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Sadraque de Jesus Bartolomeu
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ÍNDICE
Sumários
PREFÁCIO --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------4 ------4 INTRODUÇÃO-----------------------------------INTRODUÇÃO------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------5 -------------------5 OBJECTIVO----------------------------------OBJECTIVO----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------6 ----6 CAPITULO I Conjugado (momento) (momento) ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------7 ---7 CAPITULO II Variação de velocidade nos motores de indução ------------------------------------------------------------------------8 ---------------8 y
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CAPITULO III velocidade-----------------------------------------------------------------------------------------------------------9 ---------9 Regulação da velocidade-------------------------Através da variação do número de pólos ---------------------------------------------------------------------------------------------9 ------------9 Através da variação da frequência -------------------------------------------------------------------------------------------------------9 ---------------9 Através da variação da variação da tensão---------------------------------------tensão---------------------------------------------------11 -----------11 Controlo da resistência rotórica-----------------rotórica--------------------------------------------------------------------------------------------------13 --------13 Controlo do deslizamento por dispositivos auxiliares-----auxiliares--------------------------------------------------------13 -------------13 y y y y y
CAPITULO IV Tipos e aplicações a plicações de controlo de velocidade velocida de -----------------------------------------------------------------------------------14 --------14 y
CONCLUSÃO--------------------------------------CONCLUSÃO-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------16 -----------------16 BIBLIOGRAFIA---------------------------------BIBLIOGRAFIA----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------17 -----------------17
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ice das Índ ice das figur as
Fig. 1 Curva Conjugado-Rotação (Copyright 1997, 1998, 1999, 2000 GE-GEVISA GE-GEVISA S.A.Traduzido e Adaptado da Publicação GEMIS GEZ-6207 por Ney E. T. Merheb (Eng. Aplicação GE-GEVISA) . ----------7 Fig. 2 Curva de conjugado com variação da resistência rotórica ( Máquinas Elétricas ± Geraldo Carvalho Catálogos WEG) ----------------------------------------------------------------------------------------8
Fig. 3 Motores Dahlander ou com comutação do numero de pólos (Máquinas Elétricas ± Geraldo Carvalho Catálogos WEG)--------------------------WEG)-------------------------------------------------------------------------------------------------------------9 ----------9 Fig. 4-6 Ajuste contínuo de velocidade e conjugado com relação à carga mecânica(Máquinas mecânica (Máquinas Elétricas ± Geraldo Carvalho Car valho Catálogos Catá logos WEG)------------------------------WEG)-------------------------------------------------------------------------------10 ---------10 Fig. 7 Relação tensão-carga (Internet-www.google.com/regulação da velocidade em motores C.A) -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------12 ----12 Fig. 8 Circuto de regulação usando Triac (www. Pdf-search-engine.com/regulação da velocidade dos motores C.A) ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------13 ----------13 Fig. 9 Sistema de controle de velocidade por controle deslizamento (w.w.w.wegelectric.com/motores C.A) --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------1 ------------------133 Fig. 10 O diagrama de blocos, um conversor estático de frequência (Elaborado no Autocad, pelo grupo). grupo). ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------14 ------14 básica de um Inversor de Frequência (RASHID, Muhammad Harunur. Fig. 11 Configuração básica N ew Jersey: 1993.)--15 Power Electronics ± Circuits, devices and pplications . 2ª ed. Prentice Hall, New
