TRATAMENTO DAS LESÕES TRATAMENTO LESÕES DE CÁRIE DURANTE A INFÂNCIA DENTÍSTICA EM ODONTOPEDIATRIA
TÉCNICAS OPERATÓRIAS E RESPECTIVOS MATERIAIS ODONTOLÓGICOS PARA O TRATAMENTO RESTAURADOR DAS LESÕES DE CÁRIE EM CRIANÇAS COMPOSIÇÃO E FORMAS DE UTILIZAÇÃO DOS MA MATERIAIS TERIAIS
Para cada classificação de lesão de cárie, cada fase da infância, cada história pregressa do paciente o profissional profissional precisa moldar o tratamento de forma orm a a atender todas as necessidades que se apresentem.
COMO ESCOLHER O MELHOR TRATAMENTO?
OBSERVAR
IDADE: tempo de trabalho, isolamento do campo operatório FATORES DE RISCO: controle de biofilme>> desequilíbrio contra-indica resina composta SEVERIDADE DA DOENÇA: adequação do meio COLABORAÇÃO DA CRIANÇA: técnicas menos invasivas para adaptação ao consultório ( ART)
IDADE
Em certas fases da vida de uma criança o tratamento odontológico pode ser considerado muito difícil Quanto menor o paciente mais rápido precisa ser o procedimento Sendo assim, a escolha deve considerar um material que ofereça tempo reduzido de trabalho e maior longevidade possível
PRIMEIRA INFÂNCIA
Elementos decíduos ainda não finalizaram sua erupção (molares). Há uma maior dificuldade para colocação de isolamento absoluto Risco a cárie comum por uso de mamadeira frequente Pouco tempo para procedimento
Materiais de Escolha Para Dentição Decídua – Primeira infância
Cimentos de ionômero de vidro modificados por resina Vítremer Vitrofill
Cimentos de ionômero de vidro autopolimerizáveis Ketac Molar Ketac Molar Easy Mix Vitro Molar (ART) Maxxion/Vidrion >>Forradores
Resinas Compostas
Apartir de 4 anos de idade:
Possibilidade de procedimentos mais elaborados Condição para o uso isolamento absoluto Melhor colaboração da criança de modo geral MATERIAIS DE ESCOLHA
▪Resina
Composta ▪Cimento de ionômero de vidro modificado por resina ▪Amálgama ▪Restaurações Indiretas
Cuidados pré-operatórios
Exame Clínico Exame Radiográfico Determinar profundidade e extensão da lesão de cárie Escolha do material restaurador
Ciclo Biológico do dente decíduo
PULPOGÊNESE >> erupção até final da formação radicular
MATURAÇÃO>>Formação radicular finalizada até início de rizólise
Achados radiográficos indicam até 1/3 de reabsorção da raiz
REGRESSÃO>>Fase de rizólise
Achados radiográficos indicam mais de 1/3 de reabsorção da raiz
✓
Ciclo Biológico do Dente Decíduo
É o estágio que percorre desde Embriogênese dentária até a Esfoliação Fisiológica
Dividido em 3 fases:
PULPOGÊNESE MATURAÇÃO
Guedes-Pinto, 2006
REGRESSÃO
Profundidade da lesão de cárie
RASA: 0,5 a 1 mm da junção amelo-dentinária MÉDIA: 1 mm ou mais de dentina remanescente sobre a câmara pulpar PROFUNDA: até 0,5 mm de dentina remanescente MUITO PROFUNDA: 0,5 mm ou menos de dentina remanescente
Reeves e Standey, 1966
Presença de inflamação pulpar: RELAÇÃO CICLO BIOLÓGICO-PROFUNDIDADE DA LESÃO RASA
MÉDIA
PULPOGÊNESE MATURAÇÃO REGRESSÃO INFLAMAÇÃO PULPAR SIGNIFICATIVA: INFLAMAÇÃO PULPAR INSIGNIFICANTE:
PROFUNDA
MUITO PROFUNDA
Proteção do Complexo Dentino-Pulpar
Cavidades rasas Resina>>sistema adesivo CIV>>restauração direta
Cavidades médias
CIV
Cavidades Profundas
Cimento de hidróxido de cálcio (Dycal) + CIV
técnica sanduíche
BIBLIOGRAFIA
ODONTOPEDIATRIA . Ed Ouro. Antônio Carlos Guedes Pinto. Cap: Tratamento Restaurador.
