certificação internacional
COACHING n u a l m a
Índice
Ficha Técnica
i Tu já és coach
10
ii os 4 R’s DO
12
COACHING
i i o Que é coaching?
14
iV PRessuPosTos inTeRnacionais
20
V Rosa 1.0
26
Vi Rosa 2.0
29
Vii RaPPoRT
55
Viii Raizes
81
iX ResulTados
96
X os PRincÍPios esPiRiTuais
101
Xi Técnicas e FeRRamenTas
107
Xii éTica do coaching
113
Xii a PRimeiRa sessão na PRáTica
115
XiV a ÚlTima sessão
117
4
Propriedade Intelectual Daniel Sá Nogueira e Marta Ferreira danielsanogueira.com
WE CREATE
THE FUTURE. TODAY.
Textos Daniel Sá Nogueira,Marta Ferreira e João Capela Design, grafismo e ilustrações Sofia Pedroso sofiapedroso.com
© TODO o conteúdo deste manual tem direitos de autor. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste manual pode ser usada, reproduzida ou transmitida de alguma maneira sem a permissão de Daniel Sá Nogueira ou We Create, Lda. São exceção os vídeos, disponíveis no Youtube e propriedade dos seus respetivos autores
XV comPeTÊncias do coaching PRoFissional
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Índice
Ficha Técnica
i Tu já és coach
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ii os 4 R’s DO
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COACHING
i i o Que é coaching?
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iV PRessuPosTos inTeRnacionais
20
V Rosa 1.0
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Vi Rosa 2.0
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Vii RaPPoRT
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Viii Raizes
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iX ResulTados
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X os PRincÍPios esPiRiTuais
101
Xi Técnicas e FeRRamenTas
107
Xii éTica do coaching
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Xii a PRimeiRa sessão na PRáTica
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XiV a ÚlTima sessão
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Propriedade Intelectual Daniel Sá Nogueira e Marta Ferreira danielsanogueira.com
WE CREATE
THE FUTURE. TODAY.
Textos Daniel Sá Nogueira,Marta Ferreira e João Capela Design, grafismo e ilustrações Sofia Pedroso sofiapedroso.com
© TODO o conteúdo deste manual tem direitos de autor. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste manual pode ser usada, reproduzida ou transmitida de alguma maneira sem a permissão de Daniel Sá Nogueira ou We Create, Lda. São exceção os vídeos, disponíveis no Youtube e propriedade dos seus respetivos autores
XV comPeTÊncias do coaching PRoFissional
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Por isso, Parabéns. Prepara-te. E Prática, Prática, Prática.
BenVindo À 1 ediÇão da ceRTiFicaÇão inTeRnacional em coaching WecReaTe! 6
Parabéns. Se estás a ler este manual quer dizer que já és um Coach Certificado a nível Internacional pela WeCreate. Quer dizer que participaste na nossa formação intensiva de 60 horas com um dos nossos MasterCoachTrainers, que tiveste pelo menos 80% de aproveitamento em ambos os exames, criaste o teu próprio manual entre outros elementos de estudo, e acima de tudo, que realizaste pelo menos 12 horas de Coaching avaliados por nós. Parabéns. Agora és um Coach Certificado. Mas prepara-te, porque só agora começou verdadeiramente a tua jornada. Só és Coach na medida que os teus clientes chegam aos seus resultados desejados. E de forma sustentável. Vou repetir, o teu grau de competência como Coach é diretamente proporcional à tua capacidade de ajudar um cliente a chegar aos destinos a que se propõe. Ser certificado é só o primeiro passo. Um primeiro passo fundamental, mas muito inicial. Prática. Sem dúvida a palavra mais importante para a tua próxima fase de evolução como Coach. Prática. Prática. Prática. E é esse o intuito deste manual, que seja um auxílio, um apoio, um relembrar, para que durante a tua prática, possas encontrar pistas e clarificações. É acima de tudo um objeto de apoio, mas também de estudo. Quando decidires avançar para o curso de Mastercoach será obrigatório conheceres todo o material neste manual como pré-requisito.
A Certificação Internacional em Coaching WeCreate foi especificamente criada para ti! Tem como objetivo principal transformar potencial em coaches de excelência. Ajudando a revelar e acelerar a excelência em ti e capacitar-te a orientar as tuas equipas ou os teus clientes a conseguirem o mesmo. De pessoas focadas a coaches de excelência… O objetivo deste manual é servir de apoio aos dias de formação que recebeste em sala com a WeCreate. Aconselhamos que visites este manual aqui online com frequência pois irá estar constantemente a ser atualizado com mais texto, exercícios e dicas práticas para o teu coaching do dia-a-dia. No espírito interativo e pedagogia do inconsciente sugerimos que tomes sempre notas, muitas notas, enquanto lês o manual para que, de futuro, possas, de facto, utilizar a informação que te foi passada ao longo dos dias. Este é um dos motivos pelos quais é um documento de consulta online para que o teu manual esteja sempre atualizado e adaptado ao nosso. Este manual não é científico. Nem o coaching o é. Acima de tudo, a tua busca deve ser orientada para o teu estilo pessoal de coaching e o teu entendimento de o que é coaching para ti. Agora que és um Coach certificado pela WeCreate sabemos que foste apresentado e assimilaste os conteúdos deste manual mas quer o curso, quer este manual, devem lentamente, com a tua experiência servir mais de apoio do que de diretiva. Aqui vais encontrar a essência do que achamos mais importante transmitir em relação à área do Coaching. Podemos não conseguir passar toda esta informação ao longo dos dias, por isso, se durante o teu trabalho de casa, tiveres dúvidas ou quiseres saber mais sobre alguma das matérias aqui presentes está 100% à vontade para entrar em contacto connosco! Aproveitamos para te desejar um excelente curso! Aquilo que deres ao longo destes dias será proporcional ao que vais receber e levar contigo! O único conselho é que pratiques muito porque só assim tens a possibilidade de crescer e passar a ter resultados diferentes do que tens tido.
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Esperamos que esta formação seja significativa para ti! Para nós vai ser certamente e, por isso, gostávamos de terminar esta pequena introdução agradecendo-te! Sim, agradecendo-te por nos teres entregue o teu bem mais precioso: o teu tempo! Diverte-te porque assim (com muitas faíscas verdes) vai ser bem mais fácil finalmente dares passos em relação aos resultados que procuras ou ajudares ainda mais e melhor os teus clientes a fazer o mesmo! Obrigado e uns excelentes dias de formação!
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D a n ie l S a N o g ue ir a Daniel Sá Nogueira WeCreate MasterCoachTrainer Trainer
[email protected] +351.93.777.4.123
dicas PaRa aPRoVeiTaRes 100% do nosso manual: (P) Participa. Muito. São poucas páginas comparado com toda a experiência que é necessária na área. Temos na prática cerca de 60 horas de formação e estas páginas para te ajudar a mudar alguns paradigmas que tens sobre o coaching, sobre ti e sobre os teus clientes. E para sempre. Respira fundo, põe o telemóvel em silêncio, costas direitas, focado, presente e participativo. Aproveita esta oportunidade e lê o manual como se tivesses a repetir o curso. (E) Envolve-te. Tens tanto para aprender com a WeCreate, como com tantas outras pessoas que realizaram a certificação contigo. Entra em contacto com outros que estão a estudar o manual e interage, partilha, toma iniciativa, emociona-te e envolve-te. Aproveita a comunidade internacional de Coaches da WeCreate. E partilha em
[email protected] (M) Memoriza. Nestas páginas partilhamos contigo as melhores ferramentas de Coaching e resultados! É muita informação. Overdose cerebral. Por isso reduzimos ao mínimo, à essência. Foca em saberes de cor pelo menos o conteúdo deste manual. Concentra-te o máximo possível. Toma muitas notas. Muitas mesmo. Quanto mais escreveres mais o teu cérebro compreende a importância da matéria. Questiona, escreve, reflete, analisa, adapta, vai mais fundo, e mais ainda. Aproveita esta matéria. (S) Surpreende-nos. Vai mais longe. Sai da casca. Põe a tua energia cá para fora. Sê a tua imagem mais sublime de ti próprio, mais determinado, mais intenso. Sê a mudança que queres ver no teu trabalho e negócios, hoje, aqui, agora, connosco. Busca a excelência em ti. Em nós. Em tudo. Aproveita a coincidência de estares aqui, a criar o teu futuro, hoje, agora… Acima de tudo, diverte-te. Espero muito que este manual supere as tuas expectativas, mas mais do que tudo, espero muito que te ajude significativamente a duplicar os teus resultados. Vamos criar um novo mundo juntos, e tudo começa hoje. Obrigado e Parabéns mais uma vez por estares aqui connosco e por seres um Coach WeCreate…
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TU JÁ ÉS COACH
CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL COACHING
Ou seja, todos nós já ajudamos alguém a ir um pouco mais longe e a ser mais feliz, isso é Coaching. O Coach ajuda um ser humano com as perguntas mais fundamentais da vida…
i Tu já és coach Todo o ser humano é um Coach nato, mesmo sem o saber. Todos nós já ajudamos alguém, durante a nossa vida, a resolver um problema. Todos nós já demos uma palavra de incentivo. Todos nós já tornamos a vida de alguém mais fácil. Todos nós já nos sentamos com alguém e ouvimos os seus desabafos. Todos nós já desafiamos alguém a ir mais longe. Todos nós já dissemos algo que mudou a vida de alguém, mesmo sem o sabermos. Todos nós já deixamos alguém a pensar com o que dissemos ou fizemos.
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Sim com perguntas! Um Coach é tanto melhor, quanto melhor for a qualidade das suas perguntas. Quais são os teus sonhos? Qual o teu potencial? O que já fizeste de espetacular? O que te faz sentir feliz? O que aprendeste com as tuas vitórias? Em que acreditas? Quem és e q uem podes ser?...
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clique no vídeo para o activar
OS 4 R’S DO COACHING
CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL COACHING
mesmo tempo sabe medir os resultados, sejam estes objetivos ou sub jetivos. Esta é a grande diferença entre coaching e outras práticas, como aprofundaremos mais à frente, neste manual.
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os 4 R’s DO
COACHING
O domínio destes quatro vértices fará de ti um fantástico Coach! Alguém que está bem ENRAIZADO; alguém que consegue em poucos minutos criar RAPPORT, alguém que domina a ROSA e a estrutura de uma sessão é alguém que é capaz de entregar RESULTADOS ao cliente: foi por isso que os teus clientes procuraram o coaching.
O triângulo dos 4 R’s traduz a essência do Coaching. 12
Para a WeCreate, se te tornares um perito nestes 4 R´s és um Coach! Esta é a tua base! O resto serão estrelinhas que, a longo prazo, vais aprender a dominar. O teu primeiro foco: seres extraordinariamente bom em cada um destes R’s! Uma breve descrição de cada item: ROSA - É o método do Coach. É a ferramenta base que irás usar durante as tuas sessões. O teu guia eterno, que com o tempo fará parte do teu ADN. Um Coach é aquele que fala em ROSA, pensa em ROSA, educa em ROSA e ajuda em ROSA. RAIZES – O Coach só pode ser tão profundo com o cliente quanto o é consigo próprio. Assim terás de aprofundar e conhecer bem as tuas raízes. O que é realmente importante para ti? Como está a tua autoconfiança e relação contigo próprio? Um Coach tem autoconhecimento dos seus valores, crenças, do seu nível de confiança e dos seus limites. Ninguém deve surpreender-te dizendo algo sobre ti próprio! RAPPORT – Capacidade de fazeres com que alguém confie em ti em poucos minutos. Como Coach, deves ser capaz de te adaptar a diferentes tipos de pessoas e criar facilmente e rapidamente empatia e confiança com qualquer um deles. RESULTADOS - Se não há resultados não há Coaching. O Coaching está virado para a ação, ou seja, para a obtenção de resultados. Ao
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CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL COACHING
O QUE É O COACHING
“…desafiar...” – Ao longo das sessões, o Coach tem que que desafiar o seu cliente a ir mais longe, a pensar em mais e diferentes soluções de forma a que este saia da sua zona de conforto. O coaching funciona como uma forma de estímulo e acompanhamento adaptado às necessidades de desenvolvimento pessoal de cada cliente.
ii o Que é coaching?
clique no vídeo para o activar
Definição em 5 palavras: Libertar Potencial Através da Ação 14
Definição Técnica: Coaching é um processo que tem por objetivo desenvolver, desafiar, apoiar e capacitar pessoas a atingir de forma sustentável todo o seu potencial individual e profissional, através de perguntas! “Coaching é um processo…” – Tem um princípio, meio e fim. O Coach não resolve nada unicamente clicando num botão. A duração do processo é em geral de 2/3 meses dependendo do caso e da resposta de cada cliente. Este é o tempo que aconselhamos para que possam atingir resultados significativos através de dez sessões de uma hora, presenciais ou não, consoante a disponibilidade do cliente e a capacidade técnica do coach.
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“… que tem por objetivo…” – o Coach apoia o cliente na definição de objetivos e na estratégia para alcançar os resultados desejados no próprio processo de Coaching. O objetivo é levar o cliente a obter resultados na área pretendida, como a saúde, relacionamentos, espiritualidade, finanças, carreira, família, etc.
“...apoiar…” – Ao mesmo tempo apoia: não julga, ouve, está lá pelo cliente, dá feedback positivo. O Coach é sempre alguém que está lá mesmo quando os resultados não são ainda os desejados. Tem a paciência necessária para apoiar incondicionalmente o processo do seu cliente.
“…desenvolver…” – Coaching é sobre trabalhar o potencial que o cliente já tem dentro de si. O Coach não cria nada, apenas trabalha sobre aquilo que já existe, para o potenciar. Com foco no desenvolvimento de competências técnicas e emocionais, o coach atua como um “olho externo” para o seu cliente, para que este consiga ver, de forma objetiva, onde se encontra (estado atual) e onde precisa estar (estado futuro) com o mínimo de esforço e o máximo de divertimento possível.
“…capacitar…” – O Coach vai ajudar o cliente a trabalhar sobre novas
competências que o cliente não tinha e capacitá-lo. Objetiva a capacitação das pessoas na sua auto realização, pelo alcance das suas metas, alinhando-as para uma vida equilibrada com os seus valores, missão e propósito de vida. Atenção que se o coaching for muito sobre capacitar o cliente, torna-se formação.
O QUE É O COACHING
CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL COACHING
“…sustentável…” – No Coaching trabalhamos para entregar resultados sustentáveis. Não queremos que o cliente se torne dependente do Coach ou do processo em si. Assim que possível, começamos a utilizar estratégias para garantir a autonomia dos nossos clientes e fazer com que ele seja o seu próprio Coach ao fim de algum tempo. “…atingir todo o seu potencial…” – Coaching é sobre ATINGIR resultados.
Durante o processo de coaching o Coach trabalhará para manter o cliente em ação, para que aquilo a que se propôs, aconteca. Todos nós somos donos de um potencial GIGANTE, é assim que atingimos tudo o que pretendemos.
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“…perguntas…” – Esta é a metodologia base do Coaching. Desenvolvemos, capacitamos, apoiamos e desafiamos através de perguntas. Perguntas poderosas, possibilitadoras que ajudem a aumentar o nível de consciência dos nossos clientes.
coaching é soBRe o FuTuRo
mento da palavra “Coachee”, isto porque ajuda a distinguir da palavra “Coach” e dá mais profissionalismo na relação entre os dois. Um Coach: é o profissional habilitado para desenvolver o processo de Coaching. Uma oportunidade, desafio ou problema: Oportunidade, pois não é necessário haver um problema. Um cliente pode estar satisfeito com o seu trabalho, mas procura um Coach para ser promovido, por exemplo. Por outro lado, pode haver mais que uma oportunidade, desafio ou problema e também os três juntos, isto porque atrás de um problema há sempre oportunidades. No caso de haver vários problemas ou oportunidades, o Coach parte do princípio que o cliente é capaz de os resolver todos. No entanto, há a necessidade de focar somente num e resolver antes de avançar para outros.
Durante o processo de coaching, o foco do Coach é colocar o cliente a pensar no presente e no futuro. Esta é uma das principais diferenças entre Coaching e terapia, além da superior formação (curso com 5 anos) que os psicólogos têm em relação aos Coachs.
cRuzamenTos da Vida
O Coach pode ouvir o que aconteceu no passado recente do cliente, mas não está concentrado em aprofundar esse lado da situação. Sendo assim, orienta o cliente para o hoje e acima de tudo para o futuro: “Então, que queres atingir hoje, relacionado com o teu problema familiar?”; “Como sonhas o teu futuro nessa área da vida?”.
Nestas situações, como dito anteriormente, não iremos decidir pelo cliente nem mesmo aconselhar, pois a tarefa do Coach é simplesmente facilitar a reflexão sobre os dois caminhos, perguntar sobre o cruzamento e, inclusive, voltar para trás se o cliente quiser.
O Coach não está focado em saber o que provocou este trauma ou problema, está sim focado em que, no término das dez sessões esta situação tenha sido ultrapassada e que o cliente tenha adquirido as ferramentas para resolver outros problemas e desafios na sua vida. No Coaching são necessários três elementos fundamentais: Um Cliente (Coachee): é a pessoa que se submete ao processo de Coaching com o intuito de adquirir novas competências e de fortalecer competências já existentes. Nós aconselhamos a que o termo cliente seja mais utilizado em detri-
Coaching é o processo que tem por objectivo, desenvolver, desafiar, apoiar e capacitar pessoas a atingir todo o seu potencial profissional e pessoal, através de perguntas.
Os momentos chaves do Cliente são exatamente os cruzamentos da vida, ou seja, quando este está numa bifurcação e não sabe para que lado ir. É aqui que o Coach pode realmente fazer uma diferença.
Mesmo que para o Coach pareça errado, o Cliente é quem deve decidir que caminho/ação deve tomar. O coaching também é: 3 Muito orientado para o futuro 3 Um dos objetivos é fazer o coachee entrar em ação através de tarefas semanais 3 Ter uma visão clara dos objetivos a atingir 3 Ajudar o coachee a traçar um plano de ação 3 È um processo que proporciona a evolução, direção, inovação e apoio constante
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O QUE É O COACHING
CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL COACHING
Vantagens do Coaching: 3 Temos oportunidade de ter uma reflexão in dividual e aumentar o nosso nível de consciência sobre nós mesmos 3 Aumento da nossa capacidade de estar em causa perante diversas situações da nossa vida 3 Ganho de maior estrutura e foco 3 Feedback e apoio constantes ao longo do processo Existem principalmente dois tipos de Coaching: Life Coaching (onde o processo está mais vocacionado para a nossa vida pessoal) ou Executive/Business Coaching (em que trabalhamos mais sobre a nossa área profissional).
em determinada área ajuda alguém a aumentar o seu nível de conhecimentos sobre a mesma. Um mentor é alguém que nos aconselha porque tem uma vasta experiência sobre a área que queremos desenvolver. Terapia. A maior distinção de todas entre terapeutas, psicólogos, psiquiatras, etc e um Coach é que um terapeuta tem uma preparação académica de vários anos e instituições governamentais a regular a sua atividade. Por isso mesmo são treinados a ajudar os seus clientes com questões complexas do seu passado e presente. O Coach não tem esta preparação e não deve, nem tem capacidade técnica para “remexer” no passado com o cliente. Por isso foca exclusivamente no presente e futuro do cliente e não tem qualquer ambição terapêutica.
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futuro
Ao longo dos últimos anos, o Coaching tem-se especializado em diversas áreas. Podemos encontrar também termos como Coaching para Relacionamentos, Coaching para Saúde, Coaching para Gestão Emocional, Coaching para Equipas, Coaching para Liderança, etc. Outra das grandes vantagens desta ferramenta é que pode ser usada formalmente (em sessões individuais ou de grupo) onde ajudamos os nossos clientes a estarem mais perto dos objetivos que querem atingir para diversas áreas de vida e também de um ponto de vista informal com os nossos amigos, família, filhos ou connosco mesmos. Imagine o poder não só de ajudar os outros como também de conseguir aumentar a capacidade de responsabilização das pessoas mais importantes da sua vida. Sem dúvida que o coaching é uma ferramenta transversal a diversas áreas e aplicações na nossa vida profissional e pessoal.
diFeRenÇa enTRe coaching e ouTRas acTiVidades Apesar de ser uma disciplina relativamente nova, a distinção entre Coaching e outras modalidades é clara. Tal como o termo surgiu de um meio de transporte (levar alguém de um sitio para o outro) o mesmo significado está na sua base: levar alguém (o coachee) que está em A para B. Diferença entre coaching e outras abordagens: Mentoring. É um processo pelo qual um profissional com experiência
COACHING presente passado 19
TERAPIA Consultoria. Oferecemos experiência e conhecimento em determinadas áreas de negócio. Um consultor pode trabalhar com toda uma organização ou só uma parte. Normalmente é uma pessoa externa à organização que tem esse know-how. Formação. Processo através do qual adquirimos conhecimentos e competências. O formador normalmente é um perito na área, o que faz com que a formação tenha como objetivo adquirirmos competências específicas.
PRESSUPOSTOS INTERNACIONAIS DO COACHING
CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL COACHING
EU, COACH, NUNCA SEI A SOLUÇÃO! Ou seja, como não sabemos como funciona a psique do cliente, o Coach deve manter-se distanciado e calmo, deixando-o seguir ao seu ritmo, sem interferir. O processo é do Cliente!
iV PRessuPosTos inTeRnacionais do coaching 20
Os pressupostos internacionais do Coaching são princípios gerais que orientam a prática do coaching pelo mundo. Uma espécie de regras éticas que se tornam vitais que o Coach viva na prática nas sessões para que possa dar Coaching. É importantíssimo que, estes nove pressupostos estejam enraizados no ADN do Coach e que ele os viva plenamente.
1 - PeRgunTas “O Coach tem as perguntas e o cliente as respostas”
O processo de coaching é do cliente. O coach só facilita o processo.