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EFÁCIO EFÁCIO
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presente trabalho foi elaborado por estudantes do 3º Ano do curso de Eng. Electromecânica. O trabalho tem um carácter avaliativo. Neste trabalho foram abordados temas como os métodos empregados para regulação da velocidade dos motores eléctricos de C.A, procuramos abordar sobre algumas das aplicações do controle da velocidade dos motores. Esperamos e desejamos que este trabalho seja útil e que os leitores achem interessante o seu conteúdo. O
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INTR ODUÇÃO ODUÇÃO Os motores de corrente alterna podem ser síncronos ou assíncronos, de corrente alternada trifásica ou monofásica. O motor de indução ou assíncrono de corrente alternada tem sido o motor preferido da indústria desde o princípio do uso da energia eléctrica em corrente alternada. Ele alcançou e manteve sua posição em virtude de sua robustez, simplicidade simplicidade e baixo custo. Para além da necessidade objectiva de imprimir ao motor uma dada velocidade, há outra grande vantagem, na regulação contínua da velocidade, que consiste em poupar energia, isto é, aumentar o rendimento das instalações de força-motriz. As estatísticas provam que cerca de 80% dos motores eléctricos em funcionamento, actualmente, accionam bombas centrífugas e ventiladores. O único método eficaz de poupança de energia passa, necessariamente, pela variação da velocidade da bomba ou do ventilador de modo serem obtidos os caudais necessários em cada momento. Esta variação pode ser feita de uma forma automática e contínua. Existem de facto vários processos process os de regular a velocidade de máquinas máquinas eléctricas: Utilizando dois ou mais conjuntos de enrolamentos estatóricos separados, o que permite obter várias velocidade (uma por cada conjunto de enrolamento ligados a rede) Através da ligação Dahlander que permite ligar, de dois modos diferentes, dois conjuntos de enrolamentos originando duas velocidades diferentes. diferent es. Através de resistências adicionais no rotor, variando o deslizamento por modificação da curva binário-velocidadedo motor, mas mantendo a mesma velocidade de sincronismo. E a tensão aplicada aos enrolamento do motor (por auto transformador, por resistências estatóricas, etc.), o que permite uma regulação contínua da sua velocidade. Utilizando autómatos programáveis e microprocessadores que permitem controlar e regular, de forma contínua, não só a velocidade como outras grandezas do motor (potência fornecida, factor de potência rendimento r endimento máximo, etc.). Utilizando conversores estático de frequência que, por variação da frequência aplicada ao motor, produzem uma variação var iação da sua s ua velocidade velocidade directamente directa mente proporcional. Uso de controlo electrón electr ónico ico da velocidade dos motores, que para além da poupança de energia, tem grande vantagem de permitir fazer uma regulação contínua da velocidade. y
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OBJECTIVO O presente trabalho tem como objectivo o estudo da variação da velocidade em motores de corrente alternada, visto que é bastante importante a limitação do funcionamento de um motor eléctrico para se obter um rendimento das instalações. Para isto estudaremos os métodos e equipamentos usados para se conseguir a variação da velocidade nestes motores. Mas antes começaremos por falar em conceitos básicos como o momento ou conjugado dos motores C.A.
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CAPIT L I Conjugado (momento) (momento)
A caract caract r í tica tica fundament fundamental de qual qua lquer mot motor de indução é a sua curva de con j con jugado ugado versus rot rotação. Os vár ios pont pontos da curva de con j con juga ugado do-rot -ro tação, são def inidas pel pela norma NEM NEMA M como segue: segue:
Fig. 1 Curva Con jugado jugado-R R otação Conjugado Nomi Nomi nal nal :
