COMENTÁRIO
BÍBLICO Adventista
do Sétimo Dia A BÍBLIA SAGRADA COM COMENTÁRIO EXEGÉTICO E EXPOSITIVO
Em sete volumes VOLUME 6
Casa Publicadora Brasileira
Título original cm inglês: The Seventh -day Adventist Bible Commentary
Copyright © da ediçáo em ingles 1953, 1957: Review and Herald. Hagerstown, EUA. Edição revisada em 1976, 1978. Direitos internacionais reservados. Dir Direeitos itos de trad traduç uçã ão e publ public ica ação ção em língua portuguesa reservados à Casa Publicadora Brasileira
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Comentário bíblico Advcntista do Sétimo Dia / editor da versão cm inglês Francis D. Nichol, editor da versão em português Vanderlci Dorneles. - Tatuí, SP : Casa Publicadora Brasileira, 2014. - (Série logos; v. 6) Título original: The Seventh-Day Adventist Bible Commentary. Vários colaboradores Vários tradutores ISBN 978-85-345-2039-3 978-85-345-2039-3 I. Adventistas do Sétimo Dia 2. Bíblia Comentários I Nichol, Francis D.. 1897-1966 II. Dorneles, Vanderlci. III. Série.
14-00207
cdd cdd-220.7 índices para catálogo sistemático: 1 Bíblia Comentários 220.7
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A Epístola de Paulo aos
EFÉSIOS
A Epístola de Paulo aos
EFÉSIOS Introdução 1. Título — Quase toda igreja cristã dos primeiros séculos considerava que esta epís tola havia sido dirigida ü igreja de Éíeso. lodos os manuscritos conhecidos, sem exceção, têm o título‘ Aos Efésios”. No entanto, as palavras En Epheso, "Em Efeso (El 1:1) não estão registradas nos códices Vaticano e Sinaítico, dois dos manuscritos mais antigos e autoriza dos, bem como no Chester Beatty MS P46, papiro manuscrito ainda mais antigo. Basílio, do 4o século, disse (Contra Eunomius, ii. 19) que tinha visto manuscritos antigos cm que a expres são En Epheso fora omitida. Declarações de Orígenes (Comentário) e Tertuliano (('outra Marcion, v. 17) confirmam isso. Portanto, fica claro que, no 2“ século havia alguns manus critos em que foram omitidas as palavras em questão (ver vol. 5, p. 169-171). Também é significativo que, embora Paulo tenha passado três anos em Efeso em um ministério frutífero e, sem dúvida, tenha feito muitos amigos, não haja saudações pessoais nesta epístola. Além disso, trata-se de doutrinas aplicáveis á igreja universal. Comumente, são oferecidas três soluções para este problema: a. A epístola foi dirigida à igreja de Laodiceia (ver Cl 4:16). b. A epístola originalmente era uma circular ás igrejas tia Ásia. c. A epístola foi dirigida aos Efésios. Uma resposta satisfatória parece surgir da combinação das explicações b e c. Pode ser que esta epístola tenha sido enviada á igreja tie Efeso, a metrópole do proconsulado da Ásia, com a intenção de que também fosse enviada às outras igrejas tia região. Isso explicaria a tradição de que foi dirigida à igreja de Efeso. e também explica por que existiam cópias muito antigas dela que não continham as palavras En Epheso, e que pode ter havido cópias do manuscrito origi nal circulando entre as igrejas vizinhas. De todas as maneiras, esta carta, sem dúvida, foi lida pelos crentes de Efeso e, provavelmente, também por outros na província da Ásia. 2. Autoria — A autoria paulina tie Efésios não foi questionada durante séculos; porém, a partir do século 19, muitos eruditos críticos modernos chegaram à conclusão de que a epís tola não era paulina ou, quando muito, apenas parcialmente. Foi sugerido que era só uma repetição prolixa da epístola aos Colossenses, e que determinadas expressões indicavam que o autor nunca havia estado em Efeso (Ef 3:2, 3; 4.21). Assinalou-se que não há sauda ções aos memhros da igreja de Efeso, onde Paulo havia trabalhado por cerca de três anos (At 20:31). Afirmou-se que a epístola não é paulina em estilo, sentimento nem em obje tivo, e ainda se sugeriu que ninguém na prisão poderia escrever uma carta com tanta ale gria (ver vol. 5, p. 179-171). Desde o começo do processo de separação tios livros apócrifos dos genuínos, a epístola aos Elésios foi colocada no cânon do Novo Testamento. As evidências externas de seu direito a essa condição são amplas. Essa posição foi conhecida por Clemente de Roma (c. 90 tl.C.), e também confirmada por Inácio e Policarpo. no início tio 2" século. Paulo é mencionado 1 101
COMENTÁRIO BÍBLICO ADVENTISTA por nome como autor no Fragmento Muratoriano e, mais tarde, por Irincu (c. 185 d.C.), Clemente de Alexandria (c. 190-195 d.C.), Tertuliano (c. 207 d.C.) e muitos outros escrito res antigos. Este Comentário considera o apóstolo Paulo como o autor da epístola. 3. Cenário histórico — Depois de ter exercido seus direitos como cidadão romano e apelado a Cósar, Paulo foi enviado a Roma, aonde provavelmente, chegou durante a prima vera de 61 d.C. Ali, ele esteve preso por dois anos. Assim, é provável que esta epístola tenha sido escrita por volta do ano 62. Como prisioneiro, ele devia ter certa liberdade (cf. Ef 6:19; Cl 4:3-11), o que lhe propor cionava a oportunidade para refletir e escrever. O apóstolo aproveitou essa situação para enviar diversas instruções doutrinárias e práticas às igrejas na Ásia. Parece que as epístolas aos Efésios, Colossenses e Filemom foram escritas mais ou menos ao mesmo tempo, pois Tíquico foi portador de Efésios e Colossenses e companheiro de viagem de Onésimo, o por tador da carta a Filemom (Ef 6:21; Cl 4:7-9; Fm 12; cf. AA, 456). Efésios seria então uma das quatro epístolas que Paulo escreveu durante seu primeiro encarceramento; Filipenses também pode ter sido escrita durante esse período, provavelmente, tenha sido a última das quatro (p. 93, 94). Tem sido sugerido que a epístola aos Efésios pode ter sido escrita durante a prisão do apóstolo em Cesareia, mas a evidência em favor de Roma é muito mais forte. Não há dúvida de que ele estava na prisão quando escrevia (Ef 3:1; 4:1), porém as condições de seu confinamento em Roma parecem ter sido mais favoráveis à redação de suas epístolas (At 28:16, 20). Enquanto estava na prisão romana, ele esperava rápida libertação (Fm 22), ao passo que não há nenhuma indicação de que ele nutrisse qualquer esperança enquanto esteve em Cesareia. O apóstolo havia desejado durante muito tempo visitar Roma (Rm 15:23, 24) e, depois de chegar lá, planejava ir a Colossos (Fm 22). No entanto, parece que nunca teve a intenção de visitar Colossos enquanto esteve em Cesareia. Paulo escreveu esta epístola em tempos e circunstâncias que proporcionaram um ambiente especial para sua mensagem. O sanguinário Neroera imperador; havia licenciosidade, luxoe assassinato por toda parte. Por exemplo, está registrado que, quando L. Pedanius Secundus, senador de Roma, foi assassinado por um escravo, cerca de 400 escravos de sua proprie dade foram condenados à morte como castigo, de acordo com os direitos predominantes. Pelo ano da redação da epístola (62 d.C.), ocorreu a revolta de Boadicea, ou Boudicca, na Bretanha. Naquela ocasião, segundo se afirma, "mais de 70 mil morreram do lado romano, juntamente com muitos milhares de rebeldes. Em meio a tanta confusão e, como resultado f^de profunda reflexão e inspiração, o apóstolo produziu uma das suas mais nobres declara ções a respeito da fé como o único meio que poderia devolver a paz e a união à humanidade. A epístola aos Efésios tem sitio chamada de “Alpes tio Novo Testamento”, e se destaca no meio de nove picos, as nove epístolas paulinas escritas às sete igrejas. 4. lema — O tema de Efésios é a unidade em Cristo. Paulo escreve a uma igreja (ou igrejas) composta de judeus e gentios, asiáticos e europeus, escravos e homens livres: todos representantes de um mundo perturbado que precisava ser restaurado à unidade em Cristo. Isso implicava a unidade de pessoas, famílias, igrejas e etnias. A restauração da união indi vidual na vida tie cada crente assegura a unidade do universo de Deus. ü tema da unidade se apresenta explícita e implicitamente ao longo tia epístola. () apóstolo anuncia seu tema em tom de exaltação espiritual e exorta a todos a alcançar a mais alta norma de caráter e conduta, a fim de que haja unidade não só na doutrina e na
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EFÉSIOS organização, mas em Cristo, a cabeça, e na igreja. Seu corpo visível. Apesar cie a expressão "em Cristo ser a frase-chave, é difícil selecionar um versículo-chave, pois são raros os ver sículos que não apresentam de uma forma ou outra o tema básico. Eleição, perdão, predes tinação, relacionamentos familiares, todos têm lugar “em Cristo”. O apóstolo diz menos acerca da fé do que da graça. Em seus escritos anteriores, destaca a relação do indivíduo com a salvação; aqui ele enfatiza o grupo, a igreja, o corpo, e fala de estar “em Cristo", em vez de se ocupar de coisas alcançadas "por meio de Cristo"; do Cristo que vive no crente, cm vez de o Cristo crucificado. Paulo não desenvolve seu tema como um raciocínio ou uma proposição formal. Ele fala simplesmente do que lhe veio por revelação, não devido a alguma inteligência ou um pen samento superior, mas porque é instrumento da graça de Deus, a quem foi concedida uma visão da unidade essencial mente espiritual do reino. Pode-se afirmar que aquilo que as epístolas aos Gálatas e Romanos foram para o século 16 e a Reforma Protestante, Efésios o é para a igreja de hoje. O que o cristianismo tem a dizer sobre as relações do indivíduo para com a família, da família para com a nação, da nação para com a etnia e de todos com a igreja e com Deus? Paulo responde a essas perguntas, apresentando Cristo como o centro c o lim de todas as coisas, como quem cumpre Seus pro pósitos mediante a igreja, fazendo fazendo “convergir nEle [...] todas as coisas” (Ef 1:10). 1:10). A aquisição de uma unidade que preserve a liberdade do indivíduo, a unidade sem uni formidade rígida, é a necessidade mais urgente da igreja atual. Ao apóstolo foi concedida uma revelação que oferece a única solução para um problema de grande importância a todos os que servem a Deus. 5. Esboço. I. Saudação, 1:1, 2. II. Seção doutrinária, 1:3-3:21.
A. As bênçãos ao crente, 1:3-14. 1. Um hino de louvor, 1:3-10. 2. Os selados para a salvação, 1:11-14. B. Oração pela igreja. 1:15-23. C. Judeus e gentios, um só cm Cristo, 2:1 22. 22. 1. Regeneração pelo poder de Deus, 2:1-10. 2. Todos são um em Cristo, 2:11-22.
D. A revelação do mistério, 3:1-21. 1. Foi dado a conhecer aos apóstolos c profetas, 3:1-6. 2. Manifesta a sabedoria de Deus por meio da igreja, 3:7-13. 3. Oração pelos crentes e doxologia, doxologia, .3:14-21. III. Seção prática, 4:1—6:20. A. Unidade nos dons do Fspírito Santo. 4:1-16. 1. Apelo para a unidade da vida, 4:1-6. 2. Natureza e finalidade dos dons, 4:7-16. 4:7-16. B. Reforma da vida, 4:17-5:21. 1. Trevas espirituais cm contraste com a vida espiritual, 4:17-24. 2. A qualidade da vida reformada, 4:25-32. 3. Exortação ü pureza da vida, 5:1-14.
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COMENTÁRIO BÍBLICO ADVENTISTA 4. Loucura e sabedoria, 5:15-21. C. Deveres dos relacionamentos domésticos, domésticos, 5:22-6:9. 1. Marido e mulher, 5:22-3.5. 2. Filhos c pais, pais, 6:1-4. 3. Servos e senhores, 6:5-9. D. A armadura arma dura do cristão, 6:10-20. IV. Conclusão e bênção, 6:21-24.
Capítulo 1 I Saudação e 3 ação ação de graças pelos efésios. efésios. 4 Paulo trata da eleição e 6 adoção pela graça. 11 A fonte da da salvação. 13 O elevado mistério da graça. 16 Paulo ora para que os efésios cheguem 18 a seu pleno conhecimento e 20 em Cristo.
1 Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por vonta de de Deus, aos santos que vivem em Efeso, e fiéis em Cristo Jesus, 2 graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. •1 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus C risto, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, Cristo, 4 assim como nos escolheu nEle antes da fun dação do mundo, para sermos santos e irrepreen síveis perante Ele; e em amor 5 nos predestinou para Ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o be neplácito de Sua vontade, 6 para louvor da glória de Sua graça, que Ele nos concedeu gratuitamente no Amado, 7 no qual temos a redenção, pelo Seu san gue, a remissão dos pecados, segundo a rique za da Sua graça, 8 que Deus derramou abundantemente sobre nós em toda a sabedoria e prudência, pru dência, 9 desvendando-nos o mistério da Sua von tade, segundo o Seu beneplácito que propuse ra em Cristo, 10 de fazer convergir nEle, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu, como as da terra; I I nEle, digo, no qual fomos também lei tos herança, predestinados segundo o propósito
dAquele que faz todas as coisas conforme o con- «| selho da Sua vontade, 12 a fim de sermos para louvor da Sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo; 13em 13em quem também vós. depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa sal vação, lendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; 14 o qual é o penhor da nossa herança, ao resgate da Sua propriedade, em louvor da Sua glória. 15 Por isso, também eu, tendo ouvido da lé que há entre vós no Senhor Jesus e o amor para com todos os santos. 16 não cesso de dar graças por vós, fazendo menção de vós nas minhas orações, 17 para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimen to d Ele, 18 iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do Seu chamamento, qual a riqueza da glória da Sua herança nos santos 19 e qual a suprema grandeza do Seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do Seu poder; 20 o qual exerceu Ele em Cristo, ressuscitando-O dentre os mortos e fazendo-O sentar à Sua direita nos lugares celestiais.
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21 acima dc todo principado, c potestade, e 22 E pôs todas as coisas debaixo dos pés, e para poder, e domínio, e de lodo nome c|iie se possa ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja. referir, não só no presente século, mas também 23 a qual é o Seu S eu corpo, a plenitude dAquclc no vindouro. que a tudo enche em todas as coisas. I. Paulo. Ver com. de Rm. 1:1. Apóstolo. Do gr. apostolas (ver com. de At 1:2). Cristo Jesus. Sobre esse título, ver com. de Mt 1:1. Vontade de Deus. Comparar com ICo 1:1; 2Co 1:1; Cl 1:1; 2Tm 1:1; ver com. de ICo 1:1. Paulo não estava ten tando aumentar sua autoridade pessoal, mas expressar um claro sentido de voca ção e obrigação (cl. 2Co 8:5). Seu chamado procedia diretamente de Deus (ver com. de Cl 1:15, 16). A firme convicção dele a este respeito era o segredo de seu pode roso ministério, de sua vida cristã consa grada e fonte de sua coragem e lé em meio ao sofrimento. Santos. Do gr. hagioi, literalmente, "san tos” (ver com. de Rm 1:7; ICo 1:2). A pala vra grega denota separação de tudo que é comum. Em Efeso. As evidências textuais (cf. p. xvi) se dividem entre a manutenção e a omissão desta expressão (ver p. 1101; vol. 5, p. 170). Se esta frase for omitida, a última parte deste versículo pode ser tradu/ida como: “para os santos, aqueles que também são fiéis em Cristo Jesus". Fiéis. Do gr. pistoi. “fiéis", "crentes". Em Cristo Jesus. Esta frase, ou qual quer uma de suas fórmulas similares (“em Cristo”, "nEle”, "em quem", "no Senhor”, “no Amado”) pode ser considerada as expressões-chave desta epístola. Elas ocor rem com frequência e designam Jesus Cristo como a esfera ou o meio em que o crente vive e atua. Enfatizam a estreita unidade entre o cristão e o Senhor. Tudo o que o cris tão faz. tem relação com seu Senhor.
2. Graça [...] e paz. Sobre esta sauda ção, ver com. de Rm 1:7. Deus (...) Jesus Cristo. Ao indicar o Pai e o Filho como a fonte das bênçãos, Paulo enfatiza a igualdade entre ambos (cf. com. de Rm 1:7). 3. Rend it o o Deus. Esta expressão de louvor, ãs vezes chamada de “porta de entrada do louvor”, inicia uma das pas sagens mais sublimes das Escrituras. Os v. .3 a 14 focalizam o curso da revelação da graça divina e estabelecem as promessas do amor redentor de Deus e os gloriosos privi légios da igreja. Estes versículos esboçam o plano da salvação. Abençoado. Do gr. eulogeõ, "louvar”, "abençoar”, lorma verbal relacionada com o adjetivo eulogêtos. Toda sorte de bênção espiritual. Literalmente, “cada bênção espiritual". Bênção espiritual é aquela pertencente ao Espírito ou que é dada por Ele. Nas regiões celestiais. Do gr. en tois epouraniois, "nos [lugares] celestiais". Esta frase é peculiar a Efésios, sendo usada cinco vezes na epístola (Ef 1:3, 20; 2:6; 3:10; 6:12). <<= Nesta última, a frase é traduzida como "nas regiões celestes". No entanto, a palavra tra duzida como "celestes ocorre em outros tex tos (Jo 3:12; ICo 15:48; Fp 2:10; etc.) Em Efésios 1:20, a expressão en tois epouraniois parece ser usada como sinônimo de Céu, por que é o lugar em que Cristo está assentado à direita do Pai. Este parece ser seu signifi cado também em Efésios 2:6. Se os crentes foram ressuscitados juntamente com Cristo e estão “em Cristo Jesus", e Cristo está à mão direita de Deus no Céu, então eles estão assentados com Ele no Céu. Em Efésios 3:10,
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en tois epouraniois descreve o lugar da murada
dos poderes angelicais, dos anjos bons; e, em Llésios 6:12, dos anjos maus. Em Efésios 1:3, a frase parece qualificar “bênção espiritual”, designando o Céu como sua origem. Em Cristo. Ver com. do v. 1. 4. Assim como. Os v. 4 a 6 têm sido uti lizados em algumas ocasiões como evidên cia em lavor da doutrina de que alguns são eleitos para a salvação, e outros, para a per dição, sem que os indivíduos envolvidos pos sam fazer qualquer coisa para mudar isso. Na verdade, a passagem fala de certas pessoas escolhidas antes da fundação do mundo e predestinadas, ou ordenadas, para ser adota das como filhos. Mas não di/ nada de alguém ler sido escolhido para se perder. Além disso, os escolhidos são designados como “nós”, ou seja, os cristãos, aqueles que aceitaram pela fé o Senhor Jesus Cristo. Quando se traçou o plano da salvação antes tia fundação do mundo, decidiu-se que aqueles que aceitas sem as disposições do plano seriam restau ratios à filiação. O desejo de Deus era que todos aceitassem o plano e fossem salvos (ITm 2:4; 2IV 3:9; sohre o tema da predesti nação, ver com. de Hm 8:29). Assim como nos escolheu, ü comen tário sobre Gênesis 1:3 da Midrash Rabah (ed. Soncino, p. 6), diz que Deus escolheu Israel antes tia criação. Paulo expressa aqui uma ideia semelhante com relação à igreja, o Israel espiritual. E uma eleição geral, não individual. NEle. E em Cristo que a escolha pode ser leita, pois toda a vida espiritual está centrada nEle. Aqueles que vão a Cristo são escolhidos para ser salvos, assim como alguém que se junta a um coral é escolhi do para cantar. Por esta razão, não há uma escolha arbitrária. Deus tem o propósito de salvar todos os que pela fé aceitam a Cristo como seu Redentor. Antes da fundação. O plano de sal vação loi estabelecido antes da criação
do mundo. Foi quando Deus Se propôs a salvar aqueles que aceitassem Seu plano (cf. com. de Ap 13:8). Santos. Do gr. hagioi (ver com. de Rm 1:7; cf. AA, 51). Ser santo é refletir a imagem divina, pois Deus é santo (I IV 1:16). O objetivo do plano de salvação é restau rar a imagem divina no ser humano (ver Ed, 125). Irrepreensíveis. Do gr. amõmoi, "sem mácula”, "impecáveis". Em Efésios 5:27 e Apocalipse 14:5, a palavra é traduzida como “sem mácula”. Na LXX, amõmos traduz o heh. tamim, que significa “sem mácula”. A palavra tamim era usada no contexto do sistema de sacrifícios para descrever as víti mas que deveriam ser sem deleito nem man cha (Lv 1:3). Amõmos é utilizado no NT para descrever o sacrifício perfeito de Cristo (Hh 9:14; IPe 1:19). Em amor. Esta Irase pode ser conec tada ao v. 4. como na ARC ou com o v. 5. de modo a indicar “em amor nos predestinou". As versões Antiga Latina e Siríaca Pcshitta a ligam ao v. 5. Por outro lado, a Vulgata e alguns dos unciais posteriores a ligam ao v. 4. Os antigos manuscritos gregos não servem para determinar a divisão exata das ideias ou frases, porque não têm sinais de pontua ção nem separação de palavras ou, na melhor das hipóteses, têm apenas o tipo mais rudi mentar. A frase "em amor" tem sentido teo lógico conectado a qualquer verso. Todo ato divino parte do atributo básico do caráter de Deus, o amor (sohre agapõ, ver com. de Mt 5:43, 44; ICo 13:1). 5. Predestinou. Do gr. prnorizõ (ver com. de Rm 8:29; cf. com de Ef 1:4). Adoção de filhos. Do gr. huiothesia, literalmente, “ato de colocar como filho" (ver com. de Rm 8:15). Por meio de Jesus Cristo. Ele é o agente no plano de salvação, mediador entre Deus e a humanidade (ITm 2:5). Longe de ser um Deus irado que exige apaziguamento,
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EFÉSIOS o Pai atua para alcançar Seu propósito por meio de Cristo: a salvação cia humanidade ► (comparar com G1 4:3-5). Beneplácito. Do gr. eudokia, “boa vonta de". Frases como “beneplácito de Sua von tade", que combinam dois termos abstratos sinônimos, são características do estilo de Efésios. Foi da vontade de Deus elaborar e pôr em funcionamento o plano da salvação, pelo qual todos os que têm fé em Jesus Cristo são adotados como filhos na família de Deus (Jo 3:16; Ap 22:17). 6. Para louvor. Como resultado da reve lação da graça de Deus na adoção, o uni verso obteve uma concepção verdadeira do caráter e dos propósitos de Deus e responde com expressões de louvor. Um dos propósi tos do plano da salvação é vindicar o caráter de Deus perante o universo (ver Ef 3:10, 11 ; PP, 68; cf. DTN, 625, 626). Glória de Sua graça. A abundância e plenitude da graça de Deus é um tema de destaque nesta epístola e é apresentado como o motivo principal de confiança e esperança (sobre graça, ver com. de Rm 3:24). Concedeu gratuitamente. Do gr. churitoõ, “dotar de graça", “tornar gracioso”. Aqui, obviamente se aplica o primeiro signi ficado. A ideia é de graça concedida gratui tamente, pela qual fomos enriquecidos ou ornamentados. Aquele que entregou Seu Filho à morte ignominiosa também proporciona outras riquezas (Rm 8:32). A misericórdia, o lavor e a boa disposição de I )eus para conosco permitem um relacionamento com Ele que não seria possível de outra forma. Deus não pode ser comprado nem subornado ou sedu zido; o que Ele laz é o resultado da própria boa vontade por Seu propósito. No Amado. Outra forma da expres são-chave desta epístola (ver com. do v. I). A designação do Filho como o Amado é apro priada neste contexto. Os crentes são atraídos a Deus pelo Amado c, como resultado, podem ser chamados de filhos amados (Ef 5:1).
