A BÍBLIA DE LÚCIFER (Excertos)
A origem deste «livro», que as seitas luciferinas de hoje passam de mão em mão, é bastante obscura. Para alguns, ele foi revelado a asha ! ". #., grão$mestre da «%&cifer$"» alemã ! a '(, ') e '* de +evereiro de '-* para outros, ". #., o antipapa luciferino, t/$lo$ia escrito para firmar as bases da sua 0rdem e ele não seria mais do que uma obra de imagina1ão ... 2eja como for, as p3ginas que se seguem formam uma das primeiras tentativas «b4blicas» de inspira1ão verdadeiramente luciferina e não se parecem nada com os manuais de magia negra que estão na base de muitas confus5es. A4 est3 talve6 a sua originalidade. Excerto do Livro do Caos
' ! 7u, asha, ao amanhecer deste se8to dia, empreendo este relato na l4ngua dos meus pais, consciente da import9ncia da minha revela1ão, a fim de que a harmonia do duplo seja restitu4da : sua verdadeira v erdadeira lu6. ; ! 0 que eu vi ou senti é a origem de toda a manifesta1ão e as minhas palavras são as do Anjo que vela em mim, o
have dos mundos nascidos do C+7H. '; ! 7sse princ4pio princ4pio masculino é o im=vel cuja rigide6 se torna fluida no
segundo princ4pio. '( ! 0 segundo princ4pio tem o nome de %C%C#. L de nature6a feminina, e o seu desejo do movimento contradi6 j3 a lei do hamou a esse mundo Fshana, ou o «Gundo da 7strela da Ganhã». ;; ! Cnstalou o seu duplo aspecto em forma e em subst9ncia e %ilith desceu lentamente : superf4cie desse universo, penetrou nas fibras do solo, difundiu$se sob a forma de um bilião de serpentes, a fim de que este mundo fosse a sua carne e o seu esp4rito para todo o sempre. ;( ! 7sse mundo aqu3tico é representado no tempo dos homens por um tri9ngulo assente numa das suas pontas. ;) ! 2oma é a primeira soberana desse mundo, a servidora da grande deusa. 7la apro8imou o seu corpo de réptil do trono de cobre a fim de lhe ser entregue a ta1a da chama que d3 dom4nio e poder sobre os mundos intermédios. ;* ! %ilith disse$lhe istoJ «A ti, nascida do meu seio, eu dou a ta1a que sela o pacto que te une ao M3 do segundo mundo. 7ssa ta1a contém do
Guito$Alto. 7m ti ele encontrar3 um terreno favor3vel : sua perman/ncia. ;N ! u ensinar3s aos homens dos mundos intermédios a %ei do duplo movimento, e as leis das formas sucessivas. As entidades dos mundos que hão$de vir, tu oferecer3s a ta1a, a fim de celebrar a perman/ncia da 0rigem através do Guito$Alto %&cifer. ;- ! »Aos homens que ainda não vieram, :queles que t/m um corpo de matéria pesada, a esses responder3s com o jogo da forma a fim de celebrar a 0rigem. ;B ! »7sses não poderiam ver a ta1a que eu te dou. 0s seus olhos não verão para além da forma. Para esses os teus l3bios serão a ta1a, e o teu esp4rito descer3 até eles para festejar a gl=ria dos mundos superiores.» ; ! 2oma inclinou$se ao pé da Guito 2ombria %ilith, fi8ou os l3bios l4vidos da sua senhora ... Fm desejo desconhecido tomou forma nela ... um apelo :s leis da forma, ao fasc4nio dos mundos vis4veis que são o lu8o do esp4rito invis4vel. 7ntão, ela compreendeu o terr4vel poder contido na a1a de 7smeralda. (D ! Assim foram criados os mundos do duplo princ4pio %&cifer$%ilith. 