RESUMO A FUNÇÃO DO PEDAGOGO COMO SUPERVISOR ESCOLAR Eliane dos Santos Sousa Este trabalho foi desenvolvido visando contribuir com estudantes de Pedagogia para verificar quais as funções do pedagogo supervisor dentro da instituição escolar, e também a importância do pedagogo e as principais áreas de atuação do pedagogo como supervisor na escola, tendo como enfoque principal a abrangência e objeto da função supervisora dentro da escola. Por meio de pesquisas bibliográficas de diferentes estudiosos, entre eles: Alarcão, Ferreira, Gramsci, Silva, Vasconcelos, percebeu-se crescente preocupação em torno das atividades que o pedagogo supervisor realiza ou deve realizar dentro da escola, pois esse profissional é um elemento importante partindo do ponto que ele participa do Projeto Político Pedagógico da escola da sua elaboração com os componentes estruturais, conceituais, os fundamentos e finalidades; e da utilização do que é, e do que se pretende que seja o trabalho educativo. O supervisor é responsável em atuar com o grupo de educadores coordenando e promovendo reflexão no sentido da construção de uma competência docente coletiva. Enfim a supervisão tem um papel político, pedagógico e de liderança no espaço escolar é necessário ressaltar sem desconsiderar o restante da equipe, que o supervisor escolar deve ser inovador, ousado, criativo e, sobretudo um profissional de educação comprometido com seu grupo de trabalho. Palavras chaves: Supervisor Escolar/ Funções/ Construção Coletiva/ Prática Desenvolvida. INTRODUÇÃO Ao iniciar a pesquisa sobre a função do pedagogo como supervisor escolar, deparase com a multiplicidade das tarefas pelas quais respondem habitualmente o supervisor, em realidade, á razão maior de sua dificuldade em compartilhar com os demais educadores grande tarefa da organização coletiva do trabalho nas unidades escolares sob sua responsabilidade. Seus problemas se iniciam muitas vezes com a não delimitação de seu próprio local de trabalho, necessariamente móvel e variável conforme as tarefas a desempenhar, e crescem com a ausência habitual da necessária localização do trabalho de seus companheiros professores, obrigados a fragmentação de sua jornada de trabalho e conseqüentemente multiplicação dos locais em que ela se realiza. Visando contribuir para a qualidade do ensino na formação de profissionais competentes e compromissados com uma atuação voltada voltada para a melhoria melhoria do ensino ensino aprendiza aprendizagem, gem, necessária necessária para a transformaç transformação ão social, social, realizou-se realizou-se esta pesquisa pesquisa no sentido sentido de ampliar a visão de conhecimento sobre a função que deve desempenhar o pedagogo como supervisor escolar. O objetivo foi conhecer as principais funções de um Supervisor Escolar, possibilitando a divulgação para outros educadores. Realizou-se esse trabalho a luz da pesquisa bibliográfica, conversas informais, observações feitas durante os estágios da disciplina de Prática Pedagógica sobre o trabalho que desenvolvem os pedagogos supervisores nas escolas e por fim relato sobre as participações em projetos realizados em dois diferentes Colégios sendo o primeiro relato sobre o Projeto de Seminário de Orientação Vocacional e o segundo sobre o Projeto de Pesquisa A Participação dos Pais na Vida Escolar de seus Filhos. Autores que deram sustentação teórica a esse trabalho foram: Alarcão (2001), Ferreira (org), (2002), Gramsci (1982), Libâneo (2005), Revista Nova Escola (2006), Sá (2001), Saviani (1985), Silva (1985), Silva Junior (1997), Vasconcellos (2002). No trabalho discorreu-se brevemente sobre a Importância da Pedagogia e o papel do pedagogo. Partindo desse conhecimento iniciou-se o texto sobre supervisão com os títulos: Algumas Dificuldades da Supervisão Escolar no Brasil; Abrangência e Objeto da Função Supervisora; Setor de Supervisão Educacional: Atualmente utilizam-se as integrações setoriais, onde juntos formam a equipe pedagógica nas instituições escolares nas quais trabalham para obterem sucessos no desempenho da multiplicidade de suas tarefas: As possíveis Áreas de Atuação do Pedagogo e os relatos de duas atividades acima citadas realizadas juntamente com a equipe pedagógica dos colégios encerram-se os texto. A IMPORTÂNCIA DA PEDAGOGIA E DO PAPEL DO PEDAGOGO A palavra pedagogia traz sempre ressonâncias metodológicas, processuais que a própria etimologia da palavra pedagogia explica com seu significado conduzir (por um caminho) até determinado lugar (SAVIANI, 1985). Com base em palavras de Saviani, (apud Ferreira, 2002) podemos entender que Pedagogia literalmente significa: a condução da criança. A função supervisora pode ser encontrada na figura do pedagogo tal como se configurou na Grécia, o ato através do qual o
escravo conduzia as crianças até o local onde os preceptores lhes ministravam ensinamentos. Considerando o fato que os escravos obtidos nas conquistas bélicas freqüentemente eram mais cultos que seus senhores, ser pedagogo passa a significar o próprio preceptor, o educador não apenas porque, em muitos casos ele passou a se encarregar do próprio ensino das crianças, mas também porque de fato, sua função desde a origem, era a de estar constantemente presente junto às crianças, tomando conta delas, isto é, vigiando,controlando, supervisionando, todos os seus atos. A escola é uma palavra derivada do grego que significa etimologicamente, o lugar do ócio era privilegio das classes abastadas, enquanto a educação da maioria continuava a coincidir com o processo de trabalho. A função supervisora também se fazia presente na educação dos trabalhadores (escravos) por intermédio do7 intendente que era quem administrava e alentava os seus trabalhadores, assim os escravos eram educados no trabalho, ao mesmo tempo para o trabalho e para a submissão. No parecer de Saviani, (apud Ferreira, 2002, p.17) se pode concluir que: “Ao pedagogo, que supervisionava a educação (Paidéia) das crianças da classe dominante correspondia o capataz que supervisionava a educação (Duléia) dos trabalhadores, isto é, dos escravos”. Dessa forma a pedagogia significa também condução à cultura, processo de formação cultural. E