava disposta a lhe entregar prazerosamente
o
cinto.
Estarrecido e horrorizado do que havia feito, Hércules permanecia ao lado da rainha agonizante, e ouviu uma voz dizer: - “Meu filho, Por que matar o que necessitamos, está próximo e é querido? Por que matar a quem amas, a doadora de dignos presentes, custódia do possível? Por que matar a mãe do Menino Sagrado? Outra vez te advertimos do fracasso. Outra vez não entendeste. Redime-te agora mesmo e busca outra vez meu rosto”. Fez-se silêncio e Hércules, levando o cinturão sobre seu peito, buscou o caminho de volta, deixando às mulheres lamentando-se, privadas de direção e de amor. Hércules foi novamente para as costas do grande mar e, próximo à costa rochosa viu um monstro do abismo sustentando entre suas mandíbulas a
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pobre Hesíone. Seus gritos e lamentos se elevavam ao alto e feriam os ouvidos de Hércules, entregue a compaixão e sem conhecer o caminho que pisava. Sem hesitar, ele se lançou prontamente em sua ajuda, porém demasiado tarde. Ela havia desaparecido dentro da garganta cavernosa da serpente marinha. Porém, esquecendo de si mesmo, Hércules afastou resolutamente as ondas e alcançou o monstro, que voltando-se para ele com rápido ataque e forte rugido, abriu sua imensa boca. Hércules se lança pela mesma em busca de Hesíone, arrebata-a e enquanto a sustentava com a mão esquerda, com a espada abria caminho desde o ventre da serpente até a luz do dia. E assim a resgatou, compensando, desta forma, seu prévio ato de morte. Pois assim é a vida: um ato de morte, um ato de vida e assim, os filhos dos homens, que são filhos de Deus aprendem a sabedoria, o equilíbrio e a Senda para caminhar com Deus. Da Câmara do Concílio do Senhor, o Grande Presidente era espectador de tudo. De seu posto ao seu lado, o Mestre também contemplava. Hércules retornou passando novamente o Sexto Portal. Vendo isto e vendo o cinturão e a donzela (Hesione), o Mestre disse: - “O sexto trabalho está terminado. Mataste a quem te estimava e todo o desconhecido e o não reconhecido que te dava o necessário amor e poder. Resgataste a quem te necessitava, e assim de novo os dois são um. Reflete outra vez sobre os caminhos da vida refletindo-se nos caminhos da morte. Vai e descansa, meu filho”.
Comentário O que podemos aprender disto tudo. Existe uma frase do Mestre TIBETANO (Djwal Kuhl) que afirma: “O
abuso da substância e a prostituição da matéria para fins perversos é um grande pecado contra o Espírito Santo”. Foi este pecado, o maior de toda a sua peregrinação que Hércules cometeu em sua prova no signo de VIRGEM, quando não compreendeu que a rainha das Amazonas tinha que ser redimida pela união, pelo amor, não morta como aconteceu. A mulher precisa ser reconhecida como parceira e não como
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criatura submissa que não participa da vitória do Iniciado. Atualmente o homem só vê a mulher em sua utilidade para atender suas necessidades materiais, porém é somente no relacionamento superior com a mulher que ele pode penetrar na Sephirah Hod encontrar sua outra parte, ou seja, sua androgeneidade. De novo o Tibetano enfatiza uma e outra vez o fato de que é “por meio da humanidade que uma consumação de sutil eficiência se produzirá, a qual fará possível a expressão do todo”.
A mulher nua com um cinturão envolvendo suas ancas (Hipólita) é o símbolo da Sephirah NETZACH, a Vitória, situada no pilar da Misericórdia e se refere às polaridades, cuja finalidade é estabelecer correto relacionamento humano, não só o vertical como o horizontal e, para isto, antes é necessário conhecer nossa androgeneidade em Hod. A polaridade horizontal é a de duas forças da mesma qualidade,
entre dois homens ou duas mulheres . No seu aspecto mais elevado, essa polaridade tem como função gerar amizade, o que está intimamente ligado a Netzach. Em seu aspecto adverso, quando essa força é por demais intensa, pode levar à homossexualidade, o que é considerado pelos ocultistas uma perversão, porém, infelizmente é ainda usada na magia sexual. (Nota: Um dia, no futuro, homens e mulheres irão compreender que tanto o homem como a mulher com ascendência sexual contrária ao seu sexo de nascimento é uma rara oportunidade de conquistar a iluminação espiritual). Hércules teve uma grande oportunidade, de como guerreiro, receber a amizade de uma guerreira e a jogou fora, matando Hipólita. Redimiu-se salvando Hesíone (seu lado feminino), mas que não trazia aquilo que Hipólita oferecia ( M eu filh o, por q ue m atar o qu e necess itamo s, estápróxim o e é querido ? Por que matar a quem am as, a doadora de digno s presentes, cu stódio do po ss ível? Por qu e matar a m ãe do Menin o Sagr ado ? Ou tra vez te advertim os do fracass o. Outra vez não en tend este .). Isto se refere
unicamente ao lado feminino que todo homem possui, que é a mãe do Menino Sagrado que está em seu coração, que precisa ser exaltada, a fim de gerar sempre frutos sazonados. Hipólita era Kundalini e seu cinto representa a
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energia feminina que o homem deve saber utilizar sem se prostituir; é o cinto da Vitória em Netzah. As três virtudes requeridas em Virgem são: a)
TOLERÂNCIA;
b)
COMPAIXÃO e;
c)
CARIDADE.
Elas fazem que o Estudante cresça tornando-se cada vez mais inclusivo. Hércules falhou na tolerância, mas venceu na compaixão e caridade. Necessitava de uma guerreira para se completar, porém mais pelo medo da experimentação de conviver com aquela qu e necessitava, estava pr óxim a e équ erid a e representava seu lado feminino, porém numa condição
que ele ainda não podia suportar por causa de certo machismo ainda cultivado na maioria daqueles que pretendem a Ascensão espiritual. Este é um dos grandes problemas do verdadeiro iniciado: intolerância com um estado de ser que terá de assumir com sabedoria ou, então, terá de “ pecar contra o Espírito Santo”.
Uma das mais úteis interpretações dadas nesta explicação sobre a tolerância é que não deve ser praticada como atualmente, com um matiz de superioridade e condescendência. A verdadeira tolerância vai mais profundo que uma atitude tal como “viver e deixar viver”, a qual, com freqüência , não se manifesta sem uma mancha de presunção e auto-centrada indiferença para tudo, exceto para nossa própria verdade.