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Deus ama aqueles que recebem Sua graça da mesma maneira como ama Filho. 7. No qual. A redenção se efetua por algo mais do que um tipo de cooperação com C risto, ou uma simples união espiritual com Deus. Cristo é a "esfera viva da reden ção; em Sua pessoa tem lugar esta grande obra. Ele é ao mesmo tempo o arquiteto, o construtor-mestre e a pedra angular da redenção. Ele é o pastor e também a porta do aprisco (Jo 10:1-14). Redenção. Do gr. tipolutrõsis. "recompra , "resgate”, “libertação" (ver com. de Rm 3:24). Pelo Seu sangue. A vida está no sangue (Lv 17:11). O sangue derramado de Cristo representa a vida que foi vertida para redi mir a humanidade. Remissão dos pecados. Redenção é a libertação de um cativeiro sob o qual as pessoas se colocaram por transgredir a von tade divina, libertação obtida a um custo infinito. O derramamento de Seu sangue loi "para remissão dos pecados” (ver com. de Mt 26:28). Riqueza da Sua graça. Comparar com "riquezas da Sua bondade” (Rm 2:4), "riqueza da Sua glória" (Ef 3:16), “Sua riqueza cm gló ria' (Fp 4:19) e "riqueza da glória" (Cl 1:27). 8. Abundantemente sobre nós. Ou, “derramou sobre nós" (NVI), ou “com tanta fartura" (NTLII). As riquezas da graça de Deus não somente suprem todas as neces sidades, mas transbordam em dons adi cionais. Toda a criação testemunha a mão generosa pela qual o Criador dotou Suas obras. Quem suplica a graça divina desco bre que Ele não c menos generoso com os dons espirituais. Em toda a sabedoria e prudência. Esta frase pode ser ligada tanto à anterior quanto à seguinte. Se for considerada parte do v. 8, refere-se à esfera na qual a graça de Deus é derramada sobre nós; assim, “sabedo ria e "prudência são dons que Ele concede ao ser humano. Se a frase for considerada
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como a primeira parte do v. 9, ela se refere a perdoar o pecado ou vir em auxílio de Suas às qualidades de Deus. Ambas as interpre criaturas feridas. tações são possíveis, porque nos manuscri Em Si mesmo (ARC). Evidências tex tos antigos não há sinais de pontuação nem tuais (cf. p. xvi) atestam que "Si" refere-se a divisão das palavras. "Cristo" (cf. ARA). 9. Mistério. Do gr. mysterion (ver com. 10. Convergir IMEle. Do gr. anakephalaioõ, de Rm 11:25). O momento era propício para “resumir", “unificar", "reunir". A palavra revelar o mistério da vontade de Deus. Por ocorre no NT só aqui e em Romanos 13:9, muito tempo, o mundo tinha sido prepa cm que se apresenta um resumo da lei. Este rado para essa hora, e o apóstolo Paulo fora é o propósito divino: a restauração da uni honrado em ser um dos portadores de um dade perdida. Precisa, necessariamente, ser segredo 'oculto dos séculos e das gerações" “cm Cristo" (ARC), porque Ele é o centro de (Cl 1:26; cf. Ef 3:3). A superabundância da todas as coisas. Iodas as coisas foram leilas graça de Deus tinha sido um mistério até por Ele; Ele sustenta o universo pelo poder §>► sua proclamação na vida e morte de Cristo, da Sua palavra; Ele é o centro da igreja e e sua extensão e aplicação aos gentios só sua suprema esperança. A vida cristã não então começava a ser conhecida. Este é o é uma marcha solitária para o reino de motivo principal desta epístola de Paulo. Deus. O cristão é membro de uma comuni Alguns afirmam que Paulo usa aqui dade, o corpo de Cristo, a igreja. A unidade três palavras das religiões pagãs de mis do universo de Deus foi rompida pelo pecado. tério: “mistério", "conhecimento e “sabe O mistério da vontade de Deus se refere ao doria". No entanto, o uso dessas palavras plano de restaurar essa unidade quando a e dos conceitos que representam não se ocasião fosse propícia, restauração que se limita a essas religiões. Seus equivalentes faria mediante Cristo. Esse mistério che em hebraico são encontrados nos manus gará à culminação no final do grande con critos do Mar Morto, refletindo conceitos flito, quando todas as coisas no Céu e na judaicos. Como o apóstolo Paulo conhecia Terra serão reunidas em Cristo, e o caráter bem o AT e o considerava como revelação da divindade for justificado. divina, é bem possível que houvesse tomado Dispensaçâo. Do gr. oikonomia, “admi esses antigos conceitos e os acomodara de nistração", isto é, o ofício de um administra acordo com a ideia sublime que o cristia dor, “arranjo", “plano". Paulo parece referir-se nismo tem acerca de Deus. ao plano da salvação, que finalmente condu Beneplácito. Ver com. dov. 5. Essa reve ziria à unidade aqui descrita. lação partiu do gracioso propósito de Deus. Plenitude dos tempos, ü plural sugere A entrada do pecado no mundo não foi um uma sucessão de períodos ou épocas (cf. dilema para Deus, nem fez com que Ele, de com. de ICo 10:11). Esta expressão parece má vontade, pusesse em marcha a sublime, abranger toda a era do evangelho. Assim ainda que angustiante, obra da redenção. como há tempo apropriado para a semea Ele não precisou ser obrigado nem conven dura c a colheita, também há momentos cido por circunstâncias externas. Deus fez propícios para a atividade divina em relação com prazer Sua obra pela humanidade. Não com a redenção da humanidade. Algumas é uma imagem adequada ou reverente do coisas podem ser realizadas em uma época caráter de Deus apresentá-Lo como alguém e não em outra, porque Deus trata com que cedeu relutantemente à persuasão da seres morais livres a quem nunca força humanidade ou de Cristo antes de Se dispor a cumprir Seus propósitos. Ao longo dos I 108
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séculos, houve sucessivos desdobramentos se constituem em mordomos de Sua graça em relação ao mundo. dos planos de Deus, estágios de desenvolvi A esperança cristã é mais do que sim mento que conduzem à consumação final, cpiando se alcançará a unidade universal. plesmente um desejo para o futuro, pois se O apóstolo amplia este tema no decorrer baseia nas promessas de Deus em Cristo. de sua epístola. As Escrituras falam da “plena certeza da 11. Feitos herança. Ou, “fomos esco esperança” (Hb 6:11), "uma viva espe lhidos |por sorteio]". Iodos os crentes já rança (IPe 1:3), a esperança que "não con estão na posse da herança mediante a pro funde" (Hm 5:5) e do "Deus da esperança" messa. A herança do cristão lhe vem como (Hm I5:E3). Há, no ser humano, um impulso direito pela adoção mencionada no v. 5. Essa prolundamente enraizado, implantado pelo herança está em Cristo, que o comprou com próprio Deus, que o persuade a buscar um final Seu sangue. feliz para os trágicos acontecimentos da vida. Predestinados. Ou, “marcados de ante Os judeus conversos ao cristianismo mão (ver com. dos v. 4. 5). O apóstolo menciona foram os primeiros a ter o privilégio de colo mais uma vcv a predestinação, provavelmen car sua esperança em Cristo. Paulo men ciona seus parentes Andrônico e Junias te com o propósito de relembrar que a heran ça não se obtém por acidente ou casualidade. que chegaram a ser cristãos antes dele Está em harmonia com o propósito predeter (Rm 16:7). O apóstolo sempre lamentou os anos mal gastos em sua juventude. Felizes minado de Deus. Conselho da Sua vontade. E tranquili são aqueles que vão a Cristo desde seus pri zador saber que Deus trabalha de acordo com meiros anos e se comprometem com Ele por Sua vontade e não de acordo com o desejo toda a vida, em vez de oferecer somente o humano, pois este é inconstante e imprevi resto de uma vida desperdiçada. A esperança é sível. As pessoas desafiam ou questionam como uma corda lançada a alguém que se os atos de Deus e atribuem a Ele a mesma afoga. Que insensatez seria debater as inten ► mutabilidade própria do gênero humano, ções de quem joga a corda ou questionar seu esquecendo-se de que, cada ato divino está propósito! Aquele que perece se apega à "ben respaldado pela perfeição pelo Seu amor inli- dita esperança" e descobre que esta o sustenta e nito. O Altíssimo não atua sob pressão ou o conduz a Cristo, que lhe oferece vida eterna. necessidade, pois possui sabedoria e amor 13. A palavra da verdade. Esta expres infinitos e vontade soberana. são é definida aqui como o "evangelho da 12. Louvor da Sua glória. Comparar vossa salvação" (cl. Rm 1:16). Somos instados com o com. do v. 6. a prestar atenção a esta palavra (Mc 4:24), a Os que de antemão esperamos em lim de recebê-la com humildade (Tg 1:21) Cristo. Literalmente, “que ainda esperam e lé (1 Ib 4:2), pois é o meio para alcançar em Cristo”. Estas palavras têm aplicação a vida eterna. Segundo esse conceito, "ver especial aos cristãos judeus, que, por inter dade" é muito mais do que uma coleção de médio de seus pais, loram os primeiros a afirmações, o que não traria em si a salva participar da herança, pois, desde o tempo ção. A verdade deve finalmente nos condu de Abraão, os judeus haviam aguardado o zir Àquele que é "o caminho, e a verdade, e Messias. Eles eram altamente privilegiados a vida" (Jo 14:6). por poder viver e trabalhar "para louvor da Crido. Esta palavra foi acrescentada. Sua glória”, assim como os cristãos, que Outras interpretações são sugeridas: (I) que detêm hoje a verdade do evangelho, também o pensamento se liga à primeira parte do I 109
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v. 11, e que “obtivestes uma herança deve ser acrescentado, indicando: “em quem também vós obtivestes uma herança”; (2) que deve ser acrescentada a forma verbal "sois", levando a: “em quem também vós sois": (3) que o pen samento estaria à frente, com "lostes sela dos”, perto do final do versículo, caso em que nenhuma palavra pode ser acrescen tada, e a passagem diria: "Em quem também vós [...] fostes selados” (ver ARA). Contra o acréscimo do termo “crido”, afirma-se que a expressão no v. 12 deve ser: "de antemão esperamos” (uma só palavra no grego), e que essa ideia não se enquadra no v. 13. Todo impulso nobre no pensamento de qualquer pessoa, cristã ou gentia, brota daquela única fonte. De fato, a influência do Espírito Santo é necessária para a recep ção efetiva da verdade (ICo 2:12-15). Assim como a semente que caiu em solo pouco fértil, a palavra, escrita ou falada, não tem poder para mudar a vida, a não ser que esteja acompanhada pela Palavra Viva. Selados. Do gr. sphragizõ (ver com. de 2Co 1:22; cf. com. de Jo 6:27). A mudança na vida do crente se produz de forma ordenada: primeiramente ele ouve, em seguida, crê e, finalmente, é selado como com uma impres são ou carimbo. Espírito Santo da promessa. O Espírito é chamado assim porque foi prometido desde os tempos antigos (Is 32:15; Ez 36:26; Jl 2:28) e, também, pelo próprio Cristo (Jo 14:16, 17). E o Espírito da promessa que sela ou identi fica aqueles que Lhe pertencem (2Tm 2:19) e os protege até o dia da redenção (EI 4:30). Ele é identificado aqui como o agente do selamento. Os que são selados recebem o tes temunho espiritual interno de que são filhos de Deus (1 Jo 5:10). O Espírito Santo assegura que as promes sas de Deus são verdadeiras, e é essa con vicção que, em grande parte, distingue os §► crentes dos incrédulos. O selo é colocado sobre lodos os que optam por se tornar santos.
14. Penhor. Do gr. arrabõn (ver com. de 2Co 1:22). A ideia geral desta passagem é que o Espírito Santo foi prometido na Palavra de Deus; e, quando os crentes acei tam esta Palavra, recebem o Espírito Santo e são selados. Este selamento é uma garan tia adicional do cumprimento final de todas as promessas de Deus para a humanidade. O filho de Deus tem o privilégio de pro var das alegrias celestiais ainda nesta vida, pois, se não fosse assim, poderia questio nar a autenticidade de sua experiência. Ele pode ter certeza da ressurreição do corpo, da volta do Senhor, do dom da imortalidade e de todas as realidades eternas. A promessa é certa, visto que é garantida pelo próprio Deus, mediante o Espírito Santo. Resgate. Ver com. do v. 7. A redenção aqui é considerada como futura, embora o crente já tenha sido salvo em virtude de haver aceitado a Cristo. No entanto, con tinua aguardando a total libertação do pecado e de suas consequências, pois ainda há uma glória a ser revelada. Sua propriedade. Do gr. peripoiêsis, "aquisição", “obtenção", "tomada de posse”. A palavra peripoiêsis é traduzida pela expres são "propriedade exclusiva" (1 Re 2:9), na frase "povo de propriedade exclusiva de Deus", lite ralmente, "povo adquirido", ou “povo de pro priedade [de Deus]". Alguns comentaristas aplicam a frase de Paulo aos santos como propriedade de Deus, outros, à herança que os santos adquirem (ver com. de Ef 1:18). A última posição parece ser a exigida pelo contexto. Os santos aguardam ansiosamente a posse futura da qual o Espírito Santo c o penhor. Louvor da Sua glória. Ver com. do v. 6. A notável introdução de Efésios termina com esta nota de louvor. O pensamento de Paulo abrange desde "antes da fundação do mundo” até o "resgate da Sua propriedade". Ele vê a Cristo como o centro de tudo. Tudo é "nEle". Paulo não apresenta esta
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17. O Deus. O fato de Deus Pai ser des ideia como uma abstração teológica, mas de preocupação prática. Ele não tece uma filo crito como “o Deus de nosso Senhor Jesus sofia nem escreve um tratado sobre o pro Cristo" não significa subordinação do Filho blema da predestinação e do livre-arbítrio. ao Pai (ver com. de Jo 14:28). Ao orar a Deus, nos identificamos com nosso Irmão mais Ele considera que Cristo resolve cada pro blema intelectual e moral que as pessoas velho, embora compreendamos apenas par tenham que enfrentar. cialmente o significado desse relacionamento. 15. Por isso, também eu. Devido às Pai da glória. Comparar com At 7:2. ◄! bênçãos descritas nos v. I a 14, o apóstolo pro A expressão pode se referir à glória que per fere uma oração de louvor e ação de graças. tence ao Pai como uma qualidade própria Ouvido. Durante sua prisão, Paulo rece (ver com. de Rm 3:23). É sugerido no v. 18, bia mensagens das igrejas que havia fundado, que o crente que tem o Pai da glória tem tam das quais algumas o alegravam e outras o bém a herança da glória. Assim como o Pai entristeciam. A fé dos efésios era uma fonte glorificou o Filho com a glória que tinha com Ele antes da fundação do mundo (Jo 17:24), de grande encorajamento para ele. Amor para com todos. Evidências tex o Altíssimo glorificará os que vão a Ele por tuais (cf. p. xvi) favorecem a omissão da pala meio de Cristo (2Co 3:18). vra "amor”. Entretanto, a palavra é necessária Espírito. Ou, “um espírito". A expressão para dar sentido à frase. Em outros textos, pode se referir à iluminação que o Espírito Paulo une fé a amor (1 Co 13:13; lTs 1:3), Santo concede ao cristão que busca o conhe cimento de Deus (cf. Lc 12:12; Jo 14:26; pois são esses que distinguem todos os ver ICo 2:9, 10). dadeiros cristãos. Amor para com os santos é resultado natural da fé em Cristo. E impos Sabedoria. Do gr. sophia (ver com. de sível amar a Deus sem amar os santos Lc 2:52), correspondendo ao heb. chokmah (ver com. de Pv 1:2). (1 Jo 4:20) e, de fato, até os que não são san tos. O amor que Paulo recomenda é amplo, Revelação. Paulo não deve estar se refe inclui a todos os santos, mesmo aqueles a rindo aqui a uma comunicação direta de quem é mais difícil amar, dev ido a seus hábi Deus com o ser humano, mas à capacidade de entender o que Deus revela. É necessário tos c temperamento. 16. Dar graças. Ver Rm 1:8; ICo 1:4; mais do que a razão para se chegar ao ver Fp 1:3; Cl 1:3; lTs 1:2; 2Ts 1:3; 2 lm 1:3; dadeiro conhecimento de Deus. Deve haver Fm 4, 5. O espírito de gratidão de Paulo era iluminação divina, visão espiritual, dada incessante. A frequência das expressões de diretamente por Deus. ações de graças do apóstolo é uma indicação Conhecimento. Do gr. epignõsis, “pleno da natureza alegre e radiante de seu espírito, conhecimento”, ou “conhecimento preciso". sem a qual ele nunca poderia ter suportado Não se trata apenas de reconhecer a Deus, seus sofrimentos. Infelizmente, as notas de mas de conhecê-Lo perfeitamente. Esse alegria e ação de graças faltam em muitas conhecimento é recebido por aquele que vidas cristãs. O remédio pode ser encon está disposto a aceitar a revelação que Deus trado cm compartilhar experiências positi faz de Si mesmo. Não se trata de conhe vas da vida cristã. cimento teórico ou de mero assentimento Fazendo menção. Um estudo das ora intelectual, mas de conhecimento experi ções de Paulo revela que suas petições eram mental que vem àqueles cujas faculdades em grande parte em favor das igrejas e de espirituais são vivificadas e se tornam sensí determinadas pessoas (cf. Rm 1:9; Fp 1:4). veis à verdade espiritual. Esse conhecimento 1111
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é progressivo. Deus revela, a cada dia, novos meio do Espírito, experimentará em todos aspectos de Seu caráter que comovem a pes os aspectos de sua vida a bem-aventurada soa e a inspiram a um viver santo. esperança. DEle. Isto é, de Deus, como mostrado Alguns comentaristas afirmam que, nos v. 18 a 20. por “esperança", Paulo se refere ao propó 18. Olhos do vosso entendimento sito final do chamado divino: as alturas da (ARC). Evidências textuais (cl p. xvi) favo realização espiritual à qual Ele chama Seus recem a variante “olhos do vosso coração" santos e a glorificação futura quando os san (ABA). Esta frase marcante não ocorre em tos serão restaurados ao estado original de nenhum outro texto do NT. Por “coração , perfeição. os hebreus representavam a sede dos pen Chamamento. Ver com. de Rm 8:30. samentos, da vontade e das emoções (ver Herança. Este termo tem sido enten com. de Brn 1:21). Este parece ser o sen dido como se referindo tanto aos santos tido que Paulo dá ü expressão aqui. “Olhos como herança de Deus quanto aos privilé representam percepção, e olhos iluminados, gios que os santos desfrutam como herdeiros consciência espiritual e compreensão moral. de Deus. Em outras passagens fala-se dos "Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram é redimidos como tesouro, riqueza ou herança o que veem os olhos espiritualmente percep- de Deus (Ex 19:5). Eles são Seus pela cria tivos (ver com. de ICo 2:9, 10). Tem lugar ção e pela redenção. Eoram “comprados por uma nova e profunda compreensão que afeta preço" (ICo 6:20) e, consequentemente, Ele o mais íntimo da personalidade. Nãoé uma tem prazer em sua herança. nova I acu Idade ou dom, é uma nova visão Vista como o privilégio dos santos, a ou perspectiva. herança é gloriosa e rica, pois "O vencedor her Para saberdes. O apóstolo enumera dará estas coisas” (Ap 21:7). As riquezas da três itens de conhecimento que vêm àque graça de Deus, de Seu amor, poder, miseri- «i les cujos olhos são iluminados (v. 18, 19). córdia e reino são compartilhadas com Seus Esperança. Ver com. de Rm 5:2-5; 8:24. filhos fiéis (cf. Ep 4:19). Alguns comentaristas acreditam que. nesta 19. Poder. Além do conhecimento da passagem, Paulo se refere não ao que se "esperança" e das "riquezas” (v. 18), o após espera, mas ao princípio da esperança que tolo ora pelo conhecimento pessoal do poder é inspirado na vida do crente pelo chamado de Deus na vida. Ao experimentar a conver divino. Possuir essa esperança é ter algo pre são e a santificação, a natureza fraca é rea cioso. Como os efésios ainda não compreen vivada e transformada pela energia divina. diam o pleno sentido de sua vocação, Paulo O fato de se manter “a esperança do Seu estava ansioso de que eles vissem que a espe chamamento" (v. 18) seria algo torturante rança cristã se baseia nos eventos da reden e insatisfatório, não fosse pelo poder que a ção: “Cristo em vós, a esperança da glória acompanha. (Cl 1:27). Eles tinham recebido o perdão dos Os que cremos. A fé é o canal que pos pecados, eram filhos de Deus, mas ainda sibilita a operação do poder divino (ver com. assim sua visão era limitada. Paulo queria de Rm 4:3-5). que tivessem a esperança que lhes abriria Segundo a eficácia. A característica horizontes jamais sonhados. A esperança é permanente do poder de Deus consiste no uma combinação de fé e certeza, mas que que é exercido ou realizado cm Cristo (v. 20). espera pela plenitude no luturo. O crente Poder. Do gr. kratos, "força , “vigor". No deve saber que, se é chamado por Deus, por sentido de “poder", esta palavra é usada no I I 12
EFÉSIOS NT apenas em relação a Deus e Sua pala vra. O grande poder de Deus se manifesta na transformação do pecador em um santo. Essa mudança notável não c produzida pela psicologia, educação ou realização de boas obras; é um ato da graça e do poder divinos. 20. Exerceu (...) em Cristo. Ver com. do v. 19. Ressuscitando-O. E maravilhoso que o mesmo poder que realizou a ressurrei ção de Cristo opera no coração dos crentes. O poder divino atuou sobre o corpo morto de Cristo e opera novamente sobre os que estão "mortos nos (...) delitos e pecados’’ (Ef 2:1; cl. Rm 8:11; 2Co 4.14). Cristo ressuscitou com um corpo glorificado e assumiu a auto ridade ã direita de Deus. Sua ressurreição é uma segurança da ressurreição dos santos (Rm 4:25; ICo 15:20-22), e Sua exaltação, a garantia da exaltação final que os santos terão (cl. Ef 1:18). Direita. A mão direita é a posição de autoridade. A ideia de que Cristo compar tilha Sua autoridade com o Pai está exposta em outras passagens ( ver Jo 1:1; 17:5; At 7:55; Ap 3:21). Lugares celestiais. Ver com. do v. T 21. Iodo principado |...| e domínio. (leralmente se entende que esta enumeração se refere aos poderes angelicais (cl. com. de Ef 6:12; Rm 8:38), tanto bons como maus. Cristo é superior a todos os poderes celestiais e terrestres. Ele é t> Senhor soberano, com autoridade suprema e universal (ver com. de Rm 8:38; cf. ICo 15:24; Ef 3:10; 6:12; Cl 1:16). Paulo sempre quer deixar claro que Cristo não deve ser considerado como uma divin dade subordinada, um conceito que podia ser facilmente aceito, tendo em vista a crescente influência da heresia gnóstica. Ele utiliza ter mos Irequentes nos ensinamentos judaicos daquela época (ver Enoque 61:10) e estabe lece a verdade de que Cristo está acima de todos os outros seres, não importa qual seja Sua hierarquia suposta ou real.
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Todo nome. Estas palavras abrangem tudo e é usada para levar a enumeração pre cedente a um clímax. Não há nome que possa ser comparado ao de Cristo, pois não existe nenhum ser que possa comparar-se a Ele. Século. Do gr. aiõn, “idade”, “era" (ver com. de Mt 13:39). “Presente século signi fica a presente ordem, tanto nos céus como na Terra, e o mundo “por vir", como a idade futura tio universo. Como resultado de Sua humilhação e exaltação. Cristo será reconhe cido universal mente como supremo, não só nesta era presente, mas também na vindoura. 22. Debaixo dos pés. Ver com. de ICo 15:24-28. Cabeça sobre todas as coisas. Esta relação inclui mais do que governar. Ser “cabeça", no sentido que se dá nesta epís tola. inclui as ideias de união vital e relacio namento (El 4:15, 16; Cl 2:19). A cabeça é o centro ativo de todas as funções do corpo. Assim Paulo destaca a ideia de unidade, bem ilustrada pela relação vital entre a cabeça e o corpo. Igreja. Do gr. ekklêsia (ver com. de Mt 18:17). 23. Seu corpo. Cristo, a cabeça, é a sede de toda a autoridade tia igreja. A analo gia entre a igreja e o corpo humano é muito própria. Assim como o corpo c um e a igreja é uma só, ambos são compostos tie vários membros e cada um deles tem caracterís ticas e funções particulares. Embora exista uma grande diversidade de dons, isso não é impedimento para a associação e coope ração harmoniosas. Na realidade, apenas quando os membros atuam em estreita rela ção podem desempenhar as funções próprias de cada um. ◄ Plenitude. Do gr. plerõma, "numero com pleto". toda a extensão”, "todo o conteúdo', também "complemento". Esta palavra se refere em sentido passivo at) que é preenchido, ou à condição de plenitude de algo, uma vez que está cheio (cf. com. de Cl 1:19). Paulo vê a
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igreja como o corpo de Cristo preenchido com a plenitude de Deus (Ef 3:19). Cristo derra mou Suas qualidades e Sua plenitude sobre a igreja, enchendo-a de vida santa e abundante.
Em Colossenses, Paulo destaca a divindade de Cristo, a cabeça; em Efésios, os privilé gios do corpo. Enche. Ver com. de Ef 4:10.
COMENTÁRIOS DE ELLEN G. WHITE 9 - AA, 159 3-TM, 518 14-LA, 128, 540; DTN, 3-5 - EEC, 403 827; OE, 674; PR, 682; 3-7 - T5, 729 PP, 67 6- DTN, 113, 675, 834; 17-TM, 104; T8, 335 MCH, 11, 260; PR, 313; 17, 18- MCH, 44, 360 T5, 229 7- CS, 17; CC, 55; T5, 635; 17-19 - CG, ix; T5, 740; T7, 154 T6, 257
18- FEC, 112; MDC, 89, MCH. 264; T6, 309 19- DTN, 200; OE, 262 20, 21 - DTN, 787; MCH, 295; HR, 427 22, 23-DTN, 414; Ed, 268; FEC, 413; TI, 283
Capítulo 2 1 Em face do ijtie os creates eram comparado ao que são pela graça, 10 Paulo declara que foram criados para as boas obras. /3 Levados para perto por Cristo, não devem viver como os gentios, mas 19 como concidadãos dos santos e membros da família de Deus.
1 Ele vos deu vida, estando vós mortos nos 8 Porque pela graça sois salvos, mediante a vossos delitos e pecados, fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 2 nos quais andastes oulrora, segundo o curso 9 não de obras, para que ninguém se glorie. deste mundo, segundo o príncipe da potestade 10 Pois somos feitura dEle, criados em Cristo do ar. do espírito que agora atua nos filhos da Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão desobediência; preparou para que andássemos nelas. entre os quais também todos nós andamos ou11 Portanto, lembrai-vos de que, outrora, vós, trora, segundo as inclinações da nossa carne, fazen gentios na carne, chamados incircuncisão por do a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, aqueles que se intitulam circuncisos. na carne, por natureza, filhos da ira, como também os demais. por mãos humanas. 4 Mas Deus, sendo rico cm misericórdia, por 12 naquele tempo, estáveis sem Cristo, se causa do grande amor com que nos amou. parados da comunidade de Israel e estranhos às 5 e estando nós mortos em nossos delitos, nos alianças da promessa, não tendo esperança e sem deu vida juntamente com Cristo, - pela graça sois Deus no mundo. salvos, 13 Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que 6 e, juntamente com Ele, nos ressuscitou, e nosantes estáveis longe, fostes aproximados pelo fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus;sangue de Cristo. 7 para mostrar, nos séculos vindouros, a su 14 Porque Ele é a nossa paz, o qual de ambos prema riqueza da Sua graça, em bondade para fez um; e, tendo derribado a parede da separação conosco, em Cristo Jesus. que estava no meio, a inimizade, 1 1 14
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19 Assim, já não sois estrangeiros e peregri 15 aboliu, na Sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois crias nos, mas concidadãos dos santos, e sois da fa se, em Si mesmo, um novo homem, fazendo a paz, mília de Deus, 20 edificados sobre o fundamento dos após 16 e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo tolos e profetas, sendo Ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; por ela a inimizade. 21 no qual todo o edifício, bem ajustado, cres 17 E, vindo, evangelizou paz a vós outros que ce para santuário dedicado ao Senhor, estáveis longe e paz também aos que estavam 22 no qual também vós juntamente estais !► perto; 18 porque, por Ele, ambos temos acesso ao sendo edificados para habitação de Deus no Espírito. Pai em um Espírito.
Outrora. Ou seja, antes da conversão. 1. Deu [...] vida. Esta expressão só Curso. Do gr. aiõn, literalmente, “época" ocorre no original grego do v. 5. A constru ção é de difícil compreensão, a menos que (ver com. de Mt 13:39). Aiõn não só expressa o verbo seja acrescentado antes (sobre "dar "tempo", mas também pode denotar o tipo de vida característica do mundo: desunião e vida", ver com. do v. 5). Mortos. O ser humano sofre algo mais separação de Deus. do que desajustes sociais ou incômodos com Mundo. Do gr. kosmos (ver com. de plexos. O seu estado é de morte espiritual. Mt 4:8). Às vezes, kosmos é usado quase A situação de degradação humana é pare corno sinônimo de aiõn (comparar ICo 3:19 cida com a morte física. Na morte, falta o com ICo 2:6). A diferença é que aiõn é um princípio da vida, essencial ao crescimento período de tempo, do ponto de vista de suas e à disposição, e esta é precisamente a con características, enquanto que kosmos é o dição dos espiritualmente mortos (El 5:14; mundo em determinado período. O príncipe. Isto é, o diabo. Jesus o Jo 6:53; IJo 3:14; 5:12; Ap 3:1). Delitos e pecados. Literalmente, “os deli chama de príncipe deste mundo (Jo 12:31). tos e os pecados". A força dos artigos fica clara Os racionalistas creem que Satanás seja quando é acrescentada a seguinte sentença sem apenas uma figura mitológica. O diabo está pontuação: "nos quais...” Provavelmente, os dois muito desejoso de que as pessoas creiam que termos são usados cumulativamente para res ele não existe. Porém, as Escrituras o apre saltar os distintos aspectos do pecado. sentam claramente como um ser real (ver 2. Andastes. Do gr. peripateõ, literal- com. de Mt 4:3). Do ar. Provavelmente, significando os mente, “andar por aí", metaforicamente, “viver”, "passar a vida". Na maioria das ocor céus atmosféricos. A expressão pode destacar rências do NT, principalmcntc por Paulo e o fato de que os seres demoníacos são invi por João, a palavra tem o sentido metafó síveis e habitam o ar que rodeia o planeta. Filhos da desobediência. Ou seja, pes rico de "conduta de vida" (comparar com o heb. halak, no com. de Gn 5:22; sobre o sen soas desobedientes. Esta classe nasce da tido de “viver", nesta epístola, comparar com desobediência, é desobediente pela própria El 2:10; 4:1; 5:8, 15). Em contraste com a natureza e está sujeita à condenação (Ef 5:6). caminhada do ímpio em seus "delitos e peca O homem natural se encontra em estado de dos", está a “caminhada” do regenerado em rebelião e oposição a Deus e Sua vontade “boas obras" (Ef 2:10). (SI 68:6; Is 1:2; 63:10).