O Coach parte sempre do princípio que o cliente tem as respostas. Mesmo que o Coach saiba a resposta não a deve dizer, e isto, muitas vezes, é complicado, é um desafio. O cliente tem de descobrir por ele próprio, pode até depois aperceber-se que não foi a melhor resposta e que tem outra mais adequada, mas isto faz com que o cliente sinta que está em posse do seu processo. Um dos maiores benefícios do Coaching é o “poder” que se dá ao cliente! Para que isto aconteça é o Coach quem deve ter e fazer as perguntas, pois só há respostas havendo perguntas. Se o cliente perguntar: “Como posso fazer para resolver esta situação?”, o Coach pergunta: “Já fez algo para a resolver?” ou “Há alguma coisa que possa fazer agora? “ - mas procurar evitar o máximo possível responder com soluções. O Coach assim, conduz o cliente a ch egar à melhor resposta… para ele.
2 - ResPeiTo “O mapa não é um território” Cada pessoa tem a sua maneira de ser, o seu Mapa Mundo (a perceção que cada um de nós tem de uma mesma realidade). A forma como vê as situações nunca é igual à dos outros. Todos interpretámos acontecimentos iguais de forma diferente e reagimos em conformidade com isso. Sendo assim, o mapa do cliente tem todo os seu valor e mérito e o Coach respeita-o partindo do principio que o seu próprio mapa do mundo não é o único correto. Por exemplo, um Coach que é casado, deve respeitar o cliente que tem três namoradas e procura uma quarta. Um Coach espiritual tem de entender o mundo de um cliente militar. Se não consegues respeitar o mapa-mundo do teu cliente, então não és o melhor Coach para ele. O melhor é não continuares as sessões e sugerires um outro colega de trabalho. 21
Sugestão: Faz tudo o que tiveres ao teu alcance para manter o cliente, mesmo que não concordes com o mapa-mundo dele. Isto porque ao final de cinco sessões já poderás ter o rapport necessário para o desafiar, perguntando algo como: “Será que é mesmo isso que queres para a tua vida?” “Não haverá algo maior que procures para a tua vida?” Concluindo, é natural e constante que um Coach desenvolva uma opinião em relação ao que se está a passar com o cliente, porém deve respeitar o mapa mundo do cliente e questioná-lo com perguntas abertas e genuinamente tolerantes.
PRESSUPOSTOS INTERNACIONAIS DO COACHING
CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL COACHING
3 - FeedBacK “Não há falhanço, só Feedback.” Tudo o que acontece durante as sessões e/ou fora delas, com o cliente, são oportunidades para o Coach obter feedback. Por exemplo, se o cliente não fez os tpc’s, não se trata de um falhanço, mas sim de um feedback para o Coach. Talvez o tpc fosse muito complicado, talvez o Coach não tenha mostrado a importância dele, ou o cliente ainda está muito focado noutra área.
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Isto porque “falhar” é uma psicologia de curto prazo, é o que se vê no momento. “Feedback” por sua vez, é uma psicologia de longo prazo. Nós acreditamos que o cliente vai conseguir e se ainda não o conseguiu, não é por não ser capaz. Vamos sim, obter feedback da situação, aprender com ela, limar as arestas, e continuar, até conseguir. Um bom exemplo desta psicologia, é quando os bebés começam a aprender a andar, várias vezes vão cair, e durante um longo período vão tentar manter-se em pé, mas em nenhuma destas alturas os pais vão pensar que o filho falhou e que nunca mais irá andar, somente porque caiu. Ou seja, ele não falhou, ele envia feedback.
4 - RecuRsos “Todas as pessoas têm os recursos dentro delas, ou podem adquiri-los. O Coach trata o cliente c omo alguém sempre rico em recursos.” O potencial dentro de todas as pessoas é muito grande, gigantesco mesmo, que faz com que todos nós tenhamos a possibilidade de atingir qualquer objetivo a que nos propomos na vida… e o Coach conhece esta realidade. Assim, nunca irá criticar um objetivo do cliente, que aos olhos do Coach pode parecer impossível, pois ele tem todos os recursos dentro dele, ou pode adquiri-los! Muitos clientes vão tentar convencer-te que não são capazes de algo, que não têm estes recursos dentro deles. Como Coach, tens que viver mesmo este pressuposto e, dentro de ti, sabes que eles serão perfeitamente capazes!
5 - melhoR oPÇão no momenTo “As pessoas optam sempre pela melhor opção que têm disponível no momento, especialmente tendo em conta o seu contexto.” Por exemplo, um cliente gritou com o colega de trabalho. O Coach deve partir do princípio que essa foi a melhor opção que ele encontrou no momento. Se para o Coach foi melhor ou pior na realidade não interessa, pois para essa pessoa a única opção disponível, inserida naquele contexto, foi aquela. Sendo assim o processo de Coaching é muito humilde, ou seja, tem uma energia muito feminina, pois o Coach coloca-se no lugar do cliente, é presente e preocupado. É muito importante que o Coach não imponha as suas limitações. Tem assim, a escolha de aceitar os limites do cliente, ou então afastar-se deste. Não esquecer que o cliente vem sempre de um contexto diferente, a sua história familiar, a sua religião, a sua educação, entre outros, vão levá-lo a tomar aquela opção, sendo sempre a melhor opção que encontra no momento. 23
6 - causa eFeiTo “Cada pessoa cria a sua própria realidade.” O cliente é o centro energético de tudo aquilo que lhe acontece. Por outras palavras, ele é que criou ou atraiu a sua própria realidade. Assim, o Coach deve partir sempre do princípio que, o que está a acontecer com o cliente foi criado, de alguma forma por ele, seja um atropelamento, uma discussão, ou até o fato de ter sido despedido. O mesmo se aplica aos acontecimentos positivos que lhe tenham acontecido. Claro que como Coach, e porque deves sempre respeitar o mapa-mundo do outro, não lhe vais dizer que ele é o “culpado” pelo que lhe está a acontecer, vais sim tentar pô-lo em causa através de perguntas, claro está.
PRESSUPOSTOS INTERNACIONAIS DO COACHING
CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL COACHING
A sessão deve ser então orientada para tentar perceber qual o motivo que o levou a criar essa realidade. Se não acreditas que o teu cliente a criou também não podes acreditar que ele tem em si todo o poder pessoal necessário para a alterar/modificar!
9 - PosiTiVo
Sendo assim, tu como Coach deves tomar este pressuposto também para a tua vida, e ter como objectivo aprofundá-lo ao máximo até ch egares ao ponto em que acreditas que consegues influenciar tudo o que acontece na tua vida.
Todos os comportamentos humanos são movidos por uma intenção positiva. Não quer dizer que sejam bons comportamentos. Quer apenas dizer que a intenção que os criou era. Vamos imaginar casos mais dramáticos: alguém que berra loucamente com alguém pode querer sentir-se mais seguro, mais calmo, maior justiça… A intenção era positiva, mas não o seu comportamento! Como Coach, sabes que tudo aquilo que o teu cliente faz ou não faz é porque ele(a) tem uma intenção positiva por detrás.
7 - aÇão 24
“Se queres compreender, age.” O Coach acredita que é necessária ação para se compreender o problema, desafio ou oportunidade. Não basta dizer que já se compreendeu num plano mental. Coaching é sobre Ação! Não interessa tanto quanto o teu cliente compreendeu ou sabe sobre determinado assunto. Interessa sim quanto ele faz! Daí, todas as sessões terem, obrigatoriamente, um TPC no final. “O que vais fazer agora nesse sentido?”, “Quando?”, “Com quem?”.
8 - FleXiBilidade “Se não estás a ter resultados, faz de outra forma.” O Coach, entre os dois, é o mais flexível, pois se não consegue que o cliente esteja a obter resultados tem de procurar novas aproximações. Ou seja, o Coach acredita que o cliente tem todos os recursos dentro dele, logo se não há resultados é porque tens que ser mais flexível. O que funciona com uns clientes não funciona com outros. Einstein diz que “loucura é fazer sempre a mesma coisa e esperar um resultado diferente!”. Se não estás a ter os resultados que queres, faz de outra forma!
“Todo o comportamento tem por detrás uma intenção positiva.”
10 - não imPosiÇão “Nada destes pressupostos são para impor ao teu cliente” Todos estes pressupostos são para tu viveres como Coach e para vivenciares internamente nas tuas sessões. A ideia não é agora ires impor ao teu cliente que ele viva em causa, que ele tenha uma linguagem positiva, que ele não julgue o Mapa-mundo dos outros… São para ti e para que se torne possível orientares um processo de Coaching.
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ROSA 1.0
CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL COACHING
3 3 3
Qual é o teu maior desafio? Como estão as outras áreas da tua vida? E então e mais? Fala-me mais sobre isso.
A pergunta base da Realidade é: O QUE SE PASSA?
V Rosa 1.0 ROSA 1.0 consiste em passar, durante uma sessão ou conversa informal, por cada letra da ROSA sem aprofundar nenhuma delas. 26
Inicia-se, ao ajudar a outra pessoa a perceber a Realidade (O que se passa?) da sua situação e a compreender qual o problema ou desafio existente. Seguidamente, fala-se nos Objetivos (O que quer?), percebendo aqui o que a pessoa pretende e aspira. Após a reflexão sobre esse objetivo encoraja-se o cliente a encontrar Soluções (Como pode chegar lá?) e por fim, porque o Coach acredita que os resultados vêm da Ação do cliente, é marcado um TPC (Dessas ideias, o que pode fazer já na próxima semana?), alinhado com a melhor solução encontrada. A ROSA 1.0 é mais usada em Coaching informal, com amigos e conhecidos e num Coaching mais situacional, rápido e focado na ação, onde o cliente já sabe o que pretende e, também, nas situações onde não há necessidade de ir mais fundo na compreensão das emoções, crenças ou valores dos clientes.
eXemPlos de PeRgunTas: leTRa “o” 3 3 3 3 3 3
3
A pergunta base dos Objetivos é: O QUE QUERES?
eXemPlos de PeRgunTas: leTRa “s” 3 3 3 3
eXemPlos de PeRgunTas: leTRa “R” 3 3 3 3 3 3
3
Que razão te levou a procurar-me? Como te posso ajudar? Quão feliz/satisfeito te sentes? Como te sentes em relação a isso? Qual o caminho que seguiste até agora? O que corre melhor na tua vida na tua vida? O que pode e deve ser melhorado? Numa escala de 0 a 10, quão satisfeito estás nessa área?
Onde queres chegar daqui a um ano? Qual o teu maior sonho? Onde gostavas de chegar? Qual é a imagem mais fantástica dessa situação? De 0 a 10 qual a importância desse objetivo? Consegues visualizar esse objetivo? Descreve-me em pormenor como será. Se tivesse uma varinha mágica que resolveria esse problema, como é que seria, o que farias, como gostarias que fosse…?
3 3 3 3 3 3
O que podes fazer? O que já estás a fazer para solucionar esta situação? Qual pensas ser o melhor caminho para atingires os objetivos? Conheces alguém que te possa ajudar? Que outras coisas poderás fazer que nunca imaginaste fazer? Vamos enumerar uma série de passos possíveis. Consegues-me dar 10 soluções? E mais 10? Se eu tivesse na tua situação o que me aconselhavas? Se tivesses todo o dinheiro do mundo o que farias? Quem é a pessoa que poderia te ajudar a resolver esta situação?
A pergunta base das Soluções é: MUITO BEM! E QUE MAIS?
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ROSA 2.0
CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL COACHING
eXemPlos de PeRgunTas: leTRa “a” 3 3 3 3
O que vais fazer esta semana? Qual é a coisa que consegues fazer sem grande dificuldade? Destas soluções qual consegues fazer hoje? Qual é o próximo pequeno passo a tomar?
A pergunta base da Ação é: O QUE VAIS FAZER? COM QUEM? QUANDO?
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Numa sessão, as letras R e S têm uma função divergente, para que se consiga abrir o leque de informações ao máximo. No entanto, a fase de O e Acção já é totalmente convergente, especificando ao máximo o que se vai fazer, tal como se vê no diagrama seguinte.
Vi Rosa 2.0 O objetivo deste manual e da Certificação Internacional em Coaching consiste em que aprendas a fazer ROSA 2.0. No MasterCoach será aprofundado o Coaching 3.0 e no MastercoachTrainer Coaching 4.0
R(ealidade)
A fase da Realidade é normalmente a mais longa da ROSA (principalmente numa primeira sessão). É uma fase muito importante porque é aqui que conhecemos a vida atual do nosso cliente e começar a criar rapport com ele. 29
Quando esta fase é muito bem feita, as restantes são bastante mais fáceis e naturais. 99% dos clientes que vais receber vão estar focados no problema, ou seja, vivem na “Psicologia do Problema”. Desta forma, têm sempre a tendência para ver o lado negativo, aumentando-o de dia para dia, encontrando mais e mais motivos para “alimentar” essa situação. Tudo o que os rodeia, seja a situação em casa ou mesmo do país e do mundo, dá-lhes mais força para verem quão mau é esse seu próprio problema, o que acaba por con tribuir para acabar com todas as esperanças de melhoria, e as oportunidades acabam por passar despercebidas. A situação deles é sempre a pior que poderia existir, aliás h á a tendência para verem que sua a vida sempre foi assim. O teu objetivo nesta fase é teres o máximo de informação possível sobre o teu cliente e sobre as diferentes perspetivas (bom e menos
CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL COACHING
bom) sobre a sua vida. O Coach tem duas ferramentas para ajudar o cliente a “sair” do buraco em que está focado e conseguir, assim, ter uma conversa sobre toda uma realidade mais abrangente da sua vida.
Nesta situação deve-se deixar que o cliente fale durante cinco a dez minutos sobre essa situação, porém depois é imperativo pô-lo a dizer algo positivo relacionado com isso, com perguntas do género:
comPlicómeTRo
* “O que há de positivo nisso?” * “O que tens de bom na tua vida? (pode ser sobre o mesmo tema ou outro – ver “Guia para a Primeira Sessão de Coaching”) Ao fazer isto estamos a motivar o cliente para o resto da ROSA. É mesmo uma questão energética. Se não abordarmos também o lado positivo (da situação ou de outra área de vida) não termos energia quando formos para a fase de objetivos.
É aquela pessoa que afirma que não é capaz de resolver o problema que tem e que acredita que está numa situação tão grande e tão má que não há solução.
A conversa fica muito depressiva e pouco motivada porque o cliente convence-se (e muitas vezes ao Coach) de que não há solução. Ao
comPlicómeTRo Vs shanTi shanTi Na fase da Realidade, iremos encontrar principalmente dois tipos de pessoas:
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ROSA 2.0
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ROSA 2.0
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ROSA 1.0
ROSA 1.0
ROSA 2.0
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juntarmos as situações positivas e negativas criámos um choque no cliente para que haja energia para avançar. Ao mesmo tempo estamos a descobrir o que verdadeiramente motiva o cliente, seja a família, uma paixão que tenha, etc.
shanTi shanTi Trata-se do contrário do tipo anterior. Esta é aquela pessoa que se reeducou e se convenceu que até é bom ter problemas, que estão lá por alguma razão. Tem uma perspetiva super positiva da vida, talvez demasiada. Um problema para ela é algo positivo, não entendendo que poderão haver repercussões negativas. 32
À pergunta “Então esse problema está a prejudicar-te?”, prontamente responde: “Ah, não está. É bom ter problema. Trouxe muitos aspetos positivos e é o que tem que ser” Sendo assim, o Coach tem de colocar este cliente a falar do problema e das coisas negativas ou menos boas. Ou seja, há que descobrir o que lhe dói ao ponto em que ele vai perceber que precisa de ajuda nalguma coisa e que afinal nem tudo está bem.
Pizza da Vida A realidade do cliente é como um grande muro. Algo que ele precisa ultrapassar para chegar ao outro lado, o lado onde ele quer estar. Apesar de o muro ser grande, o cliente vai ter tendência para se concentrar numa pequena parte desse muro: um buraco, um tijolo por pintar, etc. Cerca de 98% das pessoas está focada nos pequenos “buracos” da vida, o que só aumenta o seu tamanho e importância. Implementar uma verdadeira mudança na sua vida implica olhar para ela como um todo, de vários ângulos, analisando todas as suas fragilidades mas também todas as possibilidades. Ao fazer isto o cliente ganha maior consciência de quem é (“Trate a Vida por Tu”, pág. 100). A pizza está dividida em quatro áreas distintas (ligadas aos quatro elementos e aos quatro tipos de personalidade) e doze fatias:
áRea de TeRRa (mundo PRáTico)
Tal como no caso anterior, temos de criar um choque interior, criar energia para a fase seguinte dos objetivos. Neste caso há que fazê-lo “sofrer” um pouco, ou seja, sair da sua zona de conforto para que tenha consciência de que há algo que quer mudar ou fazer de forma diferente. Se não temos um desafio, uma oportunidade ou um problema não conseguimos ter Coaching.
Dinheiro. A tua conta bancária. Tens dívidas ou não? Achas que tens dinheiro suficiente ou precisas de mais para teres a vida que queres? E bens materiais como casa, carro, viagens?
Tanto o “Complicómetro” como “Shanti Shanti” devem falar do lado bom e mau do assunto em questão. Aliás não se deve passar para a fase dos objetivos enquanto não se fizer isto. Nesta fase, quanto mais consciente estiver o cliente da sua própria realidade, mais perceção tem o Coach dessa mesma realidade. Ambos os tipos de clientes têm de entrar na zona de desafio, sair da realidade em que vivem e ver a realidade em geral.
Trabalho/Carreira. Fazes o que gostas? Sentes-te realizado com a tua profissão? Quantas horas trabalhas por dia? E a tua produtividade?
Só com esta consciência é que vai haver combustível para criar objetivos e evoluir para as fases seguintes.
Saúde. És saudável? Tens alguma doença crónica? Como é que te alimentas? Fazes desporto? Sentes-te vital?
áRea da água (mundo emocional) Romance. Tens uma relação amorosa que te satisfaz? Amas e és amado? Não tens ninguém, mas sentes-te feliz e completo? Familia e Amigos (com A grande). Como te relacionas com os teus filhos, pais e amigos?
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ROSA 2.0
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Propósito de Vida. Quanto Vida. Quanto tempo do teu dia-a-dia é que dedicas a fazer aquilo que mais amas?
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áRea de Fogo (mundo esPiRiTual) Liderança Pessoal. Como Pessoal. Como te relacionas contigo mesmo? Quanto te olhas (por dentro e por fora) gostas do que vês? Como está a tua autoconfiança e a tua autoestima?
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Significado de Vida. Qual Vida. Qual é a tua fé? Em quem é que acreditas? Qual é a energia que nos engloba a todos? Porque estamos cá neste planeta?
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E água
Contribuição. Contribuis Contribuição. Contribuis para um mundo melhor? Fazes voluntariado? Dás donativos? Sentes-te realizado com o contributo que dás?
áRea de aR (mundo menTal) Desenvolvimento Pessoal. Lês Pessoal. Lês livros, frequentas cursos, investes em ti próprio e na tua formação/desenvolvimento? formação/desenvolvimento? Hobbies e Vida Social. Tens Social. Tens uma vida social que te satisfaz? Tens tempo livre para fazeres o que gostas? Peer Group. Grupos Group. Grupos de pessoas (amigos, familiares, etc.) que nos desafiam e puxam por nós. Tens um grupo que te estimula? Com que frequência te reúnes com eles?
A Pizza da Vida é uma ferramenta muito profunda, quer para o cliente, quer para o Coach desenvolver as suas raízes. É uma forma prática de analisar todas as áreas da nossa vida. É essencial distinguir a importância que o cliente atribui a uma fatia, do grau de satisfação relativamente a ela. Não se trata do quanto se tem nesta ou naquela fatia, mas sim, o quanto se está satisfeito com essa área. Por exemplo, uma pessoa que não seja religiosa não tem de ter um zero na fatia significado, se estiver satisfeito com isso, mas se sentir que precisa de trabalhar a sua fé então o valor terá necessariamente de ser inferior a 10. Outro exemplo, alguém que viva numa casa arrendada, ande de autocarro e faça campismo nas férias, pode ter um 10 na fatia do dinheiro, se for uma pessoa que não dê valor a bens materiais. Outra pessoa que faça o mesmo tipo de vida mas ambicione ter uma casa na praia, um automóvel topo de gama e viajar por sítios exóticos, vai atribuir a esta fatia um valor mais baixo. Se o cliente pretender poderá adicionar ou retirar alguma fatia, bem como subdividir outras. No entanto o mais importante é que perceba as quatro áreas principais (PEMS) e a importância de todas as fatias para a sua felicidade e para ter uma vida mais equilibrada. Depois da Pizza estar preenchida podemos, mais uma vez, abordar os aspetos positivos e menos positivos da mesma. Deves, nesta fase, perguntar ao teu cliente:
1. 2. 3. 4.
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REALIDADE RESUMO
Qual é a situação actual? Exemplos concretos Objectividade através de factos Perguntar: o quê, quando, onde, quem?
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3
“Quais é que são as 2 ou 3 áreas/fatias que estão bem/fortes neste momento?” momento?”
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“Quais é que são as 2 ou 3 áreas/fatias que precisamos de dedicar mais atenção e melhorá-las um pouco mais?”
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Assim, passas a ter ainda mais informação sobre a situação atual dele que pode, durante o resto do processo de coachi ng, vir a ser muito útil.
FaTia de alaVancagem
3
Depois de avaliarmos a pizza da vida vamos nos dedicar a ajudar o cliente a escolher uma Fatia de Alavacagem. Podemos explicar que Coaching é sobre ganhar foco, ter um só alvo no qual temos que acertar de cada vez. Não significa que não vamos trabalhar sobre nenhuma outra área, mas significa que primeiro precisámos de resolver uma, uma fatia prioritária.
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A pergunta a usar é mesmo: “Qual seria a fatia que se melhorássemos um ou dois pontos de satisfação melhoraria o maior número de outras fatias da tua pizza?” Podes pedir ao teu cliente para selecionar 5 eventuais fatias; depois 3, depois 2 e perguntar: “Imagina que eu sou o génio da lâmpada e posso ajudar-te a colocar uma dessas fatias num 10, qual escolherias?”