É o con jugado jugado necessár io para produzi produz ir a pot pot nci ncia nomi nominal nal à rot rotação nomi nominal nal. Em li ras-pé ele é igua guall a pot po t nci ncia em HP vezes 5250 di d ividido pel pela ro r otaçãonomi açãonominal nal em rpm. Em N.m é igua guall a pot pot nci ncia em cv vezes 7022 di d ividido pel pela rot rotação nomi nominal nal em rpm. Conjugado Máx i i mo: mo:
É o con jugado jugado máxi máx imo que o mot motor irá desenvol desenvolver com tensão e frequênci frequênc ia nomi nominal nal sem queda abrupt abrupta na rot rotação. Conjugado de Part i i da da ou com Rotor Bloqueado:
É o con jugado jugado mí mínimo que o mot mo tor irá desenvol desenvolver em repouso repouso com tensão e frequênci frequênc ia nomi nominal nal apli aplicada. cada. Conjugado Míni Míni mo: mo:
O con jugado jugado mí mínimo que o mot mo tor i or irá desenvol desenvolver durant durante o per íodo de acel aceleração do repouso até a rot rotação em que o con j con jugado ugado máxi máx imo ocorre. Paramot Paramo tores que não possuem um con j con jugado ugado máxi máximo def inido o con jugado jugado mí mínimo é o menor con j con jugadodesenvo ugadodesenvollvido at até a rot rotação nomi nominal nal. Mas há que se levar em cont conta que: que: O con jugado jugado do mot mo tor de indução var ia aproxi aproximadament madamente com o quadrado da tensãoapli ensãoaplicada cada resultaa em alt altaa aos seus termi erminai nais. Baixa resi resistiv tividade das barras do rot ro tor (resi (res istênci ência rot rot r ica) result rot rotação nomi nominal nal (bai (baixo escorregament escorregamento) e result resultaa em alt a ltoo rendi rendiment mento. Perdas rot rot r icas são proporci proporc iona onaiis ao escorregament escorregamento. Alt Altaa resi resistênci ência rot rot r ica fornece alt a ltoo con jugado jugado depar tida tida com bai baixa corrent corrente de par tida, tida, mas result resu ltaa em bai ba ixo rendi rendiment mento nomi nominal nal. O escorregament escorregament o no con jugado jugado máxi máx imo é proporci proporc iona onall a resi resistênci ência rot rot r ica. A frequênci frequênc ia e tensão rot rot r ica são proporci proporc iona onaiis ao escorregament escorregamento; assi assim, ambas são igua guaiis a zerona rot rotação sí síncrona, mas ati a tingem ngem val valor máxi máximo na rot rotação zero. 3º ANO | ENG.ELECTROMECÂNICA
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CAPIT L II Variação de velocidade nos motores de indução
A rel relação ent entre a rot rotação, a frequênci frequênc ia de ali a limen menttação, o número de pól pó los e o escorregament escorregamen t o de um mot motor de indução obedece à segui segu inte equação: equação: n = [(60. f)/ f) / p].(1-s) p].(1-s) Onde n = vel veloci ocidade em rpm; rp m; F = frequênci frequênc ias Hz; P = número de pól pó los; S = Escorregament Escorregamento Da expressão aci ac ima, podemos not notar que as rot ro tações podem ser regul regu ladas, alt alterando erando a frequênci frequência da tensão de ali a limen menttação, o número de pól pó los e o escorregament escorregamen to. Variação do número de pólos
Est Este mét método é apli aplicáve cávell apenas para mot motores com rót rótor cur to circuit rcu itado, ado, porque alt a lteramos eramos apenas o número de pól pó los nos enrol enrolament ament os do est es tátor. Exi Existem três modos de var iar o número de pól pó los de um mot mo tor de indução: ndução: ±Enrol ±Enrolament amentos separados separa dos no es es tátor ±Um enrol enrolament amento só, porém com comut comu tação de pól pó los. ( Li L igação Dahl Dahlander) ± Combi ombinação dos doi dois ant anter iores Variação do escorregamento
Para que se faça est es ta operação é necessár io que as inst nstalações se jam jam especi especiais, por exempl exempl o preci precisa-se de regul regu ladores de indução, com a var iação da tensão var iamos também o desli des lizamen zamentto. Podemos var iar o escorregament escorregamen to, var iando a resi res istênci ência do rot rotor, est este mét método só pode ser apli ap licado cado em mot motores com rot rotor bobi bobinado. Tem a desvant desvan tagens de possui possuir cust custo alt altoo e var iação pequena.