pedagogo é aquele que possibilita o acesso à cultura, organizando no processo de formação cultural, aquele que domina as formas, os procedimentos, os métodos através dos quais se chega ao domínio do patrimônio cultural acumulado pela humanidade. O pedagogo é, portanto um formador de homens (SAVIANI, 1985). Nesse sentido o educador deve levar educando a ter o mínimo de cultura geral que lhe permita criar ou julgar as soluções justas na vida cotidiana; no caso dos jovens após ter dado condições a certo grau de maturidade e capacidade, orientar para a criação intelectual estimular à iniciativa da pratica de certa autonomia. Para que isso ocorra os educadores precisam engajar-se socialmente e politicamente, percebendo as possibilidades da ação social e cultural na luta pela transformação das estruturas opressivas da sociedade classista. Para isso, antes de tudo se necessita conhecer a sociedade em que atua e o nível social, econômico e cultural dos educandos (SAVIANI, 1985). Foi a partir da pedagogia escolar predominante no horizonte profissional que favoreceu a possibilidade de especificação das diferentes modalidades de ação pedagógica. Usando dizeres de Gramsci (1982 p. 124), “é na escola que se deve ser concebida e organizada a fase decisiva, onde se tende a criar valores, autodisciplina intelectual e a autonomia moral necessárias a uma posterior especialização, seja de caráter cientifico ou prático-produtivo”. Para (Saviani, 1985) Pedagogo escolar é aquele que domina sistematicamente e intencionalmente as formas de organização do processo de formação cultural que se dá no interior das escolas. E como especialista em pedagogia escolar deve ter domínio das formas através das quais o saber sistematizado é convertido em saber escolar, tornando-o, transmissível e assimilável na relação entre professor-aluno. E no interior das escolas o pedagogo deve lembrar do seu papel, o qual será providenciar uma organização tal que cada criança, cada educando em especial e os indivíduos das camadas trabalhadoras não vejam frustrados seus anseios de assimilar os conhecimentos metodológicos, e sim possibilitar um conhecimento, uma cultura que possibilite atribuir uma nova qualidade às suas lutas no seio da sociedade. 3. ALGUMAS DIFICULDADES DA SUPERVISÃO ESCOLAR NO BRASIL Conforme Silva (1985), a caracterização e compreensão da função supervisora no contexto educacional brasileiro decorre do sistema social, econômico e político. A supervisão escolar se justifica como um meio de garantir a execução do que foi planejado. Esclarece que a responsabilidade do supervisor, como especialista da educação é de trabalhar em função do desenvolvimento do homem, da promoção humana. O supervisor escolar deverá ser capaz de desenvolver e criar métodos de análise para detectar a realidade e gerar assim estratégias para agir, pois como afirma Silva (1985, p.68): É o Supervisor Educacional um criador de cultura e de aprendizagens não apenas intelectual e/ou técnica, mas também afetiva, ética, social e política, que se questiona e questiona o circunstancial, definindo e redefinindo propriedades em educação no momento histórico brasileiro. Ao falar de supervisão escolar no Brasil (Silva Junior, 1997), ressalta que poucas práticas profissionais pagaram um tributo tão alto quanto ocorreu com a supervisãoescolar.
No parecer do autor (op. cit.) inicialmente a supervisão escolar foi praticada no Brasil em condições que produziam o ofuscamento e não a elaboração da vontade do supervisor. Pretendia-se com essa atitude ter um supervisor controlado para ser controlador, obtendo dessa forma uma educação controlada e consequentemente uma sociedade controlada. Para que esse supervisor se fizesse possível foi lhe sugerido que o controle, a decisão é sempre atributo dos que detêm o poder, e que a melhor maneira de servir aos homens seria ensiná-los a submeterem-se ao poder, uma forma de dominação do dominante nesse caso o supervisor. A esse respeito Silva Junior (1997, p.96) acrescenta: Se não cabe ao supervisor impor soluções ou estabelecer critérios obrigatórios de interpretação, cabe – lhe, sem duvida, por ser brasileiro e por ser um educador responsável, ajudar na construção da consciência histórico-política necessária à luta contra a dominação. Isso implica uma posição de profunda atenção aos fatos do cotidiano escolar e do cotidiano da sociedade que lhe assegure condições de analise adequada do significado das ocorrências que se vão acumulado. No entanto, educadores sejam professores ou supervisores, para avançar na construção de um mundo e de uma educação adequada à necessidade da luta contra a dominação tem sido uma tarefa delicada, árdua, que necessita de tempo, não tem sido fácil o caminho percorrido por educadores para conseguir tal objetivo. Para mudar também se faz necessário que haja no sistema escolar um maior número de supervisores e que estes sejam bem preparados. E como diz Silva Junior (1997, p.100): Ensinar supervisão no Brasil hoje significa necessariamente pesquisar supervisão. Pesquisar “a” e “para” a supervisão. Significa consequentemente, examinar criticamente à prática que se desenvolve e investiga as situações e as condições que possam contribuir para o desenvolvimento qualitativo dessa prática. A ciência da supervisão, já o disse também anteriormente, será construída sem abrigar a pretensão da objetividade absoluta. É da unidade dialética das atividades teórica e prático-experimental que devera resultar a supervisão da educação adequada ao atendimento das necessidades reais do conjunto da população. As instituições que oferecem cursos com habilitação em supervisão se defrontam com problemas com os acadêmicos que buscam se preparar para o exercício da futura profissão. Por estarem sobrecarregados pelo excessivo número de seus encargos, os futuros pedagogos supervisores não podem se dedicar ao curso de formação, o tempo e o empenho indispensáveis a uma preparação criteriosa à nova função que aspiram Em função dessa reflexão, acrescenta Silva Junior (1997 p.102) é: “que supervisionar uma escola é orientar sua administração para a realização do ensino, seu objetivo precípuo”. Como conseguir