Agora que já sabemos bem como está a realidade atual do nosso cliente, é chegada a altura de avançarmos. Agora, já não falamos mais dos problemas ou desafios. Isso ficou para trás na fase anterior. Agora só queremos saber de Objetivos! No Coaching trabalhamos com 2 tipos de objetivos: 37
oBjeTiVos guRu e oBjeTiVos BéBé Todos nós, com maior ou menor consciência, orientamos a nossa ação para objetivos. Mas nem sempre damos passos certos. Há pessoas que conscientemente o fazem, mas há muitas outras que, sem consciência, atropelam os pés, correm sem saberem para onde, ou param a meio do caminho.
Nem sempre a fatia menos preenchida é a fatia de alavancagem. Sendo assim, não devemos influenciar a decisão do cliente. Algumas dicas: 3
3
Se o cliente escolher uma fatia à qual atribuiu uma boa classificação, serão boas notícias para o Coach, pois para o cliente será relativamente fácil melhorar ainda mais; Se o cliente na sessão seguinte quiser escolher uma fatia nova, não há problema. De lembrar que nós somos apenas Chauffers. Numa fase inicial do processo do coaching, o cliente pode refletir melhor e querer escolher outra fatia.
O objectivo-bébé tem como único objectivo aumentar a confiança do cliente.
o(BjeTiVos)
Caso o teu cliente tenha claramente uma fatia sobre a qual quer trabalhar, podes avançar com o processo logo por essa.
A fatia de alavancagem é aquela em que se houver melhorias, vai afectar positivamente outras fatias da pizza.
Até a fatia de alavancagem estar resolvida (avaliada muito mais positivamente) ou muito controlada pelo cliente (é apenas uma questão de tempo agora) NÃO mudamos de fatia ao longo do processo. Apenas o fazemos quando conseguimos entregar os resultados pedidos. Se mudarmos de fatia em cada sessão torna-se difícil (para não dizer impossível) entregar resultados, muito menos sustentáveis. Coaching não é um processo com uma varinha mágica em que numa hora transformamos uma fatia! Nenhuma área é mais importante que outra e os números que o cliente usa para avaliar têm significado apenas para ele. Lembra-te que NÃO DEVES JULGAR nada sobre a pizza do teu cliente. Tem que fazer sentido apenas para ele.
Podemos definir dois tipos de objetivos, que devemos usar a nosso favor: 3
3
Objetivo guru – guru – um objetivo tão grande, tão grande que há uma voz dentro de nós que acha que é impossível concretizá-lo. Objetivo bebé – bebé – um objetivo tão pequeno, tão pequeno que temos a certeza absoluta de que conseguimos concretizá-lo.
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A psicologia dos objetivos guru e bebé é-nos natural, não se aprende e também não se desaprende. Por exemplo, se tivermos um acidente de carro ela opera, se qualquer coisa puser em causa a nossa sobrevivência, ou a sobrevivência daqueles que amámos a nossa psicologia imediatamente trabalha por nós. Esquece-se se somos autoconfiantes ou não, se somos realizados ou não, se somos ricos ou pobres e só nos preocupamos em resolver. Isto é natural, temos sempre em mente um objetivo máximo e temos ao mesmo tempo, um objetivo imediato, porque é importante definir o primeiro próximo pequeno passo para alcançar o nosso objetivo guru. E é possível estar tão comprometido que nada nos distrai do nosso objetivo guru. Agora, esta psicologia não deveria atuar apenas em momentos de sobrevivência, de forma inconsciente mas sim ser aplicada à nossa vida em geral, no dia-a-dia de cada um de nós, de forma consciente. Pode ser ativada!
meTa+ Os nossos objetivos devem ser: Mensuráveis – Mensuráveis – Os objetivos devem ser muito concretos, para, assim que os atingirmos, conseguirmos fazer um visto de “missão cumprida”. Por exemplo: “Vou passar 3 horas por dia com a minha família” mas se dissermos “vou passar mais tempo com a minha família” não estamos a mensurar. Emocionais: Emocionais: Os objetivos devem ter adjetivos grandiosos de forma a criar muita emoção em torno dele, assim o cérebro atribui-lhes mais importância. Por exemplo: “Vou acordar radiante e cheio de vitalidade, pronta para um novo dia divertido e produtivo”.
Lembra-te sempre que um objetivo só é guru se há uma voz dentro de ti que ri achando impossível concretizá-lo, e um objetivo só é bebé se tens a certeza de que o vais concretizar. É portanto essencial sonhar, ver mais longe, até onde a nossa mente não consegue visualizar.
Específicos: Específicos: Quanto mais específico for, mais claro é para o cérebro. Por exemplo: “Vou beber batidos de fruta e correr todos os dias” estaremos a ser mais específicos que se só dissermos “vou ser mais saudável”.
Mas atenção, se nos concentramos unicamente no nosso objetivo mais elevado, nunca sairemos do domínio do sonho e, com o tempo, perderemos autoconfiança. Concretizá-lo implica darmos pequenos passos, todos os dias, propormos a nós mesmos etapas razoáveis que nos levem cada vez mais perto, lentamente mas co m segurança, dos nossos objetivos guru.
Eu centrado: centrado: O poder deve estar em nós! Por exemplo: “Vou arrumar a sala todos os dias” e não “a minha irmã vai arrumar a sala comigo todos os dias”.
O sucesso reside na combinação dos dois. Há que aprender, então, a viver a vida com objetivos guru muito grandes e objetivos bebé muito pequenos! A maior parte das pessoas que não se sente feliz é porque ou tem desenvolvido a psicologia de guru, mas não a psicologia de bebé, ou o contrário. As primeiras querem sempre mais, e não conseguem satisfazer-se com as suas conquistas diárias. As segundas vivem para os seus passos pequeninos, mas não conseguem pensar em grande, esses pequeninos passos esgotam-se e reina a monotonia ou apatia. Ter um grande objetivo guru sem definir os objetivos bebé conduz a frustração, ansiedade e impaciência. Definir objetivos bebé sem ter um grande objetivo guru, conduz a desinteresse, desmotivação e ausência de sentido (“Trate a Vida por Tu”, pág. 111).
O modelo meta+ é utilizado para especificar o objectivo-guru.
Temporizados - Os objetivos devem ter ou uma data limite, ou uma frequência, ou ambas. Por exemplo: “A partir de amanhã vou chegar a casa todos os dias às 20h para jantar com os meus filhos” ou “vou treinar todos os dias a partir de Domingo”. Acreditar Acreditar - Devemos acreditar nos objetivos que estabelecemos e saber que são possíveis. Por exemplo: “Vou es-
OBJECTIVOS
39
RESUMO
1. 2. 3. 4. 5.
O que é que queres? O que é que queres mesmo? Qual é o objectivo-guru? Qual é o objectivo-bébé? Qual é o sonho? (o mais importante é pôr o cliente a falar de sonhos) 6. Num mundo perfeito? (Para quem tem dificuldade em fazer objetivos guru)
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crever um livro no próximo mês” se acharem que o vosso objetivo é ambicioso demais o melhor é adaptá-lo “Vou escrever um capítulo no próximo mês”. Positivos (+) - Os objetivos devem ser estimulantes pela positiva. Diz a Neurolinguística que tudo o que definimos pela positiva nos estimula, tudo o que definimos pela negativa nos derrota. Por exemplo: “Não vou fumar mais” é errado, o certo será “vou respirar 100% de oxigénio e tornar o meu ar e o dos outros mais limpo” ou “vou perder peso”, o certo será “no dia x vou pesar y quilos” (Trate a Vida por Tu, pág. 155).
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s(oluÇões)
Tão importante como ensinar a uma criança matemática, português e ciências é fomentar a sua criatividade! É isso que mais tarde distinguirá os adultos inteligentes dos verdadeiros génios, que conseguem criar algo novo, revolucionário, inovador seja em que área for. Aqueles que marcam os outros, a sociedade, a ciência, o mundo são aqueles que conseguem fazer a diferença.
Porque precisamos de ter estas duas energias tão opostas? Exatamente pela mesma razão do positivo e negativo da realidade. Precisámos mesmo de ter um objetivo guru porque o esforço que o cliente vai ter que fazer, a pessoa em quem ele tem que se tornar para lá chegar, vai fazê-lo chegar bem mais longe do que se ele definir um objetivo intermédio. Coaching é sobre sonhos, sobre o melhor dos melhores para cada área da nossa vida! O importante não é tanto se o cliente chega ou não lá, mas sim o caminho que vai ter que fazer e que o vai levar bem mais longe. Por outro lado, todas as viagens começam com um pequeno passo! Precisámos de criar um objetivo tão pequeno, tão pequeno que o cliente tem a certeza absoluta que consegue fazer! Porquê? Para termos motivação e sucesso rapidamente e para criarmos, acima de tudo, uma pessoa com psicologia de objetivos bébé. Levarmos o nosso cliente a perceber que coaching é sobre grandes passos e pequenos passos! Não é importante o objetivo bébé em si (como no caso anterior e quando chegarmos a soluções o mesmo pode tornar-se redundante), mas precisámos de introduzir este passo aqui para que o teu cliente comece a celebrar cada passinho pequeno que dá, cada TPC que concretiza. Coaching é sobre criar uma pessoa com psicologia de objetivos Guru e bébé! Alguém que quer ir muito longe e que, ao mesmo tempo, está super satisfeito com tudo aquilo que já conseguiu! Notas: Se um cliente tem um objetivo Guru muito alto para atingir num curto espaço de tempo, e caso o Coach ache que não é possível, podemos pedir-lhe para nos “convencer que é possível”. Por outro lado, se o objetivo bebé for muito alto, podemos proceder do mesmo modo.
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40 ideias De facto, somos todos criativos. Todos fomos crianças, e éramos criativos, o que aconteceu entretanto? O que faz morrer a nossa criatividade? O facto é que a nossa sociedade nos limita a criatividade. Esquecem-se que na profissão mais cinzenta, a criatividade marca a diferença! Quem é criativo cresce com desafios, pelo simples facto de que coloca
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a sua criatividade ao serviço do que está mal. Parte imediatamente para a busca de uma solução. E isto está ao alcance de todos. É essa a base do “S” da ROSA: não te lamentes, procura uma solução! Lembra-te que estás sempre a uma ideia de distância de resolver o teu maior desafio. Apenas ainda não tiveste a ideia! Puxa pela tua criatividade, é preciso ter ideias, ideias, ideias, ideias...
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óbvias
interesantes
criativas inovadoras
Mesmo as pessoas mais criativas podem começar por ter ideias óbvias, é bom passar por elas para chegar às outras. Pouco a pouco, chegaremos às interessantes, e quando deixarmos de ter medo de dizer os maiores disparates, chegaremos às criativas. Agora, o grande desafio é conseguirmos uma ideia inovadora. E isso só se consegue quando se investe tempo e energia. Quando ficamos pelas 10 ou 20 ideias, e não desistimos enquanto não temos, pelo menos, 40.
As primeiras ideias são as óbvias. Só depois vêm as interessantes, e muito depois vêm as criativas e inovadoras.
Perder a criatividade é, noutras palavras, criar espartilhos para as nossas capacidades físicas (terra), emocionais (água), mentais (ar), e espirituais (fogo). As crianças não têm estes espartilhos, fisicamente adoram explorar o mundo através do seu corpo mostrando que não se preocupam com a postura por exemplo e que parecem inquebráveis quando desafiam as leis da gravidade, com aquela energia que parece inesgotável. Emocionalmente, estão muito mais abertas a todo o tipo de sentimentos porque ainda não acumularam muitas experiências negativas. Mentalmente, estão sedentas de conhecimento e o conceito de certo e errado ainda não está muito definido, por isso tudo lhes parece possível. Espiritualmente, são completamente livres, podem ter alguns valores enraizados, mas tudo o mais é um livro aberto. Para voltarmos a ser criativos e voltar a ter páginas em branco no livro da vida, para podermos escrever e reescrever, improvisar e criar, podemos voltar a ser criativos numa área, ou voltar a ser criativos
em todas as dimensões da vida e do nosso ser. Para voltar a sermos criativos fisicamente devemos explorar o nosso corpo: fazer desporto, dançar, representar... Usar os sentidos para ouvir, cheirar, provar, tocar e ver. Quanto mais saudável estivermos mais o nosso corpo estará disponível para ser fisicamente criativo. Para voltar a sermos emocionalmente mais criativos temos de deixar de ter medo de sentir. Teremos de nos aventurar em relações, ligações, conexões, partilha sem medo de sermos magoados, frustrados, enganados e até felizes. Para voltar a sermos mentalmente criativos, devemos aprender novas matérias, refletir sobre coisas novas, analisar novos ângulos e perspetivas, desafiarmos a nossa mente, termos conversas com todo o tipo de pessoas , ler todo o tipo de revistas, estimularmos todas as partes do nosso cérebro. Por último, se quisermos voltar a ser espiritualmente criativos, devemos pôr em causa todas as nossas certezas e dogmas, meditar e abrirmo-nos ao mundo das possibilidades e ao inexplicável. Devemo-nos conhecer a nós próprios de forma a vivermos intensamente a vida. Se conseguirmos ser criativos nestas 4 áreas, seremos em pouco tempo uma nova pessoa, com uma paleta de ex periências novas e uma total abertura para as que virão, que nos darão novas formas e outro brilho. Se conseguirmos ser mais criativos na primeira letra do nosso PEMS estamos de parabéns na mesma. O importante é entrarmos na zona de desafio, buscar soluções em zonas ainda não exploradas, em campos desconfortáveis para os outros, mas que nós chamamos à nossa zona de conforto. E tudo, mas mesmo tudo, se torna possível e deixa de haver problemas sem soluções (“Trate a Vida por Tu”, pág. 165).
mudanÇa de PaRadigma Esta é a altura de pôr o cliente a pensar de “pernas para o ar”, ou seja, a pensar “fora da caixa”! É, sem dúvida, a fase mais difícil das sessões de coaching! Os teus clientes não vão mesmo querer pensar e mudar de paradigma! A grande parte das pessoas quando tenta resolver um problema ou um desafio usam as primeiras ideias que vêm à mente - as Ideias Óbvias - aquelas que todos nós temos. No entanto existem mais três níveis de
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ideias. As Ideias Interessantes são aquelas que alguns fazem às vezes, depois aparecem as Ideias Criativas que são as que já geram conflito pois nascem fora da caixa… mudam um paradigma. Por fim temos as Ideias Inovadoras que são as que ninguém vê, mas uma vez vistas, tornam-se óbvias.
muiTo Bem. e Que mais? O Brainstorming é a ferramenta mais poderosa da criatividade, é a melhor forma de estimulares a tua criatividade, em todas as áreas da tua vida. É fundamental fazer brainstorming individual ou em grupo, pois é a melhor forma de encontrar soluções para os desafios. E o que é um brainstorming? Como o nome indica é uma espécie de “tempestade do cérebro”. E o que é que ele faz nas tempestades? Agita-se, põe ideias a colidir com outras (troveja) e lança soluções atrás de soluções (os raios) à “espera” daquela que vai resolver o problema... E acalmar a tempestade. O brainstorming não é só útil em contexto laboral, todas as pessoas e famílias deveriam fazer brainstorming de vez em quando, para procurarem soluções para os seus problemas, desde a questão mais básica do dia-a-dia (como fazer face às despesas, gerir tarefas, refeições a preparar...) até à mais profunda e complexa (como ajudar um filho a ser mais confiante, como ajudar um pai desempregado...). E, individualmente, cada um de nós deveria fazer brainstorming para resolver e melhorar todas as áreas onde sentimos necessidade de mudança.
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As soluções são sempre relativas ao objectivo-guru.
É muito fácil fazer um brainstorming! Aqui ficam as seis regras para começares, hoje mesmo a praticar: 45
Poderemos usar esta capacidade em todas as áreas da nossa vida, usando esta criatividade única para tornar tudo único e diferente. O objetivo do Coach é conseguir com que o cliente mude de paradigma. Isto acontece no momento “Ah Ah!”, quando encontra uma ideia e tem a certeza que é essa que faltava.
Na imagem ao lado vês uma rapariga nova ou uma senhora idosa? Tenta ver as duas. Põe o teu cérebro a trabalhar das duas formas.
1. Não há julgamento! Todas as ideias são válidas, mesmo as mais idiotas. Num brainstorming não pode haver disputas nem críticas. Todas as ideias são válidas numa primeira fase. Se houver críticas, as pessoas envolvidas no brainstorming podem ficar inibidas, além de que pode gerar conflito. 2. Quantidade, quantidade, quantidade. Um brainstorming tanto melhor quantas mais ideias se tiverem. Aqui não interessa a qualidade, mas sim a quantidade. Porquê? As primeiras ideias vão ser óbvias, depois interessantes, depois criativas e só depois inovadoras. 3. Hitchhike. Pode-se apanhar boleia na ideia dos outros. Nenhum interveniente pode ficar calado muito tempo. Se não tiver nenhuma ideia, pode simplesmente apanhar boleia na ideia de alguém. Não se pode é deixar de participar. 4. Sê louco. De vez em quando, durante o processo lança alguma ideia “fora da caixa”. Por mais absurda que possa parecer, ajudar-te-á e aos teus colegas a fugir do óbvio e a pôr os cérebros a pensar.
ROSA 2.0
CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL COACHING
No mínimo irás animar a sessão. Se o grupo se rir com a tua ideia, estás a ser louco. 5. Tirar notas. O mais perigoso num brainstorming é ninguém apontar as ideias. E, preferencialmente quem escreve não deve dar ideias. Deve estar focado no registo das ideias do outro. Deve haver uma espécie de moderador/facilitador do brainstorming, não para tomar decisões ou criticar, mas antes para não deixar que ninguém tente tomar decisões por todos ou criticarem as ideias dos outros, ajudando a manter o foco naquilo que importa. Claro que, num brainstorming individual, terás de ser tu próprio o moderador. 6. Ter um objetivo claro. Deves definir claramente qual o propósito do teu objetivo, qual o desafio e se possível escrever este objetivo em META+ (“Trate a Vida por Tu”, pág. 213). 46
o ser humano é preguiçoso a pensar. É bem provável que ao chegar à quinta ideia o cliente diga que não tem mais. Todos vão querer convencer-te que já descobriram a solução mágica! Mas não descobriram! E como sabemos? Se tivessem descoberto já teriam solucionado esse desafio! Durante um Brainstorming o ideal é ser o Coach a escrever as ideias. Porém não deverá adulterar nenhuma. Caso o cliente encrave ao dar ideias, devemos fazer perguntas expansivas e criativas, tais como: 3 3 3 3
Se tivesses todo o dinheiro do Mundo o que farias? Se tu fosses o teu ídolo, o que farias? Se fosse há 10 anos atrás o que farias? Se fosse daqui a 10 anos o que farias?
Cultivar um sentido humorista no Coach é sempre bom para relaxá-lo e torná-lo criativo. Isto aliás é i mportante em qualquer área. Como nesta fase é muito provável que o cliente passe algum tempo sem ter ideias, é importante colocar o nosso toque pessoal de forma a conseguirmos “puxar” pelas ideias do cliente. Um pouco de exercício, trocar de lugar, humor são algumas ideias. Caso o cliente tenha tido 40 ideias muito facilmente e nenhuma tenha sido interessante, mesmo para ele, quer dizer que ainda está nas ideias óbvias, logo mais 40 ideias são sempre bem vindas! Isto é tudo sobre criatividade que é uma energia expansiva. Quanto mais se cultiva mais cresce e mais fácil fica de se usar mesmo noutras áreas.
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O Brainstorming é a ferramenta mais poderosa da criatividade, num Brainstorming é pedido ao cliente que nos dê uma grande quantidade de ideias de como atingir o seu Objetivo Guru. O Coach deve ser persistente pois é nesta altura que se descobre que
Notas: O Coach pode dar sugestões de ideias mas unicamente como encorajamento ao cliente; Um brainstorming poderá ocupar grande parte de uma sessão, por isso é
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SOLUÇÕES
RESUMO
1. Permitir o óbvio 2. Pedir mais ideias 3. Ajudar a evitar o julgamento 4. Ultrapassar as objecções com perguntas “E se...?” 5. Muito bem, e que mais?
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importante ter em atenção se haverá tempo suficiente, pois não é conveniente deixá-lo a meio. O objetivo é que o cliente force de tal forme o seu cérebro a encontrar novas ideias num curto espaço de tempo, que seja qu ase como um momento de choque para ele;
Num brainstorming é importante manter o mesmo tema. No entanto podem aparecer pessoas que durante este processo mudam o seu foco. Por exemplo, cliente que tem como objetivo guru abrir um negócio e durante o brainstorming começa a dar ideias para ganhar mais dinheiro – nesta situação o Coach deverá alertar o cliente para o motivo principal. Ao mesmo tempo tem de ser flexível e caso o cliente realmente sentir que o foco não era o primeiro mas sim o segundo, então está na altura de mudar e voltar atrás, definindo um novo objetivo guru.
O segredo é não desistir de ter ideias, ideias e mais ideias até que sur ja a ideia inovadora! Às vezes nunca chega, mas chegar às criativas já é qualquer coisa. Aqueles que ousaram ser criativos muitas vezes, e ainda mais, e mais, e mais, foram aqueles que conseguiram chegar à inovação. Não basta ter talento, é preciso trabalhar muito para que esse talento se traduza em resultados surpreendentes. Observa estes exemplos: 3
3
a(Ção)
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A ROSA só existe por um motivo: para nos levar a agir. Se descobrirmos a nossa Realidade, estabelecermos os nossos Objetivos, pensarmos nas Soluções que nos levam a agir – o A é o motivo da ROSA. Agora, mais do que pessoas de ação, devemos ser pessoas de inovação! Falar em inovação é falar em criatividade aplicada com resultados. Mas não basta ser criativo, é preciso inovar. Inovação é aplicar essa criatividade e obter resultados. A criatividade é a ferramenta para chegar à inovação. E como fazer para lá chegar?