Fig. 2 Curva de con jugado jugado com var iação da resi resistênci ência rot rotór ica Regulação através de variação de frequência
Est Este mét método é possí poss ível vel apenas quando o mot mo tor é ali a limen menttado por inst nstalações especi especiais, capazes de alt a lterar erar a frequênci frequênc ia. Usando de um gerador s íncrono cu j cu jaafrequênci frequênc ia pode ser alt a lterada, erada, ou um conversor de semi sem icondu conduttores comandados.Est comandados.Este é act actual ualment mente é o mét método mai ma is ef icient ent e para cont control rolar a vel veloci ocidade dos mot motores de indução.
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CAPIT L III Regulação da velocidade Através da variaç ão do número de pólos
Est Estes mot motores const constam de um enrol enrolament amento especi especial que permit permite, e, segundo o modo de ligação, ligação, ob obtter doi dois val valores di diferent ferentes de pól pólos, sendo um o dobro do ou tro (2 e 4 pól pó los, 4 e 8 pól pó los, 6 e 12 pól pólos, et etc.) Só se podem obt ob ter duas vel veloci ocidades (de bai ba ixa rot rotaçãoe de alt a ltaa rot ro tação), uma dupl dup la da out outra, como observamos nos mot mo tores com ligação ligação Dahl Dahlander
Fig. 3 Motores Dahl Dahlander ou com comut comu tação do numero de pól pó los Através da variação da frequência
Os conversores transformam a tensão da rede, de amplit amp litude ude e frequênci frequênc ia const constant antes em uma tensão de amplit amp litude ude e frequênci frequênc ia var iávei áveis. Var iando-se a frequênci frequênc ia da tensão de ali a limen menttação, var ia-se também a vel veloci ocidade do campo girant rante e consequent consequentement ement e a vel veloci ocidade mecâni mecânica de rot rotação da máqui máqu ina. O torque desenvol desenvolvido pel pelo mot motor de indução segue a equação: equação : T = K .m.I O f luxo magneti magnetizan zantte, desprezando-se a queda de tensão ocasi ocasionada pel pela resi resistênci ência e react reactânci ância dos enrol enrolament amentos do d o est estátor val va le: m = K . V /f onde onde:: T = torque di dispon sponíível vel na pont ponta do ei eixo (N.m) m = f luxo de magneti magnetização zação (Wb) I = corrent corrente rot rotór ica(A) ( depende da carga)
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V = tensão de ali a limen menttação (V) K e K : const constant antes (dependem do pro j pro jec ectto do mot motor) Admiti Admitindo-se ndo-se que a corrent corren te depende da carga e que essa é cons tant ante, (por tant anto corrent corrent e prati praticamen camentte const constant ante) percebe-se que var iando proporci proporc iona onallment ment e a amplit amp litude ude e a frequênci frequênc ia da tensão de ali a limen menttação, o f luxo e consequent consequen t ement ement e o torque, permanecem const cons tant ant es. O mot motor fornece assi ass im um a j a jus ustte contí contínuo nuo de vel ve loci ocidade e con jugado jugado com rel relação à carga mecâni mecânica é assi assim que obt ob temos as segui seguint es curvas: curvas:
Fig.4 Curva Tensão Frequênci Frequênc ia
Fig. 5 Curva Torque Frequênci Frequênc ia
Fig. 6 Curva Pot Potênci ência Frequênci Frequência
Benef ícios dos Conversores de Frequênci Frequênc ia Con onttrol role a di distânci ância e R edução edução de cust cus tos Aument Aument o de produti produ tivvidade Ef iciênci ência Energéti Energética ca Versatili Versatilidade dade Maior quali qua lidade dade no produt produ to f inal nal y y y y y
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Através da var iação da tensão O binário electromecânico desenvolvido por um motor de indução é proporcional ao quadrado da tensão aplicada ao estátor. Esta característica proporciona algum controlo da velocidade, embora de forma precária, principalmente face a variações na carga. Ao utilizar motores eléctricos que funcionam com tensão t ensão alternada, não nã o é raro deparar-se deparar-se com a necessidade de regular a sua velocidade, especialmente em determinadas aplicações como no caso de bombas para líquidos, aparelhos para testes t estes mecânicos, secadore s ecadoress de cabelo, ou berbequins. Se, por exemplo possuir um berbequim de velocidade fixa, pode ser necessário variar a sua velocidade, para