7le separou as 3gua do fogo a fim de que a 3gua e o fogo celebrassem para todo o sempre o Knico Princ4pio com o espasmo e com o sil/ncio alternados. (' ! 7les foram macho e f/mea, e os seus revestimentos e8ternos serviram de ponte : eterna subst9ncia em que matam a sede todos os mundos. 0 tridente e a ta1a são os emblemas todo$poderosos do Euplo Princ4pio. (; ! 7u, asha, mostro$vos os instrumentos sagrados do Guito$Alto, a fim de que saibais voltar ao baptismo pela 3gua e pelo fogo conjugados. (( ! Porque vai chegar rapidamente o tempo em que o Euplo Princ4pio habitar3 de novo a ta1a e o tridente. +ar$se$3 uma grande divisão no povo do tempo dos homens, e ele destruir3 a forma que j3 não vive senão pelo seu revestimento e8terno. L por isso que os mistérios do andr=gino serão revelados no esp4rito e no corpo dos homens, pela lei do espasmo e do sil/ncio. () ! L por isso que, nesses tempos, o humano servir3 de alimento aos mundos superiores que são os senhores da sua forma. (* ! Para aquele que conserva no esp4rito a presen1a da ta1a e do tridente, então o 0lho de Haio ser3 reposto em corpo e em esp4rito. (N ! o seu movimento, o duplo princ4pio %&cifer$%ilith criou os mundos intermédios aos quais pertence a erra. (- ! 0s senhores dos mundos superiores povoaram a nossa terra de animais gigantes que, com as suas cabe1as, ro1avam o 2ol. (B ! 7ram pesados e sem esp4rito, arrastando os seus enormes corpos através das lianas intermin3veis.
ada resta desse mundo em que a altura dos corpos gigantes indicava a dist9ncia que a vista deve alcan1ar, no interior como no e8terior. ( ! Plantas gigantescas devoravam a terra que abafava sob o peso dos drag5es sombrios das hidras loucas ... endo desaparecido esse sonho mau da mem=ria do Euplo Princ4pio sucedeu$lhe um outro mundo. )D ! 2ete ra1as de sombra nasceram das ru4nas desse primeiro mundo intermédio. Heceberam o nome de «ra1as dos homens». )' ! As sete ra1as de sombra não eram senão uma cria1ão mais aperfei1oada do «mundo das alturas», p3tria dos animais gigantes. 0s animais humanos moviam$se com mais facilidade. 0 seu instinto, que é a vibra1ão mais pesada do Guito$Alto, guiou$os e ensinou$lhes os gestos elementares da protec1ão e da sobreviv/ncia. ); ! Ouando as ra1as da sombra viram o dia, a sua diferen1a de pele e de forma acendeu$lhes a guerra nas pupilas. )( ! As sombras lan1aram$se contra as sombras, num combate sem fim que ainda dura. )) ! 7u, asha, vi numerosos combates em nome do direito da sombra sobre a sombra, e digo istoJ nesses combates nunca vi a altura, nem a grande6a dos nossos pais dos mundos superiores. ão vi nenhuma sombra da superf4cie transportar a ta1a e o tridente ... Porque aquelas que descobriram os mistérios do Euplo Princ4pio foram mortas pelas outras. )* ! 7u, asha, trago a ta1a e o tridente, e mostro$vos qual a sua altura, para que possais caminhar nos mundos superiores em plena consci/ncia. )N ! 