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LIBRA
CAPTURA DO JAVALI DE ERIMANTO 22 de setembro até 21 de outubro
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“Sai, me filho, e captura o javali; salva uma região assolada, porém toma o tempo de alimentar-te”. Apolo vem e lhe oferece um arco chamejante para usar. Diz Hércules: - “Não o levarei comigo no caminho por temor de matar. Em meu último trabalho, nas margens do grande mar, eu matei e destruí. Desta vez eu não matarei. Eu abdico do arco. Desarmado, exceto por sua forte clava, subiu a montanha, procurando o javali, vendo a cada lado, visões de medo e terror. Subiu ainda mais e mais alto. Então se encontrou com um amigo, Folo, um de um grupo de centauros, conhecido dos deuses. Eles se detiveram e conversaram e, por um momento, Hércules esqueceu o objeto de sua busca. E Folo chamou a Hércules, convidando-o a abrir um tonel de vinho, que não era seu, nem tampouco pertencia a Folo. Este grande barril pertencia ao grupo de centauros; dos deuses, que os haviam beneficiado com o tonel, havia vindo a ordem de que nunca deveria ser aberto, salvo quando todos os centauros se encontrassem e estivessem presentes. O tonel pertencia ao grupo. Porém Hércules e Folo o abriram na ausência de seus irmãos, chamando a Quíron, outro centauro sábio, para que fosse e compartilhasse da bebedeira. Este assim o fez e os três beberam juntos e se deleitaram e se embriagaram e fizeram muita farra. O alarido foi ouvido pelos outros centauros onde se encontravam. Eles acudiram encolerizados e uma feroz batalha teve lugar e apesar das sábias resoluções, novamente o filho do homem se transformou no mensageiro da morte e matou a seus amigos, os dois centauros com os quais antes havia bebido. E enquanto os outros centauros se afligiam com fortes lamentações, Hércules escapou outra vez para as altas montanhas e novamente reassumiu sua busca. Ele foi até os limites da neve, seguindo as pegadas do feroz javali; seguiu-o até as alturas e o áspero frio e, contudo, não o viu. A noite se aproximou e as estrelas começaram a sair e ainda não tinha pista do javali. Procurou dentro de si mesmo alguma destreza ou malícia sutil. Colocou então, uma armadilha com habilidade e sabiamente oculta e esperou numa sombra
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escura a chegada do javali. As horas passaram e ele esperou até o alvorecer. O javali saiu de sua guarida buscando comida, impulsado por uma fome de dias. Nas sombras, próximo da armadilha, Hércules o esperava. O javali caiu dentro da armadilha e em seu devido tempo Hércules livrou-o, fazendo-o prisioneiro de sua habilidade. Lutou com o javali e o dominou, obrigando-o a fazer o que ele dizia e seguir o caminho que desejava. Hércules desceu feliz do alto da montanha, conduzindo diante de si, pela senda que baixava, o feroz, porém domesticado, javali. Pelas patas traseiras, ele conduzia o javali e todos na montanha riam ao ver a cena. Todos os que o encontravam no caminho, cantando e bailando, riam também ao ver a marcha dos dois. E todos dentro da cidade riam ao ver a mesma cena: o cambaleante e cansado javali e o homem que ria e cantava. Assim executou Hércules seu sétimo trabalho e regressou para o Mestre de sua Vida. E o Grande Presidente dentro da Câmara do Concilio do Senhor observou: “A lição do verdadeiro equilíbrio foi aprendida. Ainda falta uma lição. De novo, no nono Portal, o centauro deve ser encontrado e conhecido e retamente compreendido”. E o Mestre disse: O sétimo trabalho está completado, o sétimo Portal foi ultrapassado. Considera as lições do passado; reflete sobre as provas meu filho. Duas vezes mataste o que deverias amar. Aprende o por que.”
Hércules dominando o javali
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Comentário Lições para o Libriano A síntese da lição em Libra é o AUTODOMINIO 1. O Javali representa o autodomínio; o perfeito controle da mente e das emoções.
2. Os vapores do prazer devem ser dissipados antes que a tarefa maior do autodomínio, isto é, da captura do javali seja empreendida.
3. A repentina intervenção da catástrofe, dentro da existência buscadora de prazer do Libriano, por desagradável que a
experiência possa ser, é uma necessidade para o desenvolvimento da Alma. Sem tais tragédias, as potencialidades de Libra permanecem latentes. O Libriano
empreende seu caminho no inverno, uma época de desolação, quando a vida da personalidade perdeu seu atrativo. 4. Hércules não usa a força bruta para capturar o javali. Ele coloca uma armadilha, espera e permite que o animal caia nela por si mesmo. Quando o javali tropeça e cai nos montes de
neve,
Hércules
aproveita
sua
oportunidade.
É
curiosamente Libriano o evitar um confronto direto e não gastar mais força que a necessária para fazer as coisas. Ele busca conseguir seus fins suavemente, sem forçar coisa alguma. 5. Vemos que Hércules toma as patas traseiras do javali e obriga o animal a descer pela ladeira em suas patas dianteiras e que este espetáculo provoca o riso de todos os que observam. Neste incidente observamos a habilidade
do Libriano para encontrar soluções inusitadas e para perceber o valor do incongruente. Sobre isto podemos
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lembrar também a história do chefe tártaro que tocou fogo na traseira de sua tropa que para que seus soldados avançassem contra o inimigo de forma avassaladora.
6. A percepção das incongruências é uma das maiores armas dadas à humanidade em sua perpétua luta contra a fascinação. É a fonte do riso que desbarata a ostentação e destrói as instituições antiquadas. 7. Esta é a única historia que termina em risos. Hércules não só realizou a tarefa assinalada, como fez do feroz javali um objeto de alegria. Por uma perspectiva ligeiramente alterada, muitas das aterrorizantes experiências da vida podem ser transformadas por um benéfico sentido de humor. Muito do que a gente olha com grave e séria formalidade tem, decididamente, ridículas implicâncias.
8. A descrição de Hércules conduzindo o javali por suas patas traseiras é uma representação simbólica da alma dirigindo um corpo rude. Esta relação na qual cada aspecto consegue
sua devida importância é característica dos Librianos mais altamente organizados. Assim é o princípio de equilíbrio observado. 9. O Libriano se movimenta pesando e equilibrando todas as coisas. Esta atitude o faz aprender a ser freqüentemente flutuante e indeciso. Sabendo que existem inumeráveis gradações entre o negro e o branco, ele é raramente propenso a ser um extremista. Sabe que aqueles que são olhados como pilares da sociedade podem ser verdadeiros fariseus e os modestos e humildes o sal da terra; que aqueles que declaram sua excelência mais veementemente podem ser os menos meritórios; que o sábio de palavra pode atuar como o néscio, e os néscios podem encontrar-se com tesouros; que as sentenças do mundo podem ser revogados
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por uma corte superior; que a verdade pode manifestar-se sobre a terra de muitas inverosímeis maneiras.
10. A
Busca
da
verdade,
então,
se
transforma
no
desenvolvimento do discernimento. Num sentido, a verdade não existe para os seres humanos, pois todas as verdades não são senão partes fracionárias de conjuntos maiores. A busca destes conceitos mais inclusivos é de maior importância que a insistência sobre um fragmento isolado de um limitado segmento comparativo.