Técnica operatória
Preparo da cavidade O preparo deve seguir a escolha do material restaurador Materiais adesivos seguem o contorno e profundidade delimitado pela áreas DESTRUÍDAS Amálgama deve obedecer forma de contorno necessária para retenção e resistência
Isolamento Relativo
➢Procedimentos rápidos ➢Restaurações de amálgama ou CIV
DIQUE DE BORRACHA desde 1864 !!
Walter, 2005
➢Procedimentos complexos ➢Restaurações com Resina Composta ➢Melhor
controle da umidade ➢Auxiliar no controle de comportamento ➢Agilidade na execução da restauração
Isolamento Absoluto
Molares Decíduos : 27 - 26 - 203 - 204 Incisivos: 0 - 00 Molares Permanentes : 14 - 201 - 205 Molares Parcialmente Erupcionados : 14-A Superfície Distal : 8-D - 14-D
Colocação do Isolamento
Dentes Anteriores – Uso da Amarrilha
Abridores de Boca
Matrizes e cunhas
MATER MA TERIAIS IAIS RESTAURADORES
ADESIVOS
ADESIVOS
RESINA COMPOSTA : ADESÃO MICROMECÂNICA CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO CONVENCIONAL: ADESÃO QUÍMICA CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO MODIFICADO POR RESINA: ADESÃO QUÍMICO-MECÂNICA
Cimento de Ionômero de Vidro Autopolimerizável
Indicação na Clínica Odontopediatrica: Forradores Restaurações oclusais, proximais(Cl I, Cl II, ClIII, Cl V) Selantes
USADOS COM FREQUENCIA NAS SITUAÇÕES ONDE NÃO É POSSÍVEL A COLOCAÇÃO DE ISOLAMENTO ABSOLUTO
Mecanismo de adesão
Adesão química ao cálcio do esmalte e dentina por meio da camada de troca iônica.
PRESA - REAÇÃO ÁCIDO-BASE ENTRE PÓ E LÍQUIDO:
A porção mais externa das partículas de vidro reage com o ácido e se transforma em gel, e as porções não reagidas atuam como carga da matriz de gel de polissais.
REAÇÃO ÁCIDO-BASE =CIV
CONDICIONAMENTO ÁCIDO DAS SUPERFÍCIES MINERALIZADAS ÁCIDO POLIACRÍLICO 10% / 10 S
LAMA DENTINÁRIA
CÁLCIO DISPONÍVEL PARA REAGIR QUÍMICAMENTE COM CIV
DENTINA CONDICIONADA
CAMADA DE TROCA IÔNICA ESMALTE/DENTINA + CIV ALTA RESISTÊNCIA À FRATURA ADESIVA
Classificação
Convencionais
Ketac Molar: alta viscosidade >>resistência ao desgaste
Modificados por resina
Anidro
Convencional e Anidro
CONVENCIONAL PÓ: vidro de aluminossilicato com fluoreto
LÍQUIDO: ácido polialquenóico
ANIDRO PÓ: vidro de aluminossilicato + fluoreto com adição do ácido liofilizado LÍQUIDO: água destilada e ácidos fracos IMPORTANTE: ter uma solução extra de ácido poliacrílico(10%) para o condicionamento ácido da cavidade
Menores efeitos deletérios sobre a polpa em relação aos convencionais
CIV Modificados por Resina Incorporação de monômeros resinosos no líquido: resinas hidrofílicas (21-41% de hidroxietilmetacrilatoHEMA) e grupos metacrílicos Pó, fotoiniciadores que respondem a luz visível Vantagens: -Melhor controle de presa, maior resistência a solubilidade e desgaste - Manutenção das propriedades dos CIV convencionais - Adesão química e mecânica à estrutura dentária
UTILIZAÇÃO EM ODONTOPEDIATRIA
CIMENTOS DE ALTA VISCOSIDADE
CIV MODIFICADOS POR RESINA
MATERIAIS UTILIZADOS PARA O PREPARO DA CAVIDADE Remoção mecânica Instrumentos rotatórios: Alta Rotação – brocas esféricas diamantadas 1011, 1014,1016 Baixa Rotação- brocas esféricas aço: ½, 2, 3.
Isolamento do campo operatório
O CIV convencionais e modificados por resina apresentam maior resistência à contaminação por umidade. Podem ser utilizados com isolamento relativo.