7ntão os senhores dos mundos superiores reuniram conselho nos seus mundos respectivos, consultaram$se entre si e viram que o esp4rito seria a <ima prova do mundo da sombra. )- ! Eepositaram a chave de fogo no esp4rito da primeira ra1a. 7 viu$se esta coisa surpreendenteJ sob o céu de espessas trevas, elevou$se uma ra1a sobre dois dos seus membros, fi8ando o céu com os olhos bem abertos. )B ! A emo1ão foi tal que se fe6 um sil/ncio infinito em toda a >ria1ãoJ o homem, o recém$nascido do movimento, tinha encontrado o sentido da altura ) ! A primeira ra1a, estabelecida nos limites setentrionais do mundo, fe6 do seu corpo um templo do Alto 2aber. Hecebeu o nome de hiperbórea . *D ! 0s homens dessa ra1a solar fi6eram$se sacerdotes do Guito$Alto %&cifer. "ravaram a roda solar na testa, a fim de terem pelo vis4vel o sinal da presen1a eterna. *' ! As mulheres hiperb=reas eram altas e morenas. 0s seus corpos reptil4neos criaram a dan1a, para inscreverem no tempo a lei da altern9ncia. *; ! A sua sensualidade igualava o lu8o dos seus esp4ritos. 7las foram as
primeiras mulheres das ra1as da 2ombra a modificarem o instinto em pura m&sica. *( ! 2ervas da Guito$Alta %ilith foram escolhidas por 2oma para as suas m<iplas encarna15es. ornaram$se o canal f4sico do terceiro mundo superior. *) ! M3, o senhor do fogo, reinou sobre os sacerdotes de Hiperbórea a quem deu o 0lho de Haio que assegura o dom4nio sobre os mundos intermédios. ** ! 0s l3bios das sacerdotisas de #iperb=rea tornaram$se o instrumento sagrado do terr4vel pra6er e do >onhecimento. Assim foram santificados, em nome do fogo, os princ4pios se8uais separados. *N ! 0 se8o do homem recebeu a santa vibra1ão do tridente, e os l3bios da mulher a da ta1a. 0 se8o da mulher não foi mais do que intermedi3rio, visto que toda a se8ualidade de %ilith se encontra transferida para o plano cerebral. *- ! 7le foi o complemento para os l3bios e a sua correspond/ncia material, a porta das trevas que condu6 aos requintes da cabe1a pelos sortilégios da repta1ão. L por isso que as mulheres$sacerdotisas reinavam sobre o mundo das serpentes e dos lobisomens ... .................................................................................................................... B; ! As ra1as de sombra que povoaram a terra responderam ao apelo dos sacerdotes de #iperb=rea. +oram erigidos templos em nome do Euplo Princ4pio. iveram os nomes deJ Atlantis Mhora$Mhota QsRraSa, a sombria cidade que canta 0rmTg, a p3tria dos homens$lobos para quem o sangue é o canal do fogo MUr, a cidade subterr9ncia 2imbabVe, o templo dos homens voadores 2ahar, a cidade dos homens a6uis, hoje submersa sob as areias do deserto 0phir, a cidade dos reis ... B( ! al foi a idade dos esplendores nesse tempo terrestre em que a ta1a e o tridente reinavam no mundo. 7ssa idade gloriosa durou milénios ... Até ao dia em que, respondendo : lei do ciclo, a <ima prova1ão foi dada : terra. B) ! 0 poder supremo dos magos cansou$se depressa da celebra1ão do Euplo Princ4pio. inha necessidade dum poder que festejasse o jogo variado da forma. 7 por brincadeira, por desfastio, ou por leis impenetr3veis, certos sacerdotes come1aram a adorar$se a si pr=prios ... 7 os seus poderes for1aram os povos a bai8ar a cabe1a sob o 2ol. B* ! 7 os magos rebeldes criaram novas leis para protegerem as vol&pias ilus=rias da forma. 7ssas leis implac3veis receberam o nome de «Goral». Ap=s numerosas modifica15es, elas e8istem hoje ainda.