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Bach escreveu uma cantata por semana, mesmo quando estava doente; Mozart produziu mais de 600 peças de música Darwin escreveu 109 publicações, uma das quais a Teoria da Evolução. Einstein publicou 248 teses, uma das quais a teoria da relatividade. Freud publicou 350 teses. Rembrant produziu 650 pinturas Thomas Edison levou a cabo 2.000 experiências para inventar a lâmpada, 9.000 para aperfeiçoá-la. Picasso criou mais de 20.000 peças artísticas.
Por isso é tão importante agir! Faz muito, cria muito, investe muito! (“Trate a Vida por Tu”, pág. 234). 49
Funil Esta é a parte onde o Coaching realmente se torna desafiador, onde o cliente percebe que vai mesmo ter que fazer algo e não apenas pensar e falar no assunto. É a fase onde se começa a convergir e a afunilar de forma a encontrar uma ação o mais específica possível.
clique no vídeo para o activar
É, sem dúvida a fase mais importante da ROSA! Pode acontecer de tudo numa sessão de coaching em relação a qualquer uma das outras fases, mas não é possível terminar uma sessão sem Ação (sem TPC!!!) O quê? 3 3
O que vais fazer agora? O que pensas fazer agora? (…)
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Com Quem? É importantíssimo envolver alguém no processo da ação, 99% dos TPCs passam por envolver uma terceira pessoa. Desta forma estamos a criar condições no cliente para que se torne autónomo. A pergunta poderá ser: 3 3
“A quem vais pedir para te perguntar se fizeste esta ação?”. “Sem ser comigo (Coach), quem mais vai estar envolvido nisto?”
Técnica de conVeRgÊncia Caso o cliente não encontre uma ação a fazer, pode-se realizar a seguinte técnica de convergência, fazendo as perguntas: 3
3
Quando? Marcar data ou frequência. Quanto mais específica for melhor. Isto leva o cliente a pensar exatamente quando vai fazer, automaticamente isto cria um compromisso maior dentro dele.
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Com isto o cliente deve chegar ao fim de uma sessão com um tpc específico e com o dia e hora em que vai fazer, e com quem o vai fazer ou partilhar.
Em que altura da semana: início ou final? No final da semana! O que é para ti, final da semana? Sexta, sábado, domingo? Sexta. Boa. E a que horas? A qualquer hora. A qualquer hora. Ok. Mas de manhã, de tarde ou de noite?
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“Vais olhar para as tuas ideias (brainstorming) e vais assinalar as que achas que têm lógica” “Agora escolhe 10” “Agora escolha 5” “Agora escolhe 3…. 2” “Se eu tivesse uma varinha mágica que realizasse uma dessas ideias, qual escolherias?”
comPRomisso Nas primeiras sessões pode-se pedir também ao cliente que nos envie uma sms depois de fazer a ação, a confirmar a mesma. Claro que se ele r ecusar não forçamos, porém se depois não fizer o tpc já temos mais força para pedir que num segundo tpc nos envie a sms. Caso aceite, podemos pedir-lhe também, se podemos nós enviar uma sms caso ele se esqueça de enviar a dele. O que vai acontecer é que assim que ele receba a nossa sms a perguntar se a ação foi feita, vai imediatamente fazê-la para depois responder a dizer que já a fez?. Quando falo em sms, refiro-me a qualquer outro modo como telefonema ou e-mail. O Coach deve ser flexível para perceber qual o método melhor para o seu cliente.
aPeRTo de mão Manhã.
E a que horas? Cedo.
O aperto de mão após se acertar o tpc é muito importante pois é o arquétipo de compromisso. Se o cliente não fizer TPC não há falhanço, somente feedback. Talvez o problema esteja mesmo no tipo de tpc ou na má explicação da importância do tpc para o processo de coaching.
O que é cedo para ti? Logo ao acordar. E a que horas acordas? Às 7.
Uma tarefa não deve ser tão simples que não faça qualquer diferença ao cliente cumprila, nem deve ser tão difícil que se torne inexequível.
PRimeiRo PRóXimo PeQueno Passo Qual é o Primeiro Próximo Pequeno Passo que podes dar? Esta pergunta/ferramenta é ideal
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para quem tem dificuldade em criar objetivos bebés, ou que tem dificuldade em definir uma ação a fazer esta semana. Notas: Por norma geral, o cliente não ouve a palavra “Pequeno” da pergunta. Assim devemos voltar a repetir a pergunta até que a ação seja demasiado pequena para que o cliente não tenha dificuldade em a fazer.
Claro que o Primeiro Próximo Pequeno Passo que ele define, não significa que seja a ação que vai fazer esta semana. Exemplo: o cliente quer um Porsche (Objetivo Guru). 52
“Depositar 1000 euros” é o objetivo bebé. O mesmo processo pode ser utilizado para definir a ação/tpc.
Qual é o primeiro próximo pequeno passo? Ganhar 20.000 €
Qual é o primeiro próximo pequeno passo?
É nesta altura que o Coach põe tudo o que tem (polivalências, ferramentas, conhecimentos) ao serviço do cliente. Aliás, sem dúvida que de três em três sessões, mais ou menos, tens que desafiar o cliente com um tpc. No entanto isto varia conforme a pessoa que tenhamos à frente e o nível no qual está o processo do teu cliente.
4 dicas de sucesso PaRa esTa Fase Planos de Ação: é nesta fase que começamos a trabalhar sobre a criação de um plano de ação para dar seguimento à sessão. Lembra-te: coaching sem ação não é coaching! Por isso, em todas as sessões deves fazer uma ROSA, passar pelas 4 fases e terminar sempre com um plano de ação muito concreto sobre o que o coachee sugere fazer durante a semana e até à sua próxima sessão. Aqui fica um exemplo de um plano de ação: * * * * * * *
O que vou fazer? Correr 3x por semana Quando? Segunda, Quarta e Sexta Com quem? Sozinho Possíveis obstáculos? Preguiça e falta de tempo Vantagens de fazer? Sentir-me mais saudável Como me posso lembrar? Pôr um alarme no telemóvel Como vou celebrar? Vou ao cinema.
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Poupar 100 € por mês. Qual é o primeiro próximo pequeno passo? Abrir uma conta. “Ótimo, qual é o passo mais pequeno que acreditas que consegues realizar? Depositar 1000 €
No final, quando já houver uma ação, então o Coach pode dar uma sugestão de TPC. Ou seja, agora sim neste momento o Coach liberta-se.
TPC’s: as tarefas entre as sessões são uma prioridade do coaching. Muita da aprendizagem vem dos tpc’s realizados entre as sessões. Por isso, lembra-te sempre, no final da sessão, de pedir ao teu coachee para sugerir as tarefas que ele gostaria de realizar na próxima semana para colocar em ação, quais esses primeiros pequenos passos que ele pode dar já. Depois coloca cada um deles em forma de uma ação concreta
AÇÃO
RESUMO 1. 2. 3. 4. 5.
Qual é opção que tem magia? Qual é a opção que faz sentido? O que é que vais fazer exactamente? Como vais saber que conseguiste? Funil: Quando? Em que dia? A que horas?
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(quando, como, onde…). Mesmo assim, alguns coachees sentem enorme dificuldade a agir. Neste caso, procure sempre o passo mais pequeno que a pessoa possa dar. Se não agimos é porque o passo ainda não é pequeno o suficiente. Lembra-te que “todas as viagens começam com um pequeno passo”.
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X RaPPoRT
Compromisso & Penalizações: por vezes, alguns coachees mostram mesmo muita dificuldade em agir. Às vezes poderás ter que recorrer ao estabelecimento de uma espécie de multa com o teu coachee caso ele não cumpra a sua tarefa. Todos seres humanos fogem da dor e, por vezes, no coaching temos necessidade de usar um pouco mais de energia masculina (falaremos mais à frente) para ajudar. Podes mesmo colocar-lhe a questão: “O que acontece caso não realizes a tua ação?” Acompanhamento & Responsabilização: a função de um coach é dar acompanhamento ao seu coachee. No entanto, a responsabilidade deve sempre ficar do lado dele. Como coach é responsável pela orientação do processo. Depois, o teu coachee deve definir as estratégias necessárias para que consiga dar os passos que quer. Deves acompanhá-lo e perceber sempre o que pode ter levado à não realização de tarefas. Acima de tudo, estar focado em encontrar melhores estratégias para o levar à ação. Ainda assim, relembra o teu coachee que isso é responsabilidade dele e que, juntos, podem encontrar melhores soluções. Ainda assim, agir ou não agir é uma escolha dele.
Com o domínio da ROSA e com rapport já vais ser um mega Coach. Claro que podes ganhar mais raízes, mas quem vem a estes cursos já tem algumas.
1ª deFiniÇão de RaPPoRT Relação de confiança e influência: confiança é a capacidade de a criar em poucos minutos e com vários tipos de pessoas: influência: influenciar alguém a agir, pensar, fazer melhor. Só dá para influenciar depois de confiança (pensa em pessoas que confias e que não confias). Qual a influência que essas pessoas têm em ti?
2ª deFiniÇão de RaPPoRT Relação de empatia e simpatia. “Só gostamos de 2 tipos de pessoas: pessoas que são como nós ou que são como nós gostaríamos de ser”. Empatia: sinto empatia conforme as coisas que tenho em comum com alguém Simpatia: atributos, características que uma pessoa tem e que eu gostava de ser. Conclusão: rapport é empatia (quem é como eu) e simpatia (quem é como eu gostava de ser)
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ATENÇÃO: empatia vem antes de simpatia e confiança vem antes de influência. Isto é o mais importante do rapport. Não dá para influenciar se a pessoa não confia em mim.
ra pessoa a ser igual aos seus clientes. Descobria esse pessoa dentro de si e trazia essa pessoas para as sessões de terapia com os seus clientes.
2ª parte da matéria: agora vamos perceber o que se passa na nossa psique. Porque é que é assim.
Ericson criava rapport antes de qualquer outra coisa. Isto é CONFIANÇA E EMPATIA. Ericson era humilde e flexível para se adaptar ao cliente. Lentamente podes voltar a ser tu próprio.
Vou convidar-te a imaginar que és um coelho e estás na floresta e aparece um animal igual a ti. O que acontece? Imagina que é um animal diferente. O que faz o coelho? FLIGHT (FOGE) Agora imagina que não és um coelho e és um lobo. Aparece um animal diferente. O que faz o lobo? FIGHT (LUTA)
Algumas formas de entrar em Rapport com alguém. Formas Verbais: 3 3
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Agora imagina que és um porco-espinho. O que acontece? FREEZE (CONGELA)
Ás vezes basta um pouco de atenção para ajudar alguém, mas dar atenção não é coaching.
Os animais têm estes 3 tipos de reação. Agora imagina que és um ser humano há 20 mil anos atrás e aparece algo diferente de ti. O que acontece? UMA DESTAS E COISAS. MAS TENS MEDO. Fazes isso porque a tua psique não sabe o que é. E se for um outro ser humano? SEI COM O QUE POSSO CONTAR. Ele é como eu. O nosso medo aumenta quando algo é diferente porque não sabemos com o que podemos contar. Imagina que aparece na mesma um ser humano, mas cheio de roupas ou outras coisas muito diferentes. O que acontece quando é um animal igual? O que existe? EMPATIA E CONFIANÇA – O 1º NÍVEL DE RAPPORT.
3 3 3 3
O QUE ACONTECE NO COACHING: os clientes também têm estes 3 tipos de reação: fogem, congelam ou lutam. Não aparecem nas sessões seguintes; respondem “sim”, “não”, “talvez”, “não sei” ou estão sempre em permanente discórdia contigo. Frase chave: “quanto mais o Coach for parecido comigo, mais rapport” MILTON ERICSON: (Psicologia Ericsoniana, PNL, Hipnoterapia) foi a primei-
Linguagem, palavras; Tema; Citações, modo de falar; Repetir o que o outro diz; Usar as metáforas do outro; Usar as mesmas expressões;
Não Verbais: 3 3 3 3 3 3 3
Isto é uma metáfora, claro! Rapport é muito inconsciente. Posso dizer te para confiares em alguém e o teu inconsciente não confia. O que regula esse instinto na tua psique: EU SEI COM O QUE CONTO!
Rapport é a capacidade de criar empatia e simpatia.
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Gestos; Voz; Mímicas; Distância; Postura; Respiração; Toque; Velocidade;
Nota: Todo o ser humano tem a tendência natural e inconsciente de criar rapport com o outro. Para isso basta ver a postura de duas pessoas que conversam uma com a outra para notar logo similaridades nas suas posturas e formas de falar.
“Só tens uma oportunidade para criar uma boa impressão, mas tens imensas oportunidades de criar rapport”. Rapport é uma tentativa honesta de entrar no Mapa-mundo de alguém. Não é concordar ou discordar, é flexibilidade. Rapport não significa amizade. 1ª sessão e muitas das vezes a 2ª também é muito sobre criar rapport!
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Rapport é confiança e influência.
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PRe se nÇ
a e P a R
modelo RaPPoRT – 2 P´s
c e R
Estabelecer rapport é um processo por níveis, com diferentes camadas de profundidade.
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a PosT uR
nÍVel 1 - PResenÇa e PaRceRia
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Antes de uma sessão é importante que tu, como Coach, te acalmes, esqueças o resto e ganhes noção de onde estás e do que vais fazer. Dedicar uns minutos a esta reflexão.
a V R a
s
s P e R gun Ta e
P a c
PResenÇa É a primeira etapa necessária para estabelecer rapport, sendo assim a mais superficial. Presença significa que o Coach está totalmente entregue ao seu cliente, atento ao que diz e faz. Nada mais passa na cabeça do Coach proveniente do exterior da sessão. Está totalmente presente.
e P a l
i Ções P e R P o s c e
i Ê n
T u a is
Presença é pores-te em estado. É colocares-te em Yin e Yang ao mesmo tempo. Yin – relaxar, respirar, sentir os cinco sentidos, sentir presença total naquele espaço. Yang – pôr toda a energia a funcionar, saltando, correndo, ouvindo música que te inspire…
Empatia é ser, fazer, falar e pensar como o outro. Simpatia é ser, fazer, falar e pensar como o outro gostaria de ser.
PaRceRia
P e s s
o a
c i a
Presença e Atenção são das ações mais saudáveis e as que levam a reais resultados. Só irás criar uma boa relação com o teu cliente (filho, pai, etc) se estiveres totalmente presente e atento a tudo. Até os jardins ficam mais bonitos se tiverem atenção.
c o m
a P e s s o
criar uma relação de igualdade com o teu cliente. Não de cima para baixo nem de baixo para cima. O Coach não deve estar num nível inferior nem num nível superior em relação ao cliente, em qualquer situação. As cadeiras devem ser iguais, por exemplo. Coach não é um anfitrião, típico da cultura latina. Não precisa de ter aquela postura de quem está a receber alguém em sua casa, pois isso é intimidador para com o cliente. 59
Ao mesmo tempo é importante desligar o telemóvel para mostrar presença e parceria ao impedir que nada interrompe a sessão. Ter a mesa arrumada é também muito importante, tal como ter um espaço limpo e higiénico. De 0 a 10, a Presença tem uma importância nível 10, durante uma sessão. É o primeiro passo! Se este não está lá, os outros não vão conseguir estar também. A PsicoGeografia é algo muito importante nesta área. PSICOGEOGRAFIA: a forma como a tua psique se relaciona com a geografia. Exemplo: de que lado gostas de dormir. Cada pessoa tem uma psico-geografia diferente. Uns gostam mais de estar na praia enquanto outros preferem a montanha. clique no vídeo para o activar
Algumas dicas para tirar partido da psico-geografia do cliente:
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Ter espaço amplo de preferência à direita do cliente. Vai ajudá-lo a visualizar a longo prazo, pensar mais longe e fora da caixa e criar crenças novas. Desta forma-se criam-se cenários de possibilidade; Quanto maior o espaço à direita melhor. Pode ser inclusive uma janela. Ter a sala o mais despida de arquétipos possível. Não é aconselhado ter crucifixos ou outros artefatos relacionados com religiões, bem como uma estante com muitos livros também poderá intimidar o cliente. Muita atenção aos detalhes – fios no chão, que CDs estão na estante, etc… Fazer sessão na casa do cliente pode tornar-se perigoso pois lá estarão imensas distrações e âncoras – os problemas acontecerem exactamente ali o que torna difícil distanciar dos mesmos.
É trabalho do Coach perceber a psicogeografia do cliente, o que o deixa mais à vontade. Apesar de todo o rapport, uma sessão de Coaching deve ser sempre algo profissional. É necessária descontração da parte dos dois intervenientes, porém não deve haver amizade. És Coach e és profissional no que fazes. Deves escolher ser Coach em vez de amigo. Quanto à forma de vestir deves ser o mais neutro n o início, mas sempre dentro da tua personalidade. Depois poderás tentar estar de acordo com a forma de vestir do cliente. O mantra aqui é que o cliente saia da sessão a pensar que o Coach é igual a ele! NADA ESTÁ ERRADO. Deixa o teu cliente escolher como ele prefere.
nÍVel 2 - PosTuRa e PalaVRas Ao estabelecer rapport, a simples presença e parceria não chegam. Aliás são só um primeiro ponto a tocar. A Postura e as Palavras que o Coach utiliza são importantíssimas para que haja uma relação de rapport entre os dois. Neste assunto referimo-nos principalmente em assumir uma postura e utilizar palavras e expressões iguais às do cliente. Desta forma, o cliente irá ver-se em nós e desta forma em vez
de flight, fight or freeze, vai ficar relaxado e muito mais à vontade em falar. Sentar na mesma posição do cliente, usar a sua postura, o mesmo tom de voz e até os mesmos gestos são tudo fatores a ter em conta.
PosTuRa No que se refere à postura, é possível usar duas técnicas muito semelhantes e poderosas: Mirroring: Quando o Coach adota uma posição que é exatamente a imagem de espelho do cliente. Se o cliente se inclina para a direita, então o Coach, que está de frente para ele, inclina-se para a esquerda. Matching: Nesta situação o Coach adota exatamente a mesma posição, em vez da simétrica. Ambas são boas e poderosas. O objetivo é estar igual ou simétrico. Claro que não é necessário estar 100% das vezes totalmente igual ao cliente, pois isto irá tirar muita da atenção que o Coach precisa de ter para com o cliente. CALIBRAÇÃO: “Calibra o comportamento: a informação mais importante sobre uma pessoa está na forma como se comporta”, Steve Linder. Calibração é uma técnica usada na PNL (Programação Neurolinguística) que ajuda a criar rapport não-verbal com o nosso cliente. Calibrar significa adotar os mesmos gestos, movimentos, ritmos, olhares, respirações, estados emocionais, etc, do coache. Devemos estar atentos a toda a informação que esta observação nos trás e de como a mesma nos ajuda a estar em maior rapport durante uma sessão. ACUIDADE SENSORIAL: chama mos acuidade sensorial à nossa capacidade de observarmos, examinarmos e interpretarmos todos os sinais que recebemos das outras pessoas: o que vemos, ouvimos e sentimos. Desenvolver a nossa acuidade sensorial revela-se de grande importância para o nosso trabalho como coaches, mas também no nosso dia-a-dia. Estamos sempre a receber feedback através dos nossos sentidos. Esta capacidade desenvolve-se prestando cada vez mais atenção a todos os sinais internos e externos, a toda a informação que é captada pelos nossos 5 sentidos.
Quanto mais praticares estes comportamentos mais automaticamente e inconscientemente irás fazê-lo. Quando o rapport já é elevado,
O mirroring copia a postura exacta do cliente, o matching espelha.
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podes voltar a adotar a tua postura e palavras normais, no entanto, se notares que há necessidade, podes sempre voltar a utilizar estas técnicas. Aliás, com um grande nível de rapport é possível, e totalmente positivo, que aconteça que seja o cliente já a imitar as nossas posturas e palavras (inconscientemente). Esta é a altura ideal para liderar o cliente e aconselhá-lo a fazer algo de mais desafiador.
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Deves dar imensa atenção às palavras que o teu cliente usa e à energia que coloca nelas. Os nomes de pessoas que ele diz são também pontos muito importantes a não esquecer. Se conseguires usar as mesmas expressões que o cliente, irás ganhar pontos no rapport. Entre elas as metáforas, são as expressões mais potentes. Tenta explorar ao máximo as metáforas que ele usar. Uma técnica excelente é utilizar uma metáfora do cliente para explicarmos algo. Isto vai ser muito profundo na psique do cliente e com muito impacto. Podes também usar os temas que o cliente gosta tal como as suas paixões e usá-las em futuras sessões também para explicar algo ou dar um exemplo. Isto criará uma sensação incrível no cliente de empatia, pois ele vai ficar contente por tu estares atento e ao mesmo tempo i rá entender melhor o que disseres. As ideias do cliente são outra chave muito i mportante e que deves usar no teu discurso com o intuito de criar e manter rapport. Por exemplo, o cliente fala muito em ir viajar, então vou usar esta ideia (âncora) que já lá está pois sei que funciona na mente dele. BACKTRACKING: backtracking é uma técnica de coaching que consiste em fazer um resumo dos pontos centrais de uma conversa utilizando exatamente as mesmas palavras da outra pessoa. Esta ferramenta ajuda o cliente a acompanhar a sessão e fazer ele próprio um resumo ao ouvir o coach a devolver com as mesmas palavras o que ele acabou de dizer. É importante usar, pelo menos, as palavras mais chave que o clientedisse e que podem transmitir mais o seu padrão de
valores. É desta forma que sabemos, por exemplo, se podemos passar para a fase seguinte da ROSA. Ajuda-nos a perceber se o cliente já terminou tudo o que tinha a dizer sobre aquela fase e assim sabermos que podemos avançar. Pode usar perguntas simples para o fazer: “deixe-me ver se compreendi o que quis dizer: (devolver a conversas nas mesmas palavras do cliente) e no final perguntar: é isso ou gostava de acrescentar alguma coisa? 3 “Então o que quis dizer foi…” 3 “Posso fazer um resumo da sua realidade em relação a essa fatia?” Esta é uma das técnicas mais simples e importantes para criar rapport. 3
Na criação de Rapport evitar parafrasear (dizer a mesma coisa por outras palavras), mas sim citar. No coaching citámos. O mestre do Backtracking é quando o Coach conseguir citar os últimos 20 minutos da sessão. Isto vai deixar o teu cliente fascinado por notar que o Coach esteve mesmo atento a tudo o que disse. Assim, é interessante fazer um Backtracking no final de cada sessão e também no final de cada fase da ROSA. O Coach transmite confiança pois concorda com o outro, põe-se ao lado dele e acredita mesmo que o cliente vai conseguir. Há que deixar a pessoa ser o que verdadeiramente é faladora, calada… Mesmo as pessoas caladas têm coisas a dizer, basta para isso fazer as perguntas corretas. NOTAS Quando uma sessão não está a correr bem (a relação está em stress) então o foco deverá estar totalmente no nível 2 de rapport: Postura e Palavras. O segredo está em esquecer o resto e criar novamente rapport. Assim que esteja estabelecido pode-se tocar no problema.
nÍVel 3 - PeRgunTas e PaciÊncia A cada nível que se avança as técnicas são mais profundas e complicadas. Porém a boa notícia é que não precisas de fazer nível 3 de
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rapport enquanto o nível 1 e 2 não estiver feito. Assim vais dominando do mais fácil para o mais difícil.
