Velocidade Definições Capacidade de em razão da mobilidade do sistema neouromuscular e do potencial
da musculatura para o desenvolvimento da força executar ações motoras em curtos intervalos a partir das aptidões disponíveis do condicionamento (Frey, 1977) Velocidade com É a capacidade de atingir a maior rapidez de reação e de movimento, de acordo com o condicionamento específico, baseada no processo cognitivo, na força máxima de vontade e no bom funcionamento do sistema neuromuscular. (Grosser, 1991) A velocidade depende: Da capacidade de percepção das situações; Capacidade de antecipação; Capacidade de decisão; Capacidade de reação; Capacidade de realização de movimentos cíclicos e acíclicos; Capacidade de ação; Capacidade de ajuste.
Tipos de velocidade Schiffer, 1993 Velocidade Pura: Reação a um estímulo no menor tempo possível Ação movimentos únicos, acíclicos na máxima velocidade e contra pequenas
resistências Frequência (cíclica repetidos movimentos, com a máxima velocidade) São dependentes do sistema nervoso central e de fatores genéticos
Tipos de velocidade Velocidade complexa: Velocidade de força - resistir a uma força, a mais alta possível, por um tempo determinado Resistência de força rápida manutenção de velocidade sob fadiga
Resistência de velocidade máxima manutenção da velocidade em movimentos
cíclicos e de máxima velocidade de contração A velocidade motora resulta, portanto: Da capacidade psíquica, cognitiva, coordenativa e do condicionamento, sujeita às influências genéticas, do aprendizado, do desenvolvimento sensorial e neuronal, bem como de tendões, músculos e capacidade de mobilização energética (para características secundárias) Importante A velocidade pode ser sensivelmente melhorada, através de treinamento em idade pré-escolar e na pré-adolescência Tipos de musculatura
Fibras de contração rápida FT ou tipo II Fibras intermediárias 13% meninos e 7,6 meninas Adulto 2 a 3% Fibras de contração lenta Bioquímica da musculatura Estoques ATP aprox. 6 mmol/kg- contrações de 2 a 3 segundos CP 21 mmol/kg - 6 a 10 segundos Metabolismo de ATP aumenta de 500 a 600 vezes Adrenalina, noradrenalina, beta-endorfinas aumento de 400% Estado de aquecimentos da musculatura A movimentação em alta frequência, que requer o desenvolvimento da força, requer
também um aquecimento. O aquecimento reduz o atrito interno (viscosidade muscular),
aumenta a capacidade de alongamento e elasticidade do músculo. A velocidade de condução do impulso aumenta,as reações bioquímicas ficam mais
rápidas com o aumento de temperatura de até 20% Fadiga Sob fadiga há uma diminuição do estoque energético e a acidificação da
musculatura.
A acidificação comunicada ao sistema nervoso central, provoca sensação de dor O estímulo aferente, inibem os centros responsáveis pela coordenação motora,
resultando na diminuição do número e da frequência de impulsos nervosos que partem em direção as fibras musculares Portanto, os exercícios de velocidade devem estar no início da sessão de treinamento, logo após aquecimento e alongamento Tempo de reação Ben Johnson - Roma, 1987 9,83s 0,109s Tempo de reação difere para estímulos óticos, auditivos, táteis FLEXIBILIDADE ...qualidade motriz que depende da elasticidade muscular e da mobilidade articular,
expressa pela máxima amplitude de movimentos necessária para a perfeita execução de qualquer atividade física eletiva, sem que ocorram lesões anátomo-patológicas. (PAVEL e ARAÚJO, 1983). É qualidade física responsável pela execução voluntária de um movimento de
amplitude angular máxima, por articulação ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem risco de provocar lesão." (D ANTAS, 1991). ALONGAMENTO Forma de trabalho que visa a manutenção dos níveis de flexibilidade obtidos, e propicia a realização dos movimentos de amplitude normal, com o mínimo de restrição física possível. (DANTAS, 1991) FLEXIONAMENTO Forma de trabalho que visa obter uma melhora da flexibilidade da viabilização de amplitudes de arcos de movimento articular, superiores às originais.(Dantas, 1991). MOBILIDADE - Refere-se à amplitude de movimento permitida pela articulação em
função de seus diversos componentes. Elasticidade x Plasticidade ELASTICIDADE - Diz-se à capacidade de extensão elástica dos componentes. PLASTICIDADE - É a capacidade dos elementos articulares de se distenderem e não retornarem à sua medida inicial. Em parte, no caso dos componentes articulares, a deformação é apenas temporária, porém, uma pequena parte dasdeformações plásticas ocorridas como resultado do treinamento de flexibilidade de alta intensidade são irreversíveis.
Influência dos diferentes tipos de Tecidos na Flexibilidade Cápsula articular - 47% Músculos - 41% Tendões - 10% Pele - 02% (JONHS & WRIGHT,1962) Ligamentos - tem baixo coeficiente de elasticidade e alto coeficiente de plasticidade. Tendões - tem baixo coeficiente de elasticidade e de plasticidade. Músculos tem alto coeficiente de elasticidade, principalmente quando trabalhados
para tal.
