Atenção Novos Testes Psicológicos, nível mais profundado para categoria de vigilantes, é mais difícil, o levantamento que segue abaixo, tem como propósito descrever algumas informações gerais de certos testes psicológicos, reconhecidos pelo Conselho de Psicologia e passíveis de serem aplicados, uma vez que a Polícia Federal deixa em aberto o tipo de teste. O que é destacado, conforme a instrução normativa nº 70, de 13 de março de 2013, é a listagem apontando a seguinte necessidade: Aplicar: 1 teste projetivo Rorschach, pirâmides, TAT; 1 teste expressivo; PMK 1 teste de memória; MVR 1 teste de atenção concentrada TEACO-FF e 1 de atenção difusa BGFM -1; -1; 1 teste de questionário, inventário ou escala; escala Beck, EFN,STAXI, IFP 1 entrevista estruturada. ISSL estress
Sugestão de Testes TESTE PROJETIVO - HTP Com este teste, verificam-se aspectos de personalidade: imagem de si, do seu ambiente, a expressão de idéias e de experiências emocionais. Além disso, focaliza a ligação com aspectos estéticos, capacidade critica, tempo de execução e de pausas para execução e emissão de respostas. Engloba também a verificação de aspectos envolvendo conflitos, incerteza, indecisão, autocrítica e ansiedade. Este teste contém quatro fases, no total. Com base no que a pessoa for apresentado, pode ser preciso ir até a quarta fase. TESTE EXPRESSIVO - PALOGRAFICO Este também é um teste de personalidade, que visa avaliar o simbolismo do espaço, inclinação, margens, distância entre linhas, tamanho, distância, pressão e qualidade do traçado, além da organização, velocidade e ritimo. Deste modo, propõe a verificação da emotividade, depressão e impulsividade. TESTE DE MEMÓRIA- MRV Teste de Memória Visual de Rostos (MVR) A memória visual é uma das possibilidades de avaliação que possui instrumento específico para tal, como o Teste de Memória Visual de Rostos (MVR), desenvolvido e publicado em 1998 pelo pesquisador espanhol Nicolás Seisdedos. A versão brasileira do instrumento foi adaptada, normatizada e padronizada pelos psicólogos Irene Almeida de Sá Leme, Milena de Oliveira Rossetti, Silvia Verônica Pacanaro e Ivan Sant’Ana Rabelo.
A descrição do extenso trabalho de pesquisa realizado no Brasil está bem apresentada no manual e, segundo os autores, o instrumento pode ser uma importante ferramenta paras as áreas de neuropsicologia, educacional, organizacional, trânsito, porte de armas, entre outras, quando houver a necessidade de avaliar a capacidade de o indivíduo recordar detalhes após eventos distratores. O instrumento pode ser aplicado de forma individual ou coletiva, em pessoas com idades entre 18 e 80 anos, com no mínimo ensino fundamental. A aplicação deve ser realizada em duas partes, na primeira apresenta-se ao participante uma ficha de memorização com 12 fotos de homens e mulheres, bem como os seus nomes, sobrenomes, profissões e cidades de origem e é dado o tempo de 4 minutos para memorização. Após esse período, é indicado que seja dada outra atividade ao participante com tempo máximo de 10 minutos, que é chamada de distratora, que pode ser a aplicação de algum outro instrumento. Passado esse tempo, a aplicação do MVR continua. Nesse momento é apresentado o caderno de aplicação com 18 questões sobre as fotos e informações memorizadas, para serem respondidas em, no máximo, 6 minutos. A rápida e fácil aplicação é um ponto de destaque do instrumento. Os estudos para verificação das qualidades psicométricas do instrumento são relatados, como por exemplo, evidência de validade relativa ao desenvolvimento (relação entre memória e idade), evidência de validade com outras variáveis (relação com outros instrumentos, Teste Psictórico de Memória – TEPIC-M e Escala Wechsler de Inteligência para Adultos – WAIS-III) e evidência de validade por grupo critério (dependentes químicos e pessoas com Síndrome de Down). No que se refere à precisão, foi verificada a consistência interna do instrumento e realizado teste-reteste. O instrumento apresenta tabelas normativas para população geral divididas a partir de faixas etárias, sexo e escolaridade e, também, há uma tabela específica para policiais militares. As informações trazidas no manual são uma importante fonte de