PeRgunTas Fazer perguntas é mais complicado do que imitar a postura e palavras do cliente. Aliás, uma das facetas mais complicadas de ser Coach consiste em não opinar e fazer perguntas certas na hora certa. Sabemos que mostramos sempre que já és Coach, que é fácil, mas aqui convém dizer-te: “SER COACH É LIXADO!” Pensa bem se te queres meter nisto! Ouvir, fazer perguntas, ter paciência com o ritmo dos teus clientes… 64
Podes até ter a resposta milagrosa para a situação do cliente, mas guarda-a para ti! Ser paciente é um desafio e normalmente típico dos grandes mestres. Só podes ser mestre se quiseres aprender a ouvir e desenvolveres uma paciência enorme para escutar. As perguntas têm o poder de iluminar as trevas do teu cliente: Ao fazeres uma pergunta poderosa vais mesmo ter a oportunidade de ver um outro Ser Humano iluminar-se á tua frente! O Coaching tem o poder de trazer um mundo novo ao cliente: perguntas ajudam as pessoas a descobrir novos recursos. Os clientes têm a tendência de encontrar respostas familiares, mas tu, Coach, vais levá-lo a ter respostas não familiares.
PERGUNTAS PODEROSAS: Perguntas são provavelmente as flores mais belas do jardim da aprendizagem. Tão raras quão abundantes. Perguntas são um dos maiores segredos da aprendizagem. Soluções criativas são praticamente impossíveis sem perguntas. Se aprenderes a fazer 100 perguntas por dia, prepara-te para uma revolução no teu trabalho a todos os níveis. Na vida, no trabalho, nos negócios, nós temos medo de fazer perguntas. Fomos educados desde cedo para acreditar que existem perguntas certas e erradas, assim como fomos também educados a não falhar, evitamos fazer perguntas com receio que possam estar erradas. A única forma de chegar às perguntas certas é não ter medo de fazer as erradas… Quem quer explorar a sua aprendizagem tem de dançar com este medo. Uma grande parte de todo o nosso potencial criativo fica à porta pelo receio de tocar à campainha. Na aprendizagem o desconhecedor é bem menos ignorante do que o conhecedor. Arrisca. Toca à campainha. Faz perguntas. Torna-te um curioso obsessivo: faz perguntas. Como? 3 3
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Exemplo de algumas perguntas clássicas para pôr o cliente a falar:
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1. Repetir o que o cliente acabou de dizer, mas em forma de interrogação: Cliente – “Ontem fui andar de barco” . Coach – “De barco?” . 2. O que é que significa isso para ti? O que significa medo para ti? O que significa objetivo para ti? Exemplo: Cliente diz “Não é rapport é cumplicidade”. Coach responde: “O que significa cum plicidade para ti?”. Cliente responde: “É um clique.”. Coach: “O que significa clique para ti?” 3. “E que mais?” Serve, acima de tudo, para ir ao cerne da questão. Outras parecidas são: “Fala-me mais sobre isso!” e “Podes aprofundar um pouco?”
Parafrasear pode quebrar rapport
Usando a capacidade do coach fazer perguntas poderosas Tendo a regra de ouro: “o coach tem as perguntas; o coachee as respostas” Usando linguagem positiva Respeitando o mapa-mundo do coachee Orientando sempre para soluções
Exemplos de perguntas poderosas: 3 3 3 3 3 3 3
“Comparado com o quê?” “O que é que isso significa para si?” “O que poderia ser uma solução para si?” “Eu sei que não sabe. E se soubesse o que seria?” “O que é que seri a o ideal para si?” “O que prefere ao invés disso?” “Como é que isso o faz sentir?”
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“O que mais pode isso significar?” “O que quer exatamente?” “O que vai conseguir com este objetivo?” “O que vai fazer de diferente da próxima vez?” “O que está a fazer bem?” “O que tem que acontecer para ser feliz ou para ter sucesso?” “O que mais o motiva?” “Qual o pior cenário? E qual o melhor cenário?” “O que está disposto a fazer para atingir o seu objetivo?” “Que coisas novas podia experimentar fazer?” “O que o impede de entrar em ação?” “Quem o poderia ajudar nesta situação?” “Que recursos tem que ter para atingir o seu objetivo?” “ O que mais quer obter ainda da sua vida?” “O que realmente quer nessa área da sua vida?” “Qual o seu maior sonho para essa área da sua vida?” “E qual o próximo pequeno passo que teria que dar?” “ O que pode encontrar nessa situação de positivo?” “Como poderia atrair melhores pessoas para a sua vida?” “O que teria que acontecer para que se sentisse mais realizado?” “Se você fosse o seu coach, que coaching daria a si mesmo?” “Se eu fosse o seu melhor amigo, que conselho me daria para resolver essa situação?” “Se tivesse todo o tempo e dinheiro do Mundo, como resolveria?”
De facto, a arte de fazer perguntas é o início para um processo de coaching com resultados poderosos! A lista de perguntas a fazer parece ser infinita. Então, torna-te mesmo obcecado por perguntas e comece JÁ! Q ue tal ter mais 10 ideias para acrescentar à nossa lista? E mais? E muitas mais?
as Tuas PeRgunTas
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Perguntas-tipo do coach: Perguntas que levam à ação (o que vais fazer? O que podes fazer diferente? O que precisas de fazer para…? 3 Orientadas para o objetivo em vez do problema: como gostavas se fosse? E se pudesses, como farias? 3 Orientadas para o futuro: como vês essa situação no futuro? O que gostarias de sentir? Cuidado com as perguntas com pressuposições negativas: “O que acontece se não fizeres?”. Imediatamente a seguir, usas uma pergunta com pressuposições positivas: “Como vais celebrar quando fizeres?” 3
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PaciÊncia Conta até 10, relaxa, trabalha sobre as tuas raízes e percebe que coaching é um processo e que cada pessoa tem o seu tempo e o seu ritmo. Como podes treinar a tua paciência? Pensa em 20 ideias
nÍVel 4 - PosiÇões PeRceTuais Também poderíamos chamar a este nível, o nível em que criámos Rapport com a psicologia do teu cliente. De facto, entenderes e perceberes de psicologia humana é uma enorme vantagem para ti como Coach. Não estás lá para ser amigo do teu cliente como já vimos, e então uma boa forma de te relacionares com ele é através da sua psicologia! Sabes como é a psicologia de um adolescente, de um pai, de um chefe, de um desempregado? Se tiveres o domínio da psicologia do teu cliente, o rapport e extraordinário. Se demonstrares que sabes o que uma mãe pensa, vais fazer com que o cliente acredite que tu o compreendes completamente. As próprias pessoas, na sua maioria, não compreendem a sua psique Se tu as conseguires compreender a esse nível, isso vai fazer com que o cliente sinta algo extraordinário em relação a ti e ao processo de coaching.
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POSIÇÕES PERCETUAIS: Neste nível, o Coach deve ser um mestre em Posições Perceptuais, isto é, em colocar-se na posição do outro, seja do cliente, tal como do pai do cliente, ou de outra pessoa que entre na situação. Deves ser capaz de ver a mesmo situação de diferentes perspetivas e, a longo prazo, ajudares o teu cliente a fazer o mesmo. O EXERCÍCIO: É um exercício que se realiza principalmente quando há uma relação deteriorada, entre o cliente e alguém seu conhecido (amigo, familiar, etc). Quando o cliente está com dificuldade em entender o Mapa-Mundo de alguém que seria importante entender. Não precisas de aprofundar muito exercício porque é de PNL. Mesmo feito de uma forma soft, pode ser muito poderoso para o teu cliente e ajudá-lo a ver um lado que ele ainda não tinha visto ou refletido. PASSO 1 - Cliente explica o que se passa (pode falar livremente sem restrições. Fazes perguntas para perceber a realidade da situação). PASSO 2 - Coach sugere fazer exercício das posições percetuais (é apenas um convite! Se o c liente não quer, não avanças!). PASSO 3 - Coach pede ao cliente para escolher o espaço das duas posições (pode se colocar uma folha de papel em cada uma das posições) e imagina que a outra pessoa está lá. PASSO 3 - Cliente fala para a 2ª posição como se a pessoa lá estivesse e na 1ª pessoa (Coach orienta com perguntas: “Como isso te fez sentir? O que gostarias de lhe dizer?”, etc. PASSO 4 - “Shake out” o cliente e introduzir a questão do jogo da imaginação. PASSO 5 - Cliente relembra um jogo que fazia na i nfância. Descreve um pouco o jogo. Usámos essa metáfora para explicar que agora vamos fazer o mesmo. É só um jogo em que vamos usar a nossa imaginação. Explicar que na outra posição está a outra pessoa com quem tem o desafio. PASSO 6 - Cliente assume a outra posição e o Coach vai orientando com perguntas para que a pessoa entre cada vez mais no papel
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PASSO 7 - Cliente escolhe se quer voltar á posição inicial e acrescentar alguma coisa. Repete as posições quantas vezes que quiser PASSO 8 - Quando terminar, Coach sugere que cliente suba para uma cadeira e explica: “Estás agora numa posição neutra, uma posição superior. Como chamarias a essa posição?” (deixar cliente escolher o nome). Visto daí de cima, o que terias a dizer sobre esta situação? O que dirias a … (nome do cliente) e ao (nome da outra pessoa)? Como resolverias esta situação? Como pode a (nome do cliente) resolver esta situação? 70
PASSO 9 - Quando terminar a 3ª posição, tirar o cliente do papel. PASSO 10 - Podes usar as seguintes perguntas para fazeres um Debriefing do exercício:
“Como foi para ti o exercício? “O que aprendeste?” 3 “Haveria alguma coisa que poderias fazer de diferente?” 3
Pems A vida é feita de relações, relações connosco próprios e com os outros. Há pessoas que se relacionam instintivamente melhor consigo próprias e outras que se relacionam muito bem com os outros. Há quem se relacione quase sempre bem com tudo e com todos e outras que não conseguem relacionar-se. Isso afeta a sua vida pessoal e profissional. Será que há alguma forma de, conscientemente, melhorarmos os relacionamentos que, instintivamente não funcionam? Claro que sim! Quando percebemos a lógica da psique de outra pessoa, podemos interagir melhor com ela e mesmo influenciá-la. A psicologia é poder! E se a aplicarmos connosco tudo isto se torna ainda mais poderoso e interessante. Quanto melhor nos conhecermos e conhecermos a lógica da nossa psique, melhor conseguiremos ajudar-nos e atingir os nossos objetivos.
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PASSO 11- Levar o cliente até uma ação (um primeiro próximo pequeno passo para resolver a situação) e afunilar. LEMBRAR: de desancorar sempre o cliente dos diversos papéis/ cliente pode fazer de olhos abertos ou fechados. RECONHECER: reconhecer muito, muito, muito o cliente que se voluntariou e se vulnerabilizou! Este exercício serve sobretudo como metáfora para o Coach ser um mestre das Posições Percetuais (entender e integrar diversas psicologias). CONCLUSÃO: O coach é um mestre de posições percetuais! Sabe ver todos os ângulos de uma mesma situação. Vê tudo de prismas diferentes!
Carl Gustav Jung foi um psiquiatra suíço fundador da psicologia analítica, debruçou-se sobre o estudo dos arquétipos sociais e coletivos e define 8 tipos psicológicos, de acordo com o comportamento, habilidades, aptidões, atitudes e motivações de cada um. Começou por distinguir pessoas extrovertidas (sociáveis e expansivas) e introvertidas (reservadas e reflexivas). Dentro de cada um desses grupos ainda pode ser ligada a duas das quatro funções da psique: à sensação, à intuição; ao pensamento ou ao sentimento. Nos anos 40, Isabel Meyers e Katharine Briggs continuaram o trabalho de Jung e identificaram duas funções auxiliares para os tipos jungianos: perceção e julgamento. Chegaram assim aos 16 tipos psicológicos ou 16 tipos de personalidade. Foi então construído um teste de personalidade – Meyers-Briggs Type Indicator ou MBTI – que ainda hoje é o mais usado para identificar diferentes tipos de personalidade. Com base no trabalho de Jung, criámos um modelo a que chama de PEMS, que nos ajudará a perceber a lógica da nossa psique e da psique das pessoas que nos rodeiam. Neste modelo, distinguem-se quatro predominantes lógicas da psique
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(PEMS), correspondentes aos quatro elementos da vida: PRÁTICA (o corpo: FAZER, Atividade, Ação, relativo ao elemento TERRA) – corresponde a alguém que é terreno, ativo, dinâmico, prático, que age bastante. Em excesso, podem ser pessoas que não param para ponderar melhor as suas ações. EMOCIONAL (o coração: SENTIR, Sentimentos, Amor, relativo ao elemento ÁGUA) – corresponde a alguém que precisa de pessoas, de relações, que se dá muito aos outros, e procura afeto. Em excesso, podem ser pessoas demasiado sensíveis. 72
MENTAL (a mente: PENSAR, Análise, Intelecto, Lógica, relativo ao elemento AR) – corresponde a alguém que valoriza a análise, a racionalização e usa a lógica, e tem sempre como foco tomar a decisão certa. Em excesso, podem tornar-se pessoas impessoais e frias. eSPRITUAL (a alma: SER, Valores, Existência, relativo ao elemento FOGO,) – corresponde a alguém que acha que tudo tem significado e um propósito elevado. São pessoas que dão muita importância aos valores. Em excesso, podem tornar-se pessoas que flutuam demasiado e concretizam pouco. Também as quatro lógicas da psique que identificámos estão assentes nos quatro elementos: Prático – TERRA (firme, sólido, estável, seguro, forte, denso) Emocional – AGUA (flexível, sempre a voltar a si mesmo) Mental – AR (transparente, leve, rápido, facilita a comunicação) eSpiritual – FOGO (ardente, fugaz, transformador, poderoso)
querer ir diretos ao assunto, experimentar coisas e saber sobre questões práticas. O maior medo das pessoas práticas é perderem o controlo! Gostam de sentir que controlam a situação, o ritmo da con versa e o espaço envolvente. AJUDA-OS A SENTIR QUE ESTÃO SEMPRE A CONTROLAR.
Pessoas emocionais (e) – gosTam de senTiR e RelacionaR! São pessoas que adoram pessoas e partilhar sentimentos. Tudo para elas é uma emoção. E têm-nas em relação a tudo e a toda a gente. Com as pessoas emocionais deixe-as falar sobre a sua família, os seus amigos, cães, vizinhos, etc. Falam essencialmente sobre pessoas e o que estão a sentir. O maior medo dos emocionais é não haver empatia. Gostam de sentir que podem confiar nelas, querem relacionar-se. AJUDA-OS A SENTIR EMPATIA CONTIGO
Pessoas menTais (m) – gosTam de PensaR e analisaR! São pessoas que analisam e tentam colocar tudo numa lógica, numa caixa, numa determinada perspetiva. São precisas e meticulosas. Gostam de pormenores, de estudar e analisar todas as possibilidades. Não se importam (antes pelo contrário) de debater, adoram o trocar de ideias e a discussão de argumentos, mas têm que ter razão, ou explicam o porquê de darem razão aos outros. Um mental está à procura de tomar a melhor decisão. O seu maior medo é o de não estar certo, gostam de sentir que estão corretos, que estão a decidir lógica e racionalmente. AJUDA-OS A SENTIR QUE ELES ESTÃO CERTOS
Assim, de uma forma muito simplificada, vamos dividir as pessoas em quatro categorias:
Pessoas esPiRiTuais (s) – gosTam de seR e BRilhaR! Pessoas PRáTicas (P) – gosTam de FazeR e agiR! São pessoas que gostam de ação, de movimento. São os práticos que fazem o mundo andar para a frente. Como amigos ou clientes podem
Estão à procura do significado maior das coisas. Acreditam que tudo tem uma razão de ser, que não há coincidências e é essa busca que as move. Atribuem significados muito maiores a cada situação: procuram “A” situação. Quanto maior o significado, maior a motivação. O
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maior medo é o de não ter significado! De não ser relevante, não ser “brilhante”. Precisam de sentir que estão a ser conscientes e integrais. AJUDA-OS A SENTIR QUE ELES SÃO SIGNIFICATIVOS. Apesar de todos nós termos e usarmos um pouco destas quatro categorias nos diversos contextos ou alturas da vida, uma delas é predominante em nós. Identificá-la é importante para uma gestão e interação com a vida e com os demais, uma vez que é a melhor forma e a mais rápida de entrarmos no mapa-mundo de alguém e de falarmos uma linguagem que essa pessoa reconhece e aceita como sua! 74
É que, de facto, todos somos um, mas todos somos diferentes, e há que entender essas diferenças, para saber lidar com os outros. As pessoas mais emocionais agem e interagem de uma forma totalmente oposta às mentais, e as mais práticas interagem de forma igualmente oposta às espirituais. O EMOCIONAL é micro-MACRO: Transforma tudo o que é pequeno em grande. Tudo é importante, tudo tem emoções. Desde o simples bom dia de manhã, até ouvir amo-te todos os dias. Uma discussão para o emocional é sempre um tsunami. Assim, também são os emocionais, através do seu sentido micro-Macro que tornam os aniversários dias especiais, através do seu sentido micro-MACRO que tornam os aniversários dias especiais e recebem pequenos gestos com grande carinho. O MENTAL é MACRO-micro: transforma tudo o que é grande em pequeno. Complexifica, simplificando. Por exemplo este próprio modelo PEMS é MACRO-micro, pois procura tornar mais pequena a grandiosidade das personalidades, criando apenas quatro categorias para todos os seres humanos. O mental também sente menos ou dá menos importância aos seus sentimentos. O eSPIRITUAL é MACRO-MACRO: pega em tudo o que já é grande e transforma em algo maior, com mais significado, mais importância, mais relevância. Quase tudo é uma questão de valores, de tornar o mundo num sitío melhor, e de interpretações que vão muito para além da realidade. O simples cair de uma folha de uma árvore pode representar uma nova fase de vida para um espiritual.
O PRÁTICO é micro-micro: transforma tudo em pequeno, em simples, em assuntos do aqui e agora. Age. Agora, com o que há. Não sente qualquer vontade de aumentar o que já é pequeno e interessa-se pouco por conceitos grandes. Se os 5 sentidos conseguem captar a situação, está tudo bem. 75
a lógica PRedominanTe da nossa PsiQue A forma mais prática de descobrir é reparar naquilo que fazemos numa situação de stress. Isto é, cada um de nós, quando está sob stress, reage quase sempre de uma forma que está muito próxima do nosso tipo de personalidade base. As pessoas práticas agem, reagem, mexem-se, organizam-se, põem mãos à obra e não descansam enquanto não põem as coisas a andar. As pessoas emocionais sentem e muito. Se for uma situação stressante, difícil e negativa, vão ter emoções difíceis e negativas, vão sentir o que os outros sentem, vão querer gerir as emoções naquele momento. As pessoas predominantemente mentais, sob stress, começam a ra-
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Identificar o psicológico liente, pode dar o coach a antecipar pectativas e ompreender
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cionalizar, querem respostas lógicas, rápidas e analíticas. Não querem resolver nada através de sentimentos, não querem agir, mas preocupam-se em descobrir a decisão certa, correta, e debatem-se até chegar a ela. Por fim, as pessoas predominantemente espirituais querem dar um significado maior àquele acontecimento, pouco importa o que se tem de fazer ou o que as pessoas sentem, pouco importa qual é a solução certa, importa sim, o porquê de se ter chegado a essa situação e que significado maior ela terá.
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eSpiritual Emocional ou Emocional eSpiritual eSpiritual Mental ou Mental eSpiritual
Como se nota com as opções acima, segundo Jung não existem EM/ ME ou PS/SP. Isto é, não é possível ter como função primeira auxiliar a função da psique que é oposta ao superior.
FUNÇÃO PRINCIPAL/SUPERIOR E AUXILIAR/INFERIOR
Diz Carl Jung que devemos olhar atentamente para a nossa função inferior, que permanece geralmente no nosso inconsciente, porque ela contém um enorme potencial para a mudança, e cada um de nós poderá lucrar bastante se conseguir integrar a sua função inferior na sua função superior.
Segundo Jung, embora tenhamos todos uma função mais desenvolvida do que as outras – a função superior – temos também mais uma função bastante desenvolvida, chamada a primeira auxiliar.
Arriscar, experimentar, aproveitar tudo aquilo que a vida tem para nos oferecer é a melhor forma de nos conhecermos e percebermos onde reside a nossa felicidade. (“Trate a Vida por Tu”, pág. 74).