11. Como uma laboriosa aranha, o Libriano está perpetuamente tecendo fios de relações, criando uma sensitiva rede de significados. O resultado de tal atividade é a síntese. Ele permanece entre o concreto e o abstrato, procurando relacioná-los aos dois. Sempre existe uma discrepância, sempre existe uma brecha entre o fim previsto e a meta a ser conseguida; não obstante, a teia brilha luminosamente e assume um modelo de intricada beleza.
12. A meio caminho entre o céu e a terra, o Libriano espera. Olhando para cima, ele vê, com sua visão perceptiva, o amanhecer dourado iluminando o cume da montanha coberta de neve; contemplando para baixo, ele olha os lodaçais e a lama através do qual passam os filhos dos homens e os compreende. Por um lado ele reconhece altos ideais; pelo outro, os vê repudiados e incompreendidos. Ao se elevar para o mundo do ideal, mantém contato com as coisas comuns; se desce ao nível da atividade materialista, apreende as preciosas percepções que são a causa principal de seu ser. Ele se mantém suspenso em equilíbrio entre estes dois mundos
para
poder
conseguir
compreensão,
uma
compreensão que inclui o superior e o inferior, o bom e o mau, o excelso e o insignificante. Isto é a compaixão.
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13. O
conhecimento
conquistado
causa
desilusão.
Esquadrinhando dentro dos corações humanos, o Libriano percebe as sombras escuras e o sedimento de estranhas paixões. Descobre os métodos básicos por meio dos quais as pessoas de importância estabelecem seus êxitos, os pontos obscuros na vida de homens respeitáveis, os hábeis caminhos pelo qual eles elidem as sugestões da consciência. Observa as idéias em botão que são levadas a expansão à primeira tentação. Ele contempla a longa marcha para diante da raça humana, com suas esporádicas conquistas e multiplicados fracassos.
14. Qual é o resultado de tais reflexões? Em primeiro lugar enfraquecem substancialmente as fascinações que com freqüência encadeiam o homem à terra. Passa a perceber que o homem vive numa rodopiante bruma de ilusão, apegando-se a vida como se fosse um fim em si mesma, fugindo com freqüência da verdade como de uma catástrofe. Esta descrição de defeitos não significa que a bondade humana é passada por alto; sem uma suficiente quantidade dela, o mundo se tornaria insuportável.
15. O Libriano, em absoluto, nunca está disposto a querer tomar parte numa luta agressiva para conseguir um modo de viver e avançar belicosamente para um lugar de poder e de prestígio no mundo. Se ele só tivesse que se preocupar de si mesmo, provavelmente se retiraria para uma biblioteca e passaria seus dias ali. Contudo, também existem outros seres humanos que reclamam sua presença. O motivo do serviço se arraiga assim em sua vida, um sentido de serviço baseado numa avaliação realista da natureza humana. Realmente é muito difícil servir à incrível espécie chamada homem. Informa a um homem de uma verdade que, si a aceitasse alternaria seu estereotipado modo de vida e ele te condenará como se
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fosse um radical; raciocina com ele, e ele obstinadamente insistirá na supremacia de seus instintos; por outra parte, demonstre indiferença para sua condição e te denunciará por ser insensível a seus sofrimentos. Quem queira servir a raça humana deve estar preparado para a incompreensão, a má interpretação e a perversidade que apóia o oposto do que se diz.
16. O Libriano nem é inclinado a ser um fanático nem um tirano. Buscando melhor a persuadir que forçar, ele entende a arte do compromisso espiritual; isto implica uma complacência de que o céu se alcança mais fácil com uma série de passos separados do que com um simples salto salvador. Servir aos outros requer uma justa apreciação de suas capacidades; esperar deles o que são incapazes de dar é por sua vez insensato e frustrante para o Libriano. A ajuda dada a uma pessoa deve encontrar expressão dentro do marco de suas limitações. Se isto não se faz, a ajuda pode resultar um impedimento. Faz uma cuidadosa distinção entre demasiada ajuda e demasiado pouca; quando se dá demasiado, o indivíduo não será estimulado a usar seus próprios recursos, enquanto que demasiado pouco pode causar-lhe o afundar-se num mar de desesperação. Em outras palavras, para o Libriano a ajuda deve ser dada cuidadosamente e adequada às necessidades do indivíduo envolvido.
17. O constante pesar e medir tão característico de Libra tem uma finalidade: o estabelecimento do equilíbrio. O mundo está sustentado pelo equilíbrio e isto é compreendido perfeitamente pelo Libriano. Para ele as leis do carma são equilibrantes que impedem a continuação de uma condição desequilibrada. As catástrofes que ocorrem a um indivíduo não estão destinadas a castigá-lo, mas a restabelecer o equilíbrio em sua natureza.
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18. Em meio a dissonância, o Libriano acaricia o sonho da harmonia; num plano afastado ele lembra a casa de seu Pai que está no Céu. Na recordação disto ele busca ser um ponto de paz num mar de forças em pugna. Esta é a meta, porém nem sempre o consegue. Contudo este anelo de harmonia fortalece no desejo de ser um realizador de paz
19. As energias que emprega são a persuasão, a cortesia e a cooperação; quando estas fracassam, ele desdenha métodos mais rigorosos. Se sente naturalmente inclinado para o trabalho de grupo e é atraído por programas de ação que promovam a fraternidade e a unidade entre as criaturas.
20. Existe um elemento fortemente feminino no Libriano e isto é natural, já que Vênus governa o signo de Libra. O duro, o impetuoso
empuxe
da
vida
moderna
é
demasiado
agressivamente masculino para o Libriano; a graça como uma influência complementar é a sua tônica. O Libriano
compreende
isto
instintivamente.
Sabe
que
o
dogmatismo masculino deve ser modificado pelo sabor mais sutil da doçura feminina; que a dúctil água durará mais que a pedra implacável e o rígido aço. 21. Quando o Libriano chega a assimilar as suaves harmonias de Vênus, começa a responder a outra vibração, a de Urano; aí ultrapassa várias etapas de sua evolução e desenvolve a consciência cósmica, sem os defeitos tão comuns daqueles que são regidos por este planeta, tais como a certeza sobre uma coisa, na qual prevalece apenas sua opinião pessoal, ditada pelo nível de evolução em que se encontra.
Aquele que deseja servir a raça humana deve estar preparado para a incompreensão, a má interpretação e a perversidade que apóia o oposto do que se diz.