Resina Compostas Indicação na Clínica Odontopediátrica: - Restaurações em dentes anteriores - Restaurações proximais e oclusais - Restaurações indiretas - Reconstruções diretas em dentes posteriores
SEMPRE QUE SEJA POSSÍVEL O ISOLAMENTO ABSOLUTO DO CAMPO OPERATÓRIO SALVO ALGUMAS EXCEÇÕES EM DENTES ANTERIORES
MECANISMO DE ADESÃO Adesão mecânica ao esmalte e dentina por meio dos tags formados pelo imbricamento dos monômeros de resina nas porosidades produzidas pelo condicionamento ácido
FORMAÇÃO DA CAMADA HÍBRIDA
Túbulos Dentinários
Dentina intertubular
Cuidados na utilização da RC
Sequencia de deposição dos incrementos de Resina composta na cavidade Objetivo de diminuir a formação de gaps pela contração de polimerização Necessidade de maior tempo operatório e ausência de umidade
Materiais utilizados para o preparo da cavidade Remoção mecânica Instrumentos rotatórios: Alta Rotação – brocas esféricas diamantadas 1011, 1014, 1016 Baixa Rotação- brocas esféricas aço: ½, 2, 3.
INSTRUMENTAL PARA RESTAURAÇÃO Sonda Espelho Pinça Instrumentos Cortantes Rotatórios (esféricos, cilíndricos, acabamento)
Matrizes e Cunhas Calcadores e Espátulas Material completo para isolamento absoluto
Restauração anterior com matriz plástica transparente Baby Form/Coroas totais TDV
Walter, 1997
1-Preparo cavitário 2 – confecção de bisel 3-Forramento/Condicionamento ácido 4-Prova da matriz 5-Adaptação e polimerização da resina
ATENÇÃO
Remover todo o tecido cariado dos contornos da cavidade Forrador à base de hidróxido de cálcio NÃO pode ficar em contato com as margens da cavidade Cunhas devem ser aparadas e ajustadas firmemente antes de inserir o material restaurador
MATERIAIS RESTAURADORES NÃO-ADESIVOS
Amálgama
Necessidade de preparo cavitário com forma de Resistência e Retenção Ainda muito utilizado em função da simplicidade técnica Permite isolamento relativo
Instrumentos rotatórios -brocas de alta rotação: 245,239,331 -brocas de baixa rotação esféricas de aço ½, 2 e 3
ODONTOLOGIA MINIMAMENTE INVASIVA
Utilização dos Trabalhos Científicos na Prática Clínica para prover maior conforto ao paciente e menor remoção de tecido afetado pela cárie passível de remineralização
Restaurações Ultraconservativas Cariostáticas Seladas : Resultados após 10 anos / Mertz-Fairhurst E J , Curtis J W , J W et al., Journal of American Dental Association ( JADA ) , 1998 antes
Após 6 anos
Após 10 anos
Ergle
depois
Resina Composta Selante
Tratamento Restaurador Atraumático -ART RESOLUÇÕES PARA UMA ODONTOLOGIA MAIS HUMANA E ABRANGENTE
t=10 a 15 s
1. 2. 3. 4. 5.
Cimentos Autopolimerizáveis: Aplicação do ácido poliacrílico ( líquido do ionômero) – 10 s Lavagem Secagem breve ( não desidratar dentina) Colocação do cimento - seringa centrix ( pontas plásticas) - espátula de inserção n 1 Vaselina para proteção da superfície
Cimentos Fotopolimerizáveis: 1. 2. 3. 4.
Aplicação do Primer Secagem breve Polimerização Colocação do cimento - seringa centrix ( pontas plásticas/metálicas) - espátula de inserção n 1 5. Polimerização 6. Glazer 7. Polimerização
TÉCNICA DA ATIVAÇÃO SIMULTÂNEA
Quando usar:
forramento com CIV*(autopol.)/CIVMR** (Fotopol.) Restauração de Resina Composta
1. 2. 3. 4. 5. 6.
Ataque ácido ( 37%) 15 s Lavagem Secagem Forramento com ionômero ( Fotopolimerização ou aguardar presa química) Adesivo (Monômero) >Fotopol. Aplicação da Resina > Fotopol.
*CIV : CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO AUTOPOLIMERIZÁVEL **CIVMR; CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO MODIFICADO POR RESINA ( FOTOPOL.)