consulta para os profissionais que utilizarem o teste. Referência: Leme, I. F. A. S.; Rossetti, M. O.; Pacanaro, S. V. & Rabelo, I. S. (2011). Teste de Memória Visual de Rostos – MVR. Manual técnico. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Importante ferramenta, conhecida internacionalmente, em relação a avaliação de memória. Tem por objetivo avaliara a capacidade do individuo memorizar rostos e informações associadas a eles (nomes e sobrenomes, profissão, localização...). Pode ser aplicado em pessoas de faixa etária que varia de 18 a 80 anos. Constata-se a utilização nos contextos de avaliação neuropsicológica, educacional, organizacional, na avaliação de trânsito, para obter o porte de armas, dentre outras aplicações. O foco deste teste é avaliar a capacidade do indivíduo recordar detalhes após eventos distratores. É especialmente indicado para avaliação de funções que envolvam a segurança. TESTE DE ATENÇÃO CONCENTRADA TEACO-FF O teste de atenção concentrada - TEACO-FF, avalia a capacidade de uma pessoa em selecionar apenas uma fonte de informação diante de vários estímulos distratores em um tempo pré-determinado. As normas do instrumento estão adequadas para pessoas que procuram a avaliação psicológica pericial para CNH e para a população geral. Portanto, o teste também pode ser utilizado nas áreas de recrutamento e seleção; avaliação para porte de armas e outras, onde se pretende avaliar a atenção concentrada. O TEACO-FF fornece uma medida referente à atenção concentrada, que se caractriza pela capacidade do individuo em selecionar apenas uma fonte de informação diante de vários estímulos distratores em um tempo prédeterminado. O resultado final do teste é obtido considerando os estímulos alvo que a pessoa marcou, subtraído dos erros e das omissões que cometeu. O instrumento possui 500 estímulos distribuídos em 20 colunas com 25 estímulos cada. Do total, 180 são estímulos alvo. O teste pode ser aplicado de forma individual ou coletivo, e o tempo de aplicação é de 4 minutos. TESTE DE ATENÇÃO DIFUSA - BGFM -1 Uma nova bateria intitulada "BGFM - Bateria Geral de Funções Mentais" teve seu início com a publicação do livro BGFM 1 - Teste de Atenção Difusa, que pesquisa três testes, sendo difusa e dois de atenção difusa complexa. Seu objetivo é investigar, avaliar, classificar e padronizar as funções mentais relacionadas ao campo cognitivo, representadas basicamente pelos sistemas atentivos, memória e raciocínio lógico. É preciso verificar se, para a avaliação dirigida aos vigilantes, será necessário aplicar os testes de atenção difusa complexa. TESTE DE INVENTÁRIO IFP É um inventário objetivo de personalidade, baseado na teoria das necessidades básicas formuladas por Henry Murray. O inventário visa avaliar o indivíduo (de 18 a 60 anos), em 15 necessidades ou motivos psicológicos, a saber: Assistência, Dominância, Ordem, Denegação, Intracepção, Desempenho, Exibição, Afago, Mudança, Ordem, Persistência, Agressão, Deferência, Autonomia e Afiliação. ENTREVISTA ESTRUTURADA No decorrer desta entrevista serão verificados itens, como os dectados abaixo, a fim de reforçar a verificação de determinados pontos, bem como para averiguar outros que ainda não f oram destacados. 1) Grau de tolerância diante de imprevistos; 2) Reações frente à culpabilização e discórdias; 3) Tolerância à permanência em lugares fechados, mantendo pouca mobilidade; 4) Facilidades e dificuldades no que diz respeito à relação social; 5) Atual estado familiar; 6) Atual situação financeira; 7) Projetos a curto, médio e longo prazo; 8) Relação com o poder; 9) Presença ou ausência de substâncias químicas; 10) Descrição da rotina...
