A relação de Osún com Ìyámi Òsòròngà Chamamos de Ìyámi Òsòròngà (minha mãe feiticeira), Àjé (feiticeira), Ìyámi (minha Chamamos mãe), Eléye (a dona dos pássaros) ou ainda agba ou aya agba (anciã) a divindade cujo culto é estritamente feminino. O poder provem das mulheres velhas, porém pode pertencer as jovens que herdam da mãe ou de uma de suas avós, enfim as mulheres a representam e portanto a Ìyábá Osún a representa. Ìyámi está sempre irada e tudo é pretexto para que ela se sinta ofendida, vários odu explica seu caráter como o Ogbe-Ogunda. Somente Òrúnmìlà soube aplacar a ira de Ìyámi que é empregado para o bem ou para o mal, isso significa para os iorubas que por perder esse preceito a própria divindade perdeu o domínio do mundo. A Ìyálóòde é a representante das mulheres na comunidade, no palácio e no conselho, ele arbitra as desavenças que surgem entre as mulheres, pois representa as feiticeiras que controlam inclusive as regras das mulheres e controlam as hemorragias. Assim as Ìyámi controlam as mulheres através desses poderes sobre o sangue, a feitiçaria desenvolvida na África no começo do século pode ser conseqüência direta da época colonial cujas diversas influencias destruíram destruíram a antiga cultura e a antiga religião. Longe de destruir o paganismo o resultado foi a criação de uma nova forma de culto através da sociedade dos caçadores de feiticeiras que incentivou o mais ativo aspecto do paganismo. Em país ioruba, após a evolução dos quadros sociais e religiosos, pressões exercidas do exterior, o culto aos antigos òrìsà foram cada vez mais abandonados. Famílias convertidas ao cristianismo ou islamismo deixaram a guarda dos templos às velhas que ficaram expostas aos ataques de seitas de profetas, curandeiros curandeiros e caçadores de feiticeiras. O interessante é a constataç constatação ão de inúmeras velhas reconhecerem terem cometido impressionantes crimes. A punição para quem confessasse esses crimes era destruir todo material de culto e se purificarem com banhos, se não seriam mortas pêlos caçadores caso voltassem as suas atividades de feiticeiras. O curioso é que muitas dessas velhas acreditavam terem cometido cometido esses crimes do qual eram acusadas sem terem feito nada. Nortom Willian encontra uma explicação racional para isso; Ele atribui esse fato a um complexo de culpa nascido de sentimento de angustia e insegurança provocadas pela condição particular da mulher casada nunca ser completa no grupo familiar do marido, onde ela era considerada mãe dos filhos e dar filhos era uma condição essencial para assegurar sua permanência no núcleo da família. Com mais idade ela era abandonada pelo marido polígamo que a trocava por uma jovem. A presença da mulher não era boa nem mesmo na sua família quando havia um recém nascido perguntava-se (njé oníde tabi alejo ni) que significa é um menino ou uma estrangeira? O destino das filhas era o de não ficar em casa ao nascerem e sim se casarem com certeza. Uma outra forma de explicar esse comportamento culposo ao se acusarem de espantososs crimes, isso espantoso i sso era o resultado de uma pressão cultural, provocando nelas orgulho de serem as poderosas Ìyámi. Como acontece com algumas pessoas hoje em dia que acham conhecerem Ìyámi e acreditam terem poderes em seus devaneios. Voltando ao assunto na mesma região dos caçadores havia as Géledes: máscaras usadas por homens, que faziam parte da sociedade controlada e dirigida por mulheres que possuíam os segredos das ajé. Na verdade as Ìyámi eram tratadas com muito respeito e o objetivo da sociedade era o de acalmar a cólera de Ìyámi com cerimônias e danças feitas em sua honra. Quem dirigia a sociedade tinha o título de Eleru, assim os descendentes de ketu trazidos para cá na diáspora africana faziam há alguns anos atrás a dança todos os anos no dia 08 de dezembro na festa da boa viagem na Bahia, está festa era presidida pela Maria de Julia Figueiredo uma das mães do candomblé do Engenho Velho, ela usava o título de Ìyá Lode Eleru. Um outro pesquisador pensa que Ìyámi não é como as feiticeiras da era medieval, ou seja, simplesmente o mal, Ìyámi representa os poderes místicos da mulher em seu aspecto mais perigoso. A dança do Gélede é a expressão da má consciência dos homens da época em que a sociedade matriarcal matriarcal tomou-se patriarcal. Por isso acalmar a mulher pássaro era dar-lhe compensação pela perda de sua posição política. As aje não são, pois
realmente más, são as avós iradas e sem sua vontade a própria vida não poderia continuar, uma história de Osa Meji conta que Ìyámi estava presente na origem do mundo recebendo muito poder e no exercício dele então os homens reagiram frente aos excessos, retomaram o poder, mas as mulheres, entretanto controlavam o poder e o equilíbrio. No culto aos òrìsà a ignorância sobre Ìyámi desassociou-se do culto apesar das diversas cerimônias que exigem sua participação principal como no ritual do ipade e diversos tipos de ebós. Ìyámi tem papel moderador, pois contribui para garantia das mais justas repartições das riquezas e das posições sociais, ela impede que um sucesso continuo possa monopolizar exageradamente umas e outras pessoas. Os odu Irete Meji, OgbeOgunda, Odi Meji, Ogbe Osa, Osa Meji, Irete Ogbe, Ose Oyeku e outros contam muitas passagens passagens sobre Ìyámi, ela é dividida em três tipos diferentes e como irunmalé não possui filhos de santo ou seja não há manifestação dela como acontece nos candomblés, a ìyábá Òsun a representa. Eis sua divisão: Ìyámi dúdú, encarregada da ira contra todos. Ìyámi funfun; cuja função é beneficiar em todos os sentidos. Ìyámi pupa: a mais perigosa e temível de todas, vive no orún e de lá comanda os que estão no àyé (nosso mundo) é a defensora de Olódùmarè e, quem crê em Olódùmarè recebe forças de Ìyámi. Entre os homens vamos encontrar os Oso cruelmente menos menos violentos e cruéis que elas, a feiticeira não hesita em atacar. A Ajé ataca secretamente e Oso abertamente. Os Oso são ligados ao culto do òrìsà Oko cujos fiéis usam nomes com menções Oso. Portanto eis ai a mitologia da divindade Ìyámi cuja representação é a Ìyábá Osún. lye lye ooo...