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3. Também todos nós. Depois de se dirigir aos gentios, nos v. 1 e 2, Paulo com para a situação deles com a dos judeus e reco nhece que tanto ele como seus compatriotas pertenciam à classe dos “filhos da desobe diência" (cf. Rm 2:1; 3:20). A queda colocou lodos no mesmo nível (Rm 3:9, 23; CJl 3:22). Andamos. Do gr. anastrephõ. literalmente, "andar para lá e para cá ”, portanto, “conduzir-se ”. Anastrephõ não se refere à fala. exceto quando a fala é um aspecto do com portamento da pessoa. Inclinações da nossa carne. Os impulsos da natureza inferior (ver com. de Rm 7:5; 8:4 7). Fazendo a vontade. Ou seja, fazendo a vontade da mente não regenerada. O pecado ► se encontra profundamente arraigado na natureza humana, tanto os pecados próprios da natureza carnal, como as fantasias des controladas da mente. Filhos da ira. Ou seja, filhos dignos de ira, ou pessoas que merecem ira (sobre a ira de Deus, ver com. de Rm 1:18). O pecado de Adão levou seus descendentes a se tornarem "filhos da ira” (ver com. de Rm 5:12) e "vasos da ira (ver com. de Rm 9:22). 4. IVlas Deus. Os v. 2 e 3 apresentam um quadro sombrio do que parece uma ine vitável desgraça; a seguir. Paulo apresenta a solução. Rico em misericórdia. Deus não é ape nas misericordioso. Ele é rico em misericór dia para com todos os que O invocam (cf. Rm 10:12), não porque sejam dignos dEle, mas porque Deus tem prazer na misericór dia l l i 3:5; IPe 1:3). Grande amor. O amor de Deus é algo mais do que compaixão; leva à ação benefi cente e é imutável. Deus nos amou, “sendo nós ainda pecadores” (ver com. de Rm 5:8), e nunca deixará de nos amar. Foi esse amor que motivou Sua obra de salvação (Jo 3:16). () amor é um atributo primordial de Seu caráter (ljo 4:8), o qual encontra a expressão
máxima na pessoa de Cristo. Deus tem mise ricórdia de nós porque somos pecadores e nos ama porque somos Suas criaturas. Sua grande obra em lavor da humanidade não foi apenas um ato de benevolência ou con descendência caridosa, mas um ato de afeto e amor (sobre agapg, ver com. de Mt 5:43; ICo 13:1). 5. Mortos cm nossos delitos. Esta frase está conectada ao versículo anterior, "nos amou”, destacando assim o grande amor de Deus por nós “sendo nós ainda pecado res" (ver com. de Rm 5:8). Deu vida. Do gr. suzõopoieõ, "tornar vivo juntamente” (ver com. do v. I). Esta palavra é usada no N I somente aqui e em Colossenses 2:13. Ela e sua forma abreviada zõopoieõ, "vivificar”. são usadas 14 vezes no NT e se referem ao processo de transformação pelo qual se passa da morte para a nova vida. Assim como Cristo foi vivificado dentre os mortos, o ser humano também é vivificado da morte espiritual. O propósito divino é levar as pes soas a uma nova esfera, a uma nova relação, regida por novos princípios. Juntamente com Cristo. Os crentes foram crucificados com Ele. morrem com Ele, ressuscitam com Ele, vivem com Ele, reinam com Ele, são coerdeiros com Ele, sofrem com Ele e compartilham de Sua glória (cf. Rm 6:3-8: 8:17; Cl 2:20). A salvação se alcança não por meio de instrução ou normas morais, mas porque o crente recebe pela fé a vicia renova dora que I lui de Cristo. Pela graça sois salvos. Ver com. do v. 8. () coração do apóstolo está cheio do tema da salvação pela graça e, portanto, ele inclui aqui este pensamento parentético, a lim de destacar o maravilhoso ato de Deus. A forma verbal indica um ato do passado cujos resul tados continuam no presente. I lá três aspec tos da salvação: passado, presente e futuro (ver com. de Rm 8:24). 6. Ressuscitou. Comparar com Rm 6:5; Fp 3:10. Somos ressuscitados pelo poder
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EFÉSIOS vivificante da graça de Deus, para viver uma nova vida em Cristo Jesus. Assentar. Cristo está no Céu. assentado à direita de Deus (Ef 1:20; Cl 3:1), e nós, ao aceitá-Lo como nosso representante, tam bém podemos estar lá, em sentido espiritual, partilhando de Seu trono. Lugares celestiais. Ver com. de Ef 1:3. Aqueles que vão a Cristo, assentado à direita de Deus, podem viver na atmosfera do Céu enquanto estão aqui na Terra. Os crentes pertencem ao mundo celestial, porque a entrada de Cristo nas cortes celestiais é uma garantia da entrada de todos os que aceitam a salvação. A vida espiritual na Terra se torna, então, uma antecipação e um antegozo da celestial. Cristo está conosco pelo Espírito Santo (Mt 28:20) c nos considera como se já habitássemos com Ele. Em Cristo Jesus. Esta é a frase-chave da passagem, e está contraste com a frase "mortos em nossos delitos (ver com. do v. 5). 7. Mostrar, üu. “exibir ”. Este versículo apresenta um dos misericordiosos propósi tos da obra da graça. Séculos vindouros. Ou, "nos próximos aeons", eras da eternidade. Paulo concebe a eternidade como uma interminável suces são de períodos, não como algo atemporal. Suprema riqueza. A duração de uma única vida ou de uma era não é suficiente para revelar todas as riquezas da graça de Deus; é necessária a eternidade. Ao longo dos séculos sem fim, a existência das hos!► tes dos redimidos exibirá "a suprema riqueza da Sua graça (cf. com. de Ef 1:6). Kondade. Cristo foi o meio específico pelo qual Deus demonstrou Sua bondade para com a humanidade. "Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo" (2Co 5:19). 8. Pela graça [...] mediante a fé. E a graça da parte de Deus e a fé da parte dos seres humanos. A fé aceita o dom de Deus. Somos salvos quando confiamos em Cristo
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e nos entregamos a Ele. A fé não é a causa da salvação, mas apenas o meio (ver com. de Km 4:3; sobre a graça, ver com. de Km 3:24; sobre fé e salvação, ver com. de Km 4:3). Não vem de vós. Isto é, a salvação não se alcança pelo esforço humano. Dom de Deus. A salvação é um dom gratuito, obtido sem dinheiro e sem preço (ver Is 55:1; Jo 4:14; 2Co 9:15; ljo 5:11). 9. Não de obras. Ver com. de G1 2:16; cf. com. de Km 4:4. As obras não são a causa, mas o efeito da salvação (ver com. de Km 3:31). Glorie. Ninguém jamais poderá se van gloriar dizendo: “eu alcancei a salvação". Um dos propósitos do [ilano da salvação é mos trar nos séculos da eternidade as riquezas da graça de Deus (Ef 1:7). Portanto, não há nenhum motivo para jactância da parte dos seres humanos. 10. Feitura dEle. Do gr. poiêma, “aquilo que é feito ou executado", uma “obra”, "a cria tura". A palavra portuguesa "poema" é deri vada de poiêma. O termo se refere à nova criação espiritual que Deus efetua no ser humano. Somos refeitos por Ele com o pro pósito de praticar "boas obras”. Criados em Cristo Jesus. O ser humano não pode produzir boas obras por si mesmo. E necessário antes ser recriado espiritual mente por Cristo para que possa produzir as boas obras, as quais fará de acordo com a von tade de Deus. O privilégio e o dever de teste munhar mediante boas obras se torna possível devido à mudança que Cristo efetua nos pro pósitos, afeições e vontade (Mt 5:14-16). De antemão preparou. Antes da cria ção. estava previsto que os salvos pela graça praticariam boas obras como um testemunho da salvação pela graça. Essa sequência: sal vação e. em seguida boas obras, foi escrita no código espiritual pelo qual o ser humano deveria viver. Andássemos nelas. Sobre “andar no NT. ver com. do v. 2. Este andar contrasta com o descrito no v. 2. Caminhar ou andar
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em boas obras deve ser uma prática habitual e espontânea, não imposta; uma expressão natural da nova vida do crente. Se a pes soa não caminhar em boas obras, deve-se duvidar se recebeu a graça. O Arquiteto do universo é também o edificador da vida espiritual, cuja atividade tem um propósito eterno (Ef 1:4). Deus não só proporciona a oportunidade para a prática das boas obras, mas também os meios para sua realização (Jo 15:16; 2Tm 2:21). 11. Portanto, lembrai-vos. E bom que o cristão se recorde de sua antiga condição. Era surpreendente para judeus e gentios des cobrir que ambos haviam entrado para a nova relação de aliança com o Messias pelos mes mos meios, ainda que os judeus tivessem a vantagem de ter sido os primeiros a receber a Palavra de Deus (Hm 3:1, 2). Gentios na carne. Uma referência ao estado de incircuncisão. Incircuncisão [...] circuncisos. lermos distintos denotando gentios c judeus (ver com. de Hm 2:25-29; Cl 5:6). 12. Sem Cristo. Ou, "longe de Cristo (BJ), separados dElc. Paulo não condena os gentios, apenas diz que, como estavam desconectados do Messias, careciam da fonte do poder regenerador. “Sem Cristo” é a antí tese trágica da expressão-tema repetida mui tas vezes: “em Cristo" (ver com. de El 1:1). Separados da comunidade. Literal mente, "tendo sido alienados" (cf. Ef 2:19; Cl 1:21). Estranhos. Deus fez aliança com Abraão e seus descendentes (Gn 12:3; 22:18). Eles deveriam tornar disponíveis aos gentios os privilégios da aliança e convidá-los a parti cipar do culto do verdadeiro Deus (ver vol. 4, p. 14-17). Os judeus não cumpriram o plano de Deus e, como consequência, os gentios permaneceram “separados" e “estranhos”. Assim, antes de Cristo vir, o conhecimento das "alianças da promessa” estava conlinado quase exclusivamcnte ao povo judeu.
Não tendo esperança. Os gentios não tinham esperança no Messias, portanto, não havia esperança para as bênçãos que fluem dEle. Nas catacumbas de Boma, a palavra “esperança" é encontrada comumente nas « inscrições cristãs, porém nunca se encontra sobre um túmulo pagão. Sem Deus. Do gr. atheoi, da qual deriva a palavra “ateu". No entanto, a palavra grega, neste contexto, talvez signifique apenas "des conhecimento de Deus”. Esta é a condi ção de miséria e perdição. Os gentios não eram ateus no sentido de não crerem nos deuses, pois tinham muitos. Eles estavam sem o conhecimento do verdadeiro Deus, cujos atributos são santidade, amor, justiça e misericórdia. 13. Mas, agora. Outro contraste de Paulo para dar ênfase (v. 4). Longe [...] aproximados. Com o cha mado da igreja cristã (ver vol. 4, p. 21), o evangelho foi pregado aos gentios (ver com. de Horn 11:12), muitos deles responderam positivamente e, assim, foram “aproximados”. Pelo sangue. Pelo sangue de Cristo, os crentes são reconciliados (Rm 5:10; 2Co 5:19), redimidos (Cl 1:14), justificados (Hm 5:9) e purificados (IJo 1:7). O sangue de Cristo vindica o nome de Deus e é a prova de Seu amor (sobre o sangue de Jesus e a salvação, ver com. de Hm 3:25). L dito que Augustus M. Toplady, autor do hino "Rocha Eterna" (IIASD, n° 195), se converteu ao ouvir um sermão sobre Elésios 2:13, pregado por um trabalhador em um celeiro. 14. Ele é a nossa paz. O pronome “ele” é enfático no grego. Cristo não é apenas o paciiicador; Ele mesmo é a paz, o vínculo de união e de paz. NEle todas as divisões da humanidade devem ser abolidas. No AT, a paz é associada ao Messias (ls 9:6; cf. Mq 5:5). Por ser o vínculo entre judeus e gentios diante de Deus, Cristo efetuou a paz entre eles. De ambos fez um. Assim, já não há judeu nem grego, nem escravo nem livre (Cl 3:28).
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Parede da separação. Literalmente, o sistema se tornara pouco atrativo para o "parede divisória do muro , ou “o muro que gentio, assim como o Deus que ele acredi os separava (BJ). A imagem pode ter sido tava ser também o seu autor não lhe trazia tomada da barreira que no templo separava nenhum apelo. O sistema judaico, portanto, o átrio dos gent ios do pát io dos judeus (ver vol. 5,era como uma barreira intransponível, um p. 54). Além desse limite, nenhum gentio se muro, que impedia que os gentios aceitassem atrevia a passar (ver imagem, p. 488). a adoração do verdadeiro Deus. Os judeus 15. Aboliu. Do gr. katargeõ, “cancelar ”, odiavam e detestavam seus vizinhos gentios, "tornar nula e sem efeito". Este verbo é uti e estes, por sua vez, odiavam e desprezavam lizado em referência à figueira infrutífera seus vizinhos judeus. que “ocupava inutilmente" {kalurgcõ) a terra Deus confiara aos judeus Seus oráculos (Lc 13:7) e também para a incredulidade que (Rm 3:2). Eles estavam no mundo como "torna nula" a fidelidade de Deus (ver com. representantes oficiais da religião verdadeira. de Rm 3:3). Até a I undação da igreja cristã, nenhum outro « Na Sua carne. Ou seja, no sacrifício de povo havia a quem Deus pudesse direcionar Seu corpo na cruz. os candidatos à salvação. Ao se referir aos A inimizade (ARC). Este termo pode escribas e fariseus que “se assentaram" na ser considerado como estando em para "cadeira de Moisés ”, o próprio Jesus acon lelo a “parede de separação" e a "lei (...] de selhou ao povo: "Fazei e guardai, pois, tudo ordenanças". O texto grego parece favorecer quanto eles vos disserem" (Ml 23:2, 3). a primeira possibilidade, embora a última Quando os judeus rejeitaram a Cristo, sua não seja impossível e poderia ser preferi condição como representantes oficiais da reli da devido ao contexto. Ambas as ideias não gião verdadeira foi-lhes tirada e dada à igreja são incompatíveis. Cristo eliminou a inimi cristã (ver com. de Mt 21:43). Após a cruci zade ao abolir a "lei dos mandamentos na fixão, não era mais necessário que o Filho de forma de ordenanças ”. Deus Se engajasse no ritual do judaísmo Lei dos mandamentos. Geralmente, (ver com. de Gl 2:16). No início, a distinção considera-se que se refere à lei cerimonial. entre o cristianismo c o judaísmo não era E verdade que a lei cerimonial chegou ao compreendida claramente. Muitos judeus fim na cruz, mas se deve lembrar que o sis convertidos criam que o cristianismo era tema cerimonial, como Deus o deu, não se simplesmente o judaísmo ao qual tinha sido destinava a criar a inimizade que Paulo des adicionada a crença em Jesus como Messias. creve nesta passagem. Foram a interpre Alegavam que os gentios deveriam ser cir tação que os judeus lhe acrescentaram, as cuncidados e se conformar com o sistema adições que lhe fizeram e as atitudes exclu legal judaico, além de aceitar a Jesus Cristo. sivistas e hostis que adotaram, como resul O concílio de Jerusalém foi convocado para tado, que se tornaram a base da hostilidade. resolver a questão (At 15) e decidiu contra as Os regulamentos adicionais, juntamente pretensões judaicas. No entanto, nem todos com as interpretações envolvidas, serviram pareciam dispostos a aceitar as decisões do concílio. Desenvolveu-se um partido forte para modificar a força e a função dos man damentos originais ou então para anulá-los. que continuava a insistir em que os gentios Qualquer gentio que desejasse participar da deveriam aceitar o judaísmo, juntamente com o cristianismo. Um grupo de fanáticos desse “comunidade de Israel (v. 12) era confron tado com um sistema intrincado de requisi partido perturbou as igrejas da Galácia. o que tos legais. E fácil compreender então porque fez com que o apóstolo Paulo escrevesse a I I 19
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epístola aos Gaiatas, na qual ele declara que o sistema do judaísmo se tornara obsoleto. Essa mesma transição do judaísmo para o cristianismo é o tema de Paulo neste ver sículo. O judaísmo, com seu sistema intrin cado de mandamentos e decretos, perdera sua eficácia. Ao aceitar a Cristo e tendo sido removida essa barreira, os gentios, que esta vam “longe”, foram "aproximados”. Porém, o término do sistema cerimonial judaico não significou a revogação de todas as leis que Deus havia dado aos judeus. A lei cerimonial, que apontava para Cristo, natu ralmente, chegou ao fim quando Cristo cum priu seus tipos. A lei civil judaica já havia se tornado sem efeito em grande parte com a perda da soberania nacional. Mas os precei tos morais, que são uma transcrição do cará ter de Deus, são tão eternos quanto o é o próprio Senhor, e não podem ser revogados. Em todos os seus ensinos sobre o fim do sis tema legal judaico, Paulo enfatizou que a lei moral não foi revogada (ver com. de Hm 3:31). Falando do fim da circuncisão, Paulo teve o cuidado de acrescentar, “mas o que vale é guardar as ordenanças de Deus” (ver com. de ICo 7:19; ver também com. de G1 2:16). Consistia (ARC). Esta palavra foi acres centada. mas a sentença pode ser traduzida como: "lei dos mandamentos, consistindo em decretos [ou expressa em decretos’]”. Ordenanças. Do gr. dogmata, "decre tos’, “mandamentos", “decretos-leis". A pala vra é usada para o decreto da parte de César Augusto, “para que todo o mundo se alis tasse" (Lc 2:1, ARO e para os decretos de César em geral (At 17:7). Em Atos 16:4, dogmata descreve os decretos do concílio de Jerusalém. Aqui, dogmata descreve os decre tos da lei judaica. Para que [...] criasse. Do gr. ktizõ, “criar". Ver v. 10. Dos dois. Literalmente, “um dos dois”, isto é, judeus e gentios. Um novo homem. Isto significa mais
do que a harmonia estabelecida entre eles. O adjetivo gr. kainós, usado aqui, signi fica novo em qualidade e não em tempo. Trata-se de uma nova pessoa, de qualidade diferente de qualquer dos dois elementos que a compõem (cf. com. de Ef 4:24). Fazendo a paz. Estas palavras explicam a frase: “Ele é a nossa paz ”, do v. 14. 16. Reconciliasse. Do gr. apokatalassõ, forma intensificada de katalassõ (ver com. de Rm 5:10). Em um só corpo. Ou seja, o “novo homem” (do v. 15) e o “corpo” (de 1:23). Com esta figura o apóstolo se refere à igreja, o corpo, do qual Cristo é a cabeça (Ef 1:22). Por intermédio da cruz. Esta é a única vez em que se menciona a cruz nesta epístola. Ela é apresentada como o meio de reconciliação e o lugar em que a inimiza de foi destruída. A cruz é a grande niveladora e o denominador comum de todas as pessoas, porque Cristo morreu por todos, e fora d Ele não há outro meio de salvação. Destruindo [...1 a inimizade. No sen tido de que a morte de Cristo levou ao lim a hostilidade (cf. com. de Cl 1.20). Discórdia na família, conflitos partidários, animosi dade nacional, ciúmes denominacionais, ten sões c conflitos pessoais, tudo isso se resolve ◄ quando os seres humanos se tornam filhos e filhas de Deus e, assim, “um em Cristo". Por ela. Ou, "nela". 17. Vindo. Isto provavelmente se refere à vinda de Cristo por intermédio do Espírito depois da ascensão. Por meio tio Espírito, o evangelho da paz foi proclamado tanto a gen tios como a judeus. Evangelizou paz. A pregação do evan gelho sempre produ/ paz e boa vontade para com os semelhantes (ver “Ele é a nossa paz , no com. do v. 14). Ele não é apenas a garan tia de paz, Ele é a paz. Longe [...] perto. Ver com. do v. 13. Provavelmente uma alusão a Isaías 57:19. Os judeus necessitavam da reconciliação
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tanto quanto os gentios, pois, embora eles tivessem o conhecimento de Deus, foram separados dEle por suas tradições e seus pecados (Is 59:2; G1 1:14; 4:9; 1 Pe 1:18). O rasgar do véu do templo com a morte de Cristo (Mt 27:51) não só significa que o tipo havia encontrado o antítipo e, assim, o sis tema cerimonial havia chegado ao fim, mas também simboliza que a parede divisória entre judeus e gentios fora derrubada (ver PE, 209; comparar com Rm 3:30). 18. Acesso. Do gr. prosagõgS, aproxi mação’, “passagem” (ver com. de Hm 5:2). Jesus disse de Si mesmo: “Eu sou a porta. Se alguém entrar por Mim. será salvo” (Jo 10:9). O verdadeiro objetivo de toda religião é encontrar acesso a Deus. As três pessoas da Divindade são apresentadas neste versículo. Ao Pai. Esta expressão era rica em sig nificado para os que estiveram "longe”. Para os gentios, cansados de suas divindades e em busca do “Deus desconhecido" (At 17:23), a ideia de um Pai amoroso tinha um forte apelo. Em um Espírito. Ou, “em um só Espírito". Não há um Espírito para os judeus e outro para os gentios. 19. Estrangeiros e peregrinos. Com parar com o v. 12. Os estrangeiros ( xenoi) eram os de fora, mas os peregrinos {paroikoi) eram semi forasteiros, moradores que não tinham direitos de cidadania como os israe litas (ver At 7:6, 29). Concidadãos. Os gentios que aceitavam a Cristo tinham direito a todos os privilégios de cidadania na nova comunidade (cf. v. 12) da igreja cristã. Santos. Ver com. de Ef 1:1. Estes agora incluem tanto judeus como cristãos gentios, formando o “corpo” de Cristo (Ef 1:23; 2:16). Da família. Ou seja, membros da famí lia, ou parentes. Eles têm os privilégios de proteção, sustento e comunhão (cf. Cl 6:10). Deus é ao mesmo tempo rei dos cidadãos e pai da família. Eles já não são forasteiros
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ou hóspedes, mas residentes permanentes (Ef 3:15). 20. Fundamento. A figura literária muda, na forma característica de Paulo, das pessoas na casa para a estrutura em si. A figura difere da utilizada em 1 Coríntios 3:11, em que Cristo é apresentado como o fundamento. Apóstolos e profetas. Estas plavras podem ser consideradas como em paralelo a "fundamento". De maneira que a frase seria então “o fundamento, que são os apóstolos e profetas”. Alguns limitam o termo “profe tas" aqui aos profetas do NT (Ef 3:5; 4:11; cf. ICo 12:10). Outros acreditam que a refe rência seja aos profetas do AT, visto que eles realmente lançaram os fundamentos da obra do Messias. Os profetas a quem Deus reve lou as riquezas da Sua graça e os apóstolos, os evangelistas especiais dessa graça, cons tituem o fundamento. Outros cristãos com põem a estrutura do edifício. Esta passagem não diz que a igreja seria fundada sobre um apóstolo, Pedro, mas sobre todos eles, sendo Cristo a pedra angular. A pedra angular. Esta expressão é encontrada apenas aqui e em 1 Pedro 2:6, em que a construção é descrita como sendo feita de pedras vivas. Para o propósito da ligura, a base é considerada aquilo que man tém o edifício unido. Cristo une as várias partes da casa espiritual, dando-lhe forma e unidade. A metáfora é elaborada a partir do Salmo 118:22 e foi aplicada por Cristo a Si mesmo (Mt 21:42). 21. No qual. Isto é, em Jesus Cristo. Esta expressão, a frase-chave da epístola (ver com. de Ef 1:1), expressa uma expe riência espiritual real, assim como a frase "no Senhor", no final do versículo. O cres ! 0 cimento cristão ocorre por estarmos "nEle". < 1 1 Bem ajustado. Do gr. sunarmologeõ, ou, “ajustar adequadamente". A palavra é tra duzida como “bem ajustado e consolidado” (Ef 4:16, única outra ocorrência no NT). A igreja não é uma pilha de pedras
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amontoadas por acaso, mas tem forma e coe rência. Cada pedra tem seu lugar próprio. A estabilidade da estrutura depende de cui dadoso planejamento. Cresce. A medida que novos membros são recebidos na igreja. Santuário dedicado. Ou, “santuário consagrado". Assim como o santuário era con siderado o lugar da presença e manifestação de Deus, a igreja do Senhor é o templo em que Ele habita. Tudo que é tocado pela mão
e pela presença de Deus é sagrado, de modo que Seu santuário, ou "templo sagrado", é o lugar onde Ele está. 22. Também vós. Ou seja, os gentios. Observe o contraste entre a experiência aqui descrita e a experiência anterior, “mortos em ofensas e pecados" (v. 1, ARC). Sendo edificados. Ou, “sendo construí dos em conjunto", indicando um processo contínuo, quando novos acréscimos são fei tos ã igreja.
COMENTÁRIOS DE ELLEN G. WHITE 1 - AA, 203, 209; Ev, 137, 288; FEC, 332; CBV, 85. 163; CC, 43; TM, 440; T4, 354; T6, 66, 280, 426; T7, 243; 18, 31. 196, 203; T9, 137. 143 2-TM, 16, 73; T9, 21 4-DTN, 517; T6, 480; T8, 62; T9, 50 4-6 - T6, 300 4-7- MCII, 100; 15, 730 4-8 - PJ, 98 4-22-TM, 387 6 - AA, 46; CM, 163; MS, 46; TM. 124; T6, 479; T7, 32, 226; T8, 196; T9,
188; BS, 169 6. 7- Ed. 308 7 - DTN, 26, 249; Ev, 628; PR, 314 8-Ed, 253; OE, 161; CC, 61; TM, 148, 387 9 PJ. 401; CM, 341 10-FEC, 425 12-San, 82; 14, 568; 17, 238; T9. 33, 256 12, 13-AA. 175 13, 14 - PJ. 386, Pk, 370 14-AA, 14, 19, 136, 161; DTN. 622; PE, 209; MDC, 42, 47; LA, 25; HR, 285, 303;
T9, 181, 190 17 - Ev, 46, 326, 408; FEC, 273 18- 22 -T5. 266 19- A A, 139, 175; PP. 447 19, 20-A A, 176 19- 22-A A, 596; T9, 180 20- DTN, 597; T3, 387 20, 21 - PR, 36 20-22 - Ev, 573; OC, 416; T5, 291 21 - MDC, 150; 14, 258; T7, 131 21, 22-DTN, 162; TM, 387 22 - DTN, 209
Capítulo 3 3 Paulo conhece o mistério até então oculto de i\ue 6 os gentios devem ser salvos. 8 A ele foi dada a graça de pregar. / 3 Ele deseja cjue eles não desfaleçam por causa da tribulação e 14 ora para que compreendam o grande amor de Cristo.
1 Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro 3 pois. segundo uma revelação, me loi dado de Cristo Jesus, por amor de vós. gentios, conhecer o mistério, conforme escrevi há pouco, 2 se é que tendes ouvido a respeito da dis- resumidamente; pensação da graça de Deus a mim confiada para 4 pelo que, quando ledes, podeis compreen vós outros; der o meu discernimento do mistério de Cristo, I 122
EFÉSIOS 5 u qual, em outras gerações, não foi dado a conhecer aos filhos dos homens, como. agora, foi revelado aos seus santos apóstolos e profetas, no Espírito, 6 a saber, que os gentios são coerdeiros, membros do mesmo corpo e coparticipantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evan gelho; 7 do qual fui constituído ministro conforme o dom da graça de Deus a mim concedida segun do a força operante do Seu poder. 8 A mim. o menor de todos os santos, me foi dada esta graça de pregar aos gentios o evange lho das insondáveis riquezas de Cristo 9 e manifestar qual seja a dispensação do ► mistério, desde os séculos, oculto em Deus, que criou todas as coisas, 10 para que. pela igreja, a multiforme sabedo ria de Deus se torne conhecida, agora, dos princi pados e potestades nos lugares celestiais, 11 segundo o eterno propósito que estabele ceu em Cristo Jesus, nosso Senhor, 12pelo qual temos ousadia e acesso com con fiança, mediante a fé nElc.