Todos nós temos presente um pouco de cada uma destas lógicas da psique, mas há sempre duas que são predominantes: uma principal, a que Jung chama de função superior e uma auxiliar que se encontra n a parte inferior da cruz apresentada na página anterior, está sempre à direita ou à esquerda da nossa principal.
inTRoVeRsão e eXTRoVeRsão
A função inferior é aquela que está menos desenvolvida e que permanece, maioritariamente, no nosso inconsciente. Assim, uma pessoa preponderantemente Prática pode ter como função auxiliar a lógica Emocional ou Mental ou seja, é PE ou PM. Uma pessoa preponderantemente Mental pode ter como função auxiliar a lógica eSpiritual ou Prática, ou seja é MS ou MP. Uma pessoa preponderantemente eSpiritual pode ter como função auxiliar a lógica Emocional ou Mental, ou seja é SE ou SM. E uma pessoa preponderantemente Emocional pode ter como função auxiliar a lógica eSpiritual ou Prática, ou seja é ES ou EP. Isto quer dizer que estamos numa destas categorias: 3 3
Prático Emocional ou Emocional Prático Prático Mental ou Mental Prático
A introversão e extroversão tem a ver com a direção na qual focamos a nossa atenção e energia. Pessoas que preferem Extroversão: focam a sua energia e atenção fora de si e interessam-se pelo mundo das pessoas e coisas. 3 Atraem-se pelo mundo dos eventos e pessoas fora de si 3 Estão conscientes de quem e o quê que está à volta deles 3 Gostam de conhecer e falar com pessoas novas 3 São amigáveis, muitas vezes bons faladores e fáceis de conhecer 3 Tendem a falar facilmente e diversas vezes em reuniões 3 Podem não estar tão conscientes do que se passa dentro deles 3 Pensam enquanto falam 3 Podem agir/falar primeiro, depois pensar 3 Falam-te deles próprios, falando rapidamente 3 Dão ar à vida! Dão energia à vida! 3 Podem aborrecer-se e ficarem irrequietos se ficarem sozinhos muito tempo
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Pessoas que preferem Introversão (focam a sua energia e atenção para dentro de si e interessam-se pelo mundo interior dos pensamentos e reflexões). 3 Atraem-se pelo mundo interior dos pensamentos, sentimentos e reflexões 3 Estão normalmente muito conscientes das suas reações interiores 3 Preferem interagir com pessoas que conhecem 3 São normalmente calmos em reuniões e parecem, por vezes, pouco envolvidos 3 São por norma reservados e difíceis de conh ecer 3 Podem não estar tão conscientes do mundo exterior a eles 3 Precisam de tempo para reunirem os seus pensamentos antes de falarem 3 Refletem e pensam antes de agir 3 Querem conhecer-te antes de se darem a conhecer profundamente 3 Sentem-se esgotados e cansados depois de interagirem com pessoas NOTA FINAL: tu deves ser o que o teu cliente é!!!! Tens que ir buscar essa pessoa dentro de ti!
esTilos de aPRendizagem Como vimos com o Modelo PEMS anterior, os nossos coachees vão ter preferências psicológicas diferentes. Assim, é importante e essencial que saibas adaptar as tuas sessões ao estilo de aprendizagem que o teu coachee mais gosta e que vai mais ao encontro da sua preferência psicológica. EMOCIONAL: coachees emocionais vão gostar de falar e partilhar questões suas. Estão muito a procura da relação e da empatia com o coach e querem sentir-se ouvidos mais do que qualquer um dos outros tipos. Para estas pessoas, a aprendizagem tem muito a ver com a relação que se cria, com um sentimento de apoio que recebem e mesmo com o feedback positivo. Gostam de aprender através de histórias. Como coach, torna-se importante aprender a sentir empatia pela amplitude emocional destas pessoas. Vão gostar da partilha, de contar e ouvir histórias. Por vezes, com clientes emocionais podemos sentir que não estamos a dar grandes passos em frente. Só que muitas vezes estas pessoas precisam primeiro de ser ouvidas.
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MENTAL: coachees mentais vão ser mais lógicos e podem ter um estilo de aprendizagem mais académico. Vão gostar de perceber o porquê das coisas, vão gostar de ter tarefas que envolvam pesquisa sobre determinados assuntos. As sessões com estas pessoas devem estar bem definidas e preparadas. Podem gostar de explorar a sua parte intelectual e sentirem-se desafiados. É importante para eles terem acesso a informação, a conteúdos que expliquem de forma concreta e lógica o trabalho que estão a fazer ao longo da sessão. Claro que precisam também de sentir empatia, mas o desafio da inteligência, de sentirem o seu intelecto a desenvolver-se parece ser maior. Podem gostar de esquemas, gráficos, todos os modelos que simplifiquem o seu processo de aprendizagem. Estas pessoas vão exigir de ti uma maior capacidade de análise e comunicação lógica e racional. ESPIRITUAL: pode ser, para a maioria das pessoas, o estilo de aprendizagem mais difícil de adotar. Lembra-te que estas pessoas estão à procura do significado maior das coisas. Querem muito sentir-se inspiradas por um processo de coaching (e mesmo pelo seu coach). Vão procurar em si um exemplo daquilo que diz, aquilo que frequentemente se chama de congruência. Pessoas espirituais vão gostar de matérias mais ligadas aos valores, à sua identidade, que as façam sentir que estão a dar passos para se tornarem num melhor ser humano. Com estes coachees, o teu coaching pode utilizar metáforas poderosas (mesmo através de filmes, músicas, exercícios criativos, etc) e procura, acima de tudo, que a pessoa termine a sessão inspirada. PRÁTICOS: gostam de ação! O que é ótimo porque coaching é, sobretudo, sobre ação! Estas pessoas gostam de sessões muito práticas em que têm oportunidade de fazer vários exercícios e experimentar diferentes situações. Podem ser os coaches que mais gostam das tarefas e de terem coisas para fazer (por vezes “perdem-se” com a sua gestão de tempo). Estes coaches vão exigir-te mais simplicidade e sessões bem ritmadas. Podem também gostar de fazer exercícios que envolvam mexer com o corpo. Vão querer, acima de tudo, que os ajudes a entrar em Ação! Como lidamos com estes 4 tipos de preferências, precisámos de adaptar o nosso estilo de coaching ao estilo de aprendizagem que cada pessoa tem. Assim, convém treinar muito as suas sessões e perceber que algumas vão exigir de ti:
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RAIZES
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Uma maior partilha e capacidade de ouvir e relacionar (e) Pesquisa, dominar muito bem o assunto e saber estimular mentalmente com desafios o seu coachee (m) Metáforas poderosas, congruência e sessões muito inspiracionais que atribuam significado ao ao processo de coaching (s) Exercícios práticos, diversificados, sessões bem ritmadas que ajudem o seu coachee a entrar rapidamente em ação (p)
Vii Raizes
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Este é o nível 5 de Rapport, o mais profundo e intenso. Acontece quando o nível de rapport é uma vibração total. Quando cliente sente uma tamanha confiança pelo seu Coach, empatia e simpatia. É o nível mais difícil de avaliar. É quando o teu cliente se sente tão ligado a ti que, por ele, a vossa relação extrapolava o coaching. Ele já não quer o Coach, ele quer-te a ti! Já não percebes só a pessoa, ele sente que percebes dela! Não percebes de psicologia, percebes de quem ela é! É muito parecido com o nível de rapport que tens com 2/3 pessoas muito próximas na tua vida! Tudo é natural, inconsciente e espontâneo.
Todo o ser humano procura obter resultados. Dinheiro, Família, Romance, Paz, Felicidade, Carreira, Saúde… Tudo o que queremos da vida é ter resultados nessa área! O Modelo Mapa-Mundo é um modelo que usámos para trabalhar raízes (as tuas raízes como Coach). Mostra-nos como funciona a psique de cada um de nós. Como Coach, ninguém deve surpreender-te sobre ti próprio. Deves conhecer-te bem, Saber tudo sobre ti mesmo. Isto é o que se chama de ser uma pessoa enraizada! 81
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T e R h u m a n o
coaching 4.0
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Então a 1ª pergunta é: Porque é que uns estão a ter resultados enquanto outros não?
aÇões/comPoRTamenTos Isto significa que quem está a ter Resultados é porque está a “fazer”, ou seja, a ter comportamentos diferentes de outras pessoas que não têm resultados nessas áreas. Por exemplo, um milionário FAZ coisas que pessoas que não são milionários não fazem. Por exemplo: poupar, investir, etc.… Alguém com uma fantástica saúde está a FAZER coisas que pessoas que não têm uma boa saúde não fazem. O que fazemos está a fazer a diferença. 2 pessoas nas mesmas circunstâncias que façam exatamente as mesmas ações têm o mesmo tipo de resultados. As pessoas que têm esse resultado que tu queres ESTÁ A FAZER POR ISSO!
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Então a pergunta seguinte é: o que leva algumas pessoas a fazerem e outras não?
emoÇões Tudo o que fazes na tua vida é uma relação entre dor e prazer. O que acontece é que alguém que vai correr às 6h associa mais dor a não ir do que a ir. Quem vai ao ginásio associa mais prazer do que dor a ir ao ginásio de manhã cedo. Essa relação entre dor e prazer é o que está a definir os teus resultados.. se aumentarmos a dor drasticamente ou o prazer conseguimos mudar os teus resultados. Então e o que define essa relação dor/prazer?
cRenÇas Ter raízes é dominar o ciclo da confiança.
Por causa das nossas crenças, ou seja no que acreditamos. As nossas crenças são o nosso conjunto de regras para o Mundo e para a nossa vida. O teu set de crenças, na realidade, está a definir a tua relação de dor/prazer com algo e logo, as tuas ações. Um milionário acredita que poupar é essencial, que investir e assumir risco é necessário. Este con junto de crenças leva a que associe mais prazer do que dor a ter esses comportamentos e logo, concretiza-os. Outras pessoas têm outras crenças que criam outras emoções, que criam outros resultados. Pessoas que
têm resultados em áreas que tu não tens, têm um sistema de crenças diferente do teu. Quando acreditas que comer hambúrgueres é inaceitável. E parece lógico perguntar, então o que está a definir e a criar o teu set de crenças?
ValoRes O que é um valor? É algo que é importante para ti, algo que tu valorizas. A única coisa que determina um valor é se é valioso para ti. Não partilhamos todos os mesmos valores (Exemplo: valores da Madre Teresa e Donald Trump: Realização profissional Vs Contribuição). O que tu realmente valorizas (não o que tu dizes que valorizas). Valorizas tanto isso que isso cria o teu set de crenças. Na realidade, quanto vives os teus valores na prática (no dia a dia) está a definir os teus resultados na vida. Não o que tu gostarias de valorizar, mas o que realmente estás a valorizar. Todos temos os mesmos valores. O que difere é a ordem e a importância que damos a cada um deles. Por exemplo, se alguém tem o valor da família acima do valor do trabalho, irá ter a crença de que é mais importante despender tempo com a família, levando-o a desenvolver um sentimento positivo quando está com a família, o que o leva a procurar estar realmente mais tempo com a mesma. Por outro lado, alguém que tenha o valor do trabalho acima do da família será alguém que acredita que deve despender mais tempo no seu trabalho e carreira, pois acredita que será isso que lhe vai trazer mais estabilidade financeira, por exemplo. Assim vai associar mais prazer ao tempo que passa no trabalho do que em casa, levando-o a agir segundo essa emoção. Por exemplo, Donald Trump e Madre Teresa de Calcutá: têm ou não valores diferentes? Um provavelmente valoriza mais a realização profissional; outra mais a contribuição. Resultados diferentes? Claro! Um tem dos maiores impérios empresariais do Mundo; outro deixou a maior organização de voluntários do Mundo! Então, na realidade, os valores que estás a viver na prática (o que estás a valorizar na prática) estão a definir os teus resultados. Só isto já explica a uma boa parte da psique do ser humano… Mas vamos mais fundo.
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CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL COACHING
ciclo da conFianÇa e ciclo do medo Toda a gente tem Ciclos do Medo em algumas áreas, e Ciclos de Confiança noutras áreas.
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Como sabes? Se estás ou não a ter resultados nessa área. Se não estás, estás num ciclo do Medo. Nas áreas da tua vida que estás a ter bons resultados, vives num ciclo de confiança. Nas áreas em que n ão estás, vives um ciclo de medo. O que significa isto: que tens vícios comportamentais, ou seja, estás a fazer coisas de uma forma viciada, uma espécie de roda dos ratos. Esses vícios começam a dar-te padrões emocionais (sentimentos que estás a ter quer queiras quer não, por exemplo o ciúme. Quando é um padrão, n ão importa o que o outro faz que a emoção vai estar lá na mesma. É uma emoção que te acontece), que dão regras limitadoras. Usamos as palavras “regras” porque na realidade, as crenças limitadoras são criadas porque têm um conjunto de regras muito grande. Isto dá desmotivação. Um vicio cria um padrão emocional, que cria regras limitadoras, que criam desmotivação e que desmotivam a nossa mudança. Este ciclo do medo está a ser vivido de R ESULTADOS PARA VALORES e não na ordem correta. A má notícia é que todos temos ciclos de medo. As áreas em que n ão temos resultados é porque temos medo, mas pintamos isso de outras cores. Tenho medo, fico desmotivado, tenho padrões emocionais, fico desmotivado e tenho regras limitadoras. Para teres raízes, precisas de reconhecer estes ciclos. Precisas de o quebrar se queres resultados, mas se queres raízes precisas de os reconhecer. Boa notícia: podes quebrar ciclos de medo 2ª boa notícia: tens ciclos de confiança! Também entendes a outra psicologia. Então o que é um ciclo de confiança. Passas a ter a capacidade de ter Disciplina e hábitos; consegues colocar-te no estado desejado (exemplo: estar feliz por ir treinar. Quero criar essa emoção, visualizo. É o oposto de uma padrão emocional. O padrão acontece-te. Pensa num pugilista que se coloca no estado que quer antes de entrar num ringue. Tens crenças possibilitadoras (quando acreditas em algo que cria mais disso). Isto cria: energia/paixão/ estar no momento. Estar com energia e paixão e no momento traz me crenças possibilitadoras, que me colocam no estado emocional dese jado e que me dão hábitos e disciplina. A boa notícia: tens estes ciclos
em áreas que estás a ter resultados. Pensa numa área. Tens estas 4 coisas, certo? Ter estes ciclos chama-se ser humano. 1º parte de raízes é sobre conheceres os teus ciclos de medo e confiança e admiti-los perante ti mesmo, os que amas, os outros…E teres a coragem de dizer que não funciona por causa de MEDO! E há uma maneira de quebrar esse ciclo. Quando tens raízes deixas de projetar nos teus clientes. Há uma forma de descobrires os teus valores de uma forma muito lógica: saberes quais os motivadores humanos que guiam o teu comportamento.
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Para ter raízes o coach tem de identificar os seus motivadores e valores , criar crenças e hábitos, e aprender a pôr-se em estado
Pirâmide de Maslov: foi o 1º a falar de necessidades humanas. Está desatualizado porque define uma hierarquia. Coloca auto realização no topo. É um modelo muito centrado no mapa-mundo de Maslov que era um MS. Se for um PE pode ter família no topo e isso não está errado. Ainda assim, há coisas que todos os seres humanos precisam. Então, juntamente com todos estes modelos, criámos os 8 motivadores humanos: estão divididas em 4 paradoxos, um para cada um dos pems. O 1º é segurança/liberdade. Cada um de nós nasceu com um set de motivadores. Tu estás “viciado” de um dos lados do paradoxo. Tens que ter essa necessidade preenchida mesmo que tenhas que abdicar do outro.
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A lição principal é: quanto mais vives o outro lado do paradoxo, passas a viver mais o teu vício também. O que acontece é que só consegues mais do teu vício quando aprendes a validar o outro lado do paradoxo. Isto é o que Jung define como “integração de paradoxos”: sê o milionário e o altruísta. Sê a mãe de família e de carreira, etc… só quando incorporas a outra energia é que ela impulsiona a que te é mais natural. Quando ultrapassas esse medo (de perderes o teu vício) tens mais.
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Para outras pessoas acontece o mesmo com a segurança e com todos os outros paradoxos. O convite é: eu sou viciado nisto, mas consigo fazer uma pausa e ir explorar o outro lado. O tens que descobrir é o teu mapa (desenhar nos sinais do infinito qual o lado dos paradoxos que está maior). O teu mapa é sobre quanto precisas de preencher cada um dos lados do paradoxo. Então, OS TEUS MOTIVADORES HUMANOS É QUE ESTÃO A DEFINIR OS TEUS VALORES E OS TEUS VALORES OS TEUS RESULTADOS Podes ter tudo em todos os lados do paradoxo, se estiveres disposto a enfrentar o medo de o perder. Todas as pessoas preenchem os seus motivadores. A diferença entre EXERCÍCIO Faz o teu mapa. Como se descobre? Pelas decisões principais que tomaste na tua vida. Exemplo: trabalho, casa, relações, etc.
nós é quão sustentável é essa satisfação. Insustentável significa que todos os dias tens que as satisfazer. Imagina um sem-abrigo: satisfaz as suas necessidades de segurança (como e tem onde dormir), só que todos os dias tem que o fazer. Agora compara com o Donald Trump. Se vires a parte da liberdade provavelmente acontece o contrário. 3
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SUSTENTÁVEL: alimenta-se a si próprio. É algo que pode continuar sem precisar de recursos externos. É ecológico, baseado em desafio e na integração de paradoxos INSUSTENTÁVEL: precisas de fazer todos os dias, é egoísta, baseado em confrto e extremista (fazer as setas junto ao motivadores – colocar a energia masculina e feminina nos paradoxos). Fazes como se fosse um shot diário.
Exemplo: pai com a filha e saída à noite (satisfazer Segurança e amar e ser amado). Dar a versão sustentável e insustentável. Pai diz não: está a ser egoísta, zona de conforto. O mesmo pai depois de vir a este curso: “Vais à festa até às 22h30. Mandas me um sms a dizer que tudo está bem e às 22h30 vou-te buscar”. Isto continua por algum tempo. Pai vai diminuindo as regras. Agora está a ser ecológico, está a ir para a sua zona de desafio e a integrar paradoxos. Para se sentir seguro como pai tem que dar alguma liberdade. Para se sentir amado, tem que lhes dar algum amor-próprio. Agora, os seus motivadores estão sustentáveis, tem um sistema sustentável e que alimenta a si próprio. Para chegar a um nível mais profundo de segurança precisa de correr esse risco que vem de dar mais liberdade.
linha diagonal conTÍnua Esta linha mostra-nos que trabalhar a parte acima da linha, ou seja, os Comportamentos e/ou Emoções do cliente, é insustentável e a curto prazo. Neste caso só são trabalhadas as técnicas. Há resultados imediatos mas sem grande impacto e duração. Como por exemplo quando somos chamados para fazer palestras motivacionais ou teambuildings. As pessoas sentem-se melhor e fazem coisas, mas os resultados têm uma curta duração. Isto não implica que esteja mal fazer Coaching baseado nestas duas áreas. Por exemplo, numa conversa rápida com um amigo podemos fazer um Coaching Situacional (dos comportamentos) com o intuito de levá-lo a fazer algo que tem adiado. Se a ação foi feita e era isso o
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pretendido, então fizeste o teu papel de Coach. O Coach Remediativo por vezes também é importante, que consiste em fazer com que a o utra pessoa saia da sessão a sentir-se bem, a pensar mais positivo no momento, tenha tido oportunidade para digerir uma emoção.
consciente. Vai pingando para níveis mais profundos da nossa mente. Muito rapidamente os teus clientes vão querer transformar-te numa de 3 coisas:
Amigo – Querem alguém que os ouça, que tenha paciência com eles, que esteja sempre lá, com quem podem sempre contar e falar. A maioria dos teus clientes vai querer colocar-te aqui: que sejas uma espécie de confidente que os apoia mas que não os desafia muito? Mas tu não estás lá para ser um amigo!
Abaixo da linha contínua é onde se situa o trabalho mais profundo. Aquele que vai realmente ser sustentável e com resultados a longo prazo. É aqui que se trabalham os valores e as crenças, é onde se vai ao cerne da questão, onde de facto mudamos de paradigmas. O cliente, neste tipo de Coaching, altera as suas crenças e valores, tornando-se uma pessoa realmente diferente, ao contrário do que acontece acima da linha, onde só os comportamentos ou emoções são alterados, porém o cliente continua a ser o que era.
Chefe – Muitos procurarão num Coach alguém que lhes diga o que fazer, que os oriente especificamente, que os pressione, que os “castigue” quando não fazem os TPC’s e lhes dê na cabeça. Alguém que está até mais comprometido com os resultados deles do que eles próprios. Mas tu também não estás lá para ser um Chefe!
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iceBeRg Com a imagem do Iceberg, compreende-se que o comportamento é a parte consciente do ser humano e unicamente aquilo que o cliente consegue ver e analisar. Tudo o resto, emoções, crenças e valores, estão no inconsciente do cliente. Porém como Coach, devo e quero trabalhar também o inconsciente pois, como vimos acima, é aqui que se encontra o trabalho sustentável e a longo prazo. Quando ajudamos o nosso cliente a mudar de paradigmas ou de crenças, emoções ou valores estamos a trabalhar com o seu incon sciente. O teu cliente não vai gostar disto a determinada altura do processo. O inconsciente dele vai perceber que vai ter que mudar e isso vai causar as primeiras resistências. Saber ultrapassar isso é essencial ao trabalho de um Coach para que possas apresentar resultados sustentáveis. Mente Consciente: Guarda toda a informação à qual consegues aceder já Mente inconsciente: guardar toda a informação que alguma vez passou pelo teu cérebro. É uma espécie de sistema de alerta teu também. A informação passa da mente consciente para o inconsciente através do Sub-
Padre – Outros vão querer uma espécie de confissão semanal. Que tu os absolvas dos erros que fizeram na semana; que lhes digas que está tudo bem e que não faz mal, todos somos humanos e todos cometemos falhas. Não está lá para ser uma espécie de líder espiritual do teu cliente e para o absolveres! Estás lá para ser ...
coach é coach
Coach - O Coach tem uma relação “Ar” com o cliente, ou seja, mental, de comunicação porque é uma conversa onde ouve e pergunta, onde há um estímulo intelectual. No esquema do Mapa-Mundo o seu desenho se encontra no quadrante das crenças. É um trabalho de mente com mente.