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ESCORPIÃO
DESTRUINDO A HIDRA DE LERNA 23 de outubro até 22 de novembro
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A HISTÓRIA “A Luz agora brilha no oitavo Portal”, disse o Mestre. - “No antigo reino de Argos houve uma seca. Amimona suplicou a ajuda de Netuno e este lhe ordenou que golpeasse uma roca e, quando ela o fez, brotaram três correntes cristalinas; porém prontamente uma hidra fez ali sua morada. Ao lado do Rio Amimona, está o infecto pântano de Lerna. Dentro desta fétida lama jaz a monstruosa hidra, uma calamidade para a comarca. Esta criatura tem nove cabeças e uma delas é imortal. Prepara-te para combater com esta repugnante besta. Não penses que podem servir-te meios comuns; destrói uma cabeça, duas crescem aceleradamente.” Hércules aguardava com expectação. O Mestre voltou a falar: - “Eu só posso dar uma palavra de conselho: “Ascendemos
ajoelhando-nos;
vencemos
cedendo,
ganhamos
renunciando. Vai ó filho de Deus e filho de homem e vence!”. Então Hércules ultrapassou o oitavo Portal. As águas estancadas do pântano de Lerna era uma mancha que desalentava a todos que chegavam a seus confins. Seu mau cheiro contaminava toda a atmosfera num espaço de 10 quilômetros. Quando Hércules se aproximou teve que deter-se, pois só o mau cheiro quase o venceu. A lodosa areia movediça era um perigo e mais de uma vez rapidamente retirou seu pé, temendo que fosse sugado pela t erra frouxa. Finalmente encontrou a toca onde morava a monstruosa besta. Dentro de uma caverna onde reinava perpétua noite, a hidra estava oculta. De dia e de noite Hércules rondava o traiçoeiro pântano, esperando o momento propício em que a besta saísse. Ele vigiava em vão. O monstro permanecia dentro de seu fétido lamaçal. Recorrendo a um estratagema, Hércules submergiu suas flechas em breu ardente e as fez chover diretamente dentro da horrível caverna onde morava a bocejante besta. Uma agitação e comoção imediatamente sobrevieram.
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A hidra emergiu com suas nove encolerizadas
cabeças
exalando
chamas. Sua escamosa cola açoitava furiosamente a água e a lama salpicou a Hércules. O monstro levantou-se a altura de três braças (6,6m); sua fealdade permitia que se pensasse que foi feito com todos os mais impuros pensamentos concebidos desde que começou o tempo. A hidra se lançou sobre Hércules e procurou enrolar-se ao redor de seus pés. Ele se afastou e lhe assestou um golpe tão demolidor que uma de suas cabeças foi imediatamente separada. Apenas havia esta horrível cabeça caído dentro do pântano, duas cresceram em seu lugar. Uma e outra vez Hércules atacou o furioso monstro, porém este a cada assalto se tornava mais forte.
Ofiucus Então Hércules se lembrou que seu Mestre havia dito: “nos
elevamos ajoelhando-nos”. Jogando para um lado seu garrote, Hércules se ajoelhou, agarrou a hidra com suas mãos desnudas e levantou-a no ar. Suspensa no meio do ar, sua força diminuiu. De joelhos, então, ele sustentou a hidra, no alto, por cima dele, para que o ar e a luz purificadora pudessem ter seu esperado efeito. O monstro forte na escuridão e no pantanoso barro,
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rapidamente perdeu seu poder quando os raios do sol e o contato do
vento caíram sobre ele. Esforçou-se convulsivamente, passando um estremecimento através de sua repugnante figura. Cada vez mais desfalecida se fez sua luta até que foi vencida. As nove cabeças se inclinaram. Logo arquejantes bocas e olhos vidrados caíram frouxamente para diante. Porém só quando elas jazeram totalmente sem vida Hércules percebeu a mística cabeça imortal. Então Hércules cortou a cabeça imortal da hidra e, embora esta estivesse ainda silvando ferozmente, a enterrou debaixo de uma rocha . Retornando, Hércules parou diante de seu Mestre. “A vitória foi conquistada” disse o Mestre. “A luz que brilha no oitavo Portal está agora misturada com tua própria luz”.
Comentário 1. As ardentes flechas da inflamada aspiração devem ser descarregadas antes que a presença da Hidra (a força sexual descontrolada) se revele.
2. Cada vez que co rta um a cabeça, nascem duas outras em s eu l u g a r . Isto significa que cada vez que um desejo ou pensamento sexual é
vencido, outros dois tomam seu lugar.
3. Hércules faz três coisas: a) se dá conta da presença da hidra; b) a busca pacientemente e; c) finalmente a destrói. Ou seja, é necessário para destruir a Hidra: a) discernimento para se dar conta de sua existência, b) paciência para descobrir sua toca e c) humildade para tirar os viscosos fragmentos do subconsciente para a superfície e expô-los à luz da sabedoria.
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4. Enquanto Hércules lutou no pântano, no meio do lodo, lama e areia movediça (manteve seu pensamento e interesse no que a Hidra representava) foi incapaz de vencê-la. Teve que levantar o monstro no ar, isto é transladou o problema para outra dimensão (retirou seu pensamento da região sexual) para poder resolvê-lo. O problema da conquista de uma consciência superior não está na luta contra nossos vícios, mas na atitude de
conquistar qualidades. Isto só se consegue elevando o padrão de nossa consciência. Lutar em baixo é lutar no terreno do adversário; não existe
possibilidade de vitória nesta condição, pois toda imperfeição do homem é apenas ilusão. 5. Teve humildade, “ajoelhando-se na lama” para examinar seu dilema a luz da sabedoria.
6. A história diz que uma das cabeças da hidra era imortal. Isto quer dizer que, embora soterrada sob a rocha, ela ainda está viva e poderá novamente se manifestar na vida do iniciado, a não ser que seu poder esteja devidamente controlado e devidamente canalizado. A rocha é o poder criador
do homem. Se gastar, a hidra se liberta novamente. 7. Três das cabeças da hidra estão associadas com: Desejo (Sexo), Comodidade e Dinheiro. 8. O segundo grupo de três correspondem ao Temor , Ódio e o Desejo de Poder. 9. As três últimas correspondem aos vícios da mente não iluminada, ou seja: Orgulho, Separatividade e Crueldade.
10.
As três virtudes que Hércules tinha de expressar eram:
humildade, coragem e discernimento. Humildade para reconhecer seus defeitos e o problema a ser enfrentado: coragem para atacar o monstro que permanece enroscado nas raízes de sua natureza e discernimento para descobrir a técnica para possuí-las no encontro com seu mortal inimigo.