BN ! As mulheres tornaram$se presa dos sacerdotes, e 2oma ficou redu6ida : categoria de simples cortesã. B- ! Assim nasceu o tempo do patriarcado. Para elevar o poder da forma, eles criaram tronos temporais para os homens da sombra. 7ntão a inversão acabou com os <imos templos do 2ol. A quantidade pesada e pegajosa afundou as ilhas virgens da qualidade ... O livro do tempo dos homes
' ! 7 eis que a inversão m3gica dos povos da terra criou um egreg=rio aut=nomo que se tornou o deus dos homens. ; ! 7ssa energia m=vel, nascida do homem, não podia viver senão na medida em que as pai85es dos homens lhe serviam de alimento. 7la serviu de desculpa ao comportamento da 2ombra e foi definida como sendo a «Eivindade suprema». ( ! Assim o homem criou para si um deus : medida do seu desejo. >hamou$lhe Jeová e deu$lhe todo o poder sobre os e8ércitos da terra da sombra. ) ! 7ntão nasceu do esp4rito do homem um novo mundo intermédio. 0 homem chamou$lhe «mundo superior» e venerou nele as t3buas da ova Goral. * ! 0s sacerdotes da sombra edificaram novos templos para celebrarem os novos deuses ... 0s <imos guardiães da chama retiraram$se para as espessas florestas do 2etentrião. As cidades novas eram$lhes interditas. N ! 0s sacerdotes de Weov3 prepararam tudo para e8terminarem as confrarias secretas. Gas a floresta ine8tric3vel elevava a sua muralha natural, e as raras vias de acesso eram protegidas pelos <imos grandes animais do «mundo da altura». - ! 0 dragão vigiava : entrada da caverna, e o poder de Weov3 não tinha ainda supremacia sobre o mundo da nature6a. B ! Porque o poder do novo deus não podia vencer o reino natural senão dominando as leis e8teriores. As legi5es do deus dos e8ércitos enfrentaram os mundos elementais, e estes tiveram de se refugiar nos impérios subterr9neos para escaparem : maré viva da quantidade. ! Eiabretes, gnomos, esp4ritos do fogo, génios das 3guas e dos ares formaram o <imo quadrado que protegia os adeptos da chama. 'D ! 7ssa protec1ão subsiste ainda nos nossos dias, e eu digo$vos que os abrigos dos descendentes da primeira ra1a t/m as suas bases no vis4vel como no invis4vel.
'' ! Ea misteriosa floresta do orte até :s margens do ilo, os guardiães da chama recusaram$se a qualquer pacto de alian1a com os homens da sombra. '; ! 7les ouviram o risco do fogo sob a cin6a. 7sse risco chama$se a fé ... 7le é a vontade de despertar que acompanha o homem nos degraus da morte ... ... 0ra, aconteceu que GahalXl, em quem desceu o esp4rito de 2oma, se aventurou até aos limites do mundo dos homens. ;D ! 7la veio ao meio deles, disfar1ada de maneira a não ser reconhecida. >ome1ou a profeti6ar di6endo esta par3bolaJ «0 povo das térmitas devora o povo cin6ento. 7 este não pode evitar as repres3lias dos partid3rios da guerra total. ;' ! »0 senhor das térmitas é um grito nas carnes do Eragão negro ?Cdade de ferro ou Mali$Quga@. 7is porque o senhor cin6ento se interroga chorando, com o olhar fi8o nos cotos sangrentos do seu corpo. ;; ! »Porque é que não transforma a dor num grito de lu6 7u ensino$vos o amor ... 0 amor da l9mina, fria na tepide6 das carnes, ... tépida na frialdade das carnes. 0 acto suprime a separa1ão dos contr3rios. ;( ! »
«portadores do raio» preservavam a lei do Euplo Princ4pio. (D ! Agora, eu, asha, falo das palavras que escrevi e que foram ditas pela boca do Guito$Alto %&cifer. Porque a
gl=ria do Guito$Alto %&cifer os deuses de argila não podem nada contra a subst9ncia da argila que os comp5e. *( ! 7ntão v=s compreendeis porque é que os sacerdotes dos cultos antigos se fartam de rir nas suas montanhas, porque é que os seus risos fendem as fachadas quando atravessam as cidades dos homens. Porque esse riso é a pr=pria subst9ncia da matéria que os rodeia. *) ! L por isso que alguns celebram ainda a ta1a e o tridente nesta idade sombria do Mali$Quga ... YYYYY +CG