É importante referir isto porque com as sessões os clientes tendem a querer que o seu Coach se torne num amigo (água/emoções), num chefe (terra/comportamentos) ou mesmo num padre (fogo/espiritual). Porém o Coach deve evitar cair no erro de se comportar como um destes três elementos. Estás lá para ser Coach! Notas: No Coaching informal, com amigos, colegas, familiares, lembra-te que primeiro és isso mesmo e só depois és Coach. Logo não deves dar prevalência ao Coach, mas sim à relação que tens com essa pessoa, senão vais violar o pacto que existe entre os dois
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RAIZES
CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL COACHING
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4 TiPos de coaching
ResulTados
Com base nestes 4 quadrantes, existem quatro tipos de Coaching:
Existem dois tipos de resultados finais:
Coaching Situacional – Aquele que é feito imediatamente, na situação com o único objetivo de levar a uma ação. Geralmente consiste numa conversa rápida onde se faz uma ROSA 1.0. O teu cliente tem uma situação naquela semana que precisa mesmo de ser resolvida:
Ter Humano: quando orientas o teu trabalho a partir de comportamentos e emoções estás a criar um Ter Humano: alguém que tem algo e, portanto, se tem, pode ser-lhe tirado. Ex: alguém que tem autoconfiança, que tem dinheiro, que tem saúde
Ex: uma proposta que precisa de apresentar; um exame para o qual tem que estudar. Não é mau coaching e, muitas vezes, é necessário. Só é um trabalho mais superficial
Ser Humano: quando orientas o teu trabalho a partir de valores e crenças. Crias alguém que É autoconfiante, que é abundante, que é saudável. É uma nova pessoa que surge à tua frente!
Coaching Remediativo – Tal como o nome diz serve para colocar um penso/uma pomada nas emoções. O Objetivo é que o cliente se sinta bem no final da sessão, sem se ir mais fundo. É a típica conversa onde o cliente desabafa e o teu único objetivo é fazê-lo sentir-se um pouco melhor. Por vezes pode ser (e é) necessário. Ex: naquela semana o teu cliente discutiu com alguém importante ou aconteceu algo que mexeu muito com as emoções dele. O teu primeiro foco deve ser ajudá-lo a desabafar e sentir-se melhor. Usámos ROSA 1.0 + Desabafo Coaching Transformativo – Aqui o objetivo já não é só fazer com que a pessoa se sinta melhor, mas sim com que consiga transformar a forma como vê a sua vida e a si próprio. São trabalhadas principalmente as crenças, ou seja, o cliente deixa de acreditar numas coisas para acreditar noutras. Muda de paradigma. Já é um Coaching muito mais sustentável e com resultados a longo prazo. Passa por sessões mais completas onde é feita a ROSA 2.0. Coaching Holístico – Tal como o nome diz, trata-se de um Coaching que envolve todo o ser do cliente, todas as suas áreas e valências, ou seja, os seus valores. Toda a psique é trabalhada. Estamos a trabalhar todo o Ser Humano e não apenas uma das suas vertentes. Aliás os próprios motivadores são trabalhados. Usamos ROSA 3.0 e trabalhamos muito sobre integração de paradoxos!
PonTos-chaVe À pouco dissemos que todos temos ciclos do medo e que dá para alterá-los para ciclos de confiança. Como? Imagina que tens uma chave de fendas e uma roda de bicicleta está a funcionar mal. Vais então colocar a chave num dos quatros pontos chaves e depois, com força, vais puxar e forçar a roda a andar no sentido do ciclo de con fiança. E muito importante: não largas a chave até o ciclo (a roda) rodar no sentido correto! Quais são então os quatro pontos chaves? Só podes mesmo escolher um! VALOR FOCO. Neste ponto, vais escolher um valor central para ti e que não podes mesmo deixar de viver na prática! Aconteça o que acontecer, não podes tirar a chave de fendas de lá! Por exemplo, imagina que estás a passar por sérias dificuldades financeiras e decides que valor foco é o teu ponto. Imagina que escolhes “Poupar” como o valor que tem mesmo que ser vivido na prática. Então, sempre que tens que tomar uma decisão que envolve gastar dinheiro saber o que fazer. Não podes, de forma alguma, deixar de viver este valor até que o ciclo comece a rodar no sentido oposto e esteja sustentável. POSITIVISMO. Se queres trabalhar ao nível das crenças, vais começar por desenvolver esta crença possibilitadora base: SER POSITIVO! Tens que ser uma pessoa positiva, com fé, que acredita que tudo vai
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CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL COACHING
correr bem, que só fala coisas positivas sobre si e sobre os outros. Que vê e está focado em tudo o que de positivo acontece à sua volta! E quando vierem os dias ou notícias menos boas e te apetecer dizer algo negativo… Calas-te! E dizes algo positivo.
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UMA EMOÇÃO FOCO QUE QUERES APRENDER A PROVOCAR. Imagina que há uma emoção que faz acontecer o teu ciclo do medo (um padrão emocional). Neste ponto-chave, vais escolher uma emoção que gostavas de aprender a provocar em ti, saberes colocar-te nesse estado. Imagina que tens sentido muita raiva no teu ciclo do medo e queres sentir harmonia ao invés disso. Queres aprender a entrar nesse estado emocional. Começas a sentir a emoção contrária e fazes algo para conseguires estar no estado de harmonia (ouves uma música que te põe nesse estado, calças luvas de boxe, saltas, meditas, fechas os olhos, lês o poema como o Mandela fazia…)
RAIZES
Logo, quanto mais conhecimentos tiveres do teu Mapa-Mundo, juntamente com Rapport e com a Rosa, mais intenso será o teu Coaching, pois mais conseguirás ajudar o teu cliente. O objetivo passa por tu teres as ferramentas em ti para o ajudares. Por outras palavras, esta ferramenta serve para aprofun dar as tuas raízes e assim conseguires saber quando é preciso fazer somente rosa, ou procurar os Pontos-Chave ou usar outro método. Por exemplo, se um cliente tem como desafio ser promovido, então não tem lógica trabalhar os ciclos de medo, mas sim em fazer uma Rosa e “andar para a frente”. Por outro lado se vires que há um ciclo de medo, então deves procurar qual o ponto-chave para o trabalhares. Eu não consigo ajudar o outro se não me ajudar a mim mesmo, primeiro.
TPC / FOCO. Aqui vais definir um TPC que até estar feito não vais fazer mais nada! Imagina que tens um ciclo do medo em relação à saúde e defines que este é o ponto-chave foco e que o TPC é correr todos os dias. Até estares a conseguir fazê-lo, nada mais importa. Todas as tuas estratégias são para que esse TPC se realize o mais rápido possível. No final de contas os quatro pontos-chave têm todos a ver com foco absoluto: Valor Nuclear – Foco no valor mais importante. Até viver esse valor
não se avança; Fé / Otimismo – Foco nas emoções positivas. Até ser otimista não se avança; Meditação – Foco no prazer. Até que sinta mais prazer que dor não se avança; TPC / Foco – Foco na ação. Até que o tpc seja feito, não avançamos.
imPoRTanTÍssimo Tu como Coach não tens a função de adivinhar o Mapa-mundo do teu cliente, ou mesmo os PEMS, mas sim de o explorar, ao seu lado. Só dominarás o Mapa-Mundo quando compreenderes o teu próprio (criar raízes), porque com o cliente tu nunca saberás na da, nunca descobrirás nada, pois é ele que o descobre, seja verdade ou não. Tu, Coach, tens de ter a humildade para saber que nada sabes sobre o teu cliente e que não tens que te pôr a adivinhar nada. É o cliente que lá chega, sozinho.
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RESULTADOS
CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL COACHING
modelo de ResulTados É possível definir os resultados através das 4 métricas.
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Vii ResulTados Os resultados têm uma super importância no processo de Coaching. Simplesmente se não há resultados não há Coaching, daí estarem no centro do triângulo dos 4 R´s. Tudo o que fazemos, seja a Rosa, criar Raízes e estabelecer Rapport, é feito com o objetivo de haver resultados no final das sessões.
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Isto é o que mais distingue o coachin g de outras práticas! Como Coach, deves tornar-te obsessivo pelos resultados dos teus clientes. Não só se eles fazem TPC’s, mas sim, quão perto o coaching os trouxe do seu objetivo Guru e quão melhorou a fatia de alavancagem e outras fatias. Procuramos avaliar também a sustentabilidade desses mesmos resultados. Queremos não só que eles cheguem lá, mas também que se mantenham! Coaching é sobre resultados e deves levar esta premissa muito a sério! Foi para entregares determinadas metas que foste contratado! Torna-te obcecado com isso? O nosso grau de competência é igual ao nosso pior grau de desempenho
Não é muito fácil avaliar resultados de forma métrica no mundo do coaching, mas revela-se muito importante. Não só no coaching individual, mas também no coaching em empresas. Temos que arranjar forma de conseguir demonstrar que o nosso trabalho surtiu resultados na prática. Foi com essa intenção que criámos o Modelo de Resultados.
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P eiXo s (esPiRiTual) aValiamos o imPacTo do PRocesso no clie nTe Comportamento (FAÇO): Quando o cliente, ao longo do processo, altera um ou mais comportamentos. Faz hoje, por causa das sessões, coisas diferentes que não fazia antes. Emoções (SINTO): Quando cliente se sente mais alegre, autoconfiante, realizado, etc. Tem hoje emoções diferentes e mais positivas por causa do processo de coaching.
CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL COACHING
RESULTADOS
Crenças (PENSO): Quando há uma mudança de crença (Eu acreditava que não era uma boa pessoa e agora acredito que sou). Quando o cliente acreditava em algo e passou a acreditar em algo diferente. Houve uma mudança de paradigma. Vi-a algo de determinada forma e agora vê de outra mais possibilitadora.
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Valores (SOU): Quando o Coach consegue ajudar o outro a mudar os seus valores, ou seja, a pessoa que ele é. Isto acontece, por exemplo, quando cliente passa a dar mais importância à família que ao trabalho, ou quando aceita e acredita que é uma pessoa saudável e diferente e que nada mudará isso agora. Hoje valoriza coisas diferentes por causa do processo de coaching.
eiXo e (emocional) aValiamos a auTonomia do clienTe Coach Nível 1 (Relação Coach / Cliente): É o Coach que controla a situação. Há uma relação formal de Coach/cliente e a sessão é controlada e direcionada pelo Coach. Coach Nível 2 (Co-Coach): O Cliente já faz de Coach durante as sessões. Isto acontece por exemplo, quando o cliente já sabe que tem também de dizer coisas positivas na parte da Realidade, ou seja, já sabe o que fazer em cada etapa. Já toma uma iniciativa. A relação agora é mais de cooperação e o cliente começa a ser autónomo.
CAPITULO
eiXo m (menTal) aValiamos a assimilaÇão de conTeÚdos Pelo clien Te Usa linguagem de Rosa 1.0: o cliente usa palavras como Realidade, objetivos, soluções, ações fazem hoje parte do seu léxico Usa linguagem de Rosa 2.0: o cliente usa termos como objetivos guru, objetivos bébé, mensurável, crenças, mudar de paradigmas, brainstorming, etc… Usa linguagem de Rosa 3.0: refere-se a termos como padrões emocionais, ciclos de medo e confiança, dilema de valor, etc… Usa linguagem de Rosa Inconsciente: Quando muitos destes temas estão tão entranhados na linguagem do cliente que ele acha que vai usar os mesmos durante a sua vida toda.
eiXo P (PRaTico) aValiamos ResulTados na PRáTica Durante a Sessão: Consigo fazer com que o cliente tenha resultados apenas durante a sessão. É uma sessão de Coaching que não tem força para influenciar o cliente fora dela. Entre Sessões: Acontece principalmente quando o cliente está a fazer os TPCs. Significa que o que aconteceu durante a sessão tocou-lhe com a força suficiente para perceber que tem de fazer algo e está a agir fora das sessões.
Coach Nível 3 (Auto-Coaching): Quando cliente já faz auto-Coaching em casa, sem lhe ser pedido. Este é um momento fantástico, pois ele já tem ferramentas e o Coach está cá para apoiar e ajudar.
Fatia de Alavancagem: Acontece quando o cliente satisfaz a sua Fatia de Alavancagem e alcança o objetivo que o trouxe ao coaching ou a sua satisfação com essa fatia melhorou imenso
Coach Nível 4 (Coach a terceiros:) Quando o cliente vem a uma sessão e nos diz que fez Coaching a outra pessoa (com o filho por exemplo). Esta pessoa veio ter connosco para ser ajudada, porém já está a utilizar as nossas ferramentas para ajudar o outro. Está totalmente independente. É o sonho de qualquer Coach.
Holístico: Quando cliente melhora várias fatias em resultado das sessões, incluindo a fatia de alavancagem. Foi um processo que teve impacto em todo o ser e não apenas numa das áreas da sua vida Podes fazer este modelo com o teu cliente na última sessão que tenham juntos. Podes também fazer uma auto-avaliação tua para comparares.
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CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL COACHING
RESULTADOS
OS PRINCÍPIOS ESPIRITUAIS
Ao medires estes 4 niveis de resultados, vais ter acesso a verificar qual o nível de coaching que tivestes naquele processo especifico.
nÍVel de coaching O nível de coaching que deste é sempre proporcional ao teu resultado mais baixo. Mesmo que tenhas 3 eixos no nível 3 e tens apenas um no nível dois, seria coaching 2.0. Isto é informação valiosa para ti como Coach porque dá-te uma ideia de eixos que sejam mais fáceis para ti trabalhar e outros que podes ter que fortalecer ainda mais.
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Nível 4 Coaching é algo que não se consegue com todos os clientes. É necessário haver uma grande empatia e rapport, além de um domínio significativo da técnica do coaching ensinada no curso e apresentada neste manual.
iX os PRincÍPios esPiRiTuais Estes são os princípios filosóficos que, regulam e orientam o coaching da WeCreate e que vivemos não só no nosso trabalho, mas também nas nossas vidas. Não são matéria oficial do coaching a nível internacional e nunca serás avaliado nestes princípios nas associações e federações internacionais de coaching. Mas podem ajudar-te no teu trabalho de te conheceres a ti e ajudares os outros. Vamos partilhar contigo não o principio filosófico, mas sim a sua aplicação ao coaching. Para teres acesso à vertente mas filosófica sugerimos a leitura do livro “O 11º Mandamento” e claro, a bibliografia obrigatória da certificação WeCreate, “Trata a Vida por Tu”. São uma espécie de 11 M andamentos nossos. 101
1 - somos Todos um Temos muitas vezes a ilusão de que vivemos todos separados das pessoas. Que eu estou separado de ti, que os ricos estão separados dos pobres, os novos dos velhos, que nós portugueses estamos separados dos espanhóis, que o planeta Terra está separado do resto dos planetas, que o trabalho está separado da família... Dividimos a nossa vida numa série de compartimentos, onde cabem pessoas, lugares e ações, e vivemos neste sistema de caixinhas, que parece ajudar à nossa organização mental e estrutural, mas levar estas dualidades demasiado a sério não tem cabimento, porque na verdade... somos todos um. Ao ajudar-te, ajudo-me. Ao ajudar-me, ajudo-te. É i nevitável. Somos um. Também não posso ser mais feliz sem criar mais felicidade. Consigo ter paz interior se contribuir para a paz à minha volta. Para ser rico preciso de gerar riqueza à minha volta. O que fizermos de bem afetará o todo e isso terá boas repercussões. O que fizermos de mal, afetará
OS PRINCÍPIOS ESPIRITUAIS
CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL COACHING
o todo de forma negativa. Estamos sempre a fazer bem ou mal a nós próprios. Somos todos UM. A sua aplicação ao coaching: Protege sempre quem não está presente na sessão. Num caso onde o cliente fala mal do seu chefe, eu como Coach não devo entrar nesse jogo. Estabeleço sim rapport, mas não critico quem está ausente, aliás vou até defendê-lo porque não está presente. O Coach parte do princípio que quem não está, estará a ser mal entendido e mal interpretado. Como somos todos um, sei que tudo volta a nós no futuro, logo isso i rá voltar ao cliente. 102
Como Coach, deves usar algumas técnicas para o fazer entender que é importante não falar de pessoas que não estão presentes. Perguntar algo como: “Se o teu chefe estivesse aqui eu iria ter o mesmo discurso com ele, pondo-o em causa e defendendo-te. Mas eu estou contigo e parto do princípio que os outros estão inocentes e que o problema parte de ti. Faz sentido?”
2 - coaching é Yin e Yang Ou melhor, Coaching é Yin, Yin, Yin, Yin e só depois Yang. Yin está relacionado com a energia feminina. Isto significa ser positivo, compreensivo, atento, presente, paciente, ouvir, apoiar. Esta é a energia base do Coaching. Mas a determinada altura do teu processo terás que usar a tua energia Yang (energia masculina). Vais ter que desafiar o teu cliente. Com uma pergunta, com um TPC, com um exercício… Vais ter que tirá-lo da sua zona de conforto. Se ele aguenta, “apertas” mais um pouco. Se ele reage e “dói”, largas e voltas ao Yin. Coaching é Yin & Yang, mas predominantemente Yin! Como a primeira sessão de Coaching tem como objetivo principal estabelecer rapport, significa que o Coach vai ser Yin o tempo todo. Isto serve para que o cliente saia a sentir-se bem, confortável e à vontade para falar do que quer.
Até estabelecer rapport a relação é Yin, ou seja, perguntas fáceis, tais como tpcs acessíveis. Como Coach é importante perceber qual destas energias dominas melhor. Há pessoas que são mais Yang e outras mais Yin, no entanto o Coach deverá saber ser as duas.
3 - inTegRaÇão de PaRadoXos O cliente está sempre dividido entre duas situações, duas questões no seu problema. Ou seja, tem um dilema e não sabe qual escolher. Ou dedica mais tempo ao trabalho ou à família, por exemplo, e isso está a causar-lhe desconforto. O Coach deve ajudar o cliente a integrar os seus paradoxos, não optando por uma das duas soluções encontradas por ele, mas sim passando por encontrar uma terceira solução. O Coach transforma o “ou” em “e”, isto é, transforma o pensamento “trabalho mais ou passo mais tempo com família” em “trabalho mais e passo mais tempo com a minha família.” Ou seja, o Coach ajuda a trabalhar as duas fatias e não só uma delas, integrando assim os paradoxos do cliente.
4 - os 4 elemenTos Os quatro elementos são Terra, Água, Ar e Fogo e qualquer ser vivo precisa de todos eles para viver. Logo, a mudança que vai acontecer no cliente deve englobar os quatro elementos. Por exemplo, alguém quer ler um livro todas as semanas. Ao fim de três sessões já aconteceu esta mudança, ou seja, já há um comportamento diferente – Terra (Prático). Agora é preciso saber se há mudança emocional – Água (Emoções). Será que o cliente sente prazer em ler? Será que tem saudades de ver TV? Posteriormente passa-se às crenças – Ar (Mental). Será que o cliente acredita que é vantajoso ler um livro todas as semanas? Será que não acredita que um pouco de TV também é importante na vida dele? No que é que acredita? No final, entra a identidade do cliente – Fogo (Espiritual). Que tipo de pessoa te consideras? Alguém que lê um livro todas as semanas? Consideras-te um leitor?
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OS PRINCÍPIOS ESPIRITUAIS
CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL COACHING
Assim o Coach deve estar atento a que a mudança tenha sido feita nos quatro elementos, para que haja uma mudança holística, caso contrário será insustentável e acabará por morrer.
5 - celeBRaR
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A função do Coach é ensinar o cliente a celebrar a vida. Hoje em dia celebramos pouco os nossos pequenos sucessos, os grandes e a própria vida. Passamos por eles, sejam de grande ou pequena importância, sem os comemorar e os viver. Assim que algo é atingido ou feito, não se pára para viver o momento, pensando sim já na próxima etapa a atingir. Somos uns viciados por resultados, porém como não os vivemos, nunca estamos contentes. Assim é importante ensinar a importância da celebração aos nossos clientes. Ajudá-lo a encontrar uma forma de celebração assim que atinja cada objetivo, o que também o irá dar ainda mais motivação para os atingir. Eu como Coach, tenho o princípio Espiritual de que estamos na vida para celebrar. Não é uma imposição filosófica que imponho no cliente, mas sim algo muito mais importante e vivo também na minha relação comigo e com os outros.
6 - aPRendeR com os mesTRes O Coach é o ser que nada no mundo dos Mestres. Está em sintonia e contacto com eles e estuda-os a todos, mesmo aqueles que não admira. Se ensinas mestria deves viver a mestria. É necessário ir beber à fonte de todos inclusive de mestres que são o oposto entre si, pois de todos eles temos algo a aprender. Lê as biografias do máximo de pessoas que puderes e estuda as suas obras. Torna-te eclético. Duas dicas: 3
Quando um cliente menciona um mestre, se conseguires dizer uma citação dessa pessoa, tens assim rapport multiplicado por mil;
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Tu podes ter o melhor Coach do mundo a fazer-te Coaching gratuitamente, basta para isso pensares que estás a ter uma conversa com ele. Usa esta ferramenta.