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I. Por esta causa. Evidentemente, esta frase se refere à declaração imediatamente anterior, quanto aos gentios que não são mais estrangeiros e peregrinos, mas formam parte da edificação do templo do Senhor, hem como, de maneira geral, estão incluídos em todo o propósito de Deus. Assim, Paulo chama discretamente a atenção deles para a salvação em Cristo (ver TM, 391). Eu, Paulo. Comparar com 2ColO:l; Cl 5:2; Cl 1:23, 24; Fm 19. A ênfase se deve, sem dúvida, ãs declarações seguintes a res peito da grande comissão dada ao apóstolo. Ele mesmo está surpreso de que devesse ser instrumento de Deus em dar a conhecer a grande obra redentora, que ele descreveu nos primeiros capítulos. Prisioneiro. Quanto à prisão de Paulo nesta ocasião, ver p. 30. Paulo se referiu
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13 Portanto, vos peço que não desfaleçais nas minhas tribulações por vós. pois nisso está a vossa glória. 14 Por esta causa, me ponho de joelhos dian te do Pai. 15 de quem toma o nome toda família, tanto no céu como sobre a terra. 16 para que, segundo a riqueza da Sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o Seu Espírito no homem interior; 17 c, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados c alicerçados em amor. 18a lim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade 19 e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus. 20 Ora, Àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o Seu poder que opera em nós. 21 a Ele seja a glória, na igreja c em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!
muitas vezes a sua prisão; três vezes nesta epístola (cf. Ef 4:1; 6:20). E melhor estar na prisão por uma boa causa do que estar livre sem cumprir o dever nem estar à altura dos privilégios recebidos. De Cristo Jesus. Ou seja, um prisio neiro que pertence a Cristo, ou prisioneiro por amor de Cristo. Por amor de vós, gentios. Paulo estava na prisão por causa de seus trabalhos em favor dos gentios (At 21:28), partieularmente por af irmar que eles eram igualmente her deiros das promessas. Foi assim que ele pas sou a sofrer o ódio de seus compatriotas. Sua visão da graça superava qualquer bar reira nacional. 2. Se é que tendes ouvido. Aqui começa uma digressão que se estende talvez até o v. 14, em que as palavras “por esta causa" (v. 1) são
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repetidas para retomar a linha original de pen Conforme escrevi há pouco. Provavel samento. Nesta digressão, Paulo trata de dois mente, a referência não seja a uma epístola assuntos relacionados: a revelação do mistério anterior, mas ao que Paulo já havia escrito oculto de que os gentios são coerdeiros e de nesta epístola (Ef 1:9-13; 2:11) Poderia ser seu próprio chamado especial para o aposto dito, "como escrevi acima”. No entanto, lado a fim de lhes dar a conhecer esse mistério. alguns argumentam que ele estava se refe A incerteza expressa na sentença "se é rindo a uma carta anterior. que tendes ouvido’ tem sido apresentada 4. Compreender. Ou, “perceber”, "com como evidência de que a carta não foi ende preender com o intelecto". reçada aos Elésios. Afirma-se que Paulo Discernimento. Ou, “critério", "enten não falaria assim a um grupo entre o qual dimento”. Paulo não enaltece a própria inte ele havia trabalhado por três anos. Várias ligência, mas o fato de que Deus lhe havia explicações têm sido oferecidas: (1) que a concedido certo conhecimento que podia ser declaração é uma referência delicadamente comprovado pelos leitores espiritualmente ca irônica por uma coisa que não é duvidosa; pacitados. Ele assegura aos leitores que está (2) que a carta foi destinada não só aos plenamente informado acerca dos assuntos efésios, mas às igrejas da Ásia em geral; sobre os quais escreve e, por isso, é digno de (3) que, considerando que cerca de cinco confiança. Ioda testemunha de Deus também anos se passaram desde que Paulo visi pode sentir essa mesma convicção de que sua tou Efeso, a composição da igreja havia mensagem é verdadeira e válida. mudado tanto que Paulo escolheu falar Mistério. Do gr. mysterion (ver com. de com menos intimidade. Ele presumia que Rm 11:25; cf. com. de Ef 1:9). 5. Outras gerações. Cada geração teve os novos membros tinham ouvido o que ele dissera aos membros mais antigos (sobre sua revelação, mas nunca com o grau e a forma que têm as gerações desde o tempo esta questão, ver p. 1101). Dispensação. Ver com. de Ef 1:10. de Cristo. Em certo sentido, a revelação ► A ideia essencial da palavra é a mordomia foi progressiva; por um lado, para servir ao melhor interesse de cada geração; limi (Ef 3:2; Cl 1:25). Graça. Ver com. de Rm 3:24. Paulo tada, por outro, à ignorância voluntária das exalta seu ofício e se humilha como instru pessoas, até que a plena revelação surgisse mento, ou mordomo. Quando o Mestre nos na pessoa de Jesus Cristo. coloca em Sua obra, Ele nos honra. Filhos dos homens. Isto é, a huma Para vós outros, üu seja, para os gen nidade em geral, todos os seres humanos. tios (ver At 9:15; 22:21). Sua carreira e vida E a tradução de uma expressão idiomática de trabalho consistiam em total dedicação hebraica comum. Agora, foi revelado. O mistério só ao serviço de outros (At 26:17, 18; Rm 1:5). 3. Segundo uma revelação. Ver com. de pode ser conhecido quando Deus o revela. Gl 1:11, 12; cf. AA, 386. Paulo tinha um pro O Senhor não estava tentando mantê-lo em fundo senso de sua vocação. Ele era apóstolo, segredo. Ele desejava torná-lo conhecido mas não alguém seguindo as próprias aspira (sobre este significado de “mistério”, ver ções. Ele foi instruído, comissionado e ilumi com. de Rm 1 1:25). nado; e essa revelação explica seu profundo Santos apóstolos e profetas. Comparar conhecimento dos mistérios do evangelho. com El 2:20. O uso do termo “santo aqui é Mistério. Do gr. mysterion (ver com. de sugestivo. Alguns críticos têm questionado Rm 11:25; cf. com. de Ef 1:9). o uso que Paulo faz da palavra, no que diz
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EFÉSIOS
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respeito aos apóstolos, elos ejuais ele era um, Por meio do evangelho. Comparar mas os crentes também são chamados de com a declaração: "pelo evangelho, vos gerei" (ICo 4:15; cf. Hm 10:8-15; 16:25, 26). santos (Dt 7:6; Mc 6:20; Cl 1:22; Mb 3:1). No Espírito. Ver com. de 2Pe 1:21. O evangelho são as boas-novas de que as pes 6. Coerdeiros. Comparar com Hm 8:17; soas não precisam se perder, mas que para Cl 3:29; 4:7; Hb 11:9. Nenhuma das bên sua eterna salvação podem se unir a Cristo çãos da salvação devia ser negada aos gen para formar um só corpo. 7. Ministro. Do gr. diaknnos (ver com. tios. Assim se cumpriria a promessa feita a Abraão de que nele seriam “benditas todas de Mc 9:35). A palavra sugere atividade, as famílias da Terra” (Gn 12:2, 3). subordinação e serviço. A história dos judeus mostra claramente Graça. Neste contexto, o dom específico que eles não compreenderam que o plano da para o cumprimento do ministério e do apos salvação abrangia também os gentios, assim tolado (ver com. de Hm 3:24). Paulo sempre como não entenderam a universalidade do foi grato pelo privilégio de ter sido chamado. Operante. Comparar com Ef 1:19. O tra evangelho. Por isso, os gentios permanece ram em relativa ignorância. No entanto, em balho intenso de Paulo era resultado de um todo o AT, há indicações que Deus pretendia poder que lhe havia sido dado. O dom da revelar Sua glória a todos os povos (Gn 18:18; graça divina foi acompanhado por uma ener gia divina. SI 22:27; vervol. 4, p. 13-17). Mesmo corpo. Ver Ef 2:16. O propó 8. O menor de todos os santos. Compa sito declarado de Deus em Cristo é reunir rar com ICo 15:9, 10; 2Co 11:30; lTm 1:12-16. em um só corpo aqueles que durante séculos O reconhecimento da graça e do favor de haviam sido separados por temores e animo Deus sempre despertava humildade na sidades. Todas as diferenças históricas de mente de Paulo. Ele nunca esqueceu que etnia, nação e status social devem ser elimi perseguira os santos. Essa lembrança re nadas, não pela unificação política, mas pelo novava nele constantemente o apreço pela irresistível poder do amor e pela lealdade de grandeza de sua vocação em contraste com todo ser humano à pessoa de Cristo. Todos a indignidade de sua pessoa. Paulo parecia estar sempre maravilhado de que Deus to os eslbrços dignos, mas infrutíferos, das pes soas a fim de harmonizar suas diferenças, masse alguém tão imperfeito como ele, que tinha sido rebelde, para fazer dele um minis inevitavelmente falham porque não são diri gidos de acordo com os princípios básicos do tro de Sua graça. Ele não se sentia apenas reino de Deus: respeito e amor mútuos. Paulo como o menor dos profetas e apóstolos, mas também menor do que qualquer dos santos. anunciou isto a judeus e gentios igualmente. Aqueles que estão mais na graça divina serão Coparticipantes. Literalmente, "par também os mais humildes. Só assim estarão ticipantes comuns". A palavra assim tradu devidamente equipados para servir. zida ocorre somente aqui e em Efésios 5:7. No entanto, os sentimentos de Paulo Em Cristo Jesus. A frase-chave (ver decorrentes das reflexões sobre sua vida pas com. de Ef 1:1). Todas as preciosas pro messas de Deus a Israel e, então, também sada devem ser entendidos em conexão com aos gentios, foram cumpridas em Cristo sua al irmação de que tinha vivido “diante de H O Deus com toda a boa consciência" (At 23:1) e I ► (2Co 1:20). A frase “em Cristo Jesus por com a exortação aos conversos para que fos meio do evangelho" refere-se não só à "pro messa”, mas também aos “coerdeiros” e sem seus "seguidores" (literalmente, "imita "coparticipantes". dores". ICo 4:16; 11:1; Fp 3:17). A humildade 1 125
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não é uma qualidade negativa; pelo contrá rio, está em harmonia com o conhecimento da vitória pessoal sobre o pecado e com o crescimento na graça. Insondáveis riquezas. Comparar com Jó 5:9; 9:10: 11:7; Rm 11:33. Só podemos ver as bênçãos espirituais de Deus em parte, pois “vemos como em espelho, obscura mente (lCo 13:12). A plenitude de Cristo não pode ser esgotada, pois Ele não só pos sui insondáveis riquezas, mas Ele mesmo é a riqueza. Essas riquezas são insondáveis não porque estão ocultas ou distantes, mas porque são superabundantes. Ele é rico em graça, para com os gentios, em amor e em atividade redentora, para com os pecado res. Isto significa que em Cristo se encon tra a resposta a todo e qualquer problema humano. Os recursos divinos são inesgotá veis. Não é de admirar que Paulo, com esse conceito e convicção, haja declarado: “Decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado’’ (lCo 2:2). 9. Manifestar. Literalmente, "ilumi nar [ou esclarecer] a todos”. O evangelho traz à tona os mistérios que estavam ocul tos (v. 3-5). Pelo evangelho, toda a família humana, gentios e judeus, devem conhecer os propósitos de Deus. Qualquer igreja ou pregação que não cumpra esse objetivo Iracassa em sua missão. Pelo evangelho, podeis ler "iluminados os olhos do vosso entendi mento" (Ef 1:18 (ARC). Dispensaçâo. Significando "planeja mento". "administração" ou "mordomia" (ver com. de Ef 1:10; cf. 3:2). A igreja, como admi nistradora dos mistérios divinos, deve divul gar a sabedoria de Deus. O plano oculto é para ser manifesto. Desde os séculos. Literalmente, "desde todos os tempos". O plano da redenção foi estabelecido antes da fundação do mundo (ver com. de Ef 1:4). O desenrolar histó rico do plano foi uma expressão da bondade eterna de Deus.
Em Deus. Evidências textuais (cf. p. xvi) favorecem a variante "por Deus". Criou todas as coisas. Provavelmente, Paulo acrescenta este pensamento do poder criativo para impressionar seus leitores com a grandeza do tema. No evangelho, criação e recriação estão unidas, e as duas são rea lizadas no Filho e por meio dEle (ver Jo 1:3; Cl 1:20; Hb 1:2). O Deus que criou todas as coisas é igualmcnte poderoso para cumprir Seus propósitos na redenção. Por meio de Jesus Cristo (ACF). Evi dências textuais (cf. p. xvi) favorecem a omissão desta frase. No entanto, esta verdade está clara em outras passagens (Jo 1:3; Cl 1:20; etc.). 10. Pela igreja. Ou, "por intermédio da igreja". A igreja foi concebida para ser uma demonstração viva da sabedoria de Deus, assim como um paciente recuperado é um testemunho da habilidade do médico. Na verdade, pode-se dizer que a igreja não é tanto uma agente do poder e tia sabedoria de Deus quanto é uma prova ou evidência disso. A igreja executa melhor sua missão quando utiliza os dons de todos os seus membros. Multiforme sabedoria. Especialmente manifesta na obra da redenção. A sabedoria tie Deus também é demonstrada nas variadas formas do mundo físico, na complexidade da mente humana e nos inúmeros métodos que Ele usa para alcançar as pessoas e efe tuar a salvação. A extensão total dessa sabe doria será compreendida quando o plano da salvação lor concluído. Principados e potestades. Ver com. de Ef 1:21. O objetivo universal da redenção inclui a vindicação do nome e do caráter de Deus, que foi desafiado por Satanás e ques tionado por anjos (cf. com. de Ef 1:6). Este é o maior espetáculo que os seres celestiais podem contemplar (cf. lCo 4:9). Ao longo da história da salvação, de seu vantajoso ponto de vista, os seres celestiais observam a inte ração das forças e dos eventos que culmi nam na redenção.
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EFÉSIOS Nos lugares celestiais. Ver com. cie Ef 1:3. 11. Eterno propósito. Literalmente, “o propósito cie todos os tempos". Tanto as Escrituras como a experiência humana falam da execução de um propósito divino. Deus não criou o mundo em vão e, embora, por um tempo, Seus planos sejam afetados, eles finalmente haverão de triunfar. Cristo Jesus, nosso Senhor. Ver Ef 1:10, 22, 23. Paulo relembra a seus leitores que o Jesus histórico que eles reconheceram como Senhor era o Cristo do propósito eterno de Deus para realizara salvação da humanidade e vindicar Seu caráter divino. A unidade do propósito de Deus requer completa submissão da vontade do crente ao Senhor e Mestre. Tal unidade é semelhante à que um regente musical espera dos diferentes instrumentos de sua orquestra. A igreja que não se pode integrar em unidade e devoção comum ao Senhor enfrenta derrota e rejeição inevitáveis. O raciocínio de Paulo é (1) que a vontade de Deus foi revelada a nós, (2) que essa vontade está se cumprindo e (3) que resultará na restauração da harmonia no universo de Deus, que foi interrompida pelo pecado. 12. Ousadia. Do gr. parresia, “liberdade de expressão” (ver com. de At 4:13). Acesso. Ver com. de Ef 2:18. No princípio, Adão tinha livre acesso a Deus, mas, quando perdeu esse privilegio, ele se escondeu entre as árvores do jardim, porque não mais podia olhar a Deus com franqueza e consciência limpa. O efeito da redenção é restaurar ao ser humano um novo e franco acesso a Deus, sem medo nem restrições, e sem a necessidade de quaisquer intermediários, como sacerdotes, santos ou rituais. As bênçãos de Deus estão ao alcance direto daquele que, com confiança, se aproxima d Ele mediante os méritos de Cristo. Mediante a fé nEle. Primeiro o crente se aproxima de Deus pela fé e continua, pela fé, a viver para o que foi chamado. Só se pode
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ir a Deus com ousadia e segurança quando se aceita a Cristo como mediador. Ele foi o único a transpor o abismo que separou a humanidade de Deus, desde a entrada do pecado (ls 59:1, 2). 13. Portanto. Os gentios passaram a pertencer ao corpo de Cristo, e o propósito eterno está sendo cumprido, pois há livre acesso a Deus. Uma vez que essas coisas grandes e maravilhosas ocorreram, Paulo faz um pedido delicado a seus leitores: que eles não fiquem aflitos pelos sofrimentos que ele enfrenta por lhes haver levado as bênçãos do evangelho. Desfaleçais. Do gr. egkakeõ, "fiqueis cansados , "desanimeis”. Paulo pode dizer: “peço [a Deus] que não desfaleça ”, ou “peço [que vós] não desfaleçais". O último sentido se encaixa melhor no contexto e no estilo de Paulo. Na prisão, o apóstolo estava ansioso de que seu rebanho não se sentisse pertur bado por ele estar encarcerado. Ele estava preocupado, não tanto com seu próprio hem, mas com o deles. Eles podiam pensar que o que ele havia pregado tinha em si pouco poder de salvar; que o Deus em quem « Paulo confiava estava desinteressado no destino de Seu servo; e que eles poderiam em breve enfrentar provações semelhantes, como, aliás, aconteceria. Este é um exem plo comovente da solicitude do apóstolo para com seus filhos na fé. Paulo sabia que a tri bulação c uma prova severa. O sofrimento suportado corajosamente é duplamcntc glorioso quando tanto os que o contemplam quanto os que sofrem adquirem virtude como resultado. Vossa glória. Como um bom pastor, Paulo se identificava com seu rebanho. Se ele encontrava glória na tribulação, eles iriam compartilhar com ele. Ele estava sofrendo devido ao seu exaltado ofício como apóstolo e embaixador de Deus, e os efésios eram fruto desse apostolado. Portanto, eles tinham o privilégio de refletir essa glória. Quando uma
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parte cio corpo cie Cristo tem dor, todo o corpo sofre em simpatia. 14. Por esta causa. Ver com. do v. I. O pensamento loi interrompido no primeiro versículo e é retomado aqui, depois de um extenso parêntese. Ponho de joelhos. Sobre a postura de joelhos em oração, ver Lc 22:41; At 7:60; 20:36; 21:5; Rm 14:11; Fp 2:10. 15. Toda família. I lá discussão sobre se esta frase deveria ser traduzida como "toda a família", ou “cada família". A expressão grega pode ser traduzida de ambas as for mas, embora, normal mente, como ocorre aqui, seja traduzida como “cada e não "toda ’. No entanto, existe uma série de exceções em que a expressão, como usada aqui. favo rece “toda" ou “todo” (Mt 3:15; 28:18; At 1:21; etc.). Uma exceção é Efésios 2:21, em que a mesma expressão é traduzida como "todo o edifício”, ou “toda a estrutura” (RSV; já em Efésios 3:15, a RSV traduz "cada família"). Como o texto grego, aqui, não é clelinitivo, o contexto deve definir a questão. Paulo parece falar da unidade e conceber os seres no Céu e os santos sobre a Terra como uma grande família. Se for adotada a tradução “cada família", ficaria sugerida a existência de várias famílias no Céu, o que não se verifica nas Escrituras. Portanto, parece melhor ado tar a versão "toda a família", que transmite melhor o sentido de unidade e integridade da comunidade de Deus, o Pai de todos, tema ao qual o apóstolo frequentemente se refere. 16. Riquezas da Sua glória. Compa rar com Ef 1:18. Este é o padrão pelo qual Deus concede Suas bênçãos à humanidade; por isso são ilimitados os recursos disponíveis aos filhos de Deus. Os seres humanos ava liam todas as coisas por sua própria fraqueza e insignificância; Deus, por Suas ilimitadas riquezas e glória. Paulo não está satisfeito de que seus conversos se tornem cristãos meramente nominais. Deseja que recebam as graças com abundância, para que possam
sondar as profundezas e escalar as alturas da vida espiritual e assim participar das glorio sas riquezas do reino de Deus. Fortalecidos com poder. O poder que fortalece é de Deus, o qual é transmitido pela operação do Espírito Santo. O mesmo poder que converte as pessoas deve conti nuar nelas para que haja crescimento cris tão. E aqui que muitos cristãos fracassam, pois não reconhecem que a perseverança espiritual necessita da graça de Deus assim como foi necessária na conversão inicial. A força física aumenta por meio da alimen tação, a vida intelectual com o estudo, e a vida espiritual é sustentada pelo poder e pela presença do Espírito Santo. No homem interior. O texto grego sugere a ideia de que o poder de Deus entra no ser humano e ali permanece. () poder espiri tual não é inerente à natureza humana. () ser humano não possui nada com que contribuir para a salvação; nada de que possa se vangloriar. 17. Habite. Do gr. katoikeõ, “morar", "estar em casa", “residir", “permanecer”. A ideia de permanência é acrescentada à do fortaleci mento (v. 16). Cristo não é um visitante oca sional, mas permanece no coração do cristão, para proporcionar poder que ilumina e puri fica (cf. Jo 14:23; Ap 3:20). Pela fé. E a fé que abre o coração a Cristo. Fé é confiança total em Deus e em Suas promessas; é um princípio que conti nuamente sustenta a vida do ser humano (ver com. de Rm 4:3). <2 Arraigados e alicerçados. Estas duas diferentes imagens são usadas com frequên cia por Paulo e outros escritores bíblicos (SI 1:3; Jr 17:8; Cl 1:23; 2:7). Muitas vezes Paulo combina metáforas para reforçar o significado de sua mensagem (ICo 3:9). Em amor. No texto grego, estas palavras estão no começo da frase para dar ênfase. Por esta razão, pode-se entender que se relacio nam com a primeira parte do v. 17, dizendo literalmente: "Que Cristo habite pela lê no
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EFESIOS vosso coração cm amor". Ou podem ser uni das com as palavras "arraigados e alicerça dos", como sugere “arraigados e alicerçados em amor". O amor “arraigado" penetra proíundamente no ser, envolvendo todas as faculdades da mente, enquanto o amor que está "alicer çado” é o firme fundamento sobre o qual ocor rem todas as nossas relações. Não há nenhum argumento contra esse tipo de amor, pois não há nada maior (ICo 13). C) amor deriva dire tamente da experiência de possuir Cristo no interior, e se torna a raiz e o alicerce da uni dade entre Deus e o ser humano, e entre o ser humano e seu semelhante. 18. Poderdes. O que deve ser conhe cido está além da compreensão humana; portanto, Paulo ora para que seus ouvintes recebam um poder capacitador especial que os habilite a adquirir esse conhecimento. Compreender. Literalmente, "apanhar des", figuradamente, “perceberdes". Todos os santos. Ver com. de Ef 1:1. Certas atividades espirituais ocorrem ape nas no coração do cristão, enquanto outras, como, neste caso, a compreensão do amor de Cristo, pertencem à comunidade de Deus. Essa possessão em comum é a que une os crentes uns aos outros. Largura. Paulo não declara a que se apli cam as dimensões mencionadas neste ver sículo. Os comentaristas têm dado varias explicações. Talvez a mais simples seja que Paulo interrompe a frase como se estivesse oprimido pela magnitude do tema que con templa. Ele fica profundamente comovido ao contemplar o mistério da habitação de Cristo, o amor de Deus, a unidade do corpo de Cristo ou, especificamente, o amor de Cristo (v. 19). E como se, em uma noite estrelada, o espectador olhasse em todas as direções para o ilimitado universo de Deus, absorto em contemplação. 19. O amor de Cristo. Uma referência ao amor de Cristo por nós e não ao nosso amor por Cristo.
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Que excede todo entendimento. O amor de Cristo ultrapassa todo o conhe cimento humano, porque é livre, infinito, inesgotável e sempre apresenta novas pos sibilidades de experiências. Ele é a fonte da própria experiência crescente de amor (IJo 4:19). Os seres humanos nem chega ram a tocar com as pontas dos dedos o poder vivificante que existe em experimentar ple namente o amor de Cristo. Plenitude de Deus. Ver com. de Ef 1:23. Esta é a gloriosa consumação da obra da habi tação de Cristo no crente. A igreja, como um vaso, deve ficar cheia até transbordar com a graça divina, de modo que cada um dos membros que compõem o corpo de Cristo exponha ou reflita algo da “plenitude dc Deus". Paulo apresenta uma sublime visão da natureza humana e de suas possibilida des de crescimento na graça. A humanidade foi criada à imagem de Deus, recebeu a ima gem de Deus e obteve recursos de desenvol vimento e o elevado privilégio de se tornar participante da “natureza divina" (2Pe 1:4). As bênçãos de Deus não são oferecidas com mesquinhez. Elas conduzem a uma cres cente compreensão da mente divina, que preenche plenamente com poder espiritual os lugares vazios no íntimo do ser. Visto ser em Cristo que a plenitude de Deus é encon trada (Cl 2:9), a "plenitude" divina chega ao ser humano mediante o Cristo que vive e atua no coração (cf. Ef 3:17). 20. Àquele. Toda a questão que Paulo apresenta até aqui, nesta epístola, se resume nesta magnífica doxologia (v. 20, 21). O lou vor a Deus surge espontaneamente do cora ção convertido. Há muitas doxologias nas Escrituras (Rm 16:25-27; lTm 6:15, 16; Ap 1:6), cada uma com um motivo especí fico. Nesta, o apóstolo está absorvido com a sensação do indescritível poder de Deus e de Seu amor ilimitado pela humanidade. Poderoso. Paulo enfatiza frequente mente a capacidade divina de realizar o que
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pretende (Rm 4:21; 11:23; 2Co 9:8). Ele vê isso como um grande incentivo para os san tos cansados, a fim de que estejam seguros de que o fundamento de sua fé não é frágil ► nem defeituoso. Infinitamente mais. Do gr. huperekperissou, "inteiramente acima de todos os limites". Paulo gosta de palavras com postas. Aqui, ele destaca uma superabun dância e transbordamento, que está acima ealcm da plenitude (cf. lTs 3:10; 5:13). Essa abundância se manifesta particularmente no momento da mais profunda necessidade (cf. Rm 5:20), e o crente só precisa se apo derar dela. Pedimos. Ou, "pedir para nós mes mos”. Toda expressão se refere, sem dúvida, a graças espirituais, “a plenitude de Deus" (v. 19). Paulo dá ênfase à ideia da supe rabundância da graça e dadivosidade de Deus. Os recursos do poder espiritual à nossa disposição estão alem do pensa mento mais ousado. Não os exploramos como poderíamos (ver a admoestação do Senhor, no com. de Mt 7:7).
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Poder. Ver com. de Ef 3:16; cf. Ef 1:19, 20; Cl 1:29. 21. A glória. O crédito, o reconheci mento e a honra pela obra redentora da graça pertencem unicamente a Deus. Não há lugar nem ao menos para a suposição de que possa existir virtude ou glória por parte da igreja ou de seus membros. Na igreja e em Cristo Jesus. Os motivos para louvar a Deus são encontrados na igreja, porque lá a glória é refletida; e em Cristo, por que Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Para todo o sempre. Literalmente, "a todas as gerações de todos os tempos”, isto é, por toda a eternidade. Amém. Ver com. de Mt 5:18. Assim termina a oração do apóstolo e a primeira parte da epístola. A incrível glória e majestade incluída nas promessas de Deus a Seus filhos errantes, mas esperançosos, é um tema que excede a capacidade de expres são da linguagem humana. Ela deixa o cora ção exaltado, o espírito apurado e concede viva esperança da vinda do reino de Deus em sua plenitude.
COMENTÁRIOS DE ELLEN G. WHITE I -T5, 730 1-21 - TM, 391 3 - AA, 302 5-11 -AA, 159 6 - AA, 19; DTN, 402 6, 7-T2, 609 8 - AA, 134, 567, 600; GC, 471; San, 17, 84; T5, 74, 730, 731 8-10-T6, 13 8-11 - TM, 292 9 - AA 527; OE, 186; T2, 609 9, 10 - MCH, 368 10-AA, 9; Ed, 308 10, 11 - DTN, 26 II - PJ, 397
1321 -LS, 439; RC, 71 18, 19-AA, 469; PJ, 129; DTN, 670; FEC, 178; 14 - OE, 178; PR, 48; MDC, 35,76; T2, 213, San, 84 14, 15-AA, 11; DTN, 25; 266; T5, 264; 740; T7, 214 T6, 366 1419-CBV, 426; T8, 289; 1820-T8, 335 19- AA, 308; PP, 64; T2, T9, 183 15- Ed. 306; GC, 677 215; T3, 467; 16- DTN, 200; OE, 262; T5, 105 T8, 132 19, 20 - OE, 262 20- PJ, 147, 397; C ES, 108; 16-19-CS, 593; GC, 476; DTN, 200, 249, 421, 679; San, 84; T2, 522 Ed, 307;GC,351;OE, 38; 1621 - FEC, 180 MDC, 20; MS, 203; PP, 17- CPPE, 223; Ev, 361 554; TM, 208; T5, 50; 17-19-AA, 334;TM, 387; T7, 273 T3, 213 1130
EFES I OS
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Capítulo 4 I Paulo exorta à unidade e 7 declara que Deus dá diversos 11 dons para a igreja ser edificada e 16 crescer em Cristo. IS Ele apela aos cristãos para sair da impureza e 22 revestir-se do novo homem, 25 abandonar a mentira e 29 toda palavra corrompida. 1 Rogo-vos, pois, eu. o prisioneiro no Senhor,
15
çamos em tudo naquele que é a cabeça. Cristo,
que andeis de modo digno da vocação a que fos tes chamados, 2 6 1 0 1
16 de quem todo o corpo, bem ajustado e con
com
toda
a
humildade
e
mansidão, com
longanimidade, suportando-vos uns aos outros
mento para a edificação de si mesmo em amor.
esforçando-vos
diligentemente
por
preser
var a unidade do Espírito no víncu lo da paz; 4
co
há somente um corpo e um Espírito, como
também
solidado pelo auxílio de toda junta, segundo ajusta cooperação de cada parte, efetua o seu próprio au
► em amor, 3
Mas, seguindo a verdade em amor, cres
fostes
chamados
numa
só
esperança
da
17
Isto,
que
não
portanto, digo mais
andeis
e
como
18
obscurecidos
vivem, pela dureza do seu coração,
segundo a proporção do dom de Cristo.
o
cativeiro
e
concedeu
20
dons
21
Ora, que quer dizer subiu, senão que tam
Aquele
que
desceu
é
também
o
22 mesmo
para
24
eva nge lis
gundo
12 com vistas ao aperfeiçoamento dos santos
foi
assim
que
aprendestes
a
se é que, de fato, O tendes ouvido e nEle
no sentido de que, quanto ao trato passa
e
vos
renoveis
no
espírito
do
vosso
c vos revistais do novo homem, criado se Deus,
em
justiça
e
retidão
procedentes
25
Por
isso,
deixando a
mentira, fale cada
um a verdade com o seu próximo, porque somos
cação do corpo de Cristo, todos
não
da verdade.
para o des emp enh o do seu serv iço, para a edil i-
que
Mas
entendimento,
tas e outros para pastores e m estres,
Até
que
rompe segundo as concupiscências do engano, 23
11 E Ele mesmo concedeu uns para apósto
13
em
do, vos despojeis do velho homem, que se cor
todas as coisas.
pro fetas, out ros
ignorância
fostes instruídos, segundo é a verdade em Jesus,
que subiu acima de todos os céus, para encher
los, outros para
da
Cristo,
bém hav ia d esci do às re giõ es inferiores d a te rra? 10
causa
à
terem toda sorte de impureza,
aos homens. 9
por
alheios
entregaram à dissolução para, com avidez, come
Por isso, diz: Quando Ele subiu às altu cativo
andam
19 os quais, lendo-se tornado insensíveis, se
e a graça foi concedida a cada um de nós
levou
Deus
entendimento,
6 um só Deus e Pai dc todos, o qual é snhrc todos, age por meio de todo s e está em todos.
de
de
vida
ras,
também
mentos,
5 há um só Senhor, uma só fé, um só batismo;
8
Senhor testifi
os gentios, na vaidade dos seus próprios pensa
vossa vocação;
7
no
cheguemos
à
unidade
da
membros uns dos outros. 26
fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonil idade, à medida da estatura da
Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol
sobre a vossa ira, 27 nem deis lugar ao diabo.
plenitu de de Cristo,
28
14 para que não mais sejamos como meninos,
Aquele
furtava
fazendo
com
não
mais;
próprias
mãos
antes,
por
o que é bom, para que tenha com que acudir ao
ven to
de
dou trina,
pel a
artiman ha
homens, pela astúcia com que induzem ao erro.
dos
necessitado.