efetivamente essa realização deve ser a preocupação central do processo de formação dos supervisores. Dessa forma aspira-se que com a sua práxis o supervisor possa superar as deficiências de sua formação desenvolvendo assim seu papel de articulador do projeto pedagógico.12 Com base nas palavras (op. Cit.1997), vale ressaltar que quando o supervisor se forma seus problemas continuam com a necessidade de estar trabalhando muitas vezes em mais de uma escola, dificultando ainda mais com a necessidade da multiplicação dos locais de trabalho dos professores obrigados à fragmentação de sua jornada, pois muitas vezes assim se faz necessário com remuneração por hora aula. Muitos educadores assumem aulas em várias escolas para atingir o número de aulas que lhes são estipuladas, outros para garantir uma remuneração que lhes dêem uma estabilidade econômica além de seu padrão assumem aulas extras. A partir dessa reflexão, pode-se afirmar que o ideal para o supervisor ter melhores condições de estar desenvolvendo seu trabalho com sucesso fosse possível que professores e supervisores permanecessem presentes durante o dia todo de trabalho apenas em uma única escola. Enredado na multiplicidade das tarefas que lhe são estipuladas para desenvolver e aquelas que deve estipular e cobrar parece impossível direcionar seu trabalho de forma a desenvolvê-las atendendo as necessidades desejadas pelos professores, que muitas vezes esperam do supervisor apoio para desenvolver sua práxis.. Pode-se afirmar, para que tal trabalho seja possível é importante que o supervisor se torne um organizador de reflexões educativas com os demais educadores, repensando sua relação com os professores de modo a ter desses, sua confiança e prestigio. 4. ABRANGÊNCIA E OBJETO DA FUNÇÃO SUPERVISORA. Segundo Rangel, (apud Ferreira (org) 2002) o objeto especifico da função supervisora em nível escolar é o processo de ensino aprendizagem. E a abrangência do processo de ensino aprendizagem inclui: a supervisão do currículo, a supervisão dos programas, a supervisão da escola de livros didáticos, a supervisão do planejamento de ensino, a supervisão dos métodos de ensino, a supervisão da avaliação, supervisão da recuperação, supervisão e projeto da escola, supervisão e pesquisa.
4.1 A SUPERVISÃO DO CURRÍCULO O currículo da escola básica - Ensino Fundamental e Médio - tem parâmetros legais, e pedagógicos reformulados no fim dos anos 90. Os parâmetros legais do currículo no ensino fundamental encontram na Resolução nº 2/98 do Conselho Nacional de Educação (CNE) uma das principais referências normativas. É interessante observar os termos da Resolução n° 2, de 7/4/98, do Conselho Nacional de Educação, ao focalizar a práxis da função do supervisor, conforme cita Rangel ( apud Ferreira, 2002, p. 78-79) o Inciso IV, que diz: Em todas as escolas deverá ser garantida a igualdade de acesso para alunos a uma base nacional comum, de maneira a legitimar a unidade e a qualidade da ação pedagógica na diversidade nacional. A base comum nacional e sua parte diversificada deverão integrar-se em torno de paradigma curricular que vise a estabelecer a relação entre a educação fundamental. A vida cidadã, através da articulação entre vários dos seus aspectos como: 1. A saúde 2. A sexualidade 3. A vida familiar e social 4. O meio ambiente 5. O trabalho 6. A ciência e a tecnologia 7. A cultura 8. As linguagens Então se observa que os temas da vida cidadã em uma perspectiva de contextualização e interdisciplinar são princípios especiais da nova proposta curricular na Resolução nº 2/98, tendo o supervisor a função especial de atender todos os aspectos citados. 4.2A SUPERVISÃO DOS PROGRAMAS Os programas de cada disciplina são construções coletivas de professores. O sentido da supervisão dos programas é que o supervisor incentive e planeje oportunidades nas quais possam se reunir professores de diversas disciplinas de uma mesma serie e de uma mesma disciplina em diversas séries. Os valores da vida entre outros temas relevantes ao desenvolvimento sociocognitivo serão referências para a integração de conteúdos e tratamento interdisciplinar e contextualizado. Dessa forma também deve ser a escolha de livros didáticos adotados como material de apoio ao estudo dos alunos. 4.3A SUPERVISÃO DA ESCOLHA DE LIVROS DIDÁTICOS. A escolha de livros didáticos dever ser coletiva com os demais educadores que ministram a mesma disciplina, em todas as séries, decidindo sobre os livros a serem adotados. É importante que no momento de escolher os livros didáticos a decisão ocorra com cuidado, atenção, com a participação e critério de grupo. Deve ser planejado, organizado pela escola o momento que as editoras oferecem livros e os professores em grupo recebam-nos para decidir que livro escolher. Não se pode limitar apenas no livro didático o conhecimento de alunos e professores. Ele é um dos meios didáticos para o trabalho. Sendo assim os docentes e discentes podem e devem buscar outros meios além do livro para aquisição de conhecimento.Essas orientações fazem parte da função supervisora na escolha dos livros didáticos. 4.4 SUPERVISÃO DO PLANEJAMENTO DE ENSINO O planejamento de ensino prevê as ações didáticas, inclui-se nele: os objetivos, o conteúdo, os procedimentos, a avaliação, a bibliografia. O plano é um encaminhamento de ações refletidas em conjunto. Orientar critérios e conceitos, procurando, uma vez mais garantir oportunidades de sua construção coletiva é orientar, supervisionar e avaliar o planejamento. 4.5A SUPERVISÃO DOS MÉTODOS DE ENSINO Técnicas e métodos de ensino são meios didáticos que na aprendizagem encontram sentido e finalidade e se fazem de acordo com conteúdos, previstos no currículo escolar. A função supervisora deve estar atenta às técnicas e métodos aplicados nas aulas pelos professores e, no momento em que observar a monotonia, a forma tradicional de ensino, disponibilizar cursos, palestras, reuniões