usar diversas brocas. Na realidade, uma de 10 mm não deve girar à mesma velocidade que uma de 2 mm, porque cada uma requer uma velocidade específica. Uma ponta muito fina, por exemplo, de 2 mm de diâmetro, deve girar a um regime elevado, como 4000 rpm, o que uma broca de 10 mm suportaria durante muito pouco tempo. Existem muitas aplicações nas quais pode ser necessário variar a velocidade dum motor eléctrico de corrente alternada. Para resolver este problema, pode-se recorrer normalmente a duas soluções: ou se varia a amplitude da tensão alternada com a qual se alimenta o motor, ou se controla o motor com impulsos de tensão, de comprimento variável. Neste último caso pode dizer-se que se varia o valor médio da tensão de alimentação. Variar a amplitude da tensão de alimentação é, indubitavelmente, um método válido, mas para tal seria necessário um gerador de tensão com amplitude variável. Um sistema para variar a tensão dum motor consiste em dispor em série uma resistência variável de grande potência. É de notar que, em vazio, um motor tem um certo consumo de corrente, enquanto que se for submetido a esforço, a corr corrente ente aumenta de forma imprevisível. O motor sob esforço temos que com um determinado valor de resistência em série com o motor em vazio, se tiver uma determinada tensão, sob esforço esta tensão cai sensivelmente, porque aumenta a necessidade de corrente por parte do motor. Como a queda de tensão na resistência é função da corrente que a atravessa, se for imposta uma determinada velocidade e se se travar o eixo do motor, aumenta a corrente requerida e decresce a tensão de alimentação. Portanto, a velocidade não se pode manter como em vazio, reduzindo-se sensivelmente. Por esta dificuldade é preferível abandonar a ideia da variação da amplitude da tensão, para aproveitar outra alternativa que consiste em regular o comprimento dos impulsos de tensão com os quais se alimenta o motor.
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Suponhamos que se tem de ali a limen menttar um mot motor que funci func iona com 230V alt a lternados. ernados. Com a alimen limenttação de onda compl comp leta (normal (norma l), o mot motor gira à vel veloci ocidade máxi máxima; porém, se se cor tar mei meia onda, por exempl exemp lo, ligando ligando um di diodo em sér ie com o mot motor, o seu ei eixo girará mai ma is lent entament amente. De fact facto, agora acont acon tecerá que o mot mo tor será ali a limen menttado com uma tensão cu jo jo val va lor se di dividiu e, por tant anto, poderá di dispor de met metade da pot potênci ência em rel relação ao caso da ali a limen menttação com onda compl completa. No ent entant anto, para var iar o val va lor médi médio da tensão de ali a limen menttação, é suf icient ente fazer preceder o mot motor em quest ques tão, por um ci c ircuit rcuitoo el elect ectróni rónico que fornece cada mei me ia onda, em ret retardo em rel relação à passagem pel pelo zero. Trat Trata-se, prati praticamen camentte, de um interrupt erruptor que se s e fecha e se s e abre com co m cada mei me ia onda da tensão alt alternada, ernada, mas que o faz também com um cer to ret retardo em rel relação ao inst nstant ante em que se inicia a refer ida mei meia onda. O sistema mai ma is simpl mples para var iar a vel veloci ocidade de rot rotação dum mot mot or eléct éctr ico, ou a lumi uminos nosiidade duma lâmpada, consi cons iste em var iar a tensão que o ali a limen mentta. Como não é si s impl mples var iar a amplit amplitude, ude, recorre-se a si s impl mples circuit rcuitos os que permit permitem em var iar a energi energia e com isso a pot potênci ência ent entregue à carga. Aproveit Aproveitando ando adequadament adequadamente os int errupt erruptores cont control rolados, no nnosso osso caso as o um tr iac, pode-se intervi ervir de modo que a tensão ali alimen mentte as cargas com mai ma ior ou menor ret retardo. Fal Fa lamos, log ogiicament camente, duma tensão si sinuso nusoiidal dal ou rect rectangu angullar. A forma segundo a qual qua l var ia o val va lor médi médio da si sinusó nusóiide pode compreender -se facil facilmen mentte, consi considerando a zona ent en tre o ei eixo hor izon zonttal e a sinusó nusóiide como o máxi máx imo val va lor de energi energia proporci proporc ionada à carga.