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SAGITÁRIO
AFUGENTANDO AS AVES DE ESTÍNFALE 23 de novembro a 22 de dezembro
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A HISTÓRIA Palavra do Mestre: Dentro do lugar de paz permanecia o Mestre e falou para Hércules: “Ó filho de Deus que sois também um filho de homem. Chegou a hora de pisar outro caminho. Achas-te diante do nono Portal. Passa por ele e dirige-te ao pântano de Estínfale, onde moram os pássaros que fazem estragos. Descobre depois o meio para fazê-los voar de sua segura morada por muito tempo. “A Chama que brilha além da mente revela a direção segura”, acrescentou. A
tarefa aguarda. Deves passar agora através do nono Portal.” Hércules procurou durante muito tempo até que chegou a Estínfale. Ante ele se estendia fétido pântano. Uma multidão de pássaros grasnavam roucamente, de forma ameaçadora e dissonante à medida que ele se aproximava. Olhando de mais perto viu os pássaros. Eram grandes, ferozes e horríveis. Tinham bicos de ferro, afiados como uma espada. As penas também, como dardos de aço, se caíssem, podiam partir em dois a cabeça dos fatigados viajantes. Suas garras se igualavam a seus bicos em agudeza e força. Três pássaros, percebendo a presença de Hércules, se precipitaram sobre ele. Ele, entretanto, manteve-se em seu lugar e aparou os ataques com a pesada clava que sustentava. Golpeou as costas de um dos pássaros de forma ressoante e duas penas caíram verticalmente ao solo e tremularam enquanto afundavam na terra frouxa. Finalmente os pássaros se retiraram. Hércules permanecia diante do pântano e refletia em como poderia realizar a tarefa que lhe foi deferida, ou seja, como livrar o lugar destas aves de rapina. Procurou muitos meios para encontrar uma maneira de consegui-lo. No princípio tentou matá-las com seu arco e o carcás cheio de flechas. As poucas que matou não eram senão uma fração das muitas que ficavam. Elevavam-se em nuvens tão espessas que ocultavam o sol. Pensou em colocar armadilhas dentro do pântano, porém nem barca nem pés humanos podiam atravessar o lamaçal.
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Hércules meditou e lembrou então das palavras de conselho que seu Mestre lhe havia dado. Refletindo por um longo tempo se lhe ocorreu um método, pois lembrou que tinha dois grandes címbalos de bronze, presentes da Deusa Atenéia, que emitiam um agudo sobrenatural; um som tão penetrante e tão desagradável que podia assustar os mortos. Para o próprio Hércules o som era intolerável que teve de tampar os ouvidos com duas almofadas, tal o desconforto que sentiu. Na hora do crepúsculo, quando o pântano estava repleto de inumeráveis pássaros, Hércules golpeou os pratos dos címbalos com vigor várias vezes e um estrondo estridente sobreveio que até ele mesmo apenas podia suportá-lo. Tal dissonância jamais tinha sido ouvida em Estínfale. Aturdidas e perturbadas por tão monstruoso ruído, as aves se elevaram no ar com as asas de bronze batendo selvagemente e chilrando com ronco desalentado. Completamente perturbada, a vasta nuvem de pássaros fugiu com pressa frenética, para nunca mais regressar. O silêncio se difundiu através do pântano. As aves horríveis tinham desaparecido. Quando Hércules regressou, o Mestre lhe saudou: As aves de rapina foram afugentadas. O trabalho está cumprido.
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Comentário 1 - Em Áries, Hércules prendeu as éguas comedoras de homens, mas falhou na tarefa quando tripudiou sobre a importância da mesma e entregou as éguas aos cuidados de Abdéris, que foi morto e obrigou Hércules a refazer a tarefa. 2 - Em Sagitário afugenta definitivamente as aves assassinas do Estínfale, ou seja, enfrenta o mesmo problema no plano da mente, onde, através da meditação, demonstra completo controle do que é a primeira coisa que o aspirante à iniciação tem de fazer, ou seja, controlar a palavra, pois as três aves que lhe atacam são a murmuração, (a reclamação de não ser compreendido pelos outros), a conversação deletéria, (ou seja o cuidado com a palavra proferida) e a intolerância em relação as verdades alheias ou seja a prática da “minha opinião é que deve prevalecer”. 3 - As três aves maiores e as outras milhares são os
pensamentos errôneos que o Estudante ainda abriga dentro de si e que precisam ser afugentados definitivamente do lamaçal de sua mente inferior afim de que ele realize uma vida de completa inofensividade e tenha condições de enfrentar a prova em Capricórnio. 4 – Sagitário é o signo preparatório para Capricórnio e é chamado o “signo do Silêncio”. Nos mistérios antigos, o irmão recentemente admitido t inha que sentar-se em silêncio; não se lhe permitia nem caminhar nem falar; tinha que estar presente, trabalhar mentalmente e observar, porque ninguém pode entrar no quinto reino da Natureza (Evolução dévica ou Angélica) até que tenha conquistado absoluto controle sobre a palavra e o pensamento, isto porque a forma de comunicação neste Reino da criação se realiza através de sons musicais e de cores. A palavra como a usamos além de criar formas grosseiras o seu som é de ressonância estridente; falta musicalidade.
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CAPRICÓRNIO
MATANDO A CÉRBERO 23 de dezembro até 20 de janeiro
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A HISTÓRIA
“Mil perigos desafiastes, ó Hércules e muito conquistastes. A força* e a Sabedoria* são tuas. Farás uso delas para resgatar o que agora é vítima de uma enorme injustiça e persistente sofrimento?” O mestre toca suavemente a fronte de Hércules. Ante o olho interior, deste, surgiu a visão de um homem encerrado em lugar infecto e assolado por milhares de criaturas demoníacas. Alçava suas mãos contritas e gritava pedindo ajuda, porém suas palavras retumbavam vãmente na desolação e eram tragadas pelo vento. A visão desapareceu. Hércules permanecia como antes ao lado de seu guia. O prisioneiro que viste se chama Teseu, disse o Mestre. Por anos tem sofrido assim por ter tentado, com a ajuda de seu amigo Piritoo (O Cristo), arrebatar Perséfone (a Alma), a companheira de Hades, o Senhor das profundezas. Descoberto, permanece manietado sob grandes sofrimentos. Havendo ouvido e compreendido, Hércules se lançou nesta busca e passou através do décimo Portal. Para baixo, sempre para baixo, ele viajou dentro dos apertados mundos da forma. A atmosfera se havia tornado sufocante e fétida; a escuridão cada vez mais intensa e, contudo, sua vontade era firme. A inclinada descida continuou durante muito tempo, somente que a partir de certo tempo começou a sentir outras presenças ao seu lado e, procurando, ouviu a voz prateada da deusa da Sabedoria Atenéia e as palavras fortalecedoras de Hermes-Mercúrio. Finalmente chegou a esse escuro e envenenado rio chamado Estige, o rio que deve ser cruzado pelas almas dos mortos. Um óbolo ou moeda precisava ser pago a Caronte, o barqueiro, para que conduza as Almas, à outra margem, ou seja, para a terra sem volta. O sombrio visitante da Terra assustou a Caronte que, esquecendo sua paga, conduziu o estrangeiro ao outro lado. Hércules entrou por fim no Hades, uma escura e brumosa região onde as sombras dos mortos deslizavam por ali.