OBSERVAÇÃO: Vale destacar que, para alguns testes, é possível efetuar a correção compatível com o grau de escolaridade de quem fez o teste. Em outros testes isso não é possível Monte uma bateria para promoção e acompanhamento da saúde do trabalhador para o cargo de vigilante ou motorista. Dizer a validade para o período de avaliação. Justifique os testes. Em vigor desde novembro de 2013, a Instrução Normativa 70/13 do Departamento de Polícia Federal (IN 70/12) buscou normatizar o trabalho de avaliação psicológica para as empresas de segurança e para os centros de formação e reciclagem em segurança privada . Requisito previsto no art. 16, inciso V da lei 7102/83, que dispõe sobre as atividades de segurança privada no Brasil, a avaliação psicológica é condição indispensável para o ingresso e a continuidade da atividade de vigilante por conta do uso da arma de fogo, item este inerente à atividade de vigilante e sujeito ao controle do Departamento de Polícia Federal por força da lei 10826/03 (estatuto do desarmamento) em seu art. 6°, inciso VIII. No parágrafo 2° do artigo 15 da portaria DPF 3233/12, que dispõe sobre as normas relacionadas às atividades de segurança privada, está estabelecido que “o exame psicológico será aplicado por profissionais previamente cadastrados no DPF, conforme normatização específica.” Tal normatização tomou forma na IN 70/12, que
estabeleceu, dentre tantos itens, que o psicólogo deve ser credenciado pelo SINARM para a realização deste trabalho. Um fator que gerou enorme polêmica no que foi estabelecido pela IN 70/12 foi a bateria de testes que deveria ser realizada para a obtenção do laudo de aptidão psicológica, bem como a obrigatoriedade da realização dos testes num local previamente credenciado pelo SINARM, que estabeleceu critérios quanto à iluminação, ruídos e adequações sanitárias. A quantidade de testes e a complexidade de algumas técnicas de avaliação propostas acabaram por tornar o trabalho de avaliação mais minucioso, demorado e (para preocupação dos empresários do ramo da segurança) custoso. Está bem claro o fato de que muitos (e felizmente nem todos) que contratam segurança, oferecem serviços de vigilância, formam ou reciclam vigilantes estão mais preocupados com os custos e com a diminuição de sua margem de lucro do que com a necessidade de critérios sérios de avaliação psicológica dos homens da segurança. Desconsideraram o entendimento do Conselho Federal de Psicologia e Do Departamento de Polícia Federal acerca do tema, e ganharam na justiça o direito de continuar precarizando o trabalho de avaliação psicológica e oferecendo um serviço DEFICIENTE (palavras do Sr. MM. Juiz) de segurança privada Com o mercado saturado de psicólogos que se sujeitam a ganhar menos do que merecem, mas que precisam pagar suas contas e manter suas famílias, com a desunião da classe psicológica, com a falta de representações de classe com força para impor condições dignas de trabalho e com um Conselho Regional e Federal de Psicologia alheio à realidade profissional da classe, mais preocupado com o “social/antropológico/filosófico” e me nos preocupado com a práxis do trabalho psicológico no dia a dia, os empresários da segurança se valem da chamada “livre concorrência”
para buscar psicólogos mais e mais baratos. Mais e mais PROSTITUÍDOS. Estatísticas não contemplam todos os fatos, mas qualquer vigilante vai afirmar empiricamente que já trabalhou com colegas “treze” (gíria utilizada por estes para definir pessoa com desequilíbrio psicológico