1131
as
furte
agitados de um lado para outro e levados ao redor tod o
trabalhe,
que
COMEN TÁRIO BÍBLICO ADVENTISTA 29
Não saiu da vossa boca nenhuma palavra
torpe, e sim unicamente a que for boa para edi
ira, e gritaria, e blasfêmias, e hem assim toda
ficação, conforme a necessidade, e, assim, trans
malícia. 32 Antes, sede uns para com os outros benig
mita graça aos que ouvem. •U) E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção.
I. Rogo-vos, pois. Com este versículo começa o que pode ser denominado de seção prática da epístola, embora o apóstolo Paulo não considerasse a doutrina e a prá tica como aspectos separados da lé. A teoria e sua aplicação estão entretecidas na apre sentação que Paulo faz do grande tema da unidade dos crentes. Porém, nesta seção são dadas exortações especiais sobre os deveres e privilégios cristãos, devido à graça rece bida e às responsabilidades mútuas entre os irmãos. A ênfase aqui é colocada mais nos eleitos do que nas causas da vida espiritual. Prisioneiro. Ver com. de Ef 3:1. Andeis de modo digno. Ver com. de El 2:2; cí. Ef 2:10; 5:8, 15; Cl 1:10. É impossí vel ser plenamente digno da vocação, mas pode-se andar continuamente soba direção de Deus. () Senhor não chama o crente por que este é digno; a dignidade vem depois ► do chamado. Ninguém jamais seria cha mado por Deus, se dependesse da digni dade. Quando o filho pródigo reconheceu que era indigno de ser chamado filho de seu pai, expressou a convicção de todos os peca dores arrependidos (Lc 15:19). Os efésios, que eram estrangeiros e peregrinos, mas que já estavam unidos em um só corpo com o povo anteriormente escolhido por Deus, e haviam recebido as promessas, são exorta dos a apresentar evidências visíveis dessa mudança que é fruto da bondade divina. Caminhar pela senda cristã significa mais do que simples preocupação com diferen tes atos externos de conduta; depende da atitude e condição interna, que dá origem à motivação às ações.
0 2 0 1
31 Longe de vós, toda amargura, e cólera, e
nos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.
2. Humildade. Do gr. tapeinophrosunõ, “humildade de espírito" (ver com. de At 20:19). A ideia de "humildade" não era tida em alta estima entre os não cristãos. Nos escritos seculares, tapeinophrosunê e as palavras relacionadas significavam degra dação ou envilecimento de espírito, mas o cristianismo elevou esta palavra para sig nificar humildade altruísta. O Mestre des creveu a Si mesmo, em relação ao jugo que Seus seguidores deveriam assumir, como "manso e humilde de coração" (Mt 11:29). A ordem para andar com toda a humildade é dilícil para o coração não convertido, pois contraria todos os impulsos naturais do espí rito humano. Mansidão. Do gr. pruotes (ver Cl 5:23; cl. com. de l\It 5:5, em que e usado o adje tivo relacionado pniiis). Aquele que é manso aceita as injúrias feitas pelos outros contra si e se submete às dificuldades da vida com resignação cristã. Esta qualidade é essen cial à unidade da igreja; sem ela rapidamente ocorre divisão. Como a mansidão é a nega ção da agressividade, mesmo sob provocação, não pode existir sem humildade. Longanimidade. Do gr. makrothuntia (ver com. tie Rm 2:4; Cl 5:22). A paciên cia sob quaisquer condições e por todas as razões é a essência da longanimidade. E uma qualidade divina, que Deus tem demons trado ao longo de milhares de anos de peca minosa rebelião de anjos e homens. Ela é produzida no ser humano como fruto do Espírito. Trata-se de uma palavra frequen temente usada para descrever a paciência divina (Rm 2:4; lTm 1:16; 2Pe 3:15).
1132
EFÉSIOS Suportando-vos. Do gr. apechõ, "sus tentar”. Em amor. A paciência somente se mani festa em um coração que ama. 3. Esforçando-vos. Ou, "esforçandovos sinceramente’. Unidade do Espírito. Paulo considera que já existe essa condição de unidade, pro porcionada pelo Espírito e, em consequência, insta que seja mantida mediante o exercício das virtudes enumeradas por ele. Em seguida, o apóstolo apresenta sete elementos que pro duzem a unidade, cujo "vínculo" ou "atadura" é a paz. 4. Somente um corpo. Ver com. de Ef 1:23; 2:15, 16. A palavra "um" (“uma", "numa") é repetida sete vezes nos v. 4 a 6. O tema do apóstolo nestes versículos é a unidade. Há muitos membros, mas um só corpo (ver com. de ICo 12:12-14). O cristão não é um peregrino solitário; pertence a um organismo vivo, a família de Deus. Essa uni dade substitui a pátria, o clube e até a famí lia humana como supremo objeto de afeição. Um Espírito. Este é o mesmo Espírito a que se refere o v. 3, o poder enaltecido como regenerador diante de Nicodemos (Jo 3:5). Todos os dons, frutos e graças da vida cristã, provêm do Espírito que habita na vida dos crentes e, por extensão, na igreja. O Espírito dissipa as divisões, as desarmonias íntimas que convertem a vida de muitos em verda deiros campos de batalha. A desunião é um indício certo da ausência do Espírito Santo. Uma só esperança (AltC). A espe rança brotou com o chamado de Deus aos corações humanos: a esperança da salva ção e da manifestação do Senhor (Tt 2:13). E a esperança da consumação final do reino que oferece uma base firme para a paz, ale gria, coragem e bom ânimo. O Espírito vivi fica essa esperança (cf. Ef 1:13, 14) que, por sua vez, une os crentes e se torna, de fato, uma "viva esperança" (IPe 1:3). Essa espe rança conduz, à transformação da vida, pois
4:6
"a si mesmo se purifica todo o que nEle tem esta esperança (ljo 3:3). Da vossa vocação. Ou seja, pertencente a vossa vocação, e unido a ela. O chamado divino produz esperança. 5. Um só Senhor. Ver com. de ICo 8:6. Este é o objeto supremo de lealdade. Aqueles que se submetem plena e fielmente ao mesmo Senhor não entram em inimizade uns com os outros. Deus é Senhor pela criação e pela recriação, e toda autoridade se funda menta nEle. Entrega total a Ele é um requi- < silo. porém essa entrega pode ser a maior alegria do cristão. “Sabemos que O temos conhecido por isto: se guardamos os Seus mandamentos” (ljo 2:3). Uma só fé. Paulo parece referir-se à fé em Cristo como Salvador pessoal, e não â fé como um sistema de crenças (cf. com. de Mm 1:5). Há apenas um meio de salvação: a fé (ver com. de (íl 2:16). Os judeus e gen tios entram no "corpo” (Ef 4:4) pelo mesmo caminho (Mm 3:29, 30). Um só batismo. O batismo por imer são simboliza a morte e a ressurreição. Além disso, significa purificação e separação e é uma demonstração pública de união com o corpo de Cristo. Portanto, aqueles que pas sam a pertencer à igreja visível crescem jun tos na semelhança da morte e ressurreição de Cristo (Mm 6:3-5). 6. Um só Deus e Pai de todos. Ver com. de ICo 8:6. C) Pai comum é a fonte de toda a unidade. A maior verdade que se pode des cobrir c que Deus é um Pai em quem se pode confiar, um verdadeiro amigo. As pessoas têm clamado sempre por alguém a quem se dirigir em meio a um mundo hostil. Sobre todos. Deus reina soberano sobre Sua criação. Por meio de todos. Deus é onipresente (ver com. do Sl 139). Em todos vós (KJV). Evidências tex tuais (cf. p. xvi) favorecem a omissão do pronome, mas também pode ser citada a
I 133
1 0 2 1
4:7
COMENTÁRIO BÍBLICO ADVENTISTA
variante “nós”. A omissão de qualquer pro nome coloca a f rase em paralelo com as duas Frases anteriores e não contradiz a intenção de Paulo. !:. o caso da ARA, com a expres são "em todos". 7. A cada um. I lã ordem e desígnio na distribuição de responsabilidades e talentos a cada pessoa (cl. Rm 12:6). Cada dom con tribui com sua característica particular para a unidade da igreja. Não há espaço para orgu lho por parte daqueles que têm muitos dons, porque mais se espera deles. Tampouco há lugar para ciúmes por parte daqueles que receberam talentos menores, pois são respon sáveis por desenvolver apenas o que têm rece bido (ver PJ, 327; MJ, 309; T2, 245; T9, 37). Efésios 4:7 a 13 descreve a diversidade de dons dentro da igreja. Paulo explora mais o tema em I Coríntios 12. Isso pode ser com parado com o ensino de Jesus na parábola dos talentos (Mt 25:14-30). I lá uma variação não só nos dons sobrenaturais que Deus concede às pessoas para fins c ocasiões especiais, mas também nas capacidades espirituais comuns de diferentes pessoas. 8. Por isso, diz. Ou. “ele diz"; uma cita ção do SI 68:18 (ver com. ali; ver também Introdução ao Salmo 68). Subiu. Paulo aplica as palavras do sal mista à ascensão de Cristo. Destaca que a ascensão do Salvador é a garantia de Seu poder para dar às pessoas os dons do Espírito (cf. ICo 15:12-22). Levou cativo o cativeiro. Ou seja, “levou em cativeiro um grande número de prisioneiros . No Salmo, provavelmente, a referência seja aos inimigos cativos do rei de Israel. Aqui, pode se referir aos prisioneiros da morte que foram ressuscitados quando Cristo ressuscitou (Mt 27:51-53; cf. PE, 184, 189, 190; D I N, 786). A cadeia da morte havia sido rompida, e os cativos de Sata nás foram libertados pelo poder de Cristo. Concedeu. O hebraico e a LXX do Salmo 68:18 dizem “recebeste". Paulo, sob a
inspiração do Espírito, adapta a declaração do salmista à obra de Cristo na distribuição de dons espirituais feita após Sua entrada triunfal no Céu. 9. Subiu f...] havia descido. A ascensão de Cristo implica Sua descida anterior (cf. Jo 3:13). O Filho de Deus não apenas desceu à Terra, mas viveu as profundezas da expe riência humana, tornando, assim, ainda mais gloriosa Sua ascensão ao trono da glória. Antes. As evidências textuais se dividem (cf. p. xvi) entre omitir e manter esta palavra. Regiões inferiores da terra. Pode-se entender este enunciado como se referindo à própria Terra, no qual “Terra" está ligada a "regiões inferiores”, ou a "inferno” (hades, ver com. de Mt 11:23), para onde se diz ter ido a alma de Cristo ao morrer (At 2:31; ver. vol. 5, p. 1014). Esta última interpretação requer que a passagem seja referente à morte e ao « sepultamento de Cristo. Foi a humilhação de Cristo que O levou à exaltação (Fp 2:5-11). Por meio dessa experiência, Ele Se tornou um sumo sacerdote compreensivo e eficaz, familiarizado com todas as vicissitudes da vida humana (Hb 2:14-18; 7:25-27), inclu sive com a morte. 10. O mesmo. A descida foi profunda, mas a subida íoi mais que a profundeza pode ria sugerir (cf. Ef 1:10, 20-23). Acima de todos os céus. Talvez uma expressão figurativa para a altura da exalta ção. Os judeus falavam de sete céus, e o pró prio Paulo se refere ao terceiro céu (2Co 12:2). Encher todas as coisas. Alguns sus tentam que o apóstolo aqui esteja falando da onipresença de Cristo. Como homem. Cristo havia aceitado as limitações próprias da huma nidade, mas, depois da ressurreição, estava em condições de conceder dons e derramar graça em glória e poder ilimitados. Ele é a Luz do mundo, o Sol da Justiça, que alcança com Seus raios vivificantes até os lugares mais escuros. Outros defendem que o apóstolo fala de Cristo como alguém que preenche todas
1134
í o r r
EEESIOS as coisas, no sentido de que Ele é a cabeça do corpo, "a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas (Ef 1:23). Todas as bênçãos conhecidas pela humanidade nas cem d Ele. Ele mesmo concedeu. Em grego, 11. a palavra “Ele" é enfática, significando "ele mesmo”, aquele que acaba de ser descrito. Apóstolos. Ver com. de At 1:2; lCo 12:28. Paulo não diz que certos dons foram dados às pessoas para que elas se tor nem apóstolos, mas que aqueles que recebe ram o dom foram entregues à igreja. A igreja recebia em seu ministério pessoas devida mente capacitadas para suas lunções (com parar com Rm 12:6-8). Profetas. Ver com. de Gn 20:7; Ml 11:9; lCo 12:10. Os profetas eram expositores e intérpretes da vontade de Deus, que lhes foi dada a conhecer por meios sobrenatu rais. Eles são mencionados juntamente com apóstolos (ver Ef 2:20; 3:5). A ideia de pre dição não é essencial ao significado da pala vra, e o elemento preditivo é encontrado em todas as declarações proféticas (At 15:32; lCo 14:3). O dom profético foi indispensá vel para a fundação da igreja nos tempos do NT e é o guia designado para a igreja rema nescente (Ap 19:10). Evangelistas. Do gr. euaggelistai, "pre gadores do evangelho", relacionados ao verbo euaggelizõ (ver com. de At 8:4). Aparentemente, os euaggelistai não estavam circunscritos a uma localidade, mas davam seu testemunho em diferentes lugares. Provavelmente, não exerciam a plena autoridade dos apóstolos (At 21:8; 2Tm 4:5). O ministério dos evange listas parece ter sido dirigido principalmente aos pagãos, enquanto os pastores e mestres serviam às congregações cristãs. Pode-se perguntar por que Paulo não menciona neste contexto o trabalho de bis pos, diáconos e outros. Aparentemente, ele se relere àqueles que se notabilizavam por ter recebido os dons do Espírito Santo
4:13
com o propósito de ensinar, mais do que de administrar; no entanto, isto não implica superioridade ou inferioridade. Os diversos ministérios não se excluem entre si. Pastores e mestres. A estrutura desta frase em grego sugere que Paulo pretende íalar de duas fases de uma mesma função. Qualquer ministério efetivo é um ministério de ensino. A função pastoral do ministério é apresentada em João 21:16; Atos 20:28, 29; e 1 Pedro 5:2, 3; e a missão pedagógica, em Atos 13:1; Romanos 12:7; e I Timóteo 3:2, entre outras passagens. O próprio Mestre foi o grande pastor-professor, que pastoreava e ensinava o rebanho. 12. Com vistas. Ou, "tendo em vista". Aperfeiçoamento. Do gr. katartismos, “equipar”, “aperfeiçoar". O verbo katartizõ é usado em Mateus 4:21 para o conserto de redes e, em Gálatas 6:1, para se referir à restauração daqueles achados em falta (comparar com lCo 1:10). Os dons tinham o propósito de “remendar" os santos e unilos. Como o contexto sugere, o “aperfeiçoa mento envolve um ministério organizado e um governo eclesiástico. Desempenho cio seu serviço. Ou, "obra de ministrar”, "obra de servir", que inclui todos os tipos de ministério e ser viço dentro da igreja. Os que dirigem a igreja não devem se assenhorear do reba nho, mas proceder como servos. Este é o ohjetivo imediato do dom. « Edificação. Ou, “construção . A igreja deve ser edificada tanto em caráter espiritual como em crescimento numérico. 13. Até. Os cargos da igreja serão neces sários e continuarão até que o reino de Deus seja estabelecido. Cheguemos. Ou, “venhamos", “atinjamos”. Unidade. Esta palavra está relacionada tanto à fé como ao conhecimento; isto é, a unidade de fé em Cristo e a unidade do conhecimento a respeito de Deus. A lé deve sempre estar associada ao conhecimento.
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l O c í
4:14
COMENTÁRIO BÍBLICO ADVENTISTA
Conhecimento. Do gr. epignõsis, “conhe para a vida da igreja. Da mesma forma, a cimento espiritual desenvolvido (ver com. de especulação teológica e filosófica além dos Ef 1:17). limites legítimos produz instabilidade de Perfeita varonilidade. Ou, "o homem crença e de caráter. maduro". Isto se refere não tanto ao indivíduo Vento de doutrina. Paulo não menos quanto à igreja, que deve chegar ao estado preza a doutrina ou a teologia, como uma de unidade, integridade e maturidade orgâ expressão sistematizada de conhecimentos a nica, em contraste com a imaturidade infan respeito de Deus, mas adverte contra a inde til sugerida no v. 14. Alcançar a semelhança cisão, incerteza e imprecisão que, com fre com Cristo deve ser a meta tanto do indiví quência, acompanham a reflexão teológica. duo como da igreja (Rm 8:29). A recusa em Sem dúvida, ele também se refere à especula crescer é um pecado maior do que a própria ção ociosa que geralmente marca os debates imaturidade; c resultado de envaideci mento religiosos. Os dois extremos são elementos e de ideais mesquinhos. perturbadores da vida da igreja. Estatura. Do gr. hêlikia, "idade , “tempo Artimanha. Literalmente, "jogo de de vida”, “estatura". Aqui, destaca a ideia de dados". Os “ventos de doutrina são projeta maturidade (comparar com Lc 2:52; 12:25). dos para enganar, como quando um jogador Plenitude de Cristo. Ver com. de ingênuo é vítima da astúcia de um trapaceiro. Ef 1:23; 3:19; cf. Jo I 14. lo. Unicamente Não é apenas uma questão de acaso, pois os Cristo tem a plena estatura e é o homem dados estão viciados; o que parece ser ensino completo, o homem perfeito. Somos exor de Cristo, em realidade não o é. Em sua exor tados a participar dessa natureza. Todas as tação final aos anciãos de Efeso, em Milcto, I unções da igreja e as graças do Espírito são Paulo advertiu que “lobos cruéis entrariam dadas com esse propósito. no meio deles (At 20:29) e, aparentemente, 14. Meninos. Do gr. nêpioi, “crianças”. o tempo havia chegado. A integridade no A palavra é traduzida frequentemente por ensino da verdade é tão essencial quanto a "pequeninos (Mt 11:25; Lc 10:21). No sentido honestidade em sua prática. figurado, refere-se mais às características do Astúcia. Do gr. pano urgia, “artifício”, que à idade em si (cf. iCo 3:1; 13:11; Gl 4:1,3; "desonestidade”, “falsidade" (ver Lc 20:23; I Ib 5:13). Somos instados a nos tornar como ICo 3:19). “criancinhas", paidia{Mt 18:2-4), na humildade Induzem ao erro. Literalmente, "para (ou e confiabilidade, mas não na impulsividade e com vistas a’| a astúcia de enganar". O obje imaturidade. O objetivo da concessão dos dons tivo final é o engano. é que os filhos de Deus cresçam em maturi 15. Seguindo a verdade. A ideia básica dade espiritual. E lamentável uma pessoa de do termo grego é ser veraz, dizer a verdade, idade madura e desenvolvimento físico e men seguir a verdade e não as doutrinas enga tal ainda infantil. nosas contra as quais Paulo alerta. O espí Agitados de um lado para outro. rito simples de sinceridade e veracidade é Literalmente, “atirados pelas ondas". A lalla uma proteção eletiva contra os enganosos de firmeza, muitas vezes associada à juven ventos de doutrina (ver Jo 3:21; 8:44; 18:37; tude, não deve ser a característica tio crente, IJo 1:8; 2Jo 4). mas a paciência, a resistência e a estabili Em amor. O amor e a verdade são inse dade (cf. Tg 1:6; llb 13:9). Os que sempre paráveis. A verdade deve ser exata nas ideias buscam algo novo c são atraídos por ideias c amável no modo como se expressa (cf. sensacionalistas, colocam uma base frágil Cl 4:16). No entanto, o amor não equivale « 1 1 36
1 0 2 4
EFÉSIOS
4: J 8
a transigir com o pecado ou desculpá- já exposta de Cristo como cabeça da igreja e lo. Nenhum apóstolo foi mais específico fonte do poder para o viver correto. Paulo não expressa aqui apenas uma opinião pessoal. do que Paulo ao denunciar os malfeito res; porém, o amor inundava seu coração Ele está bem convencido do que vai dizer enquanto apresentava a verdade. O amor (ver afirmações semelhantes, em At 20:26; era precisamente o que o obrigava a expor Rm 1:9; 2Co 1:23; Cl 5:3; Ep 1:8; fTs 2:5). Andeis. Vercom. de El’2:2, 10. a verdade (cf. Ef 3:1 7-19). A cabeça. Assim como a árvore estende Outros gentios. Literalmente, "os restan suas raízes para baixo no solo em busca de tes gentios". No entanto, evidências textuais nutrição e umidade, assim também o filho (cf. p. xvi) favorecem a omissão de “outros". de Deus busca diariamente em Cristo sua O apóstolo exorta os crentes a ser diferentes força e sustento para o crescimento espiritual. dos gentios. Os próprios elésios haviam sido A união com Cristo é, ao mesmo tempo, causa anteriormente gentios, mas passaram a per e resultado do crescimento. Ele é a cabeça de tencer ao "Israel de Deus" (Gl 6:16). todo crente e também da igreja (ICo 11:3). Vaidade. Do gr. mataiotSs (ver com. de 16. Bem ajustado. Comparar com Rm 8:20). A ideia não é de presunção, mas Ef 2:21. O crescimento em Cristo assegu de objetivos frívolos c vazios. O gentio sem ra que a vitalidade do Salvador fluirá dEle Cristo vagueia sem objetivo, sem esperança, para todos os membros do corpo, que estão e descuidadamente. Em Romanos 1:21 a 32, intimamente relacionados entre si. E assim Paulo traça um quadro da completa deprava que pessoas de dons muito diferentes pode ção, quando a pessoa se entrega às imagina ções "vãs” (matutos). Essa degeneração ocorre rão trabalhar juntas. Consolidado. Uma cooperação contínua na sede do governo da natureza humana, a e mútua entre cada um dos membros asse mente, de modo que as faculdades racionais gura solidez e fortaleza. A estrutura complexa se rendem à imaginação desorientada. Essa cresce ao estar em relação com o suprimento vaidade não somente carece de valor, mas é também degradante. da graça que provém da cabeça. Cooperação. Do gr. energeia, "poder 18. Obscurecidos de entendimento. operante", “operação”. "Energia" deriva de O apóstolo se refere à cegueira intelectual. A “obscuridade" nas Escrituras, com fre energeia. Cada parle tem uma função essen cial a desempenhar. Cada membro é uma quência, simboliza trevas espirituais (Jo 3:19; At 26:18; Cl 1:13; I Is 5:4, 5; ijo 1:5, 6). pessoa em ação. Cada parte. A ideia essencial é de uni A mente natural tem sido corrompida pelo dade e crescimento coordenados por meio da pecado não somente em sua percepção moral como também em suas faculdades racionais, direta relação com a cabeça (cf. Cl 2:19). Efetua seu próprio aumento. A ori portanto está incapacitada para compreen gem do crescimento é a cabeça; porém, der a verdade espiritual. A razão por si só é cada parte ou membro tem uma obra a rea ineficaz para captar as verdades espirituais lizar para que possa crescer. O crescimento necessárias ao relacionamento pessoal com tem dois aspectos: o aumento numérico da Deus que produz salvação. igreja e o desenvolvimento individual dos Alheios. Ver com. de Ef 2:12; cf. Cl 1:21. dons espirituais. Esta palavra e o vocábulo grego do qual ela é Edificação. Ver com. do v. 12. traduzida sugerem uma união anterior. O ser 17. No Senhor testifico. As exortações humano, que no passado mantinha comu a seguir devem ser entendidas à luz da ideia nhão com seu Criador, separou-se da vida 1 137
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COMENTÁRIO BÍBLICO ADVENTISTA
de Deus, isto é. cia vida que provém d Ele "Aprender a Cristo" não é simplesmente (JJo 5:11). Separação da vida de Deus signi aprender alguma coisa sobre Ele, é familia fica morte espiritual, perda da vida eterna. rizar-se com Seu ministério e obra de sacer Ignorância. A ignorância deles não era dote. profeta, rei, advogado e mediador, e o resultado da incapacidade intelectual, mas incorporar à vida cotidiana os benefícios de da falta moral pela qual eles poderiam ser Sua obra expiatória. Quando o próprio Jesus responsabilizados. O desconhecimento da disse: "Aprendei de Mim" (Mt 11:29), estava vontade de Deus não é desculpa quando se Se apresentando como exemplo, não como o teve a oportunidade de conhecê-la. Deus grande mestre, mas como o objeto único de não passa por alto a ignorância culposa nossa fé e de conhecimento. (cf. Al 17:30). 21. Se é que. Ou, "admitindo”. A cons Dureza. Do gr. põrõsis. “endurecimento", trução sintática grega apresenta a condição “embotamento". A ideia principal é a de indife como verdadeira. Além disso, a ênfase está rença e insensibilidade espiritual (cf. Rm 11:25). sobre o pronome "Ele . Os efésios O haviam Paulo descreve como ocorre esse endureci ouvido como as ovelhas ouvem a voz de seu mento (ver Rm 1:21). Ambas as passagens pastor, portanto, estavam moralmente obri gados a obedecê-Lo. permitem deduzir que as pessoas atraíram ► tal consequência sobre si mesmas. Por Ele. Ou. “nEle . Ou seja, eles rece 19. Os quais (...) se entregaram. beram o conhecimento acerca de Cristo pela Significa uma submissão voluntária. Ilá união vital com Ele. uma grande diferença entre a condição Verdade. Ver com. de Jo 8:32. Jesus daquele que cai nas astutas ciladas do diabo declarou ser a verdade (Jo 14:6). Toda a ver e daquele que deliberadamente se entrega dade estava encarnada na pessoa de Jesus. à autoridade do maligno (comparar com O que relaciona o ser humano com a verdade Rm 1:24, em que se diz que "Deus entregou do Salvador não é a especulação I ilosófica ou (...) à imundícia"). Porém, Deus só desiste de teológica sobre Ele, mas a relação pessoal alguém depois que o pecador escolhe delibe com o Redentor e a recepção de Sua graça. radamente andar no caminho do mal, nunca Jesus. O uso deste nome isoladamente antes desta escolha. As alturas mais elevadas é raro nas epístolas, sendo a expressão usual "Jesus Cristo", “Senhor Jesus" ou "Cristo para o bem ou as profundezas para o mal se alcançam pelo poder da vontade, conforme Jesus". Quando o nome pessoal ocorre sozi se incline em uma ou outra direção. nho, o objetivo é destacar o Jesus histórico, Dissolução. Do gr. aselgeia (ver com. de encarnado, crucificado, ressuscitado e ele Rm 13:13). Esta palavra indica uma entrega vado ao Céu. Ele foi a revelação de Deus, completa e irresponsável à luxúria. A natu portanto, o portador vivo de toda a verdade. reza humana, abandonada a si própria, é a () cristianismo permanece em pé ou se des mesma que sempre loi. morona. dependendo da atitude que adote Avidez. Do gr. pleonexia, desejo de ter ante a historicidade desses acontecimen mais", “cobiça”. No NT, pleonexia é associada tos. Paulo faz tudo girar em torno da ideia á impureza (cf. Ef 5:3, 5; Cl 3:5). de que, em determinado ponto no tempo. 20. Aprendestes a Cristo. Aqui se Deus entrou de maneira singular na expe apresenta um contraste com a vida do pagão. riência da humanidade na pessoa de Jesus, Não há outra ocorrência desta expressão no verdadeiro homem. NT; “conhecer a Cristo é uma expressão 22. I rato. Do gr. anastrophê, "forma mais comum (2Co 5:16; I p 3:10; IJo 4:7). de vida”, “conduta”, “comportamento";
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EFÉSIOS
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Espírito do vosso entendimento. correlacionado ao verbo anastrephõ (ver com. de Ef 2:3). O antigo modo de vida foi des A mudança de opinião não é apenas super crito em Efésios 4:17 a 19. A natureza peca ficial ou um novo conceito doutrinário. Ela minosa é despida de uma vez por todas, para afeta a natureza da mente e os princípios nunca mais ser vestida, pois a pessoa estará que a governam. 24. Revistais. Do gr. kuinos, "novo [em revestida da nova natureza (ver com. do v. 24). O manto da justiça substitui os trapos qualidade]”. O revestimento da nova natureza, ou da nova "pessoa" não é algo que podemos da justiça própria. O velho homem. Ver com. de Hm 6:6: fazer por nós mesmos, não é simplesmente cf. Cl 3:9. Esta expressão parece significar uma pessoa renovada. Deus é o poder ativo mais do que simplesmente antigos atos ou na recriação, porém essa mudança não se rea hábitos; inclui a própria mente e a natureza liza sem o consentimento e a cooperação do humana, de onde se originam os atos. O velho ser humano (ver MDC, 142). Segundo Deus. Literalmente, "de eu morre (Hm 6:6) e não deve reviver. Que se corrompe. Literalmente, c acordo com Deus”. Deus é o ideal, segundo o corrompido”, ou “corrompe a si mesmo". qual o novo ser ó modelado (Mt 5:48) e. uma A palavra indica continuidade ou corrupção vez que o “novo homem" é, na realidade, progressiva na condição do “velho homem". um retorno ao estado original do ser humano, O pecado é um fator que desintegra a vida, isso significa a restauração da imagem de Deus na vida (Gn 1:27; Ed, 125; cf. Cl 3:10). um câncer que cresce no corpo espiritual. Concupiscências do engano. Literal Procedente. Ver com. de Ef 2:10; cf. mente, “anseios do engano”. A frase está em com. de 2Co 5:17. lustiçu. Do gr. íUkaiosune (ver com. de contraste com a "verdade" (v. 21). Se as pes soas percebessem a escravidão e corrupção Mt 5:6). Santidade. Do gr. hosiotês, “piedade , que o pecado lhes traz, este lhes pareceria terrível como é na realidade. No entanto, seu “santidade". No NT, a palavra só ocorre mais verdadeiro caráter permanece oculto até que uma vez (Lc 1:75; sobre o adjetivo hosios, escravize suas vítimas. Os desejos da carne “piedoso", "santo”, ver com. de At 2:27; 13:34). 25. Mentira. Do gr. pseudos, "falsi são enganosos porque prometem felicidade, mas causam tristeza; prometem liberdade, mas dade". “inverdade”, "mentira". O engano escravizam; prometem que o pecador ficará causa a corrupção da personalidade do imune aos resultados da transgressão, só para enganador, muitas vezes prejudicandoo mais do que ao enganado. Os que são trazer destituição. 23. E vos renoveis. O pecado é um seguidores dAquele que é a verdade fazem intruso, um destruidor da pureza original do qualquer coisa para manter a máxima inte gridade em tudo. Na vida do cristão, não ► ser humano. Apesar dos séculos de degra dação. as pessoas ainda mostram traços da há lugar para se tirar vantagem do outro criação original de Deus. Por meio da obra em uma transação comercial, nem para do Espírito Santo no novo nascimento e na distorcer informações, nem propagar fal santificação, "o velho homem" (v. 22) pode sas impressões por insinuação, nem fazer ser criado de novo à semelhança de Cristo. promessas sem a intenção de cumpri-las, Existe em cada pessoa e. por extensão, em nem divulgar boatos e fofocas. Fale [...] a verdade. Uma citação de Zc toda família humana, um profundo vazio que 8:16. Ealar a verdade é para o cristão mais só pode ser preenchido pela influência res que um hábito; é parte de sua natureza. tauradora do Senhor Jesus Cristo.