interativas para relatos e trocas de experiências a fim de reciclar e de uma formação continuada ao professor. Assim procedendo pode-se verificar alunos motivados e a aprendizagem mais significativa. 4.6A SUPERVISÃO DA AVALIAÇÃO O supervisor que concretamente tem na prática, a vivencia das dificuldades, dos desdobramentos pedagógicos e sociais da avaliação, pode tentar melhorar através de reformulações dos conceitos da forma de avaliar os alunos, prevista no Projeto Pedagógico da Escola. Reavaliando os conceitos, procedimentos e instrumentos com que se verificam os produtos da aprendizagem, procura meios de qualificar e contextualizar a avaliação, através de um todo, avaliando assim, não só o conhecimento dos alunos, atividades realizadas do dia a dia, os níveis de participação trazidas da experiência de cada um, e procurar elaborar uma avaliação institucional, na qual serão avaliados todos os setores da instituição escolar. 4.7 SUPERVISÃO DA RECUPERAÇÃO18 Supervisionar a recuperação é coordenar atividades que no dia a dia se explique, exemplifique todo o conteúdo que o professor observar que o aluno apresente dificuldades e buscar recuperar os alunos nesses conteúdos com métodos mais significativos e associados as suas experiências. 4. 8.SUPERVISÃO E PROJETO DA ESCOLA O supervisor deve participar da construção do Projeto Pedagógico, pois ele é um documento de suma importância da escola, onde está contido tudo o que se fez, esta fazendo e se pretende desenvolver dentro da escola de maneira clara e objetiva de modo que todos, ao consultarem possam compreendê-lo. Para esclarecer um pouco mais, pode-se dizer que a supervisão participa efetivamente do projeto pedagógico da escola, desde a sua elaboração, implementação, utilização e avaliação e, anualmente a reavaliação de sua aplicabilidade e funcionalidade, a fim de acompanhar todo o trabalho educacional da escola. No projeto está a finalidade da educação, da escola, o histórico, a origem, o percurso, o contexto do bairro, da cidade, do estado, os objetivos específicos do19 trabalho educativo a que a escola se propõe, a comunidade, os pais e sua participação, organização estrutural e funcional; os planos dos setores, o currículo, o processo de avaliação e recuperação entre outros elementos. Enfim é um documento completo contendo todas as informações sobre a instituição. 4.9.SUPERVISÃO E PESQUISA A pesquisa é objetivo comum, que motiva mobiliza e aproxima professores e setores. A pesquisa é focalizada pela supervisão, de modo a entender que o professor é participante de investigações, e que a escola é instância de ensino e de produção de conhecimento. A escola local de implementação do processo didático é espaço de pesquisa e aproveitamento, amplia os horizontes de suas contribuições à comunidade que utiliza seus serviços, e a educação sintetizada nela. A coordenação supervisora incorpora, a coordenação de pesquisa ampliando a compreensão do processo didático, das ações e relações que nele tem curso, propiciando decisões fundamentais, perspectivas de avanços do conhecimento e das práticas. 5. SETOR DE SUPERVISÃO EDUCACIONAL 5.1 SETOR DE SUPERVISÃO EDUCACIONAL: REPRESENTAÇÃO E FUNÇÕES.21 Devido à necessidade de mudança, tais como: ...............acrescentar essas Mudanças fez com que a escola criasse novos serviços entre eles o SSE (Setor de Supervisão Educacional). O SSE (Setor de Supervisão Educacional) é um setor que atende às necessidades dos professores, dando apoio no que diz respeito á sua prática e realizando mediações entre direção e professores, para que possa ser formada uma educação democrática, coletiva e de qualidade. Alarcão (2001, p. 13) acrescenta o seguinte: A função supervisora pode ser compreendida como um processo em que um professor, em principio mais informado, orienta um outro professor ou candidato a professor no seu desenvolvimento humano e profissional.
O serviço de supervisão escolar deve trabalhar em conjunto com serviço de orientação que também é um setor existente dentro da escola que se envolve com os alunos, realizando mediações entre professores alunos e pais para que problemas relacionados à aprendizagem, a determinados comportamentos, à inclusão de alunos portadores de deficiência entre outras, possam ser mediados de maneira efetiva e qualitativa e participar na construção do Projeto Político Pedagógico da escola, visando o desenvolvimento dos alunos de acordo com a realidade a que pertencem. Para que juntamente supervisão e orientação busquem realizar a construção de uma educação de qualidade. É seu objetivo, através de um trabalho em conjunto, procurar conhecer o contexto no qual a escola está inserida, dar suporte e assessoramento à direção, professores, alunos e comunidade, assim como atender ás necessidades da escola. É também função do supervisor escolar construir o Projeto Político Pedagógico da escola, envolvendo direção, orientação, comunidade, funcionários e professores, pois todos serão responsáveis pela educação dos futuros cidadãos que constituirão uma nova concepção de mundo. E para que isso aconteça é preciso que o setor pedagógico seja assumido por pessoas qualificadas para se ter qualidade no serviço oferecido; qualidade essa merecida pela educação, como nos aponta Vasconcellos (2002, p. 71): [...] é preciso ter pessoas altamente qualificadas neste âmbito a fim de ajudar na coordenação da travessia, não como o ‘iluminado’, dono da verdade, mas naquela perspectiva que apontamos do intelectual orgânico: alguém que ajuda o grupo na tomada de consciência do que está vivendo para além das estratégias de intransparências que estão a nos alientar. 5.2 SETOR DE SUPERVISÃO EDUCACIONAL: A FORMAÇÃO DOS PROFESSORES O setor de supervisão educacional é um órgão importante em uma instituição escolar, principalmente no que se refere a pratica docente, pois é ele um dos mediadores entre o saber fazer, o saber ser e o saber agir do professor. Sabe-se o quanto é difícil propor aos professores uma pratica inovadora ou uma nova forma de pensar. Portanto, o setor pedagógico deve proporcionar assessoramentos ao corpo docente, organizar palestras, cursos de qualificação, assim como reuniões em que os professores desenvolvam projetos de pesquisa individuais ou em grupos, apresentando-os aos colegas através de palestras ou seminários, dando sentido ao fazer do professo e elevando, com isso, a sua auto-estima. Como se pode perceber, o setor pedagógico tem como papel na formação continuada do docente mobilizar os diferentes saberes dos profissionais da educação para que a escola possa cumprir com a sua função de maneira efetiva: possibilitar que os alunos aprendam, sentindo-se sujeitos pertencentes ao espaço escolar. 