7 - a ResPosTa é semPRe amoR Podes não saber a pergunta certa para aquele momento, podes até não estares a conseguir resultados no teu cliente, mas podes sempre amar, pois todos nós o sabemos fazer. Para isso deves viver mais e melhor e com mais amor. Ou seja, no pior caso, tens sempre o amor. Ama com o olhar, com a tua energia, com as tuas palavras, com os teus abraços, com a tua motivação. Ama ouvindo o teu cliente, estando lá por ele. Para muitos, isso já fará uma enorme diferença. “Sevais cometer algum erro na vida que seja amar demais”, Michael Beckwitt
8 - conTRiBuiÇão Ao ajudares uma pessoa estás a ajudar o planeta. Tudo o que tu fazes multiplica-se quer queiras ou não. Podes nunca chegar a saber o poder que a tua sessão de Coaching teve, porém haverá sempre um efeito dominó que irás provocar. Quanto melhor ajudares uma pessoa, mais pessoas ela irá ajudar. Assim estarás a criar um Mundo cada vez melhor, pessoa a pessoa. Sendo assim, pelo menos 10% das tuas sessões devem ser gratuitas. E se conseguires chegar aos 20% ainda melhor. Quanto mais contribuíres mais sucesso irás ter. Dar é o segredo. Todos os mestres defendem isto. Não é sempre sobre o dinheiro nem nunca será!
9 - o sonho comanda a Vida Qualquer vida só existe enquanto tiver um sonho dentro dela. A partir do momento que esse sonho desaparece… desaparece a vida. Isto aplica-se às pessoas, como também a todos os outros seres vivos. Assim, não te esqueças que o teu cliente tem um sonho que está a comandar a vida dele. Descobre qual é esse sonho e ajuda-o a concretizá-lo e farás dele a pessoa mais feliz à face da Terra. Mas tu,
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TÉCNICAS E FERRAMENTAS
CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL COACHING
como Coach tens que ser um exemplo de alguém que realiza os seus sonhos! Alguém que conseguiu fazer o trabalho necessário para concretizar aquilo que realmente é importante para si! Tu! Sim, tu, tens que realizar os teus sonhos!
10 - gRaTidão Se não consegues fazer os anteriores, pelo menos sê grato. Se não consegues ajudar o teu cliente: sê grato. Estás a ajudar pessoas. PORQUE É QUE A TUA VIDA É TÃO ESPETACULAR?
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11 - esTá Tudo ceRTo Aquilo que está a acontecer com cada um de nós é suposto estar a acontecer, incluindo com o cliente. Por exemplo, os clientes que nós temos, fomos nós que atraímos e são exatamente aqueles que estávamos a precisar. Somos todos Cocriadores da nossa vida. Sendo assim, em vez de despenderes energia a encontrar o culpado (porque é que me aconteceu isto… porque é que me calhou este cliente), usa antes essa energia para tentares perceber como podes aprender com essa situação. O que podes tirar de positivo daí?
Xi Técnicas e FeRRamenTas Se dominares bem o modelo dos 4 R’s, para nós já és um fantástico Coach! Se conseguires ainda dominar algumas estrelinha, melhor ainda! Mas se dominares o modelo, sabes fazer coaching. Agora vamos ás estrelinhas! A ideia não é tentares usares todas as estrelas ao mesmo tempo! Escolhe as 2 ou 3 que gostas mais e treina essas primeiro!
FeedBacK PosiTiVo Dá o máximo de feedback positivo ao teu cliente! Aproveita todo e qualquer momento para o fazer. Um Coach é o tipo de espelho que só diz coisas boas sobre o seu cliente! Por favor torna-te alguém que está sempre a valorizar todos os pequenos passos que o teu cliente dá 107
Alguém disse: “Não existe um problema sem uma prenda dentro dele”. Nós atraímos os problemas, porque precisamos da prenda que está dentro deles. Ou seja, nós estamos mesmo a precisar desses problemas para aprender e crescer. Como Coach é importante perceber isso para ti e também para o cliente. Por exemplo, este cliente não faz tpc’s há 5 sessões… qual é a prenda dentro deste problema? Talvez seja a lição, a tomada de consciência associada.
FeedBacK hamBuRgeR Dizes algo positivo, dizes algo negativo, dizes algo positivo de novo. Os 2 feedbacks positivos têm que ser MUITO, MUITO bons! EX: “tenho sentido que estás muito comprometido com o teu processo de coaching. Temos mesmo é que começar a dar mais atenção aos nossos TPC’s até porque sinto que és uma pessoa que gosta muito de se desafiar e quer mesmo ir mais longe!”
RessigniFicaÇão Resignificar é encontrar um outro significado mais possibilitador ainda, mas que muda tudo. Ex: “Não fiz os meus TPC’s. Falhei” Coach: “Wow! Isso significa que és uma pessoa exigente e comprometida” . “Sou preguiçoso!”, “Será que isso significa que gostas de aproveitar os prazeres da vida?”
TÉCNICAS E FERRAMENTAS
CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL COACHING
ReFRaming Muito parecido com ressignificação. É o nome que se usa em PNL (Programação Neurolinguística). Pegas na informação que te foi dada numa moldura e colocas outra.
PARA AJUDAR O “P” SER “S”: “Porque é que isso é importante para ti? O que é que isso significa na tua vida neste momento?” PARA AJUDAR O CLIENTE “S” SER MAIS “P”: “Podes me dar um exemplo concreto? Estás a dizer o quê em concreto? Exatamente o que te referes?”
PReFRaming
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Se ressignificar tem a ver com a alteração do significado depois de já ter sido atribuído, preframing tem a ver com dar um significado a algo ainda antes de termos explicado o que é. É uma técnica muito usada para antecipar objeções que nos possam distrair do nosso objetivo final. Então, fazemos preframing: atribuímos previamente o significado que queremos que a pessoa venha a dar. Exemplo: “Posso mostrar-lhe o meu ponto de vista? É algo diferente, mas que tenho visto que funciona com muitas pessoas e tem ajudado muito a alterar o nosso comportamento para hábitos mais saudáveis. É algo inovador e diferente, mas de grande sucesso. Posso contar-lhe a minha ideia?” Crias uma moldura antes de colocares lá a in formação.
PosTFRaming Primeiro dás a informação e depois é que colocas numa moldura. Ex: “Malta, hoje temos um exame (o nível de energia baixa) E é sobre isso que este curso é: ser o melhor Coach, irmos mais longe.”
“de 0 a 10…” Dar exemplos: “acho que vou ler um livro.” Coach: “ de 0 a 10, quanto achas que vais cumprir esse objetivo?”
TRansFoRmaR “ou” em “e” Ajudar o cliente a descobrir uma solução alternativa, a integrar paradoxos, descobrir uma terceira via.
VulneRaBilizaÇão Descobre coisas em ti que não estão a funcionar e coloca isso ao serviço do cliente. Isso torna-te humano e validas o teu cliente caso ele sinta a mesma coisa. Ele faz coisas melhor do que tu e tem alguns dos mesmos desafios.
associa Ção e dissociaÇão desenVolVeR Pems oPosTos AJUDAR O CLIENTE “M” A SER MAIS “E”: “Como é que isso te faz sentir?” Por outro lado, vamos também ter que AJUDAR O CLIENTE “E” a SER “M”: “O que te diz o teu lado racional, analítico, lógico?” E também todos os restantes:
Estes dois termos são muito usados na PNL (Programação Neurolinguística) e são usados de variadas formas. Associação significa que um indivíduo descreve uma situação como se ela estivesse a acontecer e ele fosse um participante. Tal como o nome indica, está associado a ela. Ainda se vê a passar por uma situação e sente as emoções que estaria a sentir caso estivesse mesmo a vivê-la. Dissociação significa que um indivíduo consegue já relatar essa experiência como se estivesse a ver um filme do qual ele fez parte, mas já dissociado da mesma. Está mais num papel de observador. Isso permite-lhe uma maior objetividade emocional. Mesmo que sinta as emoções, elas são mais sobre a experiência em si e não tanto sobre si como participante.
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TÉCNICAS E FERRAMENTAS
CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL COACHING
Quando queremos ajudar os nossos clientes a ultrapassarem algumas situações emocionalmente mais desafiantes, faz uma enorme diferença conseguirmos que eles se dissociem da mesma. Só assim conseguem ganhar maior objetividade e clareza, ao mesmo tempo que ficam mais motivados para darem os primeiros passos. Aproximas 2 coisas. Trazes coisas que não estão na sessão. Por exemplo: uma pessoa a um objeto da sala, etc. Muito usado no psicodrama. Dissociar é quando afastas 2 coisas: exemplo da pergunta de definição de objetivos guru. Tiras coisas ou pessoas da sessão: exemplo: “vamos imaginar que essa pessoa não existe….”. Ex: Posições Percetuais são um exemplo disso: a função de observador neutro é uma dissociação. 110
meTáFoRas O mais importante é usares as metáforas do cliente. Usa o mundo dele sempre que possível. Vai ajudar muito mais a interiorizar e memorizar a informação. Ajuda o teu cliente a criar metáforas dele. Ex: “Às vezes caímos em buracos tão grandes que não dá para sair sozinho”, “Aprender a perdoar alguém é como conduzir: um passo de cada vez”
linguagem de um coach 3
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COMO INTERROMPER: logo na 1ª sessão deve ficar estabelecido se o Coach pode interromper o cliente quando este se desviar do foco. Se vais interromper o teu cliente, vais sempre, sempre fazê-lo com uma pergunta. Podes também anotar algo que não tem a ver com o assunto que estão a falar, mas parece importante. Assim podemos abordá-lo num próxima sessão. Podes perguntar ao cliente se ele gostava de falar sobre esse assunto. “FAZ SENTIDO PARA TI?”. Se diz não, conta-me? Se diz sim, podes dizer me como? “A MINHA ALUCINAÇÃO É…” ser muito incondicional. Qualquer opinião é uma boa opinião. O Coach não sabe mesmo. A palavra alucinação implica que o que estás a dizer pode ser absolutamente errado. “O QUE O AMOR FARIA AGORA?” Cuidado com o nível de rapport que tens com o teu cliente. É uma pergunta muito boa quando estão em causa questões relacionais.
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3 3
“COMO SERIA SE…” – Muito boa para ultrapassar objeções: “como seria se tivesses tempo?”, “como seria se tivesses dinheiro?”, “Como seria se fosses autoconfiança?” “TALVEZ….” DICA GERAL: BE COOL!!! É mesmo para ter uma atitude zen, relaxada! Não sabes mesmo o que seria melhor para o teu cliente por isso ser mesmo incondicional!
meTa-modelo As pessoas respondem aos eventos baseadas nas suas representações internas, sons e sentimentos. Usar o Meta Modelo ajuda-nos a estar mais atentos aos padrões de linguagem dos nossos coachees e a mudar a expressão negativa da sua linguagem e, consequentemente, o seu comportamento. Muitas pessoas usam generalizações, distorções, quantificadores universais e causa-efeito como uma padrão de linguagem. Através da alteração desse padrão podemos ajudar a mudar os comportamentos associados. Distorções
Resposta
Resultado
Leitura de Mente: alegar saber o estado interno de alguém: “Tu não gostas de mim”
“Como sabes que eu não gosto de ti?”
Recuperação da fonte de informação
Causa – Efeito: quando a causa é deixada como algo exterior: “Tu fazes-me sentir triste”
“Como é que aquilo que eu estou a fazer faz com que escolhas sentir-te triste?”
Recuperação da Escolha
“Como escolhe sofrer?”, “Como Pressuposições: “Se o meu marido soubesse como que sofro, está ele a comportar-se?”; não faria isso” “Como sabes que ele não sabe?”
Especifica a escolha e recupera a representação interna
Generalizações
Resposta
Resultado
Quantificadores Universais: palavras como todos, sempre, nunca, toda a gente: “Ela nunca me ouve”
Encontrar contra-exemplos “Nunca?”, “O que aconteceria se ouvisse?”
Recupera contra exemplos, resultados e abre mais as opções e possibilidades
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ÉTICA DO COACHING
CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL COACHING
Operadores de Modo e de pos- “O que aconteceria se não sibilidade: Tenho que, não devia, tomasses?” não posso/posso: “Tenho que tomar conta dela”
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Recupera o resultado pretendido
Impossível/possível: “Não posso contar-lhe a verdade”
“O que te impede?”, “O que Recupera a causa aconteceria se o fizesses?”
Omissões
Resposta
Resultado
Verbos não espeficicados: “Ele rejeitou-me”
“Como especificamente?”
Especifica o verbo
Omissões simples: “Estou desconfortável”
“Acerca de quem ou de quê?”
Recupera a omissão
Falta de Referencial: “Eles não me ouvem”
“Quem especificamente não te ouve?”
Recupera a omissão
Omissões Comparativas (melhor/pior, mais/menos): “Ela é uma pessoa melhor”
“Melhor do que quem?”; “Comparada com o quê?”
Recupera a Omissão Comparativa
“e se…” Fantástico para destruir qualquer obstáculo que o teu cliente trouxer. Alguns exemplos: 3 3 3 3 3 3
“E se conseguisses?” “E se fosse possível?“ “E se ninguém soubesse?” “E se tivesses dinheiro?” “E se tivesses tempo?“ “Eu sei que não sabes, e se soubesses o que dirias?”
IMPORTANTE: não é para impor linguagem ao teu cliente! Quebras rapport que demorou tanto a criar. Deixa o ter a sua linguagem e faz melhor perguntas.
Xii éTica do coaching Há 6 regras de ética, mas sem dúvida a 1ª é a mais importante. CONFIDENCIALIDADE: as sessões de coaching devem ser alvo da mais absoluta confidencialidade. Não há regras legais como na terapia (sobre ter familiares como clientes), mas tens sempre que respeitar a confidencialidade. Quando fazes coaching numa empresa e precisas de dar feedback ao diretor os teus clientes devem sabê-lo. Em caso de necessidade, podes discutir o caso com um mentor, mas sempre sem mencionar o nome do teu cliente. Não há nomes no facebook, nem no email. Podes discutir os casos, mas sempre sem nomes. AUTONOMIA DO CLIENTE: coaching é tudo sobre autonomia e sustentabilidade. Precisas que o teu cliente tenha resultados, não que ele precise de ti. Deves pensar: “se mudares de país, como ficam os clientes?” ATENÇÃO À PROJEÇÃO: todos nós projetamos aspetos que reprimimos em nós próprios. Todas as correntes de psicologia concordam que existe projeção. Quando olho para outra pessoa o que vejo é o que existe dentro de mim (qualidades e defeitos). É por isso que uns vêm uma coisa e outros outra. Como Coach deves estar muito atento à pro jeção. Não deves fazê-lo com o teu cliente. Para isso trabalha sobre as tuas raízes. Se algo te incomoda, isso diz mais sobre ti do que sobre o teu cliente. Não é só uma questão técnica de respeito pelo mapa-mundo. É uma questão ética. EXERCER COM CREDIBILIDADE: claro que podes usar outras ferramentas nas tuas sessões, mas deves estar habilitado para o fazer. Usar coisas em que não estás certificado é uma quebra à ética. Cuidado para seres congruente e íntegro. Seres um Coach corporativo ou de
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CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL COACHING
A PRIMEIRA SESSÂO NA PRÁTICA
vendas sem perceberes nada desse assunto não é ético. CONTRATO É CONTRATO: o compromisso financeiro que assumes com o teu cliente é sempre o mesmo enquanto ele for teu cliente. É o mesmo em relação à periodicidade da sessão. Deves sempre pedir autorização ao teu cliente quando quiseres alterar a periodicidade das sessões. Para a WeCreate, o valor que cobraste ao cliente será o mesmo para sempre. Faz parte da nossa gratidão para com o cliente. AUTOCOACHING: o Coach deve ser um exemplo de autocoaching ou teres um Coach. Tens mesmo que fazer uma ROSA por ano, no mínimo, e usares todas estas ferramentas semanalmente. Garante que tu também és um exemplo de concretizares os teus próprios sonhos! 114
Xii a PRimeiRa sessão na PRáTica É normal a primeira sessão ser mais lon ga (1h30m). O teu foco é criar RAPPORT! PASSO 1: decorar estes passos para que não tenhas que usar este manual PASSO 2 (parceria): organiza o espaço, tem tudo preparado, roupa, etc PASSO 3 (presença): prepara-te para estar totalmente presente meditando ou estando alguns minutos em silêncio PASSO 4 (postura e palavras): Estabelece rapport, tem uns minutos de conversa informal positiva e imparcial para quebrar o gelo. Por exemplo: o estado do tempo, o jogo de futebol da equipa do cliente, etc… PASSO 5: Nesta fase vais procurar também recolher informação sobre o cliente. Diversos aspetos da vida dele e tentar apurar as expectativas do cliente em relação ao processo do coaching. Vais estar atento ás metáforas e ao que é realmente importante para ele. Vais precisar para explicar o que é coaching nas palavras dele PASSO 6: explicar o que é coaching mas usámos as palavras do cliente e as referências que ele nos deu. Por exemplo, vamos imaginar que o boxe era uma coisa que o cliente gostava e queremos explicar o coaching através dele: “Coaching é como o boxe! Envolve muito treino para conseguirmos chegar a resultados só que em vez de termos
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A ÚLTIMA SESSÂO
CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL COACHING
um adversário exterior, o combate somos nós connosco mesmos!” PASSO 7: convidar o cliente a fazer um exercício: pegamos em 6 canetas (3 de cada cor). Pedimos para nos dizer 3 coisas que estejam a correr bem na sua vida e exploramos cada uma das áreas um pouco. Depois perguntamos: “dessas áreas, qual corre mesmo bem?” Depois pedimos 3 coisas que não estejam a correr bem e exploramos um pouco.
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PASSO 8: perguntar ao cliente quais os seus 3 objetivos que gostava de atingir até ao final do processo do coaching que vai fazer valer a pena este investimento (o mais mensurável possível) PASSO 9: estabelecer contrato verbal e vender a ideia de coaching (mesmo que o pack já esteja fechado). Agora falamos das questões práticas: periodicidade das sessões, duração das sessões, interromper o cliente, 1ª sessão um pouco mais longa, garantia de confidencialidade. Se te sentires confortável podes falar de valores e formas de pagamento. PASSO 10: podemos iniciar a sessão e falar sobre o que o trouxe cá? Como posso ajudar? PASSO 11: falar um pouco sobre a realidade e introduzir a pizza da vida. O cliente desenha a sua. Vamos explicando a pizza e as áreas (muito sumariamente para não influenciar). Alguns clientes fazem sozinhos; outros gostam de ir falando à medida que vão preenchendo PASSO 12: a partir daqui fazes uma rosa 1.0. PASSO 13: fechas a sessão. Podes partilhar a metodologia da rosa com o teu cliente (caso aches que ele ia gostar) e finalizar com feedback positivo. Podes também perguntar ao cliente como ele se sentiu. Podes pedir também para ele escolher um objeto e resumir a sessão. Vais fazendo também preframing que coaching é sobre Ação e TPC’s.
XiV a ÚlTima sessão Um processo de coaching tem um seguimento. Podemos trabalhar com sessões individuais ou com um pack. É importante informar os teus clientes que coaching é um processo continuado e não um processo com resultados milagrosos numa primeira sessão. Daí ser um treino e é difícil ter resultados se só formos ao ginásio uma vez. Podes trabalhar com packs de sessões (5 ou 10) e gostávamos de te dar algumas dicas do que deves garantir que fica feito na tua última sessão de coaching com alguém que estiveste a acompanhar. FUTURO: é importante garantir que o coachee continua a dar passos no futuro mesmo não tendo agora as sessões ou a tua presença. Nesta sessão, deves passar algum tempo a ajudá-lo a criar um plano de ação sobre os próximos passos que ele (a) quer continuar a dar nesta área. Podes aproveitar também e fazer um pequeno resumo do tudo o que trabalharam para que possa haver uma noção da evolução e resultados obtidos. Garante que o teu coachee terminou o processo em causa e com a certeza de quais os próximos passos para o seu futuro. Ajude-o a criar um bom plano de ação. HÀBITOS: podes também perguntar ao teu coachee quais os hábitos diários ou semanais que mais gostava de passar a integrar na sua rotina FEEDBACK POSITIVO: esta é também a altura ideal para dar feedback positivo ao teu coachee (apesar de ser uma constante ao longo das sessões). Mostra-lhe a evolução que fez ao longo das sessões e ajuda-o a tomar consciência de todas as coisas positivas que ele (a) conseguiu.
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COMPETÊNCIAS DO COACHING PROFISSIONAL
CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL COACHING
DESENVOLVIMENTO PESSOAL: devemos assegurar que o nosso cliente continua o seu processo de desenvolvimento pessoal e conhece/experimenta novas abordagens. Coaching é apenas uma parte de um vasto leque de opções que estão agora à sua frente. Incentiva-o a continuar essa jornada, a ler novos livros, a experimentar outros cursos e workshops, outras formas diferentes e complementares de abordar o desenvolvimento pessoal.
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MANTER CONTACTO: podes desenvolver alguma forma de contacto com os teus antigos coachees. Por email, telefone, carta,etc Lembra-te de continuar a enviar-lhe informação sobre coaching ou outras matérias que ache importantess. É uma forma de garantir que o teu coachee continua “acordado” para o tema.
XV comPeTÊncias do coaching PRoFissional A ICF (internacional Coaching Federation) defende 11 Competências Centrais para o Coaching profissional: A – Estabelecimento da Fundação 1. Seguir os princípios éticos e profissionais – Compreender o código de conduta e as Boas Práticas do Coaching (os standards e ética de Coaching e capacidade para) e aplicá-los, adequadamente, em todas as situações de Coaching; 2. Estabelecer o contrato de Coaching – Capacidade de compreender o que é exigido na interação específica de Coaching e de chegar a acordo com o novo cliente sobre o processo de Coaching, as suas regras limites (e de relacionamento); B – Co-criando o Relacionamento 3. Estabelecer confiança com o cliente – Capacidade de criar um espaço seguro, um ambiente favorável, que permita progressivamente o respeito mútuo e a confiança; 4. Marcar presença – Capacidade para ser plenamente consciente e criar espontaneamente um relacionamento com o cliente, empregando um estilo aberto, flexível e confiante; C – Comunicar Eficazmente 5. Escuta ativa – Capacidade de se concentrar totalmente naquilo que o cliente está a dizer ou a omitir, de forma a compreender o significado do que é dito no contexto dos desejos do cliente
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