Universidade da Amazônia Docente: Silvany Brasil Curso: Letras Disciplina: Libras Turma: 2NMA Discente: Nadine Gisele Marvão da Silva Data:18/09/2017
A língua de sinais tem gramática? Willian Stokoe foi um estudioso que pesquisou extensivamente a Língua Gestual Americana. Ele afirmou que a língua de sinais possui uma gramática. Quando Stokoe pesquisava sobre a língua de sinais americana percebeu que, assim como a língua oral, a língua de sinais também tinha parâmetros, só que de forma diferenciada, ou seja, na língua oral há parâmetros na fonética (sons) e na língua de sinais há parâmetros nas mãos, que ele também os nomeou como:
Parâmetros na Libra:
Configuração de Mão (CM)
Ponto de Articulação (PA)
Locação (L)
Movimento(M)
Orientação da palma palma da mão (O)
Parâmetros na Língua Portuguesa:
Fonética Articulatória (faringe, (faringe, língua, nariz, palato, palato, dentes, dentes, lábios)
Fonética Auditiva (laringe, entonação entonação palavras)
Fonética Acústica (respiração, pulmão, brônquios, brônquios, traqueia, diafragma)
Fonética Instrumental (sons graves, agudos)
As unidades fonológicas estabelecem-se por oposições contrastivas, ou seja, em pares de palavras; em que a substituição de uma unidade fonológica (um
fonema) por outra altera o significado da palavra (por exemplo: parra e barra). Acontece o mesmo nas línguas de sinais, sendo que, ao invés da unidade fonológica, muda um pequeno aspecto do gesto (por exemplo, na LGP: método e liberdade). Portanto, a língua de sinais é uma língua de produção monomotora e de recepção visual com vocabulário e gramática próprios, não dependente da língua oral usada pela comunidade surda e alguns ouvintes, tais como parentes de surdos, intérpretes, professores e outros. Assim como a aquisição de qualquer língua oral é natural (uma vez que haja um ambiente propício desde nascença), na língua gestual acontece de igual forma, não tendo o indivíduo surdo que exercer esforço para aprender uma língua de sinais ou necessidade de qualquer preparação especial. Da mesma forma que as línguas orais podem ser analisadas de acordo com as suas funções, o mesmo acontece com as línguas de sinais. As funções são: a função referencial, a emotiva, a conotativa, a fática, a metalinguística, e a poética. Entretanto, é importante ressaltar que, embora existam aspectos universais pelos quais se regem todas as línguas de sinais, a comunicação gestual dos surdos não é universal. As línguas de sinais, assim como as orais, pertencem às comunidades onde são usadas, apresentando diferenças consideráveis entre as determinadas línguas.