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COMENTÁRIO BÍBLICO ADVENTISTA
Membros uns dos outros. A men tira tende a destruir a unidade da irman dade: o engano opõe um membro ao outro (cf. ICo 12:IS). Não pode haver verdadeira união entre as pessoas a não ser n.i base da absoluta confiança (cf. Zc 8:16). 26. Irai-vos. Uma citação da LXX do SI 4:4 (v. 5, LXX). Os comentaristas diver gem se o hebraico do Salmo 4:4 deveria ser traduzido como está na NTLH ou I B ("tre mem de medo"), ou como na LXX, que é como está a citação de Paulo. No grego, os dois verbos "irai-vos e "não pequeis” estão no imperativo. Y'árias sugestões têm sido dadas na tentativa de evitar a implicação de uma ordem para se irar. mas nenhuma delas é satisfatória. A solução mais simples parece ser a de considerar a ira nesta passagem como uma justa indignação. Um cristão que não se indigna contra as injustiças e a ini quidade pode ser também insensível a algu mas situações que deveriam preocupá-lo. C) papel mais importante de uma justa indignação é estimular as pessoas em sua batalha contra o pecado. Jesus não ficou irado por qualquer afronta pessoal, mas pelos desafios hipócritas a Deus e pelas in justiças cometidas contra seres humanos (ver Mc 3:5). A ira é justificável quando se dirige contra a conduta errada, porém sem animosidade contra o malfeitor. Ser capaz de separar esses dois elementos é uma con quista cristã. Não pequeis. O texto grego indica que se trata de uma ordem. Esta advertência é feita para evitar que ira justificável produza reações de ressentimento pessoal, vingança e perda de domínio próprio. Alguém comen tou que "às vezes, fazemos bem em demons trar ira, mas temos confundido essas vezes”. Não se ponha o sol. Aqui está uma salvaguarda contra o abuso tia indignação. Embora deva sempre haver indignação con tra o pecado, o ressentimento acalentado é destrutivo. Uma prova justa da verdadeira
natureza da indignação consiste em com provar se é possível orar pela pessoa cujo ato errado causou a ira. Ira. Ou, "indignação. “exasperação”, o senso maligno de ressentimento pessoal em que até mesmo a ira justificada pode se transformar. 27. Lugar. Ou seja, espaço ou oportuni dade (comparar com Bm 12:19). 4 Diabo. Do gr. diabolos, “acusador' (ver com. de Mt 4:1). Paulo somente utiliza a palavra diabolos em suas últimas epístolas (cf. ITm 3:6, 7, 11; 2Tm 2:26; 3:3; I t 2:3), enquanto, nas primeiras, o termo que emprega comumente é Satanás (Bm 16:20; ICo 5:5; lTs 2:18; 2Ts 2:9; cf. ITm 1:20; 5:15). A ira a que se refere no v. 26 dá oportunidade para que o diabo faça os membros do corpo de Cristo se indispor uns contra os outros. Por isso. a advertência de não dar oportunidade ao diabo em levar avante suas tentações. 28. Não furte mais. Paulo fala em geral a conversos procedentes do paganismo. Além do ato direto de se apoderar da propriedade alheia, existem muitas formas em que pode mos ser culpados deste pecado, como, por exemplo, por meio de uma transação comer cial desonesta. Portanto, a ordem de Paulo pode se aplicar também aos professos cris tãos. () roubo tem muitos disfarces; porém, sempre é uma violação do mandamento fun damental de amar ao próximo. I rabalbe. Pode-se debater se o roubo é causa ou consequência do ócio, mas, certa mente, o trabalho é o remédio. Paulo não se limita a proibir o mal. Se é verdade que "a natureza tem horror ao vácuo”, é igualmente verdade que os hábitos abandonados devem ser substituídos (cf. Mt 12:43-45). O ócio e o roubo tendem a andar juntos, assim como o trabalho e a honestidade. Trabalhe com as próprias mãos. O pró prio Paulo deu o exemplo de trabalho manual (At 20:34), imitando seu Mestre, que traba lhava com as mãos na bancada de carpinteiro.
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LI IMOS
O trabalho honrado, físico ou mental, é essen cial à felicidade. Nenhum cristão deve ser sustentado por outros, se for capaz de se man ter. 1 lá um valor terapêutico no trabalho, e a instrução pau li na é correta e verdadeira (cf. Hm 12:11). Tenha com que acudir. Existe outra razão para essa exortação de trabalhar. Muitos não podem se sustentar devido à idade avançada ou a incapacidades por outra razão. Isso dá a oportunidade de demons trar a unidade, que é o tema da epístola. E um privilégio cristão dar aos necessitados, os quais poderiam perecer sem essa ajuda. O cristão não deve ganhar dinheiro somente pelo dinheiro em si. Os frutos do trabalho honesto devem ser recebidos e repartidos no espírito da mordomia cristã. O crente traba lha a fim de poder ajudar a outros, depois de haver cumprido seu dever para com a socie dade e de sustentar a si mesmo. Assim, ele vive em contraste com o ladrão. 29. Torpe. Do gr. sapros, "podre", "impró prio para o uso", "sem valor . Em Mateus 7:17, sapros descreve uma árvore má e, em Mateus 13:48, se aplica a peixes não apro priados para a alimentação e que eram lança dos fora. A linguagem impura demonstra que o coração é corrupto: "do que há em abundân cia no coração, disso fala a boca" (Mt 12:34, ARC). Palavrões, brincadeiras e canções obs cenas, e até mesmo a conversa I útil e insípida, não têm lugar na vida do cristão; pois são indí cios de espírito não regenerado. A que for boa. Não é suficiente que o cristão se abstenha da linguagem obscena. Suas palavras devem cumprir um propósito útil. Jesus advertiu contra o uso de palavras ociosas ou sem propósito útil (Mt 12:36). Boa para edificação. Ou, “boa para a edificação conforme a necessidade (TB). O modo de falar do cristão não precisa ser severo ou grave para que seja edificante, construtivo e que leve as pessoas a ficar melhores do que antes de ouvir suas palavras.
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No v. 28, orienta-se que o trabalho do cris tão deve ser pelo benefício dos outros, e aqui se ensina que suas palavras devem ser para o hem de seus semelhantes. Não é só a fala indecente que corrompe, mas também a palavra egoísta, mal-intencionada, crítica ou de duplo sentido. Novamente o apóstolo parece ter em mente o tema central de sua epístola: a unidade. Aquilo que não edifica degrada e, por conseguinte, deve ser descar tado (comparar com I Ps 5:11-14). Graça. Do gr. charts, que aqui pode signilicar "benefício (cf. com. de Hm 3:24). 30. Entristeçais. Do gr. lupeõ, “cau sar dor", “afligir", "ofender . Este imperativo grego pode ser traduzido como "pare de ofen der". A personalidade do Espírito Santo é aqui claramente definida, pois apenas pes soas podem ser entristecidas (sobre a maneira pela qual o Espírito Santo pode ser entriste cido, ver com. de Mt 12:31). Selados. Em Efésios 1:12 e 13, os cren tes são descritos como sendo selados no "Espírito Santo" (ver com. de Ef 1:13; cf. 2Co 1:22; sobre o selo, ver com. de Ap 7:2). A recepção do Espírito Santo na conversão é a autenticação divina de que o crente é aceito, de que a aprovação do Céu repousa sobre sua eleição e vida cristã. Para. Ou, “com vistas a”. Espera-se que o crente persevere e que seja glorificado. Isso só ocorrerá se ele conservar “firme a conliunça e a glória da esperança até ao fim" (Mb 3:6, ABC). O ato de selamento não garante a salvação para sempre, pois é pos sível pecar contra o Espírito Santo e, assim, perder o direito à redenção (ver com. de Mt 12:31; cf. com. de Hh 6:4-6). O pecado imperdoável é a culminação de uma série de atos que entristecem o Espírito Santo. Portanto, é importante não cometer nem um só ato dessa natureza. Redenção. Ver com. de Ef 1:14. 31. Amargura. Do gr. pikn a. No sentido metafórico, pode se referir ao temperamento,
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COMENTÁRIO BÍBLICO ADVENTISTA
caráter ou disposição. Uma pessoa amargu rada está em permanente estado de antago nismo contra seus semelhantes, impedindo, assim, a unidade (cf. At 8:23; Bm 3:14). Uma lista de pecados semelhantes é dada em Colossenses 3:8. Cólera, e ira. Do gr. thutnos kai orgê. Th untos denota um estado mental momentâ neo de fúria e excitação; orgê, uma condição permanente de ressentimento e hostilidade 11 com. de Rm 2 Gritaria. Do gr. kraugê, “clamor", "briga em voz alta". A discussão entre os fariseus e saduceus sobre a doutrina da ressurreição foi um kraugê (At 23:9). Blasfêmia. Do gr. blasphêmia, "difama ção". “afronta". A gritaria logo se transforma em calúnia no esforço para arruinar a repu tação dos outros. Todos os males mencio nados nesta passagem tendem a perturbar a unidade do corpo de crentes, pois criam barreiras entre os que deveriam sentirse mutuamente atraídos à união, em vir tude da cidadania celestial que têm em comum. Malícia. Do gr. kakia (ver com. de Rm 1:29). Alguns percebem uma ordem natural na lista de males apresentada por Paulo: a amargura logo se torna cólera apai xonada e explosiva; a cólera se transforma em ira persistente; a ira conduz a gritaria vul gar; e a gritaria sempre está acompanhada de injúrias ou difamações. Tudo isso nasce de uma malignidade satânica presente no coração humano. Portanto, devem ser elimi nadas, pois fazem parte das obras da carne (Gl 5:19-21).
32. Benignos. Do gr. chrêstoi, "gentis", "graciosos". A benignidade ou simples gen tileza (chrêstotês) é uma das características positivas mais profundas em favor do cristia nismo; é um fruto do Espírito (Gl 5:22). Ela é o oposto da malícia de Efésios 4:31. A con versão transforma a malícia em benignidade. Compassivos. Do gr. eusplagchnos, Li teralmente, "de fortes entranhas", "mise ricordioso". A palavra é traduzida como “compassivos" (1 Pe 3:8). Pode ser compara do com "afetos de misericórdia (Cl 3:12), que equivale a considerar com ternura as fraque zas e necessidades dos outros. A indiferença insensível ao sofrimento é incompatível com o espírito cristão (cf. Lc 6:36; Fp 2:4; 1 Pe 3:8). Perdoando. A bondade e a ternura são de pouco proveito, a menos que se expressem no espírito de perdão. A bondade pode ser meramente uma espécie de cortesia ou poli dez, se não estiver disposta a dar o passo do perdão. O espírito de perdão é mais do que um ideal ou mesmo uma virtude, é uma deci dida atitude do coração e da mente. O Senhor Jesus é o único modelo que devemos seguir (Ml 6:12; Lc 6:36). O per dão foi comprado a um preço infinito, porém, não custa nada ao pecador, exceto o sacrifí cio do orgulho pessoal de perdoar os outros. O perdão deve ser medido em relação ao per dão divino (cf. Mt 18:32, 33), um fato que se torna tanto mais surpreendente quanto mais se medita nele. Deus, em Cristo. A frase-chave da epís tola (ver com. de Ef 1:1). Deus [...] vos perdoou. Ver 2Co 5:19; ver com. de Rm 5:10.
COMENTÁRIOS DE ELLEN G. WHITE I - T9, 276 1-3 - MCI I, 39; RC, 65 I-6-T5, 239, 292 3 - MCH. 276; T9, 197 3 - GC, 379
5 - T9, 196 7 - PJ. 149; MCH, 37 7, 8 - PJ, 327 8 - DTN, 786; PE, 190 8-16-T8, 176 I 142
11, 12-MS, 249; T8, 170 11-13- DTN, 362; MCH, 38; TM, 29. T3, 446; T5, 237; T6, 48, 243, 291
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EFÉSIOS
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418; T3, 427; T4, 74; 11-15-TM, 52 T5, 80. 273 12, 13 - GC, viii; TM, 406 15- PJ, 67, 97; CC, 67, 75, 13 -AA. 49, 284; LA, 213, 81; TM, 288; Tl, 353; 298; CS. 594; CES. 30. T3, 46; 14. 367; T5, 393, 106; CPPE, 491; Ev, 337; 500; T9, 160 FEC, 167, 199; GC, 470; 16- TM, 27; T7, 131, 174 OE, 283; MCH, 101; 17, 18-AA, 470 MS, 32; MJ, 16, 45; CC, 17- 19-T5, 171 67; T2, 237; T3, 446, 18- DTN, 764; T2. I 38-.T4, 559; T4, 359, 367, 556; 147 T5, 105, 252, 264, 265, 19- Tl, 189 267, 309, 484, 577, 597; 22-24-T4, 92; T5, 172 T7, 24; T9, 48, 153, 184 23- FEC, 182 13, 14-A A. 470 24 - CS, 28; Etl. 27. CBV, 14 - Ev, 362; OE, 289; Tl.
163; T2, 484 25 - Ed, 286 26- TM. 101 28- CS, 122; PE, 58,95; Tl, 206 29- LA. 435; PJ. 336, 337; OE. 122; MDC, 69; MCII, 114; T2, 302, 316 30- CS, 561; OE, 98; MJ. 387, Tl. 124; T2, 263; T3, 73, 265; T4, 410, 491, 493. 626; T5, 120, 310, 365; T8, 56 32 - PE, 26; MDC, 114; MCH, 235
Capítulo 5 2 Exortação ao amor, a 3 jugir da fornicação e 4 de toda impureza, a 7 não tomar parte com os ímpios, a 15 andar com prudência e a ser 18 cheio do Espírito. 22 Orientações para as mulheres em relação ao marido. 25 Este deve amar a esposa, 32 assim como Cristo ama a Sua igreja. 1 Sede, pois, imitadores de Deus, como fi
9 (porque o I ruto da luz. consiste em toda bon
lhos amados; 2 e andai em amor, como também Cristo nos amou e Se entregou a Si mesmo por nós. como
dade, e justiça, e verdade),
oferta e sacrif ício a Deus, em aroma suave. 3 Mas a impudicícia e toda sorte de impure
11 E não sejais cúmplices nas obras infrutífe ras das trevas; antes, porém, reprovai-as.
zas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a santos; 4 nem conversação torpe, nem palavras vãs ou chocarrices, coisas essas inconvenientes; antes, pelo contrário, ações de graças.
12 Porque o que eles fazem em oculto, o só referir é vergonha.
10 provando sempre o que é agradável ao Senhor.
13 Mas todas as coisas, quando reprovadas pela luz, se tornam manifestas; porque tudo que se manifesta é luz.
5 Sabei, pois, isto: nenhum incontinente, ou impuro, ou avarento, que é idólatra, tem heran ça no reino de Cristo e de Deu s.
14
Pelo que diz: Desperta, ó tu que dor
mes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te
6 Ninguém vos engane com palavras vãs; por que, por essas coisas, vem a ira de Deus sobre os f ilhos da desobediência. 7 Portanto, não sejais participantes com eles. 8 Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz
iluminará. 15 Portanto, vede prudentemente como an dais. não como néscios, c sim como sábios, ló remindo o tempo, porque os dias são maus. 17 Por esta razão, não vos torneis insensa tos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor.
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COMENTÁRIO BÍBLICO ADVENTISTA 18 E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito. 0 3 0 1
►
26
para que a santificasse, tendo-a purifi
cado por meio da lavagem de água pela palavra,
19 falando entre vós com salmos, entoando e
27 para a apresentar a Si mesmo igreja glo riosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa seme
louvando de coração ao Senhor com hinos e cân ticos espirituais,
lhante, porém santa e sem defeito.
20 dando sempre graças por tudo a nosso Deus
28 Assim também os maridos devem amar a
e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, 21 sujeitando-vos uns aos outros no temor
sua mulher como ao próprio corpo. (Juem ama a esposa a si mesmo se ama.
de Cristo.
29
22 As mulheres sejam submissas ao seu pró prio marido, como ao Senhor; 28
24 Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sub
30 porque somos membros do Seu corpo. 31 Eis por que deixará o homem a seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, e se tornarão os dois uma só carne. 32 Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja.
missas ao seu marido. 25
carne; antes, a alimenta e dela cuida, como tam bém Cristo o faz com a igreja;
porque o marido é o caheça da mulher,
como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo.
Porque ninguém jamais odiou a própria
Maridos, amai vossa mulher, como tam
33 Não obstante, vós, cada um de per si tam
bém Cristo amou a igreja e a Si mesmo Se en
bém ame a própria esposa como a si mesmo, e a
tregou por ela.
esposa respeite ao marido.
1. Imitadores. Do gr. mimetui, “imita dores". Este versículo é uma continuação e ampliação de Efésios 4:32. O apóstolo vem insistindo que o exemplo de Deus seja seguido, especialmente em relação ao espí rito de perdão. Deus é o modelo e o ideal que se deve imitar, neste caso, com espe cial referência ao espírito perdoador que se deve manifestar. O crente fiel pode, pela graça de Deus, aprender a perdoar, como Deus perdoou. Filhos amados. Saber que Deus nos ama proporciona força c capacidade paru imitá-Lo (IJo 4:19). A consciência da pater nidade divina produz o amor fraternal (IJo 4:11). Aqueles que com sinceridade chamam a Deus de "Pai devem considerar a seus semelhantes como irmãos e irmãs. 2. Andai em amor. Ou, “continuai a andar em amor", “tomai o hábito de lular em amor". Devemos viver em uma atmos fera de amor (sobre iigaye, ver com. de ICo 13:1).
Também Cristo nos amou. Evidências textuais (cf. p. xvi) apoiam a variante "vos", o mesmo ocorre em Ef 4:32. Entregou a Si mesmo. Cristo demons trou Seu amor ao entregar-Se a Si mesmo. Nós não podemos fazer menos. O amor de Cristo foi tão grande que Ele voluntaria mente Se ofereceu em sacrifício. Um dos propósitos da encarnação foi precisamente manifestar o amor de Deus, pois "Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo” (2Co 5:19). “Ninguém tem maior amor do que este (Jo 15:13). Como oferta e sacrifício. Os servi ços do santuário prefiguravam o ministério e o sacrifício tie Cristo. O ato voluntário por meio do qual Cristo Se entregou como sacri fício estava prefigurado no ritual cerimonial do antigo Israel. Alguns têm sugerido que se deve distinguir entre as palavras “oferta" e "sacrifício”, porque a primeira denota uma oferta sem sangue e a segunda pressupõe a morte da vítima. As palavras gregas que
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EFESIOS
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traduzem “oferta” e “sacrifício" não sugerem essa distinção. Paulo deve ter tomado a frase emprestada do Salmo 40:6. Em aroma suave. Literalmente, "odor de um cheiro doce". Deus, o Pai, Se agra dou com a oferta de Cristo, hem como com o espírito com o qual foi feita; porém, não sig nifica que o sacrifício de Cristo fosse neces sário para "aplacar a ira" de Deus (ver com. de Rm 5:10; sobre a figura de "cheiro suave . ver com. de 2Co 2:15; cf. I p 4:18). 3. Mas. Paulo utiliza fortes contrastes para realçar o efeito de sua mensagem. Neste contexto, ele contrasta “cheiro suave" com o sacrifício de Cristo (v. 2). I mpudicícia. Do gr. ponteia, termo geral para relações sexuais ilícitas de todos os tipos (ver com. de ICo 6:18). Impurezas. Prostituição e impureza são frequentemente mencionadas jun tas (como em 2Co 12:21; Gl 5:19; Cl 3:5). O apóstolo passou da consideração tio amor santo para a do amor não santificado, a I im de mostrar como os sentimentos mais sagra dos podem ser corrompidos. Cobiça. Do gr. pleonexia. "o desejo de ter mais". A associação deste pecado com a fornicação e a impureza é significativa (cf. ICo 5:11; Ef 5:5; Cl 3:5). A cobiça é o desejo de ter mais, uma característica de lodo pecado sensual. A avareza e a con cupiscência se classificam entre os peca dos mais grosseiros e devem ser repudiados por todos os que têm o nome de cristãos. Muitos cristãos estão dispostos a colocar o pecado da avareza no mesmo nível da for nicação. A ganância é um pecado mortal que, muitas vezes, passa despercebido nos círculos mais respeitáveis; muitas vezes, oculta-se sob termos como “competição" e"sucesso . Nem sequer se nomeiem. Os pecados a que se refere são tão terríveis que sequer são apropriados para discussão entre os san tos. Devem unicamente ser nomeados com
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o propósito de reprovação; porém é desne cessário discuti-los, pois não devem existir entre os santos. Santos. Do gr. hcwioi, "santos" (ver com. de Rm 1:7). 4. Conversação torpe. Do gr. aischrotes, "conduta revoltante, vergonhosa . provavel mente incluindo conversação imunda e obs cena. Este vocábulo ocorre somente aqui no NT e, além de significar a forma inde cente de falar, inclui também a maneira de se comportar. Palavras vãs. Conversação insípida, tola e sem edificação ou proveito. Toda pala\ ra ociosa será levada a juízo (Mt 12:36), pois esse tipo de conversação tola envolve mais do que meras palavras vazias. Chocarrices. Do gr. eutrapelia, pala vra composta por duas raízes que signilicam "bem" (adv.) e “transformar”, portanto, "perspicácia”. Porém, aqui, é usada no sen tido negativo de palhaçada, irreverência ou leviandade. () apóstolo não fala contra as brincadeiras de humor inocente, mas a brin cadeira grosseira evil. Inconvenientes. Ou seja. não apropria das ou indecentes. Ações de graças. O espírito de gratidão e alegria é o melhor antídoto contra o inde coroso espírito de frivolidade (cf. Tg 5:13). 5. Sabei [...] isto. Expressão enfática para destacar que, mesmo que qualquer outra coisa possa ser duvidosa, esta é certa. E um apelo á consciência. Incontinente. Do gr. pomos, "devasso", aquele que pratica ponteia (ver com. do v. 3). Nenhuma pessoa de caráter licencioso é apta para o reino (Ap 22:15). Impuro. Ou, "pessoa impura” (v. 3). Avarento. Ver com. do v. 3. A avareza é definida como idolatria (Cl 3:5) e é digna da mesma condenação. Idólatra. O avarento deifica o objeto de sua cobiça. A idolatria é uma das obras da carne (Gl 5:19-21).
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Tem herança. Ver com. de ICo 6:9. fruto da luz. “Fruto” significa resultado ou con De Cristo e de Deus. A divindade de sequência. As trevas impedem que haja fruto e Cristo está implícita pela associação de Sen crescimento: a luz é fundamental para ambos. nome ao nome de Deus (cf. com. de Bm 9:5). Bondade. Do gr. agathõsunõ; ver com. 0 texto grego também pode ser traduzido de Cl 5:22. como "de Cristo, que é Deus". Justiça. Do gr. dikaiosunê, aqui, o prin 6. Palavras vãs. Literalmente, “pala cípio da retidão; ver com. de Mt 5:6. vras vazias”; por exemplo, palavras que suge Verdade. Do gr. alõtheia, aqui provavel rem que os pecados mencionados (v. 3-5) mente denota sinceridade em todas as suas não impedirão a entrada no reino. As here lormas, em palavra, pensamento e ação. sias já ameaçavam a igreja nascente. Paulo A bondade, a retidão e a verdade resumem adverte contra a maneira enganosa como os completamente o preceito e o dever de todos. lalsos mestres se introduziam na comuni 10. Provando. Do gr. dokimazõ; ver dade cristã (sobre os enganos que dividem com. de Rm 2:18. O cristão deve testar con
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EFÉSIOS 12. Vergonha. A delicadeza e o refi namento do cristão não permitem nem dis cutir certos temas, muito menos praticá-los. Normalmente, é suficiente nomear os males sem descrevê-los em detalhes. É recomen dável certo grau de franqueza, mas pouco se pode dizer a favor da surpreendente cruel dade com a qual, muitas vezes, o pecado é discutido em nossa cultura eticamente poli tizada. Paulo nomeou e denunciou os vícios vergonhosos (v. 3-5), mas não os descreveu em detalhes, de modo a apelar á imagina ção sensual. Em oculto. Paulo pode se referir aqui a alguns dos “mistérios” celebrados pelos pagãos, acompanhados por cerimônias de iniciação lascivas e obscenas. Ou pode se referir apenas ás práticas licenciosas às quais se entregam secretamente os débeis e corruptos. 13. Reprovadas. Do gr. elegchõ; ver com. do v. 11. As coisas escondidas e obs curas na vida de uma pessoa são expostas sob os brilhantes raios da luz espiritual. Quando Cristo dirigiu os raios da verdade sobre a hipocrisia de Seu tempo, a larsa foi vista tal como realmente era. Quando os atos praticados nas trevas são vistos nas trevas, seus contornos são obscurecidos, sua verdadeira natureza não é revelada (ver com. de Jo 3:20). Manifestas. Os pecados secretos men cionados no v. 12 são expostos pelo brilho da luz da verdade sobre a vida. "A palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, (...) é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração" (Mb 4:12). E uma lente que con centra a luz da verdade sobre a consciência. 14. Pelo que. Ou seja, em relação ao que foi dito acerca de dissipar as trevas por meio da luz. Desperta. Esta citação não se encontra no AT. Alguns veem nela uma possível alu são a Isaías 26:19 e 60:1. Outros sugerem
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como provável fonte alguns dos primeiros hinos cristãos desconhecidos por nós. Evi- ◄ dentemente, já existiam naquele tempo, como hoje, aqueles que dormiam espiri tualmente. A exortação para despertar é frequente nas Escrituras (Rm 13:11-14; ICo 15:34; lTs 5:6, 8; IPe 1:13). Os mortos. Ou seja, os que estão sub mersos no sono da morte espiritual. Cristo te iluminará. Ou, "brilhará sobre ti". Aquele que se volta a Cristo tem a segurança dos restauradores raios de luz que provêm do "Sol da justiça (Ml 4:2). O apelo é para que os impenitentes desper tem de sua letargia e, assim, deem a Cristo a oportunidade de realizar a obra salvadora em seu coração. 15. Prudentemente. Do gr. akribõs, "exatamente”, ’’diligentemente", “cuidadosamente". As evidências textuais se dividem (cf. p. xvi) entre esta variante e: “Prestai diligente atenção em como andais. O crente é instado a seguir um curso disciplinado de ação. Ele deve fazer de tudo para resistir às tentações. Néscios. Literalmente, "imprudentes", "lallos de sabedoria". 16. Remindo o tempo. Literalmente, “comprando para vós todo o tempo opor tuno", isto é, aproveitando ao máximo cada oportunidade (Cl 4:5). E obrigação e privilé gio de todo cristão aproveitar cada momento do tempo para grandes e nobres propósitos. Remir o tempo é mais do que simplesmente se abster da ociosidade ou de atividades frívolas. A pessoa não é boa apenas por que não é má. Assim como Jesus, o crente também precisa "tratar dos negócios do Pai (Lc 2:49), buscando ativamente as oportunidades para fazer o hem (Gl 6:10), mesmo aos inimigos (Mt 5:44). Na parábola do administrador infiel, Jesus destacou a diligência e sabedoria dos comerciantes do mundo ao fazer seus negócios, como um exemplo para os filhos da luz (ver com. de Lc 16:1-12).