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Através de negros labirintos fez seu caminho até que chegou a sala do rei que governava o mundo subterrâneo: Hades. Este, soturno e severo, com semblante ameaçador, estava sentado em seu negro trono de azeviche, enquanto Hércules se aproximava. Que buscas tu, um mortal vivente em meus domínios? Perguntou Hades. Hércules respondeu: “Busco libertar Teseu”. - O caminho está vigiado pelo monstro Cérbero, um cachorro com três grandes cabeças, cada uma das quais tem serpentes enroscadas ao seu redor, replicou Hades. Se tu podes vencê-lo com tuas mãos desnudas, uma façanha que ninguém ainda realizou, podes levar Teseu. Satisfeito com esta resposta, Hércules prosseguiu. Imediatamente viu o cão de três cabeças e ouviu seu penetrante latido. Grunhindo, este saltou sobre Hércules. Agarrando primeiro a garganta de Cérbero, Hércules a apertou com seu punho de aço, como num torno. Atingido até a fúria frenética, o monstro se sacudiu. Finalmente, ao apaziguar-se sua força, Hércules o dominou. Feito isto, Hércules prosseguiu e encontrou Teseu em agonizante dor. Então, Hércules rompeu rapidamente suas cadeias e libertou o prisioneiro. Apressando seus passos, Hércules regressou como havia vindo. Quando alcançou mais uma vez o mundo das formas viventes, encontrou ali a seu Mestre. “A luz agora brilha dentro da escuridão” disse o Mestre. Descansa agora meu filho.
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Comentário Chegamos a outra porta da qual S. Pedro recebeu a chave da mão de Jesus. Em Câncer (solstício de inverno), a Alma penetra pela porta da matéria. Em Capricórnio, penetra pela porta espiritual (Solstício de verão). Antes de empreender esta prova, Hércules foi submetido ao processo de purificação (embora a história não diga onde e como foi), com a finalidade de provar que tinha vencido a irritabilidade. 1) As 3 cabeças simbolizam a sensação, o desejo e as boas
intenções. 2) O amor à sensação conduz à humanidade daqui para ali, para satisfazer a fome no mundo econômico ou para satisfazer o desejo de felicidade no mundo do prazer. Os violentos impactos das sensações servem para manter ocupada a mente daqueles que ainda estão adormecidos. 3) A cabeça central foi a primeira a ser apresada por Hércules porque era a mais importante, já que ela simbolizava o desejo subjacente em todas as sensações e sensação é o que o desejo deseja expressar e assim obter satisfação no mundo exterior. 4) A terceira cabeça simboliza as boas intenções não levadas a cabo. (O caminho para o inferno está pavimentado de boas intenções.) 5) A cauda de Cérbero, formada por serpentes, representa todas as ilusões que impedem o progresso da vida espiritual; a materialidade que nos oprime; a natureza psíquica inferior que causa destruição; o temor ao fracasso que mantém tantos afastados da atividade e engendra a inércia que é a grande falha daqueles que aspiram. 6) Todos os Avataras nascem em Capricórnio porque, considerando
os problemas e sofrimentos da humanidade, descem dos céus para o inferno para salvar a humanidade, ou seja, a Inteligência (Perseu) aprisionada na matéria. O objetivo é retirar a consciência do personalismo e restaurá-la numa dimensão espiritual. A chave do signo de Capricórnio é a compreensão da frase: “Estou mergulhado em Luz Celestial, porém, volto as minhas costas para essa Luz”. É con siderado semp re que ao Iniciado em Capricórnio só
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lhe éoferecido o s segredo s da vida e do s pod eres superiores qu ando s e ajo elh a para o ferecer seu c or ação e a vid a da alm a em fav or da humanidade.
Teseu é a personificação da Inteligência humana que precisa ser libertada das prisões infernais e que se constitui no primeiro trabalho de Hércules em favor de seu semelhante, de forma impessoal, pois o verdadeiro iniciado não está mais colocando sua consciência em sua mente, em seus desejos ou em seu corpo físico. É na consciência da Alma que ele funciona e quando esta usa seus corpos inferiores tem como objetivo sempre ajudar a humanidade.
Nota: O signo de Capricórnio é um dos mais difíceis acerca do qual se pode escrever e é o mais misterioso dos doze signos. Até mesmo o símbolo do signo (uma Cabra com rabo de peixe) jamais foi corretamente desenhado, pois sua correta delineação produziria uma afluência de força que não seria desejável. Este símbolo é chamado também, às vezes, a “ assinatura de Deus”.
O outro símbolo deste signo é a prova de Sísifo, que teria sido o titã mestre da malícia e da falsa felicidade. Teria entrado para a tradição como um dos maiores ofensores dos deuses. Recebeu como castigo na terra dos mortos empurrar uma pedra até o lugar mais alto da montanha, de onde ela sempre resvalava e rolava de volta.
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AQUÁRIO
LIMPANDO OS ESTÁBULOS DE AUGIAS 21 de janeiro até 19 de fevereiro
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A HISTÓRIA O Mestre para Hércules: “Onze vezes girou a roda e agora tu estás diante de outro Portal. Volta sobre teus passos; regressa para aqueles para quem a luz não é senão um ponto transitório e, ajuda-os a fazê-la crescer. Dirige teus passos para Augias, cujo reino deve ser purificado de antigos males.” Saiu Hércules pelo décimo primeiro portal em busca do Rei Augias. Quando Hércules se aproximou do reino onde Augias era o soberano, sentiu um horrível mau cheiro que o debilitou e quase o fez desfalecer. Tomou conhecimento de que, por anos, o Rei Augias não havia tirado nunca o esterco que seu gado deixava dentro dos estábulos reais. Também as pradarias estavam cheias de esterco, impedindo que nenhuma semeadura pudesse crescer. Em conseqüência, uma abrasante pestilência estava percorrendo toda a região, fazendo estragos junto aos súditos do reino. Hércules então dirigiu-se ao palácio e procurou Augias. Informado de que Hércules limparia os hediondos estábulos, Augias demonstrou desconfiança e incredulidade. Dizes que farás este enorme labor sem recompensa? Manifestou suspicazmente o rei. “Não tenho fé naqueles que fazem tais alardes. Algum arteiro plano hás tramado, Ó Hércules, para despojar-me do trono. Nunca ouvi nada de homens que buscam servir ao mundo sem uma recompensa. Neste momento, contudo, daria as boas-vindas a qualquer néscio que buscasse ajudar. Porém devemos fechar um trato, a fim de que não seja repreendido como um rei tonto. Se tu, em um só dia, fizeres o que prometes, uma décima parte de meu grande rebanho será teu; porém se fracassas, tu vida e sorte estarão em minhas mãos. Naturalmente eu não penso que tu possas cumprir tua bravata, porém, procura fazê-lo como possas.” Hércules saiu da presença do Rei. Andou pelo assolado lugar e viu uma carreta carregada com cadáveres apinhados, vítimas da pestilência. Observou que dois rios, o Alfeu e o Peneo corriam tranqüilamente próximo dali. Sentado nas barrancas de um deles, a resposta de seu problema surgiu relampagueante em sua mente. 75
Foi para as estrebarias e primeiro destruiu o muro que rodeava os estábulos; depois fez dois grandes buracos em seus lados opostos e, com grandes esforços conseguiu desviar ambas correntes do curso que haviam seguido durante décadas. O Alfeo e o Peneo verteram suas águas através dos estábulos do Rei Augias, cheios de esterco. As impetuosas correntes varreram a imundícia acumulada durante 30 anos. O reino foi purificado de toda a sua fétida escuridão. Num único dia, Hércules havia realizado a tarefa impossível e, completamente satisfeito com este resultado, regressou para onde estava Augias. Este, ao vê-lo, franziu o cenho. “Tu tiveste êxito por meio de um ardil”, gritou o Rei, cheio de ira. “Os rios fizeram o trabalho, não tu. Foi uma artimanha para apoderar-te de meu gado; uma conspiração contra meu trono. Não terás recompensas. Vai-te, retira-te daqui antes que rebaixe tua estatura numa cabeça. Assim, o encolerizado rei desterrou Hércules, e lhe disse que nunca mais pusesse os pés em seu reino sob pena de uma morte súbita. Tendo realizado a tarefa que lhe foi assinalada, Hércules voltou àquele de quem havia vindo. “Te tornaste um servidor do mundo”, disse o Mestre qu ando Hércules se aproximou. “ Progrediste retrocedendo; chegaste a Casa da Luz
por outro caminho; tu empregaste tua luz para que possa brilhar a luz dos outros. A jóia que outorga o undécimo trabalho é tua para sempre”.