Var iando o ângul ângu lo de condução de um tr iac, consegue-se modi modif icar a pot potênci ência apli aplicada cada à carga.
Fig. 7 R elação tensão-carga A zona de traços repre r epresen sentta a par te da tensão que não chega à carga; quan to mai ma ior for, menor será a superf ície encerrada na si s inusó nusóiide correspondent correspondente à carga. Para consegui conseguir que a t ensão da rede chegue à carga com ret re tardo em rel relação à passagem pel pel o zero, cont control rola-se a própr ia carga com um tr iac cu ja ja por ta est está ligada ligada à saí sa ída de um di divisor de tensão.
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Var iando a impedânci mpedância do di divisor, muda o tempo necessár io paraque a si s inusó nusóiide possa alcançar o val va lor suf icient ente para excit excitar ar a por ta e, por tant anto, para que o tr iac conduza.
Esquema el eléct éctr ico do ci circuit rcuito. o. Um pot potenci enciómet ómetro permit permitee var iar a vel veloci ocidade de rot rotação do mot motor simpl mplesment esment e conttrol con rolando o ângul ângu lo de condução dum tr iac.
Fig. 8 Circu Circutto de regul regu lação usando Tr iac Controlo da resistência res istência rotórica rotórica
Est Esta possi possi bili bilidade dade exi exist e soment somente para os mot motores de rot rotor bobi bobinado, tal como j como jáá foi foi refer ido. A var iação da resi res istênci ência rot rotór ica faz var iar o bi b inár nár io e, tal como no item item ant anter ior, consequent consequentement ement e a vel veloci ocidade, embora em função da carga. Controlo do deslizamento por dispositivos auxiliares
Est Este mét método de cont control rolo é também apenas váli válido do para mot motores de rot rotor bobi bobinado e insere tensões a jus justtávei áveis à frequênci frequência de desli des lizamen zamentto nos ci circuit rcu itos os rot rotór icos at atravé ra vés de d e di dispositi spositivos vos auxili aux iliares. ares. São usados doi dois ti pos de dispositi spositivos, vos, represent represen tados na f igura abai aba ixo, o pr imei meiro é um conversor de frequênci frequênc ia que ext extrai ra i energi energia dos ci circuit rcuitos os rot rotór icos e a devol devo lve à rede sob a forma de energi energia eléct éctr ica. O segundo conver te essa energi energia em energi energia mecâni mecânica que col coloca ta mbé mb ém no no vei veio. Em qual qua lquer dos casos o pr incí ncí pi pio pode ser compreendi compreend ido se pensar que no cont con trol rol o reost reostático tico essa energi energia ser ia desperdi desperdiçada sob a forma de ca lor. Assi Assim obt ob tém-se um si s istema mai ma is ef icient ente.