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Dias são maus. A necessidade de aproveitar cada oportunidade que sc apresenta é evidente, quando se considera que a vida está continuamente exposta a todo tipo de males, não só o mal moral prevalecente, mas proble mas de saúde, perseguições e sofrimento psí quico, que privam o cristão de oportunidades para servir (cf. Ec 12:1; Am 5:13). 17. Por esta razão. Ou seja, lendo em vista o argumento que ele acaba de comentar a respeito de trevas, luz, tempo e dias maus. Insensatos. Do gr. aphrones, “sem sen tido", “tolos" (ver Lx 11:40; 12:20; ICo 15:36). O cristão que não usa as faculdades e a inte ligência dadas por Deus para saber qual é a vontade divina para si comete pecado. Compreender. Evidências textuais (cf. p. xvi) favorece a variante “entendei vós". Não se pode viver sabiamente sem entendimento. “O conhecimento do Santo é a prudência" (Pv 9:10). Vontade do Senhor. Conhecer a von tade do Senhor deve ser o objetivo supremo do cristão (ver com. de Jo 7:17). A mente trans formada não somente possui a capacidade de entender a vontade de Deus, como também uma intuição divinamente implantada pela qual pode comprovar “a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Bm 12:2). 18. Não vos embriagueis com vinho. Paulo estava falando das trevas e da lou cura das pessoas insensatas, e poucas coi sas existem mais tolas do que a embriaguez. Esse mal é condenado nas Escrituras (Pv 20:1; Lc 21:34; ICo 5:11; Cd 5:21; ITm 3:3). Paulo deve ler pensado na embriaguez não apenas como a satisfação do apetite, mas também como um mal social que glorilica o desperdício, a excitação emocio nal em detrimento do bom-senso e a busca imprudente por prazer. Tudo o que enfra quece a razão significa deterioração espiri tual e inaptidão para o reino de Deus. Dissolução. Do gr. asõtia, "descon trole", "devassidão"; ver I t 1:6; iPe 4:4;
cf. Lc 15:13, em que ocorre o advérbio usõtõs. Devassidão, folia, abandono e excessos de todo tipo seguem a condescendência com o vinho. Do Espírito. Ou, "do [vosso] espírito", que pode ser considerado como referência ao espírito humano. A emoção da embria guez se opõe à alegria e animação do espírito. A busca de um estimulante terreno é subs tituída pelo entusiasmo espiritual do espí rito humano, sob a influência do poder tio Espírito Santo. Embora seja verdade que a sobriedade acompanha o trabalho do Espírito Santo, no entanto, o efeito da presença do Espírito Santo é visto no testemunho entu siasta da fé. A manifestação do Espírito, nas palavras e nos atos dos discípulos, no dia de I Pentecostes, foi zombeteira mente comparada « O K à embriaguez (At 2:13). 19. Falando entre vós. Pode ser uma sugestão de entoar antífonas ou cânticos res ponsivos, ou simplesmente uma referência ao benefício mútuo a ser adquirido pela ado ração cm conjunto. Plínio diz, ao se referir aos primeiros cristãos e sua adoração: “Eles tinham o hábito de se reunir em determina dos dias fixos, antes do amanhecer, e canta vam em versos alternados um hino a Cristo, como se fosse a um deus" (Curtas, x.96; ed. Loeb, vol. 2, p. 403). Uma das primeiras manifestações da plenitude do Espírito é a alegria na comunhão dos crentes e em atos de adoração coletiva. Salmos, [...] hinos, e cânticos espiri tuais. A distinção entre esses três tipos de louvor pode ser a seguinte: Em geral, "salmos” eram os salmos do AT, cantados com acom panhamento instrumental; "hinos" eram louvores a Deus, compostos pelos crentes e cantados por todo o grupo, e os "cânticos espirituais", ou odes, eram de natureza mais geral e meditativa, com ou sem acompanha mento (ver Mt 26:30; At 4:24-30; ICo 14:26; Tg 513; cf. com. de Cl 3:16). O louvor é parte essencial do culto.
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Fazendo melodia (KJV). Do gr. psallõ, Ele demonstrou Sua paternidade ao dar Seu “tocar um instrumento de cordas", “cantar Filho; portanto, a oração e as ações de gra um hino". Portanto, esta palavra pode se refe ças são oferecidas em nome do Filho. Visto rir à música instrumental ou ao cântico cm que, por meio de Cristo, tudo o que o Pai geral. Como os “cânticos" já foram mencio tem para dar foi disponibilizado à humani nados, alguns pensam que, aqui, psallõ se dade, podemos nos aproximar de Deus com refere à primeira opção; outros pensam que, plena confiança (Jo 14:13; 15:16; 16:23, 24). no NT, a palavra significa apenas "cantar”. Sujeitando-vos. Este princípio de 21. De coração. O louvor deve brotar do conduta geral pode estar relacionado com o coração e não ser apenas uma exibição. que o precedeu, mas conduz naturalmente ao A música sempre foi usada como auxílio para pensamento da passagem seguinte, na qual a adoração, e o cristianismo a elevou e con é dada a aplicação específica. Submissão, sagrou. No culto religioso, o cântico deve ser humildade e sujeição são características direcionado a Deus; de outra forma, é pouco essenciais ao cristão. O eu deve ser sujeitado mais que uma exibição de si mesmo. Esse diante de Deus e dos semelhantes. Muitas perigo levou Calvino e Knox a falar de forma vezes, as exigências que fazemos aos outros, depreciativa sobre a música instrumental. mesmo dos nossos direitos, são contrárias A música não é um fim em si mesma, mas, ao espírito do ministério amoroso, que é o assim como a oração, é um meio para apro espírito do evangelho (Jo 13:15, 16; Cil 5:15). ximação de Deus. De fato, a oração pode se Além da submissão aos superiores em idade expressar de várias formas, como palavras, e autoridade, e do respeito por aqueles que consideramos iguais, há também a submissão meditação e música. 20. Dando sempre graças. "Coisa ou consideração cristã aos que se encontram alguma tende mais a promover a saúde do em posição de inferioridade. Essa submissão se revela em consideração, caridade e res corpo e da mente do que um espírito de gra tidão e louvor” (CBV, 251). O espírito de lou peito à pessoa de todos os filhos de Deus. Por meio dessa declaração geral de prin vor é um antídoto contra o mal e o desânimo. Quando tudo está ruim. o cristão está bem cípios, o apóstolo prepara o caminho para a 4 e é mais alegre. O espírito de gratidão pre instrução detalhada que está prestes a apre valece na alegria ou na tristeza, na vitória sentar. Paulo propõe três áreas nas quais o espírito de submissão deve encontrar plena ou na derrota, pois é um atributo que sus tenta o caráter cristão permanentemente (ver expressão para que as relações envolvidas se cumpram conforme o espírito cristão: as Cl 3:17; lTs 5:18). Indo. Tanto as coisas desagradáveis relações entre marido e mulher, entre pais e como as agradáveis (Jó 2:10; Rm 8:28). Não lilhos e entre senhores e servos. há virtude especial em ser grato apenas pelas Temor de Cristo. Isto é, reverência por bênçãos recebidas nem em amar unicamente Cristo. os amigos (Mt 5:46). E mais difícil convi 22. As mulheres sejam submis ver com as dificuldades, bem como com os sas. Paulo atribui às mulheres uma posi inimigos. ção de submissão em relação ao marido Deus e Pai. Ou, "Deus, o Pai . (cf. lPe 3:1-6). A ética dos relacionamentos Em nome de. Deus é o destinatário das cristãos dentro da família é clara, quando ações de graças, mas essas são oferecidas em se entende que diferença e submissão de nome de Jesus Cristo. O Pai tem direito à gra nenhuma maneira implicam cm inferiori tidão, pois é nosso Pai (Rm 8:14-17; Cl 4:4-6). dade. A submissão aconselhada à mulher é
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do tipo que só pode ser dada entre iguais, surge em uma família cm que o marido mos não uma obediência servil, mas uma sub tra a mesma solicitude pelo bem-estar da missão voluntária nos aspectos em que o esposa que Cristo mostra por Sua igreja. homem foi qualificado pelo Criador para 24. A igreja está sujeita. O que carac ser a cabeça (cf. Gn 3:16). Toda comu teriza a sujeição da igreja a Cristo é boa von tade, confiança, fé e amor. ü serviço prestado nidade deve ter um líder para permane cer de forma organizada. Mesmo nesta era com amor é uma das mais agradáveis expe de liberdade, em que se insiste na igualdade riências. Como cabeça da igreja, Cristo diz. entre homens e mulheres, o homem que não “Meu fardo é leve" (Ml 11:30). Em tudo. Isto é, em tudo que está em assume a liderança de sua família em amor é considerado, de certa forma, com desprezo harmonia com a mente de Deus, pois não por homens bem como por mulheres. Este pode existir nenhuma outra lealdade que se princípio de submissão é permanente, mas interponha entre o indivíduo e Deus. sua aplicação específica pode variar ao longo 25. Amai vossa mulher. A resposta do tempo, conforme os costumes e a cons adequada do marido à submissão da esposa ciência social (comparar com ICo 11:3, 7-9; não é por meio de ordens, mas pelo amor. Isso translorma em sociedade aquilo que. de Cl 3:18; lTm 2:11, 12; Tt 2:5). Próprio marido. Isto é dito, não por outra forma, seria uma ditadura. O mari contraste com o marido de outras mulheres, do amoroso nunca profere ordens rudes. Seu mas para enfatizar a relação sagrada de posse amor se expressa de maneiras distintas, uma sobre a qual a submissão se fundamenta. delas é por meio de palavras de compreen Como ao Senhor. Comparar com Cl 3:18. são e carinho. Além disso, o marido provê o A esposa deve considerar sua relação com o sustento material da esposa (lTm 5:8), faz marido uma reflexão ou ilustração de sua rela todo o possível para assegurar sua felicidade ção com Cristo. (ICo 7:33) e lhe dá todas as honras (1 Pe 3:7; 23. O cabeça. Esta frase, que se apre sobre o tipo de amor aqui requerido, agapan, senta duas vezes neste versículo, não tem ver com. de Mt 5:43). artigo definido no grego, para enfatizar a A Si mesmo Se entregou. A prova qualidade de liderança. Paulo faz a mesma suprema do amor é se ele está preparado afirmação em 1 Corínlios 11:3. Ao mesmo para abrir mão da felicidade a fim de que tempo, ele diz que, diante de Deus, não há a outra pessoa a tenha. Neste aspecto, o "nem escravo nem liberto; nem homem nem marido deve imitar a Cristo, deixando de mulher” (Cl 3:28). A distinção de sexo, classe lado os prazeres e o conforto pessoal em ou etnia não é encontrada entre os que estão favor da felicidade da esposa, permanecendo “em Cristo"; no entanto, em virtude de suas ao lado dela na hora da enfermidade. Cristo diferentes qualidades, cada sexo, classe ou deu a Si mesmo para a igreja porque ela etnia pode fazer sua contribuição peculiar à estava em profunda necessidade. Ele fez isso sociedade. A liderança do marido consiste em para salvá-la. Da mesma forma, o marido dá cuidar da esposa com capacidade e responsa a si mesmo pela salvação da esposa, minis- < bilidade, assim como Cristo cuida da igreja. irando a suas necessidades espirituais, e ela Do corpo. Ou seja, a igreja. Assim como ás dele, em espírito de amor mútuo. Cristo é o "salvador do corpo", a igreja, assim 26. Para que a santificasse, tendo-a também o marido deve ser o protetor e man purificado. Cristo remove as vestes sujas e tenedor da esposa e da família. Nenhuma oferece, em lugar delas, o manto de Sua per polêmica sobre inferioridade ou liderança feita justiça (ver com. de Mt 22:11). 1150
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EFÉSIOS Lavagem. Do gr. loutron, “banho”, "lugar ele banho" ou “ato de banhar". Além deste versículo, a palavra ocorre no NT somente em Tito 3:5, em que se encontra a expres são "lavar regenerador". Visto que o contexto é o do casamento, provavelmente, há uma referência ao antigo costume do banho de purificação da noiva antes das bodas. Ou a referência pode ser ao batismo. Nos dois casos, a ideia é que Cristo purifica a igreja. Cristo deu a Si mesmo pela igreja para que se torne igreja pura e, assim, permaneça com Ele para sempre. Pela. Ou, "em", significando "por meio de". Palavra. Do gr. rhéma, "declaração", “dizer", “declaração” (ver uso do termo em Rm 10:8, 17; 2Co 13:1; I lb 1:3). Muitos comentaristas veem aqui uma referência à fórmula usada em conexão com o rito do batismo (cf. Mt 28:19). Outros veem uma referência à expressão de fé do novo con verso (Rm 10:8-10). Outros ainda aplicam rhõma ao evangelho ou à palavra da fé pre gada antes do batismo. 27. Apresentar. Do gr. paristémi, "colocar ao lado de”, “apresentar (compa rar com o uso da palavra em 2Co 4:14; Cl 1:22, 28; Jd 24). Cristo apresenta a igreja, a noiva, a Si mesmo. Cristo veio para salvar Sua noiva. Mais tarde, como noivo, Ele a recebe no glorioso lar que preparou (cf. Jo 14:2, 3). Gloriosa. Do gr. endoxos, “em honra", “em esplendor . O Salmo 45:10 a 14 apre senta uma comparação sugestiva. A relação entre Cristo e a igreja acentua o esplendor e a beleza da relação conjugal, como Paulo a concebe. A união de Cristo com a igreja é tão real como a união de um homem com uma mulher. Mácula, nem ruga. Esta condição se concretizará apenas quando Cristo voltar. O joio e o trigo vão crescer juntos até a colheita (Mt 13:30). Em seguida, o joio será removido, e a igreja será pura.
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Santa. Do gr. hagios (ver com. de Rm 1:7). Talvez o apóstolo tenha ido além da compara ção com o casamento em sua discussão sobre a condição final que a igreja deve atingir. Sem defeito. Comparar com Ef 1:4; Cl 1:22; Hb 9:14. 28. Assim. Paulo fez uma breve digres são para falar da igreja glorificada, e então, retorna para seu tema e destaca o ele mento principal, em que o casamento ter reno é semelhante á união de Cristo com a igreja, no amor abnegado c infalível. “Assim” refere-se ü descrição do amor de Cristo nos v. 25 a 27. Como ao próprio corpo. Esta reco mendação é feita não porque o amor próprio seja o ideal maior, mas porque marido e esposa são um só corpo, uma só carne (cl. Gn 2.24; Ef 5:31). Assim como o homem protege o próprio corpo de perigo e desconforto, da mesma forma, ele deve dar à esposa a mesma consideração. Paulo enfatiza aqui que a unidade essencial deve prevalecer. Ama a si mesmo. E assim porque seus interesses são os mesmos, seus ideais corres pondem, seus objetivos espirituais são alinha dos. Quando o esposo promove o bem-estar da esposa, promove o próprio bem-estar, não só porque estão intimamente ligados, mas porque ela lhe dá a felicidade que ele lhe pro porciona. Bondade gera bondade. 29. Ninguém jamais. Paulo apresenta uma verdade geral. E preciso ser uma pes soa mentalmente desequilibrada para odiar a própria carne. Alimenta. Do gr. ektrephõ, “alimentar , “educar". Em Efésios 6:4, a palavra é usada para a educação dos I ilhos. Às vezes, fala-se de um bom marido como sendo “um bom provedor" para a família. Cuida. Do gr. thalpõ, principalmente “aquecer , portanto, "sustentar", “amar". Além desta passagem, a palavra só ocorre no NT em 1 Tessalonicenses 2:7, em que Paulo afirma que se importa com os
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tessalonicenses “como a ama que cria seus filhos" (ARC). 30. Membros. Do gr. tnelê, ‘ membros’ ou‘partes |do corpo] ” (ver com. de ICo 12:12; cl. Rm 12:4, 5; ICo 6:15; Ef 4:25). Há uma íntima união entre Cristo e Seu corpo. Carne, [...] ossos (KJV). Evidências textuais (cf. p. xvi) favorecem a omissão destas duas últimas palavras. A expres são sugere a declaração de Gênesis 2:23: ► “Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne”, palavras com as quais Adão descreveu a proximidade do relacio namento entre ele e Eva. Estas palavras, quando incluídas, são empregadas em sen tido ligurado. Assim como a vida que sus tenta a videira flui para os ramos e se torna a fonte de sua vida (Jo 15:1-8), assim tam bém o crente recebe de Cristo toda a sua vida espiritual e suas graças. Ele não pode fazer nada de si mesmo, e morreria espi ritual e fisicamente, caso se separasse de seu Senhor. 31. Eis por que. Uma citação de Gn 2:24 (ver com. de Gn 2:24; Mt 19:5). Uma só carne. I lomem e mulher são partes complementares que, unidas, lormam um ser único e perfeito. Qualquer consideração séria desse pensamento deve ria impedir a maneira frívola com que mui tos casamentos são contraídos, às vezes, já com a intenção de divórcio, caso se não “dê certo”. O propósito de Deus é que o casa mento seja uma associação vitalícia, e qual quer sociedade que trate com leviandade essa instituição tem dentro tie si as semen tes de sua própria destruição. A família é uma parte fundamental da sociedade, por tanto não pode ser desconsiderada. Cristo também deseja que Sua união com Seu povo seja eterna (Jo 10:28, 29).
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32. Grande é este mistério. Sobre "mistério ”, ver com. de Rm I 1:25. No NT, a palavra sugere algo que estava escon dido, particularmente uma verdade espiri tual, mas que, então, é revelada. Paulo diz que o mistério revelado, da união entre marido e mulher, é de fato uma grande e profunda verdade, mas ele a aplica à união entre Cristo e a igreja, ü matrimô nio pode ser entendido; porém, a união espiritual de Cristo com o cristão, mesmo sendo uma verdade revelada, ainda está além de nossa total compreensão; ainda “vemos como em espelho, obscuramente’ (ICo 13:12). 33. Nào obstante. Paulo retoma o assunto que vinha considerando nos v. 21 a 29. Após a digressão sobre o amor que Cristo mostrou pela igreja, o apóstolo se volta para aquilo que todos devem entender: o dever mútuo entre marido e mulher. Logo passa a fazer uma aplicação prática pessoal e indi vidual da verdade que discutiu. Cada um. Paulo enfatiza a ideia de res ponsabilidade c privilégio individual. Ame a própria esposa. Ver com. do v. 28. Respeite. l)o gr. phobeõ, literal mente, “temer ”, “respeitar ". Paulo não sugere um temor servil, o que estaria em desacordo com o conselho que acaba de oferecer. Essa honra eo respeito recomendados de modo algum eli minam o amor por parte da esposa. Signil ica que a ordem natural de Deus para a famí lia não deve ser subvertida e que a função especial de liderança que Deus colocou sobre o marido deve ser considerada (ver com. do v. 23). Onde há amor e respeito mútuos, não surgirão questões a respeito tie domínio ou desconhecimento dos deveres e privilégios tios cônjuges.
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COMENTÁRIOS DE ELLEN G. WHITE I — T5, 249; T9, 283 1.2-T5, 173 2-LA, 114; PJ, 156; DTN, 563; OE, 160; CBV, 361, 396; T2, 127; T7, 46 3 - PP, 496 4 — Ev, 644 5 -GC, 541; T5. 270 8 - T2, 488; T3, 199; T6, 335 9 - Sun, 80; T3, 65 II — AA, 290; MDC, 69; MJ, 390; PR, 252; TM, 87; Tl, 279; T2, 441; T3, 239; T5, 76. 164 14- DTN, 320; TM 451; T2f 71, 114. I S. 134, 367, 388
14- 16-GC, 602 23-LA, 215 15 - T3, 482; T7, 104 23- 25 - LA, 95 15, 16-A A, 470; MCH. 115 24, 25- LA, 103, 106; 15- 20-Tl, 509 CBV, 361 16- CM, 47; PJ, 342; 24- 28-MDC, 64 CPPE, 46; T2, 48, 301, 25 - AA, 470; Ecl. 268; 317, 321, 501 ;T5, 19, TM, 53 353, 549; T6, 149, 200 25, 26- LA, 117 17 - MS, 330 25- 27- MCH, 249; Tl, 339; 18- MDC, 15; CBV, 246 T6, 129 18, 19-MCH, 90 25-28 - CBV, 356 19- LA. 510; CPPE. 2 34: Ev.26, 27-T2, 111,473 510, 512, 630; MCH, 56, 27-AA, 470; PJ. 310; GC, 174; PP, 289; I 2,417, 435 425, 484, 490; CBV, 130; 20- MCH, 153 MJ, 105, 144; PR, 489; 21 -T3, 361, T5, 108 Tl, 163, 533; T2, 453; 22- LA, 115 T5, 214, 592; T6, 261; 22-25-LA, 114; Tl. 307; T8, 171 T7, 46 29 - LA, 25; PP, 46
Capítulo 6 / O dever dos filhos para com os pais e 5 dos seri'os para com os senhores. 10 A vida é uma guerra, 12 não só contra carne e sangue, mas contra inimigos espirituais. IÍ A armadura do cristão e IS como deve ser usada. 21 Elogio a Tícjuico. 1 Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo. 2 Honra a teu pai e a tua mãe (cjue é o pri meiro mandamento com promessa), 3 para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra. 4 E vós, pais, não provoqueis vossos Filhos à ira, mas criai-os nu disciplina e na admoesta ção do Senhor. 5 Quanto a vós outros, servos, obedecei a vosso senhor segundo a carne com temor e tremor, na sinceridade do vosso coração, como a Cristo, 6 não servindo à vista, como para agradar a homens, mas como servos de Cristo, fazendo, de coração, a vontade de Deus;
7 servindo de boa vontade, como ao Senhor e não como a homens, 8 certos de que cada um, se fizer alguma coisa boa, receberá isso outra vez do Senhor, quer seja servo, quer livre. 9 E vós, senhores, de igual modo procedei para com eles, deixando as ameaças, saben do que o Senhor, tanto deles como vosso, está nos céus e que para com Ele não há acepção de pessoas. 10 Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do Seu po der. 11 Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo;
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6:1
18 com toda oração e súplica, orando em todo
12 porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potes
tempo no Espírito e para isto vigiando com toda
tades,
perseverança e súplica por todos os santos
contra
os
dominadores
deste
mundo
te
19 e também por mim; para que me seja dada,
nebroso, contra as forças espirituais do mal, nas de
no abrir da minha boca. a palavra, para, com in trepidez, fazer conhecido o mistério do evangelho,
Deus, para que possais resistir no dia mau e,
20 pelo qual sou embaixador em cadeias, para
depois de terdes vencido tudo, permanecer ina
que, em Cristo, eu seja ousado para falar, como
baláveis.
me cumpre fazê-lo.
14 Estai. pois. firmes, cingindo-vos com a ver dade e vestindo-vos da couraça da justiça.
21 E, para que saibais também a meu respei to e o que faço. de tudo vos informará Tíquico, o
regiões celestes. 13 Portanto,
tomai
toda
a
armadura
15 Calçai os pés com a preparação do evan gelho da paz; 16 embraçando sempre o escudo da lé, com
irmão amado e liei ministro do Senho r. 22 Foi para isso que eu vo-lo enviei, para que sai bais a nosso respeito, e ele console o vosso coração.
o qual podereis apagar todos os dardos inflama dos do Maligno. 17 Tomai também o capacete da salvação e
parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo.
a espada do Espírito, que é a palavra de D eus;
ceramente a nosso Senhor Jesus Cristo.