5.3 SETOR DE SUPERVISÃO EDUCACIONAL CIDADANIA COMO EDUCAÇÃO INCLUSIVA Muitas escolas hoje dividem com os pais, a função pedagógica de educar, formar valores. Embora haja escolas especializadas que trabalham com portadores de deficiência especiais, as escolas normais, devem ser orientadas a prepararem-se para atender esses alunos. Mediante essa situação os supervisores escolares deverão contribuir, procurando promover reflexão dos docentes sobre suas condições para realizarem esse tipo de trabalho, buscando dessa forma avançar com as escolas, com preparação do espaço escolar, com a formação de professores para receber esses alunos. Devido à falta de preparo do espaço escolar, e da formação docente, podese acontecer de algumas escolas, deixarem de atender esses educandos e encaminha-los as escolas especiais. O capitulo IV do Estatuto Criança e do Adolescente (ECA) sinaliza, em seu artigo 53, que: A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes: I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II – direito de ser respeitado por seus educandos; III – direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instancias escolares superiores; IV – direito de organização e participação em entidades estudantis; V - acesso à escola publica e gratuita próxima de sua residência. Esse problema não está só centrado na instituição escolar, mas também no estado, pois é seu dever proporcionar meios e incentivar os professores para realizarem uma formação adequada, a fim de que os mesmos possam trabalhar com a educação inclusiva. Conforme Vasconcellos (2002, p. 74), “o professor por seu turno, está marcado por uma formação aligeirada e frágil, condições precárias de trabalho, desprestígio social, etc.”.
Diante disso, percebe-se que os trabalhos do SSE deverão, juntamente com o corpo docente, programar um grupo de estudos que una a prática e a teoria para um projeto de formação permanente, já que o Estado não exerce sua função de forma adequada. Portanto se houver um trabalho integrado dentro do espaço escolar, essas crianças poderão desenvolver sua cidadania. Concordando com Frei Betto (apud Vasconcellos, 2002, p. 74), quando diz que “fazer educação inclusiva implica, entre outras coisas, trabalhar com diversidade e, sobretudo, com alunos portadores de direitos especiais”. 6. AS POSSÍVEIS ÁREAS DE ATUAÇÃO DO PEDAGOGO No momento atual se fala em junção de setores de serviços, todos juntos formam a equipe pedagógica na instituição escolar na qual procuram trabalhar para obter sucesso no desempenho da multiplicidade de suas tarefas. Porém Libâneo (2005) ressalta que como em todas as profissões encontram-se vários dilemas e problemas26 a serem enfrentados como: a docência como base da identidade profissional do educador, a divisão do trabalho na escola, a separação conteúdos e métodos gerando certa fragmentação no estudo, a escola como local de trabalho capitalista. Com essas multiplicidades se observa que a profissão do pedagogo, como a do professor, tem sido abalada por todos os lados, por exemplo: deficiência na formação, falta de profissionalismo, faltam muitas vezes condições de trabalho, baixos salários, desvalorização profissional implicando baixo status social e profissional entre outros. Aos diplomados em Pedagogia é proporcionada uma formação geral que os capacita a atuar como pesquisadores e cientistas em Educação. Isto implica um consistente domínio de competências teórico-práticas que os habilita a avaliar e, paralelamente, a construir uma realidade social através do exercício de atividades educativas que abrangem desde a Educação Infantil, o Ensino Fundamental até a organização e coordenação de escolas cujo objetivo maior é oferecer ensino formal de qualidade, acessível a todos os cidadãos. Para tanto, o Pedagogo necessita que, durante o curso, ser habilitado a exercer liderança a fim de que, como futuro agente da Educação, estar instrumentado para promover ações integradas com profissionais de diferentes áreas, assim como com as pessoas da comunidade. Outra aptidão imprescindível ao seu perfil profissional é a capacidade de assumir compromissos políticos para articular estratégias pedagógicas escolares e nãoescolares, uma vez que a Educação não pode ser percebida como um fenômeno singular, desvinculado de outras prioridades sociais, mas como uma das expressões mais relevantes do desejo coletivo da sociedade que queremos. Segundo Libâneo (2005, p.33) Pedagogo é o profissional que atua em varias instâncias da prática educativa, direta ou indiretamente ligada á organização e aos processos de transmissão e assimilação de saberes e modos de ação, tendo em vista objetos de formação humana previamente definida em sua contextualização histórica. Dessa forma o profissional de Pedagogia (reformular de acordo com as Novas Diretrizes Curriculares do Curso de Pedagogia) pode atuar como docente em Educação Infantil e Ensino Fundamental; como Orientador Educacional e como que ofereçam Ensino Fundamental e Médio. Órgãos Governamentais e ONG’. Em empresas comerciais, industriais e de prestação de serviços, junto ao RH, os Pedagogos poderão exercer atividades como: seleção e treinamento de pessoal, organização e coordenação de centro de Educação Infantil e de cursos supletivos, professor alfabetizador de adultos, supervisão do processo institucional de avaliação, coordenação de atividades recreativas, orientação vocacional, orientação de visitas a bibliotecas e museus, organização e confecção de materiais didáticos e instrucionais, pesquisador e palestrista. Em escolas, colégios e universidades, o profissional de Pedagogia, além de professor e técnico de Educação, pode desenvolver atividades de assessoramento, articulação e organização de práticas pedagógicas junto a professores, alunos, pais e comunidade. Mesmo em empresas de Informática e Comunicação (rádio e televisão), os Pedagogos vêm sendo requisitados para atividades que requeiram planejamento educativo, uso de tecnologias e metodologias educacionais. Em decorrência de sua formação, o pedagogo tem condição de integrar equipes multidisciplinares em órgãos centrais do sistema de ensino, além de atuar em instituições que organizam e desenvolvem projetos e processos educativos escolares e não-escolares. É o único profissional habilitado - por lei e formação - a preparar, administrar e avaliar currículos, orçamentos e programas escolares, além de poder atuar em atividades de pesquisa. Concordando com as afirmações citadas acima Libâneo (2005, p.38-39) afirma que: O curso de Pedagogia deve formar o pedagogo stricto sensu, isto é, um profissional qualificado para atuar em vários campos de trabalho educativos para atender demandas socio-