Fig. 9 Si S istema de cont control role de vel veloci ocidade por cont control role desli deslizamen zamentto CF- conversor de freqênci freqênc ia ; R TT- referênci referência ao rót rótor
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CAPITULO IV Ti os e apli ações de controlo de velocidade Controle Escalar impõe ao motor uma determinada relação tensão/frequência, ou seja o motor trabalha com fluxo constante. É aplicado quando não há necessidade de respostas rápidas às variações de torque ou velocidade, sendo particularmente interessante quando alimenta diversos motores. O controle é realizado em malha aberta e a precisão da velocidade depende do escorregamento do motor. O controle escalar é o mais utilizado, devido sua simplicidade e devido ao fato de que a grande maioria das aplicações não requer alta precisão pr ecisão e/ou rapidez nas respostas da velocidade.
Controle Vectorial possibilita atingir um elevado grau de precisão e rapidez no controle do torque e da velocidade do motor. O controle decompõe a corrente do motor em dois vectores: um que produz o fluxo magnetizante e outro que produz o torque, regulando separadamente o torque e o fluxo. Pode ser realizado em malha aberta (sensorless) ou em malha fechada (com realimentação) Com sensor de velocidade ±requer a instalação de um sensor, p/ex. encoderincremental no motor. Alcança a maior precisão possível no controle de velocidade e do torque, inclusive com velocidade zero. Sensores mais simples que o anterior, porém apresenta limitações de torque em baixíssimas rotações. Em velocidades maiores é tão bom quanto. o controle com realimentação realimentaçã o . Visto que o binário motor depende da tensão aplicada e da frequência, então o conversor regula simultaneamente a frequência e a tensão aplicada, numa relação constante, de forma que binário motor se mantenha aproximadamente constante.
REDE DE ALIMENTAÇÃO
C.A
ponte rectificadora de díodos
C.C
circuito intermédio de corrente contínua
ondulador
C.A
M 3
velocidade de referência
REGULADOR
Fig. 10 O diagrama de blocos, um conversor estático de frequência. 3º ANO | ENG.ELECTROMECÂNICA
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Conf iguração bási bás ica de um inversor de frequênci frequênc ia
Fig. 11 Conf iguração bási básica de um Inversor de Frequênci Frequênc ia Circu Circuit itoo de ent entrada (pont (ponte recti rectif f icadora não cont control rolada) Circu Circuit itoo de pré-carga (resi (res istor, cont contact actor ou rel relé) Circu Circuit itoo intermedi ermediár io (banco de capacit capac itores ores Buss DC DC, resi resistores deequali deequa lização) zação) Circu Circuit itoo de Saí Sa ída "i "inversor" (pont (ponte tr ifási fásica de IGB IGBT) Placa de cont control rolo (mi (microprocessada) Placa de dr iver's (di (disparo dos IGB IG BT, font fontes de ali a limen menttação, et etc.) R éguas éguas de bornes de inter ligação ligação (cont (control role de pot potênci ência) Módu ódullo de frenagem (i ( interno ou ext externo)
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CONCLUSÃO Com este trabalho aprendemos que os motores de corrente alternada têm muitas aplicações na indústria e que para se obter o requerido à estes motores na indústria é necessário que se faça a regulação da sua velocidade. Há vários factores que influenciam na variação da velocidade dos motores eléctricos de corrente alternada como a sua frequência, o número de pólos, o escorregamento, etc. Também de acordo com a sua utilização se faz o uso de um ou de outro tipo ou método de variação da velocidade do motor eléctrico, i.e., existem métodos que são muito complexos e exigem instalações especiais e também há casos em que o emprego de um determinado método pode ser muito caro.
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BIBLIOGR AFIA AFIA 1.
Internet www. Pdf-search-engine.com/regulação Pdf-search-engine.com/regulação da velocidade dos motores C.A hppt//google.co.ao/livros-electricidade hppt//google.co.ao/livros-máquinas hppt//google.co.ao/livros-máquinas eléctricas 2. Livros Fascículo de Máquinas Máquinas electricas- Dr. Dr. Tanev Livros de iniciação a operação de centrais hidroeléctricas hidroeléctricas do CFPQE Automação Automação industrial J. Norberto Pires ± 3ª edição actualizada e aumentada. a umentada. y y y
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