1. Filhos. O apóstolo la/ uma transi ção natural de maridos e esposas para lilhos (ver Cl 3:20). Obedecei. Isto é mais forte do que a palavra “sujeitai-vos”, que é usada para expressar a relação da mulher para com o marido (LI 5:22), e indica uma relação dife rente. Em toda a Escritura, a desobediên cia aos pais é tratada como um dos piores males (cf. Rm 1:30; 2Tm 3:2). A obediên cia por parte dos filhos é razoável e justa. O bebê, ao nascer, é o mais indefeso de lodos os seres e, durante anos, depende completamente do amor e ternura dos pais. Não pode haver vida em uma família sem a obediência dos filhos, pois a criança não é ► competente para julgar o motivo de certas formas de ação. Ainda mais importante, a criança desobediente aos pais certamente será desobediente a Deus, pois não conhece as disciplinas e restrições essenciais ao cres cimento cristão. A palavra “obediência” não soa agradável aos ouvidos modernos, mas os que se ressentem dela como uma "impo sição devem assumir sua parcela de culpa
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23 paz seja com os irmãos e amor com lé, da 24 A graça seja com todos os que amam sin
pelo alarmante aumento da delinquência juvenil nos últimos tempos. No Senhor. Esta frase se refere a “obe decer", e não a “pais”. Estabelece que os lilhos, dentro de seu entendimento espiri tual, devem obedecer por princípio e não por necessidade. “()bedecer no Senhor" é oferecer o tipo de obediência proveniente de se estar "em Cristo" (ver com. de El 1:1). Também pode indicaras limitações inerentes a todas as ordens humanas, mesmo aquelas que os pais dão aos filhos. As solicitações dos pais devem estar em harmonia com a vontade de Deus (At 5:29). Os pais devem se sentir res ponsáveis por qualquer desvio moral em que a criança possa incorrer. Eles devem respeitar a consciência em formação da criança, pois, só assim, a obediência pode ser “no Senhor”. Justo. Esta é a razão principal que se dá para que haja obediência, porém, é suficiente. A obediência é apropriada, pois Deus a ordena, os pais têm esse direito e é para o bem dos filhos. Paulo diz que obedecer "é grato diante do Senhor (Cl 3:20). Nas rela ções humanas, a lei é tão essencial quanto
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EFÉSIOS no mundo natural. De outra forma, haveria anarquia e caos. As tristes histórias de famí lias nas quais os pais não exercem o devido controle demonstram que a obediência aos pais é justa quando é exigida de acordo com a lei de Deus. 2. Honra. Ver com. de Ex 20:12. A honra referida aqui não é uma relação sentimental, mas obediência real. Um comentário divino sobre este princípio é dado em Mateus 15:4 a 8. A honra pode ser considerada a atitude da qual brota a obediência, e deve-se observar que essa honra é devida tanto ao pai como à mãe. Um não deve ser colocado antes do outro em estima. A honra que corresponde aos pais pode ser demonstrada de diversas maneiras. Inclui as pequenas atenções que os jovens devem ter para com os idosos, a con fiança na palavra e no julgamento dos pais e a lealdade ao nome e integridade da família. Primeiro mandamento. Obedecer aos pais não é apenas natural, mas 6 também a vontade de Deus. E o primeiro mandamento do decálogo ao qual está especificamente ligada uma promessa; na verdade, é o único nesse sentido. A promessa feita no segundo mandamento (Ex 20:6) é de natureza geral e aplicável à observância de todos os manda mentos, mas uma bênção especial c prome tida aos que obedecem a seus pais. 3. Para que te vá bem. O quinto mandamento, na forma registrada em Deuteronômio 5:16, pode fornecer a base para esta af irmação, embora Paulo não cite literalmente a promessa. Os filhos são mais felizes quando aprendem a obedecer aos pais, e todos são mais felizes quando aprendem a obedecer a Deus. Sejas de longa vida. O quinto manda mento tem as palavras “para que se prolon guem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá", com evidente aplicação à che gada de Israel à terra de Canaã. Paulo apre senta aqui a promessa em um sentido mais geral, para todo ser humano. A vida é um
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dom de Deus (At 17:25), e uma existência longa é uma bênção. Quem recebe a bên ção de Deus nesta Terra, tem a promessa da vida eterna. Uma vida familiar saudável, em que existe obediência, tende ao bem-estar da sociedade e das nações. A obediência aos pais cristãos signif ica sobriedade, diligência, domínio pró prio e todas as outras virtudes que trazem a saúde física e espiritual. Paulo apresenta uma lei natural e, ao mesmo tempo, anuncia as bênçãos especiais de Deus para os obe dientes. Em um lar cristão não serão encon trados os vícios que encurtam a vida. 4. Pais. O termo pode ser usado gene ricamente para incluir pais e mães. No entanto, a primeira responsabilidade para a disciplina geralmente recai sobre o pai e, além disso, os pais com frequência precisam seguir esse conselho mais do que as mães. As vezes, as mães tendem a ser indulgentes, e os pais, à sever idade. « Não provoqueis. Este conselho nega tivo é essencial para que a necessária obe diência dos f ilhos se apoie em uma base moral. A passagem paralela de Colossenses dá o motivo para esta exortação: “Para que não fiquem desanimados" (Cl 3:21). A pre sente condição de baixa autoridade paterna, por vezes, se origina de posturas injustas e irritantes, até mesmo brutais cometidas pelos pais sobre os filhos, especialmente os indesejáveis. Muitas vezes, os filhos são con siderados “perturbadores da paz” do lar, um aborrecimento. Outra causa comum de res sentimentos entre os filhos são as exigên cias caprichosas e incoerentes de alguns pais. Até mesmo obediência exterior é obtida por meios violentos, à custa da honra e do respeito. Criai-os. Do gr. ektrephõ; ver com. de Ef 5:29. Disciplina. Do gr. paideia, “instrução”, “castigo". Paideia é usada em Hebreus 12:5 a 11 para descrever a "correção [...] do Senhor”,
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que* “produz fruto pacífico” (ver o uso do também pelos cristãos da igreja cristã primi verbo paideuõ, cm ICo 11:32; 2Co 6:9). tiva. As Escrituras não condenam especifica A correção, instrução e disciplina do Senhor mente essa prática antinalural, mas tanto no são manifestações de Seu amor (Ap 3:19), e AT como no NT são enunciados princípios que, com o tempo, tenderiam a erradicá-la o mesmo deve ser no caso dos pais. (ver com. de Dt 14:26; ICo 7:20-24: Fm). Admoestação. Do gr. nouthesia, "colo Obedecei. Ao seguir as instruções de car na mente”. Esta palavra implica instru ção ou disciplina que se transmite por meio Paulo em suas relações com seus senho da palavra, em forma de advertência. Além res, os muitos escravos cristãos que havia no império chegaram a influir poderosa deste versículo, nouthesia ocorre no N I ape nas em 1 Coríntios 10:11 eTito 3:10. O verbo mente sobre a classe dirigente formada por relacionado é noutheteõ (ver Hm 15:14; Cl proprietários de escravos. De modo que. á sua maneira, esses escravos constituíram um 1:28; 2Ts 3:15). I lá um lugar para a admoes tação em qualquer sistema educativo, e corpo missionário cujo poder se fez sentir por pode ser utilizada com vários propósitos. toda a sociedade. O fato de que escravos e A admoestação ou conselho incentiva a senhores se tornaram verdadeiros irmãos, criança quando está correta e avisa quando implicava que uma revolução social e reli giosa inevitavelmente estava a caminho. procede de forma errada. Tem sido seriamente sugerido por alguns Segundo a carne. Esta frase, que tam educadores que a criança deve ser deixada bém ocorre em Colossenses 3:22, diferencia para formar suas próprias ideias e convic a servidão física aos senhores da lealdade ções religiosas, uma vez que é injusto impor a espiritual a Cristo. A escravidão humana religião a ela quando está despreparada para pode aprisionar o corpo, mas nunca pode pensar por si mesma. Este raciocínio é enga subjugar o espírito. Paulo de forma incidental noso, pois é impossível a uma criança cres declara as limitações da escrav idão humana, cer sem nenhum tipo de convicção religiosa. que era capaz de exigir o serviço do corpo, Se os pais ou responsáveis não instruírem porém, não podia comandar o espírito. Temor e tremor. Esta é uma expres seus filhos na verdade, alguém vai instruí-los no erro. Não há neutralidade nessa questão. são típica de Paulo (cl. ICo 2:3; 2Co 7:15; Do Senhor. Se os filhos crescerem no Fp 2:12), que significa grande cuidado e temor do Senhor, a "disciplina e admoes dedicação ao dever. E utilizada quando uma tação” dadas pelos pais devem provir solene responsabilidade diante de Deus é do Senhor e ter Sua aprovação. Os pais ordenada. Neste caso, trata-se da preocupa ocupam o lugar de Deus perante os filhos, ção dos servos em suprir cada necessidade por certo tempo; é uma responsabilidade de seus senhores. O cristianismo não os exi demasiado séria para eles. mia de suas obrigações para com seus donos 5. Servos. Do gr. duului, "escravos", “serlegais; eles deviam ter um senso ainda mais vos” (ver com. de Hm 1:1). Paulo utiliza este profundo do dever. «2 vocábulo com frequência para descrever Sinceridade. Do gr. haplotís; ver com. sua relação com Cristo e também para dar de Hm 12:8. ü único objetivo devia ser o de orientação a respeito da escravidão e servi agradar a Cristo no exercício do dever para dão que existiam em todo o mundo romano com o senhor do escravo. A "duplicidade" (ver ICo 7:21, 22; Cl 3:22-25; lTm 6:1, 2; de coração significaria procurar agradar Fm; IPe 2:18-25). A escravidão era prati exteriormente, evitando o serviço adequado cada antigamente não só pelos pagãos, mas sempre que possível. Um escravo podia ser 1156
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tentado a racionalizar que, visto que sua ser vidão era injusta, seria mais que apropriado conquistar seus direitos por meio de subter fúgios, se necessário. Fazer o que é certo por que é certo é um dos sublimes princípios do cristianismo. Como a Cristo, üs servos deviam consi derar o serviço de seus senhores como parte de seu serviço a Cristo. 6. Servindo à vista. A palavra grega assim traduzida ocorre só mais uma vez (Cl 3:22, traduzida por “vigilância ”). E perfeitamente compreensível que os escravos fossem particularmente suscetíveis à tenta ção de ser servos à vista de seus mestres, ou seja, o serviço prestado apenas quando o empregador ou patrão estava observando. Independentemente da causa, esse serviço corrompe o caráter do trabalhador. Por esta razão foi dada esta ordem para ser liei e ínte gro (cl. 2Cr 16:9). Para agradar a homens. Em oposição a agradar a Cristo (ver Cl 1:10; ITs 2:3, 4). Um senhor terrestre pode até ficar satisfeito com o serviço ü vista, porque não o reco nhece pelo que é, mas o cristão também trabalha para Aquele que vê os motivos do coração. Não é errado querer agradar as pes soas; de fato, é um dever cristão esforçar-se por fazê-lo, mas agradar aos homens a todo custo, muitas vezes utilizando meios como lisonja e engano, não é digno de qualquer pessoa digna, seja ou não cristã. Servos de Cristo. Ou, “escravos de Cristo” (ver com. de Rm 1:1). Vontade de Deus. Quando se faz a von tade de Deus, as tarefas mais humildes são honrosas, desde que sejam feitas “de lodo o coração" (Cl 3:23). 7. Boa vontade. Isso pode incluir uma qualidade de serviço maior do que “sin geleza de coração” (Cl 3:22). O servo que tem um interesse sincero pelo bem-estar de seu senhor e de seus negócios já esca pou do peso de seu fardo e se aproxima da
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condição de homem livre. Na verdade, o escravo, quando é chamado para o serviço do Senhor, "é liberto do Senhor” (ver com. de ICo 7:22). Princípios como esses, incorpora dos ao evangelho de Cristo, acabaram des truindo a escravidão e, antes disso, deram alívio aos escravos cristãos ao longo dos séculos. Havendo boa vontade, quase qual quer barreira que separa os seres humanos pode ser quebrada. Ao Senhor. A convicção de estar sob a direção de Deus e saber que o Senhor aceita nossos esforços é um dos mais poderosos recursos para uma vida feliz. Os mártires enfrentavam a fogueira com essa confiança, e os escravos suportavam pacientemente seus graves erros por causa dela. No entanto, a coragem dos mártires e a paciência dos escravos não diminuíam a culpa dos perse guidores e dos senhores. Eles deverão res ponder a Deus por seus erros. 8. Certos. O escravo pode ter a certeza de que sua vida e seus atos são observados pela Providência, e que as recompensas que sobrevêm a outros também serão suas. As grandes promessas de ordem espiritual são para todos os crentes. Se fizer alguma coisa. As coisas boas que proporcionam recompensa são resultado tia “boa vontade” e tia consagração tio escravo (ver Cl 3:25, em que a mesma verdade se expressa de forma negativa). Receberá. Comparar com Mt 25:21. As Escrituras estão cheias de promessas tie recompensa (Mt 5:12; 16:27; Lc 6:35; Mm 2:6-10; Mb 10:35; Ap 22:12). Quer servo, quer livre. Comparar com ICo 12:13; Gl 3:28; Cl 3:11. A graça de Deus não reconhece distinção alguma, porque “Deus não faz acepção de pessoas” (Al 10:34), nem Seus juízos são parciais (SI 98:9). O consolo para o escravo não pro vém tanto de que todos sejam igualmente servos de Deus, mas de que todos receberão igualmente as recompensas do reino.
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9. Senhores. Aqui fica indicado que havia senhores de escravos na igreja cristã, homens convertidos, que viviam de acordo com sua medida de conhecimento espi ritual e tinham um senso de responsabi lidade cristã. Um desses, sem dúvida, foi lilemom (ver com. de Fm). Ao se referir aos deveres dos senhores, Paulo não os condena por terem escravos. Da mesma forma como fez ao se referir aos escravos, ele estabelece S> princípios que, no devido tempo, colocariam um fim ao mal da escravidão (ver com. de Dt 14:26). De igual modo procedei. Esta é a ver são de Paulo para a regra de ouro. Os senho res devem ter o mesmo espírito para com os servos que se aconselhou aos servos terem para com os senhores, e nenhum senhor jamais poderia se queixar de que o conselho de Paulo aos servos encorajasse a rebelião. O apóstolo insistia em que os servos agissem conscientemente e com fidelidade, sabendo que os olhos de Deus estavam sobre eles; os senhores deveriam fazer o mesmo. O inte resse dos servos seria primordial na mente dos senhores e, tratando-os corretamente, estes estariam também servindo a Deus (cf. com. de Cl 4:1). Embora Paulo se refira principal mente à escravidão, todos os seus conselhos podem também se aplicar, a socie dade atual, às relações entre empregador c empregado. Deixando as ameaças. Os hebreus haviam recebido instrução sobre o trata mento para com os servos (Lv 25:39-43; Dt 15:12-14; Jr 34:14), e ainda mais se espera dos cristãos, que têm uma revelação mais completa de Deus em Cristo acerca das rela ções humanas. Ameaçar implica atemorizar e usar de violência, enquanto o que procede de acordo com o evangelho, segue o cami nho do amor. O ato de ameaçar é geralmente o início da crueldade e deve ser eliminado. E um enorme desalio para qualquer admi nistrador exercer autoridade em amor, em
vez de pelo poder e pela força. Isso não signi fica que ele não deve esperar o serviço justo, mas suas advertências e disciplina devem ser exercidas com domínio próprio e caridade cristã. O respeito à personalidade dos outros é uma das primeiras evidências de conver são verdadeira. Senhor, tanto deles como vosso. Senhores e escravos, apesar da diferença social, devem lealdade a um mesmo Senhor. Esse fato deveria influenciar os senhores no trato com os servos, porque certamente qual quer injustiça seria punida, e todos os que têm um mesmo Senhor são conservos. Acepção de pessoas. Do gr. prosõpolepsia, literalmcnte, "parcialidade" (ver com. de Rm 2:11; cf. Cl 3:25). Deus não é influen ciado por fatores externos, como hierarquia ou posição social. 10. Quanto ao mais. Ou, “quanto aos demais", ou "em relação ao rest ante" (cf. Fp 3:1; 4:8; 2Ts 3:1). Paulo está para concluir sua epístola. Ele indicou a base teológica e espi ritual para a unidade de todos, e deu ins truções sobre o resultado prático dessa unidade nas relações da igreja, da família e da sociedade. Então, ele se dispõe a res ponder à pergunta que surge natural mente quanto à possibilidade de se viver de acordo com essa convicção e como se podem alcan çar essas virtudes. Meus irmãos. Evidências textuais (cf. p. xvi) favorecem a omissão destas palavras. No Senhor. Esta expressào-tema ocorre de várias formas cerca de 30 vezes na epís tola (ver com. de El 1:1). Este é o segredo da vitória. Se não permanecermos nEle, nossa força se debilitará (Jo 15:4-7); porém. Sua graça nos basta (2Co 12:9). Poder. O apóstolo imagina vastos exérci tos do mal preparados para esmagar a igreja. O confronto é desigual, com todas as van tagens do lado do inimigo, a não ser que a igreja busque, por meio da lé, os recursos da Onipotência.
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11. Revesti-vos. Paulo usa frequente Ele se refere a esses espíritos e poderes mente a figura cie “revestir-se” (Rm 13:12, superiores aos seres humanos em inteligên 14; ICo 15:53, 54; 2Co 5:3; G1 3:27; Cl 3:10; cia, bem como em astúcia maligna, as for lTs 5:8). Aqui, refere-se a colocar a armadura ças satânicas dispostas cm rebelião aberta que protege o cristão. contra Deus e contra Seus filhos. O conflito Ioda a armadura. Do gr. jxmoplia, entre Cristo e Satanás não é de dimensões “armadura completa". No NT, esta palavra locais ou terrenas; é de dimensão cósmica, é usada apenas no v. 13 e em Lucas 11:22. abrangendo todo o universo de Deus. Um paralelo com o pensamento de Paulo é Principados (...) potestades. Ver com. encontrado em Isaías 59:16 e 17. Alguns suge de Rm 8:38; Ef 1:21; cf. Ef 3:10; Cl 2:15. rem que essa passagem de Isaías pode ter sido Dominadores deste mundo. Literala fonte de sua figura de linguagem. Outros mente, "governantes do mundo das trevas apontam para seu conhecimento da armadura deste século". Evidências textuais (cf. p. xvi) do soldado romano, porque Paulo esteve acor apoiam a variante "governantes mundiais rentado a um deles por anos. A armadura é desta escuridão" (ver com. de Rm 8:38). de Deus, porque Ele é o único que fornece E evidente que Paulo se refere aos espíritos malignos, que exercem certo grau de auto cada equipamento em particular (Ef 6:14-17). O cristão é convidado a se revestir dela e lutar ridade sobre o mundo (ver sobre o "príncipe bravamente na batalha. Aquele que fez a arma deste mundo”, em Jo 12:31; 14:30; 16:1 I). A natureza pessoal do diabo também era evi dura garante sua eficácia. Poderdes. Em qualquer armadura, a não dente para o autor do Apocalipse (Ap 2:10; 12 : 10 ) . ser a divina, não seríamos capazes de "licar Forças espirituais do mal. Ou, "for firmes". Ciladas. Do gr. methodeiai, "ardis", ças espirituais da maldade". Nas regiões celestes. Ver com. de “enganos”. Do diabo. Do gr. diabolos (ver com. de Ef 1:3. Evidências textuais (cf. p. xvi) apoiam Ef 4:27). Se o conflito fosse apenas com seres a omissão destas palavras. 13. Portanto. Isto é, devido ü natureza humanos, a necessidade da armadura não !► seria tão evidente, mas é preciso enfrentar do conflito descrito no v. 12. Tomai. Toda a armadura de Deus está as artimanhas e astúcias do diabo. As tenta ções que Cristo sofreu revelam as sutilezas disponível, e Paulo aconselha todo cristão a dos métodos do diabo, sempre dirigidos para usá-la. Assim como um exército deve estar equipado antes de entrar em campo, o cristão os pontos mais frágeis da pessoa (Ml 4.1-11; também deve estar preparado com todas as cf. 2Co 2:11; Ef 2:2; 4:27; IPe 2:11; 5:8). E muito mais fácil lidar com a hostilidade defesas espirituais antes de entrar em bata aberta do que com a fraude. A armadura de lha contra o diabo, pois, do contrário, será Deus é planejada para defender contra os derrotado. Toda a armadura. Ver com. do v. II. ataques cheios de astúcia que, de outra Um soldado protegido só com a metade da maneira, destruiriam o guerreiro cristão. I 2. Sangue e carne. Sequência oposta armadura pode pagar muito caro por seu des em relação a Mateus 16:17; 1 Coríntios cuido e temeridade. Ele sai com uma falsa 15:50; e Gálatas 1:16. Paulo não quis dizer sensação de segurança, e o inimigo vai pro que os cristãos não encontram inimigos curar suas partes desprotegidas. O cristão é vulnerável em muitos pontos e, muitas entre os seres humanos, pois a igreja sem vezes, a característica que ele considera pre sofreu nas mãos de homens maus. 1159
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COMENTÁRIO BÍBLICO ADVENTISTA
a mais forte, sob a tentação, pode ser a mais fraca. Assim como uma corrente não é mais forte do que seu elo mais fraco, o cris tão não é mais lorte cjue seu traço de cará ter mais fraco, fendo em vista a variedade de inimigos que devem ser enfrentados e as várias fraquezas da carne, unicamente a armadura espiritual completa será suficiente. Dia mau. Alguns têm aplicado isso ao último grande conflito da igreja contra as for ças do mal. O artigo definido sustenta essa ideia. ()utros aplicam o termo “dia mau em âmbito mais geral, a qualquer dia em que a batalha seja intensa. Depois de terdes vencido tudo. Pro vavelmente se refere a ter feito todos os pre parativos para enfrentar o conflito. Alguns aplicam este texto ao fato de o cristão ler feito seu melhor durante a batalha. A con fiança em Deus nunca retira de alguém o pri vilégio de exercer ao máximo seus próprios poderes dados por Deus. Embora seja ver dade que a batalha nunca será vencida sem a armadura e o poder de Deus, também não será vencida sem a cooperação do humano com o divino (ver MDC, 142). Permanecer. O cristão, depois de ter leito seu melhor pela graça de Deus, pode sentir-se seguro. 14. Estai, pois. A ordem em que as peças da armadura são dadas é, provavel mente, a mesma que o soldado romano seguia quando as colocava; portanto, há uma sequência lógica de ideias. A metáfora é uma magnífica culminação desta passa gem pau li na. Cingindo-vos. O cinto sobre os lombos conservava junto ao corpo do soldado as rou pas que, de outra forma, poderiam prejudi car seus movimentos. Verdade. Isto é, a verdade abstrata, como indica a ausência do artigo em grego. A verdade de que se fala aqui é mais do que a honestidade pessoal, é a verdade de Deus, conforme é abrigada no coração,
apropriada e posta em prática (ver ICo 5:8; 2Co 7:14; 11:10; Fp 1:18; Ef 5:9). A hipo crisia dos fariseus foi o que motivou a con denação de Jesus sobre eles (Mt 23). Se a verdade e a integridade, tanto intelectual como moral, não prevalecerem na religião, onde prevalecerão? Couraça. Comparar com Is 59:17; 1 Ts 5:8. Assim como a couraça cobre o cora ção do soldado, a justiça preserva a vida do crente e protege os “órgãos vitais" da vida espiritual. Justiça. Alguns aplicam isso à justiça de Cristo, que cobre o servo de Deus, e outros, à lealdade pessoal do cristão aos princípios. Ambas são essenciais para a guerra bemsucedida, e Paulo, provavelmente, tinha ambas em mente (sobre justiça, ver com. de Rm 1:17). 15. Calçai os pés. As pernas do sol dado romano eram cobertas por grevas (espé cie de caneleiras) e calçavam sandálias. Isso era necessário para que seus movimentos cm solo acidentado não fossem impedidos. Para que ele fosse capaz de resistir ao ataque, pre cisava estar calçado apropriadamente. Preparação. A figura que Paulo emprega sugere que as sandálias serviam para o sol dado se manter firme, e não tanto para cor rer. Portanto, o quadro que se apresenta é diferente do encontrado em Isaías 52:7. Evangelho da paz. Em Isaías 52:7 e Romanos 10:15, os “pés" e a proclamação do “evangelho da paz” estão intimamente liga dos, o que sugere ação, a proclamação da mensagem de boas-novas. Neste versículo, no entanto, a ideia parece ser de firmeza na luta cristã. Assim, neste caso, não se refere tanto ao evangelho a ser proclamado, mas ao evangelho que encontra abrigo no coração do cristão. E um pensamento belo e encorajador que, em meio a um conflito espiritual, o guerreiro pode se manter firme na paz. Ele tem paz com Deus(Rm 5:1). Essencialmente, o evangelho é a boa notícia de que as pessoas 160
EFÉSIOS
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Salvação. Em 1 Tessalonicenses 5:8, o não precisam morrer, e essa é uma mensa gem bem-vinda para o guerreiro que enfrenta capacete é chamado de “esperança da sal inimigos implacáveis. Ele está firme no vação". A salvação abrange o passado, o pre sente e o luturo (ver com. de Hm 8:24). conhecimento do Cristo encarnado, cruci Espada do Espírito. As outras partes ficado, ressuscitado e glorificado, que é o da armadura são apenas defensivas, mas esta coração do evangelho e o motivo para a paz. 16. Sobretudo (ARC). Ou, “além de é tanto defensiva como ofensiva. tudo". Evidências textuaissedividem(cf.p.xvi) Palavra. Do gr. rhgma, indicando algo pronunciado ou falado (ver com. de Ef 5:26). entre esta variante e "em tudo”. O escudo. O escudo romano era uma A expressão "palavra de Deus" não deve ser limitada às palavras das Escrituras que grande peça alongada de madeira cober ta de couro. Suas medidas aproximadas existiam na época. Quando esta epístola foi do NT estavam sendo •<£ eram de 1,2 m por 75 cm, o suficiente para escrita, as Escrituras . produzidas. E com a espada do Espírito, a cobrir o corpo. Palavra de Deus, que o cristão abre seu cami Fé. "Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (ljo 5:4). Essa é a fé ativa, como nho através de todas as circunstâncias. 18. Com toda oração. Literalmente, o escudo que é erguido para deter os dardos inflamados, mas também é passiva, na medida “orando em cada época", ou "em todas as oca em que confia em Deus por livramento. Sob siões" (ver l is 5:17). A oração não é outra o impacto da tentação de qualquer tipo, c a arma, mas é o espírito ou a maneira em que fé que restaura a confiança e permite que o toda a armadura deve ser usada e a batalha, crente continue a batalha. Além disso, "sem lé travada. Aqui, Paulo estimula seus leitores a fazer da oração um estado mental contínuo, é impossível agradar a Deus" (I lb 11:6). Apagar. A fé detém as flechas da tentação, uma atitude de permanente comunhão com antes que se tornem pecado. As tentações Deus (cf. Lc 18:1; Fp 4:6; Hb 4:16). Oração e súplica. Estas duas palavras e todos os ataques do inimigo precisam ser enfrentados antes que atinjam as partes vul também ocorrem juntas em I Timóteo 2:1; 5:5; e I ilipenses 4:6, em que são acrescen neráveis do corpo espiritual. Dardos inflamados. Na antiguidade, tadas à oração ações de graças e súplica. às vezes, as flechas continham materiais A gratidão e a intercessão são dois elemen combustíveis, como estopa e breu, acesas tos essenciais na oração clica/. No Espírito. Ver com. de Hm 8:26, 27. na ponta do dardo, a fim de atear fogo a tudo o que elas atingissem. Essa é uma imagem Mesmo que se tenha a melhor das intenções, apropriada para descreveras fortes tentações muitas vezes, as orações revelam o enten que sobrevêm ao servo de Deus. Elas podem dimento limitado, preconceitos ocultos e a ignorância acerca do que é melhor. São tomar a forma de medo, desânimo, impa ciência, pensamentos impuros, inveja, ira poucos os que podem olhar para trás e não ou qualquer outro vício. Mas a fé em Deus, dar graças a Deus por ler o Espírito Santo erguida como um escudo, as apanha, apaga examinado suas orações, anotado as inten ções e as apresentado a Deus de forma que a chama e as lança inofensivas ao chão. Do Maligno. Ou seja, o maligno ou o Ele pudesse atendê-las. Quantas vezes o tempo revela a completa insensatez de algu mal, o diabo, o líder dos exércitos agressores. mas orações. Não raro, o cristão é grato 17. Capacete. A cabeça precisa de pro teção especial por ser uma parte sumamente por nunca haver recebido algumas coisas que pediu. vital, a sede da vontade e da inteligência. I 161
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Vigiando. Ver com. de Mt 24:42; cl. Mt 26:41. Perseverança. A perseverança nu ora ção não tem o propósito de mudar a vontade de Deus mediante a persistência, como a criança que após persistentes rogos, finalmente, consegue o que quer de um pai relutante. A perseverança na oração indica claramente, por parte do suplicante, um estado de espírito que dá a Deus a oportu nidade de lazer coisas que, de outra forma, não poderia fazer por ele com segurança (ver com. de Lc IS: 1-8). Por todos os santos. Literalmente, a respeito de todos os santos ”. Os santos precisam ser apoiados (ver com. de El 1:1). E impossível estar em Cristo sem compart iIliar os sofrimentos comuns dos santos e sus tentá-los com orações (ver IPe 5:9). O idoso apóstolo, possivelmente preso em Roma, pensava com mais urgência na comunhão dos santos, tendo em vista o pedido prestes a fazer (El 6:19). 19. Por mim. Literal mente, "em favor de mim". Esta tocante referência, feita pelo valente guerreiro, por sua própria necessi dade, revela sua humildade e dependência de outros por compreensão e apoio. O após tolo expressava com frequência sua pro funda necessidade de que orassem por ele (Rm 15:30; 2Co 1:11; Fp 1:19; Cl 4:3). Palavra. Do gr. logos, literalmente, "pala vra", "mensagem" (ver Ml 10:19, 20; Jo 1:1; ICo 12:8). Dada. Como os outros, Paulo dependia de um dom celestial (ver com. de ICo 12:8). Abrir da minha boca. Ver com. de LI 3:12. Jesus abriu “a boca" e com grande auto ridade anunciou os princípios de Seu reino (Mt 5:2, ARC), e Paulo queria um poder semelhante. Ele precisava de ousadia, por que sua mensagem era desprezada por uns e odiada por outros. Mistério. Esta é a sexta vez em que esta expressão surge na epístola (Ef 1:9; 3:3, 4, 9;
5:32; ver com. de Ef 1:9). Paulo se refere à graça de Deus, que em outro tempo loi des conhecida pelos gentios, e que passou a ser revelada a eles (ver lTm 3:16). 20. Pelo qual. Isto é, em nome do qual. Sou embaixador. Do gr. presbeuõ-, ver com. de 2Co 5:20. Em cadeias. A referência é ao costume de encadear um prisioneiro por seu pulso direito ao pulso esquerdo de um soldado. Sob certas condições, os presos eram autorizados a encontrar alojamento para si fora da prisão. Pedro dormia entre dois soldados, algemado a ambos (At 12:6), e Paulo loi submetido a situação semelhante (At 21:33). Ousado para falar. Ver com. do v. 19. 21. A meu respeito. Paulo supunha que os leitores desta epístola estavam interessa dos em saber mais sobre as condições de seu encarceramento (cf. Cl 4:7). Tíquico. Também mencionado em At 20.4; Cl 4:7; 2Tm 4:12; Tt 3:12. Era oriundo da província da Ásia (At 20:4) e, provavelmente, era efésio. O apóstolo parece ter colocado grande confiança nele, atri buindo-lhe as tarefas mais importantes. < Devia haver profunda afeição entre eles, sendo Tíquico um "fiel ministro” durante os últimos c difíceis, porém, gloriosos dias do apóstolo. Durante seu segundo encarce ramento, Paulo enviou novamente Tíquico a Efeso (2Tm 4:12). Ministro. Do gr. diakunos, "garçom", "servo" ou "diácono". Este termo provavel mente não seja usado aqui no sentido téc nico como diácono (ver com. de Ef 3:7; cf. com. de Mc 9:35). 22. Enviei. Ver p. 1102; cf. com. de Cl 4:8. A nosso respeito. No v. 21, Paido se refere a suas circunstâncias; aqui, ele inclui seus companheiros cristãos em Roma. Console. Paulo sabia o quanto seus leito res estavam preocupados com seu bem-estar e desejava aliviá-los de toda preocupação desnecessária, bem como mostrar-lhes como
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