educativas de tipo formal e não-formal, decorrentes de novas realidades, novas tecnologias, novos atores sociais, ampliação das formas de lazer, mudanças nos ritmos de vida, presença dos meios de comunicação e informação, mudanças profissionais, desenvolvimento sustentado, preservação29 ambiental - não apenas na gestão, supervisão e coordenação pedagógica de escolas, como também na pesquisa, na administração dos sistemas de ensino, no planejamento educacional, na definição de políticas educacionais, nos movimentos sociais, nas empresas, nas varias instancias de educação de adultos, nos serviços de psicopedagogia e orientação educacional, nos programas sociais de lazer e animais cultura, na televisão, no radio, na produção de vídeos, filmes, brinquedos, nas editoras, na requalificação profissional e outros. Baseado na citação acima quem hoje deseja continuar sendo chamado de educador, não pode ignorar a importância dos processos educativos extra-escolares, principalmente os comunicacionais, nos que se implica de corpo inteiro, a pedagogia. 7.PRÁTICA DE AÇÃO INTEGRADA JUNTO À EQUIPE PEDAGÓGICA DESENVOLVIDA DURANTE O ESTÁGIO EM SUPERVISIONADO EM GESTÃO ESCOLAR. Entre as ações que se realizou durante os estágios, foram selecionadas duas para o relato. A primeira ação a ser relatada um projeto de seminário de Orientação Vocacional, no Colégio (A), colaborando para compreensão das atividades do pedagogo no cotidiano escolar. Para realizar esse projeto o primeiro passo dado foi o contato com os alunos, quando se comunicou o que seria realizado junto à direção do colégio, para isso visitou-se as salas dos formandos passando para esses a forma que contribuíram para a realização desse projeto. Em segundo momento formulou-se a questão: Qual a profissão que você gostaria de conhecer um pouco mais? Como resultado obteve-se as seguintes profissões: Analista de Sistema, Agrônomo, Astronomia, Assistente Social, Biologia, Cultura, Contabilidade, Direito, Educação Especial, Engenharia Têxtil, Engenharia Mecânica, Engenharia Química, Engenharia Ambiental, Economia, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiólogo, Medicina, Medicina Veterinária, Matemática, Nutrição, Oceanografia, Odontologia, Publicidade, Psicologia, Pedagogia, Técnico em Informática, Técnico em Mecânica, Técnico Agrícola, Turismo e Hotelaria. No terceiro momento foi selecionada entre todas as profissões a mais votada, dentre elas, ficaram em seqüência de colocação: Medicina Veterinária, Educação Especial, Psicologia, Pedagogia, Enfermagem, Técnico em Informática.Após seleção das profissões montou-se o projeto sobre o seminário de Orientação Vocacional.(Veja apêndice I) No quarto momento juntamente com a diretora do Colégio deixou-se previamente escolhidos então os profissionais a serem convidados para o seminário de Orientação Vocacional, o local a ser realizado , a data, horário para o inicio e termino do seminário, a quantidade de tempo para fala de cada profissional, o que seria interessante para cada profissional expor segundo o interesse dos alunos como: tempo de duração do curso, matéria estudada, dificuldades no inicio da carreira entre outros. O seminário realizou-se na Câmara Municipal, teve inicio com abertura da diretora que enfatizou que esse projeto foi desenvolvido juntamente com as acadêmicas da Faculdade Dom Bosco de Goioerê do Curso de Pedagogia. O primeiro profissional a falar foi o veterinário. Este nos contou que o tempo de duração do curso é de cinco anos, e que para fazer a pessoa deve gostar de animais e ter dom, e que o veterinário pode atuar em várias áreas, como Cirurgia, Vigilância Sanitária. No curso de veterinária existem mais de quarenta especializações, quem escolhe fazer o curso terá várias opções de escolha para especializar e trabalho. A segunda profissional a falar foi uma educadora e pedagoga que explanou sobre apedagogia educacional, cuja duração do curso é de quatro anos, que é o curso de Pedagogia é muito bom, prepara para uma profissão que é muito difícil, porém que se sente realizada com ela, pois acredita na educação que é fundamental para todos. Essa Pedagoga frisou que todos os profissionais passam pela educação escolar e conseqüentemente por pedagogos. Juntamente com a Pedagogia Educacional foi esclarecido que existem especializações que podem trabalhar nas áreas industriais, empresariais e hospitalares. E para informar um pouco mais sobre a pedagogia Industrial, participou do seminário uma pedagoga que atua na área industrial que discorreu sobre a importância de trabalhar o bem estar dos funcionários para se alcançar bons