Projetivo Método de Rorschach no Sistema Compreensivo: foi elaborado por Hermann Rorschach em 1921, na Suíça. O Método de Rorschach no Sistema Comp reensivo trata‐se de uma medida comportamental baseada no desempenho que avalia uma ampla gama de características de personalidade. É composta por dez cartões, cincodeles são monocromáticos (preto), dois são bicolores e outros três são policromáticos, os quais servem de estímulos pouco organizados que levam o indivíduo em avaliação a expressar conteúdos associativo ‐perceptivos representativos18 de seu mundo interno. É administrado individualmente e exige que os examinandos identifiquem o que os borrões de tinta construídos parecem em resposta à pergunta "O que isso poderia ser?" (Exner 2003). Cada resposta, ou solução para a tarefa, é codificada de acordo com orientações padronizadas através de um número de dimensões e os códigos são então resumidos em escores, posteriormente interpretados no Sistema Compreensivo. Ao contrário das medidas baseadas em entrevista ou inventários de autorrelato, o
Rorschach não requer que o examinando descreva a si mesmo, mas o obriga a fornecer uma ilustração ao vivo de como ele está produzindo uma amostra de comportamentos nas respostas geradas para cada cartão (Exner, 2003)
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DO VIGILANTE Dentro das obrigações para regulamentação da profissão do vigilante a avaliação psicológica é um dos requisitos de grande importância e deve ser tratada com a devida seriedade. Deve ser realizada anualmente e seguir as orientações contidas nas resoluções do Conselho Federal de Psicologia e da Policia Federal quanto ao estatuto do desarmamento. São orientações que visam melhorar a qualidade do trabalho dos profissionais da psicologia que atuam nessa área. Espera-se desses profissionais seriedade e compromisso com os trabalhadores, empresários e com a população em geral, proporcionando fortalecimento da categoria e tranqüilidade para os tomadores de serviços que poderão contar com vigilantes bem avaliados psicologicamente. Uma avaliação bem feita melhora o perfil da categoria de modo a valorizar a profissão. É importante lembrar que o trabalho do vigilante é um serviço especializado calcado na confiança e na segurança do agente. Certamente que com as mudanças do mercado, cada vez mais exigente devido ao aumento da violência, e uma melhoria na qualidade do serviço esses trabalhadores poderão almejar melhores salários, aumentando também o lucro dos empresários do setor. Devido ao grande número de profissionais atuando no país, superior aos profissionais da policia civil, federal e militar juntos, hoje os vigilantes passaram a ser r eferência de segurança para a sociedade. Por isso, a avaliação psicológica deve contar com uma bateria de instrumentos que afiram personalidade, nível intelectual, condição emocional, habilidades sociais, tudo conforme resolução do CFP. A bateria listada na portaria 3435/85 do Ministério do Trabalho deve ser alterada no sentido de substituir - e não suprimir - os instrumentos não validados pelo CFP por outros de igual valor. Não é confiável nem recomendável a utilização de bateria reduzida - apenas um ou dois instrumentos (testes) - para uma avaliação psicológica que dará direito a um cidadão de portar arma de fogo, podendo comprometer a segurança social. Adotando uma bateria reduzida o psicólogo(a) corre o risco de aprovar alguém que não apresente condições de ser vigilante ou, ao contrário, reprovar injustamente um candidato, cometendo assim uma falta ética. Por sua vez, os vigilantes que anualmente são submetidos à avaliação psicológica devem ter consciência de que ela é uma exigência legal para o exercício da profissão, devendo fazê-la com boa vontade e respeito, p ois o resultado indicará se o profissional pode ou não continuar exercendo suas atividades. Dicas para realizar uma boa avaliação: - Compareça ao local do exame dez minutos antes do horário marcado. - Durma bem na noite anterior ao exame. - Não faça uso de bebida alcoólica pelo menos vinte e quatro horas antes da avaliação - Alimente-se bem e compareça com tempo disponível, pois a média de tempo gasto em uma avaliação completa é de aproximadamente quatro horas. Carlos Luiz Souza Diretor - Sercon Psicólogo/ Especializado em Higiene Ocupacional Fonte: Informativo do Sindicato dos Vigilantes do Estado de Minas Gerais – ano 04 – julho de 2006