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Comentário 1- O trabalho em Aquário é a limpeza dos intestinos (os estábulos do Rei Augias) e Hércules realiza a tarefa utilizando corretamente o sistema nervoso simpático que comanda nossas funções orgânicas. Os dois rios que canaliza para a limpeza dos estábulos são as energias conhecidas como Idâ e Pîngala. 2- A primeira coisa que Hércules fez foi derrubar as barreiras (muros) que envolviam os estábulos. (Derrubar as barreiras é a primeira coisa que se tem a fazer na Era de Aquário e, no momento atual da humanidade, estamos apenas começando a fazê-lo se considerarmos que as barreiras alfandegárias estão se extinguindo através do MCE, o MLA, ANAFTA, etc.). Sob o ponto de vista dos povos isso também vem ocorrendo individualmente, onde homens e mulheres diariamente quebram as barreiras do preconceito e erguem uma nova ordem de pensamento libertário no mundo, despido dos conceitos emocionais que tem dirigido a opinião pública.. 3- Em vez de proceder como os outros que o tinham precedido no trabalho, Hércules procurou resolver o problema de forma insólita, ou seja, com o desvio dos dois rios (típico do Aquariano) 4- Observar que depois que se torna um Mestre servidor da raça, Hércules sai da condição de herói-salvador de Teseu, para limpar as estrebarias do Rei Augias. 5- Isto, de certa forma, representa a purificação do mundo pela
reta direção das forças da vida (as energias sexuais, localizadas próximas aos intestinos) através dele. 6- Fez a limpeza de forma inusitada (revolucionou o método de limpeza). 7- Em Aquário o discípulo se torna o mestre servidor. Este é o princípio fundamental do signo. É mestre porque aprendeu a servir e pode servir porque é um Mestre. Essas duas coisas vão juntas. 8- Sendo Hércules já um Iniciado, está comprometido a fazer três coisas que podem ser resumidas como as características de todos os
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verdadeiros iniciados. Se elas não estiverem presentes em alguma medida, o homem não é um Iniciado.
a) Serviço desinteressado – Este não é o serviço que prestamos porque alguém nos diz que o serviço prestado é um caminho para nossa libertação espiritual, mas o serviço que prestamos porque nossa consciência não é mais auto-centrada e temos a convicção de que precisamos ajudar nossos semelhantes. Não estamos mais interessados em nós mesmos, já que nossa consciência tornando-se universal começa a assimilar as aflições de nosso próximo e então passamos a ajudá-lo porque passamos a ter a consciência de que ele faz parte de nós. Não é nenhum esforço para o Mestre Aquariano proceder assim.
b) Trabalho de grupo – Trabalho de grupo é permanecer só espiritualmente no manejo dos próprios assuntos de alguém, com completo esquecimento do próprio “eu” e assuntos desse alguém, sempre em benefíci o da particular seção da humanidade com a qual estamos associados.
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trabalho em grupo afasta a ambição pessoal e nega toda presunção de prerrogativas oficiais.
Nota: O mundo atualmente está cheio de organizações, sociedades e fraternidades que estão muito felizes por se julgarem capazes de “preparar o terreno” para as pessoas ambiciosas de um céu sem mais sacrifícios do que a passagem por um ritual de iniciação que é apenas formal. Entretanto, estes pretensos “iniciados” ao serem envolvidos pela experiência de grupo, demonstram que permanecem como focos de ciúmes, vaidades, procurando impressionar seus companheiros com falsidades e contra a quantidade de conhecimentos particulares que estes possuam. Jactam-se da maravilha de suas vidas de “auto-sacrifício” e “bondade” que a si mesmos imputam, sem atenderem as exigências que isto exige. Isto não é trabalho de Grupo.
c) Auto-sacrifício – O significado do auto-sacrifício é tornar puro o eu pessoal e servir de acordo com o propósito do grupo e não fazer o que considera particularmente certo. Isso tem a ver com o eu do grupo e o eu pessoal. Disciplina dentro do Grupo é o trabalho do iniciado. De cima da montanha em Aquário Hércules tem que descer para a imundície material e
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limpar os estábulos de Augias. Ele passou todas as grandes provas, passou para o reino espiritual e conheceu o significado do êxtase místico e nesse estado altamente espiritual, recebe a ordem de descer ao mundo e limpar suas imundícies. Que anticlímax, poderíamos dizer; não recebeu ordens para um grande trabalho como servidor do mundo, porém o de humilde servidor num trabalho que parece humílimo, mas é de grande importância para a Raça. Isto representa ajudar a purificação do mundo pela reta direção das forças da vida através dele. Não recusou o trabalho nem fez exigências particulares para executá-lo. Apenas realizou-o sem apelar para qualquer mérito ou valor pessoal que já teria conquistado.