Obs.: - Geralmente quando os limites são superados em seus coeficientes de
elasticidade e plasticidade, causa o rompimento das estruturas e o surgimento de lesões. Fatores que limitam a Flexibilidade BENEFÍ CIOS DOS EXERCÍ CIOS DE ALONGAMENTO Evita ou elimina encurtamento músculotendíneo; Diminui o risco de alguns tipos de lesão músculo-articular; Aumenta e/ou mantém a flexibilidade; Elimina ou reduz o incômodo dos nódulos musculares; Aumenta o relaxamento muscular e melhora a circulação sangüínea; Melhora a coordenação e evita a utilização de esforços adicionais no trabalho e no desporto; Reduz a resistência tensiva muscular antagonista e aproveita mais economicamente a força dos músculos agonistas; Libera a rigidez e possibilita melhorar a simetria muscular; Evita e/ou elimina problemas posturais que alteram o centro de gravidade, provocando adaptação muscular. Q uanto
à Flexibilidade:
A flexibilidade é bastante específica para cada articulação podendo variar de indivíduo para indivíduo, e até no mesmo indivíduo com passar do tempo. Individualidade Biológica - a flexibilidade entre pessoas de mesmo sexo, estatura, idade e outros é complemente diferente em função do genótipo. A flexibilidade mantém-se estável até por volta dos dez anos. Ao entrar na puberdade, começa-se a perder a flexibilidade paulatinamente, desde que não seja treinada.
As mulheres em linhas gerais têm demonstrado maiores níveis de flexibilidade do que os homens, e essas diferentes se mantêm ao longo de toda vida. Q uanto
à Flexibilidade:
A flexibilidade é bastante semelhante entre meninos e meninas até os seis ou sete anos de idade, daí por diante, os indivíduos do sexo feminino tendem a ser mais flexíveis do que o sexo masculino. . As mulheres grávidas apresentam um maior índice de flexibilidade em relação ao estado normal pela influência de fatores hormonais.
Os autores apontam que a flexibilidade decresce com a idade, apontando para perdas mais acentuadas a partir de 30 anos, perdas associadas mais à falta de treinamento do que ao processo de envelhecimento. Após os 40 anos de idade, há novamente uma aceleração na perda da flexibilidade que é bastante influenciada por outros fatores, tais como padrão de atividade física e nível de saúde. TIPOS DE ALONGAMENTO ALONGAMENTO ATIVO
É caracterizado pela realização de um alongamento submáximo.
OBJETIVOS: preparar os músculos, tendões e articulações para o esforço. QUANDO: Antes de cada esforço físico
DURAÇÃO: Aproximadamente 15s. TIPOS DE ALONGAMENTO ALONGAMENTO ATIVO-DINÂMICO
É a combinação de um alongamento submáximo com uma contração estática de um
grupo muscular seguida, após o relaxamento, de uma fase dinâmica. (alongamento + contrações simultâneas).
OBJETIVOS: preparar os músculos, tendões e articulações para o esforço. QUANDO: Antes de cada esforço físico.
DURAÇÃO: contração estática 6s, e exercício dinâmico 8s. TIPOS DE ALONGAMENTO ALONGAMENTO BALÍ STICO
Efetuado por meio de movimentos vigorosos e rápidos, para forçar o alongamento do músculo alvo. Esse tipo de alongamento pode provocar um reflexo de alongamento intenso, deixando o músculo mais curto que seu comprimento pré-alongado. Esse tipo de alongamento também aumenta a tensão no músculo-alvo, aumentando a possibilidade de laceração do músculo. Obs: este tipo de alongamento não tem sido indicado atualmente. TIPOS DE ALONGAMENTO ALONGAMENTO PASSIVO
É um alongamento lento, progressivo, de um grupo muscular, em busca de um ganho
de amplitude perdido. Será utilizado o peso do próprio corpo, a autocontração, ou uma força exterior. (alongamento sem contração). OBJETIVOS: recuperação, drenagem, ou manutenção da flexibilidade músculotendinosa. QUANDO: Após cada esforço físico.
DURAÇÃO: 20s
TIPOS DE ALONGAMENTO FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA (FNP) - TAMBÉM CHAMADO 3S Fuso Muscular e o Órgão Tendinoso de Golgi de um músculo entre si e com as do músculo agonista, para obterem maiores amplitudes de movimento. Utiliza-se da influência recíproca entre o
QUANDO: Em treinos específicos para a melhora da flexibilidade.
PROPRIOCEPTIVOS MUSCULARES
Tem como função informar o sistema nervoso central das alterações na extensão muscular, na contração muscular, e nas mudanças de posição corporal. Os proprioceptores não controlam os centros motores, mas orientam-nos a decidir sobre uma resposta adequada. FUSO MUSCULAR Localizado entre e em paralelo às fibras musculares, o fuso muscular é um órgão sensitivo e tem a função de informar a alteração na velocidade e na extensão (comprimento) muscular. O fuso reage em resposta a um alongamento para amortecer uma extensibilidade abrupta, protegendo a integridade do tecido. ÓRGÃO TENDINOSO DE GOLGI Localiza-se no ponto de ligação entre a fibra muscular e o tendão e na porção profunda do tendão. Este órgão responde à contração. Durante a contração muscular, o Órgão Tendinoso descarrega um impulso nervoso capaz de inibir a contração muscular e provoca o relaxamento do músculo.