resultados no trabalho e que cabe ao pedagogo industrial colaborar para que isso ocorra com reuniões, palestras e dinâmicas que promovam a auto-estima, sensação de segurança e disponibilidade para o trabalho entre outros. Em seqüência teve a palavra a Bacharel em Informática que além de discorrer sobre o curso de informática, incentivou os formandos a pensarem bem e buscarem algo que gostem para fazer e nunca deixarem de lutarem pelos seus sonhos só assim poderão atingir seus objetivos. A enfermeira relatou sobre: o quanto o curso é caro, as dificuldades para conclui-lo, o tempo de duração, algumas das especializações que podem ser feitas, e que para fazer o curso tem que gostar muito, e se ganha bastante dinheiro ou não isso depende do local que se trabalhar e da sua competência. E a psicóloga falou sobre o tempo de duração do curso cinco anos, suas dificuldades pela cursa-lo, suas compensações agora no exercício da carreira e enfatizou que todos deviam prestar vestibular se formar e buscar seu caminho. O seminário teve fechamento com a fala da educadora que trabalha na educação especial que esclareceu sobre quantos alunos freqüentam as salas especiais, quantas e quais escolas oferecem essa modalidade de ensino. E discorreu sobre as necessidades especiais dos alunos, quais os profissionais que podem atuar nessa área, quais os cursos que devem cursar para isso. O objetivo desse seminário de Orientação Vocacional foi oferecer maiores informações sobre as profissões, mercados de trabalho. Auxiliar os formandos a refletir sobre a importância da profissão como realização pessoal e profissional para os alunos que estavam indecisos sugeriu-se um teste vocacional que poderia ajudalos a decidir a profissão a ser seguida. Em outro momento realizou-se um projeto de pesquisa sobre a participação dos pais na vida escolar dos filhos, com a participação dos pais, dos alunos, equipe pedagógica. Teve inicio durante o estagio realizado no colégio (B), após observações, entrevistas, análise de documento e conversas informais e o estudo do texto: A não participação dos pais na escola à eloqüência das ausências, do autor Virginio de Sá, quando se percebe o nível de desafio que é a participação dos pais na escola. Tema esse que chamou a atenção pois como diz Sá: “A problemática da democracia e da participação nas organizações constitui um campo de estudos e de reflexão que, não constituindo uma questão nova, mantém, contudo, plena atualidade (SÁ, 2001, p.69- 70)”. Então após o convite para participar de uma reunião bimestral de pais para entrega de notas entre outros. Comentou-se com a direção e supervisão da escola a idéia de desenvolver uma pesquisa direcionada a identificar o nível de participação dos pais nessa escola. Tendo em vista elaborar questionários, para que a comunidade escolar pudesse estar participando, apontando possíveis caminhos que pudessem minimizar os possíveis problemas identificados neste caso delimitado por esse questionário, sendo que esta proposta já se encontrava explicitada no Projeto Político Pedagógico dessa escola. Para começar a pesquisa participou-se da reunião na qual estavam presentes setenta e oito pais, o diretor me apresentando e pedindo a colaboração para o desenvolvimento do projeto de pesquisa, cedeu um espaço durante a reunião para fazer a proposta da pesquisa dos pais. Esclarecendo aos pais sobre a pesquisa e o seu objetivo, deixando claro que em outro dia seria distribuído o instrumento de pesquisa aos alunos e que esses por sua vez levariam para casa para que seus pais respondessem, e os mesmo deviam devolver na secretaria do Colégio no dia seguinte. Foram distribuídos setenta e sete questionários em onze salas de 5ª á 8ª séries, sendo sete questionários pó sala. Recebeu-se um total de quarenta e nove questionários, desses quarenta e três foram aproveitados na pesquisa, cinco não foi possível identificar as séries correspondentes e um foi devolvido em branco. Fundamentando essa idéia a revista NOVA ESCOLA, (junho/julho 2006, p.32) em seu artigo Parceiros na Aprendizagem ressalta que: Escola e Família têm os mesmos objetivos: fazer a criança desenvolver em todos os aspectos e ter sucesso na aprendizagem. As instituições que conseguiram transformarem os pais ou responsáveis em parceiros diminuíram os índices de evasão e de violência e melhoraram o rendimento das turmas de forma significativa. Após levantamento dos dados e analises das questões explicitadas no questionário destacou-se: “A existência de algumas clivagens entre pais e professores quanto aos domínios em que seria desejável maior participação dos pais na educação dos seus filhos (SÁ, 2001, p.80-81)”. Observou-se que os pontos relevantes levantados no questionário (Apêndice II), foram: a necessidade de alguns pais participarem do trabalho pedagógico da escola, para tomar conhecimento quanto ao seu processo educativo e colaborar com a instituição em seus múltiplos aspectos, principalmente ajudando seus filhos nos estudos; a melhoria da interação aluno-aluno, aluno-professor, para
ajudar na problemática da desmotivação e desinteresse de alguns alunos pela escola; a melhoria no respeito dos alunos pelos professores e demais funcionários; a melhoria no aspecto físico do colégio. Diante da análise e reflexão sobre a quantidade de questionários respondidos, observa-se que os vinte e oito pais que não devolveram os questionários na data combinada, alimentam a grande estatística da não participação dos pais na vida escolar dos filhos existentes na escola hoje. Essa pesquisa foi realizada na tentativa de colaborar com a escola na qual acontece o estágio levantando os possíveis caminhos que pudesse minimizar os problemas identificados. Além de avaliar o grau de participação dos pais neste Colégio. CONCLUSÃO O curso de Pedagogia visa possibilitar aos participantes a compreensão da estrutura organizacional do trabalho pedagógico da escola, refletindo sobre a prática integrada a partir dos diferentes paradigmas de educação e repensando a organização interna da escola diante das exigências participativas na construção do seu projeto políticopedagógico. Cabe à Supervisão Escolar assessorar a Direção Pedagógica quanto à metodologia do ensino e prestar contínua assistência didático pedagógica aos docentes, pois, o mundo está passando, num ritmo acelerado, por grandes transformações e os educadores devem estar à frente dessa nova realidade, com o desafio de transmitir conhecimentos, informações e valores que conduzirão o aluno para uma sociedade mais culta, justa e consciente dos seus direitos e deveres. O fazer pedagógico diário deve ser acompanhado e incentivado através de textos, sugestões de bibliografia, intervenções e participações sistemáticas da Supervisão Escolar, sempre ciente da importância de seu papel para promover um trabalho conjunto da escola como sujeito ativo na formação de sociedade moderna e mais humana. A supervisão faz parte do processo, da