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PEIXES
A CAPTURA DA MANADA COLORIDA DE GERION 20 de fevereiro até 21 de março
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A HISTÓRIA O Mestre, para Hércules: “Estás agora diante do último portal. Resta fazer ainda um trabalho antes que o círculo se complete e seja alcançada a libertação. Marcha para esse tenebroso lugar chamado Eritréia, onde a Grande Ilusão está entronizada; onde Gerion (o Inimigo Secreto), o monstro de três cabeças, três corpos e seis mãos, é o Senhor e Rei. Ilegalmente ele retém uma manada de Bois vermelhos. Desde Eritréia até nossa Cidade Sagrada tu deves conduzir esta manada. Cuidado com Eurition, o pastor e seu cachorro de duas cabeças, Or tro”. Fez uma pausa. “Posso fazer -te uma advertência”, agregou lentamente. “Invoca a ajuda de Hélios”. O filho de homem que era também filho de Deus partiu através do duodécimo portal. Ele ia à busca de Gerion. Dentro de um templo, Hércules fez oferendas a Hélios, o deus do fogo no Sol. Meditou durante sete dias e então lhe foi concedido um favor. Um cálice de ouro caiu ao solo ante seus pés. Ele soube dentro de si mesmo que este brilhante objeto lhe permitiria cruzar os mares para chegar à região da Eritréia. E assim foi. Dentro da segura proteção do cálice de ouro, ele navegou através de agitados mares até que chegou a Eritréia. Hércules desembarcou numa praia do longínquo país. Não muito depois chegou à pradaria onde a vermelha manada pastava. Esta estava cuidada pelo pastor Eurition e por Ortro, o cachorro de duas cabeças. Quando Hércules se aproximou, o cachorro veio veloz como uma flecha para seu alvo. O animal se lançou sobre o visitante, grunhindo malignamente, dando ferozes dentadas com seus caninos a descoberto. Com um golpe decisivo, Hércules derrubou o monstro. Então Eurition, temeroso do bravo guerreiro que estava diante dele, suplicou que lhe perdoasse a vida. Hércules lhe atendeu o rogo. Conduzindo a manada vermelha adiante de si, Hércules voltou seu rosto para a Cidade Santa.
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Não havia ido muito longe quando percebeu uma nuvem de pó distante que rapidamente aumentava de tamanho. Supondo que o monstro Gerion vinha em furiosa perseguição, se voltou para enfrentar o inimigo. Pronto Gerion e Hércules estavam frente a frente. Soprando fogo e chamas por suas três cabeças ao mesmo tempo, o monstro se encontrou com ele. Gerion arrojou uma lança sobre Hércules que quase atingiu o alvo. Colocando-se agilmente para um lado, Hércules esquivou o dardo mortal. Estendendo seu arco, Hércules disparou uma flecha que parecia incendiar o ar quando a soltou, e golpeou o monstro de cheio em suas costas. Com tão grande ímpeto havia sido disparada a flecha que os três corpos do feroz Gerion foram atravessados. Com um agudo e desesperante gemido, o monstro se inclinou, depois caiu para não se levantar nunca mais.
Então Hércules conduziu para a Cidade Santa o brilhante gado colorido. Difícil foi a tarefa. Muitas vezes alguma rês se transviava e
Hércules tinha que deixar a manada para ir à busca dos vagabundos errantes. Ele conduziu a manada através dos Alpes e dentro da Itália. Em qualquer lugar que a injustiça tivesse triunfado, ele assestava um golpe mortal aos poderes do mal e endireitava a balança a favor da justiça . Quando Erix, o lutador, o desafiou, Hércules o derrubou tão violentamente que ali ficou. Da mesma forma quando o gigante Alcione lançou sobre Hércules
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uma rocha que pesava uma tonelada, este a aparou com sua clava e a lançou de novo para matar àquele que a havia enviado.
Às vezes se desorientava, porém Hércules sempre regressava, desandava seus passos e prosseguia seu caminho. Embora fatigado por este exigente trabalho, Hércules finalmente fi nalmente regressou. O Mestre esperava sua chegada. “Benvindo, Ó filho de Deus que és também filho de homem. A jóia da imortalidade é tua, com estes doze trabalhos tu superaste o humano e ganhaste o divino. Chegaste ao lar, para não mais deixá-lo. No firmamento estrelado será inscrito teu nome, um símbolo para os lutadores filhos dos homens, de seu destino imortal. Terminados os trabalhos humanos, tuas tarefas cósmicas começam.
Comentário 1- A taça presenteada por Hélios (O Sol) é o coração espiritual do ser humano. Viajando nela Hércules pode vencer vários obstáculos. 2- Hércules recebeu ordens para trazer o gado vermelho da ilha para a Cidade Sagrada (Peixes é o signo da obediência). 3- Colocou a manada de bois vermelhos e seu pastor na taça e navegou de volta à Cidade Sagrada. Depois ofereceu o gado em sacrifício a Deusa Atenéia (Deusa da Sabedoria). 4- Este Trabalho é o último que o Iniciado precisa realizar e se resume na destruição da Entidade Elementar conhecida como O Inimigo Secreto (Gerion) e na libertação dos átomos que o obedeciam. Ele se assemelha a epopéia de Moisés libertando o povo Judeu do domínio de Faraó (O Inimigo Secreto). 5- A manada vermelha é a representação, na fábula de Hércules, dos átomos pertencentes ao nosso corpo (baixo ventre) sujeitos ao Inimigo Secreto.
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No caso de Moisés (O Iniciado) ele teve de passar quarenta anos viajando no deserto com a finalidade de “limpar” vibratoriamente estes átomos até obterem condições de passar pelo fígado (o Mar Vermelho). Limpos vibratoriamente passam a servir ao Homem do Coração na Cidade Sagrada. Esta é a mesma historinha da epopéia de Hércules e podemos ver que também Hércules passa muito tempo viajando e enfrentando forças rebeldes (Erix e o Gigante Alcione) até dar como cumprida sua tarefa. ( Às ( Às vezes se desorientava, porém Hércules sempre regressava, desandava seus passos e prosseguia seu caminho. Embora fatigado por este exigente trabalho, Hércules finalmente regressou). regressou ). 6- A cidade Sagrada constituía-se de duas vilas conectadas por um maravilhoso muro e uma entrada chamada a Porta do Leão. Isto é a representação do coração e o muro maravilhoso com a Porta do Leão é a parede que separa o ventrículo direito (sangue venoso) do ventrículo esquerdo (sangue arterial)). 7- Observar que Hércules poupa o pastor Eurition (O Baphomet ou Guardião do Umbral), porém liquida com Gerion. 8- Salvando a manada vermelha (o povo judeu, antes escravo de Faraó), Hércules realiza a Grande Obra do verdadeiro iniciado: A Salvação de sua Humanidade subjugada aos desígnios do Inimigo Secreto. 9- No signo de Peixes, o peixe nadando para o norte é o símbolo do Aspirante aos mistérios, enquanto o peixe no horizonte representa a pessoa comum.
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O que te digo na obscuridade, fala-o tu, na luz. Panyatara 7/11/2012
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Ilustrações: https://www.google.com.br/search?num=10&hl=ptBR&site=imghp&tbm=isch&source=hp&biw=1024&bih=649&q =os+12+trabalhos+de+h%C3%A9rcules&oq=os+12+trabalhos +de+h%C3%A9rcules&gs_l=img.12...10706.17092.0.19689.27. 4.0.23.23.0.164.475.1j3.4.0...0.0...1ac.1.6EFsTg4mT9o Imagens dos Signos. Signos de Johfra: http://esotera.com.br/posteres/signos-de-johfra
Los Trabajos de Hercules. Alice A. Bailey
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