educação. Então: “a escola participativa só poderá existir, a partir do processo dinâmico que a supervisão proporcionará”. Educação se faz com discernimento, ousadia, pesquisa, determinação, trabalho participativo, visando dar aos educandos instrumentos educacionais que são importantes para o exercício da cidadania. Portanto, se devem mobilizar os futuros educadores em Pedagogia independente da especificidade a formar uma consciência crítica da sociedade com vistas à adoção de procedimentos educativos transformadores. Para que o papel do supervisor torne -se eficaz se faz necessário que os pedagogos supervisores ocupem no Sistema Educacional um espaço de intermediação e articulação entre a condução da política educacional e as instituições escolares, atuando com a equipe de gestão, auxiliando quanto à elaboração e implementação das propostas pedagógicas, facilitando o desenvolvimento do processo ensinoaprendizagem e a melhoria da qualidade de39 ensino. Enfim sua atuação deve estar voltada para promover a integração dos profissionais da educação verificando as facilidades e dificuldades encontradas pelos mesmos e incentivando e promovendo a formação em serviço das equipes escolares. Hoje a escola assume a responsabilidade pelo desenvolvimento integral do aluno, em seus múltiplos aspectos: físico, intelectual, escolar, social, emocional, moral, vocacional, etc. Portanto diante de toda globalização atual, a supervisão não pode passar despercebida. È sempre muito saudável uma observação aqui, outra ali, para que tudo ocorra bem. O bom, o melhor está para acontecer sempre. Por isso, a supervisão foi, é e será sempre necessária. Enfim a supervisão tem um papel político, pedagógico e de liderança no espaço escolar é necessário ressaltar sem desconsiderar o restante da equipe, que o supervisor escolar deve ser inovador, ousado, criativo e, sobretudo um profissional de educação comprometido com seu grupo de trabalho APÊNDICE I PROJETO DO SEMINÁRIO DE ORIENTAÇÃO VOCACIONAL INTRODUÇÃO A adolescência é uma etapa da vida onde ocorrem muitas transformações, surgem duvidas, vontades e ansiedades. Nesta época, tudo é vivido intensamente e tudo muda muito rápido. O adolescente varia suas opiniões, idéias, comportamento e humor. Muitos deles passam por grandes conflitos interiores, por isso dá-se a importância da orientação vocacional, para ajuda-los a orientar-se sobre possíveis profissões que desejam seguir. JUSTIFICATIVA
A escolha do tema apresentado deve-se principalmente a má ou falta de informação sobre as profissões sobre as a serem seguidas, pois duvidas em relação á escolha sempre ocorrem. Escolher uma profissão não é somente decidir o que fazer, mas decidir quem ser. Assim, milhares de jovens apresentam duvidas e enfrentam muitas dificuldades, porém antes de escolher a profissão deve-se pensar muito para não errar na escolha. OBJETIVOS GERAIS Assistir ao jovem na solução das dificuldades que enfrentam ao encarar a escolha da profissão, fazendo-os refletir sobre se projeto de a vida, exercer uma profissão e ser um bom profissional. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Oferecer maiores informações sobre as profissões, mercado de trabalho e as universidades. Auxiliar o jovem a refletir sobre a importância da profissão como realização pessoal e profissional. METODOLOGIA O tema será desenvolvido através de atividades de pesquisa realizados com os formandos desta escola para saber quais são as profissões que mais interessam. Os alunos participarão de um seminário com profissionais na área das profissões mais votadas. No seminário os profissionais usarão de exposição oral, contando umpouco de suas experiências estudantis e profissionais. AVALIAÇÃO A avaliação será realizada no decorrer do desenvolvimento do projeto, através de observação direta, durante o seminário com a participação dos educandos. APÊNDICE II QUESTIONÁRIO SOBRE A PARTICIPAÇAO DOS PAIS NA VIDA ESCOLAR DOS FILHOS. Nome do entrevistado:44 Endereço: data: Telefone: Bairro: série: 1-Você participa do trabalho pedagógico da escola? ( ) Não ( ) Sim Se não, indicar o motivo_______________________________________________________ 2-Se respondeu sim, o que você faz para ajudar? ( ) Ajuda os filhos nas tarefas. ( ) Sabem quais as disciplinas que seu filho tem dificuldade ou facilidade. ( ) Participa das atividades da escola, reuniões, promoções, jogos, gincanas. ( ) Outros._________________________________________________________________ 3-Se respondeu não,como faz para saber se a escola trabalha de maneira adequada para atender as necessidades educacionais de seu filho (a)? ( ) Telefona para a escola só quando acontece algo de errado com seu filho. ( ) Procura se informar do rendimento escolar de seu filho em outro ambiente. ( ) Manda alguém lhe representando na escola para tratar de assuntos referentes ao seu filho.45 4- O que você acha mais importante para dar preferência a essa escola? ( ) Pelo trabalho da equipe pedagógica, administrativa e corpo docente. ( ) O local que mora.
( ) Espaço e ambiente físico. ( ) Alimentação oferecida. ( ) Projetos culturais e educacionais desenvolvidos na escola. 5- O que você sugere para melhorar a problemática desmotivação e desinteresse de alguns alunos pela escola? ( ) Mudanças nos conteúdos trabalhados no processo ensino aprendizagem. ( ) Articulação do contudo trabalhado ao contexto social mais amplo e as características sócio-culturais dos alunos. ( ) Melhoria no padrão de interação aluno-aluno e aluno-professor existente na escola. 6- O que acontece na escola que você considera violência? ( ) Não respeitar os professores, e demais funcionários. ( ) Não respeitar os colegas. ( ) Não valorizar a parte física da instituição, destruindo, estragando, e desperdiçando. ( ) Outros.__________________________________________________________ 7- Quais os aspectos que este colégio deveria melhorar? ( ) Físico ( ) Administrativo ( ) Pedagógico ( ) Cultural. 8- Qual o grau de confiabilidade que você atribui a este colégio? ( ) Excelente ( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim 9- Observações : __________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________